revista do Grupo SGS Portugal # Março 2007 • ano 7 • nº 20 ASAE trabalha para que a legislação seja cumprida e a qualidade preservada o café e a saúde automotive em expansão na Europa mais segurança com a SGS angola regresso às inspecções pré-embarque
SGSglobal
Qualidade à chávena
> ANA PINA TEIXEIRA Administradora Executiva da SGS Portugal
Permitam-me uma pequena nota sobre um marco de relevo no Grupo SGS em Portugal: a SGS ICS, o nosso Organismo de Certificação, ultrapassou a fasquia dos 2000 Certificados.
Apoiar e facilitar o desenvolvimento Portugal sempre foi, ao longo da sua história, uma Nação de portas abertas. Portas abertas para descobrir com avidez as novidades de além-fronteiras mas também para divulgar a sua cultura e o seu saber-fazer especializado, muitas vezes menosprezados por cidadãos menos bem esclarecidos. Presente em Portugal desde 1922, a SGS é testemunha e parte activa desta realidade global que parece evoluir mais depressa do que algumas empresas conseguem acompanhar. Por esta mesma razão, o Grupo SGS Portugal sempre ofereceu serviços que apoiam o desenvolvimento da economia nacional e a sua projecção a nível internacional. Desde actividades tão tradicionais como a Inspecção de Cargas e Descargas até intervenções estratégicas para a competitividade empresarial, como a Certificação Energética ou a Verificação de Relatórios de Responsabilidade Corporativa e Sustentabilidade, o Grupo SGS Portugal faz questão de ter um papel activo e dinamizador no desenvolvimento económico, oferecendo serviços pioneiros, acompanhando e, muitas vezes, desafiando os seus parceiros nas diversas áreas de negócio. A União Europeia (UE) trouxe consigo alterações profundas nas relações económicas entre os seus Estados-Membros, e a Portugal em particular. Por isso, não podíamos deixar passar em branco o mais recente alargamento da UE à Bulgária e à Roménia. Contando agora com 27 Estados-Membros, a UE é cada vez mais uma comunidade plural e rica em oportunidades cobiçadas pelos mais atentos. Através da sua rede mundial de afiliadas, que, obviamente, inclui a Bulgária e a Roménia, a SGS continua atenta e está sempre presente para apoiar e facilitar o desenvolvimento, nacional e internacional, das economias, dos seus clientes e dos seus parceiros. Vou permitir-me uma pequena nota sobre um marco de relevo no Grupo SGS em Portugal: a SGS ICS, o nosso Organismo de Certificação, ultrapassou a fasquia dos 2000 Certificados. A SGS ICS foi o primeiro Organismo, em 1998, a obter a acreditação para a Certificação de Sistemas de Gestão da Qualidade. Desde então, sempre foi o Organismo de Certificação privado líder em Portugal, inovando nos serviços e impulsionando o mercado português para novos âmbitos de certificação, de acordo com as principais tendências internacionais. Lutando contra as dificuldades que todas as empresas privadas conhecem em Portugal, a SGS ICS é uma organização competitiva, com objectivos ambiciosos cumpridos ano após ano e, como poderão testemunhar todos os nossos clientes, um parceiro facilitador de processos que prima pela excelência dos seus serviços.
> FICHA TÉCNICA Propriedade SGS Portugal – Pólo Tecnológico de Lisboa, Lote 6, Pisos 0 e 1, 1600-546 Lisboa (www.pt.sgs.com) Tel 217 104 200 Fax 217 157 520 Direcção Paulo Gomes Redacção, Design e Produção Gráfica Editando, Edição e Comunicação (www.editando.pt) Fotografia Bruno Barata, Photos.Com, SGS Image Bank Impressão IDG-Imagem Digital Gráfica, Lda Distribuição Gratuita Tiragem 10 000 Exemplares
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entrevista
> ASAE - AUTORIDADE DE SEGURANÇA ALIMENTAR E ECONÓMICA
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Para que a legislação seja cumprida e a qualidade preservada…
ASAE trabalha a todo o vapor!
Um ano após a sua criação, a ASAE assume na globalidade a missão que lhe foi confiada: avaliar, gerir e comunicar os riscos da cadeia alimentar e fiscalizar a actividade dos agentes económicos nacionais.
O
primeiro ano de actividade da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) encerrou com balanço positivo. Até 30 de Novembro de 2006, foram realizadas cerca de 2000 operações de fiscalização. Destas, 1013 incidiram sobre a área da segurança alimentar e 972 foram acções de fiscalização económica. Durante este período foram inspeccionados 17381 operadores, dos quais 448 viram a sua actividade suspensa, foram instaurados 711 processos-crime e 5966 contra-ordenações. O valor da mercadoria apreendida ultrapassou os 17 milhões de euros. Mais do que os números, é a visibilidade da actuação da entidade responsável pela avaliação e comunicação dos
riscos na cadeia alimentar, bem como pela fiscalização das actividades económicas dos sectores alimentar e não alimentar, que Jorge Reis, vice-presidente para a área técnica, prefere enfatizar. “A ASAE foi criada com o objectivo muito claro de aumentar a eficiência e a visibilidade ao nível da actividade de fiscalização dos agentes económicos. Os resultados referentes ao primeiro ano de actividade são, por isso, muito interessantes, tanto no que diz respeito ao número de acções realizadas como ao volume de mercadoria apreendida”, defende este responsável. A actividade desenvolvida nos últimos 12 meses reflecte os esforços canalizados para a organização da estrutura interna da ASAE, a qual herdou as competências da
Inspecção-Geral das Actividades Económicas, da Agência Portuguesa de Segurança Alimentar e da Direcção-Geral de Fiscalização e Controlo da Qualidade Alimentar, bem como as responsabilidades de fiscalização que anteriormente se encontravam espalhadas por sete Direcções Regionais e seis Divisões de Serviço. Esta reorganização, que levou à extinção de alguns organismos, teve como finalidade a defesa dos interesses dos consumidores, bem como dos interesses dos próprios agentes económicos, que passaram a ter como interlocutor uma só entidade. A proximidade entre a avaliação e a comunicação dos riscos e a clarificação das responsabilidades em matéria de fiscalização em geral e, em particular, na área da segurança alimentar, elimina deficiências e melhora a eficácia do sistema. “A ASAE é fruto da reorganização de uma série de serviços. Desde o primeiro dia que adoptámos uma estratégia de reforço da actuação no terreno em simultâneo com o processo de organização interno. Os resultados falam por si. Penso que dificilmente se conseguiria fazer melhor neste primeiro ano”, sublinha Jorge Reis. Hoje estão afectos à Autoridade mais de meio milhar de funcionários, distribuídos pelas cinco Direcções Regionais (Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve) e pelo edifício sede, em Lisboa.
Visando a segurança alimentar A actividade de fiscalização (área operacional) é a mais visível das quatro áreas de intervenção da ASAE, a qual compreende também a área técnica, que engloba o Laboratório de Segurança Alimentar, o Departamento Técnico Pericial, a área administrativa, responsável pela administração e gestão de toda a estrutura, e a área científica, a única dotada de autonomia técnica. Vice-presidente para a área técnica, Jorge Reis adianta que está em curso um processo de modernização no pelouro que dirige, o qual tem por objectivo melhorar a capacidade de resposta e aumentar as valências técnicas da ASAE. “No final de 2006 foram canalizados fortes investimentos para a aquisição de novos equipamentos, um esforço que deverá continuar ainda em 2007.
Missão da ASAE A ASAE é a autoridade administrativa nacional especializada no âmbito da segurança alimentar e da fiscalização económica. Deste modo, é responsável pela avaliação e comunicação dos riscos na cadeia alimentar, bem como pela disciplina do exercício das actividade económicas nos sectores alimentar e não alimentar, mediante a fiscalização e prevenção do cumprimento da legislação reguladora das mesmas. No exercício da sua missão, a ASAE rege-se pelos princípios da independência científica, da precaução, da credibilidade e transparência e da confidencialidade.
Pretendemos dotar os nossos laboratórios de novas competências e diminuir, assim, a necessidade de recorrermos a entidades terceiras, situação que tem, de certa forma, condicionado a actividade fiscalizadora da ASAE”, constata o vice-presidente. Para além do laboratório a funcionar no edifício sede, a ASAE detém a tutela do antigo laboratório vitivinícola do IVV - Instituto da Vinha e do Vinho, e de duas outras unidades laboratoriais de pequena dimensão. Outra área crucial é a científica, que é dirigida pelo “director científico para os riscos na cadeia alimentar”. Este responsável tem a apoiá-lo o Conselho Científico, um órgão de consulta especializado em matérias científicas, de desenvolvimento tecnológico e de projectos de investigação no âmbito da segurança alimentar, que goza de plena autonomia técnico-científica. Ainda o ano passado foram eleitos os seus membros (nove), os quais têm a incumbência de emitir pareceres científicos, acompanhar o progresso científico e técnico na área da segurança alimentar, propor medidas legislativas e administrativas adequadas, bem como realizar estudos, conferências, colóquios, seminários e outras actividades no âmbito da segurança alimentar.
“Desde o primeiro dia que adoptámos uma estratégia de reforço da actuação no terreno em simultâneo com o processo de organização interno. Os resultados falam por si.” Quem o diz... DR
> Jorge Reis, vice-presidente para a área técnica da ASAE
3 SGS Portugal
entrevista
> ASAE - AUTORIDADE DE SEGURANÇA ALIMENTAR E ECONÓMICA
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Operações reforçadas Com toda a estrutura já operacional, tanto no que diz respeito às operações de fiscalização como em matéria de avaliação e comunicação dos riscos de segurança alimentar, a ASAE promete reforçar a sua actuação ao longo deste ano. Este reforço será sentido, sobretudo, na vertente de inspecção. Até ao final de 2007, é intenção da Direcção reforçar a área operacional com cerca de quatro dezenas de novos inspectores, que se irão juntar aos 240 actualmente em serviço. No terreno são já visíveis as consequências de uma maior incidência sobre os agentes económicos. “Sentimos que num ano muita coisa mudou e parte dessa mudança foi provocada pela visibilidade da nossa actuação. Os agentes económicos sabem que estamos a actuar e sentem-se mais motivados para cumprir com a legislação nacional e comunitária que rege a sua actividade”, considera Jorge Reis. A acção da ASAE tanto é fruto de um planeamento anual como decorre dos processos de investigação, denúncias anónimas, queixas de residentes e/ou de consumidores, que chegam diariamente à sede da Autoridade. Segundo o seu vice-presidente, “nenhuma queixa fundamentada fica sem resposta”, o que vai ao encontro do objectivo último da ASAE: a defesa eficaz dos direitos dos consumidores.
Direcção da ASAE Presidente António Nunes Vice-Presidente/director científico Manuel Barreto Dias Vice-Presidente/área administrativa Francisco Lopes Vice-Presidente/área operacional Pedro Picciochi Vice-Presidente/área técnica Jorge Reis
SGS Portugal
ASAE - ACTIVIDADE OPERACIONAL - 2006 JAN.
FEV.
MAR.
ABR.
MAI.
JUN.
JUL.
AGO.
SET.
OUT.
NOV.
DEZ.
TOTAL
12
8
71
46
89
100
109
93
157
168
158
111
1.122
OPERAÇÕES - Segurança Alimentar
11
25
65
37
67
98
117
110
152
166
125
117
1.090
Brigadas Envolvidas
- Fiscalização Económica
75
190
391
424
622
638
617
532
773
717
776
604
6.359
Alvos/Operadores
319
1.026
1.668
1.519
1.770
1.321
2.468
1.751
1.709
1.970
1.851
1.961
19.333
Alvos Encerrados
3
1
22
29
58
61
51
35
55
53
80
72
Processos Crime Processos Contra Ordenação Detenções
520
1
15
36
47
69
122
75
110
50
55
132
138
850
111
199
640
426
796
573
598
572
651
694
702
440
6.402
0
2
17
14
17
17
21
12
11
29
24
26
190
41%
31%
38%
45%
Taxa de Incumprimento Peso Volume APREENSÕES
Operações ASAE
35%
13%
125.398
7.622
0
45
1.842
5.922
Valor (€)
181.190
128.003
Quantidade
262.706 501.146
49%
53%
27%
39%
41%
49.958
98.485
215.861
86.968
85.077
40
33.911
35.154 25.949.018 73.970
29%
38%
24.976
1.928.261
139.475
332
28.187.057
112.954
32.144
2.600.836
676.182 1.742.819 1.701.100 681.306 1.195.281 768.810 8.917.480 867.955 1.058.892 783.543
18.702.562
179.155 1.148.390 627.568 8.655
84.424
141.053 285.283 1.757.583 50.402
53.453
249.247 220.817
67.121
Pequenas
20
20
49
32
76
112
179
169
265
271
205
175
Médias
6
8
16
7
13
13
17
8
7
9
15
9
1.573 128
Grandes
0
2
4
6
7
8
3
4
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> O CAFÉ E A SAÚDE
Afinal, o café também pode fazer bem à saúde ! O café aumenta a concentração, evita acidentes de viação (sobretudo, durante a noite) e diminui as tendências depressivas e o risco de suicídio. Por isso, segundo dados recentemente divulgados pela Organização Internacional do Café (OIC), esta bebida é, ao contrário do que se pensa, benéfica para o organismo humano.
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SGS Portugal
E
m Lisboa chamam-lhe 'bica'. No Porto, o café é pedido ao balcão com o nome de 'cimbalino'. Mas, terminologia à parte, a verdade é que, de Norte a Sul do país, são muitos aqueles que começam o dia com uma chávena bem quente de café expresso, fazendo jus a quem pensa que este é um hábito tipicamente português. Contudo, revelam as estatísticas, talvez não seja tanto assim e a margem de progressão do negócio do café seja ainda relevante. Os dados disponíveis indicam que cada português consome, em média, 2,9 kg de café/ano, o que corresponde à ingestão de cerca de 400 cafés expresso/ano. Comparados com os consumidores dos países nórdicos (que consomem, em média e unitariamente, 10 kg/ano), os portugueses são dos que bebem menos café na Europa, o que significa que existe, de facto, uma margem de progresso que pode e deve ser aproveitada pelos agentes económicos directamente ligados à torrefacção, distribuição e venda de café no nosso país. Sobretudo porque, dizem inúmeros estudos científicos regularmente divulgados por entidades internacionais como a OIC, “o café, quando tomado com moderação, faz bem à saúde”. E moderação significa, de acordo com as indicações fornecidas pelo programa Positively Coffee, da OIC, que cada um de nós “não deve ultrapassar as quatro chávenas diárias, ou seja, o equivalente à ingestão de 400 a 500 mg/dia”, quantidade considerada suficiente e adequada ao bem-estar do ser humano. Uma das vantagens atribuídas ao café pelo Positively Coffee (www.positivelycoffee.com) é a de aumentar os níveis de concentração durante, por exemplo, as épocas de exames, uma vez que “ ajuda a melhorar o estado de alerta, a atenção e a vigília de quem o bebe, facilitando, por isso, o processo de aprendizagem em períodos de elevado stress, cansaço e preocupação”. Ainda segundo aquele programa, grande parte deste
fenómeno advém das propriedades da cafeína, uma das principais substâncias existentes no grão do café e que é responsável pelo aumento significativo do processamento da informação e pela melhoria da memória a curto prazo. Também para quem trabalha o café é de extrema importância, designadamente para os que o fazem por turnos porque estão mais expostos à fadiga e ao cansaço e porque, naturalmente, precisam de desempenhar as suas funções de forma lúcida e responsável. Depois de efectuados vários testes, os técnicos da OIC chegaram à conclusão que “os pilotos de avião, os motoristas e os seguranças têm no café um aliado estratégico, que lhes permite melhorar em 10% a sua produtividade diária”.
Prevenir doenças com uma chávena de café As vantagens do café existem também no domínio da saúde, sobretudo ao nível da prevenção de algumas doenças. As possibilidades de se ter uma vida saudável aumentam consideravelmente, dizem os técnicos da OIC, se se tomarem algumas chávenas de café por dia. Atente-se, a título de exemplo, nos ensinamentos revelados pelo professor D'Amicis, chefe da Unidade de Informação Nutricional do INRAN (Instituto Nazionale di Ricerca per gli Alimenti e la Nutrizione), em Itália, num simpósio realizado em 2003: “O café é um protector activo da cirrose hepática e dos problemas causados pela vesícula biliar, sendo também um excelente indutor da actividade da enzima hepática”. Nos doentes com Parkinson a ingestão de café é igualmente relevante. De acordo com os dados revelados pelo Honolulu Heart Program, realizado com a participação de 8000 pessoas no Hawai nos últimos 27 anos, a probabilidade de contrair a doença de Parkinson é cinco vezes menor entre as pessoas que bebem quatro chávenas de café por dia. Na Diabetes, as conclusões são semelhantes, visto que há cada vez mais
7 SGS Portugal
A Associação Industrial e Comercial do Café (AICC) prepara-se para lançar em 2007 um estudo de mercado sobre a importância do café na alimentação dos portugueses e também sobre o peso desta área de actividade (torrefacção, embalamento, distribuição e venda) na economia nacional. Neste estudo serão abordadas “algumas tendências nacionais já conhecidas, como, por exemplo, o facto dos portugueses consumirem café fundamentalmente fora de casa, representando um total de 78% do consumo do país”, adianta José Seno, presidente da Direcção da AICC. Em virtude da importância do café expresso tomado fora de casa, serão ainda lançados proximamente pela AICC cursos de formação para barmen, empregados de balcão e estudantes de hotelaria, para que o café expresso seja servido ao cliente com a qualidade desejada.
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AICC: por um café com qualidade
tema de capa
> O CAFÉ E A SAÚDE provas de que o consumo de café pode reduzir consideravelmente o perigo de contrair Diabetes Tipo 2, a forma mais comum da doença e aquela que é responsável por 90% dos casos. Relativamente ao Alzheimer, estudos publicados no American Journal of Epidemiology, em 2002, revelavam que o consumo de cafeína diminui consideravelmente o risco de se padecer desta enfermidade. Para os que sofrem de doenças cardiovasculares (DCV), relatórios divulgados pelo Positively Coffee afirmam que “o consumo diário de café torrado pode ser benéfico na prevenção e atenuação dos sintomas das DCV por conter, em quantidades superiores às da cafeína (1,2%), compostos quinídios derivados de ácidos clorogénicos (2,4%) com acção antioxidante”. Pesquisas levadas a cabo no Brasil e divulgadas recentemente revelaram, entre outros aspectos, que o café pode reduzir o risco de depressão e de tentativa de suicídio, principalmente nas mulheres, que são mais susceptíveis a perturbações relacionadas com a falta de auto-estima. E o café contribui ainda para melhorar o desempenho físico dos atletas, uma vez que depois de efectuada uma análise a 21 estudos realizados em comunidades desportivas em 2004, Doherty e Smith concluíram que a cafeína disfarça a sensação
de fadiga e melhora em 12,4% o rendimento individual de cada atleta, sendo que o efeito é tanto maior quanto mais prolongado é o exercício. Em Portugal também já se sabe há algum tempo que o café é um ingrediente que faz bem à nossa saúde e ao nosso estado de espírito. José Seno, presidente da Direcção da Associação Industrial e Comercial do Café (AICC), nota que “a cafeína é um dos componentes que mais figura nas especialidades farmacêuticas, sendo que em países como o Reino Unido, França e Itália, os técnicos de saúde recomendam aos seus pacientes que bebam café em várias situações clínicas”. Para o demonstrar, a AICC “está a preparar uma campanha de informação sobre os aspectos positivos do café, que espera divulgar em grande escala ainda no primeiro trimestre de 2007”, adianta José Seno. Esta campanha está em linha com o que se espera venha a ser a evolução do consumo do café nos próximos anos, uma vez que estudos recentes da Globaldrinks.com indicam que o volume total de café consumido em Portugal deverá crescer 0,5% por ano até 2008, face aos 0,4% em Itália e 0,1% em Espanha.
Qualidade certificada em toda a linha pela SGS ICS 8 SGS Portugal
BICAFÉ - Torrefacção e Comércio de Café, Lda. • Sistema de Gestão da Qualidade (NP EN ISO 9001:2000) • Sistema de Gestão da Segurança Alimentar (NP EN ISO 22000:2005)
CAFFÈCEL - Indústria Torrefactora de Cafés, S. A. • Sistema de Gestão da Qualidade (NP EN ISO 9001:2000) • Sistema de Gestão Ambiental (NP EN ISO 14001:2004) • Sistema de Gestão da Segurança Alimentar - HACCP (Codex Alimentarius CAC/CRP 1-1969, Rev.4 (2003)) • Produtos: Café Torrado em Grão; Café Torrado em Grão Descafeinado; Café Torrado Moído; Café Torrado Moído Descafeinado (FD-VEPR-014 v1 (SGS))
CAFÉS NANDI, S. A. • Sistema de Gestão da Qualidade (NP EN ISO 9001:2000) • Sistema de Gestão Ambiental (NP EN ISO 14001) • Sistema de Gestão da Segurança Alimentar (NP EN ISO 22000:2005) • Sistema de Gestão da Segurança Alimentar - HACCP (Codex Alimentarius CAC/RCP1 -1969, Rev. 4 (2003)) • Produto: Café Torrado em Grão (FD-VEPR-014 v1 (SGS))
NOVO DIA CAFÉS, Lda. • Sistema de Gestão da Qualidade (NP EN ISO 9001:2000)
UNICER - Bebidas de Portugal, S. A./CAFÉ BOGANI • Sistema de Gestão da Qualidade (NP EN ISO 9001:2000) • Produto: Café Torrado em Grão; Café Torrado Moído (Bogani) (FD-VEPR-014/rev 1 (SGS))
Jornal Hipersuper
Defender em simultâneo os interesses do sector e dos consumidores José Seno, presidente da AICC - Associação Industrial e Comercial do Café, explicou à SGS Global porque é que a certificação das empresas do sector contribui para a melhoria do produto final junto dos consumidores. Quando foi constituída em Portugal a AICC e com que objectivos? A actual AICC - Associação Industrial e Comercial do Café, apesar do seu recente nome, é das organizações empresariais mais antigas do país. Constituída em 1975, como associação patronal, cedo se tornou imprescindível à sobrevivência do sector na sequência da contingentação das matérias-primas. O período 1975-1980 foi muito importante para a Associação, que revelou uma notável eficácia na ajuda à resolução dos graves problemas dos seus associados. Com efeito, a partir de Novembro de 1975, com a independência das nossas colónias, Portugal deixou de ser um produtor de café e passou a ser um importador. E como se esta desfavorável inversão não lhes bastasse, os torrefactores ainda foram contingentados nas quantidades de matérias-primas a importar. Como é vulgar nestas situações de escassez de produtos, surgiu de imediato um oportunismo desenfreado que, à margem da legalidade, conseguia obter toda a matéria-prima necessária, provocando a concorrência desleal e a injustiça entre industriais do mesmo sector. Foi então que decidiram actuar? Exactamente, criando uma Cooperativa de Importação de Café para colmatar esta situação e abastecer de matérias-primas todos os nossos associados de então, inclusive aqueles que pela sua reduzida dimensão nunca teriam acesso à mais pequena tranche. Depois, entre 1985 e 1995, desenvolveram-se várias iniciativas no sentido de modernizar as empresas e informar os associados, designadamente visitas técnicas a países como a Holanda e a Bélgica, estudos de mercado com o objectivo de caracterizar e melhor compreender o mercado do café, e envio de informação regular aos associados, sempre com vista a dinamizar e a modernizar as nossas empresas. Este trabalho manteve-se, sempre com dinamismo crescente, até aos dias de hoje. Qual é o peso do café na alimentação e no negócio geral gerado pelas várias vertentes da distribuição em Portugal? Em Portugal estima-se que 84% dos jovens e dos adultos
consumam café, bebendo, em média, 2,2 chávenas por dia. O consumo per capita é de 2,9kg por ano, número inferior à média europeia e muito baixo face ao consumo em países como a Finlândia, onde o consumo per capita se situa nos13kg/ano. Os portugueses consomem café, fundamentalmente, fora de casa (78% do consumo do país), o que torna o café expresso um produto muito importante para o canal HORECA. Para obter um conhecimento real e profundo sobre esta questão, a AICC está a realizar, desde Fevereiro de 2007, um estudo de mercado alargado. É um consumo e um negócio equitativo em todo o país? Sim. Não são conhecidas assimetrias ou casos particulares no consumo do café ao longo do país. Que tipos de café são mais consumidos em Portugal? Fora do lar, 99% dos portugueses toma café torrado e 1% toma café solúvel. No lar, 70% toma café torrado e 30% prefere o café solúvel. A sua comercialização nem sempre é feita da melhor maneira e, por isso, muitas vezes os consumidores queixam-se de que o café é intragável… Muitas vezes esta situação surge na sequência de um café expresso mal tirado e não devido à qualidade do café. Porque, lamentavelmente, não fazem parte do curriculum dos nossos barmen e dos hoteleiros das escolas de hotelaria portuguesas assuntos relacionados com o café. A AICC vai, por isso, lançar brevemente, cursos de formação para estes profissionais.
Certificação contribui para bom desempenho A que factores se deve a aposta na implementação e certificação de sistemas de gestão da qualidade e do ambiente, assim como de certificação do próprio produto e da segurança alimentar, por um número significativo de empresas do sector? À necessidade de aumentarmos a qualidade da torrefacção, do embalamento, da distribuição e, consequentemente, da própria eficiência e rentabilidade das empresas associadas.
9 SGS Portugal
tema de capa
> O CAFÉ E A SAÚDE Porque este é um domínio representativo do sector alimentar em Portugal e porque quanto melhor for o café disponibilizado ao mercado, maior será o seu consumo. O facto de o sector torrefactor ter já muitas empresas certificadas constitui uma garantia para a qualidade do café que produzem e vendem, e reforça a nossa vontade de ver outras empresas seguir esta via. Uns dizem que o café faz bem e outros que faz muito mal. Qual será a perspectiva mais adequada? Existem variadíssimos estudos científicos que provam que o consumo moderado de café apresenta muitos aspectos positivos para a saúde. Desde logo, o facto de a cafeína ser um dos componentes que mais figura nas especialidades farmacêuticas. Outro aspecto importante é a existência de países (Reino Unido, França, Itália, etc.) onde os técnicos de saúde recomendam aos seus pacientes que bebam café em várias situações clínicas. A título de exemplo, podemos referir que o café combate o aparecimento de doenças como Parkinson e Alzheimer. É, igualmente, um aliado da classe médica no combate à Diabetes Tipo 2 e deve fazer parte das dietas de emagrecimento porque absorve gorduras do organismo.
E por estar cientificamente comprovado que assim é, a AICC está a preparar para o final do primeiro trimestre de 2007 o lançamento de uma campanha de informação sobre todos os aspectos positivos do café para a saúde. Quem são os destinatários dos trabalhos desenvolvidos pela Associação? O âmbito de intervenção da AICC, dado tratar-se de uma associação que engloba desde empresas de torrefacção de café às de café solúvel e às dos membros aderentes (fornecedores do sector torrefactor), é necessariamente vasto. Por isso, destacam-se como principais domínios de acção a emissão de pareceres, a divulgação de informação, a representação das empresas do sector em organizações internacionais, designadamente na EUCA - Federação Europeia das Associações de Torrefactores de Café, e na ECF - Federação Europeia do Café, a formação e a realização de seminários e de workshops sobre temas relevantes para o sector. Lembro que realizámos recentemente cursos sobre HACCP e Rastreabilidade, após adaptação destes sistemas ao sector torrefactor.
Áreas de actuação da AICC em Portugal
10 SGS Portugal
A recolha, produção e distribuição de informação estatística às empresas do sector; fornecimento de estatísticas a organismos internacionais (EUCA e ECF) e às associações estrangeiras congéneres; a realização de estudos de mercado que enquadram a informação estatística, bem como de análises comportamentais dos compradores e consumidores de café, são áreas em que a AICC intervém com frequência. No domínio da informação da opinião pública, actua regularmente através da implementação de acções como a produção e distribuição de informação escrita sobre o café e a
saúde; apoio a estudos de investigação na área do café e da saúde; troca de informação com o COSIC - Coffee Science Information Centre ; colaboração com o IBESA - Instituto de Bebidas e Saúde na concessão de bolsas de estudo para mestrados e doutoramentos que realizem trabalhos na área do café e da saúde; colaboração com a Faculdade de Nutrição do Porto; organização de uma campanha de esclarecimentos sobre as vantagens do café para a saúde; lançamento da Confraria do Café, com o objectivo de reforçar a cultura do mesmo em Portugal.
Euan Paul, médico inglês, aconselha… O café é um bom ou um mau ingrediente para a saúde? O café é um dos produtos mais investigados do mundo desde o início da década de 70, data a partir da qual têm sido publicadas centenas de estudos científicos sobre os benefícios para a saúde humana da sua toma moderada. Que tipo de benefícios? Muitos dos benefícios atribuídos ao café derivam da existência na sua composição da cafeína, um estimulante do sistema nervoso central que se tem revelado responsável pelo aumento dos níveis individuais de alerta, que alivia os sintomas de frio, que aumenta a eficácia dos analgésicos e que funciona como um dispositivo de prevenção, aliviando, por exemplo, os sinais de fadiga ao volante. As mais recentes descobertas revelam, ainda, que o café é uma boa fonte de antioxidantes, agentes protectores contra doenças cardiovasculares e contra o cancro. Outras, ainda, atribuem ao café a capacidade de proteger contra os sintomas da Diabetes Tipo 2, devido aos ácidos clorogénicos que contém.
Consumidores mais informados As pessoas estarão, habitualmente, conscientes destes benefícios? O número de consumidores bem informados sobre o tipo de alimentos que devem integrar na sua dieta alimentar tem vindo a aumentar nos últimos anos. Mesmo assim, continua a haver uma percentagem significativa da população mundial que apenas vê no café malefícios, embora não saiba porquê. Eu, como especialista e baseado nos estudos científicos que têm sido realizados, posso garantir-vos que podem desfrutar do sabor de um bom café sem preocupação alguma relativamente à saúde. De que forma se pode fazer chegar aos consumidores esta informação? Em seis países da Europa estão actualmente em curso programas que visam fazer chegar aos profissionais de saúde, designadamente aos médicos, informação correcta e testada sobre a relação entre o café e a saúde humana, uma vez que
Promover o uso moderado do café na alimentação Que iniciativas têm sido promovidas para aumentar o consumo do café, explicando os seus benefícios para a saúde? A publicação quase maciça de informação científica sobre esta matéria tem sido uma constante nos últimos anos. O Coffee Science Information Centre - COSIC (www. cosic.org), entidade europeia que promove a nível global esta problemática, gere uma importante base de dados sobre os aspectos positivos do café, à qual é possível aceder facilmente através da Internet, e também sobre um conjunto de programas em curso. O Positively Coffee, que funciona sob a tutela da Organização Internacional do Café (OIC), por exemplo, é um desses programas.
A sua implementação, bem como a do Programa de Educação sobre os Benefícios do Café destinado aos Profissionais de Saúde em seis países europeus, está praticamente concluída. A Associação Nacional de Café dos Estados Unidos também desenvolve programas promocionais/educacionais idênticos, à semelhança do que fizeram a Associação de Café do Canadá e todas as associações de café japonesas. Os países produtores de café são igualmente responsáveis pela implementação de programas educacionais relacionados com o café e a saúde humana. Sei que esteve em Portugal o ano passado. Gostou do café que tomou no nosso país? Sou não só um assíduo apreciador de café como um regular visitante de Portugal, país onde trabalho habitualmente com a AICC - Associação Industrial e Comercial do Café (www.aicc.pt) e no qual me sinto realmente bem em passeio. Talvez a qualidade do café seja um dos motivos que me traz por cá!!!
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estes aconselham regularmente os seus pacientes a deixarem de tomar café sem saberem, na maior parte dos casos, porquê. Estes programas existem há três anos e os resultados da sua implementação têm evidenciado diversas mudanças de opinião junto dos públicos-alvo abrangidos. Quais os benefícios que mais têm contribuído para essa mudança de opinião? A comunidade científica que investiga a constituição do café e os efeitos da sua toma regular tem vindo a descobrir que o café e os seus componentes adiam, evitando até, os sintomas da doença de Alzheimer; que a cafeína desperta o sentido de alerta e de atenção e que tem um efeito broncodilatador, podendo ajudar as pessoas que sofrem de asma a respirarem mais facilmente; que o café possui antioxidantes poderosos, em quantidade quatro vezes superior à do chá; que o café pode proteger contra alguns tipos de cancro e contra os sintomas da Diabetes Tipo2; que o café pode ajudar na prevenção da formação de cálculos biliares e cálculos renais ('pedras nos rins'); que o café pode proteger os seus consumidores do aparecimento de doenças hepáticas e que pode funcionar como indutor de comportamentos não-alcoólicos em pessoas que sofrem de alcoolismo. Sabe-se também que a cafeína melhora o desempenho físico, protege contra a doença de Parkinson e que é uma importante fonte de fluidos para a nossa dieta alimentar. Significa isto que não há motivo para que se impeçam as pessoas de beber moderadamente café e que os médicos e outros profissionais de saúde deverão olhar para os seus aspectos positivos sem ideias pré-concebidas. Significa também que se os consumidores estiverem conscientes de alguns destes aspectos mais positivos podem, sem recriminação, continuar a beber diariamente o seu café. Qual é a idade indicada para se começar a beber café? Não há uma idade pré-definida, embora em alguns países do mundo o café com leite seja uma bebida tomada a partir dos cinco anos de idade. O mais natural, contudo, é que só na juventude se tenha contacto directo com o sabor amargo do café, contacto esse que depois se mantém pela vida fora.
Quem é Euan Paul? Euan Paul, médico internacionalmente reconhecido pelo empenho que tem colocado na divulgação dos benefícios do café, exerce a sua actividade profissional no Hospital de St.Thomas, em Londres. Em 1990 criou o Coffee Science Information Centre (COSIC) com o objectivo de promover as metodologias e os procedimentos utilizados na generalidade das empresas produtoras, transformadoras e de comercialização de café a nível mundial, bem como os benefícios associados à toma regular de um bom café. Desde então, os programas de promoção e de divulgação desenvolvidos por esta organização muito têm contribuído para a inclusão do café na dieta alimentar de um número crescente de consumidores. O também director executivo da British Coffee Association (BCA), promete continuar a trabalhar para que o café seja considerado um alimento saudável e propiciador de vários benefícios para o nosso organismo, designadamente junto da classe médica a que pertence.
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Automotive em expansão na Europa
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Em entrevista à SGS Global, Fred Herren, vice-presidente do Grupo SGS para o sector Automotive, faz um balanço positivo desta área de negócio e elogia a performance da afiliada portuguesa. Aumentar os resultados e melhorar a margem operacional desta área de actividade são os seus principais objectivos para 2007.
Qual é o peso do sector Automotive nos negócios do Grupo SGS? O peso do Automotive nos negócios do Grupo tem vindo a crescer, com forte ênfase nos serviços de inspecções obrigatórias a veículos automóveis e na expansão da actividade de inspecção a veículos em final de contrato de aluguer na Europa. Em que países é que esta área de negócio está mais desenvolvida e tem melhores resultados? Actualmente (início de 2007), os EUA, a Irlanda e a França são os mercados-chave para o negócio Automotive da SGS. Na realidade, durante muitos anos a maior operação do negócio Automotive da SGS ocorria nos EUA. Tratava-se de uma operação que incluía os serviços de gestão de dados (os centros de inspecção estão ligados às autoridades estatais, o que permite o cruzamento imediato e in loco dos dados de cada veículo com os resultados das inspecções) e uma forte actividade comercial na área das inspecções a veículos em final de contrato de aluguer para leilão e a carros novos. Porém, nos últimos três anos, temos trabalhado arduamente para diversificar as nossas actividades no mercado americano. Também na Irlanda estamos a ter um crescimento muito significativo, crescimento esse que se deve quer à operação do programa de inspecções obrigatórias a veículos que temos em curso quer à expansão de um serviço inovador na nossa oferta, que é o da prestação de serviços à Agência de Segurança Rodoviária, o qual inclui, por exemplo, a realização de exames de condução. Em França, com as recentes aquisições das empresas Securitest e Auto-Securité, somos neste momento os líderes de mercado no domínio das inspecções obrigatórias a veículos. Quais foram os resultados da área de negócio Automotive em 2006? E a margem operacional? O volume de negócios atingiu os 220 milhões de Francos Suíços, com uma margem operacional de 13,5%. As receitas cresceram 10% face a 2005 e a margem operacional aumentou 18,3%, o que é uma boa progressão. É possível adiantar-nos as projecções para 2007? Ainda é cedo para avançar com projecções. O mais importante é termos todos consciência de que a área de negócio Automotive é parte integrante da estratégia do Grupo e que, como tal, tem de contribuir activamente para se atingirem as metas globais definidas para 2008. Em atenção a esse objectivo, esperamos acelerar o crescimento e melhorar ainda mais as nossas margens em 2007.
Equipa portuguesa é dinâmica e geradora de resultados Quais são as principais inovações do Grupo SGS no sector Automotive? A diversificação de serviços na área das inspecções obrigatórias a veículos foi a principal inovação que introduzimos no mercado em 2006. Os bons contactos com os clientes que já tínhamos, designadamente com as agências governamentais responsáveis pela segurança rodoviária e/ou transportes, constituíram a principal alavanca para a oferta de novos serviços e de serviços complementares. Por exemplo, na Irlanda estamos envolvidos em programas especiais para inspeccionar táxis e estamos também mandatados para a realização de exames de condução. Em Londres vamos começar em breve a inspeccionar os famosos táxis pretos, depois de termos estado a fazer o mesmo tipo de inspecções a carros alugados a privados. E há muitos mais serviços que podemos, e vamos com certeza, disponibilizar neste domínio no futuro próximo. Conhece certamente a performance da SGS Portugal nesta área de negócio. Como avalia os resultados da SGS em Portugal e, em especial, no negócio Automotive? Portugal é muito importante para o Grupo. Tem uma equipa de gestão muito forte e dedicada, que em 2006 apresentou novas ideias, novos negócios e ganhou novos clientes. Em Portugal temos fortes competências no domínio da prestação de serviços de avaliação de danos a companhias de seguros, onde mantemos um nível de serviço bastante elevado. O mercado português está a evoluir, os clientes do sector segurador estão cada vez mais selectivos quando contratam serviços especializados, tal como acontece nos restantes países europeus. Por outro lado, assistimos ao crescimento do mercado das inspecções a veículos no final do contrato de aluguer, um serviço que é um forte apoio às actividades de remarketing automóvel. Finalmente, e no que diz respeito às inspecções periódicas obrigatórias, o mercado em Portugal é bastante concorrencial, mas estaremos sempre interessados em analisar mais e melhores oportunidades de trabalho nesta área. Qual é o seu maior desejo profissional para 2007? Que todos nós, em toda a organização, permaneçamos entusiasmados quando pensamos em novas maneiras de atrair e de reter clientes, focando-nos, sobretudo, na forma de corresponder melhor às expectativas existentes em cada um dos nossos clientes.
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“Portugal é muito importante para o Grupo. Tem uma equipa de gestão muito forte e dedicada, que em 2006 apresentou novas ideias, novos negócios e ganhou novos clientes.
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> Fred Herren, vice-presidente da SGS para o sector Automotive
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Automotive SGS cria valor para o cliente A Divisão Automotive da SGS presta serviços a todas as organizações relacionadas com a cadeia de produção e em qualquer fase do ciclo de vida dos veículos. dro Coelho, director da Divisão, salienta que, apesar da SGS oferecer uma gama alargada de serviços standard, "estes são encarados como um mero ponto de partida. A nossa postura assenta no conceito ‘taylor-made services’, o que significa que adaptamos as características dos nossos serviços às necessidades e especificações de cada cliente. Por exemplo, nas inspecções de avaliação de danos ou até nas de remarketing, além de recorrermos a aplicações informáticas desenvolvidas pela SGS (VINCI) e por entidades internacionalmente reconhecidas (como o Audatex, sobretudo na componente Audaflow, e o EuroTaxGlass), que contêm os requisitos que nos permitem fornecer aos clientes relatórios com todas as informações e dados de que necessitam, também usamos outras ferramentas que os clientes nos peçam por estarem mais de acordo com o que precisam". O cumprimento dos prazos e dos elevados níveis de serviço acordados, decorrentes quer dos meios tecnológicos de que dispõe quer da grande experiência e know-how dos peritos e inspectores, bem como a transparência, rigor e isenção na sua actuação, são as características que os clientes da Divisão Automotive da SGS Portugal mais apreciam.
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Bruno Barata
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Negócios em crescimento > Pedro Coelho, director da Divisão Automotive da SGS Portugal
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om uma experiência de mais de 20 anos a trabalhar com a indústria automóvel, a SGS presta serviços de inspecção ao design, construção e funcionamento de veículos e executa programas de inspecção e verificação fornecidos para governos, fabricantes, traders, leasers, bancos e companhias de seguro em todo o mundo. Em Portugal, a Divisão Automotive da SGS actua também nas duas categorias de inspecção e verificação a veículos, onde se enquadram, respectivamente, os serviços de off-lease e de aluguer e os serviços de consultoria técnica (inspecção a veículos) e gestão de risco (controlo da qualidade automóvel, monitorização da rede de fornecedores e serviços especializados a seguradoras). Pe-
As inspecções de avaliação de danos a veículos são as que detêm maior peso no volume de negócios da Divisão Automotive, cerca de 70%. Entre os principais clientes da SGS Portugal nesta área estão as companhias de seguros que operam no ramo Automóvel, designadamente a Allianz, a Açoreana, a AXA, a Lusitania, a Victória e a Mapfre. Contudo, as inspecções de avaliação de danos a veículos em final de contrato (off-lease e aluguer) tendo em vista o remarketing das viaturas para o mercado de usados, também têm vindo a crescer exponencialmente graças, sobretudo, aos contratos com dois dos principais operadores do mercado do aluguer operacional de veículos, a GE Commercial Finance, Fleet Services e a LeasePlan, empresas que em Portugal são líderes incontestados do sector. "Nesta área trabalhamos também com importadores das marcas, como por exemplo a Mitsubishi Motors Portugal, que fornecem veículos às empresas de rent-a-car. Na retoma é preciso verificar quais os danos que as viaturas apresentam e qual
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o custo da reparação", acrescenta Pedro Coelho. Uma outra área importante da actividade da Divisão Automotive é a da averiguação de sinistros, serviço a que recorrem quase exclusivamente as companhias de seguros (no portfolio de clientes desta área encontram-se a Allianz, a Crédito Agrícola Seguros, a Lusitania e a Zurich). E é na averiguação de sinistros que a SGS Portugal vê maiores potencialidades de crescimento do negócio Automotive em 2007. De acordo com Pedro Coelho, as seguradoras estão a apostar cada vez mais na subcontratação de serviços de averiguação de sinistros (e também de inspecções de avaliação de danos) como forma de melhorarem a qualidade do serviço que prestam aos segurados e reduzirem os custos. "Para poderem reduzir os prémios que cobram aos segurados e manterem ou
Serviços de Inspecção a Veículos • Serviços de off-lease e de aluguer; estudos de fiabilidade e desempenho; análises demográficas; gestão de projectos de aperfeiçoamento de centros de testes físicos e projectos de modernização de tecnologias de informação; introdução de elementos inovadores, como o desenvolvimento de novo software, especificações de hardware e sistemas de apoio; outsourcing de serviços de gestão de dados; programas de garantia da qualidade; especificações de equipamentos e programas de testes de consistência; programas de formação sobre testes de consistência; programas de formação específicos para cada cliente; e, ainda, instalações de call-center.
Serviços de Verificação de Veículos • Esquema de Certificação para o Ramo Automóvel • Serviços de Controlo da Qualidade Automóvel • Serviços de Monitorização da Rede de Fornecedores • Serviços Especializados para Seguradoras
melhorarem as suas taxas de rentabilidade e de sinistralidade, as companhias de seguros têm de reduzir os custos com os sinistros. E isso depende da correcta averiguação dos sinistros (se o sinistro é pago ou não é pago e de quem é a responsabilidade) e da correcta avaliação dos danos e dos custos de reparação dos veículos. A SGS tem capacidade para ajudar os clientes a reduzirem o custo médio dos sinistros, através da redução do custo médio de reparação, nomeadamente pelo recurso a ferramentas de orçamentação específicas e a outras soluções adequadas às suas necessidades", explica o director da Divisão. No âmbito dos serviços de monitorização da rede de fornecedores, a SGS Portugal executa também, entre outros, inspecções pré-embarque, pré-entrega e na entrega (first place of rest) aquando do transporte dos veículos (seja por via marítima, ferroviária ou rodoviária) ou, para se ser mais preciso, sempre e quando "os veículos ou a responsabilidade mudam de mãos".
Diversificar serviços a toda a cadeia do ciclo de vida dos veículos Actualmente, os serviços prestados pela Divisão Automotive da SGS Portugal posicionam-se fundamentalmente a meio da cadeia do ciclo de vida dos veículos. Porém, o objectivo é diversificar e abranger todas as áreas de intervenção em que o Grupo actua a nível mundial. "O nosso objectivo é o de acrescentar valor em todos os serviços que prestamos e que podemos prestar. Na cadeia do ciclo de vida do veículo há muitos mais serviços que a SGS pode desenvolver também em Portugal, designadamente a montante (verificações a veículos novos nos fabricantes, por exemplo), e a jusante (inspecções a viaturas usadas para revenda, viaturas de retoma e viaturas de ocasião), incluindo no fim do ciclo de vida do veículo (gestão integrada). Para além de continuarmos a incrementar as actividades onde já actuamos, é nestas novas áreas que vamos apostar para desenvolver o negócio", conclui Pedro Coelho.
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Um dia com... … um perito de avaliação de danos
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odos os dias, às 9 horas, quando sai das instalações da SGS no Porto, Manuel Costa leva consigo os processos que os clientes, na grande maioria seguradoras, enviaram na véspera para a Divisão Automotive da SGS. Espera-o um dia de trabalho com visitas a várias oficinas, onde os veículos, mais ou menos danificados, aguardam para serem inspeccionados. A primeira paragem da manhã é na Autopartner II. O veículo em causa é uma carrinha, de marca Opel, com poucos meses e uma feia pancada lateral. O processo, tal como foi enviado pelo cliente, poucos dados tem para além da identificação da apólice, do proprietário e do veículo, o tipo de dano e uma breve descrição do sinistro. É preciso completá-lo. Manuel Costa regista, entre outros elementos, a marca, o
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… um inspector de remarketing
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Fotos Bruno Barata
o final de um contrato de aluguer de longa duração o veículo é entregue à empresa de leasing. Esse veículo tem ainda algum valor no mercado de usados, valor que depende tanto da marca, do modelo ou dos acessórios disponíveis, como do estado em que o mesmo se encontra. Às companhias de leasing interessa recuperar o valor dos danos causados pela utilização excessiva ou não admissível do automóvel. E é aqui também que os serviços de inspecção da SGS são uma mais-valia adicional. Recebido o pedido, o inspector da SGS vai proceder a uma análise exaustiva do veículo, observando os dados técnicos (marca, modelo, versão, quilometragem, etc.), o estado de conservação dos pneus e os danos interiores e exteriores do veículo. (Foto 1) Inclusive, é verificada a existência de todos os documentos e chaves, se as revisões foram efectuadas nas oficinas da marca e se se encontram devidamente registadas.
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Caso sejam detectados alguns danos, os mesmos são assinalados, registados e fotografados. (Foto 2) Ao longo da inspecção, Nuno Fernandes, o perito da SGS, regista todos os elementos num PDA, o qual está equipado com o sistema VINCI. (Foto3) Desenvolvida pela SGS, esta aplicação informática tem integrados os dados EuroTaxGlass, que fornece todas as informações técnicas dos veículos (componentes, preço, etc.). Introduzidos os elementos recolhidos, incluindo as fotografias, o sistema elabora o relatório sobre a condição do automóvel, informando sobre os danos e fornecendo o custo da reparação. Através da mesma plataforma é enviado, na hora, um email automático ao cliente com o link (url) directo do relatório. No final da inspecção, Nuno Fernandes coloca um autocolante com o símbolo da SGS, sem o qual não é autorizada a comercialização do veículo pelo operador que o detém. (Foto 4)
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modelo, a versão, o tipo de combustível e o número de quilómetros. (Foto 2) Estes elementos serão mais tarde cruciais para se calcular o custo da reparação. De seguida, o perito da SGS analisa os danos do veículo acidentado, fotografando-os para melhor documentação do processo. (Foto 3) Todos os elementos recolhidos são imediatamente introduzidos no sistema informático. A SGS utiliza as mais modernas ferramentas de avaliação de danos existentes no mercado, como a base de dados Audatex, que fornece (com base nos tempos e preçários de cada construtor) o preço das peças a substituir e os tempos de substituição, entre outros. (Foto 4) A rapidez e a transparência do processo de cálculo
não evitam, no entanto, o 'confronto' com o orçamentista da oficina. A larga experiência e a formação do perito da SGS são aqui uma mais-valia, garantindo que o veículo é reparado com o menor custo possível. (Foto 5) Ainda no local, é impresso o relatório onde consta a avaliação do dano e o custo da reparação. Simultaneamente, utilizando uma das componentes do Audatex, o Audaflow, é enviado um relatório completo ao cliente, onde constam também as fotografias. Menos de 24 horas depois de ter solicitado o serviço, o cliente obtém um relatório final. O mesmo acontece em 90 a 95% dos pedidos de avaliação de danos que todos os dias dão entrada na SGS.
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… um perito de averiguação de sinistros auto
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pedido de averiguação feito pela seguradora desencadeia um processo de investigação para apurar e confirmar as circunstâncias em que o acidente, neste caso uma colisão entre duas viaturas, ocorreu. Através da plataforma electrónica desenvolvida pela SGS para este tipo de serviço, Paulo Branco, perito averiguador da SGS, tem acesso aos documentos necessários para dar início ao processo. O perito analisa as condições da apólice, a declaração amigável e o auto da ocorrência elaborado pela polícia. É preciso estar atento a qualquer informação menos clara e que pode indiciar tentativa de fraude. Nesta ocasião é determinada a estratégia a seguir. No acidente em análise não há registo de feridos, pelo que não será necessário recolher elementos no hospital. A prévia existência do auto da ocorrência elimina também uma visita à esquadra. Assim, é altura de ouvir os intervenientes no processo, os dois condutores e as testemunhas oculares, por forma a confirmar as versões e a esclarecer eventuais dúvidas. (Foto1) Outro procedi-
mento comum a qualquer processo é a análise dos veículos envolvidos, de modo a confirmar que os danos existentes são compatíveis com a versão apresentada. (Foto 2) Também habitual é a simulação do acidente no local. Aqui é feita uma reportagem fotográfica e são recolhidos elementos para uma correcta avaliação da ocorrência. (Foto 3) Na posse destas informações o perito elabora um croqui do acidente. Os elementos recolhidos são reunidos de forma factual no relatório de averiguação, o que possibilita a Paulo Branco transmitir e fundamentar o seu parecer sobre a responsabilidade e a veracidade do sinistro, promovendo o enquadramento do mesmo nas condições gerais da apólice, Código da Estrada, Civil, Comercial e/ou Penal. O relatório final é enviado ao cliente, por via electrónica, ao final de oito dias (em média). Mas o envolvimento do perito pode não terminar aqui. Muitos casos só se resolvem em tribunal, local onde o testemunho independente e imparcial da SGS é muito importante.
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Lusitania mantém parceria com a SGS
Bruno Barata
A parceria entre a Lusitania e a SGS Portugal data de 1998. A disponibilização já na altura da marcação de peritagens automóveis via Internet foi determinante para a concretização de uma relação que se mantém e cujas perspectivas de futuro são elevadas para ambas as partes.
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> José Pedro Dias, director do Centro de Sinistros Automóvel da Lusitania
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osé Pedro Dias, director do Centro de Sinistros Automóvel da Lusitania Companhia de Seguros S. A., é peremptório a este respeito: “Na vida nada é eterno mas a verdade é que continuamos empenhados em que esta parceria se mantenha. Desejamos, por isso, que os responsáveis da SGS Portugal tenham o mesmo entendimento e que ambas as empresas continuem a sair beneficiadas com esta relação. Noto que o pioneirismo dos serviços da SGS no domínio da avaliação de danos em veículos sinistrados, vulgarmente conhecida por peritagem automóvel, é algo que nos entusiasma desde sempre. Não podemos esquecer, por exemplo, que nove anos passados sobre o início desta parceria continuamos convencidos de que a funcionalidade da marcação das peritagens através da Internet constituiu uma grande inovação e que acrescentou valor ao processo até então praticado pela Lusitania”. Ultrapassada a primeira fase de adaptação e de desenvolvimento progressivo, os resultados positivos alcançados e a experiência adquirida por ambas as empresas permitiram que em 2003 se desenvolvessem novas formas de actuação no tradicional modelo de negócio. Actualmente, a parceria entre a Lusitania e a SGS divide-se, por isso, em duas partes distintas, nomeadamente a da avaliação de danos em veículos sinistrados (peritagem automóvel) e a da averiguação de acidentes (apuramento das suas causas e responsabilidades). O maior volume de negócios entre as duas empresas continua a concentrar-se na área da avaliação de danos em veículos sinistrados.
Cinco razões de peso Questionado sobre a mais-valia desta parceria, José Pedro Dias responde da seguinte forma: “São cinco as razões que
sustentam esta parceria, designadamente o facto de permitir conferir à 'peritagem' e à 'averiguação' independência e imparcialidade; o facto de reduzir significativamente o grau de conflituosidade entre os proprietários dos veículos e os intervenientes nos acidentes; o facto de possibilitar o estabelecimento de padrões de qualidade e de rapidez de serviço uniformes em todo o país, incluindo a Madeira e os Açores, dos quais os principais beneficiários são, naturalmente, os clientes da Lusitania. E consiste também no desenvolvimento de uma comunicação activa e eficaz entre ambas as partes, comunicação essa que inclui aspectos tão importantes como o pedido de marcação da peritagem; a recepção dos relatórios preliminares, interinos e finais de peritagem; e a facturação electrónica. O controlo mais eficaz dos custos, quer com as peritagens quer com as reparações, decorrente da disponibilização por parte da SGS de um conjunto de estatísticas e de informação regular que são, obviamente, elementos de análise bastante úteis para a gestão da Direcção de Sinistros Automóvel da Lusitania e em particular para o desempenho diário das funções do perito-chefe desta seguradora, é outra das mais-valias que não posso deixar de referir”, sublinha José Pedro Dias.
O maior volume de negócios entre as duas empresas continua a concentrar-se na área da avaliação de danos em veículos sinistrados.
Zurich aposta no outsourcing com a SGS
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Zurich actuava na área acima referida através de uma rede de averiguadores próprios. Porém, depois de feita uma análise profunda à eficiência do processo, quer em termos do combate à fraude quer da optimização dos custos decorrentes da operação, concluiu ser preferível subcontratar uma entidade terceira, independente, credível e reconhecida no mercado para desempenhar esta função. A escolha recaiu, “por mérito próprio” (reconhece Rui Gil) nos serviços prestados pela SGS Portugal. “Da análise que efectuámos ao mercado, a SGS evidenciou-se pela sua competência e profissionalismo, pela eficácia ao nível do timing despendido com cada processo e pela implantação territorial de que dispõe, uma vez tratar-se de uma empresa com capacidade de resposta em todo o território nacional, Madeira e Açores incluídos. E para uma companhia como a Zurich, cuja implantação a nível nacional é elevada, só fazia sentido estabelecer uma parceria com um fornecedor que tivesse disponibilidade para trabalhar a qualquer hora e em qualquer zona geográfica do país”, sublinha o mesmo responsável. Qual é, então, a mais-valia deste serviço e desta parceria? A Zurich, segundo Rui Gil, apostou na subcontratação dos serviços de averiguação de sinistros da SGS como forma de melhorar a qualidade do serviço que presta aos seus segurados e de reduzir os custos daí decorrentes. "Para poderem reduzir os prémios que cobram aos segurados e manterem ou melhorarem as suas taxas de rentabilidade e de sinistralidade, as companhias de seguros têm de reduzir os custos com os sinistros. E isso depende, entre outros aspectos, da correcta averiguação dos mesmos, designadamente de saber se o sinistro é pago ou não é pago e de quem é a responsabilidade", sublinha o coordenador da Área de Sinistros da Zurich. Que acrescenta, “com esta parceria, a SGS Portugal coloca ao nos-
so dispor uma equipa de averiguadores altamente profissionais, que, em função das situações que nos são relatadas pelos sinistrados, verificam em que condições e de que forma ocorreram realmente os sinistros apresentados à companhia e se os mesmos se enquadram nos termos e nas condições gerais estabelecidos nas apólices em vigor entre o tomador do seguro e a Zurich. A partir do relatório final que nos é entregue pela SGS Portugal é depois tomada uma decisão na qual não resta qualquer margem para dúvidas e com a qual ficam salvaguardados os interesses dos nossos clientes e também os da companhia”. E é este trabalho e o respectivo relatório que diminuem substancialmente o número de litígios decorrentes dos sinistros, assim como a tentação de fraude que continua a existir no mercado português, embora, felizmente, cada vez em menor número.“Dos averiguadores da SGS que trabalham com a Zurich esperamos, por isso”, conclui Rui Gil, que “sejam parceiros efectivos e eficientes na prevenção de situações potencialmente litigiosas e na detecção de situações fraudulentas na área da gestão de sinistros”. Se assim for, e no período em que tem estado a decorrer a parceria entre as partes tem acontecido, “o trabalho conjunto poderá vir a fortalecer-se”, acrescenta ainda o mesmo responsável.
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Data do final de 2006 a prestação de serviços da SGS Portugal para a Zurich - Companhia de Seguros S. A. no domínio da averiguação de sinistros. O balanço, ainda que curto, é já bastante positivo na opinião de Rui Gil, coordenador da Área de Sinistros da companhia.
> Rui Gil, coordenador da Área de Sinistros da Zurich
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GE Commercial Finance, Fleet Services Inspecção de viaturas no final do contrato feita pela SGS
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resente no mercado português desde 1992, a GE Commercial Finance, Fleet Services é a empresa do Grupo General Electric especializada no aluguer operacional de veículos automóveis (AOV, vulgo renting) e gestão de frotas. Com cerca de 26 mil veículos sob sua responsabilidade e um portfolio de clientes com mais de 1400 empresas de todas as dimensões e dos mais diversos sectores de actividade, a GE Commercial Finance, Fleet Services posiciona-se entre as primeiras do seu sector. Graças às parcerias estabelecidas, a empresa conta também com uma rede de 25 centros de recolha (concessionários de automóveis novos e usados) de viaturas espalhados por todo o país. Um dos aspectos mais importantes do negócio do AOV é o das empresas assumirem o risco pela manutenção e revenda dos veículos usados. “No término do contrato do aluguer operacional - que em média dura 40 meses, embora possa ir dos 12 aos 48 meses - a viatura retorna à empresa, que assume o risco da sua revenda no mercado de usados”, explica Paulo Pragana, director de Operações da GE Commercial Finance, Fleet Services. A SGS Portugal intervém “numa fase do processo que é crucial para a empresa, que é a da avaliação dos danos da viatura após o término do contrato com o cliente. No máximo até 48h após a entrega da viatura, um perito da SGS Portugal vai ao centro de recolha e faz a inspecção da viatura, avalia os danos e quantifica-os. No final, elabora o Relatório de Avaliação da Condição do Veículo e envia-o através de um link, juntamente com fotografias dos veículos, para a GE Commercial Finance, Fleet Services. Com base nesse relatório, o Departamento de Terminações termina a viatura, isto é, termina o contrato, que é o vínculo ao cliente, debita-lhe os danos (se existirem) e a viatura é recondicionada para ser vendida no mercado de usados. Este trabalho implica uma estreita colaboração e coordenação entre os peritos da SGS e a área de Terminações e Remarketing da GE Commercial Finance, Fleet Services”, sustenta Paulo Pragana. De acordo com o director de Operações, a parceria estabelecida com a SGS trouxe maior transparência à relação com os clientes, uma vez que, para além de ter permitido uniformizar os critérios e os procedimentos de avaliação e de orçamentação dos danos, as inspecções são realizadas por uma entidade externa, independente, idónea, especializada e com know-how reconhecido para as fazer”. Porém, e apesar dos bons resultados obtidos até ao momento, Paulo Pragana considera que poderá avançar-se para um patamar superior em que as peritagens serão realizadas com a presença em simultâneo de todas as partes envolvidas – o cliente, o responsável do
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> Paulo Pragana, director de Operações da GE Commercial Finance, Fleet Services
centro de recolha e o perito da SGS Portugal, o que tornará todo o processo ainda mais transparente. Neste momento, a SGS inspecciona entre 200 a 250 viaturas por mês mas muito em breve passará a inspeccionar entre 400 a 600. A estreita relação com a SGS contribuiu também para a criação de um novo serviço on-line: o da busca e visualização de viaturas usadas disponíveis para venda nos parques dos parceiros de negócio. Basta aceder ao link http://www. gefleetservicesportugal.com/car_search/cs_index.asp e seleccionar viaturas de acordo com os critérios de pesquisa determinados (marca, modelo, tipo de combustível ou localização da viatura).
Desde Maio de 2006 que as avaliações de danos aos veículos em final de contrato de aluguer operacional da GE Commercial Finance, Fleet Services são realizadas em Portugal pelo Grupo SGS.
Mais segurança com a SGS A segurança é um requisito permanentemente sujeito a controlos e fiscalizações adicionais, motivo pelo qual é essencial dispor de apoio técnico credível e eficiente para responder atempada e adequadamente às exigências da legislação nacional e também da própria sociedade.
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m Portugal, o Grupo SGS dispõe de serviços técnicos específicos, entre os quais se destacam a elaboração de manuais de segurança e de planos de higiene, segurança e saúde no trabalho; a realização de auditorias de segurança; planos de emergência; análise de risco às instalações, aos estaleiros e aos postos de trabalho; planos de intervenção para prevenção, contenção e protecção de riscos; coordenação de segurança em obra; inspecção de equipamentos desportivos; inspecção a parques infantis; inspecção a equipamentos de trabalho; prestação de serviços externos de higiene e segurança; e serviços de suporte à actualização de legislação. Rogério Correia, coordenador de Segurança da Direcção ENVI da SGS Portugal, acredita, por isso, que esta é uma área de actividade que pode e deve crescer no nosso país e na qual o Grupo tem uma palavra importante a dizer, pois as empresas industriais e de construção civil, de comércio e serviços, e as instituições público/privadas como os hospitais têm necessariamente que atribuir à segurança um papel relevante. Porque a legislação obriga mas também, e sobretudo, porque quando uma empresa zela pela segurança dos seus trabalhadores e das suas
instalações está, essencialmente, a apostar em estratégias de diferenciação que a tornarão, com certeza, mais competitiva, mais credível e mais respeitada no mercado em que actua. “A segurança tem vindo a impor-se em Portugal como uma área em que a aposta das empresas começa a ser relevante porque o cumprimento da legislação assim o determina mas também porque a par da qualificação dos seus recursos humanos e da inovação dos seus produtos, serviços e processos, a segurança do que se faz e como se faz não pode nem deve em tempo algum ser descurada. Salvaguardando a segurança das pessoas e bens com que trabalham, os responsáveis das empresas salvaguardam a sua posição no mercado, afirmando-as como organizações competitivas e socialmente responsáveis”, sublinha Rogério Correia.
Cumprir para diferenciar E, de facto, a globalização e a necessidade de internacionalização das empresas obrigou-as a adaptações que passam pelo cumprimento de regras de segurança mais exigentes quando confrontadas com mercados diferenciados
"Salvaguardando a segurança das pessoas e bens com que trabalham, os responsáveis das empresas salvaguardam a sua posição no mercado, afirmando-as como organizações competitivas e socialmente responsáveis". Quem o diz... > Rogério Correia, coordenador de Segurança da Direcção ENVI da SGS Portugal
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> SEGURANÇA
As empresas não devem ficar à espera da visita da entidade inspectora. Devem agir já!
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e com agentes mais empreendedores. Por isso é que é hoje crescente o número de empresas portuguesas provenientes de diversos sectores de actividade que se dirigem à SGS com a preocupação de cumprirem o que está legalmente estipulado no domínio da segurança. Um exemplo recente desta procura tem a ver com o facto de a Lei de Bases da Segurança determinar que todas as empresas disponham de um técnico superior responsável pela área da segurança. E é óbvio que as grandes e médias empresas, sobretudo as industriais, têm nos seus quadros estes responsáveis, inclusive equipas específicas que com apoio técnico exterior zelam pela segurança das instalações, dos equipamentos e dos recursos humanos. Mas a verdade, como sublinha Rogério Correia, é que o tecido empresarial português é composto maioritariamente por pequenas empresas que não têm estrutura física nem estrutura de custos que lhes permitam ter um técnico de segurança ao seu serviço a tempo inteiro. Assim sendo, lembra o mesmo responsável, "há que criar e implementar as melhores soluções para o mercado e a SGS Portugal tem essas soluções, sem que com elas concorra directamente com as empresas de medicina no trabalho, por exemplo. Temos, contudo e felizmente, mais-valias importantes na área da segurança e são estas mais-valias que estamos a promover no mercado e que estamos a disponibilizar às empresas. Porque nós SGS e os nossos técnicos podemos assegurar legalmente a função do técnico de segurança a que a lei obriga e podemos fazê-lo, inclusive, de forma integrada com outras afiliadas SGS internacionais porque temos centros de competência específicos para áreas complexas e de difícil tratamento, como por exemplo a área dos petróleos em Houston, nos Estados Unidos". E é também devido à sua competência, integridade e eficiência que a SGS Portugal, à semelhança do que acontece com outras afiliadas do Grupo nesta matéria, pode apresentar-se ao mercado e às autoridades que o regem como um elemento de dinamização e de criação de in puts no domínio da segurança. "Em Portugal", acrescenta Rogério Correia, "aguarda-se já há algum tempo a reestruturação da legislação relativa ao combate a incêndios e a resposta a emergências aplicável a todos os edifícios que irão carecer de uma análise de risco. Chegará o dia em que estes requisitos serão uma realidade, o que significa que as empresas não devem ficar à espera da visita da entidade inspectora. Devem agir já. Devem construir com qualidade e em segurança, devem elaborar os seus manuais de segurança, dispor de planos de higiene, segurança e saúde no trabalho eficazes; realizar regularmente auditorias de segurança; criar e evidenciar os seus planos de emergência
em caso de crise ou de catástrofe; efectuar análises de risco às instalações, aos estaleiros e aos postos de trabalho; possuir planos de intervenção para prevenção, contenção e protecção de riscos; estar a par da legislação em vigor, da que vai sendo alterada e da que é criada e implementada de novo". E se as empresas o quiserem fazer com a certeza de que os serviços técnicos prestados são profissionais e eficazes, devem contactar a SGS Portugal, que em 2007 vai estar constantemente voltada para o exterior e para as necessidades do mercado, apostando cada vez mais na prestação de serviços externos de segurança aos agentes económicos que deles necessitam em todos os domínios atrás referidos.
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PRÉ-EMBARQUE/ANGOLA
SGS regressa em força a Angola
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m Setembro de 2006, o Governo angolano autorizou a SGS Portugal a proceder, em regime de concorrência, à inspecção pré-embarque de mercadorias para aquele país. “Quando o Governo de Angola anunciou o nome das entidades autorizadas a proceder, em regime de concorrência, à inspecção dos produtos importados pelo seu país, foi com grande satisfação que recebemos a notícia de que a SGS Portugal era uma delas, pois embora estivéssemos confiantes de que iríamos receber esta autorização, dada a nossa vasta experiência nesta actividade e em particular neste país, onde desenvolvemos o nosso serviço durante mais de 20 anos, a comunicação oficial desta decisão era imprescindível para que pudéssemos dar início aos nossos trabalhos e reconquistarmos a quota de mercado que já tivemos num passado recente”, lembra Isabel Delgado, directora do Departamento GIS - Government & Institutions Services e da Divisão de Logística da SGS Portugal. Conhecida a notícia, avançaram de imediato os contactos com as entidades oficiais competentes, designadamente com a Direcção Nacional das Alfândegas de Angola, e com os exportadores portugueses que trabalham habitualmente para este mercado, sendo que a postura comercial entretanto adoptada já deu frutos: “O balanço destes cinco meses de actividade está acima das nossas expectativas. Não temos ainda resultados consolidados sobre o número de inspecções mas prevemos que as solicitações continuem a aumentar, fruto da actividade comercial em que apostámos e também porque a SGS acaba de mudar as instalações do seu Armazém Autorizado à Exportação, oferecendo agora melhores condições para a consolidação de contentores, e porque conta ao seu serviço com uma equipa alargada de inspectores residentes”, revela Isabel Delgado. A par das mais-valias entretanto criadas em Portugal, a SGS apostou também em Angola na criação de uma equipa com competências técnico-profissionais mais alargada, composta maioritariamente por quadros angolanos, no alargamento das suas instalações e na aquisição do equipamento informático necessário às exigências do volume de trabalho entretanto gerado. Presentemente, a SGS tem escritórios operacionais em Luanda, no Lobito e no Namibe, e dispõe no terreno de um director de Operações, de um director de Marketing e de um director do Contrato, os quais, juntamente com o administrador delegado, integram uma estrutura que permite dar resposta atempada aos pedidos dos importadores. Tudo isto tem contribuído para a receptividade do mercado ao trabalho desenvolvido pela SGS, sobretudo o conhecimento que a operadora demonstra ao nível das suas regras de funcionamento e das dos agentes que ali trabalham e também da qualidade que coloca nos procedimentos que utiliza no dia-a-dia. “Desde Setembro de 2006 que apostamos no contacto directo e personalizado com os exportadores e com os importadores, tanto em Portugal como em Angola, pois
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> INSPECÇÕES
Isabel Delgado é ... Directora do Departamento GIS - Government & Institutions Services e da Divisão de Logística da SGS Portugal, que conta com dois Entrepostos Aduaneiros, armazéns localizados na Maia e na Póvoa de Sta. Iria. Estas duas unidades de negócio são responsáveis pelos Programas de Inspecção Pré-Embarque, Programas de Verificação de Importações e Serviços de Valorização e têm como objectivos para 2007 atingir os níveis de serviço exigidos pelos contratos internacionais. o facto de já sermos uma marca conhecida em ambos os países facilitou-nos a retoma dos contactos privilegiados que detínhamos quando ali trabalhávamos”, sublinha Isabel Delgado. E para que esta actividade cresça e os níveis de satisfação dos importadores sejam elevados, a SGS vai trabalhar conjuntamente com as empresas por forma a mantê-las sempre informadas das alterações que venham a acontecer neste domínio e a responder a todas as solicitações que lhe sejam colocadas. Isabel Delgado desvenda a ponta do véu do trabalho que está em preparação e adianta que a SGS está a “preparar para este ano a realização de um workshop, no qual, para além da presença dos exportadores e de outros intervenientes neste processo, esperamos contar com a presença de um representante de Angola”.
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CERTIFICAÇÃO GTP - GOOD TRADING PRACTICE
GTP - Good Trading Practice O GTP - Good Trading Practice é um código europeu aplicável a todos os operadores de comercialização e distribuição de cereais, harmonizado com os princípios do HACCP. De natureza voluntária, é certificado por entidades terceiras independentes. Entre os diplomas legais de cumprimento obrigatório para a comercialização e distribuição alimentar incluem-se, por exemplo, o Decreto-Lei n.º 100/2004 relativo às substâncias indesejáveis nos alimentos; o Regulamento (CE) n.º 178/2002 de 28 de Janeiro de 2002, em vigor desde 1 de Janeiro de 2005 e que estabelece procedimentos em matéria de Segurança dos géneros alimentícios e determina as obrigações dos operadores (sector alimentar e sector alimentos para animais) no âmbito da rastreabilidade e da rotulagem dos produtos em todas as fases (fornecedores matérias-primas, fornecedores serviços, clientes); o Regulamento (CE) n.º 852/2004 de 29 de Abril relativo à higiene dos géneros alimentícios e o Regulamento (CE) n.º 183 de 12 Janeiro de 2005 que estabelece requisitos de higiene dos alimentos para animais, ambos aplicáveis desde 1 de Janeiro de 2006. “Quando uma empresa do sector implementa o GTP e procede à sua certificação cumpre sem dificuldade alguma todos estes requisitos legais praticamente de forma sistemática e sem perdas de tempo”, sublinha Sílvia Domingues. A mesma responsável conclui dizendo que “em virtude destas mais-valias, dos ganhos de produtividade e de eficiência gerados com esta metodologia, durante o ano de 2007 vamos certificar, segundo o GTP - Good Trading Practice, mais duas empresas portuguesas”.
Em sintonia com a legislação Sílvia Domingues fez ainda questão de realçar a complementaridade existente entre a legislação em vigor em Portugal no domínio da segurança alimentar e o código GTP - Good Trading Practice.
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oncebido pela COCERAL, organização europeia representativa do trading de grãos, leguminosas, oleaginosas e cereais forrageiros, destinados ao consumo humano e animal, este código é implementado por empresas portuguesas do sector, que podem depois obter a respectiva certificação junto da SGS Portugal. De resto, há já no nosso país, como se evidencia na entrevista realizada a Luís Sena de Vasconcelos, gerente da Acembex (págs. 26 e 27), empresas que obtiveram esta certificação com o apoio da SGS e que dela retiram mais-valias importantes. Sílvia Domingues, directora da Divisão Agricultural & Minerals da SGS Portugal, explica que o GTP prevê a implementação de um conjunto de procedimentos que zelam pela rastreabilidade do produto ao longo da cadeia de transporte, ou seja, “este código estabelece quais as condições de comercialização, quais as condições de transporte (seja por mar ou por terra), quais as condições de armazenagem que devem ser seguidas pelos operadores envolvidos num determinado contrato. Porquê? Porque é necessário assegurar ao cliente que a entidade logística que contratou para transportar determinado produto respeita na íntegra os princípios estabelecidos pelo Sistema de Gestão da Segurança Alimentar, designadamente ao nível da rastreabilidade, da amostragem, das análises laboratoriais e da formação dos colaboradores, para que os produtos alimentares transportados cheguem ao seu destino em condições de entrarem na cadeia alimentar”. No fundo, a implementação do GTP e a sua posterior certificação permitem a uma empresa que é responsável pelo transporte e comercialização de alimentos a granel, como é o caso dos cereais, demonstrar ao mercado que o faz em total conformidade com as melhores práticas instituídas por entidades terceiras, independentes e fiáveis, como é o caso da COCERAL, a nível europeu, e da SGS, em Portugal. Refira-se, a propósito que em Portugal, a SGS é a única entidade acreditada para o efeito.
> Sílvia Domingues, directora da Divisão Agricultural & Minerals da SGS Portugal
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> ACEMBEX - COMÉRCIO E SERVIÇOS, LDA.
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A Acembex foi a primeira empresa portuguesa a obter a certificação GTP, atribuída em Portugal pela SGS. Luís Sena de Vasconcelos, gerente da empresa, justifica o facto dizendo que: “a curto prazo só estarão em condições de operar na nossa área de negócio entidades que tenham implementado Sistemas de Gestão da Qualidade actuais, consistentes e seguros”.
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Qual é o core business da Acembex e quais as áreas de actividade que desenvolve? Constituída em 1970, como resultado de uma joint venture entre a Tate & Lyle International (U.K.) e a RAR - Refinarias de Açúcar Reunidas, SARL, a Acembex dedica-se à importação e distribuição de cereais (trigo, milho, arroz, cevada) e de outras matérias-primas para as indústrias de rações e alimentar. Centrada na prestação de um serviço de logística e de aconselhamento de grande rigor e qualidade, tem sabido construir uma imagem sólida e credível, tanto junto dos seus fornecedores como dos seus clientes. De destacar é também o seu raio de acção, já que opera a nível mundial, adquirindo matérias-primas na Europa, África, América do Norte e do Sul e no Extremo Oriente, colocando-as em Portugal Continental, Açores e Madeira, e noutros países europeus. Inserida num sector onde a qualidade e a segurança alimentar são factores essenciais, a Acembex está, desde 2001, certificada de acordo com os requisitos da NP EN ISO 9001:2000. Como correu o exercício de 2006 e quais as perspectivas de negócio para 2007? Durante o exercício de 2006, a Acembex manteve uma posição de destaque como importadora e distribuidora de cereais (trigo, milho, arroz, cevada) e de outras matérias-primas para as indústrias alimentar e de rações, tendo movimentado, através dos principais portos nacionais e das ilhas, mais de 800 mil toneladas de produtos. Neste mesmo ano, o mercado de matérias-primas para a alimentação animal
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Sem qualidade não há negócio!
sofreu uma quebra de 10% em consequência do impacto da gripe das aves na indústria de rações. No entanto, a expansão da nossa actividade para novas áreas geográficas, nomeadamente para o Sul do país, Ilhas e algumas zonas de Espanha, fez com que este facto não tenha afectado a política de crescimento da empresa. Ainda em 2006, a Acembex foi responsável por mais de 40% das importações de cereais e seus derivados, na zona Norte do país, com uma quota de mercado de cerca de 15%. A nossa actividade cresceu 20% nos dois últimos anos. Noto que estes resultados só são possíveis porque temos vindo a implementar de forma sistemática novos mecanismos de controlo de gestão, com vista a melhorar o nível de rendibilidade e simultaneamente a minimizar os riscos inerentes à nossa actividade. A par destas alterações, continuamos a fazer um esforço de diversificação dentro das áreas tradicionais da empresa, sendo nosso objectivo estratégico movimentar em 2009 cerca de um milhão de toneladas. Quando se iniciou a parceria que existe entre a Acembex e a SGS Portugal? A Acembex é um elo numa cadeia de valor abrangendo fornecedores, entidades públicas, prestadores de serviço e clientes, que desde sempre entendeu ser necessária a existência de 'um árbitro' independente que regulasse os problemas inerentes a este tipo de actividade, nomeadamente as disputas sobre o peso e a qualidade, que pontualmente ocorrem nas transacções envolvendo produtos naturais transportados a granel. Com esta postura, e com o apoio da SGS, entidade
reconhecida tanto nacional com internacionalmente, foi possível construir e manter, ao longo dos últimos 25 anos, relações estáveis e fiáveis com os nossos principais parceiros de negócio. Como é que esta parceria evoluiu ao longo do tempo? O facto de estarmos inseridos num grupo com uma forte componente industrial agro-alimentar permitiu-nos desenvolver uma sensibilidade para as dificuldades que normalmente afectam as indústrias nossas clientes. Assim, e agindo de forma pró-activa, proporcionamos aos nossos clientes aconselhamento e soluções que permitem, mais do que ultrapassar problemas, evitar que eles surjam. Nomeadamente, na área da segurança alimentar temos vindo a desenvolver projectos em parceria com a SGS e com os nossos clientes, alguns deles projectos piloto a nível europeu, que têm permitido, tanto à produção como à indústria nacional, posicionarem-se na vanguarda da segurança alimentar europeia. Recordo que há mais de 10 anos fomos precursores na Europa na execução de programas com agricultores ribatejanos, envolvendo produtores, indústrias nacionais, técnicos suíços da SGS e da Acembex, em que já nessa altura assegurávamos que o terreno, as sementes, as dosagens de pesticidas, a forma de colheita e secagem do grão respeitavam um caderno de encargos previamente elaborado e validado por todos os intervenientes. Já então produzíamos evidências e efectuávamos controlos que garantiam o integral respeito pelas regras pré-estabelecidas. Dez anos mais tarde, este conceito do 'campo ao prato' é a base das principais normas de segurança alimentar de Bruxelas! Inclusive, já trabalharam em parceria com a SGS França… Exactamente, sendo que fomos precursores na elaboração de um contrato tipo com a SGS França, salvaguardando de forma mais eficaz os interesses dos nossos clientes portugueses, e que veio a ser negociado junto dos principais exportadores franceses, como adenda ao tradicional 'INCOGRAIN n.º 13 de Paris'. Nos últimos anos temos vindo a trabalhar em conjunto na investigação e no desenvolvimento de processos e meios inerentes ao manuseamento de matérias-primas para as indústrias alimentares. Após validação, estes processos foram implementados, permitindo a nossa certificação, de acordo com os requisitos técnicos da NP EN ISO 9001:2000, do HACCP e do GTP - Good Trading Practice. Em todo este
trabalho contamos com o apoio inequívoco da SGS Portugal, inclusive no GTP, certificação para a qual está acreditada pela COCERAL. A fileira está agora totalmente certificada, desde o produtor agrícola até ao consumidor final. Que áreas são actualmente preponderantes nesta parceria? Estamos ainda a recuperar do esforço despendido desde Fevereiro de 2006, quando, conjuntamente com a SGS Portugal, assumimos o desafio recíproco de completarmos o processo de certificação HACCP e GTP até ao final de 2006. Vivemos uma fase de manutenção e controlo do Sistema de Gestão da Qualidade implementado, em que asseguramos que todos os nossos parceiros, externos e internos, respeitam e implementam os protocolos desenhados em conjunto. A Acembex foi a primeira empresa portuguesa à qual a SGS atribuiu a certificação GTP (Código dos Traders dos Cereais). Porquê? Estamos convencidos de que, a curto prazo, só estarão em condições de operar nesta área de negócio entidades que tenham implementado Sistemas de Gestão da Qualidade actuais, consistentes e seguros. Embora o mercado não valorize os custos inerentes, existe uma pressão cada vez maior para que nesta fileira apenas operem elementos devidamente certificados. É nossa política estarmos 'hoje' preparados para os desafios de amanhã! 27 SGS Portugal
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> Luís Sena de Vasconcelos, gerente da Acembex
Luís Sena de Vasconcelos acredita no trabalho em equipa Profissionalmente envolvido nesta área de actividade há 25 anos, Luís Sena de Vasconcelos, gerente da Acembex, acredita que cada um dos seus dias é diferente do outro e que só o trabalho de equipa consegue transformar dificuldades em oportunidades. Diz que com a SGS têm desenvolvido inúmeros projectos-piloto, “muitos deles de
referência a nível europeu. Esta relação de parceria, em que ao longo dos últimos anos temos vindo, com alguma periodicidade, a lançar reptos recíprocos, tem permitido a ambas as empresas evoluírem na vanguarda das suas áreas de negócio, como, mais do que uma vez, permitiu apontar ao mercado os caminhos a seguir”.
Acções com valor certificadas pela SGS ICS
A Valnor foi a primeira empresa do seu sector de actividade a obter a certificação integrada em Qualidade, Ambiente e Segurança; a única a efectuar o registo no EMAS e a primeira a adoptar integralmente os princípios da Responsabilidade Social.
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s instalações da Valnor, empresa responsável pela gestão, valorização e tratamento dos resíduos sólidos urbanos da região do Norte do Alentejo, chegam todos os dias várias toneladas de resíduos sólidos urbanos (RSU), produzidos pelos 19 concelhos que a sua área de concessão abrange - 15 do distrito de Portalegre, três de Santarém e um de Castelo Branco. Localizada às portas de Alter-do-Chão e enquadrada pela beleza da planície alentejana, quase ninguém dá pela sua presença, apesar de ali funcionarem um dos dois aterros sanitários geridos pela Valnor e a central de triagem, a qual recebe e separa todos os dias cerca de seis toneladas de plástico, vidro, papel e metal que são directamente colocadas nos eco-pontos distribuídos pelas aldeias, vilas e cidades da região abrangida. Uma cuidadosa gestão, apoiada por um Sistema Integrado de Gestão da Qualidade, Ambiente e Segurança, implementado e certificado de acordo com os requisitos das normas NP EN ISO 9001:2000, NP EN ISO 14001:2004 e OHSAS 18001:1999, respectivamente, reforçam a qualidade do serviço prestado pela Valnor e acentuam a importância da responsabilidade ambiental e a preocupação em minorar os danos e os impactos ambientais gerados pela actividade da empresa. Aliás, a Valnor foi a primeira no seu sector de actividade em Portugal a ter o Sistema Integrado de Gestão reconhecido por uma entidade independente e é a única registada no Sistema Comunitário de Eco-Gestão e Auditoria (EMAS), sistema que trata dos princípios do desenvolvimento sustentável e cujo objectivo é o de melhorar o desempenho ambiental das organizações aderentes de uma forma sistemática e consistente, para além do que é exigido pela legislação.
“Desde o início da actividade da empresa, em 2001, que estabelecemos como meta a adopção destas normas internacionais e a sua posterior validação por uma entidade externa e independente. A actividade que desenvolvemos nem sempre é bem vista pela população vizinha. É, por isso, crucial garantir que fazemos bem tudo o que fazemos, de forma transparente e credível”, sublinha José Pinto Rodrigues, administrador delegado da Valnor. Esta preocupação foi reforçada recentemente com a implementação e certificação da Responsabilidade Social, segundo a norma SA 8000, sendo a Valnor a primeira empresa de capitais públicos, e a quarta empresa a nível nacional, a alcançar tal reconhecimento. Assim, ao compromisso com a melhoria contínua do desempenho nas vertentes ambiental, da qualidade e da segurança, acrescem as preocupações com a melhoria do relacionamento organizacional interno, através da promoção das melhores condições para os seus trabalhadores numa óptica socialmente responsável, e externo, sendo promotora do desenvolvimento sustentável na região onde se insere. Segundo José Pinto Rodrigues toda a actividade e todas as infra-estruturas geridas pela Valnor estão abrangidas pelo Sistema de Gestão Integrado. Aqui se incluem os dois aterros de inertes (Campo Maior e Ponte de Sor), que são usados para despejo legal de resíduos provenientes de obras, demolições, etc.; o aterro sanitário localizado em Abrantes; as cinco estações de transferências (Elvas, Castelo de Vide, Abrantes, Ponte de Sor e Portalegre) e os sete ecocentros. Note-se que todas estas estruturas são necessárias, pois a empresa serve actualmente 180 mil habitantes, numa área superior a 7 mil km2.
Fotos Bruno Barata
certificações em destaque
> VALNOR - VALORIZAÇÃO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DO NORTE ALENTEJANO, S.A.
com efeito de estufa, este projecto coloca no mercado local um fertilizante natural Empresa de referência no tratamento que poderá substituir o uso de adubos de resíduos sólidos urbanos, a Valnor químicos. tem um ambicioso programa de invesMas a aposta nos projectos de valorização timentos que a coloca na linha da frente não fica por aqui. Está ainda prevista a do seu sector de actividade e que reforça implementação de um sistema integrado o seu papel enquanto promotor e agente para valorização de resíduos de demolição do desenvolvimento sustentável da região e construção nos dois aterros de inertes, abrangida. Deste programa consta o o que permitirá depois a sua reutilização. projecto de transformação dos óleos Já em construção no aterro sanitário de alimentares, os quais afectam os microAlter-do-Chão estão os centros de traorganismos usados na depuração das tamento e triagem de resíduos eléctricos águas das ETAR's impedindo a sua e electrónicos, de veículos em fim de vida > José Pinto Rodrigues, reciclagem, em biodiesel. Durante 2006, e de resíduos volumosos. administrador delegado da Valnor a Valnor distribuiu contentores para a No conjunto, estes projectos irão ter não recolha de óleo em restaurantes, escolas, só um profundo impacto ambiental, como juntas de freguesia e mercados municipais, económico e financeiro. “A Valnor é uma entre outros locais. O objectivo agora é o de transformar os empresa de gestão ambiental que tem como objectivo dar 10 mil litros de óleo recolhidos mensalmente em biodiesel, o melhor destino possível aos RSU que nos são entregues. para que possa ser utilizado pela frota de 40 camiões da Estes projectos que estamos a desenvolver vão ao encontro Valnor. A produção deverá arrancar em Março e diminuirá dessa meta e, simultaneamente, permitem um retorno em cerca de 30% as necessidades de gasóleo da empresa. financeiro para a empresa, o que poderá ter efeito sobre a Também durante o primeiro trimestre de 2007 arrancarão diminuição da tarifa que as populações pagam actualmente”, as obras de construção da central de compostagem. Com constata José Pinto Rodrigues. O administrador da Valnor um investimento previsto na ordem dos 13 milhões de euros, realça ainda o impacto destes projectos na economia de uma o complexo irá tratar a matéria orgânica dos resíduos urbanos, das regiões mais pobres do país. “Presentemente, empregamos procedendo à sua separação e posterior transformação em cerca de 80 pessoas mas quando todos os projectos estiverem adubos naturais. Para além de diminuir drasticamente a a funcionar o número de funcionários subirá para os 140”, produção de biogás em aterro, reduzindo a emissão de gases afirma.
Aposta na valorização
Sensibilização ambiental traz resultados Durante 2006, as instalações da Valnor foram visitadas por 2100 pessoas e mais de 9000 pessoas foram contactadas no âmbito das diferentes acções de sensibilização realizadas ao longo do ano. A política de proximidade e diálogo com a população tem-se tornado uma arma eficaz na promoção de práticas amigas do ambiente, como o comprovam os números. Em 2006, cerca de seis milhões de quilogramas de materiais recicláveis foram colocados pelas populações nos eco-pontos, o que representa um aumento superior a 70% relativamente a 2005.
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certificações em destaque
> PLASOESTE - SOCIEDADE TRANSFORMADORA DE PLÁSTICOS, LDA.
Certificar
Fotos Bruno Barata
para humanizar a empresa > Silvino Farracho, administrador da Plasoeste
A Plasoeste foi a primeira empresa de cariz industrial, e a segunda a nível nacional, a certificar o Sistema de Gestão de Recursos Humanos, de acordo com a Norma Portuguesa (NP) 4427. 30 SGS Portugal
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m actividade há mais de duas décadas, a Plasoeste - Sociedade Transformadora de Plásticos, Lda. é uma pequena/média empresa industrial que se dedica à fabricação de sacos, folhas e filme de plástico. Com um volume de negócios na ordem dos três milhões de euros, a Plasoeste tem conseguido distinguir-se pela qualidade dos produtos que fabrica. Os fortes investimentos realizados nos últimos anos em tecnologia de ponta tornaram a empresa competitiva face à forte concorrência gerada pelos países asiáticos. Com 90% da produção destinada ao mercado nacional, começou já a explorar novos e potenciais mercados, designadamente em Espanha e no Norte de África (Mauritânia). “Apostamos na inovação e na qualidade dos nossos produtos. Por isso, em 1999 implementámos e certificámos o Sistema de Gestão da Qualidade, segundo o referencial internacional ISO 9001:2000. Mas uma parte significativa do nosso sucesso deve-se ao empenho e motivação dos colaboradores”, explica Silvino Farracho, administrador da empresa. A Plasoeste foi a primeira empresa industrial, e a segunda a nível nacional, a certificar o seu Sistema de Gestão de Recursos Humanos, de acordo com o novo referencial nacional NP 4427. Segundo o administrador, há muito que a empresa tinha definido a sua política de recursos humanos, a qual contemplava a preocupação com a “criação de boas condições de trabalho” ou com a “formação contínua dos trabalhadores”, entre outras questões. Contudo, a certeza de que era possível “dignificar o relacionamento laboral” motivou a empresa a participar, no final de 2005, no projecto piloto “Valor IN - Valorizar para inovar”, que visava a implementação em seis empresas nacionais de
um Sistema de Gestão de Recursos Humanos, em conformidade com a Norma Portuguesa (NP) 4427 (ver caixa, página seguinte). Criado em 2004, este novo referencial pretende motivar as empresas a definir e a aplicar um conjunto de boas práticas de gestão de recursos humanos, com vista à valorização das pessoas dentro da organização, assegurando a igualdade de oportunidades de trabalho. A implementação da NP 4427 envolve todos os níveis hierárquicos da organização e abrange todas as actividades directa ou indirectamente relacionadas com os recursos humanos, definindo procedimentos onde antes existiam apenas 'regras informais' de funcionamento. Seguindo o espírito da série ISO 9000, tanto na sua estrutura como nos seus objectivos genéricos, “esta norma vem clarificar aqueles que serão os requisitos necessários para uma boa gestão de recursos humanos, cujo objectivo principal é o de atrair, desenvolver e manter as pessoas da organização, de forma a dar suporte sustentado à implementação e manutenção dos Sistemas de Gestão da Qualidade, Ambiente e Segurança”. O certificado de conformidade com a NP 4427 foi atribuído à Plasoeste pela SGS ICS no final de Janeiro. Na opinião de Silvino Farracho, a prévia adopção dos requisitos da norma ISO 9001:2000 e o envolvimento dos vinte e quatro funcionários da empresa foram fundamentais para a implementação dos requisitos da norma, trabalho que durou sensivelmente um ano. Mas, como em qualquer processo de mudança, “o compromisso da Direcção fez toda a diferença”, sustenta aquele responsável.
Um sentimento de mudança
condições de trabalho e de igualdade de oportunidades Em virtude da implementação dos requisitos da norma para os seus trabalhadores. A par do apoio a instituiNP 4427 foram várias as alterações introduzidas na ções públicas e privadas locais (como empresa ao longo do último ano. Desde logo foi elaborado a corporação de bombeiros, de apoio um 'Manual do Colaborador', que contém as regras de a pessoas portadoras de deficiências, comportamentos permitidos e exigidos pela empresa. etc.), a empresa pretende contribuir “Este é um documento que visa, sobretudo, facilitar a para a resolução de alguns prointegração dos novos funcionários na organização e que blemas ambientais com a colocação se tem revelado também um importante instrumento na no mercado de um saco de origem prevenção e resolução de pequenos conflitos, uma vez vegetal (o milho) e biodegradável. que tornou claro o que é que a empresa espera de cada Desenvolvido em conjunto com outra colaborador”, constata Silvino Farracho. Foram igualmente empresa portuguesa, o projecto está bem encaminhado adoptados e sistematizados procedimentos para a selecção e a partir de Março deste ano a Plasoeste estará em e admissão de recursos humanos. “Observa-se ainda um condições de avançar com a sua produção. reforço e sistematização das acções de formação, o que é para nós uma questão crítica dada a aposta e o investimento na inovação tecnológica”, explica Silvino Farracho. A criação de mecanismos de avaliação da satisfação dos trabalhadores, a monitorização e avaliação do desempenho e a implementação de mais regras de saúde, higiene e segurança no trabalho, são algumas das novidades introduzidas na Plasoeste. “No fundo, fizemos uma revisão de todos os procedimentos relacionados com a gestão dos recursos humanos, corrigimos os erros e reforçámos o que estava bem”, constata o mesmo responsável. Segundo Silvino Farracho, hoje é possível observar melhorias nos níveis de satisfação e motivação dos trabalhadores, o que tem impacto na produtividade e competitividade da empresa. > Luís Neves, director de Certificação da SGS ICS, entrega Para o gestor, este projecto insere-se no quadro da o Certicado a Silvino Farracho, administrador da Plasoeste, responsabilidade social da organização, a qual vai muito acompanhado de Sílvia Farracho, administrativa, e Sérgio Farracho, responsável pela Qualidade mais além do que a preocupação com a criação de boas
Valor IN - Valorizar para inovar Numa primeira fase o projecto 'Valor IN' teve como grande objectivo a implementação e posterior certificação da norma NP 4427 (Sistema de Gestão de Recursos Humanos) em seis empresas portuguesas maioritariamente ligadas ao sector das rochas ornamentais: GraniSintra, Joaquim Duarte Urmal & Filhos, Inovopedra, Mármores Galrão, Xiraclasse e Plaosoeste. Esta escolha não foi feita ao acaso mas sim por se tratar de um sector que carece de formação específica e que evidencia forte resistência à mudança e à inovação nas formas de organização do trabalho. Dificuldades no desenvolvimento da competência das pessoas, deficiente articulação das actividades de formação profissional com as necessidades do mercado, ausência de processos de avaliação e implementação de modelos de gestão pouco consciencializados para a vertente social, são algumas
das práticas observadas nas indústrias do sector. Por isso, estabelecida a prioridade, impunha-se tornar estas empresas mais competitivas, dotá-las de maior capacidade de adaptação à mudança, melhorar a motivação dos seus colaboradores através de um maior envolvimento com a empresa e com o trabalho desenvolvido, proceder ao desenvolvimento pessoal e ao reconhecimento dos objectivos de cada um dos colaboradores e ajudá-las a reduzir os custos e os desperdícios. A par do trabalho realizado com as empresas portuguesas, este projecto foi também desenvolvido em parceria com Inglaterra, Itália e Polónia, visando a troca de experiências, o benchmarking e a partilha de informações entre os vários participantes. As boas práticas observadas, tanto a nível nacional como internacional, serão incluídas num guia que será produzido e publicado no final do projecto.
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parceiros
> APIGRAF - ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DAS INDÚSTRIAS GRÁFICAS DE COMUNICAÇÃO VISUAL E TRANSFORMADORAS DO PAPEL
Certificação é aposta firme da apigraf
em parceria com a SGS ICS A apigraf, associação que representa em Portugal as indústrias gráficas, de comunicação visual e transformadoras do papel, assinou com a SGS ICS um protocolo de colaboração que visa aumentar o número de empresas certificadas entre os seus cerca de 700 sócios. Durvalino Neto, presidente da apigraf, explicou à SGS Global porque é que optaram por trabalhar com o Grupo SGS Portugal.
SGS Portugal
> Durvalino Neto, presidente da apigraf
-lo-á particularmente em termos da visibilidade e diferenciação da empresa relativamente à concorrência. Com a certificação, a empresa passa a poder ostentar uma marca que a distingue como entidade que, na área certificada (qualidade, ambiente, segurança e higiene no trabalho) tem processos perfeitamente determinados e controlados, o que é naturalmente um factor de confiança para qualquer cliente. Quanto às vantagens para a apigraf, são essencialmente duas, a meu ver: ao celebrar protocolos que efectivamente valham a pena, estamos a prestar mais um bom serviço aos associados; por outro lado, tudo o que contribua para tornar o sector mais forte – a partir naturalmente da valorização individual de cada empresa – é necessariamente uma vantagem para a associação que o representa.
Proposta integradora e competitiva Porque é que o assinaram com a SGS ICS, uma vez que em Portugal existem outros operadores nesta área de actividade? Para dar uma resposta simples diria que de entre as diversas entidades consultadas não só foi a que melhor apreendeu o alcance e o potencial de um protocolo deste tipo como
DR
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Porque é que a apigraf assinou este protocolo com a SGS ICS? O protocolo assinado entre a apigraf e a SGS ICS visa promover a obtenção de certificações em diversas áreas (ambiente, qualidade, saúde e segurança) por parte das empresas associadas, em condições naturalmente mais vantajosas para o utilizador do serviço. A apigraf considera a certificação importante na medida em que evidencia e atesta as práticas que a empresa adopta na área certificada, o que pode ser particularmente relevante como factor de diferenciação face à concorrência, já para não falar dos casos em que é um pré-requisito para se ser fornecedor. Com efeito, há já múltiplas situações em que apenas as propostas de empresas certificadas são consideradas. Além disso, a certificação é também um factor de estruturação e organização da empresa. Este protocolo com a SGS ICS, em particular, integra um projecto mais vasto na área ambiental, que denominámos ambigraf, e que visa não só evidenciar as boas práticas neste âmbito como, previamente, fazer o diagnóstico de todos os eventuais problemas existentes e dar um apoio efectivo à sua resolução. O ambigraf tem sido objecto não só de muito interesse por parte das empresas associadas como também do reconhecimento de entidades oficiais, incluindo o próprio Ministério do Ambiente. Quais são as vantagens imediatas que dele decorrem para a Associação e para os seus associados? Começaria por referir que as vantagens imediatas para os associados se centram essencialmente no acesso, em condições privilegiadas, ao apoio de uma empresa de confiança na área da certificação. Existem naturalmente outras vantagens, que já não caracterizaria como imediatas, e que se centram quer no desenvolvimento do próprio processo de certificação quer na obtenção desta. O processo de certificação pode ter um impacto importante em termos internos, conjugando os esforços individuais na finalidade comum de obtenção e manutenção do estatuto de empresa certificada, mas tê-
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Sobre a apigraf
também a que apresentou a melhor relação qualidade/preço. Como já referi, é uma empresa que nos merece confiança, é conhecida e conceituada no mercado. São, naturalmente, factores importantes na celebração de qualquer tipo de acordo, seja um contrato ou uma parceria mais genérica. E os valores apresentados são realmente competitivos. Este protocolo abrange a certificação de que sistemas? Este protocolo abrange a certificação na área ambiental (ISO 14001:2004 e EMAS), da qualidade (ISO 9001:2000) e da segurança (OSHAS 18001), quer individualmente quer de forma integrada, conforme o interesse da empresa. Que feedback têm já dessa aposta? Sente-se cada vez mais a pressão do mercado para que os fornecedores estejam certificados, havendo mesmo áreas em que este requisito é uma verdadeira condição de existência. Naturalmente que o impacto será variável, conforme os mercados para que se trabalha. No entanto, as empresas certificadas têm genericamente uma apreciação positiva dos processos desenvolvidos, quer em termos internos quer no que se refere à própria visibilidade e posicionamento da empresa no mercado após a certificação. Como pretendem fomentar o interesse daqueles que ainda não aderiram a esta metodologia? Divulgando e esclarecendo através de acções que poderão ir até à realização de seminários temáticos, para os quais contamos aliás com o apoio da SGS ICS. Para entrar num processo de certificação a empresa tem que saber o que isso implica e quais as mais-valias que obterá, e só através da informação e do esclarecimento este conhecimento pode ser adquirido e interiorizado.
A apigraf é uma associação de âmbito nacional e representativa das indústrias gráficas, de comunicação visual e transformadoras do papel, com cerca de 700 empresas associadas, que, tal como nas associações congéneres a nível mundial, são essencialmente PME. Com cerca de 30 anos de actividade, a apigraf presta um importante apoio às empresas nas mais diversas áreas, sendo igualmente um agente congregador dos interesses comuns ao sector. Para além dos protocolos e parcerias estabelecidos com diversas entidades que prestam serviços de interesse ao sector, a apigraf desempenha um importante papel na área informativa – fazendo chegar às empresas a informação relevante já devidamente triada e dispondo de um serviço de informação jurídica telefónica, pessoal e escrita que as empresas utilizam de forma muito intensa – , de lobbying nacional e internacional, em particular ao nível europeu, de apoio à resolução dos problemas das empresas nas mais diversas áreas (ambiental, recursos humanos, etc.), e muitas outras. A apigraf considera igualmente a área da formação como uma das mais importantes para o desenvolvimento das empresas suas associadas, razão pela qual irá retomar este ano o Competigraf, um programa de formação lançado há alguns anos. Muito bem recebido pelas empresas do sector numa fase inicial, sofreu posteriormente o impacto da contracção de custos por parte das empresas, mas, acreditam os responsáveis da associação, “que 2007 será o momento ideal para se recomeçar o investimento em formação por parte das empresas associadas”.
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Para saber mais sobre a associação, os associados e os eventos agendados para o ano em curso, consulte www.apigraf.pt
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Para saber mais …
SGS no mundo
> BULGÁRIA E ROMÉNIA
Bulgária e Roménia Presente em mais de 140 países, entre os quais Portugal, o Grupo SGS é líder mundial nas áreas da inspecção, verificação, análise e certificação. Para que os leitores da SGS Global conheçam melhor o Grupo e as diferentes empresas
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Constituída em 1991, a SGS Bulgária é participada a 100% pela SGS Holding. O desenvolvimento e a implementação das actividades de inspecção nos domínios agrícola e mineral estiveram na origem dos serviços do Grupo neste país, assumindo-se o ano de 2004 como um marco de viragem rumo a um maior desenvolvimento e incremento de novos serviços. A aposta em novos mercados, com potencial de crescimento elevado, tais como os serviços OGC, de certificação e os serviços industriais, assim como a disponibilização de novas soluções de outsourcing aos clientes do Grupo teve como resultado imediato a expansão da actividade do Grupo no país e o incremento significativo dos seus resultados. Em 2006, segundo Dimitar Marikin, administrador da SGS Bulgária, a facturação foi quatro vezes superior à de 2003 e o lucro operacional doze vezes superior ao atingido nesse ano. “A performance atingida nos últimos três anos cria fortes expectativas na equipa assim como vontade de vencer novos desafios. Acreditamos que em 2007 a nossa presença no mercado será reforçada e que a SGS Bulgária vai continuar a crescer. As áreas em que planeamos obter maiores índices de crescimento são a da segurança alimentar e a ambiental. Na primeira vamos apostar na realização de testes/análises ao leite que é produzido e comercializado no país e das dioxinas presentes em alguns alimentos. A análise dos solos cultiváveis e a verificação das emissões de CO2 para a atmosfera serão também alvo de maior atenção porque consideramos que os serviços prestados pelo Grupo no domínio ambiental têm no nosso país um grande potencial de evolução e de diversificação”, disse Dimitar Marikin. Para o mesmo responsável, a integração da Bulgária na União Europeia vai também contribuir para o desenvolvimento da actividade da empresa no país. “As directivas comunitárias obrigam habitualmente à realização de um maior volume de verificações e de inspecções, o que, obviamente, aumentará a nossa possibilidade de trabalho, designadamente em projectos de infra-estruturas agrícolas e industriais cuja realização se aguarda para breve”, enfatiza Dimitar Marikin. > Dimitar Marikin, administrador da SGS Bulgária
SGS Bulgária
Bulgária com perspectivas de maior crescimento
Roménia aposta nas ciências da vida Os primeiros contactos da SGS com a Roménia datam de 1925, altura em que foi constituída uma afiliada do Grupo em Brailia, importante cidade portuária situada no Delta do Danúbio, considerada o segundo maior mercado internacional de cereais, depois do de Chicago, e na qual a empresa prestava serviços de verificação e inspecção. Em 1947, porém, a actividade foi cancelada e só em 1992 a presença do Grupo foi retomada no país através da criação da SGS Roménia, S. A.. Sedeada em Bucareste, esta afiliada do Grupo está presente em todo o país através de uma rede de escritórios, laboratórios e delegações regionais nas mais importantes cidades romenas, designadamente em Constanta, Brailia, Galati, Timisoara, Brasov e Cluj-Napoca. O laboratório da SGS Roménia localiza-se em Constanta e trabalha essencialmente para as áreas agrícola e mineral, tendo a sua actividade sido reconhecida por entidades como a GAFTA - Grain and Feed Trade Association e a FOSFA - Federation of Oils, Seeds and Fats Associations. Com 193 colaboradores permanentes, a SGS Roménia presta actualmente serviços nas áreas agrícola (Agricultural Services); Mineral (Mineral Services); Oil, Gas & Chemicals; controlo da qualidade de produtos de grande consumo (Consumer Testing); certificação de sistemas de gestão, serviços e produtos; indústria e comércio internacional (logística). 2007 assinala a aposta da empresa em duas novas áreas de actuação: ambiente e ciências da vida, com as quais os seus responsáveis esperam consolidar a posição de liderança de que dispõem ao nível das verificações, inspecções e certificações. Questionado sobre a importância e o reflexo da integração da Roménia na União Europeia nas actividades locais da empresa, Ovidiu Mantho, administrador da SGS Roménia, afirma estar confiante de que ela representa novas e potenciais oportunidades de negócio.
dois países em fase de expansão que o compõem, a partir desta edição iremos apresentar regularmente os serviços prestados pelas suas afiliadas em todo o mundo, bem como o seu país de origem. Começamos pela Bulgária e pela Roménia.
Life Style na Bulgária e na Roménia Os países com que demos início à rubrica 'SGS no Mundo' são, para além de potencialmente interessantes do ponto de vista económico-empresarial, dois importantes destinos turísticos, com locais onde as férias de cada um de nós podem ser mesmo de encantar. Vejamos, por exemplo na Bulgária, país para o qual a natureza foi e é muito generosa. Paisagens deslumbrantes, lagos e montanhas, cidades pitorescas e históricas, uma impressionante diversidade biológica... Sem esquecer a hospitalidade e simpatia dos seus habitantes. O resultado não podia ser melhor: seja na praia ou numa das suas muitas estâncias de Inverno, as suas férias serão inesquecíveis! Um dos seus principais pontos de atracção é a costa do Mar Negro, que se estende ao longo de cerca de 370 quilómetros, uma das melhores zonas de praia da Europa – a Bandeira Azul, que tem sido sucessivamente atribuída às suas praias, é a prova disso. Como pano de fundo, as magníficas montanhas, com uma diversidade enorme de fauna e flora, e uma herança cultural que vale a pena descobrir. Quer pretenda simplesmente deitar-se na areia e apreciar o sol, ou se vai à procura de férias animadas, com muito desporto à mistura, o destino pode muito bem ser a Bulgária! Anote os locais que não deve perder de vista: Basnko, Borovets, Bourgas, Plovdiv, Veliko Tarnovo e Sófia, a capital.
Consulado da Roménia
Viagens de sonho por castelos e paisagens encantadas
pelo desejo de descobrir alguma realidade na lenda famosa. Bucareste, a capital da Roménia, por seu lado, possui uma arquitetura belíssima e variada, motivo pelo qual é tida como uma 'obra de arte ao ar livre' e uma das mais belas cidades-jardim do mundo. Os parques Cismigiu e Herãstrãu oferecem uma atmosfera muito agradável e são os lugares favoritos para os passeios dos bucarestinos. O primeiro documento que regista o nome de Bucareste foi emitido pela chancelaria do príncipe Vlad Tepes (Drácula), a 20 de Setembro de 1459. A origem da palavra Bucareste está intrinsecamente ligada à palavra romena bucurie, que em português significa alegria. Bucareste sempre se afirmou como um centro cultural europeu, tendo servido de palco a grandes manifestações culturais associadas ao requinte arquitectónico e ao aprimoramento das artes e da ciência, principalmente no século XIX, quando lhe foi atribuída a designação, ainda hoje usada, de 'A Pequena Paris'.
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Consulado da Roménia
Já na Roménia prepare-se para aventuras 'vampirescas' no mais famoso castelo do mundo: o Castelo de Bran. Construído na garganta de Bran, a 22 quilómetros do Predeal e a 30 de Brasov, o Castelo de Bran deve a sua celebridade à lenda tecida em torno do voivoda Vlad Tepes (Vlad, o Empalador), o inspirador da mítica figura do vampiro Drácula, cuja origem se encontra numa lenda surgida na Idade Média transilvaniana. E a atmosfera medieval do castelo muito contribui para isso. Tudo ali desperta o interesse de visitantes romenos e estrangeiros que, em grande número, vão ao Castelo de Bran, levados
Consulado da Roménia
Com o Drácula, na Roménia
A primeira edição dos Prémios de Franchising em Portugal é uma iniciativa da revista Negócios & Franchising, publicada pelo IIF - Instituto de Informação em Franchising. A SGS participa como entidade avaliadora, cabendo-lhe a aplicação dos inquéritos de satisfação aos franchisados e tratamento confidencial dos dados obtidos, análise e determinação da pontuação atribuída pelo júri, bem como auditar a votação secreta desse mesmo júri. A SGS foi seleccionada pela confiança mundial na sua marca reconhecidamente associada a valores como a Independência, Integridade, Confidencialidade e Imparcialidade. Os Prémios de Franchising serão anunciados e entregues na véspera da Expofranchise, que irá decorrer de 18 a 20 de Maio 2007, no Parque das Nações, em Lisboa. www.infofranchising.pt/expofranchise
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eventos e notícias 36
SGS é entidade avaliadora dos Prémios de Franchising
Acção de Sensibilização ‘Segurança nos Estabelecimentos de Ensino’ Nos passados dias 14 e 15 de Fevereiro, a SGS acolheu duas acções de sensibilização para as questões da Segurança em Estabelecimentos de Ensino, em Lisboa e no Porto, respectivamente. O tema foi analisado em duas vertentes distintas: segurança das instalações e segurança alimentar. A segurança das instalações tratou de questões como planos de emergência, inspecção a equipamentos desportivos e espaços de jogo e recreio. Na área alimentar o sistema HACCP foi tema obrigatório, mas também foram debatidas outras problemáticas como a qualidade nutricional das ementas. Participaram nestas sessões directores, coordenadores pedagógicos, cozinheiros e professores de estabelecimentos de ensino, representantes do pelouro da educação de câmaras municipais e nutricionistas. A participação foi muito entusiasta, com cerca de 100 profissionais, sendo que alguns dos presentes já conheciam a SGS na sequência do Seminário “Estabelecimentos de Ensino - Primeiros Passos para a Responsabilidade Social”, realizado em Maio de 2006, o que demonstra confiança e interesse no trabalho desenvolvido.
SGS Portugal
SGS votada a melhor em Verificação de Relatórios de Emissões A SGS foi considerada, pela prestigiada Revista Environmental Finance, a melhor entidade de Verificação de Relatórios de Emissões no âmbito do Comércio Europeu de Licenças de Emissão (CELE) do ano de 2006. A Environmental Finance anunciou os vencedores do seu Market Survey, iniciativa anual que consulta o mercado financeiro relativamente ao Comércio de Licenças de
Emissão de Gases com Efeito Estufa. Foram contactadas mais de 2000 empresas para que nomeassem via on-line os melhores players deste mercado. Os participantes basearam a sua decisão em factores como a eficiência e a rapidez das transacções; a confiança; a inovação; a qualidade da informação e do serviço prestado e ainda a influência no mercado.
Fórum Termas & Spas No âmbito do Salão Acqua Thermal, a SGS apresentou no dia 3 de Março um Fórum de discussão sobre a Qualidade Organizacional e a Qualidade do Serviço em Termas e Spas. Contando com a presença de especialistas como João Pinto Barbosa, secretário-geral da Associação das Termas de Portugal, e Pedro Cantista, presidente da Sociedade Portuguesa de Hidrologia, o Fórum abriu um esperado espaço de discussão sobre a uniformização de processos, concluindo que existe a necessidade de uma estratégia de fidelização dos clientes e de diferenciação pela excelência do serviço.
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“Uniformização de Processos e Certificação”
SGS na primeira pessoa
HUGO CARRASQUEIRA DA DIVISÃO INDUSTRIAL <
Divisão Industrial
> Hugo Carrasqueira, director da Divisão Industrial da SGS Portugal
H
ugo Carrasqueira assumiu no início de 2007 a função de director da Divisão Industrial da SGS Portugal. Licenciado em Engenharia Electrotécnica e de Computadores pelo Instituto Superior Técnico, conta também com um MBA em Gestão de Empresas, feito no Instituto Superior de Economia e Gestão, em Lisboa. Com apenas 38 anos, Hugo Carrasqueira tem não só uma formação de alto nível como uma carreira profissional reconhecida, feita em organizações como a AutoEuropa e a Air Liquide, empresa de onde transitou para a SGS Portugal. Confrontado com aquilo que são os objectivos da SGS no domínio industrial, Hugo Carrasqueira não vira as costas aos desafios e diz que terminada a reestruturação interna da Divisão espera obter os resultados que lhe são pedidos pela Administração. “A Administração da SGS Portugal aposta claramente nesta área de negócio, embora num passado recente não se tenham verificado no nosso país os desenvolvimentos que eram expectáveis. Estou, por isso, confiante que à medida que a reestruturação interna empreendida e as condições de mercado comecem a gerar oportunidades de negócio, teremos os recursos necessários para incrementar o nosso trabalho e reafirmar o nome/marca SGS neste domínio”, diz Hugo Carrasqueira. “Em 2007 é nossa intenção mantermos os serviços prestados até aqui pela Divisão Industrial, uma vez que o nosso grande e primeiro objectivo passa pela consolidação. Assim sendo, vamos continuar a trabalhar nas áreas da construção de edifícios, inspecções técnicas, metrologia, ensaios não destrutivos e equipamentos desportivos”, adianta Hugo Carrasqueira. E o mesmo responsável acrescenta: “a dinamização da área da metrologia e da realização de inspecções aos equipamentos desportivos são aquelas que pretendo dinamizar de imediato, uma vez que quando a SGS arrancou com estes serviços o mercado foi muito receptivo. Acresce o domínio da certificação energética de edifícios que, caso a lei seja completamente regulamentada, gerará também boas oportunidades de negócio na área da
Bruno Barata
tem novo director
construção. Inclusive porque nesta matéria a SGS tem dois produtos prontos a arrancar e aos quais as empresas do sector reconheceram mais-valias importantes aquando da sua apresentação pública: as certificações DomusQual e DomusNatura. A primeira abrange o cumprimento dos requisitos legais, regulamentares e normativos aplicáveis, e assegura a conformidade da qualidade técnica da construção. A certificação DomusNatura confere a qualificação em termos de sustentabilidade”. Presente nos maiores e mais significativos mercados mundiais, o Grupo SGS presta serviços a praticamente todas as áreas industriais: energia, processamento de OGC's, transportes, logística e construção. Assumindo-se como uma organização global detentora de inúmeras acreditações nacionais e internacionais, esta Divisão da SGS Portugal é, por isso, o parceiro adequado e completo para os agentes económicos portugueses, a quem disponibiliza serviços que vão da verificação e da inspecção à realização de ensaios e de avaliações de conformidade.
“À medida que a reestruturação interna empreendida e as condições de mercado comecem a gerar oportunidades de negócio, teremos os recursos necessários para incrementar o nosso trabalho e reafirmar o nome/marca SGS no domínio industrial”.
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Gestão da Segurança da Informação e Competitividade Photos.com
norma/regulamentação em destaque
> NORMA ISO 27001
Fala-se hoje correntemente da gestão do conhecimento como alavanca da sustentabilidade das organizações enquanto elemento essencial para a inovação. Mas o conhecimento resulta da actividade, da acção de pessoas, melhor dizendo, resulta da inteligência destas pessoas ao actuarem sobre a informação. 38 SGS Portugal
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ode-se afirmar que os negócios são comandados pela informação. É o recurso mais valioso. Alguma desta informação é de interesse público, outra é privada e não interessa a terceiros, mas uma grande parte é confidencial e de interesse para terceiros. A informação confidencial pode envolver a pesquisa, o projecto, os protótipos, as tecnologias chave, os métodos de produção, os processos, o marketing do produto, planos, previsões, estratégias negociais, etc.. Informação deste tipo representa uma vantagem competitiva para as empresas concorrentes que a obtenham. Esta situação pode ter um impacto imediato – perda de um contrato chave – ou um impacto gradual, quando permite que os competidores consigam encurtar o processo de desenvolvimento de um produto, por terem acesso a informação relevante. A actividade das empresas raramente está livre de riscos – isto é especialmente verdade quando se considera a segurança da informação. A segurança da informação não se refere a espionagem, mas a uma abordagem de gestão disciplinada com vista a preservar aspectos como a: > Confidencialidade: Prevenindo acessos e divulgações não autorizadas. > Integridade: Salvaguardando a exactidão da informação e respectivos métodos de processamento. > Disponibilidade: Assegurando que os utilizadores autorizados têm acesso à informação e aos respectivos métodos de processamento, quando solicitado. A perda de algum destes atributos pode, em determinadas circunstâncias, provocar um grave prejuízo comercial,
constrangimentos ou danos graves ao negócio da empresa. As fontes de informação e métodos que a processam têm níveis diferentes de vulnerabilidade e valor. A segurança da informação não é alcançada com paranóia nem resulta de uma abordagem parcial ou incompleta. Para começar é necessário efectuar uma análise completa e uma avaliação de riscos. São tão variadas as ameaças aos sistemas de informação das organizações e às suas redes de comunicação, que a necessidade de protecção e de uma gestão efectiva da segurança é cada vez mais urgente. De facto, a correcta
Ameaça Valor do Activo Vulnerabilidade A quantidade do risco para a empresa é representada pelo Grau de Vulnerabilidade x Severidade da Ameaça x Valor do Activo
Estas acções de gestão, apesar de representarem uma boa iniciativa, são comprometidas pela falta de disciplina. Uma gestão efectiva da Segurança da Informação requer considerações acerca dos danos organizacionais derivados da quebra de confidencialidade, integridade ou disponibilidade e da probabilidade de uma quebra deste tipo ocorrer e ser explorada. Uma avaliação de risco completa é uma tarefa desafiante. Existem já produtos próprios que ajudam na execução desta tarefa mas nenhum pode substituir o empenho da gestão de topo e do pessoal relevante, assim como a
clarificação dos objectivos da empresa. É também fundamental estabelecer uma base consistente para o valor dos activos ameaçados por situações como furtos, incêndios, inundações ou informação corrompida e a probabilidade da sua ocorrência exigir o recurso a ajuda externa, nomeadamente em assuntos complexos de Tecnologias de Informação. Ao recorrermos a especialistas em TI estamos a evitar, reduzir, aceitar ou transferir riscos, sendo que tal deve ser realizado adoptando critérios apropriados. Na selecção destes critérios as organizações devem ponderar os custos, a viabilidade da operação e o grau de redução do risco alcançado. Neste sentido, foi desenvolvido um Sistema de Gestão capaz de assegurar a implementação de medidas eficazes de Segurança da Informação. A norma ISO 27001 foi desenvolvida para que as organizações pudessem certificar o seu Sistema de Gestão da Segurança da Informação, confirmando publicamente uma correcta conduta no uso e manipulação de dados e informação na sua posse. Reconhecido internacionalmente, o Sistema de Gestão da Segurança da Informação, de acordo com a norma ISO 27001, está já largamente implementado e certificado em países com um elevado índice de desenvolvimento de base tecnológica, como o Japão. Portugal tem de acompanhar esta evolução e preparar o seu futuro, garantindo um desenvolvimento seguro e de confiança. A certificação permite demonstrar que uma organização pode ser considerada um parceiro de confiança em termos de segurança da informação; encoraja os fornecedores a assegurarem a obediência contínua às necessidades de segurança da informação dos clientes e fornece uma estrutura para a melhoria contínua. A SGS ICS possui uma equipa capaz de lidar com a natureza intangível do software e dos dados e informação, recorrendo à experiência, inovação e criatividade para desenvolver soluções adequadas a cada organização e a cada sistema. > Pedro Ferreira, auditor coordenador da SGS ICS
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Gestão da Segurança da Informação torna-se, assim, uma necessidade quotidiana em qualquer organização que pretenda assegurar os seus clientes e parceiros relativamente ao uso dos seus dados e informação. Com o desenvolvimento tecnológico, os serviços de empresas com sede internacional aparentam ser dirigidos para o mercado nacional e local dos consumidores. Num mercado competitivo, a rapidez na resposta às necessidades do mercado implicam a adopção de estratégias de comércio electrónico e a valorização do know-how por parte das empresas. As organizações que não salvaguardem os seus investimentos em informação correm um sério risco. Muitas organizações já estabeleceram controlos, reconheceram vulnerabilidades e códigos de boas práticas em actividades como o: > Acesso individual e protegido a instalações informáticas; > Detecção de vírus, rotinas de back-up e armazenamento físico da informação; > Práticas de recursos humanos; > Tratamento de reclamações; > Planeamento estratégico e planos de recuperação de falhas; > Guia de conduta para a utilização de e-mail, fax, internet e fotocopiadoras; > Limitações no acesso a documentos.
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