SGS Global 31

Page 1

SGS Global

revista do grupo sgs portugal | nº31 Novembro 2012 xxx

AS pessoas

nas organizações

segurança edifícios e indústria operational integrity na sgs energia iso 50001 Testemunhos


xxx revista do grupo sgs portugal

n° n°X31• • XXXXXXXX outubro 2008 2012

P. 2

Índice 04 AS Pessoas nas organizações

em destaque Pessoas NAs Organizações

gestão de recursos humanos

segurança em portugal

PÁG.

PÁG.

PÁG.

04

20

26

06 A adaptação da Escola às mudanças da sociedade Colégio da Nossa Senhora do Rosário 10 Marketing Pessoal – O que todos deveríamos saber Paulo Morais 12 Trabalho, um projeto a dois – O crescimento dos profissionais e das empresas ANERH 14 Chefe de equipa – Um gestor de Pessoas APG 16 Segurança – O binómio da competitividade e da dignidade humana ACT 18 O imperativo da Formação e da Aprendizagem ao Longo da Vida Cristina Parente 20 Sistemas de Gestão de Recursos Humanos segundo a Norma Portuguesa 4427 22 A Gestão de Pessoas no Grupo SGS Renato Filipe

26 Segurança em edifícios e instalações industriais

quem prefere a sgs

as nossas pessoas

notÍcias & eventos

PÁG.

PÁG.

PÁG.

44

56

58 rui gonçalves

28 Plano de Segurança Interno SGS apoia MAR Shopping 32 SGS realiza Plano Especial de Emergência Município de Ponta Delgada e SAAGA 34 HAZOP e QRA em instalações industriais 36 O papel da ANPC no Regime Jurídico da Segurança Contra Incêndios em Edifícios 38 Serviços SGS na Segurança 42 Operational Integrity – A Qualidade e a Gestão do Risco na SGS

44 quem prefere a SGS

46 Sistemas de Gestão da Energia ISO 5001 Funfrap e Cofely 50 Norma em destaque – ENplus ANPEB 52 1º certificado ENplus em Portugal Pinewells 54 Certificações SGS

56 As nossas pessoas

Rui Gonçalves

58 notícias e eventos


xxx

n° X • XXXXXXXX 2008

editorial

P. 3

A Sustentabilidade de uma Sociedade O que mais me incomoda, na atual situação, é a reduzida focalização no desenvolvimento da sociedade e na preparação das gerações mais novas para os desafios com que o nosso país se vai deparar no futuro. Pessoalmente, acredito firmemente na viabilidade económica de Portugal e que saberemos ultrapassar este dificílimo momento. Mas não chega. Temos que encontrar formas de evitar a intervenção de mais uma Troika daqui a 30 anos. E o caminho é investir na educação e na formação das pessoas tornando-as mais competitivas, com atitude e com competências adequadas às necessidades das organizações da nação. Portugal tem um sistema de ensino de elevado valor acrescentado, o que pode ser comprovado pela crescente procura de pessoas especializadas para trabalhar nos diversos cantos do mundo. Então porque é que temos tantas queixas das organizações portuguesas em relação às características dos trabalhadores, quando estes são tão apreciados lá fora? Resumo esta questão a dois problemas fundamentais: atitude e liderança. Uma atitude proativa, criativa, positiva, rigorosa e organizativa pode e deve ser moldada desde tenra idade, ao longo de todo o percurso educacional dos jovens nas escolas. Da mesma forma, que bom seria incutir às nossas crianças valores fundamentais como

Incluir, no plano curricular do ensino básico e secundário, uma disciplina com estas

paulo gomes Diretor do Departamento de Comunicação e Imagem do Grupo SGS Portugal

componentes, de carácter nuclear e ao mesmo nível da matemática e do português seria um dos melhores legados que poderíamos deixar às gerações vindouras. Um projeto que envolvesse preparação de professores, envolvimento de educadores e, porque não, organizações locais – públicas, privadas ou do terceiro setor. Que sustentável seria esta medida… É à gestão das pessoas que dedicamos este número da SGS Global, com a partilha da visão de proeminentes personalidades e profissionais neste domínio. Espero que seja uma temática para uma leitura motivante dos nossos leitores.

FICHA TÉCNICA

Propriedade do Grupo SGS Portugal Polo Tecnológico de Lisboa, Lote 6, Pisos 0 e 1, 1600-546 Lisboa pt.info@sgs.com, Tel: 707 200 747, Fax: 707 200 329. DIREÇÃO: Paulo Gomes REdaÇÃO e design: Comunicação & Imagem do Grupo SGS Portugal fotografia: Comunicação & Imagem do Grupo SGS Portugal; SGS Image Bank; iStockphoto; Stock.XCHNG; Colégio da Nossa Senhora do Rosário; Paulo Morais; APG – Associação Portuguesa de Gestão das Pessoas; ACT – Autoridade para as Condições do Trabalho; Plasoeste; Finaccount; AMClassic; Grove Advanced Chemicals; Inter Ikea Centre Group Portugal; Município de Ponta Delgada; SAAGA –

Sociedade Açoreana de Armazenagem de Gás, SA; Funfrap – Fundição Portuguesa, SA; Cofely GDF Suez; ANPEB – Associação Nacional de Pellets Energéticas de Biomassa; Pinewells, SA; EAD – Empresa de Arquivo e Documentação; ICC Portugal; Escola Superior de Ciências Empresariais do Instituto Politécnico de Viana do Castelo; ACICO – Associação Nacional de Armazenistas, Comerciantes e importadores de Cereais e Oleaginosas; SN – Servicios Normativos; BES – Banco Espírito Santo; Saint-Gobain; Carris; ISVOUGA; Município de Vila do Conde; Universidade Católica do Porto; ISSN 1647-7375 impressão: Lusoimpress - Artes Gráficas, S.A. Vila Nova de Gaia - 11.2012 tiragem: 8.000 Exemplares DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

editorial

ética, responsabilidade, cidadania e respeito entre outros.

3



AS pessoas nas organizaçþes


A Adaptação da escola às mudanças da sociedade No Colégio há mais de 25 anos, primeiro como professor, depois como administrador e há mais de 10 anos como diretor, João Trigo parece ter percebido o que a comunidade espera do Colégio que dirige: soluções diferenciadas e criativas, capazes de integrar e de promover a individualidade dos seus 1515 alunos, ao mesmo tempo que os preparam de forma global para a vida, desde os três anos até ao 12º ano. O que significa ser considerada a melhor escola (nos rankings nacionais de médias do ensino secundário)? João Trigo: É algo que prezamos porque revela que os nossos alunos têm obtido bons resultados académicos. Mas eu partilho das questões que muitas pessoas colocam a essa análise, que é muito limitada aos resultados académicos, que compara coisas que não são à partida comparáveis. Para nós é uma imagem redutora da Escola porque consideramos fundamental a formação integral e não apenas a componente académica dos nossos alunos. Face ao projeto educativo que temos, aquilo que os rankings não revelam diretamente é o mais importante. Dou-lhe o exemplo do que chamamos de ‘educação para a justiça’. Colocamos os nossos alunos em contacto com a realidade do mundo, sensibilizando-os para as assimetrias e para a injustiça social. Focamos muito a nossa ação no voluntariado e outras atividades. Isto tem um potencial formativo enorme, desenvolvendo um conjunto muito alargado de competências importantes para a vida profissional e pessoal. É algo a que os alunos aderem com naturalidade. É uma área em que nós temos um grande sucesso, mas que não é possível ver nos rankings.

O Colégio da Nossa Senhora do Rosário no Porto, não é estranho aos lugares cimeiros dos rankings das escolas com melhores resultados nos examos de ensino secundário. Este ano repetiu a proeza e teve a média mais elevada de todo o país. João Trigo, diretor do Colégio, analisa estes resultados e reflete sobre a organização e missão da Escola. Fala da necessidade de adaptação e de criatividade para responder às necessidades colocadas pela sociedade.

A nossa primeira preocupação enquanto escola é de formação global e integral. Olhamos para o aluno como Pessoa, para questões como os valores, saber relacionar-se com os outros, saber estar em sociedade, a espiritualidade, a dimensão física, artística, cultural, ou seja, múltiplas dimensões do que é uma Pessoa. Para a Escola do nosso tempo e na nossa comunidade, é muito claro que esta formação global é o que as famílias nos pedem em paralelo com a vertente da instrução formal. Não somos uma escola excessivamente focada no resultado académico, embora obviamente saibamos que é uma vertente importante no percurso escolar.

E conseguem fazê-lo com as famílias e não em sua substituição? Está claro em todas as nossas perspetivas educativas essa parceria com a família. Aliás, para nós não faz sentido outra forma. A Escola não pode trabalhar de costas voltadas para as famílias. É entre estas duas instituições que os jovens dividem a maior parte do seu tempo. É claro que agora se discute muito o papel dos meios de comunicação, da tecnologia, etc., porque também têm um poder muito forte junto dos mais jovens. De qualquer forma, a Família e a Escola são as instituições de referência onde cresce a pessoa. Não nos interessa tanto o debate teórico sobre se as famílias hoje não são tão boas como há décadas atrás e se a Escola deve ou não substituir-se à Família nas tarefas que lhe são específicas. É um facto que as famílias hoje são mais ocupadas e estão menos disponíveis para educarem os seus filhos. Portanto, uma escola responsável e que queira assumir o seu papel de forma plena na sociedade tem de perceber isso e dar as respostas que outras instituições não dão.


ensin

o

AS pessoas nas organizações

Sem dúvida. Todos nós somos educadores, a modelagem e a imitação são grandes ferramentas de ensino e de aprendizagem. As crianças tornam-se naquilo que veem nos outros. Se elas passam a maior parte do tempo na Escola, como é que a Escola não é educadora? É bom que a Escola perceba que não é um mero transmissor/promotor de conhecimento. O próprio ambiente que se vive na Escola educa. É uma referência para os mais jovens que absorvem tudo isso. Grande parte da nossa missão centra-se nesta vertente não académica. Porque o resultado académico é o requisito mais básico para qualquer escola, não deveria ser isso a diferenciar as escolas. Com isto não estou a desvalorizar as posições nos rankings, porque há escolas que têm o mesmo contexto e recursos tão bons como os nossos e não obtêm os mesmos resultados. É preciso colocar as coisas nos seus devidos lugares. Também há um exagero dos detratores dos rankings quando os desvalorizam totalmente. É inegável que, nessa vertente, estamos a fazer um bom trabalho, sendo certo também que temos melhores condições, a diferentes níveis, para o fazer do que muitas das escolas que fazem parte do nosso sistema educativo.

Pode indicar algumas características do Colégio do Rosário que o façam uma das melhores escolas do país? Há uma série de componentes que são chave para o sucesso. Desde logo as pessoas. Qualquer empresa/organização, também a organização Escola, depende muito das pessoas que nela trabalham.

Para nós é muito importante ter profissionais competentes, aos mais diferentes níveis. Depois, há que cuidar das pessoas e das relações entre pessoas, ou seja da forma como as pessoas se sentem na Escola, da forma como se entregam ao seu trabalho, individual e enquanto equipas, o que se designa por clima organizacional. É preciso criar um sistema relacional que seja acolhedor e estimulante, que crie o sentimento de comunidade, neste caso comunidade educativa, que permita e estimule uma boa relação professor-aluno, entre professores e entre alunos. Outro elemento fundamental é o projeto, no caso das escolas o projeto educativo. Ou seja, as ambições e desafios que a comunidade se propõe a si própria, a forma particular de concretizar a sua missão educativa. As pessoas e o projeto cruzam com a questão da liderança. Não apenas liderança de topo, mas liderança a todos os níveis. É importante haver pessoas que ‘puxam as coisas para a frente’, que inspiram os outros e os levam a prosseguir num determinado rumo. Neste aspeto do projeto, penso que as escolas particulares têm uma vantagem em poderem ter o seu próprio projeto educativo. Por exemplo, nós somos uma escola católica inspirada por um sistema de valores muito específico. As escolas públicas, nesse aspeto, tendem a ser mais iguais. O seu ideário é a Lei de Bases do Sistema Educativo. A Lei tem por objetivo uniformizar e padronizar. As escolas mais dependentes da referência normativa, como as públicas, têm menos capacidade de dar resposta à missão que é educar, porque em educação as questões da criatividade e da inovação são muito importantes. A Escola dos nossos dias, em geral, é igual ao que era há um século atrás... Está assente num paradigma já ultrapassado, pois organiza-se

hoje da mesma forma, tem as mesmas metodologias e as mesmas respostas, enquanto que os mais jovens estão permanentemente a ‘cavalgar’ a mudança e a novidade. As organizações escolares precisam de refletir as questões da criatividade e da inovação para se tornarem mais apelativas para os seus alunos, para poderem verdadeiramente chegar a eles e para poderem concretizar a sua missão educativa e formativa.

A principal competência que se pede hoje a um profissional não é a capacidade de se adaptar à mudança? Então, como pode a Escola continuar a educar para a estabilidade? Não faz sentido! É nestas ‘pequenas’ questões que se joga o futuro.

A missão da escola é muito exigente porque tem ‘uma clientela’ muito difícil de satisfazer, como são crianças e jovens em crescimento, numa sociedade em mudança acelerada e contínua. Finalmente, as condições materiais, também elas são fundamentais para uma boa escola. Sem recursos, instalações, equipamentos e materiais adequados não é possível concretizar projetos e criar as melhores condições de aprendizagem e crescimento para os alunos.

ensino | joão trigo

Quando a Escola diz que não é educadora, há uma falta de adaptação à sociedade.

7


A responsabilidade dos maus resultados escolares é partilhada por diversas partes? A origem dos maus resultados começa por estar na própria sociedade. Quando todo o sistema social de uma criança ou jovem está em falência, desde a família até à incapacidade condições de vida condignas para todos, por muito que a Escola e os professores se esforcem, dificilmente serão bem-sucedidos. Esta não é evidentemente a nossa realidade, e isso explica em parte os nossos bons resultados, mas é a realidade com que lidam permanentemente algumas escolas do nosso sistema educativo.

Voltando-nos para outro aspeto, o Colégio do Rosário tem algum espaço de reflexão para os jovens pensarem no seu futuro profissional? Um ponto central no nosso projeto é que as pessoas sejam bem-sucedidas acima de tudo em termos pessoais e não apenas em termos profissionais. Uma característica nossa é que tentamos ter uma relação muito próxima com os alunos, tentamos conhecê-los não só na sua dimensão mais académica e de aprendizagem, mas também como pessoas, nos seus problemas e anseios. Temos um serviço de orientação vocacional e os próprios diretores de turma têm um papel muito importante de acompanhamento dos alunos. O diretor de turma tem um espaço semanal para estar com os seus alunos – a reunião de turma – algo que já não acontece na Escola Pública...

A vossa autonomia permite-vos fazer isso. Acha que com mais autonomia, as escolas públicas conseguiriam ter projetos educativos mais eficazes na sua comunidade? Claro que sim. A Escola Pública rege-se por dogmas que tornam possível a sua organização atual, assente numa lógica de gestão ainda fortemente centralizada. A perspetiva é que a Escola tem de ser basicamente igual no Porto, em Lisboa ou em Faro, apesar das comunidades poderem ter necessidades diferentes. Há até a ideia que a padronização acaba por ser justa porque estabelece as mesmas oportunidades para todos. Mas a Escola tem o grande desafio de se adaptar à realidade em que está inserida e a autonomia é, para isto, fundamental.

Só que a autonomia coloca a questão de haver pessoas com capacidade de liderança para a exercer. É preciso arriscar, tomar decisões, avaliar, questionar opções… de gerir verdadeiramente. A autonomia não é só uma questão legislativa, é a capacidade das comunidades educativas e dos gestores assumirem a condução do seu próprio percurso. Não basta reivindicar autonomia, é preciso ter vontade e estar-se preparado para a exercer, ser-se capaz de assumir responsabilidades. A autonomia é importante inclusivamente ao nível económico, da gestão das instalações e da equipa. Uma escola pública não é capaz de escolher a sua equipa, é algo determinado pelo sistema que coloca os professores. Muitas vezes, as instalações são da responsabilidade da autarquia.

Falando de gestão, sabemos que o Colégio tem um Sistema de Gestão da Qualidade. Sim, nós utilizamos o Modelo EFQM. Fazemos Ciclos de Qualidade, refletimos sobre a nossa realidade, os nossos pontos fortes e sobre as nossas oportunidades de melhoria. É um modelo interessante para a organização escolar por estar muito assente em processos de autoavaliação e por estimular a melhoria contínua.

O ensino está atento aos novos desafios da economia e adequa-se às necessidades de industrialização do país? As opções políticas mais recentes, após o 25 de abril, focaram-se na educação generalista até ao 12º ano de escolaridade, em detrimento da preparação para a vida ativa. Houve um desinvestimento nos cursos técnicos, comerciais e industriais, para se dar prioridade ao ensino unificado, mais vocacionado para prosseguimento dos estudos. Pelo lado positivo, começamos a ter indicadores de acesso ao ensino superior ao nível dos países mais desenvolvidos. Contudo, esse desinvestimento nas escolas comerciais e industriais criou um vazio de quadros médios de elevada qualidade. O sistema entretanto tentou recuperar com os cursos tecnológicos e profissionais,

mas ainda sem grande efeito... O debate está ainda em curso. Seguramente que nem todas as pessoas têm características e projetos de vida que contemplem estudar durante quase 20 anos das suas vidas. Depois há as próprias necessidades económicas e do mercado, de respostas diferenciadas por parte do sistema educativo para formar pessoas que tenham uma forte dimensão do saber-fazer e sejam quadros técnicos de qualidade.

O Colégio do Rosário prepara os alunos para a vida ativa, não apenas ao nível académico, mas também com conceitos de produtividade, empenho e exigência? Tenho a opinião de que a Escola acaba por ‘produzir um modelo de pessoa’ e não pode fugir às suas responsabilidades a este nível. Os padrões de exigência, os hábitos de trabalho, a fasquia estabelecida pela Escola em relação aos seus alunos


Como vê a Escola do futuro?

vão pautar a sua atitude ao longo da vida. Os projetos que referi de voluntariado são muito importantes porque colocam os nossos alunos em contacto com a realidade e permitem-lhes

A Escola vai ter que ser mais plural, mais criativa, dar respostas mais diferenciadas para chegar a todas as dimensões do que é ser pessoa e a todas as pessoas. Recentemente temos andado a refletir sobre novos paradigmas que se colocam à Escola, com base nos avanços da ciência e da sociedade e uma das áreas que é muito interessante é a das neurociências, nomeadamente as teorias em torno das ‘inteligências múltiplas’. Nesta perspetiva, deixa de se valorizar, ao nível do conhecimento e da inteligência, única ou predominantemente o raciocínio lógico-dedutivo e a inteligência manifestada no conhecimento matemático e linguístico. Hoje sabemos que as pessoas manifestam as suas potencialidades e a sua inteligência de formas diferentes: na capacidade de se relacionarem, no autoconhecimento, no desporto, na arte, etc. Uma Escola atenta a estas aquisições da ciência das últimas décadas vai ser mais integradora, mais capaz de dar resposta às necessidades de todos os elementos da sua comunidade. Hoje sabemos por que razão muitos dos reconhecidos ‘génios’ tiveram percursos escolares medíocres: porque a Escola não lhes deu espaço para eles se afirmarem e se distinguirem na área em que eram excelentes.

A nossa primeira preocupação enquanto escola é de formação global e integral. Olhamos para o aluno como Pessoa, para questões como os valores, saber relacionar-se com os outros, saber estar em sociedade, a espiritualidade, a dimensão física, artística, cultural, ou seja, múltiplas dimensões do que é uma

Os fenómenos, que ainda persistem nos sistema educativo, do insucesso, da indisciplina e do abandono escolar revelam que a Escola não está adaptada às necessidades da sociedade. Estamos num mundo de mudança rápida e a Escola muda a uma velocidade lenta, o que faz com que continue a usar maioritariamente ferramentas, metodologias e formas de organização com mais de100 anos! Por exemplo, o ideal de turma do 1.ºciclo do ensino básico, acompanhada pelo mesmo professor, ao longo dos quatro anos. Neste momento, nós estamos a ensaiar soluções diferentes. Temos três turmas deste grau em cada ano de escolaridade e tentamos que, ao longo do seu percurso, os grupos não sejam estáveis e trabalhem uns com os outros, quer alunos quer professores. A necessidade da turma é artificial, tem mais a ver com as necessidades do sistema do que com as dos alunos. As necessidades dos alunos são diferentes. É bom que contactem com perspetivas diferentes ‘do que é ser professor’, com colegas diferentes, com mais desafios e menos estabilidade. A principal competência que se pede hoje a um profissional não é a capacidade de se adaptar à mudança? Então, como pode a Escola continuar a educar para a estabilidade? Não faz sentido! É nestas ‘pequenas’ questões que se joga o futuro. A nossa responsabilidade é encontrar as melhores soluções para os nossos alunos e para as nossas famílias. Ao nível da organização do tempo e dos blocos letivos, apesar do Ministério determinar blocos de 45 e 90 minutos, há mais de dez anos que nós decidimos organizar-nos em blocos de 70 minutos, porque chegámos à conclusão que funcionava melhor para os nossos alunos. Finalmente, a partir deste ano letivo, o Ministério determinou que isso passasse a ser uma decisão da escola. Nós já o fazíamos, porque faz mais sentido! Volto a enfatizar que o tempo escolar é a fase em que a pessoa mais muda e está mais aberta à mudança. Uma organização que lida com esta realidade tem de estar especialmente disponível para a mudança e ser criativa. Tem de ser uma organização mais flexível, mais permeável à mudança e à criatividade para acompanhar o ritmo de evolução da própria sociedade.

Pessoa. www.colegiodorosario.pt

ensino | joão trigo

desenvolver competências como liderança, enfrentar dificuldades, dar respostas a problemas concretos. Isto é um forte contributo para a preparação deles para a sua vida ativa.

9


marketing pessoal

o que Todos deveríamos saber

“Quando ia a uma empresa, já tinha algo mais do que um currículo para apresentar. Já tinha um artigo, por exemplo, que demonstrava mais claramente a minha visão. Começaram a chegar alguns convites para dar aulas e workshops, contacto gera contacto… Foi uma estratégia simples que teve bons resultados. Mas foram cerca de dois anos de trabalho em que investi muito neste projeto para começar a ter retorno.” É com base nesta sua história e na constante observação que faz do mercado, que Paulo Morais aborda o Marketing Pessoal. O Marketing Pessoal para quem procura emprego De acordo com o empreendedor e docente Paulo Morais, “acima de tudo, o Marketing Pessoal permite-nos conhecermo-nos como ninguém. Devemos perceber quais são os nossos pontos fortes e fracos. Numa entrevista tenho de destacar os meus melhores atributos. No momento da minha ‘venda pessoal’ tenho que saber agarrar e

cativar o meu ‘cliente’. Se tivermos uma atitude passiva, em que abdicamos de toda a orientação da entrevista para o entrevistador, não conseguimos diferenciar-nos”. Ao mesmo tempo, reconhece que a grande maioria das nossas PME não tem recrutadores com formação específica, o que levanta um problema comum: o recrutador não quer contratar pessoas que considera serem melhores que ele por sentir o seu próprio posto de trabalho

No seu primeiro emprego, Paulo Morais aprendeu que um diploma não faz um profissional. Quando acabou o curso superior em Marketing, em 2007, encontrou um mercado altamente competitivo e pensou “Como é que eu me vou diferenciar?”. Pesquisou e apercebeu-se de algo que ainda ninguém dominava: a vertente digital do marketing. Criou o grupo Marketing Portugal, onde começou a partilhar algumas das suas ideias e a convidar outras pessoas para participarem também.

ameaçado. Por tudo isto, a preparação é a chave para uma boa entrevista. No seu tom informal e assertivo, Paulo Morais defende que uma entrevista “é como qualquer venda. Temos de conhecer bem o cliente para direcionarmos a nossa comunicação aos atributos do nosso produto que são mais importantes para ele. Temos de nos apresentar em função da empresa e do interlocutor que nos vai entrevistar.”


prom pess oção oal

AS pessoas nas organizações

A discussão sobre os formatos de currículos e a sua eficácia é longa, mas para Paulo Morais, “não vale a pena continuarmos a banalizar as ferramentas. Por exemplo, agora um currículo em vídeo é que é! Não! É para as empresas certas! Já o currículo europeu, não analiso nenhum que não tenha um site pessoal, ou LinkedIn, porque não me interessa ver só o currículo todo direitinho, mas sim o ‘habitat natural’ de comportamento do candidato”. As redes sociais são uma ferramenta fantástica para as pessoas se mostrarem, mas é preciso gerir bem a informação. Nas redes sociais é possível traçar perfis mais completos, que de outra forma seria impossível. Por isso, o especialista em Marketing Pessoal realça que “é fundamental a coerência entre a presença on-line e a vivência offline, para a nossa credibilidade enquanto profissionais e enquanto pessoas. Por outro lado, muitos candidatos até já nem são chamados para a entrevista, porque já se conseguiu filtrar informação adicional através das redes sociais”. Porque qualquer pessoa consegue chegar a dezenas de profissionais nas redes sociais, a perceção de Paulo Morais é que “o papel dos Recursos Humanos tem de se reinventar. Agora preciso dos Recursos Humanos para acrescentar valor ao recrutamento: análise de perfil, dinâmicas de grupo, obter outras informações relevantes. Mas acho que muitos profissionais de Recursos Humanos ainda estão presos ao processo tradicional, sem uma boa pesquisa na web. Até porque esta tarefa

é exigente. O segredo está na integração das diversas plataformas: por exemplo, no LinkedIn temos uma faceta mais profissional, enquanto que no Facebook temos outra mais social e descontraída”.

O Marketing Pessoal dentro das organizações O Marketing Pessoal ajuda não só quem procura emprego, mas também o percurso profissional já dentro das organizações. Para tal, “é fundamental perceber o tipo de organização em que estamos inseridos. Cada um tem de criar o seu espaço, identificar as oportunidades certas para propor ideias. Mas sempre com a noção que pode haver/há superiores que não estão dispostos a isso. Se virmos que não estamos bem, então não podemos parar e devemos criar projetos paralelos. Sempre com a prioridade de sermos o melhor naquele com o qual já estamos comprometidos, mas arranjar alternativas que nos preencham mais”, aconselha Paulo Morais. E mesmo quando uma empresa permite aos seus profissionais criar e inovar, é fundamental garantir os resultados. Paulo Morais insiste, sempre, neste ponto. “Qualitativamente as ideias podem ser muito atrativas, mas tem de haver um claro compromisso com os resultados quantitativos. Para investir, as empresas têm de ter retorno. É também preciso humildade e perceber o que tem resultado para a empresa, ao longo do tempo”. Há empresas (ainda poucas) que já incentivam os seus trabalhadores a fazerem o seu Plano de Marketing Pessoal. Mas se as empresas não

o fizerem, cada um deve fazer uma autoanálise e identificar as competências que lhe faltam e aquelas em que é mais forte. A partir daí, pode trabalhar, estudar, ir a conferências, etc. “Confrontar as pessoas com situações fora da sua área de conforto eleva os profissionais“, defende Paulo Morais.

O empreendedorismo, desde a escola Cada vez mais instituições de ensino superior se estão a aperceber que é necessário preparar os seus alunos para as novas realidades. No entanto faltam recursos, na opinião de Paulo Morais. “É impossível para um docente que se dedica exclusivamente ao ensino, que não conhece a realidade das empresas, manter-se a par das novas tendências. Mas há, da parte de alguns docentes, a abertura para convidar pessoas externas à Universidade para introduzir uma vertente mais prática no ensino. Mesmo sem verbas isto é possível, tem é de se criar valor para todas as partes envolvidas. Se a Universidade não pode pagar em dinheiro, pode sempre ajudar a divulgar projetos desse convidado, por exemplo. Por último, acho que é preciso dar continuidade a um trabalho deste género. Tem de se dar seguimento e orientação contínua aos alunos, pois uma única sessão de duas horas não é suficiente”. Outra vertente que, segundo Paulo Morais, já se trabalha no ensino é o empreendedorismo, através dos jogos didáticos e interativos: “Cria a tua empresa (a brincar). Apresenta-te à turma”. O objetivo é conseguir bons comunicadores, que no futuro consigam ‘vender’ as suas propostas de valor.

Acima de tudo, o Marketing Pessoal permite-nos conhecermo-nos como ninguém. Devemos perceber quais são os nossos pontos fortes e fracos. Numa entrevista tenho de destacar os meus melhores atributos. Paulo Morais

Managing Partner na Follow Reference, Docente no IPAM - The Marketing School e Community Manager do Marketing Portugal

www.marketingportugal.pt

Promoção PEssoal | paulo morais

Redes sociais: nova área de recrutamento?

11


trabalho, um projeto a dois

Arbeit

Trabalho Pracować

Werk працювати

Arbete

Trabajo

工作

Travaille

Muncă

Arbejde IanObair Pаботать

Lavoro

Work

delo

έργο

Arbeide

Munka

o crescimento dos profissionais e das empresas

Desde 2006 que a ANERH - Associação Nacional das Empresas de Recursos Humanos representa empresas, que não tinham interlocutores associativos para as áreas de consultadoria, formação profissional, outsourcing e trabalho temporário. Sendo esta uma área muito sensível no domínio social, a ANERH procura transmitir e defender toda a atividade com base na transparência, na organização, na solidariedade e na legalidade. Com Rodrigo Ferreira à frente da Direção, a ANERH conta com alguém muito experiente, que acompanhou as grandes alterações do mercado de trabalho português. “Historicamente houve sempre um grande divórcio entre os currículos escolares e as necessidades das empresas. Hoje o ensino muito dificilmente se adaptará genericamente às necessidades das empresas”.

Para o dirigente, as escolas são plataformas de conhecimento. “Um curso oferece ferramentas, metodologia de raciocínio, princípios e conhecimentos gerais de diferentes áreas, que permitem depois aprofundar em função das atividades que se irá desenvolver, que podem ou não ter origem na sua formação inicial. A necessidade de ‘fazer’ obriga a envolver conhecimentos a que a Universidade não dá acesso”.

A orientação do ensino para a prática profissional O empresário de Recursos Humanos continua com a sua análise, destacando a falha no ensino tecnológico. “Por exemplo, não temos uma escola profissional que forme soldadores. Temos sim entidades que, sobre uma plataforma de conhecimentos, dão cursos de soldadura, já de caráter profissional

Rodrigo Ferreira tem uma carreira dedicada aos Recursos Humanos desde 1968, ano em que fundou uma das primeiras empresas de psicologia e formação em Portugal. A SGS Global foi saber a opinião do atual presidente da Direção da ANERH - Associação Nacional de Empresas de Recursos Humanos sobre a adequação da oferta e da procura no mercado de trabalho e do papel da formação profissional ao longo da vida. e orientados para o ‘fazer’. Não como formação escolar organizada. Continuamos alheados do ensino tecnológico por razões históricas. Após o 25 de abril, fecharam as escolas técnicoprofissionais porque era entendido politicamente que as atividades de caráter manual eram segregadoras das atividades intelectuais. Os liceus eram para a classe burguesa, enquanto que as escolas técnicas eram para a classe operária.


nas organizações

Portanto tínhamos que acabar com isso (ironia). Agora há um esforço no sentido de as recuperar. No ensino superior já há uma maior orientação para as atividades profissionais, mas sempre sob uma forma de generalidades que depois permite aos licenciados integrarem-se com alguma facilidade. Por exemplo em marketing. O marketing farmacêutico não tem nada a ver com o marketing da grande distribuição. Há, de facto, uma plataforma de conhecimentos, mas depois há a necessidade de uma adequação profissional”.

O papel da formação profissional e da gestão O país tem investido milhares de milhões de dinheiro comunitário em formação. Mas na opinião do presidente da ANERH, “continua sem qualificações devido a uma orientação errónea. É quase para colmatar o desemprego. Depois da formação não há prática, porque não há emprego. Como o conhecimento não é sedimentado, desaparece rapidamente.“ Rodrigo Ferreira optava por formar/ capacitar quem já está a trabalhar, por considerar que há imensas oportunidades de melhorar o exercício da profissão, rentabilizando muito mais a atividade das empresas. “Uma pessoa que faz a mesma coisa, da mesma forma há 30 anos, não melhorou, não evoluiu. Na maior parte das empresas, os colaboradores têm formação de base superior à do próprio empresário. Estes nunca ganharam massa crítica, capacitação nem conhecimento para se

desenvolverem. Desenvolver não é só formar trabalhadores. Desenvolver é ver melhorias nos produtos/serviços. Mas além da capacidade de planeamento e da convicção da melhoria e da inovação, um projeto de formação relevante implica investimento. E a maioria das nossas empresas vive com dificuldades extremas económico-financeiras. É claro que há muitas outras empresas que sabem os benefícios de investir na exigência, na formação, na qualidade. Temos um conjunto de empresas exportadoras que estão a sustentar o país.“ Na opinião do dirigente, os portugueses funcionam bem se tiverem uma gestão exigente e profissionalizada. “Os graves problemas nacionais não são dos trabalhadores, são da gestão. Um gestor exigente cria profissionais exigentes, organiza carreiras, promove, dá formação, exige e paga bem. Isto leva-me a outra questão: só se consegue desenvolvimento através das pessoas e de áreas de investimento que sejam sustentáveis. É necessário criar empresas capazes de remunerar adequadamente. Porque não se pode exigir muito a alguém que está a pensar como vai conseguir pagar uma consulta médica ou alimentar bem os filhos”.

A atitude dos jovens e as aptidões Para Rodrigo Ferreira, hoje há dois tipos de jovens: os excecionais e os desinteressados. “Os excecionais são muito bem preparados, com conhecimentos notáveis, com uma capacidade muito superior à do meu

tempo. Os desinteressados são fruto de conceitos como os direitos adquiridos e a subsidiodependência. Quando tiram um curso superior, têm logo direito a ser chefes. Vêm ambos (os excecionais e os desinteressados) da mesma escola, da mesma turma, pelo que a família tem uma grande importância, assim como os grupos. A comunicação social é facilitadora… A própria Escola acaba por ser sectária, porque orienta os alunos segundo as motivações pessoais e não as da sociedade”. Quanto ao recrutamento, o empresário considera que, além da tal plataforma básica de conhecimentos, são fundamentais as aptidões dos candidatos. “As aptidões são as tendências que uma pessoa naturalmente tem para fazer determinadas coisas, a capacidade de integração em grupo, a motivação para aprender, a luta interior pela melhoria contínua e pela conquista. Estes fatores são essenciais para a competitividade”. Por outro lado, o gestor tem de estar preparado para dar formação a um recém-formado. A empresa deve ter um projeto para cada profissional. “O maior investimento que uma empresa pode fazer é na formação das suas pessoas. Mesmo que a empresa feche, com a formação adequada, estão preparadas para ir para outra empresa e para arranjar novo emprego. Se os seus conhecimentos estão desadequados, a economia também está debilitada. O crescimento do emprego tem de ser sempre acompanhado com uma formação de exigência”, conclui Rodrigo Ferreira.

Um curso oferece ferramentas, metodologia de raciocínio, princípios e conhecimentos gerais de diferentes áreas, que permitem depois aprofundar em função das atividades que se irá desenvolver, que podem ou não ter origem na sua formação inicial. Rodrigo Ferreira

Presidente da Direção da ANERH Associação Nacional de Empresas de Recursos Humanos

www.anerh.pt

recurtamento | rodrigo ferreira

AS pessoas

recr u menttao

13


chefe de equipa um gestor de pessoas

A APG – Associação Portuguesa de Gestão das Pessoas tem quase 50 anos de história na representação dos profissionais que gerem pessoas nas organizações. As suas denominações e orientações ao longo do tempo são reflexo da evolução dos conceitos nesta área da gestão: Pessoal, Recursos Humanos, Pessoas. É de pessoas que Margarida Barreto, presidente da Direção Nacional da APG, quer falar. As gestoras e as geridas, que são muitas vezes as mesmas; entre o rigor técnico e a sensibilidade humana.

Uma das primeiras grandes ideias com que se fica ao falar com Margarida Barreto, presidente da Direção Nacional da APG – Associação Portuguesa de Gestão das Pessoas e também gestora de Recursos Humanos numa multinacional farmacêutica, é a distinção entre Gestores de Pessoas e Gestores de Recursos Humanos. Para a responsável, “os principais atores de uma boa Gestão de Pessoas, são os chefes das equipas e não a área de Recursos Humanos (RH) da empresa. Isso porque os RH, na minha opinião, são consultores e agentes de mudança. Quem gere realmente as pessoas são os chefes, nas suas equipas naturais”. O importante papel dos RH passa pela implementação e formação sobre tudo o que está relacionado com a cultura da empresa, com políticas internas, com processos e procedimentos para gerir as pessoas e em ajudar as chefias sempre que necessário a atrair, desenvolver, recompensar, reconhecer e reter as pessoas. Margarida Barreto debate-se para que os RH tenham o mesmo ‘estatuto’ das restantes áreas da gestão. Mas para isso, “os RH devem saber tanto sobre o negócio como os outros departamentos, têm de falar a ‘linguagem’ dos seus colegas, têm de dar contributos que sejam percecionados e valorizados pela gestão da empresa”.

Os Gestores de Pessoas A presidente da APG acha que a Gestão de Pessoas em Portugal deveria ter práticas mais participativas e mais associativas, do que atualmente. “Vejo a Gestão de Pessoas em Portugal ainda com padrões do que se fazia há 40 ou 50 anos atrás. Em que havia o capataz, o chefe, e não o líder. Havia quem mandasse nas pessoas e não quem tentasse construir o futuro, atingir resultados, desenvolver as pessoas e resolver os problemas. Mas em Portugal, como em muitos outros sítios, temos más práticas e também muito boas práticas”.


carr

eira

AS pessoas nas organizações

Em condições iguais, as organizações que gerem bem as suas pessoas são mais competitivas. Porque são as pessoas que criam, que inovam, quando estão motivadas e envolvidas com os objetivos da organização. Margarida Barreto

A formação dos Gestores de Pessoas torna-se, assim, vital para a implementação das práticas apropriadas a cada situação. “Ter aptidão, ‘jeito’, para gerir pessoas ajuda”, reconhece a Gestora, “mas não é suficiente. É preciso conhecer técnicas, inspirar, saber comunicar, ter uma visão. Além dos conhecimentos intrínsecos ao negócio, os Gestores de Pessoas também necessitam de formação específica neste âmbito, de trabalhar a componente comportamental”. Todos os Gestores de Pessoas têm também outras responsabilidades, outros objetivos concretos, sejam eles comerciais, de produção, etc. Por isso, a clarificação em geral dos objetivos, assim como a ligação entre os objetivos globais da organização e os individuais de cada trabalhador, são importantíssimas para a Gestão das Pessoas nas organizações. “Um chefe, para ser líder, deve estar ‘ao serviço’ dos seus colaboradores, deve ser um comunicador que sabe conversar, ouvir, pedir feedback. Embora nunca se possam esquecer da razão porque ali estão: produzir e cumprir objetivos. Deve ser uma relação de proximidade, mas suficientemente firme para conseguir dizer a verdade (que às vezes custa). A preocupação maior de um chefe deve ser que a sua equipa tenha sucesso e, desta forma, assegura o seu próprio sucesso”, defende Margarida Barreto. Assim, como as pessoas trabalham, com mais ou menos motivação, produtividade, inovação, depende muito de como se relacionam com a respetiva chefia e,

naturalmente, também com os pares. A competitividade das organizações interliga-se, afinal, com a Gestão das Pessoas. “Em condições iguais, as organizações que gerem bem as suas pessoas são mais competitivas. Porque são as pessoas que criam, que inovam, quando estão motivadas e envolvidas com os objetivos da organização. São as pessoas que trazem valor acrescentado e que conseguem dar a volta a situações críticas”, argumenta a nossa entrevistada.

Da precariedade e da educação Há um assunto que preocupa imenso a presidente da APG, que é o envelhecimento ativo. Brevemente (já atualmente) vai deixar de ser possível ter reformas antecipadas e viver ainda muitos anos de pensões. Há já muitos jovens desempregados e muitas pessoas mais velhas ainda ‘a 100%’. Para responder a este desafio, Margarida Barreto crê que se irá recorrer a novas formas da organização do trabalho para ‘encaixar’ as pessoas mais velhas: part-times, teletrabalho, ser mentor dos mais novos. Estas novas formas da organização do trabalho serão facilitadas pela tecnologia. “E o trabalho será muito mais aprestação de serviços do que contrato de trabalho. Neste momento, a nossa sociedade ainda funciona com base numa segurança que já não existe. Quando se fala de trabalho precário, é porque pensamos de acordo com paradigmas tradicionais, que estão a mudar. Todo o trabalho será ‘precário’ e nós teremos de nos adaptar

porque as mudanças são constantes e imprevisíveis,“ afirma Margarida Barreto, consciente da polémica. E continua dizendo que “fundamental para estas mudanças são as competências pessoais. Línguas estrangeiras, informática, outras competências consoante as áreas de trabalho que fazem a diferença entre a empregabilidade e o desemprego. Os candidatos têm de perceber o que o mercado precisa e fazer a sua formação nesse sentido. Já não podem tirar um curso só por gosto e depois exigir um emprego nessa área. É essencial saber quais os cursos necessários no futuro, superiores ou profissionais. A Escola desempenha, aqui, um papel importante de orientação. Esta ideia de toda a gente tirar cursos superiores é um erro enorme”. Para terminar, Margarida Barreto não quis deixar de dizer que “neste país, com pessoas maravilhosas de imenso potencial e imensas características boas, só precisamos de líderes para potenciá-las. Os portugueses são das pessoas mais competentes que existem. Têm a atitude certa, compromisso, capacidade de entrega. Nós, quando bem enquadrados, conseguimos atingir resultados espetaculares. Acho é que, por vezes, nos falta esse enquadramento. Sendo esse enquadramento a forma como a Gestão das Pessoas é encarada, considerando a capacidade de orientar, envolver, coordenar e construir o futuro em conjunto com as pessoas, e não as vendo apenas como ferramentas”. www.apg.pt

carreira | margarida barreto

Presidente da Direção Nacional da APG – Associação Portuguesa de Gestão das Pessoas

15


segurança

o binómio da competitividade e da dignidade humana

A ACT - Autoridade para as Condições do Trabalho age em duas grandes áreas operacionais: a promoção da Segurança e Saúde no Trabalho e a área inspetiva. Luis Lopes, responsável pela primeira, revelou em entrevista à SGS Global as facetas mais técnicas da sua atuação, mas também as mais humanistas. sgs global: O nível de Segurança e Saúde no Trabalho (SST) está diretamente relacionada com os técnicos? Luis Lopes: Parcialmente, pois há outros fatores em jogo. Podemos ter os melhores técnicos do mundo, mas se eles não conseguirem convencer os gestores, essa empresa nunca terá estes princípios inseridos na sua mentalidade e na dos seus trabalhadores. Se os empregadores definem horários e outros critérios aos trabalhadores, porque é que não definem obrigações e critérios de SST? Por sua vez, os técnicos podem ser ótimos e a gestão envolvida, mas se os trabalhadores não estiverem eles próprios sensibilizados para o cumprimento, ao virar-se as costas eles deixam logo de cumprir. O principal equipamento de

proteção individual vem de origem, é a nossa inteligência (risos). Se usarmos este, usamos os outros todos. Não é por acaso que o tema central para 2012 e 2013 da campanha europeia de SST é “Juntos na Prevenção de Riscos Profissionais”. É nas empresas que se passa a verdadeira batalha da SST, em todos os seus níveis, desde a administração à portaria. Ando nisto há muitos anos e nunca vi um acidente que não poderia ter sido evitado. Houve sempre uma regra que não foi cumprida, uma falha humana ou técnica que poderia ser perfeitamente evitável.

Focando a gestão, que argumentos devem os gestores ouvir? Para um gestor ou empresário, é legítimo que o dinheiro conte muito. E a SST não é um custo é um investimento com retorno

As condições em que o trabalho é desempenhado são fundamentais à sociedade por diversas razões. Não apenas pela lógica direta da segurança e saúde dos trabalhadores, mas também pela competitividade das empresas e pela própria dignidade da pessoa humana.

quantificável. A Associação Internacional da Segurança Social apresentou um estudo que provou inequivocamente que, em média, por cada unidade investida em prevenção de riscos e SST há um retorno médio de 2,2 para a empresa. Isto é um bom negócio! Mas não basta transmitir este número. Precisamos, também de ter técnicos que saibam explicar no local de trabalho o que é que cada medida concreta/investimento pode trazer à empresa.

A legislação portuguesa é demasiado rigorosa relativamente a outros países? Isso é absolutamente mentira. A nossa legislação decorre, na sua quase totalidade, da transposição de diretivas e regulamentos comunitários. Ou seja, a nossa legislação é semelhante a todos os


saúd segu e e ranç a

AS pessoas nas organizações

Como é que as empresas europeias podem ser competitivas com estes custos, quando há países com legislação mais permissiva? É preciso desenvolver esforços a nível internacional e institucional para que os trabalhadores noutros países tenham a mesma proteção. É claro que isto não é só uma questão de direitos humanos. É também uma questão económica. Depois é preciso passar a mensagem que os mais competitivos são também os mais seguros. Ao cruzar estudos de 2004/2005 publicados pela Organização Mundial do Comércio e pela Organização Internacional do Trabalho, verifica-se que os países mais competitivos eram do norte da Europa e EUA. E que estes eram também os mais seguros. Mas eles são seguros porque são ricos ou são ricos porque são seguros? Não sei, mas o que prova é que não há incompatibilidade entre estas duas coisas. São necessárias outras medidas, como a consciencialização e educação das opiniões públicas sobre as condições de trabalho noutros países – vejam a importância do caso Nike, que

teve de mudar os seus padrões. É preciso valorizar esta vertente da responsabilidade social das nossas empresas. Há também um percurso interno: não nos basta dizer que os concorrentes são maus, temos de mostrar que somos capazes de fazer melhor que eles e que temos as condições para produzir com mais qualidade.

Com a crise económica, há um aligeiramento da SST? É obvio, era inevitável e expectável. Compete-nos combater isto. A tal mensagem de retorno e de competitividade é importante para que os empregadores percebam que o desinvestimento na prevenção pode trazer grandes prejuízos. Numa pequena empresa, os custos diretos e indiretos de um acidente de trabalho sobem em flecha num contexto de crise, porque as suas consequências são muito mais gravosas. Se já está com ‘a corda na garganta’, no limite de prazos e tiver um acidente de trabalho que até danifique máquinas, isto pode significar perder um cliente. Se num outro contexto poderia ser ‘chato’, neste contexto pode ser ruinoso e fatal. Depois, além dos custos diretos para a empresa, há custos que recaem sobre a sociedade: Segurança Social, reparações, reabilitações, pensões, invalidez…

Estamos melhor do que há 10 anos? Em termos de SST, posso dizer com toda a certeza que o país que temos hoje não é o mesmo de há 20 anos. É um país onde se trabalha de uma forma muito mais segura, com mais consciência. Há uma década e meia, tínhamos mais de 300 acidentes mortais/ano. Há menos de uma década, já eram menos de 200. Há três anos, antes da crise ‘bater em força’, chegamos aos 116. Estávamos no bom caminho. Portanto, estamos muito melhor. Mas com a crise, o número daqueles acidentes começou a subir um bocadinho. Verifica-se uma inversão da tendência, por enquanto ainda pequena, mas mesmo assim preocupante. Ainda por cima, porque ocorre num período de menor atividade económica. Temos o direito de estar satisfeitos, apesar de tudo, com o trabalho que foi feito até agora. Não temos, nem hoje nem nunca, o direito de estarmos verdadeiramente satisfeitos, conformados. O trabalho é, até ver e até prova em contrário, o mais nobre dos modos de vida. O trabalho não é nem pode ser um modo de morte. O meu pai dizia que o trabalho dignifica. Mas o que realmente dignifica é a retribuição que se recebe pelo trabalho e as condições em que ele é desempenhado. O trabalho por si só cansa. (risos)

Não é por acaso que o tema central para 2012 e 2013 da campanha europeia de SST é “Juntos na Prevenção de Riscos Profissionais”. É nas empresas que se passa a verdadeira batalha da SST, em todos os seus níveis, desde a administração à portaria. Luis Lopes

Coordenador Executivo para a Promoção da Segurança e Saúde no Trabalho, da ACT - Autoridade para as Condições do Trabalho

www.act.gov.pt

saúde e segurança | luis lopes

outros países da UE. Convém que se diga que é considerada, em termos mundiais, a melhor. A mais protetora do indivíduo o que, no limite, protege as empresas. Não é igual aos países asiáticos ou outros, obviamente.

17


O IMPERATIVO da Formação e da aprendizagem ao Longo da Vida

Com o foco generalizado sobre a aprendizagem ao longo da vida, a formação contínua passou a ser uma responsabilidade partilhada por diversos atores. Empresas, trabalhadores e Estado? Qual o papel de cada um? Que importância deve ter a formação em contexto empresarial e individual? Recolhemos a opinião de Cristina Parente, que investiga sobre emprego, formação e competências desde os anos 90. SGS Global: Com a abertura da Universidade ao mundo empresarial, os cursos tornam-se mais adequados ao mercado de trabalho? Cristina Parente: Durante muito tempo, a Universidade viveu ‘fechada no seu casulo’. A partir da década de 90, há um investimento nos Observatórios do Emprego, produzindo-se informação sobre a inserção profissional dos licenciados. Com base em diagnósticos autónomos, a Universidade começa a organizar a sua oferta e inicia formação que vai concorrer com as empresas de consultoria e formação profissional aparecem os Gabinetes de Formação e Educação Contínua, orientados para um segmento distinto de alunos, mais qualificados, mais velhos, mais experientes. Começa a haver mais abertura às empresas, ainda que

em alguns casos, as Universidades continuem arredadas do mundo do trabalho. A análise sistemática das carências de mão-de-obra nas empresas é dificultada por dois fatores: o levantamento destas necessidades é um procedimento muito caro; as necessidades das empresas são cada vez mais difíceis de identificar, dada a volatilidade do mercado. Se falarmos num diagnóstico empírico, vemos cada vez mais congressos, seminários ou cursos de curta duração que chamam as empresas ao meio académico. Mas é uma análise muito limitada. Daí termos ‘perfis universitários de banda larga’ para dar resposta às exigências de polivalência do mercado de trabalho. Na minha perspetiva, é o Estado que tem a obrigação de identificar as necessidades de formação e estabelecer prioridades

A partir do início do século XXI, existem contornos muito distintos da formação anteriormente ministrada aos profissionais. 1996 foi o Ano Europeu da Aprendizagem ao Longo da Vida, em 1999 inicia-se o Processo de Bolonha em Portugal e, paralelamente, agravaram-se as crises do mercado de trabalho. Com tudo isto, e o envelhecimento progressivo da população, a Universidade perde alunos e começa a reorientaram-se para a formação contínua e a apostar mais na articulação com as empresas.

estratégicas para o desenvolvimento económico do país. A partir daí, seria possível ter oferta formativa no sentido da aprendizagem ao longo da vida mais adaptada ao que as empresas precisam. Embora eu não aplique este raciocínio às ofertas educativas ao nível do 1º ciclo que devem manter o perfil de banda larga, pois educação e economia têm objetivos, ritmos e dinâmicas distintas.


form a cont ção ínua

AS pessoas nas organizações

No fornecimento de mão-de-obra necessária ao mercado de trabalho, a formação profissional contínua desempenha um papel muito importante. À medida que o mercado de trabalho tende a liberalizar-se, há menos apetência das empresas para a formação, pois não se preveem relações laborais duradouras. Paralelamente, a sociedade exige às empresas que assumam um papel de ator social. A Responsabilidade Social está na agenda do dia. Ora isto é paradoxal… É frequente coexistirem no mesmo grupo empresarial Políticas de RH precárias com fantásticas Políticas externas de Responsabilidade Social. Valoriza-se a imagem externa junto dos stakeholders e degradam-se as relações de emprego. Esta situação não favorece o enriquecimento dos RH com origem nas empresas. Coloca o ónus da formação sobre o trabalhador. O problema é que as famílias estão muito descapitalizadas neste momento. Temos um efeito ‘bola de neve’: empresas em dificuldades, famílias em dificuldades e nenhuma com capacidade para quebrar o ciclo vicioso. De facto, cada um tem de ser empreendedor da sua própria carreira, mas as empresas também tiram os seus lucros deste investimento pessoal. Há interesses partilhados, logo o investimento também deve ser partilhado. Em minha opinião, a sociedade portuguesa tem respondido muito bem a este desafio educacional: vejam-se as taxas de licenciados, mestrandos e doutorandos. No próprio programa Novas Oportunidades, vemos que as pessoas perceberam que não têm outra alternativa senão o aumento de competências e validação das qualificações. Mal tem respondido ao ensino profissional: a dignificação das profissões manuais é uma via de resolução do preconceito. E a crise do emprego também vai ser favorável a estas opções educativas, creio!

Qual o papel da Formação na Gestão de Recursos Humanos? A formação tem de ser integrada numa

gestão mais ampla de RH, senão não terá efeitos e será apenas um custo e não investimento com retorno. E, com certeza, a própria competitividade das empresas, depende da sua estratégia a este nível. Temos de pensar a formação de uma forma sistémica. Se a formação estiver aliada à avaliação de desempenho individual, grupal e dos próprios resultados da empresa, temos uma gestão mais estratégica dos RH. Tudo isto implica, também, dar à função Pessoal a mesma importância da função Financeira, Produtiva ou Marketing e Comercial. Tal é indispensável não só para a sobrevivência das empresas, mas também para dignificar o trabalho e para que ele não de torne psicologicamente opressor.

Mas há empresas que refreiam a formação com receio que seja usada como plataforma para sair da empresa… Com uma mão-de-obra quase ‘descartável’, as empresas são reféns das suas próprias políticas. No entanto, a crise de emprego é tão grande que o perigo das pessoas abandonarem uma empresa é residual relativamente, por exemplo, ao que acontecia nos anos 90, a época dos head hunters. Para que a formação não seja um investimento perdido, tem de ser acompanhada de outros elementos como o reconhecimento pessoal, contextos de trabalho favoráveis à aplicação dos novos conhecimentos, líderes (e não chefes) que motivem e envolvam as pessoas e equipas.

de equipa e ser uma responsabilidade partilhada

O desemprego aflige todas as faixas etárias da população, mas no caso dos mais velhos, que outras considerações se colocam às empresas? Os saberes dos trabalhadores mais velhos são muito mais válidos do que aquilo que as empresas consideram. Podem ser excelentes formadores, por exemplo. Não aproveitar este capital de experiência acumulado, significa custos ocultos de que as empresas não têm consciência. Aquelas pessoas conhecem como ninguém a empresa onde estão, os seus processos, as suas lógicas informais. É um desperdício enorme de recursos. E se há uns anos assistíamos a esta desvalorização no contexto operário, agora aplica-se a qualquer quadro, com relevo para os mais velhos. Vendo isto numa perspetiva trabalhadorconsumidor, até se coloca a questão da sustentabilidade das empresas, do próprio mercado…

formação contínua | cristina parente

E sobre quem deve recair esta responsabilidade de formação contínua de ‘banda específica’?

19

Concorda com o modelo tradicional do Diretor de Recursos Humanos ou antes com uma Gestão de Pessoas efetuada pelas chefias?

A formação tem de ser

A Gestão de Pessoas partilhada entre os líderes de equipa e a Direção RH seria uma situação ideal, apesar da maioria das empresas portuguesas não ter dimensão para tal. Por isso caberá à Gestão de Topo, coordenar e até trabalhar com consultores externos especializados nas áreas técnica e estratégicas, sendo que aplicação deve contar com os líderes

Humanos, senão não terá

integrada numa gestão mais ampla de Recursos efeitos e será apenas um custo e não investimento com retorno. Cristina Parente Socióloga, Professora Auxiliar Agregada do Departamento de Sociologia e Investigadora do Instituto de Sociologia da Universidade do Porto


Sistemas de Gestão de Recursos Humanos segundo a norma portuguesa 4427

siste ma d geste ão

As Pessoas assumem primordial importância no sucesso das organizações, quer estas estejam mais ou menos conscientes desta realidade. São o único recurso capaz de ser criativo, de apresentar soluções, de revolucionar ou estagnar a evolução de uma organização. As organizações que apresentam o seu testemunho nestas páginas aperceberam-se que o seu fator mais distintivo e competitivo está nas suas Pessoas. Por esta razão, consideram fundamental que exista uma definição clara da metodologia a aplicar na sua gestão. A Norma Portuguesa 4427, que estabelece os requisitos para Sistemas de Gestão de Recursos Humanos (SGRH), responde a esta necessidade. O SGRH deve ser concebido e desenvolvido como um todo integrado na organização, isto é, na sua missão, visão, valores e princípios estratégicos estabelecidos pela gestão de topo. Uma boa gestão de todo este processo irá garantir que o propósito de atrair, manter e desenvolver pessoas será cumprido e que o grau de satisfação e de motivação de todos os que mantêm laços laborais com a organização será o desejado.


A Plasoeste desde sempre valorizou os seus Recursos Humanos, através de uma forte política orientada para a formação contínua dos colaboradores, o seu envolvimento na vida ativa da empresa e a criação de boas condições de trabalho. Aquando da implementação do Sistema de Gestão de Recursos Humanos (SGRH) de acordo com a NP 4427, os nossos objetivos foram melhorar a organização administrativa referente à gestão de Recursos Humanos, melhorar a integração de novos colaboradores na empresa, melhorar o nível de satisfação interna e dignificar o relacionamento laboral entre a administração e os colaboradores. Além destes objetivos, foi ainda conseguida uma melhoria progressiva das competências dos colaboradores. A implementação do SGRH foi facilitada pelo bom ambiente de trabalho devido ao bom relacionamento entre todos e, também, devido a um forte envolvimento da gestão de topo.

Mafalda Carlos Responsável pela área RH

Silvia Farracho Direção Administrativa

Futuro escreve-se com Pessoas Hoje assistimos a algo maravilhoso, uma mudança de paradigma que encerra uma dualidade para a qual precisamos de nos preparar, a mudança constante, global e rápida. Exige-se criatividade como ignição da inovação geradora de valor, sabendo que é necessário um ambiente favorável e processos que a substanciem. Nós encontrámos no Sistema de Gestão de Recursos Humanos sustentado na NP 4427, a ferramenta ideal para criar esse ambiente, acrescentando valor e sendo flexível ao que realmente se pratica na nossa organização. O referencial permitiu a reflexão mais pormenorizada das nossas práticas, levando a orientações mais estratégicas e dinâmicas das atitudes e comportamentos a adotar na procura da excelência e de sermos agentes de mudança positiva. Consideramos, enquanto equipa e como empresa, que esta certificação é um elemento diferenciador e fundamental na ambição de sermos agentes de mudança interna e externa rumo ao sucesso partilhado.

Para a AM Classic, que completa precisamente em 2012 os seus 50 anos de existência, a certificação da empresa (Armando Ferreira da Silva & Filhos, Lda.), ao nível dos Recursos Humanos reflete a importância que atribui aos trabalhadores, pois as pessoas são o maior património que a empresa tem. É, aliás, o que reflete a nossa Política do Sistema Integrado de Gestão (SIG), certificado pela SGS em quatros vertentes: Qualidade (ISO 9001), Ambiente (ISO 14001), Segurança (OHSAS 18001) e RH (NP 4427) quando refere como um dos seus pilares a Satisfação dos Colaboradores: • Com Motivação por Prémios; • Com Motivação por Condições de Trabalho; • Com Motivação por Prevenção dos Acidentes de Trabalho e Doenças Profissionais; • Com Motivação por Comunicação – “Direta, Honesta, com Simplicidade”. A chave é comunicação, comunicação, comunicação…

Isabel Veiga Gestora de RH

Filipa Ribeiro Dep. SIG

A Grove Advanced Chemicals é uma empresa especializada em tratamento de águas residuais, águas de processo e águas de consumo humano. A nossa atividade concentra-se na oferta de soluções inovadoras ambientalmente corretas e adaptadas às necessidades dos nossos clientes. Esta postura no mercado do tratamento de águas é já reconhecida como importante fator de diferenciação. A nossa missão, valores e estratégia empresarial refletem o reconhecimento dos Recursos Humanos como motor de crescimento e sustentabilidade da nossa atividade. Assim, a certificação da Gestão de Pessoas de acordo com a NP 4427, obtida em maio de 2012, veio formalizar as práticas de Recursos Humanos e uma ferramenta de melhoria da monitorização do desempenho e satisfação do nosso crescente número de colaboradores.


a gestão de pessoas no grupo sgs

A SGS Portugal destaca-se das suas congéneres pela elevada taxa de retenção e de antiguidade dos seus colaboradores. Renato Filipe, diretor de Recursos Humanos do Grupo SGS Portugal, explica porquê. SGS Global: Qual a política de seleção e recrutamento da SGS? Renato Filipe: A SGS procura sempre as pessoas que demonstrem maior competência para as funções pretendidas. Apostamos muito nos jovens licenciados fazendo-os crescer na organização em termos de conhecimentos e de competências. Talvez por este motivo, uma grande percentagem das pessoas da SGS não conhecem outra organização. Não fazendo deste facto uma política rígida de recrutamento, a gestão reconhece o sucesso nesta aposta. Alguns elementos da atual direção e coordenação entraram muito jovens na SGS e hoje são determinantes no nosso sucesso. Porque conhecem a vida da empresa como as palmas das próprias mãos e, quando é assim, torna-se muito mais simples gerir as dificuldades inerentes à atividade. Mas também temos casos de pessoas que têm enorme sucesso na carreira na

SGS, obviamente, já tinham tido outras experiências profissionais anteriores.

Qual é a fórmula para a longevidade da carreira na SGS de tantas pessoas? Acreditamos piamente na máxima que “as organizações são feitas de pessoas”, são o nosso principal capital. Desde o primeiro dia que a SGS acompanha de perto a carreira das pessoas fornecendo-lhes os recursos, o ambiente e a liberdade para se tornarem empreendedores focalizados na sua própria progressão através do sucesso da SGS, na busca das melhores soluções para o mercado e na satisfação dos nossos clientes. Este ambiente e as conquistas alcançadas trazem a motivação às pessoas para preferirem fazer carreira na SGS.

A SGS em Portugal segue as mesmas linhas estratégicas definidas pelo Grupo para todo o mundo. Ao nível da Gestão de Pessoas, as prioridades são muito claras: integridade, segurança e motivação.

Mas como é feito esse acompanhamento de perto? Não há sucesso sem atualização do conhecimento. Levamos muito a sério a formação contínua das nossas pessoas. Logo no momento da integração das pessoas há princípios básicos, de indispensável assimilação, transmitidos através de ações formativas: o vasto portefólio de serviços da SGS, o funcionamento orgânico da empresa e, com grande ênfase e relevância, o código de ética da SGS. Depois, ao longo da carreira da pessoa, são feitas análises quanto às necessidades de formação tanto ao nível das soft skills como às competências técnicas para a função. Por outro lado, as pessoas são envolvidas nos variados projetos de cada área de negócio e, por isso, sentem-se integradas nos objetivos da empresa. Tudo isto são ingredientes para ‘vestirmos a camisola’ da SGS.


AS pessoas

24 Horas SGS

nas organizações

A ética é um fator crítico na SGS. Costumamos dizer que o nosso core business é a confiança. O que nós vendemos é confiança. A confiança que os nossos clientes depositam em nós quando apresentamos um relatório de ensaios ou de inspeção, um certificado de conformidade dos produtos, um certificado da conformidade de um sistema de gestão ou um certificado de formação. Por trás de cada um destes documentos, que ostenta a marca SGS, está um trabalho sério e competente executado por pessoas com padrões éticos elevadíssimos que garantem a integridade e a sustentabilidade dos nossos negócios. O programa de conformidade do Grupo SGS, com base no nosso Código de Integridade, existe para assegurar que os mais altos padrões de integridade são aplicados a todas as nossas atividades em todo o mundo, de acordo com as melhores práticas internacionais. Sem especial atenção à ética, a SGS não

teria esta longevidade: completa este ano 134 anos, dos quais 90 anos de presença em Portugal.

E como é gerida a ética na SGS? O nosso Programa Anual de Formação em Integridade atua como uma reciclagem periódica dos princípios do Código. É mantido um registo da participação para assegurar que todos os colaboradores completaram a formação em cada ano. Também são realizadas sessões de integridade específicas de treino para supervisores e gestores. A formação é complementada por um programa de e-learning interativo, que integra os princípios gerais contidos no Código nos diferentes negócios da SGS. Disponível na Internet em Português, Inglês, Francês, Chinês, Coreano e Espanhol, é uma formação permanente, dirigida em particular aos nossos novos colaboradores como parte do seu acolhimento, como atrás referi.

A SGS presta alguns serviços que, pela sua natureza, acarretam riscos às pessoas. Como é que a SGS

Em todo o mundo são investidos milhões em formação, saúde e segurança, e no bem-estar geral das pessoas. Temos a certeza que esta foi a fórmula do crescimento sustentado da SGS que garante um futuro promissor para esta grande empresa.

Renato Filipe

Diretor de Recursos Humanos, Grupo SGS Portugal

gere o risco no trabalho das suas pessoas? Gerimos com enorme atenção na prevenção. De facto, a SGS presta serviços em locais e em condições de grande risco para as pessoas, como navios e portos, grandes plataformas industriais, áreas de construção, entre outros. Com 70.000 colaboradores em todo o mundo e mais de 200 em Portugal, os indicadores dos incidentes e acidentes falam por si. Embora seja de lamentar qualquer incidente ocorrido, os indicadores refletem a política extremamente exigente da SGS ao nível da Segurança e Saúde no Trabalho, compreendendo uma atenta análise de riscos e desenvolvimento de planos de segurança para cada função.

Sendo a SGS uma multinacional com presença em tantos países, há oportunidade de carreira para portugueses noutros países? Sim, sem dúvida. Para além das pessoas que começaram carreira na SGS em Portugal e que posteriormente

As PESSOAS NA SGS | renato filipe

Porquê tanto foco no código de ética na SGS?

Nos dias 11 e 12 de maio, o Palace Hotel Monte Real acolheu o já habitual encontro anual de quadros da SGS Portugal. Este encontro anual teve um sabor especial pois foi marcado pela comemoração dos 90 anos da SGS. Além desta edição ser comemorativa, teve ainda como mote a Criatividade em Ação. A SGS contou com um convidado especial – Miguel Gonçalves da Spark Agency - cuja imaginação tem vindo a transformar ideias em projetos ‘fora-do-cubo’.

23


progrediram para outras afiliadas, é curioso que vamos encontrando muitos portugueses que se candidataram diretamente a outras afiliadas estrangeiras e vamos encontrando muitos nomes portugueses. Lembro-me, de repente, de ter encontrado recentemente colegas portugueses nas SGS em França, Reino Unido, Holanda, Alemanha, Canadá e Suíça. No website da SGS estão publicadas todas as oportunidades de trabalho em todo o mundo.

Cada dia na SGS é um novo e empolgante desafio Rui Martins

Coordenador SGS Açores

Mas outro dado curioso é o facto de colegas da SGS Portugal serem requisitados para prestar serviços pontuais em outros países, devido às suas competências e especialização. Há muito intercâmbio de expertises no mundo SGS. Por isso costumamos dizer que a SGS faz tudo o que o cliente procura. Se não temos cá especialistas, com certeza que os teremos em qualquer outro país.

NA SGS CRESCE-SE DE FORMA SUSTENTADA

As pessoas são então um dos pilares da sustentabilidade da SGS? Mais do que isso. São a coluna vertebral da SGS e por isso investimos tanto nelas. Em todo o mundo são investidos milhões em formação, saúde e segurança, e no bem-estar geral das pessoas. Temos a certeza que esta foi a fórmula do crescimento sustentado da SGS que garante um futuro promissor para esta grande empresa.

A SGS é um desafio constante

Susana gonçalves

Coordenadora de Contabilidade - Finance

sHINE O programa SHINE acolhe e integra todos os novos trabalhadores ou transferidos na SGS. Foi desenvolvido com um âmbito global a todas as afiliadas SGS no mundo, com os objetivos de envolver as pessoas no seu novo papel, assegurar que estas têm pronto acesso à informação, recursos, formação e apoio de que necessitam. Só desta forma poderão contribuir para o sucesso da empresa rápida e efetivamente. Através da rede de apoio e materiais elaborados para o efeito, o SHINE encoraja os novos trabalhadores a explorar a organização, a fazer perguntas e a imergir-se totalmente no seu novo papel, responsabilidades e objetivos. Para tal, o SHINE considera que são cruciais o chefe direto, o ‘conselheiro par’ e os colegas, que orientam mais diretamente o novo trabalhador durante este período de adaptação.

luísa rodrigues

Administrativa SGS Madeira


AS pessoas nas organizações

A SGS é uma forma de estar

Ser SGS é fazer melhor todos os dias Carla lima

Gestora de Clientes

clemente santos

Inspetor da Área Industrial

A SGS proporciona oportunidade de crescimento isabel delgado

Diretora de Government & Institutions & Logistics Services

As PESSOAS NA SGS | renato filipe

as pess oas na sgs

25

Um dos objetivos da SGS é ser reconhecida como um empregador de referência, que atrai, desenvolve e reconhece o talento, que retém as melhores pessoas e incentiva a inovação e o crescimento dos seus clientes. Mas isto só é possível com uma cultura de envolvimento dos trabalhadores com os objetivos da empresa. O novo programa CATALYST da SGS foca exatamente esta questão do envolvimento. Operacionaliza-se em três fases: • Inquérito interno para medir o desempenho e estabelecer indicadores no que respeita ao envolvimento

dos trabalhadores; • Apresentação dos resultados do inquérito por cada chefe à sua equipa em workshops práticos, facilitadores de diálogo para que, juntos, possam planear melhorias; • Implementação das medidas identificadas. O CATALYST permitirá à SGS refletir internamente sobre o que está a fazer bem enquanto organização e desenvolver ações focalizadas que assegurem a superação dos seus objetivos.


Segurança em edifícios e instalações industriais


plano de segurança interno do mar shopping plano especial de emergência de ponta delgada hazop e QRA segurança contra incêndios - ANPC serviços sgs na segurança operational integrity na sgs


plano de segurança interno sgs apoia MAR Shopping

O MAR Shopping assume o compromisso de proteger e zelar pela segurança dos seus clientes, colaboradores, lojistas e edifício. Esta responsabilidade advém de uma sólida e enraizada cultura de segurança, cumprindo todos os requisitos impostos pela legislação em vigor e, em muitos casos, indo ainda mais além. “O conforto, segurança e facilidade de acesso são componentes importantes na forma como vivemos a nossa visão de bem-estar num espaço comercial desta dimensão”, avança Paulo Carpinteiro, Safety & Security Manager do MAR Shopping. A segurança foi considerada uma prioridade desde a fase de projeto e execução, resultando na construção de um edifício inteligente e seguro, onde foram instalados os mais avançados e eficazes sistemas e equipamentos de segurança ativa e passiva. A grande maioria destes sistemas e equipamentos operam de forma integrada e automática, obedecendo a uma matriz de programação que controla o seu funcionamento em caso de necessidade. Os serviços de Vigilância, Manutenção e Limpeza são assegurados por empresas contratadas e especializadas no setor, garantindo elevados padrões de segurança, funcionalidade e excelência na qualidade de serviço. A fim de cumprir com a regulamentação introduzida através do Decreto-Lei nº 220/2008 de 12 de novembro (Regime Jurídico – Segurança Contra Incêndio em Edifícios [RJ-SCIE]) e Portaria nº 1532/2008 de 29 de dezembro (Regulamento Geral – Segurança Contra Incêndio em Edifícios [RG-SCIE]), foi estabelecida uma parceria com a SGS que, segundo Paulo Carpinteiro, “deu o apoio necessário na reformulação do Plano de Segurança Interno (PSI) e na sua implementação, nomeadamente no que respeita às Medidas de Autoproteção. Desta união de sinergias resultou um plano criado à medida e ajustado à nossa realidade”. Além da aposta nas infraestruturas e vertente tecnológica, o MAR Shopping selecionou e formou uma equipa de operacionais devidamente habilitados e aptos a atuar preventivamente, assim como a responder a qualquer situação de emergência.

Da responsabilidade da Inter IKEA Centre Group Portugal (IICG Portugal), o MAR Shopping inaugurou a 16 de outubro de 2008 e é o maior Centro Comercial no norte de Portugal, e um dos maiores da IICG Portugal na Europa. Composto por 210 lojas distribuídas por 103.500 m2 de área bruta locável e com 5.300 lugares de estacionamento, representou um investimento superior a 170 milhões de euros.

Continuamente, o MAR Shopping investe na manutenção e upgrade dos seus sistemas e equipamentos e na procura das melhores soluções existentes no mercado. Desde 2009 o MAR Shopping implementou um programa de auditorias, com o objetivo de auxiliar os lojistas a manterem um bom nível de segurança. Nestas auditorias, realizadas em PDA e software específico, verificam-se de forma pedagógica aspetos de segurança contra incêndio, higiene e segurança no trabalho e testam-se os sistemas e equipamentos. Além das auditorias e das inspeções periódicas das entidades externas competentes, todo o empreendimento (incluindo as lojas) é inspecionado anualmente pela sua companhia de seguros. “É com orgulho que todos os anos recebemos classificações cada vez mais elevadas, reflexo do investimento contínuo e crescente na área da segurança”, finaliza Paulo Carpinteiro.


segurança

em edifícios e instalações industriais

Para emissão da mensagem de alerta geral (Código 1000) e mensagem de evacuação, existe um sistema de som que cobre todas as zonas públicas, incluindo o interior das lojas e zonas técnicas (foto à esquerda). A sala de comunicações e os QGBT’s estão equipados com sistemas fixos de extinção automática de incêndio por meio de gases extintores inertes (foto à direita). O Sistema Automático de Deteção de Incêndio cobre todas as áreas comuns. As lojas superiores a 300 m2 (incluindo IKEA e Jumbo) e a restauração têm sistemas próprios conectados à Central de Incêndio do edifício, localizada na Sala de Segurança e com acompanhamento permanente, o que permite uma intervenção imediata em situações de alarme/incidente. Os sistemas da restauração também detetam gás. Em todas as lojas, zonas comuns e técnicas do Centro Comercial está instalado um Sistema Automático de Extinção de Incêndio, composto por uma rede de Sprinklers, cujo funcionamento é mecânico e automático, não necessitando de intervenção humana, acionamento elétrico ou de outro tipo. Como meios de primeira intervenção local e manual, encontram-se estrategicamente colocados carretéis, normalmente junto às saídas de evacuação, para que todas as zonas sejam abrangidas pelo alcance da mangueira de 25 m, uma polegada e agulheta de três posições (jato, nevoeiro e fecho).

plano de segurança interno do mar shopping

A Sala de Segurança é o ‘cérebro‘ do edifício, a partir da qual são geridos todos os recursos tecnológicos e humanos. Neste local existe um operador 24 horas por dia, todos os dias do ano. O sistema de gestão técnica centralizada monitoriza os sistemas de segurança e de controlo dos restantes sistemas e/ou equipamentos. Todos os acessos a partir do exterior, de pessoas ou viaturas, as ligações do parque de estacionamento aos pisos comerciais e as zonas do mall, são cobertas por um sistema de videovigilância com mais de 160 câmaras, que permitem a visualização on real time e a gravação de imagem.

29


O Grupo Supressor de Incêndio, que garante o abastecimento de água para a rede de incêndios, localiza-se nas instalações técnicas no piso -2 e tem uma reserva de 632 m3. O Grupo de Bombagem é composto por uma eletrobomba principal (400 m3/ hora a 80 m.c.a.), uma motobomba de reserva (400 m3/hora a 80 m.c.a.), e uma eletrobomba auxiliar ‘Jockey’ (6 m3 a 90 m.c.a.). Apesar deste ser suficiente para as necessidades de pressão e caudal de todos os sistemas, o MAR Shopping encontra-se equipado com outro Grupo de Bombagem só para a Rede de Incêndios Armada (carretéis de calibre reduzido e tomadas de água para Bombeiros). O sistema de extinção de incêndio nas hottes das cozinhas tem sensores de calor de acoplamento mecânicos e térmicos. Uma vez ativado, o sistema descarrega o agente extintor sobre os dispositivos em chamas, para dentro da câmara de estabilização por detrás dos filtros de gordura e das condutas de extração. Se o fogo se propagar para dentro do sistema de extração, isso é também rapidamente suprimido.

Todos os vidros e caixilharia das áreas vidradas entre os parqueamentos e zonas de lojas e mall do MAR Shopping são resistentes a fogo (60 minutos). Como proteção adicional, estão instaladas cortinas de água que descarregam água em quantidade suficiente sobre a zona vidrada para que, em caso de incêndio, esta mantenha as suas características e, consequentemente, aumenta a sua capacidade corta-fogo para um total de 90 minutos

A compartimentação corta-fogo tem por finalidade restringir, dentro de determinados tempos, os focos de incêndio a áreas restritas e de risco diminuto. O MAR Shopping integra compartimentação corta-fogo em vários setores do mall, parques de estacionamento e áreas técnicas. Estão ainda instalados registos corta-fogo em todas as condutas de ventilação e climatização, na passagem de um compartimento para outro. As courettes, além de compartimentação, estão seladas entre pisos de forma a que o fogo não se propague para os pisos adjacentes.

Todo o edifício MAR Shopping está protegido com 390 extintores portáteis (Pó químico ABC e CO2).


Nos pisos de estacionamento existe um sistema de deteção de monóxido de carbono, de modo a controlar permanentemente a concentração deste gás letal. O sistema de deteção é do tipo análise eletroquímica do ar ambiente, com controlo por microprocessador com elevada seletividade perante outros gases, de modo a obter resultados altamente fiáveis.

De forma a garantir o funcionamento de todos os sistemas de segurança em caso de falha de energia da rede pública, entrará em funcionamento, de modo automático, um conjunto de quatro geradores acionados por motores diesel que asseguram a alimentação de todos os circuitos do edifício.

O MAR Shopping implementou o seu Programa de Desfibrilhação Automática Externa (DAE) em julho de 2011, o que dotou o Centro de equipamentos para resposta imediata no local em situações de paragem cardíaca. Para a certificação deste processo, 16 Vigilantes e Auxiliares de Operações receberam formação específica em suporte básico de vida e DAE. Os equipamentos estão devidamente assinalados como “Espaço Cardio Protegido”, e com a respetiva sinalética foto luminescente. A estes equipamentos acrescem ainda outros dois, da loja IKEA e do Hipermercado Jumbo, que também implementaram um Programa de DAE.

O espaço MAR Júnior é muito particular no contexto do Centro, pois as crianças têm comportamentos diferentes dos adultos, em casos de emergência. Os monitores treinam os procedimentos em tom de brincadeira com o “jogo das cordas“. O registo neste serviço de babysitting é efetuado num software especialmente criado pela equipa portuguesa da IICG Portugal, pois está interligado com a gestão da emergência: por exemplo, soado o alarme, emite automaticamente uma lista ilustrada com fotos de todas as crianças e respetivos tutores. Estes recebem um sms a alertar que as crianças seguiram para o ponto de encontro no exterior do edifício. www.marshopping.com

plano de segurança interno do mar shopping

O edifício é dotado de sistemas de desenfumagem (evacuação natural na cobertura e ventilação mecânica), que em caso de incêndio permite uma extração dos fumos, limitando a elevação da temperatura do ar, criando condições para uma evacuação segura e em simultâneo permite o ataque ao foco de incêndio. De forma a impedir a propagação de fumos, em caso de incêndio, e aumentar a eficácia do sistema, foram colocadas estrategicamente cortinas corta-fumo à prova de fogo entre os parques cobertos. As escadas de emergência são equipadas com sistemas de pressurização de modo a que os fumos não entrem na caixa de escadas, mantendo o caminho de evacuação ‘limpo‘.

31


sgs realiza Plano especial de Emergência Município de Ponta Delgada e SAAGA

Apesar da obrigatoriedade legal, são ainda muito os municípios que carecem de Planos Municipais de Emergência. Quando falamos de instalações de grau de risco elevado, sob a legislação conhecida como Seveso, estes planos assumem maior urgência. Neste âmbito, o município de Ponta Delgada para cumprir da melhor forma com estes planos: além do seu Plano Municipal de Emergência, atualiza os seus recursos de Proteção Civil com Planos Especiais como o elaborado pela SGS para as instalações da SAAGA.

A SAAGA – Sociedade Açoreana de Armazenagem de Gás, SA, tem um parque de armazenagem de GPL (Gás Liquefeito de Petróleo) em Santa Clara, freguesia urbana de Ponta Delgada, onde se realiza o armazenamento de carga de gás butano, referenciado como ‘substância perigosa’.

Para garantir uma resposta eficaz de proteção das populações face a uma emergência decorrente de acidente grave ou catástrofe com origem na SAAGA com efeitos no seu exterior, o Município delegou à SGS a elaboração de um Plano Especial de Emergência de Proteção Civil (PEE SAAGA). O plano foi feito no cumprimento do DLR n.º 30/2010/A, de 15 de outubro que define o regime jurídico de avaliação de impacte ambiental e do licenciamento ambiental. Este diploma transpõe uma série de diretivas europeias para a legislação regional, nomeadamente a PCIP (Diretiva de Prevenção e Controlo Integrados da Poluição) e a de controlo dos perigos associados a acidentes graves que envolvam substâncias perigosas (Seveso).

objetivos e medidas do plano de emergência O PEE SAAGA reúne as informações e estabelece os procedimentos que permitem organizar e empregar os recursos humanos e materiais disponíveis, em situação de emergência originada nas instalações da SAAGA, e são consonantes com os princípios estabelecidos no Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Concelho de Ponta Delgada. Este foi criado em harmonia com a Lei de Bases da Proteção Civil (Lei n.º 27/2006, de 3 de julho), nomeadamente com o art. 50, que assume como objetivo principal minimizar a perda de vidas e bens, limitar os efeitos territoriais das situações de acidente e catástrofe e restabelecer com a prontidão possível as condições mínimas de normalidade.


segurança

O PEE SAAGA será acionado numa das seguintes situações de emergência: • Disparo de válvulas de segurança de esferas no parque de GPL; • Fuga em qualquer órgão da rede de gás do parque ou em carros cisterna; • Qualquer foco de incêndio e/ou explosão no recinto do parque, ou na vizinhança, em risco de transmissão a qualquer parte; • Ativação dos alarmes sonoro e visual por deteção de fugas de gás através dos detetores catalíticos ou dos feixes de raios infravermelhos; • Sismo; • Ameaça de Bomba; • Qualquer outra situação anormal que coloque em risco a segurança do parque. Em qualquer uma destas situações a SAAGA, após a validação da ocorrência de acordo com os seus procedimentos internos, procede ao acionamento do Alarme Geral e consequentemente efetua o Alerta para chamada dos socorros exteriores. Como medida imediata a SAAGA tem um conjunto de procedimentos que preparam e garantem a saída rápida e segura dos ocupantes das instalações. Obviamente que as diferentes ações a desenvolver no decurso de uma situação de emergência dependem do tipo de ocorrência e da sua magnitude. Em casos de maior gravidade pode ser aconselhável a evacuação de pessoas e bens. No sentido de mitigar os riscos que foram caracterizados no PEE SAAGA, a SGS sugere uma intervenção ao nível da prevenção primária, com a distribuição de folhetos informativos à população do Concelho, bem como ações de formação e sensibilização pelas instituições repartidas por cada uma das suas

freguesias, designadamente, escolas, hospitais, estabelecimentos públicos e centros comunitários. Outra finalidade do PEE SAAGA é criar um Plano de Emergência por cada freguesia, bem como a constituição de Unidades Locais de Proteção Civil e o seu regulamento, no sentido de otimizar a resposta eficaz de meios e recursos numa situação de acidente grave ou catástrofe.

A importância da comunicação e dos simulacros Para que as ações de resposta a emergências tenham a eficácia esperada torna-se imprescindível a preparação que a antecede. A comunicação e a permanente manutenção dos contactos com as entidades envolvidas - públicas e privadas - são das melhores práticas que se podem desenvolver. Tudo corre melhor quando as pessoas se conhecem, sabem das suas responsabilidades no processo, dos recursos e das formas de atuação uns dos outros. Em caso de emergência, a coordenação no terreno será efetuada por meio do Posto de Comando Operacional (PCO), neste caso localizado no Quartel da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ponta Delgada. Outro elemento fundamental na preparação é a realização de exercícios/ simulacros. Estes incluem simulações em sala de operações do tipo CPX (exercícios tipo Posto de Comando), com o objetivo específico de testar e aperfeiçoar o estado de prontidão e a capacidade de resposta e de mobilização de meios das diversas entidades envolvidas nas operações de emergência. Desenvolvemse, também, missões no terreno com meios humanos e equipamento, que permitem avaliar as disponibilidades operacionais e as capacidades de execução dos diversos intervenientes. O PEE SAAGA foi executado no decurso

do ano de 2011, sendo que a sua aprovação aconteceu a 23 de fevereiro de 2012. Devido à sua relativamente recente aprovação, está-se a trabalhar na preparação de exercícios condizentes, com objetivos de ensaiar e testar os Meios de Alerta e verificar a eficiência da coordenação entre os órgãos da Proteção Civil Municipal de Ponta Delgada e os próprios meios de emergência da SAAGA. Após cada Exercício é elaborado um Relatório. Neste Relatório analisam-se e avaliam-se os principais acontecimentos ocorridos durante o desenvolvimento das ações e registam-se as medidas corretivas a introduzir no Plano de Emergência Externo, no sentido de melhorar a sua eficiência ou a eficácia dos meios de intervenção. Quanto à colaboração do Município de Ponta Delgada com a SGS, o feedback recebido é positivo e de mais-valia para a Câmara que pode recorrer aos seus serviços nas áreas do ambiente, segurança, gestão do risco e formação. http://cm-pontadelgada.azoresdigital.pt www.saaga.pt

Alberto Leça Vice-Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada, responsável pelo Serviço Municipal de Proteção Civil

plano especial de emergência de ponta delgada

em edifícios e instalações industriais

33


HAZOP E QRA

em instalações industriais

Nas últimas décadas houve uma evolução dos estudos de segurança sobre o funcionamento das instalações (processos) industriais e das metodologias destinados a identificar e a avaliar os riscos associados. O método analítico utilizado depende, principalmente, do âmbito da investigação e da etapa do estudo de segurança do processo, ligada à fase em que está a decorrer a conceção/construção da instalação. Atualmente, os peritos SGS utilizam técnicas qualitativas e quantitativas na elaboração das análises de risco. Estas integram diversas etapas/processos parciais, sendo possível executar cada um deles por aplicação de uma metodologia qualitativa ou quantitativa. A SGS Bélgica está intimamente ligada ao desenvolvimento e implementação dos métodos de análises de risco na perspetiva de obrigação legal, pela participação nas comissões que orientam os estudos de preparação da legislação. Adicionalmente, dispõe de professores assistentes na Universidade de Lovaina, no Mestrado em Engenharia de Segurança.

Métodos qualitativos e semi-quantitativos Para a maioria das pessoas, os estudos de segurança ou de análise

de risco significam, normalmente, uma análise de falhas como HAZOP, SWIFT, etc. O objetivo da aplicação destas metodologias é identificar os acontecimentos indesejáveis no processo e suas consequências. Isto faz-se dividindo os processos e investigando se cada um pode funcionar de forma diferente da proposta original. Todas as ações ou recomendações são baseadas nas consequências esperadas da melhoria do funcionamento do processo. A análise integra, também, os aspetos de manutenção, bem como o arranque e paragem da operação nas condições

A SGS dispõe das melhores de equipas de estudos HAZOP (HAZard and Operability Studies) e QRA (Quantitative Risk Analysis), desenvolvendo trabalho em diversos setores de atividade industrial: turbinas eólicas, terminais, empresas petroquímicas, centrais elétricas, atividades offshore, entre outros.

normais do processo. As análises de falhas são efetuadas por uma equipa em sessões de trabalho coordenadas por um responsável/ moderador. É importante que a equipa seja constituída por profissionais com adequada experiência e conhecimento técnico da metodologia e funcionamento


segurança

do processo, para se poderem identificar todas as falhas. As análises de avaria geram perspetivas sobre potenciais acidentes que suportam o estudo de segurança do processo. O objetivo da análise de risco é identificar as medidas de segurança a tomar. Os cenários de acidente devem, posteriormente, ser identificados com base na análise de falhas. Antes de se definirem os riscos associados a estes cenários de acidente, é necessário determinar as probabilidades de ocorrência e as consequências do acontecimento indesejável. Na realidade, são estas duas variáveis que definem o risco. As árvores de falhas e de acontecimentos podem ser aqui utilizadas como exemplo. As probabilidades e consequências podem ser determinadas numa base qualitativa, embora, na medida do possível, essas variáveis também sejam determinadas semi-quantitativamente. Os métodos qualitativos suportam-se em descritivos, como “provavelmente”, “raramente”, “catastrófico”, “limitado”, etc. A SGS dispõe do conhecimento e competências necessárias para aplicar modelos no cálculo dos efeitos de libertações de substâncias perigosas, incêndios ou explosões. Os modelos de danos também podem determinar o impacto nas pessoas ou infraestruturas, permitindo a determinação quantitativa das consequências. Os nossos peritos apoiam as empresas a determinar a probabilidade de ocorrência de eventos indesejados: a probabilidade

de uma determinada situação indesejada é determinada com base na frequência de uma atividade e no risco de uma não conformidade. Posteriormente pode ser efetuada uma avaliação do risco que é o ponto de partida para identificar as medidas que têm de ser tomadas e os requisitos adicionais relativos, por exemplo, à fiabilidade. Isto implica saber o impacto que uma determinada medida irá ter no risco em questão. De outro modo, como e em que medida uma determinada ação de segurança reduz a probabilidade ou as consequências do acidente e quais são os parâmetros de importância subjacentes para o funcionamento adequado da medida. As medidas são, então, adicionadas à arvore de falhas e/ ou acontecimentos para permitir uma avaliação e análise corretas. O estabelecimento dos critérios de risco é normalmente um processo difícil. É necessário ter em conta que os critérios de avaliação estabelecidos nas diversas entidades/departamentos, ou quando são utilizadas diversas técnicas, não sejam contraditórios. Este processo deve ser um processo exaustivo, com estudo e motivação suficientes tanto numa perspetiva de negócio como social.

Análise de risco quantitativa completa Para além das técnicas semi-quantitativas e qualitativas poderá ser efetuada uma análise de risco quantitativa completa. Durante a aplicação da QRA (Quantitative Risk Analysis), o risco é quantificado de

forma real, tanto para as probabilidades, como para as consequências. Esta técnica requer um trabalho intensivo e é efetuada por um analista especializado. Em função da sua complexidade, não se efetua uma QRA para todos os cenários de acidente e instalações, mas sim em acidentes graves onde são esperadas consequências graves. Esta técnica é sobretudo utilizada num contexto regulador, com a avaliação do risco centrada na compatibilidade com a envolvente. As QRA são, por isso, requeridas pelas autoridades às empresas no âmbito dos processos de licenciamento. Os resultados são utilizados pelas autoridades como base para a tomada de decisões durante o processo de licenciamento e para a política de planeamento da utilização dos solos, por exemplo. A técnica também é utilizada pelas próprias empresas para, por exemplo, otimizar a disposição dos edifícios de forma a reduzir o risco do ‘efeito de dominó’ e os riscos para os funcionários. Ambas as técnicas, qualitativas e quantitativas, podem ser utilizadas a partir da fase de conceção. Durante o processo de conceção, a análise do risco é revista no caso de haver alterações importantes ou serem disponibilizadas informações adicionais. A atualização é efetuada durante a operação e inclui as alterações no processo, nas instalações e/ou nas medidas contempladas.

É importante que a equipa seja constituída por profissionais com adequada experiência e conhecimento técnico da metodologia e funcionamento do processo, para se poderem identificar todas as falhas. Bob Gorrens e equipa

Responsável do Departamento de Segurança Industrial e de Produtos Environmental Services

HAZOP e QRA

em edifícios e instalações industriais

35


O papel da ANPC

no Regime Jurídico da Segurança Contra Incêndios em Edifícios

A ANPC ocupa-se da segurança de pessoas, bens e ambiente em caso de emergência/catástrofe. Normalmente associamos a ANPC à fase de resposta mas, como indica Henrique Vicêncio, diretor da Unidade de Previsão de Riscos e Alerta da ANPC, “cada vez mais se deverá investir na área da prevenção, para se mitigarem danos e porque sai mais barato. É uma opção mais racional de atuação”. Quando entrou em vigor em janeiro de 2009, o Regime Jurídico da Segurança Contra Incêndios em Edifícios representou um salto qualitativo na segurança da população e do património nacional, sendo a ANPC - Autoridade Nacional de Proteção Civil a entidade responsável pela sua implementação. O Regulamento abrange um universo considerável dos edifícios existentes, não deixando nenhum setor indiferente às suas obrigações legais e cívicas de segurança.

No âmbito da segurança dos edifícios, a ANPC é a Autoridade responsável pela implementação do Regime Jurídico da Segurança Contra Incêndios em Edifícios (RJSCIE), definido pelo Decreto-Lei n.º 220/2008, de 12 de Novembro. Com raras exceções, como os estabelecimentos industriais de risco elevado, abrangidas pelo DL 254/2007, conhecidas por indústrias Seveso, e os edifícios de forças armadas e paióis, o RJSCIE é aplicável à maior parte dos edifícios e diferentes utilizações. Na opinião de Henrique Vicêncio, este novo Regulamento foi muito positivo por diversas razões, nomeadamente: • Compilou toda a legislação anteriormente dispersa; • Responsabilizou mais o cidadão e o projetista (mediante termo de responsabilidade destas partes, a vistoria inicial e o parecer da ANPC não são obrigatórios). No entanto, nos casos de maior risco, a ANPC continua a ser consultada;

• Implementou restrições à atividade dos técnicos para que haja transparência e controlo da qualidade dos projetos; • Estabelece formação específica e exigente para elaboração de projetos nas categorias mais altas de risco; • Todos os técnicos credenciados têm de frequentar ações de formação, com conteúdos definidos pela ANPC (informação disponível em http://www.prociv.pt/SegurancaContraIncendios); • Obriga ao registo na ANPC de todas as entidades no âmbito da comercialização, instalação, manutenção de produtos e equipamentos de SCIE e à formação dos seus técnicos responsáveis ao longo dos anos (informação disponível em http:// www.prociv.pt/SegurancaContraIncendios).


segurança

Apesar de todas estas vantagens, o RJSCIE necessita de algumas correções por ser considerado demasiado exigente nalgumas situações, onde os custos envolvidos não se justificam em termos da segurança alcançada. O diretor da Unidade de Previsão de Riscos e Alerta da ANPC preside à Comissão de Acompanhamento da Implementação do RJSCIE constituída por diversas entidades, nomeadamente, Ordem dos Arquitetos, Ordem dos Engenheiros, Ordem dos Engenheiros Técnicos, Proteção Civil dos Açores e da Madeira, Associação Nacional de Municípios, Laboratório Nacional de Engenharia Civil, Instituto da Construção e do Imobiliário e APSEI (Associação Portuguesa de Segurança). “Já foi feito um levantamento das correções a fazer no DL 220/2008 e Portaria nº1532/2008, mas continuamos a acompanhar a implementação do RJSCIE porque é ainda muito recente”.

As responsabilidades no RJSCIE Apesar de ter menos de 40 técnicos em todos os distritos do Continente dedicados ao RJSCIE, a ANPC elabora pareceres, verifica medidas de autoproteção, realiza inspeções regulares e inspeções extraordinárias, é responsável pelo registo de entidades que comercializam, instalam e procedem à manutenção de equipamentos de SCIE, que são já mais de 600 empresas e de técnicos que são mais de mil. Para demonstrar o nível de solicitação da ANPC, Henrique Vicêncio aponta que “na estatística dos diplomas legais mais visionados em Portugal, o DL 220/2008 do RJSCIE está em primeiro lugar. A nossa equipa verifica a concordância dos Planos de Segurança com a legislação, dando pareceres sobre essa matéria. A pedido dos requerentes (obrigação legal) realiza inspeções regulares em que verifica os projetos e as medidas de autoproteção. Temos também a questão dos técnicos

responsáveis para a elaboração de projetos da 3ª e a 4ª categoria de risco: foram celebrados protocolos com as ordens pois era necessário haver uma formação específica para habilitar os técnicos para a elaboração de projetos para estas categorias de risco. Já são cerca de 800 os técnicos registados na ANPC. Outra atividade crescente são os processos inspetivos por iniciativa da própria ANPC. Além dos casos em que temos denúncia, desde há dois anos que temos um plano de inspeções. Por exemplo, em determinada semana todos os técnicos fazem inspeções a uma utilização tipo, como lares. Até agora, a maior parte das inspeções têm sido realizadas com pré-aviso às entidades, pois pretendemos ter uma atuação positiva e pedagógica”.

espaços, assegurar a cadeia de frio de mercadorias perecíveis, etc.”. É importante dizer que o impacto do RJSCIE também se sente em termos económicos. Herique Vicêncio lembra que “o universo que se relaciona com esta a segurança contra incêndios é enorme, são muitos stakeholders, institucionais, privados, individuais e coletivos. O RJSCIE veio incrementar muito a atividade das entidades de formação, empresas de comercialização, instalação e manutenção de equipamentos, e na criação de novos profissionais, por exemplo. É um setor que cria muita riqueza, direta e indiretamente”.

Coordenar com os Planos Municiais de Emergência Há ainda muitos municípios que não têm plano de emergência de proteção civil. Segundo o responsável da ANPC “em mais de 300 municípios, teremos até 80 planos aprovados. Apesar de obrigatório por lei, há um longo caminho a percorrer e as atuais condições económicas não ajudam esta situação. Há, igualmente, concelhos muito dinâmicos, com bons serviços de proteção civil, que fazem exercícios, dão informação e sensibilizam o público. Nós pretendemos fomentar, no futuro, a coordenação entre Planos de Segurança Internos e os Planos Municipais. É algo de muito positivo a diversos níveis. Um bom conhecimento entre os responsáveis de segurança das empresas e as autoridades locais cria mais-valias na altura da emergência. Toda a gente já se conhece e sabe quais são as áreas de maior risco das infraestruturas. Por outro lado, os recursos privados podem apoiar na resposta à catástrofe: alojamento temporário em grandes

segurança contra incêndios | ANPC

em edifícios e instalações industriais

37

Henrique Vicêncio Diretor da Unidade de Previsão de Riscos e Alerta da ANPC - Autoridade Nacional de Proteção Civil

www.prociv.pt


Serviços SGS NA SEGURANÇA

A Segurança é uma questão transversal a todas as atividades humanas, apesar de haver setores em que esta dimensão assume maior relevância, dada a natureza dos riscos envolvidos. Além de ser uma matéria altamente legislada, envolve questões morais diretamente relacionadas com a proteção da vida humana. É, assim, essencial para as organizações obterem um apoio técnico fidedigno e capaz de responder eficiente e atempadamente às solicitações de todas as partes interessadas. A SGS detém os recursos, as acreditações e os reconhecimentos necessários – nacionais e internacionais - para oferecer soluções integradas, sustentáveis e que permitem às organizações se dediquem por inteiro ao seu core business.

SAÚDE E SEGURANÇA OCUPACIONAL EMERGÊNCIA Análise/ revisão de projetos de segurança integrados ou parciais Formação integrada nos projetos desenvolvidos Planos de segurança internos, no âmbito do DL 220/2008 (PSI); Simulacros/exercícios de treino e simulação e Table Top´s; Auditorias a Sistemas Contra Incêndios (SCI) Planos municipais de emergência Planos de emergência externos Projetos de SCI (no âmbito do licenciamento de instalações) Projetos de sinalização de segurança Projetos de sistemas (RI, SADI, SAEI)

SAÚDE E SEGURANÇA Manuais de Segurança e Saúde no Trabalho (SST) Organização de serviços externos de

SST, conforme reconhecimento da ACT Auditorias de SST Identificação de Perigos, Avaliação e Controlo de Riscos (IPACR) Auditorias IPACR Estudos de ergonomia Estudos de iluminância

SEGURANÇA DE INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS Diretiva ATEX (Manual ATEX, Fichas ATEX) Auditorias de Conformidade ATEX Verificação do SGSPAG (DL 254/2007 - Diretiva Seveso) Estudos de riscos (HAZOP, PHA, FMEA, FMECA, GRETENER, DOW) Diagnósticos/Auditorias de conformidade legal Alertas de legislação e atualização mensal de legislação

CERTIFICAÇÃO & verificação Certificação OHSAS 18001 - Saúde e Segurança Ocupacional ISO 22301 - Continuidade do Negócio

verificação & AUDITORIA Relatório de Segurança e Auditoria ao Sistema de Gestão da Segurança para a Prevenção de Acidentes Graves (SGSPAG - Seveso)


segurança

em edifícios e instalações industriais

Formação Obrigações Legais do Empregador Segurança e Saúde do Trabalho (SST) Implementação OHSAS 18001 Avaliação da Conformidade legal Organização da Emergência/Planos de Emergência Internos Segurança de Máquinas e Equipamentos Regulamento de Segurança Contra Incêndios em Edifícios Certificado de Segurança Averiguação de Acidentes de Trabalho Trabalhador designado para SST VCA Básico e Supervisor Qualificação de Operadores de Equipamentos (DL50/2005) Organização e Gestão da Emergência Segurança de Trabalhos em Espaços Confinados Diretiva ATEX Renovação de CAP de Técnico Superior e de Técnico de Segurança e Saúde do Trabalho

FORMAÇÃO AVANÇADA DE AUDITORES OHSAS 18001 - Auditor Interno OHSAS 18001 - Auditor Conversion (IRCA) OHSAS 18001 - Lead Auditor (IRCA)

FORMAÇÃO PÓS-GRADUADA Pós-Graduação em Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho Técnico Superior de Segurança e Higiene do Trabalho - regime b-learning (reconhecido pela ACT) Mestrado em Ambiente, Saúde e Segurança (com Universidade dos Açores)

Formação Pós-graduada em SST 14 edições da Pós-Graduação em Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho (CAP SHST e Auditor OHSAS 18001) 19 edições do curso de TSHST (CAP SHST) Cerca de 600 formandos abrangidos

Números da Formação em SST da SGS Academy® (até setembro de 2012) 4 52 cursos 5.011 formandos 13.753 horas de formação

A formação na área da Segurança, disponibilizada pela SGS Academy®, decorre diretamente das atividades do Grupo SGS neste âmbito. Os nossos técnicos, inspetores e auditores são os nossos formadores. São profissionais qualificados, experientes e capazes de criar relações de confiança onde existe uma constante permuta de conhecimentos. Segundo Susana Iglésias, diretora da SGS Academy®, “a Segurança trata-se de uma área com bastante expressão na nossa oferta formativa. Somos detentores de vários cursos homologados e/ou reconhecidos pela ACT (ou no caso dos cursos decorrerem nas Regiões Autónomas, pelas respetivas Direções Regionais do Trabalho) para a obtenção e/ou renovação do CAP de Técnico Superior de Segurança e Saúde do Trabalho. Temos também o reconhecimento internacional IRCA (Registo Internacional Auditores Certificados) para os cursos de qualificação de Auditores de 3ª parte OHSAS 18001. Pretendemos, de uma forma geral, promovendo formação nesta área, sensibilizar e preparar todos aqueles que participam nos nossos cursos para o enquadramento legal existente no domínio da Segurança e para as responsabilidades inerentes à estruturação dos sistemas de prevenção, para o desenvolvimento de processos de avaliação de riscos profissionais e para a coordenação técnica das atividades de SST”.

desafiamos os coordenadores dos cursos de segurança da sgs academy® a partilhar a sua visão relativamente a cinco questões sobre segurança

Veja as respostas nas páginas seguintes

susana iglésias Diretora da SGS Academy®

serviços sgs na segurança

Formação Segurança

39


Como se faz da segurança um investimento

João Melo

A segurança constitui uma poderosa ferramenta da produtividade; trabalhar em ambiente seguro e com recursos humanos que conhecem e aplicam os princípios e regras relativas à prevenção de acidentes e riscos profissionais, eleva o desempenho organizacional e, consequentemente, a produtividade. A segurança, enquanto conjunto técnico de regras visando a prevenção

de acidentes, ensina a trabalhar como poucas áreas do saber proporcionam. Partindo de uma visão organizacional, a segurança enquadra o colaborador no gesto profissional correto, na execução das tarefas de forma apropriada, e na sua interação com os espaços laborais, os equipamentos e demais colegas. Sem prejuízo de outras apostas, a formação em segurança perfila-se assim

qual a importância de formar as pessoas em Tendo em conta o atual contexto económico e financeiro, as organizações vêem-se na contingência de introduzir novas tecnologias, novas formas de organização, novas mentalidades de gestão, as quais implicam novos desafios em matéria de segurança e saúde dos trabalhadores.

José Araújo

Ainda que orientadas para a Qualidade, as organizações começam a colocar ao mesmo nível o desempenho dos seus

Sistemas de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho e a sua capacidade de disponibilizar produtos e serviços. Por outro lado, os consumidores encontram-se cada vez mais sensibilizados para valores de ordem social e ética relacionados com os processos produtivos. Desta forma as organizações têm vindo a tomar medidas destinadas a melhorar o seu desempenho na área da SST, como fator distintivo e

Os portugueses podem estar tranquilos com

Luís Santos

Obviamente que sim, pese embora o muito trabalho que há a fazer em termos de avaliação de compatibilidade de localização das instalações de alto risco. Conhecemos casos em que a malha urbana avançou para as proximidades das instalações industriais, ficando paredes meias com unidades processuais, tanques e esferas de armazenamento de produtos perigosos, pipelines, etc. A estas situações não é alheia a pressão

urbanística e a desregulação a nível do ordenamento do território, se formos a analisar caso a caso, todos estão licenciados, portanto algo não está bem. Perante este cenário, cabe às unidades industriais empreender medidas para prevenir eventos iniciadores de acidentes que, a ocorrerem, poderiam ter impactos catastróficos na comunidade envolvente e, em caso de ocorrência, estar preparados para fazer face às situações

A segurança traduz-se também em qualidade? Atualmente, com o elevado número de alterações a que as empresas são sujeitas, tanto nos meios de produção, como na evolução tecnológica, a globalização, a rutura de fronteiras comerciais e a constante busca por uma maior competitividade num mercado altamente disputado, é fundamental que a empresa e os seus colaboradores Rita Mesquita

demonstrem flexibilidade de adaptação e rapidez na mudança. Cada vez mais são fatores diferenciadores, os quadros profissionais qualificados, comprometidos com a estratégia da empresa e satisfeitos com as condições em que o trabalho é realizado. Assim, nestes tempos em que as questões de segurança e saúde do

as empresas portuguesas estão atentas a p

rogério Marques

A área da SST mais vulnerável nesta questão é, em nossa opinião, a área da saúde ocupacional, que de todo, ao nível nacional, não tem acompanhado a mesma evolução positiva da Segurança. Mantém-se a falta de Médicos de Trabalho no mercado, a acumulação excessiva de trabalhadores assistidos por cada médico, a existência de empresas prestadoras de serviços externos que subcontratam clínicas locais para fazerem exames de aptidão a trabalhadores

deslocados, sem que estas tenham ao seu serviços médicos de trabalho. Por isso, a monitorização da saúde dos trabalhadores não tem como pressuposto o conhecimento, por parte dos médicos, das componentes materiais do trabalho e respetivos riscos a que os trabalhadores estão expostos. Serão provavelmente as organizações certificadas que, impelidas a cumprirem integralmente as suas obrigações legais e assim fazerem uma maior


efetivo e não um custo? como um dos investimentos com maior retorno nas organizações. Dos decisores aos executores, da especificidade técnica à gestão, toda a organização fica mais apta, mais robusta e mais eficiente. Na presente fase, num momento em que as empresas procuram ser ainda mais competitivas e aumentar a sua produtividade, uma maior aposta na segurança pode ser a solução certa.

Com recursos humanos mais preparados e uma menor sinistralidade laboral é possível fazer mais com o mesmo. Para que a segurança seja vista como uma das soluções para esse aumento da produtividade, para que a aposta na segurança e na correspondente formação não seja vista como um mero custo, as organizações devem incluir entre os métodos que utilizam para avaliar o seu

desempenho os vários indicadores de segurança disponíveis, habituando-se a definir objetivos e metas, a medir, a comparar e a avaliar. A organização segura faz mais e faz

na conceção e desenvolvimento das atividades educativas e formativas é imprescindível para o aumento de conhecimentos, para desenvolver aptidões e modificar atitudes e comportamentos, de forma a assegurar uma adequada prevenção dos riscos profissionais e, assim, aumentar a competitividade e alavancar o desenvolvimento económico das empresas.

A integração dos conteúdos de SST nos programas de formação das empresas torna-se fundamental para a implementação de uma verdadeira “Cultura de Segurança”, de forma a que todos os trabalhadores, técnicos e gestores adotem atitudes coerente e promotoras da SST em todos os locais de trabalho, contribuindo desta forma para o bom desempenho das mesmas.

melhor.

segurança? competitivo na comercialização dos seus produtos e serviços. Face a este novo paradigma, a formação é o instrumento mais precioso na preparação do trabalhador para o desempenho das funções que lhe são atribuídas, para o aumento de conhecimentos, para desenvolver aptidões e modificar atitudes e comportamentos. O contributo dos Técnicos de Segurança

com prontidão e eficácia mitigando as consequências para os seres humanos e para o ambiente. Também aqui a formação de toda a equipa que desempenha funções do Sistema de Gestão, desde as tarefas de gestão às de execução passando pela verificação, tem um papel determinante no sucesso de um programa de prevenção e atuação. Na generalidade estas metodologias estão implementadas e são avaliadas

trabalho tendem a ser negligenciadas, revela-se fundamental para as empresas terem uma força de trabalho saudável, motivada e preparada para a extrema competitividade. Empresas que investem na prevenção e na qualidade total da organização possuem ferramentas mais sólidas para se manterem no mercado global. Usando as palavras de Vicente

anualmente por entidades independentes qualificadas pela Agência Portuguesa do Ambiente. Em particular posso garantir que as entidades que são verificadas pela SGS ICS estão na linha da frente na implementação das medidas previstas, numa dinâmica efetiva de melhoria contínua, demostrada ano após ano. Os esforços que têm sido feitos pelas autoridades também têm vindo a contribuir para a minimização dos riscos.

Refiro-me à elaboração dos PEE – Planos de Emergência Externos por parte das Câmaras Municipais à formação dos meios humanos para intervenção em caso de acidente, nomeadamente através da realização de exercícios de simulação s procedimentos.

Falconi, “um produto ou serviço com qualidade é aquele que atende sempre perfeitamente e de forma confiável, de forma acessível, de forma segura e no tempo certo às necessidades do cliente”.

temática abordada, mas também com conhecimentos sólidos do terreno e das dificuldades que as empresas sentem nestes dias. Assim, procuramos formar profissionais tecnicamente qualificados mas com uma visão prática das organizações e com o objetivo de acrescentar valor nas organizações em que colaborem enquanto técnicos.

Para os cursos de Técnico Superior de Higiene e Segurança do Trabalho da SGS foi constituída uma bolsa de formadores tecnicamente especializados em cada

olíticas preventivas no âmbito da saúde dos seus trabalhadores? vigilância sobre a forma como estes serviços são prestados – enquanto seus prestadores de serviços - a contribuírem decisivamente para a normalização do mercado. Do mesmo modo, técnicos de SHT competentes, técnica e cientificamente bem preparados, perfeitamente conscientes das suas atribuições e das interações que legalmente e funcionalmente terão de existir com os médicos de trabalho, criarão um clima de maior exigência

e consequentemente de maior rigor na execução destes serviços, cujos beneficiários serão em primeira instância os trabalhadores e as organizações. Se o atual contexto de retração do mercado tem criado algumas dificuldades neste percurso que vinha sendo trilhado, este é provavelmente o cenário em que as políticas de prevenção dos acidentes de trabalho e das doenças profissionais tomam uma maior relevância pela necessidade imperiosa

de eliminar desperdícios e paragens acidentais associadas a estes eventos, no sentido de potenciar a rentabilidade do trabalho, mantendo-se os princípios éticos e morais que se prendem com a reservação da saúde e segurança do ser humano. Assim, esta é provavelmente a conjuntura em que mais importante será assegurar as competências adequadas e os melhores métodos para gerir a segurança e a saúde dos trabalhadores. E há empresas que já perceberam isso…

serviços sgs na segurança

a segurança das indústrias de maior risco?

41


Operational Integrity A Qualidade e a Gestão do Risco na SGS

Na SGS acreditamos que todos os nossos trabalhadores, independentemente da área de negócio e da sua localização, têm o mesmo direito a trabalhar num ambiente seguro. Também as exigências dos nossos clientes e a legislação dos países onde atuamos estão a caminhar no mesmo sentido: implementar medidas que concretizem os nossos valores éticos e morais e assegurando os mais exigentes requisitos de Qualidade, Saúde, Segurança e Ambiente (QSSA).

A função Operational Integrity (OI) foi criada na SGS como a mais alta autoridade corporativa em todas as questões de QSSA. As equipas globais e locais apoiam os gestores e supervisores na implementação de uma cultura de segurança responsável, em toda a nossa organização. O protagonismo da OI na SGS vem de uma série de constatações que a companhia foi fazendo ao longo da sua história. A gestão da QSSA, objetivamente, salva vidas. Por isso, consideramos que é nossa obrigação para com todos os nossos trabalhadores e comunidades em que operamos, os nossos valores morais e sentido de integridade enquanto organização assim o exigem. Numa vertente mais operacional, a criação da função OI veio apoiar-nos a eliminar/mitigar os riscos operacionais, a cumprir os requisitos legais e a responder às expectativas dos nossos clientes. Os objetivos de negócio não são alheios à gestão da QSSA. De facto, na SGS sabemos que trabalhar de forma segura é uma vantagem diferenciadora na conquista e fidelização de clientes. Sabemos, também, que as organizações que geram a sua Saúde e Segurança têm melhores resultados. Assim, o plano estratégico do Grupo SGS, conhecido como The 2014 Plan e que estabelece os objetivos de crescimento do Grupo no período 2010-2014, também estabelece as metas a alcançar pela função OI (ver caixa). Segundo Chris Kirk, CEO do Grupo SGS, “uma gestão mais eficiente da QSSA irá ajudar-nos a cumprir os nossos objetivos de 2014. Foi para nos apoiar nessa tarefa que fundimos todas as funções independentes de QSSA na ‘cúpula’ Operational Integrity”.

Dinamização da Operational Integrity na SGS A performance em QSSA é uma medida da eficiência operacional e uma métrica-chave do sucesso do negócio. Daí que a implementação no terreno e a gestão OI, na SGS, é da responsabilidade de cada gestor e supervisor operacional. A equipa de profissionais OI, em parceria com os gestores, identifica oportunidades de melhoria e apresentam soluções. Em 2012 e até 2013, as equipas globais e regionais OI, com o apoio dos gestores regionais e de cada afiliada, estão a lançar uma série de projetos globais a toda a companhia, que irão afetar todos os trabalhadores da SGS, sem exceção: •• Sistema de Gestão OI – um único Sistema Integrado de Gestão; •• CRYSTAL - ferramenta global de report de incidentes; •• Regras SGS para a Vida – implementação de um conjunto de regras simples e claras, não negociáveis, cujo objetivo é reduzir as fatalidades;


segurança

em edifícios e instalações industriais

Reunião da Equipa de Gestão de Crise - Setembro 2012

Integração com o Plano de Continuidade do Negócio A SGS presta serviços que, efetivamente, contribuem para o desenvolvimento do negócio dos seus clientes. Isto significa que a companhia detém dados, colabora em operações e assegura atividades que permitem aos seus clientes focaremse no seu core business sem se preocuparem com as responsabilidades delegadas na SGS. O Plano de Continuidade do Negócio é um instrumento transversal a todas afiliadas e operações do ‘universo’ SGS, que assegura a continuidade das operações e a minimização dos impactos no negócio dos nossos clientes.

Consoante as especificidades de cada área de negócio/país, é elaborado um Plano que, apesar de definir procedimentos e dar recomendações gerais para atuação em caso de emergência/crise e de minimização do impacto no negócio, caracteriza os riscos aplicáveis, define as missões dos vários intervenientes e aponta as formas de coordenação, direção e controlo em caso de incidente/acidente. É algo de grande abrangência sendo capaz de dar uma pronta e adequada resposta a situações de verdadeira catástrofe (terramotos, inundações, incêndios, atos criminosos), bem como a situações de menor gravidade, mas talvez com maior frequência e igualmente com a possibilidade de afetação no negócio (avarias elétricas e falhas de comunicações). Ao nível nacional, a SGS Portugal tem ainda a preocupação de integrar toda a vertente de Operational Integrity com os Planos de Emergência e de Continuidade do Negócio, por considerar que todas estas atividades aqui descritas estão a montante destes dois planos. A última reunião da Equipa de Gestão de Crises decorreu em setembro passado, dia marcado também pelo lançamento oficial do CRYSTAL em Portugal.

As valências OPerational Integrity na SGS Qualidade – implementar sistemas organizacionais, procedimentos e processos que criem os mais elevados padrões de qualidade do serviço. Saúde – a proteção da saúde e bemestar de todos os trabalhadores é a maior prioridade da gestão da SGS. Segurança – todos os trabalhadores SGS têm igual direito a um ambiente de trabalho seguro. Ambiente – a legislação e normas ambientais são cumpridas e é prestado todo o cuidado para respeitar o ambiente natural. Continuidade do Negócio – implementar um sistema de garantia da prestação dos serviços ao cliente em caso de acidente/incidente.

Objetivos OPerational Integrity até final de 2014 Eliminação de fatalidades e redução significativa de lesões Gestão proativa dos riscos operacionais na organização (fogos, derrame de substâncias perigosas, grandes perdas patrimoniais, etc.) Todos os trabalhadores da SGS terão um ambiente de trabalho seguro Os gestores executivos são os responsáveis operacionais pela QSSA, servindo os profissionais OI como apoio facilitador e especializado Cumprimento por todas as afiliadas das regras QSSA legais e internas da SGS

operational integrity na sgs

•• Higiene Industrial – contratação de profissionais e compra de equipamentos em todas as regiões; implementação de uma ferramenta global de gestão integrada; •• Segurança Técnica – criação de materiais simples e práticos para sensibilização e formação (Take 5, Take 10, Take 15); •• Comunicação – criação de um portal (interno) agregador de todos os materiais multimédia e para impressão, aplicações móveis e ferramentas on-line; •• Verificação e governance – atualmente estão a decorrer auditorias prévias e a ser desenvolvidas normas globais, com implementação prevista para 2013.

43



Quem prefere a sgs serviços e testemunhos

sistemas de gestão dA energia - ISO 50001 certificação enplus pellets de madeira certificações sgs


Sistemas de Gestão dA Energia A norma iso 50001

Funfrap - Fundição Portuguesa S.A.

consumos intensivos de energia A Gestão da Energia, com objetivos de eficiência e de redução de consumos, é transversal a qualquer atividade. Mas assume maior impacto em instalações industriais consumidoras intensivas de energia, como a Funfrap - Fundição Portuguesa, S.A. Integrada numa estratégia mais alargada, a Certificação ISO 50001 vem contribuir para um aumento do desempenho e dos seus resultados operacionais. A norma ISO 50001, que estabelece os requisitos de Certificação para Sistemas de Gestão da Energia, atribui objetividade e sistematização às boas práticas já implementadas por algumas organizações. Vem elevar os objetivos de eficiência e menor consumo energético, reconhecendo o seu grande impacto nos resultados do negócio.

A Funfrap – Fundição Portuguesa, S.A. é uma fundição de ferro fundido vocacionada para a produção de componentes para a indústria automóvel. Localizada em Cacia - Aveiro, iniciou a sua laboração em 28 de janeiro de 1985, empregando atualmente cerca de 350 colaboradores. Com um capital social de 13,7 milhões de euros, tem como acionistas a Teksid SpA (holding do grupo Fiat) com 83,6% do capital e os restantes 16,4% repartidos por alguns investidores nacionais (bancos e companhias de seguros). O volume de negócios atingiu em 2011 cerca de 52 milhões de euros. Sabendo o processo e tecnologia utilizados, o consumo de energia é intensivo e foi sempre crucial e fundamental na gestão da empresa.

COFELY

Gerir pelo exemplo O setor energético nacional está consciente que a eficiência energética será, brevemente, não apenas uma boa prática, mas um objetivo essencial ao modelo de negócio. Prova disso é o Sistema Integrado de Gestão da COFELY, certificado pela SGS, em Segurança no Trabalho, Ambiente e Energia. Para a empresa que já era certificada em Qualidade, mais do que as vantagens internas inerentes, conta o exemplo e a experiência que quer passar aos seus clientes.

Presente em Portugal desde 1983, a COFELY presta serviços de operação e manutenção de instalações técnicas nos setores Industrial e Terciário. Os seus clientes incluem data centers, grandes edifícios de escritórios e instalações fabris. A empresa fornece aos clientes um conjunto integrado de serviços técnicos (hard services) com as restantes especialidades (soft services: limpeza, segurança, construção, moving, entre outros) num único contrato com um único interlocutor. Oferece ainda soluções técnicas integradas de Eficiência Energética orientadas à melhoria da performance das instalações, permitindo controlar os custos operacionais e reduzir a fatura energética. A flexibilidade das soluções da COFELY permite endereçar as necessidades


Quem prefere a sgs

Assim, para Sónia Almeida, responsável de Ambiente da Funfrap, “a certificação de um Sistema de Gestão da Energia surge como resposta à vontade de desenvolver uma política e estratégia clara na área da energia, capaz de nos permitir obter melhor desempenho e eficiência energética. A certificação pela norma ISO 50001, pioneira em Portugal, surge, em primeiro lugar, como uma estratégia do Grupo Fiat, mas também como uma vontade da empresa e consequência natural da necessidade de implementação do sistema”. Detentora já de outras certificações (ISO TS 16949 – Qualidade no setor automóvel, ISO 14001 – Ambiente, e OHSAS 18001 – Segurança e Saúde no Trabalho), o referencial ISO 50001,

relativo ao Sistema de Gestão da Energia e abrangendo toda a empresa, foi integrado no Sistema de Gestão em vigor. Apesar do especial envolvimento neste processo da responsável de Ambiente e dos responsáveis técnicos da área de Energia e Fluidos (total de cinco pessoas) desde a publicação da ISO 50001, Sónia Almeida indica que toda a equipa Funfrap foi parte ativa. Talvez por isso, “felizmente encontramos poucos obstáculos, pois a vontade e empenho de todos para a concretização do objetivo de certificar a empresa pela ISO 50001 foi determinante. Do ponto de vista prático, talvez a falta de conhecimento dos consumos de alguns dos utilizadores de energia, tenha sido a grande dificuldade encontrada”.

específicas de cada cliente e da cada instalação, potenciando simultaneamente a redução dos custos globais de operação e manutenção, e a melhoria do conforto para os utentes. A COFELY é a empresa do grupo GDF SUEZ para os serviços de energia e no ano de 2011 teve uma faturação da cerca de 19.5 milhões de euros em Portugal, onde conta com 270 colaboradores. Em Portugal, a GDF SUEZ é o segundo maior produtor de energia elétrica, dos quais 20% através de energias renováveis, e operador da única rede urbana de frio e calor, com um volume de negócios global de 534 milhões de euros e 605 postos de trabalho no ano de 2011. A COFELY foi uma das empresas pioneiras em Portugal na certificação ISO 50001 (Sistema de Gestão da Energia)

e a primeira do setor. Simultaneamente obteve as certificações ISO 14001 (Sistema de Gestão Ambiental) e OHSAS 18001 (Sistemas de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho). Já em 1999 tinha sido uma das primeiras empresas do setor a obter a certificação ISO 9001 (Sistema de Gestão da Qualidade). Pedro Antão Alves, diretor Comercial & Marketing da COFELY explica que “a certificação integrada é um objetivo estratégico da empresa que permite simultaneamente melhorar a estrutura organizacional interna e disponibilizar aos clientes um nível de serviço consistente. No longo prazo, este fator de diferenciação é fundamental para melhorar a relação entre a qualidade do serviço prestado e o custo total para o cliente”.

iso 5001 - gestão da energia

serviços e testemunhos

47

www.cofely-gdfsuez.pt/


Funfrap - Fundição Portuguesa S.A.

Ao nível dos benefícios da certificação do seu Sistema de Gestão da Energia pela SGS, a Funfrap espera que o seu aumento do desempenho energético se traduza numa maior competitividade, pois esta política e estratégia permitem reduzir os custos de produção/operacionais. “O facto de termos um sistema certificado, obriga à implementação de uma estratégia de atuação que passa pela redução contínua dos consumos energéticos e das emissões de dióxido de carbono, assim como pela definição de um orçamento próprio para projetos de redução de energia e aumento da eficiência. Outro ponto fundamental, e

COFELY

Por ser uma empresa que presta serviços de energia aos seus clientes, a atividade base de operação e manutenção é orientada para a adoção de soluções racionais de consumo de energia, tipicamente elétrica ou térmica. Assim, “o principal objetivo a atingir com a certificação ISO 50001 é a sistematização do conhecimento e das competências relacionadas com a utilização eficiente dos recursos energéticos, através de processos que possam ser transferidos com sucesso para os clientes da empresa, e assim diminuir os seus custos globais de operação”, continua o responsável. Nesta fase do processo, a certificação ISO 50001 integra a sede da empresa em

Lisboa e a delegação no Porto, com uma área global da ordem dos 1000 metros quadrados. Foi constituída uma equipa multidisciplinar integrando colaboradores da Direção de Operações, da Direção de Ética, Qualidade, Ambiente e Segurança, e da Direção-Geral, que acompanhou o processo de levantamento e auditoria das instalações. Esta equipa de cinco pessoas teve uma alocação de seis meses para a preparação do processo de certificação. Tal foi possível, segundo Pedro Alves, “porque a equipa capitalizou os amplos conhecimentos e experiência na gestão de diversos tipos de instalações de clientes da COFELY, para implementar um sistema de melhoria contínua de


Quem prefere a sgs serviços e testemunhos

que muitas vezes não é implementado sem um sistema certificado, é a verificação da aplicabilidade e cumprimento periódico dessa estratégia, através da realização de auditorias externas”, conclui a responsável de Ambiente da Funfrap.

O facto de termos um sistema certificado obriga a implementação de uma estratégia de atuação que passa pela redução contínua dos consumos energéticos e das emisno ...

performance energética. A título de exemplo, foram criados processos para a recolha e análise de dados periódicos, a realizar por esta mesma equipa, com o objetivo de melhorar continuamente o consumo de energia”. A COFELY espera com esta certificação não só contribuir para a redução dos consumos próprios de energia, como contribuir fortemente para a sensibilização dos seus clientes para a importância da utilização eficiente das diversas fontes de energia.

Sónia Almeida e equipa Responsável de Ambiente da Funfrap – Fundição Portuguesa, S.A.

iso 5001 - gestão da energia

sões de dióxido de carbo-

O principal objetivo a atingir com a certificação ISO 50001 é a sistematização do conhecimento e das competências relacionadas com a utilização eficiente dos recursos energéticos...

pedro antão alves diretor Comercial & Marketing da COFELY

49


Norma em destaque - ENPLUS Certificação ENPLUS - Pellets de madeira

Está a aumentar a procura de alternativas aos combustíveis fósseis, de uma forma generalizada. No caso dos pellets de madeira, esta evolução está a passar pela garantia da qualidade do produto colocado no mercado, em consonância com requisitos harmonizados internacionalmente e reconhecidos por toda a indústria - certificação ENplus. Como organismo reconhecido para esta certificação de pellets, a SGS convidou a ANPEB para explicar em que consiste o sistema e quais as suas vantagem para todas as partes.

Por toda a Europa, com o aparecimento e crescente utilização dos pellets como alternativa a combustíveis fósseis, desenvolveram-se vários sistemas de certificação e selos de qualidade para pellets de madeira. Esta pluralidade de sistemas de certificação trouxe consigo requisitos de qualidade pouco uniformes que acabaram por dificultar as transações comerciais de pellets de madeira pela Europa, criando, simultaneamente, uma certa indecisão nos produtores de equipamentos quanto ao referencial a reconhecer como preferencial para os pellets utilizados. O sistema de certificação ENplus vem, neste sentido, harmonizar os requisitos para pellets de madeira para toda a Europeu, sendo um referencial reconhecido e aceite pela maioria dos Estados Membros. O representante do sistema de certificação de pellets ENplus, em Portugal, é a ANPEB - Associação Nacional de Pellets Energéticos de Biomassa. Segundo, João Ferreira, secretário-geral da ANPEB, “a Associação foi criada em 2010 com a principal finalidade de promover e ajudar a desenvolver o setor dos pellets de madeira nacional. Conta como seus associados com a maioria dos produtores de pellets nacionais que representam, entre si, um volume de produção de cerca de 650 mil toneladas anuais, movimentando aproximadamente 85 milhões de euros por ano”.

O sistema de certificação ENplus Com o objetivo de estabelecer um referencial harmonizado para a qualidade dos pellets de madeira, reconhecido e aceite a nível Europeu, o sistema de certificação ENplus consegue, ao mesmo tempo, aumentar a confiança dos consumidores numa marca que ateste inequivocamente a qualidade do produto, fortalecendo, também, o mercado dos pellets de madeira na Europa e facilitando a circulação de produtos com qualidade testada e reconhecida. Isto porque, “a certificação ENplus, visa não só a qualidade do produto, mas também o estabelecimento de requisitos para os procedimentos aplicados aos pellets de madeira em toda a sua cadeia de valor. Assim, são abrangidas pela certificação ENplus, empresas produtoras de pellets de madeira para produção de calor e empresas distribuidoras desse produto até ao cliente final”, esclarece João Ferreira. As empresas com certificação ENplus terão a qualidade do seu produto reconhecida a nível Europeu e até em mercados extra comunitários como o da América do Norte. A certificação da qualidade ENplus permite uma expansão do produto a novos mercados, elevando assim as oportunidades de negócio e a competitividade da empresa num contexto


Sistema de Certificação para Pellets de Madeira ENplus

matosinhos | 29 maio

A ANPEB - Associação Nacional de Pellets Energéticos de Biomassa realizou, no dia 29 de maio, um Workshop de divulgação do Sistema de Certificação para Pellets de Madeira ENplus.

Como decorre o processo de certificação As empresas que tencionem ser certificadas segundo o sistema ENplus devem contactar a ANPEB. De seguida deverão contactar um organismo de certificação/ inspeção, como a SGS, que será responsável pela auditoria às suas instalações e processo de produção. Nesta inspeção são recolhidas amostras para serem analisadas em conformidade com os requisitos constantes no guia de certificação ENplus, por um organismo de teste reconhecido pelo EPC (European Pellet Council). Verificada a conformidade do produto, organização e unidade produtiva com os requisitos ENplus é emitido um certificado com validade de três anos. O organismo de certificação informa a ANPEB da decisão positiva e será então emitida uma marca em conjunto com o número de identificação individual da empresa em questão, que deverá constar em todos os sacos, faturas e guias de entrega de modo a garantir a rastreabilidade do produto. As auditorias são anuais no caso dos produtores de pellets e com intervalos de pelo menos três anos no caso dos distribuidores de pellets de madeira. Para o futuro, um dos principais objetivos da ANPEB é incluir representantes das várias áreas do setor nacional dos pellets, alargando a sua atividade a produtores e distribuidores de equipamentos para a combustão de pellets, distribuidores de pellets e empresas ligadas a equipamentos para a produção dos mesmos. “Com isto esperamos reunir uma pluralidade de conhecimento e desenvolver a partilha de experiências de modo a representar da melhor forma os atores do setor e, ao mesmo tempo promover a bioenergia”, refere João Ferreira.

Nesta sessão foram apresentadas e discutidas as principais questões ligadas ao sistema de certificação para Pellets de madeira ENplus, assim como a sustentabilidade da indústria de produção e problemas comuns associados à utilização deste produto. A SGS ICS participou neste Workshop, através da intervenção de Leonor Centeno, Gestora de Produto, que apresentou „ O processo de certificação”. Adaptado de: Centro da Biomassa para a

certificação de pellets - ANPEB

internacional. Com a recomendação da marca ENplus por parte dos produtores de equipamentos, o consumidor procura cada vez mais produto com qualidade certificada, o que, em conjunto com o aumento do preço dos combustíveis fósseis, se espera contribuir significativamente para o desenvolvimento do setor dos pellets de madeira em particular e da bioenergia em geral. Mas quem valoriza esta certificação? O consumidor final está atento, ou são só as empresas do setor? O secretário-geral da ANPEB é da opinião que “todas as empresas ligadas ao setor dos pellets de madeira, assim como os consumidores, demonstram uma atenção significativa para com a certificação ENplus. Os consumidores procuram cada vez mais pellets de madeira com qualidade certificada, de forma a evitarem problemas nos seus equipamentos e a assegurarem um funcionamento fiável e constante dos mesmos. Problemas de funcionamento em equipamentos de queima, causados por pellets de madeira de qualidade duvidosa têm vindo a afastar os consumidores de produto não certificado, aumentando a procura por pellets de madeira de qualidade superior e testada como os certificados ENplus. A implementação do sistema que leva à certificação ENplus permite que os produtores de equipamentos de queima testem e otimizem os seus produtos para determinadas propriedades dos pellets, melhorando o seu funcionamento e indo de encontro às necessidades dos clientes. Desta forma, os produtores de pellets de madeira veem na certificação ENplus uma oportunidade de divulgar a qualidade do seu produto e até a abertura de portas para a exportação, aumentando assim as oportunidades de negócio e a competitividade da própria empresa”.

Energia.

51

João Ferreira Secretário-Geral da ANPEB - Associação Nacional de Pellets Energéticos de Biomassa

www.anpeb.pt


1º certificado ENplus em Portugal SGS certifica pellets de madeira da Pinewells

O mercado de pellets de madeira está em crescimento, como fonte de energia alternativa e de baixo impacto ambiental. A Pinewells, S.A. está na linha da frente em Portugal, dedicando 90% da sua produção ao mercado externo e fazendo um importante trabalho na Fileira, ao nível da limpeza florestal e de valorização económica de desperdícios da indústria de madeiras. A certificação ENplus do seu produto vem reforçar uma estratégia de sustentabilidade, qualidade e responsabilidade perante o consumidor final.

A Pinewells, S.A. é uma moderna unidade de produção de pellets de madeira, sediada na zona industrial de Arganil, equipada com a mais avançada tecnologia e 36 colaboradores. Inserida na fileira da bioenergia, produz um biocombustível que, pela sua natureza orgânica, não causa impacto ambiental, já que utiliza essencialmente produtos oriundos da limpeza florestal e desperdícios da indústria de madeiras. A empresa considera que, desta forma, promove a redução das emissões de CO2 e apoia a gestão florestal.


Quem prefere a sgs serviços e testemunhos

Atualmente 90 % da produção da Pinewells é exportada, o que atesta o seu produto final de grande qualidade e que respeita as especificações internacionais em vigor. Foi a primeira empresa em Portugal a obter a certificação ENplus para pellets de madeira, projeto que levou adiante com a SGS. João Matias Baetas, diretor-geral da Pinewells, considera que “o processo de certificação dá claramente o suporte necessário à nossa visão estratégica, a qual assenta em dois pilares fundamentais: •• ••

Reconhecimento pelo mercado do nosso produto e marca; Liderança do mercado, pela excelência do produto, no setor da Fileira Florestal, no qual nos inserimos.

A certificação de pellets ENplus também vem validar a preferência do consumidor e a qualidade percetível que este já tinha do Pellet Pinewells. Ainda por outro lado, no mercado internacional, a certificação ENplus é a condição necessária para a entrada nos mercados, sendo fundamental para permitir uma concorrência franca e aberta com as marcas estrangeiras”.

O processo de certificação de Pellets de Madeira Premium, 6 mm, classe ENplus-A1 na Pinewells, foi muito expedito, absorvendo uma pessoa a tempo inteiro durante três meses. Como exemplos de melhorias implementadas decorrentes da certificação, o diretor-geral da Pinewells aponta “a introdução de um controlo mais restrito, na receção de matérias-primas, a implementação de um sistema de rastreabilidade dos lotes e de métodos e práticas de autocontrolo ao longo do processo, com o objetivo de atuar sobre os processos com rapidez e de forma mais eficaz”.

“crescer a sua produção de Pellet Certificado dos atuais 20 % para 40 %, até ao final de 2014, o que permitirá a expansão em novos mercados, como sejam a Itália e a França”. O responsável espera, ainda, que “o impacto no mercado português da entrada de produto com a certificação de pellets de madeira ENplus passe pela moralização da oferta, eliminando/diferenciando do circuito comercial o produto que não está de acordo com as normas internacionais, protegendo desta forma o consumidor final”.

Quanto ao trabalho em conjunto com a SGS, o responsável reconhece a “colaboração aberta e franca, com um grande espírito de entreajuda e com elevado profissionalismo. Destaco que este foi um projeto pioneiro em Portugal para ambas as empresas e que o sucesso do mesmo foi um desígnio para todos os profissionais envolvidos”. É grande a importância desta certificação para aumentar o negócio e a satisfação dos clientes da Pinewells, cujos objetivos de curto prazo incluem aumentar a sua quota de mercado nacional e internacional, e a rentabilidade das vendas. João Baetas aponta que a Pinewells pretende

João Matias Baetas Diretor-Geral da Pinewells, S.A.

www.pinewells.com

certificação de pellets - pinewells

www.anpeb.pt

53


certificações sgs de abril de 2012 a outubro de 2012 ISO 9001 - QualidadE

3S SOLVAY SHARED SERVICES, Lda. AEG TELECOMUNICAÇÕES, S.A. AEMArco Serve, Prest. de Serv., Unip., Lda. Aguas do Douro e Paiva ALENTUBO - Fabricação de Tubos, S.A. ALUTAIPAS - Comércio Mat. Construção, Lda. AMPLIREFLEX - Eng., Amb. e Construção, Lda. ANICOLOR - Alumínios, Lda. AR TELECOM - Acessos e Redes Telec., S.A. Argon Comp. Electricos e Electrónicos, Lda. Artur da Silva Ribeiro , Lda. ATLANTICARE - Serviços de Saúde, S.A. AVK - Soluções Audiovisuais, S.A. BASTOS VIEGAS, S.A. Betonit - Engenharia e Construções, Lda. BGR - Gestão de Resíduos, Lda. BMCAR TLCI - Automóveis, S.A. BULLONI - Soc. de Componentes Fixação, Lda. Carldora - Cofragens, And. e Escoram., S.A. CARVALHO & MOTA, Lda. CASA FÉLIX, Lda. Centro Hospit. Lisboa Central , E.P.E CENTRO HOSPIT. LISBOA NORTE, E.P.E. CHRONOPOST PORTUGAL, S.A. CITRI - Cent. Int. Trat. Resíduos Industriais, S.A. Cortimóveis Com. Fabricação Moveis, Lda. CRIVARQUE - Trab. Geo-Arqueológicos, Lda. CRUZ & AREAL, S.A. CSM IBERIA, S.A. Curva em U, Lda. Dolphins Driven - Act. Marítimo Turíst., Lda. Esc. Sup. Hotelaria e Turismo Estoril Etiprint – Ind. e Com. de Etiquetas Unip., Lda. ExpoMédica Soc. Exp. Imp. Mat. Médico,Lda. Fabuloso Clique, Lda. FAMEG - Montagens Electricas Gerais, S.A. Fangueiro & Rodrigues, Lda. Fapajal - Fábrica de papel do Tojal, S.A. FARIA & SANTOS - ARTIN - Tint. Vernizes, Lda. Frigofama - Com. Ind. Prod. Alimentares,Lda. GARDENGATE, S.A. GEMADOURO - PRODUTORES DE OVOS, S.A. GEOMETRIAS OCULTAS - Engenharias, Lda. GROVE ADVANCED CHEMICALS (Portugal), S.A. Guiatel Serviços de Telecomunicações, S.A. HAÇOR M - Man. Edifício do Hospital da Ilha Terceira, A.C.E. HIDROMARINHA - Com. Peças e Ace. Ind., Lda. IBER AGREE III, S.A. Ivepeças - Comércio Peças Auto, Lda. JAF - Lubrificantes e Acessórios, Lda. JOÃO GOUVEIA MONIZ & FILHOS, Lda. José Maria Ferreira & Filhos, Lda. JOSE MARIA PINHEIRO TORRES, Lda. LABINA - Fundição Injectada, Lda. LIZMOVE - Com. Máq. de Movimentação, Lda. LUSOIMPRESS - Artes Gráficas, S.A. LUSOSPACE - Projectos Engenharia, Lda. MACRO-FRIO - Com. Int. Prod. Aliment., S.A. MANUEL BERNARDO LEAL CORREIA MANULENA - Fabricação de Ceras e Velas, Lda. MEIGAL - Alimentação, S.A. Mendes & Vasconcelos - Gest. Activos,Lda. METALIZAÇÃO SOBRALENSE, Lda. MISTURAS MILENARES, Lda. Mitsubishi Electric Europe B. V.- Portugal MULTILABEL, Lda. MUNICÍPIO DE VILA DO CONDE Newcar Pro - Centros Auto, Lda. NOVAQUI - Equip. e Mobiliário Conforto, S.A. OMNI HANDLING - Serv. Apoio Aeronaves, Lda. Parques e Jardins Proj. e Construção, Lda. PAULO J.G. LOURENÇO, Soc. Unipessoal, Lda. PAULO LOURENÇO - Inst. Comercio de

Sistemas de Comunicação, Lda. PAULO MADEIRA - Estores, Alumínios e Automatismos, Unip., Lda. PELE ARTE FUNERARIA, Lda. Petróleos de Portugal - PETROGAL, S.A. PLUVIA - Soc. Industrial de Confecções, Lda. POLITILE - Indústria Cerâmica, Lda. POSITIVORISCO - Sist. Contra Incêndio Unip., Lda. QUALITIVIDADE Consultoria, Lda. QUESTION OF SUCCESS - Informática, Lda. RESIFLUXO, Lda. Risatel - Soc. Comercial de Fios Têxteis, Lda. RODIRIMA - Soc. de Armação de Ferro, Lda. SAMSIC PORTUGAL - Facility Services, S.A. SANTA CASA DA MISERICORDIA E HOSPITAL DE S. JOÃO DA VILA DA LOUSÃ SEGMA - Serv. Eng. Gestão e Manutenção, Lda. SIMPLENEWS, Lda. SOANDAIMES - Sociedade de Andaimes, Lda. Sociedade Têxtil Mosteiro do Ave, Lda. SOTRATEL - Emp. Trabalho Temporário, Lda. SPAMEDIC, Sociedade Prestadora de Assistência Médica, Lda. - Clínica Ucardio STYLE ROYALE, Lda. SYSADVANCE - Sistemas de Engenharia, S.A. Tabaqueira - Emp. Industrial de Tabacos, S.A. TÁXIS DO TELHADO, Lda. TECNIN TRAINING, S.A. Tensai - Indústria, S.A. TNOLEN - Est. Serv. de Prot. Ambiental, Lda. TRIEDE - Cons. E Projectos de Eng. Civil, S.A. VARELA & CIA, Lda. VECTOR ESTRATÉGICO - Estudos e Cons., S.A. VETLIMA - Soc. Dist. Prod. Agro Pecuarios, S.A. VIDRARIA MORTÁGUA - Vidros e Espelhos,S.A. VOICEINTERACTION - Tec. Proc. da Fala, S.A.

ISO 14001 - Ambiente ABRUNHOESTE - Cons. Refrig. de Frutas, S.A. Aguas do Douro e Paiva Atlantic Islands Electricity Madeira , S.A. AVEIPORT - Soc. Op. Portuaria de Aveiro, Lda. Benta & Benta - Com.Car.,Pa. Velhos Des. Met, Unipessoal, Lda. BGR - Gestão de Resíduos, Lda. CHRONOPOST PORTUGAL, S.A. CONSTRUÇÕES REFOIENSE, Lda. EDA - Electricidade dos Açores, S.A. EUROCABOS - Cond. Eléct. Tec. Avançada, S.A. Gaspar Correia - Inst. Téc. Especiais, S.A. GDF SUEZ ENERGIA e Serviços Portugal, S.A. GROVE ADVANCED CHEMICALS (Portugal), S.A. HAÇOR M - Man. Edifício do Hospital da Ilha Terceira, A.C.E. Hospital Particular do Algarve , S.A. ICM - Indústrias de Carnes do Minho, S.A. José Maria Ferreira & Filhos , Lda. JULAR MADEIRAS, S.A. Karmann -Ghia Portugal Ind. Conf. Capas, Lda. MATADOURO CENTRAL DE ENTRE DOURO E MINHO, Lda. MISTOLIN - Produtos de Limpeza, Lda. NOVAQUI - Equip. Mobiliário de Conforto, S.A. Parques e Jardins Proj. e Construção, Lda. PENGEST - Plan., Engenharia e Gestão, S.A. RESIFLUXO, Lda. SAINT GOBAIN ABRASIVOS, Lda. SIMPLENEWS, Lda. T & T MULTIELÉCTRICA, Lda. VARELA & CIA, Lda.


Quem prefere a sgs serviços e testemunhos

AVEIPORT - Soc. Oper. Portuaria de Aveiro, Lda. Karmann-Ghia Portugal Ind. Conf. Capas, Lda.

OHSAS 18001 / NP 4397 Segurança Aguas do Douro e Paiva Atlantic Islands Electricity Madeira, S.A. CITRI - Centro Int. de Trat. Residuos Ind., S.A. CONSTRUÇÕES REFOIENSE, Lda. EUROCABOS - Cond. Eléct. Tec. Avançada, S.A. GDF SUEZ ENERGIA e Serviços Portugal , S.A. HAÇOR M - Man. Edifício do Hospital da Ilha Terceira, A.C.E. JULAR MADEIRAS, S.A. JUNCOR - Acess. Industriais e Agrícolas, S.A. MISTOLIN - Produtos de Limpeza, Lda. Parques e Jardins Proj. e Construção, Lda. PENGEST - Plan., Engenharia e Gestão, S.A. T & T MULTIELÉCTRICA, Lda. Tensai - Indústria, S.A. JUNCOR - Acess. Industriais e Agrícolas, S.A. SEPREM - Serviços de Precisão do Minho, Lda.

ISO 22000 - Segurança Alimentar

pinewells, S.A. ADEGA COOPERATIVA DE CANTANHEDE, C.R.L. ANTONIO COSTA CASTANHEIRA AVITOSTE, Lda. MEIGAL - Alimentação, S.A. Paulo Machado & Irmão - Alim. Cong., Lda. Xarão - Comp. Portuguesa de Licores, Lda.

HACCP - Segurança Alimentar Obra Social Paulo VI

IFS - Produto Alimentar AVELEDA, S.A.

BRC - Produto Alimentar np 4457 - investigação desenvolvimento e inovação BLUEWORKSBIOTEMPO - Cons. Biotec., Lda. BLUE CAPE - Consultores de Computação Técnica e Científica, Lda. CASTROS & MARQUES, Lda. Clever Action, Lda. CPCIT4ALL - Comp. Port. Comp., Inov. Tecn., Lda. Laborial, S.A. MARIGOLD INDUSTRIAL PORTUGAL - Luvas Industriais Unipessoal, Lda. QUESTION OF SUCCESS - Informática, Lda. TECNINET.COM - Tecn. de Informação, Lda. VOICEINTERACTION - Tec. Proc. da Fala, S.A.

SA8000 - Responsabilidade Social Fangueiro & Rodrigues, Lda.

NP 4469 - Responsabilidade Social Com . Carris de Ferro de Lisboa, S.A.

en plus - pellets

Csm iberia, S.A.

iso/TS - 16949

Produto Industrial ALENTUBO - Fabricação de Tubos, S.A. Carldora - Cofrag., Andaimes e Escoram., S.A. Geberit - Tecnologia Sanitária, S.A. MISTURAS MILENARES, Lda. PREMOTAL - Pré-Esforçado Mota, Unip., Lda. SECIL PREBETÃO - Préfabricados de Betão, S.A. SIVAL 2 - Plásticos Especiais, Lda. SYSADVANCE - Sistemas de Engenharia, S.A. VIDRARIA MORTÁGUA - Vidros e Espelhos, S.A. VIDRARIA SOUSA & SOUSA, Lda.

ISO 13485 - dispositivos médicos BASTOS VIEGAS, S.A. HIDROFER, Fabrica de Algodão Hidrofilo, Lda. SYSADVANCE - Sistemas de Engenharia, S.A.

np 4427 - recursos humanos GROVE ADVANCED CHEMICALS (Portugal), S.A.

LABINA - Fundição Injectada, Lda. Plastimago - Transform. de Plásticos, Lda.

iso 50001 - gestão da energia Centro Zaragoza ARRANCA RÁPIDO, Unipessoal, Lda. AUTO LOURO - Com. e Rep. Automóveis, Lda. AUTO REPARADORA MORINCHEIRA, Lda. Mendes Gomes & Companhia, Lda. MUNDAUTO II SERVIÇOS - Automovel, Lda.

PEFC - Cadeia de responsabilidade

Funfrap - Fundição Portuguesa, S.A. GDF SUEZ ENERGIA e Serviços Portugal, S.A. Petr óleos de Portugal - PETROGAL, S.A.

iso 27001 - segurança da informação CONSTRULINK - Tec . de Informação, S.A. INTEGRITY, S.A. PORTUGALMAIL COMUNICAÇÕES, S.A.

MOVECHO, S.A.

en 15038 - serviço de tradução NP 4413 - manutenção de Extintores Equifogo - Unipessoal, Lda. HELDER FILIPE FERRAZ DA SILVA POSITIVORISCO - Sis. Contra Incêndio Unip., Lda.

L10N STUDIO - COM. TÉCNICAS, Lda.

certificações sgs

verificação emas

55


As nossas Pessoas

Rui Gonçalves, Técnico de Higiene e Segurança AlimentaR

Embora preste serviços ao setor alimentar desde a sua fundação em 1878 – supervisão de cargas e descargas de cereais nos portos – pode-se considerar que a questão da segurança alimentar é ainda muito recente na história da SGS. Só a partir dos anos 90 é que a indústria realmente se consciencializou e a legislação tomou um corpo coerente de requisitos, boas práticas e proteção do consumidor. Rui Gonçalves, técnico de Higiene e Segurança Alimentar da SGS Portugal, acompanhou toda esta evolução. Vindo de uma empresa de comércio internacional de cereais, Rui Gonçalves sentiu que estava a conquistar “qualquer coisa de extraordinário” quando foi recrutado em 1993 para inspetor alimentar da SGS Portugal, atividade complementar ao laboratório agroalimentar que realizava análises a produtos alimentares. “Eu entrei para fazer parte de uma equipa de apenas duas pessoas. O plano mensal de trabalhos passava por colheitas para o laboratório e auditorias que na altura de chamavam exames de higiene”. Apesar da legislação estar muito dispersa e o setor ainda não estar muito sensibilizado para estas questões, a SGS trabalhava com operadores que já sistematizavam as suas preocupações de qualidade e higiene alimentar, “principalmente restauração

e restauração coletiva (nesta última, pelo menos 220 refeitórios). Também apoiávamos redes de retalho e cooperativas de produtos alimentares e eu realizava todo o serviço no território nacional desde a Sertã até Tavira. Havia também projetos com pastelarias, alta hotelaria de quatro e cinco estrelas de cadeias internacionais. Fazíamos, ainda, muita assistência à descarga de produtos alimentares importados, nomeadamente de pescado. Sempre que necessário, e quando a agenda permitia, inspecionávamos mercadorias ao abrigo de contratos governamentais”, lembra Rui Gonçalves.

Crescer profissionalmente com o mercado Foi exatamente em 1993 que foi emitida a Diretiva 93/43/CEE relativa à higiene

dos géneros alimentícios. Esta Diretiva determinou a implementação do sistema HACCP (Segurança Alimentar) em todos os Estados Membros da UE, baseando-se no Codex Alimentarius, com o objetivo último de proteger o consumidor. O técnico de Higiene e Segurança Alimentar da SGS Portugal admite que foi “crescendo com o conhecimento da segurança alimentar porque iniciei a minha carreira na SGS mesmo na altura em que se dá o grande arranque nesta área. Em determinado momento, começamos a trabalhar com as cadeias internacionais de fast-food e com a grande distribuição (hipermercados), atividade com a qual me mantive muito ligado ao longo dos anos. De facto, a SGS acompanhou o advento da grande distribuição em Portugal, desde 1997, estando estreitamente relacionada com


Acho que a marca SGS é muito forte no mercado, não só pela dimensão da organização, mas também pelo alto nível de trabalho efetuado no terreno todos os dias e que a torna numa referência. Hoje em dia, tenho clientes que já não me chamam Rui Gonçalves. Para eles eu sou o ‘Rui da SGS’. Rui Gonçalves Técnico de Higiene e Segurança Alimentar da SGS Portugal

e apresentar soluções. Por vezes não existem as condições financeiras ou estruturais adequadas, mas dentro do possível, pretende dar as melhores soluções para minimizar quaisquer constrangimentos ao nível da segurança alimentar. O serviço de segurança alimentar da SGS é igualmente muito importante em organizações com grande rotatividade de pessoal. Pois os auditores SGS acabam por transmitir periodicamente os conhecimentos e as boas práticas aplicáveis em cada unidade. “Acho que a marca SGS é muito forte no mercado, não só pela dimensão da organização, mas também pelo alto nível de trabalho efetuado no terreno todos os dias e que a torna numa referência. Hoje em dia, tenho clientes que já não me chamam Rui Gonçalves. Para eles eu sou o ‘Rui da SGS’ (risos). As pessoas reconhecem o nosso trabalho e estabelecem-se laços de confiança. O que me faz gostar de estar na SGS é o espírito de ‘vestir a camisola’. Logo desde o início que a minha carreira foi muito gratificante, senti um grande apoio por parte da direção (Deolinda Ferreira, que fundou o laboratório alimentar e ainda hoje é auditora de Certificação da SGS) e pelas minhas colegas no laboratório. No terceiro de dia de trabalho, fiquei extremamente admirado quando um senhor estrangeiro me trata pelo nome e me dá as boas-vindas – era o administrador da SGS Portugal. Fui muito bem acolhido. Eu tenho a certeza que a experiência que adquiri nestes 19 anos, na minha profissão, era impossível de obter noutra empresa. Tenho a convicção desta grande mais-valia por fazer parte da SGS”, reconhece Rui Gonçalves.

SGS Mobile Reporter: inovação e valor para o cliente “Em 2004 tínhamos uma grande necessidade de inovar e conquistar mercado. Os relatórios eram elaborados em papel e posteriormente em folha de cálculo. Foi então que eu apresentei o Mobile Reporter na SGS, após uma pesquisa que fiz no mercado. Esta aplicação veio revolucionar o nosso trabalho e relacionamento com o cliente, pois permitia fazer os relatórios no local, em PDA, assim como anexar fotos das não conformidades e disponibilizá-los imediatamente numa plataforma web, onde o cliente através de um user id e uma password, acede aos mesmos a qualquer momento. Esta é uma ferramenta que ainda hoje é atualizada e permite à SGS apresentar os resultados das auditorias de forma rápida e em formato acessível aos clientes. Além disso, funciona como uma verdadeira ferramenta de gestão das organizações nossas clientes porque permite anexar a cada não conformidade identificada, o respetivo plano de ação corretiva e fazer o respetivo controlo”.

rui gonçalves

os crescentes níveis de qualidade e segurança alimentar apresentados nas lojas em todo o país”. Será apenas em 2006 que Portugal cumprirá o desígnio europeu em pleno com o Decreto-Lei 113/2006 que transpõe os Regulamentos Europeus 852 e 853 de 2004, que estabelecem as regras gerais destinadas aos operadores das empresas do setor alimentar no que se refere à higiene dos géneros alimentícios e as regras específicas de higiene aplicáveis aos géneros alimentícios de origem animal, respetivamente. Na opinião de Rui Gonçalves, “houve organizações com a preocupação de se adaptarem gradualmente ao cumprimento do HACCP. Mas foi mesmo em 2006, ano em que se iniciou a obrigatoriedade e até foi criada a ASAE, que a maior parte das organizações do setor alimentar começaram a implementar medidas para cumprir efetivamente os requisitos HACCP. Quando os inspetores da ASAE começaram a trabalhar no terreno, todos os dias se ouviam notícias de estabelecimentos a serem fechados por falta de condições. Desde 1993 que a segurança alimentar deu um salto qualitativo enorme em Portugal. Posso dizer que, de um modo geral, podemos sentir uma grande segurança a fazer compras ou a ir a restaurantes, mesmo nas unidades mais pequenas, salvo raras exceções. Para isso muito contribuiu o aumento da fiscalização e a disseminação da informação junto do consumidor, que agora está muito mais conhecedor e exigente quanto aos seus direitos”. Em pessoas e profissionais como Rui Gonçalves, a SGS vê que acrescenta valor ao seu cliente por identificar problemas

57


notícias & eventos Em Portugal... Energizar a Eficiência

Prémios Kaizen Lean

Porto | 19 abril

O Kaizen Institute Portugal realizou, no Porto, a Cerimónia de Entrega de Prémios Kaizen Lean 2011 com a presença de Masaaki Imai, guru do Lean Management e fundador do Kaizen Institute. A sessão iniciou-se com a apresentação das Iniciativas de Melhoria Contínua dos quatro premiados: Sonae MC, Amorim, INEM e Câmara Municipal do Porto. Na sua intervenção, Masaaki Imai realçou os princípios e as técnicas fundamentais para mudar a cultura da empresa rumo à excelência operacional e à melhoria de resultados. Na cerimónia foi, ainda, anunciada a segunda edição do Prémio Kaizen Lean em 2012. Nesta segunda edição, o Kaizen Institute Portugal contará, mais uma vez, com um parceiro especialista em cada uma das categorias: o Grupo SGS – Société Générale de Surveillance, a APQ – Associação Portuguesa de Qualidade, a APGEI – Associação Portuguesa de Gestão e Engenharia Industrial e a SPQS – Sociedade Portuguesa para a Qualidade na Saúde.

Sustentabilidade e Inovação no Setor Social

porto | 9 Maio e lisboa | 29 Maio

A Eficiência Energética traduz-se em resultados imediatos! Este foi o mote dos dois eventos, em formato de pequeno-almoço, subordinados ao tema Energizar a Eficiência, promovidos pela SGS. Nos últimos anos, as organizações têm assistido à escalada dos custos relacionados com a energia. Este fator, aliado à necessidade premente de competitividade das organizações, torna a temática da eficiência energética uma necessidade e uma ferramenta de gestão incontornável. Com a realização destes eventos, a SGS revela a grande pertinência da aposta no setor da energia, por permitir a redução de custos num período economicamente tão conturbado.

EAD alarga certificação em Qualidade e Ambiente aos Açores e inaugura novas instalações

ponta delgada | 30 maio

A Empresa de Arquivo e Documentação (EAD) inaugurou novas instalações em Ponta Delgada, na presença do Secretário Regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos. Na cerimónia de inauguração José Contente defendeu que todas as entidades, quer sejam braga | 26 abril

No âmbito do apoio e serviços que tem prestado às Instituições Particulares de Solidariedade Social e Terceiro Setor, a SGS patrocinou o Seminário “Sustentabilidade e Inovação no Setor Social”, organizado pela Célula 2000. Este evento teve como intuito proporcionar um debate aberto para a problemática da sustentabilidade e inovação do setor.

públicas ou privadas, conforme a lei, têm o direito e o dever de preservar, defender e valorizar o património arquivístico. Segundo comunicação da empresa, a expansão da delegação em Ponta Delgada concretiza um investimento de 276 mil euros: aquisição de estanteria, sistemas de segurança vários, CCTV, de combate a incêndio, sistemas de deteção de intrusão e a certificação no Sistema de Gestão ISO 9001 e ISO 14001 que prossegue a estratégia de excelência da


IV Fórum da Qualidade ESCE-IPVC

EAD.

Operações de Comércio Internacional em destaque

valença | 15 junho

lisboa | 22 e 30 maio e porto | 18 outubro

A ICC Portugal promoveu o Seminário “Comércio Internacional”, dirigido a todos aqueles que executam operações de comércio internacional. Devido ao sucesso desta edição em Lisboa, foi replicada a mesma sessão no Porto, no dia 18 de outubro. Ana Oliveira, Gestora de Projetos da Divisão Consumer Testing Services da SGS Portugal, apresentou em ambas as sessões a temática do Controlo de Qualidade na Origem/Certificado de Inspeção.

Este ano o IV Fórum da Qualidade da Escola Superior de Ciências Empresariais do Instituto Politécnico de Viana do Castelo em Valença, teve como tema central “A Qualidade Como Vantagem Competitiva para as Empresas“. Num total de cinco painéis onde foram abordados variados temas ligados à área da gestão da qualidade, a SGS marcou presença com a intervenção de Catarina Soares, Coordenadora de Formação da SGS Academy, sobre “O Fator Humano na Qualidade”.

batalha | 28 junho

vila do conde | 19 junho

A SGS nos Açores, em parceria com a Pestkil, apresentou o Seminário “Soluções Integradas para o Controlo da Térmita da Madeira Seca”, a espécie que constitui atualmente a praga urbana mais preocupante nos Açores devido aos graves danos sobre o património existente. Os impactos económicos e patrimoniais têm suscitado uma preocupação considerável, quer do Governo Regional, bem como dos cidadãos e da comunidade científica. A publicação de legislação regional, os projetos e estudos que têm sido desenvolvidas, são elucidativos da importância que esta praga tem hoje nos Açores. Uma das medidas levadas a cabo pelo Governo Regional dos Açores foi a criação de uma equipa de peritos, devidamente qualificados, com o objetivo de avaliarem e certificarem imóveis, bem como proceder à monitorização dos mesmos após operações de desinfestação.

SEMINÁRIO ACICO 2012

Grove certifica Sistema Integrado de Gestão

cOntrolo da térmita da madeira seca

PONTA DELGADA | 12 junho

Funchal. Estiveram presentes cerca de 30 expositores madeirenses que expuseram as suas especialidades, demonstrando que a Qualidade e a Segurança Alimentar devem ter um papel preponderante no setor. Paralelamente, a SGS levou a cabo uma sessão para esclarecer dúvidas relativas ao cumprimento da legislação, das exigências dos clientes e dos princípios HACCP. Para além de dar a conhecer as obrigações legais em matéria de segurança alimentar, este evento promoveu o convívio entre todos os parceiros, com Qualidade e Segurança Alimentar garantidas.

A SGS certificou o Sistema de Gestão da Qualidade, Ambiente e Recursos Humanos da Grove Advanced Chemicals Portugal. A Grove encontra-se, assim, Certificada pelas normas da Qualidade ISO 9001, do Ambiente ISO 14001 e de Recursos Humanos NP 4427. Na cerimónia de entrega dos Certificados, Tomás Azevedo, Presidente do Conselho de Administração da Grove, juntou toda a sua equipa para assinalar a distinção recebida.

SGS Madeira organiza 1ª Prova Gastronómica com Qualidade e Segurança

ponta delgada | 26 junho

A SGS apresentou a 1ª Prova Gastronómica com Qualidade e Segurança, no Hotel Escola Hoteleira do

A ACICO - Associação Nacional de Armazenistas, Comerciantes e Importadores de Cereais e Oleaginosas contou, mais uma vez, com o apoio da SGS na realização do seu Seminário, este ano subordinado ao tema ‘O mercado de matérias-primas alimentares na campanha 2012/2013. Os mercados de futuros e a cobertura de risco em bolsa”.

Encontros ANECRA

NOTÍCIAS & EVENTOS

execução e prestação dos serviços da

59 Aveiro, Viseu, Porto, Leiria, Braga

A ANECRA realizou um conjunto de sessões de esclarecimento, encontros regionais e encontros temáticos, com o objetivo de debater algumas das principais questões que emergem no setor automóvel. Incentivando os empresários para que façam da Reparação Automóvel um negócio de sucesso, a ANECRA promoveu encontros com associados, que registaram um grande sucesso participativo. O programa Oficina+ foi promovido pela SGS que apoiou todos estes Encontros.


Normas Internacionais para Empresas Exportadoras

Rede Glassdrive (Saint-Gobain) com mais certificados

porto| 15 setembro

beja | 4 julho

O NERBE/AEBAL (Núcleo Empresarial da Região de Beja), a ACOS (Associação de Agricultores do Sul) em parceria com a SN – Servícios Normativos apresentaram um evento direcionado especialmente às empresas exportadoras do setor alimentar. Natacha Simões, técnica da SGS, apresentou as certificações mais solicitadas a nível internacional para a certificação de Indústrias Alimentares, nomeadamente ISO 22000, FSSC 22000, BRC, IFS, GlobalGAP, entre outras Certificações do Produto. Desta forma, foi evidenciada a mais-valia da certificação nos processos de internacionalização das empresas portuguesas.

BES e SGS promovem crédito à certificação agrícola na Agroglobal

cartaxo | 5, 6 setembro

O BES participou na Agroglobal 2012, Feira do Milho e das Grandes Culturas, com um stand para promover a Linha de Crédito à Certificação Agrícola, estabelecida em parceria com a SGS, inserida nas Soluções BES Agricultura. Porque a certificação dos produtos agrícolas é crucial para o sucesso comercial, nacional e internacional, o BES e a SGS, o organismo certificador líder a nível mundial, criaram uma Linha de Crédito que permite às empresas agrícolas certificar os seus produtos em condições especiais.

Decorreu a cerimónia de entrega oficial de mais 21 certificados das sucursais da rede Glassdrive, na Alfândega do Porto. Paulo Gomes, diretor de Comunicação e Imagem do Grupo SGS Portugal, salientou que esta certificação traduz a concretização de objetivos como a maior eficiência e maior satisfação dos clientes, em cada uma das unidades certificadas.

SGS Desportiva

porto| 16 setembro e lisboa | 30 setembro

Com o apoio da empresa, alguns colaboradores da SGS fizeram questão de participar nas Minimaratonas do Porto e de Lisboa. As provas que decorreram sob as margens do rio Douro entre o Porto e Vila Nova de Gaia superaram as expectativas de participação, registando mais de 11.000 inscritos de 22 nacionalidades. Por sua vez, em Lisboa, a SGS também marcou presença na conhecida Mini-Maratona EDP. Colaboradores, familiares e amigos puderam assim aproveitar este momento para conviver, confraternizar e simultaneamente promover o seu bem-estar físico e mental.

Carris assinala 140 anos e Certificação em Responsabilidade Social

Lisboa | 18 setembro

A CARRIS obteve a Certificação em Responsabilidade Social pela norma NP 4469-1, sendo a primeira empresa em

Portugal no setor dos transportes a fazê-lo. A cerimónia de entrega do certificado inseriu-se no âmbito das comemorações dos 140 anos da CARRIS, com a presença do Secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações.

ISVOUGA acolhe Conferência SST

santa maria da feira | 18 setembro

Teve lugar no auditório do ISVOUGA, a Iª Conferência de Segurança e Higiene no Trabalho. Esta iniciativa, de organização conjunta do ISVOUGA com o Cenatex, contou com a participação de vários profissionais da área de Segurança e Saúde no Trabalho e estudantes. O 2.º painel contou com a participação de Joana Castro Martins, Auditora da SGS ICS, com uma intervenção sobre a norma de certificação OHSAS 18001.

Vila do Conde com gestão das áreas verdes certificada

vila do conde | 26 setembro

A Câmara Municipal de Vila do Conde obteve recentemente o Certificado da Qualidade com base na mais reconhecida norma internacional da Qualidade ISO 9001, no âmbito da manutenção dos espaços verdes e jardins públicos. Segundo António Caetano, vereador com este pelouro na Câmara Municipal de Vila do Conde, “esta certificação é a assunção por parte do Executivo Municipal de uma estratégia que visa fomentar uma cultura de melhoria contínua e de promoção da excelência em toda a organização”.


Já está disponível o Plano de Formação da SGS Academy® para 2013. O lançamento decorreu em dois webinars, no dia 6 de novembro. Susana Iglésias, diretora da SGS Academy®, apresentou as principais novidades para 2013 que incluem Cursos de Formação, Percursos Formativos, Pós-Graduações, Formação para Auditores, Seminários Técnicos/Workshops, entre outros. Esta foi uma oportunidade para os participantes começarem a planear o próximo ano atempadamente e com informação importante para o desenvolvimento de negócios e carreiras.

Ciclo de formação avançada qualifica Gestores Comerciais e de Vendas

A área comercial ‘foge’ às competências centrais do Grupo SGS, mas ao verificar o quanto a crise afeta as vendas das organizações, a SGS reuniu especialistas reconhecidos e criou uma solução de formação que efetivamente permite aumentar as vendas: Ciclo de Formação Avançada em Gestão Comercial e Vendas. Este ciclo é composto por oito cursos, que podem ser frequentados individualmente, mas apenas a frequência do ciclo de formação completo (oito cursos - 64 horas) confere o certificado “Qualificação de Gestor Comercial e de Vendas”. A nova edição está prevista para o 1º semestre de 2013.

Pós-Graduação/Especialização em Gestão de Sistemas Empresariais

A gestão empresarial requer técnicos conhecedores das metodologias e ferramentas utilizados no âmbito da Qualidade, Ambiente e Segurança e Saúde do Trabalho. Ao mesmo tempo, exige-se que cumpram princípios de Ética Empresarial e Responsabilidade Social que os novos modelos económicos enfatizam. Com o objetivo de elevar/complementar o nível de conhecimentos nestas áreas, de profissionais ativos e de recém-formados, a SGS Academy® apresenta esta nova Pós-Graduação focada nos Sistemas de Gestão. O formando pode escolher a qualificação que pretende obter, cruzando as variadas possibilidades (Qualidade, Ambiente, Segurança, Responsabilidade Social, Recursos Humanos e Manutenção).

Lean Six Sigma Green Belt A SGS Academy® disponibiliza em 2013 três cursos com foco nas ferramentas Lean Six Sigma mais utilizadas e que proporcionam resultados a curto prazo: Fast Improvement Kaizen Specialist, Shop Floor Kaizen (Gemba Kaizen, SMED e Kanban pull system) e Lean Six Sigma Leadership Training. A frequência com aproveitamento nestes três cursos confere a qualificação de Green Belt.

Workshop “Como Operacionalizar um Sistema de Gestão de IDI”

No contexto atual, a gestão de inovação é a abordagem mais adequada para manter e reforçar os fatores de competitividade de uma organização. De acordo com um recente inquérito realizado a nível mundial, a principal prioridade das organizações para os próximos três anos

é o crescimento do volume de negócios e a principal ferramenta de gestão que irão utilizar é a inovação aberta. Após três edições de sucesso em Lisboa e no Porto em 2012, serão agendadas novas edições para 2013, no âmbito da parceria SGS Academy® - Digitalflow. Esteja atento!

Pós-Graduação/Especialização em Sustentabilidade e Inovação Mais um projeto conjunto da SGS Academy® e da Digitalflow. Temas como Qualidade, Marketing industrial e de Serviços, Gestão de Clientes e de Fornecedores, Inovação e Desenvolvimento, Capital Humano e Responsabilidade Social, são alvo de análise e desenvolvimento na PósGraduação; sempre com uma forte componente prática, através de análise de estudos de caso, de coaching individualizado e visitas de estudo. Os formandos têm ainda possibilidade de frequentar cursos livres, nomeadamente o de Auditor Interno a Sistemas de Gestão de IDI, que dá acesso à respetiva qualificação. A próxima edição está já agendada para dia 10 de maio de 2013.

Formação Avançada Sistemas de Gestão da Energia ISO 50001 NOTÍCIAS & EVENTOS

Plano de Formação 2013

61 Grande parte da eficiência energética nas organizações pode ser conseguida obtida através da alteração dos processos de gestão da energia. A norma ISO 50001 proporciona um método para a integração da eficiência energética nos Sistemas de Gestão já existentes nas organizações (Qualidade, Ambiente, Segurança, etc.). A Pós-Graduação em Sistemas de Gestão de Energia da SGS Academy® tem um currículo adaptado à realidade atual, marcada pelo agravamento constante do custo da energia e da necessidade premente da melhoria das condições de competitividade das empresas e do país. A próxima edição está agendada para março de 2013 em Lisboa e no Porto. Adicionalmente, a SGS Academy® continua a formar Auditores de


notícias & eventos NO MUNDO... Certificação com reconhecimento internacional (IRCA) nesta área. Ainda este ano poderá integrar uma turma em Lisboa para o curso a decorrer entre 26 e 30 de novembro. Qualifique-se connosco!

Açores: 5ª edição do Mestrado em Ambiente, Saúde e Segurança

Quando em 2003 a SGS desenvolveu em parceria com a academia Açoriana este mestrado, estava longe de imaginar que, volvidos nove anos, já tivessem sido formados mais de 150 alunos naquele que é um dos mestrados mais procurados e frequentados na Universidade dos Açores. Para tal contribui a tripla qualificação: Mestre em Ambiente, Saúde e Segurança, Técnico Superior de Segurança e Higiene do Trabalho e Auditor Interno de Segurança Ocupacional OHSAS 18001.

SGS Academy® participa no Social Lab 2012

aquisições reforçam estratégia de crescimento

the

PLAN 2014 global

O plano estratégico do Grupo SGS, conhecido como The 2014 Plan, estabelece os objetivos de crescimento do Grupo no período 2010-2014. A estratégia é mista, combinando o crescimento orgânico como crescimento por aquisições. Aqui ficam as últimas de relevo: •• Sentinel Services (Proprietary) Ltd, África do Sul - Industrial •• Australian Radiation Services Pty. Ltd, Melbourne, Austrália Ambiente •• SGS acquires the Ludwig Group, Canadá – Petróleos e Petroquímicos •• Laboratório Gladstone, Austrália – Materiais de Construção •• Laboratórios Sercovam Group, França – Controlo da Qualidade de Produtos •• Exprimo NV, Bélgica – Ciências Biológicas •• Gravena - Pesquisa, Consultoria e Treinamento Agrícola, Brasil Agricultura

SGS assegura qualidade da construção do Dique Marítimo do mundo Entre 11 e 13 de julho, na Universidade Católica – Porto (Campus da Foz), decorreu o Social Lab, que reuniu cerca de 200 pessoas que trabalham no Terceiro Setor. Teve como objetivos incentivar a colaboração entre as organizações da Economia Social e promover o encontro entre os vários projetos de intervenção social em que a Universidade Católica tem estado envolvida. Com um formato realmente inovador, permitiu que a grande maioria dos participantes apresentasse o seu trabalho, partilhando conhecimentos e boas práticas, como foi o caso da SGS que apresentou o seu projeto de formaçãoação realizado em parceria com a CNIS.

bélgica

A SGS Bélgica/INTRON e o seu parceiro SBE vão assegurar a qualidade da construção das comportas e pontes de um novo dique marítimo no Porto de Antuérpia, a maior infraestrutura em construção na Flandres e o maior dique do mundo. Em colaboração com uma equipa técnica do Governo Flamengo, a SGS e SBE vão desenvolver um sistema customizado de


controlo da qualidade que incluirá manual de procedimentos e protocolos de inspeção de materiais e construções incluindo componentes importados.

do para apoiar melhor o setor mineiro mundial.

nova central de frio reforça segurança alimentar

Certificação pioneira da SGS reforça competências na aeronáutica

Dispositivos Médicos: SGS patrocina conferência anual do setor

ÍNDIA

EUa

A SGS foi um dos patrocinadores da conferência anual da Regulatory Affairs Professionals Society (RAPS), que se realizou em Seattle, entre 26 e 30 de outubro. O know-how e experiência da SGS estiveram em destaque em dois eventos paralelos sobre a Regulamentação Europeia aplicável, que esgotaram com a presença de diversos exportadores americanos.

Centro de Formação NDT de Shangai brilha em exame do BINDT

Alemanha

Ao ser reconhecida com o Nadcap Merit Status o Laboratório SGS de Ensaios de Materiais de Dortmund, torna-se o único laboratório independente na Alemanha com esta certificação, possibilitando à SGS a realização oficial de ensaios críticos a componentes da indústria aeroespacial.

Serviços Automotive na feira internacional de fornecedores Volkswagen

Foi inaugurada a nova central de frio da SGS em Mumbai, uma infraestrutura única na Índia que vem responder à crescente exigência de segurança dos produtos frescos. A Central está capacitada para prestar serviços como amadurecimento, seleção, medição e armazenagem segura em diferentes zonas de temperatura, a par dos serviços tradicionais de inspeção e ensaio.

sgs em parceria com atlas para ensaios a módulos fotovoltaicos

china

Pelo sexto ano consecutivo, o Centro de Formação de Ensaios Não Destrutivos em Shangai da SGS China passou sem qualquer não conformidade, na auditoria do British Institute of Non-Destructive Testing’s (BINDT). Em 2008, a SGS China foi a primeira entidade na história do BINT a conseguir tal feito. O BINDT é uma entidade acreditadora, cujo reconhecimento permite à SGS realizar formações e exames de acordo com os requisitos BINDT na China e em todo o mundo.

Alemanha

A SGS foi um dos 700 expositores da feira internacional de fornecedores Volkswagen, que contou com empresas provenientes de 26 países. Durante a feira, a SGS demonstrou como os seus serviços apoiam o setor automóvel em toda a cadeia de valor, a fornecer veículos seguros, a melhorar a qualidade e a eficiência.

O programa Atlas 25+ é complementar aos testes IEC a módulos fotovoltaicos porque testa a exposição ambiental de longa duração, suportando decisões dos fabricantes relacionadas com garantias. A parceria da SGS com a Atlas permite aos fabricantes integrar todos os testes exigidos pelo Atlas25+ e pela certificação oficial obrigatória, pois a SGS é também Organismo Notificado nesta área.

Laboratórios da SGS são Organismos Notificados sob a nova Diretiva Brinquedos

sgs verifica asfalto rodoviário

SGS anuncia expansão dae laboratórios Minerais austrália global

canada

A SGS vai integrar todas as suas operações de análise geoquímica de Don Mills (Toronto), nos novos laboratórios em Lakefield e Vancouver, potenciando o Centro de Competências estabeleci-

Os laboratórios da SGS em França, Reino Unido, Alemanha e Holanda foram reconhecidos como Organismos Notificados para atuar sob a nova Diretiva 2009/48/CE, relativa à segurança dos brinquedos. Com este estatuto, a SGS emitir certificados de exame CE de tipo e realizar exame CE de tipo.

A MacMahon contratou a SGS para o seu projeto de recuperação de asfalto em Perth, o segundo deste género em toda a Austrália. A SGS prestou serviços muito complexos, que incluíram testes ao pavimento e ao subsolo, ensaios a materiais de construção e investigação geotécnica. A seleção da SGS foi baseada nas competências apresentadas pela SGS e no longo historial de trabalho conjunto que as duas companhias já têm.

NOTÍCIAS & EVENTOS

global

63


webinares ISO 50001: Gestão da Energia

OHSAS 18001: Gestão da Saúde Ocupa-

Auditorias Sociais na Cadeia de

cional

Valor A 15 de maio a SGS apresentou um Webinar sobre a importância das Auditorias Sociais a fornecedores.

A recente norma ISO 50001 permite às organizações caminhar no sentido de uma melhor gestão energética, redução das emissões de gases com efeito de estufa e de outros impactes ambientais associados, bem como da redução dos custos de energia. A SGS realizou dois seminários gratuitos on-line, nos passados dias 13 abril e 28 de setembro, onde se procedeu à análise das questões energéticas mais pertinentes e ao estudo da norma, dando a conhecer os requisitos essenciais de um Sistema de Gestão de Energia e as vantagens para as organizações.

RoHS2 - Desafios e Soluções

A somar aos custos humanos, os acidentes de trabalho e as doenças profissionais impõem custos financeiros para os trabalhadores, para os empregadores e para a sociedade como um todo. Além da redução de custos, a gestão eficaz da Segurança e Saúde no Trabalho melhora a eficiência dos negócios e das atividades das organizações. É este o propósito da norma OHSAS 18001 que estabelece os requisitos para este Sistema de Gestão. A SGS apresentou a estrutura e requisitos da OHSAS 18001 a 7 de maio, num webinar gratuito, onde também foram abordados os benefícios da integração deste Sistema de Gestão com outros como o da Qualidade e Ambiente, por exemplo.

A crescente globalização, com a expansão do comércio internacional e a rapidez de comunicação, tem aumentado as preocupações sociais das Organizações. Trabalho infantil, mão-de-obra escrava, discriminação, condições de trabalho, resposta a emergência, são preocupações que estão na ordem do dia para as grandes empresas, com receio que a falta de ética dos fornecedores, para o cumprimento das regras definidas pelas convenções da OIT, possa colocar em causa a marca e os fornecimentos.

Apoio para Importar e Exportar com Segurança

ISO 9001: Gestão da Qualidade, sempre!

A nova diretiva RoHS (conhecida como RoHS2) tornou-se legislação da UE em julho de 2011 e entrará em vigor nos Estados Membros após 18 meses. Como a RoHS2 introduziu novos desafios aos produtores, importadores e distribuidores de produtos elétricos e eletrónicos no espaço Europeu, a SGS tem prestado esclarecimentos aos seus clientes e parceiros. Foi o caso do Webinar, no dia 19 de abril, que apresentou soluções no âmbito desta nova diretiva.

A Gestão da Qualidade com base na norma ISO 9001 é o atual alicerce da Gestão Moderna. Os seus princípios orientam organizações em todo o mundo no sentido da melhoria contínua e da crescente competitividade, pois está na base de todos os outros Sistemas de Gestão. De facto, a facilidade de integração entre os Sistemas de Gestão responde à necessidade de implementar um Sistema sério, útil e robusto, que se assuma como pilar de Responsabilidade da Organização. Como todos os anos mais empresas aderem a este ‘movimento’, a SGS vai reciclando conhecimentos e acolhendo novos clientes com sessões como a que decorreu on-line no dia 9 de maio.

A pensar nas dificuldades inerentes aos processos do Comércio Internacional, a SGS apresentou, no dia 23 de maio, um conjunto integrado de serviços, que responde à necessidade de Segurança na Importação/Exportação de Bens de Consumo. Desde a sua fundação, em 1878, que a SGS detetou a necessidade dos traders serem apoiados nas transações internacionais. Assim, os serviços da SGS criam relações de confiança. Esta postura é ainda mais importante quando os fornecedores ou clientes são de países longínquos e de culturas diferentes.t


webinares Certificação Green IT

Eficiência Energética na indústria

No dia 23 de maio, a SGS promoveu um seminário gratuito on-line sobre a Certificação Green IT. Esta certificação foi desenvolvida e estruturada com o objetivo de apoiar o setor empresarial a identificar oportunidades de melhoria organizacionais e técnicas necessárias à redução dos impactes ambientais das Tecnologias da Informação e Comunicação, dado o seu grande consumo de energia associado.

A SGS assinalou o Dia Internacional da Energia, dia 20 de junho, com o Webinar “Eficiência Energética”. O evento virtual deu a conhecer, a todo o tipo de organizações, nomeadamente as industriais, como podem utilizar a energia de forma mais inteligente, minorando os custos energéticos e até gerando novos proveitos financeiros.

Regulamento Jurídico da Segurança Contra Incêndios em Edifícios

Certificação EN 15838 para Centros de Contacto com o Cliente

Marcação CE nos Produtos de Construção

A Marcação CE é obrigatória a determinados produtos que queiram circular no Espaço Económico Europeu (EEE), distinguindo-se assim das marcas voluntárias, cujo principal objetivo é a valorização e diferenciação dos produtos no mercado. No caso concreto do Produtos de Construção, a SGS promoveu, no dia 17 de outubro de 2012, um seminário gratuito on-line dirigido às empresas do setor. Abordada a Marcação CE dos Produtos de Construção em relação à respetiva legislação nacional e comunitária e as principais diferenças nos sistemas de avaliação da conformidade dos produtos.

ISO 27001: Segurança da Informação

O Regime Jurídico de Segurança Contra Incêndios em Edifícios entrou em vigo em 2009, mas continua a suscitar muitas dúvidas, apesar de consolidar, num único diploma, a legislação anteriormente dispersa. Por isso, a SGS continua a realizar sessões de esclarecimento, como a de 19 de junho, para apoiar todas as organizações que necessitem de desenvolver Planos de Segurança e conhecer as suas obrigações neste âmbito.

Os Centros de Contacto com o Cliente (CCC) desempenham um papel muito importante na interação entre as organizações e os seus clientes. Infelizmente nem sempre os CCC correspondem às expectativas dos clientes, passando para o exterior uma imagem menos positiva. A norma EN 15838 pretende uniformizar pela excelência a prestação do serviço de CCC, no entanto, carece ainda de alguma explicação ao mercado dos seus requisitos e vantagens. Assim, a SGS organizou dois webinars em 2012 (18 de abril e 10 de outubro) onde apresentou a norma e o processo de certificação. Estão previstas novas sessões para o ano, esteja atento!

PRÓXIMOS webinares Consulte os próximos webinares no calendário online

www.sgs.pt/eventos

Após o foco recente das organizações nas suas responsabilidades ao nível da Qualidade, Ambiente, Segurança, Pessoas, etc., está a tornar-se evidente que o compromisso com o cliente passa cada vez mais pela forma responsável de gerir dados e informação partilhados sigilosamente entre organizações. O Sistema de Gestão da Segurança da Informação, de acordo com a norma ISO 27001, garante a confidencialidade, integridade e acesso adequado à informação. Permitindo ainda demonstrar o compromisso com a segurança da Informação, a satisfação dos clientes bem como melhorar continuamente a imagem das organizações. Tudo isto foi abordado no webinar do dia 28 de setembro.


© SGS Portugal S.A. – 2012 – All rights reserved - SGS is a registered trademark of SGS Group Management SA

WWW.SGS.COM www.sgs.pt


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.