SGS Global Revista do Grupo SGS Portugal Julho 2003 • Ano 3 • Número 9
Protecção Ambiental
Melhor para o planeta melhor para o seu negócio!
Sumário 1 Editorial
Tema de capa 2 Melhor para o planeta melhor para o seu negócio!
Editorial
6 Serviços Ambientais Novos projectos apresentados em Lisboa
Comércio & Indústria 8 Pimatex Aposta na qualidade para garantir o futuro 12 Certificação ambiental para a Refrige
Auto 14 Allianz Portugal Satisfeita com outsourcing de peritagens e averiguações de sinistros automóvel
Hotelaria 18 Grupo TUI defende qualidade do turismo mundial 19 Hotel Jardim Atlântico 20 Vila Vita Parc 22 Tivoli Almansor
Navegar 23 Ambiente e Segurança na Web
Segurança 24 CLC – Uma empresa nova que pensa na qualidade, ambiente e segurança
Tecnologia
“Confiança, redução do risco e satisfação do cliente são as pedras chave da SGS para o desenvolvimento da competência, da consultoria independente e da gestão adequada das questões apresentadas pelos nossos clientes”. Esta frase, da autoria do CEO da SGS mundial (Sergio Marchionne), resume, na minha opinião, os princípios reflectidos nos temas desta SGS Global. As responsabilidades ambientais e as responsabilidades do sector da segurança são, cada vez mais, um imperativo do negócio em todo o mundo. A SGS Portugal orgulha-se de trabalhar com algumas das melhores empresas portuguesas e internacionais e de partilhar alguns dos trabalhos que estão a ser desenvolvidos nas empresas onde a
gestão da segurança e a gestão ambiental se escrevem com letras maiúsculas. Mas a redução do risco também faz parte da actividade de uma das maiores empresas seguradoras a nível mundial, com a qual temos a honra de ser parceiros na condução de uma parte do seu negócio. Fazemos ainda referência nesta revista à importância que as tecnologias de informação têm no universo das nossas actividades e no interface com o mercado em geral. O ano de 2003 mantém-se um ano desafiador para Portugal mas verifico, com satisfação, uma firme e continuada energia nos colaboradores e nos clientes da SGS. Ana Pina Teixeira Administradora Executiva do Grupo SGS Portugal
27 Tecnologias de Informação O back up da qualidade SGS 29
Notícias SGS
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Eventos Opinião
31 Rotulagem dos géneros alimentícios
Ficha Técnica > Propriedade: SGS Portugal - Av. José Gomes Ferreira, 11, 5º piso, 1495-139 Algés, Miraflores >Telf.: 21 412 72 00 > Fax: 21 412 72 90 > Direcção: Paulo Gomes > Redacção, Design e Produção Gráfica: Editando (www.editando.pt) > Fotografia: Bruno Barata (Editando), SGS Image Bank > Pré-impressão: IDG > Impressão: Madeira&Madeira > Distribuição: Gratuita > Agradecimentos: José Mendes Pires (Pimatex), Arnaldo Murta Ladeira (Refrige), Pedro Seixas Vale (Allianz Portugal), Andreas Koch (TUI), Udo Bachmeier (Hotel Jardim Atlântico), Luís de Camões (Vila Vita Parc), Adriana Jacinto (Tivoli Almansor), Carlos Duarte (CLCCompanhia Logística de Combustíveis) e Margarida Anão (Ministério da Agricultura).
Tema de Capa
Melhor para o planeta melhor para o seu negócio! Proteger e preservar o meio ambiente é aumentar a qualidade de vida de todos. Controlar o impacte ambiental das actividades empresariais é cada vez mais um imperativo, imposto pelos Estados e por organizações internacionais, mas é também, e sobretudo, uma forma de melhorar a eficiência, a produtividade e promover a redução de custos.
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Revista do Grupo SGS Portugal
Seja qual for o sector ou ramo de actividade, o que é melhor para o planeta é, de facto, melhor para o seu negócio. O apoio prestado pela SGS aos seus clientes em todo o mundo na área do ambiente e segurança demonstra-o, sem margem para dúvidas. Em Portugal, e como explica Rui Fazenda Branco, director da Divisão de Ambiente e Segurança (Environment & Safety), “a SGS presta uma gama diversificada de serviços que contribuem para a garantia da qualidade, do ambiente e segurança de instalações e pessoas. Os serviços estão concebidos em packs que são adaptáveis em função das necessidades específicas de cada cliente”. A Divisão está organizada em duas grandes áreas de actividade que se complementam e interagem: Estudos Técnicos e Monitorização e Trabalhos de Campo. É constituída por técnicos qualificados, com vasta experiência em diversos domínios, e conta com o apoio essencial de uma rede de laboratórios acreditados e equipados com as mais modernas tecnologias.
“A área de Estudos Técnicos (Technical Support) apresenta uma extensa e variada gama de serviços, que são desenvolvidos continuamente para res ponder às necessidades dos clientes e ao enquadramento legal em constante evolução. Actualmente, os serviços com maior incidência são os Planos de Gestão de Resíduos, Estudos de Impacte Ambiental (EIA), Auditorias de Conformidade Legal, Planos de Emergência Internos (PEI), Planos de Controlo de Segurança, Levantamentos e Diagnósticos Ambientais, entre outros. Estes serviços auxiliam as empresas a implementar boas práticas ambientais, a garantir a conformidade legal e a demonstrar externamente a sua preocupação e contributo para com as questões da preservação do ambiente”, explica Dora Caria, responsável técnica por esta área de actividade. A Monitorização e Trabalhos de Campo (Monitoring & Field Services), por sua vez, engloba uma gama abrangente de serviços, com relevo para a realização de estudos de avaliação da qualidade do ar no interior de edifícios. “Efectuamos este tipo de inspecções em inúmeros edifícios, sobretudo de serviços, onde temos como clientes empresas dos mais diversos sectores de actividade, desde a banca às telecomunicações, passando por hospitais e unidades hoteleiras, entre outros. A qualidade do ar interior é uma área extremamente sensível, particularmente em edifícios de escritórios, espaços públicos, escolas, hospitais ou quaisquer outros onde circulam muitas pessoas, devido aos elevados tempos de permanência nos seus interiores”, explica João Carlos Valente, responsável técnico pela área Monitorização e Trabalhos de Campo. As inspecções à qualidade do ar são realizadas em duas fases: a primeira consiste na avaliação do sistema de ventilação do edifício (onde se efectuam colheitas microbiológicas de superfícies para verificar o estado higio-sanitário do sistema) e, a segunda, na monitorização da qualidade do ar interior. Esta última obedece a uma série de parâmetros, que vão desde a verificação dos níveis de dióxido de carbono à avaliação de inúmeros contaminantes (como a avaliação da carga microbiológica, compostos orgânicos voláteis (COV’s), poeiras em suspensão, temperatura, humidade relativa, entre outras) e de outros factores físicos (níveis de ruído, iluminação, campos electromagnéticos dos monitores de computadores, etc.). O serviço prestado inclui a elaboração de um relatório detalhado com identificação dos eventuais problemas e a indicação de acções correctivas e/ou de melhoria, acompanhado da emissão de um
certificado, válido para um período determinado, que atesta o resultado da verificação ou inspecção realizada e que pode ser afixado num local público. “É um pormenor importante, pois realça o trabalho desenvolvido, além de ser atribuído por um organismo terceiro, idóneo e de reconhecido prestígio, é uma garantia que dá segurança a todas as pessoas que trabalham ou visitam a empresa”, lembra o director da Divisão.
Assegurar o bem-estar e a saúde Quer os serviços prestados no âmbito dos estudos técnicos quer os domínios da medição e monitorização salvaguardam, desde logo, o bem-estar e saúde das pessoas, ao mesmo tempo que garantem a segurança das instalações e permitem evidenciar que a actividade das empresas cumpre as normas
Proteger e preservar o meio ambiente é aumentar a qualidade de vida de todos.
Rui Fazenda Branco, director da Divisão de Ambiente e Segurança da SGS Portugal
aplicáveis. Simultaneamente, contribuem também para identificar oportunidades de melhoria, permitindo às empresas optimizar os seus recursos (energéticos ou outros). Indirectamente, através dos relatórios elaborados, possibilita às mesmas empresas verificar se os seus fornecedores de serviços de manutenção estão efectivamente a cumprir os cadernos de encargos. Adicionalmente, este tipo de serviços constitui uma protecção em termos
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Tema de Capa
João Carlos Valente, Rui Fazenda Branco e Dora Caria, da Divisão de Ambiente e Segurança
de responsabilidade. “É evidente que um problema pode surgir em qualquer momento, mas imagine que no edifício de que o cliente é responsável, surge um problema ambiental gravíssimo, como por exemplo a Doença dos Legionários. Se as inspecções e os estudos necessários foram efectuados com uma determinada periodicidade e tem na sua posse os respectivos relatórios, a sua defesa estará, naturalmente, facilitada, uma vez que se prova que não houve incumprimento doloso ou negligente da sua parte”, exemplifica João Carlos Valente.
Saúde e hotelaria Devido às características, objectivos e exigências específicas destes dois sectores de actividade e aos tipos de instalações que envolvem, a SGS tem vindo a desenvolver e a aperfeiçoar serviços especializados que respondem com eficácia às necessidades de cada um. Na área da saúde, e muito particularmente para os hospitais e unidades clínicas, a SGS criou dois packs de serviços: controlo ambiental dos blocos operatórios (caracterização da qualidade do ar e inspecção dos sistemas de climatização que fornecem o ar a estes locais), a avaliação da concentração de gases anestésicos no interior do bloco operatório e o serviço de controlo radiológico. Este último avalia os níveis de isolamento das salas de radiologia e da cabina do radiologista, por forma a proteger os técnicos e utilizadores do espaço. Para o sector da hotelaria e equipamentos colectivos, como parques de piscinas, foram desenvolvidos packs que abrangem quer a avaliação dos sistemas de ventilação e climatização quer dos sistemas de circulação de águas quentes e frias, nomea-
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A equipa da Divisão de Ambiente e Segurança da SGS Portugal
damente de águas sanitárias. “Entre outros riscos, os hotéis são locais “privilegiados” para o desenvolvimento de bactérias como a legionella pneumophila, como aliás em todas as instalações onde circulam águas quentes”, sublinha João Carlos Valente.
Novos serviços A SGS Portugal oferece desde o início deste ano dois novos packs de serviços: “gas station”, destinado às distribuidoras de combustíveis, e o apoio à obtenção da licença ambiental de monitorização de níveis de emissão de poluentes para obtenção da licença ambiental exigida pela directiva IPPC a algumas actividades industriais. “O primeiro, já com vasta aplicação a nível internacional, consiste na verificação de uma série de parâmetros (verificados in situ com o auxílio de uma lista de verificação, elaborada especificamente para o efeito) que permite não só avaliar as condições de ambiente e segurança nos postos de abastecimento como garantir um padrão uniforme de funcionamento nos mesmos. É uma mais valia importante para as empresas distribuidoras, pois através deste serviço garantem-se padrões idênticos em todos os postos espalhados pelo país, afiliados a uma determinada marca. O segundo, diz respeito à IPPC. Esta directiva que foi transposta para direito nacional (Decreto-Lei 194/ 2000, de 21 de Agosto), obriga determinados sectores de actividade à obtenção de licenças ambientais, onde deverão estar definidos valores limites para os diversos descritores ambientais (ar, água, ruído, …). Por isso, a SGS concebeu um pack de serviços, adaptável em função do sector de actividade, que integra
as monitorizações periódicas que as empresas necessitam para evidenciar o cumprimento dos valores exigidos e, consequentemente, garantirem a obtenção e manutenção das respectivas licenças ambientais”, explica Rui Fazenda Branco. Outro dos novos projectos relaciona-se directamente com a entrada em vigor, em 2004, da legislação relativa à certificação energética de edifícios. A SGS Portugal está já a preparar-se para ser reconhecida, pela autoridade competente do Estado, como organismo de inspecção para este tipo de serviços, à semelhança do que se verifica para o licenciamento de equipamentos de alta pressão ou elevadores. “Portugal está a preparar a regulamentação da Directiva que impõe uma classificação energética a todos os edifícios. Numa primeira fase, a legislação nacional deverá abranger apenas edifícios públicos ou com grande dimensão. Mas, a partir de 2006, data em que se prevê que o sistema entre em velocidade de cruzeiro, deverá ser extensível a todos os imóveis ou fracções, o que implicará a realização de centenas de milhar de inspecções por ano”, acrescenta o director da Divisão de Ambiente e Segurança.
Vantagens acrescidas Os clientes da SGS têm ao seu dispor todo o conhecimento, know-how e experiência acumulados e partilhados pelas várias empresas e laboratórios do Grupo em todo o mundo. “A área de ambiente e segurança é desenvolvida a nível internacional, estando definida uma estratégia de grande especialização em termos de intervenção, nomeadamente ao nível dos laboratórios, pelo que é frequente recolhermos amostras que são enviadas para laboratórios localizados noutros países e vice-versa. Há uma grande partilha de know-how, particularmente entre as empresas do Grupo localizadas em países mais avançados e as que estão em países onde determinados serviços estão menos avançados (porque a procura e a regulamentação não o justificam)”, assegura Rui Fazenda Branco. Outra grande vantagem são os custos dos serviços prestados pela SGS, substancialmente inferiores aos que as empresas teriam de suportar se tivessem elas próprias de dispor dos equipamentos e knowhow necessários para a realização dos mesmos serviços, e sem a garantia da qualidade atribuída pela SGS. Por outro lado, e como lembra Dora Caria, cada vez mais indústrias e determinadas instalações só são
transaccionadas ou negociadas após a intervenção de uma entidade terceira e idónea, que avalie e ateste o seu passivo ambiental. “Os resultados de uma inspecção ou avaliação deste género podem significar uma diferença de milhares ou milhões de euros no valor final do negócio e/ou, outro exemplo, nos valores dos prémios de seguro exigidos pelas seguradoras”, acrescenta a responsável pela área dos Estudos Técnicos. “O importante, conclui Rui Fazenda Branco, é que as empresas saibam que a SGS encontra a solução certa para os seus problemas, independentemente do know-how ser português ou de pertencer a qualquer parceiro do Grupo. A satisfação do cliente é sempre o nosso objectivo”. "
AMBIENTE E SEGURANÇA Serviços Prestados " Estudos de impacte ambiental " Elaboração e implementação de planos de gestão de resíduos " Planos estratégicos ambientais e de segurança " Gestão, controlo e monitorização da contaminação de solos " Avaliação de risco geral " Avaliação de risco de incêndio " Planos de gestão de segurança " Planos de emergência e de evacuação " Levantamentos ambientais e de segurança " Auditorias de conformidade legal " Monitorização de emissões atmosféricas " Higiene industrial " Detecção de contaminantes específicos (dioxinas, furanos, PCB´s e PCT´s, amianto, …) " Avaliação da qualidade do ar interior " Controlo da qualidade da água e efluentes líquidos " Controlo e monitorização de lamas de ETAR " Divulgação e actualização de toda a legislação nacional e comunitária " Inspecções às condições de segurança e saúde no local de trabalho " Avaliação do ruído ambiental e laboral
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Tema de Capa
Novos projectos apresentados em Lisboa
Serviços A Richard Blundell, vice-presidente do Grupo SGS e responsável pelo negócio de Serviços Ambientais
Os novos projectos desenvolvidos pelos serviços ambientais da SGS foram apresentados em Lisboa. Esta área assume, aliás, cada vez maior protagonismo na estratégia de crescimento do Grupo SGS.
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Revista do Grupo SGS Portugal
Onze países estiveram representados no encontro internacional que juntou em Lisboa, no final do mês de Abril, os responsáveis pelas Divisões de Serviços Ambientais das afiliadas do Grupo SGS. A reunião teve por objectivo debater o plano de acção, as prioridades estratégicas para o ano em curso, os projectos ainda em fase de desenvolvimento e apresentar os novos serviços do Grupo neste domínio. Certo é que a SGS pretende transformar o Departamento de Ambiente e Segurança (integrado na Divisão “Environment, Safety and Quality Services”) numa área prioritária do seu negócio, o que obriga a reunir as diferentes competências técnicas espalhadas pelas diversas filiais do Grupo, a promover a troca de experiências e a optimizar os seus recursos locais. Esta estratégia começou a tomar forma há um ano e será reforçada em 2003, visto os serviços ambientais terem gerado em 2002 o significativo montante de 145 milhões de francos suíços (mais de 96 milhões de euros) e empregarem, aproximadamente, 1500 pessoas em todo o mundo. “A estratégia que empreendemos assenta na globalização do negócio”, sublinha Richard Blundell, vice presidente do grupo SGS e responsável pelo negócio de Serviços Ambientais. Segundo este responsável, a cobertura geográfica do Grupo representa uma mais valia que não pode ser descurada. Se, por um lado, permite a transferência de know-how para as infra-estruturas que já se encontram no terreno, por outro, “as questões ambientais levantadas pelas empresas nossas clientes são as mesmas, independentemente do local onde se encontram, pelo que estamos a alargar a nossa oferta para melhor respondermos às necessidades dos nossos clientes”, sublinha Richard Blundell. O vice presidente nota, também, que há uma cada vez maior consciencialização para a necessidade de proteger o ambiente e que o tema é parte integrante das preocupações e debates dos grandes fóruns e organizações internacionais, como por exemplo o World Business Council for Sustainable Development (WBCSD), do qual a SGS é membro. O WBCSD reúne cerca de 165 companhias interna-
mbientais cionais, firmemente comprometidas com o desenvolvimento sustentado, que assenta) no crescimento económico, no equilíbrio ecológico e no progresso social. “Há estudos que demonstram que o cumprimento desses princípios aumenta a qualidade do que se produz, reduz os custos e protege o ambiente, fazendo da protecção ambiental um bom negócio para quem queira investir nesta área”, lembra Richard Blundell.
Novos serviços para novas exigências Até ao final do terceiro trimestre deste ano cinco novos projectos deverão ser lançados em diversos mercados. Aliás, dois deles arrancaram no início do ano num conjunto restrito de países. Um dos primeiros serviços lançados em 2003 foi o “In door environmental quality”, ligado à inspecção e medição da qualidade do ar interior, particularmente em edifícios de escritórios, escolas, hospitais ou quaisquer outros espaços públicos. Numa primeira fase, o “In door environmental quality” encontra-se disponível em toda a Europa, no Chile e em Taywan. O segundo projecto, disponível nos países do Benelux, diz respeito ao transporte de matérias perigosas, como por exemplo produtos químicos. “Actualmente este tipo de serviço já é prestado mas de forma muito fragmentada. Dada a dimensão geográfica do Grupo SGS, pretendemos ultrapassar esta fragmentação e transformá-la numa mais-valia rentável”, refere Richard Blundell. Dirigido às companhias distribuidoras de combustível, o projecto “Gas Station” consiste na verificação e análise de um conjunto de parâmetros que permitem avaliar as condições de ambiente e segurança nos postos de abastecimento, ao mesmo tempo que garantem um padrão uniforme de fun-
cionamento dos mesmos. Estas características, que representam, naturalmente, uma mais-valia importante para as empresas que têm várias dezenas de instalações, têm reflexo, por exemplo, na diminuição dos custos, na análise estatística da informação e no benchmarking das melhores práticas.
Ajudar na gestão empresarial Um terceiro projecto da SGS para a área do ambiente diz respeito à gestão dos departamentos de ambiente das empresas, o “data managing tool”. “As empresas industriais, em particular as químicas, de petróleo e gás, têm sido ‘obrigadas’ a desenvolver a sua área ambiental, inclusive quando esta não faz parte do seu core business. Estamos, por isso, a desenvolver uma plataforma, em conjunto com uma multinacional IT, que permitirá auxiliar, de forma eficaz, a gestão ambiental de diveras e diferentes empresas a nível mundial. Esta plataforma é, de resto, uma ferramenta capaz de fornecer informações em tempo real, sugerir diferentes soluções de gestão e emitir alertas no caso de uma das análises do complexo produtivo estar para além dos parâmetros definidos”, adianta Richard Blundell. E “porque a recolha de dados e as inspecções são realizadas por uma entidade independente”, continua o vice presidente da SGS, “a credibilidade da indústria e das informações que transmite aos seus accionistas e ao mercado será maior”. O “product outsourcing” será também uma área estratégica do Grupo no futuro, assim como um outro projecto directamente ligado à optimização de energia em edifícios e infra-estruturas, que é uma questão importante para as empresas do ponto de vista da redução de custos e primordial para a humanidade em geral ao nível da conservação dos recursos do planeta terra. "
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Comércio
& Indústria
José Mendes Pires, sócio-gerente da Pimatex
O cumprimento integral do disposto legal relativo à actividade que desenvolve e a certificação da qualidade dos seus produtos e dos seus profissionais são assumidos pela Pimatex como factores determinantes de progresso e diferenciação.
Pimatex Aposta na qualidade para garantir o futuro
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Revista do Grupo SGS Portugal
A funcionar desde 1975, a Pimatex, empresa portuguesa que fabrica máquinas para a indústria têxtil de tinturaria e acabamentos, é um exemplo de sucesso. Porquê? Porque nesta empresa a qualidade e a inovação são factores que determinam a rapidez da resposta dada às necessidades dos clientes e aos constrangimentos impostos pelo mercado. A certificação da qualidade, por sua vez, é um referencial de prestígio, sendo entendida pelos clientes como um factor de confiança, segurança e fiabilidade. Foi, de resto, com vista a transmitir confiança e segurança aos seus clientes que a Pimatex implementou um Sistema de Gestão da Qualidade de acordo com os requisitos da norma NP EN ISO 9002 e que optou, em 1997, pela sua certificação. Convém, no entanto, referir que as preocupações com a qualidade dos produtos que a Pimatex fa-
brica são anteriores a esta data, uma vez que desde o início da década de 90 que esta empresa respeita todas as exigências internacionais relativas ao fabrico de máquinas de alta pressão, exigências essas que obrigam à certificação do produto de acordo com códigos de construção internacionais e regulamentos de instalação e funcionamento locais. A par do rigoroso controlo da qualidade dos produtos, que é assegurado mediante realização de ensaios finais e ensaios em curso de fabrico, também os métodos utilizados e o profissionalismo dos técnicos são criteriosamente verificados com a realização de exames específicos e regulares. A certificação de pessoas, de acordo com os requisitos da norma EN 287 (área da soldadura), é efectuada na Pimatex desde 1991. À semelhança da certificação de acordo com códigos de construção internacionais, também a certificação de soldadores é uma imposição da legislação comunitária, que, desde Maio do ano passado, passou a ser obrigatória em toda a União Europeia (Directiva 97/23/EC). Até esta data, e desde a publicação da Directiva, as empresas podiam optar por cumprir ou as normas europeias ou as regras ditadas pela legislação nacional. Esta directiva incide nos equipamentos sob pressão e nos conjuntos sujeitos a uma pressão máxima admissível, PS superior a 0,5 bar, e determina os objectivos ou requisitos essenciais que os equipamentos devem respeitar aquando do fabrico e antes da colocação no mercado. A sua implementação assegura a livre circulação dos equipamentos sob pressão no mercado comunitário, através da harmonização das prescrições nacionais relativas à segurança e à protecção da saúde a que estão submetidos. Os procedimentos de avaliação realizam-se em função do perigo inerente aos equipamentos sob pressão, tendo estes que obedecer a um conjunto rigoroso de normas de segurança inerentes a todas as fases de fabrico do produto, incluindo naturalmente as fases de concepção e cálculo do mesmo.
Investimento de meio milhão de euros em carteira Em Portugal, a Pimatex é um dos fabricantes mais antigos de equipamentos sob pressão para a indústria têxtil e o único que está certificado. Da carteira de clientes da empresa fazem parte algumas das maio-
res empresas têxteis do país, a maior parte das quais se mantém fiel aos produtos Pimatex há mais de duas décadas. As instalações da empresa datam de finais da década de 80 e ocupam uma área de aproximadamente 1720 m2, dos quais 1480 m2 estão reservados aos processos de cariz produtivo. Foi já nestas instalações, e nos últimos dez anos, que a Pimatex fez um grande investimento no domínio da automação (edifícios, equipamento de fabrico, equipamento de controlo, medição e ensaio) e dos recursos humanos. Um investimento reforçado agora com a construção de novas instalações, adjacen-
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Comércio
& Indústria
A mudança de instalações e a implementação da nova norma virão, segundo José Mendes Pires, reforçar os objectivos prioritários da estratégia da Pimatex: inovação, diversificação da produção e presença cada vez maior em mercados internacionais.
tes às actuais e onde tudo está a ser pensado ao pormenor, no valor de meio milhão de euros (100 mil contos). Apostada em acompanhar o desenvolvimento tecnológico e industrial, a Pimatex iniciou entretanto o processo de transição para o novo referencial normativo, EN ISO 9001:2000. “Iniciámos o processo mas vamos pedir um adiamento, para coincidir com a mudança para as novas instalações, onde vamos reunir melhores condições de trabalho”, refere José Mendes Pires, sócio-gerente da empresa. A mudança de instalações e a implementação da nova norma virão, segundo aquele responsável da empresa, reforçar os objectivos prioritários da estratégia da Pimatex: inovação, diversificação da produção e presença cada vez maior em mercados internacionais. Consequentemente, e a par de construção dos equipamentos de pressão, que constituem o grosso da
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produção da Pimatex (90%), a empresa enveredou recentemente pelo fabrico de Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR’s). “Havia uma lacuna no mercado a este nível, sobretudo porque as empresas eram obrigadas a construir ETAR’s em cimento. Esta solução, para além de apresentar custos demasiado elevados, não constitui uma boa solução face ao posterior crescimento das empresas”, explica José Mendes Pires, que afirma: “a solução Pimatex passa pela construção de ETAR’s em aço inox, de baixo consumo energético e de manutenção e investimento reduzido”. Para além da diversificação da produção, a aposta nos mercados internacionais é outra das prioridades da Pimatex. Turquia, Grécia e Polónia constituem mercados preferenciais. Actualmente, a Pimatex já “concorre directamente com as empresas líderes na construção deste tipo de equipamento. Temos, inclusive, clientes na China e em Singapura”. Ou seja, um portfólio de clientes “cada vez mais alargado e exigente, que faz da qualidade, designadamente da sua implementação e certificação, uma prioridade absoluta”. "
Comércio & Indústria
Certificação ambiental para a
Refrige A Refrige, empresa engarrafadora da multinacional Coca-Cola em Portugal continental, recebeu no dia 23 de Abril o certificado ambiental da SGS, provando mais uma vez que a qualidade é uma questão chave para toda a organização, a todos os níveis e em todas as direcções. Como tal, e de acordo com o seu director geral, a qualidade deve ser “implementada e respeitada por todos sem margens de tolerância”.
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Para cumprir esta “missão”, e ainda de acordo com Arnaldo Murta Ladeira, a Refrige “procura manter de forma permanente e continuada o espírito de liderança e criatividade na procura de soluções que nos permitam cumprir quatro objectivos fundamentais: a satisfação dos consumidores e dos clientes; a valorização da empresa e dos seus recursos humanos; a protecção, preservação e melhoria do ambiente; e a contribuição para o desenvolvimento da comunidade local e do país em geral”. E o cumprimento atempado e bem sucedido destes quarto objectivos implica, necessariamente, a existência de uma Política da Qualidade e Ambiente estruturada e bem definida na empresa. Uma política materializada através do fornecimento de produtos e serviços da mais elevada qualidade; da utilização dos recursos de uma forma racional; do investimento no desenvolvimento e bem-estar dos recursos humanos; e do estabelecimento de regras de actuação que superem o cumprimento da legislação alimentar e ambiental aplicável.
Elisabete Martins, directora do Departamento de Certificação, Ambiente e Segurança da SGS, e Arnaldo Murta Ladeira, director geral da Refrige
A adopção de tecnologias que promovam a redução dos impactos ambientais; a sensibilização permanente de todos os colaboradores e fornecedores para a problemática da qualidade e do ambiente, incentivando a sua participação na melhoria contínua dos Sistemas de Gestão da Qualidade e Ambiente da empresa e a melhoria permanente do desempenho ambiental da Refrige são igualmente factores importantes ao nível da implementação da Política da Qualidade e Ambiente. A implementação destes princípios é desenvolvida, documentada, transmitida e melhorada com o envolvimento de todos os colaboradores, com ênfase em metas calendarizadas e adequadamente quantificadas, e manifesta-se pelas acções correctivas implementadas; pela avaliação dos objectivos estabelecidos; e pelas revisões do sistema realizadas.
Gestão integrada da qualidade E como é que uma empresa chega a este patamar de gestão da qualidade? Como é que sustenta e atinge resultados de sucesso? A qualidade é uma variável que sempre esteve presente na gestão de processos de fabrico da Refrige. Todos os engarrafadores da Coca-Cola espalhados pelo mundo seguem regras e procedimentos específicos que visam garantir a qualidade uniforme daquele que é o refrigerante mais consumido em todo o mundo. Em Portugal, e no caso concreto a Refrige possui presentemente três sistemas de gestão da qualidade implementados e dois deles certificados pela SGS Portugal. São eles o HACCP (segurança alimentar), o Sistema de Gestão da Qualidade, certificado de acordo com a NP EN ISO 9001:2000, e o Sistema de Gestão Ambiental, certificado de acordo com a NP EN ISO 14001:1996. A implementação de cada um destes sistemas foi faseada no tempo, tendo sido iniciada pelo HACCP, em 1997, ISO 9002, em 1999 (posteriormente actualizada em Novembro de 2002 para a ISO 9001:2000), e ISO 14001, em 2003. Refira-se ainda, e para complementar, que a certificação da qualidade abrange toda a empresa (produção, comercialização e distribuição de produtos) e que a certificação ambiental abrange a área da unidade fabril de Azeitão. De notar também, e porque este é um factor actual e importante para o bom desempenho produtivo das empresas, que a Refrige já procedeu à integração dos
seus sistemas da qualidade, ambiente e segurança alimentar, designadamente ao nível da documentação e das auditorias internas. Esta integração possibilita à empresa, segundo o seu director geral,“ganhos de tempo na gestão dos sistemas; redução de documentação; e maior operacionalidade”.
Sistematização de processos melhora produtividade Questionado sobre as mais-valias da qualidade, sua implementação e certificação, Arnaldo Murta Ladeira sublinha que “as certificações são usadas pela Refrige como ferramentas para a melhoria contínua dos seus processos e validadas por uma entidade externa. Nunca foi nossa intenção usar em exclusivo a certificação como marketing dos nossos produtos e serviços. Contudo, temos consciência, e assumimo-lo naturalmente, que a implementação de sistemas de gestão e a sua respectiva certificação permitiram à Refrige obter diversas mais-valias, especialmente ao nível da sistematização dos processos e da consciencialização das pessoas, tanto no domínio da qualidade como no do ambiente. O reforço do cumprimento de requisitos legais; a contabilização e minimização de não conformidades; e a avaliação do desempenho dos processos, pelo acompanhamento de objectivos, são outros dos benefícios conseguidos com esta política e esta prática”.
Para dar continuidade ao bom desempenho que vem conseguindo e às boas práticas já implementadas, a Refrige tem para o ano em curso dois importantes objectivos ao nível da qualidade e ambiente: certificação pelo Sistema de Gestão da Qualidade CocaCola e certificação pelo Sistema de Gestão Ambiental Coca-Cola e KOsystem. Ambos os projectos contam com o total apoio da Administração da empresa, que desde o início se envolveu directamente na implementação e certificação da qualidade, motivando e assegurando todos os meios técnicos e financeiros para que a excelência do produto e do serviço seja uma referência na e para a Refrige. "
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Allianz Portugal Satisfeita com outsourcing de peritagens e averiguações de sinistros automóvel
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Pedro Seixas Vale, administrador delegado da Allianz Portugal
Desde 1998 que a Allianz Portugal e a SGS mantêm um contrato de parceria nos domínios da peritagem automóvel e averiguação de sinistros. Em entrevista, Pedro Seixas Vale, administrador delegado da Allianz Portugal, explica as vantagens do outsourcing destes serviços na gestão do ramo automóvel da seguradora.
Porque é que a Allianz Portugal optou pelo outsourcing nas áreas de peritagem e averiguação de sinistros automóvel? A Allianz recorre ao sistema de outsourcing em várias áreas de actividade, pelo que o recurso a este sistema não foi propriamente inovador. Mas fomos certamente uma das primeiras seguradoras a ter um regime de outsourcing total nas vertentes de peritagem e averiguações de sinistros automóvel. A colaboração com a SGS surgiu com vista à obtenção de uma maior e melhor qualidade do serviço e à necessária redução dos custos fixos. Isto porque é óbvio que o know-how da SGS é propiciador de um nível de qualidade superior nos serviços prestados nestas duas áreas e que nos permite, em simultâneo, transformar um custo fixo num custo variável e adaptar a nossa estrutura interna aos níveis de sinistralidade, ou seja às nossas reais necessidades. Esses resultados foram atingidos? Sim, temos tido bons resultados relativamente aos objectivos enunciados, pelo que não estamos arrependidos. Aliás, embora a SGS não tenha um contrato de exclusividade com a Allianz, é o nosso principal fornecedor de serviços nas áreas de peritagem e averiguações, sobretudo na primeira. Contudo, temos consciência de que os regimes de outsourcing encerram em si algumas desvantagens, designadamente ao nível da alteração de procedimentos, uma vez que sempre que o queremos fazer temos que envolver no processo uma entidade terceira. Acontece, porém, que nas relações de parceria o mais importante é encontrar as melhores soluções e valorizar as vantagens, que neste caso são evidentes e propiciadoras de benefícios mútuos. Falou em qualidade do serviço e redução de custos. Inclui nessa apreciação uma maior eficiência e capacidade de resposta por parte da Allianz aos seus clientes? Também. Uma das consequências foi precisamente essa: aumentaram os níveis de eficiência e aumentou a qualidade do serviço prestado pela Allianz aos seus clientes. Estou igualmente convencido de que com as alterações recentemente introduzidas no domínio da gestão de sinistros do ramo automóvel e com as adaptações que estão a ser feitas, quer internamente na Allianz Portugal quer na SGS, vamos conseguir atingir níveis ainda mais elevados de eficiência. Consequentemente, todas as melhorias no serviço prestado pela SGS à Allianz terão consequências no nível dos serviços que a Allianz Portugal presta aos seus clientes ou a terceiros envolvidos em sinistros automóvel.
A caminho da certificação A implementação de um Sistema de Gestão da Qualidade de acordo com o referencial normativo ISO 9001:2000 está nos planos da Allianz Portugal? Dar início ao processo de implementação de um Sistema de Gestão da Qualidade com vista à respectiva certificação é um dos objectivos estratégicos para o ano em curso. Estamos neste momento na fase de selecção do parceiro que nos irá prestar apoio nesse esforço. A Allianz Portugal resulta da fusão de cinco companhias de seguros e este tipo de processos, concluídos em 1999, trazem sempre enormes preocupações ao nível da organização e procedimentos internos. Sempre procurámos dar especial atenção à área da qualidade, inclusive, julgo que demos alguns passos sensíveis neste domínio. Temos indicadores internos e estudos realizados por entidades terceiras para aferir os níveis de satisfação dos nossos clientes que demonstram essa evolução. Contudo, consideramos que é altura de dar um salto qualitativo neste processo e isso passa necessariamente pela implementação de um Sistema de Gestão da Qualidade.
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rentabilizar de diversas formas, designadamente através do outsourcing de que falámos no início desta entrevista.
O SQ vai abranger toda a empresa? Sim, mas vamos avançar por áreas de negócio, a primeira das quais será precisamente a do ramo automóvel. É talvez a área mais difícil, pela dimensão e pela operacionalidade adstrita à gestão deste negócio. Porém, é uma área que, uma vez obtidos ganhos e melhorias, pode servir de padrão de referência para as restantes.
Sinistralidade automóvel é um problema nacional Qual é o peso do ramo automóvel no volume de prémios da Allianz Portugal? O ramo automóvel representa cerca de 40%, um valor relativo superior à média do mercado quando considerada a produção global da companhia. Isto acontece porque a nossa colaboração com o Banco BPI neste domínio tem uma restrição importante, isto é, não compreende os designados produtos financeiros. Se for considerado apenas o negócio Não Vida, o peso relativo do ramo automóvel é semelhante ao do mercado. E qual é a taxa de sinistralidade? Em 2002 atingiu 72,6%, valor que é, naturalmente, muito elevado. O ramo automóvel não é claramente um ramo rentável para o sector segurador. Ou, sendo mais preciso, pode ser rentável mas não justifica a alocação de capitais. Só que é normalmente o mais importante para todas as empresas seguradoras, pois o seguro automóvel é um produto âncora que permite vender aos clientes outros produtos com níveis de rentabilidade mais elevados. Resumindo, é um negócio para manter e
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Mas os níveis de sinistralidade estão a aumentar ou a diminuir? Em Portugal, ao contrário do resto da Europa, o número de sinistros por condutor não tem diminuído. Só para lhe dar uma ideia, os custos dos sinistros do ramo automóvel por ano estão estimados em cerca de 3 mil milhões de euros, dos quais só cerca de metade estarão a ser indemnizados pelas seguradoras. Infelizmente, os números conhecidos levam-me a considerar que os acidentes de automóvel são um problema nacional e não acredito que seja possível inverter a tendência sem algumas medidas repressivas, sem uma maior penalização. Cerca de 90% dos acidentes de automóvel resultam de acções imputadas ao condutor e não de causas externas. Isto significa que as acções de sensibilização e os diversos mecanismos e meios de fiscalização não estão a ter os efeitos desejáveis. Qual é, para terminar, a posição da Allianz Portugal no mercado segurador nacional e quais as orientações estratégicas que pautam a actuação da empresa? Somos o 5º grupo do mercado português, se considerados os diversos grupos financeiros existentes, mas fazemos parte do maior grupo segurador a nível mundial. E, na medida do possível, procuramos seguir as orientações do Grupo para as diversas empresas espalhadas pelo mundo. Em primeiro lugar, procuramos ser uma empresa rentável e crescentemente integrada no mercado, isto é, uma empresa com uma quota de mercado o mais elevada possível. Em segundo lugar, procuramos ser uma empresa credível, uma vez que actuamos no domínio da gestão de poupanças e, portanto, visamos conseguir que as pessoas tenham a noção de que a Allianz está hoje e estará amanhã, e que os seguros são um negócio de longa duração. Em terceiro lugar, procuramos ter níveis de eficiência e qualidade cada vez mais elevados. Por tudo isto, estamos convencidos de que os nossos patamares de penetração no mercado podem e devem ser elevados. Estamos igualmente convictos de que o faremos com rentabilidade. Em relação ao volume de prémios, as nossas previsões para o final de 2003 apontam para um valor próximo dos 400 milhões de euros. "
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Grupo TUI defende qualidade do turismo mundial A correcta gestão ambiental de todas as unidades é uma prioridade Andreas Koch, responsável pelo Departamento de Ambiente da TUI, explica em entrevista porque é que as preocupações com o meio ambiente e a sua correcta gestão são determinantes para os bons resultados das empresas. O desempenho do grupo a que pertence, o maior operador turístico a nível mundial, comprova-o!
Porque é que o ambiente, e sobretudo a sua correcta gestão, é uma prioridade para o Grupo TUI? Relativamente ao ambiente têm de ser tomadas medidas por razões puramente económicas, uma vez que a má utilização dos recursos é anti-económica! Ecologia significa uma gestão sustentável e mais eficiente. Os custos e os riscos reais da destruição natural e ambiental ilustram, eles próprios, as vantagens económicas da preservação da natureza. Naturalmente, existe também o lado ético: a nossa responsabilidade ambiental. Como é que a TUI promove e atinge bons níveis de desempenho ambiental na generalidade das suas unidades hoteleiras?
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Há mais de dez anos que a TUI monitoriza o desempenho em termos ambientais de todos os seus próprios hotéis e hotéis contratados em todo o mundo, através da elaboração anual da TUI Environmental Checklist for Hotels (Checklist Ambiental para Hotéis da TUI). Para além disso, pedimos também a todos os hóspedes de hotéis TUI que avaliem o desempenho em termos ambientais de todos os Hotéis TUI através de um questionário de estudo de mercado. Se um hotel cumprir os Critérios Ambientais TUI (publicados nas brochuras de férias TUI) e se os hóspedes TUI avaliarem o seu desempenho ambiental como “bom” ou superior, esse hotel merecerá um destaque especial nas nossas brochuras de férias.
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Quais são os critérios que regem a atribuição do TUI Environmental Champion Ward? O “TUI Environmental Champion Award” baseia-se exclusivamente na avaliação dos clientes. Apenas hotéis classificados nos dez primeiros lugares de acordo com a classificação ambiental resultante do estudo de mercado são galardoados com o “Environmental Champion”. Um vez certificado pela ISO 14001 ou/e a EMAS, um hotel cumpre automaticamente os Critérios Ambientais TUI e tem, por isso, direito a uma promoção especial nas nossas brochuras de férias.
Sem qualidade não há satisfação nem rentabilidade A qualidade é realmente determinante para a satisfação e fidelização de clientes e para a rentabilização de um empreendimento turístico? A satisfação e fidelização dos clientes dependem fundamentalmente da qualidade dos produtos e dos serviços prestados. Sem qualidade ambiental não é possível oferecer férias de qualidade nem obter a satisfação dos clientes. Se conseguirmos tornar estas características mensuráveis sob a forma de normas razoáveis aplicáveis à água, ao ar e ao ruído, então, estaremos em condições de oferecer uma garantia de qualidade. O cliente reconhece, aprecia e paga esta garantia da qualidade. A qualidade traz vantagens para todos: para os clientes, para o Grupo e para o ambiente. O TUI Environmental Champion Award já distinguiu dois hotéis portugueses… Dos dez TUI Environmental Champions seleccionados entre os hotéis TUI em todo o mundo, dois são portugueses. Parabéns por este facto e especialmente pela gestão dos mesmos ao Hotel Jardim Atlântico, na Madeira, e ao Hotel Vila Vita Parc, no Algarve. Curiosamente, ambos os hotéis estão também certificados pela NPEN ISO 14001, o que revela uma ligação directa entre a qualidade ambiental e a satisfação do cliente (uma vez que o Environmental Champion é baseado na avaliação do cliente TUI). Factores como estes, aliados a um real potencial económico decorrente da eficiência dos recursos existentes, são os argumentos que melhor defendem e sustentam a implementação e certificação de sistemas de gestão ambiental. "
Jardim Atlântico Em 2002, o Hotel Jardim Atlântico recebeu pela 5ª vez o galardão de Campeão Ambiental atribuído pela TUI a apenas 10 de entre mais de 15 000 hotéis seleccionados em todo o mundo.
Desde que abriu as portas aos primeiros hóspedes, em 1993, que este hotel, localizado próximo do Parque Natural da Ilha da Madeira, desenvolve a sua actividade com base em metodologias de gestão assentes em Boas Práticas ambientais. “Com a política ambiental prosseguida, e que vai muito para além do mero cumprimento dos requisitos legais, conseguimos atingir todos os objectivos a que nos propusemos no que respeita à poupança no consumo de recursos naturais, à redução de consumos energéticos e à emissão de resíduos líquidos e sólidos. No geral, conseguimos reduzir os custos anuais e, ao mesmo tempo, distinguir-nos de outros hotéis, atraindo os hóspedes/ turistas amigos da natureza, que procuram hotéis amigos do ambiente, tranquilos e saudáveis”, explica Udo Bachmeier, director geral. Certificado pela SGS de acordo com o referencial normativo NP EN ISO 14001 em Agosto de 2002, o Hotel Jardim Atlântico já foi premiado 24 vezes por organizações internacionais, entre as quais Udo Bachmeier destaca a Green Globe (WTTC) e a International Hotel and Restauration Associations (IHRA), e por diversos operadores turísticos, entre os quais o grupo TUI. “O galardão Campeão Ambiental, que obtivemos pela 5ª vez, reflecte não só o cumprimento dos critérios como
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as sugestões e comentários dos hóspedes dos mais de 15 000 hotéis com que a TUI trabalha, sendo apenas 10 os seleccionados para receber a distinção. Tanto os operadores turísticos como as agências e/ou clientes individuais procuram cada vez mais destinos ou hotéis que sejam amigos do ambiente. Cada vez mais as pessoas querem ter a certeza de que vão passar férias em hotéis que apresentam garantias ambientais. E, por isso, vale a pena investir na gestão ambiental, é um investimento com um retorno relativamente rápido, pois à medida que as melhorias a nível ambiental são mais significativas, mais atractivo o hotel se torna aos olhos dos clientes”.
A política ambiental do Hotel Jardim Atlântico passa pela integração na comunidade, conjugando esforços para potenciar a comunicação e a participação de entidades e organismos externos nas suas diversas iniciativas; pelo envolvimento activo de todos os colaboradores e fornecedores no cumprimento dos objectivos ambientais; e, ainda, pelo convite dirigido a todos os hóspedes e utilizadores no sentido de participarem na utilização eficiente e sustentável dos recursos naturais e energéticos, de modo a que as suas acções estejam integradas nos restantes procedimentos da gestão interna da unidade hoteleira. "
Vila Vita Parc Aumenta preocupações ambientais em benefício dos clientes
Luís de Camões, director geral da Vila Vita Parc, explica já a seguir porque é que as preocupações ambientais são importantes e porque é que atraiem um cada vez maior número de clientes.
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Quais os princípios estratégicos que orientam o posicionamento da Vila Vita Parc no domínio ambiental? Na Vila Vita Parc existe a noção de que o ambiente está interligado com um serviço de excelência e que é parte integrante de um desenvolvimento sustentável da indústria turística. Como tal, a preocupação ambiental tem acompanhado desde sempre o funcionamento da VVP e, desde a sua concepção, têm sido adoptadas medidas que visam a preservação do ambiente. A construção de raiz de uma Estação de Tratamento de Águas Residuais, a divisão de espaços edificados que são iluminados por luz natural e a disponibilização de área útil para jardins, lagos e espaços de lazer ao ar livre, foram algumas das medidas contempladas, que delinearam de
início a implantação de um hotel em equilíbrio com o meio envolvente e enquadrado na arquitectura que marca a região do Algarve. Esta preocupação atinge o seu expoente máximo com a implementação do Sistema de Gestão Ambiental (SGA), que traduz o percurso normal de uma empresa com a sensibilidade da VVP relativamente ao ambiente. A implementação e certificação desse sistema implicou, por certo, a definição de uma política ambiental… A Vila Vita Parc tem definida uma Política Ambiental, na qual declara o seu comprometimento em melhorar o ambiente e que serve de base ao estabelecimento, implementação e revisão do SGA. A preocupação ambiental está patente em todas as actividades e
férias, que cada vez mais é preocupação dos cidadãos da aldeia global e que o sector turístico não pode neglicenciar.
Ambiente será rentável
serviços prestados na VVP e é uma preocupação constante de todos os colaboradores. Esta revela-se nas diversas áreas onde são gerados resíduos e consumida energia e água. Reflecte-se ainda ao nível da formação ministrada a todos os colaboradores, visando uma maior informação e sensibilização para o cumprimento do estabelecido nos vários documentos do SGA.
Certificação ambiental bem recebida Desde quando estão certificados de acordo com o referencial ISO 14001? A Vila Vita Parc obteve o certificado de conformidade com a NP EN ISO 14001 (1999) a 23 de Outubro de 2002. Ao fim de muito trabalho desenvolvido vimos reconhecido o mérito do empreendimento nesta área tão importante e tão sensível.O certificado foi-nos atribuído pela SGS ICS - Internacional Certification Services e cobre os seguintes âmbitos: prestação de serviços de alojamento, restauração e lazer (incluindo SPA e golfe da Vila Vita Parc). O que significa em termos práticos para a Vila Vita Parc o galardão Campeão do Ambiente atribuído pelo Grupo TUI? Acima de tudo, o prémio que nos foi atribuído pela TUI representa o reconhecimento internacional dos nossos clientes pelo trabalho desenvolvido na área do ambiente. Mas é também um marco no sector hoteleiro nacional e internacional, que esperamos seja um exemplo a seguir por outras unidades hoteleiras, de modo a que todo o sector turístico na região seja valorizado pelas medidas tomadas em prol do desenvolvimento sustentável. Um critério novo, mais consciente e responsável, na escolha dos destinos de
Este prémio teve reflexos no aumento da procura por parte de operadores/agências de turismo internacionais ou nacionais? Não nos é ainda possível analisar até que ponto os clientes decidem em função dos galardões recebidos, sobretudo num momento tão complicado para as economias mundiais em geral e para o turismo algarvio em particular. No entanto, estamos seguros de que a consciência ecológica está cada vez mais desenvolvida e que no futuro muito teremos a beneficiar. Os questionários (orais e escritos) que nos permitem medir o grau de satisfação dos nossos clientes, irão incluir uma rubrica sobre Ambiente, que nos será muito útil no futuro. A postura e preocupações na área do ambiente podem ser mensuráveis e positivas em termos de aumento da rentabilidade e fidelização dos clientes do hotel? Têm que ser mensuráveis, para que se possa avaliar a sua evolução e verificar o aumento ou diminuição da rentabilidade. Para 2002, por exemplo, foram definidos objectivos e metas ambientais que foram superados, nomeadamente a redução do consumo de energia eléctrica; manutenção do consumo de água de abastecimento; melhoria do Plano de Monitorização de Resíduos Sólidos; e monitorização do consumo de resmas de papel. As metas ambientais atingidas não só traduzem os valores económicos do que se reduziu em gastos como também em impacte ambiental. Quanto à fidelização dos clientes, ainda é difícil avaliar a relação directa, visto que a certificação ambiental é muito recente e começou na época baixa, num ano em que as questões de segurança assustaram o mercado turístico. Contudo, sabemos que o número de clientes que nos visita repetidamente aumentou, e isto só pode estar a acontecer porque os clientes gostam do local, dos serviços e do ambiente geral do empreendimento. "
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Tivoli Almansor
Aposta na diferenciação
A aposta do Grupo Espírito Santo Hotéis na certificação da qualidade e ambiente começou no Tivoli Almansor, mas irá estender-se, segundo Adriana Jacinto (directora da Qualidade), a todos os outros hotéis, já com a integração da vertente da segurança, segundo o referencial OHSAS 18001. Quais os princípios que pautam o posicionamento do Hotel Almansor em termos ambientais? A estratégia da empresa e do Grupo é orientada para a satisfação do cliente (externo e interno) e assenta na busca permanente de novas soluções que nos permitam monitorizar e controlar a operação. O reconhecimento da importância das questões ambientais na escolha dos destinos turísticos levaram-nos a considerá-las como uma oportunidade de nos anteciparmos e de garantirmos uma posição privilegiada e competitiva no mercado. Porque é que decidiram implementar um SGA e desde quando estão certificados de acordo com a ISO 14001? Com o objectivo que atrás enunciei, surgiu a necessidade de desenvolver um sistema que permitisse aliar as duas vertentes, qualidade e ambiente, tendo como standard normas credíveis e reconhecidas no plano nacional e internacional, daí a decisão da escolha do referencial ISO. O Tivoli Almansor obteve a certificação do seu sistema integrado em Maio de 2002. Esta certificação teve, por exemplo, reflexos no aumento da procura por parte de operadores/agências de turismo nacionais e internacionais? Com a certificação demos um passo muito grande no sentido de alcançar os nossos objectivos principais a médio/longo prazo, nomeadamente ao nível da antecipação da empresa em relação às expectativas dos clientes; da melhoria das relações com a comunidade local e com associações de defesa do ambiente; da melhoria, de forma continuada, da nossa prestação de serviços; de um maior reconhecimento externo, do nosso esforço em garantir a satisfação do cliente; do aumento da competitividade e notoriedade da empresa junto de parceiros e concorrentes; e da facilitação da promoção e penetração no mercado internacional.
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A concretização destes objectivos tem sido fácil? Com as dificuldades inerentes à actual conjuntura, é essencial a procura de novos mercados. Relativamente à projecção internacional, os resultados têm sido ainda pouco visíveis, dada a falta de sensibilidade da maioria dos operadores para as questões ambientais, o que dificulta a passagem da mensagem para o cliente. Mas este parece-nos ser o preço do pioneirismo que distingue a nossa estratégia e que valorizará, com toda a certeza, o nosso produto. No entanto, existem alguns sinais que nos permitem ter confiança no futuro. Por exemplo, um dos grandes operadores alemães (a TUI), assim que teve conhecimento de que nos encontrávamos certificados solicitou-nos informação para incluir na sua brochura. As preocupações com o ambiente compensam? Exceptuando os hotéis com características ambientais directamente dirigidas a um tipo de cliente que procura exclusivamente o turismo ambiental, pensamos que só a longo prazo é que a certificação ambiental será um factor preferencial de escolha . De qualquer forma, acreditamos que para dois hotéis com condições de preço e localização semelhante, o facto de um deles ser certificado poderá ser um factor preferencial de escolha. Para além da rentabilidade que poderemos alcançar com a fidelização dos clientes, é importante referir que o facto de se acompanhar o desempenho ambiental do hotel e implementarem boas práticas ambientais permite-nos reduzir custos relativamente aos consumos de água e energia, entre outros. "
Navegar
Ambiente e Segurança na Web Navegar na internet é hoje em dia um dos meios mais práticos e rápidos de compilar informação sobre variadíssimos temas. Ficam já a seguir alguns endereços de interesse, sobretudo para todos aqueles que têm no ambiente e na segurança uma preocupação e uma função diária.
Ambiente e Segurança
Portugal Portal do Ambiente e do Ordenamento do Território # www.ambiente.gov.pt Instituto do Ambiente # www.iambiente.pt Instituto dos Resíduos # www.inresiduos.pt IDICT - Instituto de Desenvolvimento e Inspecção das Condições de Trabalho # www.idict.gov.pt SIDAMB - Sistema de Informação Documental sobre Direito do Ambiente # www.diramb.gov.pt Direcçaõ geral das Condições de Trabalho # www.dgct.mts.gov.pt
Europa Portal da União Europeia # europa.eu.int Agência Europeia para o Ambiente # www.eea.eu.int Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho # europe.osha.eu.int
Internacional Organização Internacional do Trabalho # www.ilo.org Environmental Protection Agency (Estados Unidos) # www.epa.gov Occupational Safety & Health Administration (Estados Unidos) # www.osha.gov
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Segurança
Carlos Duarte, coordenador da Qualidade, Ambiente e Segurança
CLC - Companhia Logística de Combustíveis
Uma empresa nova que pensa na qualidade, ambiente e segurança Operacional desde 1997, um ano antes da realização em Lisboa da EXPO 98, a CLC Companhia Logística de Combustíveis é uma empresa nova, inovadora e responsável, onde a qualidade, a segurança e o ambiente são simultaneamente preocupações diárias e instrumentos de gestão fundamentais. Com a qualidade e a segurança já certificadas, esta empresa empenha-se agora na implementação e certificação do sistema de gestão ambiental com o apoio da SGS.
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Carlos Duarte, coordenador da qualidade, ambiente e segurança da CLC, explicou à Revista SGS Global que a empresa foi constituída em Abril de 1994 por iniciativa da Petrogal e que desde o início teve na qualidade do empreendimento uma das suas maiores preocupações. Um primado que ainda hoje se mantém, apesar dos accionistas terem aumentado, pois neste momento a CLC, que tem um capital social de 25.000.000 Euros, é detida pela Petrogal (65%), BP Lubs - Companhia Portuguesa de Lubrificantes, SA (20%) e pela Shell Overseas Holding (15%). “Foi de facto com base na adopção do primado da qualidade que a Petrogal avançou para a construção de um parque de combustíveis de dimensão europeia, servido por um oleoduto multi-produtos a partir da refinaria de Sines, solução que salvaguarda a segurança das populações e respeita a qualidade do ambiente das zonas circundantes. Recordo que a região centro do país, incluindo a área metropolitana de Lisboa, foi
durante mais de cinco décadas abastecida de combustíveis derivados do petróleo a partir de instalações localizadas em Cabo Ruivo, onde se situava um dos três mais importantes pólos petrolíferos do país. Deste local da capital irradiavam diariamente mais de 500 camiões-cisterna para distribuírem combustíveis a granel e gás engarrafado a Lisboa e à zona centro, até Leiria, Castelo Branco e Portalegre”, lembra Carlos Duarte. E lembra bem, pois a constituição da CLC, que é “sem dúvida a melhor solução de longo prazo para o abastecimento de combustíveis à zona centro do país e à área metropolitana de Lisboa, teve um “impacto ambiental muito positivo” em toda a comunidade envolvente, visível em quatro aspectos essenciais: " eliminação das instalações petrolíferas existentes na margem norte do estuário do rio Tejo; " retirada do mesmo rio de cerca de 200 navios-tanque que todos os anos descarregavam em Lisboa os combustíveis provenientes da refinaria de Sines; " eliminação (com o transporte por oleoduto) do tráfego rodoviário entre Sines e Aveiras de cerca de 400 camiões/dia, com cerca de 4 milhões de toneladas de produtos petrolíferos/ano; " eliminação do tráfego rodoviário proveniente do transporte de garrafas de gás através de centenas de carros-tanque e camiões também em Lisboa e na sua periferia.
Atitude de vanguarda
“A opção pela qualidade e pela segurança acompanham a empresa desde a sua génese. A Administração decidiu ainda em 1998 adoptar uma política da qualidade que assegurasse não só a eficiência como também a segurança de todas as operações que realizámos.”
Depois de tomada a decisão de construir este novo parque em Aveiras de Cima, numa área de cerca de 60 hectares, nasceu então a CLC - Companhia Logística de Combustíveis, empresa que contempla a existência de um oleoduto multi-produtos Sines-Aveiras e do parque de Aveiras, e na qual as instalações são dotadas de um grau “muito elevado” de automação, uma vez que os carregamentos de veículos a granel e a movimentação dos produtos são executados com o mínimo de intervenção humana. “Os veículos possuem um cartão magnético de identificação, cuja passagem nos terminais de leitura permite identificar o veículo, autorizar a sua entrada no parque, escolher a carga a realizar, executar a carga pelo motorista e emitir a nota de carga. Estas operações são seguidas e supervisionadas pelo operador da sala de controlo, que pode seguir 15 carregamentos simultâneos. As operações de movimentação dos produtos são também efectuadas a partir da sala de controlo com o mínimo de operações locais (recepção de produto do oleoduto, transferência inter-tanques, envio do produto às ilhas de carregamento e supervisão das bombas de carregamento dos produtos). Este conjunto de operações é realizado pelo operador da sala de controlo, que supervisiona a movimentação de sete produtos, o tratamen-
to de efluentes, a rede de incêndios e as utilidades acessórias”, informa Carlos Duarte. E é também esta empresa, jovem mas actuante, que neste momento conta já com os sistemas de gestão da qualidade e da segurança implementados e certificados (ISO 9001:2000 e OHSAS 18001:1999). Em fase de implementação (iniciada em Fevereiro de 2003), para posterior certificação, encontra-se agora o Sistema de Gestão Ambiental, de acordo com a norma ISO 14001, que depois de concluído fará da CLC uma empresa na qual a integração dos sistemas da qualidade, ambiente e segurança é uma realidade vivida intensamente por todos os seus colaboradores. “A opção pela qualidade e pela segurança acompanham a empresa desde a sua génese. Embora não pertencesse à CLC na altura, sei que a Administração decidiu ainda em 1998 adoptar uma política da qualidade que assegurasse não só a eficiência como também a segurança de todas as operações que realizámos. Foi então que se optou pela selecção de um parceiro que nos pudesse apoiar nesta área, uma vez que era firme intenção da CLC avançar para a implementação de um Sistema de Gestão da Qua-
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Visibilidade da qualidade, ambiente e segurança
Vista do parque de Aveiras de Cima e da ETAR
lidade e para a sua certificação. Foi seleccionada a SGS - ICS e é com ela que temos vindo a consolidar a política integrada da qualidade, ambiente e segurança que queremos faça da nossa empresa uma unidade de referência quer nacional quer internacionalmente”, sustenta Carlos Duarte. Actual, dinâmica, motivada e motivante, assim é, portanto, a CLC. Uma empresa onde fruto da sua juventude não foi difícil proceder à implementação dos sistemas da qualidade e segurança, pois, como sublinha Carlos Duarte, “a adopção destes dois excelentes instrumentos de gestão apenas nos obrigou à formalização dos procedimentos que já seguíamos informalmente. Foi necessário formalizar, demonstrar e adequar aos requisitos das normas em causa, para que agora tudo seja mais fácil, mais ágil e mais produtivo. Para que a correcção e a melhoria contínua sejam as nossas maiores preocupações, pois só assim conseguiremos demonstrar ao exterior, designadamente à comunidade envolvente, que temos uma postura responsável perante o ambiente e as pessoas que dele devem usufruir e que, em simultâneo, contribuimos para o progresso e o bem-estar económico e social das mesmas populações”, sublinha o coordenador da qualidade, ambiente e segurança da CLC.
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A segurança das instalações e das pessoas que nelas trabalham, em simultâneo com a preocupação de preservar a qualidade do meio ambiente, são pois os aspectos fundamentais da cultura da qualidade da CLC, uma empresa que representa um investimento superior a 215 milhões de Euros e que não se poupou a esforços para minimizar os impactos ambientais naturalmente associados ao exercício deste tipo de actividade. Desde a concepção do projecto, fase em que se optou claramente pelo transporte passivo dos produtos (via oleoduto) e por uma dimensão adequada e naturalmente equilibrada do parque, foram adoptadas numerosas soluções para salvaguarda da segurança, preservação do ambiente e consolidação da qualidade de todo o projecto. Entre elas destacam-se: " redução da emissão de compostos orgânicos voláteis para a atmosfera no enchimento de carros-tanque através da recuperação desses vapores numa unidade VRU (Vapor Recovering Unit). Esta emissão é ainda limitada nos reservatórios de gasolina através da instalação de tectos flutuantes providos de selagem dupla; " controlo da infiltração de produtos orgânicos através dos solos, por meio da impermeabilização da superfície das bacias de retenção dos reservatórios; " rejeição dos efluentes colectados no parque após tratamento primário e secundário e sob controlo contínuo das suas características poluidoras; " redução a valores mínimos da probabilidade de fuga pelo oleoduto, devido à sobreespessura da parede do tubo nas travessias mais delicadas e à protecção contra a agressão corrosiva do meio exterior; " redução da probabilidade de contaminação do subsolo por rotura do oleoduto por meio de um sofisticado módulo de detecção de fugas integrado no sistema de comando e de controlo do oleoduto, que num intervalo muito curto fornece informações sobre a sua existência e localização, permitindo acções imediatas de contenção do acidente. E os esforços continuam, agora com a implementação e posterior certificação do Sistema de Gestão Ambiental, cuja focalização se centra na identificação, reconversão e posterior valorização dos resíduos provenientes da actividade da empresa (desde o papel aos tonners das fotocopiadoras, aos materiais ferrosos e aos resíduos provenientes da limpeza dos tanques, que presentemente já são tratados e separados em circuito fechado pela ETAR da CLC). "
Tecnologia
Tecnologias de Informação O back up da qualidade SGS A infra-estrutura de telecomunicações que suporta a rede de transmissão de dados do Grupo SGS a nível mundial é fundamental para a rapidez, eficiência e qualidade dos serviços prestados aos clientes nos mais de 140 países onde está presente. E Portugal não é excepção.
Paulo Alexandre, director do Departamento de Tecnologias de Informação da SGS
Gerir de modo eficaz uma rede de 840 escritórios e 320 laboratórios em todo o mundo e perto de 35 mil colaboradores, dos quais mais de metade com acesso a sistemas de comunicações de e-mail e de base de dados, implica a existência de uma infra-estrutura de telecomunicações suportada pelas mais modernas tecnologias. Presentemente, e só em Portugal, onde a SGS conta com 20 escritórios, 4 laboratórios e cerca de 220 colaboradores, dos quais perto de 91% têm acesso a sistemas de internet e e-mail, a infra-estrutura de tele-
comunicações da empresa é suportada por mais de 30 servidores (file and print servers, servidores aplicacionais, servidores de comunicações e servidores de segurança). “A infra-estrutura de comunicações da SGS permite o contacto e a troca de informações entre utilizadores do Grupo em qualquer ponto do mundo, através da intranet, e com o exterior, nomeadamente com clientes, através da internet e de aplicações ou equipamentos que têm por base sistemas de telecomunicações móveis, com total segurança e confidencialidade. As tecnologias de informação e, em particular, a infra-estrutura que suporta a nossa rede de dados, são cada vez mais importantes para o bom desempenho do Grupo, pois permitem-nos responder com eficácia a todos os desafios colocados pelos clientes”, assegura Paulo Alexandre, director do Departamento de Tecnologias de Informação da SGS Portugal.
Velocidade de informação e mobilidade Todos os colaboradores da SGS utilizam computador no desempenho das respectivas funções, inclusive quando estão deslocados em serviços no exterior. Aliás, como explica Paulo Alexandre, “a mobilidade dos colaboradores em matéria de comunicações é
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Tecnologia
Equipa do Departamento de Tecnologias de Informação
uma das áreas a que é dada especial importância, uma vez que dela depende também a rapidez da transmissão de informações entre a SGS e os clientes. Presentemente, os colaboradores que estão a trabalhar fora dos escritórios têm um computador portátil com software que lhes permite aceder e/ou enviar informação on line para qualquer terminal do Grupo, seja através da rede fixa utilizando redes “Dial IPVPN” ou da rede móvel de telecomunicações. A curto prazo irão ter acesso a novas ferramentas disponibilizadas pelos operadores com que trabalhamos, designadamente à nova tecnologia de transmissão de dados móvel, a GPRS, e à utilização de pocket PC, entre outras. O que tornará ainda mais rápida a troca de informações com os clientes, pois vai estar integrado com todos os restantes sistemas de informação, quer sejam de bases de dados, e-mails ou, por exemplo, os sistemas dos laboratórios”. Paulo Alexandre tem a perfeita convicção de que, para já, os maiores desenvolvimentos no âmbito das TI situam-se na área móvel. “É uma área cada vez mais abrangente, que dispõe de soluções que possibilitam uma interacção muito grande entre os vários actores de negócios e as empresas. Proporcionar às empresas a utilização on line de sistemas e informação necessários ao incremento dos seus negócios é hoje uma prioridade para qualquer prestador de serviços que não queira perder a sua competitividade no mercado. Tudo o que implique velocidade de informação é uma mais-valia muito importante. E a SGS lida diariamente com informação, informação esta que se quer rápida, desde que o trabalho é realizado até que é concluído e disponibilizado ao cliente”. A qualidade e eficiência dos serviços prestados aos clientes internos no âmbito das TI é, por isso, uma das missões mais importantes da jovem equipa liderada por Paulo Alexandre. Bons sistemas de backup, boa disponibilização de todos os servidores, para que não ocorram falhas de transmissão de dados ou mesmo o apoio eficiente ao nível do serviço
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de helpdesk, ajudam a garantir a boa performance da empresa. “Quanto maior for a capacidade de resposta e eficácia dos serviços prestados aos clientes internos, maior é a capacidade de resposta da SGS para os clientes externos. A aposta na formação contínua e permanente da equipa técnica é elucidativa deste princípio, embora sempre de acordo com a regra dos “três E” (economia, eficácia e eficiência) e com objectivos que se enquadram na estratégia do Grupo. As acções e cursos, na sua maioria realizados em regime de outsourcing, incidem sobre ferramentas para a gestão da rede, novas tecnologias em desenvolvimento ou sistemas de bases de dados, entre outras”, reitera o director do Departamento de Tecnologias de Informação.
Clientes on line A disponibilização de serviços on line que contribuam para melhorar o fluxo de informações entre o Grupo SGS e os clientes é uma área que está empermanente desenvolvimento. Paulo Alexandre garante que ao longo de 2003 a SGS Portugal vai implementar aplicações informáticas que irão permitir a oferta de novos serviços on line totalmente inovadores. Por enquanto, e tanto em Portugal como em qualquer dos 140 países onde o Grupo SGS está presente, os clientes podem aceder ao site da SGS (www.sgs.com ou www.sgs.pt) e fazer o registo no serviço SGSonSITE. Através do SGSonSITE cada cliente pode solicitar informações relacionadas com a sua área de actividade, colocar ordens de encomenda, acompanhar processos contratuais que lhes digam respeito e receber relatórios relativos a qualquer tipo de serviço prestado pelo Grupo, entre outras possibilidades. A confidencialidade da informação e da relação entre a empresa e cada cliente exige, naturalmente, o registo prévio e a utilização de uma password, para que cada cliente tenha acesso apenas e em exclusivo à informação que lhe diz respeito. "
Notícias SGS
SGS na
EXPOMADEIRA Integrada na estratégia de aproximação aos seus clientes na Região Autónoma da Madeira, a SGS não podia deixar de participar na 20ª EXPOMADEIRA, a decorrer no Funchal, entre 11 e 20 de Julho. Ao longo dos anos, esta iniciativa da ACIF-CCIM (Associação Comercial e Industrial do Funchal - Câmara de Comércio e Indústria da Madeira) tem vindo a reflectir a evolução do tecido empresarial madeirense, apresentando-se sempre como uma excelente fonte de oportunidades de negócios. Com um historial enraizado na arte de bem receber, o turismo constitui uma actividade essencial para a economia e para o de-
senvolvimento da Ilha da Madeira. Confiante numa aposta ganha, a SGS apresenta na ExpoMadeira a sua vasta gama de serviços direccionados para a restauração e hotelaria. Serviços que vão desde a consultoria na implementação de Sistemas Integrados de Gestão da Qualidade, Ambiente e Segurança, a pequenos pacotes de serviços técnicos, especialmente desenvolvidos para o cenário regional e direccionados para pequenas e médias empresas. Na oportunidade, serão também apresentados dois serviços piloto, especialmente desenvolvidos para a Madeira – o Controlo Regular de Higiene e o Ecocontrolo. "
Novos serviços colocam a
SGS mais perto dos clientes Acompanhando as constantes mudanças no mercado, o Grupo SGS implementou em Portugal a Divisão TPS - Technology Project Services. Esta Divisâo tem por finalidade dar resposta às crescentes necessidades dos clientes ao nível da subcontratação de técnicos de elevado nível de especialização para desempenharem funções em projectos de duração pré-determinada. Com mais de 30 anos de experiência neste segmento, a TPS complementa o vasto leque de servicos oferecidos aos clientes SGS em Portugal. Para mais informações contacte, por favor, Miguel Paquete através do mail sgs.tps.pt@sgs.com ou visite o site www.sgs.pt A Divisão de Environment, Safety & Quality Services, por sua vez,
está a desenvolver novos serviços de consultoria utilizando novas tecnologias de informação para assegurar aos clientes um apoio permanente, rápido e eficaz. Estes serviços baseiam-se nos seguintes módulos: • Serviço Pergunta/Resposta; • Divulgação de informação relevante para o sector. Com estes serviços a SGS pretende disponibilizar a um grande número de empresas, incluindo PME localizadas em regiões com menor disponibilidade de serviços de consultoria, apoio para a resolução de situações/oportunidades de melhoria e esclarecimento de dúvidas, por exemplo, na resposta às não conformidades, resultantes das Auditorias das Entidades Certificadoras. "
Inspecção Industrial com novo director João Lima, engenheiro metalúrgico de formação e pós-graduado em gestão e estratégia de empresas industriais pelo INDEG-ISCTE, é o novo director executivo da Divisão de Inspecção Industrial da SGS Portugal. Tendo iniciado a sua carreira profissional na empresa Viara Comercial, no Porto, João Lima passou depois por algumas empresas nacionais de consultoria até chegar agora à SGS. Satisfeito com as suas novas responsabilidades, João Lima diz que encara esta nova fase da sua carreira “como um desafio extremente aliciante, no sentido de poder participar na evolução de uma organização centenária, com credenciais firmadas nas mais diversas áreas de negócio por todo o mundo”. “Para podermos dar resposta a todas estas componentes, temos que ser proactivos no nosso relacionamento com o mercado, temos que formatar a SGS a esse espírito de mudança contínua, mesmo quando temos a sensação de estabilidade quer do negócio quer da organização. Todo este enfoque só será possível se as pessoas que constituem a SGS estiverem motivadas e com o enfoque para o cliente, sem esquecerem os resultados, num ambiente de constante mudança e de elevada competitividade. É este o desafio colocado, é esta a minha grande motivação para a entrada no Grupo SGS e em particular na Divisão Industrial & Emerging Business da SGS Portugal”, acrescenta João Lima. "
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Eventos
Seminário
Hotelaria de qualidade no Algarve As 1ªs Jornadas de Gestão Integrada na Hotelaria reuniram os gestores hoteleiros do Algarve, no passado dia 25 de Fevereiro. Esta iniciativa da SGS, em colaboração com a Região de Turismo do Algarve e com a Escola de Hotelaria do Algarve, teve lugar no Auditório desta Escola. As jornadas contaram com a presença de diversas personalidades, como por exemplo José Mendonça Pinto, director da Escola de Hotelaria do Algarve; e Luís Coito, do Instituto de Apoio ao Turismo. O objectivo do evento foi demonstrar os benefícios dos sistemas integrados de Gestão da Qualidade, Ambiente, Segurança e Higiene. A gestão integrada, cujo objectivo primordial é a satisfação dos clientes, contribui para a optimização dos custos e permite a criação de sinergias dentro da gestão. "
Enriquecer o debate sobre a gestão pela qualidade Com o objectivo de sensibilizar os empresários para as alterações fundamentais de gestão que o processo de transição para o novo referencial ISO representa, a Associação Industrial do Distrito de Aveiro (AIDA) organizou o Seminário “Gestão pela Qualidade: Rumo à Excelência”. O seminário realizou-se no dia 13 de Junho, no Pequeno Auditório do Centro Cultural e de Congressos de Aveiro, pelas 14 horas. Neste seminário, patrocinado pela SGS, participou Pedro Ferreira, gestor de clientes da SGS ICS, que apresentou o tema “A Gestão por Processos”. Para mais informações consulte: http://www.aida.pt "
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Eficiência energética em discussão A APEMETA (Associação Portuguesa de Empresas das Tecnologias Ambientais) foi a organizadora do Seminário “Energia nos Edifícios e na Indústria”, que se realizou no dia 6 de Junho, no INETI, em Lisboa. Além de patrocinadora, a SGS foi representada no seminário por Joana Campos, consultora da SGS Portugal, que apresentou uma intervenção subordinada ao tema “Certificação e Auditorias Energéticas de Edifícios”. "
Opinião Margarida Batista Anão Chefe de Divisão de Aves,Ovos e Suínos GPPAA - MADRP
Segundo o Decreto Lei nº 560/99 sobre a rotulagem dos géneros alímentícios, a rotulagem define-se como um conjunto de menções e indicações, incluindo imagens, símbolos e marcas de fabrico ou de comércio, que figuram sobre a embalagem, em rótulo, etiqueta, cinta gargantilha, letreiro ou documento acompanhando referindo-se ao respectivo produto.
Rotulagem dos géneros alimentícios Factor de valorização de um produto A utilização do rótulo como mais valia, passa pela “segurança”acrescida que o mesmo lhe pode dar. Assim, a presença no rótulo de um símbolo, como por exemplo, o do Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, MADRP, para o caso dos ovos ou das carnes de bovino, de suíno ou das aves (símbolo publicado em Diário da República, Despacho Normativo nº 30/2000 de 6 de Julho) pode representar, aos olhos
do consumidor, uma valorização do produto através do rótulo. Existe também toda uma gama de produtos que apresenta símbolos que indicam que os mesmos foram reconhecidos como tal, nomeadamente DOP (Denominação de Origem Protegida), IGP (Indicação Geográfica Protegida), ETG (Especialidade Tradicional Garantida), DOC (Denominação de Origem Controlada), IPR (Indicação de Proveniência Regulamentada).
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Opinião
Para o sector avícola, a União Europeia estabeleceu todo um conjunto de regras a que devem obedecer os produtos que utilizem rótulos com indicações que se refiram a um tipo de alimentação específico ou a um modo de criação especial das aves de capoeira e que se encontram em dois regulamentos, um do Conselho, o Reg.(CEE) nº 1097/90 e um da Comissão, o Reg.(CEE) nº 1274/91. Os termos a utilizar para cada caso foram definidos para os vários idiomas oficiais dos Estados Membros e o tipo de alimentação ou modo de criação terá de obedecer a regras bem definidas, regras essas que contemplam não só o modo como os animais são criados como também as regras do seu bem-estar. Baseados na legislação comunitária, cada Estado Membro define como é que no seu território deverá ser feito o controlo dos rótulos utilizados nestes casos. Portugal, através do despacho normativo nº 16/99 de 3 de Março, definiu para a carne de aves que a aprovação dos rótulos deveria ser feita pelo MADRP e o
controlo dos mesmos efectuada por um Organismo Indepentente de Controlo (OIC) que obedeça à EN 45011. No caso dos ovos e após a publicação do regulamento (CEE) nº 1651/2001, passou a ser possível fazer-se o controlo das produções especiais de ovos através de um Organismo Independente de Controlo. O reconhecimento de um OIC, para efeitos da rotulagem da carne de frango é da competência do MADRP, através do Gabinete de Planeamento e Política Agro Alimentar, GPPAA. Poderá ser reconhecido como OIC para um determinado rótulo, uma entidade que seja proposta pelo operador que requer a rotulagem da carne, que possua capacidade jurídica, técnica e económica, disponha de meios humanos e materiais necessários às operações de controlo, comprove isenção e imparcialidade em relação ao operador sob o seu controlo e cumpra os critérios previstos na norma europeia EN 45 011.
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Esta última exigência e o acompanhamento que o GPPAA faz ao longo de todo o processo, assegura ao consumidor que o produto será controlado pelo OIC em conformidade com um caderno de especificações apresentado pelo operador. Os controlos efectuados fazem parte de um plano de controlo previamente estabelecido e nele encontram-se descritos pormenorizadamente as acções a efectuar e os critérios de avaliação dos resultados. Qualquer alteração a efectuar ao estabelecido, terá de ser imediatamente comunicada ao GPPAA e aprovada por este. Para além da legislação comunitária, Portugal, através do Decreto-Lei nº 71/98, criou a possibilidade da utilização facultativa de uma rotulagem que garanta a rastreabilidade da carne de porco e o seu controlo desde a produção até ao consumidor. Difere da legislação aplicada à carne de aves e dos ovos pelo facto de não exigir que o operador que deseje rotular o seu produto tenha de produzir em condições especiais. Estes rótulos são, também, controlados por OIC ‘s e aprovados pelo MADRP. No entanto, na maior parte dos casos a rotulagem não é contemplada por legislação que obrigue ao uso de símbolo próprio para garantir que este é sujeito a controlo, como seja, o caso dos produtos abrangidos pela legislação nutricional (Portaria Nº 751/93). Nestes casos, o logótipo de um Organismo Independente de Controlo reconhecido ou acreditado por um organismo oficial, aposto no rótulo, pode ser a garantia de que o produto foi controlado. É, pois, importante que o consumidor conheça o significado destes símbolos, como já acontece no caso de alguns produtos não alimentares. É certamente de grande importância que os OIC façam chegar ao público em geral a mensagem do que representam em todo o sistema de controlo dos produtos. Não podemos esquecer que independentemente dos controlos que temos vindo a mencionar, existem os controlos oficiais previstos na lei e que todos estes sistemas se baseiam no pressuposto de que os operadores obedecem a toda a legislação em vigor, nomeadamente licenciamento e licença de laboração das suas instalações, auto-controlo implementado, bem como os controlos oficiais na área sanitária, de inspecção e de fiscalização. A importância das rotulagens especiais e das facultativas, bem como daquelas que indicam ao consumidor que o produto possui alguma propriedade nutricional diferente dos produtos da sua gama, tem vindo a aumentar na medida em que o consumidor se apercebe que este é um meio de que dispõe para poder escolher um produto. Daí, a crescente importância dos OIC’s na valorização desses produtos através dos rótulos. "