Shopping 75 - Centros Comerciais em Revista

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Centros comerciais em revista

n.º 75 • Setembro/Outubro de 2010 Distribuição gratuita

Shopping Entrevista: Fernando Muñoz de Oliveira Mundicenter

MAPIC cresce 10 por cento

APCC organizou Viagem de Estudo ao Brasil

Amoreiras celebra 25 Anos


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editorial Propriedade

Associação Portuguesa de Centros Comerciais MORADA Av. Eng.º Duarte Pacheco Amoreiras Torre 2 - Piso 9 - Sala 2 1070-102 Lisboa Portugal Tel.: 21 319 31 88 - Fax: 21 354 34 01 E-mail: geral@apcc.pt António Sampaio de Mattos Presidente

Direcção António Sampaio de Mattos Direcção Executiva Pedro Teixeira

Centros Comerciais em Revista Bimestral • N.º 75 • Setembro/Outubro 2010

Produção e Edição

Página Inteira, Lda. Av. dos Maristas, 82 A 2775-241 Parede 211 545 910 Coordenação Editorial Luís Aragão editorial.la@pagina-inteira.pt Fotografia Pedro Cardoso Publicidade Fernando Rodrigues 913 733 220 frodrigues.paginainteira@gmail.com Manso Ribeiro manso.ribeiro@pagina-inteira.pt Pré-Impressão, Impressão e Acabamento Impriluz Gráficaa, Lda R. Faustino da Fonseca, 1 - Alfragide 2610-070 Amadora

Desde meados do mês de Outubro que a APCC tem estado particularmente atenta à problemática levantada pelo Comunicado da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) a dar conta das novas tarifas e preços da electricidade, a vigorar a partir de 1 de Janeiro de 2011. Esta questão levantou desde logo enorme preocupação, uma vez que a acontecer o que está previsto, as consequências para o sector dos centros comerciais em Portugal serão muito graves, pelo aumento de cerca de 15% nas tarifas de acesso à rede. Se a isto juntarmos o incremento da tarifa de electricidade propriamente dita, então as facturas energéticas nos centros comerciais nas potências contratadas de BTE e MT, irão sofrer um aumento global de cerca de 20%, o que terá repercussões difíceis de equacionar. Em devido tempo, a APCC manifestou junto das entidades de tutela e posteriormente na opinião pública, oposição frontal à Proposta da ERSE, entretanto já publicada a 15 de Dezembro. Sobre este assunto, esperamos que o Governo tenha a última palavra, e considere que este aumento irá, conjuntamente com todos os outros previstos nos Planos de Estabilidade e Crescimento para 2011, agravar a situação económica e financeira dos operadores, com repercussões gravíssimas na sua actividade, podendo mesmo ocasionar um decréscimo considerável na empregabilidade de um sector que tem sido o maior gerador de novos postos de trabalho, nos últimos anos, em Portugal. Temos, porém, esperança que o bom senso prevaleça, contribuindo assim para atenuar os efeitos negativos de um período difícil do qual toda a Europa procura sair. Feliz Natal e Bom Ano Novo

Tiragem: 15 000 exemplares Distribuição Gratuita Depósito Legal n.º 54-808/92 Registo no ICS n.º 117131

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sumário

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Centros Comerciais em Revista

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Entrevista Fernando Oliveira

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Amoreiras celebram 25 anos

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MAPIC cresce 10%

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Viagem de Estudo ao Brasil

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Mesa Redonda sobre iluminação

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Aula inaugural ECL

O grupo Mundicenter tem vindo a reposicionar e remodelar muitos dos seus activos, investimento do qual recolhe agora frutos. Falámos com Fernando Muñoz de Oliveira, Administrador Executivo, que abordou a estratégia imprimida ao longo dos últimos anos e as perspectivas de futuro.

O centro comercial Amoreiras celebrou, no passado dia 27 de Setembro, um quarto de século de existência. Pioneiro no formato, marca uma clara revolução nos conceitos comerciais e estéticos de então.

A edição 2010 do MAPIC voltou a revelar um crescimento significativo, tanto no número de participantes, que subiram 10 por cento, para 7.400 pessoas, como em relação aos retalhistas, cuja aderência evoluiu 25 pontos percentuais.

A Associação Portuguesa de Centros Comerciais organizou entre os dias 6 a 13 de Outubro, a viagem de estudo 2010, tendo sido visitados alguns dos principais Centros Comerciais brasileiros nas cidades de São Paulo, Campinas e Rio de Janeiro.

O Centro Português de Iluminação - CPI organizou, em colaboração com a Ordem dos Arquitectos - e a APCC - Associação Portuguesas de Centros Comerciais, uma mesa redonda subordinada ao tema : a importância da iluminação em espaços comerciais.

A Escola de Comércio de Lisboa (ECL) assinalou oficialmente o início do ano lectivo 2010/2011 com uma aula inaugural proferida por João Sacchetti, que abordou a temática do Centenário da República e do seu impacte no Comércio.

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notícias Dolce Vita apresentam sistema inovador de orientação para invisuais Os Centros Comerciais Dolce Vita promoveram, dia 15 de Novembro, no Dolce Vita Monumental, uma sessão de apresentação de um sistema único e inovador de orientação para invisuais e pessoas baixa visão, nunca antes testado na Europa, no âmbito da sua 11.ª Conferência de Sustentabilidade. Este sistema, que se encontra em teste no Dolce Vita Monumental desde Julho, vai ser o case-study em análise num debate onde será discutida a necessidade de implementação de mecanismos de orientação em locais de grande circulação de pessoas, como estações de comboio e metro, repartições públicas, centros comerciais, entre outros. O sistema combina pela primeira vez um piso táctil com um sistema de informação sonora, oferecendo uma solução integrada para orientação das pessoas com maior comodidade e segurança.

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Sonae Sierra regista um Resultado Líquido de 14,9 milhões

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A Sonae Sierra apresentou um Resultado Líquido de 14,9 milhões de euros no final do terceiro trimestre do ano, um aumento de 116% face ao período homólogo de 2009. A variação positiva do Resultado Líquido foi impulsionada por um crescimento de 42% dos Resultados Directos. O Valor Criado nas Propriedades foi positivo devido à boa performance operacional, apesar do ligeiro aumento

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das taxas de capitalização (yields) em Portugal e Grécia. Os Proveitos Directos dos Investimentos registaram um aumento de 8% face ao apresentado nos primeiros nove meses de 2009, em grande parte fruto do crescimento do portfólio com as aberturas em 2009 do LOOP5, na Alemanha, do Manauara Shopping, no Brasil, e do LeiriaShopping, em Portugal, já em 2010. A Margem Operacional Líquida apresentou uma subida de 13%, atingindo agora os €89,9 milhões, face aos €79,7 milhões registados nos primeiros nove meses de 2009. Este aumento reflecte não só as inaugurações mencionadas anteriormente mas também os ganhos de eficiência derivados dos esforços de contenção do crescimento dos custos em todas as áreas da Empresa. O portfólio da Sonae Sierra apresentou uma performance positiva face ao período homólogo de 2009 com as vendas na Europa a crescerem 6,9% (+1,5% numa base comparável) e no Brasil 24,6% (+17,8% numa base comparável). No mesmo período as Rendas Totais cresceram 11,2% face ao período homólogo de 2009 (+4,8% numa base comparável).

Cortefiel no “Vila do Conde The Style Outlets” O Grupo Cortefiel já faz parte do “Vila do Conde The Style Outlets”, com a abertura da sua loja do grupo neste espaço comercial. Com um conceito inovador marcado pela qualidade e modernidade do espaço, o “Vila do Conde The Style Outlets” tem conseguido cativar algumas das mais conceituadas marcas de vestuário e conquistado o público com a sua qualidade preços apelativos. O grupo Cortefiel atinge várias faixas etárias


Sonae Sierra inaugura a expansão do Parque D. Pedro Shopping

A Sonae Sierra, através da sua participada Sonae Sierra Brasil, acaba de inaugurar a primeira expansão do Parque D. Pedro Shopping, em Campinas, no Brasil, a qual representa um investimento de €9,6 milhões (R$ 22,8 milhões) e é constituída pela criação de uma nova Alameda com 34 novas lojas, distribuídas por 5.450 m2 de ABL (Área Bruta Locável). Com esta nova área, o Parque D. Pedro Shopping passa agora a contar com 410 lojas distribuídas por mais de 122 mil m2 de ABL. O projecto arquitectónico da nova Alameda Parque D. Pedro baseou-se num conceito totalmente inovador no sector dos centros comerciais no Brasil, que consiste na aplicação de uma grande diversidade de materiais nas fachadas das lojas, utilizando matérias-primas naturais, como a pedra Goiás e canjiquinha, misturadas com tijolos à vista e de vidro, e ainda com materiais de textura mineral. Para o piso foram utilizados o granito e o mosaico em pedra portuguesa. A diferença entre os níveis de cada montra conferiu ao novo espaço o

aspecto de uma elegante Alameda a céu aberto. O projecto de paisagismo contempla plantas de porte exuberante e espelhos d’água, para que os clientes vivam a experiência de fazer compras ao ar livre, num ambiente moderno, apelativo e sofisticado.

Centroxogo e Loja das Sopas reforçam oferta dos Dolce Vita

O Centro Comercial Dolce Vita Porto acaba de reforçar a sua oferta comercial com a abertura da loja de brinquedos Centroxogo e a renovação da Loja das Sopas. A insígnia espanhola de brinquedos é um dos principais operadores de desta área em Portugal, comercializando as marcas mais prestigiadas de brinquedos. A marca está presente em outros shoppings da rede Dolce Vita, nomeadamente no Dolce Vita Douro, Ovar e Tejo. Também a área de restauração do Dolce Vita Porto foi alvo de remodelações, com a Loja das Sopas a adoptar a nova imagem corporativa da insígnia. Cores mais claras e frescas caracterizam a nova decoração que trouxe ainda mais luz ao foodcourt do Centro Comercial.

Chamartín Imobiliária vence Prémios SIL 2010 A Chamartín Imobiliária foi um dos grandes vencedores da segunda edição dos Prémios Nacionais do Imobiliário 2010 ao arrecadar o “Prémio Reabilitação Urbana”, com o projecto Convento dos Inglesinhos, e o “Prémio Melhor

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através das suas marcas Cortefiel, Springfied, Pedro del Hierro e Women’secret. De referir que o “Vila do Conde The Style Outlets” oferece cerca de 130 lojas das mais prestigiadas marcas nacionais e internacionais, registando ao longo de todo o ano descontos entre os 30 e os 70 por cento.

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notícias nal de Jovens Empresários, entre outras, e conta ainda com a participação da Escola de Comercio de Lisboa e a Junta de Freguesia de Carnaxide.

Loja Vitaminas inaugura no Odivelas Parque

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Empreendimento Imobiliário” na categoria “Comércio e Serviços”, com o Centro Comercial Dolce Vita Tejo. O “Prémio Reabilitação Urbana” reconhece a aposta do grupo na reabilitação do Convento dos Inglesinhos, um edifício histórico do século XVII, situado em pleno Bairro Alto, que surge numa versão moderna e renovada, sem no entanto perder a sua história e características originais. A distinção do Dolce Vita Tejo, o maior shopping da Península Ibérica, consolida o conceito diferenciador que caracteriza os Centros Comerciais Dolce Vita, que alia a vertente de negócio à criação de espaços de lazer e bemestar. Com uma Área Bruta Locável (ABL) superior a 122 mil metros quadrados, o Dolce Vita Tejo distingue-se pela aposta na construção sustentável e na dimensão estética, que dá primazia a uma arquitectura e design inovadores, com presença de luz natural em praticamente todo o Centro Comercial, constituindo uma marca diferenciadora dos espaços promovidos pela Chamartín Imobiliária.

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500 Ofertas de trabalho na Feira de Emprego da Immochan A acção disponibilizou 500 ofertas de emprego que vão desde funções de base a funções para quadros médios e superiores e ainda estágios para jovens recém-licenciados. De realçar a oferta para funções de Recursos Humanos, Controlo de Gestão, Contabilidade, Logística, Chefias Comerciais, Manutenção, Responsáveis e Supervisores de Loja, Educadoras de Infância entre outras. A II Feira do Emprego contou com a participação das empresas do Grupo Auchan - Jumbo e Pão de Açúcar, Fundação Pão de Açúcar Auchan, Grupo Regojo, Zon, Solvay, Efacec, Norauto, Oney, ANJE - Associação Nacio-

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A implementação de um novo conceito, único na zona da Grande Lisboa, está a trazer grandes modificações ao Odivelas Parque, com o reforço do seu mix comercial com a entrada de novas insígnias e a mudança de localização de outras já presentes no shopping. É neste contexto que surge a nova loja Vitaminas, onde os clientes podem compor as suas próprias saladas ou sandes com excelentes ingredientes, apreciar um sumo natural e ainda optar entre as várias sobremesas à escolha. No Vitaminas, que abriu recentemente na zona de restauração do Odivelas Parque, o objectivo é proporcionar aos visitantes uma alimentação saudável e equilibrada, com variedade e flexibilidade no momento da refeição.

Dolce Vita Braga em contagem decrescente para abertura em 2011 O Centro Comercial Dolce Vita Braga vai abrir portas em Outubro de 2011. O mais recente projecto do portfólio da Chamartín Imobiliária irá, segundo o promotor, “ser uma referência no sector, inovando na oferta comercial existente naquela cidade, e o motor económico desta região do Minhota, com a criação de 3.300 postos de trabalho directos e cerca de 7.000 indirectos. O projecto representa um investimento de 153 milhões de euros por parte da Chamartín Imobiliária e reforça o seu posicionamento neste sector. Com uma Área Bruta Locável (ABL) de 50 mil metros quadrados, um mix comercial composto por 165 lojas, 2750 lugares de estacionamento e uma área de Retail com 20 mil metros quadrados.


Neste momento decorrem a bom ritmo as negociações com os potenciais operadores do shopping, estando comercializada mais de 50 por cento da ABL. O Dolce Vita Braga beneficia de uma localização privilegiada, a 2 kms do centro da cidade de Braga, frente à circular do Cávado e terá ainda ligação directa à A3 e EN101 e acessos privilegiados à rede de estradas locais.

IMMOCHAN aposta no Alegro Setúbal A Immochan, Imobiliária do Grupo Auchan, vai avançar com mais um centro comercial da marca Alegro. Depois de Alfragide e Castelo Branco, Setúbal é a mais recente aposta. O projecto, ainda em fase de licenciamento, tem um investimento de 50 milhões de euros. O Alegro nasce da ampliação do hipermercado Jumbo de Setúbal (inaugurado em 1992) tal como nos projectos anteriores. De acordo com Mário Costa, Director-geral da Immochan, este projecto constitui uma ambição de longa data da companhia.

de Natal. A oferta do maior Outlet da Europa continua a crescer: depois da Custo Barcelona, inaugurada durante o Verão, Ana Salazar, Replay e Roberto Verino juntam-se às grandes marcas já presentes no Freeport que incluem Burberry, Carolina Herrera, Diesel, Gateone, Hugo Boss, Purifcacion Garcia, Spazio by Dolce&Gabbana e Versace. A oferta de Grandes Marcas a Grandes Preços no sector do calçado é também reforçada com a chegada de duas novas marcas: Seaside e Athlete’s Foot passam integrar o portefólio deste segmento. A Seaside, com 600 m2, reforça a oferta de calçado, disponibilizando uma colecção para todos os gostos e estilos, que vão do mais prático ao mais formal, para homem e mulher. Especialmente a pensar nos desportistas, a Athlete’s Foot, instala-se numa área de cerca de 200 m2, onde estão reunidas as melhores marcas de desporto mundiais. Na área da decoração, é de registar igualmente a nova loja Espaço Casa, com cerca de 1000 m2, que alarga a oferta de utilidades para a casa com uma grande variedade de ideias originais de decoração, que conjugam qualidade com preços baixos. Até ao final do ano, a estas seis novas lojas, juntam-se dois espaços temporários - Pop Up Store Chicco e Pop Up Store Fátima Lopes, especialmente pensadas para o período de Natal.

A construção tem início no próximo ano e a conclusão está prevista para 2013. O projecto comporta 41,4 mil metros quadrados de ABL, cerca de 130 lojas e a criação de 1000 postos de trabalho directos e 500 indirectos. O Alegro de Setúbal irá integrar uma zona de lazer com uma área de entretenimento, restaurantes temáticos e 15 salas de cinema.

Freeport inaugura novas lojas O Freeport abriu seis novas lojas reforçando a sua oferta nas áreas de vestuário, calçado e decoração. A estas novas lojas juntam-se duas “pop-up stores”, que complementarão a oferta comercial do Freeport durante o período

A MK Illumination especializou-se na produção de Iluminação decorativa para um conjunto de clientes que inclui centros comerciais, armazenistas, hotéis e outros edifícios comerciais. Contam com subsidiárias em 20 mercados internacionais, todos eles apoiados directamente pela sede na Áustria e pelas modernas fábricas na Eslováquia e na China. A MK Illumination oferece um serviço completo, desde a fase de conceitos de design, à produção, até à instalação, armazenamento e manutenção de todos os produtos. Como líder europeu no fornecimento de iluminação festiva e decorativa orgulha-se de estar na vanguarda das novas energias e tecnologias emergentes, sempre inovando para providenciar novos conceitos de iluminação, que não só reflictam as últimas tendências, mas também que sejam amigos do ambiente.

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Novos Associados - MKIllumination

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entrevista

Fernando Muñoz de Oliveira Administrador Executivo - Mundicenter

«Temos resistido à crise»

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O grupo Mundicenter tem vindo a reposicionar e remodelar muitos dos seus activos, investimento do qual recolhe agora frutos, conseguindo até aguentar o choque da crise. Fomos falar com Fernando Muñoz de Oliveira, Administrador Executivo, que abordou a estratégia imprimida ao longo dos últimos anos e as perspectivas de futuro. E também os 25 anos das Amoreiras, celebrados em Setembro último.

Como é que a Mundicenter vê o actual cenário, perante uma anunciada contracção de consumo? Estão preocupados? Diria que estamos atentos. É uma situação que merece a nossa atenção há muito tempo. Temos vindo a preparar-nos para esta situação, mesmo anteriormente ao acentuar da crise. Entendemos que esse é um bom princípio de gestão. Nesta fase, os efeitos da crise ainda não se fazem sentir, em resultados e vendas, pois temos mantido os mesmos índices. Até porque temos vindo a recolher os resultados do investimento feito, tanto em novos centros como na remodelação de alguns que já detínhamos. De facto, temos mantido um desempenho muito positivo.

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O actual cenário económico implicou alguma renegociação das condições dos Lojistas, tendo como pano de fundo o contexto que se adivinha? Não foi generalizado, mas houve situações em que foi necessário termos alguma atenção. Mas devemos ser cuidadosos nesta questão, pois temos de ser justos, mas mantendo sempre um princípio de equidade. Não podemos favorecer um lojista em relação a outro. Temos relações contratuais que estão em vigor e que da nossa parte cumprimos integralmente. Mas naturalmente tentamos avaliar as situações, tendo também em atenção se o próprio lojista também fez o seu trabalho de casa, investiu no negócio, olhou para a sua estrutura de custos e se está a optimizar a sua cadeia de valor.


Como por exemplo as Amoreiras, que têm um target médio/alto… Certamente sofrerá menos do que outras zonas. E portanto, quando adequarmos as nossas acções, temos de ter isso em atenção. Considero fundamental trabalhar em parceria para que esta situação possa ser ultrapassada, concretamente junto dos lojistas e prestadores de serviço. Um aspecto interessante dos activos da Mundicenter é que são shoppings geralmente muito integrados nos centros urbanos, o que aliás constitui uma tendência de desenvolvimento internacional. Dado este ambiente, considera que este tipo de

centros poderá de alguma forma beneficiar por comparação com os denominados mega-centros? Os centros comerciais continuam a ter os mesmos princípios básicos: localização, mix comercial e ambiente proporcionado. É importante analisar a área de influência e a facilidade de acesso, assim como o conjunto de oferta e o ambiente, ao nível da segurança, comodidade, animação, etc. Hoje está muito na moda falar de criar experiências. Há uns tempos era a relação emocional. Mas no fundo estamos sempre a falar de uma coisa: a fidelização dos clientes. E também é necessário compreender como as próprias pessoas têm evoluído, como mudam os hábitos de consumo. A questão fundamental continua a ser a mesma: como atraímos e fidelizamos os clientes. Hoje, em Portugal e em determinadas áreas geográficas, existe algum excesso de oferta. O que, a juntar ao ambiente económico menos propício, obriga a uma atenção muito grande em relação a todos os componentes de sucesso de um centro comercial. Investimento criterioso Pegando precisamente nessa questão, o excesso de oferta leva os grupos a procurarem novas geografias. No âmbito da Mundicenter, ao analisarem esta questão, qual será a estratégia mais indicada para expansão? Neste momento, entendemos que o mercado português, pelo menos no formato tradicional de centro comercial, está bem preenchido, eventualmente até

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Mas com que óptica a Mundicenter analisa o futuro próximo? A situação como sabemos é de alguma forma preocupante. Creio que temos de gerir dois factores: por um lado, o aspecto psicológico dos constantes anúncios que vão sendo feitos e, por outro, a situação concreta que vai afectar as pessoas, em especial a partir do próximo ano. Até agora, tem sido afectado quem perdeu o emprego. Mas creio que, com estas medidas, os rendimentos também irão sofrer, mas não sabemos bem com que intensidade. E também não vai afectar da mesma forma todas as pessoas e todas as áreas geográficas. A situação é global, mas em relação aos centros comerciais, cada caso será um caso.

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entrevista com algum excesso. Nesse sentido, decidimos olhar para os nossos activos e verificar se estávamos a extrair todo o seu potencial. E decidimos investir para o reforçar. Daí termos enveredado por fazer a expansão de Braga, a remodelação do Spacio, temos neste momento em fase de licenciamento a expansão de Oeiras e já iniciámos as obras do reposicionamento de Odivelas. Neste caso, trata-se um projecto pioneiro que vai integrar um misto de shopping tradicional e outlet, beneficiando da sua excelente localização. Ao criarmos este conceito conseguimos oferecer um formato de outlet na Grande Lisboa. Um outlet de proximidade? Sim, e essa será uma aposta forte da nossa parte, precisamente no sentido de retirarmos maior rendimento do activo. Mas também investimos em shoppings novos,

concretamente o Arena, na região Oeste. Nessa zona identificámos uma oportunidade e decidimos investir. Mas posso dizer que somos muito criteriosos nas escolhas que fazemos, até porque o grupo tem a filosofia de construir, ser proprietário e gerir. Não entregamos a gestão a terceiros e, portanto, temos sempre uma perspectiva de médio/longo prazo. E outros formatos, pensam desenvolver? Mais uma vez, diria que estamos atentos. Penso que há nichos de mercado onde ainda é possível instalar formatos como retails ou outlets, mas reforço a ideia de que qualquer decisão será sempre muito criteriosa em relação à avaliação do investimento. Foi essa forma de estar que nos permitiu resistir com sucesso às condições adversas do mercado. Quando é que estas remodelações estarão finalizadas? Odivelas estará concluído em Abril, ou Maio do próximo ano. O Spacio já está completamente em operação há algum tempo, assim como Braga, onde abrem os últimos restaurantes até final do ano. Em Oeiras, estamos em fase de licenciamento, estimando poder concluir a obra talvez em 2013. E internacionalização. Faz parte dos planos, atendendo ao sucesso de outros operadores? Claramente, não tem constituído uma prioridade para o grupo, mas a porta não está fechada. Dentro da estratégia de avaliação de oportunidades que referi, poderemos considerar investimentos. Será sempre uma questão para pensar ao nível da estratégia global do grupo.

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Mas há mercados mais apetecíveis? Sinceramente, não identifico de imediato nenhum. Aliás, considero que temos de ter algum cuidado, pois mesmo os mercados que poderiam, à partida, parecer mais atractivos face à proximidade, também estão a viver dificuldades.

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25 anos Amoreiras O grupo tem vindo a fazer algumas expansões e remodelações. Curiosamente, aquele que será o mais emblemático centro da Mundicenter manteve sempre um perfil semelhante ao longo dos anos… Mais uma vez, falo das três componentes: localização, mix comercial e ambiente. E as Amoreiras têm tudo isso. É um centro que não se diferencia pela quantidade, mas pela qualidade, concretamente o mix comercial e a qualidade do ambiente, a segurança, o conforto e uma manutenção cuidada e permanente. A verdade é que continua a ser uma referência, até ao nível turístico. É um trabalho que tem vindo a ser feito ao nível da melhoria do mix, ajustando-o ao diferente público que nos visita. Temos de ser um pouco transversais, sem perdermos o carisma próprio do centro.


Mas que intervenções têm sido feitas? A manutenção é uma prioridade, assim como o ajustamento do mix, pois, de facto, não podemos crescer fisicamente. Contrariamente ao que aconteceu no Spacio, onde foi feita uma remodelação total, mesmo ao nível do conceito, nas Amoreiras não é isso que se passa. O centro tem o seu layout, a sua imagem, e portanto não procuramos intervenções estruturais mas antes na área da manutenção e da qualidade de espaço. E apostar forte na melhoria e actualização constantes da oferta.

classes. Mas temos de facto um carácter algo diferente em relação a outros centros, sem nunca perdermos um posicionamento elevado e até aspiracional para as pessoas.

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Dado esse perfil, falamos também de um centro que não tem possibilidade de apostar de forma tão forte nas âncoras que vemos em todos os grandes espaços… Temos conseguido viver bem sem essas grandes âncoras. A grande âncora do centro, para além da sua excelente localização, é o próprio mix, o conjunto de lojas, incluindo algumas que em termos de Centros Comerciais, são exclusivas das Amoreiras. No fundo, temos de criar uma atractividade que substitua essas âncoras e, objectivamente, temos tido resultados concretos e positivos. Nomeadamente em termos de afluência? O número de visitas tem estado estabilizado à volta dos 12,5 a 13 milhões de pessoas por ano e as vendas têm vindo a subir. Com as limitações físicas ao nível da expansão e com a condicionante de espaço para inclusão das grandes âncoras, o centro conseguiu sempre, apesar de tudo, manter uma enorme actualidade. Concorda? A actualidade tem a ver com o mix e o ambiente, que é muito particular. Vêm às Amoreiras pessoas de todas as

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Aniversário

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Um conceito com plena actualidade O centro comercial Amoreiras celebrou, no passado dia 27 de Setembro, um quarto de século de existência. Pioneiro no formato, marca uma clara revolução nos conceitos comerciais e estéticos de então. Ao choque arquitectónico juntava-se uma nova forma de viver a cidade e o comércio. A verdade é que, 25 anos depois, os promotores provaram que a aposta era certa, num espaço que continua pleno de actualidade e que, inclusivamente, apresenta as funcionalidades que o sector tem vindo a apontar como tendência de futuro, concretamente a multifuncionalidade cruzada entre shopping, área de escritórios e zona residencial.

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cariz inovador e impactante das Amoreiras é por todos reconhecido. Foi o primeiro centro comercial de dimensão que surgiu no País e, na altura, a 27 de Setembro de 1985, a ousadia gerou dúvidas em muitos. Afinal, veio a verificar-se que a visão do grupo Alves Ribeiro estava certa e o espaço é hoje um ícone da cidade de Lisboa.

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Com o mérito de, apesar de ter sido o primeiro, manter um conceito perfeitamente actualizado, ao contrário de muitos centros comerciais mais antigos que acabaram por ser ultrapassados pelo próprio desenvolvimento do sector. O choque arquitectónico que o projecto do arquitecto Tomás Taveira gerou é disso um bom exemplo. Na altura, muitas foram as críticas. Hoje, o edifício é visto como um


Gestão centralizada Quando surgiu, o centro não trouxe inovação apenas ao nível estético e conceptual. Apareceu também com uma nova abordagem na relação com os lojistas, concretamente através de uma gestão centralizada, inexistente até à data. A união de elementos como serviços de segurança e limpeza, a par de uma visão global do próprio espaço em termos de layout e oferta, traz na realidade uma nova abordagem, que se vem a revelar um sucesso ao longo dos anos, indicando o caminho para as lógicas que sustentam a gestão dos centros comerciais, nos dias actuais. Naturalmente, ao longo dos anos foram feitos acertos. As Amoreiras não podem crescer do ponto de vista físico – não há espaço -, nem sofrer remodelações exteriores no edifício, devido ao Prémio Valmor. Mas no interior tudo tem vindo a ser optimizado. As intervenções, muitas vezes invisíveis, são uma constante, para que se consiga manter inteiramente actuais os critérios funcionais do centro. Por outro lado, ao nível da oferta, o mix também foi optimizado. No início, o centro surgiu com 330 lojas, com uma área média de 30 metros quadrados, o que tinha a ver com os próprios conceitos de comércio instalados. Hoje, compreende 238 unidades, numa estratégia de actualização do mix que foi sendo promovida ao longo dos anos, enquadrando a melhor oferta nos 26 mil metros quadrados de ABL disponíveis. Diferenciação As Amoreiras, não obstante serem uma referência do comércio, têm claramente um conceito diferenciador. Em primeiro lugar, manteve desde sempre um posicionamento médio alto, apesar de receber pessoas de todas as classes. É, contudo, um centro de qualidade reconhecida e com um sentido bastante aspiracional para as pessoas. Por outro lado, foge dos moldes em que muitos dos centros modernos se têm constituído. Desde já, por questões que têm a ver com as limitações de espaço físico, não pode seguir a lógica das grandes âncoras. O centro tem de facto alguns espaços de referência, a começar pelo supermercado Pão de Açúcar, que sempre manteve o nome apesar de a insígnia ter estado estagnada durante muitos anos. Junta ainda uma Box, uma Área, os cinemas Lusomundo, a C&A e a Sportzone, mas de facto o que constitui a grande âncora é o mix global, o

qual inclui muitas insígnias que não estão noutros centros e que, quanto muito, têm lojas de rua. Ao nível da diferenciação, merece ainda referência a zona de restauração. As Amoreiras não têm um food court, modalidade já tão tradicional nos centros comerciais e que passa por uma zona comum de apoio às insígnias. Aqui, cada restaurante funciona de forma individualizada, o que permite muito maior personalização do serviço, por exemplo. Acima de tudo, estamos perante um centro que, mesmo após 25 anos, se mantém no topo do sector dos centros comerciais, constituindo um conceito de oferta diferenciadora que mantém plena actualidade, como foi referido. De futuro, certamente continuará a ser uma referência incontornável, até pela capacidade de resistência que este centro tem demonstrado, como por exemplo em relação ao embargo do túnel do marquês, que naturalmente causou enormes transtornos. Assim sendo, apenas podemos esperar que o objectivo seja agora chegar ao meio século de existência, mantendo intactos todos os pressupostos que criaram este verdadeiro sucesso comercial. Amoreiras ABL – 26.026m2 ABC – 45.000m2 Nº Lojas – 238 Principais Âncoras – Pão Açúcar, Box, Área, Cinemas Zon Lusomundo, Sportzone Marcas – Gant Store, Hugo Boss, Bertrand Aldolfo Dominguez, BCBGMaxazria, Guess, Porsche Design, Alfred Dunhill, Loja das Meias Visitas anuais – 12,5 milhões Estacionamento – 900 lugares Horário – 10 às 23 (excepto cinemas)

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modelo de urbanidade – juntando as valências de um centro comercial, área residencial e zona de escritórios – e constitui uma referência emblemática da cidade. Inclusivamente, em 1993 recebe o prestigiado Prémio Valmor. As Amoreiras trouxeram, de facto, um novo conceito estético e funcional, cujo sucesso é inegável. Se olharmos aos números, o centro recebe cerca de 12,5 milhões de visitas por ano, um dado especialmente significativo para um espaço de média dimensão. Aliás, é mesmo dos centros com maior rácio espaço/visitas do País. Mais importante, tem até crescido no tráfego, o que comprova a completa actualidade do centro.

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MAPIC 2010

MAPIC volta a crescer dez por cento

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A edição 2010 do MAPIC voltou a revelar um crescimento significativo, tanto no número de participantes, que subiram 10 por cento, para 7.400 pessoas, como em relação aos retalhistas, cuja aderência evoluiu 25 pontos percentuais. No certame, estiveram representados 67 países.

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O

ambiente geral que marcou o evento, apesar dos momentos de crise , foi de confiança, sentimento aliás atestado por números. De facto, um estudo independente apresentado pela escola de negócios de Wisconsin revela que 62% dos retalhistas presentes no MAPIC reportaram um incremento de vendas no primeiro trimestre do ano e que 73% do mesmo universo se encontra agora mais animado, por comparação com o exercício precedente. Este contexto tem reflexo directo nas intenções de expansão dos grupos, processos que deverão ser acelerados durante 2011, indicou uma análise da CB Richard Ellis, dada a conhecer no segundo dia do evento.

Online e offline Um dos temas chave debatidos durante o MAPIC foi o impacto das novas tecnologias no sector, e muito concretamente a questão das vendas através da internet. O assunto parece não ser consensual, mas refira-se que em França houve mais de 25 milhões de compradores durante o primeiro trimestre de 2010, num país onde os valores das vendas on-line atingem 25 biliões de euros anuais. De qualquer forma, os métodos e abordagens não estão ainda muito definidos ao nível estratégico, apesar do reconhecimento geral de que a internet terá, de facto, um papel importante a desempenhar no futuro. Mas os retalhistas estão convictos de que as pessoas continuarão a ir às lojas, tanto mais que outro dos “temas quentes” do MAPIC foi precisamente a forma como o retalho pode e deve ajudar no desenvolvimento urbano. Este foi o tema de abertura ao nível de conferências, tendo sido afirmado que a tendência passará muito por parcerias público/privadas, concretamente entre o poder autárquico e os promotores imobiliários. Há diversos, e felizes, exemplos dessa situação, como Liverpool, e cada vez mais os edifícios caminharão para a multifuncionalidade. Contudo, foi dito também que o poder local e os promotores ainda não falam a mesma linguagem, algo que tem de se trabalhado no futuro. Em termos de design, o evento contou com a participação dos maiores especialistas internacionais, que concordaram em relação ao facto de a performance ser hoje mais conseguida através da diferenciação do que propriamente através do posicionamento para as massas. O consumidor actual faz escolhas e o promotor não pode querer atingir todos os targets. Ao invés, tem que definir bem o seu cliente-alvo, nas diversas vertentes que o caracterizam, criando o ambiente ideal para ele. E para ir de encontro às expectativas do cliente final, tanto

as marcas de retalho como os shoppings necessitam de ser mais criativos e focar-se no aspecto do entretenimento, ultrapassando mesmo a questão da experiência para levar os clientes para mundos de fantasia, ou seja, numa óptica holística dos empreendimentos e unidades de retalho. Prémios 2010 Um dos já tradicionais pontos altos do MAPIC é a atribuição dos prémios anuais. Na categoria melhor retalhista internacional, a distinção foi para a insígnia Jack Wolfskin, especializada nas áreas de desporto e têxtil. Fundada em 1981, a companhia, de origem alemã, tem mais de 350 lojas franchisadas e 2.400 pontos de venda localizados pela Europa e Ásia. Já na categoria de melhor conceito de retalho, o prémio foi entregue ao Grupo Lego, reconhecendo o compromisso da empresa em desenvolver a criatividade e imaginação infantil através dos seus produtos, presentes em mais de 130 países. No que diz respeito a centros comerciais, foi considerado o melhor do ano o Odysseum, localizado em Montpellier (França). Este shopping destaca-se pelas características únicas, concretamente o funcionamento ao ar livre, a arquitectura futurista e a estação de comboio. Na sequência do que tem vindo a ser defendido pela indústria de centros comerciais, no sentido de uma cada vez maior integração dos shoppings com a realidade urbana, foi igualmente atribuído o prémio de melhor melhoramento de atractividade de cidade ao Atrium, em Bruxelas. Participação nacional Os operadores nacionais, mais uma vez, marcaram presença no evento, como forma de partilharem experiências e estabelecer contacto com os maiores especialistas internacionais, assim como apresentarem os mais re-

Shopping

Setembro/Outubro 2010

Segundo o mesmo relatório, os países mais atractivos para o desenvolvimento são actualmente a Alemanha, França e Polónia. No primeiro caso, 41% dos retalhistas que foram ao MAPIC revelaram pretender abrir uma loja no país, o qual tem demonstrado a sua força económica nos últimos tempos, por contraponto com as dificuldades sentidas noutras localizações do Velho Continente.

17


MAPIC 2010

Setembro/Outubro 2010

Com cerca de 23.000 m2 de ABL, irá disponibilizar, no final de 2012, mais de 100 lojas das melhores marcas nacionais e internacionais». Por sua vez, a Multi Development Portugal apresentou no seu stand do MAPIC o mais recente Forum Sintra, a reconversão e expansão do Feira Nova em Mem Martins, que irá inaugurar já em 2011. A Multi Development Portugal aproveitou ainda para assinalar a sua satisfação pelo facto de verificar o regresso de muitos retalhistas europeus ao mercado nacional dos centros comerciais. centes projectos que estão a ser desenvolvidos. A Sonae Sierra, por exemplo, reconhece que «o MAPIC é um dos principais pontos de encontro do sector dos centros comerciais, juntando no mesmo evento os principais promotores e lojistas. A nossa presença permite a concretização de várias reuniões com lojistas, dando-lhes a conhecer as oportunidades actuais no nosso portfolio e em desenvolvimento». A empresa teve em destaque o Le Terrazze (La Spezia, Itália), Adora Mall (Craiova, Roménia) e Neue Mitte Garbsen (Garbsen, Alemanha), ou seja, alguns dos seus projectos internacionais, dada a sua expansão a este nível. Já a Mundicenter referiu que este evento «não só permite passar a mensagem e imagem do Grupo Mundicenter e dos seus centros, como permite estar em dia com o que de melhor se faz neste mercado mundialmente, e auscultar as principais tendências de mercado». No caso deste operador, esteve em exposição todo o portefólio, com especial incidência na conversão que está a ser feita ao actual Odivelas Parque, que se irá transformar no primeiro shopping misto de Portugal, o futuro Strada Shopping & Fashion Outlet. «Levantámos também o véu em relação à futura ampliação do Oeiras Parque», assinalou a companhia. Finalmente, um comentário da Neinver, um operador internacional que tem vindo a desenvolver projectos um pouco por toda a Europa. Neste caso, entre outros investimentos, saliência para um em Portugal: «Na apresentação destes novos projectos, merece especial destaque o Algarve The Style Outlets, que representará o reforço da presença da Neinver em Portugal. Este será o seu segundo outlet no nosso país, desta vez no Sul, a apenas 12 Km de Faro.

18 Shopping

A Ségécé Portugal, um dos mais destacados gestores do sector dos centros comerciais em Portugal, aproveitou para apresentar o Aqua Portimão no seu stand internacional. Este projecto irá inaugurar em Abril de 2011 e é fruto da parceria entre esta multinacional francesa, e a Bouygues, também de origem francesa.

A presença nacional não se limitou aos promotores: «os projectos em exibição no stand da CPU Retail Architects centraram-se nos trabalhos mais recentes elaborados pela empresa, como o Anatolium Bursa, recentemente inaugurado na Turquia, pela Cório, o Fórum Oyia, em fase de construção na Líbia, pela TurkMall, e o projecto de La Louviére, na Bélgica, para a Wilhelm & Co., que se encontra em fase de projecto. Estiveram ainda em exibição outros projectos como o a ampliação do OeirasParque, para a Mundicenter, e outros projectos espalhados pela Europa, Asia e Africa».



Viagem de Estudo ao Brasil 2010

Viagem de Estudo ao Brasil 2010

Setembro/Outubro 2010

A Associação Portuguesa de Centros Comerciais organizou entre os dias 6 a 13 de Outubro, a viagem de estudo 2010, tendo sido visitados alguns dos principais Centros Comerciais brasileiros nas cidades de São Paulo, Campinas e Rio de Janeiro. A viagem de estudo contou com a colaboração da Associação Brasileira de Shopping Centers – ABRASCE, congénere brasileira da APCC.

U

m grupo de doze profissionais do sector, esteve presente em mais uma viagem organizada pela APCC, a um mercado de referência dos centros comerciais a nível internacional. Este ano o destino foi o Brasil, tendo sido efectuada uma selecção de 10 Shoppings e um Factory Outlet, nas cidades de São Paulo, Campinas e Rio de Janeiro. A diversidade de empreendimentos foi um dos critérios determinados no inicio da selecção, tendo proporcionado uma perspectiva ampla e realista da actividade comercial integrada em shoppings e dirigida para aos distintos segmentos da população brasileira. Sob este ponto de vista, destaque-se a crescente e apetecível “Nova Classe Média”, designada como “Classe C” (segundo o critério económico brasileiro), segmento que nos últimos oito anos cresceu de um modo impressionante para os nossos padrões, tendo-se verificado um movimento de ruptura com a pobreza de mais de 50 milhões de brasileiros. Esta camada é sem dúvida um dos motores do desenvolvimento comercial, que

20 Shopping

consome preferencialmente em shoppings locais e regionais. Obviamente que os promotores e investidores estão, muito atentos a este fenómeno. Dos centros visitados, claramente que os localizados nas zonas Norte de São Paulo e do Rio de Janeiro se encontram mais dirigidos para este segmento, como o caso do Metrô-Itaquera e Center Norte, em São Paulo; do NorteShopping e Shopping Nova América no Rio de Janeiro, estrategicamente localizados em áreas de elevada densidade populacional inseridas na malha urbana periférica, e cujos níveis de crescimento económico das famílias que ai residem são muito assinaláveis. Nestes casos, pese embora a existência de distintos tipos de oferta, foi possível apontar um padrão de adequação da oferta em pleno, ao cliente-tipo de cada empreendimento. Para além das grandes marcas brasileiras estarem presentes e haver uma procura elevada por lojas nestes shoppings, muitos operadores internacionais assistem igualmente a um assinalável sucesso das suas operações. A título de exemplo refira-se que


Para além dos segmentos emergentes e da crescente capacidade de poder de compra das camadas mais modestas da população, o mercado brasileiro dos centros comerciais é culturalmente, por tradição e excelência, o território das camadas médias e médias altas, com assinalável poder de compra e designados no Brasil por “Classes A e B”.

Praça da Restauração do Parque D. Pedro (Campinas – SP) da esq. p/ dir.: Lídia Gomes – Sonae Sierra Brasil; Francisco Ferraz – Sonae Sierra Brasil; Fernando Muñoz de Oliveira – Mundicenter; Telma Hasse de Oliveira – Mundicenter; Ana Pestana – Mundicenter; António Afonso – Mundicenter; Silvia Garvalho – Bonaparte; Paula Mena – Bonaparte; Manuel Puig – Jones Lang Lasalle Portugal; Cristina Cristóvão – Jones Lang Lasalle Portugal; Fernando Rocha Pereira – FDO imobiliária; Alexandra Costa – FDO Imobiliária; Miguel Farracho – Mundicenter; Pedro Teixeira – APCC;

Shopping

Setembro/Outubro 2010

o Restaurante da cadeia McDonalds recordista mundial no índice de vendas por metro quadrado, é a unidade instalada no Shopping Metrô-Itaquera, facto referido pelo Presidente Lula da Silva no 4.º Fórum Empresarial Brasil - União Europeia que decorreu em Julho de 2010 em Curitiba.

21


Setembro/Outubro 2010

Viagem de Estudo ao Brasil 2010

Nestes segmentos, as diferentes localizações dos shoppings definem tipos de oferta também distintos, porém estes centros têm em comum uma grande componente de marcas internacionais de referência neles instaladas. Aqui destacamos naturalmente os Shoppings localizados nos elegantes bairros localizados no Sul das cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro, nomeadamente o Iguatemi em pleno Jardim Paulistano, o MorumbiShopping (Morumbi), e o Shopping Leblon no Rio de Janeiro, (note--se que foi ainda visitado a título privado, o exclusivo Shopping Cidade Jardim em São Paulo). Outros centros, como o Rio Sul Shopping e o BarraShopping, diferenciam-se pela ampla oferta, que resulta numa elevada capacidade de atractividade. Ambos situam-se no Rio de Janeiro, o primeiro no bairro do Botafogo, e o segundo na Barra da Tijuca, zona de expansão recente da cidade. O BarraShopping encontra-se fisicamente ligado a um pólo de entretenimento e lazer designado New York City Center.

22 Shopping

A missão contou ainda com a viagem à cidade de Campinas, 100 kms a norte de São Paulo, onde foi possível visitar o maior investimento da Sonae Sierra no Brasil, o Parque D. Pedro. Trata-se do maior Shopping visitado, com uma Área Bruta Locável ligeiramente superior à do Centro Colombo (123 mil m2 ABL), mas que se desenvolve em apenas um piso, o que nos transmite uma sensação de gigantismo. No Parque D.Pedro foi-nos permitido ainda visitar a expansão (5 mil m2 ABL) a céu aberto, numa zona entretanto inaugurada e que trouxe ainda mais atractividade a este centro reconhecido como um dos mais importantes e modernos do Estado de São Paulo. Após a saída do Parque D. Pedro e já no regresso de Campinas a São Paulo, foi visitado o Premium Outelt Center. Trata-se da mais bem sucedida operação de Factory Outlet no Brasil, situado em Itupeva, em plena Rodovia dos Bandeirantes, uma das mais movimentadas auto-estradas do Brasil, que liga as principais cidades do Estado de São Paulo.



Viagem de Estudo ao Brasil 2010 Centros Comerciais visitados:

São Paulo Shopping Metrô Itaquera www.shoppingitaquera.com.br ABL: 43.110 m2 N.º de Lojas: 200 Promotor: Ancar Ivanhoe Âncoras: Hipermercados Extra, C&A, Marisa, Casas Bahia, Pernambucanas, Preçolandia, Besni, Magic Games, Complexo Box, Cinemas Shopping Center Norte www.centernorte.com.br ABL: 64.000 m2 N.º de Lojas: 331 Promotor: Grupo Center Norte Âncoras: C&A, Cinemark, Renner, Riachuelo, Saraiva Megastore Shopping Center Iguatemi www.iguatemisaopaulo.com.br ABL: 40.724 m2 N.º de Lojas: 340 Promotor: Grupo Jereissati

MorumbiShopping www.morumbishopping.com.br/ ABL: 55.085 m² N.º de Lojas: 483 Promotor: Multiplan Inauguração: 1982¬ – Expansões e Remodelações: 5 Âncoras: C&A; Fnac; Renner; Saraiva Mega Store; Zara; Barbacoa; Camicado; Luigi Bertolli; Cia Athlética; Cine TAM; Hot Zone

Setembro/Outubro 2010

Campinas

24 Shopping

Parque D. Pedro Shopping www.parquedpedro.com.br ABL: 122.471 m2 (expansão 5.400m2 ) N.º de Lojas: 423 (expansão 34 lojas) Promotor: Sonae Sierra Brasil Âncoras: 23 (expansão 6 lojas)

Premium Outlet Center www.premiumoutlet.com.br/home/ ABL: 18.000 m2 N.º de Lojas: 95 Promotor: General Shopping, Senpar Principais insígnias: Diesel, Nike, Calvin Klein, Lacoste, Adidas, Hugo Boss, Giorgio Armani Âncoras: C&A; Fnac; Renner; Saraiva Mega Store; Zara Barbacoa; Camicado; Luigi Bertolli; Cia Athlética; Cine TAM; Hot Zone


Shopping Leblon www.shoppingleblon.com.br ABL: 23.000 m2 N.º de Lojas: 190 Promotor: Aliansce , Grupo Santa Isabel Âncoras: Centauro, Renner, Zara Rio Sul Shopping Center www.riosul.com.br ABL: 50.000 m2 N.º de Lojas: 400 Promotor: Brookfield (ex Brascan) Âncoras: LASA, Renner, Saraiva Megastore, Zara Shopping Nova América www.novaamerica.com.br ABL: 57.068 m2 N.º de Lojas: 263 Promotor: Ancar Ivanhoe Âncoras: C&A, Casa & Vídeo, Ponto Frio, Kalunga, Lojas Americanas, Casas Bahia NorteShopping www.norteshopping.com.br ABL: 77.100 m2 N.º de Lojas: 343 Âncoras: 11 lojas Promotor: BR Malls

Setembro/Outubro 2010

Rio de Janeiro

BarraShopping www. barrashopping.com.br ABL: 69.825 m2 N.º de Lojas: 577 Promotor: Multiplan Âncoras: Zara, Renner, C&A, Fast Shop, Lojas Americanas, Ponto Frio, Saraiva Megastore, Hot Zone, Centro Médico

Shopping

25


Viagem de Estudo ao Brasil 2010 Dimensão e potencial do mercado Brasileiro de Centros Comerciais (Fonte: ABRASCE) Grandes Números: Brasil Julho 2010

Estados

Número Total de Shoppings

397

A Inaugurar em 2010

UF

9

Área Bruta Locável (milhões de m2) Área Construída (milhões de m2) Vagas para Carros

9,4 20,4

São Paulo

673.582

ABL Total

130

3.617.686

Rio de Janeiro

48

1.161.716

Minas Gerais

33

529.318

Rio Grande do Sul

32

775.444

Lojas Total

70.436

Paraná

26

514.128

Lojas Satélites

67.614

Santa Catarina

19

322.127

Lojas Âncoras

2.822

Distrito Federal

17

373.486

Salas de Cinema

2.388

Bahia

17

344.861

760.000

Goias

11

210.488

Faturamento estimado 2009 (R$ bilhões)

71,0

Geará

11

224.398

Tráfego de Pessoas (milhões por mês

348

Pernambuco

10

262.786

Rio Grande do Norte

6

105.015

Amazonas

6

133.190

Mato Grosso

5

112.172

Paraíba

4

100.506

Maranhão

4

70.512

Espírito Santo

3

74.148

Sergip

2

71.488

Piauí

2

40.629

Alagoas

2

67.668

Pará

3

106.386

Mato Grosso do Sul

3

68.500

Empregos Gerados

Vendas em Relação ao Varejo Nacional

18,3%

(1)

(1) Exlclui vendas de combustíveis e GLP Critério: Consideram-se aqui shoppings com lojas locadas, lojas âncoras e vagas de estacionamento, com área igual ou superior a 5.000M2 e todos os Shoppings associados da Abrasce. A informação0 sobre faturamento é estimada e pode ser alterada.

Participação por Região – Jul 2010 N.º de shoppings

Regiões

% do Total

ABL

Norte

12

3%

328.229

Nordeste

58

15%

1.287.863

Centro-Oeste

36

9%

764.646

Sudeste

214

54%

5.382.868

Rondonia

1

29.964

Sul

77

19%

1.611.699

Tocantins

2

58.690

100%

9.375.305

Total

397

9375.305

Total

Setembro/Outubro 2010

Nº de Shoppings

397

Evolução do Setor

Ano

N.º de Shoppings

ABL (Milhões de m2)

Lojas

Salas de Cinema

Faturamento em milhões de reais/ano

Empregos

Tráfego de Pessoas (milhões vistas/mês)

2005

338

6,5

42.363

1.115

45,5

488.286

181

2006

351

7,5

5.487

1.315

50,0

524.090

203

2007

365

8,3

62.086

1.970

58,0

629.700

305

2008

376

8,6

65.500

2.200

64,6

720.890

325

2009

392

9,1

70.436

2.388

71,0

760.000

348

2010

410

9,6

73.775

ND

79,5

810.000

ND

26 Shopping



Iluminação

Iluminação em espaços comerciais

Setembro/Outubro 2010

No dia 10 de Novembro de 2010 o Centro Português de Iluminação - CPI organizou, em colaboração com a Ordem dos Arquitectos - e a APCC - Associação Portuguesas de Centros Comerciais, uma mesa redonda subordinada ao tema : a importância da iluminação em espaços comerciais. Aqui ficam as principais conclusões desta jornada que decorreu no auditório da Ordem dos Arquitectos, em Lisboa.

28 Shopping


Os trabalhos iniciaram-se com quatro apresentações. O primeiro tema, com a designação “A importância do Conceito de Luz”, foi apresentado pelo orador Pedro Telhado. Nesta apresentação fez-se uma abordagem sobre o processo de desenvolvimento do conceito de luz e quais os factores que estão implicados. Passou-se a ideia que cada espaço tem a sua iluminação própria, não havendo uma receita feita de “boa iluminação” aplicável a todos casos. O segundo assunto foi apresentado pelo Arquitecto Rui Picoto da Cunha com o título “Luz e Arquitectura como interagem”. Nesta apresentação o orador procurou mostrar um pouco o papel da luz na percepção dos espaços

e na criação de ambientes, dando-se exemplos ilustrativos das diversas soluções possíveis de implementar. Na terceira intervenção, que falou sobre “Qual o papel da iluminação na exploração de um espaço comercial” cujo orador foi António Sampaio de Mattos, presidende da APCC, revelou-nos uma visão muito prática da iluminação em espaços comerciais, nomeadamente centros comerciais e grandes superfícies. António Sampaio de Mattos, Presidente da APCC destacou ser necessário criar um novo paradigma. Segundo referiu, no passado a lógica assentava no triângulo intensidade lúmnica, segurança e vendas. Actualmente, pensa-se em ambientes diferenciados, bem-estar/conforto e vendas. Mas de futuro é preciso integrar a ideia de conforto e atractividade como elementos de valorização do espaço, pois, frisou, a segurança tem de ser um dado adquirido nos centros comerciais. Para o presidente da APCC, «iluminar adequadamente um ambiente comercial é fundamental em qualquer ponto de venda, tornando-se num dos factores de sucesso do negócio. O mesmo se passa num centro comercial, onde o projecto de iluminação é basilar, embora mais complexo, devido essencialmente a três factores: a arquitectura do centro, que por si só influencia a distribuição de luz;

Shopping

Setembro/Outubro 2010

A

pertinência do Tema e o seu contributo para o desenvolvimento económico, levou à mesa redonda, uma grande diversidade de participantes, entre especialistas, arquitectos, técnicos de iluminação e outros interessados nesta temática. O evento teve a abertura com a Presidente da Região Sul da Ordem dos Arquitectos OASRS - Leonor Gomes, que mostrou satisfação na realização deste tipo de eventos, chamando a atenção para a possibilidade de um colaboração estratégica futura entre CPI e referida Ordem.

29


Setembro/Outubro 2010

Iluminação

a existência de luz natural ou materiais relectores; as alterações meteorológicas». Finalmente, o quarto motivo de intervenção: “Qual a melhor solução tecnológica de iluminação no comercio” , que foi apresentado por Henrique Mota. Neste caso procurou-se mostrar as vantagens das novas tecnologias e qual o seu papel nos dias de hoje. Procurou-se ainda desmistificar a informação que circula em volta das novas tecnologias, tais como por exemplo os LEDs. Abordou-se ainda a temática dos requisitos de poupança energética e de como as novas tecnologias contribuem, através de luminárias eficientes, conceitos de iluminação mais apropriados ou por controlo.

30 Shopping

Após uma pausa para café, seguiu-se um “aceso” debate sobre iluminação em espaços comerciais. Dando-se por finalizada a Mesa Redonda concluiu-se que faz todo o sentido criar-se um plano director de Iluminação para espaços comerciais; que o futuro, no que diz respeito aos pontos de luz, são os LEDS; a iluminação e o fornecimento destes serviços, em sentido lato, tem de estar sujeita a contratualização; que é necessário salvaguardar as despesas comuns e trabalhar no sentido de implementar conceitos dinâmicos; que o papel do CPI tem cada vez mais importância no panorama nacional e é necessário que os governantes oiçam a sua visão e experiência global sobre esta temática.


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ECL

Aula Inaugural da Escola de Comércio de Lisboa

Setembro/Outubro 2010

A Escola de Comércio de Lisboa (ECL) assinalou oficialmente o início do ano lectivo 2010/2011 com uma aula inaugural proferida por João Sacchetti, Consultor da Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República – que abordou a temática do Centenário da República e do seu impacte no Comércio

32 Shopping


a APCC (Associação Portuguesa de Centros Comerciais) patrocina uma das salas de aula na ECL. Piedade Pereira, Directora da Escola, está optimista em relação ao novo ano lectivo, como confidenciou à Shopping: «Esta aula tem por objectivo criar o melhor clima

A Escola de Comércio de Lisboa é uma Escola Profissional, reconhecida e integrada oficialmente no sistema educativo português, que completou este ano o seu 21º aniversário, dedicado à formação de profissionais na área do comércio e serviços. Com um ensino inovador, integrando uma forte componente prática e interdisciplinar - aplicada desde logo nas Lojas Pedagógicas existentes na Escola - este projecto proporciona uma formação integral, facultando o início e desenvolvimento de uma carreira profissional cheia de oportunidades. A estreita ligação da Escola às empresas constitui uma das mais-valias do seu projecto e é evidenciada, desde logo, pelo facto das suas salas serem patrocinadas por empresas, existirem Conferências semanais com profissionais, Visitas de Estudo, Intercâmbios Internacionais e Estágios em todos os anos dos cursos, realizados em empresas nacionais e noutros países da União Europeia (Inglaterra, Espanha e França). O sector dos centros comerciais, sendo fundamental no âmbito do comércio em geral, também não é esquecido e, como prova disso,

organizacional, afirmando elementos de unidade do próprio sistema educativo e fazendo a ponte entre um ano e o outro. Somos um sector com 100% de empregabilidade e, portanto, temos grandes expectativas. O cenário aqui na Escola não é de pessimismo. Obviamente, sabemos que muitas empresas fecharam ou vão fechar, mas também sabemos que o sector do comércio tem espaço para os recursos humanos qualificados, o que constitui a nossa missão. Estamos seguros que os nossos alunos serão uma contribuição para a valorização e melhoria do comércio».

Shopping

Setembro/Outubro 2010

E

ste é o momento em que a Escola dá as boasvindas aos alunos, assim como se despede, e premeia, aqueles que mais se distinguiram no ano anterior. De facto, a intervenção de João Sacchetti foi antecedida pela entrega dos diplomas aos alunos finalistas de cada curso, e pela cerimónia de abertura, que ficou a cargo de Carlos Vieira, Presidente do Conselho de Gerência da Escola de Comércio de Lisboa. Na cerimónia, foi também destacado o melhor aluno do ano passado, desta feita na área de informática de gestão, com uns honrosos 17 valores.

33


análise

Natal começa a mexer

C

omo é hábito anualmente, aproxima-se uma época em que o índice Footfall regista valores elevados, em virtude das compras de Natal. Em Novembro, portanto, verifica-se uma variação positiva face ao mês anterior, com uma ligeira subida de 1,4 por cento. O Índice, no mês em análise, situou-se nos 84,45 pontos face ao valor base. O cenário, contudo, não é especialmente animador se quisermos olhar para a perspectiva global. De facto, ao fazermos uma comparação com o ano anterior, verificamos que Novembro esteve 5,6% abaixo do mês homólogo. Esta é mesmo a comparação m ais negativa dos últimos

seis meses e acentua as dificuldades porque passam as famílias portuguesas. Inclusivamente, a comparação homóloga está bastante abaixo da média do ano registada até agora, que se situa em 2,45 pontos negativas, considerando o total de 2010 face ao total de 2009. A esperança é que os portugueses estejam a adiar para Dezembro as suas compras. Naturalmente, a comparação face ao ano anterior deverá continuar a reflectir o contexto macroeconómico, mas certamente que Dezembro é sempre uma altura de forte dinâmica no sector de centros comerciais e 2010, apesar da crise, não fugirá à regra.

Novembro 2010

Variação Percentual Junho

Julho

Agosto

Setembro

84,96

90,43

93,78

87,88

83,28

84,45

-0,7%

6,4%

3,7%

-6,3%

-5,2%

1,4%

-4,8%

-5,4%

-2,1%

-1,3%

-3,3%

-5,6%

Indice FootFall Variação Mensal

Variação Anual

Outubro

Novembro

Indice FootFall - Portugal 2008

Indice FootFall de Portugal 120 90

2009

2010

Indice Acumulado

88 86 84

2009

2010

-2,45%

100 Indice

Setembro/Outubro 2010

110

90

80

70 Janeiro

34 Shopping

Fevereiro

Março

Abril

Maio

Junho

Julho

Mês

Agosto

Setembro

Outubro

Novembro

Dezembro



14 PROJECTOS EM PORTUGAL

A Multi Development está presente em Portugal desde 1990. A sua prestação no mercado permitiu-lhe conquistar grandes obras que foram merecedores de reconhecimento internacional pelo seu conceito, design e gestão personalizada. Graças à prática duma política de sustentabilidade integrada e ao cuidado prestado com o meio envolvente, a Multi goza de um registo único no que respeita à identificação com as pessoas e com os locais onde trabalha, contribuindo para o bem-estar da comunidade e favorecendo as gerações futuras.

14 projectos concluídos em Por tugal. Ver: www.multi.eu HOLANDA | ALEMANHA | BÉLGICA | ESLOVÁQUIA | ESPANHA | FRANÇA | ITÁLIA | POLÓNIA | PORTUGAL | REINO UNIDO | REPÚBLICA CHECA | SUIÇA | TURQUIA | UCRÂNIA


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