Ponto Turismo 31

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SET/OUT

2017 €5

distribuição nunca esteve tão viva opinião

A sustentabilidade e o Turismo Religioso, a opinião de Francisco Moura

tecnologia

Destinos Inteligentes, o caminho para a sustentabilidade

análise

Gestão de redes sociais, nem sempre muito é o melhor

10 insights O processo de ter ideias criativas e como as materializar

GRANDE entrevista Fernando Cuesta diretor geral amadeus espanha e portugal



Ficha Técnica

Índice

Negócio da distribuição está mais vivo do que nunca

Propriedade Amadeus Soluciones Tecnologicas, S.A. Sucursal em Portugal

Sede Avenida Duque D’Avila, n.º 46 - 3º B 1050-083 Lisboa Tel.: 21 321 30 99 - Fax: 21 322 58 75 E-mail: pontoturismo@pt.amadeus.com

Diretor Geral

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A afirmação é de Fernando Cuesta que na grande entrevista faz um balanço dos 30 anos da Amadeus e dá conta dos desafios que se colocam ao sector.

Cláudio Santos

Diretor da Ponto Turismo Cláudio Santos Bimestral · Ano - 2017 - Edição 31

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Coordenação Editorial

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pontoturismo@pt.amadeus.com · Tel.: 21 321 30 99

Produção de Conteúdos e Edição Mediapearl - Comunicação e Serviços, Lda. Tel.: 214 037 656 · mediapearl@mediapearl.pt

Publicidade marketing@pt.amadeus.com · Tel.: 21 321 30 99

Ilustração Capa Pedro Taquelim

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Opinião

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Grande Entrevista

Fotografia Mediapearl

Produção Mediapearl - Comunicação e Serviços, Lda. Rua de Xabregas, 2, Piso 2, Sala 2.06 / 2.07 1900-440 Lisboa mediapearl@mediapearl.pt

Impressão e Acabamento RBM - Artes Gráficas

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Tiragem 1300 exemplares

Registo na ERC N.º 126281

Depósito Legal N.º 350109/12

A revista Ponto Turismo é uma publicação da Amadeus Portugal. A empresa não se identifica necessariamene com o conteúdo dos artigos nem com as opiniões dos seus colaboradores. É proibida a reprodução total ou parcial sem a autorização prévia da empresa editora.

Turismo Religioso: O potencial dos lugares sagrados como ferramenta para o desenvolvimento sustentável do turismo

Fernando Cuesta - “As agências de viagens que queiram ser líderes precisam de um parceiro tecnológico que invista no futuro”

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Tecnologia

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Análise

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10 Insights

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Lifestyle

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Viagem de:

Entrevista Caderno Frédéric Frère - Portugal ainda tem margem para reforçar-se como destino de MI

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Soluções

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Notícias

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Aniversário 30 Anos

Amadeus Selling Platform Connect

Cláudio Santos é o novo diretor da Amadeus Portugal

Destinos Inteligentes: Para um turismo mais sustentável, acessível e rentável

- Marketing: Como gerir uma marca nas redes sociais?

Passos-chave para chegar às ideias mais criativas, sob o olhar da ActiveIdeas!

Turismo industrial: New Hand Lab é a nova “fábrica” criativa na Covilhã

Luís de Magalhães: Em Djerba pode-se passear em segurança de dia e de noite

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Editorial

Continuar a trabalhar para moldar o futuro das viagens

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udança, palavra simples que causa as mais diversas reações. De acordo com o dicionário tem vários sentidos, mas um dos mais interessantes é: “transformação decorrente de um fenómeno, variação.” Ao longo dos últimos 30 anos é o que tem acontecido na nossa indústria – e em outras até com maior intensidade – e por consequência faz parte do ADN da Amadeus. Não prevemos a mudança, pois quem está parado, na verdade está a andar para trás. Trabalhamos com os nossos Clientes e Parceiros, investimos em inovação e nos nossos colaboradores para sermos o agente de mudança que moldou o passado, e que irá continuar a mover o futuro das viagens. Lembra-se como era quando tudo começou? Há 30 anos? Para citar um único exemplo, ainda não se ouvia falar na internet. Porém, poucos anos depois, o aparecimento desta inovação tecnológica mudou por completo o mundo das viagens, que ficou desde então, mais conectado (e competitivo), oferecendo uma infinidade de ofertas e oportunidades aos viajantes. Fizemos muito, mas não nos enganemos, para toda uma nova geração de viajantes e de empresas que já nasceram no mundo digital a expectativa é maior e isso só nos motiva ainda mais. Nesta edição especial da Ponto incluímos uma novidade, caderno Amadeus 30 anos, no qual poderá vivenciar connosco algumas das passadas conquistas da

Amadeus e perceber um pouco sobre a perspetiva futura no artigo “Amadeus Passado vs Futuro”. Também, com o intuito de manter o foco especial em Portugal, deixámos nas “mini entrevistas”, testemunhos dos nossos colegas, que acompanharam o percurso da Amadeus Portugal desde o início. Pretende expandir o seu negócio investindo na comunicação através das redes sociais? Então descubra a melhor forma de o fazer, no artigo da análise, escrito pelo Miguel Raposo, guru das redes sociais. Como é o costume, na “Grande Entrevista”, incluímos grandes figuras, desta vez, o diretor geral da Amadeus Espanha, Fernando Cuesta, fala sobre a evolução da Amadeus, realçando as diferenças entre os mercados de Portugal e Espanha. Da minha parte gostaria aproveitar este editorial para desejar boa sorte e também dizer até logo e felicidades aos nossos clientes parceiros. l Desejamos boa leitura a todos! Miguel Angel e Cláudio Santos

investimos em inovação e nos nossos colaboradores para sermos o agente de mudança que moldou o passado, e que irá continuar a mover o futuro

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Opinião Francisco Moura

Francisco Moura

Consultor Turismo Religioso Geostar

Turismo Religioso

O potencial dos lugares sagrados como ferramenta para o desenvolvimento sustentável do turismo Hoje a maioria dos países, veem na atividade turística fruto das receitas dos ingressos dos turistas, uma alavanca para o equilíbrio das suas finanças, e a consequente criação de empregos, a montante e a jusante do turismo, contribuindo assim para a melhor qualidade de vida dos seus habitantes. Neste momento a atividade turística, a nível global corresponde já a cerca de 10% de toda a atividade económica.

P

orém, o desenvolvimento turístico, e o património construído deve assentar numa forma planificada, e ter em conta certos setores, de forma a evitar os impactos negativos e desequilíbrios fortíssimos nos países recetores, de forma a evitar gravíssimas consequências para as populações locais, particularmente para os países que mais dependem do turismo. Infelizmente, no último quartel do passado século, assistimos um pouco por todos os continentes, à destruição de muitos paraísos turísticos, sobretudo nos segmentos do turismo de natureza e de sol e praia, fruto da ganância de investidores sem escrúpulos, com construção massiva do património construído sem equilíbrio, que muitas ocasiões contou com a conivência das autoridades locais. Fruto desta política acabaram por destruir o meio ambiente, e assim retirar as condições que estiveram na génese do interesse e da procura turística do destino. Hoje as sociedades estão em permanente mutação, e por isso temos de saber planear o que queremos para o futuro, de forma a criar estratégicas para acautelar os impactos negativos do impacto do turismo. Os turistas, serão cada vez mais cultos e sensibilizados pelas causas ambientais. Atenta a este fenómeno, a Organização das Nações Unidas proclamou este ano de 2017 como o Ano Internacional do Turismo Sustentável para o Desenvolvimento em reconhecimento ao grande potencial da indústria do turismo. Tem como objetivo primeiro, sensibilizar os Estados para que a riqueza produzida possa contribuir duma forma efetiva, por um lado

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para preservar o património das várias culturas onde naturalmente se encontra o património religioso, e por outro, como forma de luta contra a pobreza. É pois pertinente e fundamental, minimizar ao máximo o impacto negativo do turismo, que passa por politicas corretas, e práticas adequadas em que toda a sociedade terá de estar sensibilizada e mobilizada de forma a minimizar os reflexos negativos que afetam os ecossistemas, os recursos naturais e o património cultural, onde se inclui o património religioso. A sustentabilidade do património ambiente natureza e turismo, passa por olhar o tema duma forma holística, e integrada, pois as questões ecológicas e o do património estão interligadas. Quando com a nossa pegada contribuímos para a destruição do ambiente estamos a destruir-nos a nós próprios. No mundo em geral e no caso português assistimos a uma crescente preocupação quer por parte do governo quer por parte das regiões, na


Nome do Conteúdo do Capítulo Nome do Capítulo Francisco Moura Opinião

O património religioso faz parte integrante da idiossincrasia dos povos e por isso é parte da sua história

procura de práticas e políticas mais sustentáveis e respeitadoras do ambiente. Em relação à temática do Turismo Religioso, a prioridade tem de ser o preservar a originalidade e a autenticidade dos locais religiosos. O património religioso faz parte integrante da idiossincrasia dos povos e por isso é parte da sua história. Hoje para muitos turistas a principal motivação das viagens são motivos ligados à temática religiosa e espiritual. Portugal beneficia de ter em Fátima, um dos mais importantes santuários católicos do mundo, por isso ostenta o nome de “Altar do Mundo”. É inegável a importância de Fátima, enquanto destino religiosos, que atrai anualmente milhões de turistas, independentemente da sua crença religiosa e que veem à procura de encontrar um espaço que lhe transmita paz e serenidade. O meio ambiente em que está envolvido o santuário, é sem dúvida um, dos mais

belos do mundo ligados ao fenómeno religioso. A espiritualidade que se respira em Fátima deve ser preservada, por todos os intervenientes do turismo; entidades oficias e privadas, hotéis, restauração, comércio, turistas e população local de forma a evitar a construção massificada do imobiliário, para que as gerações futuras possam continuar a usufruir dessa Paz que se respira no santuário, onde para alguns impera o silêncio e muitos outros encontram o silêncio de Deus. Ainda envolvido no ambiente das celebrações por ocasião do centenário das Apariçoes de Fátima, que terão lugar até final de Outubro do corrente ano, e que tiveram como auge os dias 12 e 13 de Maio com a presença do Papa Francisco e a canonização os novos santos da Igreja Católica, Francisco e Jacinta, terá lugar entre 22 e 23 de Novembro o Congresso Internacional de Turismo Religioso e Peregrinação, que conta com a presença do Doutor Taled Rifai, Secretario Geral da Organização Mundial de Turismo das Nações Unidas. Este Congresso irá decorrer numa perspetiva ecuménica, conta com a participação de consagrados investigadores do fenómeno religioso, oriundos de todo o mundo. Entre os vários painéis, destaque para temática relacionada com o papel do turismo religioso na preservação dos locais religiosos, assim como o desenvolvimento do Turismo Religioso e o seu crescimento económico sustentável. O turismo religioso é considerado por muitos, como o mais nobre dos diferenciados segmentos da atividade turística e tem contribuído para um melhor diálogo inter-religioso, e intercultural contributo indispensável para fortalecer a paz no mundo. l

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Grande Entrevista Fernando Cuesta

Fernando Cuesta diretor geral Espanha e Portugal Amadeus

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Fernando Cuesta Grande Entrevista

Fernando Cuesta

“As agências de viagens que queiram ser líderes precisam de um parceiro tecnológico que invista no futuro” A Amadeus comemora este ano 30 anos e Fernando Cuesta, director geral da Amadeus Espanha e Portugal lembra que mais do que o aniversário, a tecnológica celebra os êxitos e a visão do futuro que ainda se mantém atual

Ponto Turismo › A Amadeus faz 30 anos em 2017. Quais são os pontos altos da Amadeus ao longo destes 30 anos de história? Fernando Cuesta › Comemorar 30 anos de história é motivo de satisfação, porque na realidade, aquilo que celebramos, mais do que o aniversário em si, são os êxitos reais que construímos após um sonho que aconteceu em 1987, quando nos propusemos criar o melhor sistema de distribuição para a indústria das viagens. Atrás deste e de outros objetivos alcançados, existem inúmeras horas de trabalho, milhares de desafios e, sobretudo, o trabalho de pessoas que acreditam no futuro e, muitas vezes, de forma visionária, no nosso projeto. Por isso, o que eu destaco de forma clara destes anos é essa visão de futuro que nos caracteriza, junto com a paixão pelas viagens, pela inovação, a tecnologia, e por ser melhores todos os dias. Isso é o que tem marcado a nossa história empresarial e que nos tem permitido alcançar marcos importantes, que são ao mesmo tempo, da história do turismo e das viagens, como a criação do primeiro PNR (Passenger Name Record), o desenvolvimento dos primeiros serviços tecnológicos para companhias aéreas, o lançamento da primeira web de comércio eletrónico posta a funcionar por uma companhia aérea (Icelandair)

o mercado português tem algo muito em comum com a Amadeus que é o seu espírito empreendedor e de inovação

ou as primeiras tecnologias de comunicação na nuvem para aeroportos. Estes são apenas alguns exemplos de como temos participado na transformação de um dos setores mais apaixonantes que existem: o de ligar pessoas, ligar países, ligar mundos.

Ponto T. › Se nos focarmos em Portugal, a história da Amadeus é um pouco diferente da de Espanha. Como é que contaria a evolução da Amadeus em Portugal? F.C. › O negócio é o mesmo, não obstante, não existem dois mercados iguais. A estrutura do mercado português é diferente da do espanhol, seja em dimensão, peso do online, distribuição business/leisure e pela sua dinâmica de desenvolvimento. Vejo que o mercado português tem algo muito em comum com a Amadeus que é o seu espírito empreendedor e de inovação. Também vejo que o mercado português está a acelerar a sua procura de tecnologia e de conteúdo para personalizar e oferecer a máxima qualidade de serviço, além de aumentar as vendas e ser mais eficientes. Nisto somos muito otimistas já que, #31 SET/OUT 2017

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tanto a minha equipa como eu, temos o firme compromisso de ajudar Portugal na transformação digital da indústria das viagens, para que disponha da melhor tecnologia, o melhor produto e o conteúdo mais enriquecedor e para que juntos, possamos levar o espírito empreendedor e de inovação a todo o mundo. Sabemos que as agências portuguesas já estão num processo pleno de modernização e estão conscientes de que para tal necessitam muito mais do que um GDS. Precisam de um novo sócio tecnológico capaz de lhes dar serviço de qualidade máxima e dotá-los de tecnologia mais avançada que lhes permita vender mais e ser mais eficientes. Novas formas de receitas, novos produtos, novas formas de fazer as coisas… isso é exatamente o que oferecemos. E a promessa de ambos podermos crescer juntos num mundo que nada tem a ver com o de há uma década.

O negócio da distribuição está mais vivo do que nunca, provavelmente porque nunca foi tão complexo como agora

Ponto T. › Qual é o futuro do negócio dos GDS tendo em conta o desenvolvimento do online, dos agregadores e de outros players? F.C. › Os negócios já não são duais, O mundo já não é online ou offline, full service carrier ou low cost, táxi ou Cabify e Uber, distribuição directa ou indirecta… No novo mundo tudo é combinável: o importante é conhecer muito bem a necessidade do cliente e o produto de que necessita junto com o serviço adequado ao dito produto. O negócio da distribuição está mais vivo do que nunca, provavelmente porque nunca foi tão complexo como agora e nunca o viajante teve mais necessidade de transparência e liberdade de escolha. Na Amadeus somos capazes de continuar a ajudar a crescer e a ser cada vez mais eficientes para todos os atores da indústria, sejam agências de viagens, #31 SET/OUT 2017

companhias aéreas, hotéis, operadores turísticos, aeroportos… e o valor que trazemos a cada um cria numerosas sinergias das quais beneficiam o resto dos operadores. Ao fim ao cabo, o ecossistema da distribuição sustenta-se nisso mesmo: todos nós trazemos valor, uns aos outros, e isso resulta em benefícios incontáveis para o cliente final. Espera-nos um futuro cada vez mais complexo, embora sejamos muito otimistas na posição que podemos ocupar no mercado, porque o nosso foco está no futuro, em adaptarmo-nos e, sobretudo, em ter uma equipa humana que nos permita crescer hoje e amanhã.

Ponto T. › Em que ponto de desenvolvimento está a plataforma intermodal e a interconexão global da qual a Amadeus faz parte? F.C. › Ainda nos falta um longo caminho para percorrer, mas a nossa visão para o futuro passa pelas viagens intermodais e pela interconexão global de todos os atores que intervêm na viagem, em benefício do viajante. Queremos ser capazes de desenvolver um bilhete único que permita unir, num único dispositivo ou registo, os diferentes serviços que um cliente contrata na sua viagem, a partir do momento em que sai da sua casa até que regressa depois de ter disfrutado da experiência do seu itinerário. Para tal, entre outros conteúdos, trabalham os nossos 20 centros I+D, que estão distribuídos por todo o mundo. Além de, naturalmente, continuarem a avançar na criação de novas soluções tecnológicas, que se somem às mais de 60 existentes e que já estão disponíveis para as as agências de viagens. E, mais concretamente em Portugal, para o ano esperamos levar a cabo


Fernando Cuesta Grande Entrevista 11

um projeto piloto de intermodalidade e deste modo por o mercado português e os seus agentes, na vanguarda da inovação.

Do ponto de vista do negócio, contamos com um cliente líder em Portugal, TAP, que utiliza a nossa tecnologia, tanto para a sua operação habitual como para a sua própria distribuição. Além disso, redesenhámos a oferta que temos para as agências de viagens, completamente personalizada em função das suas necessidades presentes e futuras. Vamos continuar a trabalhar para proporcionar às agências, as ferramentas mais adequadas e as que lhes permitem dar um serviço melhor aos clientes. E também iremos continuar a impulsionar o acesso a conteúdos low-cost mais importantes para os viajantes portugueses, bem como aos ancillary services, que permitem aos agentes de viagens, desenhar um produto muito mais personalizado para os seus clientes. Além disso, como os nossos clientes são agências de viagens, que são inquietos, diversificados e com visão de futuro, continuaremos a trabalhar com toda a humildade e esforço, todos os dias para convencer mais agências portuguesas a confiarem na nossa tecnologia e no nosso serviço de alta qualidade.

No final de 2017, todas as agências de viagens portuguesas já estarão a trabalhar com esta plataforma de nova geração

Ponto T. › Que outras novidades tem a Amadeus previstas para o sector do Turismo e que também se irão aplicar em Portugal? F.C. › Além do mencionado projeto de intermodalidade, estamos a terminar o processo de lançamento da nossa plataforma Amadeus Selling Platform Connect em Portugal. A ferramenta permite aos agentes trabalhar na nuvem e assim trabalhar e prestar serviço aos seus clientes a partir de qualquer lugar com ligação à internet. É a ferramenta mais inovadora, que ajuda os profissionais a serem muito mais flexíveis e prestar um serviço excelente aos seus clientes, como, quando e onde seja necessário. Também iremos lançar quatro produtos: uma solução inovadora de pagamentos, a aplicação móvel líder na Europa para o sector corporativo e de lazer, uma nova ferramenta de autorreserva dirigida às empresas portuguesas que queiram ter uma maior controlo dos seus gastos e políticas de viagens, e uma nova plataforma de distribuição para o mercado de lazer. Além disso iremos continuar a impulsionar a comercialização dos produtos que ofereçam poupanças de custos às agências, automatizando processos ao máximo e permitindo focar-se nas tarefas de maior valor. Ponto T. › Como é que se está a desenvolver a solução Amadeus Selling Platform Connect junto dos agentes de viagens em Portugal e em Espanha? F.C. › Quero partilhar a satisfação dos nossos clientes, e com isso a nossa própria satisfação, pelo lançamento da Amadeus Selling Platform Connect. No final de 2017, todas as agências de viagens portuguesas já estarão a trabalhar com esta plataforma de nova geração que já é utilizada por 250 mil agentes de viagens em todo o mundo. Portugal, mais uma vez, esteve na vanguarda deste lançamento a nível mundial. O lançamento tem sido um processo muito trabalhoso que temos enfrentado com toda a ilusão, trabalhando em conjunto e de maneira coordenada com os nossos clientes. Na sua maioria, os agentes de viagens receberam a mudança, com expectativa e uma excelente predisposição, por isso, aproveito este momento para agradecer a sua confiança e a sua colaboração, porque desde o início perceberam que a Amadeus Selling Platform Connect é uma plataforma do futuro. Ponto T. › O que é que a Amadeus tem planeado para Portugal? F.C. › Em primeiro lugar, temos investido na equipa de profissionais que temos em Portugal, que, com a integração de novas pessoas, estão a formar uma das melhores equipas da Europa.

Ponto T. › Apesar das vendas de serviços complementares das companhias aéreas estarem a aumentar com a plataforma de ancillary services, as companhias aéreas criam novas taxas pelas vendas através de GDS. Como vê isso? Como uma facada nas costas de um amigo? F.C. › Claro que não! Com efeito essas companhias aéreas continuam a ser clientes muito importantes para a Amadeus, que utilizam a nossa tecnologia como sistema de embarque ou para gerir o seu próprio inventário, e nós estamos muito orgulhosos por poder oferecer-lhes o melhor serviço. O que aconteceu foi que a complexidade da distribuição aumentou de tal forma nas últimas década. Há mais produtos, mais canais e o comportamento dos viajantes também se alterou substancialmente. As companhias aéreas precisam de controlar melhor a sua estratégia de distribuição e conhecer melhor o seu cliente. São aspirações completamente legítimas, mas isso não significa que a venda intermediada tenha perdido o seu valor, antes pelo contrário: permite dotar a companhia aérea de uma força de vendas com uma enorme capilaridade, resulta num sistema altamente eficiente para as companhias aéreas, porque se não de vende, não se paga. E, por último, permite-lhes expandir a sua presença em mercados onde a linha aérea poderá não ter um bom reconhecimento de marca. Ponto T. › Acha que a iniciativa vai alargar-se a todas as companhias aéreas? F.C. › As negociações sobre conteúdo estão na ordem do dia neste sector e a Amadeus não deixa de fechar acordos e aumentar o número de contratos de full content ano após ano. #31 SET/OUT 2017


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O GDS é o canal mais eficiente, e o que permite uma maior conversão e receita unitária. A partir daí, qualquer ator decide qual é a estratégia que mais convém aos seus objetivos; a nossa vontade é ajudá-lo a alcançá-los. De qualquer forma, a nossa responsabilidade, e a de toda a indústria, na minha opinião, é trabalhar em prol do bem dos viajantes, e colocar à sua disposição toda a informação necessária, e com a máxima transparência, sobre preços, horários ou serviços disponíveis. Desta forma o passageiro pode escolher a melhor opção, aquela que responde melhor ao que ele precisa. Isto também é positivo para a agência, que pode oferecer um serviço mais personalizado ao seu cliente, e para a companhia aérea, que tem na sua mão, toda a capacidade para “empacotar” ou “desempacotar” o seu produto da maneira que quiser.

conteúdo de mais de 700 companhias aéreas, mais de 90 das quais são companhias aéreas de baixo custo, e às companhias aéreas, oferecemos acesso a diferentes canais de vendas adaptados às suas necessidades. Para tornar isto possível, destinámos 4,8 mil milhões de euros para I+ D desde 2004 e trabalhamos todos os dias para melhorar a conectividade entre todos os players desta indústria: companhias aéreas, agências, mas também hotéis, operadores turísticos, aeroportos... Em suma, oferecemos a máxima eficiência na operação multicanal. O resultado de tudo isto é a evolução do nosso negócio de distribuição, que no primeiro trimestre melhorou sua posição competitiva em 0,9 pontos percentuais, atingindo 43,5% do mercado mundial e aumentou o volume de reservas em 9,3%, para 154,3 milhões. Se mantivermos esses dados, é mais do que evidente que a Amadeus é e permanecerá chave no futuro da distribuição aérea. Ponto T. › A Amadeus foi reconhecida pelo Dow Jones Sustainability Index como uma das empresas mais sustentáveis do mundo. Quer comentar? F.C. › Termos sido incluídos pelo quinto ano consecutivo no Dow Jones Sustainability Index é um reconhecimento que nos enche de orgulho, especialmente porque é a única empresa de tecnologia na indústria de viagens incluída neste índice. Isto permite-nos demonstrar o nosso papel como empresa socialmente responsável, alinhada com o seu tempo e consciente do seu compromisso corporativo neste campo. Temos de ter em mente que moldar o futuro da viagem hoje em dia exige muito mais do que oferecer inovações tecnológicas e de produtos. Também envolve trabalhar com comunidades locais e promover melhorias socialmente sustentáveis. Desta forma, a nossa visão de negócios transcende o mero crescimento comercial e leva-nos a esforçar-nos todos os dias para dar um contributo sustentável para os setores e sociedades em que operamos, bem como a conectarmo-nos com o desenvolvimento sustentável e socialmente responsável de nossa empresa.

Ponto T. › Defende que a Amadeus é muito mais do que um GDS. Pode desenvolver um pouco? F.C. › Atualmente, a Amadeus fornece tecnologia e soluções para as companhias aéreas que vão além da tecnologia de distribuição. Também fornece tecnologia para operadores turísticos, agências de viagens online ou de qualquer outro tipo de serviço, oferece soluções de pagamento para todo o setor... As nossas soluções estão presentes em mais de 300 aeroportos, nos maiores metasearchers do mundo, em aplicações móveis de última geração...e em muitos mais. A Amadeus é muito mais do que um GDS porque é um parceiro tecnológico chave para a indústria de viagens. Oferecemos às agências de viagens o #31 SET/OUT 2017

Ponto T. › O mundo mudou muito, o cliente mudou muito. Fala-se muito de Futuro na Amadeus. Como serão os próximos 30 anos da Amadeus? F.C. › Se estes últimos 30 anos foram emocionantes, as próximas décadas serão ainda mais. Atualmente, as equipas de inovação da Amadeus estão a trabalhar em áreas líderes como a inteligência digital, a blockchain, a Internet das coisas, a realidade virtual, a análise preditiva e um longo etc. Devemos ser capazes de antecipar a realidade, porque as novas tecnologias e as mudanças do consumidor farão com que a distribuição deixe de ser tal como a conhecemos. Basta um dado: as previsões dizem que até 2020 haverá 25 mil milhões de objetos ligados à internet. Isso significa que qualquer conteúdo pode ser distribuído por qualquer um desses 25 mil milhões de objetos, e sabemos que os ecossistemas conectados podem mudar a experiência de viagem. Será necessário ir de mãos dadas com um verdadeiro parceiro tecnológico para navegar com sucesso no futuro. E queremos estender essa mão às agências portuguesas e continuar a investir todos os dias no seu futuro. l


Frédéric Frère Entrevista Caderno 13

CADERNO 14

Portugal tem margem para crescer como destino de Meetings & Incentive

Frédéric Frère diretor geral da Travelstore

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Soluções

Amadeus Selling Platform Connect: Novo conceito Booking File” que é uma sessão de trabalho onde um PNR poderá ser trabalhado de várias formas

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Notícias

A Amadeus Portugal tem um novo responsável máximo. Cláudio Santos substitui Miguel Angel Puertas

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Caderno Amadeus 14 Entrevista Caderno Frédéric Frère

Frédéric Frère

diretor geral da Travelstore

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Caderno Amadeus Frédéric Frère Entrevista Caderno 15 Nome do Conteúdo do Capítulo Nome do Capítulo

Frédéric Frère:

Portugal ainda tem margem para reforçar-se como destino de MI No mercado desde 2000, a Travelstore surge em pleno fenómeno de crescimento da internet e posiciona-se então como uma Travel Management Company, especializada em acrescentar valor às empresas, no que diz respeito à gestão das suas viagens de negócios. Ponto Turismo › A Travelstore surgiu em 2000. Quer explicar a evolução até o que é hoje o Grupo Travelstore? Frédéric Frère › Esta evolução resulta da visão que tínhamos para o negócio e do seu posicionamento logo de início porque quando começámos a Travelstore, quisemos introduzir uma empresa especializada das viagens empresariais, isto um pouco como alternativa às agências de viagens generalistas. Em 2000 já estava claro que a emergência da Internet iria fazer surgir um cliente cada vez mais informado e a forma de contornar esse risco passava pela especialização. Optámos por ser uma Travel Management Company especializada em acrescentar valor às empresas na gestão das suas viagens de negócios e deixando de lado tudo o resto como as viagens de lazer etc. Mas depois fomos desafiados pelos clientes para endereçar outras necessidades, também derivada das empresas, outras oportunidades de serviço como por exemplo pensar em ajudar as empresas a organizarem as suas viagens de incentivo, os seus eventos e aí, para ser coerente com aquilo que tinha sido o nosso posicionamento inicial, tentámos perceber como podíamos acrescentar valor aos clientes para essa necessidade específica, tentar ser diferentes. Nós temos este conceito de grupo que agrega propostas de valor distintas, unidades de negócio distintas, cada uma com uma marca específica, e isto traz a grande virtudede terem mais agilidade para elas se adaptarem e, até certo ponto, tentarem se antecipar à mudança. O grupo começou por ser uma TMC. Hoje é um player que está a ganhar afirmação no negócio do Meetings & Events com duas marcas: uma é a Lab, anteriormente chamada Travelstore Pharma, uma agência que se especializou no segmento farmacêutico. Nós tínhamos equipas de agentes de viagens especializados, e hoje são equipas de gestores de eventos que lidam com clientes que tem exigências a nível de políticas e compromissos, que lidam com as entidades

reguladoras, e esperam da nossa parte muita capacidade de gestão de lidar com números, no contexto de transparência total na relação com o cliente. A EmotionStore é uma empresa de eventos nacionais e internacionais. em que não queríamos ser um mero agregador de componentes logísticos, queríamos perceber onde é que o cliente quer chegar quando organiza um evento e intervir em todas as etapas, desde a criativa, de produção, da execução, e também do business intelligence porque muitas grandes empresas, tanto nacionais como internacionais, valorizam cada vez mais o acesso à informação e esperam, da nossa parte, a capacidade de produzir essa tal business intelligence que é um indicador chave de gestão, de detalhe dos consumos e nós temos investido muito em tecnologia ao longo dos anos para chegar a isso. Depois temos uma pequena unidade, a Allways, que também tem um encaixe estratégico com o nosso posicionamento de servir as empresas e os seus colaboradores, porque dentro das empresas há alguns consumidores muito exigentes em matéria de viagens particulares e querem uma solução one-stop-shop. Muitas vezes não são só os assistentes, são executivos de topo. A Allways está inserida na rede mundial, mas de raiz europeia, Travelmade que opera no luxury travel e que tem a convicção de que a indústria do luxo deve declinar-se também no universo das viagens porque viajar são experiências e há consumidores que têm um grau de exigência muito importante. Não ambicionamos ser os maiores, ambicionamos ser muito bons, proporcionar um serviço fantástico sem correr o risco de deixar má imagem junto destes executivos de topo e isso poder contaminar o relacionamento entre empresas. Não queremos ser um ator no segmento das viagens massificadas. Queremos ser capazes de organizar viagens muito fora da caixa, viagens de uma vida, não são necessariamente caras, têm de ser originais, diferentes, daí que a equipa seja de travel designers que têm de ter um

quando começámos a Travelstore quisemos introduzir uma empresa especializada das viagens empresariais, isto um pouco como alternativa às agências de viagens generalistas

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Caderno Amadeus 16 Entrevista Nome do Capítulo CadernoNome Frédéric do Conteúdo Frère do Capítulo

ativo de grande conhecimento de destinos, viajam com muita regularidade e estão, através dessa rede internacional, em contacto permanente com outros especialistas. Ponto Turismo › Como é que ultrapassaram a crise financeira, crise em Angola, crise nas empresas... F.F. › Uma das vantagens da nossa indústria é que ela está habituada a lidar com a diversidade e é muito versátil. Tem capacidade de se adaptar. Nós temos, por excelência, de lidar com culturas diferentes, línguas diferentes, geografias diferentes e portanto, quando vem uma crise, temos alguma preparação, no nosso sector de uma forma geral, e reagimos com alguma facilidade. Penso que está no ADN da empresa uma forma de “intranquilidade”, no sentido de achar que nada é estático e há uma preocupação de tentar antecipar o perigo que nos poderá afetar e alguns sofrem disso, porque por natureza, lidar com a mudança, como seres humanos que somos, não é fácil. E nós estamos sempre a promover a mudança na nossa empresa, mas tem de ser porque o mundo onde vivemos nos obriga a isso. Hoje os portugueses são muito mais empreendedores porque foram forçados a sê-lo e com as empresas foi um bocadinho a mesma coisa. Não só connosco, mas com os nossos clientes. Durante a crise nunca deixámos de ter negócio porque os nossos clientes fizeram isso. Foram abrir frentes de negócio, tiveram de exportar, tiveram de internacionalizar mais, e quem fala em exportar e em internacionalizar, fala em viajar, portanto acabou por ser bastante positivo. Houve também outros efeitos benéficos. Como em todos os negócios hoje em dia, há a pressão das margens, estamos num mundo de transparência total em que a concorrência anda à velocidade da luz e isso obriga-nos a ser cada vez mais competitivos para poder concorrer com os outros e para isso é preciso ter recurso a organizações mais eficientes e a tecnologia e portanto o outro efeito benéfico foi que também nos obrigou a reforçar as nossas competências.

Por outro lado, Portugal ainda pode reforçar a capacidade de atrair o meetings industry porque está a correr muito bem no que diz respeito ao consumidor particular, do turista individual, mas ainda há espaço para afirmar Portugal como destino de turismo de negócios e de organização de conferências. Ponto Turismo › Como é que encara o futuro tendo em conta as alterações que se avizinham? F.F. › Não podemos nunca subestimar o risco de mudanças que possam afetar estruturalmente a nossa indústria porque vemos que outras indústrias são colocadas em situação de perigo e o perigo está sempre lá. Mas nós vivemos ao lado dessa ameaça desde que nascemos. No fundo é encontrar uma forma de conseguir responder à necessidade do mercado e dos clientes e de tentar acrescentar valor tangível as esses clientes mas se necessário, doutra maneira. Por isso é que eu dizia que as pessoas sentem a pressão e uma preocupação constante com a mudança, mas de facto nós temos de mudar porque há alguns elementos disruptivos na forma como nos relacionamos, ou com os nossos fornecedores (como o NDC) ou com os nossos clientes, mas tudo tem solução e nós já estamos a trabalhar nisso. Já fizemos um conjunto de desenvolvimentos que nos vão permitir concorrer melhor e estar preparados para essas mudanças.

queremos ser capazes de organizar viagens muito fora da caixa, viagens de uma vida, não são necessariamente Ponto Turismo › Em relação ao sector, quais são os principais problemas? caras, têm de ser F.F. › Sinto que houve pouca capacidade de pensar na sustentabilidade económica das viaoriginais gens de negócio. Tem havido uma espécie de fuga para a frente num negócio que tem alguns efeitos perversos. Nós poderíamos ter uma dimensão muito maior se não tivéssemos tido um cuidado enorme com os contornos de solidez económica e financeira. Nós temos conseguido atravessar as turbulências graças a uma preocupação que temos com a solidez económica. Acho que isso tem sido uma carência do sector, e digo isto com a perfeita noção que aprendemos todos os dias, que haverá aspetos em que somos menos bons do que outros, mas sempre acreditámos que é possível ser remunerado, sem deixar de ser competitivo, mas pelo justo valor que trazemos, em troco de acrescentar valor para o cliente. Vale a pena. Nós temos investido muito em soluções de serviço diferenciadoras, inovadoras para conseguir demonstrar ao cliente que podemos trazer um valor que ele necessita e reconhece em troca de uma remuneração justa e não fazer as coisas por nada, só pela conquista do cliente e quota de mercado sem se preocuparem com o retorno económico. #31 SET/OUT 2017

Ponto Turismo › Sendo um dos mais antigos parceiros da Amadeus em Portugal, como é que a vê como parceiro tecnológico? F.F. › Nós temos sentido na Amadeus, uma comunidade de profissionais de grande qualidade e isso torna tudo mais fácil porque de facto há uma capacidade de perceber as nossas necessidades e de nos apoiar nesse sentido. Relativamente à substância das soluções Amadeus, sempre valorizámos uma empresa com grande capacidade de propor soluções adequadas às necessidades do nosso negócio e por isso temos feito tanto caminho juntos desde o início da empresa.. l


Caderno Amadeus Nome doAmadeus ConteúdoSelling do Capítulo PlatformNome Connect do Soluções Capítulo 17

Amadeus Selling Platform Connect

Um novo conceito - O “Booking File” O “Booking File” é uma sessão de trabalho onde um PNR poderá ser trabalhado de várias formas, em gráfico, em críptico ou ambos em simultâneo. Poderá trabalhar de forma independente e em simultâneo até 6 “Booking File”, alternando entre gráfico a críptico, “Go To”.

Um “Booking File” poderá ser criado para reservas individuais ou de grupos. Poderá iniciar um “Booking File” para reserva de individuais pelo nome de um passageiro ou a partir de um perfil, ou ainda através da venda de um segmento de voo, de carro ou de hotel. Para uma reserva de grupos, por nome de grupo ou segmento aéreo. Pode iniciar um “Booking File” a partir de uma das seguintes secções:

1. No ”Menu Bar”(primeira linha), ao clicar em ”File”, escolher ”New Booking File” e de seguida eleger uma das opções

2. No ”Menu Bar” (segunda linha), escolher ”New Booking File” e de seguida eleger uma das opções

3. Em ”Your Desktop”, eleger uma das opções

Uma reserva a partir de “Passenger Name” Ao selecionar a opção ”Passenger Name” o ”Booking File” é apresentado, dividindo-se em três áreas: • Booking File Information • Passenger and Contact Details • What do you want to do next?

Em ”Passenger and Contact Details” aparece a amarelo (obrigatório) o preenchimento do nome do passageiro. Para adicionar mais passageiros clicar em ”Add Passenger”. Para inserir um bebé clicar em “Add Infant” e fazer a associação ao passageiro que o acompanha (o segmento é removido para junto do passageiro que acompanha o bebé). Para um bebé e para uma criança até 11 anos inclusive a data de nascimento é obrigatória, logo o campo fica a amarelo. Se necessitar de retirar um passageiro ou bebé clicar em “Delete”. Em “PTC” determina o tipo de passageiro e em “Contact” o contato do passageiro. Para colocar um contato adicional clicar em “Add Contact for”.

Ao clicar em “Save” guarda toda a informação (não é possível associar um bebé se o passageiro já tiver guardado no Booking File. Terá que apagar o adulto e criar nova entrada associando o bebé): Para modificar o passageiro antes do EOT, clicar em “Add/Update” e fazer a alteração. De seguida clicar em ”Save”. Após o EOT a alteração de um nome depende da polita da companhia. Para anular um passageiro antes do EOT, deverá existir pelo menos outro passageiro na reserva ou uma mensagem de erro será enviada. Nota: O AP relativo ao contato da agência não existe em modo grafico. >AP Deverá ser adicionado 4 AP LIS +351 213213090 - AMADEUS PORTUGAL em criptico

- A

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Caderno Amadeus 18 Soluções Nome do Capítulo Amadeus Selling Nome Platform do Conteúdo Connect do Capítulo

Uma reserva a partir de “AIR” Ao selecionar a opção ”AIR” é apresentado o ecran para disponibilidades que por defeito apresenta ”Availability (AN)”:

Poderá definir o horário aproximado para cada voo e escolher até 3 companhias aéreas. Poderá selecionar a cabine (premium; business; economy) e a classe de reserva. Poderá também indicar um transfere se assim desejar. Em “More search options” encontra outras opções para a sua pesquisa: o Pesquisa em 7 dias o Número de passageiros para a sua pesquisa o De que forma quer obter as opções de pesquisa

Data, origem e destino são campos obrigatórios e por isso aparecem a amarelo. É possível adicionar mais segmentos ao clicar em “Add 1 segment” (até 16) ou retirar segmentos ao clicar em “Remove”. Ao clicar em “Search” obtém os resultados associados à sua pesquisa: Ao preencher os campos “From” e “To” encontra uma ajuda para obter o código de cidade:

Pode também ter uma ajuda de calendário ao escolher a data:

Os resultados são apresentados em dois separadores diferentes. Um para a ida e outro para a volta. Um cabeçalho a indica o tipo de pesquisa feita e á esquerda poderá clicar para pesquisar mais ou menos um dia. Sempre que aparece informação em azul, significa que mais informação esxiste atrás.

Poderá ainda pedir mais resultados:

Ou adicionar mais opções aos resultados obtidos:

Depois de selecionar a classe do voo que quer vender, clicar em ”Book” e fazer o mesmo para o voo de regresso. Em ”Itinerary” os segmento aparecem reservados. Facilmente poderá anular um segmento caso tenha selecionado de forma errada, ao clicar em “Cancel”. Ao clicar em “Show Booking File” verifica que mais uma área surge – “Itinerary Details”:

Também poderá verificar a sua reserva em modo críptico ao clicar em “Show in Command Page”.

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Caderno Amadeus Nome doAmadeus ConteúdoSelling do Capítulo PlatformNome Connect do Soluções Capítulo 19

Concluir o “Booking File” Depois de ter um Segmento criado (aéreo e/ou carro e/ou hotel) e um nome (s) de passageiro (s) também criado, deverá concluir a sua reserva obtendo o localizador Amadeus. Para obter um localizador Amadeus todos os elementos obrigatórios de um PNR deverão estar presentes (nome passageiro, segmentos, contato, situação de bilhete), caso contrário obtém uma mensagem de erro a informar o elemento que falta: A situação de bilhete é criada na área “Booking File Information”:

Preencha o campo ”Request Received From (RF)” com as suas iniciais. Em ”Set Ticketing Arrangement”, escolha uma opção em ”Type” e preencha o campo ”Date”. Em ”Add Ticketing Arrangement” clicar em ”OK”. Se pretender poderá também criar associações aos passageiros e/ou segmentos. Sempre que o localizador Amadeus não está presente em ”Booking File Information” visualiza o seguinte:

What do you want to do next? Esta área contém vários links que lhe permitem tomar outras ações na reserva se assim o desejar. 1. Recuperar um perfil Clicar Retrive a Profile. 2. Modificar a Informação do Passageiro Clicar em Add/Update. 3. Tarifar Clicar em Air Pricing/TST. 4. Reservar outros segmentos Air, Car, Hotel e Rail Booking 5. Adicionar Seats and Services Esta opção permite-lhe aceder ao catálogo de serviços. 6. Adicionar um Remark Clicar em Add a Remark e selecionar o tipo e categoria do remark (associar a passageiros ou segmentos), inserir o texto livre e clicar em OK. 7. Adicionar um OSI Clicar Add Other Service Information, indicar o código da companhia aérea e associar passageiros. Inserir texto livre e OK. 8. Adicionar uma forma de pagamento Clicar em Add Form of Payment, adicionar tipo de pagamento, clicar em Add e depois em Close. 9. Criar um TASF Clicar em Create TASF, selecionar o passageiro e preencher o valor. Inserir a informação adicional se necessário e clicar em Create TASF.

10. Adicionar um bilhete Manual Clicar Add Manual e-Ticket (FHE), inserir o número do bilhete e associar a passageiro e segmentos. Clicar em Save. 11. Adicionar um EMD manual Clicar em Add manual EMD (FHD), inserir o número do EMD e associar ao passageiro e ao tipo de EMD (SSR/SVC). Clicar em Save. 12. Criar uma TST Clicar em Create TST para criar uma máscara manual, selecionar passageiros e clicar em Confirm. Preencher os campos e Update e depois em Save. Nota: Poderá clicar nos links no topo da janela para ver ou alterar taxas, fees, adicionar ou remover passageiros e/ou segmentos. 13. Emitir um EMD ou e-ticket Clicar em Issue EMD ou e-Ticket, selecionar os documentos que pretende emitir e clicar em Issue. 14. Pedir um visto Australiano Clicar em Australian Visa Request, e preencher todos os dados obrigatórios (realçados a amarelo). Os campos que tem o símbolo contêm informação adicional, passe o rato em cima do símbolo para ler a ajuda. Clicar em Request Visa.

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Caderno Amadeus 20 Notícias Breves

Nova liderança Portugal Cláudio Santos é o novo responsável da filial da Amadeus em Portugal Cláudio Luiz de Figueiredo Santos é o novo responsável máximo da filial portuguesa da Amadeus, substituindo Miguel Ángel Puertas, que regressa à Amadeus Espanha para a sua posição habitual de responsável do departamento de Serviço ao Cliente depois de completar dois anos de cargo enquanto Diretor Geral da Amadeus Portugal. Cláudio Santos vai liderar a estratégia comercial da Amadeus Portugal e o processo de expansão da empresa no mercado português, com o objetivo de posicionar a Amadeus como a tecnológica líder para agências de viagens portuguesas. Juntamente com a equipa de Portugal, Cláudio irá impulsionar as tecnologias destinadas a aumentar a eficiência e a produtividade das agências de viagem, incluindo soluções de pagamento desenvolvidas exclusivamente para o sector, a principal aplicação das viagens móveis na Europa ou uma nova plataforma de distribuição de produtos no setor de viagens. Com mais de 20 anos de experiência, a carreira profissional do novo responsável pelo escritório português está intimamente ligada à indústria da tecnologia. Trabalhou na IBM Brasil e na Microsoft, empresas nas quais se especializou na comercialização de soluções B2B complexas.

Cláudio Santos é engenheiro informático formado na Universidade Católica Pontifícia do Rio de Janeiro e concluiu um mestrado na administração de empresas na Fundação Dom Cabral. “Eu abracei este novo desafio na Amadeus com grande entusiasmo”, afirma Cláudio Santos. “O mercado português tem registado um aumento da procura cada vez mais crescente ao nível da tecnologia, os nossos clientes estão conscientes de que é a melhor maneira de oferecer um serviço cada vez mais personalizado e de melhor qualidade aos viajantes. Nesse sentido, e em colaboração com toda a equipa da Amadeus Portugal, pretendemos acompanhar as agências de viagens e toda a indústria turística portuguesa neste processo de transformação e antecipação das futuras necessidades dos nossos clientes”. Fernando Cuesta, Diretor Geral da Espanha e Portugal: “Estamos felizes por ter um profissional com o perfil de Cláudio Santos. A sua chegada é um novo passo em direção do investimento em capital humano, bem como a tecnologia, que a Amadeus desenvolve no mercado português para aprofundar a proximidade com os clientes atuais e futuros, mas também fortalecer o nosso compromisso de longo prazo com Portugal “.

Região EMEA Joost Schuring liderará a região Amadeus EMEA A Amadeus anunciou que Joost Schuring é o novo Vice-Presidente EMEA com entrada em vigor imediata. Nesta posição, Schuring irá liderar o negócio de Travel Channels na Europa, Médio Oriente e África. Schuring também irá supervisionar diversas empresas adquiridas pela Amadeus naquela região, incluindo TravelTainment, Pyton e Hiberus. Schuring é um veterano de 16 anos da Amadeus com um forte historial na gestão de negócios em diferentes regiões. Juntou-se à empresa em 2001 e durante o seu percurso ocupou diversos cargos comerciais e de liderança nas áreas de comércio eletrónico e gestão de contas, antes de assumir o cargo de Diretor de Vendas de Distribuição de Companhias Aéreas. Em 2013 foi nomeado Vice-presidente da América Latina e das Caraíbas, onde se destacou por impulsionar o negócio durante um período desafiador. Na sua posição mais recente, desde janeiro de 2017, Schuring foi vice-presidente do norte, leste, centro e sul da Europa.

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“À medida que o setor das viagens evolui e as necessidades dos clientes mudam, continuamos focados no fornecimento de soluções de TI de elevada qualidade que vão conduzir os nossos parceiros a alcançar os seus objetivos, independentemente da estratégia que utilizam”, disse Joost Schuring. “Estou entusiasmado por liderar a nossa equipa e apoiar as agências de viagens e os fornecedores a enfrentarem os desafios na indústria, além de oferecer aos viajantes a transparência e a variedade de escolha que tanto procuram”. “Joost traz um conhecimento profundo da indústria das viagens e uma grande experiência na gestão de regiões”, afirma Decius Valmorbida, recentemente nomeado Vice-Presidente Sénior, Travel Channels, Amadeus. “Estou mais do que confiante de que Joost irá criar valor e energia para a região e continuar a impulsionar o negócio”.


Celebrating 30 years of innovation, collaboration and better journeys with us!


22 Aniversário 30 Anos

Evolução

Amadeus, 30 anos de inovação, colaboração e de melhores jornadas Enquanto empresa de tecnologia que atua no epicentro do setor global de viagens, sentimos um enorme orgulho por celebrar o nosso 30º aniversário. Para nós, esse momento é significante. Mas, no nosso percurso, com o foco principal em moldar o futuro das viagens, 30 anos é apenas um ponto de partida. Lembra-se de como era em 1987? Desde então assistimos às várias mudanças: • A Internet ainda estava a três anos de ser inventada. • Não se ouvia falar em Cloud computing, os computadores DOS serviam de primeiros comandos crípticos. • A queda do Muro de Berlim ainda não tinha ocorrido. Nas viagens, como na vida, também tem-se assistido a uma evolução substancial. Pense na maneira como era tudo em tempos passados: • Agentes de viagens operavam exclusivamente a partir de escritórios tradicionais. • Nenhum conteúdo criado pelo utilizador era compartilhado pelos viajantes. • Os bilhetes em papel eram predominantes. • Era possível passar pela segurança do aeroporto, mesmo não sendo passageiro. • Fumar nos aviões era totalmente permitido e generalizado. #31 SET/OUT 2017

Depois a Amadeus foi fundada. 21 de Outubro de 1987 foi a data de início de uma história de colaboração, de inovação e das melhores jornadas.

A história da Amadeus! Foram 30 anos de colaboração. Em 1987, a fundação da Amadeus resultou de uma parceria de quatro companhias aéreas - Air France, Iberia, Lufthansa e SAS - e agora procuramos aproximar cada vez mais as operações ao cliente, com o intuito de fortalecer as nossas parcerias. Hoje, colaboramos com todo o sistema de viagens: desde companhias aéreas e aeroportos até linhas ferroviárias e de cruzeiros, para hotéis e fornecedores de serviços de alojamento e seguros. Mais de 15 mil pessoas altamente qualificadas constituem a equipa da Amadeus a nível mundial. O espírito inovador e aberto dos nossos colaboradores confere à Amadeus uma presença criativa e positiva em mais de 190 países. A diversidade da equipa fornece à organização uma perspectiva verdadeiramente inter-


Aniversário 30 Anos 23

nacional e ajuda os nossos clientes e parceiros a criar vantagens competitivas na indústria das viagens. Foram também 30 anos de inovação. A Amadeus é uma empresa de tecnologia internacional que se dedica à indústria global de viagens ao longo dos últimos 30 anos. Posicionados como principais players, somos o fornecedor de tecnologia líder e parceiro de muitas das principais empresas mundiais. O sistema Amadeus resultou de uma paixão pela inovação e do investimento de mais de €4 mil milhões em P&D na última década, a Pesquisa e Desenvolvimento continuam a ser vitais para os nossos planos futuros de continuar de aumentar e diversificar a oferta. Mais de 5.000 colaboradores em mais de 40 centros espalhados pelo mundo proporcionam a pesquisa contínua e arquitetura de segurança cloud-based, Big Data, análise instantânea e móvel. Amadeus continua a superar os limites do possível. Em 2016, fomos premiados como a tecnológica inovadora do ano pelo fornecedor de soluções de código aberto Red Hat para o nosso uso da tecnologia OpenShift Enterprise. Ao mesmo tempo, Amadeus foi pioneira na entrega do Documento Eletrónico (EMD) da IATA, o novo padrão da indústria que permite as agências emitir documentos para os serviços relacionados com as viagens. Foram também 30 anos a oferecer as melhores jornadas. Na Amadeus, ambicionamos sempre um futuro melhor para as viagens. Os viajantes do futuro, independentemente do seu perfil, irão esperar um tipo de experiência de viagem mais atualizada e diferente. A nova tecnologia de pesquisa instantânea oferece aos clientes acesso ao maior número de tarifas a um tempo mais reduzido, oferecendo mais oferta e um mundo de possibilidades. E, onde quer que esteja no mundo, as nossas soluções mantêm os viajantes seguros e conectados, superando as dificuldades das viagens, de forma eficaz e eficiente. Celebrando o nosso 30º aniversário, uma das nossas principais aprendizagens, quando pensamos no passado, é o quão longe podemos chegar no futuro - antevendo e antecipando as necessidades da indústria e dos clientes e construindo soluções e parcerias para enfrentar os desafios do mercado. Os grandes desafios de hoje - segurança, sustentabilidade, interconectividade - que exigem aprendizagem rápida de experiências passadas. Orgulhamo-nos do impacto positivo que continuamos a manifestar estando presente na indústria de viagens em todo o mundo. De acordo com o Ranking da revista Forbes, Amadeus é uma empresa com o maior software do mundo.

Na Amadeus, ambicionamos sempre um futuro melhor para as viagens

Gostaria de destacar seis momentos-chave na história da Amadeus, ao longo das três décadas, o que nos ajudou a moldar o futuro da viagem:

• 1987 - O nascimento da Amadeus A Air France, a Iberia, a Lufthansa e a SAS uniram forças para criar um novo sistema de distribuição global na quarta-feira, 21 de outubro de 1987. O QG da organização foi estabelecido em Madrid, Espanha. • 1994 - Austrian Airlines é # 100 Mais de 100.000 agências de viagens e pontos de venda aéreas estão conectadas. A Austrian Airlines torna-se a 100ª operadora a utilizar o Amadeus Access. • 1999 - Amadeus é público A Amadeus anuncia uma Oferta Pública Inicial (IPO) em outubro e entra no IBEX-35 da Bolsa de Valores de Espanha em dezembro.

• 2006 - Amadeus vai IT A Amadeus muda oficialmente o nome para o Amadeus IT Group e estabelece uma parceria tecnológica com a Eurostar. • 2015 - Blog para profissionais de viagens do Benelux É lançado o nosso blog criado para profissionais de viagens. A nossa primeira viagem curta já foi publicada em janeiro. • 2017 - 30 anos, tempo voa! Amadeus celebra o 30º aniversário! Enquanto esta jornada continua, na Amadeus iremos estar empenhados em permanecer no coração do setor global de viagens. l Daniel Batchelor Global Head of Corporate Communications at Amadeus IT Group

#31 SET/OUT 2017


24 Aniversário 30 Anos

30º Aniversário da Amadeus Carla Bernardes Tendo eu passado por outras áreas, aceitei de bom grado o convite para me juntar à equipa Amadeus Portugal e conhecer uma nova área de trabalho – o GDS. Os meus primeiros dois meses de Amadeus foram passados na Amadeus Espanha (em La Muñoza) e foram em constante formação e aprendizagem. Recordo com muito

Carla Esperto O meu primeiro dia na Amadeus já foi há muito tempo. Fez no passado dia 1 de Setembro, 15 anos que comecei a trabalhar nesta empresa. Estava longe de imaginar que 8 anos mais tarde seria a responsável por toda a Aréa de Formação da Amadeus em Portugal. Recordo-me de ter chegado de manhã e de não ter o meu posto de trabalho pronto. Tivemos de andar a mudar a posição das mesas dentro da sala; de andar debaixo da mesa a ligar os cabos do computador e do telefone; de ter ido almoçar com a roupa toda suja; e de

me terem pregado uma partida. Uma certa pessoa, que não vou identificar pois ainda trabalhamos juntas, e posso colocar a minha vida em risco (risos); com um ar muito sério, deu-me uma pilha de manuais para ler, e disse que tinha de saber tudo até ao final do dia. Só me lembro de pensar: Ela não pode estar a falar a sério! ; e devo ter lido ¼ da papelada que me deram.

Augusta Carvalho “O meu primeiro dia de trabalho na Amadeus Portugal foi há 17 anos, fui integrada no Departamento Administrativo. Eu tinha 21 anos, ainda estava a meio da licenciatura, e tudo era novidade, era um mundo novo e um desafio diário que após tantos anos ainda continua a ser, hoje no Departamento Comercial. Confesso que o primeiro dia foi bastante atribulado,

Pedro Pupo Ao fim de 15 anos, é-me difícil recordar o meu primeiro dia no Amadeus. Foi quase dizerem-me onde devia sentar-me e começar a aprender o que as minhas colegas explicavam aos agentes de viagens: “tire os bilhetes da OPTAT, alinhe-os e dê novamente ordem de emissão; depois voidamos os que ficaram desalinhados”, “retire o 3º e o 4º coupons” ou “dê dois pontos enter para se logar em Amadeus”. Na altura, as ATB começavam a ser instaladas, os bilhetes ainda tinham 4 coupons e o Amadeus em Portugal ainda tinha

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carinho os primeiros anos de Amadeus Portugal que foram uma grande escola. Éramos quatro pessoas e fazíamos de tudo, Help Desk, formação, comercial e até um pouquinho de técnico. O sistema de emissões era ainda em Resiber. Quem se lembra do famoso : enter, para passar a Resiber? Já lá vão 17anos, muita coisa mudou, outros desafios vão surgindo, mas o gosto pelo trabalho que faço é enorme.

a Diretora na altura disse-me para escolher um dos computadores que estava na minha sala, claro que escolhi o maior, desliguei tudo e coloquei na minha nova secretária, minutos depois entram todas as colegas na sala a dizer que eu tinha desligado o maestro e que ninguém estava a conseguir trabalhar, fiquei pretrificada. Na altura, tanto nos nossos escritórios como nas agências, havia sempre um computador maestro que permitia que todos os outros computadores tivessem acesso ao sistema. No final do dia tudo acabou bem apesar de ter fica

o Resiber, o velhinho sistema da Iberia, por trás. Uns meses depois, comecei funções no departamento comercial e o resto são histórias, mas foram esses tempos de Helpdesk que me deram as bases para muito do trabalho que desenvolvo hoje em dia. Gosto de saber que estive presente em metade da vida da empresa para a qual trabalho e que contribui para o que é hoje em Portugal. Parabéns Amadeus!


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26 Tecnologia Destinos Inteligentes

Destinos Inteligentes Para um turismo mais sustentável, acessível e rentável O número de prémios atribuídos a Portugal ao nível do turismo aumentou consideravelmente e, segundo indica a Delloite, o setor terminou 2016 com receitas na ordem dos 12,6 mil milhões de euros, mais 10,7% que em 2015 e um valor recorde.

T

ambém a Organização Mundial do Turismo reforça que o número de turistas internacionais no primeiro semestre de 2017 aumentou 36 milhões em relação a igual período de 2016. Ou seja, assistimos a um crescimento do setor em todas as frentes. A nível global e esta consolidação enquanto elemento chave da recuperação económica global tem contribuído para a produção de riqueza e emprego, para a proteção ambiental e intercâmbio multicultural. Por outro lado, o turismo tem um impacto forte nos destinos, sendo necessário estabelecer mecanismos que permitam respeitar o meio ambiente, as riquezas históricas e culturais, bem como os costumes e tradições locais. Porém, os destinos devem adaptar-se a um novo tipo de turista: o conectado, que procura ofertas personalizadas em tempo real, em qualquer momento e em qualquer lugar. Não é ao acaso que o Ministério da Economia e o Turismo de Portugal têm apostado em programas de digitalização e inovação no turismo. Na verdade, para responder a estes desafios – a saber, crescimento contínuo do número de turistas, o turismo sustentável e os novos perfis do viajante sempre conectado #31 SET/OUT 2017

– as empresas e os Governos estão a investir na transformação dos destinos tradicionais em destinos turísticos inteligentes. E isto não é exceção em Portugal, felizmente.

Ideias fundamentais Segundo os profissionais do setor, os destinos turísticos inteligentes são aqueles que incluem quatro pilares em todas as etapas da sua cadeia de valor: inovação, tecnologia, sustentabilidade e acessibilidade. Os destinos deverão assim estar fortalecidos por uma infraestrutura tecnológica de última geração, que garanta o desenvolvimento sustentável do território, esteja acessível a todos e facilite a interação e integração do viajante no contexto em que se encontra, melhorando a sua experiência no destino e a qualidade de vida dos habitantes. Apenas esta convergência e a existência de soluções tecnológicas avançadas


Destinos Inteligentes Tecnologia 27

como a cobertura alargada Wi-Fi nos espaços públicos oferecendo uma excelente experiência de utilização, serviços de localização baseados no contexto e nas plataformas de open data, permitem aos destinos turísticos inteligentes oferecer três vantagens fundamentais: respeito pelo contexto ambiental, cultural e socioeconómico, fácil interação entre os turistas e o destino e criação de novas fontes de rendimento que se expandem aos setores adjacentes (restauração, cultura, transportes, etc.).

o aumento da qualidade de vida e o desenvolvimento económico das cidades passa pela tecnologia de Smart Cities

Cascais e outros 32 concelhos tiraram depois partido da linha para alargar a oferta de serviço. Sem dúvida que o aumento da qualidade de vida e o desenvolvimento económico das cidades passa pela tecnologia de Smart Cities e estes são alguns bons exemplos do que se tem feito em Portugal a este nível. No caso específico do Turismo, é fácil compreender os benefícios da transformação de dados em conhecimento e informação, antecipando as necessidades dos turistas. A capacidade de incorporar diversas fontes de dados (tradicionais e não tradicionais) como mobilidade, consumo e custos, recursos turísticos (museus e monumentos), oferta turística (alojamentos, restaurantes, lojas), infraestruturas, parques de estacionamento, centros de informação e dados produzidos através das redes sociais surgem entre outro dos pontos mais interessantes neste setor.

Estamos no vórtice digital Estamos perante o crescimento exponencial de pessoas, processos, dados e aparelhos conectados à Internet, o que tem a capacidade de remodelar o mercado empresarial muito rápido, mas obriga também cada cidade, país e empresa a transformar-se digitalmente para poder progredir e sobreviver à nova economia. Uma transformação impulsionada por startups, concorrentes digitalmente proactivos e, cada vez mais, pela interligação de setores devido à diluição dos limites do mercado causados por esta digitalização. Não só os modelos de negócio estão a mudar, como também as cadeias de valor e as ofertas de produto; fundamental no setor turístico onde as empresas se movimentam para o centro do vórtice digital – a força impulsionadora criada pela digitalização – criando novas oportunidades de valor, experiências e plataformas.

Parceria público-privada Entre as entidades públicas, a indústria turística e as tecnológicas devem ser estabelecidas medidas de colaboração para promover a transformação digital do setor turístico. E felizmente já vemos isto a acontecer em Portugal. Em 2016, teve lugar a primeira edição do Smart Open Lisboa (SOL), uma iniciativa de diversas entidades públicas e privadas que pretende promover a utilização de dados públicos por startups no desenvolvimento de novas soluções tecnológicas com impacto social. Um dos pilares principais deste projeto é o turismo e a cultura e deles vimos já resultados práticos: soluções para os chuveiros das piscinas municipais onde foram colocados sensores de monitorização do consumo; estudo dos movimentos da multidão da Praça do Município através de sensores de calor; avaliação dos níveis de ruído e relacionamento com os níveis de poluição; por fim, foi criado um software para responder às perguntas mais frequentes que os cidadãos dirigem à Câmara Municipal de Lisboa (CML). Da edição de 2017 do SOL esperam-se mais novidades, com a fase de experimentação já a terminar. Também em 2016, durante o mês de setembro, era lançada pela Secretaria de Estado do Turismo a linha Portugal WiFi, especialmente focada nos centros históricos e nas zonas das cidades com maior afluência de turistas. Antes, em Agosto, já o município de Cascais implementava a internet sem fios gratuita em cinco pontos do concelho – quatro praias e o centro histórico da cidade.

A inovação aberta é a aposta do futuro O turismo é já um bom exemplo de como a resposta à transformação digital representa uma transformação significativa do negócio. Investimentos como estes representam a atração de muitas novas empresas e criação de novos empregos relacionados com as smart cities, além de conseguir poupanças relevantes e de melhorar a qualidade de vida dos residentes e dos turistas. Os destinos turísticos inteligentes estão, neste momento, em processo de crescimento e consolidação, onde a evolução digital é essencial para estimular um modelo de turismo mais duradouro, acessível e rentável. Isto requer o envolvimento de empresas, entidades decisoras e todos os agentes que intervêm na gestão turística e nos setores adjacentes. l António Feijão IoT Country Manager da Cisco Systems Portugal

#31 SET/OUT 2017


28 Análise Como gerir uma marca nas redes sociais?

Marketing

Como gerir uma marca nas redes sociais? A influência sempre foi o objetivo do marketing e as redes sociais são o presente onde essa influência se desenvolve. Hoje em dia, apenas existem mais soluções de comunicação disponíveis, em mais plataformas, e estas estão em constante adaptação ao comportamento digital.

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as como chegar às pessoas? Como conquistar o nosso público-alvo, num meio onde a concorrência é tão feroz? Simples: criando bons conteúdos e partilhando-os. Nas redes sociais, o conteúdo está na base de tudo. É crítico. É, no fundo, o pilar de qualquer estratégia de comunicação. Para as marcas, o desafio é criar conteúdos interessantes e relevantes que as pessoas partilham quase instintivamente. Mais do que vender, o que seria demasiado óbvio, sobretudo para um público desconfiado, que já nasceu debaixo dos bombardeamentos da publicidade de massas tradicional e aprendeu a proteger-se, trata-se de inspirar. Queremos, nas nossas vidas, coisas que nos inspirem. Não queremos marcas, marcas e mais marcas. É por isso que as marcas comunicam, cada vez mais, os seus valores de uma forma subtil. Nas redes sociais, o conteúdo passa a contentor: torna-se o pack perfeito para passar os valores da marca. Para mim existem 3 perguntas-chave do marketing de influência Na minha experiência, quando um cliente ou marca me apresenta um brief porque quer trabalhar o marketing de influência, faço sempre um diagnóstico, que procura responder a três perguntas: - O que é a marca? - Entre os influenciadores, qual ou quais têm o perfil certo para defender os valores da marca? Procuramos encontrar alguém que seja um «potencial consumidor». - Onde e como é que podemos encaixar esses valores? #31 SET/OUT 2017

Claro que este processo nem sempre é fácil. É preciso afinar ao máximo aquilo que a marca quer passar, os valores que procura transmitir, com o seu target. Muitas vezes, na área do marketing digital, temos que explicar ao cliente que nem sempre as pessoas que têm mais seguidores são as mais interessantes para «vender» o seu produto. Nessa altura, fazemos um pouco uma «pedagogia do cliente», explicando-lhe que mais importante que ter muito público, é ter o público certo. Aí, o retorno será muito maior. Por outro lado, muitos marketeers estão ainda formatados à antiga. Querem estar no digital, porque quem não está, não existe, mas custa-lhes cortar o cordão umbilical com as formas mais tradicionais de publicidade. Querem um banner, mas querem um outdoor também. Quando, na verdade, até o próprio banner (que chega a todos indiscriminadamente) já está ultrapassado. Por isso, quando me falam de «comunicação 360º», desconfio sempre. Pensem bem: se fizermos uma comunicação 360º, onde ficamos? No mesmo sítio, pois é. Prefiro falar de comunicação 361º: analisar, perceber o que é que a marca quer dizer e onde tem de estar para ser ouvida. É essencial identificar a pessoa (o influenciador que vai inspirar o público em geral) com o produto, e depois criar conteúdos à medida, que façam sentido, que sejam interessantes e autênticos.


Como gerir uma marca nas redes sociais? Análise 29

Em resumo, o marketing de influência funciona quando conseguimos criar: - Autenticidade: a comunidade deve sentir-se identificada com a autenticidade da personalidade (influenciador). - Consistência: não basta sermos autênticos, é preciso sermos consistentes. Só assim podemos passar a mensagem de acordo com a estratégia delineada. - Envolvimento: através da utilização de imagens, vídeos e posts apelativos. - Tratamento e edição de conteúdos: para níveis de alcance superiores. - Relevância: partilha de conteúdos que saibam reconhecer os gostos e necessidades dos fãs.

cia é tão valioso. E é por isso que é fundamental usar a criatividade para desenvolver ideias com as quais as pessoas queiram envolver-se, participar e partilhar. Tudo isto não faz sentido a menos que tenhamos identificado muito bem o nosso target. Afinal, estamos a falar para quem? Se não quisermos estar a falar para o boneco, é fundamental identificar a audiência, e aí, o digital é «imbatível». Graças às métricas, e à quantidade brutal de informação detalhada de que dispomos sobre os perfis de utilizador, o universo digital permite-nos afinar a pontaria a níveis nunca dantes imaginados e, claro, aceder a nichos de mercado e subculturas/tribos. Claro que não podemos afinar tanto que deixamos meio mundo de fora, perdendo em impacto e em retorno. O equilíbrio deve ser alcançado para que a mensagem de uma campanha, dentro de uma estratégia, esteja focada o suficiente para ser relevante, mas grande o suficiente para se envolver com a população do tamanho correto para entregar retorno, sem ser demasiado dependente de um pequeno subconjunto de pessoas. l

nem sempre as pessoas que têm mais seguidores são as mais interessantes para «vender» o seu produto

Se fizermos tudo isto, conseguimos criar aquilo que todas as marcas e pessoas procuram nas redes sociais: engagement. O engagement (envolvimento) acontece quando aliamos fãs, notoriedade e retorno. Engagement é uma das palavras mais utilizadas pelos social marketeers, e não é por acaso. Engagement poderia traduzir-se de várias formas, significando um compromisso, um envolvimento, ou, de uma maneira mais abrangente, uma relação. Explicado de uma maneira simples, engagement é a interação criada entre pessoas e marcas nas redes sociais. O objetivo de todas as marcas é gerar engagement, que, por exemplo, no Facebook é medido em «gostos», «comentários» e «partilhas». Explicado ainda em termos mais práticos, sabemos que geramos engagement quando um post que publicamos gera interesse, e estabelecemos uma relação com a nossa audiência. Quando uma publicação cria engagement, percebe-se imediatamente. As pessoas identificam-se, sentem-se ligadas e começam a interagir. Começa a conversa, e aquele post, que começou apenas por ser qualquer coisa interessante, espalha-se pela rede gerando cada vez mais gostos, comentários e partilhas. Para avaliar o engagement, o Facebook faz uma média de tudo e consegue indicar-nos quais os posts que geraram mais engagement.

Miguel Raposo #Management #InfluenceManager

As pessoas não só gostam de partilhar os seus pontos de vista, mas gostam igualmente de encontrar recomendações de amigos e família, sendo mais fortes do que aqueles que veem da publicidade. É por isso que o marketing de influên#31 SET/OUT 2017


30 10 Insights Passos-chave para chegar às ideias mais criativas, sob o olhar da Active-Ideas!

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Insights:

Passos-chave para chegar às ideias mais criativas, sob o olhar da Active-Ideas!

Chegar a uma ideia criativa, exequível e que agrade ao nosso cliente, pode ser um processo árduo! Como Agência de comunicação, a Active-Ideas recebe vários pedidos diferentes e out of the box! Quer tornar-se um criativo de sucesso? Eis alguns passos-chave a ter em conta.

O briefing do cliente ou como absorver o essencial! É importantíssimo ter o máximo de informação possível. Por norma temos um briefing geral sobre o que o cliente pretende, e é a partir dele que (des) construímos as etapas seguintes.

Conhecer o serviço/produto… E pesquisar muito! Ter conhecimento da área em que o cliente atua e qual o objetivo da ação é imprescindível! Este processo exige um intenso trabalho de pesquisa; direta ou indiretamente, informamo-nos e procuramos inspirações para criarmos uma ideia altamente inovadora.

Procurar fontes de inspiração! Escrever, desenhar, mostrar fotografias, tudo é válido! Na Active-Ideias, nenhuma ideia está errada durante o processo criativo.

Saber quando parar, para voltar em pleno! Ter ideias é fácil, mas ser original, seguramente não o é! Por vezes a inspiração não surge naturalmente. Deste modo, é importante fazer uma pausa para podermos voltar à ação! Descansar, trabalhar noutro projeto ou exercício físico, podem ser uma boa opção!

Aquecimento.. e voltar ao trabalho! Após o devido descanso, é hora de voltar com os pensamentos mais frescos. Desta forma, não estamos tão influenciados pelo tema e as ideias surgem naturalmente. #31 SET/OUT 2017


Passos-chave para chegar às ideias mais criativas, sob o olhar da Active-Ideas! 10 Insights 31

6. Brainstorming, reunir grandes ideias! É aqui que a equipa se reúne e apresenta tudo o que pensou/escreveu/ desenhou e é discutido em conjunto qual a melhor ideia/conceito.

Atenção aos entraves! Não basta ter uma ideia espetacular, tem de ser viável. Nesta fase registamos todos os fatores que podem por em risco a execução da ideia/conceito.

Iluminação – O Insight! Quando já temos o conceito e a ideia alinhavados e aprovados a nível de execução, iniciamos o processo de desenvolvimento, encontramos a melhor maneira de expressar a ideia e de a apresentar junto do cliente.

Divisão de tarefas – Quem faz o quê e quando? Após o tão esperado insight, pomo-lo em prática, dividindo tarefas e estipulando uma cronologia. Desta forma, recorremos à nossa equipa kickass de projeto, produção de eventos e marketing digital, se for caso disso.

10. Wrap up! Finalmente, depois do tema e conceito criados e aprovados, divisão de tarefas e de trabalho, fazemos um check-up total para estarmos todos alinhados e não haver falhas de comunicação dentro da equipa relativamente à ideia que criámos!

Et Voilá, assim se cria algo inovador, criativo e bem estruturado!

Ana Castro Lopes Project Manager Active-Ideas

#31 SET/OUT 2017


32 Lifestyle New Hand Lab é a nova “fábrica” criativa na Covilhã

Turismo industrial

New Hand Lab é a nova “fábrica” criativa na Covilhã “Quem não tem cão, caça com gato” ou “se a vida te dá limões, faz uma limonada”. Duas expressões populares que encaixam na perfeição na antiga fábrica de lanifícios António Estrela|Júlio Afonso, na Covilhã, uma vez que o proprietário, Francisco Afonso, teve de improvisar e de ultrapassar obstáculos, para a reviver, dando origem ao projeto criativo New Hand Lab.

A

antiga fábrica, ganhadora de galardões mundiais, nomeadamente em 1904, com o prémio de “melhor tecido de lã” na Exposição Universal de St. Louis nos Estados Unidos e em 1976, quando Júlio Afonso ganhou o prémio “Golden Needle” pelo trabalho criativo de design de tecidos e tweeds, é atualmente um polo que abriga artistas e criadores locais que atuam em diversas áreas, desde a moda, à fotografia, passando pelo artesanato, escultura entre outros. Foi Francisco Afonso, filho de Júlio Afonso, quem se recusou a baixar os braços com o declínio da indústria dos lanifícios na Covilhã. Em 2002, quando a fábrica encerrou, era ele quem liderava os 40 trabalhadores que restavam dos 400 que chegaram a trabalhar no auge daquela que foi uma das mais vibrantes e antigas fábricas de lanifícios. Hoje, os 10 mil metros quadrados da antiga fábrica continuam com ar de fábrica, frio, industrial, com os teares, as urdideiras e muitas outras máquinas que funcionam para mostrar aos visitantes, os arquivos, o dibujador (livro dos desenhos dos tecidos), a sala onde se desborravam os tecidos ou seja onde se disfarçavam com lápis de cera os pequenos “defeitos” dos tecidos, tudo mantido como se os trabalhadores ainda fossem para lá todos os dias. #31 SET/OUT 2017

Embora mais reduzido, a fábrica mantém o stock de tecidos e fios de lã que tinha quando deixou de produzir, tendo Francisco Afonso recusado vender ao desbarato. “Davam-me 10 cêntimos por metro destes tecidos”, apontando para os tecidos de lã marcados com etiquetas amareladas pelo tempo onde o preço, já pouco visível, era bastante mais elevado do que o valor proposto de compra. Hoje, parte dos tecidos do stock são aproveitados por Ana Almeida, uma das artistas residentes.

Hub de cultura Apresenta-se como “um espaço que promove a criatividade, a inovação e o empreendedorismo através da concretização de ideias, produtos e iniciativas” e “pretende assumir-se como um espaço de promoção e divulgação dos recursos endógenos mais criativos e impulsionar a Covilhã e a Beira Interior no país e no mundo”.


New Hand Lab é a nova “fábrica” criativa na Covilhã Lifestyle 33

A ideia de Francisco Afonso foi aproveitar o património herdado e dar-lhe uma nova vida criando um hub de cultura na Covilhã. O espaço, situado no vale da ribeira da Carpinteira, mantém a classificação de fábrica de lanifícios mas o que se cria ali é arte e são sonhos em que a lã serve de inspiração, seja ou não utilizada nas criações. Tudo começou com o convite feito por Francisco Afonso a diversos artistas locais de várias áreas para ocuparem o espaço sem pagarem aluguer. Agora trabalham ali, partilham ideias, expõem e vendem as suas peças, revertendo uma pequena percentagem das vendas para a ajuda do projeto. Tendo em conta o número de pessoas que já trabalhou na fábrica, as 14 pessoas as envolvidas atualmente no projeto parecem poucas, mas a verdade é que o trabalho desenvolvido parece gigante. Francisco Afonso é o anfitrião apaixonado que vai recebendo os visitantes que ali chegam. O primeiro salão reserva uma surpresa. Além dos polos de exposição e de um espaço de bar/cafetaria com mesas e cadeiras vindas do antigo refeitório, onde já foram celebrados diversos eventos, estão as escavações abertas do que se acredita serem as ruínas da primeira fábrica de lãs da Covilhã e do país, datada de 1620. O anfitrião aponta para o poço onde se imagina ter sido a antiga caldeira e explica, com o entusiasmo de uma criança feliz, como tudo funcionaria. Miguel Gigante é um dos artistas que tem ali o seu espaço de criação, embora tenha o seu próprio atelier. O criador de moda só trabalha em burel (tecido artesanal que depois de urdido e pisado se transforma num pano mais duro e apertado, do qual eram feitos os hábitos e capas) e nos seus derivados. Ali tem expostas algumas das suas peças e alguns protótipos. Também Ana Almeida tem ali o seu espaço dando livre caminho à sua imaginação com a criação das suas bonecas e bonecos. Sob a marca Petrus, a criadora nas horas livres, já que a sua atividade principal é ser professora na Universidade da Beira Interior na Covilhã, aproveita os tecidos do inventário da fábrica para fazer bonecos que transmitam sentimentos positivos – todos os bonecos têm um ar simpático e patusco, como é o caso do galo Naldo, Arnaldo e da galinha Mina, Guilhermina. Ana Almeida também faz as bonecas inspiradas nas histórias que crianças do primeiro ciclo criaram com base em lendas das 12 Aldeias Históricas. João Pedro Silva não trabalha com lã. Serve-se dela. O fotógrafo tem ali um manancial quase infinito de material que utiliza nas suas criações, onde são visíveis os jogos com a luz e onde a imaginação não tem limites no relato de uma história. Por escadas e corredores percorre-se a fábrica e conhecem-se as máquinas “mágicas” que dão origem aos tecidos. Tudo explicado pelo anfitrião que exemplifica os mecanismos e ensina termos, para muitos desconhecidos, como cardar, urdir ou desborrar, ao mesmo tempo que conta como o espaço já foi cenário para desfiles de moda, espetáculos de dança, e outros eventos.

Futuro: Turismo industrial?

o que se cria no New Hand Lab é arte e são sonhos em que a lã serve de inspiração

O tema não foi abordado, até porque os visitantes que chegam ao New Hand Lab ainda não são muito expressivos, mas está latente. Muitos dos visitantes terão ido ali por sugestão dos roteiros criados para o Puralã – Wool Valley Hotel & Spa para os seus clientes e outros terão ido para ver a instalação artística itinerante Red String. A teia, da autoria de Marian van der Zvaan, foi feita com nós criados a partir de 12km de corda vermelha e liga o edifício da antiga fábrica à ponte pedonal da Carpinteira, de 65m de altura projetada por Carrilho da Graça e inaugurada em 2009. Apesar da instalação ser

alusiva à luta contra a discriminação, o facto de ligar um antigo edifício fabril, que espera a resposta a uma proposta de classificação de edifício de interesse nacional, a uma ponte pedonal moderna, considerada por uma revista americana como uma das mais importantes obras de design, cria uma analogia em que o passado se une ao presente. l #31 SET/OUT 2017


34 Viagem de: Luís de Magalhães Ponto T. › Qual o meio de transporte que os turistas devem utilizar nas suas viagens pela Tunísia ou pela cidade? L.M. › O táxi é o melhor meio de transporte. Há em quantidade e são baratos. Têm “contador” mas é bom perguntar sempre o preço da viagem. Por exemplo, do hotel a Midoun (4 km) paga-se uns 3/3,5 dinares. Para Houm Souk, 21 km aproximadamente, o preço da corrida fica nuns 20 dinares.

Luís de Magalhães Jornalista

Luís de Magalhães:

Em Djerba pode-se passear em segurança de dia e de noite Ponto T. › Qual é o tipo de gastronomia e o que é que recomendas? L.M. › Nas unidades hoteleiras há todo o tipo de gastronomia, incluindo a local. Claro que se deve experimentar a cozinha regional e a típica do país. Não contém com grandes especialidades em doçaria. Na ilha existe uma variada panóplia de bons restaurantes. Sugiro, por exemplo, o L’Ile e o Essofra, em Houm Souk; o Chouchou e o Le Sultan, na zona turística perto dos hotéis de Midoun. Os preços são relativamente em conta, variando entre os 8 e os 15/20 euros.

Ponto Turismo › Porque é que escolheste Djerba como destino? Luís de Magalhães › Djerba ou Ilha de Ulisses - segundo a lenda foi aqui que Homero se inspirou para escrever a “Odisseia” – torna-se aliciante porque alia aquilo que tradicionalmente chamamos de comodismo europeu com o exótico africano “banhado” pelo deserto do Saara. A isto, junte-se a estabilidade económico-política, a cultura, a educação, férias diferentes e, sobretudo, a segurança.

Ponto T. › Quais as cidades/locais que não se deve deixar de visitar na Tunísia L.M. › Djerba e a cidade de Midoun. Se tiver tempo, visite Ajim que foi cenário para o primeiro filme da saga “Star Wars”.

Ajim

Ponto T. › Quais são os monumentos a não perder na Tunísia? L.M. › Museu de Guellala (História e tradições da ilha), a sinagoga de La Ghriba, a mais antiga localizada na África muçulmana, o Museu de Artes e Tradições Populares de Houmt Souk, a mesquita de Jemaa Fadhloun e o forte de Borj El Kebir. É importante também uma visita ao mercado em Houm Souk.

Ponto T. › Qual o hotel recomendado e onde fica? L.M. › De um modo geral, a hotelaria é boa. Recomendo o Seabel Rym Beach Djerba que para além de boas infraestruturas, segurança e animação, está “desenhado” para famílias com crianças. A unidade fica em Taguermess, a uns 20 km de Houm Souk e perto da cidade de Midoun.

Ponto T. › É seguro andar na rua? L.M. › Pode-se passear sem problemas e em segurança tanto de dia como de noite pelas ruas das cidades e nos mercados bem como passear ao luar pela imensa praia de areia branca.

#31 SET/OUT 2017

Midoun

Ponto T. › Qual é a melhor altura para visitar a Tunísia? L.M. › Djerba pode ser visitada durante todo o ano já que as temperaturas são, em média, de 24º /35º, com a água do mar a 28º e de 12º/24º, com a água do mar a 20º, respectivamente, de verão e de inverno. Mas, para nós, portugueses, não há dúvida que os melhores meses serão os de julho a setembro. Até porque é nesta altura que as agências de viagens apresentam os melhores preços e condições. Aliás, recomendo a compra do pacote para Djerba numa agência de viagens e os “tours” propostos.

Ponto T. › Existe algum tipo de turista que não deve ir à Tunísia? L.M. › Sim. Existe um tipo de turista que não deve visitar nem Djerba nem nenhum outro destino de férias ou coisa alguma. Um estereótipo que mistura o descontentamento universal e conflituoso com o pessimismo radical e uma mente obscura. Infelizmente existem e, por vezes, contagiam.

Ponto T. › Qual é a mentalidade que se deve levar quando se visita a Tunísia? L.M. › Totalmente aberta e descontraída para que se possa gozar na totalidade umas óptimas férias num local que merece isso.



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