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RUI MOREIRA
O PORTO TEM POTENCIAL PARA CRESCER NO TURISMO OPINIÃO
Rodrigo Pinto Barros, presidente da APHORT, fala do panorama turístico
ANÁLISE
Quanto vale o mercado dos congressos e incentivos?
10 INSIGHTS Dicas de Inovação Não basta ter uma boa ideia para ser inovador
EM FOCO
A tendência das rotas gastronómicas aliadas às marcas.
PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DO PORTO
Editorial
Habemus consilium!
N
o âmbito da estratégia Europa 2020, Portugal vai receber 25 mil milhões de euros dos cinco Fundos Europeus Estruturais e de Investimento. No passado Julho foi apresentado o documento Turismo 2020 - Plano de Ação, onde se pode ler que este foi o “maior processo de sempre de mobilização na construção de uma estratégia coletiva para o turismo do país e das regiões”, que “todas as regiões turísticas foram ouvidas” e que estiveram presentes “mais de 2000 pessoas nas Conferências públicas Turismo 2020”. Podemos, portanto, concluir que habemus consilium no turismo! O diagnóstico do sector do turismo está feito. Contudo, várias questões permanecem sem resposta clara, entre as quais, a derradeira solução para a expansão do aeroporto de Lisboa ou que ações concretas serão feitas para alimentar as regiões de turismo que não possuem aeroportos que as sirvam. Como se o turismo se circunscrevesse nos seus próprios serviços, sem ter em conta que é alimentado por toda a economia, neste exemplo em particular, os transportes. Havendo consenso, não há contudo estratégia global e articulação entre todos os players dentro e fora do sector do turismo. O programa, que começou em 2014 e termina em 2020 ou seja, quase 30% do tempo do programa consistiu em planeamento e diagnóstico - tem finalmente um plano de ação e candidaturas abertas. Um dos princípios de programação que consagram a política de desenvolvimento económico, social e
O diagnóstico do sector do turismo está feito. Contudo, várias questões permanecem sem resposta clara
territorial para promover, em Portugal até 2020 é, precisamente a tecnologia. A tecnologia que revolucionou e vai continuar a reinventar o turismo e a forma como este é experienciado. Tecnologia, que é dos principais drivers de mudança e inovação, que dá resposta às necessidades do viajante e que altera todos os dias, que não espera por 2020. Recordo-me das minhas primeiras viagens a Portugal, há 15 anos, representando a Amadeus na BTL e para visitar as agências de viagens. Lembro-me dos bilhetes a serem impressos nas ATBs. Ainda me lembro da primeira vez que eu imprimi um bilhete! Hoje, viajar é uma commodity, acessível à maioria das pessoas, à distância de um clique e com cartões de embarque guardados em apps no nosso smartphone. Hoje, os clientes e os viajantes querem acesso instantâneo a conteúdos. Com a sua necessidade de personalização e de qualidade, forçam as empresas a procurarem a excelência ao nível da quantidade e qualidade de conteúdos e serviços que prestam. Esta é a nossa preocupação na Amadeus: garantir antecipadamente que dispomos de todos os recursos para darmos resposta aos nossos clientes. Para além da nossa própria I&D, onde somos líderes reconhecidos pela CE, adquirimos a Navitaire, que dará à Amadeus uma posição de liderança no mercado das soluções tecnológicas para as companhias aéreas; a companhia holandesa Itesso BV, fornecedora de sistemas de gestão hoteleira na cloud, e no início deste ano, acelerámos o nosso crescimento no segmento de tecnologia para aeroportos com a aquisição da Air Transport-IT Services Inc. (Ai-RIT), uma empresa líder neste sector cujas soluções são usadas por 30 dos 50 aeroportos mais movimentados nos Estados Unidos. Há que procurar parcerias, sinergias e criar um espírito empreendedor dentro e fora das organizações porque os clientes não esperam por 2020, a menos que 2020 seja daqui a 5 dias!
Miguel Ángel Puertas Acting General Manager #20 AGO/SET 2015
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Ficha Técnica
Propriedade Amadeus Soluciones Tecnologicas, S.A. Sucursal em Portugal
Sede Rua de São José, 35 - 4º andar 1150-321 Lisboa, Portugal Tel.: 21 321 30 99 - Fax: 21 322 58 75 E-mail: pontoturismo@pt.amadeus.com
Diretor Geral Miguel Ángel Puertas
Diretora da Ponto Turismo
Índice
“O Porto ainda tem potencial de crescimento turístico”
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O Presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, diz que o Porto está a sedimentar-se como destino turístico e recusa o rótulo de “estar na moda”. Para o autarca, a cidade tem potencial para vir a ser um destino turístico que, tal como outros, nunca passam de moda.
Helena Torres Bimestral · Ano - 2015 - Edição 20
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Coordenação Editorial
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pontoturismo@pt.amadeus.com · Tel.: 21 321 30 99
Produção de Conteúdos e Edição Mediapearl - Comunicação e Serviços, Lda. Tel.: 214 037 656 · mediapearl@mediapearl.pt
Publicidade htorres@pt.amadeus.com · Tel.: 21 321 30 99
Ilustração Capa Pedro Taquelim
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Opinião
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Grande Entrevista
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Em Foco
Fotografia
Um novo panorama turístico: riscos e desafios
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Tecnologia
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Análise
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10 Insights
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Lifestyle
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Viagem de: José Fidalgo
Apps são as novas ferramentas de trabalho
Mediapearl
Produção Mediapearl - Comunicação e Serviços, Lda. Rua de Xabregas, 2, Piso 2, Sala 2.06 1900-440 Lisboa mediapearl@mediapearl.pt
Impressão e Acabamento RBM - Artes Gráficas
Tiragem 1300 exemplares
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Registo na ERC N.º 126281
Depósito Legal N.º 350109/12
A revista Ponto Turismo é uma publicação da Amadeus Portugal. A empresa não se identifica necessariamene com o conteúdo dos artigos nem com as opiniões dos seus colaboradores. É proibida a reprodução total ou parcial sem a autorização prévia da empresa editora.
Rui Moreira “O Porto está a sedimentar-se como destino turístico”
“Tapas, hamburgueres e conservas” Rotas gastronómicas são tendência
Entrevista Caderno João Raposo “A profissão de agente de viagens está para continuar”
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Soluções
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Notícias
«Vá e Volte, sempre em boa companhia»
Insights em inovação
Tendência DIY Os novos “artistas” do “Faz-tu-mesmo”
“Tenho uma certa atração pela América do Sul”
Amadeus Companion
Amadeus expande oferta de catering e vendas na hotelaria
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Opinião Um novo panorama turístico: riscos e desafios
Rodrigo Pinto Barros
Presidente da APHORT
Um novo panorama turístico:
riscos e desafios
O panorama turístico, tanto a nível nacional como regional, está a mudar rapidamente, o que exige da parte dos vários agentes e profissionais deste setor, mas também da parte dos governantes e entidades responsáveis, uma nova postura, uma nova atenção e sobretudo uma nova capacidade de acompanhamento das necessidades e motivações dos turistas de hoje, à qual deverá corresponder a capacidade de adaptar e flexibilizar a oferta existente.
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omeçando pelo alojamento, o mercado conheceu novas unidades que vieram criar uma nova dinâmica ao setor, nomeadamente no que diz respeito ao alojamento local. Falo dos hostels e dos apartamentos turísticos. É inegável que alguns destes estabelecimentos vieram enriquecer e valorizar a nossa oferta, criando uma resposta para segmentos e perfis de turistas específicos, com um elevado nível de qualidade que tem vindo inclusivamente a ser reconhecido através da atribuição de diversos prémios internacionais. Contudo, este fenómeno vem acompanhado de um lado menos atrativo e interessante para o nosso setor: a crescente proliferação do alojamento turístico clandestino. O facto de alguns dos estabelecimentos que anunciam a oferta de alojamento para turistas não se encontrarem devidamente registados nem licenciados, não estando, desta forma, sujeitos ao cumprimento das obrigações fiscais e legais que recaem sobre os tradicionais empreendimentos turísticos, deverá ser encarado como um sinal de alerta e apreensão. A APHORT estima que existam, neste momento, milhares de apartamentos turísticos não regulamentados no mercado nacional, aos quais corresponderão milhares de dormidas não contabilizadas. Para além dos evidentes prejuízos para a economia nacional, este tipo de oferta desregulada e desorganizada não se ajusta aos padrões de qualidade de serviço e de segurança exigidos. O combate a este tipo de alojamento clandestino tem sido, por esta razão, uma das questões prioritárias para a nossa Associação, que tem vindo a trabalhar e a cooperar com o Governo para a criação de um quadro legal que permita integrar esta oferta de alojamento num mercado concorrencial que funcione de forma transparente e rigorosa.
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No que diz respeito à hotelaria, sou da opinião de que dispomos de uma oferta de qualidade, equilibrada e diversificada, composta por diferentes tipos de hotéis, o que nos permite ir ao encontro dos diferentes tipos de procura atualmente existentes, quer em termos de conceito, como em termos de preços. O mesmo se passa ao nível da restauração, dispomos de um mercado onde saudavelmente coexistem restaurantes modernos e cosmopolitas e restaurantes tradicionais que, de forma crescente, partilham de uma sensibilidade comum assente na valorização da história e da riqueza dos produtos e dos sabores da nossa terra, um elemento que nos diferencia e que é cada vez mais valorizado pelos turistas internacionais que nos visitam. Focando-me na realidade que me é próxima, e num momento em que o Porto e a região Norte andam nas “bocas do mundo” colecionando prémios e distinções provenientes de diferentes mercados externos, a APHORT reconhece o mérito e o esforço dos agentes privados enquanto principais responsáveis pela profunda transformação que este destino tem vindo a ser alvo. É com orgulho e satisfação que a nossa Associação tem vindo a registar, por parte dos empresários do setor, uma crescente preocupação e interesse pelo conhecimento e pela formação, tendo em
Nome Conteúdoturístico: do Capítulo do Capítulo Um novodopanorama riscosNome e desafios Opinião
não podemos fechar os olhos à realidade que se vive no interior português, onde os números e indicadores estão ainda muito longe do boom turístico
vista uma maior qualificação dos seus negócios. Não nos podemos, no entanto, deixar deslumbrar por estes resultados, sob pena de colocarmos em risco a sustentabilidade deste fenómeno. Outro dos riscos associados a este novo panorama turístico prende-se com os preços baixos que continuam a ser praticados, tanto na hotelaria como na restauração, em comparação com a média europeia e tendo em conta o nível de qualidade oferecido. Estes valores, acompanhados de um crescimento veloz da oferta nestes setores, constituem fatores que podem, a médio prazo, tornar insustentável o negócio para muitas empresas. Outro ponto que não posso deixar de salientar, e apesar de todo o discurso positivo e otimista que os nossos governantes insistem em veicular em torno do setor do turismo, tem a ver com a necessidade urgente de um reconhecimento público perante o facto do tão propagado crescimento não ser um fenómeno uniforme. É por demais evidente que este crescimento avança a duas velocidades no nosso país. Se por um
lado temos os já conhecidos casos de sucesso como Porto, Lisboa, Algarve, entre outros, não podemos fechar os olhos à realidade que se vive no interior português, onde os números e indicadores estão ainda muito longe do boom turístico permanentemente anunciado na comunicação social. Este é outro ponto preocupante e sobre o qual é necessário proceder a uma profunda reflexão para encontrar alternativas. Neste âmbito, gostaria de destacar o excelente trabalho que a sub-região do Douro tem vindo a fazer, conseguindo posicionar-se de forma muito interessante em torno de um produto muito específico: o vinho. Em poucos anos, mas como resultado de um forte e intenso trabalho, o Douro tem conseguido atrair um segmento de turistas muito apetecível, organizar uma oferta estruturada e complementar para os apreciadores de vinho e do seu processo de produção. Sensibilidade, capacidade de acreditar nos nossos produtos e na nossa oferta, competência para unir esforços e criar sinergias, habilidade para trabalhar na captação de investimento são algumas das principais características que todos os agentes e organismos responsáveis pelo turismo nacional deveriam reunir de forma a ser possível continuar o bom trabalho que tem vindo a ser feito, sobretudo no que diz respeito à promoção externa, para que o nosso país e as nossas regiões continuem a afirmar-se como destinos turísticos apetecíveis. l
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Grande Entrevista Rui Moreira
Rui Moreira Presidente da C창mara Municipal do Porto
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Rui Moreira Grande Entrevista
Rui Moreira
“O Porto está a sedimentar-se como destino turístico” A meio do primeiro mandato enquanto Presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira confessa que gosta do papel que está a desempenhar. Sobre a cidade recusa o rótulo de estar na moda, e prefere dizer que está a sedimentar-se como destino turístico tendo ainda muito potencial de crescimento. O argumento é sustentado com o registo de um dos maiores aumentos de preços na hotelaria na Europa. Na entrevista à Ponto Turismo, o edil fala ainda da situação do País e da Grécia.
Ponto Turismo › A pouco tempo de terminar a primeira metade do seu mandato à frente da Câmara Municipal do Porto, que balanço faz até agora? Rui Moreira › Os balanços fazem-se no final dos mandatos, até porque as primeiras partes são sempre muito diferentes das segundas, por razões evidentes. Primeiro há que adaptar a máquina às políticas e, depois, lançar essas políticas de uma forma mais efetiva. Contudo, o que me chega da parte dos portuenses é que confiam no seu presidente, e isso é muito bom sinal e muito confortável para mim.
Há Ponto T › O Porto está na moda, tem recebido vários destinos prémios de turismo, anda turísticos, sobretudo literalmente nas bocas do mundo. Que comentário de cidade, que nunca faz deste fenómeno? R.M. › Não simpatizo com passam de moda e creio a ideia da moda. Gosto mais de pensar que o Porto que o Porto tem os está a sedimentar-se como condimentos necessários destino turístico e que tem potencial de crescimento. Há para ser um desses Ponto T › Como é que se destinos turísticos, sobretudo de define enquanto Presidente da cidade, que nunca passam de moda casos. Câmara? e creio que o Porto tem os condimentos R.M. › Não gosto de me avaliar a mim próprio. Sei que gosto de me ver neste papel. Gosto de ser presidente da Câmara da minha cidade, da relação com as pessoas e sei que trabalho muito, todos os dias.
necessários para ser um desses casos. Ponto T › Como é que o Porto está a responder a este aumento de visibilidade no mundo? Com mais #20 AGO/SET 2015
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10 Grande Entrevista Rui Moreira
oferta de alojamento, mais restauração, eventos... R.M. › O Porto está a conhecer um fenómeno interessante, uma vez que está a aumentar a oferta turística a todos esses níveis e, simultaneamente, regista um dos maiores aumentos de preços na hotelaria na Europa. Isso sustenta o que há pouco lhe afirmei, acerca do potencial de crescimento que ainda existe.
O FC Porto é uma componente muito importante da marca Porto e, logo, da promoção da cidade
Ponto T › Pensa que a cidade irá beneficiar ainda mais com a vinda de um jogador “galáctico” como Iker Casillas para o Futebol Clube do Porto? R.M. › Claro que sim. O FC Porto é uma componente muito importante da marca Porto e, logo, da promoção da cidade. É bom que o marketing dos nossos clubes funcione, além da competência desportiva, porque isso ajuda a promover a nossa cidade. Ponto T › Em termos de reabilitação urbana como é que está o Porto? Existem muitos projetos aprovados ou em fase de aprovação para o turismo? Em que setores? R.M. › A reabilitação urbana no Porto conheceu em 2014 o seu melhor ano de sempre. E parte importante da reabilitação tem a ver com o setor do turismo. Prevemos que 2015 volte a ser um grande ano em matéria de aprovação de projetos e isso terá efeitos nos próximos anos. #20 AGO/SET 2015
Mas a reabilitação não pode fazer-se apenas às custas do turismo. Por isso criámos novas áreas de reabilitação (ARUs), nomeadamente na zona mais oriental da cidade e vamos assumir o controlo da Sociedade de Reabilitação Urbana, para que este instrumento possa também servir essas novas
ARUs). Ponto T › A Câmara disponibiliza algum tipo de mecanismo de apoio ao turismo? Como por exemplo linhas de crédito, fundos de apoio ou outros... R.M. › Não compete à Câmara Municipal financiar o turismo. O que nos compete é dotar a cidade de conteúdos para o turismo, que o alimentem. E isso estamos a fazer. É a quantidade e qualidade dos conteúdos que existem numa cidade que a tornam mais ou menos interessante e que determinam o número de dias médio de dormidas. Aí, as nossas políticas cultural e de eventos desempenham um papel crucial. Ponto T › Mudando de assunto, que análise faz da situação do país, tendo em conta as próximas eleições legislativas, a perspetiva de prolongamento da austeridade...?
Rui Moreira Grande Entrevista 11
R.M. › Já afirmei que não tenho qualquer papel a desempenhar nas próximas lutas eleitorais. Não sou candidato nem apoio qualquer candidatura. Mas penso que a austeridade não é hoje determinada pelo Governo português, mas pela União Europeia. Quanto muito, o Governo em Portugal poderá escolher onde a aplica.
um modelo deste tipo...., Será esse o caminho? R.M. › O que lhe posso dizer, e sempre disse, é que o Euro apenas pode funcionar havendo um orçamento comunitário. De outra forma, é uma moeda sem a força do dólar com quem pretendia medir forças. E esse é o caminho do federalismo.
FOTOS: CÂMARA MUNICIPAL DO PORTO
“Só não gosto muito quando nos procuramos portar como os melhores da “rua dos pobres”.
Ponto T › Recentemente escreveu que “O Estado Português é um mau sócio, e pouco fiável, porque altera, por decreto e a seu bel-prazer, as regras do jogo, a meio do campeonato”. Referia-se então à questão das águas. E nas restantes questões? Também não devemos confiar no Estado? Porquê? R.M. › Quando alguém não cumpre com as regras que ele próprio definiu, então, devemos ficar desconfiados. Quanto mais vezes mudamos as regras do jogo, menos confiança vão tendo em nós e a confiança é a primeira condição para uma parceria ou para um investimento.
Ponto T › Depois de muita negociação, de muitas páginas nos jornais, a Grécia de Tsipras acabou por capitular ao Eurogrupo. Que conclusão é que se tira? Que não vale a pena “bater o pé” porque a Alemanha e a França é que mandam? R.M. › Eu creio que vale sempre a pena bater o pé quando se tem razão e se o governo grego entende que tem razão e mandato eleitoral para o fazer, então fez bem. Neste caso, a Grécia acabou por ter que aplicar a austeridade que lhe queriam aplicar, embora em termos diferentes das propostas iniciais. É como lhe afirmei atrás: o que pode hoje fazer um governo de um país periférico não é decidir se faz ou não cortes, mas onde os faz.
Ponto T › Para terminar, qual é o maior inimigo da Política? A própria política ou quem a faz, que coloca o poder e os interesses partidários acima dos interesses nacionais? R.M. › Pessoalmente não tenho inimigos na política. A política e os seus partidos são o sal da democracia. O que se passa é que os partidos têm sido capturados, vezes de mais, por interesses corporativos ou mesmo particulares e é isso que tem debilitado a nossa política. Por outro lado, à medida que os recursos vão escasseando e o Estado vai perdendo soberania para o Banco Central Europeu, para o Eurogrupo e para a Comissão Europeia, tem havido uma preocupante tendência para que o Estado central procure recuperar essa soberania ao poder local. Essa tendência centralista, que resulta, muitas vezes, em burocracia, tem sido um grande inimigo de todos os autarcas e, no fundo, de todo o País. l
Ponto T › O Governo de Portugal foi acusado pela Grécia de ter sido um dos mais duros críticos durante as negociações. Acha que se perdeu uma oportunidade de união entre os mais “pequenos” para fazer força perante os “grandes”, apesar de serem de fações políticas diferentes? Ou isso nunca poderia ter acontecido porque Portugal adotou uma postura de “menino obediente”? R.M. › Não conheço em pormenor as negociações, pelo que não queria comentá-las. Só não gosto muito quando nos procuramos portar como os melhores da “rua dos pobres”. Ponto T › Sendo uma Europa claramente desigual em, digamos, tudo, há uma certa animosidade entre os países do Centro/Norte e os do Sul, acha que seria possível a implementação de uma Europa Federalista? Penso, se não estou errada, que defende #20 AGO/SET 2015
Rotas gastronómicas são tendência Em Foco 13
“Tapas, hamburgueres e conservas”
Rotas gastronómicas são tendência E de repente apareceram as Rotas gastronómicas… Rota das Tasquinhas e Restaurantes na Mouraria, Rota das Tapas, Rota dos Hambúrgueres, Rota das Conservas, entre outras… E desta forma, a “comida” ganha um relevo cada vez maior, não só no desenvolvimento turístico, aproveitando um património gastronómico que já existe, mas também na ativação e dinamização de marcas.
A
pesar de tradicionalmente as Rotas estarem ligadas a associações, casos, por exemplo, da Rota das Tabernas em Grândola, da Rota das Tascas no Douro e da Rota das Tasquinhas e Restaurantes, na Mouraria, começam a surgir outro tipo de Rotas que estão ligadas a uma marca, como são o caso da Rota de Tapas Estrella Damm ou da Rota dos Hambúrgueres da Hellmann’s, e que se apresentam com um conceito diferente e um marketing mais agressivo. A Rota das Tapas de Estrella Damm já fez cinco edições em Lisboa e três no Porto e deu fôlego ao tapear, tão enraizado nos nuestros hermanos. motivando os portugueses a “conviverem” depois do trabalho e antes de jantar. Até ter começado as edições deste ano nas duas cidades, a rota tinha vendas acumuladas de 150 mil unidades, sendo as “unidades” compostas por uma tapa harmonizada com uma cerveja Estrella Damm. Este ano, fonte da marca disse que “os resultados foram muito bons, com mais pessoas a aderirem à iniciativa em relação às edições anteriores e os restaurantes muito satisfeitos e a pedir nova rota!” Este ano a Rota contou com 52 pontos de venda em Lisboa e 29 no Porto. Em todas as edições a Rota tem um tema que irá inspirar o desenvolvimento
das tapas nos restaurantes aderentes. Este ano foram os sabores da Terra e do Mar. O sucesso do evento leva a que a cada edição, mais zonas históricas se juntem à rota. Este ano a Madragoa juntou-se ao Cais do Sodré, Rossio, Alfama, Bairro Alto, Príncipe Real na capital e no Porto a zona da Baixa e Ribeira. Além do consumo, o público também pode votar na tapa que mais gostou. Este ano em Lisboa venceu a tapa Eggs Benedict do restaurante The George e no Porto foi a Francesinha no Espeto, do restaurante Casa do Carmo. Em todas as edições a marca de cerveja disponibiliza um mapa com um passaporte com os espaços aderentes, localização e informação sobre as tapas. Os tuk-tuk são parceiros da rota e facultam o transporte gratuito entre restaurantes a quem tiver mais de dois carimbos no passaporte. A rota dos hambúrgueres da Hellmann’s, que também decorreu em Lisboa e no Porto, estreou este ano e teve como ponto de partida uma das maiores tendências na restauração: as hamburguerias gourmet. Segundo Pedro Lobato, o brand manager da Hellmann’s, a rota surgiu com o #20 AGO/SET 2015
14 Em Foco Rotas gastronómicas são tendência
Esta rota [das conservas] é diferente das anteriores e vai além da vertente gastronómica, assumindo também um cariz cultural.
objetivo de “convidar os amantes dos hambúrgueres gourmet a descobrirem outros hambúrgueres emblemáticos da sua cidade, garantindo a utilização de ingredientes da melhor qualidade” Foram 52 pontos de venda, entre as duas cidades, que criaram um hambúrguer especial para o evento e que tinha como produto comum a maionese daquela marca. Tanto as 36 hamburguerias em Lisboa como as 16 na Invicta receberam os comensais num ambiente descontraído, apresentando iguarias como o Hambúrguer Cabo Girão ou o Hambúrguer à Portuguesa. Para divulgar o evento, a Time Out publicou um booklet com a rota, que foi distribuído pelas hamburguerias e com a revista, com uma descrição de cada restaurante participante. O roteiro gastronómico da Hellmann’s deu direito a bilhetes de cinema, por cada quatro autocolantes, um por hambúrguer comprado, colados num mini-cartão. A intenção é, não só, repetir a iniciativa como alargar a outras cidades. Talvez o programa de televisão que Anthony Bourdain gravou em Portugal e que o levou a “descobrir” as conservas portuguesas tenha tido influência na procura desta iguaria pelos turistas. O que nasceu como “comida de guerra” transformou-se num produto gourmet. Aproveitando a dinâmica, a Loja das Conservas, em parceria com Associação Nacional da Industria de Conservas de Peixe, o restaurante Can the Can e o Lisboa Story Centre criaram a Rota das Conservas. Esta rota é diferente das anteriores e vai além da vertente gastronómica, assumindo também um cariz cultural. O objetivo é levar os clientes a visitarem os diversos espaços
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ligados às conservas, começando pela exposição “Latas de Conservas de Outros Tempos” na Lisboa Story Centre. A exposição reúne a mais completa coleção privada de latas de conserva por Carole Garton, além de mais de 200 latas das mais variadas marcas e empresas cedidas para o efeito pelo Centro de Artes Culinárias de Lisboa. e uma sardinha gigante em crochet e tricot, candidata ao Guiness World of Records. É aqui que os visitantes recebem uma lata de conservas vazia que serve de voucher para os restantes pontos da Rota. O restaurante Can the Can é o segundo ponto onde mediante a apresentação do voucher/lata e o consumo de uma refeição, os participantes têm direito a um welcome drink. O itinerário prossegue até à Loja das Conservas onde os participantes têm uma montra com mais de 700 referências. Aqui os participantes, mediante a apresentação do voucher e na compra de uma lata de conservas recebem uma segunda gratuita e podem ter a experiência de fechar uma lata de conservas com uma cravadeira. Com o objetivo de dinamização de um bairro surgiu a Rota das Tasquinhas e Restaurantes da Mouraria, pela mão da associação “Renovar a Mouraria”. A ideia foi mostrar “a sua riqueza histórica e diversidade, valorizando o seu comércio e dando uma vida nova a estas casas”. Considerada “oxigénio para o bairro”, a rota chegou a “salvar restaurantes da falência”. Atualmente a rota já não tem animações, mas os vários restaurantes continuam a ter a placa identificativa da rota. l Antónia Barroso
João Raposo Entrevista Caderno 15
CADERNO 16
É preciso acrescentar valor ao nosso serviço
João Raposo DIRETOR-GERAL EMVIAGEM
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Soluções
Amadeus Companion torna o dia a dia do agente de viagens muito mais fácil e prático.
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Notícias
A Amadeus expandiu a oferta de catering e vendas na hotelaria com a compra do Hotel SystemsPro
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Caderno Amadeus 16 Entrevista Caderno Jo達o Raposo
Jo達o Raposo DIRETOR-GERAL EMVIAGEM
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Caderno Amadeus JoãodoRaposo Caderno 17 Nome do Conteúdo CapítuloEntrevista Nome do Capítulo
João Raposo
“A profissão de agente de viagens está para continuar” Com 27 anos de idade, mas dez de profissão, João Raposo lidera a agência EMVIAGEM e explica como é que surgiu a empresa e o percurso desde 2007. Optando por uma estratégia integrada de serviços, a EMVIAGEM orgulha-se de ter um agregador de hotéis que se posiciona com um dos maiores em Portugal. Ponto Turismo › Quer contar um pouco da história da EMVIAGEM, como surgiu, porquê? João Raposo › Inicialmente eramos franchisados de uma agência de viagens que era a Gheisa. Esta entretanto faliu e resolvemos enveredar por uma marca própria e começámos a trabalhar. A EMVIAGEM nasceu em agosto de 2007. Inicialmente com um balcão em Santiago do Cacém e depois outro balcão em Sines, que é onde ainda está a sede. Nessa altura trabalhávamos apenas lazer e empresas. Agora somos uma agência de viagens generalista e um operador online B2B. Ponto T. › Acabaram por surgir por necessidade, por colapso de outra empresa… J.R. › Sim, na altura os nossos colegas foram para a Marsans, outros foram para a D-Viagem, da Orizonia, também não tiveram sorte. Nós decidimos trabalhar por conta própria. Na altura aderimos à GEA e ao fim de seis meses éramos IATA e também somos APAVT desde o primeiro dia.
Em 2014 faturámos 8,5 milhões de euros e este ano vamos faturar 15 milhões, com mais duas lojas
Ponto T. › Disse que começaram por ser corporate e lazer… J.R. › Sim, começámos por aí. Neste momento também já temos incoming, um operador online B2B, um rent-a-car e um operador de transferes, complementares ao negócio. Ponto T. › Foi estratégia, não colocar os ovos todos no mesmo cesto? J.R. › Sim, sim, nunca conseguimos estar parados. Nunca estivemos à espera que os clientes entrassem pela porta. Andámos sempre à procura de negócio e trabalhar num operador online, o emviagemdmc.com. Temos também o agregador de hotéis, no fundo uma bed bank, multisserviços terrestres.
Ponto T. › E como é que está a trabalhar? J.R. › Está a trabalhar muito bem, com clientes nacionais e já com integrações XML internacionais bastante importantes. Já temos umas largas centenas de reservas por dia. Ponto T. › Quem é o vosso cliente? J.R. › São agências de viagens e outros operadores B2B e B2C online, principalmente estrangeiros.
Ponto T. › Isso no caso do agregador. E no caso da agência de viagens? J.R. › Somos generalistas por isso trabalhamos com tudo. Congressos e incentivos, outgoing, incoming, corporate… O nosso negócio está dividido entre o operador e a agência que trabalha essencialmente lazer e aí estamos em linha com o mercado: viagens à medida, e os charters que existem dos operadores. Portugal é o destino que vendemos mais.
Ponto T. › Qual é o balanço que fazem do verão e perspetivas para o resto do ano? J.R. › Temos sempre crescido. Nunca tivemos um ano inferior ao anterior. Temos crescido a dois dígitos, tanto em faturação como em mercado. Para este ano a perspetiva é crescer 50% em relação ao ano passado. Em 2014 faturámos 8,5 milhões de euros e este ano vamos faturar 15 milhões, com mais duas lojas.
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Caderno Amadeus 18 Entrevista Nome do Capítulo CadernoNome João do Raposo Conteúdo do Capítulo
Ponto T. › Em termos de mercado, como é que vê a profissão do agente de viagens nos tempos de hoje em que os clientes estão inundados pela tecnologia? J.R. › Não sinto que para nós isso seja um grande problema porque nós estamos a alimentar as agências online. Independentemente do cliente algum dia deixar de aparecer, o que eu não acredito que venha a acontecer. Uma empresa não pode trabalhar o corporate ou os grupos online. Ponto T. › E na questão dos clientes serem inundados com informação. Ou seja sabem melhor o que querem. J.R. › Sim, estudam mais o destino, alguns sabem mais do que nós. Ponto T. › E considera isso prudente, um cliente saber mais do que o agente de viagens sobre um destino? J.R. › Não acho isso mau, acho que tem de haver formas de rentabilizar isso. Às vezes os clientes chegam com um preço da internet e nós acabamos por até ganhar mais dinheiro com o preço que os clientes nos passam porque temos motores e tecnologia que nos permite acompanhar qualquer online e ganhar dinheiro, ao contrário do que toda a gente diz. Ponto T. › Então acha que a profissão de agente de viagens ainda é rentável? J.R. › Acho sim e está para continuar independentemente dos online, porque estes vão precisar sempre de agentes por trás que criem produto, a carregar produto, a promover e tudo o resto.
J.R. › Estamos no Facebook, no Linkedin... E cada vez mais utilizamos o Linkedin para recrutar profissionais. Ponto T. › Em termos de legislação das agências. O que é que lhe parecem as alterações? J.R. › Aí houve a simplificação do negócio que nos desvaloriza. Hoje qualquer pessoa pode abrir uma agência de viagens. É mais fácil abrir uma agência de viagens do que qualquer outro negócio o que é injusto para os outros que tiveram de cumprir todas as exigências há uns anos, capitais sociais mínimos, garantias bancárias, alvarás. Eu acho que não faz qualquer sentido haver esse facilitismo. Só vem degradar o nosso setor.
Acho que as agências vão ter de carregar um pouco mais nas margens para fazerem Ponto T. › E em termos de BSP, das novas face aos encargos exigências de pagamentos? J.R. › Eu acho que se tornou mais complicado. Alfinanceiros Ponto T. › Mas a aposta é no B2B. Por algugumas empresas irão desaparecer. Há uns tempos Ponto T. › Se eu preguntasse qual é o vosso modelo de negócio diria o quê? J.R. › Que somos uma agência generalista com um negócio integrado, mas onde queremos crescer mais é no segmento online, no B2B. É o nosso core. A nível de agência queremos trabalhar o incoming e os grupos, quer no incoming quer no outgoing.
ma razão específica? J.R. › É onde é mais fácil para nós. Onde investimos mais em tecnologia. Investimos anos em tecnologia e em recursos. Isto funciona com pessoas e quanto melhor equipa tenho, mais posso vender. É como uma unidade produtiva. Ninguém vê, mas existe um desenvolvimento de trabalho de horas e anos por trás para o produto estar disponível para venda. Em Portugal na venda B2B de hotéis estamos no Top 5. Ponto T. › Como é que vê o futuro dos agentes de viagens? O que é que eles precisam de fazer para ganhar clientes face aos desafios da internet? J.R. › Têm que se profissionalizar mais um bocado. Prestar um serviço que o online não presta. Acrescentar valor ao nosso serviço. Ponto T. › Como é que a EMVIAGEM se posiciona em relação aos social media e aos novos canais de distribuição online que vos fazem concorrência? #20 AGO/SET 2015
que nos temos vindo a preparar para as novas regras e a encurtar prazos de pagamento, mas é difícil porque as empresas nunca irão pagar a uma semana, isso está fora de hipótese. Uma empresa que paga a 30 dias é uma empresa que paga bem. Nós não podemos ser financiadores das empresas. Ou compram online ou compram às agências para terem crédito. Acho que as agências vão ter de carregar um pouco mais nas margens para fazerem face aos encargos financeiros. Eu acho até que as agências de viagens não estão preparadas para fazer uma conciliação da faturação numa semana! Uma fatura tão complexa como a da IATA. Ponto T. › Sei que assinaram recentemente com a Amadeus. Como é contar com a Amadeus como parceiro tecnológico? J.R. › A Amadeus é o maior GDS do mundo e acho que faz todo o sentido trabalhar com eles. Vamos ver, assinámos há pouco tempo. Já temos alguns agentes que estão familiarizados com o sistema. As nossas expectativas são boas. l
Caderno Amadeus Nome do Conteúdo do Amadeus CapítuloCompanion Nome do Soluções Capítulo 19
“Amadeus Companion” Com vários módulos integrados, o Amadeus Companion torna o dia a dia do agente de viagens muito mais fácil e prático.
Cada agência de viagens é única, mas todas partilham o objetivo comum de prestar o melhor serviço ao viajante, da forma mais rápida e eficiente possível. De entre as tarefas mais corriqueiras de um agente de viagens, encontram-se o envio de disponibilidades customizadas, o envio de itinerários customizados e a gestão de perfis de clientes. A solução Amadeus Companion é uma solução desenvolvida pela Amadeus Portugal para agilizar estes processos e surge dos muitos floor walkings e trabalhos de consultoria prestados ao agente de viagens português. O Amadeus Companion é um painel integrado no Amadeus e dispõe de três módulos: 1. Availability 2. Itinerary 3. Profile management
Availability Module Quantas vezes copiou um ecrã de disponibilidades do Amadeus, colou num email e descodificou para poder enviá-lo a um cliente? Com o Amadeus Companion, isso pertence ao passado. Este módulo, integrado com o Microsoft Outlook, recupera toda informação do Amadeus, descodifica todos os elementos para que a informação seja inteligível para o viajante e permite que envie em segundos, a disponibilidade solicitada através de texto ou ficheiro PDF.
Itinerary Module Cada viagem é uma viagem. Escolha ao pormenor como quer enviar os itinerários ao seu cliente. Integrado no Microsoft Outlook, com este módulo pode preparar automaticamente um email com informações personalizadas e itinerário em formato PDF em anexo. O módulo de itinerários do Amadeus Companion dá-lhe a liberdade para: • Costumizar o itinerário com a imagem da sua marca. - Coloque o seu logótipo e a sua informação (endereço, telefone, email, etc); • Escolher a cor a que surgem os elementos dos passageiros; • Escolher a cor a que surgem os segmentos; • Selecionar que passageiros e que segmentos devem ser incluídos no PDF; • Escolher um texto livre com informações para o cliente. Os itinerários compreendem os segmentos no PNR de: • Voos; • Carros; • Hotéis; • Comboios; • Carros e hotéis reservados fora do Amadeus; • CP Rail; • Elementos diversos. - Nota: Todos os nomes de passageiros com apenas um nome serão ignorados.
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Caderno Amadeus 20 Soluções Nome do Capítulo Amadeus Companion Nome do Conteúdo do Capítulo
Profile Management Uma forma mais simples de gerir perfis de viajantes e de empresas, com possibilidade de transferir o viajante e respetivos elementos da empresa em simultâneo. Quando transfere o perfil de um viajante, o Amadeus Companion verifica as datas de validade de todos os cartões e envia um aviso. Opções disponíveis para viajantes: • Nome; • Data de Nascimento; • Empresa Associada; • Contacto de casa; • Contacto do trabalho; • Telemóvel; • Fax • E-mail; • Cartão de passageiro frequente; • Remark Normal; • Remark Confidencial; • Remark Backoffice; • Outros serviços; • Número de passaporte; • Visa; • Carta de Condução; • Bilhete de Identidade; • SSR Docs. Opções disponíveis para empresas: • Nome; • Contacto fixo; • Telemóvel; • Fax; • Email; • Remark Normal; • Remark Confidencial; • Remark Backoffice; • Outros serviços.
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Relatórios Pode extrair relatórios em excel a partir do Amadeus Companion, selecionando um intervalo de tempo.
Caderno Amadeus Amadeus expande Nome oferta do Conteúdo de cateringdoeCapítulo vendas naNome hotelaria do Capítulo Notícias 21
Compra Hotel SystemsPro
Amadeus expande oferta de catering e vendas na hotelaria
A
Amadeus, parceiro tecnológico líder global para a Indústria de viagens e turismo, expandiu as suas vendas e a sua oferta de catering para a indústria hoteleira com a aquisição do Hotel SystemsPro pela Newmarket, empresa adquirida pelo grupo Amadeus em 2014. O Hotel SystemsPro é um fornecedor de vendas, catering e manutenção de software para a indústria hoteleira, com sede nos EUA, que oferece uma alta performance, ASP - baseada em soluções para mais de 4.500 hotéis não só na América do Norte, mas como também noutros pontos do globo. A aquisição, que verá o Hotel SystemsPro formalmente integrado na Newmarket, irá complementar o mercado existente da Newmarket e expandir a sua oferta global de produtos, criando novas oportunidades de negócios em toda a base de clientes do Hotel SystemsPro. O principal produto do Hotel SystemsPro, hotel SalesPro trabalha para automatizar todo o processo de entrega de administração de vendas e de catering, aumentando a eficiência das vendas e dos serviços ao cliente em hotéis - com especial foco nos empreendimentos de dimensão média. “A combinação de vendas e do catering oferece um grande potencial para aumentar o valor para os nossos clientes. Com um mercado potencial de cerca cinco mil milhões de dólares em todo o setor de hospitalidade,
O hotel SalesPro trabalha para automatizar todo o processo de entrega de administração de vendas e de catering
e entre 10% e 50% da faturação do hotel tipicamente provenientes de grupos e eventos de negócios, dependendo do seu perfil, é claramente uma grande oportunidade para os hotéis que procuram uma melhor forma de otimizar esta área dos seus negócios “, afirmou Jeff Hiscox, CEO da Newmarket, uma empresa Amadeus. O responsável acrescenta ainda que “O Hotel SystemsPro tem um conjunto de produtos que se encaixam perfeitamente nas nossas vendas globais e com um conjunto de soluções de catering, que também é uma componente importante na nossa ampla visão estratégica de ponta a ponta de tecnologias para os hotéis”. l
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Caderno Amadeus 22 Notícias Nome do Breves Capítulo Nome do Conteúdo do Capítulo
OMT e Amadeus reforçam parceria Para promover uso da tecnologia no turismo A Amadeus, um dos líderes em soluções de tecnologia para o setor de turismo, e a Organização Mundial do Turismo (OMT) estão a unir forças para promover o uso das tecnologias mais inovadoras nas áreas de turismo, tais como a educação e o transporte multimodal. O acordo inclui o desenvolvimento de um protótipo da OMT sobre a multimodalidade (o planeamento de viagens e emissão de bilhetes de porta em porta com todas as opções possíveis de transporte) para integrar ainda mais os diferentes modos de transporte entre destinos de todo o mundo. A OMT e a Amadeus, que é membro associado da OMT desde 2007, também irão colaborar em temas de sustentabilidade, responsabilidade social corporativa e educação através da participação da Amadeus no projeto piloto da OMT “O desenvolvimento de talentos no setor turístico” e em diversas iniciativas da Organização no âmbito da formação. “A procura de soluções tecnológicas inovadoras é fundamental para a competitividade do setor do turismo e para aproveitar a sua capacidade de criar
empregos e desenvolvimento inclusivo em todo o mundo”, diz o Secretário-Geral da OMT, Taleb Rifai em comunicado. Para o responsável da organização, a OMT tem “um forte interesse em intensificar ainda mais o relacionamento com a Amadeus”, com a finalidade de reforçar as ligações entre o turismo e a tecnologia. “Estamos muito animados por poder fortalecer ainda mais o relacionamento com a OMT através deste acordo que se centra em duas áreas em que ambas as entidades têm uma forte trajetória: tecnologia e turismo. Este acordo também reforça o nosso compromisso com o fortalecimento do setor de viagens e turismo através de uma série de iniciativas conjuntas concordadas em áreas tão importantes como a educação dos profissionais do setor e de inovação tecnológica. Convidamos os Membros Associados da rede da OMT para se juntarem a qualquer uma destas iniciativas de colaboração para continuarmos a construir juntos o futuro do setor “, comentou Tomas Lopez Fernebrand, Vice-Presidente Sénior, General Counsel & Corporate Secretary da Amadeus IT Group.
Amadeus Cloud Grupo norueguês Avinor muda os seus 46 aeroportos O Grupo Avinor, que opera em 46 aeroportos na Noruega, com mais de 50 milhões de viajantes, assinou um acordo com a Amadeus para adotar a cloud Airport Common Use Service (ACUS) platform. A solução vai oferecer um custo-benefício, personalizado e um processamento flexível de passageiros para os aeroportos de todo o grupo AVINOR, inicialmente em 8 aeroportos até um total de 46. A mudança para a cloud traz uma série de vantagens para os aeroportos independentemente do seu tamanho, além de trazer benefícios para as companhias aéreas e viajantes. A ACUS é uma solução da próxima geração, permite que os sistemas de processamento de passageiros possam ser acedidos em qualquer lugar sob pedido, tanto dentro como fora do terminal, a partir de um computador, laptop ou
dispositivo móvel tornando-se especialmente útil para organizar passageiros durante as interrupções. Além disso, os aeroportos e as companhias aéreas irão reduzir os custos de serviços e ter uma poupança significativa nas ligações Wide Area Network (WAN), uma rede de comunicação geograficamente dispersa. Esta tecnologia também reduz significativamente o tempo e os custos associados com a implementação de aplicações para toda a comunidade de transporte aéreo. Como resultado da redução de infraestrutura e hardware, a plataforma Amadeus amiga do ambiente, tem como objetivo ajudar os aeroportos AVINOR a reduzir as suas emissões totais de CO2 em 5.000 toneladas anuais. Este acordo é mais uma prova de uma mudança de toda a indústria baseada nos sistemas cloud, o que representa uma mudança fundamental na prestação airport IT.
Negócio de 830 milhões de dólares Amadeus vai comprar Navitaire à Accenture Amadeus vai comprar a Navitaire, 100% controlada pela Accenture que fornece soluções de tecnologia e de negócios para a indústria da aviação, por 830 milhões dólares. O negócio deverá estar concluído no quarto trimestre de 2015, após as aprovações regulatórias necessárias. A Navitaire, focada no segmento das companhias aéreas e híbridas e com uma base de clientes com mais de 50 operadores, fornece soluções que permite às companhias aéreas gerar receitas e racionalizar os custos nas áreas de reservas, vendas de serviços complementares, programas de fidelização de clientes, gestão e contabilidade das receitas e business intelligence. A incorporação do portfólio de produtos e soluções de Navitaire para as companhias aéreas de baixo custo complementará a oferta da Altea, o conjunto de soluções dirigidas principalmente às companhias aéreas tradicionais, e permitirá que a empresa faça uma prestação de serviços mais ampla de companhias aéreas. O objetivo da Amadeus é vender as duas carteiras de produtos separadamente. A Amadeus vai continuar a investir #20 AGO/SET 2015
no desenvolvimento das duas plataformas, melhorando os serviços e recursos para todos os tipos de companhias aéreas. Num segundo acordo, a Accenture e a Amadeus concordaram em criar uma aliança para orientar as companhias aéreas no processo de transformação digital que atualmente atravessa a indústria, assim como para melhorar a eficiência das suas operações globais. A Accenture e a Amadeus vão ainda concentrar-se em serviços digitais para o viajante, com especial ênfase nas operações comerciais de passageiros. A Accenture será nomeada “Parceiro Estratégico” do negócio de soluções tecnológicas para companhias aéreas Amadeus. Accenture colaborará em consultoria de gestão e tecnologia, integração de sistemas, processos de negócios e serviços digitais, complementando as capacidades já existentes de Amadeus em consultoria e serviços digitais. As duas empresas assinaram um terceiro acordo em que a Accenture irá fornecer a Amadeus com serviços externos de infraestruturas, aplicações, investigação e desenvolvimento (I+D).
24 Tecnologia Apps são as novas ferramentas de trabalho
Apps são as novas ferramentas de trabalho
Forma de trabalhar muda
As empresas começam a introduzir o trabalho flexível como uma parte integrante (mais pequena) do expediente. Por norma, os colaboradores demoram uma média de 32,5 minutos a chegar ao escritório diariamente. Procurando outras soluções, é uma maneira de as organizações acabarem com o custo dessa deslocação e com o stress de estar no trânsito, que só retira produtividade aos colaboradores. De forma gradual, o modelo começa a alterar-se e, na verdade, ferramentas como o Skype, WhatsApp, Dropbox e Google Drive permitem aos profissionais estar em contacto com os colegas, desktops e servidores onde quer que se encontrem a trabalhar.
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e facto, 86% dos colaboradores confirma ter utilizado pelo menos uma ferramenta que permita trabalhar à distância no último mês, de acordo com um estudo recente da Regus com mais de 44.000 profissionais em mais de 100 países em todo o mundo. A Regus, como líder mundial em soluções de espaço de trabalho flexíveis, quis fornecer às organizações um rápido retrato dos atuais hábitos no emprego assim como indicar as próximas tendências. Os profissionais revelaram quais as apps mais utilizadas e populares quando se trabalha on-the-go e identificaram as ferramentas de comunicação como VoIP (Voice over Internet Protocol), conferência e mensagens instantâneas. Também apontaram as aplicações que mais utilizaram para partilhar documentos ou aceder remotamente aos desktops no mesmo período. Para os portugueses, as aplicações VoIP mais populares são o Skype (82,1%) seguido pelo Facebook Messenger (58%) e Viber (28,3%), en#20 AGO/SET 2015
quanto o WhatsApp (60,4%) é de longe a app de mensagens instantâneas mais utilizada para smartphones. Em termos globais, os profissionais estão alinhados e destacam as mesmas aplicações que em Portugal, tanto em termos de VoIP (Skype: 60%; Facebook Messenger: 48%; e Viber: 13%), como de mensagens instantâneas (WhatsApp: 54%). Contudo, mais do que as comunicações, a partilha de documentos é vista como um dos maiores obstáculos ao trabalho remoto. Com mais pessoas a desempenharem tarefas em simultâneo fora do escritório principal houve uma verdadeira proliferação de ferramentas destinadas a tornar mais fácil o acesso aos documentos e ao desktop ou servidores. Neste âmbito, os profissionais portugueses destacam a Dropbox (75,4%), Google Drive (56,9%), WeTransfer (56,4%), e TeamViewer (45%). Os entrevistados globalmente destacaram as seguintes ferramentas online para facilitar o trabalho flexível: Dropbox (56%), Google Drive (43%), TeamViewer (25%) e Google Hangouts (22%).
Apps são as novas ferramentas de trabalho Tecnologia 25
Os inquiridos (85%) também confirmam que o trabalho remoto é facilitado com as aplicações “cloud”, com acesso a partir de qualquer lugar e com um custo mais baixo para as empresas. Curiosamente, os países que se destacam aqui são o Brasil (94%), o México (93%) e a China (91%). Por outro lado, na cauda estão a Alemanha e o Japão (ambos com 71%) devido a preocupações de segurança. O aumento de novas ferramentas é naturalmente estimulado pela procura de soluções que permitam estar no ativo de modo seguro e eficiente fora do ambiente de escritório tradicional, mas também pela necessidade de tornar o trabalho remoto mais aceitável para os gestores, que inicialmente tinham receio de separar as suas equipas, mesmo que apenas por algum tempo. No entanto, os profissionais concordam que a gestão remota de sucesso depende de uma série de medidas próprias. Por exemplo, os inquiridos consideram ser necessária formação específica para os gestores (75%) e que estes devem falar com os elementos da sua equipa várias vezes por semana (82%). Fundamentais também são as reuniões presenciais uma vez por mês entre os gestores e as equipas (85%). O estudo da Regus revela outra questão: as empresas que incentivam os colaboradores a trabalhar em casa geralmente não estão conscientes de que devem garantir a implementação das normas de saúde e segurança neste espaço. Para tornar a habitação num local com características próprias para garantir uma boa produtividade por vezes é necessário fazer algumas adaptações e investimentos que nem sempre são levados em consideração. Contudo, todas estas questões são superáveis, com a opção dos profissionais trabalharem em locais profissionais totalmente equipados perto da sua residência. Deste modo, conseguem garantir condições otimizadas e profissionais que beneficiam o colaborador e a empresa. Podemos concluir que as ferramentas online estão a ajudar a superar alguns dos obstáculos tradicionalmente associados ao trabalho fora do escritório. A tecnologia está a fazer a ponte, de forma confiável e segura, possibilitando estar sempre em contacto com os colegas e aceder aos documentos no servidor da empresa a partir de qualquer local. É uma situação win-win… até para a produtividade.
Para os portugueses, as aplicações VoIP mais populares são o Skype (82,1%) seguido pelo Facebook Messenger (58%) e Viber (28,3%)
Metodologia Em janeiro de 2015, mais de 44.000 colaboradores foram entrevistados, via questionário online, em mais 100 países, incluindo Portugal. Estes foram angariados a partir da base de dados mundial de contactos da Regus, altamente representativa, que inclui mais de 2 milhões de profissionais inseridos no mundo dos negócios. Os entrevistados foram convidados a expressar-se sobre as novas ferramentas no trabalho. A pesquisa foi gerida e administrada pela empresa independente de estudos de mercado MindMetre Research. l Jorge Valdeira Country manager da Regus Portugal
Sobre a Regus A Regus é líder mundial em soluções de espaço de trabalho flexíveis. A sua rede inclui mais de 3.000 centros de negócios, em mais de 120 países, que fornecem espaços de trabalho de alta qualidade. Empresas como a Google, Toshiba e GlaxoSmithKline escolhem a Regus para a trabalhar de modo mais flexível e tornar os seus negócios melhor sucedidos. A Regus está pronta a apoiar os seus 1.8 milhões de membros – nos centros da cidade, nos bairros periféricos, nos centros comerciais, nas lojas, em estações ferroviárias, nas estações de serviço e até mesmo em centros comunitários. Fundada em Bruxelas, na Bélgica, em 1989, a Regus está sediada no Luxemburgo e cotada na Bolsa de Londres.
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26 Análise «Vá e Volte, sempre em boa companhia»
Provedor do Cliente
«Vá e Volte, sempre em boa companhia» Entre janeiro e dezembro do ano passado foram submetidos ao gabinete do Provedor do Cliente das Agências de Viagens 1.009 processos, dos quais 138 eram pedidos de informação e/ou aconselhamento e 871 eram reclamações. 2014 passou assim a figurar como o ano em que maior número de reclamações foram apresentadas ao Provedor, excetuando os anos da falência da Marsans e dos processos relativos à «A Vida é Bela».
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o total de reclamações referido (871), 296 foram indeferidas por diversos factos, a saber, 108 por serem relativas a agências não associadas, 28 por terem recorrido, em simultâneo, a outras entidades, 62 fora do prazo legal de 20 dias úteis após o fim da viagem, e 98 por se encontrarem fora do âmbito das competências do Provedor do Cliente. A alteração ao programa durante a própria viagem, as más condições de alojamento e atrasos nos voos constituíram as principais razões alegadas pelos reclamantes. Comparativamente a outros anos, registou-se em 2014 um elevado número de reclamações incidentes em alterações ao programa, na maioria decorrentes de problemas com voos e alterações de companhias aéreas. Em linha com os anos anteriores, as reclamações decorrentes das Condições do Alojamento continuam a ocupar o lugar de topo de lista dos fundamentos de reclamação, o que denota em muitos casos, deficiente informação prestada pelos agentes de viagens aos seus clientes, ou até, a montante, dos operadores aos agentes de viagens e destes aos clientes. Também no ano passado registou-se um aumento significativo de reclamações dirigidas a agências e portais de reservas online estrangeiros, ou seja, sem registo no RNAVT (Registo Nacional das Agências de Viagem e #20 AGO/SET 2015
Turismo), o que implica situações de desproteção flagrantes dos consumidores. Do total de processos apreciados pelo Provedor (575), houve uma decisão em 473 casos, um acordo entre a agência e o cliente em 30, e 72 foram arquivadas. Das 473 decisões, apenas 16 foram totalmente favoráveis ao cliente, a maioria (279) foram-lhe parcialmente favoráveis e a 178 reclamantes não foi atribuída razão alguma.
Panorama em 2015 Este ano, até 28 de maio, eram já 226 o número total de processos entregues, incluindo 162 reclamações e 64 pedidos de informação, o que faz prever que após a época alta de Verão se venham a atingir valores muito próximos ou mesmo superiores relativamente a 2014. Das 162 reclamações, 64 foram indeferidas por se referirem a agências não associadas (30), terem recorrido a outras entidades (3), terem sido
«Vá e Volte, sempre em boa companhia» Análise 27
entregues fora de prazo (7) ou estarem fora do âmbito de competência do Provedor (24 casos). Tal como no ano passado, a alteração ao programa de viagem constituiu a principal razão de reclamação, designadamente com questões de alteração de horários e voos. Outras razões foram problemas com documentação, a alegação de pagamentos excessivos (na opinião do cliente) e o incumprimento contratual, nomeadamente pela alteração do programa, problemas decorrentes da publicidade associada, impossibilidade de concretização da reserva ou alterações ao programa antes da viagem, entre outros. Um número elevado das reclamações sobre preços decorrem de uma maior atenção dos clientes às promoções e a uma constante comparação entre vários fornecedores, o que lhes suscita dúvidas, sem que lhes assista, na larga maioria dos casos, qualquer razão. Mantém-se ainda com grande relevância o número de reclamações que dizem respeito a reservas em agências e portais online estrangeiros, verificando-se que os clientes desconhecem as entidades onde estão a adquirir os serviços, as condições gerais que lhes são aplicadas e a falta de proteção a que ficam sujeitos.
«Vá e Volte, sempre em boa companhia» De 1 a 15 de junho deste ano, a APAVT lançou uma campanha de publicidade na rádio destinada a promover as suas associadas através, precisamente, da divulgação das vantagens que os clientes podem usufruir ao adquirir os seus pacotes em agências aderentes ao Provedor do Cliente. A campanha constava de anúncios de 30 segundos que terminava com a assinatura «Vá e Volte, sempre em boa companhia» e foi acompanhada pela divulgação, através das redes sociais, de imagens com frases da campanha, que permitem diferenciar os associados dos não-associados da APAVT. De acordo com o presidente da associação, Pedro Costa Ferreira: “Confiança, é a palavra-chave do negócio. Face aos constantes investimentos que os nossos associados realizam para consolidar uma relação de confiança com os clientes, pareceu-nos perfeitamente ajustado que, no âmbito do nosso 65º aniversário, sublinhássemos esse mesmo esforço, através desta campanha publicitária». No mesmo dia em que arrancava a campanha, Vera Jardim falava com a imprensa para, uma vez mais, alertar os viajantes para todas as questões que podem interferir com o gozo de umas férias e reforçando a sua disponibilidade para apoiar os viajantes quando alguma coisa corra menos bem. Na medida das possibilidades, esta é uma iniciativa a repetir pela associação. l
Das 473 decisões, apenas 16 foram totalmente favoráveis ao cliente, a maioria (279) foramlhe parcialmente favoráveis
Desde 2000 a promover os associados Criado em 2000, e desde então protagonizado por José Vera Jardim, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Estado do Turismo, o Provedor do Cliente constitui um importantíssimo instrumento de promoção do negócio dos associados da APAVT. Tendo em consideração que, no nosso País, as reclamações relacionadas com as viagens e o turismo tinham, até então, como única solução o recurso à Comissão Arbitral do Turismo de Portugal e aos tribunais, a criação do Provedor veio oferecer aos clientes uma garantia adicional, só ao alcance dos associados da APAVT. Efetivamente o gabinete do Provedor assegura maior celeridade na resposta e, tratando-se de um órgão independente da APAVT, constitui uma solução recomendada pela DECO.
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28 Análise O que rende o mundo dos congressos, conferências e reuniões
O que rende o mundo dos congressos,
conferências e reuniões
Quando fui solicitada a escrever sobre este tema, e me debrucei sobre as várias análises produzidas pelas diversas associações do setor, relembrei alguns dados interessantes que provam à evidência a punjança do setor traduzida pelo crescimento exponencial desta industria, correntemente designada por MI – Meetings Industry, a partir dos últimos anos do século XX, mais especificamente desde 1998 até ao presente.
O
desenvolvimento deste mercado em tão grande expansão muito tem contribuído para a divulgação do conhecimento em áreas tão importantes e relevantes como a Ciência, a Saúde e a Tecnologia. Existe um paralelismo evidente no desenvolvimento do mercado MI com os níveis de descoberta e inovação verificados nas últimas décadas nos setores atrás mencionados, dando origem ao aparecimento de novas associações e novos modelos de reuniões, os quais, por seu turno, desenvolvem novas oportunidades de negócios e novas estratégias de divulgação. É também importante mencionar que este tipo de eventos permite contactos que de outro modo nunca aconteceriam, promovendo o conhecimento de povos e culturas, desenvolvendo desafios e oportunidades e juntando num mesmo acontecimento entidades governamentais, académicas, sociedades comerciais, industriais. Para além destes aspetos sem dúvida relevantes, podemos e devemos referir também as questões económicas. Estamos a falar de um mercado que, embora complexo e muito fragmentado, leva às cidades organizadoras um aporte económico e financeiro de grande peso, razão pela qual é angariação é feita de um modo cada vez mais profissional e aguerrido. Referindo alguns números significativos do mercado em apreço, e segundo o relatório da UIA – Union of International Associations referente ao ano de 2013, o setor apresenta números de grande relevo: 408.798 #20 AGO/SET 2015
reuniões realizadas em 174 países e 1.465 cidades, dados estes que não incluem eventos puramente nacionais, de cariz religioso, didático, político, comercial ou desportivo e não foram também considerados os eventos corporativos. Quanto a números e ao considerarmos um gasto médio por participante/ reunião = US$ 2.424,00 (gasto médio por dia = US$678,00) facilmente poderemos compreender a importância económica do setor para as cidades organizadoras. A ICCA (International Congress and Convention Association) apresenta valores de 56,4 Biliões de US$ nos últimos 5 anos e um gasto médio por participante e por evento de € 1.649,24 . O mercado tem crescido de forma consistente e tudo aponta para que assim continue. A indústria das reuniões, congressos e conferências dinamiza vários setores da economia com relevo especial para a hotelaria, restauração e transportes, setores que deste modo conseguem equilibrar as suas re-
O que rende o mundo dos congressos, conferências e reuniões Análise 29
ceitas em cidades que organizam este tipo de eventos de forma periódica e consistente. Podemos e devemos também referir outros setores da atividade económica com relevo nesta industria e que incluem o aluguer dos espaços e de material e equipamento, design e decoração, construção de infraestruturas, recursos humanos, animação turística, organização de visitas culturais e de lazer, compras de artigos regionais, entre outros. Estudos recentes referem um número de 59 profissões ligadas ao setor. Conseguir ganhar a organização de um grande congresso para o destino que defendemos, é uma grande vitória e pressupõe um investimento muito significativo a nível da utilização de recursos humanos durante um período considerável para além de outros investimentos em contactos internacionais presenciais, materiais de divulgação de grande qualidade, entre outros. É certo que as autoridades que presidem aos destinos turísticos das cidades, como é o caso dos “Convention Bureaux” apoiam com entusiasmo o desenvolvimento destas ações, mas muito frequentemente os eventos são angariados diretamente pelos membros locais das associações internacionais ou ainda pelas empresas especializadas na organização de congressos, conferências e reuniões. Foi este o caso do último congresso de grande envergadura realizado em Lisboa no passado mês de junho que trouxe à cidade 10.188 participantes entre delegados, expositores e jornalistas e que constituiu um desafio significativo à capacidade organizativa das empresas portuguesas. O estudo do impacto económico deste evento revela um retorno financeiro de um valor calculado em € 20M. Se considerarmos que o participante em congressos é um turista com elevado poder de compra, que frequentemente prolonga a sua estada nas cidades que visita, que escolhe produtos de qualidade, que privilegia restaurantes de topo, que utiliza o taxi com meio de transporte preferencial, facilmente poderemos concluir pela rentabilidade do setor em análise. Não podemos esquecer também que a realização de congressos é fator de equilíbrio no setor
da hotelaria e da restauração nas chamadas épocas baixas de turismo de lazer como é o caso dos meses de outubro, novembro, março, abril e maio. Ciente da importância deste mercado, Portugal tem feito um esforço considerável para a captação deste tipo de eventos . Em particular a cidade de Lisboa, tem mantido uma posição de destaque e relativamente estável no top 15 do “ranking” mundial da ICCA , tendo alcançado o 9º lugar a nível mundial e a 8ª posição no “ranking” europeu. Também a cidade do Porto tem merecido nos últimos anos um destaque especial por parte da imprensa internacional com a consequente subida no setor. Afirmar e consolidar Portugal como destino de turismo de negócios é um dos objetivos estratégicos do Turismo de Portugal capitalizando numa boa relação qualidade/ preço, excelência da oferta de equipamentos, clima ameno durante todo o ano, posição estratégica central e boas ligações aéreas a todo o mundo. É reconhecido que temos condições ímpares para a realização de congressos, conferências e reuniões entre as quais se destacam as condições geográficas, culturais, e gastronómicas, para não falar na segurança das suas cidades e da hospitabilidade do seu povo. Faltam-nos estruturas adequadas e permanentes o que faria ganhar a “economia de escala” que nos falta. O resto já temos. l
Faltam-nos estruturas adequadas e permanentes o que faria ganhar a “economia de escala” que nos falta.
Em junho passado, Lisboa recebeu um congresso que trouxe 10.188 participantes
Luísa Teixeira Diretora executiva da Mundiconvenius
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30 10 Insights em inovação
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Insights em inovação
Inovação – todos falam sobre isso. A inovação é realmente importante. Se não alterarmos o que oferecemos ao mundo e as formas que criamos e as oferecemos (os nossos processos) então há uma grande probabilidade de não sobrevivermos durante muito tempo no mercado turbulento atual. A questão não está no inovar ou não inovar, está no como inovar. A inovação ainda é um negócio arriscado, mas se queremos que aconteça, existem alguns pontos úteis que nos guiam. Os inovadores com sucesso:
Tratam a inovação como um processo A inovação não é o desenho em que aparece uma lâmpada acesa em cima da cabeça de alguém. É uma jornada que envolve passos-chave para criar valor das ideias. Qualquer pessoa pode ter sorte uma vez, mas para repetir o truque da inovação é preciso um processo para gerir isso.
Exploram o espaço de inovação A inovação pode acontecer de muitas formas – mudando a nossa oferta, atualizando os nossos processos, explorando os novos contextos de mercado, até alterando ou nosso modelo de negócio de base. Inovadores inteligentes asseguram-se que exploram 360º da oportunidade.
Têm uma estratégia de inovação É fácil agitar a bandeira e gritar o quanto a inovação é importante; players sérios pensam uma estratégia para lidar com isso, partilham um roteiro e certificam-se que as pessoas compram a ideia.
Estão atentos às pequenas coisas As mudanças radicais podem chegar às manchetes, mas grande parte da inovação, é, muitas vezes, fazer um pouco melhor o que já fazemos. A inovação incremental traz um risco menor porque se trata de avançar com fronteiras conhecidas – e isso soma para um grande efeito.
Mobilizam o mainstream Muitas organizações têm responsáveis pela inovação. Mas todos os seres humanos podem ser criativos. Os inovadores com sucesso trabalham muito para mobilizarem esta criatividade através de toda a organização. #20 AGO/SET 2015
em inovação 10 Insights 31
Fazem ligações A inovação não é um ato solitário; num mundo rico em conhecimento, até a maior empresa tem de reconhecer que ‘há mais pessoas espertas para além das que trabalham para nós’. O novo jogo é o de inovação aberta – e a chave para o sucesso é gerir o fluxo do conhecimento. Não é preciso ser dono de todos os recursos para a inovação, desde que saibamos onde estão e como ligar-se com eles.
Constroem uma organização inovadora Empresas como a 3M e a Google proporcionam à sua equipa tempo e espaço para explorar e experimentar, tentando recriar o espírito empreendedor que deram início aos seus negócios
Cocriam com os utilizadores Os clientes não são passivos, também podem ser uma fonte rica de inovação. Mobilizar a inovação dos utilizadores não só gera mais ideias diversas, como também ajuda a criar parcerias com o mercado o que melhora a adoção da inovação.
Aceitam o falhanço A inovação é experimentar algo novo e nem todas as novas ideias resultam. A chave é certificar-se que conseguimos gerir ‘o falhanço inteligente’, tirar lições da experiência para construir e fortalecer a capacidade para o futuro.
Constroem capacidade dinâmica Os inovadores de sucesso sabem que a inovação envolve um objetivo móvel – e eles vão verificando e atualizando as suas capacidades, aprendendo novos truques e abandonando antigos que já não funcionam.
John Bessant Professor de Inovação e Empreendedorismo Univ. de Exeter
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32 Lifestyle Tendência DIY Os novos “artistas” do “Faz-tu-mesmo”
Tendência DIY
Os novos “artistas” do “Faz-tu-mesmo” São inquietos, curiosos, criativos, gostam de “meter as mãos na massa”, adoram descobrir como se faz… Os autodidatas são hoje os adeptos da tendência Do It Yourself (DIY), optam por aprender por si e construir, modificar ou reparar alguma coisa, sem recorrer à ajuda de peritos ou profissionais.
O
s académicos dizem que o comportamento DIY pode ser desencadeado por diversos fatores de mercado, como benefícios económicos (indisponibilidade do produto, falta de qualidade no produto, a necessidade de personalização) e valorização de identidade (artesanato, formação, caracter único). Diz-se que a necessidade aguça o engenho. Não sabemos se a crise no desemprego teve alguma influência, talvez sim, ou então, é uma mera reação ao “comprar tudo feito” que já estava comodamente instalado nas nossas vidas. O certo é que são cada vez mais os adeptos do DIY, e assim vão surgindo novos talentos, novas formas de ocupar o pouco tempo livre, dando asas à imaginação e criatividade e, com sorte, obter algum rendimento extra... Mas afinal de onde vem isto do Do It Yourself? Historicamente o termo remonta a 1912, quando começa a estar associado principalmente no domínio das reparações e manutenções caseiras. Em 1950 a frase Do It Yourself (Faça Você Mesmo) tornou-se comum em inglês, como referência a uma moda em que as pessoas faziam melhorias em casa e outros pequenos projetos de artesanato e construção, tanto hobby criativo como atividade para poupar dinheiro. Mais tarde o significado de DIY ampliou-se cobrindo uma gama maior de habilidades, ficando associado aos panoramas musicais do rock alternativo, punk rock, indie rock, estações de rádio piratas e com a comunidade zine (do #20 AGO/SET 2015
termo magazine: projetos de publicações próprias). Neste contexto o DIY fica associado ao movimento Arts and Crafts que oferece uma alternativa à cultura do consumo cujo foco está em depender de outros para satisfazer as suas necessidades. A Internet disponibilizou um novo mundo de possibilidades a todos e mesmo os que não têm uma habilidade especial, ou talento inato, podem encontrar na rede como fazer praticamente tudo, desde a costura ao crochet, da cerâmica à carpintaria, da pintura à decoupage, passando pela joalharia, cozinha, hortas, jardinagem… um sem-fim de opções. Quem é que nunca fez uma pesquisa na Internet para saber como se fazia algo em particular? Mesmo que tenha sido por curiosidade, sem qualquer intenção de empreender nessa empreitada?
Tendência DIY Os novos “artistas” do “Faz-tu-mesmo” Lifestyle 33
Sites como o Instructables.com ensinam a fazer quase tudo, aliás o site tem um separador chamado “everything” que se subdivide por diversos canais que abrangem desde as sobremesas à eletrónica, passando pela reutilização de materiais, ferramentas… aparece realmente tudo, mesmo algumas invenções de credibilidade se não duvidosa, pelo menos, pouco provável. A profissão de Jaime não tem nada a ver com “trabalhos-manuais” mas gosta de construir e arranjar “coisas”, só pelo gozo… antes de optar por um profissional, prefere tentar fazer os arranjos lá de casa. E faz tudo, desde o mais básico como trocar lâmpadas, colocar as calhas técnicas por onde passam os cabos para não estarem à vista, passando pela pintura, por colocar chão e arranjo de pequenos eletrodomésticos. O último foi uma centrifugadora que tinha deixado de funcionar e que conseguiu arranjar. Muitas vezes o desafio está em descobrir a chave certa para desaparafusar os parafusos e abrir a máquina, porque muitos têm formatos invulgares. “Estão feitos para serem deitados fora assim que avariam”, diz. Sandra Leonardo é uma adepta do DIY, a sua área de intervenção passa pela “recriação”, isto é personaliza peças de modo a torná-las únicas, e assim surgem t-shirts diferentes, cestas pintadas, porta-chaves, quadros, capas de agenda, bolos, quadros e lembranças várias, utilizando diferentes materiais. Para ela a criação e recriação de peças é uma terapia. A Sandra era responsável pela comunicação interna de um laboratório farmacêutico e ficou desempregada há dois anos. Como não gosta de ficar parada pensou que podia fazer os bolos de aniversário dos filhos e inscreveu-se num curso básico de cake Design. A curiosidade levou-a a procurar inspiração na internet e foi aí que descobriu o feltro e começou a achar que podia fazer mais coisas. Agarrou-se à agulha e à linha e começou com a decoração de t-shirts, tanto dos filhos como para oferecer. Começou a ter necessidade de uma máquina de costura, pois percebeu que “fazer uma costura direita à mão é difícil”. Inscreveu-se num curso básico de costura criativa. A determinação e confiança aumentaram e, sendo perfecionista por natureza, Sandra acha que pode sempre fazer melhor. As peças que faz são para oferta, por enquanto não tem uma página própria onde pode mostrar o que faz apesar de pressionada para o fazer. Sente que existe demasiada concorrência para fazer deste hobby um negócio. “É muito difícil tirar um ordenado disto”, diz, “além dos milhares de pessoas que existem a fazer o mesmo tipo de atividade, existe ainda a concorrência das lojas chinesas que vendem tudo e mais barato”. O caso de M.J. Cerqueira de Sousa é diferente, ex-professora de educação visual, herdou um negócio de família com mais de 200 anos ligado aos gessos. Infelizmente o negócio dos gessos foi afetado pela crise económica e, sem baixar os braços, aproveitou o seu talento para a pintura e desenho para complementar os rendimentos. Atualmente faz exposições de quadros a óleo, acrílico e desenhos a carvão. A próxima será em setembro em Setúbal. Paralelamente criou a presepiomania, uma página ano Facebook onde mostra as suas criações: presépios, santos Antónios e anjos. Feitos manualmente com materiais como a lã e os tecidos, cada peça é única e irrepetível. São todas estilizadas e por isso precisam de elementos identificativos para que as pessoas saibam logo o que é. Primeiro foram os presépios, mas como se tratam de peças sazonais, M.J. acabou por abrir o leque de criações aos anjos e mais recentemente aos santos Antónios, cujos elementos identificativos são o livro e a flor. Neste momento está em processo de criar mais santos, como o São Pedro ou o São João. l
O artesanato é para muitos uma terapia, mas também uma forma de rendimento
A costura foi também uma das atividades que ressurgiram da crise
Presépios estilizados e que agradam a colecionadores
A Internet disponibilizou um novo mundo de possibilidades a todos os que querem iniciar-se no DIY
A maior facilidade em encontrar matéria prima favoreu o desenvolvimento do cake design
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34 Viagem de: José Fidalgo
cada vez mais quero viajar, nem que seja aos fins de semana!
José Fidalgo
Ponto Turismo › Qual foi o destino favorito? José Fidalgo › Santiago do Chile, já foi há uns anos, porque tenho uma certa atração por conhecer mais destinos na América do Sul e Santiago do Chile foi a primeira. Ponto T. › O que é que leva sempre na mala quando vai de viagem? J.F. › As minhas calças e botas. Ponto T. › Qual é a situação mais caricata que guarda de uma viagem? J.F. › Não bem caricato, foi mais uma aventura que envolveu uma viagem entre Lisboa, Grécia, Madrid, Fortaleza e Recife. Muitas horas de voos de seguida. Ponto T. › Já se perdeu alguma vez? Onde? J.F. › Perder, perder, nunca perdi um voo, mas gostava de perder um avião. Ir num avião sem saber para onde. Ponto T. › Qual é o destino que ainda falta conhecer? J.F. › Todos! Ponto T. › Quando tem tempo livre, como é que prefere passá-lo? J.F. › Na praia, mas cada vez mais quero viajar, nem que seja aos fins de semana!
“Tenho uma certa atração pela América do Sul” Ponto T. › Qual é o seu ídolo? J.F. › Não tenho, tenho referências. Ponto T. › Qual a sua especialidade culinária? J.F. › Não tenho! Só faço uma omelete aos trambolhões! Ponto T. › Qual a comida que mais detesta? J.F. › Anchovas! Ponto T. › O que é que o público não sabe sobre si? J.F. › Tudo… Ponto T. › O que a faz perder a cabeça em termos de compras? J.F. › Casacos e botas! Ponto T. › Tem alguma mania ou tique que queira partilhar? J.F. › Gosto de ter as coisas direitas.
Ponto T. › Qual o livro de cabeceira ou que leva nas viagens J.F. › Estou a ler o Gitania, um livro de uma escritora que me dedicou uma das personagens, sobre o mundo dos ciganos.
Ponto T. › Tem algum objeto velho do qual não se desfaz? J.F. › Tenho alguns. Por exemplo uma mala que guardo.
Ponto T. › Não tem paciência para…? J.F. › Esperas.
Ponto T. › Se tivesse um dom de super-herói qual seria J.F. › Invisibilidade.
Ponto T. › Não quer partir desta vida sem…? J.F. › Sem dar uma volta pela europa em mota, sem viajar de mota com o meu filho.
Ponto T. › Se reencarnasse num animal qual seria? J.F. › Um leão. l
#20 AGO/SET 2015
26 de Setembro de 2015 no Palácio da Bolsa 20:00h
Numa atmosfera de fantasia contagiante celebramos a vida e, ao mesmo tempo, lutamos por um espírito livre e tolerante contra a exclusão e menosprezo de todos os que vivem e convivem com o VIH/Sida. Cocktail de receção 20:00h seguido de jantar. 50 Abraços/Pessoa Nib: 0010 0000 7616 3570 0011 6 Confirmar para: baileabraco@abraco.pt ou 96 272 20 39 Dress code: Gala temático