Ponto turismo 32

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#32 NOV/DEZ

2017 €5

tui lança nova ferramenta online opinião

Existem ou não turistas a mais, o fenómeno do Over tourism?

análise

Sim, vamos falar sobre a Websummit em Lisboa

10 insights Como ter um Blog de sucesso. As dicas de quem sabe

tecnologia

Saiba quais são as tendências das comunicações em viagem

GRANDE entrevista Lars Schäfer Managing director tui portugal



Ficha Técnica

Índice

Nova ferramenta online é aposta clara no mercado português

Propriedade Amadeus Soluciones Tecnologicas, S.A. Sucursal em Portugal

Sede Avenida Duque D’Avila, n.º 46 - 3º B 1050-083 Lisboa Tel.: 21 321 30 99 - Fax: 21 322 58 75 E-mail: pontoturismo@pt.amadeus.com

Diretor Comercial Cláudio Santos

Diretor da Ponto Turismo

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Numa entrevista à Ponto Turismo, o managing director da Tui Portugal, Lars Schäfer, explicou o que é a nova ferramenta para o trade, uma plataforma online com tecnologia state-of-the-art, fruto de um projeto internacional do grupo

Cláudio Santos Bimestral · Ano - 2017 - Edição 32

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Coordenação Editorial

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pontoturismo@pt.amadeus.com · Tel.: 21 321 30 99

Produção de Conteúdos e Edição Mediapearl - Comunicação e Serviços, Lda. Tel.: 214 037 656 · mediapearl@mediapearl.pt

Publicidade marketing@pt.amadeus.com · Tel.: 21 321 30 99

Ilustração Capa Pedro Taquelim

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Opinião

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Grande Entrevista

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Em Foco

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Aniversário:

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Soluções

Fotografia

OverTourism: isso não existe!

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Tecnologia

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Análise

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10 Insights

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Lifestyle

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Viagem de:

Consumidores : As tendências das comunicações em viagem

Mediapearl

Produção Mediapearl - Comunicação e Serviços, Lda. Rua de Xabregas, 2, Piso 2, Sala 2.06 / 2.07 1900-440 Lisboa mediapearl@mediapearl.pt

Impressão e Acabamento RBM - Artes Gráficas

Tiragem 1300 exemplares

Registo na ERC N.º 126281

Depósito Legal N.º 350109/12

Lars Schäfer Plataforma dinâmica online é o próximo serviço da TUI para o agente de viagens”

Exposições preenchem agendas de Lisboa e Porto

AM30: recorde como foi!

Amadeus Selling Platform Connect

- Websummit, Um exercício de impossibilidade física - Email marketing é coisa do século passado!

Insights: Como conseguir ter um blog de sucesso

Natal na Europa Boas festas com o nosso guia completo

João Freitas Diretor-geral do Hotel Lutécia

A revista Ponto Turismo é uma publicação da Amadeus Portugal. A empresa não se identifica necessariamene com o conteúdo dos artigos nem com as opiniões dos seus colaboradores. É proibida a reprodução total ou parcial sem a autorização prévia da empresa editora.

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Editorial

Balanço 2017

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esta última edição do ano, com a chegada de 2018 ao virar da esquina, é o momento ideal para fazer o balanço dos acontecimentos que marcaram o 2017! Para Portugal, foi sem dúvida um ano eufórico. Do desporto à cultura, os portugueses têm colecionado troféus. A economia acelera ao ritmo até então, mais forte da década. O turismo português dispara com o melhor destino, melhor praia, melhor piscina e melhor paisagem. E, por consequência o país melhora e recomenda-se. Centrando–se num dos setores em que operamos, Portugal quer liderar o Turismo do Futuro. O aumento registado a nível do número das visitas do exterior tem permitido a melhoria dos serviços, o alargamento da oferta, o crescimento do emprego, restauração, hotelaria, transportes…Porque turismo é tudo isto. E, com tudo isto, que se conseguiu afirmar mais Portugal no Mundo. Apenas durante este ano, Portugal realizou um investimento de 10 milhões de euros numa campanha meramente digital junto de mais 20 países, com a assinatura “Can´t Skip Portugal”! Claim que espelha a ideia de não perder turistas, mas antes manter a curva do crescimento. Há quem critique ou louve. Mas o importante, diria, será continuar a elevar a fasquia da qualidade. E o papel da Amadeus, enquanto empresa global que somos, é acompanhar e antecipar esta dinâmica tão complexa e veloz. Mas sem perder o foco em Portugal, a nível da Amadeus local também vivenciámos um ano repleto de conquistas. A mudança de escritório foi uma delas, e com isso conseguimos assegurar uma das bases do nosso trabalho: espaço mais moderno e confortável.

Outro grande marco foi a migração de praticamente todos os clientes para a nova plataforma Selling Connect. Lançamento constante de novas campanhas, produtos e novas parcerias o que só revela a nossa contínua participação no mercado. Mas este ano é só o começo, o objetivo é abraçar o próximo com uma presença ainda maior, mais novidades virão, com a perspectiva de entregar um maior valor ao Cliente. Nesta edição Ponto na secção da Grande Entrevista demos lugar a Lars Schäfer que destaca algumas das principais novidades da TUI. Para celebrar esta época festiva recomendámos “ 5 Mercados de Natal Europeus”, a não perder, na secção lifestyle. Na opinião, a Mafalda Patuleia aborda um dos temas mais em evidência nos dias de hoje “Overtourism”. E, finalmente, Martim Mariano escreveu sobre um dos maiores eventos tecnológicos à nível mundial, o Web Summit, que este ano também foi em Portugal. l Desejos de boas leituras a todos!

Claudio Figueiredo dos Santos Diretor Comercial

o papel da Amadeus, enquanto empresa global que somos, é acompanhar e antecipar esta dinâmica tão complexa e veloz.

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Opinião OverTourism: isso não existe!

Mafalda Patuleia

Diretora do Departamento de Turismo da Universidade Lusofona de Humanidades e Tecnologia

OverTourism: isso não existe! Nos últimos tempos, tenho lido e ouvido falar sobre OverTourism. Numa primeira reflexão lembrei-me de imediato de Krippendorf, quando em 1987 rogou por uma nova forma de desenvolvimento turístico, no qual os pressupostos inerentes à sustentabilidade tinham que ser respeitados. Estávamos numa altura crítica do crescimento turístico. Por um lado, a Declaração de Manila (1980) ditava as suas regras quanto à necessidade de criar um novo modelo turístico. Entretanto, assistíamos a alterações comportamentais e a atitudes da sociedade que incidiam nos consumidores turísticos. A mudança era necessária e exigia que se olhasse para a atividade à luz do desenvolvimento sustentável e do desenvolvimento humano.

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mbora Portugal tenha reagido tardiamente a essa mudança, a verdade é que reagiu e hoje está nas bocas do mundo, não só no que diz respeito à notoriedade, mas também às receitas turísticas alcançadas. Na verdade, estamos perante uma atividade que exerce um peso extraordinário no sector das exportações (bens e serviços) num valor que ronda actualmente os 17% (INE, 2017). Claro que é desadequado pensar que um bom desempenho em termos quantitativos é sinonimo de desenvolvimento e garantia de sucesso no futuro. Este só se alcança com o equilíbrio entre todos os componentes do Sistema Turístico, onde a eficácia e a execução do planeamento podem assegurar a preservação e a valorização dos recursos disponíveis, mantendo a sua capacidade atractiva no futuro. No entanto, não me parece que este número tenha decorrido, apenas, de uma tendência conjuntural resultante dos impactos da Primavera Árabe ou de atos terroristas difusos. Seja como for, o engagement já foi feito e agora resta-nos consolidá-lo, tornando a competitividade do destino Portugal um desígnio nacional. Refira-se que Portugal mantém este ano a 39.ª posição da tabela da competitividade mundial feita pelo World Competitiveness Center, que, no total, integra 63 países, havendo ainda pouco reconhecimento interno desta classificação. Não me parece compreensível que um país tenha

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uma atividade que é um caso de sucesso e que pode contribuir para o tornar mais competitivo e, de repente, comece a ser posta em causa por vários quadrantes da esfera pública. Afirma-se que há turistas a mais! A mais? Onde? Este não é o cerne da questão. A questão reside na forma como fazemos a gestão do impacto turístico, isto é, na forma como podemos alargar a atividade turística no tempo e no espaço, garantindo a sua sustentabilidade e ultrapassando assim a debilidade do turismo português: a sazonalidade e a reduzida estada média. Se pensarmos no efeito multiplicador que a atividade turística tem numa determinada economia, percebemos o potencial que temos entre mãos e como este tem contribuído para a sua recuperação. Como tal, queremos que os turistas fiquem e voltem. Este, sim, deve ser o compromisso que um destino como Portugal deve assumir perante quem o visita. E não como Veneza, Dubrovnik e Barcelona ao limitarem a entrada de turistas na região.


Nome do Conteúdo do Capítulo do Capítulo OverTourism: issoNome não existe! Opinião

o que devemos, de facto, fazer é pensar o modo como responder de forma eficiente e sustentável à procura turística

Esta foi, no meu entender, a solução mais fácil, ao invés de se pensar, antecipadamente, o espaço também como destino turístico. É prática do ser humano reagir ao que o incomoda sem ter pensado antecipadamente no que o pode vir a incomodar. E este é um bom exemplo da falta de planeamento que os destinos turísticos sofrem, principalmente os destinos maduros. Mas sabemos que a gestão inteligente dos destinos turísticos consiste em pensar antecipadamente este tipo de problemas. Vejamos o caso de Amesterdão, referido por tantos como um caso de estudo. Amesterdão, que teve um crescimento turístico muito elevado, atrai atualmente 14 milhões de visitantes por ano. E, como destino popular que é, também ele se tornou um destino com tendência a ter excesso de turismo. E, no entanto, a promoção continua a ser cada vez mais forte, convidando todos a visitá-la. A solução que adotada para esta questão assenta na utilização das tecnologias ao serviço da gestão do território, permitindo a gestão dos fluxos de turistas, evitando congestionamentos em determinadas atrações que movimentam centenas de turistas por dia, como, por exemplo, a Red Light

District. Através de um conjunto de aplicações informáticas facilita-se a visita ao turista, enviando-lhe alertas e sugestões alternativas. Colocaram-se IdC (Internet das Coisas) a funcionar, recolhendo, via Internet, dados em tempo real para identificar e monitorizar comportamentos e atitudes dos turistas, contribuindo para uma experiência de sucesso no destino. Perante um caminho cada vez mais competitivo, a gestão turística terá de se munir de sistemas de informação, como, por exemplo, o Business Intelligence ou os Beacons, que permitem analisar o perfil e as preferências dos turistas e efetuar sugestões adaptadas aos seus interesses. Esta oferta alicerçada em competências tecnológicas será um complemento relevante às práticas de gestão que incluem o marketing e os recursos humanos, entre outros. Deste modo, o interesse não reside na discussão de saber se existe ou não turismo a mais, até porque o seu crescimento é inevitável, devido à maior disponibilidade, ao custo e à capacidade de viajar, mas sim na reação proativa que todos os intervenientes no sistema devem adotar, como modelo de gestão deste processo. Em última instância, o que está em causa é a forma como os turistas experimentam o destino e o juízo que fazem quanto à qualidade da experiencia turística. Ora, o planeamento serve precisamente para fazer a gestão dos recursos existentes numa perspetiva sustentável e duradora, garantindo ao mesmo tempo a satisfação da procura turística. Sabendo nós que o turismo continua a aumentar as nossas exportações, o foco deve centrar-se no reforço das nossas capacidades e competências para que o nosso turismo seja cada vez mais competitivo. É por isso que, na minha opinião, mais do que discutir se há ou não turismo a mais - porque por mais que haja será sempre pouco – o que devemos, de facto, fazer é pensar o modo como responder de forma eficiente e sustentável à procura turística. l #32 NOV/DEZ 2017

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Grande Entrevista Lars Schäfer

Lars Schäfer Managing Director TUI Portugal

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Lars Schäfer Grande Entrevista

Plataforma dinâmica online

é o próximo serviço da TUI para o agente de viagens Uma plataforma dinâmica online é o mais recente serviço da TUI para o agente de viagens. Numa entrevista à Ponto Turismo, o managing director da Tui Portugal, Lars Schäfer, explicou o que é esta nova ferramenta para o trade, um novo produto com tecnologia state-of-the-art, fruto de um projeto internacional do grupo.

Ponto Turismo › Conte-nos um pouco do percurso da TUI até aos dias de hoje. Lars Schäfer › Entrámos em Portugal como grupo TUI em 2003 e desde então operamos em dois modelos de negócio: o incoming, ou seja, servir bem os turistas em Portugal, principalmente dos mercados da Europa Central e do Norte, e o outgoing, ou seja, criar viagens para o público português. Em outubro de 2016 separámos as duas linhas de negócio para poder servir melhor os respetivos clientes. O outgoing assumiu a marca TUI Portugal e opera em três linhas de negócio: o operador turístico e as agências de viagens estão ativos desde 2003. Como novidade para o mercado, acabámos de lançar uma nova ferramenta para o trade, um novo produto com tecnologia state-of-the-art. Com isso, pretendemos servir ainda melhor os nossos clientes, o agente de viagem em Portugal.

a plataforma vai ser desenvolvida nos próximos meses para oferecermos mais produtos

Ponto T. › Falando da nova ferramenta, o que é que podemos saber mais? O que é em concreto, como vai funcionar?

L.S. › A plataforma é fruto de um projeto internacional do grupo e está a ser lançada em vários países do mundo. Trata-se de um investimento da TUI em tecnologia de última geração e de uma aposta em mercados em que vemos potencial de crescimento. A ferramenta já está online no URL www.tui.pt, o lançamento oficial foi no dia 13 de dezembro. É uma plataforma online que combina dinamicamente voos e hotéis e também oferece hotel-only, atualmente conta com cerca de 170 mil hotéis. São os serviços core, mas a plataforma vai ser desenvolvida nos próximos meses para oferecermos mais produtos, tanto para aumentar o número de hotéis e voos conectados – incluindo low-cost -, como para incluir outros tipos de serviços – incluindo rent-a-car, excursões e transferes. Não só lançámos um produto inovador, mas também um plano de incentivos altamente interessante para agências de viagens. #32 NOV/DEZ 2017

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10 Grande Entrevista Lars Schäfer

Ponto T. › E porque é que optaram por este novo pilar? Foi para dinamizar esses mercados que estavam latentes? L.S. › Lançámos porque acreditamos na tecnologia. Como grupo TUI, o maior grupo integrado de turismo do mundo, acreditamos que precisamos de soluções inovadoras para os mercados em que operamos. Visamos disponibilizar tecnologia de ponta para o consumidor final através do trade. Consideramos que uma plataforma online, dinâmica, rápida, com uma utilização fácil, é o que é preciso num mercado dinâmico e de desenvolvimento rápido e queremos marcar o passo nesse desenvolvimento, deixar uma marca com um produto excelente.

lançamos também um plano de incentivos altamente interessantes para agências de viagens

Ponto T. › Como beneficia o trade desse lançamento? L.S. › Para já, com um excelente produto. Para além de oferecermos um produto inovador, lançamos também um plano de incentivos altamente interessantes para agências de viagens. Consideramos que se trata de um programa de incentivos sem precedentes no setor do Turismo em Portugal. A nossa companha “BE SMART – junte-se à TUI” vai decorrer durante um ano e conta com 127 prémios. As agências inscritas através da página https://b2bsmart.tui.pt/programa-de-incentivo habilitam-se a diversas vantagens exclusivas, entre os quais está um carro SMART para a agência com a melhor performance até final de novembro de #32 NOV/DEZ 2017

2018. Além desse prémio anual, existem incentivos mensais – giftcards; trimestrais – SMARTphones; e semestrais – SMART TVs. Ou seja, não só criámos uma plataforma SMART, mas sublinhámos o compromisso da TUI em apoiar o sucesso dos profissionais do turismo. Continuamos a investir na boa relação com o trade e queremos crescer em conjunto com essa oferta dinâmica nova para o mercado.

Ponto T. › Em termos de conteúdos, ele é todo TUI ou tem outras fontes? L.S. › Tem conteúdo TUI, mas também outras fontes e uma vez que está em desenvolvimento terá muito mais ainda no futuro. Conta atualmente com um leque alargado de conteúdo e produtos, com mais de 170.000 hotéis no portfólio, várias companhias aéreas. Ou seja, é um ramo muito completo de conteúdo de voos e hotéis e, como disse antes, ambos em crescimento. Ponto T. › E este produto tem por base tecnológica a Amadeus? L.S. › Sim, tem a Amadeus como fornecedor dos voos, mas também tem outras fontes, para colocar à disposição ainda mais produto low-


Lars Schäfer Grande Entrevista 11

-cost. É mesmo uma plataforma muito ampla no que diz respeito ao conteúdo que disponibilizamos aos agentes de viagens.

reserva totalmente online. Favorece o direcionamento da oferta através da melhor escolha de preço para todos os pacotes. Mas também permite filtrar os resultados por outros critérios, além do preço, como por exemplo a avaliação dos utilizadores, estrelas, tipo de regime. A plataforma visa facilitar o processo de procura de conteúdos ao agente de viagens, dado o volume existente hoje em dia. O nosso Operador Turístico continua a apostar na oferta tradicional de produtos de longo curso cuidadosamente selecionados e no serviço de alta qualidade prestado. Oferece pacotes com datas fixas, produtos de brochura, segmentado entre praias exóticas (catálogo “Paraísos”) e circuitos (catálogo “Viagens sem Fronteiras”). Conta com uma equipa de reservas, com grande conhecimento dos produtos e destinos e uma paixão por prestar um serviço superior aos agentes de viagem.

quem já trabalha com a TUI, simplesmente tem mais uma plataforma, mais um produto à sua disposição.

Ponto T. › E como é que funciona? O agente de viagens precisa de ter alguma senha para entrar? L.S. › Exatamente, o agente tem de se identificar como utilizador com uma senha. Para facilitar, é a mesma senha que já tem para o acesso à página do nosso operador turístico. Por isso, quem já trabalha com a TUI, simplesmente tem mais uma plataforma, mais um produto à sua disposição. Criámos canais diferentes, páginas web diferentes, equipas diferentes – mas a senha é a mesma.

Ponto T. › Qual é a expectativa em relação ao novo canal de reservas? L.S. › A nossa expectativa é, por um lado, melhorar os nossos serviços aos agentes de viagens, oferecer mais um produto atrativo, de qualidade, sob a marca TUI. Da nossa perspetiva é uma aposta clara no mercado português, a continuação da nossa aposta no outgoing para o mercado português e com isso continuar o crescimento que mostrámos no passado. Temos crescido muito neste primeiro ano, desde que criámos a entidade nova do outgoing no mercado português e visamos com isto ter mais produto, mais oferta disponível. Ponto T. › A oferta do operador está integrada na plataforma? L.S. › Não, por serem produtos que têm uma lógica diferente, decidimos separar ambas as ofertas– tanto a página online como as equipas. Temos uma equipa dedicada a este novo produto, que dá seguimento à reserva online, com uma linha de apoio disponível 24/7/365. A única equipa que trata de ambos os produtos é a nossa equipa comercial, a qual foi reforçada com dois novos elementos, a Alexandra Silva – Executiva de Vendas na zona Norte do país – e a Ana Filipa Domingues no Apoio Comercial. Ponto T. › Como se diferenciam as ofertas entre a plataforma dinâmica e o Tour Operador? L.S. › A nossa nova plataforma dinâmica é uma aposta numa vertente mais voltada para a venda por impulso. Visa encontrar a melhor oferta naquele momento em que a agências faz a pesquisa. Permite uma procura totalmente flexível e resultados inspiradores dentro de milissegundos, graças à tecnologia de cache e à última geração de motor de reserva. É possível fazer pesquisas inteligentes de vários destinos. Conta com disponibilidade e confirmação imediata e um processo de

Ponto T. › A TUI fez um roadshow por Portugal pela primeira vez em 2017. Vão fazer outro? L.S. › Sim, damos continuidade aos desenvolvimentos positivos dos últimos meses. Vai haver um novo roadshow também, pois vamos lançar novas brochuras brevemente. Em 2017, com o lançamento das brochuras “Viagens sem Fronteiras” e “Paraísos”, aumentámos a nossa oferta enquanto operador para vários destinos e com isso em fizemos o nosso primeiro roadshow. Como vamos dar continuidade a essas brochuras, lançando as respetivas edições 2018 em breve, também o faremos quanto à apresentação da nossa programação aos nossos parceiros. Além do roadshow e formações que irão acontecer, estaremos presentes com a nossa nova programação nas próximas feiras: Exponoivos, em Lisboa e no Porto, e a BTL. Ponto T. › E em termos de programação, que novidades é que há? L.S. › Por um lado, damos continuidade às nossas linhas de produtos lançados em 2017: “Paraísos” e “Viagens sem Fronteiras” – catálogos com produtos cuidadosamente selecionados para o mercado português e com preços muito atrativos. Continuamos com isso a ser referência para as praias paradisíacas e a oferecer circuitos em vários destinos do mundo. Por outro lado, temos mais uma novidade a comunicar: mais uma vez, vamos aumentar fundamentalmente o leque de destinos e produtos disponíveis em Portugal através da TUI. Iremos fazê-lo através de uma estreita colaboração com os nossos colegas em Espanha. Portanto, não só vamos lançar essas duas brochuras, como iremos disponibilizar toda a oferta que Espanha tem, em Portugal. #32 NOV/DEZ 2017


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Além de aumentarmos muito a nossa oferta, também trabalhamos nos nossos sistemas internos para melhorar a nossa capacidade de resposta. Notámos felizmente um crescimento grande de pedidos por parte das agências de viagem ao longo do último ano e confesso que nem sempre conseguimos dar a resposta no prazo desejável. Investimos em tecnologia e assim iremos ser mais rápidos a responder – em paralelo com o lançamento das novas brochuras.

Investimos em tecnologia e assim iremos ser mais rápidos a responder

Ponto T. › Ao longo da nossa conversa um ponto que tem sido falado sempre tem sido a tecnologia. Como é que esta intervém no vosso trabalho diário? L.S. › A TUI é uma empresa que investe muito em tecnologia para poder oferecer os melhores produtos de uma forma fácil, rápida e eficiente aos seus clientes. A tecnologia é muito importante em duas vertentes. Por um lado, na vertente interna de eficiência – beneficiando o mercado ao oferecer melhor capacidade de resposta. Por outro lado, na vertente de oferecer um produto ainda melhor ao mercado, por exemplo, através dos nossos dois websites – Tour Operador e produto SMART e dinâmico. Consta que a Amadeus tem sido um grande parceiro em ambas as vertentes. Assim, asseguramos que em conjunto consigamos trabalhar bem e com bons #32 NOV/DEZ 2017

resultados para os parceiros que temos em comum.

Ponto T. › Como é que vê o seu negócio daqui a cinco anos? L.S. › Grande, no sentido de oferecer um leque consistente de produtos de qualidade ao mercado. Estável, no sentido de ser um parceiro fiel para os nossos parceiros, com os quais queremos crescer. Dinâmico, no sentido de continuar a inovar produtos e serviços. Já estamos a trabalhar no próximo lançamento. l


Exposições preenchem agendas de Lisboa e Porto Em Foco 13

Inverno cultural

Exposições preenchem agendas de Lisboa e Porto Fartos do stress das compras do Natal, os lisboetas e portuenses vão ter muito por onde escolher para ocupar os tempos livres. Que tal abrigar-se do frio e da chuva em espaços fechados que não são centros comerciais? Deixamos algumas sugestões de exposições que estão patentes em Lisboa e no Porto durante os próximos meses.

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o final de novembro foram várias as exposições que inauguraram em Lisboa, mas escolhemos duas: Escher, patente no Museu de Arte Popular até 24 de maio; e Ouro Antigo. Do Mar Negro ao Oceano Atlântico, no Museu Nacional de Arqueologia, até 22 de abril. Em Lisboa escolhemos ainda As Ilhas do Ouro Branco. Encomenda Artística na Madeira: Séculos XV-XVI, no Museu Nacional de Arte Antiga, patente até 18 de março e Dinossáurios vão à Estufa, na Estufa-fria, até 15 de abril. No Porto optámos por “José de Almada Negreiros: desenho em movimento”, patente no Museu Nacional Soares dos Reis até 18 de março e Photo Ark, da National Geographic, instalada na Galeria da Biodiversidade, até 29 de abril.

música – exemplos disso são as capas do discos dos Pink Floyd “Yet Another Movie – The Live Biography Volume Six” e “Stairway to Escher” dos Bauhaus, entre outros, curiosamente, sem a permissão de Escher. Durante o percurso da exposição estão incluídos também recursos educacionais, jogos didáticos e laboratórios científicos que ajudam visitantes de todas as idades e áreas de interesse a compreender a dimensão artística de M. C. Escher.

Escher: o Génio das construções impossíveis A exposição retrospetiva “Escher” é uma oportunidade de conhecer mais de 200 obras do génio holandês das construções impossíveis que ainda hoje surpreendem as mentes científicas e artísticas. “Escher” em Lisboa reúne peças emblemáticas como “Mão com Esfera Espelhada’, ‘Relatividade’ e Belvedere’, além de obras anteriores. A obra de Escher é mais conhecida do que o próprio artista gráfico, tendo os seus desenhos sido utilizados no movimento hippie, na moda, na

Ouro Antigo. Do Mar Negro ao Oceano Atlântico Peças arqueológicas portuguesas e objetos de ouro romenos podem ser vistos nesta exposição na Sala do Tesouro do Museu Nacional de Arqueologia. Resultado de uma parceria entre várias entidades portuguesas e romenas, como a Direção-Geral do Património Cultural e o Museu Nacional de História da Roménia de Bucareste, esta ação pretende celebrar os 100 anos de relações diplomáticas entre Portugal e a Roménia. #32 NOV/DEZ 2017


Foto: ©DGPC LJF LuisPiorro

14 Em Foco Exposições preenchem agendas de Lisboa e Porto

Das artes gráficas aos dinossáurios, são várias as opções de exposições para este Inverno

Além das peças mais valiosas da arqueologia nacional, estão patentes 21 objetos icónicos do tesouro do museu romeno..

As Ilhas do Ouro Branco. Encomenda Artística na Madeira: Séculos XV-XVI.

Esta exposição temporária do Museu Nacional de Arte Antiga assinala os 600 anos da descoberta do arquipélago da Madeira e evoca o papel da cana-de-açúcar na prosperidade do reino e a encomenda artística da época. A mostra faz uma narrativa ao cultivo da cana-de-açúcar na Madeira, em meados do século XV e a exportação para o porto de Flandres, bem como os esforços de povoamento e das estruturas económicas e administrativas dando também a conhecer uma elite através das suas encomendas: obras de pintura, de escultura ou ourivesaria, provenientes da Flandres, do continente e do Oriente.

pos, um conjunto com um ovo de dinossáurio carnívoro, uma reconstrução de um embrião de um T-Rex em tamanho real e réplica em tamanho real de um pterodáctilo com mais de 2 metros de envergadura.. Uma das principais atrações é a réplica de uma mandíbula de tubarão de uma espécie extinta que outrora habitou a região de Lisboa.

José de Almada Negreiros: desenho em movimento No Porto, começamos pela mostra de Almada Negreiros que reúne 90 trabalhos que dão conta da importância da linguagem cinematográfica na sua obra plástica. A conjugação entre cinema e desenho surge em obras como a lanterna mágica La Tragedia de Doña Ajada (1929) e no filme desenhado O Naufrágio da Ínsua (1934), trabalhos especificamente concebidos para apresentações públicas em ecrã de cinema, real ou imaginado, e que estão incluídos nesta mostra

Dinossáurios vão à Estufa A Estufa-Fria tem patente uma mostra interativa organizada em parceria com o Centro de Ciência Viva de Estremoz e a Escola de Ciências e Tecnologia da Universidade de Évora. A mostra está dividida em quatro núcleos: Plantas dos Tempos dos Dinossáurios, Fósseis & Evolução, Dinossáurios e Aves & Voo, e aborda a problemática da extinção, as consequências da perda de biodiversidade e a necessidade de preservação. Podemos encontrar plantas atuais podem ser consideradas fósseis vivos, fósseis reais representativos da evolução da vida na Terra desde o desenvolvimento dos primeiros organismos pluricelulares, réplicas de fósseis de dinossáurios de vários gru#32 NOV/DEZ 2017

Photo Ark, National Geographic Até 29 de Abril pode conhecer a Photo Ark, uma autêntica arca de Noé na Galeria da Biodiversidade – Centro Ciência Viva, uma exposição fotográfica da National Geographic. O Photo Ark tem por objetivo fotografar todas as espécies existentes em cativeiro, para criar um dos maiores arquivos de biodiversidade do mundo e inspirar o público a dedicar-se à conservação dos animais mais vulneráveis do Planeta. Numa década, o fotógrafo Joel Sartore já retratou mais de 7.000 espécies, mas o objetivo é fotografar um total de 12.000 durante os 25 anos do projeto. l


AM30 Anos Aniversário 15

CADERNO 16

Veja as fotos do jantar de aniversário

AM30 anos sud lisboa hall

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Soluções

Amadeus Selling Platform Connect: Explica-se cada uma das pastas que se encontram na Main Page.

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Caderno Amadeus 16 Aniversário AM30: recorde como foi!

Aniversário:

AM30: recorde como foi! A 19 de Outubro de 2017 a Amadeus celebrou o 30º aniversário no SUD Lisboa Hall, reunindo os principais parceiros e clientes num ambiente mais informal e descontraído “é um jantar de amigos” – afirmou Cláudio Santos, o novo diretor comercial da Amadeus em Portugal, durante o discurso de abertura oficial do evento.

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om intuito de sair do lugar-comum, a aposta incidiu num evento mais diferenciador e marcante, por isso a ideia central foi um jantar temático em que se procurou recriar uma experiência a bordo excecional, oferecendo a todos os “passageiros”, a oportunidade de viajar em Classe Executiva e desfrutar de uma experiência de voo, topo de gama. No SUD, além de um design moderno com detalhes em cobre, a decoração mais importante é, sem dúvida, a omnipresença do rio Tejo, que foi desde logo uma garantia de sucesso. Todo o espaço é ladeado por janelas largas que dão destaque permanente a um dos cenários mais deslumbrantes da cidade. No entanto, foi o serviço de luxo e atendimento personalizado que contribuíram para tornar o jantar numa experiência única e inesquecível, deixando todos os convidados satisfeitos até ao último momento do evento. Como já é de esperar, um voo numa classe executiva significa refeições deliciosas e incomparáveis. Assim, nos pratos de inspiração mediterrânica, servidos durante o jantar foram incluídos os ingredientes mais

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frescos, mas também opções saudáveis, champanhe e vinhos vintage. O jantar AM30 contou também com o entretenimento a bordo. No decurso do evento assistiu-se à presença da equipa de animação representada pela dupla: hospedeira de cabina e comissário de bordo, aproximando ao máximo o jantar a uma experiência aérea, mas sempre com um pouco de humor presente na atuação, proporcionando um ambiente mais confortável e descontraído! Um evento de aniversário não podia dar-se por terminado sem cumprir um delicioso costume: o bolo final! Um enorme bolo retangular em que na decoração se destacava o logótipo “amadeus 30 anos” em grande relevo, rodeado no que se poderia chamar coroa de louros em glacé branco. Para causar um impacto ainda maior, o bolo foi transportado num carrinho de “duty free” e acompanhado por velas sparkle.


Caderno Amadeus AM30:dorecorde como foi! Aniversário Nome do Conteúdo Capítulo Nome do Capítulo 17

A Amadeus comemorou o 30º aniversário com amigos e parceiros, celebrando o passado e brindando ao futuro

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Caderno Amadeus 18 Aniversário Nome do Capítulo AM30: recorde Nome como do Conteúdo foi! do Capítulo

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Caderno Amadeus Nome doAmadeus ConteúdoSelling do Capítulo Platform Nome Connect do Soluções Capítulo 19

Amadeus Selling Platform Connect “Air Search”

Em “Air Search” encontrará todas as funcionalidades gráficas direcionadas para disponibilidade e tarifação. Poderá aceder às pesquisas de disponibilidade ou tarifa utilizando um dos seguintes caminhos: A partir do “Menu Bar” (primeira linha), ao clicar em “File”, escolher “New Booking File” e de seguida eleger a opção “AIR”:

Poderá aceder a partir de “New Ou simplesmento clicando em “Air Search” a Booking File” e ai eleger a opção “AIR”: partir de “Your Desktop”:

Neste separador encontra várias opções. Por defeito o Sistema abre em “Availability (AN)”. A partir daqui poderemos aplicar todas as funcionalidades direcionadas para os seguintes módulos: Tarifas – FQD (Fare Quote Display) e FQP (Informative Pricing) Disponibilidade – AN (Availability), SN (Schedule), TN (time table) Vendas – All Fares, SS (Direct sell) e criação de segmentos Ghost, passivos e informativos

“Fare Quote Display (FQD)” Todos os campos a amarelo são obrigatórios. Em branco estão os campos opcionais. Em FROM e TO ao começar a escrever, encontra uma ajuda para obter o código de cidade. O mesmo acontece para as datas que mostram um calendário. Poderá também adicionar a data em que completa a viagem, um indicador global (HEFQD/GGCODE/MS106), até 3 companhias aéreas, o tipo de cabine e a classe de reserva.

Em “More search options” poderá criar mais opções de pesquisa, tais como tipo de tarifa, tipo de viagem, se quer obter o valor com ou sem taxas, tipo de moeda, etc. Ao clicar em “Search” obtém os resultados da sua pesquisa. Ao clicar em “Reset” limpa todos os campos preenchidos.

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Caderno Amadeus 20 Soluções Nome do Amadeus Capítulo Selling NomePlatform do Conteúdo Connect do Capítulo

“Fare Quote Display (FQD)”

“Informative Pricing (FQP)” Também aqui temos todos os campos a amarelo como obrigatórios, sendo os brancos opcionais. O processo será mais ou menos o mesmo do anterior, no entanto por aqui será possível a obtenção de tarifas para multi-segmentos e também a possibilidade de mencionar transferes ou Stopovers. Em “More search options” poderá criar mais opções de pesquisa tais como tipo de passageiro e/ou tarifa. Ao clicar em “Search” obtém os resultados da sua pesquisa. Ao clicar em “Reset” limpa todos os campos preenchidos.

Depois de obtidos os resultados, normalmente o ecrã divide-se da seguinte forma: Mensagens informativas

Informação adicional

Resultado da pesquisa

Ao clicar numa tarifa específica poderá verificar as suas condições e fazer o “Save” da mesma:

Resultado da pesquisa

Availability (AN)” Tudo o que está a azul mostra as condições da tarifa. Ao clicar numa tarifa específica poderá fazer o “Save” da mesma:

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Todos os campos a amarelo são obrigatórios, sendo os brancos opcionais. Tem várias opções de pesquisa – escolher até 3 companhias aéreas, selecionar a cabine (premium; business; economy) e a classe de reserva, indicar um transfer e adicionar ou remover segmentos de voo. Em “More search options” encontra outras opções para a sua pesquisa.


Caderno Amadeus Nome doAmadeus ConteúdoSelling do Capítulo Platform Nome Connect do Soluções Capítulo 21

Os resultados apresentam um separador por itinerário sendo apresentado um cabeçalho por tipo de pesquisa feita. É possível ver mais ou menos um dia. Tudo o que aparece a azul apresenta mais informação.

Schedule (SN)” Funciona como a disponibilidade aérea.

“Timetable (TN)” Todos os campos a amarelo são obrigatórios.

Sempre que a informação dada aparece em azul, significa que mais informação esxiste atrás. A contagem é feita sempre a partir da data do pedido inicial. Com X o voo não opera e com um visto o voo opera:

Ao clicar em search os valores são apresentados da seguinte forma: Um cabeçalho informa o pedido feito

Também aqui poderá procurar um dia antes ou depois, informação sobre o voo aéroporto ou tipo de avião.

“Direct Sell (SS)” Para fazer uma venda direta, preencher os campos obrigatórios a amarelo e clicar em “Book”.

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Caderno Amadeus 22 Soluções Nome do Amadeus Capítulo Selling NomePlatform do Conteúdo Connect do Capítulo

“Ghost, Passive & Information Segment Sell”

Informativo

ARNK

Passivo ou Ghost

Poderá apartir deste separador criar um segmento passivo ou ghost, um ARNK ou um segmento informativo. O ecrã altera ligeiramente dependendo que tipo de segmento está a pedir. Em amarelo, todos os elementos obrigatórios.

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24 Tecnologia As tendências das comunicações em viagem

Consumidores

As tendências das comunicações em viagem A tendência de consumo de telecomunicações, quer falemos de chamadas de voz, envio de SMS ou internet móvel tem vindo a sofrer alterações nos últimos anos. Não há margem para dúvida que a evolução tecnológica, nomeadamente com a massificação dos smartphones, revolucionou a forma como nos relacionamos e interagimos. Não é novidade para ninguém que estamos numa sociedade cada vez mais conectada e exigente no que se refere à utilização de serviços de telecomunicações. As necessidades dos consumidores mudaram significativamente, atualmente, os telefones são utilizados para muito mais do que fazer chamadas. Hoje pesquisamos online, partilhamos fotos e vídeos em direto, acedemos ao email e ao banco, usamos dezenas de APP’s tudo isto através do equipamento que levamos no bolso para todo o lado.

E

m viagem, a nossa necessidade de “estar ligado” ainda é maior, quer seja para procurar informações locais, quer seja para partilhar com os nossos familiares e amigos o que estamos a fazer. A chegada do fim do roaming está a alterar os hábitos de utilização de muitos consumidores Europeus uma vez que acabou com a preocupação dos custos acrescidos, particularmente na utilização de internet móvel. É verdade que existem regras estabelecidas para isenção de custos em roaming, mas muitos viajantes passaram e ter a sensação do “feel like home” e alteraram os hábitos de consumo no estrangeiro. Esta transformação faz com que muitos dos viajantes

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europeus já não sintam necessidade de procurar uma solução de telecomunicações local. Nos viajantes provenientes de fora do espaço Europeu o cenário muda significativamente de figura na medida em que os custos com as comunicações em roaming podem serem particularmente elevados no


As tendências das comunicações em viagem Tecnologia 25

acesso à internet móvel. Nessa medida, evidenciam-se dois perfis de viajantes: designadamente aqueles que não abdicam de estar permanentemente ligados embora com custos controlados e aqueles que optam por aceder de forma intermitente para evitar surpresas desagradáveis com o roaming. Os primeiros optam, normalmente, por adquirir uma solução pré-paga local (cartão SIM de um operador local) que ofereça um serviço com enfoque na internet móvel. Os segundos procuram acesso à internet de forma gratuita nas ligações wi-fi oferecidas pela maioria dos hotéis e restaurantes. Não estão permanentemente ligados, mas o fácil acesso às redes wi-fi permite a atualização de redes sociais e busca de informação útil sobre o decurso da viagem.

Os dispositivos móveis, as APP’s e as múltiplas possibilidades de conexão transformaram a forma de experienciar uma viagem

guns dos fatores que influenciam esta transição da voz para os dados. Por outro lado, há que considerar a perspetiva funcional, já que a pesquisa de informação é muito valorizada pelos utilizadores, funcionalidade que teve uma repercussão direta na forma como as pessoas planeiam e executam as suas viagens. Em paralelo com esta tendência está a

O acesso à informação em tempo real impactou a forma como viajamos. Hoje quando vamos para um novo destino, já quase não nos preocupamos em saber as direções do aeroporto para o hotel ou em delinear um roteiro para visitar os principais pontos de interesse. Temos tudo isso disponível nosso bolso, através do nosso smartphone. Os dispositivos móveis, as APP’s e as múltiplas possibilidades de conexão transformaram a forma de experienciar uma viagem atualmente. De acordo com o estudo da Google de 2014, intitulado “The 2013 Traveler’s Road to Decision: Affluent Insights think insights”, fora do seu país, os viajantes utilizam todos os dispositivos tecnológicos disponíveis para atividades relacionadas com a viagem. Hoje, mais do que nunca, o importante é partilhar o momento. As viagens são experiências muito ricas que potenciam a partilha. Se há uns anos atrás ligávamos para dizer que chegámos bem, hoje partilhamos em tempo real. Isso só é possível graças à evolução dos equipamentos tecnológicos e também à oferta cada vez mais diversificada, ampla e acessível dos serviços prestados pelos operadores de telecomunicações. O acesso a uma rede móvel de alta velocidade é hoje um requisito obrigatório de muitos viajantes. A Lycamobile tem seguido atentamente o crescimento do fenómeno do turismo nos 23 países onde está presente. Em Portugal, temos desenvolvido uma estratégia de proximidade com este target, disponibilizando os nossos serviços em aeroportos (retalho e vending), terminais de cruzeiro, estações de metro e outros locais de conveniência para quem nos visita.

oferta das operadoras que responde cada vez mais às necessidades de manter o contacto em permanência, mesmo fora do país de origem. l Antonio Arnaut Country Manager Lycamobile

Em resumo, a grande tendência é o aumento do consumo de dados móveis. As transformações tecnológicas e de estilo de vida, onde as redes sociais adquiriram um papel preponderante no contacto com os outros, são al#32 NOV/DEZ 2017


26 Análise Websummit – Um Exercício De Impossibilidade Física

Websummit,

Um exercício de impossibilidade física É certo e sabido que, citando o meu colega Rodrigo Guedes de Carvalho, o país e o mundo estão carecas de saber tudo o que há para saber e de dizer tudo o que há para dizer sobre a WebSummit.

P

or isso, posso de imediato descansar-vos a consciência fazendo desde já um ponto prévio: este texto não vai discorrer sobre as maravilhas da tecnologia, nem sobre o admirável mundo (que de novo já tem muito pouco) das startups, nem tão pouco tem qualquer intenção de ser um tratado em defesa ou ataque dos jantares no Panteão. Não. Este é um exercício para explicar, mais ou menos, o que faz um jornalista português, em Lisboa, para conseguir trabalhar e ao mesmo tempo dar um olhinho a qualquer coisa interessante, num evento que tem tudo e mais um par de botas, mas que ao mesmo tempo tem uma grande lacuna: a incapacidade de arranjar uma espécie de teletransporte ou um dispositivo qualquer a jacto que se pusesse nos pés e nos permitisse percorrer toda aquela interminável quantidade de quilómetros que percorremos durante 4 dias. Foi exactamente por isso, por essa impossibilidade de ver tudo e de estar em todo o lado que se quer estar, que escolhi o título que escolhi para esta dissertação

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Porque é precisamente disso que se trata... para quem está a trabalhar e quer, pelo caminho, tentar fazer qualquer coisa que não seja andar a correr de um lado para o outro à procura de alguém. A minha personagem websummitiana assemelha-se em muito ao coelho de “Alice no País das Maravilhas”, sempre com pressa, sempre a caminho de algum lado para me encontrar com alguém. Telefone na mão, microfones pendurados na lapela, telefone na outra mão, mochila às costas e, vamos embora que já está alguém à minha espera não sei onde, para falar sobre não sei o quê.


Websummit – Um Exercício De Impossibilidade Física Análise 27

Encontrar alguém e conseguir conversar com essa pessoa durante uns minutos é outros dos exercícios de impossibilidade física que tive a felicidade de experimentar este ano. São 50 mil pessoas/dia enfiadas num lingote de terreno que se estende desde... bom, vocês sabem de onde e até onde, o que, como se pode calcular, facilita e muito a tarefa do jornalista. Depois é conseguir ter a sorte de encontrar um sítio que não esteja atafulhado de gente, e onde nos consigamos ouvir mutuamente sem termos de gritar ou repetir tudo o que dizemos.

Media Village Sem dúvida que é um grande apoio e um must pass para todos os que vão à WebSummit em trabalho, até aqui, encantado! Acresce-lhe a comida maravilhosa, cadeiras e mesas para trabalhar e comer. wifi, ligação para portáteis, os speakers aos nossos pés... no andar de baixo... a comer este mundo e o outro... uma coisa muito bem arranjada, sim senhor, que só tem, a meu ver, um senão... resultar em mais um exercício de impossibilidade de física. Porquê? Simples. A Media Village, este ano, ficava algures numa das pontas do Pavilhão Atlântico (Nunca fui muito com a cara do naming escolhido para o sítio, nem MEO Arena, nem Altice Arena. Até porque para mim aquilo continua a ser a Expo). Para entrar neste espaço tínhamos de ser revistados, passar 2 vezes por um detector de metais, falar com Deus, tirar tudo o que temos nos bolsos, falar novamente com Deus, arrumar tudo o que acabámos de tirar dos bolsos, por a mochila às costas, pegar nos dois telefones, reclamar com Deus pela pouca sorte, e seguir caminho. Para sair temos de fazer o caminho inverso. Não é preciso chatear o Senhor para sair dali. Depois é só preciso passar por mais seguranças, baias, voluntários e... por fim, com alguma sorte pelo meio, só perdemos 20 minutos de cada vez que temos de passar por isto tudo.

que parece efectivamente destinado a vender ilusões, quanto mais não seja a ilusão de que, eventualmente, conseguimos assistir a todas as grandes conferências, palestras, debates, acções de marketing, e ainda ter tempo para comer e ir à casa de banho... para além de fazer com que vários milhares de pessoas acreditem que por estarem a pagar a monstruosidade de dinheiro que custa o preço de um bilhete, estão a garantir a entrada no admirável mundo novo que vai salvar e fazer prosperar a nossa ideia de negócio, ou mesmo o negócio per se. Como se houvesse no certame um toque de Midas que fizesse ascender à estratosfera empresarial todo e qualquer negócio que por ali passe.

2018 será o terceiro e último dos 3 anos anunciados de WebSummit em Lisboa

Foram 12 a 14 km diários feitos só ali. Na zona centro da Expo. Tudo isto para cobrir, da melhor forma possível, a passo, a trote, a correr, toda a impossibilidade física de um evento

Como ideia de negócio, não está nada mal! Well done, Paddy, até porque bem se sabe que não é qualquer beef que consegue convencer o Governo a fazer o que quer que seja, quanto mais a convencê-los de que isto é mesmo a Actual Big

Thing... 2018 será o terceiro e último dos 3 anos anunciados de WebSummit em Lisboa. Conto lá ir novamente e palmilhar chão como se o amanhã não chegasse. Porquê? Porque o melhor de tudo neste evento gigantesco é a facilidade com que fazemos amigos (essa actividade quase pré-histórica) com pessoas incríveis que conhecemos nestes dias. Uso muito as redes sociais, até porque a minha profissão passa por isso mesmo, e garanto que o melhor das mesmas são as possibilidades offline que nos oferecem. Fazemos amigos. Encontramos oportunidades. Criamos futuro no presente. E isto, caríssimos, nem a impossibilidade física consegue boicotar. Fecho em jeito jornalístico dizendo que esta foi a cobertura possível do evento, sendo que é agora tempo de lhe devolver a palavra a si, estimado leitor, já que o tempo que lhe roubei, esse, não volta mais. l Martim Mariano Social Media Manager - Grupo Impresa

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28 Análise Email marketing é coisa do século passado!

Primeiro email foi em 1971

Email marketing é coisa do século passado! É verdade, o primeiro email enviado entre dois computadores foi em 1971 (século XX), por Ray Tomlinson, conhecido como o “pai” do email, e por ter adoptado a @ para endereçar uma mensagem criada por uma pessoa num computador e enviá-la a outra pessoa, noutro computador, através da ARPANET, rede que antecedeu a Internet.

A

lguns anos mais tarde, em 1978, Gary Thuerk, inadvertidamente, fez o primeiro envio massivo de emails não solicitados (considerado por muitos o primeiro envio de spam), ao enviar uma mensagem promocional para cerca de 400 contactos. Nos finais dos anos 90, com a massificação da adopção do computador pessoal (PC’s) e o crescimento da World Wide Web, o email começou a ser utilizado pelas marcas como um canal para enviar mensagens promocionais aos seus consumidores. Nessa altura os envios de email eram massivos, enviava-se a mesma mensagem para toda a audiência (um período conhecido como “batch and blast”). Mas muito mudou desde esses anos. Hoje existem cerca de 2,6 mil milhões de utilizadores de email, e estima-se que esse número chegue aos 3 mil milhões em 2020, ou seja quase metade da população mundial vai utilizar email. Hoje também já é possível enviar comunicação via email “one-to-one”, ou seja, o conteúdo do email de cada subscritoré único, e de acordo com as suas preferências e comportamentos. Mas, infelizmente, em Portugal a história é outra.

As marcas têm de evoluir, “one-size-fits-all” já não funciona há muito tempo. Infelizmente a grande maioria das marcas, em Portugal, ainda utiliza uma aproximação “one-size-fits-all” nas suas comunicações via email, ou seja, enviam a mesma mensagem para toda a audiência. Mas esse tipo de comunicação de massas já não funciona, os consumidores esperam receber #32 NOV/DEZ 2017

conteúdos interessantes e relevantes, e por essa razão é crucial segmentar a sua audiência e personalizar o conteúdo das mensagens enviadas, de acordo com os interesses dos subscritores. Mas para poder segmentar e personalizar são necessários dados (informação) sobre os subscritores. O que me leva para outro ponto importante no email marketing.

Nome e endereço de email não são suficientes para ser relevante e comunicar eficazmente. Não basta recolher um nome e um endereço de email, é necessária mais informação sobre o consumidor para poder segmentar e personalizar as mensagens. Defina qual a informação (dados sobre o subscritor) mínima ou básica que necessita para iniciar a relação e comunicar com relevância, e defina também quais os dados para o perfil ideal. Enquanto que os dados para o perfil mínimo/básico devem ser recolhidos no momento da subscrição, os dados para o perfil ideal podem ser adquiridos posteriormente através de campanhas de profiling. Mas não basta ter dados, é necessária uma proposta de valor e estratégia bem definida, para as sua actividades de email marketing.


Email marketing é coisa do século passado! Análise 29

Conhece a história das Mil e uma noites?

O email é um dos canais de marketing com maior ROI

Diz a lenda que um antigo rei da Pérsia, o Rei Shariar, descobriu que tinha sido traído pela esposa, com um amante. Enfurecido o rei mandou matar os dois. O rei decidiu então que, todas as noites, se casaria com uma nova mulher e, na manhã seguinte, ordenaria a sua execução, para não mais ser traído. Até que um dia o rei casou com Xerazade e, durante a noite de núpcias, Xerazade começa a contar uma intrigante história que cativa a atenção do rei e se prolongou até ao amanhecer sem que acabasse. Curioso para saber o fim da estória, o Rei Shariar concedeu-lhe mais um dia de vida, para que acabasse a história, mal ele sabia, que essa seria a primeira de mil e uma noites!

O email marketing pode ser uma coisa do século passado, mas quando é bem implementado funciona e é um dos canais de marketing com melhor retorno do investimento (ROI). No Reino Unido, por cada libra investida em email marketing há um retorno de 38 libras, nos Estado Unidos o ROI é de 44 dólares. Para obter um bom retorno das actividades de email marketing é necessário dominar o canal, prestar atenção a todos os detalhes e testar constantemente para poder evoluir e optimizar, só dessa forma podemos obter resultados semelhantes aos mencionados anteriormente. l

O conteúdo, a frequência, e acima de tudo, a consistência, são elementos cruciais para o sucesso do seu programa.

Quando o conteúdo é relevante e interessante é possível criar relações duradoras.

João Ribeiro Partner & Trainer na Markedu - Innovative Marketing Education (www.markedu.pt)

Não comunique por email, apenas por que sim, é necessário ter um programa de email marketing bem definido para obter sucesso. O conteúdo, a frequência, e acima de tudo, a consistência, são elementos cruciais para o sucesso do seu programa. Crie uma proposta de valor relevante para a(s) sua(s) audiência(s) e defina a frequência de comunicação. E o mais importante de tudo, cumpra a sua promessa e não defraude as expectativas dos seus subscritores. Desta forma irá obter relações mais duradoras e rentáveis.

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30 10 Insights Como conseguir ter um blog de sucesso:

10

Insights:

Como conseguir ter um blog de sucesso:

Ser sincero Escrever artigos no blog sobre o que se gosta (seja roupa, comida, viagens ou finanças) e divulgar conteúdos com que nos identificamos é sem dúvida o primeiro passo para que o blog tenha sucesso.

Conteúdo inovador Dando um exemplo concreto, mostro looks do meu dia-a-dia, o que me torna diferente de outras bloggers, não é só o meu estilo, são sobre tudo as fotografias. Tenho uma fotógrafa profissional que tira o melhor partido daquilo que eu uso.

Ter qualidade nos posts Não podem existir erros ortográficos, é essencial fazer uma revisão final do texto antes de publicar. As imagens devem ter, primeiro uma boa resolução, segundo serem apelativas, diferentes de forma a cativar os leitores.

Manter uma regularidade nos posts publicados Há quem publique diariamente, há quem publique semanalmente, o importante é definir se é uma vez ou mais vezes por semana. Exemplo publicar à terça-feira e à sexta-feira, ou então só publicar à terça-feira.

Divulgação do blog Publicar um post na plataforma do blog não é suficiente. É necessário explorar as diferentes redes sociais, ou seja, depois de fazer um post é necessário divulgar que há um novo post disponível, tanto no facebook como no Instagram. #32 NOV/DEZ 2017


Como conseguir ter um blog de sucesso: 10 Insights 31

Criar uma ligação com os leitores Responder aos comentários deixados no blog, no facebook ou no instagram, é uma forma de estar em contacto com os seguidores e de perceber do que mais gostam no blog.

Criar títulos apelativos Este é dos pontos mais difíceis, eu sei, no entanto o título funciona quase como um cartão-de-visita, que poderá levar o leitor a ter, ou não interesse no artigo que escreveu. O título tem de ser atraente para o público.

Ter uma identidade Esta é construída pela nossa linguagem, pelo nosso estilo, e pelo tipo de artigos que publicamos. O meu blog está enquadrado na categoria de lifestyle, o que inclui sobretudo posts de moda e de “cool places”, não publico artigos de culinária.

Analisar o desempenho Existem inúmeras ferramentas, algumas gratuitas, para avaliar quais os posts mais lidos, como é que os leitores chegam até ao blog, qual o dia da semana em que o blog é mais visitado. Estes dados ajudam a melhorar o desempenho do blog.

Estar a par das tendências e em constante atualização Saber o que se passa no mundo é o ponto principal para que o blog tenha sucesso. Seja um blog de moda ou de finanças, o mais importante é o blogger estar sempre atualizado em Miriam relação às Melo notícias e ter autora do blog “The Good formação. Girl” e sócia fundadora da ADN Eventos, empresa de produção e organização de eventos

http://goodgirlmiriam.blogspot.pt

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32 Lifestyle Natal na Europa Boas festas com o nosso guia completo!

Natal na Europa

Boas festas com o nosso guia completo! É Inverno, mas o mundo não para! Com um cenário mais frio e o Natal ao virar da esquina, as pessoas ficam mais bem dispostas, os locais ganham novas cores e luzes que lhes conferem um encanto próprio e único, altura do ano em que chegam os mercados de Natal e nada lhes põe o travão.

S

e esta é a sua época preferida, pegue já na mala e num mapa porque pela Europa não faltam cidades onde o espírito natalício invade as ruas ou as praças centrais, desde a decoração a rigor à neve e ao frio que também não faz questão de faltar. Sozinho, a dois ou em família esta será, sem dúvida, uma viagem cheia de magia. Pode até não ser grande fã do Inverno, mas de certeza que não ficará indiferente às ruas enfeitadas, às montras coloridas, ao aroma doce de amêndoas torradas e bolos de mel caseiros que preenchem o ar destes 5 fantásticos mercados de Natal na Europa.

Jardins Tivoli – Copenhaga, Dinamarca (15 de Nov a 30 de Dez) O Natal em Copenhaga incorpora um verdadeiro espírito do “hygge” onde os visitantes se divertem no segundo mais antigo parque de diversões do mundo, os Jardins Tivoli. O conceito foi desenhado pelo diretor da Tiffany & Co, portanto estilo está-lhe no sangue. O Natal nos Jardins é uma das mais bonitas tradições da cidade dinamarquesa. O espaço rodeado por esculturas de cisnes feitas com gelo e o castelo da fantasia de Hans Christian Andersen, está cheio de casas de madeira decoradas, árvores cobertas de neve, luzes e a verdadeira atmosfera de Natal nórdico. Não #32 NOV/DEZ 2017

faltam ainda ideias para presentes de Natal para toda a família, decorações, biscoitos, doces e bebidas quentes. Para completar a experiência, não deixe de visitar as banquinhas que vendem arte e artesanato, claro de vinho glögg numa mão e a outra cheia de æbleskiver, pequenas almofadas de maçãs açucaradas. Mas não abuse… Guarde também espaço para a sanduíche de porco assado com couve roxa, antes de dar uma volta no The Star Flyer, um baloiço de 80 metros de altura com a vista sobre a cidade de cortar a respiração.

Praça do Centro Histórico – Praga, República Checa (2 de Dez a 6 de Jan) No que toca mercados de Natal, Praga sabe o que faz! A capital checa transforma-se e veste-se a rigor para receber o Natal que parece encaixar bem demais com as suas ruas históricas. A cidade parece mesmo um verdadeiro paraíso de inverno, e é a caminhar, sem pressa nem tempo contado, que se explora tudo da melhor maneira. Quando a fome apertar, dirija-se às bancas de comida que oferecem gastro-


Natal na Europa Boas festas com o nosso guia completo! Lifestyle 33

nomia tradicional checa, como porco assado, chouriço e uma variedade de especialidades natalícias locais. Mata a sede com um pouco de medovina, uma espécie de vinho de mel refrescante. E, antes que se esqueça…marque na sua agenda o dia 5 de Dezembro. É uma data especial, em que se celebra St. Nicholas Eve, ou Mikulas, um evento anual em que o Pai Natal checo recompensa as crianças que se comportaram bem ao longo do ano, com guloseimas. E todas as ruas da Cidade Velha enchem-se de atores barbudos numa festa e conjunto de atividades para todas as idades.

Praça do Centro Histórico – Viena, Áustria (13 de Nov a 23 de Dez) Experienciar o Natal em Viena é desfrutar ao máximo dos mercados natalícios espalhados pela cidade. Começou em 1998 e hoje tem mais 20 eventos a decorrer ao mesmo tempo. Com mais de 150 barraquinhas, é o sítio ideal para provar o punch, comer castanhas assadas, assistir a concertos típicos ou patinar na pista de gelo aberta ao público. Se acha que o frio poderá ser um entrave, então, dê um saltinho até ao Teehaus de Demmer, perfeito para se proteger do tempo nórdico, onde poderá experimentar o vinho quente com sumo de laranja. Nada melhor do que terminar o dia assistindo a um concerto de Natal numa das igrejas da cidade, nomeadamente, a Catedral de Santo Estevão, Malteserkirche, Minoritenkirche, Peterskirche e a pequena jóia barroca da Igreja de Santa Anna.

Plaisirs d’Hiver – Bruxelas, Bélgica (24 de Nov a 31 de Dez) Com cerca de 240 chalés de madeira, o mercado de Natal Plaisirs d’Hiver de Bruxelas – que significa Prazeres de Inverno – vai mantê-lo entretido horas a fio, e estende-se por mais de 2,1 km desde a Grand Place até à Place St. Catherine. Faça um xeque-mate e entre em 2018 com o pe(ão) direito, disfrutando da mar avilha arquitetónica de Bruxelas, que no Inverno veste-se de branco e torna-se ainda mais encantadora. Velas artesanais, brinquedos, artigos de couro e objetos de decoração não faltam, mas a verdadeira atração é a comida tradicional belga: waffles e chocolate, mexilhões, salsichas frescas, queijo, pão…sem esquecer as batatas fritas belgas! Tome uma cerveja para ajudar na digestão e experimente, a versão local do vinho quente- o Vin Chaud. Um festão deste calibre poderá merecer uma sesta para recarregar as energias, mas com a pista de patinagem, a árvore de natal gigante, o espetáculo de luz e som mágico, a roda gigante tradicional e outras atividades igualmente imperdíveis, a sesta terá de ficar para depois.

Dresdner Striezelmarkt –Dresden, Alemanha (29 de Nov a 24 de Dez)

Pode até não ser grande fã do Inverno, mas de certeza que não ficará indiferente aos de fazer recheados com queijo) e as especialidamercados de des alemãs do costume como bratwurst e pretzels. Guten Appetit! l Natal

Se ao longo do ano, Dresden é vista com pit stop entre Berlim e Praga, em Dezembro a cidade enche-se de cores e esbanja luz própria. O mais antigo dos mercados de Natal na Alemanha, já conta com quase 600 anos. Os artesãos da região reúnem-se em grande número à volta de cerca de 250 bancas, oferecendo uma enorme diversidade de produtos aos visitantes, desde de quebra-nozes a pirâmides de velas tradicionais. O nome do mercado refere-se a Strüzel ou Stroczel, um bolo com frutos que é o maior símbolo local e é vendido no próprio mercado, agora mais popularmente conhecido como Stollen. Outras iguarias doces e salgadas incluíndo o famoso Glühwein (vinho quente) e Pulsnitzer Pfefferkuchen (pão de gengibre recheado de doce e coberto de chocolate). Não deixe de experimentar ainda os Rahmklecks de Dresden (pães acabados

Vlada Lenkautsan Marketing Amadeus Portugal #32 NOV/DEZ 2017


34 Viagem de: João Freitas

Andorra tem a melhor zona para ski de entre as que estão mais próximas de Portugal

João Freitas

Ponto Turismo › Porquê Andorra como o destino de neve? João Freitas › Para mim é a melhor zona para ski de entre as que se encontram mais perto de Portugal, porque tem um domínio esquiável muito grande, gosto imenso das pistas e também tem um bom aprés-ski, a neve é muito boa e tem a zona de Andorra la Velha para compras. Ponto T. › O que quer dizer “boa neve”? J.F. › É uma neve que é fofa, não é empapada. Em Andorra neva sempre o suficiente para não ter de recorrer a canhões de neve. Quer dizer às vezes, nas zonas mais baixas, têm de recorrer aos canhões porque a neve não cai ou mesmo que neve, não se mantém porque a temperatura está mais alta Ponto T. › Qual é a melhor forma de lá chegar? J.F. › Há duas formas de chegar até Andorra. A primeira é de automóvel, são 1200km desde Lisboa. Podem ser feitos de uma tirada, mas eu paro e durmo em Saragoça. Fazer a viagem direta é um esforço grande e desnecessário até Andorra. A segunda forma é de avião até Barcelona e aí contratar um transfer ou alugar um automóvel. São 250km. Ponto T. › O que é que podemos fazer por lá depois de esquiar? J.F. › Como as pistas fecham por volta das 16h30-17h, o clássico é ir para as esplanadas apanhar sol quando está bom tempo, para um bar quente quando está frio, viver todo aquele ambiente de neve em que as pessoas ficam muito animadas, em que parece que voltaram todas a ser crianças, a contar o que fizeram, onde estiveram durante o dia. É um convívio muito engraçado. Ponto T. › A neve faz despertar a criança que há em nós? J.F. › Sim, ficam todos muito animados, até mesmo aqueles com bastante mais idade principalmente estrangeiros, sobem para as cadeiras [transporte para as pistas] e começam a esquiar com uma grande leveza. Até as pessoas com mais peso esquiam sem dificuldade, com uma técnica tão boa que descem a montanha com a maior das tranquilidades. Se as pessoas tiverem a técnica, o esqui dá para todas as idades. #32 NOV/DEZ 2017

Andorra tem uma neve muito boa Ponto T. › Quem não faz esqui, o que é pode fazer? J.F. –Aconselho sempre a ter aulas. As pessoas que acham que são autodidatas, que têm muito jeito para o desporto acabam por aprender mal e estamos a falar de um desporto que pode provocar mazelas graves. Mesmo sabendo esquiar, é sempre bom ter umas aulas para recordar, até porque nós [portugueses] não esquiamos todos os fins-de-semana. Ponto T. › E quem não tem equipamento de esqui ou de snowboard, pode alugar e receber aconselhamento? J.F. › Sim, a única coisa que tem de levar é roupa para esqui: luvas, calças, casaco... Tudo o resto, incluindo os capacetes que agora se costumam ver mais, pode alugar-se. Ponto T. › Há algum lugar em Andorra que gostarias de destacar, porquê? J.F. › A estância vai até Pas de la Casa, mas eu gosto de Soldeu, que fica a meio, porque é muito mais para famílias, os hotéis, a meu ver, têm mais qualidade e o escalão etário das pessoas é mais velho. Para Pas de la Casa vai uma camada mais jovem, muitos deles estreantes na neve, que não querem ter aulas, e acaba por haver uma certa inconsciência, sobretudo os snowboarders e acaba por ser perigoso para eles e para quem está à volta. Em Soldeu não se vê tanto porque para irem para lá já têm de saber esquiar. Ponto T. › Qual é a melhor época para lá ir? J.F. › Eu diria que é Janeiro e Fevereiro, porque nessa altura já nevou o suficiente e é quando a neve está melhor. Na Páscoa muitas vezes acontece já estar muito calor e a neve ser dos canhões o que faz com que fique gelo de noite e depois ao início da tarde fica empapada. l




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