Revista shopping 97

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Ano: XXVI - 2017 | NOV / DEZ

Centros

Comerciais

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Dubai Ă prova de eCommerce eventos

MarShopping Algarve Reportagem

Viagem de Estudo ao Reino Unido opiniĂŁo

O valor do Facility Management

Belmiro de Azevedo 1938-2017

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editorial

António Sampaio de Mattos Presidente

editorial:

“Morreu Belmiro de Azevedo!”

Foi desde sempre notável a sua perspicácia, visão estratégica e especial proficiência

F

oi a notícia que ouvi ao início da tarde do passado dia 30 de Novembro. Senti um choque profundo, pois embora informado sobre a sua actual debilidade, não gostaria de a ter ouvido.

Nesse momento, de imediato recuei a 1983 quando conheci o Eng.º Belmiro. Era muito jovem e eu ainda mais. Encontrámo-nos no bar de um hotel da Rua Castilho, para debater a eventual integração de um supermercado (nessa altura Modelo), no Centro Comercial Amoreiras inaugurado dois anos depois. Fiquei surpreendido pela forma como liderava a equipa que o acompanhava. Desde esse momento ficou uma boa relação para sempre. A minha admiração pela Personalidade vem desde então, e foi sendo justificadamente ampliada ao longo dos anos pelas muitas notícias de sucessos difundidas pela comunicação social e pelas múltiplas vezes que nos cruzámos. A importância desta figura ímpar não se esgota nas suas qualidades enquanto líder do maior grupo empresarial e maior empregador português. Foi desde sempre notável a sua perspicácia, visão estratégica e especial proficiência no desenvolvimento de novas áreas de negócio, como foi, entre muitos outros, o caso dos Centros Comerciais em finais dos anos 80. Se a família Alves Ribeiro, por via da Mundicenter, foi pioneira na indústria dos modernos Centros Comerciais com o Amoreiras, o Eng.º Belmiro de Azevedo desenvolveu-a através da Sonae e deu-lhe projecção internacional. Por tudo o que criou e ajudou a crescer, é da mais elementar justiça que a APCC lhe dedique esta edição da SHOPPING, homenageando o empresário e cidadão exemplar, que nunca se vergou face ao poder político. O exemplo do Engenheiro Belmiro de Azevedo perdurará, para sempre, entre nós. À Família e a todos os colaboradores da Sonae, apresento, em meu nome e da APCC, as mais sinceras condolências.

Eng.º Belmiro de Azevedo no 25.º Aniversário da APCC

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Índice

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TRIBUTO Belmiro de Azevedo

EVENTOS Centros comerciais: modelo de negócio em evolução

REPORTAGEM INTERNACIONAL OPINIÃO APCC em Viagem O valor do Facility Inovação de Estudo assume papel de Management destaque no ICSC nos Centros Comerciais Na última semana de

em capa

A Associação Portuguesa de Centros Comerciais e a Revista Shopping prestam neste momento de despedida, homenagem ao homem que mudou o paradigma empresarial em Portugal.

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O posicionamento multicanal que se vai impondo no universo da promoção imobiliária irá obrigar a alterações profundas no modelo de negócio, incluindo a relação entre proprietário e lojista, que terá de integrar novas métricas de avaliação.

HOPPING Ano: XXVI - 2017

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Belmiro de A 1938-2017

8000-123 Faro

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Propriedade Associação Portuguesa de Centros Comerciais Av. Eng.º Duarte Pacheco Amoreiras Torre 2 - Piso 9 - Sala 2 1070-102 Lisboa - Portugal Tel.: 21 319 31 88 - Fax: 21 354 34 01 E-mail: geral@apcc.pt

EVENTOS Algarve MarShopping

OPINIÃO lity O valor do Faci Management

Junho, a Associação Portuguesa de Centros Comerciais - APCC, realizou mais uma Viagem de Estudo a Centros Comerciais no exterior. Desta vez o país escolhido foi o Reino Unido.

Direcção António Sampaio de Mattos Direcção Executiva Pedro Teixeira

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Centros Comerciais em Revista

Bimestral • Ano XXVI - 2017 - Edição 97

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O Facility Management (FM) tem particular importância, na capacidade dos Facility Managers negociarem e gerirem os contratos com eficiência e de coordenarem equipas de fornecedores externos.

Produção e Edição Mediapearl - Comunic. e Serv., Lda. Rua de Xabregas, 2, Piso 2, Sala 2.06 1900-440 Lisboa - Tel.: 21 602 47 13 mediapearl@mediapearl.pt Publicidade Lurdes Dias - Tel: 21 403 76 56 ldias@mediapearl.pt Elisabete Pais de Sousa Tel: 21 403 76 56 epaisdesousa@mediapearl.pt Ana Paula Campos - Tel: 21 868 02 77 apcampos@mediapearl.pt Estudo Gráfico Mediapearl Impressão RBM - Artes Gráficas Tiragem: 15 000 exemplares

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O ICSC lançou um novo evento. Trata-se do Retail Real Estate Innovation Forum, que deverá passar a fazer parte do calendário de acontecimentos do organismo. A estreia ocorreu em Berlim, em meados de Setembro, com o foco nos desafios que a indústria da promoção imobiliária enfrenta.

Distribuição Gratuita Depósito Legal n.º 54-808/92 Registo na Entidade Reguladora para a Comunicação Social - ERC n.º 117131 Estatuto Editorial

A Revista “SHOPPING - Centros Comerciais em Revista”, é uma publicação Associativa, propriedade da Associação Portuguesa de Centros Comerciais - APCC, de divulgação de informação e de opinião sobre a indústria dos Centros Comerciais aos níveis nacional e internacional, que tem por objectivos a promoção e dignificação destes empreendimentos de comércio integrado designados de “Centros Comerciais”, bem como das entidades suas Proprietárias, Promotoras e Gestoras. A Revista “SHOPPING - Centros Comerciais em Revista” presta, para além da informação institucional relativa às actividades Associativas, informação sobre a actividade empresarial e operacional dos próprios Centros Comerciais em todas as suas vertentes, desde a promoção imobiliária, passando pela gestão de marketing e comercial, pela a gestão técnica de edifícios, segurança humana e electrónica, fiscalidade, arquitectura e projecto. Por outro lado, a publicação assume-se ainda

como o meio de divulgação privilegiado, de informações relevantes provenientes dos Associados, dirigidas ao mercado em geral. A Revista “SHOPPING - Centros Comerciais em Revista”, é impressa em papel e encontra-se disponível em formato digital, visando a divulgação, no estrito cumprimento dos Estatutos e do Regulamento Interno da APCC, dos conteúdos de cariz informativo e técnico deste sector de actividade económica e empresarial. A Revista “SHOPPING - Centros Comerciais em Revista”, é dirigida a todos os profissionais do sector, a prestadores de serviços e consultores, academias e entidades públicas e privadas, e aos consumidores em geral. Nota de Redacção: A redacção da “SHOPPING Centros Comerciais em Revista” segue as regras da anterior ortografia do Português Europeu.


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2017 S E R N T C E S E R N T C E

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S E U E U G R T S E P O U E U G R T P O

G P I N O P G S H P I N O P S H

CUPÃO DE ENCOMENDA Anuário dos Centros Comerciais – Portugal 2017 Todas as informações sobre o mercado nacional do retalho imobiliário • Fichas Técnicas detalhadas dos 85 maiores Centros Comerciais • Análises aos mercados de retalho imobiliário 2016-2017 • Quem é Quem na indústria dos Centros Comerciais • Lista de Centros Comerciais e de Associados da APCC • Edição bilingue: Português-Inglês

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Tributo

Belmiro de Azevedo 1938-2017

Tributo a:

O homem que mudou o paradigma empresarial em Portugal, partiu aos 79 anos, mas a obra que nos deixa, perdurará na História do nosso país e servirá de exemplo às futuras gerações. Esta é uma sentida homenagem da indústria dos Centros Comerciais, que pelos mais diversos motivos, lhe está eternamente reconhecida.

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E

m 1967, apenas dois anos após ter entrado para a companhia, Belmiro de Azevedo assume as funções de Director-Geral e Administrador Delegado da Sonae. Era o início de um percurso que iria mudar o mundo dos negócios em Portugal. O trajecto inicial foi longo e por vezes um pouco lento, mas a partir de 1983, quando é criada a SGPS Sonae Investimentos e a empresa entra no mercado de capitais, dá-se uma aceleração que se mantém até aos dias de hoje. A actividade vai sendo diversificada e os diferentes negócios vão-se consolidando. Mas sempre com um olhar no futuro. Se houve prática que fez jurisprudência na empresa foi mesmo o investimento para ganhos de escala. Isso trouxe a dinâmica de

expansão e crescimento que criou um dos maiores grupos económicos no País. E fez escola. A Sonae é hoje vista como um exemplo modelar na preparação de gestores, com resultados objectivos na evolução da companhia e seu crescente contributo socio-económico. De Matosinhos para o Mundo Talvez o momento mais marcante da vida empresarial de Belmiro de Azevedo tenha sido a inauguração, em 1985, do primeiro hipermercado em Portugal. Tendo a visão de se associar a quem já detinha know-how na matéria, em concreto os franceses da Promodés, a Sonae arriscava, mas ganhava. O stock esgotou no primeiro dia; o comércio a retalho nunca mais seria o mesmo. E Portugal conhecia uma nova palavra: Distribuição.

O Engº Belmiro de Azevedo foi o expoente máximo do empreendedorismo e da gestão moderna a nível global. Já quase tudo foi dito sobre a Sonae que ele fez, uma verdadeira empresa multinacional baseada em Portugal, talvez a única que possa ter este epíteto. Julgo que me compete aqui lembrar o seu precioso e decisivo contributo para a existência de uma indústria de centros comerciais em Portugal, que há muito opera globalmente, através da Sonae Sierra. Álvaro Portela CEO Sonae Sierra,1990-2010 Foi a sua visão, coragem e empreendedorismo que introduziram a distribuição moderna em Portugal e fizeram com que a Sonae Sierra, na altura Sonae Imobiliária, se dedicasse a fazer modernos centros comerciais, com um conceito sustentável, ausente de Portugal praticamente até ao final da década de 80 do século passado. Nos locais dos primeiros centros comerciais da Sonae Imobiliária, em Albufeira, Portimão, Cascais, Coimbra ou Lisboa (Colombo), a Sonae poderia ter construído apenas simples hipermercados, servindo assim, da melhor maneira, o plano de expansão da Modelo Continente, depois dos sucessos dos primeiros hipermercados Continente, o de Matosinhos (1985) e Amadora (1987). Teria sido a forma rápida, com pouco investimento, com muito menores problemas de licenciamento e retorno rápido de servir a expansão do Continente em Portugal. Mas não, o Engº Belmiro de Azevedo escolheu utilizar aqueles mesmos locais para fazer muito mais que simples hipermercados, optando por grandes centros comerciais que implicaram muito maiores investimentos, de muito maior complexidade e risco e com muito mais longos prazos de execução. Mas com muito maior retorno de longo prazo.

Em 1986 a empresa entra no ramo do turismo, para depois anos mais tarde se estrear nos meios de comunicação, sector alvo de uma liberalização que aguçou o apetite dos mais atentos. O lançamento da Optimus, já em 1998, foi um momento disruptivo que mostrou não só a ambição da empresa, mas também a sua criatividade e originalidade. Em suma, o carisma que era emprestado pela liderança e que motivou, de forma decisiva, a diversificação das áreas de negócio e a criação de uma das maiores empresas nacionais. Antes disso, todavia, dá-se a entrada na área de actividade que mais diz respeito à Revista Shopping: a promoção imobiliária. É no ano de 1989 que se cria a Sonae Imobiliária. Mais uma vez, a empresa mostra toda a sua capacidade, trazendo para o

O Centro Colombo demorou dez anos, desde a aquisição do primeiro terreno até à sua inauguração, e todos nos lembramos da complexidade de todo o processo de licenciamento e execução. Foi o Engº Belmiro de Azevedo que seleccionou, treinou e dirigiu a equipa que fez o Colombo e a Sonae Sierra. Foi ele que nos fez acreditar que era possível fazer um Colombo nos anos 90. Foi ele que criou as condições para que o Colombo fosse uma realidade. Eu não tenho dúvida nenhuma que, sem o Engº Belmiro de Azevedo, o Centro Colombo não existiria! E, sem o Colombo e a visão e continuada mestria do Engº Belmiro de Azevedo, não teria sido possível que a Sonae Sierra tivesse tido a rota de sucesso que tem tido, nem que outras empresas, nacionais e estrangeiras, se tivessem interessado pelo mercado dos centros comerciais em Portugal. É ele, portanto, que é o “Pai” dos centros comerciais em Portugal. Mas, além da sua actividade como empresário, não quero deixar de enaltecer o GRANDE HOMEM que o Engº Belmiro de Azevedo foi. Um humanista, com uma enorme sensibilidade para o ser humano que estava dentro de todos os que trabalhavam com ele. Ele foi um exímio perito em saber motivar os seus colaboradores. Era um ávido de conhecimento, que utilizava para si e para o passar aos seus colaboradores, às vezes “forçando-os” a partilharem de tudo o que apreendia e mais. Para ele, trabalhar era aprender e vice-versa. Foi ele o primeiro a falar-me de “autenticidade” das pessoas. Ele dizia que um profissional só conseguia dar o seu melhor se o fizesse com autenticidade, isto é, se o seu desempenho fosse resultado do seu próprio carácter – conceito a que eu aderi, pratiquei e procurei passar à minha equipa da Sonae Sierra. O Engº Belmiro de Azevedo foi mais que o meu “chefe”! Foi o meu herói! E foi muito meu amigo - muito mais do que um amigo…! HOPPING 7


Tributo

Espírito independente Enquanto empresário, Belmiro de Azevedo destacou-se pela competência e perseverança que sempre o orientaram ao longo dos 50 anos que dedicou à Sonae. Era também reconhecida a sua independência face ao poder político. Foi duro, por vezes até considerado excessivo, nas críticas que fez. O que conquistou fê-lo a pulso, com tomada de decisão, carácter e perspectiva estratégica. Virtudes nas quais assentou o sucesso.

Visita de Secretário da Indústria, Eng. Rogério Martins, à Sonae Indústria, a 18 de março de 1971.

ramo uma nova lógica de negócio, em particular no que diz respeito à contratualização com os lojistas. O modelo passou a ser adoptado por praticamente todos os operadores.

Artur Almeida e Silva Ex-Presidente APCC entre 1987 e 1989

Isso permitiria alavancar as actividades com muito maior controlo. Em doze anos, a actual Sonae Sierra atingia um milhão de metros quadrados de ABL (Área Bruta Locável)

Como profissional e dirigente associativo na área da Distribuição e dos Centros Comerciais, conheci e acompanhei a Obra do Engº Belmiro de Azevedo sobretudo nestes sectores, que contribuiu decisivamente para o desenvolvimento da Distribuição Moderna em Portugal - os grandes hipermercados, as cadeias de lojas especializadas e os centros comerciais regionais integrados com hipermercados. Esse sucesso foi baseado na procura permanente de fazer mais e melhor, com inovação e eficácia, com a criação de um know-how próprio em cada tipo de atividade, alcançando a sua autonomia em relação aos seus parceiros iniciais e impondo-se como um ator português, líder, ativo, competente e reconhecido internacionalmente. São estas algumas das características principais do legado do Engº Belmiro de Azevedo, figura singular e marcante no panorama empresarial português dos últimos 50 anos.

Corria o ano de 1988 e a Digital Equipment Corporation (DEC) desafiava o império dos mainframes detido na altura pela IBM. Na qualidade de membro do Country Management Team da subsidiária da DEC em Portugal recebi, nos escritórios das Amoreiras em finais de Setembro desse ano, o Eng.º Belmiro de Azevedo para uma reunião de apresentação da mais moderna geração de mini-computadores VAX que se destinariam a substituir, através de computação distribuída em rede, os poderosos mainframes da IBM. Jorge Jordão Presidente, CSP - Confederação dos Serviços de Portugal

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Recordo perfeitamente a atenção e a sagacidade reveladas nas questões colocadas pelo Engenheiro Belmiro que me deixaram surpreendido, dado que não o associava às tecnologias de informação mas, essencialmente, à grande distribuição marcada pelo lançamento recente dos hipermercados de Matosinhos e da Amadora pelo Grupo Sonae.

sob sua gestão directa. Hoje, fruto da consolidada posição interna e da internacionalização para diversas geografias, a empresa detém 48 contros comerciais, gere 76 shoppings, está praticamente nos dois milhões de m2 ABL e o seu valor encontra-se calculado em sete mil milhões de euros. Com assinatura Sonae Nesta área da promoção imobiliária, a Sonae Sierra também se afirmou pela diferenciação. Não só em relação ao modelo de negócio,

Percurso académico Entre 1956 e 1964 conclui a licenciatura em Engenharia Química na Faculdade de Engenharia do Porto, com uma média de 16 valores. Torna-se Professor Assistente na Faculdade de Engenharia do Porto em 1968, Assistente da cadeira “Indústrias” e responsável pela regência da cadeira “Química Orgânica Industrial”. Em 1973 ingressa em Harvard para fazer um curso de gestão (PMD - Programme for Management Development) e já nos anos 80 conclui formação em finanças na Universidade de Stanford (Financial Management Programme), após a qual integra o curso Strategic Management na Universidade de Wharton. Em 1995 completa o programa de Global Strategy na Universidade da California.


Ao nível da Sustentabilidade, a Sonae Sierra caracteriza-se mesmo pelo pioneirismo, acumulando certificações de topo nas áreas do Ambiente, Segurança e Saúde.

Francisco Cavaleiro de Ferreira Managing Director, MULTI Portugal

Empresário destemido, todos temos de lhe reconhecer a visão na criação da nossa indústria. Foi graças à sua capacidade de, à data, ler o país e se antecipar aos outros, que lhe é devido o mérito de lançar os alicerces que permitiram o seu desenvolvimento da qualidade de vida dos Portugueses. Muitos têm sido os elogios, merecidos, das mais diversas entidades e sectores, mas há uma dimensão social que creio que é obrigatório destacar; a capacidade de nos anos 80 dar ao país acesso a produtos e serviços que até então eram completamente inexistentes e com os quais a esmagadora maioria dos Portugueses hoje, trinta anos depois, não vive sem. É seguramente uma das principais figuras da nossa história recente.

Distinções • Grau de Comendador da Ordem do Mérito Civil de Espanha (1999) • Grau de Comendador da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul do Brasil (2000) • Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique (2006) • Agraciado pelos Presidentes da República de Portugal e do Brasil e pelo Rei de Espanha • Doutoramento Honoris Causa pelas Universidades do Porto e dos Açores • “Honorary Fellow” da London Business School • “Order of Outstanding Contributor to Sustainable Development”, prémio do WBCSD (2005) • “Prémio Inspiração” – Caixa Empreender

já referido acima, mas também na gestão operacional e na coragem de actuação. O Centro Colombo, inaugurado em 1997, é disso um bom exemplo. Quantos não anteciparam o fracasso? A megalomania? Tantos quantos hoje, duas décadas depois, reconhecem ser um dos mais carismáticos Centros Comerciais do país. O desenvolvimento foi célere. Em 1998 abria o Norteshopping e passado um ano o Vasco da Gama, sem-

pre com uma visão temática inspirada e uma óptica inovadora. A Sonae Sierra distingue-se por criar espaços únicos, verdadeiros “centros de autor”, cuja perspectiva arquitectónica e funcional, e eleva de sobremodo com as melhores práticas europeias e mundiais. Esses méritos, aliás, têm sido sucessivamente reconhecidos nos mais importantes fóruns internacionais, através da conquista de diversos prémios nos eventos de maior prestígio. HOPPING 9


Tributo

Luís Pires Head of Territory (Iberia) - Klépierre

Belmiro de Azevedo foi um dos homens que mais marcou o Portugal em que vivemos hoje. Foi empreendedor, foi visionário, foi corajoso, foi um homem capaz de assumir riscos, enfim, foi tudo aquilo que tem de ser um empresário com maiúscula. O que promoveu e apoiou, transcendeu as fonteiras de Portugal, quer tenha sido no plano industrial, na moderna distribuição ou no retalho imobiliário. A sua visão mudou o mundo em que vivemos e mudou o nosso sector tornando-o reconhecidamente num dos mais dinâmicos e modernos do mundo dos centros comerciais. Hoje Portugal perdeu um grande homem e ficou mais pobre mas o seu exemplo seguramente perdurará e inspirará as gerações futuras de empresários portugueses.

Portugal perdeu um grande empreendedor que apostou, com sucesso, em diferentes áreas de actividade. O Eng. Belmiro de Azevedo contribuiu, significativamente, para o reconhecimento internacional da nossa industria de centros comerciais. A qualidade da obra que deixa terá, certamente, continuidade com a estrutura humana que soube organizar e preparar.

Nuno Pereira de Sousa Presidente Mundicenter

Vitor Ruivo Ex-Presidente APCC entre 1990 e 1992

Quando Belmiro de Azevedo surgiu no panorama empresarial português a “aristocracia” das empresas e da gestão franziram o sobrolho. Ao longo dos anos admiraram-no, invejaram-no, odiaram-no. Só não conseguiram foi fingir que ele não existia. Belmiro de Azevedo foi sempre uma carta fora do baralho, um “extraterrestre” que aqui aterrou para baralhar tudo. Inovador quando o termo ainda não andava na boca de todo o mundo. Audacioso, ambicioso, corajoso, transformou ideias e conceitos, provou que havia outras formas de gerir sem as muletas estatais, soube ser frio quando necessário e solidário quando foi preciso. A sua maior vitória foi levar os que muito fizeram para impedir o seu sucesso a acabar por reconhecer a sua razão e vir a copiar os seus métodos de gestão. E os imitadores proliferaram, mas Belmiro de Azevedo continuou a ser o número um da sua geração. A sua caricatura chamava-lhe Belmiro “mete medo” e de facto os incompetentes, incapazes, encostados, aproveitadores de rendas e benesses, tinham razão para ter medo dele. Simplesmente desprezava-os. O país terá de esperar várias gerações para voltar a ter um empresário como ele.

E se no desenvolvimento a empresa alicerçou o perfil, a gestão operacional não lhe fica atrás, também alvo de recorrentes distinções ao mais alto nível. Na área do marketing, por exemplo, a presença junto da elite tem sido constante e sublinhada de 10

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forma particularmente relevante na vertente inovação. Ao nível da Sustentabilidade, a Sonae Sierra caracteriza-se mesmo pelo pioneirismo, acumulando certificações de topo nas áreas do Ambiente, Segurança e Saúde.

Entrada no milénio A entrada no milénio assistiu a uma maior diversificação das áreas de negócio, através da criação da Bizdirect, um serviço de comércio electrónico para empresas, e do lançamento da WeDo Technologies, para o desenvolvimento de novos sistemas em tecnologias de informação. Já em 2006, a Sonaecom lança uma OPA sobre a PT e a PT Multimédia, deixando bem clara a ambição do Grupo. A impossibilidade de a concluir será porventura uma das suas maiores frustrações empresariais, num processo conturbado que ainda hoje tem impacto. No ano seguinte, a liderança na Distribuição nacional é consolidada através da aquisição das operações de retalho do Carrefour em Portugal, contribuindo para que esta área de negócio continuasse a ser liderada por operadores domésticos, caso raro na Europa. Belmiro de Azevedo soube compreender que o negócio de Distribuição no Brasil era um risco demasiado elevado, fruto de indicadores económicos instáveis e de uma realidade onde era difícil ganhar escala. Mas teve a sagacidade de aproveitar o momento para cimentar a operação em Portugal. 2007 foi também o ano em que Paulo Azevedo o sucede na Presidência Executiva da Sonae SGPS, uma passagem de testemunho classificada como exemplar. Belmiro de Azevedo assume a posição de Chairman até 2015, ano em que finalmente se retira. Como homem que inspirou esta estória, será sempre recordado como um dos mais relevantes empresários portugueses. Alguém que ensinou muitos e que deixa um legado do qual o País se pode orgulhar. n


Eventos

Centros comerciais: modelo de negócio em evolução

O posicionamento multicanal que se vai impondo no universo da promoção imobiliária irá obrigar a alterações profundas no modelo de negócio, incluindo a relação entre proprietário e lojista, que terá de integrar novas métricas de avaliação. Esta é uma das principais conclusões que saíram de uma iniciativa da Revista Vida Imobiliária, na qual juntou, para um pequeno-almoço especializado, várias personalidades de referência do sector de Centros Comerciais, entre as quais o Presidente da APCC, António Sampaio de Mattos.

A

valorização dos activos, concordaram os participantes, será um dos principais desafios de futuro para esta indústria. A equação apresenta-se hoje mais complexa, em função da era digital e da consequente necessidade de articular os diferentes canais de venda e promoção. Parece consensual o imperativo de transformar ameaças em oportunidades, mas o percurso carece de definições mais objectivas, referiram os participantes. A questão não se resume à promoção imobiliária. A coincidência física e a

convivência de negócio com o sector da distribuição, por exemplo, será outra das matérias a exigir reformulações, segundo os especialistas A área Alimentar procura reposicionar-se em conceitos de maior proximidade e de menor dimensão; os centros comerciais, em fase de maturidade no que diz respeito a localização, desejam o aumento de ABL. Esta relação poderá, nesse sentido, implicar transferência de espaço de um segmento para o outro. Em acréscimo, o crescimento das vendas online obriga a reformulações estratégicas. Os centros comerciais estão

conscientes de que terão de integrar processos de adaptação permanentes e responder com rapidez às evoluções. Os estímulos digitais seduzem o consumidor e implicam a mudança cultural, algo que os Shoppings devem implementar nas suas actividades promocionais e de comunicação. Mas as vendas online, estando a crescer, são ainda bastante marginais face ao volume de negócios. Contudo, tudo evolui, agora, de forma exponencial. A capacidade de integrar tal paradigma na gestão e nas metodologias operacionais representa, para os convidados deste pequeno-almoço, a resposta obrigatória para manter a dinâmica de negócio. Expansões e modernização de layout, assim como uma constante afinação do mix, têm constituído o foco primário por parte dos investidores. A ideia, não sendo recente, permanece actual: o centro comercial é um ponto de experiência activa, que beneficia do contacto e relação física com o cliente, assinalaram os presentes. Nesse sentido, importa fazer da esfera digital um complemento da actividade, transformando o que poderia ser uma ameaça numa oportunidade de envolver o consumidor. n HOPPING 11


Eventos

Mar Shopping Algarve: sustentabilidade e interactividade

A região algarvia acaba de receber mais um equipamento de grande dimensão, concretamente o Mar Shopping Algarve, que abriu portas no final de Outubro. Trata-se de um centro comercial que se distingue pela aposta na sustentabilidade e na interactividade com o visitante. Em velocidade cruzeiro, e considerando todo o complexo, que inclui ainda um outlet e uma unidade Ikea, espera receber anualmente nove milhões de visitas. 12

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Mar Shopping Algarve está integrado num complexo de 86 mil metros quadrados que inclui também o Designer Outlet e uma loja Ikea. O objectivo é proporcionar um novo pólo de centralidade comercial na região, aproveitando a localização junto a Loulé e as vias rápidas que servem a zona e que se estendem a todo o território algarvio. A área de influência comporta 541 mil habitantes a uma hora de dis-


Designer Outlet abriu a 23 de Novembro Integrado no complexo desenvolvido pelo grupo Ikea para Loulé, o Designer Outlet também já abriu portas ao público. O equipamento resulta de uma parceria entre a Ikea Centres e o grupo Mutschler, ficando a gestão a cabo da ROS (Retail Outlet Shopping). Na primeira fase de operação, dispõe de 50 marcas de moda e lifestyle, num espaço com 13.000 m2. A arquitectura está inspirada numa vila típica da região, criando uma atmosfera única para que os visitantes possam aproveitar descontos permanentes entre 30 a 70 por cento.

Vasco Santos Asset Manager Spain Portugal

tância e mais 215 mil a 90 minutos, deslocando-se em veículo próprio.

Algarvios se orgulhassem», explicou o responsável.

Herman Gewert, Director-geral do centro, considera que um dos propósitos deste investimento é «criar uma dinâmica de lazer», num shopping que é classificado pelo responsável como «um dos melhores na Europa». Além da oferta, o objectivo é «valorizar a cultura e os valores da região. Trabalhámos para preparar um espaço do qual os

Conceito sustentável O Mar Shopping destaca-se pelo conceito de sustentabilidade. A arquitectura combina modernidade com elementos decorativos tradicionais da região, zonas com vegetação natural e a maior área de lazer ao ar livre integrada num centro comercial do país, com oito mil metros quadrados. A presença de plan-

tas e espécies nativas em todo o complexo, a instalação de painéis solares fotovoltaicos, iluminação LED e software avançado de controlo de consumo são aspectos que distinguem o projecto do ponto de vista conceptual. A ideia de sustentabilidade com que foi concebido fica ainda reforçada através da plantação de mais de 8.500 plantas, entre espécies locais e outras herbáceas aquáticas, plantas escultóricas, árvores HOPPING 13


Eventos

e arbustos. Tudo foi pensado tendo em perspectiva a protecção e melhoria do meio ambiente local, integrando sistemas de eficiência energética e de uso de água, bem como materiais de reduzido impacto ambiental. Outro exemplo provém dos carregadores solares para

O investimento do grupo Ikea está calculado em 200 milhões de euros, num centro comercial que apresenta um total de 110 lojas, entre as quais a maior Primark do País, assim como a estreia na região da Starbucks, Lego Fan factory e dos Cinemas NOS 14

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dispositivos móveis, disponíveis para os visitantes nas zonas de lazer ao ar livre. Centro comercial interactivo Seguindo a lógica que tem vindo a ser implementada nos mais recentes centros comerciais, o Mar Shopping

comercial, os visitantes poderão desfrutar de paisagens interactivas como a evolução das amendoeiras do Algarve ou as típicas laranjas da região, que reagem ao movimento corporal de quem passa. Nestas áreas, é também possível “mergulhar” no mar do Al-

Algarve recorre a soluções de sinalética digitais: «ao percorrerem as antecâmaras e corredores do centro

garve e apreciar paisagens de animais marinhos da região», assinalaram os investidores.


Ficha técnica Promotores: Grupo Ikea Investimento: 200 milhões de euros Nº Lojas : 110 ABL: 41.269 m² Principais âncoras: Pingo Doce, Primark, Cinemas NOS, Starbucks, Lego Fun factory. Área de influência: 541.000 habitantes a 60 minutos distância + 215.000 distância condução 60-90 min Visitas anuais previstas: 9 milhões (total do complexo) Parque de estacionamento: 3500 lugares Praça de Restauração: 1300 lugares sentados (interior e terraço) Unidades de restauração: 25

Por outro lado, quiosques estrategicamente localizados e equipados com tecnologia multi-toque e ecrãs LCD permitem a consulta de conteúdos variados, assim como observar paisagens típicas de região, que poderão ser de imediato partilhadas com família e amigos através de dispositivos móveis. Os corredores de acesso às casas de banho também dispõem de elementos digitais activados por movimento.

O investimento do grupo Ikea está calculado em 200 milhões de euros, num centro comercial que apresenta um total de 110 lojas, entre as quais a maior Primark do País, assim como a estreia na região da Starbucks, Lego Fan factory e dos Cinemas NOS, devidamente equipados com projecção laser. Disponibiliza ainda um hipermercado Pingo Doce e estacionamento para 3500 viaturas. A ABL, divide-se da seguinte forma: Centro Comercial (41.269 m²); Designer Outlet (17.000 m²); IKEA (24.000 m²).

A zona de restauração, com um total de 25 unidades em funcionamento e 1300 lugares sentados, entre espaço interior e terraço, foi decorada pela designer Nini Andrade da Silva, responsável igualmente pela decoração e design das casas de banho e antecâmaras do centro comercial. Já as áreas de descanso estiveram sob a “alçada estética” da empresa algarvia Keppie, confirmando que a vitalidade que o complexo empresta à região também se fez notar nas fases de concepção e construção. n HOPPING 15


reportagem

APCC em Viagem de Estudo aos Centros Comerciais Britânicos Na última semana de Junho, a Associação Portuguesa de Centros Comerciais, realizou mais uma Viagem de Estudo a Centros Comerciais no exterior. Desta vez o país escolhido foi o Reino Unido, tendo o programa de visitas sido composto por uma variedade equilibrada de Centros, desde os mais icónicos, aos mais arrojados sob o ponto de vista do retalho. Todas as unidades seleccionadas apresentam a característica comum de serem dos maiores geradores de tráfego, mesmo falando no panorama britânico do retalho imobiliário. As visitas estenderam-se ao longo de uma semana de trabalho nas cidades de Leeds, Liverpool, Manchester e Londres. Liverpool One

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Da Esq. p/ Dir. - Pedro Teixeira - APCC; Marco Massano - Sonae Sierra; Carlos Costa - MULTI; André Navarro - Cushman Wakefield; Pedro Mendonça - Mundicenter; Paulo Costa - Klépierre; Vitor Rocha - Retail Mind; Gonçalo Magalhães - Klépierre; Miles Dunnett - Liverpool One; Paulo Baio - Sonae Sierra; Miguel Simão - Mundicenter; Luís Amaro - Mundicenter; Telma Oliveira - Mundicenter

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s participantes que compuseram o grupo de Directores de Centros Comerciais, Directores Comerciais e de Retalho, Directores de Manutenção e Segurança, e Consultores do mercado de retalho imobiliário, tiveram a oportunidade de trocar experiências, observar e aprender as abordagens e realidades diferenciadas de cada Centro e de cada cidade. Este tem sido, aliás, o objetivo principal das viagens de Estudo da APCC, organizadas uma vez por ano, sendo parte integrante do plano de formação in-situ desenvolvido pela APCC.

talados na zona nobre da cidade. Todos estes actores entenderam, em determinado momento, que o modelo de gestão e organização dos Centros Comerciais aplicados ao centro histórico, seria a fórmula no combate à desertificação e valorização do património imobiliário. À reformulação profunda no plano da intervenção nos edifícios, e à implementação de um retail mix cuidado e planeado ao pormenor, encaixaram-se as estratégias comuns de serviços de Segurança, Limpeza e Marketing. Pelo que foi observado o “Liverpool One” é sinónimo de grande sucesso em todos os planos.

No que se refere às visitas, foram seleccionados três esquemas de urbanismo comercial que são tidos como uma referência no panorama da indústria Europeia de Centros Comerciais, localizados especificamente no coração das cidades de Liverpool e Leeds. Nestes casos foram visitados os centros: “Liverpool One”, “Trinity Leeds” e “Victoria Leeds”.

Em Manchester foram visitados Centros Comerciais Tradicionais, o supra-regional e icónico “Trafford Center” e o histórico “Arndale”. Uma nota para a impressionante majestade e dimensão do “Trafford Center”, goste-se ou não dos aspectos decorativos e arquitetónicos. Ênfase também para o “Arndale” na sua componente de conveniência, que se assume claramente na melhor localização da cidade Manchester.

Apesar das diferenças entre estes empreendimentos, destacamos o projecto de Liverpool pela congregação de vontades e estratégias entre municípios e proprietários públicos e privados ins-

Para a Viagem de Estudo foram seleccionados três esquemas de urbanismo comercial que são tidos como uma referência no panorama da indústria Europeia de Centros Comerciais

Em Londres, as visitas a Westfield formaram o destaque da digressão por Inglaterra. O equilíbrio entre o retalho HOPPING 17


reportagem

Boxpark - Shoreditch - Londres

Liverpool One

Victoria Leeds

Trinity Leeds

The Trafford Center - Manchester

de luxo e o de média-gama, com uma impressionante oferta alimentar contribuiu para a merecida proeminência desses centros. “Westfield London” é um esquema de excepção e porventura o mais equilibrado em todos os aspectos. Por outro lado, “Westfield Stratford”, sendo o mais visitado, impressiona pela dimensão da oferta e pelo vigor que a zona de Stratford tem assumido desde a realização dos Jogos Olímpicos em 2012, como uma das zonas de maior crescimento de Londres. Note-se que este centro comercial é contíguo à cidade olímpica. 18

HOPPING

Westfield Londres


Centros Comerciais Visitados LONDRES • Westfield LONDRES • Westfield STRATFORD • Boxpark - Shoreditch • LDO - London Designer Outlet - Wembley London Designar Outlet

LEEDS • Trinity Leeds • Victoria Leeds (Victoria Quarter + Victoria Gate) LIVERPOOL • Liverpool One MANCHESTER • Manchester Arndale • Trafford Center

Em Londres, as visitas a Westfield formaram o destaque da digressão por Inglaterra

Westfield Stratford

“London Designer Outlet”, mostra um bom mix de retalho de marcas de lojas a poucos minutos do centro da cidade de Londres, com um posicionamento interessante junto ao complexo cuja principal âncora é o Wembley Stadium, que acomoda milhares de pessoas por evento. Uma nota final para “BOXPARK” Shoreditch, com um retalho alternativo inte-

ressante, cujas lojas estão instaladas na rua em contentores marítimos. Uma vez mais, o elemento-chave para o sucesso desta organização foi a estreita colaboração entre os Conselhos Nacionais, onde a APCC contou com o inestimável apoio da nossa congénere britânica REVO Retail Community. n HOPPING 19


Opinião

O valor do Facility Management nos Centros Comerciais

Pedro Ló Presidente da APFM

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o período recessivo em que vivemos, grande parte dos gestores de Centros Comerciais procuraram melhorias efectivas nos resultados operacionais. Este paradigma motivou à adopção de práticas de contratação lideradas pelo critério preço, deixando que todos os outros factores de âmbito e qualidade de serviço fossem completamente secundarizados. Isto foi prejudicial tanto para quem presta serviços de Facilities como para o Cliente. Em relação aos prestadores coloca-os a todos no mesmo “cesto e para o gestor das instalações do Centro Comercial, elimina-se a possibilidade de se definirem parâmetros de controlo dos serviços que querem ver prestados. Por outro

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O Facility Management (FM) tem particular importância, nomeadamente na capacidade dos Facility Managers negociarem e gerirem os contratos com eficiência e de coordenarem equipas de pessoas que, muitas vezes, não são suas subordinadas directas

lado, os gestores de activos, no processo de determinação das rendas em função das variáveis de mercado, olham essencialmente para a componente da avaliação imobiliária mas não deverão esquecer-se do custo dos serviços associados à exploração dos edifícios, que são decisivos para se arrendar um espaço com a rentabilidade esperada. É neste âmbito que o Facility Management (FM) tem particular importância, nomeadamente na capacidade dos Facility Managers negociarem e gerirem os contratos com eficiência, e de coordenarem equipas de pessoas que, muitas vezes, não são suas subordinadas directas. Em termos técnicos, o Facility Manager (FMer) tem de ter um conhecimento abran-

gente de várias especialidades para lhe permitir dialogar com os técnicos e de alguma maneira acompanhar de forma macro e gerir o desenrolar de todos os serviços. Terá ainda de procurar as soluções que lhe permitam implementar processos de controlo, medir variáveis e criar indicadores de performance para monitorar níveis de serviço e deverá ter a capacidade de construir um “pitch” vencedor quando apresenta um projecto de investimento à administração. As tecnologias têm também, um papel integrante na gestão de ativos imobiliários e mais concretamente na gestão de Centros Comerciais. A transformação digital é uma vantagem competitiva e estratégica e,


também, incontornável. Não se trata de actualizar a tecnologia, mas de renovar a visão do seu negócio em particular. No entanto, este objectivo está longe de ser fácil de se atingir, quer por razões culturais e organizacionais, de aversão à mudança, quer por dificuldades em reunir as competências tecnológicas, e a falta de sentido estratégico.

A estas tendências, incluem-se as alterações demográficas, como o envelhecimento das populações e o aumento das áreas de urbanização, o que significa que cada vez mais pessoas vivem em espaços mais pequenos e surge uma maior necessidade de existência de espaços públicos para a socialização e para a congregação.

Os centros comerciais, embora não oficialmente, são muitas vezes o coração e a alma das comunidades, a base da economia de retalho e um santuário da actividade social dos adolescentes, por todo o mundo.

Apesar da sua omnipresença, os Centros Comerciais, tal como foram concebidos durante os últimos anos, encontram-se num ponto de inflexão crítico. Uma tempestade de tendências globais está a surgir ao mesmo tempo e a fazer com que os Centros Comerciais mudem o papel que desempenham na vida das pessoas. Já não servem apenas para fazer compras. Agora, quando os consumidores visitam os Centros Comerciais estão à procura de experiências que vão muito para além das compras tradicionais.

Os centros comerciais, embora não oficialmente, são muitas vezes o coração e a alma das comunidades, a base da economia de retalho e um santuário da actividade social

A forte associação entre consumo e prazer tem levado à necessidade de experiências de compras mais atrativas. A revolução do comércio electrónico e o desenvolvimento das tecnologias digitais estão a remodelar as expectativas dos consumidores e a deslocar a função das lojas para experiências úteis e divertidas

para os clientes. Os centros comerciais nunca poderão competir com a interminável selecção de produtos e comparação de preços sempre disponíveis na internet, nem devem entrar nesta guerra. Em vez disso, os Centros Comerciais precisam de se mover numa direcção diferente, longe de experiências de compras cómodas e em direcção a uma proposta integrada de valor para os consumidores. Hoje, a gestão de topo dos Centros Comerciais está sensibilizada para estes novos paradigmas, não descurando o controlo de custos de ocupação e a eficiência do uso dos espaços, factores que têm contribuído para reconhecer o valor que o FM pode acrescentar às Organizações na racionalização dos custos de exploração das Instalações. A necessidade de eficiência na exploração dos edifícios motiva quem investe na racionalização de espaço, otimização da manutenção/disponibilidade das instalações e na redução de custos de exploração, dispondo de uma enorme vantagem competitiva no mercado. A rentabilidade do activo pode ser maior em função do aumento da renda, em momentos de crescimento económico, ou através do controlo dos custos, em tempos de excesso de oferta. HOPPING 21


Opinião

hoje é possível comunicar com os edifícios em tempo real, retirar de vários sistemas e sensores imensos dados que, quando bem tratados, permitem informar tanto os gestores dos edifícios como os seus utilizadores

Conectividade, dados e inteligência são três palavras que estão a transformar os modelos da Gestão das Instalações. Nesta convergência do mundo físico para o mundo digital, a agilidade, rapidez, e controlo de parâmetros como tempo, quantidades ou custos são o meio para garantir a eficiência dos processos e a satisfação dos clientes. Importa referir que hoje é possível comunicar com os edifícios em tempo real, retirar de vários sistemas e sensores imensos dados que, quando bem tratados, permitem informar tanto os gestores dos edifícios como os seus utilizadores, dando aos primeiros a capacidade de tomar decisões mais fundamentadas em prol do conforto e satisfação dos últimos e, ao mesmo tempo, identificar gastos e ineficiências que apenas implicam desperdício de recursos. A multiplicidade de funções garantidas com processos de FM, onde se incluem os IoT, permitem que se possa monitorar e assegurar a manutenção dos equipamentos instalados nos edifícios, detetar fugas ou avarias eminentes, e alertar os clientes para se antecipar os problemas. Dar resposta a tudo isto está a obrigar as empresas a passarem de uma oferta com base em produtos 22

HOPPING

para uma oferta com base em serviços, através da criação de plataformas informáticas de gestão e controlo. Na procura de uma maior fiabilidade e disponibilidade dos equipamentos, a filosofia de manutenção correctiva deixou de ser suficiente. A manutenção evoluiu do conceito de simples reparação, onde só se intervinha para remediar a avaria, para outro, mais recente, em que as intervenções passaram a ser planeadas com a finalidade de evitar a avaria, e não de a reparar manutenção preventiva. Para tal, é fundamental garantir a disponibilidade dos equipamentos e instalações com fiabilidade, segurança e qualidade, a custos racionalizados. Daí, a inevitável tendência da informatização dos processos que, além de proporcionar uma natural dinamização das rotinas, tanto dos operadores como dos gestores de manutenção, automatizando programações e facilitando a acessibilidade aos dados em geral, um CMMS (Computerized Maintenance Management System) tem um papel importantíssimo para a gestão moderna, que é o de colaborar para uma maior previsibilidade das actividades. Este contributo para questões como a gestão racional de materiais, recursos, serviços e custos, proporciona um aumento da fiabilidade e disponibilidade dos equipamentos. É hoje indiscutível que, para que a manutenção contribua efectivamente para o sucesso das organizações, e para que a própria organização procure essa realização, a sua gestão deve ser encarada como uma componente estratégica do sistema empresarial, deixando de ser vista como uma área geradora de custos e evoluindo para uma área de suporte que acrescenta valor ao negócio. Adicionalmente, para as organizações que querem gerir os seus negócios numa visão holística e estratégica, é evidente a necessidade da implementação de um Sistema de Gestão da Manutenção, suportado em metodologias e plataformas de FM.

À medida que estas tendências avançam em todo o cenário global, o conceito de gestão de operações nos Centros Comerciais tem vindo também, a ser repensado. Os centros comerciais inovadores estão a incorporar elementos de valor integrado (de lazer e entretenimento que não poderão ser satisfeitos online) com vista à reformulação dos Centros Comerciais como centros das cidades, incluindo a realização de concertos musicais, exposições de arte, spas, clubes de fitness e mostras de mercados tradicionais, de agricultura e outros, obrigando a promover uma adaptação das infraestruturas e dos serviços de suporte às mesmas. O FM é, assim, uma “filosofia holística de gestão”, que integra os espaços, as pessoas e os processos, cada vez mais apoiado na tecnologia e que deve estar presente de forma transversal em todas as etapas de gestão do ciclo de vida activo, desde a concepção do projecto, passando pela exploração no tempo de vida útil, até


Identificar e monitorar os KPI’s certos terá sem dúvida uma influência positiva na identificação de ineficiências e de oportunidades de melhoria, tanto em serviços efetuados pela própria organização como por aqueles subcontratados a prestadores externos. Permite ainda que se faça Benchmarking, ou seja, se comparem diferentes instalações e prestadores de serviços, ou diferentes Organizações também, e se consiga assim, homogeneizando as respetivas diferenças, identificar piores e melhores performances. Sem estes indicadores não conseguimos compreender o impacto de passarmos a ter uma equipa especializada em FM, ou a vantagem de contratar em outsourcing, ou de a ter in-house.

A manutenção evoluiu do conceito de simples reparação para intervenção planeada

ao seu desmantelamento final, isto é, “cradle to cradle”. O mercado do FM em Portugal está a desenvolver-se de um paradigma de fornecimento de serviços à peça e com contratos indexados a para uma perspetiva de criação de valor, onde o prestador de serviços e o cliente, em parceria, procuram desenvolver formas

compete aos Facility Managers determinarem quais os indicadores-chave que, entre outras características, devem ser facilmente medidos, atualizados e estarem alinhados com a estratégia e objetivos da organização

de melhorar as condições dentro dos seus espaços e ambientes de negócio, ao mesmo tempo que gerem melhor e com menos recursos. Os edifícios não vivem por si só e o FM facilita a relação entre estes e os seus ocupantes, de modo a criar espaços mais adequados e, no final, promotores da produtividade e do negócio. Para que o faça da forma mais eficiente e eficaz, é fundamental que os serviços disponibilizados aos ocupantes sejam organizados por processos, passíveis de ser monitorizados através de critérios e procedimentos, de modo a serem confrontados com os níveis de serviço acordados – SLA’s. Uma vez que nem tudo o que é mensurável vale a pena ser medido, numa análise custo-benefício, compete aos Facility Managers determinarem quais os indicadores-chave que, entre outras características, devem ser facilmente medidos, atualizados e estarem alinhados com a estratégia e objetivos da organização.

De facto, o reconhecimento de que o FM tem grande impacto nos custos, poupanças e benefícios, tem suscitado muito maior atenção em relação ao campo de ação do FM, quer nas organizações ocupantes dos edifícios, quer no mercado em geral. Como FMer de um centro comercial, é necessário analisar uma grande quantidade de dados sob controlo, nomeadamente: Acesso rápido à informação e dados recolhidos, gerir e registar alterações, coordenar fornecedores, cumprir as directrizes de conformidade. O foco do FM nos Centros Comerciais, deverá ser a libertação dos gestores do centro para as funções de negócio, concentrando-se em maximizar as receitas dos lojistas e a rentabilidade do centro, passando pela criação de um modelo de FM para prestação de serviços aos lojistas, que possa contribuir para uma gestão de instalações mais homogénea, eficaz e económica. A inovação e boa gestão das instalações é crucial para fazer a diferença do ponto de vista do cliente, da rentabilidade do Centro Comercial, e da valorização do ativo imobiliário. n

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Notícias

O Freeport investiu 20 milhões de euros na reformulação do conceito. A intervenção abrangeu a expansão do mix comercial, um novo “cartão de visita” na entrada e uma abordagem diferenciada aos espaços comuns.

Freeport investe 20 milhões na optimização de conceito

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esde o final de Novembro que o Freeport Lisboa Fashion Outlet apresenta uma nova roupagem no conceito que apresenta aos visitantes. Trata-se de um investimento de 20 milhões de euros que levou à requalificação de vários espaços, à expansão da oferta comercial e à renovação do layout e modernização arquitectónica. O objectivo é reforçar o carisma do outlet enquanto destino de compras de referência. Após a intervenção, o número de lojas aumentou para 130, em função da optimização de algumas áreas e acima de tudo da ampliação realizada 24

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na zona Norte, a qual passou pela reconstrução dos edifícios. Segundo Nuno Oliveira, Director do Centro, estas mudanças pretendem posicionar o Freeport como «o melhor destino de compras de moda em Lisboa e uma das mais importantes referências de shopping em Portugal». No total, são mais 35 lojas, que geram uma expectativa de crescimento do volume de negócios na ordem dos 20 pontos percentuais, já em 2018. O Freeport regista a entrada em linha de diversas marcas internacionais na área da Moda, algumas em estreia, sendo igualmente de salientar o reforço da oferta nos segmentos Infantil e Casa.

Harmonização estética Uma das premissas inerentes a este investimento foi a reformulação do próprio conceito estético, elaborada a par com um conjunto de intervenções efectuadas no sentido de tornar as zonas comuns mais agradáveis e acolhedoras. A instalação de novo mobiliário urbano uniu-se à introdução de novos materiais como madeira, ferro e pedra, combinados com a ambiência típica proporcionada pelo recurso a azulejos e calçada portuguesa. A isto junta-se a definição de novas tonalidades de cor, exibindo uma paleta mais clara, leve e uniforme, que articula com uma dimensão paisagística que pretende realçar com positividade e experiência sensorial dos visitantes.


A oferta do Freeport contempla mais 35 lojas

A própria entrada do Freeport foi agora redesenhada, ganhando um perfil mais assertivo ao nível do impacto inicial e mais funcional nos serviços de apoio e informação ao cliente. O objectivo passou por fazer da zona um ponto de encontro no início ou final do dia de compras. Para o efeito, disponibiliza agora um jardim auxiliado por cafetaria e esplanada. Praças reinventadas A restauração foi outro dos aspectos em que o Freeport se concentrou neste rebranding, tendo sido intervencionada a Praça dos Sabores, a qual

Uma das premissas inerentes a este investimento foi a reformulação do próprio conceito estético

Investimento de 20 milhões de euros na reformulação do espaço e conceito

conta com sete restaurantes equipados com sala interior e esplanada com serviço. No mesmo sentido, foi criada a Praça do Elétrico, que remete, ao nível arquitectónico, para um típico jardim lisboeta, no qual não falta uma réplica do famoso 28, transformada para acolher uma cafetaria. Quanto à Praça central, a administração do Freeport destaca ter «reconquistado a sua vocação social, à qual foi acrescentada uma faceta lúdica que vai fascinar os mais pequenos». Estas alterações no design

e na oferta, refere a administração, permitirão criar 170 novos postos de trabalho, reafirmando a importância económica do equipamento para a região. O Freeport Lisboa Fashion Outlet integra o grupo VIA Outlets, que tem como principais investidores a UK REIT Hammerson plc e a APG, enquanto a gestão do empreendimento é partilhada entre a Meyer Bergman e a Value Retail. A proposta de valor mantém-se: descontos entre 30 a 70 por cento durante todo o ano. n HOPPING 25


Notícias

Resultados Sonae Sierra atingem 78 milhões

Nosso Shopping moderniza restauração e cria espaço infantil

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resultado líquido da Sonae Sierra nos primeiros nove meses do ano ascendeu a 77,8 milhões de euros, um decréscimo de 16% face a 2016 que a empresa explica com a diminuição do resultado indirecto, devido, concretamente, à redução dos ganhos com vendas. Já o resultado directo, subiu 12 pontos percentuais no mesmo período, atingindo 45,2 milhões de euros. Ao nível operacional, é de salientar o aumento de 7,8% nas vendas de lojistas. Neste particular, destaque para a s evoluções de 7 e 9 por cento sentidas respectivamente em Portugal e Espanha. Fernando Guedes de Oliveira, CEO da companhia, congratula-se com «a melhoria do resultado directo, que comprova o excelente desempenho dos centros comerciais» e com a «estratégia de crescimento sustentável e a contínua expansão da actividade de prestação de serviços». n

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Nosso Shopping, localizado em Vila Real, reformulou a zona de restauração, alteração que passou pela extensão física, com mais 200 lugares disponíveis, e também pela maior atractividade da oferta. Paralelamente, o centro comercial implementou uma nova zona de lazer para os visitantes, concretamente um

playground infantil que se destaca por incluir um escorrega gigante (6 metros) que fará as delícias dos mais pequenos. O objectivo destas alterações, segundo Maria do Carmo Frey Ramos, Directora do Nosso Shopping, foi diversificar a experiência do shopping, direccionando-o para as famílias. n

Forum Castelo Branco celebra 10 anos de actividade

Oeiras Parque inicia obras de requalificação

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té final de 2018, o Oeiras Parque deverá ter concluídas as obras de requalificação que irão dotar o equipamento de mais-valias para visitantes e lojistas. O centro comercial passará a ter três pisos, novos espaços comerciais e cinemas, assim como uma área de restauração totalmente remodelada. A primeira fase da intervenção tem conclusão prevista para o Verão do próximo ano e incide precisamente sobre cinemas e restauração, dois dos principais elementos promotores de tráfego. Através deste projecto, o Oeiras Parque aumenta também a área de ABL, o que vai permitir mais oferta no mix comercial, estando neste momento em plena fase de negociação a entrada “em linha” de novos players. n 26

HOPPING

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Forum Castelo Branco celebrou uma década no passado dia 31 de Outubro. O equipamento, gerido pela Cushman & Wakefield, orgulha-se de apresentar uma taxa de ocupação de 98% e uma evolução de 7,1% nas vendas e de 2,9% em número de visitantes no primeiro semestre de 2017. Com uma ABL de 18.300 m2 e 74 lojas no mix comercial, o centro inclui âncoras como a H&M, Zara, C&A, Sport

Zone e um hipermercado Pingo Doce. Dispõe ainda de praça de restauração com 15 unidades em funcionamento e 400 lugares sentados, parque de estacionamento para 1000 viaturas e um posto de combustível. Segundo Nuno Costa, Director do Shopping, as festividades desta data redonda focaram-se em celebrar a cidade e região de Castelo Branco, reforçando a relação identitária com a população. n


Alma Shopping reformula conceito

Segunda edição Rising Store

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Alma Shopping, centro comercial localizado na cidade de Coimbra e gerido pela CBRE, reformulou diversas variantes do seu conceito, projecto através do qual procura responder «às tendências de consumo bem como às exigências e estilos de vida dos consumidores, dando corpo a um espaço que promete ser um local de convergência para toda a família e amigos». No processo, o foodcourt passa a contar com uma esplanada

aberta ao exterior e com melhorias significativas, nomeadamente a renovação das zonas comuns. As áreas de circulação foram revistas e a iluminação e climatização melhoradas, implementando medidas de eficiência energética que reduzem consumos. O espaço ganha em funcionalidade e modernidade, apresentando agora uma decoração sofisticada que beneficia igualmente de um maior aproveitamento da luz natural. n

Retail Mind celebra 5 anos de crescimento

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Retail Mind celebrou cinco anos de crescimento e em 2018 prevê abrir 35 lojas a nível Ibérico, bem como a abertura de novos mercados como América Latina e o mercado Escandinavo. Em comunicado a empresa diz que a sua estratégia passa por apoiar o desenvolvimento das empesas portuguesas no mercado português e internacional, bem como de várias insígnias internacionais que pretendem implementar-se nos vários mercados onde a Retail Mind está presente e colabora.

O ano foi marcado pelas participações em feiras e pelas aberturas que ocorreram em França, Alemanha, Espanha e Portugal, com especial destaque para a primeira loja Eureka Shoes que abriu no Centro Comercial Stadshart Amstelveen, em Amesterdão e outras insígnias que continuam a expandir em Espanha. A nível internacional a Retail Mind destaca a Açaí Concept que assume a expansão a nível Ibérico, com aberturas no Porto, Lisboa, Viseu, Coimbra, Madrid e Barcelona. n

oi lançada recentemente a segunda edição do concurso Rising Store, uma iniciativa da Sonae Sierra cujo objectivo consiste em dar oportunidade a empreendedores com ideias na área do retalho de desenvolverem o seu negócio em equipamentos geridos pela empresa. As candidaturas decorreram até 15 de Dezembro e os vencedores serão anunciados em Fevereiro de 2018. Serão seleccionados até oito projectos, que irão beneficiar da oferta de um espaço (loja ou quiosque) durante seis meses, sem custos mensais. A Sonae Sierra espera que, após a decisão, o tempo de implementação dos mesmos não ultrapasse os nove meses. Nesta edição serão valorizados conceitos que promovam mudanças comportamentais positivas e incentivem estilos de vida sustentáveis. n

Designer Outlet Algarve Director-geral

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ROS (Retail Outlet Shopping) nomeou Miguel Paraíso Guerreiro para a direcção do Designer Outlet Algarve, o primeiro projecto gerido pela operadora em Portugal. O responsável, natural da região, terá pela frente o desafio de consolidar um espaço integrado no complexo comercial do grupo Ikea, que para além do outlet agrega ainda uma unidade da famosa marca de mobiliário, assim como o centro comercial Mar Shopping. n HOPPING 27


Internacional

Inovação assume papel de destaque no calendário ICSC O ICSC lançou um novo evento. Trata-se do Retail Real Estate Innovation Forum, que deverá passar a fazer parte do calendário de acontecimentos do organismo. A estreia ocorreu em Berlim, em meados de Setembro, com o foco nos desafios que a indústria da promoção imobiliária enfrenta, face aos quais a inovação assume um papel decisivo.

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a mensagem de boas-vindas, Bill Kistler, vice-presidente executivo e director do EMEA ICSC, fez questão de sublinhar que «inovação não é só tecnologia», facto que justificou o espectro alargado de temáticas a que foi possível assistir no Fórum. O consumidor em 2020, a reinvenção do futuro, a relação entre o retalho e as cidades, as variáveis e as transformações da actividade, bem como a antecipação de tendências com vista ao sucesso foram alguns dos assuntos abordados durante o evento. Estiveram presentes profissionais desta indústria com responsabilidades nas diferentes vertentes do negócio, da gestão ao marketing, da investigação ao investimento. Sempre com a perspectiva da inovação como pano de fundo, os oradores expuseram a sua sensibilidade perante um «cenário de mudança disruptiva, no qual os desafios e as oportunidades para o retalho e promoção imobiliária nunca foram tão acentuados». 28

HOPPING

Este é um evento que junta especialistas com o objectivo de transmitir uma perspectiva visionária do sector, considerando que a capacidade de antecipação das tendências e as dinâmicas de criação e inovação serão elementos fundamentais para a sobrevivência de um ramo de actividade onde a conjugação dos diferentes canais de comunicação e venda implica imaginação e criatividade. Em resumo: capacidade de inovar. Portugal esteve representado no painel “Reinventing the Future», através de Carlos Jesus, Director de Activação e Inovação na Sonae Sierra, prova de que as premissas operacionais desenvolvidas

no País estão em linha com as melhores práticas europeias. n

Sempre com a perspectiva da inovação como pano de fundo, os oradores expuseram a sua sensibilidade perante um «cenário de mudança disruptiva»


Sonae Sierra conquista três distinções Solal Awards 2017 office para gestão das propostas das marcas por parte das equipas comerciais da Sonae Sierra, aumentando o grau de eficácia das mesmas. Segundo a empresa, em 2016 geriu quase 4000 propostas através deste sistema, fechando com sucesso 64% das mesmas, num valor na ordem dos três milhões de euros.

A edição 2017 dos ICSC Solal Awards, os quais distinguem as melhores práticas de marketing no âmbito da indústria da promoção imobiliária na Europa e África do Sul, atribuiu três galardões à Sonae Sierra. A companhia recebeu um prémio prata na categoria Business to Business com o projecto “Mall Activation Platform” e ainda duas distinções no âmbito do projecto “Consumer Knowledge Model” (um prémio Prata na categoria Emerging Technology e o prémio especial de Inovação).

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“Mall Activation Platform” tem por objectivo uma gestão mais eficiente e uma resposta mais rápida às propostas das marcas para integrarem os centros comerciais da Sonae Sierra. Esta plataforma informática, disponível em www. mallactivation.com, agrega informação sobre os equipamentos geridos pela companhia, nomeada-

mente sobre as opções de visibilidade para os negócios, como promoção (activação de marca e organização de eventos), venda (stands temporários e shop spots) publicidade (TV Indoor, Mupis, Park Advertising) ou flash stores (conceitos de pop-up, coop, lab e lounge stores).

Quanto ao programa “Consumer Knowledge Model”, trata-se de uma ferramenta de intelligence que recolhe informações e processa dados sobre os consumidores e os seus comportamentos nos canais digitais. O grande objectivo é facilitar a compreensão do universo online, permitindo lançar estratégias de relacionamento com o cliente final e, assim, gerar valor para os stakeholders, em particular para os lojistas e para os investidores dos activos imobiliários. Para Manuela Calhau, Directora de Marketing e Inovação da Sonae Sierra para a Europa e Novos Mercados, foi com «enorme satisfação» que a empresa recebeu estes prémios, os quais «atestam o reconhecimento do sector relativamente ao know-how da Sonae Sierra e à nossa capacidade de inovar em diferentes áreas». A responsável explicou que as distinções resultam da aposta na área digital desenvolvida nos últimos anos, o que posiciona a Sonae Sierra «de forma distintiva e à frente do sector, não apenas em Portugal, mas em toda a Europa». n

Em paralelo, a plataforma disponibiliza ainda uma ferramenta de back HOPPING 29


Westfield - World Trade Center - New York

Internacional

Unibail-Rodamco compra Westfield

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Unibail-Rodamco, o maior proprietário de centros comerciais da Europa, anunciou recentemente que se encontra em processo de aquisição da gigante australiana Westfield, sedeada em Sydney. O negócio avaliado em 21 mil milhões de euros, a concretizar-se, irá consubstanciar uma das maiores

ofertas internacionais sobre activos de retalho imobiliário, tornando-se também um dos maiores negócios de sempre da indústria dos Centros Comerciais.

PATRIZIA adquire Rockspring

Gigante britânico em criação

A PATRIZIA aumenta o valor dos ativos sob gestão para perto dos 40 mil milhões de euros. De igual modo, ao comprar a Rockspring, para além de incrementar a sua posição como um gestor de investimento imobiliário independente na Europa, proporciona-lhe um centro de gestão de fundos com sede em Londres. n

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Como se depreende, esta oferta criará um dos maiores grupo proprietários de Centros Comerciais, com cerca de

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oi anunciado que um dos maiores operadores britânicos do sector dos Centros Comerciais, a Hammerson, se prepara para adquirir parte do seu concorrente Intu Properties. Notícias recentes dão conta da Hammerson ter efectuado uma oferta recomendada de 3,86 mil milhões de euros, vislumbrando-se a criação de uma companhia cujo valor dos activos fica avaliado em 24 mil milhões de euros. Esta oferta pública de aquisição levada a cabo pelo proprietário do icónico centro Bullring - Birmingham, visa assimilar parte da Intu, proprietário de outro histórico, o Trafford Center – Manchester. Com esta operação a Hammerson controlará 55%, e a Intu 45% da nova companhia pan-europeia, a ser liderada pelo CEO da Hammerson David Atkins e presidido por David Tyler. John Strachan, CEO da Intu, disse: “A combinação da Intu e da Hammer-

Bullring - Birmigham

A

PATRIZIA Immobilien AG anunciou que adquiriu a Rockspring Property Investment Managers LLP. Esta transação, que dá continuidade à política do grupo, junta-se a outras recentes aquisições, nomeadamente da TRIUVA e da Sparinvest Property Investors (SPI), que tiveram lugar no quarto trimestre de 2017.

61,1 mil milhões de euros de valor bruto de activos no mercado global. O grupo terá interesses em 27 mercados, destacando-se os Estados Unidos, a Austrália, o Reino Unido e vários países da Europa Continental como a França, Holanda, Espanha, Alemanha, Polónia e Suécia, entre outros. n

son criará um grupo mais resiliente, diversificado e mais forte, que acreditamos beneficiar todos os nossos stakeholders. A Intu oferece destinos de alta qualidade no Reino Unido e em Espanha (Madrid Xanadú e Puerto Venecia) que, quando combinados com os ativos de alta qualidade da Hammerson no Reino Unido, França e Irlanda, irão apresentar uma proposta altamente atrativa em alguma das principais cidades da Europa.” n


mediapearl@mediapearl.pt Tel.: +351 214 037 656 / 218 680 277 Rua de Xabregas, 2, Piso 2, sala 2.06 • 1900-440 Lisboa HOPPING 31


INDICADORES

Índices APCC

Vendas a crescer

N

os primeiros nove meses do ano os Centros Comerciais associados da APCC registam um significativo incremento homólogo das Vendas, ao crescer acima dos 8%. O maior aumento ocorre no 2.º Trimestre para o qual contribuiu a inclusão do período da Páscoa no trimestre deste ano quando comparado com o período homólogo. O 3.º trimestre mantem uma boa performance com um crescimento de 9,8%. Também o Tráfego aumentou ao crescer 3,6% nos 2.º e 3º trimestres, abandonando assim o crescimento negativo observado nos últimos tempos. Acrescente-se que esta tendência de crescimento mais significativo das vendas / volume de negócios, se observa no comércio a retalho em geral, com o Índice do INE a crescer nos últimos 9 meses acima de 5%. n

Índice de Tráfego APCC BASE 2010=100 Variações Homólogas (%)

Índice de vendas APCC BASE 2010=100 Variações Homólogas (%)

2013/2012

2013/2012

1.º Trimestre

2.º Trimestre

3.º Trimestre

4.º Trimestre

1.º Trimestre

2.º Trimestre

0,1%

2,6%

3,2%

3,3%

-0,1%

0,9%

1,4%

3,2%

3.º Trimestre

2014/2013 4.º Trimestre

-0,5% -0,6% -0,5% -2,3% -0,6% -1,4% -1,0%

1.º Trimestre

2.º Trimestre

2,0%

4,6%

0,2%

2.º Trimestre

3.º Trimestre

1,3%

3.º Trimestre

1.º Trimestre

2.º Trimestre

5,0%

3,3%

3.º Trimestre

-3.1%

3,6%

3,6%

0,2%

32

HOPPING

3,9%

4,1%

4,2% 4,1%

4,0% 1.º Trimestre

2.º Trimestre

3,1%

-0,6%

3.º Trimestre 4.º Trimestre

0,2%

1,2%

2,5% 1,4%

1,4%

2017/2016 2.º Trimestre

3.º Trimestre 4.º Trimestre

2016/2015 4.º Trimestre

-1,6% -2,2% -1,6% -0,2% -1,9% -1,1%

1.º Trimestre

3,3% 4,5%

4,0%

2016/2015 2.º Trimestre

5,9%

2015/2014 4.º Trimestre

-1,9% 0,6% 0,3% -0,8% 0,5% -0,2%

1.º Trimestre

3.º Trimestre 4.º Trimestre

3,4%

2015/2014 1.º Trimestre

4,0% 3,2%

1,9%

2014/2013 2.º Trimestre

2,1%

0,4%

2,3% 1.º Trimestre

3.º Trimestre 4.º Trimestre

2016/2015 4.º Trimestre

1.º Trimestre

2.º Trimestre

2,6%

14,1% 8,4%

3.º Trimestre 4.º Trimestre

9,8%


Índice de Tráfego BASE 2010=100 Jan

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Jan2010 a Set 2017 Set

Out

Nov

Dez

130,0 125,0

2010

120,0

2015 2016

115,0 110,0 105,0 100,0 95,0

2017

90,0 85,0 80,0 75,0

2.º Trimestre

1.º Trimestre

3.º Trimestre

Índice de Vendas BASE 2010=100 Jan

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

4.º Trimestre

Jan2010 a Set 2017 Out Set Nov

Dez

180,0

2010

170,0

2015

160,0

2016

150,0 140,0 130,0 120,0 110,0

2017

100,0 100,0 90,0 80,0 70,0 60,0

1.º Trimestre

2.º Trimestre

3.º Trimestre

4.º Trimestre

*As variações dos indicadores (Índices por m2/ABL), estão sujeitas ao efeito de alterações ABL face a períodos homólogos

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A FECHAR

Retalho emprega 27 milhões O ICSC (International Council of Shopping Centers) deu a conhecer o seu relatório sobre o impacto socio-económico do sector do retalho a nível europeu, um documento bienal cuja última versão foi apresentada durante o MAPIC. O organismo conclui que o sector suporta mais de 27 milhões de empregos, gera receitas anuais superiores a 2,7 mil milhões de euros e paga impostos na ordem dos 1,7 mil milhões de euros.

A

indústria da promoção imobiliária é responsável por um em cada oito empregos na Europa, conclui o ICSC ao avaliar o impacto social e económico do sector. De acordo com o relatório, esta área de actividade emprega 27 milhões de pessoas, ou seja, 12,4% do emprego na União Europeia. A contratação é bastante equiparada por género (49% mulheres) e relevante para as classes mais jovens: o ICSC calcula que 20% dos empregos de jovens entre os 15 e os 24 anos estejam no ramo. O documento assinala ainda que o valor de impostos pagos em 2016 atingiu 1,7 mil milhões de euros, sendo que 27 por cento deste valor é proveniente de centros comerciais. No total, o sector terá gerado, novamente com dados relativos ao exercício de 2016, receitas na ordem dos 2,7 mil milhões de euros. Estes números levaram Tom McGee, Presidente e CEO do ICSC, a comentar que o sector do retalho «continuará a constituir um pilar essencial do crescimento social e económico, 34

HOPPING

beneficiando a vitalidade das comunidades». O responsável dá particular atenção ao segmento populacional descrito como “Millennials”, que na sua opinião se tornará «o maior grupo demográfico na Europa em 2025, que avança para a fase da vida em que há mais consumo». Serão, por isso, «fulcrais na definição da procura». O relatório afirma também que 94 por cento das vendas no sector foram

obtidas em lojas físicas, uma mensagem que os operadores têm sublinhado com insistência e que reforça a ideia de um forte contributo social e económico nas actuais sociedades do velho Continente. Segundo o ICSC, a promessa é a de que o sector continuará a trabalhar no sentido da reformulação e modernização dos seus activos, assim como na diversificação dos mixs comerciais e da oferta de lazer e cultura. n



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