Revista Shopping 99

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Ano: XXVII - 2018 | JUL - SET

Centros

Comerciais

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Dubai à prova de eCommerce ICSC

European Shopping Centers Awards 2018 Tendências

Retalho orientado para tráfego

opinião

David Leech: Grand Central Birmingham

Paulo Alexandre Ferreira Secretário de Estado Adjunto e do Comércio «Tenho total confiança na capacidade de gestão dos Centros Comerciais»


Ana Cruz Shopping with my favourite nephew. Playmobil for him, Primark for me! #enjoy #shop Almada Forum, Lisbon, Portugal, September 2018

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editorial

António Sampaio de Mattos Presidente

editorial:

[os projectos de retalho imobiliário integrados nas estações ferroviárias e intermodais] tem contado, um pouco por toda a Europa, com a crescente atenção dos poderes públicos, que observam os projectos e a gestão do retalho imobiliário como uma importante mais-valia para a reformulação destes espaços de elevado tráfego

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estaco nesta edição 99 da SHOPPING a entrevista ao Senhor Secretário de Estado Adjunto e do Comércio, Dr. Paulo Alexandre Ferreira, sublinhando o entendimento que tem da real importância desta indústria no panorama económico nacional, e reconhecendo, de igual forma, a excelência da gestão portuguesa e dos operadores nacionais de Centros Comerciais. Nesta edição, focamos também o regresso aos projectos de retalho imobiliário integrados nas estações ferroviárias e intermodais. Esta realidade tem contado, um pouco por toda a Europa, com a crescente atenção dos poderes públicos, que observam os projectos e a gestão do retalho imobiliário como uma importante mais-valia para a reformulação destes espaços de elevado tráfego localizados no coração das cidades. Esta poderá ser uma interessante oportunidade de negócio dos operadores nacionais, tornando estes espaços em destinos agradáveis, modernos e luminosos, e não como meros locais de passagem. Uma última nota para a performance do sector, tendo os Índices de Tráfego e de Vendas registado no segundo trimestre de 2018 um crescimento, embora moderado, face a idêntico período do ano anterior. De realçar que as vendas vêm tendo crescimentos há 21 trimestres (desde o 2.º Trimestre de 2013), com excepção do 2.º Trimestre de 2016.

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Índice

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entrevista Paulo Alexandre Ferreira

TENDÊNCIAS Retalho orientado para tráfego

INTERNACIONAL OPINIÃO GRAND CENTRAL Prémios ICSC destacam BIRMINGHAM projecto da A Haskoll foi o Sonae Sierra principal atelier

do Comércio

As estações ferroviárias estão a mudar. Mais do que meros locais de passagem, sujos e sombrios, agora estão a tornar-se verdadeiros destinos.

de arquitectura e design de interiores da Grand Central em Birmingham. O objectivo foi o de criar uma nova visão para o retalho, transformando o uma estação com centro comercial muito desactualizado, o Pallasades Shopping Centre.

REPORTAGEM Tarkett apresenta quatro novas Secretário de coleções em Estado Adjunto e evento

em capa

Paulo Alexandre Ferreira, Secretário de Estado Adjunto e do Comércio, mostra-se confiante na sustentabilidade do sector de Comércio e na capacidade de gestão do retalho imobiliário organizado.

HOPPING Ano: XXVII - 2018

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Foram muitos profissionais os que disseram “presente” no evento da Tarkett que teve por objectivo a apresentação de quatro novas coleções de pavimento vinílico heterogénicos, bem como o reforço da dinâmica e notoriedade da empresa junto dos clientes.

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OPINIÃO he-go retail David Leech: On-t

Propriedade Associação Portuguesa de Centros Comerciais Av. Eng.º Duarte Pacheco Amoreiras Torre 2 - Piso 9 - Sala 2 1070-102 Lisboa - Portugal Tel.: 21 319 31 88 - Fax: 21 354 34 01 E-mail: geral@apcc.pt

Direcção rro eira Feérci exandre doe Com António Sampaio de Mattos ulo Al Pa Estado Adjunto Secretário de e ad ança na capacidais» «Tenho total confi ntros Comerci de gestão dos Ce

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Direcção Executiva Pedro Teixeira

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Centros Comerciais em Revista

Bimestral • Ano XXVII - 2018 - Edição 99

Produção e Edição Mediapearl - Comunic. e Serv., Lda. Rua de Xabregas, 2, Piso 2, Sala 2.06 1900-440 Lisboa - Tel.: 21 602 47 13 mediapearl@mediapearl.pt Publicidade Lurdes Dias - Tel: 21 403 76 56 ldias@mediapearl.pt Elisabete Pais de Sousa Tel: 21 403 76 56 epaisdesousa@mediapearl.pt Ana Paula Campos - Tel: 21 868 02 77 apcampos@mediapearl.pt Estudo Gráfico Mediapearl Impressão RBM - Artes Gráficas Tiragem: 15 000 exemplares

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A última edição dos prestigiados ICSC European Shopping Centre Awards, que decorreu em Barcelona, distinguiu o Park Lake, projecto desenvolvido pela Sonae Sierra na Roménia, com uma menção honrosa na categoria de novos centros comerciais de grande dimensão.

Distribuição Gratuita Depósito Legal n.º 54-808/92 Registo na Entidade Reguladora para a Comunicação Social - ERC n.º 117131 Estatuto Editorial

A Revista “SHOPPING - Centros Comerciais em Revista”, é uma publicação Associativa, propriedade da Associação Portuguesa de Centros Comerciais - APCC, de divulgação de informação e de opinião sobre a indústria dos Centros Comerciais aos níveis nacional e internacional, que tem por objectivos a promoção e dignificação destes empreendimentos de comércio integrado designados de “Centros Comerciais”, bem como das entidades suas Proprietárias, Promotoras e Gestoras. A Revista “SHOPPING - Centros Comerciais em Revista” presta, para além da informação institucional relativa às actividades Associativas, informação sobre a actividade empresarial e operacional dos próprios Centros Comerciais em todas as suas vertentes, desde a promoção imobiliária, passando pela gestão de marketing e comercial, pela a gestão técnica de edifícios, segurança humana e electrónica, fiscalidade, arquitectura e projecto. Por outro lado, a publicação assume-se ainda

como o meio de divulgação privilegiado, de informações relevantes provenientes dos Associados, dirigidas ao mercado em geral. A Revista “SHOPPING - Centros Comerciais em Revista”, é impressa em papel e encontra-se disponível em formato digital, visando a divulgação, no estrito cumprimento dos Estatutos e do Regulamento Interno da APCC, dos conteúdos de cariz informativo e técnico deste sector de actividade económica e empresarial. A Revista “SHOPPING - Centros Comerciais em Revista”, é dirigida a todos os profissionais do sector, a prestadores de serviços e consultores, academias e entidades públicas e privadas, e aos consumidores em geral. Nota de Redacção: A redacção da “SHOPPING Centros Comerciais em Revista” segue as regras da anterior ortografia do Português Europeu.


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Entrevista

Paulo Alexandre Ferreira

Secretário de Estado Adjunto e do Comércio

Entrevista com:

«Tenho total confiança na capacidade de gestão dos Centros Comerciais»

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Paulo Alexandre Ferreira, Secretário de Estado Adjunto e do Comércio, mostra-se plenamente confiante na sustentabilidade do sector de Comércio e Serviços e na capacidade de gestão que está implantada no ramo específico dos Centros Comerciais. Perspectivando sempre o futuro no discurso e reconhecendo a crescente relevância do digital, sublinha que neste particular ainda há muito trabalho a fazer. Shopping - Como analisa o sector dos centros comerciais no contexto actual do País e do Comércio, tendo em consideração o contributo do mesmo para a criação de emprego e para o desenvolvimento regional? Paulo Ferreira - É um sector importante para a Economia, desde logo pela satisfação e apetência que os consumidores têm demonstrado por este sector, mas também pela capacidade de inovação permanente que permite fixar uma estratégia para o futuro, com recurso a uma gestão de elevado nível, dinâmica que tem sido acompanhada pela criação de emprego, quer em termos de trabalho diretos, quer indiretos, um pouco por todo o território nacional. Esse é um dos desafios da economia portuguesa e o sector tem conseguido rodear-se dessa capacidade e mostrado uma grande aptidão para a inovação. Esses são factores que justificam o bom desempenho que tem apresentado. Naturalmente, isto constitui uma base muito sólida para projectar o futuro, percebendo que o consumidor de hoje é diferente. Há várias tipologias e gerações de consumidores com necessidades específicas, a compra a retalho deixou de ser um acto por si só e passou a ser uma experiência e uma vivência social. Tudo isto lança um conjunto de desafios para os quais a Economia tem que estar atenta e o sector dos

Centros Comerciais tem de encontrar as suas próprias respostas. E acho que está preparado para o fazer. Shopping - O tráfego nos Centros Comerciais mantém-se estável mas as vendas têm subido. Espera que esta dinâmica se mantenha? P.F. - Diria que sim. Os dados mais recentes mostram que o sector tem sabido aproveitar o momento. O consumo privado tem vindo a recuperar, fruto também das políticas de reposição de rendimentos que a Economia acompanhou. Gostaria de salientar que esta é uma recuperação sustentável, que acontece por via do bom desempenho das exportações e do investimento empresarial. Isso permite projectar com mais confiança o futuro. Nota-se nos indicadores de confiança do consumidor, que estão em máximos históricos, e nos indicadores do próprio sector de Comércio e Serviços. Podemos pensar numa evolução sustentável. Shopping - Uma lógica para manter, uma vez que parece beneficiar todos… P.F. - Sim, o crescimento económico tem por objectivo beneficiar toda a sociedade. É um propósito das políticas definidas não só pelo Ministério da Economia mas pelo Governo como um todo.


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Entrevista

É muito importante que as empresas percebam como podem potenciar os seus modelos de negócio através da economia digital

Shopping - Bons desempenhos atraem o interesse dos investidores. Este ano será batido o recorde de investimento em Centros Comerciais. Como analisa estas movimentações, tendo em linha de conta a existência de estratégias muito diferenciadas por parte dos operadores? P.F. - A motivação que leva à decisão de compra e venda destes activos imobiliários depende da estratégia de cada um. O que gostaria de realçar é que os activos estão a gerar um bom retorno, conseguindo manter o seu valor até hoje, mesmo após o período de crise, o que demonstrou uma assinalável resiliência. Sobretudo, isso dá indicações de confiança para o futuro, pois quem compra estes activos, acredita que irão trazer valorização. Em última instância, gera confiança para a Economia portuguesa. Shopping - Há uma tendência europeia para recuperação da dinâmica comercial nos centros das cidades, zonas históricas e localizações ”prime”. Qual a sensibilidade do poder político para haver uma articulação com os promotores imobiliários no sentido de se estabelecerem parcerias para regeneração e modernização de zonas das cidades? Há abertura política? P.F. - Do lado político, a coordenação 8

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tem um papel fundamental, pois nunca é demais lembrar que o tecido empresarial é maioritariamente constituído por PME’s. Se cada um, individualmente, for delinear estratégias próprias, o grau de concretização das mesmas será mais reduzido. Portanto, a coordenação entre os agentes económicos é algo que o Ministério procura sempre. E isto também se aplica ao caso da malha urbana e de alguma capacidade de mobilização por parte dos Centros Comerciais que venha a ter efeitos positivos na cidade, por via da capacidade de gestão dos operadores. Shopping - Os diferentes conceitos podem conviver? P.F. - O comércio local de proximidade está a recuperar. Há uma geração de consumidores que valoriza mais as experiências e uma nova vivência que pode também ser aproveitada pelos Centros Comerciais. E há potencial para parcerias. Do lado do Ministério temos vindo a desenvolver o projecto “Lojas com História”, com o objectivo de preservar espaços comerciais que têm identidade própria, valorizam as cidades e atraem novos públicos que também vão beneficiar os Centros Comerciais. Há muito campo para trabalhar e há espaço para

todos. Todos os formatos são complementares, e não antagónicos. Shopping - Incluindo para o comércio electrónico. Como observa este fenómeno, cujos níveis de crescimento estão cada vez mais robustos? P.F. - É algo que está a avançar do lado dos consumidores. Há, de facto, um crescimento bastante acentuado das pessoas que fazem compras online. Em 2007, estávamos a falar dos 13% e em 2017 já andaremos nos 36%. E projecta-se que venha a aumentar, pois estamos um pouco abaixo da média europeia. Do lado das empresas, é algo que tem potencial mas há ainda um caminho a trilhar. Mais de metade das compras online feitas pelos portugueses são realizadas fora de Portugal. Há um potencial de aproveitamento que não está a ser plenamente concretizado, muito pelo facto das pequenas empresas que constituem a maior parte do nosso tecido empresarial, ainda não terem essa presença online. E mesmo as grandes empresas ainda têm trabalho a fazer. Em termos de política pública temos vindo a incentivar o surgimento destas soluções e a integração das mesmas na estratégia de desenvolvimento. Um exemplo é a parceria recente entre a


Confederação de Comércio e Serviços de Portugal e a ACEPI que visa, no espaço de dois anos, formar cerca de 50 mil empresas de comércio e serviços em competências básicas digitais. É um número muito substantivo face à dimensão do sector. Shopping - De qualquer modo, é preciso haver um equilíbrio fiscal entre o comércio físico e digital. Como analisa esta problemática, que não é apenas portuguesa mas sim europeia e global? P.F. - Esse desafio existe e tem-se vindo a encontrar soluções. Ainda em Dezembro passado, o Conselho da União Europeia, no seu ramo ECOFIN, tomou algumas decisões que visam precisamente reduzir essa diferença e tornar mais leal a concorrência, trazendo para dentro da União as plataformas electrónicas e os marketplaces que não estavam a cobrar o IVA que é cobrado nos Estados-membros. As autoridades estão a olhar para a questão, a qual tem uma dimensão fiscal mas tem também uma dimensão de concorrência. Estamos a fazer esse caminho. Shopping - Outra das medidas é o livro de Reclamações Electrónico. Que balanço faz? P.F. - Sim, é mais um exemplo das potencialidades da economia digital, neste caso colocado ao serviço dos consumidores e que responde às novas gerações que funcionam muito mais no âmbito digital. Mas também é algo importante para as empresas, pois permite-lhes conhecerem mais rapidamente os consumidores e a interacção que fazem nos actos de consumo. Tem sido um sucesso. A primeira fase começou em Julho de 2017 com os serviços públicos essenciais e que por regra geram mais reclamações. Os números demonstram que houve uma forte adesão, pois estamos a falar de mais de 50 mil reclamações. Após avaliação deste primeiro ano, está em curso a sua expansão aos restantes sectores de actividade. Naturalmente, coloca desafios mais substantivos e por isso vamos fazê-lo de forma gradual, a começar pelos setores fiscalizados pela ASAE, designadamente a área grande

distribuição. O Livro de Reclamações Electrónico deve ser visto por parte das empresas como uma forma de conhecer melhor os consumidores e de poderem melhorar os níveis de serviço. Shopping - Ainda no âmbito da economia digital, nomeadamente em relação à criação de competências digitais, que objectivos já foram alcançados? P.F. - Além da iniciativa que já referi, que visa trazer cerca de 50 mil empresas de comércio e serviços para a economia digital, há um conjunto de outras iniciativas que estão a mobilizar a sociedade, como é o caso da Iniciativa Nacional em Competências Digitais 2030 – Portugal INCoDe.2030, ou das medidas incluídas na Iniciativa Indústria 4.0, integrada na Estratégia Nacional para a Digitalização da Economia. O esforço de digitalização está a ser desenvolvido e deve ser transversal a todos os sectores, incluindo o Comércio e Serviços. É necessário as empresas terem conhecimento destas iniciativas e nesse particular apelo às entidades associativas precisamente para fazerem essa divulgação junto dos sectores que representam. É muito importante que as empresas percebam como podem potenciar os seus modelos de negócio através da economia digital. Shopping - O desenvolvimento do sector de comércio e serviços tem sido muito impulsionado pela área de restauração. O que se pode fazer para haver uma maior diversificação? P.F. - Não tenho essa perspectiva. O sector da restauração tem de facto dado um contributo bastante acentuado. Isso tem muito a ver com o factor experiências, onde a área gastronómica é muito importante e onde Portugal tem uma oferta muito diversificada e de grande qualidade. Mas vejo um crescimento equilibrado entre os vários tipos de atividades de comércio e de serviços dirigidas ao consumidor. E sobretudo vejo bastante diferenciação nos conceitos, face aos tradicionais produtos massificados. E isso é, aliás, algo que os Centros Comerciais podem disponibilizar, havendo espaço para o surgimento de novos produtos, novos conceitos…

Shopping - É o caso das pop-up stores, por exemplo… P.F. - Exactamente. São um bom exemplo que pode começar a trazer nichos para dentro dos Centros Comerciais, novamente tendo em perspectiva o futuro. A diferenciação será fundamental. Os números do INE mostram que o crescimento é um fenómeno transversal a todo o sector de comércio a retalho. Shopping - Para finalizar, e já que fala de diferenciação e de uma evolução global, como vê o sector nos próximos anos? P.F. - É preciso estar atento aos vários tipos de consumidores. O mundo hoje é muito conduzido pelo digital e pela inovação que gera. Isso faz com que seja necessário estar atento às dinâmicas de comportamento das várias gerações. É também preciso perceber que a esperança de vida é maior, o que pode implicar algumas reformulações nos espaços comerciais. Do ponto de vista das experiências, a parte de lazer tem de ser mais pronunciada e diversificada e a interacção com o digital deve ser reforçada. Ao nível dos valores, é fundamental estar atento às questões de sustentabilidade, até porque estamos a atravessar um momento em que a escassez de recursos e os problemas ambientais impõem uma mudança de paradigma no sentido da transição de uma economia linear para uma economia circular e em que os produtos e serviços que contribuem para essa circularidade são, cada vez mais, valorizados pelas novas gerações. As questões de acessibilidade são também muito importantes, respondendo a novas necessidades e a novos conceitos de mobilidade. E, naturalmente, aos desafios do digital, que podem implicar uma revisão dos modelos de negócio. Os Centros Comerciais em Portugal têm capacidade de gestão reconhecida internacionalmente para gerir todas estas dinâmicas. Tenho total confiança na capacidade de gestão que está à frente destes activos para fazer face aos desafios do futuro. E isso é também um factor de competitividade internacional que os Centros Comerciais trazem para o país. n HOPPING 9


Notícias

APCC representa Portugal no Congresso de Centros Comerciais em Espanha A Associação Portuguesa de Centros Comerciais irá representar Portugal enquanto país convidado, no próximo Congresso Espanhol de Centros e Parques Comerciais, evento previsto para a cidade de Granada, entre 3 e 5 de Outubro. Trata-se da XVI edição do mais importante evento dedicado ao sector de centros comerciais no país vizinho. O programa inclui a análise de contexto sobre o sector e as perspectivas de futuro, assentando sobre quatro eixos fundamentais que serão alvo de conferências específicas: espaços, pessoas, e-commerce e big data

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m 2018 o Congresso decorre com o tema base “Centros Comerciais 4.0”, perspectivando as alterações no comportamento de compra e a compreensão deste processo como o grande desafio que se coloca a esta indústria. Em paralelo, decorrem tam-

bém os “Prémio AECC 2018”, que irão galardoar os melhores projectos desenvolvidos nos últimos dois anos, nas seguintes categorias: estabelecimentos comerciais, operações de marketing, acção social e sustentabilidade. Será ainda eleita a melhor tese de doutoramento relacionada com este sector, com

o objectivo de impulsionar os estudos universitários dedicados a centros comerciais em Espanha. O facto de Portugal ser o convidado de honra, explica a organização, deve-se às ligações históricas, culturais e fronteiriças que sempre uniram os dois países, pretendendo-se consolidar laços entre ambos os mercados, partilhar experiências e facilitar o acesso dos operadores numa lógica ibérica. Os profissionais portugueses irão partilhar as suas análises do mercado de investimento em Portugal, bem como dar a sua visão do negócio. n

Blackstone vende Almada Fórum à Merlin Properties

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Centro Comercial Almada Forum acaba de ser adquirido pela Merlin Properties, por um valor de 406,7 milhões de euros. Com este negócio, a Blackstone fecha a alienação do denominado portefólio de Retalho Rio Tejo, que incluía, para além do Almada Forum, os shoppings Forum Montijo e Forum Sintra, assim como o Sintra Retail Park, negociados com a Ceetrus no início do ano por cerca de 500 milhões de euros. No total, o conjunto de activos abrange mais de 210 mil metros quadrados de ABL e 542 lojas de insígnias nacionais e internacionais. Os norte-americanos atingem, assim, um volume de transacções na ordem dos 900 milhões de euros, reflectindo a estratégia definida pela firma de private equity para o mercado português: «A venda do Almada Fórum é mais um exemplo de sucesso da nossa estratégia de compra e estabilização de activos e portefólios complexos. Através de uma 10

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gestão activa e do desenvolvimento de iniciativas de valor acrescentado, contribuímos para a melhoria do tenant mix e da experiência do consumidor nos activos», resume Elmar Schoonbrood, Director Executivo para a área imobiliária na Blackstone. A Operação foi conduzida pela JLL. Fernando Ferreira, Head of Capital Markets na JLL Portugal, sublinha que «o Almada Fórum é o que se chama no mercado de “activo troféu”, pois conjuga condições raras de loca-

lização, dimensão e performance». Isto mostra, ainda segundo a consultora, e nas palavras de Mike Bellhouse, Regional Director, EMEA Retail Capital Markets na JLL, que «apesar de todos os desafios no sector do retalho, os activos de grande qualidade, em localizações chave, que oferecem características robustas e resilientes continuam muito atractivos. Continuamos a assistir a uma procura de oportunidades de escala em novos mercados por parte de investidores experientes, tanto locais como internacionais». n


Immochan becomes Ceetrus

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Notícias

Amoreiras disponibiliza parque infantil didáctico

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esde o início de Junho que o Amoreiras Shopping Center disponibiliza para os mais pequenos um divertido e didáctico parque infantil: o Amoreiras Towers-Play In Art. Trata-se de uma iniciativa que pretende promover a

socialização entre os petizes e o desenvolvimento das suas aptidões mentais e físicas através das valências deste novo equipamento, pensado especificamente para o fortalecimento de estímulos cognitivos, sensoriais e

motores através de um conjunto de actividades diferenciadoras que aliam a brincadeira ao desenvolvimento saudável das crianças. n

Sonae recupera posição nos centros comerciais

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Sonae SGPS chegou a acordo para aquisição de 20% de participação do capital da Sonae Sierra ao Grosvener Group, por um valor de 255 milhões de euros. A empresa passa assim a deter 70% do valor accionista, o qual estava antes dividido em partes iguais entre ambos os operadores. O acordo não invalida a manutenção de uma parce-

ria estratégica entre os dois grupos, mas permite ao contingente liderado por Paulo Azevedo o reforço do perfil de liderança no sector da promoção imobiliária e solidificar a sua presença internacional. A Sonae Sierra apresenta um alargado portefólio de activos sob sua gestão, totalizando 46 Centros Comerciais na Europa e América do

Sul, os quais atingem 1,9 milhões de metros quadrados de ABL e um valor de mercado calculado em sete mil milhões de euros. A penetração geográfica estende-se a 12 países e os espaços agregam visitas anuais na ordem dos 438 milhões, assim como contratos com 9300 lojistas. A transacção será agora apreciada pelas autoridades de concorrência. n

Alameda Shop & Spot optimiza mix comercial

O Nosso Shopping integra JD Sports

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JD Sports, marca de calçado e roupa desportiva, é a mais recente a integrar o portefólio de lojas do Nosso Shopping, localizado em Vila Real. Trata-se de uma multinacional britânica que comercializa as marcas mais conhecidas do mercado, tanto na área de calçado como de acessórios e moda. Maria do Carmo Frey Ramos, Directora do Nosso Shopping, mostrou-se particularmente satisfeita por «acolher uma marca em elevada expansão e com cada vez mais procura em Portugal. Os visitantes do Nosso Shopping vão seguramente encontrar ainda mais opções, não só de calçado desportivo, mas aceder também a uma oferta maior na área da moda, com marcas e colecções totalmente exclusivas». n 12

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Centro Comercial Alameda Shop & Spot tem vindo a optimizar o leque de lojas disponíveis para os seus visitantes. Nesse âmbito, este Verão trouxe novidades de monta através da introdução de diversos conceitos mais contemporâneos e que proporcionem uma experiência de visita mais cosmopolita. Várias lojas apostaram em abordagens mais actuais, como por exemplo a Parfois, a MAX, a Intimissimi, a Tiffosi, a Multiopticas e Lion of Porches e a Opticalia. No capítulo da restauração há também novidades, com a inauguração de um McDonalds e a

renovação do espaço Pizza Hut. Filipa Pereira, Directora do Centro, promote ainda mais novidades para os próximos tempos: «Esta aposta em marcas mais trendy, com uma imagem forte, vão plenamente ao encontro da estratégia que está em curso para o Alameda Shop & Spot. Os clientes podem esperar, para muito breve, a abertura de uma nova e importante loja âncora, de moda, com dois pisos e dois mil m2, assim como novidades nos segmentos de acessórios, beleza, cultura ou decoração». n


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Notícias

Alma Shopping promove vida saudável

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Alma Shopping acolheu, de 20 a 22 de Julho, a Praça Vida+, um evento organizado no âmbito do projecto europeu “Healthy Lifestyle Innovation Quarters for Cities and Citizens”. O objectivo da iniciativa passou pela promoção de estilos de vida saudáveis, através de aconselhamento personalizado, da possibilidade de testar produtos inovadores de PME’s regionais e ainda receber de informação sobre programas relacionados com o envelhecimento activo e saudável por parte de profissionais ligados à saúde, ao bem-estar e ao desporto.n

Late Night Shopping de regresso ao Designer Outlet Algarve

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dia 26 de Julho ficou marcado pela realização da segunda edição do Late Night Shopping, evento com o qual o Designer Outlet Algarve celebrou o Verão ao disponibilizar, até à 01h00 da manhã, uma programação especial de música, animação e descontos. No que diz respeito a música e animação, destaque para a actuação dos artistas Mário Spencer e dos Twin Fin Band, assim como espectáculos de dança oriental, pirotecnia, cuspidores de fogo ou a actuação das campeãs nacionais de ginástica acrobática do Louletano. O Youtuber SirKazzio foi outros dos convidados para uma performance, disponibilizando-se depois para as “tradicionais” sessões de autógrafos para os fãs. Durante o resto da noite, a música e animação estiveram a cargo do DJ residente do PuroBeach Vilamoura. Os visitantes puderam ainda usufruir de uma campanha de 11.000 ofertas, as quais incluíam sessões desportivas, sessões de spa ou voos para destinos europeus, por exemplo. n 14

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O TorreShopping em modernização

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Centro Comercial localizado em Torres Novas pretende melhorar a experiência dos visitantes e para o efeito lançou uma série de intervenções com vista a modernizar e actualizar o espaço. Estão previstas obras na fachada, nas zonas exteriores, sendo igualmente redefinidas as áreas comuns, no interior do Centro como wc’s, esplanadas ou até a própria entrada do Centro. Os principais objectivos são a criação de espaços mais amplos, um melhor aproveitamento da luz natural, a melhoria da oferta comercial e maior fluidez na

circulação por parte dos visitantes. A zona de restauração será igualmente intervencionada e receber novas insígnias. As alterações serão implementadas com o Centro em funcionamento e têm finalização prevista para Março de 2019. n

Sonae Sierra premiada em eficiência energética

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or ocasião da 15ª edição dos International Business Awards, a Sonae Sierra foi distinguida com o prémio Silver Stevie na categoria “Inovação do Ano na Indústria da Energia” com o seu “Programa Bright - Melhorar a pegada de carbono no mercado imobiliário”. Trata-se de um software de optimização energética que faz a avaliação energética dos

complexos e define medidas de melhoria. Ao aplicar as mesmas, num investimento estimado em 1,8 milhões de euros, a companhia revelou ter reduzido consumos energéticos em 10%, gerando uma poupança de 2,3 milhões de euros e reduzindo a emissão dos gases do efeito de estufa em 44%. n

MarShopping Matosinhos prepara 10º aniversário

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10º aniversário do MarShopping Matosinhos vai ter como estilo musical o Fado, através da presença de Ana Moura num concerto gratuito que terá lugar no dia 19 de Outubro, pelas 21.30 horas. O programa de festas não se esgota aqui, pois a partir do dia 15 de Setembro o Centro Comercial, no âmbito da celebração desta simbólica data, irá apresentar aos visitantes concertos nos mais variados estilos musicais e outras actividades como mini-shows infantis e iniciativas de fashion & healthy lifestyle que contam com a presença de diversas figuras públicas. n


Immochan muda de nome e assume visão para 2030 o futuro da empresa em benefício dos territórios». Com o rebranding a Immochan passa a constar como Ceetrus no universo de associados da APCC. Também um dos maiores negócios do sector em 2018, que teve a ver com a aquisição dos Forum Sintra, Forum Montijo e Sintra Retail Park pela Ceetrus, levaram a à reintegração do Sintra Retail Park como associado da APCC e à alteração de proprietário dos Forum Sintra e Forum Montijo.

Desde 5 de Junho que a Immochan passou a Ceetrus, materializando a sua evolução enquanto operador na área imobiliária e assumindo um perfil diversificado que passa por actuar simultaneamente nos campos do investimento, promoção e gestão de activos.

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companhia realizou um evento, que envolveu um helicóptero e jogos, para desvendar o novo nome e toda a estratégia e visão para 2030. Com um total de 393 centros comerciais em todo o mundo a agora Ceetrus definiu como elemento estratégico o objectivo de ser um “Global Urban Player”, focando-se na inovação e na capacidade de responder da melhor forma às necessidades das populações e dos territórios. Esta nova personalidade está expressa na sua Visão 2030, cujas linhas orientadoras passam por «criar espaços de vida que tanto integram retalho, como

habitação, escritórios ou infra-estruturas urbanas. Através destes locais sustentáveis, inteligentes e dinâmicos, ambiciona criar ou desenvolver as relações sociais que irão dar vida à cidade do futuro», explicou a Ceetrus em comunicado. Benoît Lheureux, CEO da empresa mostra-se orgulhoso com a nova marca «porque nos define na perfeição e porque reflecte a nossa ambição. Mas sobretudo porque foi co-criada com os nossos colaboradores. É o reflexo da sua vontade e energia. Isto demonstra mais uma vez a nossa coesão e a nossa capacidade de construir em conjunto

Nomeações para Solal Marketing Awards Com vários projectos em carteira a nível internacional, a Ceetrus tem-se vindo a destacar enquanto operador de nível global. Mas a sua actividade em Portugal está igualmente a ser reconhecida, concretamente através das nomeações para finalista dos Solal Marketing Awards 2018, nas categorias “Customer Services” e “Emerging Technology”, com os projectos Alegro Dog Friendly e Kiosks Digitais de encomenda de refeições. «Estas duas nomeações comprovam, mais uma vez, que estamos no caminho certo para que os nossos centros respondam ao que definimos na nossa Visão, criando locais inteligentes, sustentáveis e dinâmicos. O futuro passa por associar os nossos espaços às novas tendências de comportamentos de consumo. Queremos inovar, reinventar e desafiar padrões, gerando novas experiências. Trabalhamos diariamente para desenvolver projectos que respondam à evolução dos territórios onde nos inserimos, criando espaços de vivências urbanas multifuncionais», sublinha Filomena Conceição, Directora de Marketing da Ceetrus. n

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Notícias

Rising Stores revela vencedores Já são conhecidos os vencedores da segunda edição do concurso Rising Store, uma iniciativa que desafia empreendedores a desenvolverem projectos de negócio na área do retalho. Os eleitos irão testar os seus conceitos durante seis meses e sem custos, através de uma loja ou quiosque. A experiência poderá ser prolongada por igual período em condições especiais, revelou ainda a Sonae Sierra, promotora do concurso.

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s projetos Du Monde Chocolat, The Bam&Boo Toothbrush, (think) out Portugal, IB - Inês Bernardo, Oiôba e Ecowheels foram seleccionados devido ao carácter inovador e originalidade da ideia, à sua relevância estratégica e aplicabilidade do conceito, assim como o potencial de negócio. Para Cristina Santos, Directora da Sonae Sierra de Gestão de Centros Comerciais em Portugal e Espanha, «os conceitos que venceram irão e acrescentar valor aos centros comerciais que gerimos. Queremos ter um papel activo na colaboração com lojistas para tornar os seus negócios mais resilientes, permitindo que empreendedores individuais, pequenas empresas, startups ou projectos de retalho de âmbito local se desenvolvam em circunstâncias exclusivas». A Rising Store é uma plataforma de apoio ao empreendedorismo e surge no âmbito da estratégia de sustentabilidade da Sonae Sierra, centrando-se na antecipação de tendências futuras no sector do retalho, na criação de novos conceitos e na inovação orientada para a sustentabilidade. A iniciativa conta com o apoio institucional da ANJE (Associação Nacional de Jovens Empresários), da agência Young & Rubicam, do INV-Instituto de Negociação e Vendas e do produtor executivo do Shark Tank. 16

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Os vencedores entram agora na fase de incubação com vista à abertura das lojas ou espaços comerciais, esperando-se a sua estreia dentro de 9 meses nos centros comerciais AlgarveShopping, ArrábidaShopping, CascaiShopping, Centro Colombo, Centro Vasco da Gama e NorteShopping. Os vencedores Oiôba é uma marca de swimwear e activewear fundada na cidade do Porto em 2015 e que resulta da parceria de 2 arquitectos. A vantagem competitiva da marca assenta numa forte relação com a comunidade artística, factor que se tem vindo a assumir como cada vez mais fulcral para a criação de uma comunidade de seguidores e simpatizantes da marca. A (think) out Portugal é uma marca de lembranças portuguesas que, desde 2016, recria símbolos culturais e tradicionais de forma original e criativa, reinventando-os através de ilustrações que salvaguardam a singular iconografia do vasto património português. Numa época em que o Turismo tem sido tão relevante, a marca almeja, através do design e da utilização de técnicas ma-

nuais e semi-industriais, enaltecer a nossa cultura. A Du Monde Chocolat surgiu em 2015 com a missão de proporcionar viagens através do mundo do cacau e do chocolate. Com loja na Baixa do Porto e com mais de 300 referências de chocolate, distingue-se pela qualidade e variedade. O processo de fabrico garante a sustentabilidade e o respeito pelas pessoas e pela região onde o cacau é cultivado. A IB - Inês Bernardo é uma marca de moda para bebés e crianças que foi pensada com o objectivo não só de criar roupas, mas também de proporcionar momentos especiais aos pais e aos mais pequeninos. Os modelos privilegiam a diferenciação cromática e temática. A Ecowheels é uma marca criada no final de 2017 que assenta em dois pilares fundamentais: Ecologia e Mobilidade. Encontrar um meio de transporte ecológico que nos faça chegar rapidamente ao destino foi o principal desafio desta marca que oferece uma gama de bicicletas eléctricas. A Bam & Boo Toothbrush é uma marca portuguesa de escovas de dentes ecológicas e antibacterianas que utilizam o Bambu, uma das matérias-primas mais sustentáveis do planeta. e amigas do ambiente. n


Festival vegetariano junta quatro mil pessoas no Shopping Cidade do Porto O Shopping Cidade do Porto recebeu em maio, o evento Veggie fest, uma iniciativa que surpreendeu pela positiva ao juntar cerca de quatro mil pessoas, entre vegetarianos, veganos e pessoas curiosas pela temática da alimentação saudável.

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egundo a organização, a missão foi cumprida. «A adesão, mais uma vez, surpreendeu os expositores e os palestrantes, que não estavam à espera de encontrar tanta gente interessada. Foi incrível perceber que as pessoas vinham de propósito para comprar alimentos e outros produtos e que ficavam para assistir às palestras e aos show-cookings, muitas vezes de bloco e caneta a tirar apontamentos. Há uma sede muito grande de informação», referiu Pedro Andrade (Director Geral Veggie Fest Portugal) Durante o evento, as artes culinárias ficaram a cargo de Filipa Range, Gabriela Oliveira e Leonor Cício, Catarina Valente e Joana Alves. No

capítulo dos conteúdos informativos, Darchite Kantelal falou sobre alimentação de base vegetal como o futuro no mundo desportivo, enquanto Francisco Mourão Corrêa brindou a assistência com uma palestra sobre alimentação alcalina. Sandra Gomes da Silva abordou a temática da alimentação vegetariana desde a idade infantil até à idade adulta e Nuno Alvim, da Associação Vegetariana Portuguesa, apresentou, pela primeira vez, os dados sobre um estudo feito em Portugal, dando conta de um aumento de 514% no mercado da alimentação vegetariana, nos últimos 10 anos. O Veggie Fest é um festival centrado na alimentação vegetariana (concretamente, alimentação sem carne,

peixe e marisco) e que pretende, em primeira instância, dar a conhecer novas propostas gastronómicas, desde opções saudáveis e biológicas, ao fast food. Além da experimentação que proporcionou aos visitantes do Shopping Cidade do Porto, o evento teve igualmente uma forte componente informativa e didáctica, dando a conhecer este estilo de vida e as suas virtudes. n HOPPING 17


REPORTAGEM

Tarkett apresenta quatro novas coleções em evento segmento do retail onde existe uma grande afluência de tráfego. A Protectwall, tal como o nome indica, é indicada para paredes e está indicada sobretudo para espaços como hospitais ou escolas. A sua grande mais valia é a manutenção mais fácil com um custo mais económico a longo prazo, porque as paredes são protegidas, o que confere uma maior durabilidade. A colecção tem 50 cores disponíveis.

Foram muitos os que disseram “presente” no evento da Tarkett que teve por objectivo a apresentação de quatro novas coleções de pavimento vinílico heterogénicos, bem como o reforço da dinâmica e notoriedade da empresa junto dos clientes. Durante o evento esteve ainda em exposição o automóvel patrocinado pela Tarkett e que participa no único troféu monomarca Kia Picanto

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Sud Lisboa foi o cenário escolhido num fim de tarde onde os convidados puderam apreciar as novas coleções Excellence, Tapiflex Stairs, Platinium e Protectwall, ao mesmo tempo que dispuseram de tempo para algum networking. De acordo com Manfred Ziebell, director de vendas e distribuição da Tarkett, as colecções foram concebidas para responder às necessidades e exigências de utilização para o chão, paredes e escadas, proporcionando soluções integradas de espaços interiores de edifícios. 18

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As quatro coleções apresentam um espectro bastante alargado de texturas, cores e padrões que permitem criar os ambientes mais diversos, sendo a imaginação o seu único limite. A Colecção Excellence, com um espectro de 127 cores, 80% das quais novas, foi concebida para o desgaste do dia-a-dia e para os mais diferentes sectores, nomeadamente para a área do retail, educação, saúde. Por sua vez, a colecção Platinium integra uma gama de 70 cores, e responde a grande parte dos desafios técnicos, nomeadamente no

Finalmente, a Tapiflex Stairs, disponível em 24 cores, é um pavimento específico para escadas devido ao efeito de contraste com duas cores e uma textura anti-deslizamento, que permite uma utilização segura. Na composição do material das colecções os ftalatos - compostos químicos que conferem flexibilidade, foram substituídos por plasticizantes naturais pelo que a flexibilidade não foi comprometida. Sob a assinatura “design for life” as novas coleções obedecem também a soluções recicláveis, no âmbito da sua estratégia de modelo de negócio de economia circular. Diante de desafios globais mais amplos, como mudanças climáticas e escassez de recursos, a estratégia do Grupo está comprometida em desenvolver produtos com base em materiais abundantes, rapidamente renováveis e recicláveis. Também desenvolve produtos com saúde e bem-estar, inspirados na filosofia Cradle to Cradle. Além deste programa, a Tarkett tem também o seu próprio programa de sustentabilidade, o Restart, em que o desperdício dos materiais retoma às fábricas onde é reutilizado. n


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Tendências

Foto: Valode & Pistre Architectes

Retalho orientado para tráfego Nas modernas sociedades, em que o tempo escasseia, os operadores procuram constantemente responder a novos hábitos e necessidades de consumo. É o caso dos terminais de transporte, áreas de grande tráfego que justificam, por isso mesmo, o crescente interesse do sector do comércio.

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stes conceitos não são propriamente uma novidade. Nas mais sobrelotadas cidades asiáticas há muito que vêm sendo implementados; nos Estados Unidos e Europa também encontramos diversos exemplos. E muitos outros estão a ser construídos. O interesse por espaços de elevadíssimo tráfego, está claramente a aumentar, transformando os terminais de transporte em pólos comerciais privilegiados e trazendo para o sector um novo paradigma: projectos orientados para tráfego. Hoje, estes hubs dispõem de uma oferta bem mais alargada do que um simples snack de passagem ou banca de jornais. Estão a reformular-se em 20

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zonas comerciais de excelência, com um mix diversificado e valências adicionais. Naturalmente, a oferta tem de ser desenhada para um conceito que cumpra aspectos de conveniência, de modo a captar as pessoas em trânsito. Mas estas galerias procuram igualmente seduzir outra tipologia de consumidores: aqueles que dispõem de um pouco mais de tempo antes da chegada do transporte e os visitantes mais “tradicionais”, interessados em compras, serviços e lazer. Tendência global Esta é uma tendência crescente por todo o mundo, nomeadamente nos principais pólos urbanos. Se, por um lado, o potencial aguça o apetite dos

lojistas que se pretendem estabelecer, por outro seduz igualmente conceitos de e-commerce, por exemplo na perspectiva de criar pontos para levantamento de compras estrategicamente situados junto ao percurso diário do utilizador. O conceito está já bem implantado na Ásia e desenvolve-se rapidamente noutras geografias como Reino Unido, Estados Unidos Alemanha, Itália, França ou mesmo no Leste europeu. Nesse sentido, é possível afirmar que esta se mostra uma tendência global, que capta cada vez mais o interesse dos investidores e uma atenção especial das entidades públicas. para além de se poderem constituir como negócios interessantes, os projectos de renovação dos hub´s intermodais constituem-se como uma oportunidade para renovação e modernização de zonas citadinas. O ambicioso projecto delineado para a Gare du Nord, em Paris (ver caixa), é um bom exemplo de uma parceria entre investidores privados e entidades públicas.


Envolvência decisiva O futuro dos terminais de transporte parece passar para além da função para a qual foram concebidos, pela inclusão de oferta comercial diversificada e orientada para a satisfação das necessidades dos transeuntes. Além da necessidade de a adaptar a uma circulação de pessoas menos previsível e com perfis de tempo mais acelerados, os retalhistas devem estar conscientes de que toda a envolvência é fundamental. Evidentemente, nesta tipologia de localização, os conceitos de restauração continuam na frente em termos de área ocupada e constituem um dos principais pólos de atracção, mas há cada vez maior diversidade no mix comercial. Paralelamente, estas galerias disponibilizam serviços adicionais como casas de banho e zonas de lazer, pontos de informação (por exemplo horários dos transportes), wi-fi gratuito, entre outros. A existência de serviços na envolvência, assim como áreas residenciais e de escritório, são fundamentais para que estas galerias se tornem verdadeiros destinos, e não meros locais de passagem. Dificuldades a considerar Se o potencial destes espaços é reconhecido, as problemáticas a eles associadas estão igualmente identificadas, o que implica a presença de mais equipamentos de vigilância e elementos de segurança, bem como medidas adicionais de micro-gestão. Na estação de comboios de Viena Ocidental, por exemplo, foi limitada a utilização de wi-fi gratuito a 15 minutos, precisamente com o intuito de evitar a aglomeração de visitantes. Do ponto de vista arquitectónico, também se colocam alguns desafios, nomeadamente na implementação destes projectos em zonas históricas das cidades. Embora possam beneficiar da fruição turística, estas localizações estão geralmente

obrigadas a respeitar especificações arquitectónicas, muitas vezes em espaços reduzidos. Por outro lado, a maior urgência dos transeuntes obriga à revisão de alguns processos operacionais, como por exemplo assegurar saídas de caixa mais céleres ou garantir fluxos de circulação optimizados e que assegurem a dispersão dos visitantes de forma fluida e natural. Acresce que as ferramentas ao dispor das equipas de marketing são também mais limitadas. Embora haja uma preocupação evidente em dotar estas galerias da componente lazer, a predisposição do consumidor não é mesma quando comparamos com um shopping tradicional. Assim, a oferta dá muito mais ênfase à inovação dos serviços de F&B. Interesse real O potencial é elevado, considerando os níveis de tráfego, e o próprio conceito parece estar “em linha” com algumas das mais recentes tendências comerciais. Estas renovadas centralidades que encerram perspectivas muito positivas para os retalhistas e parecem responder às necessidades das modernas sociedades. Um estudo global da CBRE datado de 2016 indicava que 20 por cento dos retalhistas das américas e EMEA (Europa, Médio Oriente e Ásia) têm como alvo para localização estações de comboios e interfaces de transportes. Mesmo considerando premissas de investimento e operacionais específicas, isso não parece assustar o sector, habituado que está à mudança como regra constante da sua actividade. A realidade é que diversos hubs já implementaram estes conceitos e muitos outros projectos, alguns dos quais bem ambiciosos, estão neste momento em desenvolvimento, como é o caso específico do Hoog Catharijna, da Klépierre, no centro da cidade holandesa de Utrecht, e que recebeu

O exemplo da Gare du Nord Um exemplo em larga escala desta nova tendência é o projecto delineado para a Gare du Nord, em Paris. Trata-se de um ambicioso plano que visa triplicar a dimensão do equipamento e dotá-lo de uma série de infra-estruturas para responder às novas tendências de consumo. Com finalização prevista para 2024, a tempo dos jogos olímpicos, o projecto será desenvolvido em parceria entre a Ceetrus e a empresa pública de caminhos-de-ferro franceses, aumentando a área do espaço dos 36 para os 110 mil metros quadrados e criando uma nova fluidez naquele que é o terminal ferroviário mais movimentado da Europa. A metamorfose envolve a criação de superfícies comerciais, escritórios, um espaço de coworking, um pólo de lazer, cultura e desporto, para além de restauração e serviços diversificados. No processo serão melhoradas as funcionalidades ferroviárias e intermodais, que compreendem a ligação a 3 estações de metro, autocarros, comboios de transporte diário para distâncias curtas, assim como transporte de alta velocidade para viagens de longo curso (Eurostar e TGV). Actualmente, a Gare du Nord recebe 700.000 passageiros diariamente. Com a sua requalificação, espera-se que este número aumente para 800.000 em 2024 e para 900.000 em 2030, criando um novo “coração” urbano na “cidade das luzes”.

recentemente uma importante menção honrosa do ICSC. Em Portugal, por agora, a oferta comercial destas interfaces ainda está bastante circunscrita a um modelo mais antigo, muito baseado no pequeno estabelecimento de restauração, retalho alimentar, na venda de jornais, e comodidades. Mas a oportunidade está identificada e provavelmente também por terras lusas haverá margem para projectos desta natureza. n

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Opinião

David Leech Haskoll Director (responsável pelo projecto Grand Central Birmingham)

A Haskoll foi o principal atelier de arquitectura e design de interiores da Grand Central em Birmingham. O objectivo foi o de criar uma nova visão para o retalho, transformando o uma estação com centro comercial muito desactualizado, o Pallasades Shopping Centre, num destino “prime” de lojas e restaurantes, integrado numa das mais importantes centrais ferroviárias do Reino Unido tendo como âncora principal uma loja-departamento da insígnia John Lewis.

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On-the-go Retail GRAND CENTRAL BIRMINGHAM O DESAFIO A estação de New Street de Birmingham, a mais movimentada fora de Londres, foi originalmente projectada para uma capacidade próxima dos 60 mil passageiros/dia. Porém, o crescimento da cidade incrementou o volume de tráfego diário que atinge presentemente os 140 mil, com perspectiva para aumentar. Este facto deteriorou, ao longo dos anos, o ambiente da estação, tornando-se perigoso, tendo, por diversas vezes, sido necessário proceder ao seu encerramento por razões de segurança devido à superlotação, causando grandes transtornos e penalizações financeiras para o cliente. Uma parte do briefing do projecto focou-se na transformação da velha e desactualizada estação, de modo a proporcionar um ambiente seguro com melhores instalações e conforto aos viajantes que partem e chegam a Birmingham. A segunda parte do briefing foi reformular o Centro Comercial por cima da estação, integrando-o no desenvolvimento global do projecto, como um todo.

Transformar esse ambiente pouco inspirador em algo moderno e icónico, exigiu a combinação de uma perpectiva visionária por parte do proprietário, e de profissionais experientes e competências extraordinárias de programação e faseamento das intervenções. O centro foi originalmente construído na década de 60, como parte da remodelação de que foi alvo a Estação New Street, criando-se uma estação de 13 plataformas com um Centro Comercial de piso único no andar superior. Este edifício, outrora moderno, tornou-se antiquado e inadequado, tanto enquanto estação, como local de compras, proporcionando uma má experiência de chegada à segunda maior cidade do Reino Unido. O átrio da estação era demasiado pequeno e oferecia poucos serviços e conforto aos viajantes. O Pallasades Shopping Center situado no piso superior era dominado por passageiros apressados e com o único objectivo de chegar à estação. O desempenho do centro era mau, tinha muitas lojas de-


socupadas devido à fraca circulação de clientes e precisava desesperadamente de uma transformação. A estação, a mais movimentada fora de Londres, carecia de renovação, mantendo em todos os momentos, todas as plataformas operacionais com excepção de duas, o que constituiu um enorme desafio para a equipa do projecto. OBJETIVOS E VISÃO A primeira parte do briefing, foi a de reconfigurar a estação para gerar uma melhor ligação com a cidade e criar mais espaço para um número crescente de viajantes. No centro do novo átrio, foi concebido um ambiente moderno, ousado e leve, com uma entrada que penetra o antigo Pallasades Shopping Center, possibilitando uma melhor ligação vertical e abertura para o átrio da estação. A ideia para o exterior, desenvolvida pelos arquitetos conceptuais AZPML, era envolver o edifício em painéis de aço inoxidável polidos para dar nova vida ao prédio pouco atraente. Com a remodelação da estação já em construção, a Haskoll foi nomeada em 2010 para criar um destino de compras e gastronomia premium de classe mundial fora da antiga esfera do Pallasades que pudesse ser construído sem fechar a estação. A visão da Haskoll foi: • Reconfigurar a disposição de modo a fornecer espaço para atender às necessidades dos lojistas com o potencial

para uma nova loja-departamento da insígnia “John Lewis” com cerca de 22.300 m2; • Melhorar a experiência do cliente, criando um ambiente de retalho de alta qualidade em torno de um novo átrio central; • Integrar a estação e o Centro Comercial de forma a criar uma sensação de destino e não de passagem; • Gerir as rotas de fluxo de tráfego no layout das zonas de retalho, de modo a gerar fluxos naturais de peões ao redor do centro, que sejam fáceis de entender e de integrar com a estação situada por baixo; • Melhorar os trajectos de ligação efectuados através do nível do Centro Comercial e da estação, para as ruas contíguas. • Proporcionar uma nova experiência em alimentação e bebidas em lojas abertas e visíveis, dispostas em torno do átrio e das zonas limites vazias, criando espaços de estar em pleno coração de Birmingham. • Incentivar a criação de montras de elevada qualidade e fit-outs atractivos. O LAYOUT Desde o início que as opções para reconfigurar o layout do retalho em torno do novo átrio foram analisadas em função da procura e da renda projectada. Com o potencial para a criação de uma loja John Lewis de 22.300 m2 como nova âncora no projecto, foram consideradas várias opções. O novo layout da loja-departamento precisou ter em conta os principais critérios para atender aos requisitos da equipa da John Lewis, da seguinte forma: • Excelente visibilidade interna e externa; • Pisos padrão com flexibilidade máxima e circulação eficiente. • Máximo de quatro níveis de retalho, proporcionando um total de 22.300 m2. • Espaço dedicado ao atendimento ao cliente. • Estacionamento adjacente com espaço de parqueamento para os clientes. • Forte imagem de marca nos planos externo e interno, que refletisse a identidade de marca.

O layout resultante atendeu todos estes requisitos, mas também, desde a fase inicial, foi considerada a construtibilidade e a integração dos interfaces de ligação à estação, nomeadamente às renovadas plataformas cujas obras entretanto já tinham sido realizadas. O novo espaço para a loja-departamento foi colocado estrategicamente num local que não estava sobre as plataformas ou carris, eliminando assim a necessidade de sustentação e fortalecimento da estrutura existente o que teria implicações importantes no programa. O layout do retalho foi criado para maximizar a visibilidade de todas as lojas em torno do átrio central. Os designers dos operadores das novas unidades de alimentação e bebidas foram cuidadosamente controlados para preservar a visibilidade das outras unidades de retalho. O CONCEITO DE DESIGN INTERIOR O interior da Grand Central é inspirado no design da estação original, promovendo a memória e o romantismo das viagens de comboio. Refira-se que Birmingham defende o galardão de uma das mais importantes capitais do transporte ferroviário no Reino Unido, onde a indústria de construção de comboios foi uma das mais desenvolvidas, sendo a esta cidade reconhecidos os elevados padrões de construção de máquinas e carruagens. Inevitavelmente, andar pelo shopping é como caminhar num comboio de luxo, em que as praças de restauração se transformam nas carruagens-restaurante com cabinas individuais. HOPPING 23


Opinião

Lojas de cafetaria também coexistem nos espaços das extremidades norte e sul do átrio, pleno de luz natural, em que as unidades proporcionam uma sensação de bem-estar e conforto, onde os clientes podem relaxar e abstrair-se de um ambiente típico e atarefado de uma estação de comboio. O novo piso dá uma sensação de calor ao centro e contrasta com as colunas de granito usadas no nível do átrio. As características do tecto na praça de alimentação e os pontos de entrada para o centro utilizam cores de cobre e latão, que fazem lembrar o comboio da era do vapor. Procedeu-se ainda à emissão de manuais de normas de design e de inspecções de modo a que cada operador pudesse maximizar os respectivos projetos de adaptação, compartilhando uma única visão, em especial da praça de alimentação, onde são vitais a adequação dos layouts para um ambiente único no coração do centro. AS DIFICULDADES Qualquer edifício antigo está repleto de problemas que precisam de ser tratados. Neste caso, a estrutura dos anos 70 não

estava na melhor das condições, o que tornava as modificações complexas e apresentando problemas tais como: • Uma estrutura de betão de 1970; • Manter intactas a operacionalidade da estação e das linhas ferroviárias; • Acesso ao local numa localização complexa no centro da cidade; • Faseamento das obras para adequar a construção da estação; • Impacto Zero na operação das linhas e nos horários. • Evitar as restrições ferroviárias para construir a loja de departamentos John Lewis;

• Remoção de todo o amianto; Todos estes problemas encontrados ao longo do período de construção de três anos foram ultrapassados com sucesso, devido a uma colaboração fantástica, grande liderança e mantendo a visão para o resultado final como o principal impulsionador do sucesso. O RESULTADO O projecto de 189 milhões de euros proporciona mais de 40.000 m2 de área com uma loja-âncora “full line” da Jonh Lewis, 66 lojas e restaurantes, e 450 lugares de estacionamento, recebendo um tráfego de aproximadamente 50 milhões de visitas/ano. A Grand Central criou um novo entendimento de como uma das principais centrais de transporte pode coexistir com os ambientes de retalho do Centro Comercial, contribuindo conjuntamente para a criação de uma nova experiência ao cliente (seja ou não passageiro), baseada na qualidade. O projecto Grand Central, já obteve o reconhecimento, ao ganhar um “Revo Gold Award”, definindo agora novos padrões para o design de retalho e transporte no centro das cidades. n

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entretenimento

Descobrir a Madhouse Brands&Malls Empresa terá novos projectos com Sony e Disney este ano.

“Somos especializados em conseguir que os nossos clientes vendam mais, tenham maiores afluências ou seguidores e se diferenciem da sua concorrência”, sendo tudo isto conseguido “através do mundo das experiências e do entretenimento”

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Madhouse Brands&Malls é uma autêntica “casa de loucos” com “uma filosofia muito marcada por esse nome e onde gostamos de dizer que nos dedicamos a fazer coisas que promovam marcas e que dinamizem centros comerciais”, afirma Maria José Posada, a “Woman of Steal” da empresa, cargo equivalente a CEO. “Somos especializados em conseguir que os nossos clientes vendam mais, tenham maiores afluências ou seguidores e se diferenciem da sua concorrência”, sendo tudo isto conseguido “através do mundo das experiências e do entretenimento”, diz Posada. Numa empresa que aposta na “capacidade de reinventar” e de “inventar continuamente”, todos os processos são geridos internamente, “não subcontratamos nada” e “fazemos desde a criação da ideia até à contextualização de um evento, passando pela sua produção completa incluindo tanto a parte de decoração (temos uma carpintaria, uma gráfica de vinis e rótulos) como a parte de activação incluindo novas tecnologias”. A aposta na inovação e nas novas tecnologias deriva do reconhecimento que “o sector está a mudar e que as experiências e o entretenimento já não serão como antes. Aqui têm um papel muito importante as novas tecnologias como a realidade virtual, realidade aumentada ou a realidade mista. E por isso estamos a desenvolver continuamente novos produtos nesta linha”, explica Maria José Posada. No ano passado foi criado um evento das Tartarugas Ninja com o canal de televisão Nickelodeon “que foi a primeira experiência de realidade virtual

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que se fez com uma marca num centro comercial, e foi um autêntico êxito”. Quanto aos principais clientes - ou “parceiros”, como prefere chamar-lhes Raluca Gavrilovici “Unicorn Tamer” da Madhouse (equivalente a directora de novo negócio ou CBDO) – estão “alguns dos principais centros comerciais do país e as gestoras dos mesmos e grandes marcas” como a LEGO (para quem criaram a nível internacional a Fun Factory), Nickelodeon, Disney, Universal, Warner, Playstation (Sony) ou Cartoon Network. A empresa está presente em Portugal, Espanha, França, Polónia e Suécia, embora tenham contratos para eventos noutros países europeus. “Este ano, a nossa intenção é crescer no internacional e entrar na Rússia pela mão de dois dos nossos clientes”, refere Raluca. Com cerca de 100 pessoas fixas - que podem duplicar em função dos eventos - encontram-se “10 nacionalidades diferentes e perfis tão díspares como criativos, desenhadores 3D, programadores de software, especialistas em realidade virtual, coordenadores, montadores, monitores, carpinteiros, responsável de sinalética, etc.”, diz a CEO. Presentes em 11 centros, “onde durante o ano de 2017 passaram mais de 750 mil famílias”, a aposta para este ano passa por eventos como Masha e o Urso, lançado no final de 2017 mas “que está a ser um dos grandes êxitos de 2018, e em breve estreamos alguns eventos singulares com temáticas dos Smurfs, Trolls, Hotel Transilvânia, a Liga da Justiça e LEGO Harry Potter” refere Raluca Gavrilovici. Além disso, vão ter novos projectos com a Playstation e a Disney. n CONTEÚDO PATROCINADO



Internacional

Prémios ICSC destacam projecto da Sonae Sierra

A última edição dos prestigiados ICSC European Shopping Centre Awards, que decorreu em Barcelona, distinguiu o Park Lake, projecto desenvolvido pela Sonae Sierra na Roménia, com uma menção honrosa na categoria de novos centros comerciais de grande dimensão. Deixamos aqui a lista de vencedores 2018, assim como imagens que demonstram bem a vitalidade desta indústria.

Novos Centros – muito grande dimensão

Vencedor: Posnania Localização: Poznan - Polónia / Promotor: Apsys Polska / Arquitectos: RTKL London, AND Architects, BEG Ingénierie Polska / ABL: 99,983 m2 / Nº Lojas: 298

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Novos Centros – grande dimensão

Vencedor: Docks Bruxsel Localização: Bruxelas – Bélgica Promotor: Equilis SA / Arquitectos: Art&Build: Altoon Porter ABL: 61,000 m2 / Nº Lojas: 113

Menção Honrosa: Park Lake Localização: Bucareste - Roménia / Promotor: Sonae Sierra/ Caelum Development / Arquitectos: Sonae Sierra ABL: 72,377 m2 / Nº Lojas: 223

Novos Centros – média dimensão

Vencedor: Shopping Rive Gauche Localização: Charleroi – Bélgica / Promotor: Iret Development SA / Arquitectos: DDS + & MSA / ABL: 40,639 m2 / Nº Lojas: 94

Menção Honrosa: Victoria Gate Localização: Leeds – Reino Unido / Promotor: Hammerson PLC Arquitectos: ACME / ABL: 37,094 m2 / Nº Lojas: 32

Novos Centros – centros especializados

Reformulações e expansões – muito grande dimensão

Vencedor: McArthurGlen Designer Outlet Provence Localização: Miaramas - França / Promotor: McArthurGlen Arquitectos: Marseille Architecture Partners & Hydea / ABL: 25,000 m2 / Nº Lojas: 123

Vencedor: Westquay South Localização: Southampton – Reino Unido Promotor: Hammerson PLC / Arquitectos: ACME / ABL: 92,950 m2 / Nº Lojas: 124

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Internacional

Reformulações e expansões – grande dimensão

Vencedor: Izmir Optimum Localização: Izmir - Turquia / Promotor: Ronesans Gayrimenkul Yahrim A.S. (RGY) / Arquitectos: 5+Design/USA / ABL: 86,000 m2 / Nº Lojas: 240

Reformulações e expansões – média dimensão

Vencedor: Capitol Shopping Center Localização: Istambul - Turquia / Promotor: Capitol Shopping Services Trading Corporation / Arquitectos: Geoff Morrison (Concept-i) / ABL: 35,000 m2 / Nº Lojas: 165

Menção Honrosa: Hoog Catharijne Localização: Utreque - Holanda Promotor: Klépierre Arquitectos: Stir Architecture, OZ and MoederscheimMoonen Architects / ABL: 41,998 m2 / Nº Lojas: 114

Centros estabelecidos – muito grande dimensão

Vencedor: Weastfield Stratford City Localização: Londres – Reino Unido / Promotor: Westfield Europe Ltd / Arquitectos: Westfield Europe Ltd Design & Construction / ABL: 175,000 m2 / Nº Lojas: 250

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GESTÃO INTEGRADA DE SHOPPING CENTERS

Gestão Personalizada e de Proximidade

VALORIZAÇÃO DE CENTROS COMERCIAIS 10 CENTROS COMERCIAIS SOB GESTÃO E COMERCIALIZAÇÃO

LA VIE PORTO BAIXA

LA VIE FUNCHAL

ALGARVE OUTLET

LA VIE CALDAS DA RAINHA

LA VIE GUARDA

LISBOA AV. REPÚBLICA, 23 1050-185 LISBOA | PORTUGAL

PORTO EMPREENDIMENTO ONE GAIA - RUA DIOGO MACEDO, 166 - 4º G - H 4400-107 V. N. GAIA | PORTUGAL INFO@WIDERPROPERTY.PT


INDICADORES

Índices APCC

Centros Comerciais com performance positiva

N

o 2º Trimestre de 2018 a taxa de variação observada no Tráfego foi de 2,5%. Apesar de inferior ao ocorrido no trimestre anterior, o indicador do fluxo de visitantes alcançou no primeiro semestre deste ano uma variação de 4,1%, superior ao registado nos semestres anteriores. O Índice das Vendas registou uma variação homóloga de 2,4%, um crescimento significativamente inferior face ao trimestre anterior e os que o antecederam até ao trimestre homólogo, 2º Trimestre de 2017. O decréscimo do crescimento dos Índices Vendas e Tráfego reflecte em parte o efeito do período da Páscoa, que em 2018 ocorreu no 1.º Trimestre mas também o facto de nos períodos homólogos se terem registado crescimentos bastante acentuados. n

Índice de Tráfego APCC BASE 2010=100 Variações Homólogas (%)

Índice de vendas APCC BASE 2010=100 Variações Homólogas (%)

2014/2013 1.º Trimestre

2.º Trimestre

2014/2013

3.º Trimestre

4.º Trimestre

-0,5% -0,6% -0,5% -2,3% -0,6% -1,4% -1,0%

1.º Trimestre

2.º Trimestre

2,0%

4,6%

0,2%

2.º Trimestre

4,0%

4.º Trimestre

1.º Trimestre

2.º Trimestre

5,0%

3,3%

1,3%

4.º Trimestre

-1,6% -2,2% -1,6% -0,2% -1,9% -1,1%

1.º Trimestre

2.º Trimestre

3,1%

-0,6% 1,4%

2017/2016

3.º Trimestre

4.º Trimestre

1.º Trimestre

2.º Trimestre

-3.1%

3,6%

3,6%

-1,0%

2,6%

14,1%

1,3%

2,5% 4,1%

3.º Trimestre

3.º Trimestre 4.º Trimestre

9,8%

8,4%

7,4% 8,6%

1,4%

2018/2017 5,7%

2,5% 1,4%

0,7%

HOPPING

0,2%

2.º Trimestre

2.º Trimestre

3.º Trimestre 4.º Trimestre

1,2%

1.º Trimestre

1.º Trimestre

4,2% 4,1%

4,0%

2017/2016

32

3,9%

2016/2015

3.º Trimestre

0,2%

3.º Trimestre 4.º Trimestre

4,1%

2016/2015 2.º Trimestre

3,3% 4,5%

2015/2014

3.º Trimestre

-1,9% 0,6% 0,3% -0,8% 0,5% -0,2%

1.º Trimestre

5,9%

3,4%

2015/2014 1.º Trimestre

3.º Trimestre 4.º Trimestre

2018/2017 4.º Trimestre

1.º Trimestre

2.º Trimestre

8,2%

2,4% 5,1%

3.º Trimestre 4.º Trimestre


Índice de Tráfego BASE 2010=100 Jan

Fev

Mar

Abr

Jun

Mai

Jul

Ago

Jan-2010 a Jun-2018 Set

Out

Nov

Dez

130,0

2010

125,0

2015

120,0

2016

115,0

2017

110,0 105,0

2018

100,0 95,0 90,0 85,0 80,0 75,0

2.º Trimestre

1.º Trimestre

3.º Trimestre

Índice de Vendas BASE 2010=100 Jan

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

4.º Trimestre

Jan-2010 a Jun-2018 Out Dez Set Nov

180,0 170,0

2010

160,0

2015 2016

150,0

2017

140,0 130,0 120,0

2018

110,0 100,0 100,0 90,0 80,0 70,0 60,0

1.º Trimestre

2.º Trimestre

3.º Trimestre

4.º Trimestre

*As variações dos indicadores (Índices por m2/ABL), estão sujeitas ao efeito de alterações ABL face a períodos homólogos

HOPPING 33


a Fechar

Novos Associados Designer Outlet Algarve

D

esigner Outlet Algarve é um dos novos associados da APCC. O maior outlet algarvio abriu em 2017 em Almancil tem uma área de Área Bruta Locável(ABL) de 16.100 metros quadrados. O seu mix de lojas oferece mais de 50 marcas.

A gestão do espaço está a cargo da ROS Management n

Savills (ex- Aguirre Newman)

A

Savills (ex- Aguirre Newman) passou a integrar o universo dos associados da APCC. A empresa apresenta-se como “um dos principais líderes mundiais em consultoria imobiliária com uma rede internacional que conta com mais de 35.000 profissionais. Com um total de 600 escritórios a empresa tem presença significativa

na Europa, Ásia Pacifico, África, América e Médio Oriente. Ainda de acordo com a sua apresentação, o seu trabalho desenvolve-se através do forte conhecimento do mercado global e local e da sua experiência em transações, consultoria, gestão de ativos imobiliários e arquitetura, o que lhes permite oferecer um aconselhamento con-

sistente e detalhado, identificando as vantagens competitivas de cada imóvel, de modo a permitir aos seus clientes uma tomada de decisão mais consciente. n

Zara gere encomendas online a partir das lojas

Ikea testa novo conceito em Londres

O

grupo Ikea está a testar um novo conceito de loja em Londres, o qual poderá mais tarde ser exportado para outros países. Trata-se de uma unidade de menor dimensão face ao que estamos habituados na marca, mas localizada em pontos estratégicos nos centros das cidades. A loja-piloto abriu na Tottenham Court Road e o grupo pretende ainda testar outros espaços similares em Londres, antes de expandir o conceito para mais cidades europeias. n 34

HOPPING

A

cadeia está a desenvolver um novo conceito logístico para gerir as encomendas online, um plano que prevê a gestão das encomendas colocadas via internet através das unidades de retalho. A companhia afirmou que irá implementar as necessárias infra-estruturas em cerca de 2000 lojas em 48 países, até final

do ano. A Zara considera esta decisão uma opção estratégica que permite uma lógica operacional verdadeiramente multicanal com a qual espera potenciar simultaneamente o tráfego em loja e as vendas globais. Um bom exemplo de como os retalhistas podem articular os canais de venda físico e digital. n


MUDE no Amoreiras Shopping Center 6.9 — 21.10.2018

exposição exhibition

design para a mudança

presente

futuro

MUDE - Museu do Design e da Moda, Coleção Francisco Capelo / Amoreiras Shopping Center

www.mude.pt www.amoreiras.com



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