Jornal ShoppingSpirit News - Edição 14

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alimentação & bebidas

ambiente

11ª Edição do Greenfest Estoril

Nova tendência: o que são os superalimentos

O maior evento de sustentabilidade a nível nacional, o GreenFest, começou esta quinta-feira, no Centro de Congressos do Estoril e Fiartil, e traz a Portugal as referências do setor ambiental, Erik Huss, Calixto Suárez pág. 03 e Leyla Acaroglu.

Os chamados superalimentos como as frutas, legumes ou sementes têm vindo, nos últimos anos, a ganhar terreno e importância na lista de compras dos consumidores. pág. 12

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DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

2018

Nº 14

ANO III mensal Sai às sextas Diretora: Antónia Barroso

Greenfest discute Sustentabilidade 4.0 O

Greenfest, o maior evento de sustentabilidade do país celebra no Estoril o seu segundo evento anual. Este ano o tema é a Sustentabilidade 4.0 “A oportunidade dos O.D.S. Objetivos de Desenvolvimento Sustentável no horizonte 2030” remetendo para a relação entre os avanços da Tecnologia e

Economia Digital e os princípios da racionalização de meios e recursos das Economia Circular, Social e da Partilha. Os 17 O.D.S. (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) refletem os desafios civilizacionais que o mundo enfrenta e, estando devidamente sistematizados, permitem o estabelecimento de planos de ação con-

cretos e a sua monitorização no contexto de cada comunidade. Funcionando de forma complementar e interdependente, a proposta do certame é aprofundar alguns dos ODS revelando o papel da cidadania ativa na prossecução de políticas de ação conjuntas. Como é habitual, o evento celebra o que de melhor se faz nas

vertentes Ambiental, Social, Económica e Cultural e apresenta-se como uma plataforma de partilha de ideias, experiências e melhores práticas, abordando as tendências atuais e contribuindo para uma maior visibilidade de projetos e iniciativas de empresas, instituições e cidadãos que se preocupam com o futuro.

Para esta edição, que acontece, como todos os anos, no Centro de Congressos do Estoril, o evento apresenta uma programação variada que decorre tanto no interior como no exterior do recinto e que inclui conferências, tertúlias, workshops, demonstrações ao vivo, showcooking entre outras atividades.


opinião

Editorial Sustentabilidade 4.0

O

2018 outubro

Pelas mãos delas, por uma pegada positiva

Diretora: Antónia Barroso

tema deste ano do Greenfest é a Sustentabilidade 4.0, ou seja o evento pretende fazer uma reflexão sobre o paradigma da transformação digital e os princípios da racionalização dos meios e recursos das economias circular, social e de partilha. "Esta discussão tem por base o quadro dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável que, de forma pragmática, refletem os desafios civilizacionais que todos enfrentamos na construção de um futuro que se quer próspero e sustentável. Infelizmente ainda há quem, ao mais alto nível, não acredite que o planeta onde todos vivemos e queremos viver bem, está em perigo, não acredita na influência do Homem nos produtos que comemos e no ar que respiramos, não “ouve” a Terra a dizer-nos que não está bem. Neste duelo Homem/Planeta não há vencedores. Por cada estocada que o Homem dá à Natureza e que a vai matando a pouco e pouco, ela responde com um cataclismo, uma escassez, uma epidemia… mas em última instância seremos nós as vítimas de nós próprios porque sem ela não sobrevivemos. Por outro lado, há cada vez mais quem se preocupa com esta realidade e realmente tentar dar o seu contributo para uma mudança. Mudar a mentalidade é algo que demora muitos anos, mas se começarmos a mudar hoje é melhor do que começarmos a mudar amanhã. Amanhã pode ser demasiado tarde. No Greenfest iremos ouvir algumas dessas pessoas inspiradoras. Por sua vez, em Leça da Palmeira, a Decor Hotel vai realizar a sua segunda edição. A feira dedicada à hotelaria também irá revelar as principais tendências onde a sustentabilidade e boas práticas têm o seu espaço.

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Paula Cunha Porta-voz da Fundação Yves Rocher em Portugal

Raquel, 48 anos, bióloga marinha de Azeitão. A Raquel vive, sente e respira o mar. Aliando estas sensações à vontade de ajudar a comunidade piscatória do Sado criou o projeto “Guardiãs do Mar: salvar o ambiente, preservar empregos”. No estuário do Sado existem cerca de 45 mulheres pescadoras, mas a maior parte delas está desempregada. A Raquel usou, então, a sabedorias destas mulheres como guias turísticas ou monitoras das pradarias, ou seja, como agentes de sensibilização. Para além disso, a Raquel e a sua mega equipa já retiraram mais de 20 toneladas de lixo do estuário, entre as quais 25 mil embalagens de sal.

ambiental nas suas várias frentes. Verdadeiras super eco-cidadãs que a Fundação Yves Rocher distinguiu nos últimos 10 anos com o Prémio Terre de Femmes. De facto, é inegável o papel da mulher na sociedade e é inevitável associarmos este dinamismo a algo que realmente nos preocupa: a degradação acelerada do nosso planeta. São, sem dúvida, as mulheres que têm a ação mais empenhada em torno da causa ecológica. Mas, por outro lado, são também as mulheres que mais são afetadas quando ocorrem desastres naturais causados pelas mudanças climáticas que assistimos em todo o mundo.

Terre de Femmes: Há dez anos a premiar super eco-cidadãs

Milene, 35 anos, bióloga de formação. A ligação com o ambiente é inquestionável, a força e a vontade que a movem são indiscritíveis. Em 2013, a Milene decidiu recuperar a mata do Buçaco, que o ciclone Gong destruiu parcialmente. Recolher sementes, semear e replantar eram apenas algumas das tarefas que os participantes, que incluíam crianças, jovens, idosos, grupos de empresas e até reclusos, poderiam fazer. Cinco anos passados, este santuário de biodiversidade está totalmente recuperado. Estas são algumas histórias de mulheres inspiradoras. Mulheres com garra, atentas e sensíveis à causa

Segundo as Nações Unidas, 72% do total de pessoas que estão em condições extremas de pobreza e mais vulneráveis a eventos climáticos como secas, inundações e furacões são precisamente as mulheres. É pois perante esta dualidade que acreditamos que é nas mãos delas - nas mãos destas mulheres inspiradoras - que estarão as soluções, o empenho e a perseverança de mudar o mundo. Da nossa parte, continuaremos à procura delas com o objetivo último e primeiro de lhes dar o impulso que muitas vezes falta para alavancarem os seus projetos.

como tal, em vez de uma, o Terre de Femmes passará a distinguir três mulheres, e o donativo passará de 10 mil para 18 mil euros. Nestes últimos 10 anos, o Prémio já reconheceu 22 mulheres, de norte a sul do país, incluindo ilhas, apoiando com mais de 100 mil euros projetos que todos os dias fazem a diferença na redução da nossa pegada ecológica. A contagem decrescente para conhecermos as eco-cidadãs da 10.ª edição do Prémio Terre de Femmes já começou. Estejam atentos/as porque vamos ter, com toda a certeza, grandes histórias para contar. n

A Fundação Yves Rocher, criada em 1991 e presente em mais de 50 países, tem no seu ADN um compromisso claro para com a biodiversidade, assumindo a responsabilidade de apoiar as iniciativas e os projetos a favor do ambiente. Foi nesse sentido que surgiu o Prémio Terre de Femmes, um dos principais eixos de ação da Fundação na promoção da sustentabilidade, que visa reconhecer e recompensar mulheres pelas suas ações e projetos em prol do ambiente. Este ano assinalamos uma década do Prémio em Portugal e,

Estrela, 32 anos, bióloga alentejana. A Estrela deixou o Alentejo para mudar a vida de quem vive na pequena ilha do Príncipe, em São Tomé.

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udo começou em 2016 quando um grupo de mulheres da comunidade de Porto Real abordou Estrela para lhe pedir ajuda com a criação de um negócio. Num ano, tornaramse numa cooperativa feminina ligada à valorização dos resíduos sólidos da ilha, obtiveram formação na criação de joias, recuperaram um centro de compostagem abandonado e abriram uma fábrica de reciclagem para produção de peças artesanais, que são vendidas aos turistas. Cada conta que produzem resulta da moagem manual de garrafas de vidro, cozidas em forno de lenha e posteriormente pintadas à mão. Cristiana, 23 anos, designer de moda da Covilhã. A Cristiana teve a brilhante ideia de reutilizar os excedentes da indústria têxtil para criar peças de vestuário e assim nasceu a marca Näz. A Näz é uma marca de moda sustentável, que fabrica peças de vestuário para mulheres que se identificam com um estilo moderno, mas simultaneamente ético, consciente e responsável. No fundo, a Cristiana cria produtos que aliam o design à preocupação ambiental, aproveitando o desperdício têxtil e utilizando processos de reciclagem na sua confeção.

Diretor: Antónia Barroso (abarroso@shoppingspirit.pt) Diretor Adjunto: Jaime Ferreira (jferreira@shoppingspirit.pt) Sub Diretor: Victor Pedro (vpedro@shoppingspirit.pt) Redação: geral@shoppingspirit.pt Editora: Mediapearl Colaboradores nesta edição: Patrícia Rufino; Paula Cunha Estudo Gráfico: Victor Pedro (vpedro@shoppingspirit.pt) Fotografia: José Gonçalves Propriedade: Mediapearl, Comunicação e Serviços, Lda (mediapearl@mediapearl.pt) R. de Xabregas, 2, Piso 2, sala 2.06 /2.07, 1900-440 Lisboa Departamento Comercial/Publicidade: Lurdes Dias (ldias@mediapearl.pt), Elisabete Pais de Sousa (epaisdesousa@shoppingspirit.pt), Ana Paula Campos (apcampos@shoppingspirit.pt) Contactos: 21 403 76 56 / 218 680 277 (geral@shoppingspirit.pt) Impressão: Grafedisport Periodicidade: mensal Tiragem: 25.000 exemplares Distribuição: Gratuita Nº Registo ERC: 126785 Depósito Legal: 404946/16; Estatuto editorial O Shopping Spirit News é um jornal impresso gratuito, que tem por base a plataforma online ShoppingSpirit.pt. O Shopping Spirit News disponibiliza informação geral sobre consumo, lazer e entretenimento. O Shopping Spirit News é independente dos poderes político, económico, religioso e de quaisquer grupos de pressão. O Shopping Spirit News identifica-se com os valores solidários, pluralistas e independentes. O Shopping Spirit News compromete-se a agir de acordo com os princípios da Constituição da República Portuguesa.


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11ª Edição Do Greenfest Estoril conta com referências do setor do ambiente Erik Huss, Calixto Suárez e Leyla Acaroglu

O maior evento de sustentabilidade a nível nacional, o GreenFest, começou esta quinta-feira, no Centro de Congressos do Estoril e Fiartil, e traz a Portugal as referências do setor ambiental, Erik Huss, Calixto Suárez e Leyla Acaroglu.

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iniciativa, que terminará no próximo domingo, abordará igualmente temas como a mobilidade, alimentação saudável, moda, tecnologia ou bem-estar em diversas apresentações, workshops e exposições. Erik Huss, especialista em comunicação climática na Suécia, um dos países mais evoluídos ao nível da sustentabilidade e alterações climáticas, irá marcar presença na Conferência de Abertura, dia 11 de outubro às 10 horas, em representação do Think Tank Sueco Fores. O também CEO da empresa Husstainability, que ajuda a indústria a adoptar modelos de negócio mais sustentáveis, irá participar na Conferência de Abertura do GreenFest juntamente com Anders Erdal, embaixador da No-

ruega em Portugal, Helena Pilsan Ahlin, embaixadora da Suécia em Portugal, Miguel Herédia do Oceano Azul, Elizabeth Silva da Comissão Nacional da UNESCO em representação dos Geoparques nacionais, João Pedro Tavares, presidente do IES, Arlindo Oliveira, presidente do IST, Mariana Ribeiro Ferreira, presidente da Grace, Luísa Schmidt, investigadora do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e de Joana Balsemão da Câmara Municipal de Cascais. A Conferência de Abertura encerrará com um breve discurso do embaixador da Polónia em Portugal, Jacek Kisielewski, no âmbito da realização do COP24, cimeira da ONU sobre o clima, em Katowice. Calixto Suárez, representante e defensor da cultura indígena colombiana, cuja importância ao nível da preservação da biodiversidade é reconhecida internacionalmente, pois 80% da biodiversidade do Planeta Terra encontra-se nos territórios ancestrais indígenas, irá fazer a sua apresentação no dia 13

de outubro, pelas 11 horas, no Generate Knowledge Forum. O ativista abordará as potencialidades da natureza como um laboratório vivo com mais de quatro mil milhões de anos, o tema da importância da preservação dos ecossistemas naturais e partilhará o conhecimento das culturas indígenas, património da humanidade e parte da diversidade cultural humana, que está constantemente submetida a fortes pressões devido à globalização tentando trazer uma perspetiva diferente sobre o valor da natureza e o valor do pensamento humano. No último dia do evento, a ativista autraliana Leyla Acaroglu, palestrante reputada internacionalmente e “Champion of the Earth” (distinção atribuída pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente - PNUD), irá discursar pelas 16 horas, sobre os avanços do estilo de vida sustentável dos cidadãos, lembrando que todas as pessoas do planeta são responsáveis por redesenhar o espaço em que habitam, através do tipo de pro-

dutos, serviços e culturas que adoptam. A 11ª edição do GreenFest vai contar com diversas áreas temáticas, entre elas: Green Houses, espaço para que se conheça a melhor maneira de tornar as casas mais eficientes e sustentáveis; Green Communities & Citizenship, área dedicada às soluções sustentáveis nas cidades e outras comunidades; Going Healthier, zona dedicada ao estilo de vida saudável onde a nutrição e combate ao sedentarismo estão bem presentes; Green Travelling, onde a mobilidade e os locais mais green do planeta têm destaque; Generosity, espaço multidisciplinar que convida o Estado, ONG’s, Sociedade Civil a mostrar as melhores práticas da economia social; Green Market com uma mostra de produtos biológicos, comércio justo, upcycling, artesanato sustentável, entre outros; Green Innovation & Entrepreneurship, área onde se poderá encontrar projetos inovadores que ajudarão no desenvolvimento de sociedades mais prósperas e Generate Knowle-

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dge, um espaço dedicado ao conhecimento, à formação, investigação e ao desenvolvimento cognitivo. Em adição, o festival, que terá entrada livre nos dois primeiros dias e um custo de 3 a 5€ durante o fim-de-semana, contará com várias exposições, como por exemplo a instalação de um esqueleto de uma baleia gigante feito com plásticos recolhidos nas praias, por parte da artista plástica Ana Pego, sessões de Yoga e Meditação, concertos, workshops e apresentações de práticas sustentáveis e saudáveis nos mais variados setores da sociedade. A iniciativa pretende ligar os avanços tecnológicos com um desenvolvimento circular, social e de partilha de ideias, experiências e melhores práticas sustentáveis, contribuindo desta forma para uma maior visibilidade de projetos de empresas, instituições, e cidadãos que têm o futuro sustentável em mente. n


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Energy Observer, o primeiro barco com pegada 0, esteve em Portugal

Num mundo ideal, toda a energia que se consome deveria ser limpa, sem estragar o ambiente ou o planeta. A realidade ainda está longe disso, mas felizmente há algum caminho feito e existem exemplos como o Energy Observer, que definitivamente introduzem um elemento de esperança e que se dispõem a provar que existe uma alternativa viável aos combustíveis fósseis. A grande ambição de todos quantos embarcaram nesta aventura é de que um dia todas as casas e as cidades funcionem como o Energy Observer. Para eles o Energy Observer representa o futuro da energia: Limpa sem gases com efeito de estufa.

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epois de uma vida ligada à competição, o antigo catamarã foi transformado na primeira embarcação movida a energias renováveis (sol e vento) e hidrogénio. O Energy Observer passou por Portugal, com paragem em Lisboa, na Praça do Comércio, onde ficou até 30 de setembro. Associada à sua presença, foi ainda apresentada a The Village, uma exposição que contou com uma experiência de realidade virtual que permitiu a todos estar “a bordo” da Odisseia para o Futuro. A paragem por Lisboa fez parte da rota pelo Mar Mediterrâneo que a embarcação iniciou no

passado mês de março e que terminará em dezembro deste ano. Uma viagem que faz parte de uma volta ao mundo, com uma duração de seis anos, num total de 50 países e 101 portos numa verdadeira Odisseia para o Futuro e que visa sensibilizar a opinião pública para os principais temas da transição ecológica, incluindo as energias renováveis, a biodiversidade, a mobilidade e a economia circular, durante as suas escalas com a sua exposição itinerante, nas redes sociais e através de um conjunto de conteúdo. O catamarã, com 30 metros de comprimento, desloca-se a uma

velocidade máxima de 22km/ hora (8 a 10 nós), e representa uma autêntica revolução em termos energéticos porque é completamente autónomo de hidro-

génio que não emite gases de efeito estufa ou partículas finas. Está coberto por 141 metros quadrados de painéis fotovoltaicos que estão implementados com

diversas tecnologias: com revestimento customizado e bifaciais, ou seja, permitem a produção de energia pela face superior, mas também pela face inferior graças


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à reverberação (reflexo da luz solar). Também os painéis eólicos estão concebidos de forma a não precisarem de rodar para conseguirem captar o vento. Esta embarcação do futuro movimenta-se graças a uma combinação de energias renováveis e um sistema que produz hidrogénio livre de carbono a partir da eletrólise – processo que separa a molécula da água. O hidrogénio, que depois é transformado em energia elétrica, é armazenado em baterias o que permite ao Energy Observer manter-se em operação mesmo quando as restantes fontes energéticas – o sol e o vento, não estão disponíveis, ou seja à noite quando as placas solares não absorvem a luz e quando não há vento que gere energia nos aerogeradores. O calor gerado pelas baterias de hidrogénio serve ainda para aquecer as águas sanitárias, para a climatização e para carregar dispositivos móveis, por exemplo. Uma das curiosidades que pudemos constatar a bordo, onde só se anda descalço, é que não falta nada: água quente, ar condicionado, uma cozinha onde se destacava uma máquina de café e uma bimby. A água do mar também passa por um processo de dessalinização que a torna potável. A central de dessalinização de água do mar tem a capacidade de produção de 105 litros/h, após este processo é que acontece a eletrólise, que guarda o hidrogénio da água e devolve o oxigénio ao mar. Este desafio tecnológico e científico visa testar tecnologias de vanguarda em condições extremas, antecipando as redes de energia do futuro que poderiam ser usadas em terra. A equipa que faz parte desta Odisseia é composta por cerca de 50 pessoas, mas a capacidade da embarcação é limitada por isso estiveram em Lisboa oito tripulantes. Esta volta ao mundo é dirigida por Victorien Erussard, fundador e capitão, e principal embaixador de França para os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, e Jérôme Delafosse, chefe da expedição e diretor da série de documentários com 23 anos de experiência de exploração do mar.

A AccorHotels é o principal patrocinador do Energy Observer. Juntamente com esta iniciativa, a AccorHotels criou uma aliança técnica e tecnológica com a CEA Tech, um laboratório de investigação aplicada, especializado em energias alternativas e um fornecedor tecnológico para navios. Esta colaboração surge com o intuito de testar as instalações de eletricidade do Energy Observer em alguns dos seus hotéis, antes de se considerar uma implementação em grande escala. n


ambiente

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Por hora, Portugueses desviam de aterro resíduos equivalentes ao peso de 12 elefantes

Os portugueses não só têm respondido positivamente às campanhas de sensibilização levadas a cabo pela Sociedade Ponto Verde, como graças a esse empenho, e ao ato de separar as embalagens usadas em casa, encaminhando-as para reciclagem, tornam possível que a cada hora que passa uma quantidade de resíduos, equivalente ao do peso de 12 elefantes, seja desviado de aterro. Um gesto simples que permite que os resíduos sejam transformados em matéria-prima secundária, que volta a integrar novos ciclos produtivos, representando um uso mais eficiente de recursos naturais nem sempre renováveis, numa lógica de economia circular. Cada 100 toneladas de plástico reciclado, por exemplo, evitam a extração de 1 tonelada de petróleo.

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raças ao investimento realizado pela SPV em campanhas de educação e sensibilização ambientais, o País já contribuiu para a reciclagem de 7,5 milhões de toneladas de resíduos de embalagens, em resultado dos sete em cada dez lares que já fazem a separação das embalagens. Apesar dos resultados positivos alcançados, existe ainda um considerável potencial de crescimento ao nível da adoção do hábito de separação em casa e fora de casa, resultando em maiores quantidades de embalagens usadas a encaminhar e que por si só representam um importante contributo para a desejável transição para um

modelo económico circular, em detrimento do modelo assente no princípio de extrair-usar-descartar. Adicionalmente, as novas metas de reciclagem – que irão passar dos atuais 44% para 65% até 2030 e, em 2035, para 70% - trazem com elas desafios acrescidos e, como tal, a necessidade de um ainda maior compromisso para com esta causa. É, em face deste objetivo, que a atuação da Sociedade Ponto Verde continuará alinhada e, em proximidade estreita com os portugueses, a informar, a comunicar e a sensibilizar para que o gesto da separação de resíduos se repita multiplique e face parte da rotina dentro e fora de portas.

Mas o que significa afinal RECICLAGEM? Reciclar é o processo que tem como objetivo transformar materiais usados em novos produtos. Esta otimização de recursos, vai ao encontro da definição de Economia Circular, um conceito estratégico e tão atual, que assenta em princípios de redução, reutilização, recuperação e reciclagem de materiais e energia. A reciclagem de embalagens traz consigo inúmeras vantagens ambientais e económicas. A partir do simples gesto de separar as embalagens por material e colocá-las no contentor com a cor certa, estamos a ter um papel ativo na poupança ambiental uma vez que estamos a contribuir para a minimização da extração de recursos, a economizar água e energia e gerar postos de trabalho inerentes a esta área de atividade. Basta colocar as embalagens de plástico e de metal no ecoponto amarelo; as garrafas, boiões e frascos de vidro deverão ter como destino o ecoponto verde; já o ecoponto azul deve receber as embalagens de papel cartão, bem como jornais e revistas.

Dicas para reciclar mais e melhor - Não precisa de lavar as embalagens antes de as colocar no ecoponto; - Deve espalmar as embalagens para otimizar espaço no seu ecoponto; - As latas de conserva devem ser colocadas no ecoponto amarelo; - Os guardanapos e papel de cozinha devem ser colocados no lixo indiferenciado; - Não precisa de retirar os rótulos das suas embalagens quando as coloca no ecoponto; - Os pacotes de bebidas devem ir para o ecoponto amarelo; - Se uma embalagem for constituída por vários materiais e não for possível separá-los, pode colocar no ecoponto do material predominante; - Os copos de vidro partidos devem ser depositados no lixo indiferenciado; - O esferovite deve ser colocado no ecoponto amarelo.

A Sociedade Ponto Verde lembra que se trata de uma responsabilidade partilhada por todos, e acredita que se cada um cumprir com a sua parte, não só teremos um uso mais eficiente dos recursos, como daqui surgirão modelos de negócio inovadores, em linha com os princípios da economia circular, colocando a economia mundial num caminho de crescimento sustentável. Estima-se que as medidas de prevenção dos resíduos, conceção ecológica, reutilização e outras ações “circulares” poderão gerar poupanças líquidas de cerca de 600 mil milhões de euros às empresas da UE (cerca de 8% do total do seu volume de negócios anual),

Números da reciclagem de embalagens em Portugal • Em duas décadas, Portugal enviou para reciclagem 7,5 milhões de toneladas de resíduos de embalagens, o equivalente ao peso de 3 Pontes Vasco da Gama; • Existem mais de 43 mil ecopontos espalhados pelo território nacional, o triplo das caixas multibanco; • 71% dos portugueses fazem diariamente a separação das suas embalagens (ou seja, 7 em 10 lares já envia os seus resíduos para reciclagem); • 100% da população tem acesso à recolha seletiva; • Ao longo de 20 anos foram investidos pela SPV mais de 50 milhões de euros em ações de comunicação e sensibilização, 1M€ em projetos de responsabilidade social e mais de 2 M€ em investigação e desenvolvimento.

criando 170.000 empregos diretos no sector da gestão de resíduos e, ao mesmo tempo,

viabilizando uma redução de 2 a 4% das emissões totais anuais de gases de efeito de estufa. n


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EGF investe 2,6 M€ em ações que incentivam os cidadãos a reciclar

A EGF, através das suas Concessionárias, está a investir cerca de 2,6 milhões de euros num programa nacional de inovação social que atribui benefícios económicos a quem separa as embalagens usadas. Este programa é um dos maiores investimentos nacionais dedicados à educação e sensibilização ambiental.

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udou o paradigma e as ações de educação ambiental vão passar a premiar o bom comportamento ambiental, numa iniciativa inédita e inovadora e que, de Norte a Sul do país, vai premiar os cidadãos e demonstrar os benefícios económicos, ambientais e sociais de reciclar as embalagens usadas. Para fomentar as boas práticas ambientais, com especial enfoque na reciclagem de resíduos, o programa vai assentar na organização de várias iniciativas junto da população, do comércio e dos estabelecimentos de ensino, destacando-se as seguintes: ECOEVENTOS | Esta iniciativa vem apoiar, certificar e reconhecer as boas práticas ambientais implementadas nos festivais, festas, corridas, romarias e eventos desportivos que se realizam por todo o país. O objetivo é garantir que os organizadores assegurem a adequada gestão de resíduos produzidos nos recintos dos eventos, desde a sua prevenção, reutilização e reciclagem e sensibilizar os participantes a colaborar neste movimento coletivo. Para ajudar nesta missão, cada concessionária assegura a recolha seletiva das embalagens, os contentores/recipientes adequados a cada local, ações de sensibilização e incentivos em função da

quantidade entregue. EcoEventos de todas as dimensões - como os realizados no Rock in Rio, Marés Vivas, Expofacic, Boom Festival, Sol da Caparica ou as Festas Gualterianas de Guimarães, são alguns dos casos de sucesso. COMÉRCIO A RECICLAR | Em todas as concessionárias, a EGF está a realizar uma ação de sensibilização que vai envolver mais de 26.000 estabelecimentos comerciais, com o objetivo de informar sobre as vantagens de reciclar as embalagens usadas, como funciona o seu sistema de recolha seletiva e ajudar a encontrar soluções sempre que existam impedimentos à sua participação. Para incentivar esta iniciativa, será entregue um kit pedagógico com o código da reciclagem. Lisboa foi o concelho que iniciou esta atividade, que se vai estender aos 174 municípios das áreas de intervenção das 11 empresas participadas pela EGF. ECOVALOR | Iniciativa dedicada à promoção da educação ambiental em estabelecimentos de ensino, através do qual a EGF pretende distinguir com um prémio monetário os bons comportamentos ambientais. Por cada saco de embalagens de plástico, metal e pacotes de bebida entregue, a escola receberá 0,50€, e as melhores escolas de cada município serão re-

compensadas em maior valor. Esta iniciativa de âmbito nacional vai iniciar já neste ano letivo, contemplando todo o apoio logístico (suportes para sacos, sacos e recolha seletiva) e mais de 5.000 ações de sensibilização a realizar por monitores de ação ambiental. Ainda neste âmbito, o programa da EGF contempla uma digressão com planetários itinerantes de educação ambiental “A nossa Casa é um Planeta”, onde se pode assistir a filmes 360º dedicados às temáticas da prevenção, reutilização e reciclagem.

BinGo. Cada vez que se completa um cartão são oferecidas EcoMoedas – que podem ser trocadas por prémios, como bilhetes de cinema, vales de desconto, e muito mais. Além desta missão principal, a aplicação vai lançando missões especiais surpresa com o intuito de melhorar os conhecimentos dos portugueses sobre a reciclagem, manter o envolvimento com o Recycle BinGo e, claro, recompensar os mais amigos do planeta. As ações das Concessionárias da EGF são desenvolvidas em parceria com os municípios e contam

EGF investe 2,6 milhões de euros num programa nacional de inovação social que atribui benefícios económicos a quem separa as embalagens usadas. RECYCLE BINGO | Com recurso às novas tecnologias, a EGF lançou ainda a APP Recycle Bingo, uma aplicação móvel, disponível na AppStore e no GooglePlay, que premeia o bom comportamento do cidadão em função do número de vezes que este vai entregar embalagens no seu ecoponto habitual. Esta aplicação inovadora consegue saber através da geolocalização do nosso Smartphone, que nos encontramos perto do ecoponto. Ao se fazer check-in, são desbloqueados EcoGifts, com os quais se preenchem os cartões

com o apoio do POSEUR – Programa Operacional de Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos, numa aposta em iniciativas que vão levar os Portugueses a ter um benefício específico pela sua participação. A EGF é uma empresa europeia de referência no setor ambiental e líder no tratamento e valorização de resíduos em Portugal. Integrada no Grupo MOTA-ENGIL/URBASER, é responsável por assegurar o tratamento e valorização de resíduos, da forma ambientalmente mais correta e economicamente susten-

Plásticos no mar A EGF e o Centro de Comunicação dos Oceanos organizaram uma palestra dedicada ao tema dos plásticos em ambiente marinho. Esta palestra contou com a presença de oradores especialistas e entusiastas que apresentaram a questão sob um prisma singular num estúdio construído com 10 toneladas de plástico. A palestra decorreu no Centro de Triagem da Valorsul, no Lumiar, num estúdio preparado para o efeito com 49 fardos de plástico (PET), num total de 10 toneladas que foram enviadas para reciclar e que podem, por exemplo, transformar-se em 40.800 t-shirts. Filipa Bessa - Investigadora (bióloga) do MARE-Universidade de Coimbra, especializada na temática dos microplásticos nos ambientes marinhos foi uma das oradoras e durante a sua apresentação mostrou fotos que demonstram que os plásticos estão já a entrar na nossa cadeia alimentar, sem que nos apercebamos uma vez que não são visíveis a olho nu, provando que o problema do plástico é real. Miguel Lacerda - velejador, mergulhador falou sobre um estudo pioneiro acerca de lixo plástico nas falésias e praias remotas do cabo da Roca e arredores. Por sua vez, Susana Silva – Responsável pela área de Comunicação e Sensibilização da empresa Amarsul, apresentou os mais recentes projetos de inovação social da EGF. Após a palestra, foi conduzida uma visita ao Centro de Triagem, onde os participantes tiveram a oportunidade de ver todo o processo de tratamento das embalagens que são colocadas nos ecopontos para reciclar. A iniciativa pretende sensibilizar e alertar para o problema com um ponto de vista concreto e apresentar soluções, nomeadamente que o comportamento humano deve ser mais consciente de modo a que seja possível prevenir, reutilizar e valorizar os resíduos em terra para que nunca cheguem ao mar.

tável, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida e do ambiente. A gestão dos sistemas de tratamento e valorização de resíduos é feita através de 11 empresas concessionárias (Algar, Amarsul, Ersuc, Resiestrela, Resinorte, Resulima, Suldouro, Valorlis, Valorminho, Valnor, Valorsul), constituídas em parceria com os municípios servidos, que processam anualmente cerca de 3,2 milhões de toneladas de resíduos urbanos (RU), servindo uma população de 6,3 milhões de pessoas distribuídas por 174 municípios, numa área equivalente a 60% do território em Portugal. n


outubro 2018 9.

ambiente

Groupe GM promove a sustentabilidade com programa Care About Earth O Groupe GM anunciou o seu programa Care About Earth, que reflecte o seu compromisso a longo termo com o meio ambiente, demonstrando o valor dos seus padrões de ética.

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Care About Earth é um programa abrangente e completo que engloba todas as ações ambientais e sociais da empresa e integrará a sua estratégia corporativa em todo o mundo. Através do Care About Earth, o Groupe GM pretende minimizar a sua pegada ambiental e contribuir para a sustentabilidade para proteger o planeta para as gerações futuras. Ao assumir o programa Care About Earth, o Groupe GM compromete-se a dar primazia ao uso de embalagens oxo-biodegradáveis, bem como plásticos vegetais, plásticos reciclados e matérias-primas 100% renováveis. A empresa de produtos de acolhimento está também a desenvolver aditivos que ajudam a acelerar a decomposição de estruturas químicas encontradas em plásticos, no sentido de tornar as embalagens oxo-biodegradáveis. Algumas das embalagens já são feitas a partir de papel reciclado ou em papel de pedra. O Groupe GM está ainda

a privilegiar activamente o uso de plástico à base de plantas para evitar a utilização de componentes de produtos petroquímicos. Ao desenvolver e fornecer produtos de design ecológico e ecologicamente responsáveis, a empresa quer assumir o compromisso de homenagear os seus parceiros e clientes em todo o mundo e incentivar a indústria hoteleira para que promova as suas próprias iniciativas ambientais. Com o programa Care About Earth, o grupo pretende levar a sua responsabilidade corporativa

Marca Myro lança desodorizante ecológico à base de plantas A Myro é uma nova marca de desodorizantes ecologicamente correta que foi lançada em setembro de 2018 nos Estados Unidos, cujo conceito surge para dar resposta a uma cada vez maior consciência ecológica por parte dos consumidores que agora avaliam o impacto que objetos como as palhinhas de plástico ou os cotonetes têm no ambiente.

A

o contrário dos desodorizantes descartáveis tradicionais, o Myro é feito com uma fórmula à base de plantas que não contém alumínio ou parabenos. O produto, apenas disponível online e nos Estados Unidos, vem num recipiente de plástico reutilizável e lavável na máquina de lavar louça, que usa

50% menos plástico do que os típicos desodorizantes de uso único. Os consumidores recarregam o seu recipiente com os “pods” de produto, que são entregues a cada três meses. O Myro apresenta-se como seguro, eficaz e serve tanto para homens e mulheres. Os pods são recicláveis e chegam com cinco perfumes: Solar Flare (notas de laranja, zimbro e girassol); Big Dipper (lavanda, bergamota e vetiver); Chill Wave (notas de pepino, jasmim e hortelã); Pillow Talk (notas de folhas de violeta, ylang ylang, amyris selvagem); Cabin #5 (notas de vetiver, patchouli e gerânio). n

para o próximo nível e enfatizar a promessa de um futuro sustentável. “Esta é uma forte declaração do nosso firme compromisso com a proteção do meio ambiente e a nossa responsabilidade social corporativa”, comentou Laurent Marchand, Presidente do Groupe GM. “Este ambicioso projecto, permite que nos concentremos numa abordagem ecológica de desenvolvimento de produtos que tenham impacto mínimo no meio ambiente sem comprometer a sua função. Diversas linhas foram lançadas simultaneamente, garantindo que a qualidade

dos nossos produtos é assegurada, com especial enfoque no cumprimento das Boas Práticas de Fabrico e regulamentação cosmética da EU”, acrescentou Marchand. Para além das embalagens ecológicas, o Groupe GM utiliza formulações com ingredientes naturais e vegetais. Os agentes tensioactivos possuem mais de 90% de biodegradabilidade e as fórmulas não contêm formaldeído, ftalatos, radiação ionizante ou parabenos. O Groupe GM também desenvolve fórmulas que são feitas com perfumes naturais, extractos de ervas,

óleos essenciais e óleos vegetais e não contêm ingredientes de origem animal, sulfatos, óleos minerais, corantes, fenoxietanol, SLS e SLES. Além disso, as fórmulas do Groupe GM são dermatologicamente testadas e não são testadas em animais. O grupo está também comprometido em apoiar organizações não-governamentais (ONGs) que procedem à recolha de sabonetes e frascos excedentes em hotéis, esterilizando-os quando necessário e distribuindo-os a comunidades desfavorecidas em todo o mundo. Confiança, respeito, diversidade e busca da excelência são os valores centrais do Groupe GM há mais de 40 anos. É nestes valores que a empresa se inspira para ser o negócio sustentável que é hoje. Ao promover o programa Care About Earth entre seus colaboradores, parceiros e clientes, o Groupe GM pretende ser uma influência positiva na indústria hoteleira. n

Praia do Castelo do Queijo e imediações com menos 280 quilos de lixo

A Limpeza de Praia do SEA LIFE Porto tomou de assalto a Praia do Castelo do Queijo, no Porto e levou 350 voluntários a participar nesta aventura, que evitou que 280 quilos de lixo fossem parar ao fundo do mar.

T

odos os anos o cenário mantém-se: pontas de cigarro, maços de tabaco e garrafas de plástico continuam a liderar o tipo de lixo presente no areal da praia portuense. No entanto, para além da areia, também a zona rochosa mereceu a atenção dos participantes tendo

sido ali que foi encontrada uma maior percentagem de lixo. Um fenómeno que resulta da acumulação de resíduos de longa data, como redes de pesca, garrafas de vidro, garrafões, sapatilhas, boias, entre outros. De notar que no fim da época balnear, a 15 de setembro, as praias

portuenses são sempre limpas pelas entidades competentes, pelo que a maior parte do lixo recolhido no areal foi depositado depois. Para Rui Ferreira, diretor geral do SEA LIFE Porto, é um fenómeno preocupante. “Por vezes, o lixo que encontramos depositado nas praias é trazido pela ondulação do mar, provocada pelo vento e pelas tempestades. No entanto, nas últimas semanas a maré tem estado calma, pelo que o lixo acumulado resulta maioritariamente de detritos depositados em terra”. Para o responsável ainda há muito trabalho a fazer. “As mentalidades já começam a mudar, há uma grande adesão de participantes em ações deste tipo, mas há ainda uma percentagem muito elevada de pessoas que não estão sensibilizadas para estas questões urgentes, que são de cariz cívico”, conclui Rui Ferreira. n


ambiente

10.

2018 outubro

IKEA aposta em parcerias para criar mais empregos e novas coleções exclusivas Fruto de parcerias que a Ikea tem vindo a estabelecer com empresas sociais de pequena escala, permitem ao grupo cocriar coleções exclusivas e oferecer serviços, que ao mesmo tempo apoiam empresas sociais e que, por sua vez, proporcionam um meio de subsistência a pessoas que, de outra forma, teriam acesso a pouco ou nenhum rendimento.

A

Coleção Ikea Välgörande é um exemplo disso. Foi desenhada para criar emprego. Foi feita à mão e em

colaboração com artesãos na Tailândia e na Roménia. A mais recente coleção de edição limitada do Ikea inclui têx-

teis tecidos à mão, cerâmica moldada e acabada à mão e artigos em papel feito à mão. As mãos que fazem esta gama per-

QuartoSala – Home Culture abre terceiro espaço em Portugal A QuartoSala – Home Culture inaugurou uma nova loja multimarca em Lisboasendo este o terceiro espaço em Portugal. A sua oferta vai contar com uma seleção restrita e criteriosa de Top Brands do Design internacional, como as italianas Arflex, Maxalto e Zanotta, a austríaca Gebruder Thonet Vienna, as edições de clássicos pela mão dos escandinavos da karakter, e a britânica Established and Sons.

aldeias, têm uma situação económica melhor e mais segura graças a esta iniciativa. A coleção está disponível nas lojas Ikea em Portugal, Reino Unido, Irlanda, Noruega e Holanda, com início de vendas a partir de outubro de 2018. Algumas imperfeições (umas criadas, outras naturais) tornam única cada peça de cerâmica desta. Estas imperfeições são uma celebração do toque humano e da arte dos artesãos que criaram a coleção. O Projeto de Desenvolvimento Doi Tung introduziu a cerâmica na região após a reflorestação da área. A argila vermelha local era originalmente misturada com vetiver (uma espécie de planta robusta, utilizada para estabilizar a erosão dos solos) para criar vasos para o projeto. A receita para a argila tem sido refinada para suportar temperaturas de cozedura elevadas, permitindo aos artesãos de Doi Tung criarem designs elegantes e de qualidade, e que também correspondam às elevadas exigências de qualidade relativamente aos artigos usados para comer. n

Decor Hotel mostra novidades aos hoteleiros A feira profissional Decor Hotel viajou para a Exponor, perto do Porto para a sua segunda edição. Após o sucesso da 1ª edição em Lisboa, a feira promete revogar o sucesso com uma edição repleta de novidades.

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estacam-se ainda as recentes colaborações da Established & Sons com os Irmãos Bouroullec, o alemão Konstantin Grcic ou o italiano Mauro Pasquinelli, além do director criativo da marca Sebastian Wrong que volta a desenhar para a marca britânica e esteve presente na abertura. O Design Português também está representado na QuartoSala, pelo artista João Bruno Videira, com várias peças expostas no espaço da rua da Boavista. O artista nacional explora um novo conceito de mobiliário que encontra nas técnicas tradicionais o fundamento da sua autenticidade como designer. João Bruno

tencem a muitos artesãos habilidosos do Projeto de Desenvolvimento Doi Tung, uma empresa social que trabalha para proporcionar trabalhos dignos, escolas e cuidados de saúde a toda uma comunidade na Tailândia. Durante 6 anos, o Ikea e Doi Tung trabalharam em parceria para cocriar peças exclusivas feitas à mão que combinassem o design moderno e o artesanato tradicional com um objetivo social de criar emprego. Há mais artesanato exclusivo e coleções quase a chegar, por isso, fique atento. Esta coleção também tem a colaboração de um novo empreendedor social na Roménia. A taça com colher e a colher para mel, ambas em madeira e feitas à mão, são o resultado de uma nova colaboração com a MBQ [Mesteshukar ButiQ] e com artesãos habilidosos do povo Rom na Roménia. No início da nossa parceria com Doi Tung, 40 artesãos criaram em conjunto 8.000 peças para a nossa primeira coleção. Atualmente, mais de 1.700 agregados familiares, o correspondente a quase 11.000 pessoas, em 29

trabalha exclusivamente em fio de lã de Arraiolos, criando peças de Design de mobiliário únicas, e que se aproximam do conceito ‘Design Art’. A nova loja da QuartoSala tem uma área de exposição com cerca de 200m2 e nasce num edifício do início do século XX, numa das zonas que se apresenta como símbolo de uma nova lisboa revitalizada, cosmopolita e virada para o futuro. Passados dois anos da abertura do espaço no Príncipe Real, a QuartoSala

continua a expandir a sua rede de lojas e a investir em espaços físicos para poder proporcionar aos clientes experiências de Design que não conseguem encontrar online. À semelhança dos outros espaços da marca, a loja da Boavista conta com uma equipa ‘in house’, especializada no atendimento a clientes com exigências muito particulares, que acompanha, aconselha e monitoriza projetos de Design e Arquitetura de Interiores. n

e 18 a 20 de Outubro, a feira estritamente profissional Decor Hotel mostra as novidades do mercado a diretores e gerentes de hotéis, diretores de compras de hotéis, administradores, proprietários, arquitetos, engenheiros, designers, projetistas, empresas de construção, entre outros profissionais de áreas convergentes como restaurantes, lavandarias e diversos equipamentos de apoio. A feira comtempla as áreas necessárias para a construção de um Hotel ou um Alojamento local. Remodelação e decoração de unidades hoteleiras. Destacamse as seguintes áreas: Construção (sanitários, portas, janelas, pavimentos e revestimentos e iluminação); Arquitetura e design de interiores, com projetos

integrados de chave na mão; Decoração (mobiliário, colchões, estofos, alcatifas e tapeçarias); Têxteis: tecidos, atoalhados (cama, banho e mesa) e vestuário profissional; Equipamentos: cozinha, lavandaria, spas e fitness; Gestão e tecnologia: domótica; controlo de acessos, software, fechaduras, cofres e sinalética; Amenities e produtos de higiene e limpeza; e para o exterior, mobiliário e iluminação. Para além da vertente de exposição, a feira irá ter também diversos workshops e apresentações para os visitantes. Mais de 180 expositores, com mais de 400 marcas nacionais e internacionais irão estar presentes para apresentar as suas novidades ao mercado, naquela que é a única feira para o sector em Portugal. n



alimentação & bebidas

12.

2018 outubro

Nova tendência: o que são os superalimentos? Patrícia Rufino Nutricionista-coach, PronoKal Group

Prémio Intermarché Produção Nacional revela vencedores da 5ª edição O primeiro gin português feito de abóbora, um vinho de uma casta nacional que se encontra praticamente extinta - a Jampal, um inédito Queijo Kefir de Cabra, um peito de pato fumado, fatiado e pronto para saborear, uma tenra carne de Cachena e as tão características castanhas Martaínhas sagraram-se, este ano, vencedores do Prémio Intermarché Produção Nacional.

A

presente edição, a quinta, recebeu o número mais elevado de candidaturas desde o lançamento, totalizando mais de 80 produtos, e a forte qualidade dos projetos finalistas trouxe complexidade acrescida à seleção dos vencedores, levando o júri a ampliar o número de distinções, com a atribuição de quatro Menções Honrosas: ao azeite biológico Olmais, ao inovador óleo de grainha de uva Graduva, à Maçã Riscadinha de Palmela e à carne biológica Geo do Prado. Os produtores distinguidos têm como recompensa a entrada na cadeia Intermarché, com o escoamento dos seus produtos assegurado durante um ano na rede nacional de lojas e, nos casos que o justificam, também nos pontos de venda da insígnia em França, na Bélgica e Polónia. Adicionalmente e fruto da parceria com o ‘Portugal Sou Eu’, os vencedores que cumpram os requisitos deste Programa beneficiarão deste selo identitário da origem nacional. Lembre-se que na génese desta iniciativa está a proximidade aos produtores portugueses, uma prioridade assumida pelo Programa Origens do Intermarché, que tem atualmente como parceiros 170 produtores nacionais, através dos quais é possível levar aos

consumidores produtos genuinamente portugueses, de elevada qualidade a preço competitivo. A revelação dos projetos em destaque foi precedida pelo debate “Sustentabilidade na produção e na fileira”, que contou com a jornalista Patrícia Carvalho como moderadora e com um painel composto por Eduardo Oliveira e Sousa, Presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), Gonçalo Lobo Xavier, Diretor Geral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), João Branco, Presidente da Quercus, Susana Mendes, Sócia-Gerente da Pepe Aromas e uma das vencedoras deste Prémio em 2017, e por Rui Assis, Diretor do Intermarché. Refira-se que o Prémio Intermarché Produção Nacional tem como parceiros - e membros do júri - a APED, a CAP, a Faculdade de Medicina Veterinária e o Instituto Superior de Agronomia (ambos da Universidade de Lisboa), o Grupo Impresa e a Quercus. Todo o processo de candidaturas e decisão é auditado pela EY (parceiro auditor). A iniciativa conta ainda como o apoio institucional do Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Ministério do Ambiente, Ministério da Economia e Ministério do Mar. n

Os chamados superalimentos como as frutas, legumes ou sementes têm vindo, nos últimos anos, a ganhar terreno e importância na lista de compras dos consumidores.

É

importante ter em conta que a oferta alimentar que nos chega através das vastas prateleiras das superfícies comerciais, é, na maioria das vezes, pobre em nutrientes e vitaminas, com alimentos, cujos princípios nutricionais, não são recomendados como é o caso dos alimentos processados, précozinhados, refinados, etc. Os doces, salsichas, ou açúcares são exemplo disso, onde o teor de sal ou de gorduras saturadas é aumentado, relativamente aos alimentos frescos. Na hora de encher o carrinho, ainda há algumas dúvidas sobre o que devemos ou não trazer para potenciar a nossa saúde e bem-estar. Como “somos aquilo que comemos”, a nutricionistacoach Patrícia Rufino, preparou um breve questionário para ajudar com seis perguntas e respostas sobre este assunto.

1. O que têm de especial sobre os superalimentos?

Caracterizados pela presença de princípios nutritivos, como vitaminas, minerais, fibras, antioxidantes e fito nutrientes, os superalimentos vêm da natureza e não passam pelos processos industriais, onde os seus princípios ativos são perdidos. Vários estudos afirmam que, por exemplo, os pigmentos nas frutas e vegetais não só dão cor, como também contêm muitos dos compostos que atuam como antioxidantes, desintoxicantes, fortalecem o sistema imunológico e ajudam na prevenção de certas doenças como o cancro, além da forte contribuição de vitaminas e minerais.

2. Como conseguimos tirar todo o partido destes alimentos? O tipo de cozedura de um alimento é um dos fatores mais importantes a reter quando queremos tirar o maior partido nutricional, vitamínico e mineral dele. As al-

tas temperaturas tendem a levar a uma perda de nutrientes maior do que a ingestão dos alimentos crus, como é o exemplo da vitamina C que é perdida quando cozinhada ou oxidada se não for ingerida num curto espaço de tempo – o sumo de laranja deve ser bebido logo após as laranjas serem espremidas, caso contrário, perde a sua importância vitamínica. Por isso, recomendo sempre a cozedura a vapor que além de mais saudável, pois preserva a maioria dos nutrientes, é mais rica em sabor e textura dos alimentos. Cozinhar a vapor é uma alternativa mais económica e ecológica porque utilizamos menos quantidade de água e energia do que a necessária na cozedura tradicional.

3. Os superalimentos curam?

A ingestão dos alimentos certos são muito importantes na prevenção e controlo da nossa saúde e bem-estar e no fortalecimento dos nossos sistemas (imunológico, respiratório, circulatório, cardiovascular ou digestivo), para um correto funcionamento.

4. Devem consumir-se só superalimentos e abandonar os que não o são?

Todos os alimentos têm propriedades e vantagens. Está comprovado que só com uma dieta variada podemos fornecer ao nosso corpo toda a variedade de macro e micronutrientes necessários; e que os alimentos

naturais, que são a nossa fonte principal, os contêm, como proteínas, vitaminas, minerais, ácidos gordos etc. Por exemplo, os cítricos, ricos em vitamina C, não têm ferro e as carnes em geral fornecem ferro em quantidade e qualidade adequadas, mas não a vitamina C. Devemos evitar ou controlar o consumo de doces, salgados, comida pré-cozinhada, bebidas gaseificadas, que favorecem problemas como a obesidade, hipertensão, diabetes ou aumento do colesterol.

5. Qual seria o Top 5 dos superalimentos e porquê?

Destacar apenas cinco 5 alimentos com altas propriedades nutricionais seria errado, estaria a deixar de lado muitos outros, igualmente importantes. Por isso, organizei-os por grupos de alimentos: legumes, frutas, sementes, verduras, peixes e, dentro dessa classificação, mencionar alguns.

6. Porque é que só agora estamos a revelar alguns alimentos qualificados como superalimentos, quando sempre estiveram ao nosso alcance?

O termo “superalimento” é uma definição mais trendy do que científica. Possivelmente esta valorização e o retorno às origens, devem-se ao aumento do consumo de alimentos processados e do fast-food e todas as consequências negativas que isso tem trazido para a saúde mundial. n


Frutas e verduras: outubro 2018 13.

alimentação & bebidas

Consumir mais frutas e vegetais diminui o risco de doenças cardiovasculares, cancro, hipertensão, obesidade ou diabetes. Escolha aqueles de cor intensa que trarão maiores benefícios.

Brócolos: é um ótimo antioxidante e anticancerígeno. Este legume contém fibras, o que ajuda a regular o trânsito intestinal, minerais e vitaminas Grupo B, como o ácido fólico.

Alho/Cebola: têm uma ação diurética, bactericida e fungicida.

Frutos vermelhos: ricos em antioxidantes que neutralizam os radicais livres. Também possuem propriedades anti-inflamatórias.

Nozes: considerado um fruto seco, a noz contém as chamadas gorduras boas, como o Omega 3, que ajuda a regular o colesterol e tem efeito anti-inflamatório. Contudo, não devemos abusar do seu consumo por causa das calorias, sendo o seu consumo ideal o de um punhado de nozes (ou frutos secos variados), por dia.

Abacate: contém gorduras monoinsaturadas, especialmente ácido oleico, também presentes no azeite, amendoins ou nozes, que ajudam a aumentar o colesterol bom e prevenir a aterosclerose (doença vascular crónica). Além disso, este fruto possui um forte antioxidante - vitamina E, ideal para a pele e o cabelo. Atenção que o abacate contém mais calorias que as restantes frutas, por isso, devermos moderar a sua ingestão.

Algas: a Spirulina apresenta um perfil nutricional bastante rico que a torna num superalimento. Apesar da sua utilização seja milenar, é considerado como um alimento do futuro. É muito utilizado como um suplemento dietético e a ONU e OMS recomendam que esta seja a solução para aliviar a deficiência nutricional do mundo.

Sementes de Chia: contêm fibra solúvel para reduzir o colesterol e regular a glicose no sangue e fibras insolúveis, ambos ajudam a regular a função intestinal.

Azeite extra virgem: é considerado o melhor óleo para ser consumido, pelo seu conteúdo de ácidos gordos essenciais (Omega 3 e Omega 6, com alto teor de antioxidantes, como a vitamina E, polifenóis com poder anti-inflamatório, o que o torna um alimento benéfico para a prevenção de doenças cardiovasculares. Pela a sua ingestão calórica, são recomendadas 3-4 colheres de sopa por dia, tanto para temperar como para cozinhar.

Peixe azul: com múltiplos benefícios pelo tipo de gordura que possuem, Omega 3, benéfico para regular a pressão arterial e aumentar o bom colesterol. Um excelente anti-inflamatório e ótimo na circulação sanguínea.

Leite: não podemos deixar de falar deste superalimento, vital nos primeiros meses de nossa vida, embora não seja considerado tão importante quanto começamos a comer os restantes alimentos sólidos. Vamos pensar sobre o desenvolvimento físico, emocional e psicológico que ocorre nesta primeira fase da vida. Durante os primeiros meses, o leite materno ou leite preparado representa a base nutricional para o desenvolvimento, é o único alimento que pode ser processado no sistema digestivo de uma criança. Após 6 meses, aquando a introdução gradual dos alimentos sólidos pode reduzir-se o seu consumo, porém o leite é a principal fonte nutricional no primeiro ano de vida de um ser humano.


alimentação & bebidas

14.

2018 outubro

Montiqueijo recebe prémios pelas suas práticas de Responsabilidade Social e Sustentabilidade Na vertente de Responsabilidade Social - categoria Comunidade, a produtora de queijos vê distinguido o seu projeto pedagógico “O Queijinho vai à Escola” que decorreu, entre março e julho deste ano, em várias escolas dos concelhos de Loures e Lisboa, com o objetivo de promover hábitos alimentares saudáveis e ajudar as crianças a perceberem os benefícios de uma alimentação equilibrada. A preocupação da Montiqueijo com o ecossistema ambiental e filosofia eco-friendly também foram reconhecidos pela APEE no Eixo Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – categoria ODS 7 – Energias Renováveis e Acessíveis, ao ter sido premiada a central fotovoltaica instalada junto à fábrica da empresa em Lousa (Loures).

A Montiqueijo – produtora portuguesa de queijos e única marca com produção desde a origem recebeu os Reconhecimentos de Responsabilidade Social e Sustentabilidade pela APEE, Associação Portuguesa de Ética Empresarial.

P

romovida pela Associação desde 2015, esta iniciativa visa reconhecer boas práticas e modelos de governação de organizações dos setores pri-

vado e público que contribuem para o desenvolvimento sustentável.

Origin rastreia produtos desde a origem até à loja Fishing

Transshipment

Disembarking and Storage

Processing

Retail

Tetra Pak e Mimosa lançam campanha “Vem brincar a reciclar” para reabilitar parque infantil A Tetra Pak e a Mimosa com apoio da Câmara Municipal de Lisboa e da Junta de Freguesia do Beato lançam uma campanha de sensibilização ambiental até Novembro, para a reabilitação do parque infantil na Mata de Madre Deus.

A Scan me to know my story O Bureau Veritas apresentou oficialmente em Portugal o Origin, a primeira tecnologia capaz de rastrear um produto desde a sua origem até à prateleira da loja ou supermercado.

A

técnica desta aplicação é simples: através do seu smartphone poderá ler o QR Code de cada produto e ter acesso à história do que está a comprar. A aplicação, garante o Bureau Veritas, pode ser configurada e apresentar os parâmetros que mais elucidam o cliente final. Conforme explicou a empresa responsável pelo Origin, “a ideia é combinar numa só aplicação os conceitos de transparência, segurança e facilidade, não só para os consumidores finais, mas também para os diferentes intervenientes no processo de produção – sejam eles fábricas, produtores, cadeias de distribuição ou supermercados”. Com esta tecnologia poderá ser possível conhecer a origem do produto, a localização do seu

produtor, a data da sua recolha ou colheita, o seu percurso, entre outras informações relevantes que poderão, a partir de agora, garantir a qualidade dos produtos. Este é o primeiro selo de confiança para os consumidores, que irá permitir ter a certeza do produto que está a comprar, aplicável à área alimentar, cosmética e a todos os setores que pretendam dar confiança ao cliente. O Bureau Veritas, enquanto entidade idónea e independente, irá proceder a auditorias de forma a validar as informações inseridas no Origin. Mais do que auditar, o BV irá também apoiar na criação das regras deste “jogo” garantindo informações mínimas para cada secção, assegurando a veracidade das mesmas. n

Para além de ter sido a primeira empresa do seu setor a implementar este tipo de equipamentos, em 2017 a Montiqueijo conseguiu uma autossuficiência média mensal de 18%, reduzindo a intensidade carbónica da produção de queijo em 26% o que equivale a 16,6 voltas ao mundo pela linha do Equador e a 2334 árvores plantadas. Foi também possível produzir 335 toneladas de queijo inteiramente pela energia solar. Ao longo dos seus 55 anos de existência, a Montiqueijo tem procurado destacar-se não só com a qualidade dos seus produtos como também com a vertente de inovação, as quais têm sido reconhecidas por diversas entidades e instituições quer em Portugal quer a nível internacional. n

té ao final de novembro, as embalagens de leite Mimosa colocadas nos ecopontos amarelos da área do Município de Lisboa vão ser essenciais para tornar possível a revitalização do parque infantil na Mata de Madre Deus, na Freguesia do Beato. Esta iniciativa demonstra o forte compromisso e empenho das empresas e instituições com a sustentabilidade e o envolvimento próximo com as comunidades em que se inserem.

“A Tetra Pak através desta campanha pretende reforçar a importância da reciclagem e alertar para a relevância de ter um papel ativo nesta matéria, colocando as embalagens de leite no ecoponto amarelo. Com esta campanha estabelecemos um envolvimento próximo com as comunidades locais, conjugando a vertente ambiental e social. Esta iniciativa irá culminar com a reabilitação do parque infantil existente nesta zona da Cidade.”, afirma Ingrid Falcão, responsável de Ambiente

Por cada 15 kg de embalagens colocadas no ecoponto amarelo, a Tetra Pak e a Mimosa oferecem 10€ para a reabilitação deste parque infantil.

da Tetra Pak em Portugal. “Na Mimosa assumimos o compromisso de contribuir ativamente para o bem-estar das famílias, oferecendo produtos saudáveis,

nutritivos e adequados a todas as necessidades respeitando sempre o ambiente. Nesta campanha conjugamos a nossa política de sustentabilidade com a promoção do bem-estar das crianças e comunidades locais. Estamos muito satisfeitos por poder participar nesta iniciativa que envolve várias entidades na promoção da RECICLAGEM e para a melhoria do espaço público infantil.”, refere Maria José Patrício, Gestora de Relações públicas e Eventos da Mimosa. “O aumento da consciencialização ambiental é a grande preocupação dos serviços da Higiene Urbana. Ao abraçar e apoiar este projeto estamos a transmitir às populações mais jovens que a correta separação dos resíduos pode com o seu valor reverter para um novo equipamento para usufruto da comunidade e melhoria dos espaços públicos. ” refere a Câmara Municipal de Lisboa. “É com grande alegria e satisfação que recebemos esta iniciativa na Junta de Freguesia do Beato. Com o apoio desta campanha, elevamos a consciencialização ambiental da nossa comunidade ao mesmo tempo que será possível termos um renovado parque infantil na Mata de Madre Deus, aberto para todas as crianças poderem brincar.”, acrescenta Silvino Correia, Presidente da Junta de Freguesia do Beato. n


outubro 2018 15.

alimentação & bebidas

Shine apresenta nova imagem e lança três novos produtos A Shine, marca portuguesa de superalimentos, acaba de anunciar uma

nova imagem e três novos produtos: o “Super Pequeno-almoço de Aveia, Cacau e Avelã”, o “Super Pequeno-almoço de Aveia, Chia e Amendoim” e o Macacau, uma bebida energética instantânea à base de maca e cacau.

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ensados para serem uma solução prática e enriquecer a alimentação diária, os novos produtos da gama Shine juntam-se aos restantes 17 produtos já comercializados pela marca, que aposta numa nova imagem - mais colorida, mais descontraída e mais divertida – mas também numa nova missão: descomplicar e democratizar o consumo de superalimentos. “Sob o mote ‘Se sabes usar uma colher, sabes adicionar saúde às tuas refeições’, os novos produtos lançados pela Shine juntam-se a uma

gama de produtos de fácil compreensão e de fácil utilização, provando que ter bons hábitos alimentares pode ser tão simples quanto acrescentar uma colher de um ou mais superalimentos puros, ou de um mix Shine, a um iogurte ou a um batido ao pequeno-almoço” conta Tiago Vilela de Sousa, o Director de Marketing da Shine. “O objectivo é ajudar as pessoas a criarem hábitos de alimentação saudável de uma forma descomplicada, para que estes sejam mais facilmente integrados nas suas rotinas”, acrescenta.

O “Super Pequeno-almoço de Aveia, Cacau e Avelã”, o “Super Pequeno-almoço de Aveia, Chia e Amendoim” e o Macacau, são muito práticos e rápidos de preparar, bastando juntar-lhes água, leite ou uma bebida vegetal, ou, simplesmente, misturar 1 a 2 colheres de sopa de produto a um iogurte. Por terem como base ingredientes como a aveia e o trigo-sarraceno - excelentes fontes de hidratos de carbono complexos, fibra e proteína - os pequenos-almoços Shine têm a capacidade de saciar por um longo período, pois fornecem energia de forma gradual e, em simultâneo, muitos antioxidantes, minerais e vitaminas. O Macacau, por seu lado, é uma bebida revitalizante, que reduz o cansaço e aumenta os níveis de energia. Os responsáveis pelo feito são o cacau e a maca - dois ingredientes com propriedades estimulantes e energizantes, respectivamente, - ajudados pela presença do açúcar de coco. Além de já estar presente nos hipermercados Continente, lojas Go Natural e Celeiro, a Shine pretende alargar a distribuição dos seus produtos a outras insígnias já no início de 2019. n

Gin The Botanist apresenta-se em Portugal A 12ª edição do GINtasting & Spirits Lisboa, o evento dedicado ao mundo do GIN e Espirituosas, foi o cenário escolhido para a apresentação nacional do The Botanist, um gin especial, diferente, que esconde os segredos enraizados no coração da ilha escocesa de Islay.

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uma altura em que o processo de produção desta categoria se industrializou, o The Botanist destaca-se pela sua frescura natural e pela aposta na sustentabilidade. Um gin super-premium, que nada tem de pretensioso, com características únicas, juntos num bouquet inigualável de aromas e sabores

que compõem o património botânico da Ilha de Islay. Criado em 2010 pela destilaria Bruichladdich, é composto por 31 botânicos (bagas, raízes, fruta, plantas), 22 dos quais são apanhados à mão, que vão da camomila, ao mental doce; do trevo branco ao limão; do espinheiro ao sabugueiro. São camadas de complexidade, com uma frescura inicial que dá lentamente lugar a um sabor maduro, onde se misturam os suaves aromas da ilha escocesa. O The Botanist é o primeiro e único gin oriundo da Ilha de Islay, a expressão do que é único e singular na remota ilha escocesa. n

Margão apresenta nova gama de especiarias biológicas A Margão apresentou num workshop a sua aposta na nova gama de especiarias biológicas, a Margão BIO, provenientes de quintas certificadas de agricultura biológicas. Composta por seis especiarias - Alho Moído, Ervas de Provence, Canela Moída, Caril, Pimentão Doce e Pimenta Preta Moída -, está disponível em hipermercados, supermercados e lojas especializadas. Para Dezembro está previsto o alargamento da gama, com a introdução de mais duas referências, os moinhos 4 bagas e Pimenta Preta em grão.

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ara 2019, a Margão vai reforçar ainda mais a gama biológica de especiarias, mas sem ter divulgado quais. As especiarias da nova gama Margão BIO distinguem-se por serem 100% naturais, rigorosamente selecionadas de origem 100% biológica, sem corantes nem conservantes. A sua produção respeita o caderno de encargos da agricultura biológica, garantindo a não utilização de pesticidas de síntese, de adubos químicos e de organismos geneticamente modificados (OGM). Todos os ingredientes desta nova gama biológica são colhidos na sua maturidade, respeitando o ambiente e preservando o seu sabor original. Depois de acondicionados na fábrica da marca em Provence, França, a qualidade dos mesmos é garantida para toda a gama através de um selo de abertura hermético. O lançamento das novas especiarias BIO da Margão é acompanhado de 6 novas receitas saudáveis, que estão disponíveis nas plataformas digitais da marca e em folhetos dis-

tribuídos em hipermercados, supermercados e lojas especializadas. “Ao longo dos últimos sessenta anos, a Margão teve como prioridade procurar as melhores ervas e especiarias, por forma a garantir produtos de qualidade superior para todos os tipos de consumidores”, refere André Marques, Diretor Comercial e de Marketing da McCormick Portugal. “A aposta no segmento biológico é um importante passo para a marca, respeitando sempre os gostos, sabores e tradições culinárias ao mesmo tempo que se adapta às tendências que emergem a um nível global, como o crescente consumo de produtos com origem biológica. As novas especiarias BIO da Margão estão disponíveis em hipermercados, supermercados e lojas especializadas com um PVP Recomendado de 2,99€ (BIO Alho Moído), 2,38€ (BIO Canela Moída), 1,93€ (BIO Ervas de Provence), 2,43€ (BIO Caril), 2,36€ (BIO Pimentão Doce), 2,81€ (BIO Pimenta Preta Moída). n

Folha de mostarda é a mais recente inovação nas saladas da Vitacress A Vitacress – empresa de capital 100% nacional, propriedade do Grupo RAR – continua a apostar no desenvolvimento de produtos inovadores e diferenciadores, fazendo chegar ao mercado uma nova mistura de folhas baby: Salada Must. Esta novidade, que resulta de um processo de investigação que vai desde o campo até à mesa dos

consumidores, reforça as opções de saladas lavadas e embaladas da marca. A Salada Must introduz no mercado uma folha ainda pouco utilizada, mas com um sabor bem conhecido por todos: a folha de mostarda. A nova salada enquadrase na vertente de inovação da Vitacress, que recentemente lançou a salada Formosa que integra salicór-

nia da Ria Formosa, um excelente substituto do sal.

A

folha de mostarda destaca-se pelo seu paladar levemente picante, formato recortado e cor roxa. Para a composição da nova salada, a Vitacress juntou esta folha inédita a uma base composta por

alface verde (a mais comum e apreciada pelos consumidores portugueses) e canónigos. Podendo ser utilizada como complemento de um prato ou, se combinada com mais ingredientes, consumida como re-

feição completa, a Salada Must já está disponível nos principais supermercados e hipermercados do país, com um preço de venda recomendado de 1,99 euros. n


NETCAIXA

ACEITAR PAGAMENTOS EM RENMINBI, KWANZAS, RUBLOS…

PORQUE NÃO? Com o DCC - Dynamic Currency Conversion - os seus clientes com cartões estrangeiros já podem efetuar pagamentos nos TPA netcaixa, na moeda original do cartão. Este serviço oferece vantagens aos comerciantes, que recebem um incentivo por cada compra, e aos seus clientes que podem visualizar a taxa de câmbio e optar em que moeda pretendem pagar. Aproveite e abra a porta da sua loja a todas estas vantagens. www.cgd.pt | 707 24 24 77 - 8h às 22h, todos os dias do ano

CONFIANÇA FEITA DE CERTEZAS.


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