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Abril / Maio / Junho de 2020

Encontros online mantêm associados informados sobre tendências e ações para tempos de pandemia Projetos de alunos da UniCuritiba apresentam sugestões de nova identidade visual para o Sigep

Nossa homenagem aos associados e suas bonitas histórias

18.º edição do Prêmio Paranaense de Excelência Gráfica Oscar Schrappe Sobrinho fica para 2021

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A Pré-Impressão

Sigep - Diretoria – Efetiva

É um boletim informativo e de negócios do Sigep – Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado do Paraná e da Associação Brasileira da Indústria Gráfica – Abigraf Regional Paraná.

Gestão 2019/2022

NOSSA ESTRUTURA Curitiba Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado do Paraná - SIGEP Associação Brasileira da Indústria Gráfica ABIGRAF Regional Paraná Ed. Jorge Aloysio Weber - Rua Augusto Severo, 1050, Alto da Glória, Curitiba - PR CEP 80030-240 41 3253 7172 • www.sigep.org.br facebook/sigepabigrafpr E-mails: sigep@sigep.org.br abigrafpr@milenio.com.br instagram: abigrafpr

Londrina Londrina Escritório Seccional Diretora: Ana Carolina F. C. de Lima CASA DA INDÚSTRIA: Rua Ana Neri, 300 – Vila Zelina - Londrina – PR – 86015-610 / 43 3294-5231 / 43 3348-9797 www.sigep.org.br /facebook/sigepabigrafpr instagram: abigrafpr Contato Revista Pré-Impressão (41) 3253.7172 | 41 99242.8595 www.facebook.com/sigep-abigraf-pr sigep@sigep.org.br abigrafpr@milenio.com.br www.sigep.org.br instagram: abigrafpr Jornalista Responsável Ed Carlos Rocha - RP 2883/11/61v RT Press Comunicação • (41) 3024.2600 Conselho Editorial Rubens E. de Campos e Manoella Pinheiro Machado Marketing / Publicidade Manoella Pinheiro Machado Diagramação e Projeto Gráfico pontodesign • (41) 3336.3663 Fotos Amarildo Henning • Divulgação Periodicidade Trimestral Tiragem 800 exemplares Chapas térmicas AGFA GEVAERT DO BRASIL LTDA Rua Silveira Neto 573 | Curitiba - PR Fone: 41 8848.5828 norberto.minelto@agfa.com.br Distribuição gratuita e dirigida aos associados do Sigep/Abigraf-PR, autoridades, agências de comunicação e marketing, patrocinadores, anunciantes e fornecedores do setor. As matérias e artigos assinados, assim como as publicidades veiculadas, são de inteira responsabilidade de seus autores e anunciantes, não expressando necessariamente a opinião da publicação.

Diretoria Efetivos Presidente – Edson Benvenho (Midiograf) 1º Vice-Presidente – Erasto Fernando Farias (Ótima) 2º Vice-Presidente – Abilio de Oliveira Santana (Hellograf) 1º Tesoureiro – Marcos D. da Natividade (Delta Etiquetas) 2º Tesoureiro – Luciano dos Santos Szurmiak (Belton) 1º Secretário – Rafael Amauricio Furiski (OGG) 2º Secretário – Cesar Antonio Lise (Lisegraff) Suplentes Ademar Dacoregio (Patras) Nilo Lovis (Primagraf) Marcus Vinicius Bridaroli Madalozo (Fabrisgraf) Rafael Woehl Thur (Bag for You) Emerson Edenir Scholze (World Laser) Sergio Luiz Schmidt (Vitagraf) Ana Carolina Fonteque Cardoso de Lima (Fatimense) Conselho Fiscal - Efetivos José Toaldo Filho (MB) (in memorian) Derli de Araujo Krassuski (Master Print) Claudia Markowicz Lopes (Kingraf) Suplentes Lucio Novaki (Copy City) Luiz Gonzaga Dionysio (Tecnicópias) Altamir José Ferrari (Griffin) Delegados Representantes - Efetivos Jair Leite (Ajir) Edson Benvenho (Midiograf) Suplentes Cristovam Linero Sobrinho (Vitória) Abilio de Oliveira Santana (Hellograf)

Abigraf - Diretoria – Efetiva Gestão 2019/2022 Diretoria Executiva - Efetivo Presidente – Edson Benvenho (Midiograf) 1º Vice-Presidente – Vicente D. Ruiz Linares (Corgraf) 2º Vice-Presidente – Jair Leite (Ajir) Diretor Financeiro – Marcos D. da Natividade (Delta Etiquetas) Diretor Fin. Adjunto – Wagner Costa (Universal) Diretor Administrativo – Nilo Lovis (Primagraf) Diretor Admt. Adjunto – Gilberto Alves da Silva Junior (Posigraf) Diretoria Plenária – Suplentes Agnaldo Araujo de Moraes (Cambeflex) Deyse Paula Fortunato Alvares (Tuicial) Tarcizio Antonio Marin (Kamaro) Orlei Roncaglio (Kaygangue) Nilton Cardoso de Lima (Catuaí Rótulos) Marcelo Antonio Lizotti (Lizotti) João Antonio Bortoto Neto (Idealiza) Conselho Fiscal - Efetivos Sidney Paciornik (Copygraf) Altamir José Ferrari (Griffin) Claudia Markowicz Lopes (Kingraf) Suplentes Teodózio Luna de Souza (Alpha Editora) Emerson Edenir Scholze (World Laser) Nedson Silveira (Repro Set)

NEGÓCIO: representar, assessorar e orientar o setor gráfico. MISSÃO: representar e fortalecer o setor gráfico, valorizando e promovendo o desenvolvimento de seus associados. VISÃO: ser referência nacional de ação e representatividade pela união, fortalecimento e expansão do setor gráfico paranaense. CRENÇA E VALORES: Ética, comprometimento e responsabilidade.

04 | EDITORIAL

•Não vai ser fácil, mas vamos superar

08 | EVENTOS

•Cenário do setor gráfico atual é apresentado em reunião de diretoria da Fiep • Projetos de alunos da UniCuritiba apresentam sugestões de nova identidade visual para o Sigep • Assembleia da Abigraf Nacional aborda impactos da covid-19 • Fespa Digital Printing é adiada para março de 2021 • Abigraf Nacional faz segunda pesquisa sobre impacto da pandemia • Live Brasil/Portugal marcou Dia da Indústria • Abigraf Nacional lança vídeo sobre importância da indústria gráfica

22 | MATÉRIA DE CAPA

Encontros online mantêm associados informados sobre tendências e ações para tempos de pandemia

22 | ESPECIAL

• Covid-19: Empresários se unem para levar mais humanização durante o atendimento clínico •Boletim abigraf nacional. Medidas tributárias federais: coronavírus

32 | AGENDA 34 | MERCADO

• Em parceria com a F|Nasser, Sigep/Abigraf-PR oferecem curso sobre prospecção • Innovapack aposta em e-commerce de embalagens para delivery de fastfood • Informes Abigraf Nacional • Fiep comunica sobre teletrabalho • Ministério da Economia publica portarias com prorrogação de prazos • Two Sides lança Guia de Boas Práticas Ambientais • Two Sides expande ações na América Latina • Ondas Impressas traz setor gráfico em áudio • Xitron e ALEPHGRAPHICS iniciam pacote de estímulo para indústria gráfica

54 | HOMENAGEM •Nossa homenagem aos associados e suas bonitas histórias

64 | SERVIÇOS 65 | COMPRA E VENDA 66 | ARTIGO

• Cenário mundial das gráficas frente à pandemia de coronavírus • Coronavírus: oito aprendizados para o setor de embalagens pós-crise

72 | NOVIDADES

• Informes da Micro, Pequena e Média Empresa

76| ESPAÇO FORNECEDOR 78 | NOTAS

• 18.º edição do Prêmio Paranaense de Excelência Gráfica Oscar Schrappe Sobrinho fica para 2021


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EDITORIAL

É tempo de se desconstruir Já antes da pandemia do coronavírus, eu costumava dizer que nunca mais faríamos gráfica como antigamente. A minha afirmação era calçada nas mudanças globais, que têm empurrado a indústria gráfica para uma encruzilhada. Nela, um dos caminhos é continuar sendo gráfica à moda antiga e sofrer como consequência disso a real possibilidade de sair do mercado. O outro caminho é se abrir ao novo, ao futuro que já chegou e que trouxe oportunidades ainda não percebidas por um bom número de empresas. A pandemia surgiu praticamente fechando o caminho de se seguir como gráfica à moda antiga. Agora, ou o empresário descontrói o seu modo de pensar e de agir, para logo se reconstruir, ou terá problemas ainda mais sérios do que os enfrentados no pré-covid. A afirmação pode parecer pesada, ainda mais se levando em conta que nesta edição da Pré.Impressão damos destaque a algumas de nossas gráficas associadas que estão comemorando em 2020 décadas de história. São empresas de sucesso, que, obviamente, têm uma boa gestão para terem chegado tão longe, mesmo em um país que não faz muito por seus empreendedores, como o Brasil. Mas também costumo dizer que, o que nos trouxe até aqui não é, necessariamente, o que vai nos conduzir daqui em diante. E não é difícil perceber no dia a dia que as empresas que mais têm sofrido com as mudanças rápidas do mercado, como a entrada do digital, são as que têm administradores que ainda pensam em fazer gráfica como se fazia lá trás, em pré•impressão

Edson Benvenho Presidente do Sigep | Abigraf - PR Gestão 2019/2022

que as vendas eram mais fáceis, os lucros maiores, a concorrência menos agressiva e os clientes não tão exigentes. Esse mundo acabou, essa realidade não existe mais e muitos donos de gráficas ainda não perceberam, ou estão demorando a se adequarem aos novos dias. Não precisava ser dessa forma, mas a pandemia acabou por nos fazer acelerar as mudanças que, mais cedo ou mais tarde, aconteceriam em nossas empresas e em nós mesmos como gestores. É o momento de nos descontruirmos de tudo o que pensávamos e defendíamos cegamente como jeito de fazer gráfica e de nos reconstruímos com o alicerce da modernidade. Não tem outra forma, é assim ou não as chances de sobrevivência serão mínimas. E as empresas de porte e tradicionais que têm sucumbido nos mostram isso. Obviamente que não falo de jogar todo o aprendizado e experiência de anos no lixo, mas falo de reciclar ideias e o modo de aplicá-las. E a reinvenção de nós mesmos e de nossas

empresas não pode ser depois que passar a pandemia, tem que ser hoje, agora. Temos que olhar para dentro de nós e de nossas empresas e avaliar o que estamos fazendo, como estamos atendendo o novo perfil de cliente, que ferramentas temos para nos inserirmos no mercado moderno, que recursos humanos e tecnológicos dispomos ou precisamos para não ficarmos para trás. São perguntas que precisam ser respondidas. Com as respostas, o empresário tem que agir, rápido. Além disso, há muitos gargalos levando o dinheiro da empresa para o ralo diariamente, que precisam ser tampados urgentemente. E, mais uma vez, o caminho para isso é olhar para dentro da própria empresa. A desculpa por não ter dinheiro ou “tempo” não vale mais, pois quem quer dá jeito, quem não quer dá desculpa. Dá sempre para começar uma mudança de forma lenta, mas desde que ela seja constante. Há ferramentas no mercado para a gestão de produtos e serviços digitais, de vendas pela internet, por exemplo, que podem ser www.sigep.org.br


EDITORIAL

(para se reconstruir) alugadas com baixo custo; há um mercado crescendo de web to print B2B e B2C com muito a ser explorado; as redes sociais se apresentam cada dia mais como um meio indispensável de relacionamento e de vendas; enfim, o mesmo digital que “nos ameaça” é o mesmo que nos abre um vasto mundo de oportunidades. Basta enxergá-las. Outro ponto é que não precisa de dinheiro para mudanças de hábito, de conduta, de simples procedimentos. O que precisa é inciativa para sair da zona de conforto e se movimentar.

www.sigep.org.br

E em meio a tanta modernidade, um quesito sempre indispensável a qualquer negócio nunca foi tão importante: o atendimento. O cliente não quer mais produto ou serviço, ele quer solução e orientação inteligentes para o que precisa. Ele quer sentir que estamos ao lado dele para o que der e vier. E este processo tem que estar enraizado do “chão de fábrica” ao dono da empresa, com todos falando a mesma língua e pensando juntos na criação das soluções.

poucos ferimentos, outros bem machucados e outros que talvez nem consigam sair desta crise toda. Mas, como acontece em toda crise, quem sobrevive acaba ficando mais forte, porque entendeu que era preciso se movimentar. Temos que ficar o máximo possível isolados e com distanciamento social por causa da pandemia, mas a nossa mente não pode nunca ficar presa; nem às glórias do passado, nem à aceitação do que não está bom e, principalmente, nem ao “vamos esperar para ver o que acontece”.

Para concluir, digo que todo mundo vai sair transformado desta pandemia, alguns com

Força aí empresário gráfico e conte com o Sigep/Abigraf-PR sempre.

abril/maio/junho - No 124

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EVENTOS

Cenário do setor gráfico atual é apresentado em reunião de diretoria da Fiep

O vice-presidente da Fiep, Abilio de Oliveira Santana, apresentou um panorama do setor gráfico paranaense e nacional durante reunião da diretoria da Fiep, em 3 de junho, na Casa da Indústria, em Curitiba. Santana, que presidiu o Sigep por dois mandatos, foi convidado pelo próprio presidente da Fiep, Carlos Valter, que tem reunido empresários dos mais variados segmentos para saber como eles vêm enfrentando os problemas decorrentes da pandemia do coronavírus. Abílio Santana disse que começou sua apresentação enfatizando com números a força do setor gráfico no Estado e no Brasil. “Fiz questão de explicar que somos cerca de 1250 gráficas no Paraná, gerando algo em torno de 14 mil empregos e respondendo por 2,5% do PIB industrial. São números que evidenciaram a todos os participantes da reunião, que tinha representantes de vários setores, a força que a nossa indústria tem”. Em seguida, o vice-presidente da Fiep fez sua análise sobre o impacto da pandemia nas gráficas. Segundo ele, as empresas vêm atuando, na média, com 35% da capacidade produtiva. “É mais ou menos pré•impressão

o que acontece no Brasil todo. A questão é que alguns setores estão melhores, como o de embalagem, que conseguem chegar até perto dos 80% de sua capacidade de produção. Já promocional e editorial estão operando bem abaixo do que podem, em torno de 20%”. Mesmo diante das dificuldades, Abílio Santana explicou na reunião que, em geral, a indústria gráfica vem conseguindo manter os níveis de empregos. O que sido comum, disse, é a redução na jornada de trabalho e a antecipação de férias, como acontece em outros mercados.

segundo Santana, devem ser revistos imediatamente. Para ele, a era digital vai avançar ainda mais rapidamente, obrigando as empresas a se adequarem. No entanto, um dos grandes gargalos, em sua visão, ainda é a forma de atender. “Ainda há muito amadorismo no setor gráfico. Quem não profissionalizar a parte de atendimento ao cliente, vai ter mais dificuldades ainda maiores”. Apesar de todos os problemas, o expresidente do Sigep se mantém otimista quanto aos negócios no setor pós-

Reinvenção, mais do que nunca

pandemia. Segundo ele, há uma demanda

Antes da pandemia e ainda na época de presidente do Sigep, Abílio Santana já batia bastante na necessidade do empresário gráfico se reinventar. Agora, para ele, é praticamente o único caminho que sobrou. "Estamos vivendo um momento de incertezas muito grande, mas há uma certeza: as gráficas não serão mais como antes. Já havia a necessidade de mudança no jeito de operar, e agora isso se tornou obrigação”.

vão voltar a produzir e vender. Isso,

O jeito de prospectar, atender e vender,

regionais do Sul.

represada que deverá ser atendida por quem estiver preparado. “As empresas naturalmente, beneficia o nosso setor”. De acordo como Abílio Santana, o presidente da Fiep, Carlos Valter, e os participantes da reunião gostaram da apresentação e de saber que a indústria gráfica está buscando alternativas para se manter forte, como no caso dos vários encontros online que vêm sendo realizados em conjunto pela Abigraf Nacional e as www.sigep.org.br


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EVENTOS

Projetos de alunos da UniCuritiba apresentam sugestões de nova identidade visual para o Sigep seus projetos e em seguida a diretoria votou. Por coincidência, foi escolhido o mesmo trabalho que havia sido apontado como vencedor por Benvenho no Prêmio + Design, pertencente aos alunos Bianca Pontes, Adam Veiga, Lucas Matheus, Guilherme Otávio e Sarah Andres. A reunião também contou com a participação dos professores Fabrício Olivo, Marcos Merlin, Christopher

Hammerschimdt,

Adrianne

Linhares e Waleska Sieczkowski Pacheco. Apesar da decisão, a diretoria ainda vai Foto: Nova logo para o Sigep sugerida por grupo de alunos e pré-aprovada pela diretoria: sugestão ainda vai ser melhor avaliada. Crédito: Divulgação

avaliar as possibilidades de adoção das sugestões propostas e até mesmo de eventuais ajustes nas proposições, já que houve algumas ponderações por parte dos diretores, como a de Marcos Dybas

Iniciativa conjunta entre o Sigep e a

+ Design (que reconhece os melhores

da Natividade. “Gostei da parte visual

coordenação do curso de Tecnologia em

Projetos Integradores de design a cada fim

do primeiro grupo, mas achei melhor as

Design Gráfico da UniCuritiba deve dar

de semestre no curso). “Eu acabei optando

estratégias apontadas pelo segundo grupo”.

ao Sindicato uma nova identidade visual,

por um dos projetos, mas os três são muito

que contempla logomarca, readequação

profissionais. Os alunos conseguiram

do site e até estratégias de comunicação

pegar os 77 anos do Sigep e trazer para

para aumentar a visibilidade da entidade

o momento atual, preservando a história,

no mercado. Três propostas de alunos do

mas colocando a entidade no contexto

curso foram apresentadas em 2 de julho

atual de mercado”.

para julgamento do presidente do Sigep,

Mas, em geral, os diretores gostaram do que foi sugerido. “Escolha muito difícil, pois as apresentações foram muito boas e professores e alunos estão de parabéns. Apenas deixo a sugestão para que tenham um pouco mais de formalidade na hora

Depois da escolha de Benvenho, as

de apresentar, já que estávamos ali na

sugestões de nova identidade visual para o

posição de clientes deles”, disse Claudia

O julgamento foi necessário porque o

Sindicato foram levadas para a apreciação

Markowicz Lopes. “Falta um pouquinho de

Sindicato precisava definir uma proposta

da diretoria, em nova reunião online, em 21

desenvolvimento profissional nas propostas,

vencedora, como parte do 19º Prêmio

de julho. Os três grupos voltaram a detalhar

mas a gente entende que são estudantes

Edson Benvenho, em encontro online.

pré•impressão

www.sigep.org.br


EVENTOS

e estão aprendendo. Mas, num todo, os

técnicas estudadas e o apoio incondicional

Sindicato”.

trabalhos foram ótimos, com muito boa

dos representantes do Sindicato. Assim

coordenação dos professores. O Sigep está

foi possível levar essa nova proposta

Ações

dando um grande passo para modernizar

visual para o Sindicato e estudar novas

Em geral, todas as propostas sugerem

a sua imagem”, disse Jair Leite. “Qualquer

estratégias de comunicação com os

reconstrução da marca para melhora da

uma das três propostas que venha a ser

associados, patrocinadores e gestores da

comunicação, novo layout para o site e

implantada já será uma evolução muito

indústria gráfica do Paraná."

reformulação da estratégia de comunicação

A coordenadora do Curso Tecnologia em

para atingir ao público desejado. Nos

Design Gráfico da UniCuritiba, Adrianne

projetos, a nova logo foi aplicada à

Linhares, disse que o “case” Sigep foi um

papelaria, uniformes, brindes e assinatura

grande desafio. “Em tempos de pandemia,

de e-mail. Houve ainda sugestão para novo

os alunos foram desafiados a desenvolver

troféu do Prêmio Paranaense de Excelência

o seu próprio perfil criativo e capacidade

Gráfica Oscar Schrappe Sobrinho. Para

a participação de professores e alunos e

de inovação, em prol de um projeto para

comunicação com o público, também

geralmente é feito com alguma empresa

um cliente real tão importante. Trabalhar

propuseram ações nas redes sociais e

do mercado. Doze propostas iniciais

com um sindicato patronal trouxe a

no site, utilizando o conceito de Inbound

foram criadas pelos alunos, das quais os

eles, além de tudo, muito conhecimento

Marketing, em que o público é atraído por

professores do curso selecionaram três

sobre suas possibilidades de atuação e

meio de conteúdos grátis.

para serem apresentadas ao Sigep.

da responsabilidade do designer gráfico.

Ideia

grande para o Sigep em relação ao que temos hoje. Muito bons os trabalhos dos alunos”, afirmou Sidney Paciornik.

Projeto Integrador O Projeto Integrador da UniCuritiba envolve

Para

o

Coordenador

de

Projeto

Integrador no Módulo Web Design da UniCuritiba, Fabricio Gabriel Olivo, a

Como estudantes de design, os projetos, que são alinhados com o mercado de

A ideia de se repaginar a identidade visual

trabalho, só acrescentam”.

foi levada ao Sindicato pela professora de

iniciativa envolvendo alunos, professores

Adrianne também enalteceu a relação

e o Sindicato foi muito gratificante.

com o Sigep. “O contato com o Sigep foi

"Conseguimos, em meio a esse período

enriquecedor para professores e alunos. A

pandêmico, de isolamento social, e de

condução de briefing, o acompanhamento

trabalho remoto, estabelecer uma conexão

a cada etapa e a presença como jurados no

forte entre os saberes dos professores, as

Prêmio do Curso, o Prêmio +Design, foram

competências dos alunos na aplicação das

exemplos do profissionalismo incrível do

Tipografia e Ergonomia Visual do curso de Tecnologia e Design Gráfico da UniCuritiba, Waleska Sieczkowski Pacheco. E não foi por acaso. Waleska conhece bem o Sindicato por ter sido jurada em várias edições do Prêmio Paranaense de Excelência Gráfica Oscar Schrappe Sobrinho. “Eu adoro o Sindicato e sei da sua importância para o desenvolvimento desta indústria e de tudo que a cerca. Sempre que posso dou uma passadinha lá para conversar com o executivo Rubens de Campos e com a gerente de Marketing, Manoella Machado. Numa dessas conversas, comentei do projeto integrador e na hora os dois gostaram da ideia. Levei o assunto para o coordenador do curso, Fabricio Olivo, e para os demais professores e todos aprovaram“. Segundo Waleska, foi um projeto com muitos desafios, primeiro por ter sido a primeira vez com uma entidade como

Foto: Folder sugerido pelo grupo vencedor. Crédito: Divulgação www.sigep.org.br

o Sigep, já que na maioria das vezes escolhem pequenas empresas. “Os alunos abril/maio/junho - No 124

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EVENTOS

Foto: Ideia de como ficariam brindes com a novo logo sugerida ao Sigep. Crédito: Divulgação

não tinham noção de como funciona um sindicato e seus serviços. E o desafio foi maior ainda por causa da pandemia, tendo tudo que ser feito remotamente. Mas ficamos muito felizes com os trabalhos, que cumpriram todas as exigências do briefing inicial e ficaram com um resultado

como explicou Bianca Pontes. Ela, junto

relativamente jovens. Mas nós do grupo

com

gráfico muito bom”.

experiência muito diferente do que até

Aprendizado

então tínhamos visto na faculdade, em que

Os alunos também gostaram da iniciativa,

começando no mercado ou que eram

Matheus,

sabíamos que precisávamos manter a

Guilherme Otávio e Sarah Andres, está

seriedade do Sindicato, tanto na identidade

no grupo de alunos que apresentou o

visual, como na comunicação, e que isso

trabalho indicado por Edson Benvenho

não impedisse uma comunicação mais

como o “vencedor” inicialmente e depois

jovem e descontraída”.

ratificado pela diretoria do Sigep. “Foi uma

O grupo 2 conta com Gustavo Soares da Silva, Lucas Dinor Ravachi e Vitor Rosa Silva. No grupo 3 estão Gudriane Toniazzo, Jaqueline de Oliveira Sesse, Mirian Dionisio dos Santos e Talita de Almeida Bastos.

Adam

Veiga,

Lucas

trabalhamos com empresas que estavam

Foto: Propostas abrangeram também redes sociais e site da entidade. Crédito: Divulgação pré•impressão

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EVENTOS

Assembleia da Abigraf Nacional aborda impactos da covid-19 Abigraf Nacional realizou, em 24 de abril, e por videoconferência, a 56ª Assembleia Geral Ordinária e também a 29ª Assembleia Geral Extraordinária. Na oportunidade, foram apresentados os resultados da pesquisa sobre os impactos da covid-19 na indústria gráfica. Para o presidente da Abigraf, Levi Ceregato, a crise provocada pela pandemia é a maior da história. “É como uma crise de 1929, com resultados devastadores para a economia, com desemprego e problemas de toda ordem. Só que invés da pólvora e da revolta nas ruas, temos um vírus mortal prejudicando todo o mundo”.

indústria nacional. Opinião corroborada pelo presidente do Conselho Diretivo, Julião Flaves Gaúna, “Essa crise não tem precedentes em nossa história. Temos que partir para o enfrentamento dessa crise e não há outra saída a não ser a união de todos os empresários gráficos para buscarmos soluções que beneficiem todo o nosso setor”, afirmou.

Para Levi Ceregato, a pandemia escancara a necessidade de uma campanha para levantar a bandeira do nacionalismo, valorizando o produto gráfico brasileiro e incentivando o mercado a se unir numa espécie de “ciclo virtuoso”, com todos os elos da cadeia produtiva prestigiando a

Formato positivo

Durante a assembleia extraordinária foi aprovada por unanimidade mudança no estatuto da Abigraf que estende até maio de 2021 o mandato da atual diretoria da entidade em razão da pandemia.

O presidente do Sigep/Abigraf-PR, Edson Benvenho, disse que o formato em videoconferência se mostrou positivo. “Estamos aprendendo a lidar com a reunião online, mas a assembleia da

Abigraf Nacional de forma online fortaleceu o nosso empenho de realizar mais ações neste sentido. Acredito que mesmo depois da pandemia, deveremos manter pelo menos 80% das reuniões dessa forma. São mais práticas, ágeis e mais baratas”. Outro ponto positivo deste tipo de encontro online, segundo Benvenho, é que fica mais fácil para as equipes das regionais também participarem. “No nosso caso aqui, o Rubens acompanhou tudo e deu suporte. Antes, o presidente ia às assembleias e na volta tinha que reportar tudo o que havia acontecido para as suas equipes para, então, tudo ser levado aos associados. Agora as informações já ficam acessíveis a todos instantaneamente, o que agiliza a toma de decisões. Até por isso, vimos nesta última assembleia muito mais participação das regionais do que nos encontros presenciais”.

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EVENTOS

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EVENTOS

Fespa Digital Printing é adiada para março de 2021 A APS Eventos Corporativos anunciou que, em virtude das incertezas quanto à pandemia do Coronavírus, transferiu a realização da FESPA Digital Printing para os dias 24, 25, 26 e 27 de março de 2021. O evento acontecerá no Pavilhão Azul do Expo Center Norte, em São Paulo. Alexandre Keese, diretor da FESPA Digital Printing, disse que a prioridade será sempre as pessoas. “Desde o primeiro momento, nossa meta sempre foi o bemestar de todos os visitantes, expositores, fornecedores e staff presentes no evento,

pré•impressão

e mais do que nunca, prestamos aqui nossa solidariedade aos familiares das vítimas e reforçamos nossas energias”.

setor, fazendo parte da iniciativa global Go

Desde que o Decreto Municipal nº 59.285/20 (que foi abrangido pelo Decreto Estadual nº 64.881) fez com que a FESPA Digital Printing fosse adiada, a APS agiu com rapidez e prudência junto a todos os envolvidos e monitorando dia após dia a evolução deste cenário, indo além e trabalhando pela construção de um protocolo de retomada das atividades de forma segura e organizada em conjunto com outras empresas e entidades do

“Nos próximos dias, vamos apresentar

LIVE, cujo braço nacional, a Go LIVE Brasil, conta a ativa presença da APS.

todas as etapas e itens para que possamos estar juntos em mais um grande evento, afinal a FESPA Digital Printing não para! Nosso time segue produzindo conteúdos únicos, com informações e novos conceitos sobre o mercado de impressão digital. Acompanhe o site e redes sociais para ficar bem informado sobre tudo que acontece no segmento”, finaliza Alexandre Keese.

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EVENTOS

Abigraf Nacional faz segunda pesquisa sobre impacto da pandemia A Abigraf Nacional divulgou os resultados de segunda pesquisa sobre o Impacto do Coronavírus na Indústria Gráfica, desenvolvida com o apoio de suas Regionais. Cerca de 200 gráficas responderam as perguntas sobre os reflexos da crise em seus negócios. A pesquisa mostra que 62% das gráficas que participaram estão operando parcialmente e 92% delas tiveram queda de faturamento como principal reflexo da pandemia.

pré•impressão

Para 25% delas, a queda no faturamento ficou entre 51% e 60%. Quando se projeta o faturamento para 2020, em comparação com 2019, a expectativa para 42,5% dos empresários é de redução entre 21% a 40%. O risco de problemas financeiros é alto. Só 37,4% dos entrevistados disseram ter condições de honrar os compromissos da empresa por três meses ou mais sem precisar recorrer a empréstimos. Em relação a medidas para tentar amenizar os

impactos negativos, 48,6% dos empresários se disseram abertos a produzirem algum material em parceria com outra gráfica, embora até o momento 67% não tenha feito nada neste sentido. A pesquisa aponta também que 20% dos entrevistados passaram a atuar em outro segmento durante a pandemia. Um número importante e que mostra a preocupação do setor, é que 82% dos donos de gráficas passaram a ver lives e eventos online para ajudá-los em seus negócios.

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EVENTOS

Live Brasil/Portugal marcou Dia da Indústria

A situação geral das indústrias gráficas brasileiras e portuguesa é muito semelhante em todos os segmentos. Embalagens são o carro-chefe em Brasil e Portugal, onde houve queda acentuada na produção de produtos de alto valor agregado e incremento na produção de embalagens para produtos de primeira necessidade, conforme relatos de Sidney Anversa Victor, presidente da ABIGRAF – SP e da Congraf, e Cristina Baeta, diretora da APIGRAF (Associação Portuguesa das Indústrias Gráficas e Transformadoras do Papel) e da Gráfica Olegário Fernandes (PT).

Foto: Encontro online entre lideranças das indústrias gráficas dos dois países abordou preocupação com o futuro do setor no pós-pandemia. Crédito: Divulgação

As principais lideranças das indústrias gráficas de Brasil e Portugal se reuniram virtualmente para discutirem as perspectivas e tendências do mercado gráfico pós-pandemia. E a data do encontro não poderia ser mais propícia: 24 de junho, Dia da Indústria Gráfica na América Latina.

Lopes de Castro, presidente da APIGRAF

Na abertura do encontro, o presidente da ABIGRAF Nacional, Levi Ceregato, lembrou Camões. “Jamais haverá ano novo se continuar a copiar os erros dos anos velhos”. Para Ceregato, o momento é de inovação e de pensar em soluções diferentes para sair da crise.

“Essa pandemia mostrou isso. Sem a

pré•impressão

(Associação Portuguesa das Indústrias Gráficas e Transformadoras do Papel), completou afirmando que a indústria gráfica precisa se comunicar melhor, pois no mundo todo o mercado não tem noção da importância de nossa atividade. indústria gráfica não é possível resolver o problema da saúde, da alimentação, o fundamental dos rótulos, das etiquetas e das embalagens, da cultura. Gráfica é a indústria das indústrias e reflete, antes de todos, os problemas e oportunidades”.

No segmento Editorial a situação se repete. Carlos Jacomine, diretor geral da Plural, diretor de Relações Institucionais da ABIGRAF e presidente da ABRO (Associação Brasileira das Empresas com Rotativas Offset) e Lopes de Castro, presidente da APIGRAF e da Norprint (PT), traçaram um panorama do mercado editorial nos dois países, que enfrenta quedas sucessivas nos volumes de produção. Porém, no Brasil, a pandemia trouxe uma surpresa – o aumento de 20% no volume de produção de catálogos para venda direta, que demonstra a ativação de uma cadeia produtiva completa, baseada em microempreendedores e que é positiva para a economia. Josair Santos Bastos, presidente da ABIGRAF e Sindigraf da Bahia e diretor da Gráfica Trio, de Salvador e o português www.sigep.org.br


EVENTOS

Bruno Moluras, da Onda Grafe, de Lisboa, falaram das dificuldades do setor Promocional, que em ambos os países registrou quedas superiores a 70% no volume de negócios. Segundo ambos, a adaptação do setor ao mundo digital, a criatividade e a resiliência são as chaves para vencer a crise. Bruno Moluras afirmou que as mudanças na forma de consumo são uma grande oportunidade e mostrou otimismo com as demandas que vão surgir para o setor promocional pós pandemia.

de mercado e tende a crescer. Tita

conhecimento com outros empresários do

acrescentou também que há muito espaço

setor agregou muito e com certeza abriu

de mercado para a produção de produtos

nossa visão da realidade de nosso mercado

“amigos do meio ambiente”.

fora de nossos muros. Espero continuar

Christine Samorini (CEO da Grafitusa e presidente do Sindicato das Indústrias Gráficas do Espírito Santo e da Federação das Indústrias do Estado) e Tita Fernandes, diretora geral da Mofitex (PT), ressaltaram também que o consumo mudou de forma definitiva por conta da pandemia e que o setor de Rótulos e Etiquetas, se inovar processos de produção e se reinventar, vai encontra grandes oportunidades

português relate que há problemas para

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Na Comunicação Visual, André Linares,

participando dos eventos da Abigraf”.

da paranaense Corgraf, e Miguel Pina,

Julião Flaves Gaúna, CEO da Gráfica

do Grupo Bigup, de Lisboa e Porto, não

Pontual (MS), presidente do Conselho

fugiram a regra e falaram sobre os desafios

Consultivo

do setor em encontrar novos materiais e explorar novas mídias, como a têxtil. André e Miguel mostraram otimismo quando ao futuro do setor, embora o encontrar mão de obra qualificada em Portugal.

da

ABIGRAF

Nacional

e presidente da ABIGRAF – MS e Pedro Santos, da Ocyan Gráfica (PT), afirmaram que a impressão digital tem como principal desafio para o futuro o planejamento eficiente e a ampliação da área de atuação. Ambos relataram quedas expressivas no faturamento (até 80%) por conta da pandemia, porém

De acordo com André Linares, participar

novos negócios surgiram para auxiliar

da live sobre tendências e persperctivas

o enfrentamento ao Coronavírus, como

do mercado gráfico pós-pandemia foi

por exemplo, a produção de máscaras

uma experiência incrível. “A ideia de

descartáveis e de material educativo.

juntar Portugal na live foi extraordinária

A live está disponível no canal do YouTube

e muito enriquecedora, pois a troca de

da Abigraf Nacional.

abril/maio/junho - No 124

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EVENTOS

Abigraf Nacional lança vídeo sobre importância da indústria gráfica A pandemia de covid-19 já é considerada o evento mais grave desde a segunda guerra mundial. Por isso, a Abigraf Nacional lançou um vídeo institucional para mostrar ao mercado que a importância do setor e que as indústrias do segmento estão continuam firmes e trabalhando para que não falte nada na casa das pessoas.

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MATÉRIA DE CAPA

Encontros online mantêm associados informados sobre tendências e ações para tempos de pandemia eventos online são importantes para conscientizar os empresários sobre as necessidades de mudança na forma de gestão de suas gráficas, principalmente em relação às vendas. “As gráficas se modernizaram em termos de equipamentos e produção, mas ainda estão muito atrasadas na forma de vender. Se não tivermos criatividade, não vamos conseguir atingir os nossos objetivos. Por isso, é necessário aproveitar bem os eventos online que têm tratado sobre estes temas, com esses que estamos realizando”. Foto: O presidente do Sigep/Abigraf-PR, Edson Benvenho, abrindo uma das webinars: momento de apoiar os empresários para enfrentar a pandemia e a pós-pandemia. Crédito: Divulgação

O presidente do Sigep/Abigraf-PR, Edson Benvenho, disse que a grade de palestras das lives foi pensada justamente em ajudar o empresário gráfico a se planejar para as

Sem a possibilidade de encontros e

da Abigraf Nacional, Levi Ceregato, a

vendas no pós-covid, mas, principalmente,

reuniões

da

organização das lives mostra mais uma

a se mexer agora em busca de soluções

pandemia do coronavírus, as entidades do

vez como as Abigraf’s do Paraná, Santa

para recuperar as vendas. “A ideia das

setor gráfico vêm “se reinventando” para

Catarina e Rio Grande do Sul estão na

lives surgiu de conversas com os demais

manter os empresários atualizados. Em

vanguarda. “É uma satisfação fazer parte

presidentes das Abigraf’s do Sul, com o

iniciativa conjunta das Abigraf’s do Paraná,

destes eventos. Tenho que parabenizar

apoio da Abigraf Nacional, de termos que

Santa Catarina e Rio Grande do Sul,

a todos pela iniciativa. O setor gráfico

continuar levando informação de qualidade

com o apoio da Abigraf Nacional, foram

está trabalhando atualmente com apenas

aos nossos associados, como já fazíamos

realizadas recentemente várias webinars

35% da capacidade e é extremamente

nos eventos presenciais. O foco principal

(eventos ao vivo com transmissão pela

importante pensarmos em como vai

das webinars é em melhorar a ação

internet) com temas pertinentes ao

ser o futuro, mas antes disso temos que

comercial das gráficas e o relacionamento

atual momento, totalizando mais de mil

aproveitar estes eventos para refletir sobre

participantes.

entre gráfica, sindicatos e Abigraf’s, além de

como sobreviver agora, durante a Covid”.

Para o presidente do Conselho Executivo

Ceregato ponderou que os temas dos

pré•impressão

presenciais

por

conta

levar aos patrocinadores e apoiadores toda a força que as Abigraf’s e os sindicatos têm”. www.sigep.org.br


MATÉRIA DE CAPA

Foto: O presidente da Abigraf-SC, Evandro Volpato, fez a abertura da webinar em que o consultor Silvio Molin falou sobre gestão da indústria gráfica em tempos de pandemia. Crédito: Divulgação

Gestão da Indústria Gráfica A primeira webinar foi coordenada pela Abigraf-SC e aconteceu em 20 de maio. O presidente da entidade catarinense, Evandro Volpato, abriu o encontro apresentando o tema e o palestrante da tarde. O convidado foi o consultor de empresas, Silvio Molin, que falou sobre “Gestão da Indústria Gráfica em Tempos de Pandemia”. Molin começou dizendo que havia preparado um conteúdo baseado nos estudos que vem fazendo no setor gráfico para direcionar as ações das empresas, principalmente neste momento de pandemia. Ele mostrou a imagem de uma pessoa sozinha em um barco, em um lago, num alusão ao isolamento. “Aproveitando a questão do isolamento, a ideia da imagem é fazer um convite ao recolhimento e à reflexão. O mundo vem passando por mudanças rápidas e isso tem impacto na nossa vida particular e das nossas empresas. No dia a dia, acabamos nos apegando às rotinas operacionais e nos esquecemos de pensar no caminho a ser trilhado para os próximos anos. Ai, quando chega em momentos de crise, como agora, muitos se desesperam e tomam decisões precipitadas”. O consultor disse que a pandemia trouxe complicações graves, mas outras crises www.sigep.org.br

também prejudicaram a indústria gráfica, como a do subprime, em 2008, e a da queda do PIB do setor, em 2015. No entanto, ele aponta que há uma crise inerente ao mercado gráfico que é a influência das mídias digitais, levando empresas a perderem trabalho. A sucessão de crises leva o setor a um cenário de queda, como Molin mostrou em gráficos. De 2012 a 2017, por exemplo, o PIB do setor gráfico ficou sempre abaixo do PIB do Brasil. Desde 2008, também se constata queda nos investimentos e no nível de emprego. “Isso nos mostra que já havia fragilidade do setor, impulsionada principalmente pelas mídias digitais. Além disso, houve alto investimento em produção, com mais equipamentos, o que acabou levando à pressão nas margens, pois os empresários se endividaram com estes investimentos todos. O resultado tem sido o fechamento das empresas. Tínhamos 20 mil gráficas em 2010 e hoje são cerca de 17 mil”. O “falecimento” de cerca de 15% das gráficas em dez anos, de acordo com Silvio Molin, é decorrente do que acontece em geral com qualquer companhia que fecha as portas: problemas no caixa. O consultor explicou que boa parte das empresas acaba se descuidando do mecanismo financeiro que faz com que esse caixa seja gerado no decorrer dos anos. Nesse descuido, o consultor

exemplificou os investimentos feitos sem análise prévia, sem saber se vai trazer caixa ou não, o que, acontece muito no setor gráfico. “Saber cuidar do caixa faz diferença, pois temos muitas empresas que chegaram no momento da pandemia com dinheiro em caixa e se viram melhor; outras com caixa justo, que estão tendo muita dificuldade, e outras que até vinham buscando recuperação financeira e agora estão em dificuldades ainda maior. Então, o que faz a diferença para o fortalecimento da gráfica não é equipamento, é equilíbrio de caixa”.

Dúvidas Depois desse panorama sobre o setor, Silvio Molin passou a responder as perguntas dos participantes da live, todas apresentadas e moderadas pelo presidente da Abigraf-SC, Evandro Volpato. Um dos questionamentos foi sobre como o pequeno empresário, que representa a maioria no setor gráfico, vai conseguir ter foco para melhorar a gestão se é ele quem faz tudo praticamente sozinho. Molin respondeu reforçando que o centro da questão é ter foco no equilíbrio do caixa. “Não importa o tamanho da empresa. O empresário deve ter ciência se o trabalho dele está gerando caixa ou se está remunerando apenas o governo, os fornecedores e os colaboradores. O dono até pode fazer tudo, mas tem que pensar como investidor, que aplica dinheiro e tempo e precisa de retorno”. Molin já emendou com outra resposta sobre gestão argumentando que o empresário precisa parar de achar que o lucro está nos produtos ou nas máquinas. “Muitos dizem que vão comprar uma máquina porque ela se paga. Nunca vi máquina se pagar, o que paga é o lucro, e isso é consequência do equipamento, mas também dos setups, dos colaboradores, da formação de preço, da estratégia comercial definida, de saber o que ganha e perde, de conhecer as margens, ou seja, vários fatores vão contribuir para a empresa ter lucro, e não apenas máquina ou produto”. abril/maio/junho - No 124

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Em seguida o consultor falou especificamente sobre como as empresas estão enfrentando a pandemia. “Digo que nunca trabalhei tanto como agora, montando plano emergencial e de ação para cada cliente. Para alguns, reduzimos gastos, com dispensa de colaboradores em até 70%, infelizmente, mas por questão de segurança, por não saber até quando vai ficar assim e se voltaremos aos níveis de antigamente. Para outros, começamos a dar férias e depois usamos os recursos que o governo deu. Prorrogamos títulos com fornecedores quando necessário, ou seja, utilizamos todas as possibilidades de alivio. Acredito que muitas empresas não vão conseguir voltar, outras estavam com caixa e vão passar de forma mais tranquila”. Silvio Molin também respondeu sobre o impacto do marketing digital no setor. “O marketing digital vem ocupando espaço do setor, com investimentos nesta área devendo crescer em 90% enquanto a mídia impressa poderá cair 70% e isso vai impactar nas gráficas. Ainda mais na pandemia, quando tivemos picos de compra pela internet, mostrando que cada vez mais as empresas terão este canal de vendas nos seus faturamentos”. Sobre uma solução para o setor, o consultor respondeu que é bem provável que aconteça redução de empresas e que uma saída seria a fusão entre elas. “Os Estados Unidos tinham 45 mil gráficas nos anos 90 e agora são 20 mil, com 80 bilhões de dólares de PIB. Nós temos

pré•impressão

aqui 17 mil gráficas com PIB de 8 bilhões de dólares. Isso mostra que ainda temos gráficas demais. Vamos ter sim redução no número de empresas. Por isso, fusões poderiam ser uma boa solução, mas pela questão cultural isso é muito difícil, já que são empresas familiares, em que até mesmo dentro da própria empresa já há problemas. Mas fusões deveriam ser avaliadas como possibilidade de salvar as gráficas”. Finalizando, Molin sugeriu que os empresários vejam as ameaças como oportunidades ao responder se gráfica é um bom negócio. “Acho que gráfica é bom negócio, posto de gasolina é bom negócio, restaurante é bom negócio, tudo depende da forma como você trabalha. Acredito que o setor de impressão não vai acabar. A diferença é que vai imprimir porta, azulejo, tecido, parede, comunicação visual, ou seja, vão aumentar as aplicações do setor gráfico. Agora muito empresário ignora essas aplicações ou as vê como ameaça, mas elas surgem para complementar o negócio”. O presidente da Abigraf-SC, Evandro Volpato, encerrou a live com uma mensagem. “Este conteúdo nos faz pensar em como melhorar as empresas. Temos certeza de que a indústria gráfica vai juntar os cacos e vai sobreviver. Espero que o Brasil aprenda e exporte materiais industrializados. A indústria gráfica pode se aproveitar disso, temos capacidade paras fornecer para o mundo todo”.

E-commerce e Web to Print No dia 26 de maio, o tema foi “E-commerce e Web to Print Para a Indústria Gráfica”. Rogério Camilo, gerente de Relações com o Mercado da Abigraf Nacional, comandou a apresentação, que teve como convidados Martilio Bueno, diretor da Print One, e Joaquin Fernandez Presas, da Ponto Design. Após as boas-vindas dadas por Levi Ceregato e Edson Benvenho, Martilio Bueno falou sobre as possibilidades para o setor gráfico no e-commerce e no web to print. Em uma pequena introdução, Bueno pontuou que a tecnologia web to print está mudando a forma como as empresas se relacionam e fazem negócios com o segmento gráfico. Segundo ele, a experiência de compra dos novos usuários, a personalização e a interatividade por meios de novos canais serão os princípios básicos para aumentar a conversão da web para o print. A importância do tema “vendas online” no momento foi exemplificada com case da indústria alimentícia. O setor sempre esteve fora do e-commerce e agora atingiu crescimento de 334% nas vendas no último ano e crescimento de 174% nos últimos 60 dias em relação às vendas na Black Friday, o famoso dia de descontos realizado todos os anos em novembro. “O e-commerce como um todo mostra que algo será diferente. As gráficas têm que aproveitar isso, principalmente porque

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a gráfica adeque o processo dela à empresa que está atendendo, personalizando a gestão e não apenas os dados variáveis”.

Foto: Martilio Bueno, diretor da Print One, falou sobre as possibilidades de e-commerce e web to print para o setor gráfico. Crédito: Divulgação

muito consumidor corporativo e pessoa física agora estão mais familiarizados com o ambiente digital”. Neste contexto, o diretor da Print One destacou que é necessário ficar de olho

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na personalização no atendimento, mas não apenas para um produto ou serviço, e sim em um sentido mais amplo. Em vez de colocar dado variável em uma embalagem, por exemplo, ele sugere que

Bueno convidou os participantes da live a pensarem um pouco fora da caixa na hora de analisarem as interações disponíveis hoje e como isso impacta a indústria gráfica. “Temos que entender que no passado o material gráfico era autossuficiente, ele já comunicava e era uma mídia. Hoje o impresso faz parte de uma convergência digital. Eu posso acessar a impressão por um play station, por exemplo. O empresário precisa entender que o segmento gráfico está dentro de convergência digital, onde vários equipamentos podem interagir. O impresso não está mais sozinho”. Algumas das tendências de mercado, na avaliação do diretor da Print One, podem ser amplamente utilizadas pelo setor gráfico. Um exemplo dado por ele é a pesquisa de voz, que vai impactar o jeito das pessoas procurarem produtos, como cartões de visitas, obrigando a empresa

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a se adequar a isso. Também citou o chat bot, que não é apenas aquela ferramenta de chat, e sim uma inteligência artificial, um robô, já programado para dar o atendimento prévio das questões mais básicas. “E ainda temos o omnichannel, que é integração de canais, em que um produto pode ser procurado dentro de loja física ou virtual, e que a interação pode ser no celular, no computador e na televisão. Tudo isso faz parte de uma visão mais ampla”. Ainda sobre tendências que podem beneficiar o setor gráfico, Bueno citou os produtos recorrentes, que podem ser importantes elementos de sustentação à gráfica. Isso é possível por meio da assinatura de um produto, em que o cliente mensalmente recebe um kit com vários itens, podendo até devolver ou trocar o que não vai usar. A área de photobook é um bom exemplo desse mercado, disse Bueno. Ele lembrou ainda como tecnologia forte para o setor gráfico a realidade aumentada, que vem sendo muito utilizada segundo ele, em treinamentos, restaurantes e óticas. “São muitas iniciativas neste mercado. O presidente do Sigep/AbigrafPR, Edson Benvenho, por exemplo, é forte player em realidade aumentada, mas há integração possível também com o web to print. Posso propor, por exemplo, à determinada cadeia de varejo que faça uma revista como se fosse um catálogo, que será recebido pelos usuário em casa por meio de assinatura mensal. Ao folhear o catálogo, ele pode identificar produtos, e se tiver dúvida, basta apontar o celular para ter instrução adicional. O que estamos falando aqui é levar inteligência para o papel. Quando o papel é necessário nesse processo, a gente abre o olho para várias oportunidades e esse é o forte do web to print”. Ainda em tendência de aproveitar o mundo online para vender, o diretor da Print One sugere parcerias entre as gráficas dos centros maiores com as do interior. Ele exemplifica o nicho das entregas para pré•impressão

o dia seguinte, que pode ajudar a trazer mais mercado para as gráficas do interior. Na visão de Bueno, a parceria pode ser estabelecida da seguinte forma: quando uma gráfica de um centro maior vende um produto para ser entregue no interior, pode contratar uma gráfica da região para fazer a impressão e o acabamento. “Como os pedidos ficam na nuvem, esse processo fica facilitado. Se eu sou a gráfica do interior e tenho a capacidade de organizar isso, eu gero o material em 24 horas. Esse diferencial permite aumentar o preço em até 25%. Quanto mais houver a redução no tempo de entrega, maior será o valor agregado dentro do papel impresso”. A escolha para começar no web to print tem que ser bem analisada e estruturada, na visão de Bueno. Segundo ele, a cada dez gráficas que procuram a Print One para um projeto de vendas, oito querem entrar no B2C, com loja virtual ao consumidor final, ou seja, com baixa tiragem, mas volume grande. Para isso, orientou Bueno, são imprescindíveis grandes investimentos, ciência, estudo e profissionais capacitados para definir e executar as estratégias. Os números mostram a necessidade de profissionalização. Em média, de cada 100 visitantes, apenas dois vão comprar algo. Para o diretor da Print One, além de dominar as ferramentas, há que se entender o que os concorrentes estão fazendo, conhecer o consumidor e se diferenciar com produtos fora dos commodities. “Não é só criar a gráfica online e começar a vender. A plataforma de vendas pela internet vai representar 15% do sucesso, o resto é marketing e estratégia”. Depois da apresentação, o diretor da Print One respondeu perguntas dos participantes, moderadas pelo presidente do Sigep/Abigraf-PR, Edson Benvenho, que de imediato perguntou sobre o motivo das gráficas ainda não terem apostando tanto no web to print quanto os fabricantes de equipamentos. Bueno respondeu que a questão para as gráficas agora não é saber se é bom ou não vender pela internet, é saber como entrar

e entrar logo. “Cada um tem o seu porte e fôlego para iniciar, mas tem que começar. Existe espaço e oportunidades para todos, independentemente do porte”.

Novos canais de vendas para as gráficas A live continuou com a visão de Joaquin Fernandez Presas, diretor da Ponto Design, sobre “O que são os novos canais de venda para as gráficas”. Ele começou dizendo que a covid-19 acabou por acelerar a transformação digital que algumas gráficas já vinham fazendo e que o desafio agora é evitar que essa transformação seja feita de forma atropelada, sem muita organização. Na mesma linha de raciocínio defendida por Martilio Bueno, Presas disse que uma de suas bandeiras é a de agregar mais valor ao papel. “Se conseguirmos deixar de imprimir papel e agregar valor através do impresso, começaremos a achar o caminho. O gráfico tem que ser o canal, o meio por onde o produto ou serviço é levado ao consumidor. Algumas gráficas já entendem a relevância de ser o canal, de ser o prestador de serviço, e não uma indústria. Elas entendem também a relevância de deixar de vender papel e vender soluções”. Para o diretor da Ponto Design, o cenário atual exige que o empresário gráfico enxergue além do que faz naturalmente, por exemplo, buscando fortalecer a presença da empresa no ambiente online. Presas observou que o crescimento do e-commerce agora é diferente de outros picos, como Black Friday, e que boa parte do incremento nas vendas registradas no período de pandemia deverá se manter constante. “O cenário é bom para estar no mundo online, no entanto, a dica que eu dou é consultar um especialista porque o processo de entrar neste mercado passa por várias frentes e algumas delas precisam de definição estratégica. Por exemplo, não sei se é uma boa começar pelo B2C, pois você vai brigar com empresas já experientes em vendas para este público”. www.sigep.org.br


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empresário gráfico é entender que o que está acontecendo em outros mercados, que já passaram pela crise que nós estamos hoje. Isso, segundo ele, porque o comportamento humano de consumo tende a uma migração de negócios, de tecnologia e de tendências de outros mercados que chegam para nós. “Temos delay operacional em relação à projeção de produtos, consumo, oferta e demanda e, então, precisamos entender o que está acontecendo no mundo, com análise de dados, para depois pensar no Brasil”.

Foto: O diretor da Ponto Design, Joaquin Presas: “empresário tem que enxergar além do que faz naturalmente”. Crédito: Divulgação

O especialista em marketing digital aproveitou para dar um “puxão de orelhas” nos empresários, que, afirma, se preocupam com a apresentação física da empresa, mas mantêm um site muito ruim, velho e abandonado. A sugestão é produzir e distribuir conteúdos de qualidade na internet para atrair visitantes ao site e iniciar um processo de relacionamento que pode se transformar em vendas. “A entrada do digital é mandatória e tem que ser feita de forma rápida, mas com planejamento”.

informações do palestrante iriam ajudar as gráficas a enfrentarem o período de pandemia e pós-pandemia. O presidente da Abigraf-PR, Edson Benvenho, também recepcionou virtualmente os participantes, destacando a importância dos temas ministrados para preparar o futuro das gráficas. Nasser iniciou fazendo questão de frisar que o meio gráfico nunca vai acabar, mas que precisa de adequações. Para ele, uma das necessidades mais importantes para o

O consultor trouxe alguns dados do mundo para ajudar a entender o que pode acontecer no Brasil. Ele começou com cinco tendências na China desde o covid-19, com o argumento de o país é detentor global de demanda e de oferta de produtos em todos os ramos: 1 – Digitalização - as ferramentas digitais se tornam soluções mais populares. Então hoje gráficas que não estejam fazendo comunicação no meio digital vão ficar muito para trás, e provavelmente vão fechar. Por isso, não é só trabalhar com material de consumo que as empresas demandam, mas também o que o B2C demanda. 2 – Declínio da exposição global crescente importância dos mercados domésticos. O consultor falou sobre os

Prospecção em tempos de crise Em 2 de junho, o tema abordado foi “Prospecção em tempos de crise e como se preparar para as vendas pós-covid”, sob a responsabilidade do consultor, palestrante e professor nas áreas de neurociência, marketing e vendas, Felipe Nasser. A mediação foi feita por Rogerio Camilo, gerente de Relações com o Mercado da Abigraf Nacional. O presidente do Conselho Executivo da Abigraf Nacional, Levi Ceregato, deu as boas-vindas, enaltecendo o trabalho das Abigraf’s Regionais e dizendo que as www.sigep.org.br

Foto: O consultor e professor Felipe Nasser ensinou técnicas de prospecção para acelerar a conquista de clientes. Crédito: Divulgação abril/maio/junho - No 124

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empresários terem tendência de buscar grandes empresas e esquecerem que o vizinho do lado, por menor que ele seja, tem necessidades a serem supridas. 3 – Intensidade competitiva crescente: existe aumento da indústria em relação a processos, capacidade instalada, otimização de máquinas e tecnologias. Por isso, o consultor sugeriu ver os diferenciais que a empresa tem em relação aos concorrentes. 4 – Consumidores atingem a maioridade: existe mudança comportamental, os mais jovens estão se preocupando mais com saúde e com os seus recursos financeiros, e isso afeta a qualidade, que no ramo gráfico também resulta em entregar além do básico. 5 – Os setores privado e social intensificamse: setor privado desempenha um papel socioeconômico mais forte, enquanto o setor social aumenta as possibilidades de consumo. As pessoas estão evitando comprar, seja produção industrial, varejo ou comercio, e a partir disso existe retenção de dinheiro no mercado e hora que começar a liberar o consumo as pessoas vão correr para comprar. Logo, quem compra precisa de material gráfico impresso, comunicação visual, sacolas, embalagens. Nasser sugeriu que as gráficas precisam se preparar e plantar agora para colher no futuro. Segundo o consultor, esse preparo deve vir, também, da prospecção, pois quanto mais se prospecta mais chance se tem de negócios. “O grande erro das áreas comerciais é achar que têm um volume grande de atendimento de clientes e que nunca vai perdê-los. Tem que prospectar mais. Mercado tem, e muito. Por exemplo, os MEI, que têm grande potencial de consumo”. Outro ponto-chave para as gráficas observarem e se prepararem, na visão de Nasser, é a internet. Ele comentou sobre o maior consumo das pessoas por meio do online, ilustrando com o dado de pré•impressão

que 30% das compras pela internet em maio foram feias por pessoas que nunca tinham comprado de forma online antes. Para Nasser, isso evidencia uma grande oportunidade que se abre, sobretudo no segmento de embalagens e impressos para a indústria de alimentos, utensílios domésticos e produtos de higiene, que tem aumentado muito o consumo em virtude das pessoas ficarem mais em casa. Em relação à prospecção, o consultor sugere que a gráfica tenha uma base de dados muito forte, contendo histórico de compras, que produto imprimiu, tempo de cotação até o fechamento, quanto gastou, entre outros. A partir daí, a prospecção tem que ser feita com critério, sabendo quais clientes estão mais prontos para fechar. E deve ser feita pelo telefone. “Tem que ligar, conversar. O vendedor que não gosta de falar ao telefone não é vendedor. A empresa tem que criar um processo de ligações diárias”. Em seguida, Nasser falou com um participante da live para mostrar na prática como funciona um funil de prospecção e de venda, com uma suposição de que a cada 100 pessoas que a equipe comercial da gráfica entrasse em contato, quantos iriam atender, quantos iriam agendar uma visita, quantos iriam pedir orçamento e quantos entrariam na fase de negociação. Esse processo é chamado de funil de vendas, em que cada etapa dos dados precisa ser analisada e melhorada constantemente, principalmente no topo do funil, onde está o número de visitas. “Quanto mais visita a equipe comercial fizer, maior chance de no final do funil termos mais clientes”. E qual o segredo para se fazer uma prospecção de sucesso? O consultor ensinou que o macete está em falar do problema do prospect e apresentar a solução em 30 segundos. Em seguida já convidar para uma ação, perguntando que horas pode ligar para fecharem. “Para

isso funcionar, é preciso saber exatamente quais são as dores (problemas) do prospect e testar o discurso para não haver insegurança. Outro critério importante no discurso de vendas é saber que é diferente o jeito de negociar com uma mulher, com um homem ou com alguém de mais idade”. Outro ponto para transformar o prospect em cliente, segundo Nasser, é agir com urgência em relação às possibilidades de vendas. Os pedidos de orçamento, por exemplo, devem ser respondidos imediatamente. Além disso, orientou, é preciso definir claramente quais são os objetivos no processo de venda, quanto se busca crescer, além de diversificar o atendimento para outras cidades ou estados. Especificamente para este período de pandemia, o consultor deixou uma dica importante. “Agora não é a hora de perguntar o que o seu cliente está precisando. A pergunta tem que ser o que vai precisar na hora que aumentar as vendas no pós-covid e orientar para ele antecipar o pedido agora, mesmo pagando depois”. O espaço foi aberto para perguntas e o presidente da Abigraf-PR, Edson Benvenho, fez a primeira delas, sobre quanto tempo levaria para um gráfico implantar um funil de vendas. Nasser respondeu que o processo todo pode estar pronto em até cinco dias se a equipe for dinâmica. Se for mais demorada para inovar e mudar de hábitos, pode levar até um mês. O consultor acrescentou que dá 24 horas para o retorno do cliente depois do envio do orçamento, senão ele liga de volta. E disse ainda que é preciso, em média, fazer pelo menos cinco contatos até o fechamento da venda. O presidente do Conselho Executivo da Abigraf Nacional, Levi Ceregato, fez uma intervenção dizendo que em seus 50 anos de gráfica sempre viu empresas se preocuparem em investir em equipamentos, mas não na equipe comercial. “Era comum termos vendedores que não deram certo em nada e acabavam parando na gráfica. www.sigep.org.br


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Só que o tempo mudou e agora temos que chegar a um equilíbrio entre vendas e produção”. Depois, Ceregato perguntou se o vendedor nasce com talento para vendas ou se ele pode ser criado. O consultor respondeu que todo mundo nasce vendedor e negociante, pois todos estão sempre negociando para ter o que precisam o dia todo. “Algumas pessoas nascem com o talento de vender e o meio as torna boas negociadoras. Mas pessoas que não têm habilidade nenhuma podem se tornar vendedoras sim, desde que queiram muito”.

Oportunidades no mercado digital Em julho, no dia 7, a webinar aconteceu em uma iniciativa dos parceiros do Sigep/ Abigraf-PR - Copylink e Konica Minolta -, com o tema “Oportunidades no Mercado Digital”. O encontro, que foi apresentado pelo gerente de Relações com o Mercado da Abigraf Nacional, Rogerio Camilo, e mediado pelo presidente do Sigep/ Abigraf-PR, Edson Benvenho, iniciou com apresentação da diretora de Operações, Consultoria e Conteúdo da AN Consulting, Andrea Ponce. Com 28 anos de experiência no setor gráfico, ela falou sobre “Oportunidades e Tendências no Mercado de Impressão de Rótulos”. Depois de enaltecer o trabalho das entidades na realização das lives de apoio aos empresários gráficos, Andrea Ponce iniciou sua apresentação com dados do mercado que reforçam a importância do nicho de embalagem, rótulos e etiquetas adesivas, principalmente em comparação ao setor gráfico num todo. Em embalagem, por exemplo, o crescimento no primeiro trimestre de 2020 foi de 1,6% em relação ao quarto trimestre de 2019. Já a comparação entre um trimestre e outro na indústria gráfica em geral evidencia decréscimo de 15%. “Isso já mostrava uma evolução da área de embalagens www.sigep.org.br

Foto: A consultora Andrea Ponce apresentou oportunidades na área de rótulos e etiquetas. Crédito: Divulgação

mesmo antes da pandemia. Na verdade, a evolução deste segmento vem desde 2007”, disse. A chegada da covid-19, na avaliação da diretora da AN Consulting, deu uma embaralhada no mercado e obrigou os empresários a se planejarem. Para ela, muitas mudanças geradas por conta da pandemia vão continuar, embora não se tenha a exatidão de quando as atividades empresariais serão retomadas de fato. Por isso, sugeriu, o momento é de planejamento, de análise de dados e do próprio negócio para saber como agir. Para Andrea Ponce, nessa análise, o empresário deve estar atento às pesquisas que apontam oportunidades em nichos com expansão de atividades agora e no pós-pandemia, como alimentos e bebidas; tecnologia da informação; agronegócio, serviços de educação e higiene e limpeza. “Por outro lado, pesquisas também mostram que a maior preocupação do empresário gráfico no pós-covid é uma eventual demora na retomada da demanda dos clientes. Então, ele tem que avaliar o que está fazendo agora, se está se abrindo para novos nichos e se está analisando a possibilidade de atender os setores que mais vão demandar produtos gráficos”. Os segmentos de embalagem, rótulos e etiquetas adesivas aparecem como

melhores perspectivas para negócios. E mais uma vez os números provam isso. Segundo pesquisa da Abigraf Nacional, apenas 15% das gráficas em geral esperam manter em 2020 o faturamento na casa dos 80% a 100% em relação ao que tinham antes da pandemia. No entanto, pesquisa da Projeto Pack mostrou que em empresas do nicho de embalagem, rótulos e etiquetas adesivas sobe para 43% o percentual das que acreditam conseguir manter o faturamento entre 80% e 100% do que tinham antes da covid-19. “Ou seja, estas empresas também estão sofrendo e tiveram problemas, só que menos”. De acordo com Andrea Ponce, junto com o momento turbulento surgem tendências a serem exploradas. Um exemplo que citou é a economia do low touch, ou baixo contato. É caracterizada por interações de pouco contato físico, como foco em saúde e medidas de segurança. Ela rege novo comportamento humano e na indústria. “É o novo estado da nossa sociedade em que quanto menos contato eu tiver com outra pessoa, melhor vai ser. Aí na sua empresa você tem produtos como solução e com valor agregado para o baixo contato? Aproveite os nichos em evidência, analise esta nova tendência do low touch, ouça o que o seu cliente precisa, veja as tecnologias disponíveis e se reinvente”. abril/maio/junho - No 124

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MATÉRIA DE CAPA

pela empresa. Fazemos certificações com testes para saber se o técnico conseguiu entender as informações e também para avaliarmos a progressão dele em campo. Isso é importante porque há fabricantes, como a Konica, que exigem que tenhamos técnicos treinados para poder vender os equipamentos deles”.

Foto: O gerente comercial da Copylink, José Fernandes Chaves, destacou os diferenciais da empresa. Crédito: Divulgação

A diretora da AN Consulting trouxe também números do Sebrae para dar mais uma ideia de como o atual momento pode ser bem aproveitado por quem está antenado com as mudanças. Os tops 10 produtos mais vendidos na internet estão nas áreas farmacêuticas, delivery, supermercado, cursos, marmitas, bebidas, pets, exercícios em casa, informática e serviços para casa e construção, sendo que muitos deles, como disse Andrea, demandam produtos gráficos, principalmente em embalagem, rótulos e etiquetas. “Além disso, 40% dos consumidores online fizeram sua primeira compra em março. Ou seja, as pessoas estão mais familiarizadas com as soluções digitais, mais abertas ao novo, e isso tem que ser explorado pelo setor gráfico para não entregar apenas um impresso e sim uma solução completa”. Para encerrar, Andrea Ponce deixou dados de pesquisa da Future Label Print, atestando que desde 2014 o mercado de etiquetas cresce 5,2% em volume e que o nicho de rótulos e etiquetas tem muitas oportunidades por permitir aumento da personalização, pela demanda por rótulos premium, por permitir rastreabilidade e por oferecer integração entre o mundo digital e analógico, entre outros fatores. pré•impressão

Copylink e Konica Minolta A segunda parte da live foi destinada ás apresentações da Copylink e da Konica Minolta. Josué Fernandes Chaves, gerente comercial da Copylink, instalada em Pinhais, região de Curitiba, explicou que a empresa é representante da Konica Minolta para a região Sul, além de ser uma das sete integrantes do Grupo Tecnoset, um dos maiores fornecedores de soluções gráficas e para escritório do Brasil. “As sete empresas trabalham em cross selling, então tudo o que tem de solução em uma delas eu consigo trazer para os clientes da Copylink. Entre essas soluções estão identificação e rastreabilidade, câmeras térmicas, eficiência energética, entre outras. Com a força do grupo, conseguimos ter condições melhores junto ao fabricante e repassar aos nossos clientes, tanto em venda de equipamentos, quanto em suporte”. Chaves disse que a Copylink é muito focada em gráfica, embora trabalhe outros segmentos. Segundo ele, apesar de estar localizada no Sul, a empresa consegue atender todo o Brasil, tendo um foco muito grande na força do seu corpo técnico. “Hoje temos 45 técnicos contratados e treinados

Outro destaque da Copylink, de acordo com Chaves, é o estoque completo e planejado para que os clientes tenham garantia de atendimento com qualidade e agilidade aos seus clientes. Outro diferencial, aponta o gerente, são os parceiros, com mix completo de soluções ao mercado, como a Konica Minolta. Entre essas soluções, Chaves destacou impressão plana, impressão continua, prova de impressão, grande formato e impressão de fotografia, além de softwares de dados variáveis, de digitalização e para correção de provas. “Claro, temos muitas outras soluções, mas, para isso, aguardo a visita dos interessados para podermos avaliar as necessidades e explicar melhor”. Em seguida, Luciano Cazemiro, especialista em impressão industrial da Konica Minolta, fez sua apresentação baseada em equipamentos, mercado e oportunidades. Segundo ele, o seu objetivo na empresa é trazer para o mercado nacional equipamentos de porte industrial para os mercados têxtil, de embalagem e de impressão de rótulos. Cazemiro apresentou a Konica Minolta, enfatizando que foi fundada há147 anos começando com câmera e filmes, tendo hoje como principal negócio business solution e production print., com representação de produtos para área de saúde, industrial, entre outras. São ao todo 174 subsidiárias consolidadas, vendendo para cerca de 2 milhões de clientes em mais de 150 países. No mercado brasileiro, a Konica Minolta separa as áreas como impressão industrial e impressão comercial, atuando diretamente como matriz e filial em seis estados, e nas outras regiões por meio www.sigep.org.br


MATÉRIA DE CAPA

sofre muito com o setup de máquinas. “Por isso, os equipamentos da Konica Minolta têm um pacote de serviços que vem integrado a eles, como calibração de cores e estabilidade. Isso é facilitador hoje do setup”.

Foto: O especialista em impressão industrial da Konica Minolta, Luciano Cazemiro, destacou equipamentos da empresa. Crédito: Divulgação

dos parceiros, como a Copylink. A área de impressão industrial existe há três anos, com equipamentos de impressão de rótulos e etiquetas adesivas. “A tecnologia da Konica Minolta hoje oferece conjunto de software e hardware para facilitar a utilização dos produtos da empresa. Muitos acreditam que a Konica Minolta é apenas fabricante de equipamentos, mas o nosso ponto forte é o fornecimento de serviços”. Cazemiro ressaltou que em impressão comercial a Konica iria lançar na Fespa 2020, que acabou adiada para o ano que vem, o equipamento C14000, de alta produtividade, de 140 páginas A4 por minuto. “É um equipamento que vem ao encontro do que a Konica acredita ser solução para o mercado, ou seja, aliar alta produtividade com baixo custo de impressão, sem contar que ele vem integrado várias soluções de acabamento”. Na impressão industrial, Cazemiro falou sobre o equipamento L 190, lançado no final de 2015 na Europa. O equipamento é uma opção para se aproveitar as oportunidades do mercado na área de rótulos e etiquetas. “Temos pesquisas que mostram que é um segmento que cresce entre 4% a 5% ao ano, diferentemente da indústria gráfica na área promocional e editorial, por exemplo. www.sigep.org.br

Para se ter uma ideia de como o segmento de rótulos e etiquetas é tendência com oportunidades de negócios, em três anos e meio estamos com 450 equipamentos nessa área instalados mundialmente”. No entanto, Cazemiro diz que não adianta só migrar para o digital se o empresário não estiver preparado. “Nós, como fabricantes, colocamos a consultoria a favor dos nossos clientes em termos de mercado e tendência, mas o empresário tem que estar preparado, não apenas com o poder de investimento, mas sim de saber atender o cliente neste formato”. Por isso, disse Cazemiro, a Konica Minolta tem um trabalho muito forte de entender o cliente. “Independentemente do que vamos comercializar, temos que entender a necessidade do nosso cliente e a necessidade do cliente do nosso cliente, que está na ponta de tudo. Se não entendermos sobre isso, não conseguimos oferecer soluções”. A impressão digital dentro do sistema convertedor de rótulos e etiquetas, segundo Cazemiro, ganha importância na interação com os clientes digitais, por meio de aplicativos no celular, internet e informando muito mais os consumidores. Outra característica importante dos equipamentos, segundo o especialista, é que o mercado de flexografia ainda

Como oportunidade, o especialista pontua que o rótulo tem que ser visto hoje como um produto e não apenas um instrumento de marketing. Se ele não chega, o produto final não vai para a prateleira. “O cliente dono da marca nova não sabe se o seu produto vai vingar ou não e ele precisa de pequenas tiragens para teste. Por isso, a produção tem que ser dinâmica, mas com custo menor e com menos desperdício de matéria-prima. Os equipamentos da Konica Minolta têm características de reduzir custo e aumentar a rentabilidade”. Outro diferencial da Konica Minolta, segundo Cazemiro, é que a empresa cuida de toda a gestão da impressão do equipamento. “O grande paradigma do convencional para o digital é saber quanto custa um técnico para solução de problema de equipamento digital e quanto custa essas peças. No convencional todo mundo sabe a hora técnica, mas no digital tem essa dúvida. Isso é serviço que a Konica Minolta e seus parceiros ofertam, dando tranquilidade de que o equipamento dificilmente vai sofrer parada de produção. Dentro do pacote estão todos os custos operacionais do distribuidor, custos de impressão com fornecimento de suprimentos, peças de reposição e assistência técnica. O cliente sabe quanto paga ,sem variação, e isso dá tranquilidade para ir atrás do serviço e buscar essas oportunidades, com rentabilidade”.

As lives estão disponíveis nos seguintes links: “Gestão da Indústria Gráfica em Tempos de Pandemia”. “E-commerce e Web to Print Para a Indústria Gráfica” “Prospecção em Tempos de Crise e Como se Preparar Para as Vendas Pós-Covid” abril/maio/junho - No 124

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AGENDA

Agenda 2020 24 a 27/03 de 2021 – Fespa Digital Printing, em São Paulo. 20 a 30/04 de 2021 – Drupa, em Dusseldorf, Alemanha.

Consultoria em Tecnologia

27 Anos atuando na Indústria Gráfica pré•impressão

* Manutenção preventiva e corretiva de computadores * Suporte à sistemas ERPs Grácos (GS, Metrics)... * Atendimento Remoto / Remoção de vírus / Formatação de computadores * Análise de rede e controle de tráfego / Análise e controle de uso de internet * Sistema de Contrato com permanência/horas na empresa Rua Cianorte, 136 – Centro – Pinhais – Cel./Whats: (41) 9 9103 0685 www.sigep.org.br



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MERCADO

Em parceria com a F|Nasser, Sigep/Abigraf-PR oferecem curso sobre prospecção Se os clientes “sumiram” em tempos de pandemia, nada mais assertivo do que profissionalizar a forma de atraí-los. Para isso, o Sigep/Abigraf-PR firmaram parceria com a empresa F|Nasser para possibilitar aos associados a participação com desconto e parcelamento no curso Prospecção Fanática, ministrado pelo professor e consultor nas áreas de neurociência, marketing e vendas, Felipe Nasser. O curso teve o objetivo de desenvolver as habilidades para potencializar a prospecção de vendas.

captadores de vendas e gestores, o curso

“O aprofundamento dos temas por cada

abordou temas como o que é prospecção

aluno trouxe uma diversidade de problemas

e quais seus objetivos; confiança e

que cada gráfica enfrenta. A partir disso,

autodesenvolvimento;

de

todos se envolveram em analisar e

flexibilidade;

desenvolver soluções em conjunto para

O curso aconteceu nos dias 7, 9, 14, 15 e 16 de julho, das 19h às 22h30. As aulas foram online, por meio da plataforma Zoom. De bônus, os 15 participantes ganharam o curso Introdução ao Neuromarketing, também de Felipe Nasser.

participantes.

Indicado para vendedores, autônomos, equipes de atendimento, pré-vendas,

pré•impressão

realização,

necessidade

adaptação

e

pirâmide da prospecção; cold call; visitas presenciais; funil de prospecção; análise de indicadores; venda social; canais offline e online; personas, além de elaboração de modelo de vendas.

quem estava com mais dificuldade”. Nasser reforçou que, ainda mais neste momento, quem busca conhecimento como o oferecido no curso fica muito à frente da concorrência. “Quem participou

Segundo Nasser, o curso foi altamente

entendeu a importância da prospecção

positivo,

dos

fanática e como deve ser feita sem parar.

com

muita

interação

“Tivemos

um

ótimo

Os alunos entenderam ainda a importância

engajamento, tanto que as aulas sempre

de utilizar o marketing digital, analisar os

passaram do horário previsto em função

indicadores do mercado e as informações

da participação dos alunos, que quiseram

que as redes sociais apresentam. Agora

aprofundar os assuntos”.

eles têm muito subsídio para estar na frente

O professor destacou que o conteúdo foi enriquecido como a diversidade de dúvidas que os alunos apresentaram em cada aula.

dos concorrentes, simplesmente porque os concorrentes não conhecem o conteúdo que foi passado no curso”.

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MERCADO

DEPOIMENTOS "Fiz o curso Prospecção Fanática com o Felipe da F.Nasser e foi de grande valia, pois, além de dar várias dicas de como prospectar novos clientes, o curso nos faz enxergar como e porque a prospecção continua é de suma importância. Com mais de 24 anos na área comercial e uma excelente carteira de cliente, já fazia um bom tempo que eu estava só colhendo frutos do meu trabalho recebido através de indicações, porém o curso me fez encher de estímulo, abrindo assim os meus olhos pra ir mais longe"!

Marcelo Sena, executivo de Vendas do Grupo Corgraf

"Curso muito interessante e motivador. Além de atualizar as técnicas de vendas, ensina muito sobre vendas através das mídias sociais".

Dioclécio Domingues, diretor da Gráfica Radial

“Tive a oportunidade de fazer o curso de Prospecção Fanática com o professor Felipe Nasser e foi interessante desde a primeira aula. Para mim, mais que aprender a prospectar, este curso despertou a vontade e o prazer de prospectar. Terminei o curso já me preparando para contratar uma secretária e investir nas ferramentas adequadas para melhorar a minha apresentação a futuros clientes em potencial, tirando maior proveito das redes sociais. Agradeço ao professor Felipe Nasser por esta belíssima oportunidade”.

Jairo Rantin, representante comercial da Catuaí Rótulos

“Posso dizer que o curso foi uma grata surpresa em minha vida. Tanto pelo conteúdo quanto pela pessoa do professor Felipe. Seus ensinamentos valem ouro! E digo mais: além de valiosíssimos, são realmente aplicáveis no dia a dia empresarial. Desde o começo das aulas, abri meus olhos e comecei a prospectar com muito mais interesse, persistência e ousadia”.

Ana Carolina Fonteque, analista de Mercado da Catuaí Rótulos

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MERCADO

Innovapack aposta em e-commerce de embalagens para delivery de fast-food de embalagens do site e oferecer novas soluções para outros setores”, ressalta o diretor. Mais informações no site: https://www. deliveryembalagens.com.br/. Foto: Embalagem da Innovapack: diversos modelos. Crédito: Divulgação

A Innovapack, empresa fabricante de embalagens em papel cartão, lança o InnovaDelivery, e-commerce de embalagens de papel cartonado para delivery de fast-food. Nele, clientes podem escolher de forma prática e rápida diversos modelos de cartuchos e bandejas, que atendem aos requisitos de segurança e qualidade do setor de food service. Os pedidos podem ser realizados no site https://www.deliveryembalagens.com.br/. Além do e-commerce, a empresa assume nova identidade de marca, com logotipo revisitado. Marcelo Gaspar, diretor-geral da Innovapack, explica que o lançamento do e-commerce reforça a nova estratégia da companhia no Brasil. “Grande parte dos donos de lanchonetes, food trucks e hamburguerias de pequeno e médio porte não trabalhavam com entregas antes da quarentena e precisaram se reinventar. A Innovapack, fornecedora de embalagens para as principais cadeias de fast-food no país, investiu no e-commerce para apoiar o delivery desses empreendedores. Com a pré•impressão

nossa expertise na produção de embalagens para o setor, oferecemos opções práticas, que garantem a qualidade do produto entregue na casa do consumidor”, comenta. A plataforma reúne uma linha de produtos voltados para delivery, com modelos de embalagens em cartuchos e bandejas. Há opções para hambúrguer, batata frita, cachorro-quente, petiscos e suportes para copos. Os clientes fazem os pedidos a partir de um cadastro simples no site e o pagamento pode ser efetuado com cartão de crédito ou boleto bancário. As embalagens são feitas com material certificado e reciclável e são entregues montadas, facilitando o manuseio e possibilitando maior agilidade nas vendas. “O delivery de alimentos cresceu durante a crise e é uma tendência que veio para ficar. O InnovaDelivery garante aos comerciantes a praticidade no momento do pedido, além dos padrões de qualidade das embalagens de uma empresa que atua há 19 anos no mercado brasileiro. Nosso objetivo é continuar ampliando o cardápio

Nova identidade visual Além do lançamento do e-commerce, a empresa anuncia nova identidade. “Com a pandemia, revisamos o posicionamento da companhia e entendemos que era uma oportunidade para também revisitar a identidade da marca. O novo logo reflete os valores e a evolução da Innovapack”, finaliza Gaspar.

Sobre a Innovapack: A Innovapack é uma empresa fabricante de embalagens em papel cartão com mais de 19 anos de trajetória no mercado brasileiro. Pertencemos ao Grupo HZ, uma das mais importantes organizações da indústria de embalagens da América Latina. Nosso propósito é desenvolver soluções versáteis e inovadoras que atendem com excelência aos mais rigorosos padrões de qualidade e contribuem com os negócios dos nossos clientes. Oferecemos embalagens para uma ampla gama de segmentos, com clientes dos setores alimentício, bebidas, cosmético, delivery e e-commerce, farmacêutico, fastfood, higiene pessoal, limpeza doméstica e papelaria. www.sigep.org.br


um rรณtulo de qualidade faz toda a diferenรงa.

flexo

digital


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MERCADO

Informes Abigraf Nacional

Lei 14020/2020 – Conversão da MP 936/2020 – Coronavírus 72

a R$ 4,8 milhões: poderão firmar acordos

salários e/ou suspensão de contrato só

individuais para redução de jornada

serão admitidas por acordo individual

e salário e suspensão de contrato de

quando, além do enquadramento em

trabalho com empregados com salário

alguma das hipóteses elencadas acima, o

A Lei nº 14.020 / 2020 decorrente da

igual ou inferior a R$ 3.135,00.

empregador pagar ajuda compensatória

conversão Medida Provisória nº 936 / 2020, dentre outras disposições, institui o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda e cria o Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, a ser pago pela União. Cumpre ressaltar que este Comunicado não esgota todas as matérias previstas na citada lei. Seguem abaixo os principais pontos alterados e/ou incluídos, ou seja, que não estavam previstos na redação original da MP 936 / 2020.

mensal, equivalente, no mínimo, ao

Exceções: Poderão

ser

benefício que o empregado receberia se celebrados

acordos

individuais por todas as empresas,

Importante: nos demais casos, a adoção

independentemente da faixa salarial do

das medidas de redução proporcional

empregado no caso de redução de 25% de

de jornada de trabalho e salários e de

jornada e salário.

suspensão temporária do contrato de

Poderão

ser

celebrados

acordos

individuais por todas as empresas, independentemente da faixa salarial do empregado quando somados os valores do benefício emergencial e da ajuda

1) Limitação das hipóteses de acordo

compensatória e/ou do salário recebido,

individual

o empregado permanecer com a mesma

Empresas com receita bruta/2019 acima

não houvesse a vedação ao percebimento.

remuneração de antes.

trabalho deve ocorrer por acordo ou convenção coletiva de trabalho. 2) Prorrogação das medidas

Possibilidade

do

Poder

Executivo,

respeitado o limite temporal do estado de calamidade pública, prorrogar os prazos máximos das medidas de redução proporcional de jornada de trabalho e

de R$ 4,8 milhões: poderão celebrar

Poderão

acordos

salário e de suspensão temporária do

acordos individuais para redução de

individuais por todas as empresas com

contrato de trabalho inicialmente previstos

jornada e salário e suspensão de contrato

empregados que ganhem salário igual

na MP 936/2020.

de trabalho com empregados com salário

ou maior que R$ 12.202,12 e possuam

igual ou inferior a R$ 2.090,00;

diploma de curso superior.

Empresas com receita bruta/2019 inferior

Aposentados: a redução de jornada e

pré•impressão

ser

celebrados

Importante: a prorrogação das citadas

medidas depende de edição de Decreto pelo Poder Executivo, o que ainda não ocorreu. www.sigep.org.br


MERCADO

temporária do contrato de trabalho;

de licença-maternidade com o período

Impossibilidade de indenização pelo Estado ao empregador na hipótese de paralisação ou suspensão de atividades empresariais determinada por ato de autoridade municipal, estadual ou federal, para o enfrentamento do estado de

de garantia no emprego decorrente da

calamidade pública.

Eventuais

3) Proteção para gestantes

Garantia do valor integral do saláriomaternidade e, em relação à garantia de emprego, será somado o período

adoção das medidas de redução de jornada e salário e de suspensão de contrato de trabalho.

6) Repactuação de empréstimos / financiamentos com desconto em

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•empregado que, por meio de laudo médico acompanhado de exame de testagem, comprovar a contaminação pelo novo coronavírus. dúvidas

poderão

ser

esclarecidas através do e-mail dejur@ abigraf.org.br

folha

Medidas

Durante o estado de calamidade pública será garantida a opção pela repactuação das operações de empréstimos, financiamentos, cartões de crédito e de arrendamento mercantil contraídas com o desconto em folha de pagamento ao:

Coronavírus No 71

•empregado que sofreu redução proporcional de jornada de trabalho e de

IOF –PRORROGAÇÃO – ALÍQUOTA

benéfico, quando este prevalecerá. 5) Inaplicabilidade do fato do príncipe

salário;

(art. 486 da CLT)

•empregado

4) Conflito entre normas coletivas e acordos individuais

O acordo individual produzirá efeitos até que sobrevenha norma coletiva, passando, a partir de então, a se observar o teor do acordo ou convenção coletiva de trabalho, salvo se o acordo individual for mais

www.sigep.org.br

Tributáveis

Federais

Seguem medidas tributárias publicadas em virtude do impacto causado pela pandemia declarada pela Organização Mundial da Saúde, relacionada ao Coronavírus (COVID-19):

ZERO

O Decreto nº 10.414/2020 prorrogou até que

teve

suspensão

02.OUT.2020 a alíquota zero do Imposto

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MERCADO

sobre Operações Financeiras – IOF sobre

art. 12 da Lei nº 11.945 / 2009, beneficia

as operações de crédito.

as aquisições no mercado interno ou

Com esta medida, estão sob a incidência de alíquota zero as operações contratadas no período entre 03.ABR. e 02.OUT.2020, sobre Operações de Crédito, Câmbio, Seguros e Títulos ou Valores Mobiliários (IOF) previstas nos incisos I, II, III, IV, V, VI e VII do caput e no § 15 do art. 7º do Regulamento do IOF (RIOF).

DRAWBACK – PRORROGADA VIGÊNCIA MP Nº 960 / 2020 – SUSPENSÃO DO PAGAMENTO DO IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO (II), DO IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS (IPI), DA CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS-PASEP E DA COFINS, DO PIS/PASEPIMPORTAÇÃO E DA COFINS-IMPORTAÇÃO

na importação, de forma combinada ou não, de mercadoria para emprego ou consumo na industrialização de produto a ser exportado poderá ser realizada, desde que precedida de atos concessórios de drawback.

SIMPLES NACIONAL – DISPONIBILIZADA NOVA VERSÃO DO PGDAS-D E DAS AVULSO PARA GERAÇÃO DE TRIBUTOS FEDERAIS E OUTRO PARA ICMS/ISS A Resolução CGSN nº 154/2020 prorrogou os prazos de pagamento dos tributos apurados no âmbito do Simples Nacional dos períodos de apuração (PA), de março a maio/2020. Vale lembrar que, os tributos federais foram prorrogados por seis meses; e o ICMS e ISS por três meses, motivo pelo qual, a Receita Federal adaptou o PGDAS-D e

• emissão eletrônica automatizada de aviso de cobrança e intimação para pagamento de tributos; • procedimento de exclusão de contribuinte de parcelamento por inadimplência de parcelas; • registro de pendência de regularização no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) motivado por ausência de declaração; • registro de inaptidão no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) motivado por ausência de declaração.

E, por meio da Portaria PGFN nº 15.413 / 2020 (DOU - 29.JUL.2020) a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), altera dispositivos da Portaria nº 7.821/ 2020 com a finalidade de prorrogar para 31.JUL.2020 a suspensão temporária de das medidas:

O Ato do Congresso Nacional nº 73 / 2020

o serviço Geração de DAS Avulso para

(DOU -02.JUL.2020) prorrogou, pelo prazo

permitir a geração de dois DAS com

inadimplência;

de 60 dias, a vigência da Medida Provisória

vencimentos distintos (um para tributos

nº 960/2020 (DOU – 04.MAI.2020) que

federais e outro para tributos regionais

estendendo os prazos de suspensão do

- ICMS e/ou ISS), para os períodos de

pagamento do Imposto de Importação (II),

apuração mencionados na tabela ao lado.

do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), da contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins, do PIS/Pasep-Importação e da Cofins-Importação, previstos nos atos concessórios do regime especial de drawback, que tenham sido prorrogados por um ano pela autoridade fiscal e que tenham termo em 2020, os quais poderão ser prorrogados, em caráter excepcional, por mais um ano, contado da data do respectivo termo. Vale

lembrar

que,

do

pagamento

a

suspensão

dos

tributos

supramencionados, na forma prevista no pré•impressão

rescisão

de

parcelamento

por

• envio de débitos para protesto em cartório; • prazo para manifestação de defesa nos procedimentos administrativos;

PRORROGAÇÕES DE ATOS DA RFB E DA PGFN – PORTARIA RFB Nº 1.087 / 2020 E PORTARIA PGFN Nº 15.413 / 2020 – 31.JUL.2020 A Secretaria da Receita Federal através da Portaria RFB nº 1087 / 2020 (DOU30.JUN.2020) alterou a Portaria RFB nº 543 / 3030, para prorrogar até 31 de julho, suspensão de prazos para prática de atos processuais e os procedimentos administrativos abaixo citados:

• prazo para oferta antecipada de garantia em execução fiscal e apresentação de pedido de revisão. Além disso, a referida norma também alterou a redação da Portaria PGFN nº 9.924 / 2020, prorrogando para 31.JUL.2020 o prazo para adesão à referida modalidade de transação, originalmente previsto para 30.JUN.2020.

Eventuais dúvidas poderão ser esclarecidas através do e-mail dejur@abigraf.org.br. www.sigep.org.br


MERCADO

Período de Apuração (PA)

Vencimento Original

Impostos

Vencimento Prorrogado

03/2020

20.04.2020

Tributos Federais

20.OUT.2020

ICMS/ISS

20.JUL.2020

Tributos Federais

20.NOV.2020

ICMS/ISS

20.AGO.2020

Tributos Federais

21.DEZ.2020

ICMS/ISS

21.SET.2020

04/2020

05/2020

www.sigep.org.br

20.05.2020

22.06.2020

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MERCADO

Fiep comunica sobre teletrabalho

Em razão de questionamentos recebidos pela Fiep a respeito da possibilidade de prestação de serviços em regime de teletrabalho para o empregado que foi colocado em quarentena, temos as seguintes considerações: A Lei Federal 13.979, de 06/02/2020, definiu que os casos de quarentena são determinados para aqueles empregados que, embora assintomáticos, estiveram em contato com pessoas doentes (mesmo assintomáticas), ou suspeitas da doença (sintomáticas), devendo permanecer, a semelhança dos infectados, isolados dos demais para evitar o risco de propagação da doença. Ficou definido, de modo genérico, que a ausência decorrente de isolamento ou quarentena seria considerada como falta justificada ao trabalho. Ocorre que a Lei 13.979/2020 é anterior a adoção de medidas de isolamento social adotadas pelos Estados e Municípios, bem como é anterior a publicação da MP 927, que permitiu a adoção do regime de teletrabalho de forma geral pré•impressão

a todos os trabalhadores. A intenção da Lei, assim, era que os empregados em quarentena não circulassem livremente, ficando restritos à sua residência, sem comparecer na empresa, justamente para evitar o risco de contágio dos colegas de trabalho e do resto da população quando em deslocamento. Se este trabalhador estava em regime de teletrabalho/home office, este isolamento já foi atendido, pelo que não seria necessário interpretar a sua ausência como falta justificada. Esta interpretação é reforçada com a publicação da Portaria Conjunta 20/2020 do Ministério da Economia, em 18/06/2020, que definiu como CONTATANTE a pessoa que teve contato com outra infectada ou suspeita de infecção, determinando então não o afastamento de suas atividades laborais, mas apenas afastamento das atividades PRESENCIAIS por 14 dias. Assim, contraponto a previsão em Lei com a previsão da Portaria, é possível a interpretação de que os empregados CONTATANTES devem obrigatoriamente

ser afastados das atividades laborais PRESENCIAIS, sendo possível, contudo, manter as atividades laborais em TELETRABALHO, desde que a atividade exercida seja compatível com esta modalidade. De qualquer modo, embora esta interpretação seja defensável, é importante que conste do atestado de afastamento que o empregado NÃO ESTÁ INCAPACITADO PARA O TRABALHO, sendo a restrição apenas para o trabalho presencial, não existindo óbice para a realização de teletrabalho, desde que permaneça em isolamento. A Fiep já solicitou à Secretaria Estadual de Saúde que seja feita esta normatização/ orientação aos médicos, deixando de forma expressa a aptidão para o trabalho em regime de teletrabalho nos atestados, mas ainda não recebemos resposta de nossa solicitação. Tão logo recebamos retorno a respeito, os senhores serão comunicados. Federação das Indústrias do Estado do Paraná www.sigep.org.br


MERCADO


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MERCADO

Ministério da Economia publica portarias com prorrogação de prazos O Ministério da Economia publicou recentemente no Diário Oficial da União, três portarias importantes que impactam as indústrias. PORTARIA N. 245, DE 15 DE JUNHO DE 2020 – PODER EXECUTIVO – MINISTÉRIO DA ECONOMIA Prorroga o prazo de recolhimento das contribuições previdenciárias devidas pelas empresas, dos arts. 22, 22-A e 25 da Lei n. 8.212/1991, do art. 25 da Lei nº 8.870/1994, e dos arts. 7º e 8º da Lei n. 12.546/2011, bem como da contribuição devida pelo empregador doméstico, do art. 24 da Lei n. 8.212/1991, relativas à competência maio de 2020, que agora podem ser pagas no prazo de vencimento da competência de outubro de 2020. Igualmente, prorroga o prazo de recolhimento das Contribuições do PIS e da COFINS, relativas à competência maio de 2020, também para o prazo de vencimento da competência de outubro de 2020. PORTARIA N. 247, DE 16 DE JUNHO DE 2020 – PODER EXECUTIVO – MINISTÉRIO DA ECONOMIA Disciplina os critérios e procedimentos para a elaboração de proposta e da celebração de Transação por Adesão, no contencioso tributário, de (1) relevante e disseminada controvérsia jurídica e (2) no de pequeno valor, como havia sido introduzido pela Lei pré•impressão

Federal n. 13.988/2020. Em seus termos, considera-se (1) controvérsia jurídica relevante e disseminada a que trate de questões tributárias que ultrapassem os interesses subjetivos da causa, preferencialmente ainda não afetadas a julgamento pelo rito dos recursos repetitivos; e se considera (2) de pequeno valor aquela inscrição em dívida ativa ou lançamento fiscal em discussão, compreendido principal e multa, que não supere, por processo administrativo ou judicial individualmente considerados, 60 salários mínimos, e que tenha sujeito passivo uma pessoa natural ou microempresa ou empresa de pequeno porte. A Portaria regulamenta a previsão legal, com a delimitação dos critérios, procedimentos, obrigações, efeitos, vedações e circunstâncias de rescisão da transação. A proposta poderá prever a concessão de descontos, inclusive sobre o montante principal, de até 50% do valor total do crédito tributário, e de prazo para pagamento de no máximo 84 meses (no contencioso tributário de relevante e disseminada controvérsia jurídica) ou de 60 meses (no contencioso tributário de pequeno valor) e, ainda, oferecimento, substituição ou alienação de garantias e de constrições. Na hipótese de pequeno valor, o desconto máximo somente poderá

ser atribuído quando o prazo de quitação seja igual ou inferior a 12 meses. Segundo a norma, para a transação de relevante e disseminada controvérsia jurídica (1), a proposta será publicada em forma de Edital pela Secretaria Especial da RFB (no âmbito do contencioso administrativo de pequeno valor não judicializado) ou pela PGFN (nas demais hipóteses), e deverá versar preferencialmente sobre controvérsia restrita a segmento econômico ou produtivo, a grupo ou universo de contribuintes ou a responsáveis delimitados, sendo proibida a alteração de regime jurídico tributário. Já no âmbito do contencioso tributário de pequeno valor (2), os Editais serão publicados, isolada ou conjuntamente, independente de nova autorização. Há previsão de divulgação dos Editais nos sites da PGFN (www.pgfn.gov.br) e da Secretaria Especial da RFB (www. receita.economia.gov.br), além do site do Ministério da Economia (www.gov.br/ economia/pt-br), mas a Portaria não prevê prazo para que sejam disponibilizados. PORTARIA N. 14.402, DE 16 DE JUNHO DE 2020 – PODER EXECUTIVO – MINISTÉRIO DA ECONOMIA/PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL Disciplina os procedimentos, os requisitos e as condições necessárias à realização de Transação Excepcional na cobrança da dívida ativa da União, cuja inscrição www.sigep.org.br


MERCADO

e administração incumbam à PGFN, em razão dos efeitos da pandemia causada pelo novo coronavírus (COVID-19). A Portaria regulamenta o procedimento de adesão e consolidação da negociação, no período de 1º de julho a 29 de dezembro de 2020, exclusivamente por meio de consentimento com a proposta da PGFN, através do acesso ao PORTAL REGULARIZE (www.regularize.pgfn. gov.br), mediante prévia prestação de informações pelo interessado e posterior apresentação das informações necessárias para a consolidação, no mesmo prazo. Tratando-se de inscrições parceladas, a adesão fica condicionada à desistência do parcelamento em curso. A Portaria prevê a mensuração do grau de recuperabilidade dos créditos tributários inscritos, a partir da verificação da situação econômica e da capacidade de pagamento dos devedores, de modo que os créditos

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sejam classificados em cinco tipos, de “A” a “D”, sendo o tipo “A” de maior perspectiva de recuperação, e os débitos de tipo “D” considerados irrecuperáveis. Com base nessa mensuração, os prazos e os descontos ofertados serão graduados, observados os limites previstos na legislação de regência da transação. São passíveis de Transação Excepcional os créditos administrados pela PGFN, mesmo em fase de execução ajuizada ou objeto de parcelamento anterior rescindido, com exigibilidade suspensa ou não, cujo valor atualizado a ser objeto da negociação seja igual ou inferior a R$ 150.000.000,00 (cento e cinquenta milhões de reais).

prazos máximos previstos na lei de regência da transação; (2) o oferecimento de descontos aos créditos considerados irrecuperáveis ou de difícil recuperação pela PGFN, observados os limites máximos previstos na lei de regência da transação e o previsto na Portaria.

Conforme disposto, a Transação Excepcional de que trata a Portaria envolverá:

Estão previstas modalidades especiais de pagamento da entrada e das demais parcelas, de acordo com a forma societária e atividade do devedor contribuinte, com destaque para empresários individuais, microempresas, empresas de pequeno porte, instituições de ensino, Santas Casas de Misericórdia, sociedades cooperativas e demais organizações da sociedade civil, sem prejuízo das demais pessoas jurídicas.

(1) a possibilidade de parcelamento, com ou sem alongamento em relação ao prazo ordinário de 60 meses, observados os

Outros procedimentos, efeitos, condições e circunstâncias de rescisão da transação são detalhados na norma.

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MERCADO

Two Sides lança Guia de Boas Práticas Ambientais Por isso, o documento da Two Sides sugere que o cidadão torne o consumo um ato consciente, comprando somente aquilo que é realmente necessário. Outra medida é dar preferência aos produtos feitos de materiais recicláveis, biodegradáveis e renováveis, fabricados por empresas que tenham políticas de responsabilidade socioambiental bem claras e efetivas.

Como forma de ampliar ainda mais o alcance de suas práticas na defesa do papel e de outras questões ambientais, a Two Sides está lançando o Guia de Boas Práticas Ambientais. Trata-se de um manual de como tornar o estilo de vida de todos nós mais consciente e sustentável.

O documento aborda tópicos como o cenário atual, o que cada um pode fazer para melhorar o meio ambiente, como escolher produtos de menor impacto, reciclagem no Brasil, energia: como reduzir os impactos ambientais, o impacto ambiental no uso das mídias, entre outros temas.

O manual surgiu com base em dados que atestam que boa parte das pessoas ainda tem dúvidas sobre as formas de cuidar do meio ambiente. De acordo com a pesquisa “Um Mundo Descartável — O Desafio das Embalagens” e do Lixo Plástico no Brasil” (Ipsos Global Advisor), 54% dos entrevistados disseram que não acham que as regras de reciclagem de lixo doméstico são claras, ou seja, menos da metade das pessoas entende o funcionamento da coleta seletiva em sua região, enquanto que a média mundial está em 47%.

No cenário, o manual traz um dado alarmante, de que em 2050 poderá não haver água potável e nem alimentos suficientes para a população mundial se nada for feito para combater a extração desenfreada de recursos naturais. A extração e o processamento de materiais, combustíveis e alimentos respondem por cerca de metade do total global de emissões de gases do efeito estufa (que aumentam a temperatura do planeta) e por mais de 90% da perda de biodiversidade e escassez hídrica.

pré•impressão

Em relação às mídias, o guia de boas práticas ambientais faz o comparativo entre as mídias eletrônicas e as impressas, lembrando que todas as eletrônicas necessitam consumir energia elétrica para funcionar. O guia exemplifica com o computador em uso por 5h diárias, que, ao final de 30 dias, pode consumir o mesmo que uma geladeira de tamanho médio. A mídia impressa leva vantagem por não depender de nenhuma fonte de energia para seu “acionamento”, já que usa papel, produzido a partir da celulose, matéria prima renovável e biodegradável, proveniente de florestas cultivadas que absorvem CO2 da atmosfera enquanto crescem. O guia da Two Sides pode ser personalizado com os logos dos associados do Sigep/Abigraf-PR para ser utilizado como ferramenta de marketing e de esclarecimento sobre como o papel é sustentável. Basta entrar em contato e solicitar o arquivo personalizado, por meio do e-mail twosides@twosides.org.br O guia completo pode ser acessado no site da Two Sides, em www.twosides.org.br www.sigep.org.br



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MERCADO

Two Sides expande ações na América Latina Two Sides, presente no Brasil desde 2014, anunciou durante a Asamblea Conlatingraf 2020, a expansão de suas atividades para todos os 19 países da América Latina Hispânica, com o apoio de entidades representativas do setor de toda a região, que fazem parte da Confederação Latinoamericana da Indústria Gráfica. Criada em 2008 por membros da indústria de base florestal, por representantes da cadeia produtiva de celulose e papel e por empresas que atuam na comunicação impressa, Two Sides dedica-se a disseminar informações sobre o papel e sua utilização, e a combater conceitos errados sobre os impactos ambientais dessa cadeia de valor. “Toda a madeira utilizada na fabricação de papel na América Latina é 100% proveniente de florestas plantadas especificamente para esse fim. Ainda assim, é comum nos depararmos com informações que buscam vincular, de forma equivocada, a produção de papel à destruição de florestas e ao desmatamento”, explica Fabio Mortara, CEO de Two Sides América Latina, ao destacar que muitas empresas e governos têm se aproveitado desse argumento para justificar e apoiar a extinção do uso de papel e a adoção exclusiva de documentos digitais. Essa publicidade enganosa é comumente chamada de "lavagem verde". (Greenwashing). Os setores com o maior número de “greenwashers” incluem provedores de telecomunicações, bancos e instituições financeiras, provedores de serviços públicos e organizações governamentais. Os incentivos aos documentos digitais, explica Fabio Mortara, em vez de expressar a preocupação com a pré•impressão

redução de custos, têm apontado, de forma enganosa, alegações ambientais como “Vá verde, vá sem papel” e “Escolha conta digital e ajude a salvar uma árvore”. “Na realidade, o papel, o cartão e o papelão vêm de florestas cultivadas e de manejo sustentável. A desinformação traz grandes perdas ao setor papeleiro e também para a indústria gráfica. Por isso, uma parte importante do nosso trabalho é auxiliar as empresas e entidades a derrubarem mitos, e levar ao consumidor informações verdadeiras, que agora estão disponíveis em espanhol para toda a região”, afirma o CEO de Two Sides América Latina.

Grimaldi, diretor Executivo da Unidade de Negócios de Papel da Suzano. O Lic. Hector Cordero, presidente da Conlatingraf, lembra que “o lançamento de um website de Two Sides, inteiramente em espanhol, com conteúdos específicos do mercado latino-americano que esclarecem a natureza sustentável do papel e da comunicação impressa em papel, agrega inestimável valor aos gráficos latinoamericanos”. “A expansão das ações de Two Sites na América Latina é uma iniciativa importante para comunicar, mais amplamente, os investimentos significativos que esse setor continua fazendo para minimizar e reduzir o impacto ambiental de suas atividades, e garantirá que, na América Latina, a comunicação impressa e papel continuem sendo um meio versátil, atraente e poderoso de comunicação e embalagem; ampliando a imaginação, transmitindo conhecimento e proteção ao produto ”, acrescenta Martyn Eustace, presidente da Two Sides.

Na página www.al.twosides.info é possível encontrar o guia “Mitos y Verdades”, que esclarece onze dos principais mitos propagados a respeito do papel. O site traz ainda pesquisas variadas, como a que destaca os benefícios do uso de embalagens de papel, cartão e papelão e dados que mostram a evolução da percepção favorável do consumidor a respeito da sustentabilidade do uso desses materiais, principalmente em relação à reciclagem.

Sobre a Two Sides

A página oferece recursos de apoio para a realização de campanhas e vídeos que abordam a importância dos produtos de base florestal no dia a dia das pessoas. A Iniciativa de Two Sides conta ainda com o apoio de importantes indústrias do setor. “A criação de um site da Two Sides em espanhol, focado no mercado latinoamericano, com informações confiáveis sobre as florestas cultivadas, a celulose, o papel e a comunicação impressa é uma notícia muito positiva e que consolida Two Sides como uma das mais relevantes iniciativas dedicadas ao aprimoramento do valor do nosso segmento”, afirma Leonardo

Two Sides é uma organização global, sem fins lucrativos, criada em 2008 por membros das indústrias de celulose, papel, embalagens e comunicação impressa. Two Sides promove a produção e o uso responsável da impressão e do papel, do cartão e do papelão, bem como esclarece equívocos comuns sobre os impactos ambientais da utilização desses recursos. Por serem provenientes de árvores cultivadas e gerenciadas de forma sustentável, esses materiais são um meio de comunicação excepcionalmente poderoso, de fonte renovável, reciclável e biodegradável. www.sigep.org.br



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MERCADO

Ondas Impressas traz setor gráfico em áudio

Os apaixonados pela indústria de impressão têm agora mais uma opção para se manterem informados e saberem mais sobre temas relacionados a esse mercado: o podcast Ondas Impressas. Já disponível em plataformas como o Spotify, o podcast quinzenal sempre traz temas que levem a uma reflexão sobre os caminhos do mercado. O projeto tem o comando da jornalista Tânia Galluzzi, com 30 anos de experiência na área gráfica, e do consultor Hamilton Costa, também com décadas de história no setor.

oito anos, para treinar o Inglês. Quando surgiram no Brasil os primeiros podcasts noticiosos, ela passou a acompanhar e a compartilhar os links dos episódios para familiares e percebeu que todos gostavam. “Foi então que no segundo semestre de 2019, num almoço oferecido pela Afeigraf, conversando com profissionais do setor gráfico, disse na mesa que eu gostaria de fazer um podcast sobre a indústria gráfica. Na hora o Hamilton se entusiasmou, outras pessoas incentivaram, e eu e o Hamilton começamos a trabalhar a ideia”

Segunto Tânia Galluzzi, a ideia surgiu de sua paixão pelo rádio e também por ter começado a ouvir podcasts há uns seis,

O objetivo, segundo ela, é discutir tendências, movimentos do mercado, novas tecnologias, cases, temas que se

pré•impressão

adequam bem ao formato dos podcasts. O foco é sempre entregar para o ouvinte conteúdo de qualidade, informações relevantes que possam fazer diferença no seu dia a dia. “Ainda é tudo muito novo para mim e para o Hamilton. Nosso meio sempre foi a mídia impressa, estamos aprendendo e temos de aprender rápido para garantir a sustentabilidade do Ondas Impressas. Mas a receptividade tem sido muito boa, penso que o mercado gráfico nacional estava carente de um espaço como o Ondas Impressas”. Os poadcasts podem ser acessados no site : https://ondasimpressas.buzzsprout.com/ Sugestões podem ser enviadas para ondasimpressaspodcast@gmail.com www.sigep.org.br


Economia Circular Consciente

Você faz parte deste ciclo. Faça sua parte.

Uma das formas de uma empresa mostrar respeito pelo meio ambiente é participar da Economia Circular Consciente. E isso a Papirus sempre fez. Faça parte você também. Tome cuidado na hora de descartar os resíduos. É a qualidade dos resíduos que faz com que todos os elos da cadeia possam ser mais eficientes

na Economia Circular. Separe o lixo orgânico do reciclável e informe-se sobre o dia da coleta seletiva pela Prefeitura ou ligue para uma cooperativa de reciclagem. Participe da Economia Circular Consciente e garanta o destino correto dos resíduos. A Papirus e a natureza agradecem.

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MERCADO

Xitron e ALEPHGRAPHICS iniciam pacote de estímulo para indústria gráfica A Xitron, uma subsidiária da Global

“Reconhecemos o estresse de todas as

Ryobi Ink Saver, que é um Windows 10 de

Graphics PLC e desenvolvedora do RIP

empresas e queremos fazer algo que

64 bits substituto compatível para o Ryobi

Navigator baseado em Harlequin e

impactará positivamente nosso mercado”,

Ink Volume Setter. Os planos de pagamento

softwares para fluxo de trabalho para

disse Karen Crews, presidente da Xitron.

sem juros estão disponíveis de 90 dias a 12

impressão offset, flexográfica, digital

“Esses planos fornecem aos nossos clientes

meses, dependendo do pacote.

e jato de tinta de alta velocidade, em

os softwares para otimizar as operações de

parceria

pré-impressão sem afetar adversamente

com

a

ALEPHGRAPHICS

aprovou um plano para ajudar a indústria gráfica que foi fortemente afetada por

seu fluxo de caixa”.

Com os produtos Xitron Navigator, todas as opções disponíveis, como TRAPPING, CIP3, provas, retículas estocásticas, etc.,

paralisações devido à pandemia mundial

A maioria dos pacotes são elegíveis sob

serão ativadas durante os primeiros 60 dias,

do covid-19. O programa permite que

as diretrizes do programa da Xitron,

para que os usuários possam experimentar

essas empresas comprem o software

incluindo atualizações de RIP Harlequin,

funcionalidades adicionais sem nenhum

RIP e fluxo de trabalho necessários, com

novos softwares RIP Navigator, fluxos de

custo. “Estamos trabalhando em estreita

pouco desembolso de caixa e pagamentos

trabalho Sierra Workflow, kits de interface

colaboração com a ALEPHGRAPHICS

sem juros, permitindo que direcionem

CTP/CTF Blue Box, software Raster Blaster

para identificar os usuários que enfrentam

recursos para a retenção de funcionários

e sistemas de tinteiro automáticos para

decisões difíceis que essa pandemia

e insumos.

impressoras Offset Keysetter, como o

criou na indústria gráfica”, continuou

pré•impressão

www.sigep.org.br


MERCADO

Foto: Interface Xitron Blue Box. Crédito: Divulgação

Crews. “Com a ajuda e participação da ALEPHGRAPHICS no programa, esperamos fornecer uma ‘ajuda’ financeira as empresas que precisam”.

RIP merece uma consideração séria.

funcionalidade dos consoles de impressão

Mover o RIP e o Sistema Operacional

de vários fabricantes líderes de mercado.

para plataformas de 64 bits juntos cria

As soluções Navigator RIP da Xitron,

um ambiente de atualização limpo. O

Raster Blaster TIFF Catcher e Sierra

Esse programa também pode ser utilizado para clientes que querem legalizar seus softwares RIP Harlequin e/ou atualiza-los para a última versão, tendo assim suporte do fabricante e todas as funcionalizadades do RIP Xitron Navigator versão 12.

desempenho aprimorado, a estabilidade

Workflow são reconhecidas como padrões

e a precisão interpretativa do primeiro

de

RIP compatível com PDF 2.0 tornam

base na tecnologia principal Harlequin

a combinação do Windows 10 e do

RIP da Global Graphics e no Adobe

Harlequin V12 uma vitória para todos.

PDF Print Engine da Adobe Systems,

Como suporte da Microsoft ao Windows 7 terminou, isso significa que não haverá atualizações de segurança, deixando as plataformas baseadas no Windows 7 abertas a invasões. Existem riscos legítimos que podem causar à sua equipe de TI algumas dores de cabeça. Malware e Ransomware estão no topo da lista de possibilidades, portanto, a atualização do sistema operacional da sua plataforma www.sigep.org.br

Sobre a Xitron

pré-impressão.

Construídos

com

os engenheiros da Xitron continuam a desenvolver soluções para o mercado de artes gráficas, impulsionando centenas

A Xitron desenvolve sistemas e interfaces

de diferentes modelos de sistemas de

avançados de fluxo de trabalho para

Imagesetter (CTF), Computer to Plate

impulsionar os dispositivos de saída

(CTP), sistemas de prova, impressoras a

legados novos e mais populares do

jato de tinta e impressoras digitais. Com

setor de pré-impressão, prolongando os

mais de 35.000 RIPs, a Xitron é o maior

investimentos de nossos clientes. Além

desenvolvedor

disso, as soluções de fluxo de trabalho da

Harlequin do mercado e é uma subsidiária

sala de impressão da Xitron ampliam a

da Global Graphics PLC.

independente

de

RIP

abril/maio/junho - No 124

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HOMENAGEM

Nossa homenagem aos associados e suas bonitas histórias O ano de 2020 marca o aniversário histórico de várias gráficas associadas ao Sigep/Abigraf-PR. Ainda mais nos tempos de dificuldade que estamos vivendo, completar décadas de funcionamento é algo que deve ser muito comemorado e valorizado. Por isso, contamos em entrevistas com seus diretores, um pouco da história dessas empresas e da visão dos empresários sobre o passado, presente e futuro dos seus negócios.

ÓTIMA GRÁFICA – 35 ANOS Fundadores: Erasto Farias e Marlene Farias Data da fundação: 17 de maio de 1985 Endereço atual: Rua Marialva 345, Pinhais Número de funcionários: 135 Área de atuação: papelaria, agendas personalizadas,

materiais corporativos e embalagens.

Foto: À frente, o casal fundador da Ótima, Erasto e Marlene, com as filhas Fernanda e Fabiana, e o sócio Paulo. Crédito: Divulgação pré•impressão

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HOMENAGEM

- Como e quando começou a trabalhar

sempre me satisfez e sempre pensei que

Aos poucos fomos nos transformando em

no setor gráfico?

começar é ter a possibilidade de melhorar

uma gráfica. Nossa primeira “impressora”

Comecei com 17 anos, em 1972, quando entrei numa empresa chamada Centrocópias, no Centro de Curitiba. Era

e se tornar importante, em qualquer

foi um prelo de provas offset, formato

atividade profissional. Para mim, tornar-

folha inteira. Usávamos o prelo para

se gráfico foi como entrar num mundo

fazer

uma mistura de gráfica com copiadora.

encantado.

usado por escritórios de engenharia e

Entrei para operar uma máquina de

- E como foi a abertura da Ótima?

xerox. Fui gostando do ramo e depois de

impressão

em

papel

vegetal,

arquitetura. Também usávamos o prelo para atender demandas específicas de

Eu e a esposa, Marlene, abrimos a Ótima

baixa tiragem. Era um nicho de mercado

na casa onde morávamos, no Alto São

e ajudou muito o nosso desenvolvimento.

Francisco, em Curitiba. No começo não

Depois compramos a primeira impressora

era exatamente uma gráfica. Era uma

offset, sempre com a ideia de inovar,

revenda de suprimentos e equipamentos

desenvolvendo

para

a

Iniciamos fabricamos índices telefônicos

vender máquinas de baixa produção, para

encadernados com espiral plástico. Um

encadernação com espiral plástico, o que

produto muito inovador na época e também

era uma inovação na época.

muito funcional. Uma novidade que

especializada em embalagens, com sede

Tudo era em casa mesmo, com estoque

ganhou a graça das papelarias e também

em Blumenau (SC).

em baixo da cama, no guarda-roupa,

das grandes empresas que passaram a

nos cantos da casa... Depois de um ano

usar nossa linha de índices telefônicos

a empresa mudou para outro endereço,

como presente corporativo. Foi um grande

Eu gostei da atividade, principalmente por

uma sobreloja na rua Voluntários da Pátria,

sucesso! Logo depois, desenvolvemos

iniciar em uma empresa que me permitiu

onde era escritório e também estoque.

também uma linha de agendas para

Após três anos, decidimos fabricar o

corporativo, como brindes. Produzimos

espiral plástico. Tornamo-nos o segundo

as

fabricante de espiral plástico do Brasil.

com espiral plástico (do Brasil e talvez

Precisávamos de mais espaço, então

do mundo) e com capas de PVC (solda

nos mudamos para a nossa primeira

eletrônica e encarte impresso). E assim a

sede própria, no Capão da Imbuia. Na

Ótima se transformou em uma gráfica mais

falta de fiador atender as exigências das

focada em um setor do mercado, e nunca

imobiliárias, ao invés de locar, decidimos

tentamos fazer de tudo. Passamos a inovar

vender nossos carros e outras coisas

e a ter equipamentos específicos. Fomos

nossas e também financiando uma boa

crescendo e em 1996 nos mudamos para

parte do investimento com o BADEP

a atual sede, em Pinhais, hoje com 4,8 mil

para conseguimos construir um sobrado

metros quadrados.

um tempo passei a ser vendedor nesta empresa. Passaram alguns anos e fui para a Copiare, empresa do mesmo ramo. Lá fiquei uns cinco anos e fiz de tudo, chegando a ser gerente. Depois trabalhei por cinco anos na Executive Indústria Gráfica, onde, após dois meses, passei a ser o responsável pela área comercial. Fui também representante da Gráfica 43,

- Por que entrou nesse ramo?

aprender sobre todos os processos e mais ainda da área comercial. Trabalhava comigo um amigo que era vendedor e eu achava ele o máximo (ele se tornou meu compadre, batizou a minha filha Fabiana). O Ernani trabalha na Ingra até hoje e é uma pessoa muito especial. Me espelhei nele e resolvi que tinha que ser vendedor, de atuar em área comercial. Como já gostava bastante de conversar e sempre fui extrovertido, isso ajudava. Outra coisa é que depois que comecei no setor gráfico, não saí mais e isso me possibilitou acumular muita experiência. Fazer a mesma coisa por mais de 20 ou 30 anos torna você um especialista. Claro, fui atrás de cursos, estágios e de todo o tipo de conhecimento para complementar o aprendizado do que eu já vivia na prática.

encadernação.

Começamos

de 350 metros quadrados. Isso era 1988, três anos depois de abrir a Ótima. A

próprios.

vender em papelarias e no mercado primeiras

agendas

encadernadas

- Como surgiu o nome Ótima?

partir daí começamos a prestar serviços

O nome veio quando conversava com

de acabamento para as gráficas de

a Marlene e um amigo sobre que nome

Curitiba, do interior do Paraná e também

iríamos dar à empresa. Aí foram surgindo

de Santa Catarina e do Rio Grande do

várias opções, fomos descartando, até que

Sul. Nosso foco era ser o terceirizado de

apareceu um nome qualquer e a Marlene

Eu sempre gostei do que me apareceu para

encadernações com espiral plástico em

fazer. Antes de iniciar lá na Centrocópias,

apostilas, calendários de mesas e parede,

eu trabalhava no Bamerindus e achava o

manuais, relatórios e outros trabalhos.

máximo ser bancário. Nunca fui infeliz com

Não tínhamos concorrente no sul do

a ocupação que tinha. Estar trabalhando

Brasil, neste segmento.

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produtos

comentou que ele era ótima ideia. Aí eu disse que estava decidido, a gráfica iria se chamar Ótima Gráfica. - O que lembra sobre a sensação de abrir a gráfica? abril/maio/junho - No 124

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HOMENAGEM

A melhor sensação foi quando vendi a primeira encadernadora para espiral plástico. Lembro-me muito bem do momento de tirar a nota fiscal número 1. Foi muito fácil fazer a primeira venda. Fiquei muito feliz de ver que estava dando certo. Isso foi em 1985, quando eu tinha 30 anos e vi uma evolução rápida no que eu fazia.

- Qual foi a principal dificuldade para manter a gráfica aberta até hoje?

A grande dificuldade é termos um custo Brasil cada vez maior. Muitos problemas político-econômicos. Em relação ao que pagávamos 35 anos atrás, a tributação sempre vem crescendo. Outro ponto de dificuldade é que nunca tivemos estabilidade econômica. Os ciclos de crescimento são

- O que destaca como momento mais

muito curtos, o que prejudica muito os

marcante na história da empresa?

projetos de longo prazo.

Os momentos mais marcantes sempre foram quando inovamos com algum produto e quando tivemos sucesso com os projetos. E isso vem acontecendo em

- Se pudesse voltar no tempo, o que faria de diferente em relação a qualquer medida que tenha tomado na condução da gráfica?

toda a vida da Ótima. Por exemplo, resolvi fazer índice telefônico e saí para vender.

Cometemos diversos erros, em que

Fiz dez visitas e oito vendas. Deu muito

perdemos recursos financeiros e tempo.

certo, coisa maluca de ver. Na época

Porém, considerando tudo aquilo que

a Tilibra já fazia o índice telefônico e a

acertamos, estamos com crédito. Além

gente era minúsculo perto deles. Fizemos

disso, se não tivesse errado não teria

de um jeito diferente, encadernado com

descoberto o que dá certo. E erros são

espiral plástico. Chegamos a ter perto de

normais. Se não quiser errar, não pode ser

20 modelos diferentes e nos tornamos o

empreendedor, seja funcionário público

principal fabricante de índices telefônicos

concursado

do Brasil. Fizemos também a primeira

público, me refiro apenas à questão da

agenda no Brasil encadernada com

estabilidade). Correr risco faz parte da

wire-o. É muita boa a sensação de fazer

vida do empreendedor e quanto mais

coisas novas e as pessoas gostarem. Isso

jovem a gente é mais risco a gente pode

é marcante.

correr, pois há tempo para consertar. Hoje

- Durante a história da Ótima, houve alguma grande mudança na rota em relação aos planos iniciais de como ela iria atuar?

A Ótima sempre teve capacidade de adaptação ao novo. Desde a abertura, a empresa sempre se mantém em contínua inovação em seus produtos, matéria-prima ou outras possibilidades. Por isso, a vida mudou muito em 35 anos e a gente não teve nenhum tipo de dificuldade. Sempre nos adaptamos, pois sempre desenvolvemos o nosso trabalho, olhando para o mercado global, seguindo tendências e mantendo nossa tecnologia bastante atualizada. pré•impressão

(nada

contra

funcionário

corremos menos riscos e principalmente riscos bem calculados. - O que mais o motiva a acordar cedo todos os dias e trabalhar pela gráfica?

O que motiva é o trabalho, a ocupação profissional. Eu gosto de trabalhar e trabalho por gratificação profissional. Eu poderia estar aposentado, mas o que iria fazer da vida? Acordo com o mesmo pique de quando tinha 30 anos. Hoje trabalho em home office. Por questões de saúde, tive que ficar em casa por uns períodos e acabei gostando. Hoje faço coisas mais estratégicas e tenho pouca rotina. Sempre estou inventando uma ou outra coisa, pois tenho mais tempo para fazer

projetos e pensar no que fazer amanhã, nos próximos anos, em tudo. E o melhor é que divido a gestão com a geração seguinte da família. A Ótima não vai ter problemas de sucessão porque os sucessores trabalham na empresa com muita dedicação e profissionalismo, há mais de 20 anos. São as minhas filhas Fabiana e Fernanda e o Paulo, nosso diretor e sócio que está na empresa há 17 anos. Ensinei, ensino e aprendi e aprendo muito com eles. É muito motivador ver que a Ótima é uma empresa sólida e por isso temos que continuar trabalhando para proteger e sempre privilegiar a nossa empresa. Ainda temos muito para realizar. A empresa vem em primeiro lugar nas nossas vidas. É o nosso trabalho, e também o provedor da nossa família e dos nossos colaboradores. - Como imagina que a gráfica vai estar daqui a cinco anos?

A tendência é que esteja adaptada ao mercado do futuro, como está hoje e como estava 30 anos atrás. Sempre fomos nos adaptando ao mercado, mantendo equipamentos atualizados, pesquisando e inovando. E vamos continuar assim pelos anos seguintes. Vemos que o setor gráfico tem alguns horizontes nebulosos, mas também alguns de paisagens bonitas. Digo que sempre haverá onde imprimir, além do papel, além de como fazemos hoje. Por isso, uso o verbo inventando pela minha netinha e digo que vamos sempre “graficar” com excelência (ela disse isso em um dia em que acabou a energia elétrica, perguntou para a Fabiana, mãe “como vamos graficar agora?”). - Resuma em uma frase o que significa ver a Ótima completando 35 anos.

Significa, em primeiro lugar, gratificação profissional. Sabemos que há muito mérito em fazer uma empresa permanecer 35 anos no mercado, “graficando” de forma sustentável, sempre honrando com seus compromissos e admirada por seus colaboradores, clientes, fornecedores e demais participantes do nosso meio. www.sigep.org.br


HOMENAGEM

LISEGRAFF – 30 ANOS Nome do fundador da gráfica: Antonio Anestor Lise e Filhos Nome da gráfica: Lisegraff Gráfica e Editora Ltda. Data fundação: 21/03/1990 Endereço atual: Rua Henrique Mehl, 428 – Curitiba PR Número de funcionários: 26 Principal ramo de atuação: Impressão Offset (comercial, embalagens, promocional

e editorial), Flexografia (rótulos, etiquetas e filmes) e Digital (pequenas tiragens e comunicação visual).

Foto: Os irmãos e sócios da Lisegraff, Marcos e César: negócio de família. Crédito: Divulgação

- Como e quando começou a trabalhar no setor gráfico?

Pode-se dizer que iniciamos nossa caminhada de trabalho no setor a partir de nossa fundação, pois ninguém da família tinha conhecimento sobre gráfica. Mas, com conhecimento administrativo e comercial em geral, decidimos em 1989 montar uma gráfica, o que aconteceu no início de 1990 em sede bem pequena, mas já própria. - Por que entrou nesse ramo?

Em 1989, a família, por intermédio de seu patriarca Antonio Lise e matriarca Ruth Lise, decidiram que seria hora de se abrir uma empresa em que a família pudesse desempenhar seus esforços e trabalho visando um futuro melhor para todos. Após muitas reuniões e www.sigep.org.br

apresentando-se as opções de negócios, entre elas a empresa gráfica, optou-se por esse segmento, pois, além de nosso conhecimento administrativo e comercial, também tínhamos uma pessoa muito bem qualificada na parte de produção, com grande conhecimento até gerencial. - O que lembra sobre a sensação de abrir a gráfica?

Os sentimentos são vários: alegria, desafio, receio, gratidão, mas acima de tudo otimismo e fé que com nosso empenho tudo daria certo. Realmente é difícil descrever a sensação de abrir uma empresa, que dependerá única e exclusivamente de esforços próprios. É uma série de sentimentos ao mesmo tempo. Iniciar um negócio com pouquíssimo conhecimento e imensa

responsabilidade de fazer dar certo, por um lado é gratificante e libertador, por outro é um grande desafio que transformará nosso futuro. - Apesar de todos os benefícios dos avanços tecnológicos, o que não gostaria que tivesse mudado em relação à produção gráfica?

Creio que a pergunta deveria ser ao contrário, o que gostaria que tivesse mudado na produção gráfica? Desde 1990 até hoje, tivemos mudanças radicais em todos os setores e processos gráficos. Sendo que hoje, com as tecnologias que o mercado oferece, facilita e muito nosso segmento, e isso nos três pilares da empresa: administrativo, comercial e produtivo. No início, as dificuldades eram várias, abril/maio/junho - No 124

57


58

HOMENAGEM

desde a gestão sem a parte informática, o comercial somente oriundo de ligações telefônicas e visitas presenciais, bem como a parte de produção com equipamentos que não nos davam tranquilidade na questão qualidade. Enfim, creio que todas as mudanças que aconteceram, bem como as que serão apresentadas em futuro próximo, foram e serão extremamente positivas. Quando falamos em avanços tecnológicos, estamos falando em melhoria nos processos, sejam eles para reduzirem tempo de produção, aumento na qualidade, redução de custos, e por aí vai. - O que destaca como momento mais marcante na história da empresa?

Vários momentos durante estes 30 anos foram marcantes para empresa e, consequentemente, para nós proprietários e colaboradores. Mas creio que podemos indicar alguns que formam os “divisores de água” para o crescimento da empresa. Creio que o primeiro momento foi a construção da nova sede própria em 1996, que nos deu melhoria de espaço em todos os setores da empresa e aquele sentimento de podemos crescer mais. O segundo momento foi a aquisição, em 2006, do primeiro equipamento offset 4 cores, que alavancou nosso comercial, bem como nosso faturamento e crescimento. A partir daí, tivemos momentos não menos importantes, que influenciaram diretamente nosso negócio, como em 2014 com a necessidade de ampliação de nossa estrutura física para compor novos setores de impressão e produção.

direcionada na produção de livros e

guardar rancor e/ou arrependimento. Isso é negativo para o ser humano, bem como

revistas, isto é, segmento editorial. Mas ao

para a empresa. Claro que muitas decisões

passar dos anos, vimos que a necessidade

tomadas erroneamente, vendas mal feitas,

de investimentos em equipamentos era

investimento nem sempre favorável para

eminente para se manter e crescer em

aquele momento, enfim, com a visão

segmento já bem formado não somente

de hoje, poderiam ter sido melhores

local, mas no país em geral. Portanto,

elaboradas. Mas penso que o que foi feito,

tivemos que abrir novos “horizontes”

de certa forma, foi necessário e pertinente

para que a empresa pudesse crescer

para aquele momento. Então, se deu

mais rápido e com investimentos menos

errado, levante a cabeça e siga em frente!

“dolorosos”. Desta forma, viemos nos

Afinal, estamos vivos, com saúde e vontade

mantendo e crescendo todos estes anos,

de continuar batalhando. Já é o suficiente!

gráfica

editora

apenas,

diretamente

tendo hoje diversas formas de impressão, atendendo vários segmentos do mercado. Tenho certeza que as “apostas” foram extremamente positivas para situação da Lisegraff. - Qual foi a principal dificuldade para manter a gráfica aberta até hoje?

Bem, para exemplificar, iniciamos a empresa no mês mais crítico dos anos 90, em que o Plano Collor nos impactou diretamente, pois como vender sem receber? E creio que foi, com exceção da atual pandemia, o momento de maior dificuldade Enfim, passamos por esta, e saímos mais fortes. Logo após, com a implantação do Plano Real, a melhoria foi constante, mas a parte

- O que mais o motiva a acordar cedo todos os dias e ir para a gráfica?

Sempre tive como exemplo uma máxima que diz: “o trabalho enobrece o homem”. Mas ser gráfico é mais do que isso. Como se diz na gíria gráfica, é ter “tinta nas veias”. O dia a dia desde o início sempre foi diferente, isto é, não existe monotonia, pois cada trabalho impresso é diferente do outro, e isso faz com que você sempre esteja alerta e atento a tudo que cerca o setor de impressão. Resumindo, é um prazer poder fazer parte deste setor. E esse prazer é que me faz todo dia, até em alguns finais de semana e feriados, vir à gráfica e fazer o que sei de melhor, GRAFICAR!!

creio que para o setor em geral.

Se não existe este verbo, poderíamos indicar à nossa gramática!?!?

Outro agravante são os altos juros

- Como imagina que a gráfica vai estar

cobrados no Brasil para financiamento de

daqui a cinco anos?

equipamentos e/ou capital de giro. Isso

Temos, além de objetivos, sonhos que

dificulta muito o crescimento da empresa,

queremos realizar. Creio que nos próximos

- Houve alguma grande mudança

que, por muitas vezes, ou usava recursos

cinco anos estejamos melhores em todos

na rota da empresa na história em

dos sócios ou se obrigava a encarar os

os sentidos, pois serão anos de grande

relação aos planos iniciais de como

altos juros bancários.

resiliência. E além de fé, temos vontade e

- Se pudesse voltar no tempo, o

faremos o diferente para que isso aconteça.

que faria de diferente em relação a

- Resuma em uma palavra o que

qualquer medida que tenha tomado

significa ver a Lisegraf completando

na condução da gráfica?

30 anos.

Sempre tive como premissa pessoal não

Sucesso!

ela iria atuar? Qual foi?

Com certeza. Muito em função dos avanços tecnológicos, ao passar dos aos a empresa teve que se atualizar e modernizar, tanto o negócio como a sua estrutura. No início, a ideia era ser uma pré•impressão

tributária sempre foi um peso para nós e

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HOMENAGEM

GRÁFICA UNIVERSAL – 60 ANOS Nome do fundador da gráfica: George de Freitas Coutinho Nome da gráfica: Gráfica Universal Ltda. (Nome atual); Coutinho & Carvalho Ltda.(razão

social na fundação). Data fundação: 18 de fevereiro de 1966 (já existia desde 1960, mas como empresa nos fundos da casa). Endereço atual: Rua Rio Grande do Norte, 1318, Londrina. Número de funcionários: 12 Principal ramo de atuação: comercial, promocional, embalagens e convites especiais.

Foto: Projeto da nova fachada da Gráfica Universal Crédito: Divulgação

- Como e quando começou a trabalhar

- Apesar de todos os benefícios dos

relação aos planos iniciais de como

no setor gráfico?

avanços tecnológicos, o que não

ela iria atuar? Qual foi?

gostaria que tivesse mudado em

Sempre optei por trabalhar com preço justo e com uma margem real de lucro, independentemente do mercado e concorrentes. Prefiro menos trabalhos e boa lucratividade, do que muitos trabalhos com lucros irrisórios. Desta forma, evito correr riscos de aumentar perdas por erros decorrentes do processo, ter que inflar a folha de pagamento com mais funcionários e me expor à inadimplência. Em resumo, sempre com foco na satisfação do cliente, alta qualidade e alto índice de satisfação.

Comecei aos 12 anos em jornal na cidade de Garça (SP), na função de compositor manual. - Por que entrou nesse ramo?

No jornal, devido à minha pouca idade, a única função segura era a de compositor manual. Na gráfica, quando mudei para Londrina, em fevereiro de 1967, trabalhei como formista, juntando as letras para fazer a forma que depois seria levada à máquina para dar impressão no papel.

relação à produção gráfica?

A relação com o cliente. Antes você negociava direto com o cliente, tornava-se fornecedor e amigo. Hoje você produz o material e não sabe quem são os donos e onde está estabelecida essa empresa. - O que destaca como momento mais marcante ou pitoresco na história da empresa?

- O que lembra sobre a sensação de

Mais marcante é quando você passa de empregado a patrão, podendo gerir a

abrir a gráfica?

empresa e tomar as decisões.

manter a gráfica aberta até hoje?

Em 1974 arrendei a gráfica e dois anos após comprei em parcelas.

- Houve alguma grande mudança

A dificuldade é a política financeira do governo, com vários planos econômicos

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na rota da empresa na história em

- Qual foi a principal dificuldade para

janeiro / fevereiro / março - No 123

59


60

HOMENAGEM

dinheiro. A empresa pequena tem que

- Como imagina que a gráfica vai estar

ficar pedindo com o pires na mão para o

daqui a cinco anos?

gerente do banco.

Foto: A gráfica no seu início Crédito: Divulgação

e inflação alta. Teve época em que os insumos subiam 100% ao mês. Você comprava papel e outros insumos no dia 30 por R$ 100,00 e no outro dia passava a custar R$ 200,00. Outra dificuldade é falta de apoio do governo. Por exemplo, você busca um financiamento em longo prazo com juros baixos e somente as grandes empresas têm facilidade de acesso a esse

Acho que estará ainda mais dinâmica e

- Se pudesse voltar no tempo, o

automatizada, com máquinas tecnológicas

que faria de diferente em relação a

e que acompanharão a modernização

qualquer medida que tenha tomado

e os desafios impostos pelo mercado.

na condução da gráfica?

Estaremos

ainda

Não mudaria nada. Acho melhor ter uma empresa pequena, lucrativa e enxuta, do que ter uma grande empresa e ficar correndo atrás de metas para pagar custos e depender de muitas pessoas para o seu negócio dar certo. Veja com essa pandemia do covid-19 o que está acontecendo com várias empresas de grande porte.

excelência,

investindo

mais na

focados

na

qualificação

dos colaboradores, tentando chegar à excelência com o mínimo de investimentos. Hoje estou com 69 anos e graças a Deus tenho dois filhos que treinei desde jovem para assumir a gráfica. Leandro, na área de produção; e Bruno, na parte de vendas. Tenho sucessores com as mesmas ambições.

- O que mais o motiva a acordar cedo

Espero que chegue aos 120 anos.

todos os dias e ir para a gráfica?

É saber que apesar das dificuldades, mudanças na tecnologia, a sua empresa continua sendo solicitada e reconhecida pelo mercado.

- Resuma em uma palavra ou frase o que significa ver a Gráfica Universal completando 60 anos.

Vitória. “até aqui nos ajudou o Senhor”

OFICINA DO IMPRESSO – 25 ANOS Nome do fundador da gráfica: João Márcio Nome da gráfica: Oficina do impresso Gráfica e Editoria Data fundação: 25 de maio de 1995 Endereço atual: Rua Carlos Essenfelder, 3606 – Boqueirão - Curitiba Número de funcionários: 25

Foto: O fundador da Oficina do Impresso, João Márcio, e a fachada da empresa: "realização de um sonho". Crédito: Divulgação pré•impressão

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HOMENAGEM

- Como e quando começou a trabalhar no setor gráfico?

Eu conheci o ramo gráfico por meio da campanha do ex-senador e empresário Zé Eduardo, quando ele se candidatou ao Senado, em 1990. Entrei na campanha dele para trabalhar na parte gráfica. A partir daí eu fui embora para os Estados Unidos, trabalhei com subempregos e muito jovem eu voltei ao Brasil. Eu tinha experiência na área comercial, mas, em vez de vender, eu resolvi empreender e montei a gráfica, isso um mês depois de casado e com a intensidade da juventude e do empreendedorismo que sempre tive dentro de mim. - Por que entrou nesse ramo?

O que mais me atraiu foi a essência do nome artes gráficas. É muito interessante você pegar um papel e transformá-lo em algo que é um projeto artístico. Isso sempre me encantou. - O que lembra sobre a sensação de abrir a gráfica?

Nossa, até me emociono agora. Para fazer uma analogia, eu sempre gostei de jogar bola, então abrir a gráfica foi como se estivesse marcando um gol no Maracanã lotado. Eu tinha a certeza que eu daria muita alegria para a torcida, que, naquele momento, eram os clientes que eu já estava indo atrás. - Apesar de todos os benefícios dos avanços tecnológicos, o que não gostaria que tivesse mudado em relação à produção gráfica?

Com toda a evolução e dinamismo, o que vi que mudou muito e que gostaria que não tivesse mudado é a geração web. Eu me considero geração analfabytes (pessoas que têm conhecimento básico ou parcial de informática) e a nova forma de vender tirou o contato do vendedor com o cliente. Antes a gente sentava na frente do cliente para conversar e fazer a venda e hoje você vê o cliente apenas em extrema necessidade. O contato pessoal perdeu a essência. - O que destaca como momento mais marcante na história da empresa?

gente empreendendo forte e conquistando fatia importante do mercado, que, por sua vez, já diminuiu. Por isso, temos que nos reinventar a cada dia. - Se pudesse voltar no tempo, o que faria de diferente em relação a qualquer medida que tenha tomado na condução da gráfica?

Não mudaria nada. Faria tudo exatamente igual. Sou feliz como fiz a empresa, da forma que fiz e com as pessoas que me ajudaram a fazê-la.

As pessoas, os colaboradores que passaram pela empresa e os que estão ainda hoje e que conhecem a minha essência. Tenho gente aqui com mais de 20 anos de casa. O que mais me marca é comprometimento que têm comigo e o apoio que me dão.

- O que mais o motiva a acordar cedo

- Houve alguma grande mudança na rota da empresa na história em relação aos planos iniciais de como ela iria atuar? Qual foi?

Não sei como vai estar, mas sou guerreiro. Com a proteção de Deus e junto com meu time, vamos estar bem daqui cinco anos e vamos muito longe ainda.

Sempre atuei no ramo offset. Eu tinha foco, objetivo de chegar, de conquistar e com a ajuda de Deus eu cheguei onde quis. Hoje a grande luta é manter a empresa.

- Resuma em uma palavra ou frase o

todos os dias e ir para a gráfica?

Minha esposa, meus filhos e meus funcionários. - Como imagina que a gráfica vai estar daqui a cinco anos?

que significa ver a Oficina do Impresso completando 25 anos.

Meu maior trauma foi a crise mundial em 2009. Conseguimos superar com a ajuda dos clientes em função da credibilidade que tínhamos. Hoje a dificuldade de manter um negócio é a grande concorrência, que

A realização de um sonho, meu e da minha esposa, Silmara, que apostou tudo em mim uma semana depois do nosso casamento. Ela dizia que eu era o melhor vendedor que ela conhecia no mundo e que com a benção de Deus a gente iria vencer. Por isso, dedico esses 25 anos a ela, Silmara, esposa, mãe dos dois filhos e e sócia, e

começou há 25 anos. Hoje chega muita

também ao meu irmão Marcelino.

- Qual foi a principal dificuldade para manter a gráfica aberta até hoje?

quem pode oferecer um vasto portfolio de tintas agregando o máximo de valor aos nossos clientes? nós podemos.

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janeiro / fevereiro / março - No 123

61


62

HOMENAGEM

GRÁFICA KAYGANGUE – 39 ANOS Nome do fundador da gráfica: Orlei Roncaglio Nome da gráfica: Gráfica e Editora Kaygangue Ltda. Data fundação: 12/06/1981 Endereço atual: Avenida Coronel José Osório, 673, Palmas (PR) Número de funcionários: 53 Principal ramo de atuação: Promocional e editorial Em 2010 esse mercado acabou, engolido pela evolução e entrada em funcionamento da Nota Fiscal Eletrônica. De repente, 30 anos após termos iniciado, nosso principal mercado havia se acabado. Foi aí que junto com meu sócio e filho, Vinicius, tomamos a decisão que não iríamos parar e sim nos reinventar para continuar no mercado. - Qual foi a principal dificuldade para manter a gráfica aberta até hoje?

O Brasil enfrenta crises econômicas desde que iniciamos as atividades. Foram muitas, mas a maior dificuldade em quase 40 anos está sendo a atual, em função do covid-19, esse vírus que não sabemos direito como enfrentar. Nos trouxe uma crise econômica, Foto: Fachada da Kaygangue: reinvenção contínua para se manter firme no mercado. Crédito: Divulgação

de saúde e social.

- Como e quando começou a trabalhar

marcante ou pitoresco na história da

- Se pudesse voltar no tempo, o que faria de diferente em relação a qualquer medida que tenha tomado na

no setor gráfico?

empresa?

condução da gráfica?

Comecei em uma tipografia, aos 10 anos

Em 1994, quando da mudança de cidade,

Aos 17 anos fundei a Gráfica Kaygangue

A pequena tipografia foi fundada em Mangueirinha, cidade pequena do interior do Paraná, onde aos poucos fomos crescendo. Um momento marcante foi em 1994, quando decidimos mudar de cidade e nos instalarmos em Palmas, também cidade pequena do interior, porém maior que Mangueirinha e com um centro universitário que na época era o maior da

e a satisfação foi a de um adolescente

região.

realizando um sonho precoce.

- Houve alguma grande mudança

de idade (nessa época podia trabalhar). - Por que entrou nesse ramo?

Foi onde me deram uma oportunidade. - O que lembra sobre a sensação de abrir a gráfica?

- Apesar de todos os benefícios dos

na rota da empresa na história em

avanços tecnológicos, o que não

relação aos planos iniciais de como

gostaria que tivesse mudado em

ela iria atuar? Qual foi?

relação à produção gráfica?

Sim, inicialmente era apenas uma tipografia que foi crescendo, evoluiu para o offset. Porém, em 1996, iniciamos uma grande mudança, entramos no segmento de formulários contínuos, o qual nos deu sustentação para continuarmos crescendo.

A indústria gráfica só existe por ter evoluído. Continuar em evolução será o que nos manterá no mercado. - O que destaca como momento mais pré•impressão

penso que poderia ter me instalado em um centro maior. - O que mais o motiva a acordar cedo todos os dias e ir para a gráfica?

Após quase 40 anos, ainda tenho a mesma vontade e determinação de levantar e ir pra gráfica continuar fazendo o que gosto. - Como imagina que a gráfica vai estar daqui a cinco anos?

No nosso caso, estamos pra decidir se vamos para o digital ou flexografia. - Resuma em uma palavra ou frase o que significa ver a Kaygangue completando 39 anos.

Um sonho precoce que continua sendo sonhado. Ou se preferir, em uma palavra, "Evolução". www.sigep.org.br


HOMENAGEM


64

SERVIÇOS

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abril/maio/junho - No 124

65


ARTIGO

66

Cenário mundial das gráficas frente à pandemia de coronavírus *Por Diego Castro, para Coletiva.net

A pandemia de coronavírus impacta

equipamentos de impressão Heidelberg

Impressão (BPIF) conta que o coronavírus

sobremaneira o segmento gráfico não

divulgou um relatório sobre o estado do

causou perdas em todo o território. De

apenas no Rio Grande do Sul e no Brasil,

setor. O documento, coletado a partir

acordo com levantamento institucional,

mas em todo o mundo. Uma pesquisa

de

clientes

74% dos respondentes reportaram uma

realizada pela consultoria de mercado

conectados à nuvem da empresa em todo

redução de dois terços nas ordens de

global Quocirca, especializada na área

o mundo, mostra que durante a pandemia

serviço e 40% das empresas declararam-

de impressão, revela que os volumes de

a produção de impressões na China caiu

se "extremamente preocupadas" com

impressão na maioria dos segmentos

até 80% em comparação com os volumes

sua sobrevivência. Segundo a Intergraf,

estão em declínio acentuado. Um total

normais. Problemas locais de fornecimento

que une 21 federações das indústrias

de 66% dos executivos do ramo revelou

de matéria-prima, como a descontinuidade

gráficas de 20 países na Europa, os níveis

que a covid-19 afetou significativamente

da produção de papel na Índia, acabaram

de produção caíram na razão de até 80%

seus negócios e 3% afirmam que a

prejudicando o desempenho em outros

e isso tem gerado desemprego na maioria

crise é crítica. 77% cortaram custos e

países também. A conclusão é de que a

dos lugares.

investimentos no período. O estudo teve

paralisação das atividades sociais levou

respostas de empresários da Europa

a uma redução das impressões em nível

(44%), Estados Unidos (27%) e outras

planetário, especialmente no mercado

regiões (29%).

comercial.

A

fabricante

pré•impressão

multinacional

de

dados

fornecidos

pelos

A Federação Britânica da Indústria de

Reconhecimento como setor essencial Uma das bandeiras do segmento é obter o reconhecimento dos governos como

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ARTIGO

que as práticas de trabalho passam do escritório para a casa, a pandemia está potencialmente sinalizando uma mudança mais rápida do papel para os processos digitais. Com os profissionais em trabalho remoto se acostumando a atuar digitalmente, os fornecedores e seus canais estão tendo que adaptar seus serviços.

serviço essencial à produção, de modo que todas as companhias possam se manter de portas abertas durante a crise. O SindigrafRS já fez este pleito ao governador do Estado, Eduardo Leite; ao prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan, e à Federação dos Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs). A mesma luta é levada adiante pela Associação Brasileira das Indústrias Gráficas (Abigraf Nacional), em vídeo institucional divulgado em abril. Afinal, as embalagens de produtos alimentícios e de higiene, os rótulos e as caixas e bulas de remédio são produzidos por empresas gráficas. Na Carta dos Gráficos ao Governo e ao Mercado, publicada na Folha de S. Paulo em 14 de abril, o presidente da Abigraf Nacional, Levi Ceregato, e o presidente da Associação Brasileira de Empresas com Rotativas Offset (Abro), Carlos Jacomine, frisam que o setor (representando 18 mil negócios e 170 mil empregos) não pode, não quer e não vai parar: "Sabemos de nossa responsabilidade com o consumidor brasileiro, com nossos clientes e com nossas famílias. Mesmo em home office, distribuímos comunicados aos associados para que todos tenham segurança jurídica para literalmente salvar suas empresas e os empregos de seus colaboradores (...)". As entidades reivindicam mais auxílio por parte do governo federal, pois 97% do ramo é composto por micro e pequenas empresas que não atingem o patamar de faturamento para se beneficiar das concessões governamentais. Na Europa, a Intergraf pediu às autoridades www.sigep.org.br

nacionais que reconheçam a produção gráfica como parte dos serviços essenciais. Nos Estados Unidos, a indústria gráfica impressora e empacotadora foi incluída na diretriz atualizada sobre a força de trabalho de infraestrutura crítica essencial da Agência de Infraestrutura e Segurança Cibernética (CISA) do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos, lançada em 17 de abril. O pleito atendido partiu da Printing Industries of America (PIA), que solicitou à agência o reconhecimento dessa natureza, tendo em vista a gama de materiais impressos necessários para apoiar outros setores do país durante a pandemia da Covid-19. Embora a orientação da CISA não seja uma lei nem uma regulamentação governamental vinculativa, ela serve como uma referência importante, fornecendo uma definição padrão de trabalhadores essenciais e incentivando a adoção por governadores e prefeitos. A agência estima que aproximadamente 75% dos estados americanos adotaram suas diretrizes para criar uma abordagem mais harmoniosa para determinar quais tipos de negócios permanecem abertos.

Perspectivas para o futuro O estudo da consultoria Quocirca revela que, apesar do impacto significativo em seus negócios, existe um otimismo cauteloso entre os profissionais da indústria de impressão de que a crise sirva para impulsionar a inovação em seus processos, produtos e serviços. À medida

A demanda por colaboração e serviços na nuvem é esperada por nove em cada dez empresários do setor que responderam à pesquisa. 35% esperam um retorno ao normal num prazo de seis meses a um ano e 21% acreditam que os negócios não serão mais como eram antes. 57% afirmam que transformarão seu modelo de negócio e 47% contam que trarão novos produtos ou serviços ao mercado. No âmbito estadual, o presidente do Sindigraf-RS, Roque Noschang, alerta que o futuro das gráficas e da economia em geral dependerá muito das estratégias de saída de isolamento e de seu sucesso em manter afastadas as ondas subsequentes do vírus. "Como as empresas do setor necessariamente dependem do costume de outros setores, qualquer aumento na atividade econômica deve resultar em aumento da demanda por impressão", diz. "No entanto, nesta fase, podemos apenas especular sobre a velocidade e extensão dessa recuperação, bem como o impacto total da Covid-19 em diferentes subsetores e cadeias de suprimentos da indústria de impressão." Na visão de Noschang, ainda é impossível definir por quanto tempo vão perdurar os efeitos da pandemia na saúde pública, mas suas consequências serão igualmente devastadoras na economia. Entre as dicas para as empresas do setor no momento, estão o planejamento de estoque até o final do ano, a restrição de eventos e viagens, a renegociação de dívidas e a comunicação aberta com os colaboradores, sempre com base em dados confiáveis. *Diego Castro é jornalista da Temática. abril/maio/junho - No 124

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Coronavírus: oito aprendizados para o setor de embalagens pós-crise *Por Fábio Mestriner

Tenho acompanhado com muita atenção os desdobramentos da crise que enfrentamos e, confesso, que nunca vi tantos palpites, análises equivocadas e opiniões sem fundamento ganharem espaço e destaque na mídia. Estamos diante de algo novo que ainda tentamos entender, sabemos que as consequências serão graves, mesmo sem termos ainda uma clara noção da escala em que esses acontecimentos afetarão a economia e, consequentemente, o modo de vida. Como já está evidente, epidemias acontecem e devemos, doravante, considerá-las eventos prováveis, sobre os quais teremos que lidar. Algumas avaliações que encontrei, deram partida nas considerações que apresentei para a reflexão. Lembro que não tenho a pretensão de oferecer certezas científicas, apenas observações que os estudos e minha experiência na área de design de embalagens me ajudam a conceber sobre como é possível as embalagens se beneficiarem dessa nova situação e onde estão as oportunidades para o nosso setor. Então, vamos a elas:

1. Vida pós-crise Fala-se em “novo normal”. Isso quer dizer que a nossa vida deve, daqui para a frente, considerar o imprevisto, novas epidemias e crises econômicas como fatos “normais”. A incerteza e os novos pré•impressão

aprendizados que essa situação nos trouxe devem ser incorporados e farão parte da vida. Para mim, o primeiro fato registrado neste aprendizado foi a corrida aos supermercados. Concluí que o comportamento de manter estoques de segurança deve permanecer como atitude de precaução. Portanto, embalagens que favoreçam a estocagem e que ofereçam maior prazo de validade devem se beneficiar deste contexto – este último ganha destaque na leitura mais atentiva dos dizeres de rotulagem.

2. Pedindo tudo em casa O delivery, que já vinha crescendo, ganhou uma dimensão impressionante nessa crise, pois foi extremamente favorecido pela quarentena e pelo fechamento do comércio. O e-commerce e as vendas online se tornarão praticamente obrigatórios para a maioria dos negócios B2C e as embalagens de entrega dos produtos ganharão importância estratégica, função e significados, que farão delas ferramentas de marketing cada vez mais relevantes no negócio das empresas. No e-commerce as embalagens não podem apenas “carregar” os produtos: são elas que fazem o contato com as pessoas no mundo físico e promovem a primeira experiência com a mercadoria. São elas que promovem um final feliz para

o processo de compra ao encerrarem, no momento da entrega, todas as expectativas e incertezas naturais deste tipo de comércio. Por isso, devem incorporar novas funções, como “conversar” com o consumidor, estabelecer empatia com a marca, esclarecer mais sobre o produto adquirido, estreitar relacionamentos e iniciar a próxima venda.

3. A volta da comida caseira e das refeições em casa Novos hábitos derivados do confinamento, da quarentena, do home office e do desemprego farão com que as pessoas estabeleçam relações diferentes com a casa e com tudo o que está relacionado a ela. A alimentação no lar se torna mais frequente e até preferencial devido a desconfiança que se instalou em relação a alimentos que são, como foi amplamente divulgado, a origem do vírus. O Food Service, que já vinha crescendo dois dígitos anteriormente, vai demandar cada vez mais embalagens, abrindo uma nova frente a ser explorada pela indústria, que deve prover embalagens melhores, eficientes, mais bonitas e atraentes na tarefa de entregar comida na casa das pessoas com praticidade e segurança. Este é um segmento que deve crescer muito e que merece especial atenção. www.sigep.org.br


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embalagens que acentuem e explorem estes atributos.

5. Alimentos mais saudáveis Alimentos sem conservantes ou aditivos químicos serão cada vez mais procurados e promovidos pelos influenciadores que hoje têm expressão e são ouvidos seus seguidores. Embalagens que permitam a conservação natural dos alimentos e, principalmente, aquelas ofereçam aos consumidores informações sobre como e porquê o alimento é conservado pela embalagem, de onde ele vem, como é processado e qual a melhor utilização do produto, farão diferença na competição. Embalagens de papelcartão, por exemplo, devem ser melhor utilizadas na exploração dos seis lados que oferecem para a comunicação impressa. A rotulagem de alimentos será lida com mais atenção pelos consumidores e a inclusão do QR Code que leve informações detalhadas sobre o fabricante, a marca e tudo o que puder fazer o consumidor saber mais e ter segurança sobre o que consome, será útil nas embalagens.

6. Animais de companhia 4. Saúde em primeiro lugar Cuidados com a saúde ganharão nova dimensão e devem abrir oportunidades nos segmentos farma, higiene e limpeza. O hábito de lavar as mãos, promovido amplamente na comunicação contra o coronavírus, abre espaço para, por exemplo, sabonetes antibactericidas com álcool gel e outras inovações derivadas da preocupação com a saúde. Esses produtos devem ganhar cada vez mais espaço, sendo que as farmácias serão um campo competitivo que exigirá a máxima atenção dos fabricantes de embalagem. www.sigep.org.br

Os cuidados com a higiene da casa, onde as pessoas passarão mais tempo e que se tornaram uma espécie de refúgio seguro que deve ser equipado, abastecido, limpo e conservado, receberão atenção redobrada - embalagens dessa categoria promoverão cada vez mais os hábitos de limpeza, desinfecção e assepsia. Outro segmento que pode se beneficiar das preocupações com a saúde e que havia pouco ou nenhum apelo é a infraestrutura das construções residenciais. Tintas e impermeabilizantes que combatem o mofo e bolor, reconhecidos inimigos da saúde por abrigarem fungos e bactérias, promoverão a venda de produtos em

A permanência em casa com animais de estimação e o fato dos pet shops terem permanecido abertos durante a pandemia, faz com que sejam favorecidos - as pessoas passaram a conviver mais e a dar mais atenção aos bichinhos, o que aumentou o consumo de produtos pet. O Brasil é o segundo mercado mundial de pet food e esse segmento representa uma excelente oportunidade para a indústria de embalagem, visto que requerer tanto proteção quanto apresentação visual de boa qualidade. Um item que se destacou foram os chamados snacks funcionais, aqueles palitinhos e ossinhos mastigáveis usados para agradar os cães e gatos. Estes snacks foram objeto de informação abril/maio/junho - No 124

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provida por veterinários que ensinaram aos consumidores que esses produtos são úteis, pois ajudam a baixar o stress dos cães e gatos e podem ser utilizados para enriquecer a experiência e o relacionamento dos donos com seus animais de estimação.

7. Empreendedorismo doméstico “Revolução Maker”, startups e iniciativas de pessoas que desejam criar seu próprio negócio

foram

potencializadas

pela

pandemia. Além dos que perderam o emprego e precisam prosseguir por sua própria conta, pessoas qualificadas que ficaram em casa e aproveitaram o tempo para tirar da gaveta aquele sonho de ter o próprio negócio. Eles arregaçaram as mangas colocando seus projetos para andar. O movimento dos pequenos negócios já está acontecendo com o apoio do Sebrae que conta com dados sobre o tema. Os números demonstram que pequenas empresas precisam de acesso à indústrias capazes de fornecer embalagens de qualidade em tiragens reduzidas. Estar

disponível

às

empresas

para

comprarem em pequenas quantidades com preços acessíveis representa uma oportunidade de ouro para o setor de embalagem. Aproveitar a abertura gerada pela pandemia para aprofundar sua

atenção especial da cadeia produtiva.

presença junto aos pequenos negócios, tanto os que já existem, que já são milhões, como os que surgirão como fruto direto da crise. A impressão digital deve ser olhada com atenção. Embalagens práticas, fáceis de comprar, usar e vender, são soluções que podem ser utilizadas em casa, garagens e pequenos galpões, sem necessidade de grandes investimentos, estão amplamente favorecidas neste momento e requerem pré•impressão

8. Design de embalagem pós-crise A embalagem é expressão da cultura material de um povo. Ela reflete o estágio de desenvolvimento cultural e industrial da sociedade e, depois de tudo o que aconteceu, as pessoas vão gostar de encontrar embalagens com novo design, que expresse o espírito vitorioso de quem venceu a crise. As empresas que saírem

na frente e apresentarem seus produtos em um novo visual mais colorido e otimista, abrirão distância do que ficou para trás. Normalmente o redesign das embalagens deve acontecer de tempos em tempos para manter fresca e vitalizada a apresentação visual do produto, mas agora, o redesign se transformará numa oportunidade de marketing e comunicação para as empresas que se dispuserem sair na frente renovando o desenho de suas embalagens. A oportunidade para a indústria, neste caso, está em oferecer a sugestão e www.sigep.org.br


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ajudar os clientes na renovação rápida de suas embalagens, agilizando processos e facilitando o que for possível. Alianças estratégicas com agências de design podem ajudar a conquistar novos clientes e a reforçar os laços com os clientes atuais. Apenas lembrando que é preciso tomar cuidado para não descaracterizar o recipiente anterior a ponto do consumidor não reconhecer mais. Estas são algumas observações que considero importantes. Vale lembrar que “nenhum produto concorre no mercado”, o produto concorre na categoria e é nela que as oportunidades são encontradas e se realizam. Como estamos vendo, a crise www.sigep.org.br

não atinge todas as categorias da mesma forma, algumas até são favorecidas, como é o caso do álcool gel, alimentos, produtos de higiene e limpeza, produtos de farmácia, food service e pet food. Minha recomendação é que a indústria de embalagem coloque seu foco nas categorias onde os produtos competem e passem a realizar com maior frequência estudos de campo para observar “in loco” o que está acontecendo. Todo fabricante de embalagem precisa verificar se as embalagens que produz são melhores, piores ou iguais às embalagens dos concorrentes, que estão expostas a seu lado. Se a sua embalagem for

“inferior”, o fracasso será uma ameaça concreta. Crise não é novidade, já atravessamos outras e vamos atravessar essa também. Importante é ter atitude para não ficar sofrendo a crise, mas sim se apropriar dos ensinamentos e, acima de tudo, das oportunidades. Afinal se você ainda não viu oportunidade nesta crise é porque não olhou direito! *Fábio Mestriner é consultor da Ibema Papelcartão. Designer, professor do curso de pós-graduação em Engenharia de Embalagem do IMT Mauá e autor dos livros Design de Embalagem – Curso Avançado, Gestão Estratégica de Embalagem e Inovação na Embalagem – Método Prático. abril/maio/junho - No 124

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NOVIDADE

Informes da Micro, Pequena e Média Empresa Confiança da indústria sobre em fevereiro e retoma nível de março de 2018 O Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getulio Vargas (FGV) avançou 0,5 ponto em fevereiro, para 101,4, mesmo nível de março de 2018. Com o resultado, o índice registra a quarta alta consecutiva e um avanço de 6,0 pontos desde outubro de 2019. Em fevereiro, a confiança subiu em 12 dos 19 segmentos industriais pesquisados. O resultado positivo decorre da melhora da percepção dos empresários sobre a situação atual. O Índice de Situação Atual subiu 1,2 ponto, para 100,9, o maior nível desde outubro de 2013 (101,6). O Índice de Expectativas (IE), por sua vez, ficou praticamente estável, ao ceder 0,2 ponto em relação ao mês anterior, para 101,8. O indicador que mede a demanda total subiu de 97,7 pontos para 100,9, o maior patamar desde dezembro de 2013 (101,8), ultrapassando o nível neutro. Em relação aos demais indicadores, o que mensura

pré•impressão

a situação atual dos negócios aumentou 1,9 ponto, para 101,9, enquanto o nível de estoques caiu 1,6 ponto, para 99,9. Fonte: Valor Econômico

Proposta amplia limite de compras públicas com empresas de pequeno porte O Projeto de Lei Complementar (PLP) 276/19 determina que as licitações direcionadas para as microempresas e empresas de pequeno porte terão o mesmo limite de valor das contratações na modalidade convite para compras e serviços, que hoje é de R$ 176 mil. O texto tramita na Câmara dos Deputados. A proposta é de autoria do deputado Geninho Zuliani (DEM-SP). Atualmente, o Estatuto da Micro e Pequena Empresa limita as licitações realizadas com microempresas e empresas de pequeno porte a compras e serviços de valor até R$ 80 mil. Este era o valor da modalidade convite para as licitações gerais até 2018. Com o projeto Zuliani pretende fortalecer o poder de venda

dos pequenos estabelecimentos para a administração pública. Fonte: Câmara Notícias

Governo lança programa para eficiência de empresas Governo Federal anunciou em 18 de fevereiro o lançamento do programa Brasil Mais. O objetivo é aumentar a eficiência das empresas a partir da capacitação gerencial, incluindo os setores da indústria, comércio e serviços. Até 2022, cerca de 200 mil empreendimentos de todo o território nacional devem ter acesso ao programa. De acordo com o porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, o Brasil Mais é baseado nas melhores práticas de gestão do mercado mundial e terá investimento em torno de R$ 1 bilhão. "Será o segundo maior programa de produtividade do mundo e o maior programa de transformação digital da América Latina", destacou. Fonte: O Alto Uruguai

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ESPAÇO DO FORNECEDOR

Na nossa seção sobre os fornecedores do setor gráfico parceiros do Sigep/AbigrafPR, vamos conversar nesta edição com o Wagner Clemente, diretor da WG. - Conte um pouco da história da WG, como e onde surgiu e como vem sendo o seu desenvolvimento ao longo da história. A WG iniciou suas atividades em 1991, fundada por Wagner Clemente, e hoje também conta com a participação do meu filho Eduardo Clemente. No início de nossas atividades fomos fornecedores dos produtos da ANITEC (empresa americana), depois passamos a distribuir produtos da Du Pont do Brasil. Desde 2005 distribuímos produtos da Agfa, e depois ampliamos com a vinda dos produtos Druck Chemie e Flint Group. Esperamos nos manter por muitos anos no mercado - Qual o principal negócio da empresa hoje?

Somos distribuidores de materiais gráficos das marcas Agfa Gevaert , Druck Chemie e Flint Tintas de Impressão e Blanquetas. - Quais os seus diferenciais, como procura se destacar da concorrência?

Somos uma empresa pautada em vender produtos de primeira linha, sempre com pronta-entrega - Como os clientes se beneficiam por serem atendidos pela WG?

Pelo pronto atendimento e responsabilidade nos produtos, sempre destacando a qualidade e confiabilidade. pré•impressão

- Como está o mercado atualmente para a empresa em função da pandemia e como vem procurando se ajustar a tudo?

Se não estiver enganado, somos parceiros

Mesmo com a pandemia, continuamos atendendo com a agilidade e cumprindo todas as normas da Secretaria de Saúde. Mesmo com a retração do mercado continuamos com as mesmas regras de sempre.

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abril/maio/junho - No 124


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NOTAS

NOTAS 18.º edição do Prêmio Paranaense de Excelência Gráfica Oscar Schrappe Sobrinho fica para 2021

O 18.º Prêmio Paranaense de Excelência Gráfica Oscar Schrappe foi definitivamente adiado para 2021, em data a ser marcada. Por causa da covid-19 e das incertezas quanto ao fim da pandemia, o Sigep/Abigraf-PR decidiram oficializar o adiamento do tradicional evento, que será realizado no Santa Mônica Clube de Campo, em Colombo, região de Curitiba. Em breve, serão informados os novos prazos para inscrição de produtos e todo o calendário da premiação, que tem a coordenação e auditoria da ABTG (Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica). Já é certo que o Prêmio manterá o seu espirito de inovação e terá novidades, entre elas a inclusão de categorias de Design Gráfico e também de Outros Produtos. Na próxima edição, também mudará o fato de os projetos inscritos no Segmento 10 – Inovação Tecnológica, Complexidade Técnica do Processo e no Segmento 14 – Sustentabilidade Ambiental tornarem-se públicos após o julgamento.

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