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A Densidade Ideal

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É muito comum os profissionais de impressão perguntarem qual é a densidade ideal para imprimir um determinado trabalho ou atingir um determinado padrão. O que posso dizer sobre isso é que a densidade é relativa a vários aspectos e nem sempre é fixa. O que realmente importa no final é se a cor desejada foi alcançada.

Se falamos de cor, estamos falando de colorimetria, seja com base em dados espectrais ou através de coordenadas LAB. Mas então onde é que a densidade entra nesta história? A densidade é importante para especificar carga de tinta, no entanto, ela é dependente de algumas variáveis, como:

1. Uma marca ou uma linha de tinta específica.

2. A concentração dos pigmentos e como a tinta é formulada.

3. O substrato em que está sendo impresso.

Assim sendo, quando for necessário definir um valor de densidade para obter uma determinada cor, é importante saber que as variáveis acima não deveriam mudar. Em um exemplo prático, se eu quiser imprimir um Pantone 485 C utilizando cores de cromia e a informação que tenho é que se eu imprimir com o Magenta em uma densidade de 1.4, provavelmente se mudar a concentração da tinta ou escolher outra tinta de marca diferente não alcançarei este Pantone com a mesma densidade. A referência em densidade vai mudar. Quando queremos converter dados colorimétricos em densidade, é necessário respeitar essas variáveis.

Uma etapa muito utilizada na implantação do gerenciamento de cores é converter esses dados colorimétricos em densidade. As densidades então serão utilizadas para os impressores saberem se estão de fato alcançando as cargas estipuladas para chegar à cor. Existem várias maneiras de descobrir os resultados de densidade, porém o que vamos explicar aqui é a lógica por trás dessa busca. Como ele será descoberto não é tão importante, desde que o objetivo seja alcançado.

É importante observar (talvez até de uma forma repetitiva):

específico. Você pode obter o mesmo resultado de densidade entre papéis diferentes, mas isso nem sempre é garantido.

2. A densidade é válida para uma tinta específica. Você pode obter o mesmo resultado de densidade entre tintas de marcas diferentes, mas isso não é regra. Uma tinta que sofreu uma diluição diferente ao longo do tempo não alcançará mais a mesma cor com a mesma densidade.

3. A tinta convencional possui uma cor no momento da impressão e outra cor após a cura, por isso é importante aguardar de 6 a 12 horas para conhecer seu resultado colorimétrico estabilizado.

4. Tintas a base de solvente e UV, normalmente possuem secagem instantânea, logo a cor estabilizará quase que imediatamente.

De posse dessas informações, fiz um passo a passo para que você possa entender como encontrar a densidade ideal para uma tinta:

1. O primeiro passo é saber qual a cor que você precisa atingir, ou seja, a referência. A referência pode ser um padrão (como a ISO 12647), pode ser uma amostra fixa de um cliente, pode ser um dado colorimétrico (valor LAB ou dados espectrais), ou até mesmo uma cor Pantone qualquer.

2. Se a minha referência é física, ela deve ser medida com um espectrofotômetro. Com os dados LAB, posso colocá-los em uma planilha do Excel ou fazer o upload como referência para o espectrofotômetro.

3. A terceira etapa é gerar amostras usando um equipamento de impressão com variações de carga. Ao saírem da impressora, as densidades devem ser medidas e os resultados anotados, se possível na própria amostra.

4. Medir os dados do LAB obtidos e comparar com a referência, seja diretamente no espectrofotômetro ou em minha planilha Excel. Neste momento é necessário aplicar a fórmula de ΔE para verificar se o resultado coincide com a referência.

5. Partindo de uma carga baixa, conforme ela aumenta, nota-se que o ΔE começa a se aproximar de 0, até o momento que se estabiliza e então o ΔE começa a aumentar novamente. Neste ponto onde o ΔE é menor, temos a certeza de que encontramos a carga ideal e que aumentar a carga a partir desse ponto só me faz me distanciar da cor desejada.Esta é a lógica mais importante a ser entendida. É preciso gerar densidades diferentes e medi-las para descobrir quais das amostras chegam ao LAB pretendido. Bingo! A partir de agora, você decide como vai encontrar a cor que precisa. O equipamento de impressão offset tem a vantagem de ser capaz de produzir várias amostras de carga de tinta ao mesmo tempo. Basta ajustar a fonte de tinta para distribuir menos tinta para um lado da folha e aumentar gradualmente para o outro lado da folha. Desta forma, a cada impressão, temos várias amostras sem ter que perder tanto tempo e papel. Já um equipamento de impressão flexográfico necessita de um anilox de banda para produzir o mesmo resultado, o que nem sempre é uma alternativa barata.

Tintas convencionais

Como mencionamos anteriormente, a tinta convencional não atinge sua cor imediatamente após a impressão. Aqui, então, algumas peculiaridades

ao se procurar densidades com tintas convencionais:

1. As densidades devem ser anotadas no momento em que a folha impressa sai da impressora. Isso é chamado de densidade de carga úmida. A referência de densidade neste caso deve ser úmida, pois será avaliada diariamente na boca da máquina. Não faria sentido o impressor esperar algumas horas para ler a densidade e ver se ela deveria aumentar ou diminuir a

carga.

2. Os dados colorimétricos devem ser medidos com no mínimo 6 horas de cura, pois é o tempo mínimo que leva para a tinta se estabilizar. Se você medir o LAB da tinta úmida e continuar a medi-lo de 15 em 15 minutos, ficará surpreso com a variação de cor encontrada.

Densidades encontradas

As densidades encontradas durante a aplicação do teste de densidade são mostradas abaixo. Para os dois dados colorimétricos normativos mais aproximados.

COLORIMETRIA COM BASE NO PADRÃO ISO 12647-2 TIPO 4

DENSIDADE COM O STATUS T E

RELATIVO AO PAPEL

COLORIMETRIA COM FILTRO M0

Considerações finais

Como visto na tabela, cada densidade representa uma cor em específico. Alterações na tinta e no substrato farão com que o resultado de cor não seja mais atingido. É comum ouvir o impressor dizer “…mas eu estou imprimindo com a carga certa! O densitômetro está marcando 1.40 e a cor não bate!!”. Se for apenas uma questão de concentração de tinta, provavelmente se o impressor baixar ou subir a densidade ele vai encontrar o ponto correto, porém se a tinta sofreu invasão de outras cores, não haverá nenhuma densidade segura. Cores claras tendem a ser reféns da cor do substrato, pois basta uma pequena mudança em sua coloração para que a mesma densidade já não encontre mais a cor correta.

Atualmente existem espectrofotômetros que medem a densidade e LAB juntos e orienta ao impressor se de fato a densidade está batendo com a cor e, além disso, indica a melhor densidade da atual realidade será mais assertiva para alcançar a cor padrão. Sem dúvida é uma ferramenta muito dinâmica para entender as variáveis do processo.

Foto: Evandro Mengue é especialista em Gerenciamento de Cores com 25 anos de experiência no setor, G7 Expert, Digital Color Expert pela PrUA e CEO da DeltaE Tecnologia da Cor. Crédito: DeltaE Tecnologia da Cor. Crédito: Divulgação

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