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ESPECIAL

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Parceria para o fortalecimento da indústria gráfica

Foto: A nova superintendente do Sesi, IEL e diretora Regional do Senai Paraná, Fabiane Franciscone: atuação em sinergia com as demandas da indústria. Créditos: Divulgação

Nesta entrevista exclusiva, a nova superintendente do Sesi, IEL e diretora Regional do Senai Paraná, Fabiane Franciscone, fala da parceria do Sistema Fiep com o Sigep/AbigrafPR, da importância da Escola Gráfica e do futuro da formação profissional.

Revista Pré.Impressão - Quais são os planos da senhora como superintendente do Sesi, IEL e Diretora Regional do Senai Paraná na Fiep?

Fabiane Franciscone - Cada vez mais estar perto das indústrias para, não apenas entender quais são as necessidades, mas ser capaz de atendê-las o mais rápido possível. A ideia é continuar respondendo tanto às demandas mais urgentes, quanto conseguir fazer uma previsão a curto, médio e longo prazo. Essas, inclusive, são algumas das diretrizes do Plano de Gestão 2022/2023 do Sistema Fiep, que estamos implantando com o foco de ampliar a percepção de que nós existimos para apoiar a indústria.

Para isso, o Sistema Fiep seguirá atuando em várias frentes: com o Observatório, que presta serviços de prospectiva, planejamento, pesquisa e articulação. O Sesi, com foco em inovação em segurança e saúde do trabalho, formação de futuros líderes e sustentabilidade. O Senai, que além de preparar os colaboradores que o setor precisa, inclusive para as novas profissões, destaca-se como um forte provedor de tecnologia e inovação (são sete institutos de tecnologia e de inovação, além do Hub de Inteligência Artificial, Aceleradoras, Centro de Mobilidade Sustentável e Inteligente e o novíssimo Habitat, um espaço que visa promover a transformação digital e empreendedorismo de alto impacto para aumentar a competitividade do setor industrial brasileiro). E o IEL, que forma profissionais diferenciados na área de gestão. Tendo como pilares a integridade, a sustentabilidade e as entregas de valor e de impacto para a indústria, as entregas das instituições visam a defesa e desenvolvimento da indústria, choque de mão de obra pela educação, segurança e saúde preventivas e ágeis, tecnologia e inovação para competitividade e preparação para o futuro.

É a primeira vez que o Sistema Fiep tem uma mulher ocupando esta superintendência. Como a senhora vê isso?

Atualmente, nós, mulheres, somos 51% dos profissionais do Sistema Fiep. Além disso, 60% das líderes são mulheres. É um número bastante expressivo, tendo em vista que a média nacional é de apenas 37,4% e tenho ciência do privilégio. Por outro lado, desde 2003, a instituição, por meio do Sesi Paraná e com o propósito de impulsionar o desenvolvimento sustentável das indústrias paranaenses, promove ações, projetos e programas que incentivam o engajamento do

setor e da sociedade nas temáticas sociais, ambientais e econômicas, incluindo aí, desde 2015, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, os ODS. O ODS 5 trata justamente da Igualdade de Gênero. Além de trabalharmos em prol dela em toda a instituição, apoiamos as indústrias para que a atinjam, assim como os demais objetivos.

Quais são os principais desafios quando se fala em formação profissional nos dias de hoje?

A distância entre a academia e a prática do mercado de trabalho. Nesse sentido, os cursos rápidos que têm carga horária variada de 5h até 120h e os cursos técnicos, que têm de um ano e meio a dois anos de duração, são excelentes soluções para este desafio. A economia e o mercado mudam muito rapidamente, por isso, formações mais rápidas e atentas às demandas do agora e de um futuro próximo são tão importantes. Além disso, sabe-se que é cada vez mais necessário que os profissionais tenham habilidades, ou skills, diversas, muitas vezes diferentes de suas áreas de formação. Aí, mais uma vez, os cursos mais rápidos vêm a calhar. No ensino fundamental e médio, é importante que a prática do mercado de trabalho esteja presente no dia a dia dos estudantes. No Colégio Sesi da Indústria, por exemplo, eles têm que resolver desafios reais propostos pelas indústrias, têm acesso a palestras sobre profissões e a oficinas. Nas Faculdades da Indústria, os cursos objetivam formar profissionais capazes tanto de impulsionar o desenvolvimento do setor, quanto gerar soluções. Para isso, teoria e prática caminham sempre juntas.

Na avaliação da senhora, qual foi o principal impacto da pandemia nos processos educacionais?

Certamente o da tecnologia. Em poucos meses a pandemia rompeu barreiras tecnológicas, acelerando o desenvolvimento de algumas áreas como nunca visto antes. A inteligência artificial, a biotecnologia e a robótica fizeram milagres. E a tecnologia também foi amplamente utilizada nos processos educacionais. No entanto, toda essa novidade não veio para todos. Por isso, para diminuir essa diferença, é cada vez mais relevante pensar em processos mais inclusivos.

A maior experiência das pessoas com o trabalho e com a educação em home-office por causa da pandemia pode trazer mudanças na forma como a educação será pensada daqui para frente?

Com certeza, e isso é positivo. Nesse período alguns mitos sobre a educação à distância foram derrubados. O sobre a qualidade é um bom exemplo. Durante a pandemia, muitas pessoas que ainda não tinham experimentado a EaD comprovaram que ela pode ter muita qualidade e que permite uma aprendizagem sem fronteiras. Há, claro, os cursos que exigem módulos de aulas práticas, para colocar a mão na massa. Mas, isso pode ser facilmente resolvido com as aulas híbridas.

É notório que boa parte das indústrias carece de mão de obra qualificada. Como o Sistema Fiep vê essa carência e o que pode fazer para ajudar a amenizar este problema?

Uma das principais frentes do Sistema Fiep é a formação de colaboradores qualificados para a indústria. Para isso, realiza ou tem acesso a estudos prospectivos das profissões que estarão em alta devido à demanda do setor. O lançamento de novos cursos, bem como a revisão da oferta em determinadas regiões, de acordo com as prioridades locais, é uma constante. Além disso, customiza cursos de acordo com a necessidade de cada indústria ou região. Também chega a qualquer município do estado com as unidades móveis, que são salas de aula, algumas com laboratórios de ponta, feitos para formar profissionais da melhor qualidade, com a chancela do Senai. Junto com tudo isso, procuramos mostrar que a indústria, que trabalha com processos cada vez mais avançados tecnologicamente e paga salários superiores à média dos outros segmentos econômicos, é um bom lugar para construção de carreiras para os jovens.

Dentro do escopo de trabalho da senhora está a Escola Gráfica do Senai-PR, que tem parceria com o Sigep/Abigraf-PR para formação e qualificação de mão de obra ao setor gráfico. O que a senhora pensa sobre essa escola e quais os seus planos para ela?

O Setor gráfico possui várias vertentes de atuação e, apesar da pandemia, este segmento apresenta uma expansão em alguns nichos de mercado, como o setor de embalagens. Este setor possui uma forte relação com o e-commerce, que cresceu 48,4% em 2021. Segundo dados da Associação dos Agentes Fornecedores de Equipamentos e Insumos para a indústria Gráfica – Afeigraf, comparando as informações relacionadas ao período de abril de 2020 a março de 2021, com abril de 2019 e março de 2020, o setor de embalagens cresceu em algumas frentes, como destaque temos a produção de embalagens plásticas, que apresentou uma elevação de 7% no comparativo dos períodos.

Estes dados mostram a importância do setor como um todo, que possui ainda atividades relacionadas à impressão de jornais, revistas, livros, papel-moeda, etiquetas, rótulos, impressos publicitários e promocionais, lona, vinil, bulas e manuais. Estas atividades, em março de 2021, apresentaram um crescimento de 47,9% em relação a março de 2020. Com base neste cenário, observamos a relevância do setor gráfico para a nossa sociedade, pois desde um folder promocional até os itens diários de alimentação, temos a participação significativa da indústria gráfica. Neste sentido, o Sistema Fiep em sua concepção formadora visa trabalhar, construir e expandir em parceria com o Sigep as capacitações voltadas para a formação de profissionais essenciais para a nossa sociedade.

Recentemente, o Sigep/AbigrafPR, o Senai e empresários gráficos tiveram uma série de reuniões para elaborar um modelo de cursos rápidos

e focados nas necessidades mais urgentes das indústrias gráficas. Como a senhora vê esse tipo de parceria?

A Metodologia Senai de Educação Profissional (MSEP) visa a integração formativa com as necessidades requeridas pelos setores industriais. Neste sentido, atuamos em sinergia com as demandas da indústria, buscando relações com os setores que possibilitem a conversa, o entendimento e a discussão sobre a área industrial. Esta relação possui como objetivo o desenvolvimento de oportunidades referente à formação e capacitação de profissionais para o setor.

Neste contexto, a relação de parceria com o Sigep/Abigraf-PR foi de fundamental importância, pois converge com os valores do Sistema Fiep, o qual visa servir e fortalecer a indústria para melhorar a vida das pessoas. Desse modo, a parceria com o Sigep possibilitou o diagnóstico de aspectos relevantes referente à capacitação de profissionais, possibilitando ainda a criação de programas formativos que façam sentido para a indústria e para as pessoas.

Por meio de parcerias como a efetuada entre Fiep e Sigep/Abigraf-PR é possível contribuir com a entrega de profissionais alinhados e aptos a atuarem na melhoria e maturidade da indústria de transformação, aspecto este que reflete diretamente no fortalecimento da industrial regional.

O setor gráfico vem perdendo muita mão de obra para outros setores. Por outro lado, se moderniza cada vez, o que aumenta a necessidade de mão de obra qualificada para lidar com os equipamentos modernos. Um dos focos para acabar com esse gargalo seria a formação de mão de obra a partir dos jovens. Como profissional de educação, que estratégia a senhora vê como plausível para seduzir esses jovens?

A necessidade de atração dos jovens é fundamental e para efetuar esta atração são importantes ações que promovam o reconhecimento dos setores e as oportunidades oferecidas por estes. Neste sentido, o Sistema Fiep, por meio do colégio Sesi da Indústria vem efetuando diversos movimentos para engajar os jovens na prospecção de carreiras na indústria. Uma destas frentes consiste no projeto Batepapo Carreiras, que corresponde em uma roda de conversa entre indústrias e alunos e possui como objetivo a exploração das oportunidades dos setores indústrias. Além destes mecanismos, o Colégio Sesi da Indústria promove palestras com as indústrias e visitas técnicas. Associado a estes mecanismos, temos a atuação do Senai com diversos cursos rápidos e mecanismos de comunicação que visam a captação de futuros profissionais para a indústria gráfica.

Recentemente a pesquisadora norteamericana Emma Goldberg disse que os jovens da geração Z, que estão ingressando agora no mercado de trabalho, gostam menos de trabalhar, tendo o foco principal na qualidade de vida. E há estudos que mostram que essa nova geração é muito mais suscetível a trocar de trabalho. Como fica o papel dos agentes de formação profissional, como o Sistema Fiep, diante deste quadro?

O Sistema Fiep no decorrer dos seus 80 anos acompanha as transformações do mercado de trabalho e das gerações trazendo soluções pautadas na inovação e no desenvolvimento de habilidades técnicas e socioemocionais. Como instituição desenvolvemos metodologias nos diversos níveis de ensino que tem como pilares principais o protagonismo, valorização dos conhecimentos e aprendizagem prática. Assim continuamos evoluindo junto com a sociedade e com a indústria, entendendo e preparando as gerações para inserção na sociedade e no mercado de trabalho.

Em geral, como a senhora imagina que estará a formação profissional daqui 10 anos?

Atualmente experimentamos uma mudança na sociedade que reflete a evolução de modelos, tecnologias e metodologias que influenciam a forma como aprendemos e nos desenvolvemos. Uma evolução do modelo de aprendizagem situa-se sobre a ótica da educação continuada que em virtude das necessidades atuais e futuras da sociedade é intitulada de lifelong learning ou aprendizado ao longo da vida. As requisições globais da sociedade requerem indivíduos cada vez mais preparados e aptos para as demandas atuais e neste contexto encaixa-se o conceito de lifelong learning, o qual visa expansão dos conhecimentos conduzidos pela necessidade do indivíduo.

Assim como surgem novos conceitos, também surgem novas tecnologias que contribuem para a evolução da educação, neste caso não podemos deixar de citar uma ferramenta que vem ganhando espaço em vários setores inclusive na educação – a inteligência artificial. Outro conceito tecnológico que vem se destacando é o metaverso que segundo alguns estudos “no futuro o metaverso pode fazer a internet parecer tão antiquada quanto um telégrafo”.

Hoje em dia conhecemos algumas possibilidades destas ferramentas que são aplicadas em nossos ambientes formativos, mas até onde vai a potencialidade destas? Alguns estudos apontam que as tecnologias digitais não vão apenas mudar nossos empregos, comunidades e vidas, mas vão também melhorar nossas capacidades, o modo como aprenderemos e o que aprenderemos. Em um horizonte temporal não muito distante, Sistemas Inteligentes, biotecnologia e neurotecnologia irão empoderar as pessoas com novas habilidades cognitivas e capacidades sensoriais. Neste sentido para prospectarmos a educação profissional neste horizonte é importante primeiramente compreendermos os avanços tecnológicos que evoluem de forma exponencial, especialmente no campo da inteligência artificial e na correlação desta com os avanços obtidos por meio da ciência do aprendizado. A partir da compreensão destes fatores, será possível moldar proativamente o futuro da educação, a qual usufruirá destes recursos para maximizar, auxiliar e potencializar o processo de ensino e aprendizagem envolvendo docentes e discentes.

Cursos rápidos da Escola Gráfica têm boa aceitação

O formato de cursos rápidos oferecidos pela Escola Gráfica do Senai Portão, em Curitiba, desde o início de 2022, agradou em cheio aos realizadores e participantes. O conteúdo objetivo e focado nas necessidades de quem trabalha no setor gráfico foi totalmente aprovado, tanto que, depois dos três cursos iniciais, novos temas já estão definidos.

Chamados de Trilhas Formativas, os cursos foram desenhados e criados em parceria entre o Sigep/Abigraf-PR e o Senai, tendo ainda a contribuição de empresários do setor gráfico, que expuseram as principais necessidades na formação de mão de obra.

O primeiro tema foi “Desenvolvimento de Orçamentos para a Indústria Gráfica”. Com total de 15 horas, as aulas foram realizadas entre os dias 22 e 25 de fevereiro. Durante o curso foram apresentados conceitos e técnicas relacionados ao desenvolvimento de orçamentos. Os alunos puderam desenvolver habilidades fundamentais para efetivar a aplicação dos orçamentos na produção gráfica. Entre os assuntos abordados estiveram otimização de tarefas, sensibilização e motivação para qualidade e processos gráficos fundamentais.

Na segunda semana de março, entre os dias 7 e 11, a trilha formativa foi “Técnicas de Vendas Internas Aplicadas na Indústria Gráfica”. As 20 horas-aula tiveram como objetivo aperfeiçoar os conceitos e metodologias relacionados à venda interna. Os participantes puderam evoluir em temas como acabamentos e desenvolvimento, informática, otimização de tarefas, técnicas de vendas e de comunicação e habilidades exponenciais.

Por fim, com total de 12 horas de duração, entre os dias 22 e 24 foi realizado o curso “Aplicação do Planejamento e Controle da Produção”. O objetivo foi trabalhar com as técnicas e conceitos relacionados ao planejamento e controle da produção aplicados na indústria gráfica. Economia de tempo e de matéria-prima, controle de prazos estabelecidos e excelência no processo produtivo estiveram entre os assuntos dos três dias de aula.

Grande envolvimento

Para o técnico de Ensino do Senai Portão e responsável pela execução dos

cursos, Erlon Antunes, as expectativas em relação ao formato dos cursos foram superadas. “Houve um grande envolvimento por parte das gráficas, dos alunos e do Sigep, o que fez com que atingíssemos o objetivo de oferecer conhecimento focado nas necessidades dos colaboradores e dos empresários gráficos. A trilha de formação tem o intuito de levar o conhecimento de partes dos processos para a composição de um todo mais eficaz. Ou seja, busca-se tornar o profissional da indústria gráfica um conhecedor de todos os processos que envolvem a produção gráfica”.

Segundo Erlon, com a formação oferecida os profissionais passam a ter conhecimento para decidir - e até mesmo questionar - se o procedimento que está sendo adotado é o correto em termos de qualidade, controle de desperdícios e análise de custos, com produção eficaz. “Também, preocupase com a formação pessoal, instigando a prática da honestidade, pontualidade, entre outras habilidades, promovendo a formação de caráter”.

Erlon ponderou que essa trilha de formação

foi elaborada especificamente para abordar a composição de preços, análise de custos e de qualidade, permitindo à equipe de vendas ter suporte para defender o preço praticado no mercado. Com participação de profissionais de outras modalidades de impressão, as aulas levaram ao profissional gráfico a oportunidade de conhecer outros processos de impressão, que podem ser apresentados aos seus clientes como solução à demanda solicitada. “A combinação dos processos de impressão traz maior flexibilidade para atender efetivamente a necessidade do cliente, transformando o vendedor de gráfica num ‘resolvedor de problemas’. Pois, não basta imprimir, tem que impressionar e ter excelência em atendimento e resultados”, destacou Erlon.

Aprovação

Os participantes do curso aprovaram o formato e os conteúdos abordados. Dajoni Batista do Prado Neto, analista de custos na Malires Gráfica e Editora, participou de dois cursos da trilha formativa: “Desenvolvimento de Orçamentos para a Indústria Gráfica” e “Aplicação do Planejamento e Controle da Produção”. “As aulas foram importantes para a

Novas trilhas formativas já programadas

Concepção e Aplicação do Controle de Qualidade na Indústria Gráfica: Carga Horária: 8h Período: 03 a 05/05

Fundamentos da Produção: Carga horária: 10h Período: 07 a 09/06

Aplicação do Planejamento e Controle da Produção: Carga Horária: 8h Período: 05 a 06/07

Horário dos cursos: 18h30 às 22h30

Valores:

R$ 123,60 Não associados. R$ 105,06 Entidades Parceiras - Sistema Abigraf. R$ 77,87 Sindicatos Patronais - Gráficas Associadas. atualização dos assuntos abordados e também para a troca de experiências com outros profissionais”, disse Dajoni.

Ele fez questão de destacar os pontos que mais gostou. “Gostei dos estímulos à interação que tivemos, principalmente do professor Valcy Barbosa e Erlon Antunes, e também muito conhecimento técnico compartilhado pelos alunos e pelos profissionais da Zênite, por exemplo”, enfatizou. “Uma frase que marcou foi do professor Antonio Carlos Beraldo: ‘Quem não mede, não gerencia!’. Com certeza levarei para vida profissional”, finalizou Dajoni.

Denise Dias, assistente comercial na Imprime Indústria e Comércio de Auto Adesivos Ltda., fez o curso “Técnicas de Vendas Internas Aplicadas na Indústria Gráfica”. Ela destacou que as aulas foram fundamentais para agregar conhecimento, aprendizado, trocas de experiências sobre relações de atendimento, produtos, além de informações sobre o mercado de trabalho atual. “Tivemos algumas vertentes muito interessantes em relação ao que a indústria nos atualiza até o presente momento, como conhecimento, profissionalismo e soluções na área gráfica. Tudo isso utilizando técnicas de ferramentas ainda pouco conhecidas no setor, como o Power Bi e o Funil de Vendas”.

Para Patrícia Aparecida Cavalca, diretora na Ingraph Digital, o curso Aplicação do Planejamento e Controle da Produção a ajudou a ter uma visão mais global da produção. “Relembramos ferramentas de gestão, discutimos a importância do controle de qualidade, aprendemos sobre métodos e cálculos de controle de produção e conversamos ainda sobre a importância da boa comunicação dentro da empresa. Todo conteúdo discutido irá me auxiliar na minha capacidade de tomada de decisão."

Renovada a CCT para 2022

As diretorias do Sigep/Abigraf-PR e do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Gráficas do Estado do Paraná (Stig) e Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Gráfica de Londrina acertaram a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). A renovação vale de 1 de janeiro de 2022 a 31 de dezembro de 2022 para todo o Paraná, com exceção das regiões de Cascavel e Maringá.

Principal ponto de discussão, o reajuste salarial ficou acertado em 10,16%, até a parcela de R$ 10 mil, parcelado em duas vezes. A primeira parcela, de 5%, foi retroativa a janeiro de 2022. Em julho de 2022, para empregados admitidos antes de janeiro de 2022, as empresas aplicam a segunda parcela do reajuste, de 4,92%, sobre os salários já reajustados em janeiro de 2022.

No reajuste, podem ser compensados outros reajustes, antecipações ou adiantamentos que tenham sido concedidos pelos empresários gráficos aos colaboradores entre janeiro de 2021 a dezembro de 2021. Não entram nesta compensação alterações salariais decorrentes de térmico de aprendizagem, promoção por merecimento e antiguidade, transferência de cargo, função ou localidade, assim como equiparações salariais determinadas pela Justiça.

Com a renovação da CCT, o piso salarial mensal da categoria passou a ser de R$ 1.466,10, desde janeiro de 2022, e a chegará a R$ 1.538,23 a partir de julho próximo.

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Abigraf-PR mantém repúdio contra aumento do custo da matéria-prima

A Abigraf-PR mais uma vez demonstrou sua força na defesa dos associados. Em função dos constantes aumentos que vêm acontecendo nos últimos meses em vários tipos de matérias-primas, a entidade enviou uma carta de repúdio à Suzano, depois que a empresa, uma das principais fornecedoras de papel, anunciou no fim de janeiro aumento e reajuste no preço do papel revestido na ordem de 35%.

Segundo o presidente do Sigep/AbigrafPR, Edson Benvenho, a carta foi enviada a todos os diretores da Suzano. “Houve uma grande repercussão, pois a empresa percebeu que nós, como entidade representativa do empresário gráfico paranaense, estamos alertas e convictos de nossa posição de defesa dos associados”.

De acordo com Benvenho, a carta da Abigraf-PR compôs o “arsenal de pressão” que abrangeu a Abigraf Nacional e outras regionais. “Depois do anúncio dos aumentos por parte da Suzano, a Abigraf Nacional convocou uma assembleia geral extraordinária de forma online para discutirmos o tema. Além da carta específica que enviamos aqui da AbigrafPR, a Abigraf Nacional e as demais regionais também cobram explicações da Suzano”.

A pressão acabou amenizando um pouco a forma como o aumento vai chegar às costas do empresário gráfico. “Em vez do aumento direto de 35%, a Suzano se comprometeu a aplicar reajuste no valor do papel couchê de 10% em 1 de março, 10% em 1 de abril e 7,4% em 1 de junho. A nossa ação e a ação conjunta com as demais entidades se mostraram eficazes e provaram que com diálogo podemos encontrar alternativas que diminuam o impacto dos aumentos na saúde financeira das gráficas”.

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Mídias sociais na atração de clientes

“Se o seu negócio não está na internet, ele não existe”. Pode parecer um pouco de exagero a afirmação que se tornou comum no marketing digital. No entanto, não dá para negar que ela carrega um bom tanto de verdade. Mais de 150 milhões de pessoas têm acesso à internet no Brasil. Dessas, quase metade acessa com intenção de compra, segundo pesquisa recente da divisão de Mídia da Nielsen Brasil em parceria com a Toluna.

Portanto, as gráficas que não estão na internet ou que fazem uso muito acanhando dela estão perdendo oportunidade de colocar seus produtos e serviços na frente de quem precisa deles. É claro que a intenção de compra na internet sempre será maior em itens como eletrodomésticos, vestuário e comida, mas não dá para desconsiderar os interesses também em produtos gráficos.

Só para ter ideia, a procura mensal na internet em todo o Brasil por cartões de visita passa de 135 mil buscas. O termo gráfica digital é buscado 3,6 mil vezes todos os meses. Se a sua gráfica faz panfletos, saiba que cerca de 50 mil buscas são feitas mensalmente para este termo na internet. E é assim com vários outros produtos e serviços ligados ao setor gráfico e que sua empresa pode se beneficiar.

No entanto, também não adianta estar na internet de qualquer forma. “Em uma análise do setor, vi que muitas gráficas usam o Instagram, por exemplo, apenas como um álbum de fotos, só colocando produtos e telefone. Isto não funciona. É preciso ter uma história e contexto por trás de cada post”, diz Lucianne Conceição, diretora da Unna Conteúdos Digitais, que trabalha com Instagram, Facebook e Linkedin.

Parceria

Com bom conhecimento do setor gráfico por conta dos anos em que trabalhou no Senai Portão, onde fica a Escola Gráfica, Lucianne abriu a empresa de gerenciamento de mídias sociais e está disposta a ajudar os associados ao Sigep/ Abigraf-PR. “Pelo grande conhecimento que acabei adquirindo do setor e com o ótimo relacionamento com a diretoria da entidade, propus uma parceria para fazer o gerenciamento das mídias do próprio Sigep/Abigraf-PR, estando aberta também a atender as gráficas com pacotes promocionais a partir de R$ 350 por mês”.

Lucianne aponta como importante o fato de propor um trabalho integrado com a direção da gráfica, diagnosticando suas necessidades e criando estratégias para potencializar os diferenciais. “É preciso mostrar não só o produto, mas o que ele faz e porque ele é importante para o cliente. Para isso, é ideal ter uma história por trás de cada post, o que se consegue conhecendo bem o dia a dia da empresa”.

A diretora da Unna explica que o trabalho consiste em criar uma linha editorial, com os temas que serão tratados nos posts, seja em vídeo ou em texto, e que gerem conexão com o possível cliente. A cada mês, as métricas são conferidas para se avaliar o que funcionou e o que pode ser melhorado.

Além dos conteúdos que são postados de forma orgânica, Lucianne também recomenda o impulsionamento de alguns posts, ou seja, investimento para que eles sejam expostos a mais pessoas. Os valores para o impulsionamento dependem dos objetivos e de quanto a empresa quer investir. No entanto, Lucianne recomenda a partir de R$ 150 por mês.

Mais associados

De acordo com a diretora da Unna, o trabalho de gerenciamento das mídias sociais para o Sigep/Abigraf-PR está no início e deve ser intensificado em breve. O foco será em conteúdos que aproximem os associados das entidades. “Vamos contar histórias, a importância das entidades, a relevância para as gráficas... enfim, temas que mostrem o quanto o empresário gráfico ganha em ser associado”.

Os associados que tiverem interesse em conhecer o trabalho da Unna Conteúdos Digitais podem acessar o perfil no Instagram @unna.lucianne.

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