Revista Integração - Edição 61

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RCR cobre eleição do Papa Francisco

SIGNIS BRASIL Presença das mídias católicas no Brasil

8º MUTICOM Mutirão Brasileiro de Comunicação abre inscrições


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MAIO DE 2013 signisBrasil 3


Ano 16– no 61

Revista informativa das emissoras de Rádio e mídias católicas, associadas à Signis Brasil e à Rede Católica de Rádio www.signisbrasil.org.br www.rcr.org.br Distribuição gratuita Periodicidade: trimestral Signis Brasil Presidente: Ir. Helena Corazza, fsp helena.corazza@paulinas.com.br

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circulação trimestral

REPORTAGEM

RCR marca presença durante a escolha do papa Francisco

RCR – Rede Católica de Rádio Presidente: Frei João Carlos Romanini romanini@redesul.am.br Signis Brasil e RCR Rua Jabaquara, 2.400 conj.03 Mirandópolis CEP 04046-400 - São Paulo - SP Fone/Fax: (011) 2578-4866 signisbrasil@signisbrasil.org.br rcr@rcr.org.br Editora Helena Corazza MTB 16.888 Contato comercial da RCR Mosaico Publi. Marketing Fone/fax: (042) 3252-6943 e (011) 2578 4866 mosaico@mosaicopalmeira.com.br Diagramção Revista Cidade Nova cidadenova@cidadenova.org.br Revista Família Cristã familia@paulinas.com.br Capa: L´Osservaore Romano/Família Cristã Impressão: Intergraf Notícias e sugestão de pauta Podem ser enviadas para a revista.

Atualidade Congresso Mundial de Signis 2013, no Líbano ...................................14

Impressos A Imprensa a serviço da vida ...............................................................8

Rádios A presença da Igreja no Rádio do Brasil .............................................10

Cinema e Vídeo Presença da Igreja no campo do cinema e vídeo................................16

Televisões Televisão católica brasileira busca formação de uma única rede .......19

Portais e web Catolicismo cibernético ......................................................................24

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ATUALIDADE 8o Mutirão Brasileiro de Comunicação abre inscrições


atualidade Luiza Gualberto

8º Mutirão Brasileiro de Comunicação abre inscrições para participantes Evento vai ser realizado pela primeira vez em Natal (RN), no período de 27 de outubro a 1 de novembro e terá como tema “Comunicação e participação cidadã: meios e processos”

O

8º Mutirão Brasileiro de Comunicação (Muticom) está com inscrições abertas. O evento vai ser realizado pela primeira vez em Natal (RN), no período de 27 de outubro a 1 de novembro deste ano, e pretende reunir jornalistas, estudantes de comunicação, pesquisadores, professores, agentes da Pastoral da Comunicação e comunicadores populares de todo o Brasil, para debater temas relacionados à comunicação. As inscrições estão sendo realizadas exclusivamente pela internet, através do site: www. muticom.com.br. No portal, o participante deve preencher o formulário, e imprimir o boleto, para efetuar o pagamento da taxa. Até o dia 31 de julho, o valor da inscrição será R$ 100. Após este período, vai passar para R$ 130. As inscrições encerram no dia 10 de outubro. O encontro deste ano vai ter como tema central “Comunicação e participação cidadã: meios e processos”, e trará como assessores, nomes conhecidos na comunicação, como Manuel Carlos Chaparro, Muniz Sodré, Raquel Paiva, Elson Faxina, entre outros. A programação vai contar com a realização de seminários, no horário da manhã, e Grupos de Trabalho (GT’s), à tarde. O 8º Muticom é promoção da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB, Signis Brasil, Arquidiocese de Natal, em parceria com as unidades acadêmicas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN): Superintendência de Comunicação, Departamento de Comunicação, Centro Acadêmico Berilo Wanderley e Mestrado em Estudos da Mídia.

Reunião geral da coordenação com a presença da CNBB e de Signis Brasil, março de 2013

Apresentação de experiências Para este ano, o Mutirão vai contar com uma novidade. Em vez das tradicionais oficinas, serão realizados Grupos de Trabalho (GT’s). No ato da inscrição, o participante deverá escolher o GT que pretende participar, seja como ouvinte ou apresentador de experiências. Neste último caso, ele deve enviar o resumo do trabalho, que passará pela avaliação da equipe acadêmica do evento. Ao todo, são 14 GT’s, que abordam diversos temas, como: impressos, televisão e cidadania, rede de comunicadores, comunicação e educação, assessoria de comunicação e promoção de eventos, entre outros. No site do encontro, é possível acessar as normas para a submissão dos trabalhos, bem como, conferir a ementa de cada GT. Serão eleitas mais de 300 experiências para apresentação durante o Mutirão. Inscreva-se: http://muticom.com. br/inscricoes. MAIO DE 2013 integração 5


reportagem

ARMILIATO

Tales Giovani Armiliato, RedeSul de Rádio

O

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RCR ma a escolh A Rede Católica de Rádio foi uma das únicas redes de rádios do Brasil a enviar um correspondente ao Vaticano. 13 de março de 2013 poderia ser igual a tantos outros dias. Mas a data entrou para a história marcando a escolha de um novo papa, de nome Francisco. Todo esse momento, a partir da renúncia de Bento XVI, agora papa emérito, foi acompanhado pela Rede Católica de Rádio. Durante 15 dias, o enviado especial da RCR, o jornalista Tales Giovani Armiliato, 34, levou a mais de 200 emissoras católicas do Brasil todas as informações das pré-congregações (reuniões que prepararam o conclave), do período de conclave (eleição do papa pelos cardeais), do anúncio do escolhido como novo papa e da cerimônia de início do pontificado de francisco, o primeiro papa jesuíta, que aderiu ao nome de um dos santos mais venerados do mundo e patrono da Itália: São Francisco de Assis. Entre as emissoras que reproduziram as reportagens preparadas pelo repórter gaúcho, destaque para as rádios Aparecida, Milícia da Imaculada, Evangelizar É Preciso, e a RedeSul de Rádio, através da São Francisco SAT de Caxias do Sul (RS), da qual Tales Armiliato integra o grupo de profissionais. “Quando foi oficializada a partida para o Vaticano e que iríamos acompanhar a escolha do papa, começamos a montar um verdadeiro mecanismo tecnológico para que nossos ouvintes tivessem


arca presença durante ha do papa Francisco o melhor áudio, o melhor som”, completa Tales Armiliato. Segundo o repórter, o fato de a renúncia de Bento XVI ter pegado todos de surpresa, mesmo a própria Igreja, trouxe algumas dificuldades, pois ninguém sabia quando o conclave iniciaria e se o papa seria escolhido com rapidez ou em longo prazo. Atenta a todas as informações que eram divulgadas pelo porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, a RCR enviou seu repórter para o Vaticano no dia 4 de março, marcando a abertura de um ciclo de mais de 200 matérias e entradas ao vivo, entre reportagens e especiais, que divulgariam todas as notícias da Santa Sé até a escolha do novo pontífice e suas repercussões. “Quando cheguei ao Vaticano já eram mais de 4 mil jornalistas inscritos. Esse número aumentaria ainda mais nos dias seguintes, chegando próximo dos 6 mil. Com a credencial na mão e a autorização reconhecida pela Santa Sé, começamos o trabalho e procuramos até o fim dar o melhor de nós”, diz. De acordo com o jornalista, o período de trabalho no Vaticano foi muito rápido devido à série de compromissos, eventos, coletivas de imprensa e ainda o fuso horário, que também contribuía para que as notícias precisassem ser substituídas e alternadas a cada momento em relação à divulgação dos fatos no Brasil. Segundo Tales, todos os dias eram realizadas coletivas à imprensa no MídiaCenter, espaço criado para as declarações oficiais do porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi. “Praticamente, eram divulgadas informações sempre às 13h (horário local) e em alguns momentos no fim da tarde”. Para o repórter, o fato que mais chamou a atenção durante todo o acompanhamento do

processo foi o anúncio de que já havia sido escolhido um novo papa. Após a fumaça branca, uma multidão correu para a Praça da Basílica de São Pedro para avistar quem seria o novo papa. “Até o momento do Habemus Papam (temos papa), o celular e uma rede de internet foram meus companheiros para presenciar o camerlengo que anunciaria o então cardeal argentino, Jorge Bergoglio, como Papa Francisco.” Para Tales, todos os presentes à praça também foram pegos de surpresa. Entrava para a história o primeiro papa de origem latino-americana. “Eram poucas as bandeiras da Argentina no momento do anúncio, na praça. Ao mesmo tempo, foi uma alegria muito grande de todos os presentes. O cardeal argentino não era só de uma nação. Ele passava a ser da Igreja e do mundo inteiro, ele era o novo papa.” O início da noite do dia 13 de março no Vaticano, com o primeiro pronunciamento do papa Francisco, encerrava a espera de milhares de católicos espalhados por todo o mundo. Como relata o correspondente da RCR, a partir do momento em que o papa teve sua identidade divulgada, a Rede Católica de Rádio direcionava seu editorial para uma atenção especial aos possíveis atos que Francisco manifestaria nos dias seguintes. “A partir do papa conhecido, acompanhamos as mais diversas ações e momentos de reflexão de Francisco. Sua primeira oração, a missa de início do pontificado, o primeiro Ângelus e, até mesmo, o encontro com a presidente Dilma Rousseff. Acho que conseguimos revelar os primeiros passos de Francisco e, melhor, com momentos de pura exclusividade para o Brasil, em se falando de radiojornalismo.” MAIO DE 2013 integração 7


impressos Antonio Edson, Revista Família Cristã

A imprensa a serviço da vida Além de seguirem os mesmos princípios de fé e, cada uma a seu jeito, um carisma, as congregações católicas têm outro ponto em comum: defendem a vida com a palavra impressa.

“F

ascistas preparam golpe contra Jango!”. Assim gritava, em 1º de abril de 1964, a manchete do semanário Brasil Urgente mantido por entidades como a Juventude Universitária Católica (JUC) e a Ação Popular (AP), igualmente ligada à Igreja. Fundado e editado pelo frade dominicano Carlos Josaphat, o periódico teria vida curta (55 edições entre 1963 e 1964), mas marcaria época por, ao contrário da grande imprensa, defender as liberdades democráticas. Basta conferir o que trombeteavam os jornalões daqueles mesmos dias, todos aderindo ao golpe que levou o País a uma ditadura de 21 anos: “Democratas dominam toda a nação”, (O Estado de S. Paulo); “São Paulo parou ontem para defender o regime” (Folha de S.Paulo); “Fugiu Goulart e a democracia está sendo restaurada” (O Globo); “Multidão em júbilo na Praça da Liberdade” (Estado de Minas). Passado quase meio século daquele abril (e de suas consequências), não ficam dúvidas a respeito de quais fontes consultar para se reconstituir a verdadeira história do País. E muito menos da importância da chamada imprensa alternativa. Ao mesmo tempo em que podem registrar a trajetória da sociedade civil brasileira, os veículos impressos produzidos por congregações ou outras entidades ligadas à Igreja Católica guardam outro ponto em comum além de seguirem o mesmo credo e, cada uma a seu jeito, um carisma: a opção pela palavra impressa para difundir suas ideias. O motivo? “A vida passa pela comunicação”, responde a jornalista Helena Corazza, fsp, presidente da Signis Brasil. É óbvio que esses veículos também servem para contar os passos da caminhada da Igreja pelo Brasil, sendo, talvez, as únicas fontes para uma reconstituição histórica. O mestre e doutor em

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Ciências da Comunicação pela USP (Universidade de São Paulo) Ismar de Oliveira Soares não hesita em confirmar que se alguém quiser conhecer a verdadeira história da Igreja Católica no Brasil deve, antes de qualquer coisa, recorrer a esses impressos. O primeiro capítulo dessa história data de 1896, com o lançamento do pioneiro Mensageiro do Coração de Jesus por parte do Apostolado da Oração, um serviço da Igreja cuja animação espiritual foi confiada, pelo Vaticano, em meados do século 18, à Companhia de Jesus. Editado pelo jesuíta Bartolomeu Taddei, seu fundador, a revista, em circulação há três séculos – oficialmente assumida pela Editora Loyola em 1981 – já chegou aos 115 anos sem falhar durante golpes, revoluções e as guerras mundiais que testemunhou. A primeira publicação mensal de cunho mariano, a Revista Ave Maria, passaria a ser editada no País em 1898 por leigos que, logo no segundo ano da publicação, passariam sua administração às mãos dos Missionários Claretianos (Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria). A revista daria origem à Editora Ave-Maria, cujo acervo editorial é composto basicamente por obras devocionais. Na virada do século, em 1900, outra publicação de inspiração mariana seria lançada pelos Padres Redentoristas (Congregação do Santíssimo Redentor) para se tornar a semente de uma editora, de uma emissora de rádio e, mais tarde, de uma rede de TV: o jornal Santuário de Aparecida. No formato de jornal tabloide, tratase da publicação católica há mais tempo em circulação ininterrupta. Ainda no nascente século 20, em 1901, em Petrópolis, na região serrana do estado do Rio de Janeiro, surgiu a Typographia


SIGNIS BRASIL

da Escola Gratuita São José, fundada pelo frei Inácio Hinte, da Ordem dos Frades Menores (Franciscanos), a partir de uma impressora abandonada. Após seu conserto, o equipamento passou a imprimir cartões e, em 1907, a revista católica de cultura Vozes, que daria origem, mais tarde, à Editora do mesmo nome, cujo catálogo editorial se caracteriza por obras acadêmicas nas áreas de Teologia, Filosofia, Psicologia e em títulos que chamam a atenção pela defesa da liberdade, como as coletâneas de texto Tortura nunca mais e A voz dos vencidos. Dois anos depois, em 1909, em Caxias do Sul (RS), outros franciscanos, desta vez da Ordem dos Capuchinhos, atentos em prestar um serviço missionário junto à crescente colônia italiana da região, fundaram o jornal semanal Correio Riograndense, anteriormente denominado Lá Libertá, Il colono italiano e La Staffetta Riograndense. Devido a implicações da 2ª Guerra, o jornal foi, em 1941, proibido de publicar textos em italiano e teve seu nome trocado para Correio Riograndense. Em 1952, já como um semanário de informação geral, deu origem à Editora São Miguel. A colônia italiana do Rio Grande do Sul ainda faria surgir outra longeva publicação católica, a revista Rainha dos Apóstolos. Fundada em 1923, em Santa Maria (RS), pela Sociedade Vicente Pallotti (Padres e Irmãos Palotinos) da Província Nossa Senhora Conquistadora, a publicação é uma revista mensal de circulação nacional com objetivo de promover a formação humana integral. Em 1931, a imprensa católica brasileira se prepararia para um salto de qualidade com a chegada, ao País, dos Padres e Irmãs Paulinas, cujo carisma sempre foi o de evangelizar através dos meios de comunicação. Três anos depois, por iniciativa das Irmãs Paulinas, surgiu a primeira edição da Revista Família Cristã, que originou as Edições Paulinas. Esta, em 1994, se dividiria em duas marcas, entre Paulus Editora (Padres Paulinos) e Paulinas Editora (Irmãs Paulinas), que, juntas ou separadamente, mantêm um vasto

Reunião do grupo dos impressos em março de 2013

catálogo de livros, revistas e de produtos editoriais e culturais, como CDs, DVDs, programas de TV e rádio. Ao longo do século 20 e mesmo no começo deste século, a história da Igreja é permeada por editoras e veículos impressos de ordens, congregações e movimentos leigos com os mais diferentes títulos. A Editora Loyola dos Jesuítas (1961); Cidade Nova (1958) do Movimento dos Focolares; as revistas Missões, publicada pelos Missionários e as Missionárias da Consolata; Mundo e Missão (1993) do Pontifício Instituto das Missões; a Revista de Liturgia (1973) das Discípulas do Divino Mestre; Mundo Jovem (1963) da Faculdade de Teologia da Pontifícia Universidade Católica (PUC-RS; Rogate (1982), especializada na área vocacional; Editora Canção Nova (1997); Edições da CNBB (2006), entre outras. E não há indício de que, tão cedo, essa história encontre um ponto final. Ao contrário. Resultado da obsessão de evangelizar nas mais diferentes linguagens e mídias, em 2012, a Revista Família Cristã se tornou a primeira publicação periódica católica a ser veiculada também, em versão digital, para tablet e outras plataformas. “Nosso fundador, padre Tiago Alberione, sempre falava que devemos usar todos os meios que o progresso humano fornece”, justifica a irmã Ninfa Becker, provincial das Irmãs Paulinas no Brasil. MAIO DE 2013 integração 9


rádio Helena Corazza, fsp, SEPAC - Serviço à Pastoral da Comunicação

A presença da Igreja no Rádio do Brasil

Reunião dos correspondentes do Jornal Brasil Hoje - Aparecida (SP)

A informação e o conteúdo de promoção humana e evangelizadora chegam mais rapidamente às pessoas pelo rádio. Esse é o motivo pelo qual a Rede Católica de Rádios se organiza em redes via satélite nacional, com presença na web e aplicativos móveis.

A

história da radiodifusão católica no Brasil está contextualizada nas buscas mundiais em favor da difusão de sinais de voz à distância e se mistura com a descoberta da telegrafia sem fio, que tornou possível novas formas de comunicação, entre elas, o telefone e o rádio. Hoje ela assume as possibilidades que as tecnologias oferecem, por isso o rádio cada vez mais tem mobilidade, ampliando sua presença também na web. De acordo com a história do rádio no Brasil, foi padre Landell de Moura, nascido em Porto Alegre (RS) em 21 de janeiro de 1861, o inven-

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tor do sistema. E a primeira emissora católica é a Rádio Vaticano, instalada por Marconi e inaugurada em 12 de fevereiro de 1931, durante o pontificado do papa Pio XI, que atualmente transmite programas em 43 línguas, inclusive em português.

Rádios católicas no Brasil No Brasil, a primeira transmissão radiofônica oficial aconteceu em 7 de setembro de 1922, no Rio de Janeiro, mas as experiências de transmissão de programas religiosos, missas, notícias


Organização das rádios católicas Internacionalmente, as rádios católicas orga-

FOTOS: RCR/ SIGNIS BRASIL

foram se multiplicando. A presença da Igreja no rádio com programações religiosas é anterior às concessões próprias. Hoje são mais de 200 emissoras de rádio entre AM (amplitude modulada), FM (frequência modulada), OT (ondas tropicais) e OC (ondas curtas), sem falar das rádios comunitárias e das webradios. A primeira concessão católica de Brasil é a Excelsior de Salvador (BA), em 2 de setembro de 1941 ao franciscano frei Hildebrando Kruthamup. A segunda concessão católica do país é a Rádio Xavantes de Ipameri (GO), inaugurada em 25 de dezembro de 1947. Em 19 de outubro de 1950, Rádio Manhuaçu (MG). A Rádio Legendária da Lapa (PR) em 25 de novembro de 1950; Rádio Difusora de Machado, Machado (MG) 18 de maio de 1951; Aurora de Guaporé (RS), em 7 de setembro de 1951; a Rádio Aparecida, Aparecida (SP), 8 de setembro de 1951. No fim dos anos 1950 e começo de 1960 surgem os projetos de educação radiofônica e, por incentivo de dom Eugênio Sales, então bispo auxiliar de Natal (RN), criou-se o Serviço de Assistência Rural (SAR), que incluía escolas radiofônicas para educação de base, que culminaram no Movimento de Educação de Base (MEB) e teve a missão de alfabetizar adultos por meio do rádio, num convênio com o governo federal, o que rendeu à Igreja muitas das concessões da década de 1960. Segundo pesquisa de Helena Corazza (2000), grande parte das concessões de rádios católicas (57%) são da década de 1950 e 28% da década de 1960, devido ao projeto do MEB. No tempo da Ditadura Militar, algumas emissoras sofreram repressão por defender os direitos humanos, como a Rádio 9 de Julho, da Arquidiocese de São Paulo, lacrada pelo Dentel em 30 de outubro de 1973, por decreto presidencial do governo Médici, tendo à frente o cardeal dom Paulo Evaristo Arns, arcebispo de São Paulo. A emissora foi devolvida depois de 25 anos de luta e inaugurada em 1999, mas com outra frequência.

Antônio Celso Pinelli e Frei João Carlos Romanini nas transmissões da Expo Católica, em 2012

Reunião do Conselho Deliberativo da Rede Católica de Rádio

nizaram-se numa associação criada em 1928, denominada UNDA, para reunir rádios e televisões católicas. A UNDA Brasil foi fundada em 28 de abril de 1976, em assembleia, no Rio de Janeiro. Seu primeiro presidente foi o Fr. Cyrilo Mattiello, de Porto Alegre (RS). A UNDA/ Brasil teve o mérito e a missão de trabalhar para articular as rádios católicas, refletir sobre a importância da evangelização e da união das emissoras, ajudando-as na formação e na busca de recursos e linhas de ação para organizar-se. As mudanças culturais e os avanços tecnoMAIO DE 2013 integração 11


FOTOS: RCR/ SIGNIS BRASIL

rádio

Irmã Helena Corazza - Entrevista na Rádio Excelsior de Salvador (BA), 2011

lógicos abriram para a convergência. Em 2001 foi criada uma entidade internacional chamada Signis, que articula as organizações de impressos, cinema e vídeo, rádio. Dessa forma, depois de estudos e avaliações, em 2 de dezembro de 2010, na última assembleia da UNDA/Br, em Curitiba (PR), foi criada a Signis/Brasil com a missão de unir e articular todos os meios de comunicação católicos e de inspiração cristã.

Criação da Rede Católica de Rádio (RCR) A origem da RCR está ligada à entrada da Igreja na era do satélite para a transmissão radiofônica. Padre. César Moreira conta que, em 1992, a Rádio Aparecida fez contrato com a Embratel para usar um canal via satélite pelo sistema analógico. A ideia era reunir, a partir da Rádio Aparecida, uma rede de emissoras com o mesmo objetivo da evangelização. “Era necessário criar nova estrutura para levar em frente os trabalhos. Depois de muita conversa, e continuando a ideia já nascida de fundar uma entidade-empresa que fosse ágil e pudesse atuar rapidamente, nasceu, no dia 10 de novembro de 1994, em São Paulo, a RCR, com estatuto próprio, aprovado em Assembleia de fundação”, completa padre César. 12 integração MAIO DE 2013

A filosofia da RCR tem em suas bases a comunhão e a partilha, tanto que seu slogan “fortalecendo, por meio do rádio, a Igreja Católica no Brasil”, reflete essa união e partilha que se dá pela produção, serviços e outras formas de ajuda, de acordo com as possibilidades. As bases geradoras atuais são: Rádio Aparecida, Rádio Difusora de Goiânia, Rádio Canção Nova, Rádio Milícia Sat, RedeSul de Rádio e Rádio Evangelizar É Preciso. Entretanto, a RCR pretende se abrir mais à participação das emissoras para que a partilha aumente e se dê mais visibilidade à Igreja no rádio. Atualmente, a rede oferece uma programação em Rede Nacional de Jornalismo, como o “Jornal Brasil Hoje”, “Plantão RCR”, “RCR em Debate”; programações religiosas como “Igreja no Rádio”, “Consagração a Nossa Senhora”, “Palavra da CNBB”. Outra forma de partilha é o Portal da RCR, que disponibiliza spots, produções de diversas emissoras para que possam transmitir localmente. Isso mostra, de fato, a produção e comunhão do fazer conteúdos. A RCR trabalha ainda projetos conjuntos na cobertura de grandes eventos como o conclave, nesta edição, JMJ, Assembleia dos Bispos, entre outros, compartilhando trabalho, investimentos e alimentando as emissoras e sites com notícias atuais.


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atualidade Assessoria de Imprensa

Congresso Mundial de Signis 2013 será realizado no Líbano O Congresso Mundial de Signis 2013 será realizado em Beirute, Líbano, entre 18 e 25 de outubro, com o tema Mídia para uma Cultura de Paz: criar imagens com a nova geração

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ara o presidente Agostinho Loorthusamy, de Signis, o tema Mídia para uma Cultura de Paz: criar imagens com a nova geração, “ressalta o compromisso contínuo de Signis em trabalhar com a nova geração na promoção dos seus direitos através e dentro dos meios de comunicação”. Continua o presidente “como uma associação católica de comunicadores profissionais, queremos trabalhar e incentivar a nova geração para criar ideias positivas e expressar a sua forte esperança para uma cultura global de paz”. O Oriente Médio está coberto por um véu de imagens de guerras, conflitos civis e demandas de mudanças sociais e políticas, explica nota de Signis. No entanto, também está repleta de iniciativas criativas para a construção do diálogo, da reconciliação e da paz. Muitas dessas ações nascem das ideias criativas dos jovens que nos interpelam a todos com suas esperanças e imagens de uma nova cultura de paz. Para a presidente de Signis Brasil, irmã Helena Corazza, a importância deste Congresso Mundial é “uma oportunidade de encontro e de testemunho cristão neste contexto. É importante também para conhecer as experiências do mundo inteiro – são mais de 40 países – estreitar os laços com os irmãos no mundo inteiro neste projeto pela construção de uma cultura de paz”. Beirute está situado no coração de muitos desses sonhos jovens, e a escolha da cidade para sediar o Congresso Mundial da SIGNIS

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é um testemunho de solidariedade para com estes jovens, com as vozes e imagens alternativas de paz em nosso mundo. Mais informações sobre o Congresso Mundial de 2013 - Facebook (www.facebook.com/ signisworld) www.facebook.com/signisworld) e Twitter (http://twitter.com/ # SIGNISBrussels). O último Congresso Mundial da SIGNIS foi realizado em 2009 em Chiang Mai, Tailândia, o então secretário da Unda-Brasil Signis, Antônio Celso Pinelli, participou do encontro e apresentou as propostas de mudanças da instituição à Diretiva Mundial de Signis, firmando o compromisso para o ano de 2010, de criar o novo estatuto de Signis Brasil, que foi aprovado em novembro de 2010, em Curitiba (PR). A diretoria de Signis Brasil eleita para o triênio 2011-2013 – Presidente: irmã Helena Corazza (Paulinas), vice-presidente: Padre César Moreira, secretário: Antônio Celso Pinelli, tesoureiro: padre André Lima.



cinema e vídeo Marcos Beltramin, Rede Católica de Rádio

Presença da Igreja no campo do cinema e vídeo Mais do que produzir cinema, a Igreja se preocupou com a educação para o senso crítico com os cineclubes paroquiais. O prêmio Margarida de Prata é uma forma da presença nesse campo. Algumas produtoras católicas se empenham na produção de vídeos e filmes.

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ara começar a escrever sobre o cinema no Brasil nada melhor que relembrar o primeiro filme que assisti em sessão matinê quando criança, afinal de contas já se passaram longos anos. Momento emocionante quando as luzes se apagaram, a cortina da grande tela se abriu e logo as imagens tomaram conta da sala. Para conhecer um pouco mais esta fascinante história do cinema, conversei com Miguel Serpa Pereira, docente da PUC do Rio de Janeiro e crítico de cinema, e com o Geovano Moreira Chaves, doutorando em História e Cultura Políticas, que escreveu a dissertação de mestrado “O cinema além do filme”, pela Universidade Federal de Minas Gerais. Conversei também com representantes de algumas produtoras católicas. Miguel Pereira disse que a primeira exibição do cinematógrafo, que não se sabe ao certo se foi a câmera inventada pelos irmãos Lumière ou de outra procedência, “ocorreu menos de seis meses depois da famosa sessão pública de 28 de dezembro de 1895, em Paris. No Brasil teria sido realizada numa sala do Jornal do Commercio, na Rua do Ouvidor, no Rio de Janeiro, em 8 de julho de 1896, por um exibidor itinerante belga chamado Henri Paillie”. Ele acredita que as primeiras filmagens no Brasil foram realizadas por Afonso Segreto em 19 de junho de 1898, que, ao retornar da Europa, tomou imagens da Baía de Guanabara do

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navio em que viajava. “De qualquer modo, essas são oficialmente consideradas como inaugurantes das atividades cinematográficas no Brasil”, finaliza. Também no Brasil, no início do cinema, prevaleceu a atitude de precaução. É sabido que as primeiras sessões do cinematógrafo já despertaram interesse por parte dos católicos em relação aos assuntos do cinema, e sua posição frente a ele foi ressaltada ao longo do século 20, inclusive sendo objeto de preocupações por parte das encíclicas papais, como Vigilanti Cura, lançada pelo papa Pio XI, em 1936. A Igreja define sua posição em face à atividade cinematográfica, traça diretrizes para a ação dos católicos e conclama a necessidade de se instituir uma classificação moral dos filmes. Classificando o cinema como “o meio mais poderoso para influir sobre as multidões”. A Vigilanti Cura também destacava como “uma das maiores necessidades de nosso tempo” a tarefa de “trabalhar para que o cinematógrafo não continue a ser uma escola de corrupção, mas se transforme, ao contrário, em precioso instrumento de educação e elevação da humanidade”, comenta Geovano Chaves. Ao lado da vigilância, houve também atitudes propositivas, como a produção de filmes em vista da catequese realizada pela San Paolo Film, sob a orientação de Tiago Alberione: Abuna Messias (1939) e Mater Dei (1951), o primeiro colorido.


Os cineclubes católicos Geovano Chaves esclarece que no Brasil o cinema já era visto por muitos como um meio de se “educar” a população e, desse modo, os cineclubes católicos em questão adotaram esta proposta, procurando tornar a visão sobre o cinema uma visão mais geral com base na noção de moralidade defendida pela Igreja. Em meados do século passado, um forte movimento de orientação católica estimulou um modelo de cultura cinematográfica que acabou culminando em cursos de educadores cinematográficos e na fundação de cineclubes em várias cidades brasileiras.

No entanto, a ideia de um organismo internacional mais sistematizado, que tivesse como objetivo agrupar as iniciativas católicas no domínio do cinema e confrontar as suas experiências aconteceu, pela primeira vez, em 1928 na cidade holandesa de Haia, por ocasião do Congresso da L´Union Internationale dês ligues Féminines Catholiques, com representantes de quinze países. Nesta reunião, foi criada a Organização Católica Internacional do Cinema (OCIC), órgão interessado em dar orientações aos católicos sobre esta área. O Cinema Novo, por sua repercussão internacional e o apoio da intelectualidade de esquerda brasileira, talvez tenha sido o mais notável pela criação de uma cinematografia nacional e autônoma. Nesse percurso do cinema, surge o prêmio Margarida de Prata, da CNBB, atribuído, pela

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cinema e vídeo

primeira vez, no Festival de Brasília de 1967. O prêmio Margarida de Prata, com mais de 45 anos de existência, é uma das mais importantes presenças da Igreja no meio. A CNBB sempre teve um carinho especial por ele. É um prêmio que dá credibilidade à Igreja Católica, por ser isento e totalmente independente.

Produtoras de vídeo A produção de cinema e vídeo com visão formativa e evangelizadora trouxe participação importante na história brasileira, no setor de Produções de Audiovisuais. Com isso, abre-se a possibilidade para uma comunicação mais efetiva da mensagem do Evangelho. A história do audiovisual catequético, no Brasil, toma corpo a partir da fundação, da Sono-Viso Brasil, em 28 de dezembro de 1967, no Rio de Janeiro. Em 1979, vem a Verbo Filmes, da Congregação dos Missionários do Verbo Divino, fundada pelo padre Conrado Berning, formado na Academia de Cinema da Alemanha. Segundo o padre Cireneu Kuhn, diretor atual da Verbo Filmes, dessa forma os missionários do Verbo Divino procuram anunciar o Evangelho de Jesus Cristo servindo-se de todos os meios de comunicação possíveis. No acervo há mais de 400 filmes, com produções que abrangem os mais variados gêneros: documentários, institucionais, ficção, desenho animado e didáticos. Recentemente, foi produzido um DVD sobre o Congresso Continental de Teologia, outro sobre “Juventudes”, que está fazendo muito sucesso pela linguagem usada e para ajudar nas reflexões da Campanha da Fraternidade de 2013 e também na preparação da Jornada Mundial da Juventude e já começou a produção de uma série de vídeos sobre o Concílio Vaticano II. Iniciou-se também a pesquisa do assunto que será o tema da Campanha da Fraternidade de 2014, sobre o Tráfico Humano. A Paulinas Multimídia tem participação muito importante na história do Setor de Produções de Audiovisuais. Segundo a diretora, irmã Élide Pulita, “com o intuito de tornar a catequese mais atraente, Paulinas faz sua primeira experiência 18 integração MAIO DE 2013

com mensagens em imagem, através de slides, no ano de 1973, com a coleção Mundo Jovem, para adolescentes”. Produziu muitos audiovisuais passando pelo VHS e hoje o DVD. Hoje, Paulinas Multimídia, em sua missão de evangelizar, tem como objetivo colocar “a comunicação a serviço da vida”, através da produção e distribuição de filmes religiosos, pastorais, educativos e musicais, em DVD. “Hoje o catálogo em DVDs soma mais ou menos 150 títulos, com entretenimento, cultura, biografias, pastoral, bíblicos, musicais, infantis para todos os gostos, idades e interesses, sempre visando a aproximação das pessoas à Palavra de Deus e ao Evangelho”, completa a diretora. Entre as produções mais recentes, destacam-se filmes documentários como: Concílio Ecumênico Vaticano II; Papa João Paulo II, 26 anos de pontificado. Na linha dos educativos, Antibullying nas escolas e Saúde Natural. A missão da OCIC, herdada pela Signis Brasil, é animar, reunir e estimular a educação pelo cinema e vídeo. O papa Bento XVI, na mensagem para o 47º Dia Mundial das Comunicações Sociais, diz: “A capacidade de utilizar as novas linguagens requer não tanto para estar em sintonia com os tempos, mas, sobretudo, para permitir que a riqueza infinita do Evangelho encontre formas de expressão que sejam capazes de alcançar a mente e o coração de todos”.


televisão José Teodoro, RedeSul de Rádio

SIGNIS BRASIL

Televisão católica brasileira busca formação de uma única rede

Reunião das TVs católicas com a presença da Comissão de Comunicação da CNBB: dom Dimas Lara Barbosa e irmã Élide Fogolari

São diversas redes que atuam individualmente, mas que se movimentam na construção de uma proposta convergente

O

desejo de formar uma grande rede católica de televisão, no Brasil, não é de hoje. Em 1963, no Rio Grande do Sul, os Capuchinhos receberam do presidente JK, autorização para operar um canal de televisão. Surge a TV Difusora canal 10, fundada em 10 de outubro de 1969, que marcou a história da TV no Brasil. Os freis receberam a sucata de uma estação desmontada nos EUA e, com recursos da colocação de títulos, construíram o prédio no Morro de Santo Antônio, em Porto Alegre. Estruturados, em 1972, aceitaram o desafio do ministro das Comunicações Higino Corsetti, natural de Caxias do Sul, para fazer a primeira transmissão em cores do Brasil. O prazo era 31 de março, mas no dia 19 de fevereiro, com a presença do presidente Médici e do ministro, o Canal 10 transmitiu o desfile da Festa Nacional da Uva

para todo o Brasil, e, no dia seguinte, um jogo de futebol. Depois de várias tentativas de rede, nos anos 80, a TV Difusora foi vendida para a Bandeirantes. Hoje alguns canais sustentam a programação católica no Brasil, a TV Pato Branco, dos Franciscanos, iniciou o projeto em 1979 com a criação da Fundação Celinauta, que adquiriu a TV Sudoeste, em 1981, e em 1987 iniciou suas atividades. Cobre o Sudoeste do Paraná e Oeste de Santa Catarina, com 27 municípios e uma população de 500 mil pessoas. A Rede Vida de Televisão, fundada em 1995, cobre 100% do território nacional, com 325 retransmissoras e sua sede geradora fica em São José do Rio Preto (SP). A TV Canção Nova, da Fundação João Paulo II, nasceu em 1989 e formou-se rede em 1997, com a compra da TV Jornal em Aracaju. A TV Horizonte, fundada em 1998, em Belo Horizonte (MG), tem concessão para TV por assinatura, em UHF, e transmite sua programação no canal 19. Sua cobertura é Belo Horizonte e região metropolitana, e pelo sinal digital no MAIO DE 2013 integração 19


televisão

satélite Brasilsat B3 chega a várias cidades do interior mineiro. A TV Século 21, fundada em 1999, em Campinas chega a mais de 20 milhões de parabólicas, retransmissoras, repetidoras e TVs por assinatura. O crescimento da TV católica no Brasil não para e segue se expandindo em todo o território nacional com o surgimento de canais locais. Em 2002, surge a TV Nazaré em Belém, que hoje cobre 9 milhões de pessoas na Amazônia Legal, com 79 retransmissores. Em 2004, foi inaugurada a TV Nazaré no satélite, chegando ao continente americano, norte da África e parte da Europa. Também em 2002 nasceu a TV Imaculada Conceição em Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. Transmite sua programação das 6h às 4h30 da madrugada e conta com as parcerias do padre Reginaldo Manzotti, CNBB, TV Cultura, TV Brasil e da TV Horizonte, de Minas Gerais. A TV Aparecida foi fundada em 2005. Em canal aberto opera em 19 estados, sendo 17 capitais e 223 municípios, mas também está nas TVs por assinatura. Sua sede é no Santuário de Nossa Senhora Aparecida. A busca pela expansão da mensagem católica

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por meio da televisão segue como uma busca insistente das congregações e entidades leigas. Em Governador Valadares (MG), o Instituto de Missionários Leigos, uma associação de leigos católicos, fundada em 1994, ganhou a concessão de um canal de TV em 2008, para a Fundação Dom José Heleno. O decreto só foi aprovado em 2009. O desejo da fundação é que seja um canal filiado a uma rede de TV católica, mas com espaços para produção regional. Na medida em que os recursos tecnológicos se tornam mais acessíveis, a Igreja Católica busca a realização de um sonho que persegue desde 1963 quando os Capuchinhos iniciaram a TV Difusora de Porto Alegre. A mobilização continua e está próxima de acontecer. A presidente da Signis Brasil , irmã Helena Corazza, disse que há um empenho para que as televisões católicas no Brasil trabalhem em conjunto, respeitando a identidade e especificidade de cada uma. A CNBB passou a coordenação para a Signis Brasil, que vem tratando do assunto. A ideia será concretizada com a cobertura da Jornada Mundial da Juventude, quando será formada uma grande Rede Católica de Televisão no País.


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Informações e Inscrições SEPAC – Serviço à Pastoral dada Comunicação Informações e Inscrições SEPAC – Serviço à Pastoral Comunicação

PUC-SP PUC-SP COGEAE COGEAE

DE 2013 integração 21 Rua Dona Inácia Uchoa, 6262 – Bloco A –A2º Andar – Vila Mariana – 04110-020 –MAIO São Paulo-SP – Brasil Rua Dona Inácia Uchoa, – Bloco – 2º Andar – Vila Mariana – 04110-020 – São Paulo-SP – Brasil Fone/Fax: (11) 2125-3540 – sepac@paulinas.com.br – www.sepac.org.br SEPAC Fone/Fax: (11) 2125-3540 – sepac@paulinas.com.br – www.sepac.org.br SEPAC


Informe publicitário Gabriela Contieri, Portal Informa

Há 15 anos nas o A visão de futuro e o conhecimento conduziram os diretores da Informa Consultoria e Sistemas, Gilberto Mariano, Marcelo Esteves e Cláudio Siquieri,a firmarem uma parceria de trabalho pensando no crescente mercado de Broadcast Software.

E

m janeiro de 1998 nascia o InfoAudio para Automação do Estúdio, o primeiro produto da Informa. Com frentes de venda em Bauru/SP e Presidente Prudente/SP, e a base de desenvolvimento na cidade de Jales/SP, o sistema foi um dos primeiros do mercado para Windows. “No início, ficamos quatro meses incubados trabalhando no sistema, buscando ajustes e a estabilidade necessária para comercializar”, explicou Gilberto.

Quando Cláudio e Marcelo começaram as vendas, a Informa não tinha nenhum cliente efetivo, mas após seis meses de viagens e visitas conseguiram uma carteira com 50 emissoras utilizando a solução. “Em cada visita ou implantação, os clientes faziam muitas solicitações de novos recursos, de melhorias ou aperfeiçoamentos, e isso nos instigava a querer ter um sistema cada vez mais completo e estável”, disse Cláudio. Estabilidade, aliás, é uma das

É com a presença de seus colaboradores que a Informa comemora 15 anos de existência.

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ondas do rádio principais características que a Informa busca em suas soluções. No ano de 1999, o InfoAudio foi também pioneiro no País ao trazer a reprodução e mixagem de arquivos em formato MP3. Em 2004, o produto começou a oferecer aos usuários botoneiras para reprodução de efeitos rápidos e programação multiusuário. No ano de 2006, houve outro marco na história: o produto passou a ter sua interface adequada para tela touch screen, sensível ao toque. “Dedicação incansável, planejamento diário e confiança para buscar sempre o melhor resultaram no sucesso do InfoAudio, que se tornou o carro-chefe da Informa”, afirmou Marcelo Esteves. Ao longo dos anos, a empresa realizou grandes investimentos em tecnologia, em pessoas e nos processos de desenvolvimento e atendimento, para a criação de novas plataformas de produtos. “Nosso pensamento sempre foi proporcionar resultados eficientes para o dia a dia das emissoras e, por isso, desenvolvemos uma série de soluções para todos os departamentos de uma rádio: InfoRadio – Administrativo e Operacional, InfoRec –

Gravação de Censura, InfoPlay – Reprodução Multicanal, InfoDisc – Programação Musical, InfoAudience – Gerenciamento de Ouvintes e InfoReport – Gerenciamento de Notícias”, completou Cláudio Siquieri. Em 15 de janeiro de 2001, a Informa mudou a sede para São José do Rio Preto/SP. Desde então, vem superando continuamente seus próprios limites. Não é à toa que a Informa há 15 anos presta serviços em automação de emissoras, conquistando a liderança em tecnologia e em atendimento no segmento de radiodifusão, atendendo emissoras em todo o Brasil. E para o lançamento do InfoAudio 9, a Informa se desprendeu de conceitos antigos e repensou as bases para redefinir como deveria ser o novo sistema. Buscaram as respostas nas experiências de vários clientes, colaboradores e adotaram tecnologia de ponta para implementar as novas ideias. Criou-se, assim, um sistema arrojado, de fácil operação, que acompanha a evolução tecnológica, que traz agilidade aos processos, interatividade e transmite segurança ao usuário.

Cianorte, PR

www.radiocapital990.com.br

(44) 3629-1317 / 3629- 4066 MAIO DE 2013 integração 23


portais e web Eraldo de Oliveira, Revista Cidade Nova

Catolicismo cibernético Em duas décadas de difusão comercial da internet, sites católicos se lançam na missão da evangelização digital e acompanham a evolução tecnológica da rede

D

esde que a internet surgiu comercialmente e se espalhou pelo mundo todo, ao longo da década de 1990, a Igreja Católica, em suas diferentes e complementares realidades, não perdeu tempo. O documento A Comunicação na vida e missão da Igreja no Brasil, diz “que na acelerada transformação tecnológica em marcha e no cenário da rápida evolução que se registra no campo informático e da comunicação, um lugar de crescente relevância é a internet e, mais amplamente, o espaço virtual”. Continua o documento, trazendo a ideia de convergência de linguagens, “a internet é um pouco rádio, um pouco televisão, um pouco jornal, um pouco correio expresso; é um híbrido a ser explorado com cuidado e eficiência. O espaço virtual constitui um campo amplo, aberto, de contornos ainda indistintos, impossível de se reduzir a um só componente. Diversas formas de integração entre essas técnicas e as mídias tradicionais (telefone, cinema, televisão livros, jornais) já estão em andamento. Os desenvolvimentos possíveis são extraordinários”. Veículos de comunicação católicos, movimentos eclesiásticos, ordens religiosas, paróquias e, finalmente, até mesmo fiéis católicos espontaneamente se lançaram no novo universo digital que se abria aos seus olhos e começaram a desbravar as potencialidades da web na difusão de

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conteúdos. Explica o documento A Comunicação na vida e missão da Igreja no Brasil que “somos convidados a não hesitar em utilizar a “rede das redes” na evangelização. É possível recriar um contexto virtual de formação e evangelização análogo ao real, sem pretensão alguma de substituir a relação interpessoal ou a dimensão sacramental da fé, sem preconceitos, nem excessos de entusiasmos”. No início, as páginas desses sites imitavam o padrão estético da época. Assim, páginas com papel de parede ao fundo e uma miscelânea de fontes diferentes espalhadas e meio soltas pela tela davam cara para as primeiras home pages destinadas ao público católico brasileiro. O internauta desavisado logo aprendia que as palavras sublinhadas e pintadas de azul eram links, o restante era somente texto. Com a chegada do novo milênio, consolidou-se, aos poucos, um novo padrão de organização da informação on-line e os sites católicos começaram a ser redesenhados. O surgimento de menu laterais ou superiores conferiam um norte mais claro à navegação, mas a banda, ainda muito lenta da internet discada, não dava muitas opções. Nada que fosse um empecilho para a difusão da Palavra em textos, imagens e apresentação de slides. Alguns sites se tornaram úteis painéis de infor-


Confira agora versões “retrô” de alguns dos principais websites católicos e como eles estão atualmente

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portais e web reportagem mação sobre eventos da comunidade, da paróquia e da diocese. Além disso, colocou o fiel em contato mais próximo com o que acontecia no Vaticano e nas outras comunidades católicas de todo o mundo. O excelente serviço prestado por esses pioneiros do catolicismo cibernético só não foi mais bem aproveitado porque o acesso à rede no País ainda engatinhava e nem todos tinham um PC em suas casas. As novas tecnologias da comunicação são amplamente difundidas, interativas e adaptáveis às mais variadas necessidades. Os jovens, de maneira especial, completa o documento “podem dar uma contribuição preciosa à utilização pastoral das novas tecnologias. Se usado de modo dinâmico e constantemente atualizado, o site da paróquia, por exemplo, pode revelar-se um instrumento precioso para a evangelização, o conhecimento das atividades da paróquia, o crescimento da comunicação e da comunhão na própria comunidade”. Poucos anos depois, as condições de acesso e de serviço deram um salto no País. Então já era possível postar vídeos, compartilhar conteúdos nas redes sociais e estabelecer uma dinâmica de comunicação muito mais complexa e bem articulada entre os usuários da internet. Sites mais ágeis e de qualidade muito superior aos de 10 ou 15 anos atrás passaram a ser ferramentas fundamentais da difusão do modo de vida cristão. A web então extrapolou os limites da tela do monitor e chegou aos dispositivos móveis, como celulares e tablets. Novamente os cristãos têm mostrado sua vontade e sua determinação em fazer a mensagem evangélica chegar aos pontos mais distantes e nas mais diversas plataformas. Editoras e revistas católicas mergulharam no desafio de produzir conteúdo para esses novos formatos. Com isso, momentos importantes da Igreja, como a Jornada Mundial da Juventude, alcançam uma difusão sem precedentes na história. A mensagem do papa Bento XVI para o 47º Dia Mundial das Comunicações vem confirmar e reforçar a necessidade de se estar presente no “continente digital” com o tema Redes sociais: portais de verdade e de fé; novos espaços de evangelização.

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