Revista Fecomércio PR - nº 118

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PALAVRA DO PRESIDENTE

Gilson Abreu

Cumprindo o nosso papel É importante para o comércio que as notícias políticas, que têm variado entre as ruins e as péssimas, não contaminem as notícias sobre o desempenho econômico do país, as quais variam entre as boas e as muito boas. O problema político deve continuar atazanando a paciência dos brasileiros por mais um bom tempo. Acuado por denúncias, com o presidente fragilizado no país e no exterior, o governo pelo menos tem conseguido melhorar os números da economia. É verdade que o alicerce a sustentar o desempenho de muitos setores, inclusive comércio e serviços, é o agronegócio, após uma colheita recorde da safra de grãos. Mas também a indústria vem dando sinais de recuperação. A venda de caminhões, aspecto muito significativo na medição da atividade econômica, cresceu. E os novos números do CAGED, cadastro produzido pelo Ministério do Trabalho, que traz a variação percentual nos empregos formais, também trouxe pequeno avanço. Tudo isso nos leva a dizer que a frustração dos empresários do comércio com a atividade começa a diminuir. Nossas pesquisas demonstram que o otimismo tem aumentado, de maneira lenta, porém gradual. Em relação ao Sistema S, especialmente na parte que nos compete, ou seja, Sesc e Senac, as atividades continuam a pleno vapor. Nesta edição nº 118 mostramos muito do que vem sendo feito, em todos os cantos do estado. O Senac, nossa casa pioneira, é objeto da reportagem de capa, comemorando seus 70 anos de criação. Foi em 7 de julho de 1947, no prédio da Loja Prosdócimo, na Praça Tiradentes, em Curitiba, que ele nasceu, hoje transformado em escola de qualificação profissional de prestígio internacional, respeitada pelo conteúdo pedag[ógico, pelas instalações modernas e funcionais e pelas ações sustentáveis, presentes nas unidades mais recentes.

Ao mesmo tempo, a Federação também segue um calendário repleto, com ações que ultrapassam fronteiras. Neste mês de junho, estivemos em Genebra, para o Encontro Anual da OMC, na defesa dos interesses dos empresários do comércio de bens, serviços e turismo. Quando você estiver lendo esta revista, já teremos realizado a 12ª edição do Prêmio Guerreiro do Comércio, premiando 47 empresários que se destacaram nos últimos 12 meses no incremento da nossa atividade, além de quatro homenagens especiais a personalidades de importância fundamental no cenário institucional e econômico do Paraná. Um evento necessário e prestigiado, para valorizar os heróis que fazem a diferença neste país que tanto necessita de bons exemplos para impulsionar seu desenvolvimento. Boa leitura!

Darci Piana Presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR

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ÍNDICE

20 CAPA 26 CAPA

57 ESPORTE

De volta à origem

Chuva lava a alma dos atletas

32 PREMIAÇÃO Prêmio Panorama do Turismo

62 BEM-ESTAR O melhor exercício é aquele que você gosta

34 TURISMO Salão Paranaense reúne trade turístico

64 EAD Alimentação saudável para bebês

36 TURISMO 3 PALAVRA DO PRESIDENTE 5 NOTAS

Olha o trem

66 SINDICATO

37 LANÇAMENTO

Sicov, integração em prol do comércio

FECOMÉRCIO PR Rua Visconde do Rio Branco, 931, 6º andar CEP 80410-001 Curitiba PR 41 3883-4500

Vale da inovação

68 ESPETÁCULOS

8 G7 Piana assume coordenação do G7

39 TECNOLOGIA

20 anos de aplausos

Mercado 3D

10 COMÉRCIO EXTERIOR Estrategicamente, Tanzânia

www.fecomerciopr.com.br | issuu.com/fecomerciopr

70 SINDICATO 42 HOMENAGEM

NÚCLEO DE COMUNICAÇÃO E MARKETING jornalismo@fecomerciopr.com.br | 41 3883-4530

Mulheres de Sucesso

Atuação pública e saúde para associados

14 RELAÇÕES INTERNACIONAIS

48 POSSE

72 SINDICATO

Negócios da China

Itaipu tem novo diretor

Fase madura e fortalecida

www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR Presidente: Darci Piana SESC PR Diretor Regional: Emerson Sextos

16 PESQUISA

49 GASTRONOMIA

73 DEBATE

Paranaenses utilizarão o FGTS para saldar dívidas

Senac promove workshops gratuitos de gastronomia

Sul-Sudeste no Senac PR

18 SUPERMERCADOS

51 ECOS

Fecomércio PR na Mercosuper 2017

Ecos reverbera ações em 2017

SENAC PR Diretor Regional: Vitor Monastier

74 ARTIGO

22 GESTÃO Sustentabilidade e qualidade aliadas à transparência

24 LEGISLAÇÃO Gorjeta regulamentada

54 CULTURA A reinvenção da Biblioteca Pública do Paraná

A conjuntura econômica de 2016

REVISTA FECOMÉRCIO PR ANO XVII Nº 118 maio | junho 2017

Núcleo de Comunicação e Marketing Coordenador Geral: Cesar Luiz Gonçalves Jornalismo Coordenador: Ernani Buchmann Jornalista Responsável Silvia Bocchese de Lima DRT-PR 6157 Redação e Revisão: Carolina Lara, Fernanda Ziegmann, Isabela Mattiolli, Karen Bortolini, Karla Santin e Silvia Bocchese de Lima Estagiário: Lucas Lavor Fotos: Bruno Tadashi e Ivo José de Lima DRT-PR 9999 Arte e Diagramação: Vera Andrion DRT-PR 10260 Impressão: Ajir Artes Gráfica e Editora Ltda. Curitiba PR | Tiragem: 10 mil exemplares

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NOTAS

Guerreiro do Comércio

33º Congresso Nacional dos Sindicatos Empresariais A cidade de João Pessoa, capital da Paraíba, foi a sede, em maio, da 33ª edição do Congresso Nacional dos Sindicatos Patronais. Cerca de 1.300 empresários, líderes sindicais e autoridades, dentre elas 110 paranaenses, discutiram o tema Sindicalismo Empresarial: Um Novo Brasil. A comitiva do Paraná foi comandada pelo vice-presidente da Fecomércio PR, Ari Faria Bittencourt. Em comemoração ao dia do comerciante, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR) promove no dia 14 de julho, a 12ª edição do troféu Guerreiro do Comércio, oportunidade em que destaca empresários e trajetórias de sucesso paranaenses. Neste ano, 47 empresários dos sindicatos filiados à Fecomércio PR serão agraciados com a homenagem, em Curitiba, no Centro de Eventos Expo Unimed. Desde que o prêmio “Guerreiro do Comércio” foi criado, em 2006, 588 empresários - de um total de 514 mil empresas paranaenses - foram homenageados.

COMENDA Na oportunidade em que premia empresários de destaque, a Fecomércio PR entrega a comenda “Ordem do Mérito do Comércio do Paraná” a importantes nomes do cenário paranaense. Neste ano, recebem os títulos de comendadores o presidente do Grupo Toninho Espolador, Antonio Miguel Espolador Neto; o Desembargador Federal do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, João Pedro Gebran Neto; a sócia-diretora da Tavarnaro Incorporações Ltda., Liliana Ribas Tavarnaro, e o presidente do Conselho de Administração da Gazin Holding, Mário Valério Gazin. A matéria completa do evento será publicada na próxima edição da Revista Fecomércio PR.

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Na programação do evento, foram abordados assuntos como comércio e economia, fortalecimento e atividade sindical, ações de comunicação e marketing e questões jurídicas. Entre os palestrantes estiveram o Ministro do Turismo, Marx Beltrão, que abordou o tema Turismo e Comércio Viajam Juntos; o professor da USP, José Pastore, que palestrou sobre Reforma Trabalhista e Valorização da Negociação Coletiva; o jornalista e sociólogo Demétrio Magnoli, discutiu Ética, Política e Empresas, e o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, apresentou um panorama do estado. Para o presidente da Fecomércio Paraíba, Marconi Medeiros, o intuito maior do evento foi o fortalecimento sindical e empresarial. “Estamos vivendo um período de transformações sociais e políticas em nosso país. Por isso é importante entender tudo o que acontece e como isso afeta positiva ou negativamente o terceiro setor”, pontou. Durante a abertura do congresso o presidente da CNC Antonio Oliveira Santos, fez um apelo aos representantes dos sindicatos do setor terciário de todo o Brasil para que mobilizem suas bases em apoio às reformas essenciais para a retomada do desenvolvimento do país.

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NOTAS

Caixa patrocina Guerreiro e Maratona Durante reunião de diretoria da Fecomércio PR, no dia 26 de junho, a Caixa Econômica Federal (CEF) anunciou o patrocínio para dois grandes eventos: a 12ª troféu do Guerreiro do Comércio, que será realizada no dia 14 de julho; e da Maratona Internacional de Foz do Iguaçu Sesc PR, que terá sua 10ª edição no dia 24 de setembro. O presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac, Darci Piana, agradeceu pelo patrocínio e convidou os parceiros da Caixa para prestigiarem o evento. Já o superintendente regional da Caixa, Renato Scalabrin, destacou que o patrocínio simboliza o fortalecimento da parceria. “Esta iniciativa também demonstra o respeito que a Caixa Econômica tem pelo Paraná, contribuindo assim por ações que primam pelo reconhecimento e desenvolvimento do estado”, pontuou.

Aberto de xadrez Sesc Caiobá O Sesc PR confirmou com a Federação Paranaense de Xadrez a realização da terceira edição do Torneio Aberto do Brasil Sesc Caiobá, a ser realizado entre 28 de setembro e 1º de outubro. Este ano o torneio distribuirá R$ 30 mil em prêmios aos primeiros colocados, além de contar pontos para os rankings da Confederação Brasileira de Xadrez e da Federação Internacional de Xadrez. Em 2015, na primeira edição do evento, 158 enxadristas do Paraná, de outros estados e do exterior estiveram presentes, com vitória do Mestre Internacional brasileiro Renato Quintliano. Ano passado o número superou os 170 inscritos, com o Mestre Internacional Luís Paulo Supi, também do Brasil, conquistando o título.

Da esquerda para a direita: o gerente regional em exercício da CEF, Gilson Pedro Ramos; a gerente de filial do Setor de Marketing, Comunicação e Cultura da CEF, Cybelle Radominski Dematte; o superintendente regional da Caixa Econômica Federal, Renato Scalabrin; o presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana; e o vice-presidente da Fecomércio PR, Ari faria Bittencourt, durante assinatura de patrocínio

A expectativa é chegar aos 200 inscritos em Caiobá, limite máximo do salão de jogos. Pela primeira vez o torneio farão de um festival, com diversos eventos programados para o litoral, como um curso de arbitragem. Na capital, a partir de 2 de outubro, serão realizados outros torneios, incluindo as modalidades de xadrez pensado, rápido e britz, além de xadrez escolar.

Fecomércio PR sedia sessão solene da APL A Fecomércio PR foi palco, em junho, da sessão solene de posse dos membros beneméritos e honorários da Academia Paranaense de Letras. O desembargador aposentado Luís Renato Pedroso e o ex-vereador de Curitiba, Caíque Ferrante, receberam os diplomas de membros beneméritos. O crítico de artes e ex-executivo da área cultural Ennio Marques Ferreira, a professora e musicista Henriqueta Penido

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Monteiro Garcez Duarte e o diplomata Orlando Soares Carbonar receberam seus diplomas de sócios honorários. Este último, ausente por motivo de saúde, foi representado pelo jornalista Walter Xavier. Os novos membros da APL foram saudados pelo Acadêmico e vice-presidente da entidade Eduardo Rocha Virmond. Luís Renato Pedroso agradeceu em nome dos homenageados.

A mesma foi composta pelo deputado federal Alex Canziani, pelo jornalista Rafael de Lala, presidente da Associação Paranaense de Imprensa, pelo presidente da Fecomércio, Acadêmico Darci Piana, pelo presidente da APL, Ernani Buchmann, pelo vice-presidente Eduardo Rocha Virmond e pelo vice-presidente do Movimento Pró-Paraná, Antônio Romão Montes.

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NOTAS

G7 promove ciclo de palestras sobre proposta de reforma tributária

O deputado federal Luiz Carlos Hauly, relator da proposta de reforma tributária, pediu o apoio do setor produtivo para aprovação do novo sistema tributário nacional

A convite do G7, grupo formado por entidades representativas do setor produtivo do Paraná, incluindo a Fecomércio PR, o deputado federal Luiz Carlos Hauly, relator da proposta de reforma tributária, conduziu ciclo de palestras sobre o tema. O primeiro encontrou foi realizado na sede do Sistema Fiep, em Curitiba. O evento reuniu representantes de várias entidades de classe e empresários. Entre os presentes, o presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR e coordenador do G7, Darci Piana; o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), José Eugênio Gizzi; o vice-presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP), Leonardo de Paola; o presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresarias do Estado do Paraná (Faciap), Marco Tadeu Barbosa; o presidente da Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná (Fetranspar), Sérgio Malucelli; o presidente da Comissão de Direito Tributário da Ordem dos

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Advogados, Fabio Grillo; o presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas no Estado do Paraná (Sescap-PR), Mauro Kalinke; o presidente da Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas (Fenacon), Mario Elmir Berti. Hauly fez uma explanação sobre os principais pontos da proposta de mudança do atual sistema tributário nacional. “A proposta de reengenharia tributária é mais do que um projeto econômico. A mudança é tributária, mas também é tecnológica e de simplificação. Todos vão ganhar. Os trabalhadores, que voltarão a ter seus empregos. Ganham os empresários, que terão uma economia de mercado mais justa. E o governo, que voltará a arrecadar”, afirma. O novo sistema deve manter a carga tributária do tamanho que está, na faixa de 35% do PIB.

Mas seu principal mérito será a simplificação. Os nove tributos que incidem sobre o consumo (ISS municipal e estadual, ICMS, IPI, PIS, Cofins, IOF, Salário Educação e Cide) seriam substituídos pelo Imposto sobre Valor Agregado (IVA) e pelo Imposto Seletivo Monofásico para alguns setores. Sobre a renda, o Imposto de Renda e a CSLL seriam fundidos em um só IR. Seriam mantidos os impostos sobre a propriedade, com uniformização das alíquotas, e a contribuição previdenciária. “O país precisa de uma reforma tributária. Nossa carga tributária está muito acima da média do mundo inteiro, o que prejudica o comércio, a indústria e a estrutura de base. É fundamental uma redução do número de impostos e da carga tributária, a fim de trazer equilíbrio para nossas empresas”, pondera o coordenador do G7, Darci Piana. Também foram realizadas palestras em Cascavel e Maringá, ambas em 23 de junho.

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PRÊMIO

Cidadão do amanhã A quinta edição do Prêmio Fecomércio PR de Jornalismo traz como tema o Cidadão do Amanhã e desafia profissionais da comunicação a desenvolver materiais sobre como o Sistema Fecomércio Sesc Senac PR prepara para o futuro TEXTO: SILVIA BOCCHESE DE LIMA E KARLA SANTIN

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resentes há sete décadas no estado do Paraná, as instituições que compõem o Sistema Fecomércio Sesc Senac PR lançam a quinta edição do Prêmio Fecomércio PR de Jornalismo e desafiam jornalistas a mostrar como o cidadão do amanhã está sendo preparado. Serão aceitas matérias que façam referência a um ou mais programas e ações realizadas pela Fecomércio PR, pelo Senac e pelo Sesc no estado, publicadas no período de 20 de julho de 2016 a 30 de setembro de 2017. A iniciativa premiará reportagens nas categorias de jornalismo impresso, telejornalismo, radiojornalismo, internet e fotojornalismo. Somente serão aceitos trabalhos publicados em veículos jornalísticos. Não poderão ser inscritos trabalhos jornalísticos veiculados em meios de comunicação de instituições acadêmicas, empresariais, sindicais filiadas à Fecomércio, de entidades de classe ou vinculados aos Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário). Na categoria internet, serão aceitas reportagens publicadas em portais e sites oficiais de veículos de comunicação ou comunicadores, de cunho jornalístico e com, no mínimo, atualização semanal. Já na categoria Fotojornalismo, podem concorrer fotografias publicadas em veículos

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impressos, sites de veículos de comunicação ou comunicadores ou em mídias sociais, como Instagram e Flickr.

Os trabalhos que conquistarem o 1º lugar de cada categoria concorrerão ao Grande Prêmio, no valor adicional de R$2.500,00.

O prêmio é direcionado exclusivamente para jornalistas e repórteres fotográficos profissionais que possuam registro DRT, expedido pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

O período de inscrição vai até 30 setembro e as inscrições podem ser feitas pelo site www.fecomerciopr. com.br. A premiação está prevista para 10 de novembro de 2017.

Serão distribuídos R$ 62.500,00 em prêmios no total, sendo R$5.000,00 para os primeiros colocados, R$4.000,00 para o segundo lugar e R$3.000,00 para a terceira posição.

O regulamento também está disponível no site e outras informações podem ser obtidas pelo e-mail jornalismo@fecomerciopr.com.br ou pelo telefone (41) 3883-4530. 

Premiação Serão distribuídos R$62.500,00 em prêmios, sendo: R$5.000,00 para os primeiros colocados R$4.000,00 para os segundos colocados R$3.000,00 para os terceiros colocados

Os trabalhos que conquistarem o 1º lugar de cada categoria, concorrem ao Grande Prêmio, no valor adicional de R$2.500,00. Categorias: Jornalismo impresso, telejornalismo, radiojornalismo, internet e fotojornalismo Inscrições: até 30 de setembro

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RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Novo cônsul do Japão chega à Curitiba Capital despede-se de Toshio Ikeda e recebe Hajime Kimura TEXTO: CAROLINA LARA FOTOS: BRUNO TADASHI

Brasil. Entre idas e vindas, atuou em Portugal, Paraguai e Japão, sempre em carreira diplomática. No Brasil, Hajime Kimura já foi cônsul em Porto Alegre, Manaus, Brasília, Rio de Janeiro e, agora, Curitiba. Kimura pretende atuar de forma a estreitar as relações bilaterais entre a região Sul e o Japão, tanto no campo cultural, quanto no econômico e no

político. Entre os objetivos de sua equipe consular, trazer mais empresas japonesas para a região é um deles. “Hoje nós temos 19 empresas japonesas no Paraná. Queremos trazer mais”, afirmou. De acordo com ele, o Paraná está em situação favorável para a vinda de empresas. “Economicamente o governo está indo bem, há incentivos, há infraestrutura, portos e, o que é muito importante, qualidade de mão de obra”.

O novo Cônsul-geral do Japão em Curitiba, Hajime Kimura

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araná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul receberam, no dia 9 de abril, o novo Cônsul-geral do Japão. Hajime Kimura vê no Sistema Fecomércio Sesc Senac PR importante parceiro na aproximação dos dois países. Dono de um primoroso português, o Cônsul veio ao Brasil pela primeira vez em 1984 e, de lá pra cá, manteve ativa sua história com o

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Hajime Kimura e a esposa, Chie Kimura

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CHAPÉU

Prato de sashimi. Ingredientes frescos e a beleza do prato são marcas da culinária japonesa

CULTURA E GASTRONOMIA

Apesar de ser fã do galeto e do churrasco gaúcho, e de adorar uma moqueca baiana, como bom filho de pescador Kimura não nega um sashimi (carne crua de peixe servida em fatias), mas claro, desde que seja bem fresco. Natural da Ilha de Sado, isolada do arquipélago principal por 35 quilômetros, a família de Kimura comia o peixe recém-saído do mar. Para manter viva essa tradição, trouxe do Japão o cozinheiro que vai comandar as panelas na residência oficial. Ponto forte da cultura japonesa, a gastronomia é uma das frentes nas quais o cônsul pretende concentrar esforços para a divulgação da cultura. Além de aparência impecável, a qualidade dos ingredientes é um dos pontos mais importantes para a culinária japonesa. “Como a gente usa muito peixe cru, os ingredientes têm que ser muito frescos”, comenta. Em 2018, por razão das comemorações de 110 anos da colonização japonesa no Brasil, uma vasta programação cultural deve acontecer ao redor do país. “Vamos programar muitas atividades envolvendo culinária, exposições de arte, dança, tambores, cerâmica, pintura, além de eventos esportivos. Outra política a ser adotada no Es-

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Toshio Ikeda e o presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana, durante reunião realizada na Fecomércio, em 25 de julho de 2016

tado é o fortalecimento de parcerias com não nikkeis (termo usado para referir-se aos japoneses e seus descendentes). “Queremos fortalecer a parceria com a comunidade japonesa, mas queremos incluir os não nikkeis simpatizantes do Japão que participam e ajudam na organização de atividades culturais”, colocou. TOSHIO IKEDA

De abril de 2014 até o início de março de 2017, Toshio Ikeda foi o Cônsul-geral do Japão em Curitiba. No período, desenvolveu importantes projetos em parceria com o Sistema Fecomércio Sesc Senac PR. Em agosto de 2015, durante as comemorações dos 120 anos da Assinatura do Tratado de Amizade, Comércio e Navegação entre Brasil e Japão, ocasião em que se comemorou também os cem anos da colonização japonesa

no Estado e 45 anos de irmandade entre a província de Hyogo e o Paraná, o Sistema e o Consulado realizaram diversas atividades para a divulgação da cultura japonesa. Entre eles, destaque para a Semana de Estudos e Pesquisas da Gastronomia Japonesa que, com a ajuda do Ministério da Agricultura, Floresta e Pesca do Japão, trouxe a Curitiba o chef Hirotoshi Ogawa, então diretor-geral do Sushi Skill Institute. Durante a Semana foram promovidos almoços e jantares temáticos, palestras e workshops sobre a culinária japonesa. No mesmo mês, o Teatro Sesc da Esquina, em Curitiba, recebeu a apresentação do Creative Jazz Ensemble, grupo formado por músicos japoneses em uma fusão das raízes do jazz americano com identidade japonesa e influência latina.  MAI | JUN 2017

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TURISMO E ESPORTE

Turismo e esporte Segundo encontro da série Turismo – Cenários em Debate, promovido pela CNC, reuniu profissionais do governo, da iniciativa privada e de confederações esportivas para discutir como ambos os setores devem se organizar para captar turistas para o País TEXTO: ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA CNC FOTOS: GUARIM DE LORENA

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criação de um calendário para os eventos esportivos no País bem como um alinhamento entre as entidades e federações que representam o Turismo e o Esporte estão diretamente ligados ao potencial número de visitantes que o Brasil captará nos próximos anos. A conclusão é de diversos especialistas do setor que se reuniram, na segunda-feira (19), no seminário Caminhos para o Turismo Esportivo, promovido pelo Conselho Empresarial de Turismo e

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Hospitalidade (Cetur) da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). “Vemos hoje uma grande necessidade de unir as autoridades em torno de um consenso para melhorias nos processos do Turismo e suas diferentes facetas. O esporte é um grande ativo turístico, e precisamos nos mobilizar em torno dessa atividade”, destacou, na abertura do encontro, o presidente do Cetur, Alexandre Sampaio.

A professora Maureen Flores, mediadora do evento, deu o tom da discussão, afirmando que “não podemos mais nos dar ao luxo de sermos amadores. Os grandes eventos passaram e estamos hoje buscando um novo papel do que é o Turismo esportivo”, disse. O secretário nacional de Esportes de Alto Rendimento do Ministério do Esporte e ex-atleta olímpico, Luiz Lima, chamou a atenção para o in-

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TURISMO E ESPORTE centivo à prática de esportes amadores pelas orlas do País. De acordo com Lima, apenas no Rio de Janeiro assessorias esportivas mobilizam, em média, 30 mil pessoas por dia. “Com esses números notamos que o Rio recebe – diariamente – uma maratona. Temos que aproveitar os ícones do esporte que hoje dão aulas na orla da cidade (Jacqueline Silva, Robson Caetano, Rico, entre outros) e estimular a vinda de pessoas de outras partes do País para a prática do esporte”, afirmou. Para Lima, os hotéis deveriam criar parcerias com assessorias esportivas e oferecer descontos e pacotes aos interessados. A exemplo do que já acontece mundo afora, a Maratona do Rio, realizada para atletas profissionais e amadores na capital fluminense no último domingo, injetou cerca de R$ 200 milhões na economia da cidade e reuniu 33 mil pessoas. “Sabemos que 63% das pessoas trazem acompanhantes nas provas. Não são necessariamente atletas, mas consumidores. As cidades e redes hoteleiras têm que se adaptar a esses eventos e oferecer ao turista o que eles precisam. No caso da maratona, café da manhã diferenciado e horários flexíveis de entrada e saída”, acrescentou João Traven – sócio-diretor da Spiridon, empresa realizadora do evento. LEGADO DOS GRANDES EVENTOS

O diretor do Departamento de Desporto Militar (DDM) do Ministério da Defesa, almirante Paulo Zuccaro, contou que, apesar de o investimento militar no esporte ser de longa data, os maiores incentivos começaram a partir de 2008, quando o ministério lançou projeto visando ao melhor

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“Para que os grandes eventos sejam bem-sucedidos, é necessário também segurança, bom planejamento e uma forte agenda cultural paralela” – Almirante Paulo Zuccaro – diretor do Departamento de Desporto Militar do Ministério da Defesa,

rendimento dos atletas nos Jogos Militares de 2011, o que levou o Brasil a alcançar o primeiro lugar no quadro de medalhas. Os programas continuaram para além dos grandes eventos sediados no Brasil. “Mas vale ressaltar que, para que os grandes eventos sejam bem-sucedidos, é necessário também segurança, bom planejamento e uma forte agenda cultural paralela”, afirmou. Já para o ex-ministro do Esporte e Turismo e diretor do Grupo Bandeirantes de Comunicação, Caio de Carvalho, o Brasil estagnou após os Jogos Olímpicos de 2016. Para ele, o País fez com que o mundo se apaixonasse durante a Copa de 2014 e a Olimpíada e não seguiu com uma iniciativa para estimular os jovens atletas. “O esporte deve estar na educação. Temos que trabalhar na base, na escola e criar centros de excelência que possam ser multiplicados. A Olimpíada era a grande oportunidade que tínhamos para seduzir os brasileiros. Turismo esportivo pressupõe trabalhar o talento, já que essa é a matéria-prima da cadeia esportiva”, comentou.

O ex-jogador da Seleção Brasileira de Vôlei e secretário municipal de Esporte e Lazer de Belo Horizonte, Bebeto de Freitas, compartilha da mesma opinião e acrescenta ainda a falta de calendários esportivos no Brasil. “A relação do Brasil com o esporte vem da cultura. Quando se fala em verba pública, é necessário que se tome algumas providências. Temos inúmeras quadras e escolinhas malfeitas e, por isso, não somos capazes de treinar os estudantes. Agora, pela primeira vez, temos um volume de recursos construídos desde 2007 e não temos quem use”, disse. Bebeto também criticou o calendário de esportes brasileiro. “Calendário é poder. Com ele, conseguimos atrair visitantes às cidades e ao País. Seguimos lutando com as federações e confederações que não se preocupam com isso, deixando sempre a desejar. Nos jogos de NBA americanos, por exemplo, quando o torcedor compra um ingresso, a ele é imediatamente oferecido um outro jogo em cidade distinta, estimulando as viagens dentro do país. No Brasil, isso não é feito”, acrescentou. BIG DATA A FAVOR DO ESPORTE E DO TURISMO

Para o coordenador do Laboratório Nacional de Computação Científica, Fabio Porto, os números são de extrema importância para a definição de estratégias em torno do esporte e do turismo. Para ele, é preciso, no entanto, interpretar os dados disponíveis. “Com as informações coletadas, consigo saber a viabilidade da construção de um estádio em determinada cidade. Consigo ainda entender o que um atleta deve melhorar em sua performance e, assim, seguimos melhorando o desempe-

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nho das instalações e de seus ativos, os esportistas, sejam eles amadores ou profissionais”, apontou. O CEO da agência italiana Travel Appeal, Mirko Lalli, que falou diretamente da Itália por videoconferência, também desenvolve o uso do Big Data para a criação de projetos turísticos em diferentes cidades. Ele mostrou como grandes países conseguiram usar os dados a seu favor e aumentar o potencial de cidades como destino esportivo. Segundo ele, o esporte já é responsável por 55% do turismo australiano. A cidade de Barcelona dobrou o número de turistas após a Olimpíada de 1992. Mirko complementa que é essencial estudar os números para que possamos entender o que os visitantes buscam em suas experiências turísticas: “rankeamento, reputação, po-

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sicionamento da busca no Google e qualidade do sistema digital – os jovens querem seguir postando nas redes sociais e se comunicando com as suas tribos, o que torna essencial a boa conexão”, revelou. EXEMPLOS DE ÊXITO

O último painel abordou iniciativas de êxito para o Turismo e o Esporte no Brasil. Maria Luiza Dias, gerente de Desenvolvimento Físico-Esportivo do Sesc-SP, apresentou as ações da instituição voltadas para o esporte e a inclusão social. Segundo ela, o Sesc-SP trabalha com uma visão do esporte para todos, com educação para e pelo esporte. “Acreditamos que é uma oportunidade para o público estar próximo tanto dos eventos esportivos e também da prática esportiva”, afirmou.

A gerente do Sesc-SP apresentou programas como o Dia do Desafio, que em 2017 contou com mais de 43 milhões de participantes em todo o mundo (O Sesc é o organizador no Brasil) e consiste em um único dia de diversas atividades, com o intuito de estimular a prática de atividades físicas e a sua inserção no cotidiano das pessoas. Já Ricardo Trade, ex-diretor da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), falou sobre os eventos que envolvem o vôlei brasileiro. Segundo ele, o voleibol realiza mais de 70 eventos por ano, um esforço que nasce da conversa entre a CBV e as prefeituras e patrocinadores locais, e a união entre Turismo e Esporte é de suma importância. “O Turismo é a atividade econômica que vai salvar o nosso país”, completou.  FECOMÉRCIO PR     13


DESENVOLVIMENTO

O prefeito de Curitiba, Rafael Greca, participou da cerimônia de abertura do Smart City

Onde as cidades se encontram Com quatro mil pessoas de público, Smart City Business, maior evento do setor no continente debate o ecossistema de negócios das smart cities, em parceria com a Fecomércio-PR TEXTO: CAROLINA LARA E KAREN BORTOLINI FOTOS: BRUNO TADASHI E IVO LIMA

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cidade de Curitiba sediou o maior congresso de smart cities da América Latina, de a 22 a 24 de maio, na ExpoUnimed. O Smart City Business America Congress & Expo 2017 reuniu em sua terceira edição quatro mil pessoas, entre prefeitos e secretários municipais, CEOs e gerentes de grandes empresas, especialistas em inovação, engenheiros e pesquisadores. A Fecomércio-PR é uma das empresas parceiras do evento desde a primeira edição. As smart cities, ou cidades inteligentes, são assim definidas como aquelas que usam os recursos da tecnologia para melhorar a infraestrutura e tor-

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nar os centros urbanos mais eficientes, proporcionando qualidade de vida a seus habitantes. Para isso, nesta conferência, representantes do poder público encontraram-se com empresários para debater e alavancar investimentos. Já o público visitante acompanhou uma variedade de painéis, sessões plenárias, reuniões estratégicas e eventos de relacionamento. Também estavam expostos protótipos de inovações, no pátio do evento, sobre as temáticas de mobilidade urbana, planejamento urbano, construção, segurança, saúde, educação e energia, entre outros. De acordo com o presidente do Instituto Smart City Business America, Leopoldo de Albuquerque, o foco do evento é

a realização de negócios. “Colocamos na mesma mesa a iniciativa privada e o poder público para que conversem e realizem negócios, de forma com que as cidades avancem no conceito de inteligentes”, disse na cerimônia de abertura. Neste ano, o evento contou com a presença de prefeitos e comitivas de empresários de cinco países além do Brasil. “Este é um lugar de convergência de líderes e ideias. Desde o início do evento podemos considerar um ganho gradativo em inovação, prestígio e representatividade, que resultam das fortes parcerias consolidadas. Quem está acompanhando o

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Ao participar da premiação, o presidente PiaO presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR,Darci Piana participou da reunião com

na entregou troféu para o prefeito de Passo

prefeitos e órgãos do governo

Fundo (RS), Luciano Azevedo

união desses líderes, entre eles os prefeitos, possa um planejamento para essas melhorias”.

Premiados no InovaCidade 2017, durante jantar de gala no Palácio Iguaçu

evento percebe que estamos próximos a nos tornar cidades inteligentes”, destacou o presidente do Instituto Smart City Business America, Leopoldo Albuquerque, que agradeceu nominalmente ao presidente Piana pelo apoio prestado. Patrocinador do evento pelo terceiro ano, o Sistema Fecomércio Sesc Senac PR foi representado pelo vice-presidente, Paulo Nauiack, que relembrou as importantes parcerias realizadas entre o poder público e o Sistema Fecomércio na recuperação de centros históricos de nove cidades do Paraná e no restauro e transformação de importantes ícones das cidades de Curitiba, Londrina e Ponta Grossa. FEIRA

Quem passou pelo pátio de exposições do evento pode conferir protótipos de inovações em áreas como

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mobilidade urbana, planejamento, construção, segurança, saúde, educação e energia. No estande do Sistema Fecomércio, em parceria com o Sebrae/PR, foram apresentadas duas importantes e recentes obras, o Senac Portão, com a certificação Leed Platinum para edificações sustentáveis, e o Sesc Senac São José dos Pinhais, projeto integrado a um bosque onde são preservadas araucárias e árvores nativas. ENCONTRO DOS PREFEITOS

A reunião de prefeitos e o Prêmio InovaCidade marcaram o segundo dia (23 de maio) de atividades do Smart City Business, que contou com a participação do presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana. “Somos entusiastas desse evento por entendermos sua potencialidade em promover soluções estratégicas para a cidade. Por isso acreditamos que a

Também participou da reunião o diretor de Inclusão digital da Secretaria de Telecomunicações (Setel) do Ministério da Ciência e Tecnologia Inovações e Comunicações (MCTIC), Américo Bernardes, que apresentou propostas sustentáveis para maximização de resultados em diversas áreas como segurança, sustentabilidade e iluminação INOVACIDADE 2017

A premiação InovaCidade, em sua quinta edição, integrou a programação do Smart City para reconhecer as prefeituras que apresentaram projetos e iniciativas dos três setores da sociedade: governos, empresas e organizações sociais. As homenagens foram entregues no Palácio Iguaçu, na noite de 23 de maio. Na sequência, os convidados assistiram à palestra motivacional do cantor Leo Chaves – da dupla Victor e Leo, que falou sobre seu trabalho social em educação, antes do Jantar de Gala, patrocinado pelo Centro Europeu. Quem recebeu os convidados, ao representar o governador do Estado, Beto Richa, foi o então secretário de planejamento Cylleneo Pessoa Pereira Junior.  FECOMÉRCIO PR     15


SEMINÁRIO

Benefício Social Fecomércio PR e sindicatos promovem seminários sobre benefícios fiscais na área de Responsabilidade Social pelo estado TEXTO: ISABELA MATTIOLLI FOTOS: IVO LIMA

A

Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio PR), em conjunto com seus sindicatos filiados e a Câmara da Mulher Empreendedora e Gestora de Negócios (CMEG), realizou nos dias 10, 11 e 16 de maio, o seminário Utilização dos benefícios fiscais na área de Responsabilidade Social, em Londrina, Maringá e Curitiba, respectivamente. Os eventos foram ministrados pelo gestor de Responsabilidade Social, Rogério Carnasciali. Os seminários tiveram como objetivo informar a representantes de empresas do comércio de bens, serviços e turismo paranaenses, gestores culturais e contadores sobre as possibilidades da utilização de incentivos fiscais em ações de Responsabilidade Social Empresarial. Foram abordados temas como as Leis de incentivo à Cultura (via Imposto de Renda e ICMS, no caso do Paraná) e Esporte, o FIA – Fundo da Infância e Adolescência, Lei de benefícios aos Idosos e ações na área da Oncologia. “A meta do seminário é aumentar o número de empresas que utilizam benefícios fiscais para realizar ações de responsabilidade social no Paraná. Foram citados exemplos de empresas que já realizaram e realizam ações de responsabilidade social por meio de projetos incentivados, e seus resultados positivos na comunidade”, comenta Carnasciali.

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O gestor de Responsabilidade Social, Rogério Carnasciali, ministrou os seminários

De acordo com informações apresentadas durante o evento, em 2016, 356 empresas utilizaram R$ 37.984.390,00 via lei Rouanet, no Paraná. Segundo dados do Ministério da Cultura, apenas 2% das empresas com possibilidade de renuncia fiscal utilizam a Lei Rouanet. Carnasciali reforça que o potencial de investimento é muito maior. “São duas coisas que se cruzam. Um é a falta de conhecimento, e a outra de

interesse. O conhecimento está na legislação, o contador e o departamento jurídico sabem disso, mas muitas vezes, eles não sabem como e o que fazer. A empresa precisa entender que existe um público, e que ela pode ser beneficiada por essas leis de incentivo. Esse conhecimento obtido por essas áreas permitem que, anualmente, a empresa distribua um valor significativo de recursos via leis de incentivo”, observa.

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O Sesc Paço da Liberdade sediou o evento na capital paranaense

No caso do Paraná há ainda um bônus, pois além das leis do Governo Federal, que podem ser deduzidas do Imposto de Renda, há um regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto n. 6.080 – SEFA, que faz referência ao contribuinte incentivador do Programa Estadual de Fomento e Incentivo à Cultura – Profice. Em 2016 foram disponibilizados R$25.000.000,00, para 170 projetos em todo o estado. Para o próximo edital, 2017/2018, foram disponibilizados R$30.000.000,00, para projetos culturais aprovados. “Uma coisa curiosa e que deve ser desmistificada, é que temos sim população carente no nosso estado, e existem diversos projetos para investir e contribuir com a sociedade. É só a empresa entender melhor como funciona isso, para se sentir confortável até juridicamente, para poder exercer essa cidadania”, pontua. O caminho mais fácil para as empresas investirem em leis de incentivo, de acordo com ele, seria destinando esse valor para projetos já existentes. “A empresa precisa encontrar um projeto do qual ela se identifica: seja por ser na região onde atua, pelo pú-

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blico-alvo, etc. Ou seja, tem que ter alguma aderência ao mapa estratégico da empresa”, orienta. CASE DE SUCESSO

Um dos projetos apresentados e que são beneficiados por leis de incentivo é a Casa do Bom Menino de Arapongas, por meio do Projeto Crescer, presidido pelo vice-presidente da Fecomércio PR e presidente do Sindicato do Comércio Atacadista e Distribuidores do Estado do Paraná (Sinca PR), Paulo Hermínio Pennacchi. Atualmente, o projeto atende 460 crianças e adolescentes, a maioria em situação de vulnerabilidade social, em período de contraturno escolar. Mantém atividades culturais nas áreas de canto coral, dança, capoeira, teatro, música instrumental, reforço escolar, aulas de inglês, informática, além de atividades esportivas e de cidadania. Essas atividades têm contribuído para a inclusão social desses alunos e para a promoção de seu desenvolvimento. DESTAQUE DE AUTORIDADES

Os seminários foram gratuitos. A capital paranaense fechou o ciclo, em evento realizado no Sesc Paço

da Liberdade, com a presença do diretor de Planejamento e Gestão da Fecomércio PR, Rodrigo Rosalem – representando o presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana; do diretor do Sindicato do Comércio Atacadista e Distribuidores do Estado do Paraná (Sinca PR), Mauro Carsten; a coordenadora da CMEG Paraná, Cláudia Regina Colpi; a gerente de Cultura do Sesc PR, Isabel Bezerra; a gerente de Ação Social do Sesc PR, Elisangela Domingues; a gerente executiva do Sesc Paço da Liberdade, Celise Niero; o gerente executivo do Sesc São José dos Pinhais, Marcio Reinaldin; o gerente do Sesc da Esquina, Osiel Silva, e membros da CMEG Curitiba, entre outros. O presidente do Sinca PR, Paulo Hermínio Pennacchi, prestigiou os eventos realizados em Londrina, no Sesc Cadeião Cultural, e em Maringá, no Senac. Também participaram dos eventos os gerentes executivos das unidades, Alexandre Simioni, Marta Bacicheti de Souza; o gerente do Sesc Maringá, Leandro Rodrigues; entre outras autoridades.  FECOMÉRCIO PR     17


RESTAURO

Fachada da Estação Saudade, em Ponta Grossa

A vez da Estação Sesc PR recebe Estação Saudade, em Ponta Grossa. Prédio histórico será revitalizado e transformado em unidade de cultura TEXTO: CAROLINA LARA FOTOS: BRUNO TADASHI

S

ímbolo do desenvolvimento da cidade de Ponta Grossa, nos Campos Gerais, a Estação Saudade está prestes a iniciar um novo capítulo de sua história. O prédio de 1900, tombado pelo Patrimônio Histórico do Paraná, será restaurado pelo Sesc PR e transformado em uma unidade de Cultura, nos mesmos do que foi feito no Sesc Paço da Liberdade, em Curitiba, e no Sesc Cadeião, em Londrina. Em 12 de maio, o Sistema Fecomércio Sesc Senac PR e a Prefeitura de Ponta Grossa assinaram a escritura pública que concede a Estação Saudade ao Sesc PR. O prédio de 2.748 mil metros quadrados, em dois pavimentos, foi desativado como estação em meados de 1980. A partir da concessão, o edifício será restaurado para abrigar programação cultural variada, com projetos de cinema,

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música, biblioteca, exposições, além de um Café-escola do Senac, com cursos na área de gastronomia. A cerimônia de assinatura ocorreu dentro da Estação, com a presença de membros do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, integrantes dos poderes executivo e legislativo de Ponta Grossa e do Estado, além de representantes de entidades empresariais e órgãos ligados ao Turismo e ao Patrimônio Histórico. O presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana, falou sobre a importância da Estação para a região. Segundo ele, graças à ferrovia e à central ferroviária, Ponta Grossa se desenvolveu e se tornou conhecida dentro e fora do Brasil. Piana também falou que os investimentos até então realizados pelo Sistema na cidade não condiziam mais com o crescimento da

mesma. “Na minha consciência ainda faltava alguma coisa para Ponta Grossa, pelo crescimento, pela potencialidade que a cidade vem demonstrando nos últimos tempos”. Na opinião do prefeito Marcelo Rangel, a Estação Saudade foi o prédio mais importante da cidade. “Esse palácio já foi coração de Ponta Grossa, a alma da nossa cidade e seu principal símbolo de desenvolvimento e progresso. Por aqui passaram homens e mulheres de bem, famílias que apostaram em Ponta Grossa, que se dedicaram. E nós estamos resgatando tudo isso,” comemorou. De acordo com a Lei Municipal 12.465, o Sesc deve iniciar as obras em um prazo de 24 meses a partir da data de assinatura da escritura pública, com mais 24 meses para conclusão do restauro.

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Cerimônia de assinatura da escritura de concessão da Estação Saudade. Da esquerda para a direita, o então diretor regional do Senac PR em exercício, Edmundo Knaut; o presidente do Sindimercados Ponta Grossa, Cesar Moro Tozetto; o deputado federal Sandro Alex; o prefeito de Ponta Grossa, Marcelo Rangel; o presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana; a vice-prefeita de Ponta Grossa, Elizabeth Silveira Schmidt; o presidente da Câmara de Vereadores, Sebastião Mainardes Júnior; o presidente do Sindilojas de Ponta Grossa, José Assinatura da escritura pública que concedeu

Carlos Loureiro Neto, e o diretor regional do Sesc PR, Emerson Sextos

a Estação Saudade ao Sesc PR. Na foto, o presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana (direita), e o prefeito de Ponta Grossa, Marcelo Rangel

COMÉRCIO E ENTORNO

O comércio do centro também será beneficiado com melhorias no chamado Quadrilátero Histórico, que compreende desde a Rua Fernandes Pinheiro (Rua da Estação) até o Mercado Municipal. A região já está passando por um processo de melhoria de calçadas, iluminação e segurança. Além disso, o Sistema Fecomércio e o Sebrae/PR, com outras entidades parceiras, já implementou o projeto Rua da Estação, iniciativa que faz parte do Programa de Revitalização de Espaços Comerciais, presente em nove cidades do Paraná.

Da esquerda para a direita, o diretor do Sindilojas Ponta Grossa, Antenor Guimarães; o diretor regional do Sesc PR, Emerson Sextos; o assessor da presidência da Fecomércio PR, Paikan Salomon de Mello e Silva; o presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana; o prefeito de Ponta Grossa, Marcelo Rangel, e o presidente do Sindilojas Ponta Grossa, José Carlos Loureiro Neto

O projeto visa a recuperação do comércio da Rua Fernandes Pinheiro, com a melhoria das fachadas, qualificação dos empresários, além de cursos para os colaboradores dos estabelecimentos participantes, de forma a ampliar a qualidade no atendimento e efetividade das vendas.

Neto, os comerciantes da região comemoraram a formalização da concessão e aguardam ansiosos o início das obras na região. “O comércio de Ponta Grossa começou aqui. Com o restauro e a revitalização do entorno, o comércio será muito beneficiado. Além disso, o Café-escola do Senac vai preparar os nossos hotéis e os nossos restaurantes pra receber bem o turista”, colocou.

Segundo o presidente do Sindilojas Ponta Grossa, José Carlos Loureiro

O presidente do Sindimercados Ponta Grossa, Cesar Moro Tozetto, também

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manifestou satisfação. “Para quem é aqui de Ponta Grossa, esse lugar tem um caráter emocional, pela história, pela beleza do prédio, pelo que aconteceu e o que vai acontecer aqui em eventos culturais do Sesc e também com a formação de mão de oba de qualidade pelo Café-escola do Senac. É uma grande alegria ver que pessoas vão se formar aqui, ser profissionais, e que nós vamos ter essa mão de obra disponível, que é muito necessária na nossa cidade.”, complementou.  FECOMÉRCIO PR     19


CAPA

O Senac PR completa 70 anos cumprindo com excelência sua missão de educar para o trabalho TEXTO: FERNANDA ZIEGMANN FOTOS: ARQUIVO

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o dia 7 de julho o Senac PR completa 70 anos de história, sempre em sintonia com a evolução do comércio paranaense. São sete décadas formando pessoas em 16 eixos de educação: artes, beleza, comércio, comunicação, conservação e zeladoria, design, educacional, gastronomia, gestão, idiomas, informática, meio ambiente, turismo e hotelaria, moda, saúde e segurança. Nesses 70 anos foram emitidos mais de cinco milhões de certificados e muitas transformações aconteceram nesse período. Cursos surgiram e foram um sucesso, como o de Empacotador, que não década de 1950 foi um sucesso, mas com o passar dos anos acabou sendo extinto. Com o avanço no mundo, novas profissões foram surgindo. O Senac atento a essas mudanças também se modernizou com a criação de novos cursos em seu portfólio, melhoria de equipamentos e novas estruturas.

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A última década dentro da instituição foi marcada pela expansão das unidades pelo estado. Foram inauguradas 24 novas escolas e mais quatro unidade Móveis de educação. Levando formação profissional aos 399 municípios do Paraná. Vale destacar também os eventos de gastronomia do Senac PR. Ao todo são 25 Semanas de Estudos es Pesquisas com os mais variados temas: as culturas italiana, alemã, espanhola, japonesa fizeram parte das programações. Alguns insumos como a Tilápia e o Feijão e o tema Serviços de Restaurante também serviram de inspiração. Todo esse trabalho fortaleceu a marca do Senac que se consolidou como escola referência em gastronomia no estado. O ciclo desses 70 anos é fechado com chave de ouro, no final de 2016 o Senac foi credenciado pelo Ministério da Educação (MEC)como instituição de Ensino Superior e até o

início de 2018 o Senac estará com a primeira turma de tecnólogos em andamento na Faculdade de Tecnologia do Senac. Hoje o Senac conta com 37 unidades de educação profissional que oferecem uma formação sólida, com cursos de educação inicial e continuada, ensino técnico e superior, além de atendimento corporativo e educação a distância. Ainda não temos a noção exata do que nos aguarda nas próximas décadas. Os limites da tecnologia são ultrapassados todos os dias. Temos certeza, porém, de que o Senac saberá cumprir seu papel, como vem fazendo todos os dias, mês a mês, ano após ano, há sete décadas.” – Darci Piana_ Presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR

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LINHA DO TEMPO SENAC PR

Década de 1960

Década de 1970

Década de 1940

1960 – Instalação do curso de Cabeleireiro

O crescimento foi impulsionado pela implantação de Minicentros:

1962 – Inauguração do restaurante-escola do Senac Curitiba

1972 – Minicentro londrina

1947 – Instalação da Delegacia Estadual do Senac 1948 – Entrega dos certificados às primeiras turmas

1964 – Criada a Biblioteca Volante

1973 – Minicentros em Maringá, Ponta Grossa e Guarapuava

1966 – Instalação do curso de Vitrinismo e Cartazismo

1974 – Minicentros em Apucarana, Pato Branco, Irati e Umuarama

1966 – Inaugurado o novo prédio da Administração Regional do Paraná, na Rua André de Barros 750, onde permanece nos dias de hoje

1976 – Minicentro em Cascavel

1967 – 1º Concurso de Pesteados realizado publicamente nos salões da Sociedade Thalia

1976 – O Senac PR foi o responsável pele elaboração do módulo “Objetivos Educacionais para o Manual de Ensino Senac’, implantado em todas as Regionais

1968 – Criação do curso Alta Moda

1975 – Criada mais uma empresa pedagógica: a Lanchonete-escola

1969 – Criada a Biblioteca do Comércio

1976 – Implantação do Ensino por Correspondência 1977 – Inaugurado o novo Restaurante-escola em Curitiba

Edifício João Prosdócimo, local da primeira sede do Senac PR, 1947

Década de 1950

1977 – Realizado o primeiro Festival Gastronômico do Senac PR.

1950 – Instalado o Departamento Regional do Senac no Paraná

1978 – Instalado o Centro de Teleducação para o ensino a distância

1959 – Instalação da empresa pedagógica Loja-escola (Loja de Treinamento Senac)

1979 – Realizada a primeira Feira de Informação profissional – mais de 60 mil visitantes passaram pelo evento

Desfile de Penteados em 1967 Inauguração do minicentro de Maringá Loja de Treinamento em 1959

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em 1977

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CAPA Década de 1980

Anos 2000

Anos 2010

1980 – Realização do I Encontro Regional de Vendedores e estruturados novos cursos em diferentes áreas

2000 – Inaugurado o primeiro Laboratório de Podologia do Estado e o curso de Técnico em Podologia é reconhecido pelo ministério da Educação

2011 – Os Festivais Gastronômicos passam a se chamar Semana de Estudos e Pesquisas da Gastronomia

1983 – Desenvolvimento de programa de estágios 1985 – O Senac Curitiba sediou o XIV Concurso Nacional de Alunos Cozinheiros, Garçons e Barmen

2001 – Ampliação do portfólio de cursos 2002 – Estruturação do Programa Alimento Seguro (PAS)

1985 – Criado o Centro de Informática 2003 – Lançamento do curso de Florista e da Rota dos Tropeiros 2007 – Acontece o resgate dos Festivais Gastronômicos do Senac. O tema escolhido foi a Tilápia.

II Encontro Metropolitana de Profissionais de

2008 – o Restaurante-escola de Curitiba passa por uma grande reforma

Venda

Década de 1990 1991 – O curso de Técnico em Secretariado é reconhecido pela Secretaria Estadual da Educação. Criado o Programa de Desenvolvimento Empresarial

2009 – Duas importantes inaugurações, Café do Paço e Senac Foz do Iguaçu e a presença do chef de cozinha internacional no Festival da Gastronômico Francês

1992 – Senac Cascavel participou do VI Seminário Internacional do Mercosul 1994 – Implantação do Centro de Idiomas do Senac

Café do Paço

2012 – Participação da Casa Artusi – da Itália – na Semana de Estudos e Pesquisas da Gastronomia Italiana de Origem 2012 – Lançamento da Web TV 2013 – Senac realiza cinco Semanas de Estudos e Pesquisas da Gastronomia, todas com a participação de renomados chefs 2013 – Senac começa a implantar o novo Modelo Pedagógico de ensino 2014 – Senac realiza mais de 50 mil atendimentos gratuitos 2014 – Senac PR cria a Feira de Profissões 2014 – Inauguração da Unidade Móvel de Pães e Confeitos e mais cinco novas Unidades de Educação profissional (Marechal Cândido Rondon, Cornélio Procópio, Jacarezinho, Medianeira e Café-escola Senac Londrina) 2014 - Dois instrutores de gastronomia do Senac, Angélica da Silva Rodrigues, de Maringá e Lúcio Marcelo Chrestenzen, de Curitiba, foram aprovados pelo ProChef I, certificação internacional emitida pelo The Culinary Institute of America (CIA)

1995 – Início do curso de Técnico em Ótica 1996 – Criação dos cursos de Corte e Costura e de Produção de Moda 1997 – Lançamento do Programa Maturidade & Qualidade de Vida. Inaugurada a sede própria do Senac Cascavel

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2015 – Inauguradas as unidades de Paranaguá e São Mateus do Sul

2016 – Foram realizados 18 mil atendimentos na Feira de Profissões

2017 – Inaugurada a unidade do Senac Londrina Norte

2015 – Chef japonês Hirotoshi Ogawa compartilhou seus conhecimentos com instrutores, alunos e público durante a Semana de Estudos e Pesquisas da Gastronomia Japonesa

2016 – Senac PR realiza Missão de Educação Profissional Gastronômica à Casa Artusi

2017 – Senac São José dos Pinhais recebe Núcleo de Desenvolvimento Corporativo Sul-Sudeste do Senac

2016 – Inaugurado o Sesc Senac São José dos Pinhais

2017 – Feira de Profissões é realizada em 32 cidades e atende 14 mil pessoas

2015 – Foram investidos R$51,7 milhões em cursos de aprendizagem gratuitos 2015 – Foram qualificadas 649 pessoas em 15 municípios através das unidades móveis

2016 – Senac qualifica 1379 alunos em parceria com o Sindicato Empresarial de Hospedagem e Alimentação (SEHA) em Curitiba e Litoral e com os Sindicatos de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Foz do Iguaçu, Maringá e Londrina

2016 – Inaugurada a mais moderna e sustentável unidades do Senac em Curitiba, no bairro Portão

2016 – Senac é credenciado pelo MEC para a oferta de Educação Superior

2017 – Editora Senac lança o livro A Arte de Acolher 2017 – Senac lança campanha de Cursos Técnicos 

2016 – Foram realizados 111.783 atendimentos no Senac em todo o estado Semana de Estudos e Pesquisas da Gastro-

2016 – 319 municípios atendidos

nomia do Bacalhau, com a participação do chef André Palandi em 2016

2016 – Aluno do curso de Cozinheiro, Jackson Pasturczak conquista o 2º lugar nas Competições Senac de Educação Profissional

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Missão de Educação Profissional Gastronômica à Casa Artusi , na Itália em 2016

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EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

Senac PR oferta cursos técnicos Serão ofertadas 145 turmas em 29 unidades. Aulas têm início em 8 de agosto. TEXTO: KARLA SANTIN IMAGENS: CAMPANHA CCZ

T

ransformar um ponto de interrogação em um ponto de referência. Esse é o objetivo principal do Senac, que busca destacar seus alunos no mercado de trabalho. E este também é o mote da campanha de divulgação dos cursos técnicos neste segundo semestre, lançada em 9 de junho. São aproximadamente quatro mil vagas em cursos técnicos em todo o Estado, distribuídas em 145 cursos, presenciais e a distância, ofertados por 29 Unidades de Educação Profissional e Tecnológica. Todas as turmas iniciam no dia 8 de agosto e têm duração média de dois anos. Esta é a segunda vez que o Senac concentra o início de todos os cursos técnicos em uma mesma data. A

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primeira ação integrada ocorreu no primeiro semestre deste ano e foi um sucesso. De acordo com o assessor de Relacionamento com o Cliente do Senac Paraná, Daniel Manfré Natal, as vantagens de concentrar a data de início dos cursos técnicos são enormes, tanto para o Senac como para nossos alunos. “Tendo a data definida em âmbito estadual, temos a possibilidade de iniciar com uma aula inaugural para todas as Unidades de Educação Profissional e Tecnológica, integrar campanhas de marketing e melhor planejamento nas áreas de compras, RH, administrativo, educacional, férias dos instrutores, redução de custos. E também para o aluno, que tem definido o início das aulas, tanto no primeiro como no segundo semestre”, afirma. Há ainda

a possibilidade de o aluno solicitar transferência para outra unidade do Estado sem prejuízo no conteúdo, pois o calendário é único. A coordenadora de Educação e Tecnologia, Priscila Loro Milan, explica que para a execução desta mudança foi criado um grupo de trabalho “Oferta de 50 turmas de cursos técnicos no varejo, simultaneamente, em 2017”, sob sua coordenação e composto por profissionais de diversos setores, visando estruturar, organizar e apoiar na implementação da ação estratégica. “Realizamos diversas reuniões adotando como metodologia os 4 P’s: Produto, Preço, Praça e Promoção. Após pesquisas e estudos, o grupo propôs diversas ações, dentre elas calendário único para todo o Estado, que possibilitaria

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o lançamento de uma campanha de marketing simultânea em nível estadual. O preço foi padronizado e adotamos a concessão de 20% de desconto aos alunos no pagamento das parcelas em dia. Também adotamos outras medidas, tais como agilizar o processo de autorização de oferta dos cursos perante o Conselho Regional e facilitar a compra do acervo e equipamentos necessários”, relata. DIFERENCIAIS

Para facilitar o acesso da população, os cursos técnicos estão com até 20% de desconto. Há opções em áreas de atuação como administração, vendas, comércio exterior, marketing, análises clínicas, enfermagem, podologia, radiologia óptica, comunicação visual, design de interiores, guia de turismo, imagem pessoal, informática, recursos humanos e segurança do trabalho, entre outras. Também há especializações técnicas, destinadas a quem já tem uma habilitação técnica ou possui gra-

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duação, em enfermagem do trabalho, serviços de urgência e emergência, instrumentação cirúrgica e oncologia. Os interessados podem se inscrever pelo site www.pr.senac.br/tecnicos ou diretamente nas unidades do Senac. POTENCIAL DE EMPREGABILIDADE

A qualificação técnica é considerada o grande gargalo do país. Em meio a um universo de mais de 14 milhões de desempregados, as empresas estão à procura de profissionais com formação técnica, pois querem pessoas com conhecimento prático. Uma pesquisa da Consultoria ManpowerGroup concluiu que os cargos técnicos e de profissionais com habilidades técnicas específicas são os postos que as empresas mais têm dificuldades para preencher hoje no Brasil. Não é à toa que, segundo outra pesquisa, desta vez conduzida pelo Ibope, 70% dos alunos formados em cursos técnicos conseguem emprego já no

primeiro ano após sua conclusão. Para orientar a população a respeito do potencial de empregabilidade que uma formação de nível técnico proporciona, todas as unidades do Senac realizarão, no dia 12 de julho, uma série de palestras sobre cada curso técnico ofertado. O evento terá entrada franca e os interessados podem se inscrever pelo site www.pr.senac.br/profissoes. SOBRE A CAMPANHA

A campanha veiculada na internet, no site do Senac e no perfil da instituição no Facebook e Youtube. As peças principais são três filmes para as redes socais. O objeto-propaganda, o ponto amarelo, já utilizado na campanha publicitária do primeiro semestre, será novamente o protagonista em todas as peças. A linguagem escolhida foi cuidadosamente pensada para reforçar o slogan já existente do Senac: Referência em educação profissional. E ponto.  FECOMÉRCIO PR     25


TURISMO

Encontro Paranaense de Observatórios de Turismo Profissionais e estudantes de 12 estados brasileiros e quatro países reúnem-se na Fecomércio para debater sobre o segmento TEXTO: KAREN BORTOLINI FOTOS: BRUNO TADASHI

O coordenador Estadual de Turismo do Sebrae, Aldo Cesar Carvalho; diretora do Observatório de Turismo da Senatur, Ingrid Molas; presidente do Instituto de Turismo do Paraná, Tatiana Turra; pró-reitor de pesquisa e pós-graduação da UFPR, Francisco Mendonça; presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac, Darci Piana; presidente da Paraná Turismo, Jacó Gimenes; Gerente de Informações-Ministro do Turismo, Gilce Battistutz; diretor do departamento de estatísticas do Ministério do Turismo de Misones (AR), Sérgio Maciel; presidente do Paraná Convention e do CCVB, Adonai Aires de Arruda Filho

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A Fecomércio PR em parceria com a Universidade Federal do Paraná realizou o Encontro Paranaense de Observatórios de Turismo, no dia 11 de maio. O evento contou com mais de 100 participantes e reuniu profissionais do turismo de 12 estados brasileiros e quatro países. Especialistas da área de pesquisas e estatísticas do turismo debateram sobre experiências nacionais, de entidades públicas e privadas. O presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac, Darci Piana, mencionou que o turismo é um dos focos de atenção da entidade e citou a importância das parcerias para o fortalecimento desse setor. “A parceria com a UFPR é de longa data, não só no turismo como em projetos de outras áreas. Então, esta soma de esforços vai aprimorar o que já viemos fazendo”, frisou. O encontro, na sede da Fecomércio PR, permitiu traçar estratégias para melhoria de funcionamento, gestão e financiamento destes observatórios e discutir sobre o desenvolvimento de criação de um Centro de Inteligência Turística, para congregar informações de forma contínua e convertê-las em conhecimento. A iniciativa visa promover o turismo no estado. A diretora da Câmara Empresarial do Turismo da Fecomércio, Rosa Maria Corbari Maccali, explicou

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que o evento reúne representantes de outros observatórios para que estes moldes de estrutura sejam adaptados ao Paraná. Participaram do encontro gestores de Observatórios de Turismo, de entidades públicas e privadas do turismo estaduais e municipais; especialistas em pesquisa e estatística de turismo, órgãos de turismo interessados na área; professores e pesquisadores. “O evento possibilita a discussão entre esses participantes e permite reunir os dados do turismo de Curitiba, da iniciativa pública e privada. Unindo estas informações será viável gerenciar o turismo e tomar decisões assertivas”, garantiu a presidente do Instituto de Turismo do Paraná, Tatiana Turra. O presidente da Paraná Turismo, Jacó Gimenes, explicou sobre o funcionamento do Paraná Turístico, que promove estratégias para destacar as rotas turísticas do estado. “Temos atrativos em nossas cidades e pretendemos que o Paraná seja referência no turismo assim como no agronegócio. Desta maneira, as parcerias são fundamentais para o planejamento conjunto para instrumentos de desenvolvimento”, disse. PROGRAMAÇÃO

A programação incluiu mesas redondas, debates e painéis, compostos por

profissionais de referência na área. O diretor de Planejamento de Gestão do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Rodrigo Rosalem, moderou a mesa a Importância dos Observatórios de Turismo para o Planejamento, Gestão e Controle de Destinos inteligentes, composta pelos debatedores Francisco Gouveia de Castro – Diretor do Ipardes; Gilce Battistutz – Gerente de Informações-Ministro do Turismo; Luiz Gustavo Barbosa – Coordenador do Observatório de Turismo da FGV; Moisés Vassallo – Pesquisador da FIPE-USP; José Manoel Gândara – Coordenador do Observatório de Turismo da UFPR. O painel: Boas Práticas dos Observatórios de Turismo no mundo, contou com a participação dos debatedores: Matias Belacín – Gerente de Inteligência/Big data do Observatório de Turismo de Buenos Aires – AR; Esther Vallero – Invatur Agência Valanciana de Tursmo – Alicante – ES; Enrique Torres – professor e Pesquisador da Universidade Málaga – ES. A mesa Boas Práticas de Observatórios de Turismo no Brasil contou com a participação de especialistas de diversos observatórios do país. As duas seções foram moderadas pela diretora da Câmara Empresarial de Turismo da Fecomércio PR, Rosa Maria Corbari Maccali; e por José Manoel Gândara – Coordenador do Observatório de Turismo – UFPR.  FECOMÉRCIO PR     27


TECNOLOGIA

Sesc mobile Paraná é o primeiro estado a oferecer cartão cliente virtual, além de dar mobilidade a clientes para o acesso de serviços por meio de aplicativo TEXTO: ISABELA MATTIOLLI FOTOS: REPRODUÇÃO

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mbiente virtual com diversas possibilidades. O Sesc PR tem ampliando o seu atendimento no meio digital oferecendo aos clientes cadastrados ferramentas que trazem mobilidade a alguns serviços da entidade, como o cartão cliente virtual e um aplicativo para tablets e smartphones. Para criar esse ambiente virtual, o diretor da Divisão Administrativa Financeira, Tadeu Litwin, mobilizou as Gerências de Relacionamento com o Cliente e de Tecnologia da Informação do Sesc PR trouxeram mais funcionalidade para a área do cliente hospedada no site da entidade. Nela, clientes cadastrados no Sesc em todo o Paraná têm a possibilidade de acessar alguns serviços, como o pagamento de serviços nos quais este cliente esteja inscrito – entre eles a mensalidade da Academia de Ginástica Multifuncional, além de consultar o crédito disponível para refeições nas unidades que possuem restaurantes, dados cadastrais, histórico de atividades e eventos dos quais participou.

cartão foi idealizado para dar mobilidade, sustentabilidade e segurança tanto para clientes como para o Sesc. “O cartão virtual tem marca d´água e traz todas as informações exigidas pelo Departamento Nacional do Sesc. Como o Paraná é o primeiro entre os estados da Federação a oferecer esta ferramenta, foi criado um sistema administrativo para que os outros regionais possam consultar dados cadastrais dos nossos comerciários, sem a nossa intervenção, e que também é algo pioneiro na rede Sesc e está sendo recebido positivamente”, explica o gerente de Relacionamento com o Cliente do Sesc PR, Paulo Roberto Falcão.

SUSTENTABILIDADE E MOBILIDADE

O projeto piloto do cartão surgiu com um viés sustentável. Entre 2015 e 2016, aproximadamente 300 mil cartões de PVC foram impressos pelo Sesc PR, o que representa 1.500 kg de plástico que foram ou serão descartados. “Quando uma renovação de cadastro é feita, o Serviço de Atendimento descarta o cartão antigo como material reciclável, que passará por uma coleta seletiva. Agora com o cartão virtual o intuito é diminuir essa geração de lixo e trazem economia para a instituição”, comenta Falcão.

O ambiente digital também permite que o cliente acesse e salve seu cartão cliente virtual e de seus dependentes. O

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A mobilidade também foi outro ponto decisivo para a criação do cartão virtual alinhada ao planejamento estratégico da entidade. “Quando a gente parte para uma tecnologia via web, damos modalidade para o cliente e isso traz mais segurança inclusive para a nossa entidade. A partir do momento que essa pessoa faz o login, conseguimos analisar o perfil dela e como ela navega, desta forma, podemos aproximar mais o atendimento para as necessidades desses clientes”, observa. O gerente de Relacionamento com o Cliente do Sesc PR acredita que o cartão impresso acabe em desuso, porém estima que isso ocorra em cinco anos ou mais. “A nossa ideia com esse projeto é ser 90% online e 10% off-line, pois entendemos que entre os nossos clientes ainda existem os saudosistas que fazem questão de ter o cartão impresso em PVC; também temos casos de pessoas que têm dificuldade com aplicativos, ou que o próprio celular não oferece esse tipo de acesso, entre outros pontos”, pondera. Um estudo de campo feito pelo Sesc PR apontou que os clientes com mais de 60 anos, são iniciantes digitais. “Nós acreditamos que 30% a 40% desse público migrem para o cartão virtual e também usem o nosso aplicativo, porque nesta porcentagem há pessoas que já utilizam outras plataformas pelo celular, seja para acessar redes sociais ou até mesmo a conta bancária. Se a gente colocar esse público em uma linha do tempo, em 10 anos o que for off-line não servirá mais. Nós entendemos que isso é um início de uma transformação a longo prazo”, pontua Paulo Roberto Falcão.

Cultura e Ação Social do Sesc PR para ofertar oficinas em moldes semelhantes as do curso de informática para maturidade, e que contemplem orientações para acessar o aplicativo e utilizar o cartão cliente virtual.

Para driblar essas resistências e informatizar esse público, a Gerência de Relacionamento com o Cliente prevê uma parceria com a de Educação,

Tanto o cadastro de novos comerciários e seus dependentes como a atualização e renovação desses dados, ainda são serviços feitos ex-

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clusivamente no Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC) de cada unidade de Serviço do Sesc PR, devido à necessidade de validação da documentação necessária, alinhada às exigências do Departamento Nacional do Sesc. “Agora começa uma mudança de cultura organizacional. Nos treinamentos, a Gerência de Relacionamento com o Cliente tem orientado às equipes a estimularem

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TECNOLOGIA seus clientes a utilizarem apenas o cartão virtual. A não ser as unidades que possuem catracas de acesso para alguns serviços e que, provisoriamente, ainda precisarão de cartões impressos em PVC para acessá-las”, reforça Falcão. O diretor regional do Sesc PR, Emerson Sextos, reforça o pioneirismo do projeto, desenvolvido internamente pelas equipes da entidade, para atender as necessidades de sua clientela, o que gerou uma economia de aproximadamente 500 mil reais, que seriam gastos caso o aplicativo fosse desenvolvido por outra empresa. “Com esses novos produtos alcançamos dois pontos que são focos da gestão da Direção Regional atual: a qualidade no atendimento ao comerciário e a busca da sustentabilidade financeira da entidade. Além disso, com o aplicativo e com a área do cliente podemos mensurar os serviços mais procurados pelos nossos clientes. Por ser online, ganhamos em produtividade e qualidade e a esses produtos que serão ofertados a nossa clientela”, comentou o diretor regional do Sesc PR, Emerson Sextos. APLICATIVO E ATUALIZAÇÕES

Quando o gerente de Tecnologia e Informação, Anderson Sanchez, foi desenvolver o aplicativo, a equipe teve o cuidado de consultar as avaliações dos sistemas operacionais de outros aplicativos, para identificar as principais reclamações dos clientes. “Outra preocupação era com relação ao que o cliente pode usar pelo celular e que não precisasse acessar os dados da internet. O cartão virtual é uma dessas possibilidades, pois pode ser salvo na galeria de imagens do celular. A consulta de dados também estará disponível off-line, depois do primeiro acesso. São conteúdos que mesmo que o cliente esteja em uma região sem internet, ele terá acesso”, aponta Paulo Falcão.

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Pelo aplicativo o cliente tem acesso à área do cliente, com algumas customizações. Hoje o serviço disponível para pagamento é o da academia, via cartão de crédito. Outros serviços também passarão a fazer parte da área do cliente. Os pacotes turísticos poderão ser comercializados tanto via desktop como pelo aplicativo, por meio de um e-commerce. A ideia também é trazer o chat online para o aplicativo, canal disponível para acesso no site do Sesc PR, no qual o cliente pode entrar em contato com a entidade, sem utilizar o telefone ou ir até o SAC da unida-

de. “Todas as melhorias que forem implantadas no site estarão disponíveis no aplicativo. Hoje o cliente que acessa a área do cliente pelo site, recebe uma notificação 15 dias antes do vencimento de carteirinha. Essa mensagem automática será gerada via aplicativo em breve. Também estudamos a possibilidade de oferecer via aplicativo uma área de renovação de cadastro, onde o cliente anexará a documentação necessária, que passará para uma área de validação; porém, isso ainda precisa ser acordado com o Departamento Nacional”, conclui o gerente de Relacionamento com o Cliente do Sesc PR.  MAI | JUN 2017

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NOTAS

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TURISMO

FIT Cataratas A 12ª edição do evento reuniu oito mil pessoas e mostrou o que há de melhor em produtos e serviços do turismo TEXTO: FERNANDA ZIEGMANN FOTOS: CARLA ZIGON

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idades, países, atrativos, agentes de viagens, hotéis, vinhos, cervejas, queijos, livros, palestras, debates, musica, dança, baianas, africanos, stands e muito público. Esses são os ingredientes do sucesso da 12ª edição do Festival das Cataratas (FIT) que aconteceu de 28 a 30 de junho em Foz do Iguaçu. O FIT é uma realização da Secretaria Municipal de Turismo, com organização da De Angeli. Cerca de oito mil pessoas lotaram os corredores da Feira de Negócios e Turismo do Festival das Cataratas. Foram 209 estandes com mais de 800 expositores que apresentaram o que há de melhor em produtos e serviços do turismo no Brasil e no exterior. “Batemos nosso recorde mais uma vez, recebemos mil pessoas a mais do que na edição do ano passado. Todos os estandes foram comercializados, nosso evento já se consolidou no calendário de eventos de turismo no país e fora dele”, comemorou o organizador do evento, Paulo Angeli. A solenidade de abertura foi realizada no Hotel Recanto Cataratas Thermas Resort no dia 28 de junho e reuniu mais de 500 pessoas, entre autoridades e profissionais da área. O ministro de Turismo do Brasil, Marx Beltrão, participou da cerimônia e destacou o crescimento do turismo da cidade sede do evento. “Foz do Iguaçu hoje é um dos principais destinos turísticos do nosso país, está crescendo cerca de 15% ao ano

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Abertura da Feira de Negócios e Turismo do Festival das Cataratas com a presença de autoridades, entre eles o ministro do Turismo do Brasil, Marx Beltrão, os ministros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa e o presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana

no setor e isso nos enche de orgulho. Temos a obrigação enquanto governo federal apoiar todas as ações para promover o turismo de Foz, do Paraná e da região”, disse o ministro.

O ministro de Turismo do Brasil, Marx Beltrão e o presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana

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O presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana, também participou da cerimônia de abertura e destacou a participação da Fecomércio e da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que são patrocinadores desde a primeira edição do FIT Cataratas. “Somos parceiros desse evento que vem beneficiando o turismo de Foz do Iguaçu, do Paraná e do país desde sua criação. É muito saudável para a economia do comércio de bens, serviços e turismo”, disse Piana.

A qualidade do turismo apresentado em Foz do Iguaçu foi ressaltada no discurso do presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), Alexandre Sampaio. “É preciso registrar o crescimento desse evento e principalmente a qualidade do turismo de Foz do Iguaçu que mostra cada vez mais como estruturar o turismo. Com certeza esse será o grande motor para tirar o país da crise, os setores de serviços e turismo terão um papel fundamental no desenvolvimento do Brasil”. SENAC NO FESTIVAL

O Senac Foz do Iguaçu também marcou presença no Festival de Turismo. No dia 29 de junho o instrutor do Senac Campo Mourão, Carlos Apa-

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TURISMO

O presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), Alexandre Sampaio (à esquerda), e o presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana (ao centro), com equipe do Senac e chefs do Senac e de Peabiru que prepararam o carneiro ao vinho

recido Rodrigues, ministrou a palestra “Eventos Gastronômicos e sua importância para o desenvolvimento do comércio local” para mais de 80 pessoas. O palestrante abordou a importância dos eventos gastronômicos para as cidades, desde festas tradicionais a pratos típicos que impulsionaram o comércio e o turismo da localidade em que são realizados. “É preciso fomentar a cadeia produtiva e turismo, principalmente nos meses de baixa temporada, esse tipo e evento gera muita mídia espontânea e atrai turistas”, explicou Rodrigues. Ao fim da palestra foi servido o Carneiro ao Vinho, prato típico do município de Peabiru. No último dia do Festival, o gerente executivo do Senac Foz do Iguaçu, e chef de cozinha, Lúcio Marcelo

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Chrestenzen, foi o responsável pela palestra “O Terroir da gastronomia na região das Cataratas”; que reuniu estudantes de gastronomia, profissionais da área e autoridades de diversos estados e países. Após a palestra, o Senac serviu o Locro da Tríplice, prato típico paraguaio. A Editora Senac também participou do evento, comercializando livros com descontos de até 70% das áreas de turismo e gastronomia, no estande da CNC, Fecomércio PR, FBHA, Sesc, Senac, Sindilojas Foz do Iguaçu e Sindihotéis. REUNIÃO DE MINISTROS DA CPLP

Aproveitando a grandiosidade e importância do Festival foi realizada a IX Reunião de Ministros de Turismo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Nove países se reuniram durante dois dias para elaborar um plano estratégico de cooperação em turismo da CPLP. O presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana, como membro da Academia Paranaense de Letras participou da reunião. “A academia faz o seu papel para a preservação da nossa cultura e da língua portuguesa, temos um acordo com o governo estadual de levar cultura a todas as escolas estaduais. O Sistema Fecomércio também contribui, seja através do setor de cultura, esporte, lazer e turismo do Sesc ou com a formação profissional da população”, ressaltou Piana. Os países participantes foram Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.  MAI | JUN 2017

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NOTAS

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TURISMO

Expresso Classique Senac prepara jantar de lançamento do novo produto de turismo da Serra Verde Express TEXTO: FERNANDA ZIEGMANN FOTOS: BRUNO TADASHI

Serviço de jantar a bordo do Trem de Luxo

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eviver a década de ouro das ferrovias, rodeado de muito requinte, conforto e luxo e ainda saborear um jantar completo servido pelo Senac. Isso foi possível graças ao lançamento da nova linha de turismo da Serra Verde Express, o Expresso Classique. Que aconteceu no dia 6 de junho na Estação Ferroviária de Curitiba.

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O Expresso Classique foi criado com o objetivo de fomentar o turismo local, evidenciando a gastronomia regional com todas as suas especificidades e excelência. Uma equipe de instrutores da gastronomia do Senac Curitiba Centro, sob a coordenação do assistente de gerente do Restaurante-escola de Curitiba, Gilberto Pereira Dias, foi desafiada a desen-

volver receitas diferenciadas para servir em local não convencional com apelo nostálgico. O cardápio oferecido aos mais de cem convidados procurou valorizar os ingredientes regionais, baseado em pesquisas relacionadas à imigração no Brasil. “Essa experiência foi muito rica para toda a equipe, não

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O vice-presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Ari Faria Bittencourt e o presidente da Holding Higi Serv, Adonai Aires de Arruda no vagão luxo Classique.

Instrutores de gastronomia do Senac no vagão cozinha

só pelo fato de servir um jantar a bordo de um trem, mas sim pelo conhecimento adquirido nas pesquisas. Precisamos estudar sobre a imigração no Brasil e entender as diversas culturas. A Serra Verde foi ousada no projeto e o Senac esteve junto pra fazer com que acontecesse o evento, valorizando a gastronomia aliada ao turismo. Isso é valido e enriquece o nosso trabalho”, destacou Dias. O serviço faz parte do novo conceito da instituição, o Senac Gourmet. Além do cardápio o Senac também foi responsável pelo treinamento da equipe de trabalho da Serra Verde Express, que atuará no novo produto do trem de luxo noturno. “Esse novo serviço vem pra mostrar a qualidade dos cursos do Senac, a expertise da equipe tanto na cozinha como na hora do bem servir”, lembrou Dias.

PASSEIO

Vagão Expresso Classique

Para o novo produto da Serra Verde foram desenvolvidos dois novos vagões, o Classique, que visa o requinte, o conforto e o luxo, e um vagão cozinha com funcionalidade industrial. Os equipamentos de ponta permitem o preparo de qualquer tipo de alimento para até cem pessoas. “Esse projeto é fantástico, pensamos nos mínimos detalhes para que nossos clientes tenham a melhor experiência possível, desde a decoração até o atendimento. A Serra Verde com seus 20 anos de tradição tem um portfólio imenso de premiações nacionais e internacionais, pela preocupação com a preservação ambiental e pelo papel que tem na inserção social. Além disso, temos uma preocupação com a qualidade e essa parceria com o Senac faz com que a

ela fique ainda mais estampada”, explicou o presidente da Holding Higi Serv, Adonai Aires de Arruda. O programa consiste em embarcar no trem em local especialmente preparado para a recepção e percorrer um pequeno trajeto de 15 minutos até a Estação Ferroviária de Curitiba. Ao desembarcar na plataforma caracterizada à moda da época, os convidados são recepcionados com música ao vivo e diversas surpresas. O jantar é preparado no vagão cozinha e servido nos vagões de luxo. Sexta sim, sexta não acontecerá um evento temático, cada estação do ano será inspirada em um tema. Nessa primeira edição, de inverno, serão contemplados os anos 1930. 

Serviço:

EXPRESSO CLASSIQUE Local: Av. Mariano Torres (final da Av. Silva Jardim no portão ao lado do viaduto) | Reservas e compra: (41) 3888-3488 Horário: 19h30 às 23h | Valor: R$279,00 por pessoa + bebidas | Inclui: Jantar completo, estacionamento gratuito. As bebidas são à parte, podendo comprar antecipadamente o pacote de bebidas harmonizadas com vinhos ou cervejas. Para saber mais sobre o passeio basta acessar o site www.serraverdeexpress.com.br.

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CINEARTE

Mostra de Cinema Super 8 Sesc Paço da Liberdade traz arte em forma de nostalgia, com acervo de filmes em Super 8, para 100 pessoas TEXTO: KAREN BORTOLINI IMAGENS: FOTOS PAÇO DA LIBERDADE E SITE STRANGLESCOPE

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m meio ao universo audiovisual digital contemporâneo, falar de película traz saudosismo. Esta nostalgia deixou de existir com a Mostra de Cinema Super 8 do Sesc Paço da Liberdade, evidenciando que o filme

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não faz somente parte da história do cinema, mas se torna forma de arte. O resultado compõe os gêneros cinearte e o cinema experimental, apreciados em eventos como este, em instalações ou galerias.

Nos dia 26 e 27 de maio, cerca de 100 pessoas tiveram a oportunidade de assistir às raridades em película exibidas em projetor original na unidade de Cultura do Sesc. Durante a projeção, os cineastas fizeram di-

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NOTAS versas performances, e dialogaram com o público, evidenciando a poeticidade desta técnica de filmagem e pós-produção. STRANGLOSCOPE

O Duo Strangloscope, formado pelos realizadores Cláudia Cárdenas e Rafael Schilchting, apresentou o acervo de produção própria, que aliou o glamour do Super 8 à tecnologia do digital. Durante a mostra eles explicaram como obter textura por meio dessa técnica. O “máximo do digital granulado”, uma espécie de guerra de pixels, pode ser observado em Living Steel Life, em que a dupla promove a experiência estética ao filmar em película uma tela de TV, ao transpor o conteúdo digital para o meio analógico. Em Times Loves Streaming, a intensidade da natureza é evidenciada no filme, promovendo uma analogia entre o meio ambiente e a própria organicidade do filme: sua mineralidade, como a prata. Para este, a cineasta conta que não houve tratamento pós-produção, pois o filme foi idealizado durante a captação das imagens. A exemplo do processo de edição em que ela conta que a montagem é feita no próprio equipamento. Um recurso rudimentar, que utiliza do stop para o corte e o start para o início de um novo plano. Em Time Gap, é possível perceber a simulação de movimento pela projeção dos 24 quadros por segundo. Mas o caráter experimental da dupla possibilita ir além dessa representação de imagem no cinema. “Ao segurar os fotogramas manualmente em um equipamento construído artesanalmente conseguirmos simular um outro tempo de imagem. Podemos brincar, por exemplo, com uma gota d’água em frente à lente para gerarmos uma outra forma de imagem”, descreve Cláudia.

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Duo Strangloscope, Cláudia Cárdenas e Rafael Schilchting

Para Schilchting, o digital contribui para o pensar sobre a película, como os dois podem se relacionar. O cineasta utilizou-se de equipamentos portáteis como o celular, para construir elementos artísticos ao filmar e manipular a película em projeção. Em As estátuas também morrem, a intenção, ao captar em Super 8, com o mesmo processo de edição em tempo real, foi criar uma impressão de movimento sobre o estático, aliando às imagens – em tons de cinza – a efeitos sonoros que corroborassem com a temática que dá o título da obra, como: o som da sanfona, os ruídos de respiração e o barulho da chuva caindo em telhado de zinco. O recurso em tomada única também é utilizado, devido à dificuldade de edição e montagem do material analógico. A captação com rotação alterada para a velocidade rápida também é um método empregado para comportar mais imagens em um filme, e, assim, proporcionar efeito estético. Assim como a opção de exibir o filme em negativo, uma estratégia adotada pela diretora para exibir sem evidenciar o nu. Quem diria que o equipamento da década de 1960, que desenvolveu um es-

tilo de toda uma geração de cineastas, seria utilizado na era das imagens que chegam até 200 quadros por segundo, em equipamentos que cabem à palma da mão? Que a película do Super 8 pudesse conviver com as imagens em 4k, com o full HD e com os softwares de montagem que permitem recursos e efeitos? E, que mesmo assim, mantivesse os elementos da linguagem cinematográfica enquanto constituintes da sétima arte? “A pré-produção e a pós-produção ainda podem ser feitas de maneiras semelhantes em ambos os formatos. Só que no equipamento mecânico utilizamos recursos artesanais como o efeito de justaposição de imagens em que podemos criar uma imagem sobre e após a outra promovendo, assim, os significados”, descreve Cláudia. “Há também a possibilidade de instalar no celular um filtro de Super 8; reproduzir um tempo de imagem diferente, semelhante ao resultado da manipulação do filme, mas a sensação em registrar e assistir em película ainda é muito diferente, pois essa nos remete a uma memória afetiva”, finaliza Schilchting.  Para conhecer mais sobre a realização do Duo acesse www.strangloscope.com

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SAÚDE SOCIAL

Cascavel recebe unidade móvel Ônibus permanece por dois meses em Cascavel e realiza 2.695 exames TEXTO: KAREN BORTOLINI FOTOS: ARQUIVO SINDILOJAS CASCAVEL

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Sindilojas Cascavel, com apoio da Fecomércio PR em parceria com a Prefeitura de Cascavel realizou a ação do Comboio da Saúde, para ofertar exames gratuitos à população. Os pacientes foram atendidos dentro de um ônibus, com todo o equipamento necessário para as consultas, no período de março a abril deste ano. A unidade móvel ficou estacionada próxima ao sindicato, no centro de Cascavel, e nos bairros Floresta e Jardim Universitário. Foram oferecidos exames de sangue, colesterol, glicemia, mamografia, eletrocardiograma e exames ginecológicos preventivos ao câncer de colo de

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útero. O público atendido foi composto por homens e mulheres de diversas faixas etárias, incluindo expressivamente os trabalhadores do comércio. “Ficamos felizes ao estendermos este serviço às comunidades atendidas pelo Comboio da Saúde, pois, identificamos nestes pacientes a necessidade e a urgência de assitência”, destacou o presidente do Sindilojas Cascavel, Paulo Beal. Segundo ele, a ação permitiu realçar os valores do associativismo, demonstrados por meio da união entre o comércio local e o Poder Público Municipal, beneficiando comercian-

tes e comerciários. “Dentro das diretrizes de ação social, o Sindilojas repetirá atividades semelhantes, visando cumprir os objetivos estabelecidos para aplicação dos recursos da contribuição sindical”, frisou ao salientar a iniciativa da Fecomércio, que apoiou e chancelou o evento em sua divulgação. DADOS

Os altos números de atendimento refletem a eficiência da estratégia. O Comboio da Saúde realizou 2.695 exames, durante 54 dias de trabalho. A ação integra o projeto Território Cidadão, desenvolvido pela Secretaria da Saúde de Cascavel.  MAI | JUN 2017

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MÚSICA

Dobrado, a marcha brasileira

Espalhadas por todas as regiões do país, as bandas cumprem o papel de formação de músicos. Em sua 20ª edição, o projeto Sonora Brasil apresenta “Bandas de música: formações e repertórios” TEXTO: SILVIA BOCCHESE DE LIMA

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las chegaram ao Brasil quando os jesuítas por aqui aportaram e acompanharam os primeiros agrupamentos militares. Desde então, as bandas de música se espalharam pelo país, mantiveram semelhanças, mesmo repletas de particularidades e diversas diferenças. Dos militares, as bandas assimilaram características marcantes como o uso de uniforme, repertório de marchas e a instrumentação, e foram responsáveis pela criação de um gênero musical tipicamente brasileiro: o dobrado. Para o doutor em Música, Fred Dantas, a maior parte daqueles que estudam a evolução das bandas de música no Brasil creditam a chegada da Banda da Armada Real, acompanhando Dom João VI, como “marco inicial da banda de música moderna em nosso território. As bandas de música, fanfarras e filarmônicas são formações com identidade própria que vêm se adaptando junto ao gosto e às necessidades das pessoas através do tempo.” DOBRADO

“A maior contribuição estilística das bandas de música à cultura brasileira”, é assim que Dantas define a marcha militar de passo dobrado. Ele revela

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Alessandra Nohvais

MÚSICA que este estilo surgiu, originalmente, nos quartéis, chegando a centenas de cidades do interior. Cisne Branco, composto por Antonino Manoel do Espírito Santo, é um dos dobrados que tiveram circulação nacional e foi adotado como Hino da Marinha Brasileira. TEMÁTICA

Quinteto de Metais da UFBA Layza Vasconcelos

Tradicionalmente, o projeto Sonora Brasil apresenta ao público, expressões musicais que estão fora dos meios de comunicação. No ano em que comemora a 20ª edição do maior projeto de circulação musical do país, o Sesc apresenta o tema “Bandas de música: formações e repertórios”. De junho a dezembro de 2017, quatro grupos percorrerão os estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste com apresentações. “Se pensarmos que as bandas estão em todo o território nacional podemos questionar o motivo deste tema compor o Sonora Brasil. Apesar de as bandas estarem difundidas, elas se transformaram nas últimas décadas, apresentaram uma tendência em abandonar repertórios tradicionais compostos especificamente para bandas e passaram a trabalhar com arranjos de música popular, de cinema”, revela o assessor técnico de Música do Departamento Nacional do Sesc, Gilberto Figueiredo.

Corporação Musical Cemadipe

De acordo com Dantas, um dos grandes ganhos culturais representados pelas bandas de música foi a “popularização da leitura musical, uma vez que todo o repertório é transmitido por partituras e os signos empregados são os mesmos da música clássica europeia”. A temática traçará um panorama das tradicionais bandas, reconhecidas como importantes instituições formadoras de músicos e responsáveis pela base da educação musical de grande número de instrumentistas.

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Com o passar do tempo, Figueiredo acredita que as bandas, apesar da expressão cultural, precisaram adequar repertórios ao gosto popular e as formações originais foram desaparecendo. “O Sonora Brasil traz quatro formações distintas, sendo três representantes de grupos tradicionais que se apresentam em ruas e praças e um representante do segmento de música de concerto, com repertórios inspirados nas sonoridades das bandas”, revela Figueiredo.

NO PARANÁ

Três cidades paranaenses foram escolhidas pelo Sesc PR para receber o projeto, em 2017. Apucarana, Guarapuava e Cascavel receberão apresentações gratuitas e acústicas, valorizando a qualidade sonora das obras e de seus intérpretes. Circulam pelo Paraná os grupos Corporação Musical Cemadipe (GO), ABandinha (AM), Sociedade Musi-

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Danillo Barretto

cal União Josefense (SC) e Quinteto de Metais da UFBA (BA). Em 2018, o tema que será trabalho será Na pisada dos cocos, apresentando quatro grupos de Coco, uma manifestação cultural com origem no Nordeste brasileiro e que se espalhou pelo Brasil por meio da música popular. SONORA BRASIL

Sociedade Musical União Josefense Carlos Navarro

O Sonora Brasil é um projeto temático do Sesc que tem como objetivos despertar um olhar crítico sobre a produção e sobre os mecanismos de difusão da música no país, incentivar novas práticas e novos hábitos de apreciação musical e promover apresentações de caráter essencialmente acústico, que valorizem a autenticidade sonora das obras e de seus intérpretes. De acordo com a técnica de Cultura do Sesc, Sylvia Letícia Guida, o projeto tem por objetivo despertar um olhar crítico sobre a produção e a difusão de expressões musicais identificadas com a história da música no Brasil. Desde a sua primeira edição, em 1998, o projeto já recebeu cerca de 80 grupos, em mais de 5.319 apresentações pelo Brasil, alcançando um público superior a 520 mil espectadores. Em 2017, serão realizados 420 concertos e mais de 108 cidades receberão o projeto. 

ABandinha

Confira a programação: Local Sesc Apucarana Sesc Guarapuava Sesc Cascavel

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Quinteto Metais da UFBA

Corporação Musical Cemadipe

Sociedade Musical União Josefense

ABandinha

16/6, às 20h 17/6, às 20h 18/6, às 18h30

31/8, às 20h 1/9, às 20h 2/9, às 18h30

5/10, às 20h 6/10, às 20h 7/10, às 18h30

2/12, às 20h 1/12, às 20h 30/11, às 20h

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MÚSICA

Femucic: eco sem fronteiras Festival de Música Cidade Canção chega a 39ª edição promovendo o tradicional passeio musical pelo Brasil – indo além de seu território TEXTO: ISABELA MATTIOLLI FOTOS: IVO LIMA

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om quase quatro décadas difundindo a boa música produzida nos quatro cantos do país, o Femucic – Festival de Música Cidade Canção, mais uma vez rompe fronteiras, ao transmitir em tempo real as apresentações das composições selecionadas para a mostra musical nos dias 9 e 10 de junho, direto do Teatro Calil Haddad, em Maringá. Promovido pelo Sesc PR, pela Prefeitura da cidade e pela RPC, o evento trouxe ao público 26 músicas que foram interpretadas por artistas de nove estados brasileiros. Cantores, compositores, intérpretes e instrumentistas de Minas Gerais, Bahia, São Paulo, Alagoas, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte e do Paraná se apresentaram no dia 8 de junho, primeira noite de mostra. Pela quinta vez, João de Lima deixou a cidade de Maceió (AL) para ir a Maringá se apresentar no Femucic, agora com a música Meu tempo de menino. “Quando vim pela primeira vez, lembro-me do frio que estava aqui, e que estava rouco e, mesmo assim, fui aplaudido. Amo o nordeste e represento a região, por isso hoje enviei cartões-postais para vários locutores de rádios da Bahia, Fortaleza, Aracaju”, comentou.

Pela quinta vez, o cantor, compositor e poeta João de Lima, deixa o estado do Alagoas para participar do Femucic

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Banda Matilda, de Juiz de Fora (MG)

Já no sábado (10/6), o passeio seguiu pela cultura e pela música produzida por paulistas, mineiros, paranaenses, gaúchos e cariocas, completando a apresentação dos trabalhos selecionados. Uma homenagem a Belchior, falecido em abril desse ano, foi feita na segunda noite da 39ª edição do Femucic, pelos alunos do projeto social Crescer, da Casa do Bom Menino de Arapongas, que interpretaram as músicas: Como nossos pais e Velha roupa colorida – sucessos do cantor e compositor, que em 1988 foi jurado do Femucic, período em que o evento mantinha caráter competitivo.

to e mostrarem seu trabalho. Além disso, quero destacar a estrutura desse festival, que é maravilhosa, e todo o cuidado que recebemos desde que chegamos”, pontuou Rafael Selvage.

Do Rio de Janeiro, Alana Moraes e Rafael Selvage se apresentaram no palco do evento pela primeira vez, com a música Tristeza do Aurélio. “Um festival como o Femucic é uma exceção perante o cenário de festivais brasileiros. Nós viemos de uma cultura de festivais de música regional no Rio Grande do Sul, nosso estado natal, que privilegia a premiação e não como aqui, com ajuda de custo a todos os participantes, e que por esse motivo permite que músicos de qualidade possam se deslocar até o even-

Prestigiaram o evento o secretário de Cultura de Maringá, Rael Toffolo; o diretor regional do Sesc PR, Emerson Sextos; o assessor da Direção Regional do Sesc PR, Antonio Vieira; a diretora de Educação, Cultura e Ação Social do Sesc PR, Maristela Bruneri; o diretor municipal de Cultura, Matheus Moscheta; a gerente de Cultura do Sesc Paraná, Isabel Bezerra; o gerente executivo do Sesc Maringá, Leandro Rodrigues; o presidente do Sivamar, Ali Wardani; a presidente da Câmara da Mulher Ges-

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Nos dois dias, o tema de abertura do Femucic foi executado pelos alunos do projeto social do Centro de Difusão Musical (CDM) do Sesc Maringá. O grupo homenageou o folclore paranaense e também a Cidade Canção, que completou no dia 10 de maio, 70 anos de história, encerrando a edição 39 do festival com a música Maringá, de Joubert de Carvalho.

tora e Empreendedora de Negócios (CMEG) de Maringá, Ana Lucia Megda; a vice-presidente da CMEG, Raquel Almeida Costa; e o conselheiro do Senac Paraná, Amauri Donadon Leal, entre outras autoridades. PROGRAMAÇÃO PARALELA

Uma vasta programação paralela marcou a 39ª edição do evento, no período de 5 a 10 de junho. Além das apresentações da mostra musical, o evento também difundiu a boa música em outros espaços da cidade, por meio dos projetos Femucic nas Escolas e Femucic nas Empresas, promovendo apresentações em nove escolas da Rede Municipal de Ensino de Maringá, e em dez empresas do comércio de bens, serviços e turismo da cidade. Ações formativas de aperfeiçoamento direcionadas a músicos, estudantes da área e demais interessadas, também foram realizados no Sesc Maringá. O músico Sandro Haick comandou a masterclass “O segredo da música”, pela manhã. No período da tarde, ocorreram, simultaneamente, as oficinas de prática

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MÚSICA

O show de encerramento das oficinas de música do Femucic contou com a participação da Maringá Big Band, na foto com Rafael Rocha

em conjunto em guitarra (Sandro Haick); piano (Thiago Ueda); contrabaixo elétrico (Glauco Solter); bateria e percussão (Endrigo Bettega); além da prática de banda (Rafael Rocha). Rafael Rocha também ministrou a oficina de prática de Big Band, no período da noite. Os professores também se apresentaram em pocket shows promovidos em locais abertos da cidade. No dia 8 de junho, aconteceu o show de encerramento das oficinas de música do Femucic, com a presença dos professores que ministraram as ações formativas, alunos e comunidade. O músico Rafael Rocha abriu a noite de apresentações ao lado dos alunos e da Maringá Big Band – formação que existe desde o início do ano e que se apresentou pela segunda vez na cidade. Alguns dos seus músicos também acompanharam as oficinas promovidas no Sesc Maringá, durante o Femucic. “Fiz a prática de big band, a aula de improvisação com o Sandro Haick, e também a prática de banda com o Rafael Rocha. Foi uma vivência incrível, porque são músicos de alto nível, que passam uma

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André Siqueira Quarteto, de Londrina (PR), durante o Femucic nas Escolas

energia para gente, com simplicidade e a ideia de que o segredo é estudar muito para chegar até ali. Para a nossa banda é um privilegio dividir o palco com um músico de alto nível como o Rafael; a música é essa arte maravilhosa, esse encontro”, salientou o integrante da Maringá Big Band, Gideon Barbosa Machado. Na sequência, os mestres das oficinas de aperfeiçoamento subiram ao palco do Teatro Calil Haddad. Além de Rafael Rocha, Thiago Ueda, Endrigo

Bettega, Glauco Solter e Sandro Haick trouxeram um repertório livre de música instrumental popular. “Estou muito feliz em participar do Femucic dando aulas, fazendo o meu curso ´O segredo da música com Sandro Haick´, com um pessoal muito interessado, diversificado, que trabalha com vários instrumentos diferentes. Também ministrei uma oficina de guitarra cheia de guitarristas promissores, um pessoal já experiente, foi muito legal. E esse show foi maravilhoso, uma energia muito boa, só tenho a agradecer”, reforçou Haick.

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Davi Sartori Trio, de Curitiba (PR), em apresentação do Femucic nas Empresas, no Mercadão de Maringá

1.772 músicas inscritas: de 203 cidades;

Femucic nas Escolas: nove instituições da Rede Municipal de Ensino receberam os concertos didáticos, 670 crianças e adolescentes;

Femucic nas Empresas: Alunos do CDM homenageraram o folclore paranaense e a cidade de Maringá, que recentemente completou 70 anos

10 empresas, um público de 850 pessoas; Oficinas de música: 654 músicos participaram da ação formativa no Sesc Maringá; Pocket shows: 385 pessoas acompanharam as apresentações em espaços públicos da cidade;

Encerramento das oficinas: 185 pessoas foram até o

Teatro Calil Haddad no dia 8; Mostra de música: 1.122 pessoas acompanharam as músicas selecionadas para a mostra musical, Oficina de música ministrada por Sandro Haick, no Sesc Maringá

Assim como a mostra de música, o show também foi transmitido ao vivo pelo canal do Youtube do Sesc PR. A 39ª edição do Festival de Música Cidade Canção recebeu o apoio da Net, do jornal O Diário, do portal odiario. com, das rádios: Mundo Livre FM,

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UEM FM, Maringá FM, CBN Maringá, Mix FM e Nativa FM, e promoção do jornal Gazeta do Povo. O Sivamar, o Simatec, o Sincofarma e a Câmara da Mulher Empreendedora e Gestora de Negócios de Maringá também apoiaram a iniciativa. 

Transmissão ao vivo:

2.805 pessoas assistiram às apresentações pelo Canal do Sesc PR no Youtube. Além de pessoas de outros 12 países (Canadá, Colômbia, Japão, Porto Rico; Estados Unidos; Holanda, Letônia, Espanha; Portugal, Irlanda; Uruguai e Dinamarca).

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ESPORTE

Vitória esmagadora no Dia do Desafio Curitiba vence León por 51,92% no DDD. Ao todo, Paraná mobiliza 44,11% de participação TEXTO: KAREN BORTOLINI FOTOS: BRUNO TADASHI E IVO LIMA

O

Paraná registrou a participação de 4.189.811 pessoas no Dia do Desafio (31 de maio), o que representa 44,11% da população das cidades inscritas. Neste ano, Curitiba competiu com a cidade de León, no México, vencendo a disputa com 51,92% de participação, contra 11,73%. As atividades físicas em grupo ou individuais foram registradas pelo www. sescpr.com.br/ddd, das 00h às 21h.

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A data, que celebra o combate ao sedentarismo, contou com o envolvimento de todas as unidades de Serviço e núcleos de atendimento do Sesc Paraná. Foram 334 municípios em todo estado, que participaram do desafio em parceria com as prefeituras. A maior vencedora é toda a população participante, que ganha em qualidade de vida.

PROGRAMAÇÃO

As ações ao ar livre iniciaram na manhã da quarta-feira (31) em 322 municípios do Paraná. Foras realizadas apresentações musicais de dança, jogos, atividades esportivas, exames em tendas de serviços de saúde, divulgação de ações do Sesc PR, além de demonstração de exercícios da Ginástica Multifuncional (GMF).

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Na capital, o DDD contou com a parceria da Prefeitura de Curitiba para fortalecer e disseminar a importância de atividades esportivas regulares pela garantia da qualidade de vida. A abertura foi marcada pela participação dos colaboradores do Sesc Administração Regional e Sesc da Esquina, que, em frente à unidade fizeram aula de aeróbica conduzida pelo coordenador do DDD no Paraná, Carlos Alberto Holdefer. O secretário municipal de Esporte, Lazer e Juventude de Curitiba (SMELJ), Marcelo Richa, participou da abertura das atividades na Praça Rui Barbosa, que ofereceu programação variada durante todo o dia, como: oficinas de skate, prática de badminton e voleibol. Para ele, a contribuição da população gera um resultado positivo à cidade e a torna reconhecida como adepta à atividade física. Para o secretário, aceitar o desafio é simples. “Basta perceber que se pode parar ao menos 15 minutos do dia para fazer um exercício e ter um ganho enorme com sua saúde e qualidade de vida”, frisou. Ele recomenda, por exemplo, a troca do carro pela bicicleta ou pela caminhada, a da escada pelo elevador, ou até mesmo realizar um alongamento no início ou no intervalo de trabalho. UNIDADES

Todas as unidades do Sesc ofereceram orientações de diversas atividades físicas e programação especial voltadas ao público comerciário. No Sesc Água Verde, o tradicional baile das tardes de quartas-feiras também foi adaptado ao DDD. No Sesc Portão, além da prática da GMF, outras atividades como a capoeira e a ginástica artística foram oferecidas para os comerciários, dependentes e usuários que passaram pela unidade.

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No entanto, as unidades do Sesc desenvolveram ações para impulsionar a participação das empresas, instituições e público em geral durante todo o mês de maio, além da divulgação através das redes sociais e internet, que contribuíram para os resultados positivos de participação. DDD DO COMÉRCIO

As empresas do comércio de bens, serviços e turismo também aceitaram o desafio contra o sedentarismo. Monitores do Sesc levaram ginástica laboral para dentro das empresas, integrando diversas equipes de trabalho. O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), no CIC, em Curitiba, também não ficou parado. Seus 300 colaboradores foram convidados a se movimentarem no Dia do Desafio. De acordo com o analista de infraestrutura e presidente do Sipa da Tecpar, Paulo Renato de Souza Junior, a data serve como incentivo ao esporte e é mais uma ação conjunta que a empresa realiza junto ao Sesc. “Hoje temos um dia diferente que serve como um estímulo contra o sedentarismo”, frisou.

DDD

Dia do Desafio promovido mundialmente pela TAFISA (Associação Internacional de Esportes para Todos), sediada na Alemanha, o Dia do Desafio tem o objetivo de estimular as comunidades para adoção de uma vida mais ativa e melhorar a qualidade de vida e o bem-estar das comunidades. Isso é feito por meio da sensibilização sobre a importância de um estilo de vida mais ativo. Além destes benefícios, a ação deixa um legado para as cidades, com o incentivo a ações permanentes.

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No ano passado 4.262.697 paranaenses contribuíram para o combate ao sedentarismo no Dia do Desafio (DDD). O número corresponde a 44,67% da população. Somente na capital, houve o registro de 788.119 participantes (44,99% da população). Na edição passada, 451.357 pessoas (26% da população) foram mobilizadas pelo DDD. 

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HISTÓRIA DO PARANÁ

Barbaquás eram fornos utilizados para secar a erva-mate

Sabor e riqueza paranaenses Considerada o ouro verde paranaense, a erva-mate foi o segundo mais importante ciclo econômico do estado, responsável pelo desenvolvimento do Paraná, pela construção de importantes estradas, pelo surgimento dos barões do mate e pela autonomia da província TEXTO: SILVIA BOCCHESE DE LIMA FOTOS: BRUNO TADASHI, REGISTRADAS A PARTIR DO ACERVO DO MUSEU PARANAENSE

O

Paraná ainda era província de São Paulo, acabara de viver o auge do ciclo econômico da pecuária, o comércio havia se desenvolvido a partir do tropeirismo e as primeiras pousadas, restaurantes e comunidades tinham sido criadas no Caminho de Viamão. A produção e o comércio da erva-mate estavam em ascensão no ano de 1820, quando o botânico francês August de

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Saint-Hilaire, em visita a Curitiba, reconheceu que o nome da erva por ele batizada de Ilex paraguariensis, quando em expedição ao Paraguai, deveria se chamar Ilex brasiliensis, uma vez que no Paraná era possível encontrá-la em maior quantidade e em melhor qualidade. Mas foi após o desmembramento do Paraná da Província de São Paulo,

em 1853, que a erva-mate tornou-se um dos pilares da economia da nova província e o principal produto de exportação. De acordo com o escritor e jornalista Samuel Guimarães da Costa, autor de A Erva-mate, no período de 1866 a 1874 o Paraná exportou um total de 108.434 toneladas de erva-mate, reforçando a importância econômica que a cultura teve para o estado.

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ÁPICE

Nego Miranda e Teresa Urban revelam em Engenhos & Barbaquás que, motivada pela Guerra do Paraguai, a Argentina deixou de importar erva-mate paraguaia, e desde a segunda metade do século XIX, despertou o interesse pelos grandes ervais nativos do Paraná. O ápice da cultura da erva-mate no estado ocorreu nas primeiras décadas do século XX e a economia estava alicerçada, basicamente, na extração, industrialização e comercialização do produto. A Junta Comercial do Paraná (Jucepar) desde a sua criação, em 1892, providencia o registro das empresas e das marcas que elas representam. O produto erva-mate era tão relevante, que das 32 primeiras marcas registradas, no pe-

ríodo de nove anos, 21 eram referentes ao mate.

Ciclos Econômicos do Paraná Ciclo do Ouro: Século XVI

Em 1928, o total da produção Ciclo da Pecuária: Séculos XVIII e XIX do mate brasileiro destinado Ciclo da Erva-mate: Séculos XIX e XX tanto para os mercados interCiclo da Madeira: Séculos XIX e XX no quanto externo foi recorCiclo do Café: Século XX (De 1920 a 1975) de, atingindo 88.180 toneladas; o Paraná era responsável por mais de 83% da produção, chegando a 73.605 toneladas do PRODUÇÃO DA ERVA-MATE produto. O Centro-sul do estado era o cenO desenvolvimento do Paraná pela tro da produção da erva-mate, com extração e exportação da erva-mate destaque para os municípios de resultou na criação de importantes Guarapuava, Palmeira, Palmas, São vias de acesso, como a Estrada da Mateus do Sul e União da Vitória. Graciosa, ligando o primeiro pla- Os engenhos para beneficiamento nalto paranaense ao litoral do esta- da erva estavam localizados nas cido; a inauguração em tempo recorde dades de Antonina, Curitiba, Lapa, da Estrada de Ferro Curitiba-Para- Paranaguá, Ponta Grossa e União da naguá, e estabeleceu o Rio Iguaçu Vitória. como via de navegação. Para a pesquisadora e mestre em Ciências Sociais Aplicadas, Neri França Fornari Bocchese, o ciclo da erva-mate no Paraná, principalmente na região Sudoeste do estado, foi o princípio do que hoje se conhece como Mercosul. “Em Pato Branco, o argentino Luiz Pastoriza, primeiro empresário a se fixar na cidade, era proprietário de vários barbaquás e empregava caboclos locais para a extração da erva-mate. Especialistas da Argentina e do Paraguai foram trazidos por ele para fazer o manejo. As tropas de Pastoriza levavam a erva para a Argentina, Paraguai e Uruguai e voltavam carregadas de ferramentas, sal, remédios, água de cheiro, tecidos. Era, certamente, o começo do Mercosul”, revela. A presença argentina em terras fronteiriças do Sudoeste, pela exploração da erva-mate e da madeira, prolongou-se até meados da década de 1930.

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HISTÓRIA DO PARANÁ

HOMEM DE NEGÓCIOS

Ildefonso Pereira Correia, o Barão do Serro Azul, foi um dos mais importantes empresários do Paraná, proprietário de um engenho de erva-mate e serrarias. Dono do engenho Tibagy, levou a marca Ildefonso a exposições internacionais, com o intuito de atrair o interesse dos mercados europeus. Como comerciante, tornou-se o maior exportador paranaense do mate e de pinho aos países platinos e o maior produtor de erva-mate do mundo. Foi presidente da Câmara Municipal de Vereadores de Curitiba, deputado provincial e vice-presidente da Província do Paraná. Correia também contribuiu para a consolidação de Curitiba e sua modernização, instalando na capital, o telégrafo e uma indústria gráfica. O barão foi condecorado diversas vezes, ainda em vida e, durante a visita do Imperador Dom Pedro II ao Paraná, o casal Serro Azul causou simpatia ao monarca.

IDENTIDADE PARANAENSE

Leonor, Yayá, Teresita, Zacarias, Pura Maria, El Toro, Ypiranga foram algumas das marcas de erva mate comercializadas no Paraná e destinadas à exportação, mas certamente, uma das mais importantes foi a Matte Leão, fundada por Agostinho Ermelino de Leão Junior, em Curitiba, em 1901. A empresa liderou o mercado de erva-mate no Brasil e se tornou uma das maiores empresas paranaenses. A empresa inovou na forma de comercializar o produto e, a partir da década de 1930, vendia a erva torrada, com o slogan, “Use e abuse, já vem queimado”. Vinte anos depois, a empresa passou a comercializar o chá pronto para beber, em copo lacrado. Há dez anos, a marca Matte Leão foi comprada pela Coca-Cola.

Foi acusado de trair a Pátria, ao patrocinar revoltosos do Rio Grande do Sul, durante a Revolução Federalista, com dinheiro arrecadado junto aos comerciantes, concedendo um empréstimo de guerra e agindo contrário ao governo de Marechal Floriano Peixoto. Segundo relatos históricos, em 1894, antes de chegar ao julgamento que seria submetido, no Rio de Janeiro, o Barão do Serro Azul foi morto a tiros, no km 65 da Estrada de Ferro Curitiba-Paranaguá, por ordem do general Ewerton Quadros.

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INSTITUTO NACIONAL DO MATE

Foi na Era Vargas, em 1938, que devido a importância que a erva-mate possuía que foi criado o Instituto Nacional do Mate, tendo como função “promover a política de defesa e expansão do mate no país e no estrangeiro”. Segundo Miranda e Urban, a criação do instituto também marcou a intervenção do Estado no setor e foi extinto, em 1967, no início da Ditadura Militar. DECLÍNIO

O ciclo econômico da erva-mate entra em crise no fim do século XIX e início do século XX, quando a Argentina, um dos principais mercados consumidores, passou a produzir o produto. A queda da Bolsa de Nova Iorque e II Guerra Mundial também influenciaram as exportações e, na década de 1940 entra em cena o ciclo do café que passou a receber grande parte dos investimentos antes destinados à erva-mate. De acordo com a última Pesquisa da Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2015 foram produzidas no Paraná 292.891 toneladas de erva-mate, movimentando R$ 354.197.000 como valor de produção. ARAUCÁRIA E ERVA-MATE

Plantas irmãs. Foi assim que antigos indígenas identificaram a erva-mate e o pinheiro araucária. Miranda e Urban citam que naturalistas cruzaram o território paranaense nos séculos XVII e XVIII e classificaram a erva-mate como “uma planta que gosta particularmente da companhia e do abrigo das araucárias”. A relação entre as duas espécies excede às áreas nativas de florestas, passam pelos ciclos econômicos da erva-mate e da madeira, chegando aos símbolos do estado, representadas lado a lado na bandeira e no brasão do Paraná. Foi o comércio da erva-mate que abriu caminho para a exploração do pinheiro e a redução das áreas nativas de erva-mate foi proporcional ao avanço das madeireiras. 

Curiosidades • O hábito de consumir a bebida

no início do século XVII era proibido e foi considerado alucinógeno por padres jesuítas. • Os índios foram os primeiros a consumir a erva-mate no chimarrão e como chá. • Barbaquás eram fornos utilizados para secar a erva-mate. • A palavra mate é derivada do termo quéchua – família de línguas indígenas da América do Sul –, que designa o recipiente onde é bebido chimarrão.

Semente de erva-mate e bomba indígena

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TRABALHO COM GRUPOS

A alegria como maior espetáculo Caravanas de 18 cidades paranaenses e programação circense marca 6ª edição do Congresso do Idoso no Sesc Caiobá TEXTO: ISABELA MATTIOLLI FOTOS: IVO LIMA

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picadeiro montado no pátio do Hotel Sesc Caiobá já era um dos indícios de que a arte circense estava presente na unidade do Sesc no litoral. Desde o dia 9 de maio, nove caravanas vindas de 18 cidades paranaenses se encontraram no local para a 6ª edição do Congresso do Idoso – evento promovido pela entidade até o dia 12 de maio, com uma gama de atividades permeadas pelo tema: O Circo – A alegria como maior espetáculo. A abertura oficial do evento foi realizada na manhã do dia 10 de maio,

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reunindo aproximadamente 400 participantes, além da equipe de trabalho, imprensa e autoridades. Prestigiaram o evento o prefeito de Matinhos, Ruy Hauer; o assessor da Fecomércio PR, Sergio Juarez Tavares – representando o presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana; o diretor regional do Sesc PR em exercício, Marcus Vinicius de Mello, e o gerente executivo do Sesc Caiobá, Adalberto Carneiro. O Sesc PR é pioneiro no Trabalho Social com Idosos, iniciado há mais de três décadas, como lembrou o

assessor da Fecomércio PR, Sergio Juarez Tavares. “Hoje eu que faço parte deste público, acredito que é sempre importante despertar a criança, o jovem, que existe dentro da gente, por isso o evento deveria até ser chamado até de jovens há mais tempo, pois é isso que somos”, pontuou na ocasião. A fala foi reforçada pelo diretor regional do Sesc PR em exercício, Marcus Vinicius de Mello, que agradeceu a participação dos presentes no evento, o qual, segundo ele, é reflexo do trabalho que as unidades de serviço do

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Sesc realizam com esse público. “Eu tive a oportunidade de trabalhar como gerente da unidade que hoje é Sesc Água Verde e conviver até com alguns participantes que estão aqui hoje, com quem eu aprendi muito. Hoje, eu também tenho a oportunidade de trabalhar em uma área que congrega todas as faixas etárias, e uma coisa que gostaria de ressaltar para vocês é todos nós pre-

cisamos entender e aceitar as diferenças, continuar vivendo intensamente e gostaria de pedir para que vocês continuem frequentando as nossas unidades, os grupos e as atividades ofertadas e pensadas em vocês”, concluiu. Para o prefeito de Matinhos, Ruy Hauer, o Congresso do Idoso, assim como outros eventos realizados pelo

Sesc na cidade e região, são de extrema importância para o litoral do estado. “Essas 400 pessoas que estão aqui hoje movimentam a nossa cidade, o nosso comércio, e são bem recebidas pela população local que também se sente participante da atividade. Hoje temos, inclusive, moradores de Matinhos compartilhando essas experiências dentro do evento”, explicou.

Oficina

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TRABALHO COM GRUPOS Também participaram da abertura o diretor de Educação, Cultura e Ação Social do Sesc PR em exercício, Adriano Trentin; a gerente de Ação Social do Sesc PR, Elisangela Domingues; o gerente executivo do Senac Caiobá, Roberson de Lima;

o secretário de Assistência Social de Paranaguá, Levi de Andrade – representando o prefeito, Marcelo Roque; a secretária de Bem-estar e Promoção Social de Guaratuba, Lourdes Monteiro – representando o prefeito, Roberto Justus; o capitão

Rogério, representado o comando do 9º Batalhão da Polícia Militar; o presidente da Associação Comercial de Matinhos, Helisson Pampuch; e o presidente do Conselho de Segurança de Matinhos (Conseg), Edmilson Ribas.

muito feliz de poder estar aqui novamente”, comentou.

baile, sem dúvida é o ponto alto do Congresso”, enfatizou.

Mesmo fora de temporada, as praias e a região central de Matinhos estavam movimentadas no período. Os participantes da 6ª edição do Congresso do Idoso fizeram um city tour por alguns pontos turísticos e pelo comércio do município, no dia 11 de maio.

O evento seguiu até a manhã do dia 12, com caminhada na praia. Após o almoço, as caravanas retornaram para suas cidades de origem. Vale ressaltar que o Congresso do Idoso desse ano foi uma realização do Sesc PR e recebeu o apoio do Senac PR, do Grupo O Boticário e da Polícia Militar, por meio da Academia da Polícia Militar do Guatupê. “O evento foi um momento de lazer e convivência entre pessoas idosas. Ele trouxe inúmeros benefícios, entre eles a renovação pessoal e familiar, pois certamente cada pessoa que participou desse evento está bem melhor de que quando chegou. Uma pessoa idosa em equilíbrio e de bem com a vida, edifica sua família, e a família estável edifica a sociedade”, resumiu Maria Graciano, de Curitiba. 

O baile, ponto alto do Congresso

O EVENTO

Com o congresso, o Sesc busca oferecer momentos de lazer e entretenimento aos idosos. Após a abertura, os participantes participaram de diversas oficinas, prestigiaram apresentações artísticas, fizeram um happy hour na tenda de Circo montada no pátio do Hotel e se apresentaram no show de talentos. Dez grupos mostraram as suas habilidades na noite do dia 10 de maio, no Centro de Eventos do Hotel Sesc Caiobá. Essa é a segunda vez que Luiza Zilio, de Londrina, participa do Congresso. Ela frequenta as atividades do Trabalho Social com Idosos do Sesc Londrina Centro e diz aguardar com ansiedade as inscrições para o evento em Matinhos. “Esse evento é tudo de bom. Fico

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A programação oficial do Congresso do Idoso foi encerrada na noite do dia 11, com o baile à fantasia, no Ginásio do Sesc Caiobá. Cadetes da Academia da Polícia Militar do Guatupê, de Curitiba, recepcionaram os convidados e dançaram com as senhoras. Moradora de Matinhos, Florinda Giovane, era uma das mais animadas do baile. “Isso aqui é a minha alegria. Já é a segunda vez que participo e virei sempre que puder. o

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SAÚDE

A vida depois dos 60 Simulador Avançado de Efeitos da Velhice é inserido no curso de Cuidador de Idoso do Senac TEXTO: KARLA SANTIN FOTOS: BRUNO TADASHI

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Brasil conta atualmente com mais de 20 milhões de idosos, que correspondem a 12,5% da população. Mas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de pessoas com mais de 60 anos deverá crescer muito mais rápido do que a média internacional. Enquanto a quantidade de idosos vai duplicar no mundo até o ano de 2050, ela quase triplicará no Brasil. Diante deste cenário, a profissão de cuidador de idoso vem ganhando

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cada vez mais destaque. O Senac PR capacita esses profissionais, responsáveis por cuidar da integridade física, psicológica e do bem-estar de idosos em casas de repouso, lares ou em acompanhamentos particulares. Recentemente o curso foi atualizado e desde fevereiro deste ano, conta com um novo recurso pedagógico: o Simulador Avançado de Efeitos da Velhice. O equipamento, implantado como projeto-piloto, possui uso compartilhado entre as unidades do Senac.

A VIDA DEPOIS DOS 60

De acordo com o analista do Senac PR, Renato Augusto Marcon Pesibiczeski, o equipamento é importado e foi adquirido como projeto-piloto. O simulador possui uso compartilhado entre as unidades que ofertam a capacitação e demais cursos da área da saúde. “Nós, da Coordenadoria de Educação e Tecnologia, estamos sempre em busca de tendências e inovações para os cursos do Senac. O Simulador Avançado de Efeitos de

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SAÚDE O aluno do curso de Cuidador de Idosos, Moacir Zanferrari, foi um dos que vestiram o equipamento e tentou executar atividades simples, como tomar um copo de água e subir alguns lances de uma escada. “Essa experiência é importante para que a gente possa, ao atender ao paciente, saber como ele está se sentindo e ter uma proximidade da sua realidade por meio deste equipamento”. Ao final, confessa: “É muito difícil”.

Velhice foi adotado para que o aluno possa sentir como é a vida depois dos 60 anos, vivenciar as limitações e os efeitos da velhice, para que possa colocar-se no lugar das pessoas às quais prestará seus serviços”, explica.

da visão periférica e os sintomas da catarata. A redução da função auditiva é simulada com um protetor auricular.

O Simulador Avançado dos Efeitos da Velhice é um kit com equipamentos que permite simular, por exemplo, a dificuldade de locomoção provocada pelo envelhecimento dos músculos. Um protetor dorsal restringe a postura, forçando o aluno a assumir uma posição flexionada, comum aos idosos, e a bengala mostra como o idoso pode se apoiar para facilitar a movimentação.

De 5 a 14 de junho o equipamento permaneceu no Senac Curitiba Centro, onde foi utilizado em aulas práticas de cursos de saúde e outros cursos de áreas com atendimento ao público.

ATIVIDADE PRÁTICA

A prática pedagógica estimula ainda o respeito e a paciência no trato com a pessoa idosa, não só pelos futuros cuidadores, mas por qualquer profissional que atenda esse perfil de público. “Foi bem interessante, para que a gente sempre tenha paciência com o idoso ao atendê-lo quando vier ao nosso salão”, diz a aluna do curso de Cabeleireiro, Crilian Costa. Além da capacitação de Cuidador de Idoso, inclusive com turmas gratuitas pelo Programa Senac de Gratuidade (PSG), o Senac oferece outras opções de qualificação para o atendimento a idosos: Cuidados com Idosos em Domicílio e Podologia Geriátrica. O curso Técnico em Enfermagem também possui módulos específicos sobre Saúde do Idoso. 

Pesos para os tornozelos e pulsos demonstram a perda muscular e redução da força. Os pads para os joelhos dão a sensação de lentidão dos movimentos das pernas e os pads para dedos e cotovelos restringem o movimento das articulações, além de uma luva que simula a perda do sentido do tato. Já um óculos especial permite testar as mudanças na função visual, tais como a perda

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CULTURA POPULAR

Paraná Junino Segunda maior manifestação popular no país, a festa junina é celebrada pelo Sesc PR em parceria com a RPC em cidades paranaenses, mobilizando um público aproximado de 25 mil pessoas TEXTO: ISABELA MATTIOLLI FOTOS: IVO LIMA E DIVULGAÇÃO RPC

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mês de junho é recebido com festa em boa parte do Brasil. Segunda maior manifestação da cultural popular do país, a festa junina mantém sua tradição desde a época da colonização portuguesa em território tupiniquim, ao celebrar três datas importantes para a religião católica, os dias de Santo Antônio (13/6), São João (24/6) e São Pedro (29/6).

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Antes de ser “joanina” e religiosa, o festejo tinha raízes direcionadas a cultos e ritos praticados com caráter pagão e pré-cristão, desde meados do século XII, por povos europeus, que cultuavam a natureza e seus elementos, como a árvore e o fogo. O culto à árvore ou aos chamados “espíritos das árvores” ocorriam porque estes povos acreditavam que os espíritos é que eram responsáveis

pela produtividade das plantações e, consequentemente, das colheitas. O ideal era realizar a comemoração no dia 23 de junho, solstício de verão do Hemisfério Norte – véspera do período de colheitas e dia mais longo do ano. E é aí que entra um dos elementos presentes do culto à natureza e que fazem parte das festas juninas – principalmente na de São João: a fogueira.

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CULTURA POPULAR

Elementos cristãos e pagãos foram incorporados na manifestação popular ao longo dos anos, sendo disseminados por todas as regiões do país, principalmente a região Nordeste. Entre nós, há quatro anos o Sesc PR em parceria com a RPC realizam o Paraná Junino em Curitiba, Londrina e Foz do Iguaçu, com o objetivo de estimular e fomentar a tradição das festas e eventos populares nas cidades, difundir a gastronomia típica especializada e promover o resgate das brincadeiras tradicionais. Nesse ano, o arraial iniciou em Foz do Iguaçu, no dia 3, seguido por Londrina, no dia 18, e foi finalizado na capital, em 24 de junho. Os três eventos juntos reuniram um público aproximado de 25 mil pessoas. FOZ DO IGUAÇU

O Sesc Foz do Iguaçu recebeu pela quarta vez o Paraná Junino. O evento

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de 2017 contou com a realização de shows artísticos, feira gastronômica com 18 barracas comercializando iguarias tradicionais dos festejos juninos, feira de artesanato com 47 expositores. Sete horas ininterruptas de contação de causos e histórias fizeram parte da programação, além de um amplo espaço voltado às crianças com brincadeiras tradicionais e de terreiro, bem como oficinas de brinquedos antigos. No palco principal, shows de Diego Guerro Trio (Pato Branco/PR), Serra Acima Quinteto (Curitiba/PR) e Trio Macaíba (Araraquara/SP), animaram o público que passou pelo local. “O Paraná Junino teve um resultado de muito sucesso, fruto do trabalho de toda a instituição. Aproximadamente nove mil pessoas estiveram presentes usufruindo de uma estrutura espetacular, tido por muitos como a principal festa junina de Foz”, comentou

o gerente executivo do Sesc Foz do Iguaçu, Luiz Langoski. LONDRINA

Pela terceira vez, o arraial em Londrina foi armado no entorno do Sesc Cadeião Cultural. “Neste ano, sentimos que a festa se consolidou como o maior evento junino da cidade, entrando para o calendário de festejos anuais de Londrina. Tivemos um público aproximado de 5.500 pessoas, e as atrações se dividiam entre o palco principal, montado no cruzamento das Ruas Sergipe e Brasil e onde tocaram grupos de Londrina, de Minas Gerais e São Paulo”, comentou o gerente da unidade, Alexandre Simioni. A galeria de artes do Sesc Cadeião Cultural também recebeu atrações musicais, como a do coral do grupo de Grupo de Cantoria do Sesc Londrina, e contadores de história da ci-

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CHAPÉU dade. A Feira Gastronômica contou com 20 barracas com comidas típicas e, a de artesanato, com 12 artesãos locais, expondo seus trabalhos. Tivemos o retorno de muitos clientes que elogiaram a organização do evento, principalmente por sua característica familiar”, pontuou Simioni. CURITIBA

O Dia de São João, popularmente comemorado em 24 de junho, foi a data escolhida para o encerramento do Paraná Junino, em Curitiba. Aproximadamente 10 mil pessoas

passaram pelo Bosque São Cristóvão, em Santa Felicidade, para participar da festa em Curitiba. A programação iniciou, com Feira Gastronômica, comidas e bebidas típicas e artesanato. Nesta edição, 25 barracas gastronômicas e 41 de artesanato estavam disponíveis ao público. A festa seguiu com atividades para a família, com contação de histórias, brincadeiras e apresentações artísticas. Um dos destaques foi a tradicional quadrilha encenada pelos participantes do grupo de idosos do Sesc Água Verde, na mandala no centro do Bosque, sinalizada pelas bandeirolas.

As crianças também tiveram espaço para se divertir com a apresentação do Grupo Baquetá, no espetáculo Baquetinhá, com canções da cultura popular brasileira. A música seguiu com a apresentação do grupo Novos Matutos e do grupo Areia Branca. “Essa é uma tradição que vem se perdendo, mas que gostamos muito. Nós viemos também nas outras edições, mas desta vez decidimos vir vestidos a caráter”, pontuou a moradora de Curitiba Marlene Melo, que foi com roupa caipira para a festa acompanhada pelo marido, Vivaldo.

Roteiro junino paranaense

Abaixo listamos festas populares no mês de junho, que ocorrem em outros municípios do estado e mantêm tradições de outrora. Festa de São João Batista, Prudentópolis A centenária Festa de São João Batista, em Prudentópolis, chegou a sua 102ª edição, no período de 15 a 25 de junho. Realizada no município localizado na região central do Paraná, o evento, organizado pela Paróquia São João Batista, ocorreu na Praça Firmo Mendes de Queiroz, com entrada gratuita e uma série de atrações: barraquinhas com comidas típicas e caseiras, além de trabalhos artesanais; exposições; missa em homenagem a São João, padroeiro do município; almoço festivo; corrida rústica, entre outras. Festa de São João de Seo Zic Borghi, Maringá O dia 23 de junho, véspera de São João, é comemorado de forMAI | JUN 2017 Nº 118

ma tradicional na zona rural de Maringá (Gleba Pinguim), desde 1982. A ideia de festejar o dia do santo partiu do pioneiro Anníbal Borghi, o Seo Zico, que junto com a família e vizinhos pontuou ritos tipicamente juninos, dando mais credibilidade à festa como manifestação da cultura popular e folclórica. Tombado pela Prefeitura em 2008, o festejo mantém ritos tradicionais da manifestação popular: a missa sertaneja com a reza do terço, mastro com a imagem dos três principais santos do mês de junho, casamento caipira, quadrinha e baile com sanfona e viola. Outro rito importante e que encerra a festa é a passagem pela brasa. “Eu sempre digo que passar na brasa é uma questão de fé. A pessoa precisa ter quatro

coisas: fé, coragem, concentração e humildade. Quem tem humildade já é meio santo”, explica o idealizador da festa. Festa da fogueira, São João O Município de São João, no sudoeste do Paraná, realiza a Festa da Fogueira de forma bianual. O festejo foi batizado com este nome porque há a queima da maior fogueira do Brasil, em formato piramidal, que já chegou a ultrapassar 60 metros de altura. Organizado pela Prefeitura, pela Paróquia São João Batista e pela Associação Comercial e Empresarial do município, o evento recebe em média 25 mil pessoas por edição, quase o dobro de sua população. FECOMÉRCIO PR     61


MEMÓRIA

Cacatu, 100 anos na

memória dos que ficaram Primeira colônia japonesa do Paraná, Cacatu, completa 100 anos TEXTO: CAROLINA LARA FOTOS: BRUNO TADASHI

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uando o ainda desconhecido Japão abriu seus portos para o mundo, em um processo de modernização, a emigração foi a solução encontrada para a recessão e a falta de emprego. Os primeiros movimentos migratórios aconteceram para o Havaí, nos Estados Unidos. Com a

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assinatura, em 1895, do Tratado de Amizade, Comércio e Navegação entre Brasil e Japão, terras tupiniquins tornaram-se a promessa de novas oportunidades. Em 1908, os primeiros japoneses aportaram em terras brasileiras com

a esperança de enriquecer nas fazendas de café no interior de São Paulo. Nove anos depois, duas famílias compravam terras no Paraná, mudando o status de trabalhadores temporários para imigrantes permanentes. Mokichi Yassumoto e os irmãos Jingoro e Missaku Hara instalaram-

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-se na zona rural de Antonina. Era criada a primeira colônia japonesa do Paraná, a Colônia Cacatu. Em agosto de 2017, Cacatu completa 100 anos. Um século na memória daqueles que alçaram voos em diferentes direções. Memórias felizes, que remontam às conquistas dos antepassados, misturam-se à dor da ferida que marcou na alma o sofrimento, a discriminação e a privação que sofreram. Histórias de um povo lutador, que sempre conseguiu dar a volta por cima. COLÔNIA

Foi às margens do rio de mesmo nome que a Colônia Cacatu cresceu e chegou a abrigar 175 famílias japonesas. Hoje, apenas uma permanece no local, a de Márcia Ito. Terceira geração no Brasil, ela decidiu recomprar as terras que foram do avô. Assim, no ano 2000, instalou-se em Cacatu com o marido, José Koji Kikuti, e o pai, Tomosaburo Ito. Com a ajuda de outros descendentes, Márcia assumiu a tarefa de manter viva a memória de uma colônia e de um povo. Hoje, a chácara Colônia Cacatu abriga um memorial com o nome de to-

das as famílias que por ali passaram. É também na chácara que Márcia promove festas anuais onde chega a reunir 300 pessoas, entre ex-moradores e descendentes dos colonos. “Muita gente voltou para cá graças aos nossos encontros. Fico muito feliz em poder proporcionar esses momentos, principalmente às pessoas de idade, que são mais nostálgicas e passam horas lembrando histórias do tempo em que viveram aqui”, conta. PROFESSOR

Patrícia Takasaki, também da terceira geração, é uma das descendentes que ajudam Marcia Ito na difícil tarefa de manter viva a memória da colônia. A caçula de seis irmãos vive em Antonina, onde o avô, Saburo Takasaki, foi homem respeitado. Ele chegou ao Brasil em 1918 e, depois de trabalhar por quatro anos em São Paulo, mudou-se para a Colônia Cacatu, onde foi sensei (professor) de japonês. Mesmo quando o ensino de língua japonesa passou a ser proibido no Brasil, em 1938, Takasaki continuou dando aulas. Só parou em 1942, quando os japoneses receberam ordens para desocupar o litoral. “Se os jovens da colônia aprenderam japonês, foi graças a ele”, conta Márcia Ito.

Uma das placas cinco placas do memorial

O pai de Patrícia, Jorge Takasaki, que nasceu e passou a infância em Cacatu, lembra ainda da época em que o rio era a única forma de ir e vir. Entre as memórias da primeira infância, Takasaki recorda-se de uma visita do interventor Manoel Ribas e esposa à colônia. “Eu lembro que teve uma recepção grande. Eles vieram de barco, porque antes não tinha estrada”.

Márcia Ito e Jorge Takasaki, descendentes dos primeiros colonos de Cacatu, em frente ao memorial construído no sítio de Márcia com os nomes das 175 famílias que moraram em Cacatu

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MEMÓRIA

Sítio Colônia Cacatu, local onde funcionou a primeira colônia japonesa do Paraná

GUERRA

Uma das primeiras famílias a se estabelecer e comprar terras na região, os Hara, chegaram ao Brasil na segunda leva de imigrantes. Em 1917, compraram terras em Cacatu e passaram a cultivar cana, beneficiada na destilaria da família. Como não havia estradas, tudo era feito de canoa pelo rio Cacatu. Era pelo rio que as famílias iam e vinham e era também pelo rio que levavam os produtos da colônia para vender em Antonina. Durante a guerra, tudo o que possuíam foi tomado pelo governo, conta Rui Hara, neto do casal que veio do Japão, Missako Hara e Sakae Hara. “Meu pai, Chuniti Hara, nunca quis reaver as terras. Para ele foi muito doloroso”.

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Em setembro de 1942, os japoneses que habitavam o litoral do Paraná receberam uma ordem de evacuação e tiveram que deixar suas casas e seus comércios em um prazo de 24 horas. A informação é do livro Ayumi, de Claudio Seto e Maria Helena Uyeda, sobre a imigração japonesa em Curitiba e no Litoral do Paraná. “A notícia que correu no primeiro momento, para justificar a expulsão, foi a acusação de que os nipônicos estariam fazendo sinais de lampião para submarinos japoneses na costa paranaense. Mais tarde, se soube que era uma ordem federal e que a faixa litorânea foi considerada área de segurança nacional, portanto estava proibida a presença de súditos dos

países do Eixo. Na ocasião, os bens dos japoneses foram congelados por ordem da Superintendência da Segurança Pública”, descreve a obra. FUGA

Muitas famílias japonesas começaram a sentir a hostilidade antes mesmo do desenrolar da 2ª Guerra Mundial, com as normas restritivas do regime nacionalista da ditadura Vargas. Essa situação só piorou depois, quando o Brasil rompeu relações diplomáticas com o Japão, em 29 de janeiro de 1942. Saques, vandalismo e ameaças foram sofridos por donos de armazéns, chácaras, depósitos, plantações, comércios, bares e destilarias. Em alguns casos,

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nem os animais saíram ilesos. “Os vândalos não pouparam sequer animais, ferindo vacas e cavalos e roubando porcos”, detalha a obra Ayumi sobre sítios invadidos em diferentes regiões do Estado.

bisavós é algo que ele guarda com orgulho. “Mandei pintar um quadro do casal e tenho ali na sala de jantar, para homenagear a eles”.

Bisneto de Jingoro Hara, Jorge Yamawaki nasceu em Cacatu em meio a essa confusão. Saiu de lá bebê, fugido com a família. “Invadiram a casa e quebraram tudo. O que puderam, levaram. O que não puderam, não deixaram inteiro. Nossa família fugiu com a roupa do corpo. Passaram a noite em uma chácara de um senhor italiano. No dia seguinte, foi esse italiano que ajudou a comprar passagens. Vieram para Curitiba com uma mão na frente e outra atrás. Arrendaram uma chácara de um senhor alemão e então começaram uma nova luta”, conta.

A saga dos japoneses de Cacatu continuou em outras praças. Eles mais uma vez se superaram, trabalharam e conquistaram o respeito de povo dedicado, ético e unido. É desse aspecto da cultura que Jorge Yamawaki se orgulha. “O japonês é um povo disciplinado, que obedece a lei”.

Até os doze anos, Yamawaki morou com os bisavós e o tio-avô. Essa convivência fez com que praticasse diariamente o idioma japonês, hábito que continuou a praticar mais tarde com a esposa e os filhos. Das lembranças que ficaram, a foto dos

HOJE

No local, não há mais nenhum indício do que foi uma importante colônia. Produtora de arroz, de banana, de cana de açúcar e de aguardente de qualidade, Cacatu foi elevada a distrito de Antonina em 1938. “Nessa época, sem estrada, sem nada, eles conseguiram fazer tantas coisas. Imagina se não tivesse tido a guerra? Antonina e toda essa região seria hoje uma cidade enorme”, imagina Márcia Ito.

Jorge Yamawaki e a imagem dos bisavós, Jingoro Hara e Sen Hara

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MEMÓRIA MIZUNO, O PAI DA IMIGRAÇÃO JAPONESA NO BRASIL

Em 18 de junho de 1908, o navio Kasatu Maru, após 53 dias de viagem, adentra o Porto de Santos, com 781 pessoas a bordo. Entre elas, Ryo Mizuno, o idealizador da vinda de japoneses ao Brasil. Ele enxergava na imigração a oportunidade de prosperidade mútua, para os fazendeiros de café, que precisavam de mão de obra, e para os imigrantes, que deixaram a agricultura japonesa em função dos altos impostos colocados pelo governo para financiar o exército e a política de expansão. Mas nem tudo foram flores e os imigrantes levaram décadas até conseguirem conquistar a dignidade almejada. Por muito tempo, o idealizador da imigração foi culpado por todos esses males. Ele foi acusado de enriquecer às custas do sofrimento dos japoneses mas, na verdade, morreu na miséria.

Rio Cacatu. Era por ele que as famílias iam e vinham e que levavam os produtos da colônia para vender em Antonina

Quem conta essa história é a pesquisadora Tereza Hatue de Rezende, autora da obra “Ryo Mizuno, o precursor da imigração japonesa no Brasil”, já na terceira edição. A motivação para a pesquisa veio desde criança. “Eu me olhava no espelho e pensava que era diferente dos outros. Por isso, sempre tive interesse em saber quem nos trouxe para cá”, afirma. Aos 86 anos, o filho caçula de Ryo Mizuno, Ryusaburo Mizuno, mora em Curitiba com a família. Ele conta que cresceu pensando que o pai era um vigarista. “Graças à Tereza, e às coisas que minha mãe contava, eu descobri quem meu pai foi de verdade”. Ryo Mizuno foi um incompreendido: última geração de samurais, pacifista, de esquerda, empreendedor.

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A pesquisadora Tereza Rezende e o filho de Ryu Mizuno, Ryusaburo Mizuno

Inseriu o café brasileiro no Japão, criou uma colônia socialista na região de Ponta Grossa, introduziu diversos produtos japoneses no Brasil. Ele morreu em 1952, aos 92 anos, no Brasil, país com o maior número de nipo-descendentes do mundo.

Hoje, reconhecido pelos seus feitos, Ryo Mizuno tem sua história contada em documentários, exposições e obras literárias, além de ser destinatário de diversas homenagens. 

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SINDICATO

Foco nas CCTs Sindicato está prestes a completar 27 anos de atuação TEXTO: KARLA SANTIN

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o próximo mês, agosto, o Sindicato do Comércio Varejista de Ivaiporã (Sincomércio Ivaiporã) completa 27 anos de atuação em prol das empresas do comércio. Acreditando que a união faz a força, frase presente na primeira logomarca da entidade, o empresário Luis Carlos Favarin conduz as atividades do sindicato desde sua fundação. Com 32.715 habitantes, o comércio e serviços são responsáveis por metade da atividade econômica e dos empregos de Ivaiporã. Além do município-sede, o Sincomércio possui em sua base mais 17 municípios. Entre os serviços prestados pelo sindicato, o principal são as convenções coletivas de trabalho, nas quais atua como mediador entre as empresas e os sindicatos laborais. “O sindicato tem um papel relevante no ajuste das convenções coletivas de trabalho, ao conciliar as necessidades das empresas dentro dos aspectos legais”, afirma Favarin. Segundo o dirigente sindical, a reforma trabalhista, recentemente aprovada pela Câmara dos Deputados e prestes a passar pela aprovação do Senado Federal, vai aumentar a res-

Luis Carlos Favarin

ponsabilidade e a importância das entidades sindicais, uma vez que as Convenções e Acordos Coletivos do Trabalho passarão a prevalecer sobre a legislação trabalhista. SESC E SENAC EM IVAIPORÃ

Sem dúvida, uma das maiores conquistas para a região e que contou com forte atuação do sindicato, foi a instalação da primeira Unidade Integrada Sesc Senac do Brasil, em Ivaiporã, no ano de 2013. Em parceria com o Senac, o Sincomércio realiza atividades para estimular a melhoria da gestão das

empresas do comércio de bens, serviços e turismo. No ano passado, o auditório da Unidade de Educação Profissional e Tecnológica ficou lotado de empresários que assistiram a uma palestra sobre vendas. Um dos grandes desafios da entidade, de acordo com Favarin, é a manutenção de suas atividades e serviços com uma arrecadação enxuta. “Cerca de 95% dos estabelecimentos comerciais da região são micro e pequenas empresas, que são isentas da contribuição sindical. Com isso, temos que manter nosso sindicato com uma estrutura bastante otimizada”, pondera. 

Serviço:

SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA DE IVAIPORÃ – Sincomércio Ivaiporã Av. Castelo Branco, 1090 – Ivaiporã PR | CEP: 86870000 | Telefone: (43) 34721472 | E-mail: sincomercio@gmail.com

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PERFIL

Um novo rumo para os transportes Presidente da Fetranspar, Sérgio Luiz Malucelli, conta como um militar foi parar no setor de transportes TEXTO: KARLA SANTIN FOTOS: IVO LIMA

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ascido em Morretes, Sérgio Luiz Malucelli cresceu em meio aos casarões coloniais e vielas de pedras entrecortadas pelo Rio Nhundiaquara. Aos 14 anos foi para a Capital morar com os pais e, por influência de um tio, ingressou na carreira militar e se tornaria o segundo Coronel da família Malucelli. Nos quatro anos de sua formação no Centro de Formação de Oficiais, de 1967 a 1970, viu o avanço da ditadura militar e a intensificação da repressão contra qualquer foco de oposição. “O curso era equivalente ao atual Ensino Médio, com formação policial e muita formação militar. Era o auge da revolução, um período cheio de greves e conflitos”, relembra.

Coronel Sérgio Luiz Malucelli, presidente da Fetranspar

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Trabalhou muitos anos no Colégio da Polícia Militar (PM), onde foi diretor de turno. Aos 39 anos foi graduado ao posto de Coronel, um dos mais jovens da corporação. Formado em História, Administração de Empresas e Direito, Malucelli foi comandante da Escola de Formação Oficiais e do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças, diretor de pessoal da Polícia Militar, chefe de comunicação da Polícia Militar,

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além de comandante do Batalhão de Polícia Rodoviária e subcomandante do Batalhão de Polícia Florestal. De abril de 1994 a 18 de junho de 1996 esteve à frente do 1º Comando Regional de Polícia Militar e foi o comandante mais longevo, até ser nomeado pelo então governador do Estado como interventor de Morretes, sua cidade natal. “Na época, Curitiba era considerada a capital mais segura do país. Eu dava palestras Brasil afora sobre segurança pública”, conta. UM MILITAR NO SETOR DE TRANSPORTES

Sua atuação no comando da Polícia Rodoviária e como Comandante da Capital, onde atuou na elaboração do plano de segurança das empresas que começavam a se instalar com maior intensidade na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), o aproximaram do setor de transportes. Foi então que recebeu o convite para reorganizar o Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas no Estado do Paraná (Setcepar), como diretor executivo. E, na sequência, a Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná (Fetranspar), onde ocupa a presidência desde 2013 e tem se destacado pela atuação em prol do desenvolvimento do setor. Sua primeira gestão foi focada no fortalecimento das entidades sindicais, reforçando suas representatividades, na busca por estreitar os relacionamentos com os agentes públicos, aprimorando seus pleitos. Entre as principais conquistas está a primeira Delegacia de Furtos e Roubos de Cargas do Paraná. Desde março de 2017, além de ser reeleito à presidência da Fetranspar,

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Presidente do Sistema Fecomercio Sesc Senac PR, Darci Piana, e Sérgio Malucelli durante solenidade de recondução à presidência da Fetranspar

o Coronel Malucelli também assumiu a presidência do Conselho Regional (Paraná) do Serviço Social do Transporte (Sest) e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat) pelos próximos quatro anos. DESAFIOS

De acordo com o dirigente, atualmente a Fetranspar está representada em todos os setores do poder público, participa ativamente do G7, das duas Associações de Transporte de Cargas, a Nacional e a Brasileira. “O desafio agora é fazer com o que o Sest e o Senat melhorem a qualificação do profissional de transporte, seja o de cargas, bem como o de passageiros. E, embora o roubo de cargas no Paraná não tenha o maior percentual do país, é um assunto que traz preocupação aos empresários e vamos continuar atuando para reduzir esses indicadores”, afirma. Malucelli menciona ainda que a Fetranspar tem se aproximado ainda mais dos taxistas e de motoristas do

Uber e do Cabiby. “Não podemos ignorar o desenvolvimento tecnológico. O Uber e demais aplicativos são uma mudança do transporte de passageiros, decorrente da evolução de costumes, da incorporação da tecnologia no dia a dia das pessoas. Aconteceu o mesmo na Revolução Industrial, nos períodos pós-guerras. Estamos buscando trazer esses profissionais para o âmbito da Federação e conciliar os interesses de todos”, pondera. Ao encerrar a conversa, o Coronel da Reserva da Polícia Militar do Paraná destaca ainda a forte interligação entre o setor de transportes e o comércio. “Há um elo muito forte entre Fetranspar e a Fecomércio, uma vez que são setores que se complementam. O transporte de cargas abastece os estoques e leva as mercadorias comercializadas. Também há uma admiração muito grande pelo Darci Piana, que nos coordena no G7, e é um amigo e líder por excelência”, completa.  FECOMÉRCIO PR     69


SINDICATO

Equilíbrio e qualidade Com gestão equilibrada, Sindimadeiras cresceu com o Paraná e trabalha hoje com 125 associados atuantes. TEXTO: LUCAS LAVOR FOTO: DIVULGAÇÃO

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undado em 19 de agosto de 1939, o Sindicato do Comércio Atacadista de Madeiras do Paraná faz parte da história do Estado: do ciclo da madeira à implantação das florestas de pinus e eucaliptos, o sindicato assumiu papel importante para a transformação econômica paranaense e na criação de órgãos como a fundação do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal, hoje o IBAMA. Desde março de 2017, Luciano Camilotti ocupa a presidência do sindicato e credita a Saul Chuny Zugmann – que presidiu o sindicato desde 1998, no qual participa desde a década de 1960 - pela estabilidade financeira e atuação efetiva da instituição que reúne 125 empresas ativas filiadas. Do setor financeiro a assessor de Zugmann, Camilotti afirma presidir um sindicato bem administrado. “Nosso sindicato teve uma administração muito equilibrada e boa, sem qualquer desafio financeiro, e hoje mantenho essa estabilidade”, conta o sindicalista. A gestão sem

custos rende isenção aos associados: “Há mais de 10 anos não cobramos deles porque não precisamos. Se precisar, cobraremos”. Diferenças trabalhistas patrão-empregado têm sido a principal atuação do sindicato que, graças à Fecomércio PR, enfrenta menos dificuldades nesse atendimento, geralmente de ordem pessoal e de difícil acordo. “Antigamente era bastante encrenca. Sempre atuamos como uma ponte patrão e empregado” afirma o presidente. ASSOCIADOS

Hoje, a base econômica dos associados é constituída pelo plantio de pinus e eucaliptos e uma pequena parcela de madeira tropical, no norte do Estado. Deste modo, o sindicato mantém um diálogo constante com a área de construção civil. Como gera benefício para o associado, um advogado contratado

Luciano Camilotti

junto ao sindicato busca fortalecer e auxiliar causas que demandem intervenção jurídica. O progresso é simples para Camilotti: garantir a manutenção do equilíbrio do sindicato. “É um sindicato com uma boa gestão que se resume basicamente ao nome do Saul, e estou dando sequência ao trabalho”, conta. 

Serviço:

SINDICATO DO COMÉRCIO ATACADISTA DE MADEIRAS DO PARANÁ Alameda Doutor Muricy, 474, Centro – Curitiba | (41) 3222-5482

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EDUCAÇÃO

UTFPR em Apucarana e Londrina História da implantação dos campi é contada em livro TEXTO: KARLA SANTIN (COM COLABORAÇÃO DA ASSESSORIA SIVANA) FOTOS: RODRIGO HIRATA

Solenidade de lançamento do livro

A

s importantes conquistas e a história dos campi da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) em Apucarana e em Londrina, que neste ano comemoram 10 anos de existência, foram contadas em dois livros lançados em 22 maio, nos respectivos campi da universidade.

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Os dois volumes intitulados “Do Sonho à Realidade”, são assinados pelo presidente da Frente Parlamentar da Educação do Congresso Nacional, deputado Alex Canziani.

sonagens que contribuíram para a instalação dos campi da UTFPR em Londrina e Apucarana e contam os detalhes que culminaram nesta importante conquista para a região.

As obras trazem depoimentos de alunos, professores e outros per-

“Tenho uma satisfação enorme em apresentar estes livros. Neles eu

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EDUCAÇÃO mostro que é possível sonhar e realizar. A concretização dos campi começou assim, de um pequeno sonho”, conta Canziani. As duas publicações são as mais recentes de Canziani, que em 2013 publicou o livro “Rota do Conhecimento”, pela editora Piá. Assim como da primeira vez, todas as tiragens de “Do Sonho à Realidade” serão doadas para entidades assistenciais realizarem a comercialização para levantamento de fundos. As publicações receberam o apoio do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, que viabilizou o projeto editorial e a impressão. O presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac Paraná PR, Darci Piana, acompanhou as solenidades. APUCARANA

Em Apucarana, o evento ocorreu pela manhã, no auditório da universidade, e contou com a presença do reitor da UTFPR, professor Luiz Alberto Pilatti; do diretor-geral do Câmpus Apucarana, professor Marcelo Ferreira da Silva; do vice-prefeito de Apucarana, Sebastião Ferreira Martins Junior; do presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Apucarana (ACIA), Jayme Leonel; dos prefeitos Paulinho Moises (Califórnia) e Moacir Andreolla (Novo Itacolomi); da presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Apucarana (Sivana), Aída Assunção; do presidente do Sindicato do Comércio Atacadista de Gêneros Alimentícios do Estado do Paraná (Sinca Paraná), Paulo Herminio Pennacchi; da presidente da Câmara da Mulher Empreendedora e Gestora de Negócios da Fecomércio PR (CMEG), Rosana Gasparotti; do presidente do Sicoob Aliança, Osnei Simões, além de empresários, dire-

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Solenidade de lançamento do livro lotou o auditório da UTFPR em Apucarana

tores de escolas, acadêmicos, vereadores, entre outras lideranças locais e regionais. “O deputado nos fez um pedido e não poderíamos deixar de mostrar esse trabalho extraordinário que a UTFPR tem feito nos últimos 10 anos, não só em Apucarana como em todo o Paraná”, destacou o presidente Darci Piana. Ele lembrou que a Federação oferece aos empresários todo suporte dos cursos profissionalizantes do Senac, complementados pela qualificação superior da universidade tecnológica. “Então, esse apoio é essencial para a melhoria da qualificação de gestão superior do país. Ser parceiro num momento desses é fundamental para a nossa Federação e para os nossos empresários”, avalia. LONDRINA

O deputado Alex Canziani foi quem iniciou e articulou politicamente a instalação dos campi da UTFPR de Apucarana e Londrina, há dez anos. Durante a tarde, ele e o presidente Darci Piana, estiveram em Londrina para o lançamento da versão londrinense do livro.

Participaram deste evento, entre outros, o reitor da UTFPR, professor Luiz Alberto Pilatti; o diretor-geral do Campus Londrina da UTFPR, Marcos Massaki Imamura; a secretária de Educação de Londrina, Maria Tereza Paschoal de Moraes; o coordenador da Região Metropolitana de Londrina, Marco Antonio Santi; o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Material Óptico, Fotográfico e Cinematográfico no Estado do Paraná (Sindióptica Paraná), José Alberto Pereira; o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Londrina (Sincoval), Roberto Martins; o presidente do Sindicato dos Salões de Cabeleireiros, Institutos de Beleza e Similares do Estado do Paraná (Sincap), Antonio Carlos Parieti e os conselheiros do Senac, Sérgio Gilberto Bonocielli e Márcio Américo Strini. Os livros têm a colaboração dos jornalistas paranaenses Rogério Fischer e João Arruda, e dos repórteres Fábio Blanco e Henrique Lhamas (fotografias). O projeto gráfico ficou por conta de Edvaldo Jacinto Correia. Toda a equipe foi supervisionada pelo jornalista Marcelino Jr.  MAI | JUN 2017

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OFICINA

Completamente Doce Senac e Shopping Palladium realizam oficina de decoração de bolos para comemorar o dia das mães TEXTO: FERNANDA ZIEGMANN FOTOS: BRUNO TADASHI

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omemorar o Dia das Mães de um modo doce, recheado de muito chocolate e confeitos coloridos. Essa foi a proposta da oficina de Decoração de Bolos realizada de 5 a 14 de maio no Shopping Palladium em parceria com o Senac. A praça principal de eventos do shopping deu lugar à Confeitaria Completamente Doce, que teve o cenário inspirado nas tradicionais pâtisseries, com a mecânica no estilo das bancadas de desafios culinários. Com um projeto inédito, mães e filhos colocaram a mão na massa para decorar bolos com o auxílio dos instrutores de confeitaria do Senac Curitiba Centro. “Foi incrível poder proporcionar esse momento doce e descontraído para as famílias, bem longe da televisão e do computador. Aqui os adultos tiveram um tempo só para as crianças que acabavam tomando as decisões na decoração dos bolos”, comentou a instrutora do Senac Débora Borba de Souza. Os mais variados públicos ocuparam as bancadas: teve mãe e filhos, pai e filha, família completa, vovó e netinhos e até crianças de um ano colocando a mão na massa. A dinâmica consistia em uma pequena aula show sobre recheios e coberturas de bolos e na sequencia os participantes é que decoravam o bolo com os mais variados confeitos e muita ganache (chocolate com creme de leite) na cobertura. Ao

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final o bolo era levado para casa. “O Senac está de parabéns por proporcionar esse momento para as famílias. Foi muito legal passar esse tempo com a minha filha, com certeza ficará guardado para sempre em nossa memória”, disse a participante da oficina e ex-aluna do curso de Confeiteiro do Senac Curitiba, Kauana Guedes.

a oportunidade de mostrar não só a área de gastronomia e confeitaria, mas o Senac como um todo. Pudemos apresentar os cursos técnicos, livres, a educação a distância e ainda divulgar a nova unidade que fica bem próxima ao shopping”, explicou a técnica de relação com o mercado, Maria Adriane Kother.

ENGAJAMENTO

A parceria com o Palladium proporcionou ao Senac além da divulgação dos cursos, uma experiência marketing de engajamento, mobilizando mães e filhos e criando uma ponte emocional entre esse público e o Senac, o que garante a melhor forma de memorização de uma marca, segundo estudos de neuromarketing. Quase 700 pessoas participaram da oficina. 

O Senac Curitiba Portão também participou da ação, com um estande para a divulgação dos cursos da nova unidade no bairro. O shopping recebe em média 100 mil visitantes aos fins de semana. Durante os dez dias foram distribuídos mais de 2500 programações. “Nesses dias tivemos

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ARTIGO

Reformas necessárias Crisitna Bocayuva

Com base nas tábuas de mortalidade do IBGE, é possível constatar, desde logo, que a esperança de vida, sem distinguir entre homem e mulher, era de 45,5 anos em 1940 e, em 2015, alcançou 75,5 anos. Portanto, com base na Lei dos Grandes Números, fundamento da estatística, fica patente o processo de envelhecimento da população brasileira. Contudo, para efeito do debate sobre a Reforma da Previdência, é mais expressivo verificar qual o aumento do tempo médio de vida ao ser alcançada determinada idade.

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stão na pauta das ações de governo mudanças no Sistema de Previdência e alterações na Legislação do Trabalho. Em termos etimológicos, a palavra reforma tem várias acepções, mas, neste texto, significa mudar determinado estado de coisas para melhor. Não sem enfrentar enormes resistências do mundo corporativo lastreadas em “direitos adquiridos”, ainda que estes comprometam na Previdência as gerações futuras e no trabalho a produtividade total dos fatores de produção, peça essencial do desenvolvimento econômico e do nível de emprego. Sem nos deter no intricado debate que essas duas reformas estão gerando, cabe, entretanto, fazer algumas reflexões de caráter objetivo. No que concerne à Previdência, a dinâmica de nossa população com relação ao direito do trabalho, sua defasagem no tempo.

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Em 2015, ainda sem distinção de sexo, quem se aposentasse aos 55 anos teria a probabilidade de viver mais 26 anos. Daí a importância do “fator previdenciário”, que objetivava desestimular as aposentadorias precoces. Se o Congresso Nacional vier a aprovar, como idade mínima para a obtenção do “benefício” o limite mínimo a idade de 65 anos, ainda assim, em termos probabilísticos, a expectativa de vida irá a mais 18 anos. É esse tipo de argumentação numérica que deve ser levado em conta pelo legislador na relação futura contribuinte/beneficiário. Quanto às relações que derivam da conjunção entre capital e trabalho, vale, desde logo, recordar que a legislação flui do Ministério do Trabalho, criado pelo governo provisório que se instalou em consequência da Revolução dos anos 1930. Essa legislação foi inspirada na Carta del Lavoro, de 1927, na Itália de Benito Mussolini. Foi nesse contexto que se

deu, em 1943, a criação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que ainda preserva características de uma época em que o trabalhador era menos protegido, o que não corresponde à realidade atual. Apesar de ter recebido pequenos ajustes no decorrer dos anos, o conjunto de leis que integram a CLT está desatualizado. Não acompanhou a evolução dos tempos, acarretando, com isso, dificuldades na aplicação das normas no dia a dia das relações de trabalho, sendo necessária a utilização de mecanismos que minimizem os impactos desse descompasso legal. Por causa disso, torna-se imperioso que a reforma pretendida busque o reconhecimento da negociação realizada entre os interessados, quando a legislação (que é genérica) estiver em dissonância com as necessidades específicas de uma situação concreta (home office, redução do intervalo para refeição para antecipar o fim da jornada, parcelamento de férias etc.). Assim, para garantir a eficácia das negociações, é necessário que se determine a prevalência do negociado sobre o legislado, pois o instrumento que dela se origina reflete a necessidade real dos envolvidos, trazendo soluções imediatas com a devida observância da autonomia da vontade das partes. 

Antonio de Oliveira Santos Presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo

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