Magia Egipcia

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Índice: Introdução …………………………………………………………… 7 a 10 Os deuses …………………………………………………………. . 12 e 13 Astrologia Kemética ………………………………………………....15 a 27 Quatro elementos – Correspondências ….…………………………..28 e 29 Invocação aos Cinco Elementos. ……………………………………. ……. 30 Conceito do Tempo ……..………………………………………………………31 Correspondências de cada Neteru ………………………………..33 a 41 Preparar um Altar ………………………………………………….. 43 e 44 Praticante Solitário …………………………………………………..……….. 46 Datas Comemorativas …………………………………………………….…… 47 Ensinamentos de Amun-Ra (nove camadas do self) ………..… 48 a 54 Tabela de Hieróglifos …………………………………………………………. 54 Fazer o sinal da Ankh …………………………………………….. 55 e 56 Ritos de Purificação- Wahu ………………………………………….………… 57 Cerimónias- Iru …………………………………………………………………… 58 Cerimónias de Iniciação -Sa Akhu …………………………..……….…… 59 Rituais Akhu – Culto aos Ancestrais ……………………………….………. 60 Magia Cerimonial no Templo …………………………………….….. 62 a 66 Encerrando um Ritual …………………………………………….……….… 66 Posturas de Adoração ……………………………………………… 67 a 69 Hinos de Homenagem e Oferendas ……………………………….…71 a 89 Utensílios Rituais e Amuletos ………………………………............92 a 98 Consagrar a cruz Ankh .……………………………………...……………..100 Receitas caseiras de Incensos ……………………………………………. 103 Poderoso exorcismo Egípcio …………………………………….. 106 a 109 Exorcismo de Anúbis………………………………………………..…109 e 110 Feitiço de Hathor (amor) …………………………………………………… 110 Ritual da deusa Bastet ……………………………………………...112 e 113 Ritual de Ísis (saúde) ……………………………………………………….. 114 Ritual de Nut (engravidar) ……………………………………………….…. 114 Ritual da Ankh ……………………………………………………… 116 a 118 Escolher um nome Mágico ………………………………………...120 e 121 Perguntas e Respostas ……………………………………………….…….. 123 Glossário Kemético ………………………………………………………….125 a 127

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Introdução: Gosto que os meus livros sejam práticos em vez de teóricos ou maçadores. Portanto, não vou escrever exaustivamente sobre mitologia egípcia ou a vida dos deuses, até porque existem pelo menos quatro mitos da criação: heliopolita, menfita, hermopolita e tebana. O meu objectivo é que o livro seja uma ferramenta prática, que possa utilizar na sua vida. Abordo os conceitos básicos e modus operandi da magia egípcia (Heka). No capítulo de cada divindade (Netjer) obviamente falo um pouco sobre as características dessa deidade. Heka, portanto, magia kemética (Kemet era o nome do antigo Egipto). Por vezes esta prática é também chamada de Kemeticismo. Porém, o Kemetismo conhecido actualmente faz parte do reavivamento da antiga tradição egípcia que emergiu como movimento durante a década de 1970. Um dos nomes pelo qual era conhecida a magia, ou a deificação da prática mágica, era Heka (Hka). Palavras de poder como mantras e invocações eram conhecidos como Hekaut. Palavras de poder (Hekaut) eram igualmente escritas em amuletos, por vezes colocados junto dos defuntos, para obter proteção no além. Heka era a conexão sagrada entre o mago e os deuses. Por vezes escreviam magia como hk3w. A palavra Ka representa a energia vital e hk3w (hekau ou heka) seria uma energia sobrenatural que existia desde o início dos tempos. Ainda existe uma associação com o poder da palavra, o poder das evocações e conjuros mágicos. Mais tarde Heka foi personificado como deus da medicina e da magia, “Aquele que activa a Ka” (energia vital, por vezes referida ainda como corpo astral). Porém, o deus heka não tinha culto nem templos em sua homenagem. Existem variadas definições para heka, que se referiam ainda como a energia ou o poder mágico de cada deus, cada um possuía um certo nível de heka (poder mágico). A primeira informação sobre magia egípcia deriva de 4500 a.C. Os amuletos mágicos criados naquela época permaneceram em uso aproximadamente até ao século 5 d.C e foram revividos novamente nos tempos modernos. Existem ainda alguns feitiços escritos que sobreviveram até hoje em relevos, pinturas, papiros, etc. Havia três categorias de magia: magia quotidiana, magia típica do templo e magia relacionada com a vida do indivíduo. Devo frisar que muitas sociedades herméticas e ocultistas de hoje (seja Maçonaria, Rosacruz, Thelema) contêm muitos rituais inspirados na magia egípcia. Alguns dos fundadores dessas ordens aprenderam sobre ocultismo viajando até ao Egipto, Helena Blavatski e Aleister Crowley são alguns dos exemplos. Tenho obrigatoriamente de mencionar o famoso “Livro dos Mortos Egípcio”.

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O “Livro dos Mortos Egípcio” (cujo nome original antigo era algo como: Livro de Sair Para a Luz) era uma colectânea de feitiços, fórmulas mágicas, orações, hinos e litanias escritos em rolos de papiro e colocados nos túmulos junto às múmias. O objectivo seria ajudar a alma (ba) do defunto na sua viagem para o além, afastando eventuais perigos que este poderia encontrar na viagem espiritual. Os antigos egípcios denominavam a esta coletânea de textos como Reu Nu Pert Em Hru, o que pode ser traduzido como "A Manifestação do Dia" ou "A Manifestação da Luz".

Os egípcios não encaravam a morte como o fim da vida, mas sim uma passagem, um novo começo. Por volta de 1600 a.C. os diferentes feitiços foram divididos em capítulos e no período compreendido entre 1570 e 1069 a.C., o livro tornou-se mais popular, embora ainda fosse um item de luxo. Os escribas especialistas em feitiços eram contratados para fazer exemplares personalizados para um único indivíduo ou uma família. Contudo, apesar dos feitiços serem destinados aos falecidos, podia-se recorrer a um escriba que, sabendo de antemão como tal pessoa vivia, escreveria um livro de feitiços feito especialmente para este que, de acordo com o seu modo de vida, enfrentaria uma jornada específica. Nos textos antigos egípcios a magia era um presente dos deuses para podermos superar os obstáculos do nosso destino. Acreditava-se que os próprios deuses possuíam poder mágico para também eles regularem o seu próprio destino. No Egipto antigo a magia e a religião complementavam-se, não havia separação. Os gregos viajavam frequentemente ao Egipto para estudar a sabedoria dos sacerdotes e aquilo a que chamavam de theurgia, em grego Theoi significa deuses e ergon: obra. É uma forma de magia ritual (cerimonial), com o objetivo de incorporar a força divina ou num objeto material como, por exemplo, uma estátua, ou no ser humano, através da produção de um estado de transe visionário. Busca a perfeita comunhão com deus, obtida através de técnicas cerimoniais como rituais, preces, exercícios e estudos. A theurgia era domínio dos hierofantes que a ministravam nos diversos templos. Haviam diferentes Templos e, portanto, cada região era devota a deuses específicos. Portanto daí derivaram diferentes escolas ou sistemas de magia, pelo menos doze. Na cidade de Hermopólis adoravam Rá, o deus solar. Tinham estudos sobre a árvore-da --vida (a Cabala copiou esses ensinamentos), um percurso de vinte e um passos evolutivos na espiritualidade. Em Hermopólis também se dedicavam à magia cerimonial e adoravam Tehuti (Toth), o deus da sabedoria, estudos e

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conhecimento oculto. Um dos sistemas era Setep-Sa e consistia em psicometria e adivinhação. Setep-Sa pode traduzir-se como: “praticante de magia”. Em Mênfis e na Alexandria dedicavam-se à tarologia (os egípcios desenvolveram vários oráculos, entre eles o tarô). Os arcanos simbolizavam segredos nos quais poderiam meditar. Também se realizavam algumas magias com esses ensinamentos. Em Edfu e Dendera ficavam templos de culto a Hathor, Heru (Hórus) e Nut. Seguiam o caminho da astrologia e a magia regulava-se pelos alinhamentos astrológicos a datas específicas. O Kemet (antigo Egipto) foi berço de muitas práticas espirituais, tarologia, magia cerimonial, alquimia, hermetismo e ioga. Posteriormente outros povos (especialmente os gregos) copiaram muitas práticas e ensinamentos. Por exemplo, Hermes Trimegisto (pai do Hermetismo) como os gregos o apelidaram era, na verdade o deus Toth. A alquimia (al-khem) era a arte de manipular os metais, os elementos e as energias. Al-khem pode traduzir-se como “a arte das pessoas de Khem (Egipto)”. Saudação a Thoth: "Djehouty pa aa, pa aa, pa aa" (Toth grande, grande, grande) As doutrinas esotéricas do Egipto formaram o coração da escola filosófica grega conhecida por neoplatonismo e que se baseava numa visão mágica do mundo. Surgiram então os cultos de mistérios, sob o influxo do pensamento místico e mágico então reinante. Embora algumas práticas como meditação, visão remota ou projecção astral possam parecer modernas (new age, dos nossos tempos) já eram práticas comuns há sete mil anos entre os egípcios. Eles chamavam ao plano astral Ashiah, sendo o corpo astral ou fluído vital Ka, o nosso duplo etéreo: Khaibit. (Leia o meu livro: Terminologia Metafísica). Os egípcios acreditavam no poder da palavra dita (pois ela é uma vibração que reflecte um pensamento já imaginado antes de o verbalizarmos) - pensamentos são energia. Reparem numa coincidência, em inglês soletrar diz-se to spell (spell). A palavra feitiço também se escreve spell. Existe também a palavra (que também é fórmula mágica) a abracadabra, que em aramaico se dizia “abruq ad babra” que significa eu crio enquanto falo, ou seja, as palavras têm poder criador. Por isso a magia recorre muito a conjuros e invocações. Alguns autores apontam uma teoria de que a Magia egípcia deve ser praticada apenas de dia, mas creio que isso não está bem claro ou não deve ser generalizado. Por exemplo, se fizer um ritual ou pedido dirigido a uma deusa Bastet ou Auset (Ísis) o horário pode ser diferente de um ritual direccionado a Ra.

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Ra é um deus solar e aí faria sentido praticar um ritual seguindo as fases do sol (sol nascente, para atrair algo à sua vida; ao meio-dia para fortalecer algo ou ao pôr-do-sol para afastar algo da sua vida). Um pouco idêntico aos rituais baseados nas fases lunares. Não devemos generalizar, até porque alguns feitiços egípcios já sofreram alterações ao longo dos milénios e foram adaptados aos tempos modernos ou sincretizados com outros rituais. Se seguir a tradição Kemética e a prática mágica Heka, será um Shemsu (seguidor) e as mulheres são conhecidas por Shemset. Em tempos remotos, esse termo era aplicado aos que serviam na casa real e seguiam a tradição religiosa.

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Os deuses (Neteru): Uma pequena introdução sobre os deuses - Neteru no plural e netjer no singular. Podemos pensar que os egípcios eram adeptos do paganismo (múltiplos deuses), porém existem fortes indícios de que eles acreditavam num deus supremo (era Amún) e que todas as outras divindades (Neteru) eram emanações da mesma divindade. No entanto, existem outras descrições em escrituras antigas, que dizem que a Divindade absoluta era Neberdjer e que “Amun” é apenas o nome que os humanos usaram para descrever essa divindade, tal como utilizamos a palavra “Deus” - mas esse é um termo humano e não o real nome da essência divina propriamente dita. Ou seja, são aspectos ou raios, energias e vibrações distintas, mas personalizadas como entidades. A religião hindu e a africana ioruba possuem o mesmo conceito (orixás, por exemplo, são representantes de uma faixa vibratória, uma falange de entidades). No Egipto havia a deusa Neith da guerra e caça, que usava arco e flecha. Na cultura iorubá temos o Orixá Oxóssi com arco e flecha também, representando a caça e a floresta. Temos também o Orixá Xangó que equivale a Amon. O espírito Ifá do oráculo equivale a Toth, Oxalá deus criador equivale a Ptah (criador), Oxum equivale a Hathor, Iansã equivale a Osíris (que guiava a alma dos mortos) e Exú equivale a Seth. Na teosofia temos mestres ascensos da grande Fraternidade Branca em que cada um representa um raio energético, uma cor ou uma frequência específica. Acredito numa visão cosmopanteísta, em que todos somos parte integrante da divindade, de um universo consciente. No universo existem ainda entidades espirituais elevadas e poderosas que trabalham na construção de mundos e auxiliam na evolução dos seres. Isso não significa que existam diversos deuses, mas sim uma enorme família de seres que fazem parte da divindade suprema. Na religião católica temos "anjos" que são emanações divinas, e é um pouco hipócrita criticarem o paganismo, mas ao mesmo tempo adoptarem alguns deuses de outras religiões e os transformarem em anjos, sob outros nomes. Além disso, eles tornaram certos deuses em demónios (mudando os nomes). Temos um exemplo do deus grego Phosphorus (Eósforo) que transformaram em Lúcifer (anjo caído). Repare na semelhança entre o nome Phosphorus e Horús (phosp+horus). De onde crê que a religião cristã copiou a figura de anjos com asas? Maat e Ísis no Egipto eram representadas por vezes com asas de falcão. As asas simbolizavam divindade (poder de voo), mas simbolizavam ainda o poder protector. Então, repetindo: Deuses Neteru são emanações/vibrações da divindade suprema, tal como Orixás na Umbanda; são energias divinas, energias cósmicas. Os egípcios representavam-nos com aspectos de animais diversos, mas isso é simbólico, não significa que tivessem essa aparência. São aspectos

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sagrados desses animais ou aspectos de características que podemos incorporar em nós (o xamanismo é semelhante). Anúbis tinha cabeça de chacal e julgava as almas dos mortos. Repare que os chacais costumavam andar perto das campas dos mortos. Além disso, é ainda uma referência à constelação de Cão Maior /Canis major, onde está Sírius. Thoth por vezes era representado como um babuíno, porque eles são espertos. Para além disso são os primeiros a receber os raios de sol pois abrem os braços ao nascer do sol, e os egípcios viam isso como um sinal de adoração sagrada ao sol. A imagem mais comum de Thoth é a cabeça de pássaro Íbis, que era considerada uma ave sagrada. Ela comia gafanhotos, insectos ou cobras que podiam ser venenosos para os humanos em caso de picada.

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Astrologia Kemética: Se por curiosidade pesquisar na internet sobre astrologia egípcia, irá encontrar informações contraditórias. Por exemplo, os capricornianos nascidos entre 22 de Dezembro e 19 de Janeiro: alguns indicam que o seu signo egípcio seria Amun-Ra, outros dizem Anúbis. Na verdade, estão ambos errados, o signo verdadeiro é Khnum (que também se assemelha a um carneiro, mas é associado a Capricórnio). Este tipo de erros pode causar mudanças muito grandes na interpretação da personalidade do indivíduo, e no caso de algum ritual ou invocação estaria a invocar a divindade errada. Houve diferentes dinastias no Egipto e pode haver horóscopos com interpretações diferentes. Uma representação dos astros e signos mais conhecida é o baixo relevo conhecido como "Zodíaco de Dendera", que foi esculpido no tecto dos pronaos (ou porta) de uma câmara dedicada a Osíris no templo de Hathor de Dendera, no Egito. Atualmente ele está exposto no Louvre em Paris. Porém, como tem algumas gravuras de aspeto greco-romano (Touro, Carneiro, Escorpião) há quem acredite que os egípcios se inspiraram no zodíaco de outras culturas, incluindo a babilónica (tabletes de barro MUL.APIN com signos zodiacais). Os Sumérios foram os primeiros a aplicar mitos às constelações e à astrologia, bem como a descrever os 12 signos do zodíaco. O calendário egípcio era solar, tal como o dos Maias, mas os egípcios baseavam-se também nos avanços das margens do rio Nilo. Havia um período de plantio, um período de cheias e de colheita. Uma semana tinha dez dias, um mês era composto por 3 semanas e uma estação do ano tinha 4 meses. Os egípcios perceberam que as cheias do rio Nilo coincidiam com o nascimento helieia da estrela Sirius (Sopdet), que fica na constelação do Cão Maior. De acordo com este calendário, o ano era dividido em 12 meses de 30 dias acrescido de 5 dias especiais para homenagear os deuses Hórus, Set, Ísis e Osíris. O ano novo (Wep Ronpet) egípcio inicia-se entre a última semana de Julho e primeira de Agosto. Não é fácil acertar uma data concreta porque varia a cada ano, consoante a posição de Sírius (Sopdet) no céu. O ano novo dura um dia, mas também se celebram os 5 dias seguintes, referentes aos cinco filhos de Nut - são os dias epagomenais. Além de ser a estrela mais brilhante no céu, Sirius era importante para os antigos egípcios por outras razões. Foi considerado o poder por trás do sol. O sol manteve o corpo físico vivo e Sirius manteve o corpo espiritual vivo.

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Sirius estava associado a Ísis, a deusa mãe da terra, que faz parte da trindade da mitologia egípcia. Consta que a Grande Pirâmide de Gizé foi construída em alinhamento com Sirius. Alguns festivais e rituais seguiam as fases lunares. Gosto de estudar sobre ocultismo e mitologia egípcia (ou seja, Kemética) em livros antigos (e comparei vários livros). Encontrei esta tabela de correspondências astrológicas: Pode ter confiança, pois é a lista correta:

Nascidos Entre: 23 de Agosto a 22 de Setembro: Deus Tehuti (Toth). 23 de Setembro a 22 de Outubro: Maat. 23 de Outubro a 21 de Novembro: Wadjet 22 de Novembro a 21 de Dezembro: Mut. 22 de Dezembro a 19 de Janeiro: Khnum. 20 de Janeiro a 18 de Fevereiro: SHU. 19 de Fevereiro a 20 de Março: AST ou Auset(Ísis). 21 de Março a 19 de Abril: Ausar (Osíris). 20 de Abril a 21 de Maio: Ptah 22 de Maio a 20 de Junho: Heru (Hórus). 21 de Junho a 22 de Julho: Khepera. 23 de Julho a 22 de Agosto: Sekhmet. Alguns sites esotéricos apresentam nomes de divindades diferentes (Neteru). Recorde que a astrologia Kemética tem milhares de anos e alguns livros no ocidente foram sendo mal traduzidos. Para além disso, os nomes que conhecemos popularmente das divindades egípcias foram adaptados pelos gregos. Conhecemos Hórus, Ísis, Anúbis entre outros, mas esses nomes foram ocidentalizados e não estão na língua kemética original. Anúbis seria Anpu, Osíris seria Ausar ou wsjr, Ísis seria Auset ou AST, Hórus seria Heru e assim sucessivamente. Faz diferença a fonética do nome? Claro que sim, sons são vibrações mântricas e emitem frequências. Ao invocar uma divindade e pronunciar uma entoação errada do seu nome, pensa que irá atrair o quê? Neter = Um Deus. Neteru (deuses no plural). Em seguida, descrevo a personalidade de cada signo, consoante a divindade egípcia. Para não ficar um texto demasiado longo (com dezenas de páginas) não irei descrever a mitologia, ou seja, vida das divindades. Focar-me-ei apenas na personalidade do signo:

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Tehuti (Toth):

Tehuti é o guardião da ordem divina, de todos os rituais e do conhecimento secreto. Ele também é o deus que preside aos mágicos e toda a aprendizagem do oculto. Na busca do indivíduo pela iluminação, Tehuti é o símbolo da razão certa; o nosso vínculo com o eu superior. Traços da Personalidade: Uma notável capacidade de análise. Comunicação mental direta que leva a momentos de insights. Dizem as verdades sem receios. Cuidadoso ao ponto de ser exigente e preciso em relação aos detalhes. Mente inquiridora. Mais autocrítico (mas não gosta de ser criticado por outros). Geralmente aquele que inicia, planeia e organiza eventos. Sabe resolver problemas. Uma abundância de energia mental, têm boa memória. Limpo e metódico. Sociável e recetivo. Prático, leal e confiável. Ocupações Adequadas incluem a escrita (incluindo música e escrita simbólica). Excelentes professores e palestrantes. Podem também tornar-se escritores ou jornalistas. São atraídos por pessoas com os mesmos valores. Tendência a ser extravagante (gastar muito dinheiro). Órgãos do corpo que Podem Ser Mais Sensíveis: Abdominais, intestino delgado, duodeno e cólon. Cristais Bons: Peridoto e safira. Protegem a aura e fornecem proteção. Purifica energias densas.

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Maat:

Simboliza a Justiça, Ordem. Como tutora celestial, dará assistência na compreensão de questões e ideias complexas. Era uma das filhas de Rá. Traços da Personalidade: Excelente mediador(a). Afável. Encantador. Jogam sempre limpo. Bom negociador. Argumentativo. Às vezes, incapaz de se comprometer. Braços longos e graciosos como as asas estendidas de Maat. Forma persuasiva de expressão (ver ambos os lados do argumento). Capaz de discutir o seu ponto de vista. Pode ter um traço excêntrico, odiado por uns e amado por outros. Órgãos do Corpo que Podem Ser Sensíveis: Rins. Cristal: A opala pode ser usada para dispersar infeções, purificar o sangue, os rins e regular a produção de insulina.

Wadjet ou Udjat:

Era representada como uma deusa serpente. Outra representação dessa serpente era Uraeus - a serpente que surgia na testa de faraós (representa a terceira visão, chakra ajna). Ela era associada à terra e representada como uma mulher com cabeça de cobra ou uma naja com a cabeça de uma mulher. Traços de Personalidade: Ansioso e rápido a aprender. Mente lógica e calculista. Excelente tempo

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(pacientemente à espera para atacar). Encontra soluções práticas para problemas em que outros falharam. Olhos para os detalhes. Grandes dançarinos. Tem uma qualidade hipnótica. Prospera em climas quentes. Apaixonado e sensual. Pode ser implacável. Não lida bem com rompimentos (de relacionamentos). Órgãos Sensíveis: Reprodutores. Genitais. Infeções fúngicas, infeções urinárias, alergias etc. Porém, quando tem alguma doença ou ferida, recupera rápido. Cristal: Granada. Protege e proporciona confiança para superar obstáculos. Ajuda a reforçar o sistema imunitário.

Mut:

Foi esposa de Amon e mãe adoptiva de Khensu. Deusa poderosa na XVIII dinastia. Mut significa “a grande Mãe”. Mut garante imunidade a danos e protege de ferimentos ou destruição. Traços de Personalidade: Pessoas idealistas e espirituais. Gostam de filosofia e misticismo. Honestas. Adaptam-se a qualquer situação. Sensíveis e afetuosas. Podem ser tímidos. Apenas ao se aproximar de alguém é que mostram o seu conhecimento, sabedoria e generosidade. Sabem como atrair os outros com o seu charme e paciência. Órgãos do corpo Sensíveis: Coxas, ancas. Fígado. Cristal: Sodalita. Ajuda a cancelar algumas das suas potencialidades negativas, entre elas: impaciência e falta de diplomacia. Amplia a intuição.

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Khnum ou Khunum:

Este deus tem cabeça de carneiro, porém também é associado ainda à figura da cabra, daí a associação com capricórnio. Em Português também conhecido por Quenúbis. Khnum representa as energias procriadoras que animam, trazem a força vital ou a excitação; o processo de iniciar uma entidade inanimada. Estava também ligado à criação dos seres humanos - criou os seus corpos e a sua alma (ka). Traços de Personalidade: Analíticos. Confiantes e autoritários. Podem criar oportunidades de qualquer coisa. São pessoas empreendedoras, com visão para o negócio e para o sucesso. Órgãos Sensíveis: Joelhos. Cristal: Ónix. Proporciona concentração e autocontrolo, equilibra as energias e traz proteção. Combate a apatia.

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Shu:

Deus do ar seco. Shu é o responsável por separar o céu da terra e também criou as estrelas. Proporciona-nos sonhos de cura e inspirações. Traços da Personalidade: Pode encaixar-se em qualquer situação e ter um tremendo potencial criativo. Muitos são teatrais e capazes de cativar uma audiência sem se esforçarem. São capazes de argumentar o seu caso ou o de menos infeliz com eloquência. Compartilham uma estreita afinidade com a natureza, além de uma espiritualidade altamente desenvolvida. Intuitivos / Instintivos. Discurso inspirador. Órgãos Sensíveis: Tornozelos. Esqueleto. Um sistema imunológico altamente activo, o que significa que podem ocasionalmente sofrer de problemas como febre do feno, asma ou erupções cutâneas. Cristal: Turmalina azul. Atrai vibrações positivas, favorece o pensamento e a razão, traz clareza mental, inspiração e protege os relacionamentos, especialmente as amizades. Também tem a função de combater a insónia e promover um sono tranquilo.

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Auset (Ísis):

Uma das principais divindades. Ela foi esposa de Osíris e tiveram um filho (Hórus). Trindade egípcia: Ísis, Osíris e Hórus. Foram construídos diversos templos em sua homenagem. Auset governa a gravidez. O nome Auset significa “O trono”. É a personificação das faculdades instintivas que governam a nossa capacidade de cuidar e nutrir os outros. Era conhecedora dos segredos da magia, agricultura e medicina. Traços da Personalidade: Um cônjuge ideal. Procuram um relacionamento romântico com pessoas empreendedoras e despreocupadas. São pessoas sociáveis que gostam de dar conselhos aos outros. Se for mulher será uma mãe protetora. Amáveis. Intuitivos. Astutos. Visões e ideias holísticas. Sem tacto, e por vezes falam impulsivamente. Órgãos Sensíveis: Pés. Cabeça (podem ter enxaquecas regularmente). Cristal: Ametista. Estimula a intuição, a meditação e o crescimento espiritual. Ajuda a superar hábitos nocivos e que prejudicam o organismo. Elimina desequilíbrios, traz força, paz, estabilidade emocional e ameniza o stress.

Magia Egípcia. Sílvio Guerrinha 2021

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