Espaço SINDIMETAL RS 65

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65 - Julho / Agosto 2017 | ANO 11

INSTITUCIONAL

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Lideranças na FIERGS/ CIERGS

COMITÊ

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Cargos e Salários

JURÍDICO

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Reforma Trabalhista

VITRINE

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PPL 30 anos

SEMINÁRIO GESTÃO DAS ÁGUAS: UMA ABORDAGEM ESTRATÉGICA Página 08

LEI AMPLIA ABRANGÊNCIA DA TERCEIRIZAÇÃO PARA AS EMPRESAS Página 09


PONTO DE VISTA

Vantagem Competitiva no Vale do Sinos Volker Lübke

Vice-Presidente do SINDIMETAL RS

O nosso

dia a dia normalmente consiste em resolvermos problemas iminentes. Deixamos pouco espaço para pensar nas ações necessárias para o crescimento em médio e longo prazo. Como consequência, somos empurrados para uma posição defensiva, tirando o foco daquilo que nos permite desenvolver nossos negócios num prazo mais longo. Porém, para liderar uma empresa não podemos ser somente reativos. Precisamos também desenvolver e ampliar a visão para garantir o sucesso e o desenvolvimento sustentável dos negócios.

Aproveito este espaço para alertar os leitores sobre a importância de algumas mudanças tecnológicas, que estão ocorrendo na indústria e que, eventualmente, não vêm recebendo a devida atenção. Em especial, aquilo que o marketing resolveu denominar ‘Indústria 4.0’. No meu entender, é um novo patamar de utilização da tecnologia digital nos sistemas de produção, como sistemas que disponibilizam dados de forma instantânea, sendo processados por programas que aprendem de maneira autônoma, programando máquinas que se comunicam entre si. Como podemos aproveitar esta inovação? Primeiramente temos que reconhecer que o conhecimento de ponta, necessário para acompanhar

esta nova tendência, está disponível e muito próximo de nós. No Vale do Sinos temos os Institutos SENAI de Inovação (ISI) e as Universidades focando em tecnologia de ponta. Nestas instituições há especialistas que conhecem profundamente estas novas tecnologias e as atualizam constantemente, além de existirem equipamentos e softwares às vezes únicos no Brasil. Em tese, isto possibilita reduzir nosso custo de pesquisa e desenvolvimento. Também permite que pequenas e médias empresas possam evoluir, a ponto de suprir deficiências específicas na cadeia de fornecimento das empresas maiores, talvez até formando parcerias importantes, criando novos conceitos estratégicos, que precisam ser desenvolvidos em conjunto. Reconheço que ainda temos dificuldade em aproximar a indústria e as instituições de pesquisa, mas insisto em perceber isto como uma grande oportunidade oferecida pela disponibilidade de tecnologia de ponta em nossa região. Percebo certa dificuldade de a indústria entender como as instituições podem ajudar; qual o custo e como pode ser financiado. Por outro lado, as instituições muitas vezes têm dificuldade em fazer a promoção comercial de seus serviços. Na prática, vislumbrar oportunidades depende de uma postura visionária. Às vezes, parece que cada um espera que o outro

tome a iniciativa, por não saber exatamente como dar o primeiro passo. Nas diversas visitas ao ISI SIM (Instituto SENAI de Inovação Soluções Integradas em Metalmecânica de São Leopoldo) e também aos Institutos Tecnológicos da UNISINOS percebi que é uma questão de iniciativa. O primeiro passo deve ser de aproximação, para entendermos o que existe por aí e para que possamos trocar ideias sobre possíveis experiências, a fim de aprendermos com os cases de sucesso. Portanto, precisamos ampliar nossa visão e conhecer o que existe; conversar com as pessoas e pensarmos juntos como usar os recursos para gerar um resultado produtivo e sustentável. O SINDIMETAL RS tem tomado várias iniciativas neste sentido, em especial junto aos Institutos SENAI de Inovação. Certamente é um caminho de tentativas, de erros e acertos, mas se compartilharmos as experiências existentes, na região, temos muito a ganhar. Desafio todos a pensar em como criar este ambiente visionário para o nosso segmento. O SINDIMETAL RS talvez possa ser um facilitador. Acredito que as novas tecnologias serão fundamentais para a competitividade da indústria no futuro e, certamente com relação ao assunto, a nossa região é privilegiada!

Acredito que as novas tecnologias serão fundamentais para a competitividade da indústria no futuro...

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EDITORIAL

editorial

DIRETORIA | GESTÃO 2016-2018

Entidade em movimento

O SINDIMETAL RS tem sido presente e atuante

em várias frentes, sempre em prol das empresas dos segmentos que representa. Seguindo este objetivo, uma representatividade importante foi renovada junto à FIERGS/ CIERGS, como registramos na matéria, na página 05, referente à posse da nova diretoria. Empresários da região marcaram presença no evento e seguem firmes, em diferentes segmentos, trabalhando pelo coletivo. Os bons resultados têm se alastrado e com frequência entidades e empresários realizam visitas técnicas ao SINDIMETAL RS. Veja, na página 04, a vinda da comitiva da FIRJAN, do Rio de Janeiro, com um grupo de lideranças dispostos a conhecer as ações e iniciativas realizadas. Na página 09, a cobertura do Seminário Terceirização esclarece sobre as recentes alterações legislativas. Já o evento Cargos e Salários, promovido pelo Comitê Gestão de Pessoas foi estendido para os demais comitês e grupos da entidade, resultando numa experiência positiva e de sucesso. Conheça mais sobre o assunto em pauta, na página 10. Inovando, a Assessoria Técnica Ambiental está disponibilizando mais um serviço às associadas e filiadas. Trata-se da captura de imagens aéreas com o uso de drones. Veja na página 11. Mantendo a tradição, a Assessoria Jurídica Tributária orientou gestores sobre mudanças na Legislação e demais temas. Acompanhe o assunto na página 12. Na sequência, a Reforma Trabalhista é abordada com propriedade. Conheça as principais alterações, na página 13. A coluna Mercado, na página 15, tem partilhado com os leitores cases de sucesso, comprovando que o segmento está empenhado em trabalhar com determinação pelo desenvolvimento. Parabéns às associadas Stihl, HT Micron e Gerdau pelas conquistas, bem como à direção e equipe da PPL, que nestes 30 anos de existência segue se reinventando. Como disse, com propriedade, o vice-presidente da entidade, Volker Lübke, na coluna Ponto de Vista, na página 02, “se compartilharmos as experiências existentes, na região, temos muito a ganhar”.

Boa leitura e bons negócios! Até a próxima edição!

E X P E D I E N T E

PRESIDENTE

CONSELHO FISCAL - SUPLENTES

Raul Heller

Pedro Paulo Lamberty Ricardo Kiszewski Rubén Antônio Duarte

VICE-PRESIDENTES

Arno Tomasini Leonardo Pedroso Filho Roberto Dauber Sergio de Bortoli Galera Vitor Fabiano Ledur Volker Lübke

DELEGADOS REPRESENTANTES JUNTO À FIERGS TITULARES

Raul Heller Sergio de Bortoli Galera

SUPLENTES

SECRETÁRIO

Roberto Petroll

Volker Lübke Arno Tomasini

TESOUREIRO

DELEGADOS REPRESENTANTES

Udo Wondracek

DIRETORES

Ademir Luiz Costella Celso Luiz Rodrigues Christine Lange Daniel Carlos Pereira Darlan Geremia Emílio Neuri Haag Marcelo Fleck Marcelo Mariani Paulo Roberto Jacobsen Ronei Feltes Silvino Geremia Thiago Piovesan Tiago Alliatti Beleza Valdir Luiz Huning

CONSELHO FISCAL - TITULARES Luiz Antônio Gonçalves Marcelino Leopoldo Barth Roberto Alexandre Schroer

Estância Velha/ Dois Irmãos/ Ivoti Marcelino Leopoldo Barth Esteio / Sapucaia do Sul Ademir Luiz Costella Morro Reuter Ronei Feltes São Sebastião do Caí/ Montenegro Vitor Fabiano Ledur Sapiranga Emilio Neuri Haag Vale Real Roberto Petroll

COMITÊS E GRUPOS

Comitê Empresarial Valemetalsinos Pedro Paulo Lamberty Comitê Gestão de Pessoas Patricia Misturini Comitê Lean Juliano Ilha Grupo Desenvolvimento de Lideranças 2 Gilberto Luiz Cislaghi Junior

SINDIMETAL RS - www.sindimetalrs.org.br Não é aplicativo, não precisa baixar, é só acessar! Agenda, Convenções Coletivas, Cadastro, Notícias, entre outros assuntos.

SINDIMETAL RS - Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico e Eletrônico de São Leopoldo Rua José Bonifácio, nº 204 - 5º andar - Centro das Indústrias - São Leopoldo/RS - Fone (51) 3590.7700

Diretor Executivo: Valmir Pizzutti Redação: Jornalista Neusa Medeiros (Mtb 5062) Relacionamento Institucional: Andrea Maganha

Edição e Produção: Edição 3 Comunicação Empresarial Ltda. Gráfica: Impressos Portão Ltda. Fotos: divulgação

Informativo bimestral Tiragem: 1.800 exemplares Circulação: gratuita e dirigida

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Frases do rodapé: www.mundodasmensagens.com/frases-educacao/ Trabalhos assinados são de responsabilidade de seus autores. O papel deste informativo é proveniente de árvores de reflorestamento. AME • PRESERVE • RECICLE

“O principal objetivo da educação é criar pessoas capazes de fazer coisas novas”.

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INSTITUCIONAL

Federação das Indústrias do Rio de Janeiro realiza visita técnica no SINDIMETAL RS

A diretoria do SINDIMETAL RS recebeu

em sua sede, no dia 05 de julho, comitiva de empresários e executivos, que integram a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (FIRJAN), através do Grupo Metal Mecânico (GMM), composto por nove sindicatos do respectivo Estado. A iniciativa já ocorreu em abril e, na ocasião, o grupo, formado por 17 pessoas, realizou visita técnica ao sindicato e empresas da região, com o objetivo de conhecer as boas práticas de aplicação do Lean. Neste segundo momento, 20 gestores estiveram presentes, reforçando o interesse pelo tema. No dia 05, a comitiva visitou, pela manhã, a Infasul, empresa com Lean aplicado. Na sequência, os integrantes participaram de reunião na sede do sindicato, para apresentação institucional, seguida de almoço, sendo recebidos pelo presidente Raul Heller, o vice-presidente Volker Lübke e equipe executiva. À tarde, a comitiva visitou o Instituto SENAI Calçado e Logística, em Novo Hamburgo, parceiro na execução do programa SPE – Sistema de Produção Enxuta, do sindicato, focado em Lean. Já no dia 07 de julho, a visita técnica foi realizada na Stihl, onde a recepção ficou a cargo do vice-presidente de Operações, Arno Tomasini, igualmente vice-presidente do SINDIMETAL RS.

Diretoria do SINDIMETAL RS recepciona integrantes da FIRJAN Participaram desta comitiva: Adriana Silva Luiz, presidente, e Jairo Rodrigues da Silva Junior, 1º vice-presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas, Automotivas, de Informática e de Material Eletro-Eletrônico do Médio Paraíba e Sul Fluminense (METALSUL); Ana Cristina Bastos Ferreira e Erica Cristina de Fatima Teixeira Machado de Melo, diretoras do Sindicato das Indústrias Mecânicas e de Material Elétrico do Município do RJ (SIMME); Orlando Soares Marques, presidente, e Dalva Iracema Serra Pereira, executiva do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico nos municípios de Duque de Caxias São João do Meriti e Nilópolis (SIMMEC); Lucenil Ferreira de Carvalho e Bernhard Falke Carneiro Döring, presidente e diretor do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico no Estado do RJ (SIMMMERJ), res-

pectivamente; Luiz Eduardo Boynard de Faria, presidente, e Juarez Pessanha Peixoto, diretor do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Campos (SINDMEC); Carlos Henrique Ferrari Martins, diretor, e Viviane Silva Martins, executiva do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e Material Elétrico de Nova Friburgo (SINDMETAL); Rogério Martins de Andrade, presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico no Noroeste do Estado do RJ (SINDMETAL – NOROESTE) e Roberto Francisco Braz, associado e Waltraud Keuper Rodrigues Pereira, presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Petrópolis (SINDMMEP); além de executivos da FIRJAN: Ana Paula da Fonte Moura, Patrícia Galvão Vidal Corrêa, Julia Verlich Postaue Novaes, Myriam Marques e Riveli Brigido.

Atendimento Especializado

U m trabalho diferenciado está sendo realizado em conjunto pelo SEBRAE e SINDIMETAL RS. Trata-se do Atendimento Especializado. Nesta proposta, um técnico do SEBRAE realiza o atendimento nas empresas, por meio de um diagnóstico de gestão, com o objetivo de conhecer e compreender a realidade e necessidades do respectivo negócio. Com base no diagnóstico realizado apresentará in loco, as oportunidades de melhoria, formalizado em um plano de ação específico para potencializar a gestão das empresas.

A Fase 1, piloto, que incluiu São Leopoldo, Sapucaia do Sul, Esteio e Portão, já foi concluída. Agora terá início a Fase 2, igualmente destinada aos empresários de micro e pequenas empresas, optantes do Simples Nacional (com faturamento anual de até R$ 3 milhões e 600 mil reais), que inclui os demais municípios da base de abrangência do sindicato. As áreas de atendimento são voltadas à Gestão Financeira, Gestão de Processos, Gestão de Pessoas e Gestão de Marketing de Vendas. O atendimento é gratuito e tem a duração de 1h. Mais informações poderão ser obtidas através do fone (51) 3590-7706.

Atração de Mão de Obra

O

projeto Atração de Mão de Obra Jovem para a Indústria, desenvolvido pelo SINDIMETAL RS junto à Escola Técnica Frederico Guilherme Schmidt, em São Leopoldo, segue oportunizando a interação entre indústria e escola técnica (e vice-versa). No mês de junho, dias 21 e 22, foram realizadas palestras na escola por representantes das empresas Gedore e Gerdau, respectivamente. Entre os assuntos abordados com os alunos, o destaque foi Carreira e preparação para o mercado de trabalho, tema a cargo de Caroine Queiroz, da Ferramentas Gedore, a convite do comitê Gestão de Pessoas. Já o link da escola técnica com o mercado abordou a Manutenção preditiva com foco na indústria 4.0, que ficou a cargo de Luciano Kroin e Guilherme Ávila Nascimento, ex-aluno do Frederico, ambos da Gerdau, através do grupo Manutenção.

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INSTITUCIONAL

REGIÃO REPRESENTADA NA DIRETORIA DA FIERGS/ CIERGS A Federação e o Centro das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS/ CIERGS)

A cerimônia, para 2 mil convidados, ocorreu no Teatro do SESI, em Porto Alegre, e contou com a presença do governador do Estado, José Ivo Sartori, e o vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Glauco José Côrte. No evento, Petry comprometeu-se a ser um porta-voz dedicado e esforçado do setor. Em seu discurso de posse, ele também destacou que a Federação e o Centro são entidades que não se filiam ou se aliam a qualquer partido político. “Nosso alinhamento é com o setor industrial, com o desenvolvimento do Rio Grande do Sul e do Brasil, e com a ética e a decência nos negócios, especialmente para aqueles que dizem respeito à administração pública”, afirmou, salientando que as dificuldades das empresas não são virtuais, mas problemas concretos que precisam ser resolvidos.

Empresário Gilberto Porcello Petry à frente da FIERGS/ CIERGS Heitor José Müller desejou sucesso ao novo presidente e um novo momento para o País. “Se houvesse o encontro do Estado Brasileiro com a Nação Brasileira, o nosso País, sem qualquer dúvida, seria imbatível. Espero que, durante a próxima gestão da FIERGS, o Brasil possa começar uma nova história”, disse. Empresários de todos os setores do Vale do Sinos, Caí e Encosta da Serra estão presentes nas diretorias empossadas, firmando uma forte representatividade da região junto à Federação e o Centro das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS/ CIERGS). São eles:

Foto: Dudu Leal

estão sob nova direção, desde o dia 18 de julho. O empresário Gilberto Porcello Petry assumiu, oficialmente, a presidência da entidade para a gestão 2017/ 2020, sucedendo Heitor José Müller após duas gestões consecutivas. Nesse período, ele também passa a administrar o Serviço Social da Indústria (SESI-RS), o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI-RS) e o Instituto Euvaldo Lodi do Rio Grande do Sul (IEL-RS).

Diretoria FIERGS - Vice-presidente Cezar Luiz Müller. Diretores: Aristides Inácio Vogt, Carlos Eckhard, Darcio Klaus, Gilberto Brocco, Hernane Kaminski Cauduro, Julio Cezar Steffen, Marlos Davi Schmidt, Ricardo José Wirth, Sergio de Bortoli Galera. Conselho fiscal: Sérgio Bolzan Panerai (suplente). Diretoria CIERGS - Vice-presidentes: José Agnelo Seger, Marcos Odorico Oderich. Diretores: Celso Theisen, Cláudio Guenther, Eduardo Renato Kunst, Marcus Coester, Raul Heller, Ricardo Menna Barreto Felizzola, Volker Lübke.

Müller é homenageado pelos conselhos do SESI e SENAI

H eitor José Müller presidiu reunião conjunta dos conselhos regionais do SESI e do

SENAI, no mês de julho, na sede da Federação das Indústrias. O encontro teve a apresentação da retrospectiva das duas instituições nas duas gestões de Müller. “Saio feliz por ter conseguido mexer com a educação do Sistema”, disse Müller. “Mostramos que é possível fazer coisas diferentes e conseguimos. Saio com o dever cumprido e grato”, destacou.

Foto: Dudu Leal

Ao final do encontro, o presidente Heitor Müller (ao centro) recebeu uma placa em homenagem a sua gestão, à frente do Sistema FIERGS, dos dois conselhos regionais, entregue pelos integrantes mais antigos, Ademar de Gasperi (SENAI) e Raul Heller (SESI) (da esquerda para a direita).

O

Evento Trein@ BNDES

SINDIMETAL RS apoiou o evento Trein@ BNDES do Conselho da Pequena e Média Indústria (COPEMI/ FIERGS), no dia 7 de julho, das 9h às 13h, com a cedência do auditório da entidade, para sua realização.

Capacitação sobre Credenciamento Finame e Cartão BNDES foi o tema em pauta, ministrado pela equipe do BNDES. O mesmo também contou com a parceria do Núcleo de Acesso ao Crédito (NAC/RS), Posto de Informações FIERGS/ BNDES e Gerência Técnica - GETEC – FIERGS.

“A vivência na escola é tão importante quanto uma boa educação familiar”.

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INSTITUCIONAL

PROJETO PILOTO SENAI

Brasil Mais Eficiente (Eficiência Energética) B

rasil Mais Produtivo é um programa do governo federal coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), cujo objetivo é aumentar a produtividade das pequenas e médias indústrias participantes. O programa conta com a parceria do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (APEX-Brasil) e da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). Além disso, o apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A Consultoria para Eficiência Energética é uma das ações deste programa e visa eliminar desperdícios energéticos existentes nas indústrias, por meio de ferramentas que podem potencializar os resultados e aumentar a produtividade. Também visa alcançar o melhor uso das fontes de energia por meio de análises e soluções para os elementos de consumo energéticos de uma empresa, como motores, iluminação, refrigeração, etc. As soluções implementadas têm o objetivo de reduzir o consumo energético por unidade produzida, ou seja, possibilita às empresas fazer mais com menos, ou produzir mais com menos energia, reduzindo, desta forma, os custos de produção e aumentando a produtividade industrial. Para cumprimento do objetivo deste serviço de consultoria, o escopo do projeto foi dividido em etapas de trabalho conforme a seguinte programação: Caracterização do consumo energético; Apresentação visual dos dados do fluxo de energia com identificação de recursos de maior consumo energético; Identificação de oportunidades de melhoria; Descrição das intervenções realizadas a partir da lista de priorização da empresa; Descrição dos resultados; e Análise dos indicadores de redução do consumo de energia e projeção do retorno dos investimentos. EMPRESAS ASSOCIADAS - O programa piloto, de consultoria em eficiência energética foi aplicado em duas fases, sendo a primeira iniciada em outubro de 2016 e finalizada em abril de 2017. Já a segunda fase teve início em maio e finalizou em julho deste ano.

Há uma proposta sendo discutida com os órgãos parceiros, mencionados anteriormente, para expansão do programa no País. Há expectativa de que no Rio Grande do Sul sejam contempladas 40 empresas, destas, inclusas as do setor metalmecânico. As empresas participantes da primeira fase na região metropolitana foram Infasul, de São Leopoldo; e Metalsinos, de Araricá. Na segunda fase, Celsus, de Novo Hamburgo; e Imac, de Sapucaia do Sul, todas associadas ao SINDIMETAL RS. AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS - O programa prevê indicadores de desempenho, sendo que o objetivo principal é a otimização do consumo energético e a redução do custo com energia por meio de ações sem investimentos e/ ou com recursos de OPEX. A meta do programa é reduzir em 10% o consumo energético e as despesas com energia para as cargas alvos identificadas no diagnóstico energético, além de um retorno financeiro menor que 12 meses para o custo do programa. Em todas as empresas participantes, as metas foram superadas, tanto à redução de consumo e custo com energia - que superou os 10% -, como ao retorno do investimento, que ficou abaixo dos 12 meses, conforme pretendido. Em alguns casos, ações como adequação de tarifa de energia, desligamento de subestações de energia, manutenção em vazamentos de ar comprimido e reaproveitamento de energia térmica nos processos de fabricação possibilitaram a obtenção dos resultados apresentados. O Instituto SENAI de Tecnologia em Petróleo, Gás e Energia, executor das consultorias nas empresas mencionadas, coloca-se à disposição ao atendimento dos serviços apresentados, possibilitando melhorias nas instalações industriais. Contatos podem ser feitos via e-mail marcos.cruz@senairs.org.br ou telefone: (51) 3904-2660.

Cadastro de Aprendizes

O

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI RS) disponibiliza um Cadastro de Candidatos a Aprendizes para Empresas Industriais, implantado no ano passado, pelo qual as empresas têm acesso para a seleção e indicação de cotistas. A iniciativa visa fortalecer, desde então, o relacionamento com a comunidade industrial

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e a qualificação do aprendiz para facilitar a sua inserção no mundo do trabalho. Este cadastro de candidatos é gratuito e pode ser conferido através dos editais lançados pelas escolas, anualmente, no primeiro e segundo semestres. É destinado aos interessados em matricular-se nos cur-

sos de Aprendizagem Industrial, que têm duração de 2 anos. Para o ingresso diretamente na indústria, após a conclusão do curso, o ideal é que esses jovens cotistas, aprendizes, tenham mais de 16 anos. Mais informações através das escolas do SENAI na região ou site www.senairs.org.br.


GRUPO

Vitória da persistência

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empre que pensamos na atual situação econômica do País ficamos perplexos. Com toda esta crise política, ética e moral fica cada vez mais evidente, no meio empresarial, os fatores, que ainda mantém muitas empresas abertas: a persistência e a resiliência das lideranças. Em tempos de escassez de demandas e baixa de pedidos é necessário algo a mais para manter a máquina funcionando, e tem sido este um dos papéis das lideranças. É necessário estar sempre atento aos sinais do meio em que estamos. Além disso, é preciso ter ‘olhar clínico’ para encontrar entre várias pessoas e colaboradores aquelas que estão verdadeiramente engajadas no mesmo propósito, com a mesma ânsia e coragem para lutar e que, principalmente, possuem características de persistência e resiliência. Devemos buscar formas de superar os contextos negativos que permeiam nossa atualidade e que, num primeiro momento, não possuímos mecanismos de ação sobre os mesmos. Precisamos focar todos os esforços naqueles aspectos que devem ser corrigidos e melhorados, garantindo assim que não utilizaremos o pretexto da crise, seja ela do tipo que for para barrar nosso crescimento e evolução. A pior herança que qualquer crise pode deixar é a estagnação, pois passado o tempo percebe-se que a mesma serviu, na verdade, para justificar um período de comodismo, onde todos os maus resultados foram atribuídos ao fator crise, consumindo recursos irrecuperáveis. A visão oposta, o maior legado de uma crise é a utilização deste período como um grande desafio, onde a evolução deve ser acelerada e todos os recursos utilizados de maneira mais otimizada, colocando a empresa em posição privilegiada, no período de retomada. Sabemos que é cada vez mais evidente a necessidade de trocas de experiências, onde boas práticas devem ser compartilhadas entre as corporações, fazendo com que os resultados positivos sejam multiplicados. Certa vez, num dos treinamentos realizados no SINDIMETAL RS uma frase foi dita e ecoa até hoje nas nossas mentes: “quando detemos o conhecimento temos a obrigação de multiplicá-lo”. Com isso podemos dizer que, além da persistência e da coragem é necessário buscar apoio, no sentido de ajuda, de troca de experiências, aplicando e multiplicando aquilo que é absorvido. Fortalecer dentro de nós e daqueles que nos rodeiam a necessidade de mudança de hábitos, de atitudes e de pensamentos. Não basta ser do bem, é necessário fazer o bem.

Carlos César do Reis e Gilberto Luiz Cislaghi Junior Grupo Desenvolvimento de Lideranças – DL 2

BIOMIMÉTICA: TENDÊNCIA NOS NEGÓCIOS

Giane Brocco apresenta ideia inovadora

A genialidade da natureza, com soluções inovadoras e sustentáveis para a sua realidade, tem sido observada e analisada por especialistas. Os resultados têm inspirado novas tecnologias, que podem ser aplicadas nas empresas, nos produtos, em processos e sistemas, tornando-os mais sustentáveis e regenerativos. Este conceito nos remete a Biomimética “uma das cinco tendências de tecnologia, que podem conduzir a empresa para o sucesso”, segundo a Forbes Magazine. O tema Biomimética foi abordado com muita propriedade pela engenheira de Produção Mecânica, Giane Brocco, no dia 14 de agosto, às 17h30min, na sede do SINDIMETAL RS, numa promoção do DL 2, extensiva aos demais comitês e grupos. Es-

CAPACITAÇÕES SOBRE NEGOCIAÇÃO

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o mês de julho, o DL 2 e o DL 3 participaram de capacitações sobre Negociação, ministradas pelo professor Ivan Garrido, com pós-doutorado e mestrado em Administração, atuante nas universidades e consultor de grandes empresas. Capacitar os participantes para a compreensão e identificação (percepção) dos aspectos comportamentais e táticos, que influenciam o processo de negociação foi o objetivo principal dos cursos, no entanto os enfoques para cada grupo foram diferentes, sendo um básico e outro avançado.

S

REUNIÃO E VISITA NA CRK E GREFORTEC

eguindo a iniciativa de propiciar maior integração e ampliar o conhecimento entre as empresas, que compõem o grupo Desenvolvimento de Lideranças 2 (DL 2), as reuniões dos meses de julho e agosto não ocorreram na entidade.

pecialista em Biomimética, mestre em Engenharia de Produção e Sistemas, Giane Brocco é fundadora do Biomimicry Brasil, além de atuar como diretora executiva da Mercobor. A beleza, a força, a inteligência e o poder da natureza movem os seus projetos desenvolvidos na área da Biomimética. Entre eles estão um novo processo sustentável de injeção a frio, com luz UV; Indicadores Ambientais Industriais, baseados nas Sequoias e um labirinto sensorial, com base nos ‘super sentidos’ dos animais. “Um mundo sustentável já existe”, comenta Giane, “nós temos que acessar essa sabedoria; o conhecimento; as receitas químicas; as estratégias dos organismos, e até mesmo os seus propósitos, utilizando com sucesso a natureza, permitindo que a vida e os negócios prosperem”. Quando formos pedir um conselho, Giane reforça que devemos lembrar que a natureza pensou nisso primeiro. Novas soluções exigem novas formas de pensamento. “Temos que ser percussores em tecnologia, quebrar paradigmas. O mundo está multidisciplinar e linear, é necessário adequar a forma de pensar”, justifica. A Biomimética chegou como a tendência número um nos negócios em 2017. “Precisamos entender qual o propósito da nossa empresa e nos reconectarmos com a natureza, olharmos com mais detalhamento, pois o planeta é um imenso laboratório”, salienta a especialista, que na ocasião apresentou, também, vários cases de sucesso sobre o assunto.

No DL 3, de nível básico, que ocorreu nos dias 12 e 19 de julho, foram trabalhados os conceitos e práticas mais iniciais da negociação, principalmente ligados a aspectos mais comportamentais, sendo dada maior ênfase à ação do negociador em termos de comunicação, relacionamento e personalidade, evidenciando efetivamente as causas e consequências do papel do negociador sobre os seus resultados de curto e longo prazo.Já no curso aplicado no DL 2, de nível avançado, que ocorreu nos dias 10 e 17 de julho, além dos aspectos comportamentais acima citados, foram inseridas técnicas de negociação com o objetivo de associar os comportamentos aos elementos mais estratégicos e técnicos do processo. No dia 03 de julho, a mesma teve lugar na CRK e, no dia 07 de agosto, na Grefortec. Nas duas ocasiões, as participantes do grupo das duas empresas, Bianca Kiszewski de Medeiros e Andrea Peres Gremes Pereira, respectivamente, receberam os demais integrantes do DL, para apresentação institucional e visita às fábricas.

“Estamos todos matriculados na escola da vida, onde o mestre é o tempo”.

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AÇÃO

SEMINÁRIO GESTÃO DAS ÁGUAS

DISSEMINA BOAS PRÁTICAS E CONSUMO CONSCIENTE

Curia, Nabinger, Dias, Gladzik, Moraes e Santos (da esquerda para direita)

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água é um bem precioso, cada vez mais escasso. Com base neste pensamento o SINDIMETAL RS organizou o Seminário Gestão das Águas, no dia 18 de agosto, no horário das 8h às 11h30min. “O evento foi uma oportunidade para que as empresas possam aprimorar o uso e a gestão deste recurso natural”, alerta a técnica Ambiental, Ana Cristina Curia, da BEE Assessoria e Consultoria, assessoria técnica ambiental da entidade. “Indústrias exercem um caráter fundamental para a disseminação de práticas, que contribuam para a sustentabilidade do uso da água”. Conforme Ana, “o estabelecimento de programas de gestão hídrica oportuniza a promoção de tais práticas, uma vez que proporciona um cenário ambientalmente correto, economicamente viável e socialmente justo”. BOAS EXPERIÊNCIAS - A programação teve início com a palestra sobre Gestão e Oportunidade de Águas Industriais, a cargo de Carlos Moraes, professor universitário e decano da Escola Politécnica Unisinos. “Cada vez mais os recursos naturais estão comprometidos, pois o aumento do consumo tem sido representativo”, alerta. “A população continua descartando os seus resíduos em lugares impróprios, como na beira dos rios”, lamenta Carlos. “A gente precisa cumprir com estas responsabilidades, com soluções dentro e entre as nossas fronteiras”. A importância do conceito de ‘produção mais limpa’, deve ser uma mudança cultural. “Se pensarmos em água, existem exemplos que já utilizam o ‘ciclo fechado’, como na Alemanha.

Na sequência, a arquiteta Viviane Nabinger, Secretária Executiva do Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos (Comitesinos), especialista em Planejamento Urbano e Habitacional e diretora da Ingabor Borrachas, falou sobre Água de Todos para Todos. “O Rio Grande do Sul tem a maior oferta de água para as nossas atividades, mas temos conflitos por questões de quantidade e qualidade”, informa. Conforme destacou Viviane, “a água é um bem público, de domínio do Estado, com valor econômico e fundamental para o desenvolvimento da vida, em todas as suas formas”. Com relação à Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos a mesma possui uma área de 4 mil Km², abrangendo 32 municípios e uma população de 1,3 milhão (18,6% da população do RS). Os eventos extremos são uma realidade neste contexto, como escassez e abundância (enchentes) de água e falta de turbidez e balneabilidade. “Parte se deve aos esgotos domésticos sem tratamento, pois apenas 5% são tratados, e aos lançamentos dos esgotos industriais, hoje, com abatimento de cargas, incluindo também o descuido de espaços, áreas estratégicas, como lixo, erosão, entre outros”, enfatiza. A atuação do Comitesinos completou 29 anos, em 2017, tendo sido criado através do Decreto Estadual Nº 32.774, de 17 de março de 1988. Conforme Viviane, as atribuições são mediar, articular, propor e deliberar, aplicando conhecimento científico (órgãos públicos, universidades e entidades extensionistas); legitimidade social (comitê de bacia) e concretude de procedimentos (MP/RS). O biólogo Joel Garcia Dias, diretor de Planejamento e Proteção Ambiental, da secretaria municipal de Meio Ambiente de São Leopoldo (SEMMAM SL), abordou sobre o Sistema Municipal de Recursos Hídricos. “Não há previsão de aumento dos recursos hídricos, podendo haver inclusive um declínio se considerarmos a necessidade de transposição de águas da bacia do Caí para manter a vazão do rio”, enfatiza. Segundo Joel, “o Rio dos Sinos não é considerado o mais poluído do

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Rio Grande do Sul. O Rio Gravataí o suplanta, pois houve uma piora da situação. Na realidade, a divulgação do trabalho Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil, em 2009, cita ambos os rios como em estado mais crítico neste Estado e entre os piores do Brasil”. Joel também abordou questões pertinentes aos arroios João Corrêa, Kruse, Sem Nome, Peão, Gauchinho, da Manteiga e Cerquinha, alertando que entre as principais ameaças estão ocupações irregulares nas suas margens, com lançamento de efluentes domésticos e industriais. CASES - Na continuidade, foram apresentados os cases da Stihl – Gestão das Águas, com Gustavo Gladzik; e Taurus – Gestão Hídrica, sob a responsabilidade de Taís Viacava Valle Santos, sendo Ana Curia a mediadora do debate. Gustavo Gladzik, engenheiro Sanitarista e Ambiental, responsável pelas áreas de Meio Ambiente, Central de Resíduos, Estação de Tratamento de Efluentes e Águas, da Stihl, relatou que a empresa busca a redução do consumo total da água, apoiando iniciativas de funcionários, bem como a independência do abastecimento externo, através do reuso de efluentes; utilização da água de forma consciente e de poços artesianos, assim como do tratamento de água industrial. Um exemplo mencionado foi o controle da qualidade de água de lavagem e reciclo interno no setor de cromagem. Entre os projetos para 2018 estão o aumento da capacidade de armazenamento da água da chuva e mais economia de água potável. Taís Viacava Valle Santos, engenheira Química e supervisora de Meio Ambiente, da Taurus, apresentou a nova estrutura organizacional da empresa e registrou que a área ambiental responde diretamente à direção. Com o objetivo de reduzir os impactos no meio ambiente e atender aos requisitos legais, a Taurus investiu cerca de 10 milhões em Projetos Ambientais ao longo de 2016 como a Central de Resíduos e Almoxarifado de Produtos Químicos e Estação de Tratamento de Efluentes e Água. “Na realidade, estamos atentos a estas demandas o ano inteiro. O próprio vestiário da empresa reutiliza a água; foram sanados vazamentos e/ ou substituídas tubulações”. A Taurus está comprometida em preservar a sua área ambiental e dissemina esta prática e cuidado junto os seus funcionários, valorizando as iniciativas que contribuam para o consumo consciente.


AÇÃO

SEMINÁRIO TERCEIRIZAÇÃO esclarece associados e filiados adotado, mas que gerava uma grande insegurança jurídica no cotidiano empresarial brasileiro. Com a publicação destas novas leis, a sua adoção passa a ser lícita, em todas as atividades da empresa, causando uma grande transformação nos conceitos e critérios até então adotados pelas mesmas, possibilitando também a ampla contratação de prestadores de serviços.

Gisele Garcez e Júnior Arnecke

O

s advogados Gisele de Morais Garcez e Júnior Eduardo Arnecke, do escritório Garcez Advogados Associados, foram os palestrantes do Seminário Terceirização, no dia 26 de julho, no horário das 14h às 15h30min, na sede do SINDIMETAL RS. Na ocasião, ambos abordaram de forma compartilhada o tema Terceirização frente às recentes alterações legislativas oriundas das Leis 13.429/ 2017 e 13.467/ 2017. Segundo Gisele Garcez, a terceirização é um modelo de relacionamento mundialmente

Enfatiza, entretanto, que embora as empresas estejam autorizadas a adotar este modelo de relacionamento, uma série de requisitos devem ser observados. “É aconselhável que se mantenham especificados, no contrato de prestação de serviços, os motivos que justificam a respectiva contratação”. Também mencionou a importância de serem atendidos alguns requisitos fundamentais, como informações sobre o CNPJ, registro na Junta Comercial e o capital social da empresa, que deverá ser compatível com o número de empregados. Conforme o advogado Júnior Arnecke, na atual legislação é destacada a necessidade de serem implementadas medidas de controle e registros em relação aos serviços prestados, sobretudo porque a nova lei reconhece que a contratante é responsável pelo cumprimento das obrigações com os trabalhadores envolvidos. “Posso terceirizar grande parte das atividades, desde

que sejam especificas e determinadas, mas se não houver a observância dos critérios legais previstos na lei, as consequências e possíveis prejuízos podem ser grandes”, afirma. Ressalta em sua explanação, que “as empresas devem eleger bons parceiros para evitar futuros problemas”. Outra novidade é relativa ao fato de que o empregado que for demitido não poderá prestar serviços para a respectiva empresa na qualidade de prestadora, antes de 18 meses, contados a partir da sua demissão, ficando a exceção para o caso dos aposentados. Na prática, salienta Júnior, devem constar no contrato os serviços determinados e específicos, prazo e preço, além de garantir condições de saúde e segurança do trabalho. “Cabe verificar sempre a idoneidade da empresa a ser contratada, a regularidade na prestação de serviços e a capacidade técnica e financeira para que a mesma possa cumprir com o contrato e com as demais obrigações havidas”, finaliza Júnior. A promoção do seminário foi do SINDIMETAL RS, em parceria com o SINBORSUL, SINDARTCOURO e SINDIVEST, direcionada aos empresários e gestores das empresas associadas e filiadas dos respectivos sindicatos.

Público atento às informações divulgadas

11º MEETING Gestão de Pessoas

terça-feira

26/09 Save the Date “A vida deve ser uma constante educação”.

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COMITÊ

Seminário sobre Cargos e Salários apresenta aspectos relevantes para as empresas A fase dois diz respeito à divulgação. É importante dar conhecimento a todos os níveis da organização acerca dos objetivos e da metodologia a serem empregados, bem como o de buscar uma postura participativa e o comprometimento de todos. É fundamental estabelecer um canal de comunicação único e transparente, minimizando expectativas geralmente criadas por falta ou omissão de informações.

Patrícia esclarece comitês e grupos

O

SINDIMETAL RS promoveu, através do Comitê Gestão de Pessoas, o Seminário Cargos e Salários, no dia 25 de julho, no horário das 8h30min às 11h, em sua sede. A atividade, estendida para os demais comitês e grupos da entidade, foi conduzida com muita propriedade pela coordenadora do Comitê, Patrícia Misturini, gestora de RH, da empresa Gedore. Ao abordar o tema, Patrícia reforçou a importância da estrutura dos cargos estar devidamente organizada na empresa, para que possam ser definidos os respectivos salários. “De todos os processos que envolvem o setor de Recursos Humanos (RH) nas empresas este é o mais importante, por esta razão deve ser estruturado a partir do equilíbrio interno (hierarquia de cargos) e do equilíbrio externo (mercado)”, salienta. Segundo a palestrante, um bom plano de cargos e salários, deve estabelecer uma política salarial justa e competitiva, com base nos fatores internos correlacionados a valores de mercado, elaborando normas que assegurem um tratamento equitativo. “Determinar estruturas salariais capazes de reter seus profissionais e de atrair co-

AGENDA SINDIMETAL rs

laboradores para atividades específicas, lembrando-se de definir regras claras e iguais para todos, é primordial”, assegura Patrícia. A definição do perfil do cargo deve levar em consideração também para onde a empresa está sendo direcionada. “As responsabilidades básicas de cada cargo na organização precisam ser definidas claramente, com os respectivos valores, para que seja estabelecido um equilíbrio interno, sem distorções salariais e de acordo com as referências de mercado”, afirma. FASES DE IMPLANTAÇÃO – Para a palestrante, harmonizar os interesses econômico-financeiros da organização, com os interesses de crescimento de vida de seus colaboradores é uma equação que precisa ser realizada. Outro aspecto a ser considerado é a racionalização da estrutura organizacional, que deve possibilitar a redução/ simplificação, bem como servir de base para a evolução quantitativa dos profissionais. A primeira fase é de organização e planejamento, onde o legítimo envolvimento e interesse do corpo executivo com relação ao projeto são definitivos para o sucesso do trabalho.

Na fase três, referente ao levantamento das atribuições, são identificadas todas as funções; seguindo, a descrição do cargo, na fase quatro; a avaliação e classificação dos cargos, na cinco; e pesquisa salarial, na fase seis. Na sequência – fase sete - é realizada a determinação da estrutura salarial, “onde a empresa deverá fazer o ‘casamento’ entre a avaliação de cargos e os resultados da pesquisa salarial; é o momento onde se calcula os valores das faixas salariais para cada cargo ou grupo dentro da empresa, bem como quando a organização irá determinar o ‘grau de agressividade’, definido pelo salário médio de mercado”, destaca Patrícia. Já na fase oito, acontece o exercício de enquadramento de cargos e salários, onde o que vale não é o nome do cargo, mas o que o funcionário realmente faz. E, na última implantação, a fase nove, que diz respeito à política de cargos e salários, onde é concluída a criação e implantação do programa de cargos e salários, bem como os mecanismos de manutenção dos mesmos, lembrando que todos os cargos têm limitadores. Segundo Patrícia, as carreiras estão cada vez mais horizontais. “Precisamos trabalhar com projetos, que envolvam mais pessoas, para darmos conta de tantos desafios”.

Acompanhe e participe, mês a mês, das oportunidades de negócio e qualificação, que estão incluídas na agenda da entidade.

Mais informações poderão ser obtidas através dos telefones (51) 3590-7707 e 3590-7708.

SETEMBRO

OUTUBRO

NOVEMBRO

11 a 15 – Curso CIPA 18/ 09 a 30/ 10 – Grupo de Estudos – Práticas de Atração e Retenção de Pessoas 26 – 11º Meeting Gestão de Pessoas 27 – Curso Mundo do Trabalho – Etiqueta Profissional

03 a 06 – Exposição Mercopar – Caxias do Sul/ RS 05 – Missão Empresarial Mercopar – Caxias do Sul/ RS 16 a 20 – Curso Cipa 18 – Curso Mundo do Trabalho – Significado do Trabalho: Visão sistêmica e Motivação

08 – 6º Fórum Lean 12 a 14 – EEBA – Encontro Econômico Brasil X Alemanha 20 a 24 – Curso Cipa 29 - Workshop Tributário e Econômico – Cenários 2018.

** Programação sujeita à alteração I Consulte a agenda no site www.sindimetalrs.org.br 10


TÉCNICO JURÍDICO E AMBIENTAL / SERVIÇO

BREVES CONSIDERAÇÕES SOBRE O LICENCIAMENTO AMBIENTAL:

necessidade de se manter regular com o Poder Público

A

s indústrias metalúrgicas, inclusive por realizarem atividades com considerável impacto ambiental, necessitam observar todos os procedimentos legais para a instalação e manutenção das suas operações. Alguns desses requisitos legais são observados quando do procedimento de licenciamento ambiental: cuida-se do cumprimento de uma série de exigências através de atos administrativos junto à Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler (FEPAM) ou ao órgão ambiental municipal e, uma vez efetivamente obedecidos, tem-se o resultado satisfatório com a emissão de uma licença ambiental com as condições, restrições e medidas de controle ambiental necessárias. Esse procedimento objetiva esclarecer e determinar a instalação, regularização e a operação das empresas e suas respectivas atividades (inclusive porque cada empresa do segmento metalmecânico apresenta suas características, utiliza recursos ambientais e descarta resíduos de maneira distinta). Existem no ordenamento legal os seguintes tipos de licenças ambientais expedidas em favor das empresas, quais sejam: a licença prévia (LP), que consiste no documento expedido em fase preliminar do planejamento do empreendimento e/ou atividade, em que resta aprovada a localização da empresa, a concepção do projeto e ficam estabelecidos os requisitos básicos e condicionantes para próxima fase; a licença de instalação (LI), que determina a autorização de instalação da atividade de acordo com as especificações constantes nos planos, programas e projetos aprovados pelo Órgão Público, incluindo as medidas de controle ambiental; a licença de operação (LO), quando resta autorizada a operação da atividade empresarial após ser

Eduardo Gaelzer OAB/RS 58.660

verificado o cumprimento do constante nas licenças anteriores, com as medidas de controle e condicionantes determinadas para operação. Apenas a título de conhecimento, refira-se à existência da licença única, que somente tem cabimento para aquelas atividades com porte mínimo e grau de poluição baixo e médio, sendo dispensadas as demais licenças, mas que incabíveis às indústrias do setor metalmecânico. Para cada processo administrativo de licenciamento ambiental há distintos trâmites e podem haver desfechos diferentes, conforme cada tipo de empreendimento e/ ou atividade empresarial e a fase que se encontra. A Resolução CONAMA 237/ 97 definiu as competências da União, Estados e Municípios e determinou que o licenciamento dever ser sempre feito em um único nível de competência. O IBAMA atua, principalmente, no licenciamento de grandes projetos que envolvam impactos em mais de um estado, no mar territorial; na plataforma continental; na zona econômica exclusiva; em terras indígenas; em unidades de conservação de domínio da União; as atividades envolvendo material radioativo; os empreendimentos militares ou aqueles cujos impactos diretos ultrapassem os limites do País. O órgão ambiental estadual é responsável em licenciar empreendimentos localizados em área física que ultrapasse os limites do município e aqueles que não envolvam impactos locais. Sendo os últimos de competência do órgão municipal, no RS, segundo Anexo I e II da Resolução CONSEMA 288/14. Contudo, os procedimentos para solicitação das modalidades de licenciamento são uniformes e iniciam da mesma forma: a empresa interessada ingressa com formulário administrativo junto à

Ana Cristina Curia CREA 104376-D

FEPAM ou à Prefeitura Municipal, requerendo o tipo de licenciamento, demonstrando o seu enquadramento empresarial (através de contrato social e ficha de situação cadastral da Receita Federal). Tanto a FEPAM, como os Município fornecem formulários próprios adequados para cada requerimento e efetuam cobrança de taxas administrativas de licenciamento ambiental que se revertem em favor de Fundos Estadual ou Municipal em prol do meio ambiente, devendo ser precedida uma pesquisa antes de a empresa apresentar qualquer pedido nesse sentido. Uma vez protocolizada a pretensão da empresa por expedição de licença, nos termos da Resolução CONAMA 237/1997 e legislação municipal aplicável, o Poder Público e o particular interessado deverão, conjuntamente, promover um estudo ambiental do pedido, inclusive com a elaboração de planos de manejo e recuperação de área degrada, assim como análise de risco ambiental. Concluído o estudo e atendidas todas as exigências expostas à empresa, o Poder Público expedirá o licenciamento ambiental, de modo que aquela poderá desenvolver suas atividades empresariais com regularidade. De outra parte, caso a empresa não atenda aos requisitos ou realize suas atividades sem o devido licenciamento, poderá sofrer sanções que partem desde uma pena de multa até sanções administrativas e civis de ressarcimento de danos e interdição de atividades, bem como criminais (por desobediência e crime ambiental).

• Engenheira Química da Bee Assessoria e Consultoria Ltda., Assessoria Técnica Ambiental da entidade. • Advogado integrante da equipe de profissionais do escritório Garcez Advogados Associados – Assessoria Jurídica do SINDIMETAL RS, na área Trabalhista, Ambiental e de Representação Comercial.

NOVO SERVIÇO OFERECE IMAGENS COM DRONES Mapa Topográfico em Escala Colorimétrica (os mapas podem ser gerados em escala colorimétrica ou curvas de nível); Modelo Digital do Terreno; Laudo Final e Responsabilidade Técnica; todos os arquivos digitais.

A assessoria Técnica Ambiental, do SINDIMETAL RS, sob a responsabilidade da Bee Assessoria & Consultoria, está disponibilizando mais um serviço às associadas e filiadas. Trata-se da captura de imagens aéreas com o uso de drones, oferecendo duas alternativas para as empresas interessadas. ALTERNATIVA 1 - Fotos e Filmagens diversas (cerca de 1 hora de voo). ALTERNATIVA 2 (COMPLETA) - Fotos e filmagens diversas (imagens em alta resolução); Ortomosaico Georreferenciado (precisão entre 1cm/ px e 4cm/px; excelente para medidas de áreas e distâncias; base de dados para apresentação de resultados técnicos, aceita por todos os órgãos ambientais; subsidia estimativas de volumes);

Conheça todas as demais opções de serviços: • Avaliação do Processo industrial – Enquadramento ao Licenciamento Ambiental; • Implantação do Gerenciamento de Resíduos Sólidos (operacionalização e monitoramento de todas as etapas do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos), inclusive Implantação da Coleta Seletiva; • Elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS); • Realização de Auditoria Ambiental (interna e compulsória da FEPAM) e Conformidade Legal; • Avaliação Geológica e Biológica para Emissão de Pareceres e Laudos; • Implantação/Manutenção do Sistema de Gestão Ambiental e Integração de Sistemas de Gestão; • Gestão dos Aspectos e Impactos Ambientais; • Treinamento de Identificação e Avaliação dos

Aspectos e Impactos Ambientais; Formação e Reciclagem de Auditores Internos; Interpretação dos requisitos da ISO 14001; • Qualificação de Prestadores de Serviços Ambientais; • Preparação e Resposta às Emergências; • Implantação de Programa de Produção mais Limpa; • Definição de Tratamento de Efluentes e Emissões Atmosféricas - procedimentos e melhorias no sistema; • Sensibilizações em Sustentabilidade e educação ambiental. A Bee é responsável pela consultoria técnica para assuntos relacionados às áreas de meio ambiente e sustentabilidade. Compreende inicialmente, consultas sem ônus, para as empresas associadas e filiadas. Assuntos aprofundados são avaliados individualmente e cobrados diretamente da empresa. Associadas têm 20% de desconto. O atendimento ocorre às segundas-feiras, das 10h às 12h, na sede do sindicato, mediante agendamento através do número: (51) 3590 7702.

“O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele”.

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JURÍDICO TRIBUTÁRIO

EXCLUSÃO DO ICMS DA CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SOBRE A RECEITA BRUTA

N

o mês de julho de 2017, o SINDIMETAL RS, através de seus advogados, ingressou com três ações judiciais em nome dos seus associados e filiados, visando discutir questões tributárias relevantes, as quais estão pendentes de julgamento nos Tribunais Superiores. A primeira ação movida, autorizada pela Diretoria do Sindicato na reunião do dia 08 de junho de 2017, diz respeito à exclusão do ICMS da base de cálculo da Contribuição sobre a Receita Bruta - CPRB. Referida ação tem fundamento idêntico àquela julgada pelo STF, no dia 15 de março de 2017, em que a Corte decidiu pela inconstitucionalidade da inclusão do ICMS na base de cálculo das contribuições para o PIS/ COFINS. Com a instituição da Contribuição Patronal sobre a Receita Bruta – CPRB, as empresas submetidas à sistemática de desoneração da folha de salários passaram a recolher, em substituição, contribuição patronal tendo como base de cálculo a receita bruta. Ocorre que o Supremo Tribunal Federal, no tocante às contribuições para o PIS e COFINS, definiu que o ICMS não poderia compor a base de cálculo respectiva, ao argumento de que o valor arrecadado (a título de ICMS) não se incorpora ao patrimônio do contribuinte e, justamente por isso, não pode integrar a base de cálculo dessas contribuições. Se o ICMS destacado nas notas fiscais (ICMS sobre vendas) não compõe a receita, para fins de incidência do PIS/ COFINS, não pode igualmente compor a base para fins de cálculo da Contribuição Patronal sobre a Receita Bruta – CPRB. Se a

decisão final for favorável, os Associados e Filiados da Entidade, que recolheram a maior a CPRB, por incluírem o ICMS na base de cálculo, poderão compensar os valores indevidamente recolhidos com outros tributos federais, com a atualização monetária (SELIC), nos termos que vier a ser decidido pelo Judiciário. Além dessa ação judicial, a Diretoria aprovou, na reunião do dia 22-06-2017, a discussão sobre a redução do benefício do REINTEGRA. Com a edição da Medida Provisória nº 540/2011, convertida na Lei nº 12.546/2011, foi instituído o Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras – REINTEGRA, o qual tem por objetivo recuperar custos tributários federais residuais existentes nas suas cadeias de produção, mormente em relação ao PIS e à COFINS, mediante a aplicação de percentual a ser fixado por ato do Poder Executivo, entre 0 e 3% sobre a receita decorrente de exportação de bens produzidos pela pessoa jurídica. Contudo, sobreveio o Decreto nº 8.415, de 27 de fevereiro de 2015, que estabeleceu a redução dos percentuais de REINTEGRA, sem observar o prazo de 90 dias entre a publicação da norma e os seus efeitos. Assim, pretende-se discutir o direito à apuração das diferenças entre 1% a 3% no período de março, abril e maio de 2015 e de 0,10% a 1% nos períodos de dezembro de 2015 e janeiro de 2016. Também nesse caso será possível compensar os valores que vierem a ser apurados, em face de sentença judicial transitada em julgado.

Marciano Buffon OAB/RS 34.668

Por fim, na reunião do dia 27 de julho de 2017, a Diretoria do SINDIMETAL RS confirmou o ajuizamento da discussão sobre a extinção da Contribuição sobre a Receita Bruta para diversos setores, inclusive o metalmecânico, realizada pela Medida Provisória nº 774/2017, com efeitos a partir de 1º de julho de 2017. Tal discussão fundamenta-se na quebra do princípio da segurança jurídica, uma vez as empresas tiveram que optar pela sistemática no mês de janeiro de 2017, sendo que a própria legislação determinava que referida escolha seria definitiva ao longo de 2017. Tendo em vista que até o momento o Congresso Nacional não definiu se irá converter em lei ou não referida Medida Provisória, bem como que a extinção da desoneração irá obrigar as empresas a realizarem o recolhimento da Contribuição sobre a folha de salários, no percentual de 20%, no dia 20 de agosto (relativamente ao mês-competência Julho/2017), a discussão judicial pretende o reconhecimento de que as empresas possam pagar sobre a receita bruta até o final do exercício de 2017, uma vez que isso traria prejuízos substanciais, principalmente para aqueles que têm uma grande quantidade de funcionários e cuja receita seja preponderantemente da exportação. Advogado da equipe Buffon & Furlan Advogados Associados I Assessoria Jurídica do SINDIMETAL RS, na área Tributária.

PALESTRA TRIBUTÁRIA ORIENTA GESTORES

M udanças na Legislação, Extinção

da Desoneração da Folha de Pagamento e Parcelamentos junto à Receita Federal e Procuradoria (PERT) foram os temas em destaque na Palestra Tributária, ocorrida no SINDIMETAL RS, dia 02 de agosto. Os advogados Marciano Buffon e Marina Furlan, da equipe Buffon & Furlan Advogados Associados - Assessoria Jurídica Tributária da entidade estiveram abordando os assuntos em pauta. O governo federal, com a edição da Medida Provisória nº 774/ 2017, alterou, a partir de 1º de julho de 2017, a forma de se calcular a contribuição previdenciária incidente sobre a receita bruta, como previsto na Lei nº 12.546/ 2011.

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A aplicação da Lei nº 12.546/ 2011, conhecida como a lei desoneração da folha de pagamento, continuará sendo opcional, porém, a partir de 1º de julho de 2017, só estarão abrangidas pela norma algumas empresas. “Assim, a partir da entrada em vigor do referido normativo, pode-se afirmar que o regime da desoneração estará praticamente extinto, pois a maioria dos setores não mais poderá adotar a sistemática da contribuição sobre a receita bruta, instituída pelo artigo 7º, da Lei nº 12.546/ 2011”, afirma Buffon. A conversão em lei da referida Medida Provisória estava prevista para agosto, contudo até a data da realização dessa palestra não havia ocorrido. Segundo a advogada Marina, as informações compartilhadas com os gestores presentes na ocasião não foram conclu-

sivas, em virtude da imprevisão da situação política, que acaba se refletindo nas questões econômicas do País. Com relação à conversão em Lei da Medida Provisória nº 783/ 2017, no tocante ao parcelamento dos débitos junto à secretaria da Receita Federal e Procuradoria da Fazenda Nacional, “a sugestão é aguardar, pois poderá sofrer alterações”, alerta. “Deixem tudo organizado e somente formalizem quando os critérios forem mais claros e definitivos”. Na ocasião, também foram comentadas as ações judiciais, que os advogados ingressaram recentemente, em nome dos associados e filiados da entidade.


JURÍDICO TRABALHISTA

Fernando Garcez

A

OAB/RS 69.356

s relações de trabalho no Brasil são fundamentadas por um conjunto de normas constitucionais, convenções internacionais, leis em sentido amplo e conformações destas pela jurisprudência. A Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada em maio de 1943, deu corpo unitário a leis então esparsas e está em vigência por mais de setenta anos. Pouco comentado o fato de que ao longo dessas sete décadas, mais de 500¹ alterações ou reformas foram feitas à CLT: Constituições (1946, 1967 e 1988), Emendas Constitucionais, Decretos Lei, Decretos, Leis Complementares e Medidas Provisórias. Logo, reformar a CLT não é novidade – e não deveria deixar de ser. Pois, é mais uma medida da necessária e constante atualização e concatenação da realidade social e prática do trabalho ao texto legal – ou ao contrário!? Todas estas reformas da CLT ao longo de tanto tempo em vigência buscaram sua modernização e adequação às relações sociais, econômicas e de mercado de trabalho que absurdamente se transformaram até a década de 80. Após os anos 90 então, a intensidade das transformações tem se mostrado exponencialmente significante (imensa e consubstancial a velocidade, a quantidade e o conteúdo das mudanças) ao que constatado até aquele momento. Neste turbilhão permanente de modernizações e mudanças de eras e paradigmas, por pura lógica de aperfeiçoamento, a CLT, se pode afirmar, não estava mais a par da realidade do mundo e, principalmente, das relações de trabalho. Não que agora esteja totalmente concatenada com a realidade econômica e social do trabalho, mas trata-se inegavelmente de avanço. Necessário referir que a reforma não retira sequer um direito do trabalhador. O pressagiado em contrário não é verdadeiro e é reflexo advindo de um polo que, não poderia ser diferente no jogo, está argumentando e fazendo sua parte prevista. A reforma trabalhista é um passo, alguma coisa (das muitas) a ser feita a endireitar um rumo que a nação vem perdendo a partir anos 2000. A Lei nº 13.467, de 13 de junho de 2017 (com vigência a partir de 11/11/2017) altera (adiciona, muda ou revoga) diversos dispositivos da CLT e das Leis de Trabalho Temporário, do FGTS e da organização da Seguridade Social e do Plano de Custeio dela. Contudo, mesmo que programada a vigência para novembro de 2017, não é possível afirmar que isto efetivamente irá ocorrer tal qual está previsto na Lei nº 13.467: existem freios e contrapesos (Medidas Provisórias, Leis, ações sobre constitucionalidade das alterações, etc) de diversas ordens que podem alterar os termos desta lei até novembro! Da CLT, são mais de uma centena de alterações, de forma que faremos menção àquelas mais impactantes e pertinentes ao empregador. De pronto e sem dúvidas em nosso sentir, o corpo principal da reforma é o peso conferido às convenções e acordos coletivos de trabalho, que dará legitimidade aos envolvidos na relação em estabelecer os parâmetros legais adequados àquelas categorias em específico – pontos nos quais a lei generalista não alcança. É a valorização da vontade das partes e não a estática do Estado, traduzindo-se em redução da insegurança jurídica e da litigiosidade exagerada. Há alterações e novidades de substância na reforma, o que impõe um encorpado tema de casa aos empregadores, seus colaboradores da gestão de pessoas e jurídicos trabalhistas no sentido de avaliar o que deve ser mantido, alterado ou criado nas suas relações de trabalho. Por isso, é momento de extrema cautela, discussão e entendimento apurado entre todos para determinar quais caminhos a trilhar nesta gestão.

REFORMA TRABALHISTA Sem prejuízo das alterações não citadas aqui, porque em grande número, transcrevemos as principais mudanças com a reforma²:

- Negociação coletiva – aumentaram os assuntos passíveis de negociação entre empregador e empregados, permitindo que acordos ou convenções se equiparem à lei em temas como: jornada de trabalho, conta corrente de horas, compensações de horário, intervalo intrajornada, salário, planos de cargos e salários, remuneração por produtividade e participação nos lucros. A Justiça do Trabalho ao analisar convenções e acordos coletivos deverá permanecer adstrita às questões formais, respeitando a autonomia da vontade coletiva e, ainda, Súmulas e Orientações Jurisprudenciais não poderão criar novos direitos. - Rescisão contratual por mútuo consentimento – Poderá haver a rescisão de contrato de trabalho quando há “comum acordo” entre a empresa e o empregado. Neste caso, o trabalhador receberá metade do valor do aviso prévio e saque de até 80% do valor do FGTS e a integralidade das demais verbas trabalhistas, mas não terá direito de acessar o Seguro Desemprego. A Lei dispensa a homologação obrigatória da rescisão contratual em sindicatos ou no Ministério do Trabalho, obrigando-se o empregador a anotar a CTPS, informar os órgãos competentes e pagar o montante da rescisão em até 10 dias do fim da relação contratual. - Conta corrente de horas - Poderá ser pactuado por acordo individual escrito, desde que a compensação ocorra no período máximo de 6 meses. - Regime 12 x 36 - Jornada diária poderá ser de 12 horas com 36 horas de descanso, mediante acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, em qualquer atividade poderá ser estabelecido este tipo de jornada de trabalho, sempre respeitando o limite de 44 horas semanais (ou 48 horas, com as horas extras) e 220 horas mensais. Não será exigida licença-prévia para prorrogação de horários em atividades insalubres na jornada 12 x 36. -Intervalo para repouso ou alimentação e tempo à disposição do empregador – Deixam de ser consideradas como integrantes da jornada atividades como descanso, estudo, alimentação, higiene pessoal e troca do uniforme (desde que não haja obrigação de a troca do uniforme ser efetuada na empresa). O intervalo intrajornada poderá ser reduzido (para sair mais cedo), bem como sua não concessão gerará direito a indenização equivalente ao período suprimido. - Horas in itinere - O tempo que o trabalhador passa em trânsito entre residência e trabalho, na ida e volta da jornada (caminhando ou por qualquer meio de transporte, inclusive o fornecido pela empresa), não será computado na jornada de trabalho, por não ser tempo à disposição do empregado (com restrições). - Redução dos valores para depósito recursal – redução de 50% nos valores para recorrer para micro e pequenas empresas, bem como isenção para entidades filantrópicas e as empresas em recuperação judicial. - Quitação anual das obrigações - É criada a possibilidade de um termo anual de quitação das obrigações trabalhistas, a ser assinado pelo trabalhador na presença de um representante do sindicato, que declara o recebimento das parcelas elencadas no termo descritivo. - Terceirização e contrato temporário - É oportunizada a contratação de prestação de serviços terceirizados para o desenvolvimento da atividade fim das empresas, vedada a contratação de pessoas jurídicas compostas por ex-empregados das contratantes por, no mínimo, 18 (dezoito) meses. É diminuído para 120 dias o prazo do contrato temporário, prorrogáveis pelo dobro do período inicial, qualquer que ele seja. - Trabalho a tempo parcial - Poderá ser de até 30 horas semanais, sem hora extra ou de até 26 horas semanais, com acréscimo de até 6 horas extras. - Regime de teletrabalho (home office) - Trabalho será realizado fora da empresa, com a utilização de tecnologias de informação e

de comunicação que, por sua natureza, não se constituam como trabalho externo. O comparecimento do empregado à empresa para realização de específicas atividades não descaracteriza o regime de teletrabalho. O contrato de trabalho especificará as atividades que serão realizadas pelo empregado, bem como a responsabilidade pela aquisição, manutenção ou fornecimento dos equipamentos tecnológicos e infraestrutura necessária à prestação do trabalho remoto. Poderá ser alterado o regime de teletrabalho para presencial por determinação do empregador, garantido o prazo de transição mínimo de 15 dias, com registro em aditivo contratual. - Benefícios que não integram a remuneração - Não mais integrarão verbas salariais a ajuda de custo, o auxílio alimentação (vedado pagamento em dinheiro deste), diárias de viagem, prêmios e abonos, não incidindo encargos. - Trabalhador autônomo – A contratação do autônomo, cumpridas por este todas as formalidades legais, com ou sem exclusividade, de forma contínua ou não, afasta a qualidade de empregado prevista na CLT. - Equiparação salarial - Com a nova redação, a previsão da “mesma localidade” passa a exigir o mesmo estabelecimento empresarial, afastando, por conseguinte, a caracterização da equiparação salarial de empregados pertencentes a empresas distintas, mas pertencentes ao mesmo grupo econômico, ou mesmo empregados que prestam serviços em locais de trabalho diferentes, ainda que para mesmo empregador. Empregado e paradigma não poderão ter diferença superior a 4 anos de tempo de serviço e o tempo de 2 anos na mesma função. Além disso, se exclui a possibilidade de reconhecimento do “paradigma remoto”, quando o pedido de equiparação se dá com um colega que teve reconhecida, por via judicial, a equiparação com outro colega. - Férias – Desde que haja concordância do empregado, poderão ser parceladas em até 3 vezes, desde que um dos períodos seja superior a 14 dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a 5 dias corridos, cada um, sem limitação para menores de 18 anos ou maiores de 50 anos de idade. - Empregado não registrado / Multa – As multas administrativas serão reajustadas anualmente pela Taxa Referencial (TR), divulgada pelo Banco Central do Brasil, ou pelo índice que vier a substituí-lo. - Exigência de uniforme e sua higienização - Cabe ao empregador definir o padrão de vestimenta no meio ambiente laboral, sendo lícita a inclusão no uniforme de logomarcas da própria empresa ou de empresas parceiras e de outros itens de identificação relacionados à atividade desempenhada. A higienização do uniforme é de responsabilidade do trabalhador, salvo nas hipóteses em que forem necessários procedimentos ou produtos diferentes dos utilizados para higienização das vestimentas de uso comum. Estas, dentre várias outras, seriam as principais alterações a mencionar neste momento. Todo e qualquer movimento patronal na gestão das relações de trabalho, portanto, deve ser amplamente planejado, pensado e discutido com todos os envolvidos nos próximos tempos. Salientamos, por oportuno, que muito embora o texto tenha sido aprovado sem vetos pelo Poder Executivo, há uma proposta de Medida Provisória para alterar alguns dispositivos (trabalho da gestante em atividade insalubre, jornada de 12x36, dano moral, trabalho autônomo e intermitente, representação dos trabalhadores na empresa e participação dos sindicatos) que foram objeto de divergência no Senado Federal.

Advogado integrante da equipe de profissionais do escritório Garcez Advogados Associados | Assessoria Jurídica do SINDIMETAL RS, nas áreas Trabalhista, Ambiental e de Representação Comercial.

¹ Lista de alterações da CLT disponível em http://www2.camara.leg.br/legin/fed/declei/1940-1949/decreto-lei-5452-1-maio-1943415500-norma-pe.html ² Conforme Comunicado Técnico nº 106, de 14 de julho de 2017, da FIERGS.

“A educação exige os maiores cuidados, porque influi sobre toda a vida”.

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RAIO X

SENAI WALDEMAR STRASSBURGER, EM SAPIRANGA EDUCA PARA O MUNDO DO TRABALHO HISTÓRICO

E sta primeira unidade do SENAI foi inaugurada em 02 de abril de 1977 com o nome de Agência SENAI de Treinamento da Encosta Inferior do Nordeste. Tendo em vista as características da economia da região, predominantemente voltada para os setores calçadista e metalúrgico, a Unidade tem priorizado atender à demanda por qualificação de mão de obra destes segmentos, bem como outras necessidades das comunidades da sua área de jurisdição, que compreende os municípios de Sapiranga (sede), Araricá, Nova Hartz e Santa Maria do Herval. O Centro de Formação Profissional (CFP) SENAI Waldemar Strassburger dentre as Unidades do SENAI é considerada de porte micro, já que efetua em média 3 mil matrículas por ano e realiza em torno 400 mil horas/ aula/ ano. As metas referentes a esses dois índices são estipuladas no Plano de Ação da Unidade e acompanhadas através do demonstrativo gerencial recebido mensalmente.

Sede da escola

COM A PALAVRA, o Gerente de Operações Hugo Gerhardt 1 – O que a escola oferece? O CFP SENAI Waldemar Strassburger oferece cursos de educação profissional na modalidade de aprendizagem industrial, que atende jovens com idade entre os 14 e os 24 anos, nas áreas do Couro e Calçado, Gestão e Metalmecânica. Nas modalidades de Iniciação Profissional, Aperfeiçoamento Profissional e Qualificação Profissional são oferecidos cursos abertos para a comunidade nas áreas de Alimentos e Bebidas, Automação, Automotiva, Couro e Calçado, Eletroeletrônica, Gestão, Metalmecânica, Refrigeração e Tecnologia da Informação os quais podem ser realizados nas instalações da escola, unidades móveis ou in company. O propósito destes cursos é o de desenvolver e requalificar os profissionais que atuam nas indústrias e fazer com que estes atendam aos desafios que o mercado de trabalho exige.

2 – Qual a absorção no mercado? Nos cursos na modalidade de aprendizagem industrial, realizados dentro das indústrias na área calçadista, a contratação dos egressos chega a 95%. Nas demais áreas, o índice é de aproximadamente 80%. 3 – Que projetos estão em andamento? A escola prepara seus técnicos e docentes para atuarem na metodologia de educação por competência, desenvolvendo situações de aprendizagem contextualizadas com as situações reais do mundo do trabalho. Dentre elas, o desenvolvimento de projetos interdisciplinares envolvendo os alunos de diferentes áreas e também projetos integradores, abrangendo situações reais em indústrias parceiras, com o intuito de preparar profissionais com visão globalizada e foco nos resultados.

Reepresentantes das empresas Gedore, InGrupo Manutenção pel Stihl, que integram o grupo Manutenção, do SINDIMETAL RS, estiveram realizando visita a Braskem uma visita técnica, dia 21 de julho, no horário das 8h15min às 12h, na Braskem, em Triunfo.

A atividade teve como foco principal os seguintes assuntos: Estrutura da Manutenção (forma de atuação, existência de equipe específica), Fornecedores internos e externos, Indicadores de Manutenção, Manutenção Preditiva (mapeamento), Mapeamento de equipamentos críticos, Gestão de Manutenção (como é feita), Engenheiros de Confiabilidade (rotina), TPM, Segurança no trabalho nas atividades de Manutenção, incluindo uma visita à fábrica. Criada em 2002, pela integração de seis empresas da Organização Odebrecht e do Grupo Mariani, a Braskem é, hoje, a

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Fonte: CFP SENAI Waldemar Strassburger maior produtora de resinas termoplásticas nas Américas e a maior produtora de polipropileno nos Estados Unidos. Possui um dos portfólios mais completos do mercado, ao incluir também o polietileno verde, produzido a partir da cana-de-açúcar, de origem 100% renovável. A Braskem está inserida no setor químico e petroquímico, e tem participação relevante em inúmeras cadeias produtivas, sendo essencial para o desenvolvimento econômico. É a única petroquímica integrada de primeira e segunda geração de resinas termoplásticas no Brasil. Isso se traduz em vantagens competitivas, como escala de produção e eficiência operacional.


MERCADO

Reconhecimento em dose dupla no 45º Prêmio Exportação RS A Stihl, líder no mercado brasileiro de sem desempregar ninguém e começamos ferramentas motorizadas portáteis, foi duplamente agraciada com o Prêmio Exportação RS 2017, ocorrido no dia 13 de julho, no Teatro do Bourbon Country, em Porto Alegre. A empresa ganhou na categoria Diversificação de Mercados, mérito destinado às companhias que se destacaram pelo número de países-alvo para os quais exportam seus produtos; e o Troféu Diamante, um reconhecimento voltado para organizações que configuram entre as vencedoras por pelo menos 10 edições. O presidente da Stihl Brasil, Cláudio Guenther, destacou a relevância de uma política estável para as exportações. “A grande dificuldade que encontramos para exportarmos no Brasil é a nossa política instável”, afirmou. Segundo ele, com a exportação, a Stihl vem conseguindo manter sua estabilidade financeira e superar a deficiência do mercado doméstico. “Encerramos 2016

2017 com um mercado doméstico instável, mas conseguimos superar esse déficit. A exportação é muito importante e precisamos de políticos que criem projetos a longo prazo para que as indústrias possam exportar cada vez mais. Ser agraciado com esse reconhecimento é uma honra para todos nós”, concluiu. Para ampliar as vendas no mercado externo, a Stihl conta com a competência, flexibilidade e criatividade de sua equipe no Brasil, somada à experiência e tecnologia inovadora da matriz, que fica na cidade de Waiblingen, na Alemanha. Os produtos com maior crescimento em volume nas exportações de 2016 foram: motosserras (17%), principalmente para Cingapura, Índia e África do Sul; e pulverizadores (13%), com destaque para os Estados Unidos, México e Colômbia. Os principais países responsáveis pelo faturamento das expor-

Lançamento de nova tecnologia

tações da Stihl Brasil foram os Estados Unidos (31,6%), a Alemanha (12,9%) e a China (7,8%), todos com unidades produtivas do Grupo Stihl. Apoiada em pilares sólidos de gestão estruturados pela matriz alemã, a subsidiária da marca no Brasil exportou, em 2016, para mais de 70 países e destinou 50% da produção da fábrica para esta finalidade. A receita total de exportações alcançou mais de R$ 614 milhões. Considerado o principal reconhecimento na área de comércio exterior no Rio Grande do Sul, o Prêmio Exportação RS é promovido pela Associação dos Dirigentes de Marketing e Vendas do Brasil (ADVB/RS). Em sua 45º edição, o reconhecimento valoriza empresas que obtiveram os melhores resultados mercadológicos e desenvolveram estratégias inovadoras para expor e comercializar seus produtos no mercado internacional. Fonte: Stihl

Inovação digital na produção de aço

CEO da HT Micron, Chris Ryu

U ma nova linha de encapsulamento e teste de semicondu- A Gerdau está investindo em inovação digital para aumentar tores foi lançada, no mês de junho, pela HT Micron. A novidade a competitividade, garantir redução de custos e ganhos de efipermite fabricar produtos com a tecnologia Multi Chip Packging, que possibilita o encapsulamento de múltiplos chips em um só componente.

ciência. Com o projeto @UsinaDigital, após análise das operações das usinas, foram identificadas oportunidades de introdução de soluções tecnológicas para otimização dos processos produtivos.

Utilizando wafers extremamente finos, os chips são colados com alta precisão. Os filamentos de ouro possuem diâmetros micrométricos e formam o contato elétrico dos circuitos integrados, que são combinados em estruturas empilhadas. Com isso, um mesmo componente pode ter até sete camadas de circuitos, o que permite a combinação de diferentes funções em um mesmo encapsulamento.

Na usina de Sapucaia do Sul, com a implementação do projeto, os colaboradores podem realizar suas tarefas no ambiente de produção com mobilidade, maior produtividade, menos papel e informações em tempo real, com a utilização de smartphones com aplicativos customizados.

Os primeiros materiais produzidos nesta linha foram eMCPs, que incluem chips de memória volátil (LPDRAM) e não volátil (Nand Flash) combinadas com um controlador. O projeto resultou de contrato de subvenção junto à Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Este projeto ainda contou com a parceria da empresa com a Unisinos, para a implantação de unidade do Instituto Tecnológico de Semicondutores (ittChip), na sua unidade fabril, laboratório destinado à realização de teste e análise de componentes Nand Flash de alta performance. Fonte e foto: HT Micron

Além disso, o processo de inventário de produtos e insumos que eram realizados com contagens manuais, registro com papel e caneta, e posterior lançamento no sistema, foram automatizados, gerando uma economia de mais de mil horas de trabalho por ano. Outras frentes abordaram controle on line dos custos de produção, automação em rotinas de lançamentos de produção, sistemas de alarmes para desvios de processo com envio de SMS para a cadeia de ajuda e treinamentos presenciais passaram para formato vídeo, com provas on line. Fonte e foto: Gerdau

“É no problema da educação que assenta o grande segredo do aperfeiçoamento da humanidade”.

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VITRINE • ESPAÇO SINDIMETAL Nº 65

PPL INDÚSTRIA DE REBOQUES 30 ANOS DEDICADOS AO MERCADO

ROMEU E JULIETA - BOIADEIRO 25M

U

ma empresa que nasceu e chegou aos 30 anos de existência valorizando o trabalho e a família. Esta é a essência que norteia a trajetória da PPL Indústria de Reboques Ltda. Fundada em 1º de julho de 1987 teve um início marcante, na garagem do caminhão do Paulo Appolinário da Silva, em Esteio, onde muitas vezes, por falta de espaço, acabava manobrando a carreta sobre o jardim da residência, cuidado amorosamente pela esposa Lori.

desengatar a composição. Eram dias seguidos viajando pelas estradas transportando gado. “Para não perder o vocabulário, escutava rádio e para amenizar a saudade da família, apreciava a paisagem. Ela ajuda a enfrentar tudo no Rio Grande do Sul”, relata.

Com sede em Sapucaia do Sul, a PPL comemora três décadas de estrada como uma das principais fabricantes de implementos rodoviários do mercado nacional, com ênfase no transporte boiadeiro. “Desenvolvemos, produzimos e distribuímos uma completa linha de implementos rodoviários, não somente para o transporte de gado, mas também para cavalos, ovelhas, toras, grãos e containers”, salienta o sócio Paulo Ricardo da Silva, responsável pela Produção e Vendas. “Oferecemos soluções técnicas, manutenção, corte e dobra de chapas de aço, montagens industriais e pinturas, atendendo a melhor logística com produtos de grande durabilidade e segurança”, destaca Régis Adriano Scharlau da Silva, atuando em Projetos e Suprimentos.

A vontade de vencer e oferecer mais conforto para a família era grande. Appolinário lança então, em 1988, um novo sistema de pintura anticorrosiva para a estrutura metálica de seus reboques e carrocerias visando maior durabilidade e resistência dos equipamentos. A qualidade do tratamento anticorrosivo permitiu lançar, em 1996, a carroceria e reboque PPL Metálica. Este novo sucesso se uniu ao Engate Retrátil de três estágios, que acompanha todos os Romeu e Julieta fabricados até os dias atuais.

Inicialmente voltada para o transporte de gado, a empresa inovou ao entrar no mercado com os primeiros conjuntos de carroceria e reboque, conhecidos por Romeu e Julieta. Mesmo desaconselhado por alguns empresários, foi na oficina do irmão, em São Leopoldo, que construiu, durante quatro anos, sozinho, esta versão inovadora. “Passei a ganhar o frete em dobro, economizando tempo e revolucionando o transporte bovino, através do caminhão com reboque, a Julieta boiadeira”, relembra emocionado o fundador deste empreendimento.

:: Inovando sempre ::

A empresa atua na área de montagens industriais e pinturas, atendendo as necessidades específicas dos clientes, através de produtos desenvolvidos em parceria. Além disso, presta serviços de manutenção de reboques, semi-reboques, carrocerias e conteiners. Somado a este trabalho, em 2010, a família criou a Estação Coletora de Fluídos veiculares (ECOFLUV), uma unidade móvel que faz a descontaminação das sucatas de veículos.

A competência e a criatividade foram fundamentais para o desenvolvimento de equipamentos especiais com sistemas hidráulicos, pneumáticos, mecânicos e conjugados entre si, em um processo de mecanização florestal. O tempo foi trazendo novos desafios e, em 1989, uma grande conquista marcou definitivamente a trajetória da PPL. A aquisição da atual sede numa área de 15mil m², onde foram construídos 4mil m² destinados à produção. “No início, mesmo sem luz e telefone, sabíamos que estávamos no caminho certo”, relembra o fundador. “Hoje, passados tantos desafios, estamos mais unidos”.

Para enfrentar os novos desafios, o fundador conta não somente com seus dois filhos e sócios, mas também com a parceria da filha Susiane Scharlau da Silva, além dos netos Rafael e Priscila. Uma corrente do bem, que tem levado este trabalho adiante, com planos de ampliação e, quem sabe até de uma nova empresa, para dar vazão ao talento empreendedor da família. O empreendimento idealizado por Appolinário, que atuou anos com frete boiadeiro, segue inspirando os filhos e diretores, assim como os netos, através dos bons exemplos. “Mesmo com 80 anos de vida, ele trabalha diariamente na empresa”, enfatizam.

“Nossos clientes, em sua maioria, são de frigoríficos do Estado” salienta o filho Paulo Ricardo, cofundador da empresa e que conhece todo o

Desejamos sucesso na continuidade deste sonho, que começou com o fundador Appolinário, mas já contagiou as futuras gerações da família.

Em 1985, o visionário Appolinário desenvolveu um sistema de engate retrátil, para facilitar a passagem da Julieta sem necessidade de

CARROCERIA PARA TORAS

serviço de produção e o fluxo do processo, desenvolvendo também na área de corte e dobra, mas sempre focado no agronegócio. Hoje a PPL conta com equipamentos de primeira linha, mantendo inclusive produtos de série homologados junto ao Denatran, estando capacitada para desenvolver novos equipamentos e projetos especiais em parceria com seus clientes, visando sempre a melhor relação entre o custo e o benefício.

ECOFLUV

www.ppl.ind.br


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