66 - Setembro / Outubro 2017 | ANO 11
PONTO DE VISTA
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Mundo em Transformação
INSTITUCIONAL
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Novidades no Site
COMITÊ
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Produção Enxuta
VITRINE
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SANLARTE
LIDERANÇA EM PAUTA NO MEETING GESTÃO DE PESSOAS Página 07
EMPRESAS EXPOSITORAS NA FEIRA MERCOPAR Páginas 08 e 09
PONTO DE VISTA
Arno Tomasini
Vice-Presidente do SINDIMETAL RS
Estamos
Mundo em transformação
vivendo momentos de grandes desafios industriais, perante um cenário político e econômico de muitas incertezas e turbulências no País, acompanhado de uma evolução tecnológica acelerada, em todos os sentidos, que está promovendo mudanças substanciais em nossas vidas, com o surgimento de diversas aplicações, algumas delas diretamente relacionadas à Indústria 4.0.
com ciclos de inovação mais curtos, aumentando a produtividade e respondendo com mais eficiência às exigências no uso de energia e recursos. Para que o Brasil avance neste sentido, é necessário melhorar, e muito, os custos com infraestrutura, modernização de equipamentos, legislações e regulamentações, além do treinamento e capacitação de pessoal. Um desafio e tanto.
Num processo natural de evolução, passamos pela fase da indústria chamada 1.0 reconhecida pela utilização da energia do vapor; a fase 2.0, pelas linhas de montagem e energia elétrica; evoluímos para 3.0, voltada para a eletrônica e robótica, e iniciamos agora o desafio de trabalharmos com o conceito da indústria 4.0, dos sistemas ciberfísicos.
Segundo a Confederação Nacional das Indústrias, fatores como trabalhadores pouco qualificados e a infraestrutura deficiente do País têm impedido que mais empresas sigam esta nova fase industrial e os indicativos convergem para as carências no campo da educação.
O termo 4.0 surgiu na feira de Hannover, no ano de 2011, sendo utilizado para denominar o projeto alemão de promover um grande salto de competitividade por meio da aplicação de novas tecnologias digitais. Esse modelo, que outros países chamam de smart factory, mescla os mundos real e virtual, baseado no uso intenso da digitalização e da robotização de processos industriais. A intenção é aumentar a produtividade, agregando mais valor aos produtos finais, acelerando, assim, o processo de desenvolvimento. A nova fase da indústria opera conectada a uma rede dinâmica de produção,
“
A escola do futuro não pode ignorar os avanços tecnológicos e nem tão pouco a importância de investimentos no desenvolvimento integral do estudante. O acesso a uma educação de qualidade poderá encurtar caminhos e realizar projetos direcionados para o mundo do trabalho. Bons exemplos têm sido as escolas do Serviço Social da Indústria (SESI-RS) de Ensino Médio. Elas utilizam tecnologias, projetos de pesquisa ativa e oficinas, com estímulo ao desenvolvimento e a capacitação. A primeira escola de Ensino Médio do SESI começou a funcionar em 2014, em Pelotas, e já foi reconhecida pelo MEC, entre as 177 instituições
do País, como exemplo de inovação e criatividade na educação básica. Neste mesmo conceito já temos novas escolas em Sapucaia do Sul, Montenegro, Gravataí e em breve em São Leopoldo. O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI-RS), através dos Institutos SENAI de Inovação têm contribuído também para aumentar a produtividade e a competitividade. As soluções direcionadas para a realidade das indústrias de grande, médio e pequeno porte são fruto da pesquisa aplicada. Como vemos, são muitos os desafios, entre eles, a qualificação profissional, que perpassa por uma boa formação escolar, somada ao conhecimento técnico, acompanhado de práticas inovadoras. Acredito que esta rede multidisciplinar irá preparar jovens capazes de visualizar novas perspectivas e diferentes caminhos, que possam atender um mercado em transformação. No atual cenário, não basta a escola saber utilizar as ferramentas já existentes. É urgente que esteja engajada, bem informada e, principalmente, preparada para viver em um mundo conectado, onde a indústria está em rápida transformação e necessitará de uma nova geração de profissionais. Temos que olhar para frente, para o futuro e incentivar, apoiar, ajudar e acreditar nas boas iniciativas. Muito obrigado!
O acesso a uma educação de qualidade poderá encurtar caminhos e realizar projetos direcionados para o mundo do trabalho.
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EDITORIAL
editorial
DIRETORIA | GESTÃO 2016-2018
Associativismo de fato
E
stamos vivendo um momento singular no cenário político e econômico do País, sendo assim, mais um motivo para unirmos força e expertise. Na coluna Ponto de Vista, página 02, o vice-presidente do SINDIMETAL RS, Arno Tomasini, aborda o tema e aponta caminhos para ‘olharmos pra frente’ e desenharmos uma nova história, a partir de iniciativas louváveis, que estão surgindo, somadas à evolução industrial. A entidade também tem ampliado a sua participação junto à comunidade, seja através de convites, como o ocorrido através da OAB-RS, com cobertura na página 04; por ocasião da formatura na Escola Técnica Frederico Schmidt, momento em que o presidente Raul Heller foi paraninfo, matéria na página 05, e também a partir da participação do presidente da Stihl, Cláudio Guenther, representando Heller, em evento da CNI. É o SINDIMETAL RS exercendo a representatividade, contribuindo para o desenvolvimento, a qualificação, a inovação e a sustentabilidade da entidade.
PRESIDENTE
Na página 06, pode ser conferida a avaliação do Sistema de Produção Enxuta (SPE) 2017, realizada com os gestores das empresas participantes. Já na página 07, a cobertura do 11º Meeting Gestão de Pessoas, que promoveu a troca de experiências entre os participantes, com o tema Liderança em um mundo de incertezas.
Roberto Petroll
Volker Lübke Arno Tomasini
TESOUREIRO
DELEGADOS REPRESENTANTES
A participação da entidade na Feira de Subcontratação e Inovação Industrial da América do Sul (Mercopar), através da parceria com entidades e empresas, oportunizou a troca de experiências e a prospecção de novos negócios, mesmo estando mais enxuta. Confira a opinião de alguns empresários, nas páginas centrais dessa edição. Na página 10, temos um artigo elaborado por integrantes do Grupo Desenvolvimento de Liderança, que aborda sobre O caminho para a inovação fortalecendo redes colaborativas. Também, na mesma página, o registro da palestra sobre Perspectivas econômicas e políticas diante da atual conjuntura brasileira, promovida pelo DL2, mas aberto aos demais grupos e comitês da entidade. Experiência que deu certo! Além dos artigos Trabalhista, Ambiental e Tributário, sempre muito apreciados pelos leitores, destacamos nesta edição, na coluna Mercado, página 15, as empresas Higra, Metalúrgica Nunes e Retiburgo, além da Sanlarte, na contrapa, em comemoração aos seus 20 anos de história. Parabéns associadas!
Boa leitura e bons negócios! Até a próxima edição!
E X P E D I E N T E
CONSELHO FISCAL - SUPLENTES
Raul Heller
Pedro Paulo Lamberty Ricardo Kiszewski Rubén Antônio Duarte
VICE-PRESIDENTES
Arno Tomasini Leonardo Pedroso Filho Roberto Dauber Sergio de Bortoli Galera Vitor Fabiano Ledur Volker Lübke
DELEGADOS REPRESENTANTES JUNTO À FIERGS TITULARES
Raul Heller Sergio de Bortoli Galera
SUPLENTES
SECRETÁRIO
Estância Velha/ Dois Irmãos/ Ivoti Marcelino Leopoldo Barth Esteio / Sapucaia do Sul Ademir Luiz Costella Morro Reuter Ronei Feltes São Sebastião do Caí/ Montenegro Vitor Fabiano Ledur Sapiranga Emilio Neuri Haag Vale Real Roberto Petroll
Udo Wondracek
DIRETORES
Ademir Luiz Costella Celso Luiz Rodrigues Christine Lange Daniel Carlos Pereira Darlan Geremia Emílio Neuri Haag Marcelo Fleck Marcelo Mariani Paulo Roberto Jacobsen Ronei Feltes Silvino Geremia Thiago Piovesan Tiago Alliatti Beleza Valdir Luiz Huning
COMITÊS E GRUPOS
Comitê Empresarial Valemetalsinos Pedro Paulo Lamberty Comitê Gestão de Pessoas Patricia Misturini Comitê Lean Juliano Ilha Grupo Desenvolvimento de Lideranças 2 Gilberto Luiz Cislaghi Junior
CONSELHO FISCAL - TITULARES Luiz Antônio Gonçalves Marcelino Leopoldo Barth Roberto Alexandre Schroer
SINDIMETAL RS - www.sindimetalrs.org.br Não é aplicativo, não precisa baixar, é só acessar! Agenda, Convenções Coletivas, Cadastro, Notícias, entre outros assuntos.
SINDIMETAL RS - Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico e Eletrônico de São Leopoldo Rua José Bonifácio, nº 204 - 5º andar - Centro das Indústrias - São Leopoldo/RS - Fone (51) 3590.7700
Diretor Executivo: Valmir Pizzutti Redação: Jornalista Neusa Medeiros (Mtb 5062) Relacionamento Institucional: Andrea Maganha
Edição e Produção: Edição 3 Comunicação Empresarial Ltda. Gráfica: Impressos Portão Ltda. Fotos: divulgação
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“Não há saber mais ou saber menos. Há saberes diferentes”. (Paulo Freire)
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INSTITUCIONAL
diretor Executivo do SINDIMETAL RS, economista Valmir Pizzutti, gestor da entidade, foi palestrante no painel Sustentabilidade das Entidades Sindicais, a convite da Ordem dos Advogados do Brasil - seccional do Rio Grande do Sul, através da Comissão Especial de Direito Sindical, presidida pela Secretária-Geral Adjunta, Maria Cristina Carrion Vidal de Oliveira. A iniciativa, que teve lugar na sede da OAB-RS, em Porto Alegre, no dia 13 de setembro, contou também com representantes da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NSCT) e Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Site e blog abrem espaço para as associadas
Na ocasião, Valmir Pizzutti fez um breve relato sobre a trajetória da entidade, ressaltando que a construção do Centro das Indústrias, em São Leopoldo, em conjunto com demais sindicatos patronais; e a implantação do Planejamento Estratégico, a partir de 2003, foram marcos importantes para o seu desenvolvimento. Falou sobre a sustentabilidade da entidade, relatando os diferentes serviços oferecidos aos associados e filiados, que totalizam mais de 1300 empresas na região de abrangência, composta por 35 municípios. Também mencionou ações de mercado, como exposições, missões empresariais e atividades organizadas pelos comitês e grupos vinculados ao SINDIMETAL RS.
Projeto Piloto SESI direcionado às empresas
O projeto piloto do SESI - Gestão N um mundo digital, onde a Internet Sustentável para a Competitividade, em circula literalmente por todas as coisas, a informação ganha mais velocidade e oportuniza uma infinidade de contatos pessoais e profissionais. Pensando nisso, foi ampliada a plataforma do site do SINDIMETAL RS, que permite agora a inclusão de dados mais completos das empresas, como histórico, produtos e serviços, bem como fotos. Além disso, se houver contato a partir do formulário existente no site, a empresa recebe a informação através do e-mail indicado. A iniciativa, que contribui para ampliar a divulgação das respectivas empresas, chegou para complementar um espaço já existente, mas que contava apenas com dados básicos de identificação. O site www.sindimetalrs.org.br costuma ter uma média de 4000 acessos/ mês. Com esta ação, o SINDIMETAL RS deseja contribuir para aumentar a divulgação das associadas, auxiliando para maior visibilidade das empresas e multiplicação de possíveis contatos comerciais. Outro canal de divulgação, que já está disponível, é o Blog (‘diário on line’), que permite a inserção de notícias das empresas. Também podem ser acessados, a partir do Blog, os textos assinados na coluna Ponto de Vista, divulgados na página 02 do Espaço SINDIMETAL, bem como os artigos técnicos e jurídicos, além do material produzido pelos Grupos Desenvolvimento de Lideranças. Mais informações poderão ser obtidas através do fone (51) 3590-7707.
Valmir Pizzutti presente na OAB-RS
parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), através do Fundo Multilateral de Investimentos (FUMIN), objetiva melhorar o desempenho das Micro e Pequenas Empresas (MPEs) tornando-as mais competitivas, por meio da inserção de práticas de gestão, considerando os aspectos econômicos, sociais e ambientais. O SINDIMETAL RS foi um dos sindicatos estaduais que participou do projeto piloto, com a indicação de seis empresas associadas. O trabalho, baseado na aplicação de questionários, consiste na formulação de 32 questões destinadas ao empresário ou responsável pela empresa, distribuídas em seis campos de observação (cultura organizacional responsável, ambiente de trabalho seguro, saudável e produtivo, pessoas motivadas e motivadoras, pessoas transformadoras, públicos de relacionamento comprometidos, desenvolvimento sustentável da sociedade). Já a Análise de Valor equivale à pesquisa com funcionários e clientes das empresas, de micro e pequeno porte, destinada as que possuem de um a 99 colaboradores.
Após diferentes etapas, as empresas participantes CRK, Ifla, Itecê, Sanlarte, Sebras e Transmaq estarão de outubro a dezembro, passando pela reaplicação das ferramentas, para verificação de resultados, com base no retorno dos investimentos (planos de ação, workshops). Segundo a análise dos questionários entre os temas mais pontuados estão as condições e recursos para a saúde pessoal; apreciação da busca global pela produção sustentável e o comprometimento e proatividade com causas comunitárias. Os gestores também participaram de um workshop sobre Segurança e saúde no trabalho, na sede do SINDIMETAL RS, dia 22 de agosto, ministrado por Cláudio Mazzini Pereira e Fernanda da Silva Lindermann. Ao final do projeto, estão previstos resultados para as MPEs como o alinhamento do tema sustentabilidade e sua relação com a competitividade; implantação de práticas, que contribuam para o aumento da sua sustentabilidade para competitividade; contribuição com a melhoria da satisfação do colaborador no ambiente de trabalho e melhoria da imagem da empresa junto a seus trabalhadores e clientes.
Prêmio - Assessoria de Imprensa
A jornalista Neusa Medeiros, Assessora de Imprensa da entidade, foi homenagea-
Foto: Sidney Scaravonatti
O
SINDIMETAL RS marca presença em evento sobre Sustentabilidade das Entidades Sindicais na OAB
da no Jantar Baile dos Jornalistas, ocorrido no dia 06 de outubro, na Sociedade Ginástica; iniciativa dos Assessores de Imprensa da Câmara Municipal de Vereadores de São Leopoldo. Na ocasião, dez jornalistas da região foram agraciados, com o Prêmio Comunicação RS 2017 - 1ª edição. A jornalista foi destaque na categoria Assessoria de Imprensa. Sucesso Neusa Medeiros! Parabéns!
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Vereador Brasil Oliveira entrega o troféu à jornalista Neusa Medeiros
Presidente do SINDIMETAL RS é paraninfo de formatura na Escola Técnica Frederico Schmidt
somente irá evoluir com a atuação de técnicos. Precisamos de vocês”, registrou Heller. “Tenho a convicção de que a formação profissional, que acabam de concluir, é fundamental para o desenvolvimento da indústria, assim como para as demais áreas da atividade econômica do País”, enfatiza. “Somente com a aplicação do conhecimento técnico evoluiremos na produtividade”. Segundo Heller, a indústria é peça chave para o desenvolvimento social e econômico do Brasil e os técnicos são fundamentais e insubstituíveis dentro das indústrias. “Vocês podem fazer a diferença, atuando como mola mestra e propulsora da atividade”. Ao encerrar o seu pronunciamento, o empresário deixou um recado para os formandos. “Lembrem-se sempre de duas palavras, ao longo da carreira: produtividade, na vida profissional, e comprometimento consigo mesmo, com aqueles que o cercam e com a empresa na qual irão atuar, enfim, comprometimento com o Brasil. Recomendo igualmente que sejam agentes de transformação, para a melhoria do País que tanto amamos”.
Entrega da homenagem ao paraninfo
Os formandos dos cursos de Eletromecânica e Eletrotécnica, turma 2017-1, da Escola Técnica Estadual Frederico Guilherme Schmidt, de São
Leopoldo, tiveram como paraninfo o empresário Raul Heller, presidente do SINDIMETAL RS e da Copé & Cia. A cerimônia ocorreu no dia 26 de agosto, às 19h, na Sociedade Ginástica de São Leopoldo, ocasião em que o diretor da escola, professor Larri Felipe Steyer recepcionou autoridades e familiares presentes na solenidade. Em seu pronunciamento, Raul Heller, após agradecer o honroso convite, registrou a importância da educação para o desenvolvimento do País. “Lamentavelmente, a indústria brasileira declinou nos últimos 30 anos, assim como a educação, especialmente quando resolveram supervalorizar o 3º Grau”, afirma. “A indústria, assim como a sociedade e o Brasil,
Encontro de Lideranças na CNI O 3º Intercâmbio de Lideranças Setoriais da Indústria Metalmecânica, que ocorreu nos
dias 21 e 22 de setembro, numa promoção da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília, contou com a presença do presidente da Stihl, Cláudio Guenther, que representou, na ocasião, o presidente do SINDIMETAL RS, Raul Heller, indicado pela FIERGS.
O encontro teve como meta debater os desafios e as oportunidades para o setor fortalecer
Pesquisa de Satisfação das Associadas e Filiadas
F
oi realizada, no primeiro semestre deste ano, a Pesquisa de Satisfação das Associadas e Filiadas ao SINDIMETAL RS. A mesma objetivou interagir com as empresas, buscando verificar sua satisfação frente aos serviços e ações existentes, bem como conhecer as suas necessidades e expectativas, para que assim a entidade possa planejar e atuar na mesma direção dos interesses das associadas e filiadas. A avaliação geral do relacionamento com o SINDIMETAL
INICIATIVA POSITIVA – Desde maio do ano passado, quando integrantes dos comitês e grupos do SINDIMETAL RS visitaram a Escola Técnica Frederico Guilherme Schmidt, a fim de identificarem possibilidades de auxílio e aproximação com a indústria (veja matéria no Espaço nº 58, disponível do site), as ações em parceria têm se intensificado. Os empresários já perceberam a importância da aproximação aluno/ indústria, oportunizando assim que os estudantes vivenciem na prática o conhecimento adquirido em sala de aula. O SINDIMETAL RS, incentivador de boas práticas, norteado pelo projeto Atração de Mão de Obra Jovem para a Indústria, tem apoiado a Escola Frederico Schmidt, em diversas iniciativas. Dentro deste espírito de aproximação e colaboração, a entidade, juntamente com diversas empresas, apoiou a realização da Exposchmidt, que ocorreu nos dias 20 e 21 de outubro.
a atuação conjunta, enfatizando as ações que poderão ser realizadas pelos sindicatos empresariais, visando atender às necessidades das indústrias. Na ocasião, foram apresentadas boas práticas sindicais e sinalizados caminhos de mobilização para a defesa de interesses. Também foram conhecidas oportunidades oferecidas pelo Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (SEBRAE) e Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) para o setor. O Intercâmbio de Lideranças Setoriais é uma ação do Programa de Desenvolvimento Associativo (PDA), desenvolvido pela CNI em parceria com as Federações das Indústrias. O objetivo principal é fortalecer a representação empresa-
RS foi muito satisfatória, alcançando a métrica de 96% entre as associadas e 88% entre as filiadas, o que indica a necessidade de manutenção de um processo de melhoria contínua na entidade. A atuação da equipe de trabalho foi também, positivamente pontuada, como proativa e cordial. Foram indicadas, nas ações, a relevância para as empresas, nas associadas: Palestras; Cursos; Comitês, Grupos e SIPAT; Encontros de Negócios; Grupos de Estudos; Missões e Exposições. Nas filiadas, Cursos; Palestras; Exposições e Encontros de Negócios; Grupos de Estudos e SIPAT; e Missões. Na relevância dos serviços, nas associadas: Jurídico Trabalhista; Tributário; Representação Comercial; Ambiental e Seguran-
rial do setor industrial, por meio da promoção de reuniões técnicas focadas na discussão dos desafios de competitividade desses setores e na troca de experiências de gestão sindical. Foto: Divulgação CNI
Foto: Divulgação Frederico Schmidt
INSTITUCIONAL
Encontro em Brasília
ça e Higiene do Trabalho; Técnico Ambiental e Controladoria e Contabilidade; e Medicina do Trabalho. Para as filiadas, Jurídico Trabalhista, seguido dos demais, todos na mesma métrica. Entre os canais de Comunicação disponíveis, para as associadas permanece sendo o e-mail o mais pontuado, seguido do informativo Espaço SINDIMETAL, telefone e site, acima da métrica de 4 pontos, numa escala de 1 a 5. Entre as filiadas, e-mail e telefone tiveram mais destaque. A diretoria agradece a participação e informa que todos os dados, sugestões e críticas serão analisados criteriosamente, visando a melhoria permanente da entidade, bem como a sua relação com os associados e filiados.
“O essencial, com efeito, na educação, não é a doutrina ensinada, é o despertar”. (Ernest Renan)
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COMITÊ
SISTEMA DE PRODUÇÃO ENXUTA AVALIADO POSITIVAMENTE
O Lean Manufacturing ou Produção Enxuta abrange todas as atividades operacionais
de uma empresa. O sucesso da implantação pressupõe pré-requisitos de liderança, além de mudança cultural profunda e abrangente, contribuindo para uma gestão eficaz.
O Sistema de Produção Enxuta (SPE) do SINDIMETAL RS visa disseminar a cultura Lean nas empresas associadas e filiadas, potencializando a sua competitividade, através da utilização de ferramentas mundialmente conhecidas como o Sistema Toyota de Produção ou Lean Manufacturing. O processo de qualificação do programa é desenvolvido pelo Instituto SENAI de Tecnologia em Calçados e Logística de Novo Hamburgo, com o acompanhamento do comitê Lean. O SPE é aplicável em todas as áreas de uma organização e busca a garantia da lucratividade, através da eliminação dos desperdícios no fluxo de agregação de valor dos processos, por meio da redução dos custos, maximização da qualidade dos produtos e maior diferenciação dos produtos e serviços entregues aos clientes. Estruturado em quatro steps, concluídos em dois anos, cada empresa inscrita no SPE deve apresentar, no mínimo, um case por ano, o qual deve evidenciar a aplicação das capacitações recebidas. A apresentação ocorre nas reuniões do comitê Lean e no Fórum Sul Brasileiro Lean Manufacturing promovido pelo SINDIMETAL RS.
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ANÁLISE - No dia 24 de agosto, ocorreu a reunião de avaliação do SPE 2017, com os gestores das empresas participantes, que levou em consideração alguns aspectos, como satisfação dos funcionários e retorno prático para a empresa, sendo apontado pela maioria como positivo. Conforme relatou Sofia Copé Heller Michel, da Copé, nos primeiros dois anos de participação do SPE estavam capacitando apenas cargos mais administrativos, tendo sido ampliado este critério há um ano. Exemplificou que funcionários do almoxarifado receberam treinamento e sugeriram melhorias. Sofia também demonstrou satisfação com o programa, enfatizando seu formato, que resultou positivamente na mudança de cultura da empresa. O feedback dos funcionários foi válido, especialmente a aula prática realizada na oficina do SENAI. Segundo Nelson Gervazoni, da Itecê, o SPE foi avaliado positivamente. Já para a Inpel, segundo Alex André Francisco os participantes das capacitações estimularam as mudanças, utilizando os conceitos apreendidos nas capacitações. Na opinião de Volker Lübke, da Gedore, as capacitações estão tendo um retorno satisfatório, tanto em relação aos resultados de aprendizado, quanto na avaliação das aulas, sendo reforçada a importância da apresentação de cases no final de cada turma. Com relação ao trabalho interno, chamado Multi-
plicadores Internos, o mesmo é considerado de suma importância no processo de implementação do Lean, onde os funcionários, que estão cursando ou já participaram das capacitações do SPE, compartilham os ensinamentos com outros colegas, sendo apresentados os cases igualmente aos diretores. Na Dresch, conforme Igor Pedreti Dresch, estão satisfeitos com o SPE, inclusive participam também, do Programa Brasil + Produtivo. Já na Leitz, segundo Adriane Kaefer Werner relatou, a empresa está satisfeita com as capacitações., assim como Vilmar Martins da Silva, da Mecsul, que avaliou positivamente o Sistema de Produção Enxuta. No geral, os principais pontos indicados para análise e tomada de ações, para o comitê, foram: manter a estrutura do programa, uma vez que o mesmo apresenta ótima avaliação por parte de todas as empresas presentes; mais aulas práticas fora do SINDIMETAL RS, até mesmo em empresas do comitê; e aplicação dos cases. Todas as sugestões serão analisadas e avaliadas a sua aplicabilidade em 2018. Interessados em participar do SPE, no próximo ano, podem consultar o programa no site, no menu ações ou solicitar mais informações, através do fone (51) 3590-7708.
COMITÊ
Lídia Mancia incentiva gestores
11º MEETING GESTÃO DE PESSOAS aborda os desafios das novas lideranças
A proximadamente 100 profissionais de empresas associadas e filiadas ao SINDIME-
TAL RS prestigiaram o 11º Meeting Gestão de Pessoas, que ocorreu, no dia 26 de setembro, das 8h30min às 11h, na sede da entidade, em São Leopoldo. A palestrante Lídia Mancia, mestre em Administração de Recursos Humanos, psicóloga, professora universitária e escritora conduziu a atividade, interagindo com os participantes e promovendo a troca de experiências. Liderança em um mundo de incertezas marcou a pauta do evento, que abordou os principais desafios das indústrias, que desejam formar líderes em curto e médio prazo. Outro enfoque foi o papel do empresário neste processo, além de questões referentes ao cenário atual, onde contextualizou sobre como a liderança está sendo executada no mundo V.U.C.A. (do inglês, volatility, uncertainty, complexity and ambiguity). “O conceito surgiu, na década de 80, para representar as condições fundamentais, que afetam um negócio como Volatilidade, Incerteza, Complexidade e Ambiguidade”, comenta a palestrante. “Sua origem vem do mundo militar, com a ótica de oficiais em operação, onde os acontecimentos são caóticos e imprevisíveis”. Cada um dos termos do VUCA apresenta uma visão. O termo Volátil está relacionado às mudanças de negócio cada vez mais
O
rápidas. Neste caso, a estratégia é deixar de resistir e se preparar para o inesperado. A Incerteza traduz a falta de previsibilidade sobre o resultado futuro. Já a Complexidade, neste contexto, é a conectividade não previsível, que dificulta a capacidade de agir, e a Ambiguidade, onde as evidências são insuficientes para estabelecer o significado de um acontecimento. “Ao analisar cada um dos contextos V.U.C.A. estamos nos preparando para escolher a melhor estratégia a seguir no dia a dia da empresa”, afirma Lídia. “Na prática é preciso ter um novo olhar, mais humano e ao mesmo tempo de gratidão”. Outro aspecto que mereceu destaque foi a Internet das Coisas, que se refere a uma revolução tecnológica, cujo objetivo é conectar os itens usados do dia a dia à rede mundial de computadores. “Em 2025, a previsão é de que o mundo inteiro esteja conectado”, enfatiza. Sendo assim, já existem estudos inclusive estimando que em torno de 80% dos empregos irão desaparecer, surgindo então novas profissões, onde a liderança será ainda mais exigida. O fato é que vivemos na condição V.U.C.A. onde ser líder é enfrentar desafios; ter um reposicionamento e correr riscos. PILARES – Existem quatro fundamentos gerenciais ou pilares, que são diferenciais para o reconhecimento de um líder. O primeiro é ser o representante da empresa, “mesmo
que algumas questões sejam pessoalmente divergentes, assimilo o conceito e visto a ‘camiseta’ da organização onde estou inserido”, exemplifica Lídia. Outro ponto a destacar é a importância de ser exemplo e gerar resultados. O líder tem que ao mesmo tempo gerenciar pessoas e atingir metas. O desafio é grande e exige foco e disciplina. Mas então, qual o caminho? Aceitar as adversidades e administrar as contradições, investindo sempre no autoconhecimento. “Não adianta se vitimizar. A cadeira de liderança é um espaço de influência, que cada um pode ter, mas para isso precisa estar bem preparado”. E destaca: “forme pessoas. Para crescer é preciso deixar rastros, bons exemplos. Líderes exponenciais não tentam mudar o mundo, mas mudar a si mesmo”, afirma Lídia. O evento também contou com a presença da representante do Instituto Euvaldo Lodi (IEL-RS), integrante do Sistema FIERGS, Jacqueline Palma, técnica em Educação; diretor Executivo do SINDIMETAL, Valmir Pizzutti; e da coordenadora do comitê Gestão de Pessoas, Patrícia Misturini, gestora de RH, da empresa Ferramentas Gedore. A promoção foi do SINDIMETAL RS, através do comitê Gestão de Pessoas, com apoio do IEL-RS.
Grupo de Estudos aborda práticas de atração e retenção de pessoas
comitê Gestão de Pessoas iniciou no dia 18 de setembro, o Grupo de Estudos sobre Práticas de Atração e Retenção de Pessoas. Os encontros estão ocorrendo às segundas-feiras, no horário das 18h30min às 20h, na sede da entidade, com término previsto para o dia 06 de novembro. Na pauta, Práticas de atração e retenção de pessoas: Recrutamento, seleção, retenção e tratamento da diversidade – PCD´s/ reintegrados/ LGBT.
Destinado aos profissionais das empresas associadas e filiadas ao SINDIMETAL RS, da área de Recursos Humanos e outras, que buscam conhecer assuntos relacionados à gestão e comportamento, a atividade é gratuita e conta com facilitadores, que são voluntários membros do Comitê Gestão de Pessoas. A atividade visa criar um canal para compartilhar conhecimentos, experiências e procedimentos utilizados e adaptados em Gestão de Pessoas. “A educação é um processo social, é desenvolvimento”. (John Dewey)
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AÇÃO
Exposição e missão empresar possibilitam novos contatos A
Feira de Subcontratação e Inovação Industrial da América do Sul (Mercopar), em sua 26ª edição, recebeu expositores de todo o País, no período de 03 a 06 de outubro, das 14h às 21h, no Centro de Feiras e Eventos Festa da Uva, em Caxias do Sul. O SINDIMETAL RS e o SINBORSUL, juntamente com o SEBRAE, estiveram presentes numa área de 132m², apoiando as empresas expositoras Ernesto Müller, Jarzynski, Ingabor, Irmãos Fuhr, Mercobor, RD-Flex, Sebras e Spheric. “A troca de experiências, a prospecção de novos negócios, além do acesso direto às principais tendências da indústria são alguns atrativos dessa feira, que mobilizou os setores metalmecânico, eletroeletrônico, automação industrial, movimentação e armazenagem de materiais, serviços, borracha, plásticos, energia e meio ambiente”, registra o diretor Executivo do SINDIMETAL RS, Valmir Pizzutti. A Mercopar também possibilitou uma aproximação entre empresas nacionais e internacionais, promovendo o acesso das micro e pequenas empresas, junto a grandes grupos empresariais. INDÚSTRIA 4.0 – Um dos focos da Mercopar neste ano foi o Salão da Inovação, que reuniu projetos e ações relacionados à Indústria 4.0, também chamada de 4ª Revolução Industrial, que engloba inovações em automação, controle e tecnologia da informação com aplicação em processos de manufatura. Em parceria com o SENAI, foi realizada a demonstração de tecnologias maduras da Indústria
4.0: manufatura digital, robótica colaborativa, sensoriamento/ aquisição de dados e tecnologias de interação. RODADAS DE NEGÓCIOS – A tradicional Rodada de Negócios movimentou cerca de 200 empresas vendedoras e 48 compradoras. Este modelo de negociação é um grande sucesso na história da feira, onde micro e pequenas empresas podem oferecer seus produtos e serviços a compradores de maior porte, por meio de contato direto que, no dia a dia, é uma tarefa que encontra muitas barreiras. PALESTRAS – A Mercopar ofereceu ao público, diariamente, uma série de palestras gratuitas, sobre temas variados, especialmente sobre tecnologias, automação, robótica e Indústria 4.0. Também foi destaque a realização das visitas orientadas, permitindo maior interação entre visitantes e empresas. MISSÃO EMPRESARIAL - No dia 05 de outubro, o SINDIMETAL RS, juntamente com o SEBRAE, promoveu uma missão, que incluiu uma visita técnica, à empresa Keko Acessórios, em Flores da Cunha. Na sequência, os participantes visitaram a feira. Para a empresária Christine Lange, diretora da Ifla, a experiência de participar da visita técnica foi ótima. “A Keko é nossa cliente, mas não conhecíamos a estrutura da empresa, ecologicamente correta, formada por gente jovem e com conhecimento. Uma oportunidade que superou as expectativas” salientou. Segundo o diretor da Alu-Cek, Udo Wondracek, “a missão foi muito proveitosa, apresen-
Expositores
Sebras 08
tando estratégias inovadoras e aplicações do processo Lean”, destaca. Já na Mercopar, embora a feira estivesse mais enxuta, foi possível realizar bons contatos com novos fornecedores. OPINIÕES - Para o empresário Rubén Antônio Duarte, diretor da RD-Flex, a participação na feira tem sido possível graças as parcerias estabelecidas com o SINDIMETAL RS e o SEBRAE. “Este apoio institucional e financeiro é decisivo, pois a cada ano temos que adaptar os custos à realidade das empresas”, afirma. “Realizamos alguns contatos, com possibilidade comercial, inclusive na Rodada de Negócios, mas lamentei muito a redução no número de estandes e consequentemente de visitantes. Os reflexos do momento econômico são visíveis”, enfatiza Rubén. “A participação nas feiras, em geral, é um investimento a médio e longo prazo”, afirma o diretor Arno Müller, da Ernesto Müller, empresa há 65 anos no mercado de telas. “Durante a Mercopar, renovamos contatos e esclarecemos sobre as diferentes aplicações do produto, divulgando também o nosso Blog e a comercialização através do site”, comenta o diretor. Há vários anos a empresa Sebras participa como expositora da feira. Giovani Soto, do setor de Vendas, e Mateus Oliveira, do Marketing, utilizaram esse espaço para ampliar o relacionamento institucional com os clientes. “Recebemos gestores e estreitamos a relação comercial, mas novas possibilidades de negócio, como em anos anteriores realmente
RD-Flex
Irmãos Fuhr
Spheric
AÇÃO
rial à Mercopar profissionais não sei se irão se concretizar. Talvez somente no futuro”, avalia Giovani. “Somos a única empresa no Brasil que fabrica portas gigantes - a Maxi Door – ideal para grandes vãos, suportando ventos acima de 100Km por hora. É claro que a visibilidade para o nosso produto é importante, mas talvez as feiras necessitem ser reinventadas, num formato mais atraente, mais setorizada e não tão pulverizada como temos visto”, sugere Giovani. Alguns gestores tiveram boas perspectivas de negócios. Foi o caso da empresa Irmãos Fuhr, no mercado há 26 anos. Segundo os diretores Edenilson Furh e Josué Alves as visitas ao estande foram muito proveitosas. “Participamos da Rodada de Negócios e ficamos muito satisfeitos com os resultados. Tivemos solicitações de orçamento de quatro empresas de grande porte, com possibilidade efetiva de negócio. Certamente voltaremos a participar da Mercopar em 2018”, comemora Edenilson. Na opinião do diretor da Spheric, Giuliano Hoffmann, a feira contou com um número mais reduzido de pessoas, menos leads, mas a qualidade dos contatos mantidos foi muito boa. “A participação na feira poderá fortalecer, inclusive, a empresa, diante do conceito de ‘fábrica inteligente’ (transformar as máquinas e sensores em equipamentos inteligentes)”, salienta Giuliano. “A fabricação de sensores inteligentes, que se comunicam com a máquina e podem antecipar problemas, antes que a mesma pare por conta, gerando altos custos hoje, despertou interesse. Com os sensores inteligentes, temos poder de escolha sobre a
Visão parcial dos expositores
parada da máquina, buscando a manutenção preditiva sempre que necessário, eliminando as corretivas, além de configuração dos sensores on-line”, explica Giuliano. Durante a Mercopar, a empresa lançou um sistema, que permite interação total do sensor inteligente com o CLP (Controlador Lógico Programável), que é o cérebro da máquina. Segundo Giuliano, a Spheric é uma das poucas empresas que possui essa tecnologia pronta, no mundo. Com relação à feira, o empresário tem interesse em participar numa próxima edição, dependendo da infraestrutura e dos valores a serem investidos. RESULTADOS - De acordo com pesquisa realizada junto a expositores e empresas compradoras, a edição deste ano teve um incremento de 43% com relação aos números verificados no ano passado. Na média, cada um dos expositores realizou 77 contatos na feira, com possibilidades de novos negócios. Uma série de eventos e palestras disseminou o conhecimento durante a feira, sobretudo na área da inovação, tecnologia e Indústria 4.0. “Os modelos de negócios tradicionais precisam ser revisados”, afirma o diretor Técnico do SEBRAE-RS, Ayrton Pinto Ramos. Outro dado significativo apontado pela pesquisa é de que 87% dos expositores
pretendem participar da feira em 2018. Ampliar o número de clientes, divulgar seus produtos e a empresa no mercado, além de aumentar e diversificar o número de fornecedores foram os principais objetivos neste ano. Durante os quatro dias da Mercopar, os pavilhões do Centro de Feiras e Eventos Festa da Uva receberam um público de aproximadamente 13 mil visitantes. A Mercopar é uma realização do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Rio Grande do Sul (SEBRAE-RS) e da Hannover Fairs Sulamerica, empresa do Grupo Deutsche Messe AG.
Ernesto Müller
Estande institucional
Participantes da Missão na Keko “A educação desenvolve as faculdades, mas não as cria”. (Voltaire)
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GRUPO
O caminho para a inovação fortalecendo redes colaborativas
C om a velocidade das inovações tecnológicas nos campos de automação, controle e tecnologia da informação, aplicadas ao processo de manufatura, os processos produtivos tendem a se tornar cada vez mais eficientes, autônomos e acessíveis. Surgem as fábricas inteligentes e entramos em uma nova revolução industrial. As diversas mudanças na manufatura causam impactos em diferentes setores do mercado. As empresas precisam se reinventar para manterem a sua competitividade.
Compartilhar experiências somando esforços, fazendo parcerias com corporações que detenham a expertise de seus negócios e visão de futuro, é uma das formas para acompanhar estas tendências inovadoras. Muitas vezes, pensamos de forma individual, buscando alternativas que estão ao nosso alcance, mas os resultados, por vezes, não são satisfatórios. Fortalecer as redes, incentivando a colaboração, além de importante, tornou-se uma condição estratégica para superar os desafios impostos neste novo cenário, mas ainda assim não é o suficiente.
Neste sentido, precisamos fazer uma reflexão sobre o futuro das nossas empresas. Quais são as tendências das novas tecnologias, de produtos e serviços, que podem afetar o nosso segmento? Quais são as oportunidades que se apresentam? Como se readequar neste mundo volátil, incerto, complexo e ambíguo?
Faltam lideranças autênticas e transformadoras, com o foco na colaboração e nas metas. Se os estímulos econômicos e tecnológicos já não são o suficiente para resolvermos os problemas do nosso País, temos que lembrar da parte mais estruturante do Brasil, que é feita de pessoas. Para termos um País competitivivo precisamos de uma indústria forte, sustentável e moderna, gerando emprego e riqueza, mas, principalmente, líderes comprometidos com resultados, sem perder de vista a estratégia e caráter, utilizando ferramentas de mútua colaboração para o crescimento.
A tecnologia moldará os negócios do futuro. Os líderes precisam estar abertos para conduzirem as suas empresas neste novo cenário. Devido às constantes, e contínuas, mudanças e à instabilidade que o mundo empresarial está exposto, fortalecer ações que incentivam a inovação colaborativa é uma das formas para prosperar, competir e crescer no futuro que já começou.
Panorama Econômico
Curso Visão Sistêmica
P
erspectivas econômicas e políticas diante da atual conjuntura brasileira, mescladas com um pouco de história, foram debatidas, no dia 29 de setembro, às 17h30min, na sede do SINDIMETAL RS, numa iniciativa do Grupo Desenvolvimento de Lideranças 2 (DL2). Os gestores contaram com a presença do professor e consultor Marcos Tadeu Lélis, mestre e doutor em Economia. Segundo o palestrante a atividade teve como objetivo contextualizar sobre o atual momento para entendermos como vencer os desafios, que se apresentam no dia a dia das empresas. “Uma coisa é certa: o processo de saída será lento”, afirma Tadeu. “Acredito numa estabilização e não na recuperação que, na minha opinião, virá somente mais tarde”. Estamos passando por uma crise econômica e institucional muito severa. “Este processo, vivido no ambiente político, ainda está crítico”. Na conjuntura brasileira, a dinâmica da demanda interna perdeu força quando o crescimento declinou, entre 2011 e 2013. “Os ajustes que deveriam ter acontecido, após reeleição, não ocorreram surgindo então a crise econômica e política com mais intensidade no País”, justifica Tadeu. Para o economista, “as decisões são sempre políticas. Por mais técnicas que sejam as lideranças, o viés político estará sempre inserido neste processo”, afirma. A economia está frágil e só será retomada quando houver crescimento da classe média, que é quem consome em larga escala. O encontro foi aberto aos demais grupos e comitês da entidade. Entre as presenças, o empresário Volker Lübke, diretor na Gedore e vice-presidente do SINDIMETAL RS.
Palestrante Marcos Tadeu 10
Desenvolver novas lideranças, que busquem ações coletivas para melhores resultados, fortalecer parcerias, revisar os nossos approaches e atualizar conceitos e tendências são demandas urgentes nesta era de desindustrialização que estamos enfrentando. As inovações podem ameaçar mercados e as empresas, mas trazem também novas oportunidades de negócio e de relacionamento com clientes. Podemos destacar o modelo de economia compartilhada que mudou o comportamento dos consumidores. Adquirir e acumular bens está perdendo espaço para vivenciar novas experiências. A manufatura deve se adequar, não só focando em vender produtos e aumentar a produtividade, mas também em oferecer novas modalidades de serviços e atendimento.
Milena Pedroso, Laura Baldissera e Vilmar Martins da Silva Grupo Desenvolvimento de Lideranças – DL 2
O DL 2 participou do Curso Visão Sistêmica/ Visão Estratégica/ Planejamento Estratégico/ Visão Cliente, nos dias 18 e 25 de setembro e 02 de
outubro. O mesmo teve como objetivo desenvolver a capacidade de ler cenários e antever dificuldades; visualizar e entender cenários de forma metodológica e com senso de prevenção, para antecipar adversidades e favorecer o diálogo aos associados para prospectar possíveis soluções e rotas de ações estratégicas. Entre os conteúdos apresentados estiveram Estratégia, planejamento e plano; Método clássico para construção do plano estratégico; Planejamento estratégico em instituições de representação setorial; Posicionamento estratégico institucional. As aulas foram ministradas pelo professor Gustavo de Ávila Martins, Engenheiro Mecânico, mestre em Administração, com Aperfeiçoamento em TQM pela NKTS / Japão.
A
Liderança em pauta
consultora em desenvolvimento humano, com foco em equipes, educação e liderança, psicóloga Maria Zeli Stelmack Rodrigues, ministrou cursos no DL 3 sobre Papéis e Estilos de Liderança, no dia 24 de agosto; e Oficina Poder e Liderança, nos dias 14 e 28 de setembro. Em nossas vidas representamos vários papéis e, quanto mais temos, maior a oportunidade de nos tornar criativos e flexíveis. “A Liderança é um papel importante, que exercitamos na família, nos grupos sociais e no ambiente organizacional”, afirma Maria Zeli, “no entanto, o líder precisa aprender a dar possibilidades para outros também exercerem”. A consultora trabalhou os tipos no tutorial do Game da Liderança, reforçando em atividades e vivências, que puderam explorar o papel de gestor e engajador de equipe, estratégico e coach. Estes papéis vão sendo desenvolvidos na medida em que a nossa liderança vai crescendo em influência e propósito. O papel é o mesmo para todos, mas sem dúvida acrescentamos algo da nossa personalidade, que está ligada ao estilo de liderança que exercemos nos grupos. Também no mês de setembro, o DL3 iniciou o estudo sobre poder, onde foi discutida a frase do professor e psicanalista, Julio Walzs, que diz que em cinco minutos trocamos o amor pelo poder. “Iniciamos com a leitura de Shakespeare e sua peça Macbeth, em que podemos examinar os cuidados no exercício do poder e a forma como se chega até ele”, destaca. “Como todo clássico, a abordagem é atual e nos faz refletir sobre a natureza humana e como ela se desenrola no mundo organizacional”.
JURÍDICO E TÉCNICO AMBIENTAL
O SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL COMO PARTE INTEGRANTE DO PROPÓSITO DA ORGANIZAÇÃO A s questões ambientais seguiram cami- bre o meio ambiente e riscos e oportunidanhos próprios influenciadas diretamente des do negócio. O nível de complexidade pelas tendências políticas, econômicas e sociais que ditaram o ritmo acelerado de regulamentações e outros requisitos. No Brasil, a legislação ambiental precocemente demonstrou sua presença marcante, rapidamente foi publicado um grande número de normas ambientais versando sobre os mais variados temas (fauna, flora, recursos hídricos e outros). Porém, somente nas décadas de 70/ 80 pôde ser deslumbrada uma mudança de atitude da sociedade. As indústrias em especial passaram a adotar medidas de controle dos resíduos gerados em seus processos produtivos, tornando-se comum à construção de estações de tratamento de efluentes e o uso dos mais variados mecanismos de controle. Por outro lado, foi iniciada uma fiscalização atuante por parte dos órgãos ambientais em conjunto com o Ministério Público, fazendo uso de seus poderes através de multas e interdições em empresas poluidoras.
de um sistema de gestão ambiental (SGA) pode variar bastante de uma organização para outra, dependendo do contexto interno e externo da organização, escopo, requisitos legais, natureza das atividades, serviços e produtos, incluindo aspectos ambientais e respectivos impactos. Independentemente do porte, tipo e natureza do negócio e do nível de complexidade ou da necessidade de certificação do sistema de gestão ambiental a utilização da norma ISO 14001 como referência se torna uma prática muito usual e comprovadamente vantajosa pela sua credibilidade e abrangência.
Na década de 90, inclusive motivado pelo artigo 225 da então promulgada Constituição Federal de 1988 (Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações), as tendências apontavam para uma postura proativa das empresas, quando a percepção dos empreendedores estava sendo direcionada para a busca de ferramentas capazes de eliminar ou reduzir os resíduos, efluentes e emissões geradas nas fontes geradoras. O uso destas ferramentas passou de uma tendência para uma estratégia concreta, completamente adaptada e fortalecida pelos excelentes resultados obtidos nos diferentes setores produtivos onde foram aplicadas, na qual a implantação de sistema de gestão ambiental foi o expoente desta nova forma de ação.
Segundo os conceitos da ISO 14001 o SGA é formado por um conjunto de elementos inter-relacionados ou interativos de uma organização, para estabelecer políticas, objetivos e processos para alcançar esses objetivos. Os elementos do sistema incluem a estrutura da organização, papéis e responsabilidades, planejamento e operação, avaliação de desempenho e melhoria. O escopo de um sistema de gestão pode incluir a totalidade da organização, funções específicas e identificadas da organização, ou uma ou mais funções dentro de um grupo de organizações. Esta norma especifica os requisitos para um SGA, oportunizando à organização a melhoria contínua do seu desempenho ambiental, buscando gerenciar suas responsabilidades ambientais de forma sistemática, contribuindo para a organização em si e suas partes interessadas. Antes de iniciar a implantação do SGA segundo a ISO 14001 é recomendável realizar um diagnóstico da empresa em relação ao atendimento dos requisitos da norma e ao mesmo identificar fortalezas e fragilidades em relação às questões ambientais, recursos e prazos para alcançar os objetivos estabelecidos. Neste caso, na prática a implantação do SGA pode ser feita de várias maneiras, desde que os requisitos do SGA, conforme a norma, sejam contemplados.
A necessidade de reduzir riscos de contaminação ambiental e a preocupação com a preservação do meio ambiente vem impulsionando as indústrias a encontrar alternativas para controlar os impactos gerados por seus processos, produtos e serviços. Nesse intuito a estruturação de um sistema ambiental é uma forma capaz de conferir confiabilidade e condições de atendimento aos requisitos legais que estão cada vez mais exigentes, bem como gerenciar os aspectos ambientais significativos reduzindo os possíveis impactos so-
Os requisitos devem obrigatoriamente incluir: a) contexto da organização, onde a mesma deve determinar as questões internas e externas e necessidades/expectativas das suas partes interessadas, bem como escopo e estrutura do SGA conforme direcionamento do negócio; b) liderança, na qual a norma direciona que a responsabilidade final pela eficácia do SGA é da Alta Direção, onde estes devem estar pessoalmente envolvidos na orientação e apoio ao pessoal que atua no SGA, ou seja, a Alta Direção pode delegar responsabi-
Eduardo Gaelzer OAB/RS 58.660
Ana Cristina Curia CREA 104376-D
lidades, mas deve manter-se responsável pela execução das atividades as quais delegou; c) planejamento, que compreende ações para abordar riscos e oportunidades (aspectos ambientais, requisitos legais e outros requisitos e planejamento das ações) e objetivos ambientais; d) apoio, que relaciona os recursos necessários para o estabelecimento, implementação, manutenção e melhoria contínua do SGA (recursos, conscientização, competência, comunicação, informação documentada); e) operação do SGA que é constituída pelo planejamento e controles operacionais e preparação e resposta a emergências, onde o intuito é que a organização possa organizar o SGA para planejar, executar e controlar os processos, internos ou subcontratados, necessários para o cumprimento dos requisitos do SGA, de forma coerente com a perspectiva de ciclo de vida; f ) avaliação de desempenho que compreende o monitoramento, medição, análise e avaliação do seu desempenho ambiental, avaliação do atendimento dos requisitos legais, auditoria interna e análise crítica pela alta direção do SGA para assegurar sua contínua adequação, suficiência e eficácia; g) melhoria que diz respeito à implementação de ações necessárias para alcançar os resultados pretendidos pelo SGA (gestão de não conformidades e melhoria contínua). O sucesso do SGA não está ligado diretamente a forma de implantação do mesmo, mas sim fortemente conectado com o seu propósito no contexto da organização, que por sua vez está relacionado com comprometimento de todos os níveis e funções, começando pela Alta Direção. É possível promover ações para implementar medidas de prevenção ou mitigação dos seus impactos ambientais adversos e intensificar os impactos benéficos, sempre abordando os riscos e oportunidades que estão alinhados com o direcionamento estratégico do negócio incorporando o SGA na governança. Para saber mais informações específicas sobre como implantar, manter e melhorar o sistema de gestão do seu empreendimento faça sua consulta pessoalmente às áreas jurídicas e técnicas no SINDIMETAL RS ou via remota conforme necessidade. • Advogado integrante da equipe de profissionais do escritório Garcez Advogados Associados – Assessoria Jurídica do SINDIMETAL RS, na área Trabalhista, Ambiental e de Representação Comercial. • Engenheira Química da Bee Assessoria e Consultoria Ltda., Assessoria Técnica Ambiental da entidade.
“O princípio da educação é pregar com o exemplo”. (Anne Turgot)
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JURÍDICO TRABALHISTA
A RESCISÃO CONTRATUAL POR ACORDO ENTRE EMPREGADO E EMPREGADOR O
Diário Oficial da União de 14 de julho de 2017 publicou a Lei 13.467/17, que instituiu a denominada Reforma Trabalhista e alterou diversos dispositivos da CLT. Dentre as significativas alterações trazidas encontra-se a chamada demissão consensual, oportunidade em que empregado e empregador alinham, em comum acordo, o término da relação contratual de trabalho.
Essa mudança, assim como todas as outras previstas na Reforma, começa a valer a partir de 11.11.2017 (120 dias após a sanção da Lei 13.467/17). Assim dispõe o art. 484-A da CLT, introduzido pela Reforma Trabalhista: “O contrato de trabalho poderá ser extinto por acordo entre empregado e empregador, caso em que serão devidas as seguintes verbas trabalhistas: I - por metade: a) o aviso prévio, se indenizado; e b) a indenização sobre o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, prevista no § 1o do art. 18 da Lei no 8.036, de 11 de maio de 1990; II - na integralidade, as demais verbas trabalhistas. § 1º A extinção do contrato prevista no caput deste artigo permite a movimentação da conta vinculada do trabalhador no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço na forma do inciso I-A do art. 20 da Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990, limitada até 80% (oitenta por cento) do valor dos depósitos. § 2º A extinção do contrato por acordo prevista no caput deste artigo não autoriza o ingresso no Programa de Seguro-Desemprego”. Atualmente, quando há o pedido de demissão pelo empregado, este fica impossibilitado de sacar os depósitos do FGTS, assim como não tem depositada
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Franciele Ledur OAB/RS 97.959
a indenização de 40% sobre o aludido saldo. Além disso, se o trabalhador deixar de cumprir com o aviso prévio, o empregador poderá descontar esse período na rescisão.
decorrência de tanto. Assim, o empregado não “perde os seus direitos” e o empregador não suporta todos os ônus decorrentes de uma despedida imotivada.
Na despedida sem justa causa, o empregado tem direito ao aviso prévio, indenização de 40% sobre o saldo de FGTS e acesso à totalidade dos depósitos do FGTS.
A imprensa, porém, tem feito ampla divulgação da uma proposta de Medida Provisória que pode regulamentar e/ ou substituir alguns artigos, assim como sua possível edição antes da entrada em vigor da nova lei. De igual forma, tem sido noticiada a probabilidade de ingresso de ações civis públicas pelo Ministério Público do Trabalho, partidos políticos, centrais sindicais e grupo de trabalhadores, contra a Reforma Trabalhista.
Na nova legislação, que agora traz a possibilidade de extinção do contrato de trabalho por mútuo consentimento, a empresa paga mais direitos do que se o empregado formalizasse o pedido de demissão, mas menos do que se tomasse a iniciativa de demiti-lo. O empregador pagará metade do aviso prévio e metade da multa de 40% sobre o FGTS, e o empregado poderá movimentar 80% dos recursos depositados no FGTS. Nota-se, porém, que o trabalhador perde o acesso ao seguro desemprego. Um ponto que merece destaque é que os 20% remanescentes no FGTS, continuam sendo do trabalhador, apenas não estará disponível para saque, naquele momento. Atualmente, ao pedir demissão, o trabalhador tem retido 100% dos depósitos constantes no fundo. Importante destacar que o contrato de trabalho, tal como antes regrado na CLT, ainda era um dos poucos que não admitia a cessação amigável. Contratos de prestação de serviços, de consumo, casamento, sociedades comerciais, civis e etc., permitem a sua extinção pela vontade das partes. O artigo 484-A, da CLT, introduzido pela nova lei, deu ao empregado oportunidade de negociar com o empregador o término do contrato de trabalho, de modo que ninguém sofra prejuízos em
Portanto, existe a possibilidade de alteração de pontos específicos da lei, o que pode incluir o ora analisado. Com efeito, mesmo entre críticos e defensores, é certo que o novo texto de lei veio na tentativa de diminuir a prática da simulação para a extinção do contrato de trabalho, e oferece uma alternativa pacificadora às partes, dividindo-se o ônus e o bônus da extinção contratual, oferecendo, inclusive, mais segurança jurídica para empregado e empregador. Infelizmente, quanto às críticas à reforma e ao artigo em questão, é importante dizer que violações sempre ocorreram nas relações laborais e certamente ocorrerão depois dela. Competirá às autoridades competentes exercerem o seu papel de fiscalização.
Advogada integrante da equipe de profissionais do escritório Garcez Advogados Associados – Assessoria Jurídica do SINDIMETAL RS, nas áreas Trabalhista, Ambiental e de Representação Comercial.
JURÍDICO TRIBUTÁRIO
ICMS NA BASE DE CÁLCULO DO PIS/COFINS: publicação do acórdão pelo Supremo Tribunal Federal
C
omo já noticiado, no dia 09 de março de 2017, o Supremo Tribunal Federal – STF julgou o Recurso Extraordinário, no qual a discussão central residia na possibilidade de excluir o ICMS, destacado na nota fiscal de venda de mercadorias, da base de cálculo das contribuições sociais denominadas PIS/COFINS. O acórdão ainda não tinha sido publicado, o que ocorreu somente na data de 02 de outubro, sendo de destacar os seguintes tópicos, conforme segue abaixo: Foi adotado o voto da relatora, Ministra Carmem Lúcia, que analisando o sistema da não-cumulatividade do ICMS, concluiu que apesar de parte do valor do ICMS destacado na “fatura” ser aproveitado pelo contribuinte para compensar com o montante do ICMS gerado na operação anterior, ele será recolhido e não constitui receita do contribuinte; logo, não fará base para o pagamento das contribuições para o PIS e COFINS.
Marciano Buffon OAB/RS 34.668
No voto, não houve limitação dos efeitos aos contribuintes que entraram com ação judicial. Em face desta situação, recomenda-se a todos aqueles que ainda não moveram ações judiciais que o façam imediatamente, no sentido de suspender os recolhimentos e, ao final, obter o direito à restituição/ compensação dos valores indevidamente recolhidos, relativamente aos últimos cinco anos (isso NÃO se aplica para empresas optantes pelo SIMPLES NACIONAL). Ao nosso ver, a ação é apenas recomendável para aqueles contribuintes que apuram ICMS a pagar, pois há o considerável risco de que o Fisco entenda que dos créditos relativamente a tais contribuições, na sistemática não-cumulativa aplicável às empresas optantes pelo Lucro Real, também seja excluído o ICMS da base de cálculo (para empresas optantes pelo Lucro Presumido o risco não existe).
Também como já comentado, na reunião de Diretoria realizada em 23/03/2017, foi deliberado, unanimemente, que não será proposta ação coletiva para discutir o assunto, pois poderia haver interesses antagônicos no resultado da ação. Todavia, para todos os associados que tiverem interesse na propositura da ação, foi acordado que seriam propostas ações individuais, pela assessoria jurídica tributária da entidade (Buffon & Furlan Advogados Associados), nos mesmos moldes e condições das ações coletivas anteriormente propostas (INSS sobre Cooperativas e sobre 1/3 de férias, as quais já transitaram em julgado).
Advogado da equipe Buffon & Furlan Advogados Associados I Assessoria Jurídica do SINDIMETAL RS, na área Tributária.
SIMPLES NACIONAL – MODIFICAÇÕES PARA
2018 SÃO DISCIPLINADAS PELO COMITÊ GESTOR
A Resolução do CGSN nº 135/2017, alterou a redação da Resolução do CGSN nº 94/2011,
especialmente para corrigir os limites de enquadramento, cabendo destacar os seguintes tópicos: a) Será considerada empresa de pequeno porte (EPP) aquela que, entre outros requisitos, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 (até 31 de dezembro de 2017, o limite será de R$ 3.600.000,00, sendo que não haverá a exclusão do Simples Nacional se não for ultrapassado o novo limite fixado para 2018); b) Para fins de opção e permanência no Simples Nacional, poderão ser auferidas em cada ano-calendário receitas no mercado interno até o limite de R$ 4.800.000,00 (até 31 de dezembro de 2017, o limite será de R$ 3.600.000,00) e, adicionalmente, receitas decorrentes da exportação de mercadorias ou serviços para o exterior, inclusive quando realizada por meio de comercial exportadora ou da sociedade de propósito específico prevista no art. 56 da Lei Complementar nº 123, de 2006, desde que as receitas de exportação também não excedam R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais); c) No ano-calendário de início de atividade, cada um dos limites para enquadramento no Simples Nacional será calculado a partir do valor de R$ 400.000,00 (quatrocentos mil reais), multiplicados pelo número de meses compreendidos entre o início de atividade e o final do respectivo ano-calendário, consideradas as frações de meses como um mês inteiro; d) Os Estados e o Distrito Federal, cuja participação no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro seja de até 1% (um por cento), poderão optar pela aplicação de sublimite de receita bruta
anual de R$ 1.800.000,00 (um milhão e oitocentos mil reais) no mercado interno e consequente sublimite adicional, no mesmo valor, de exportação de mercadorias ou serviços para o exterior, para efeito de recolhimento do ICMS e do ISS relativos aos estabelecimentos localizados em seus respectivos territórios; e) Para os Estados e o Distrito Federal que não tenham adotado sublimites na forma acima e para aqueles cuja participação no PIB brasileiro seja superior a 1% (um por cento), para efeitos de recolhimento do ICMS e do ISS, observar-se-á obrigatoriamente o sublimite no valor de R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais) no mercado interno e sublimite adicional, no mesmo valor, de exportação de mercadorias ou serviços para o exterior; f) A EPP que ultrapassar qualquer sublimite de receita bruta acumulada, seja no mercado interno ou em decorrência de exportação para o exterior, estará automaticamente impedida de recolher o ICMS e o ISS na forma prevista no Simples Nacional, a partir do mês subsequente àquele em que tiver ocorrido o excesso, relativamente aos seus estabelecimentos localizados na unidade da federação de vigência do sublimite; g) Não poderá recolher os tributos na forma do Simples Nacional a ME ou EPP, que exerça atividade de produção ou venda no atacado de b) cervejas sem álcool; c) bebidas alcoólicas, exceto aquelas produzidas ou vendidas no atacado por ME ou EPP registrada no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e que obedeça à regulamentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e da RFB quanto à produção e à comercialização de bebidas alcoólicas, nas seguintes atividades: 1. micro e pequenas cervejarias; 2. micro e pequenas vinícolas; 3. produtores de licores; 4. micro e pequenas destilarias; h) Na hipótese de a ME ou EPP optante pelo Simples Nacional
Marina Furlan OAB/RS 51.789
obter receitas decorrentes da prestação de serviços previstas no inciso V do § 1º do art. 25-A, deverá apurar o fator “r”, que é a relação entre a: I - PA, o período de apuração relativo ao cálculo; II - FSPA, a folha de salários do PA; III - RPA, a receita bruta total do PA; IV - FS12, a folha de salários dos 12 (doze) meses anteriores ao PA; e V - RBT12r, a receita bruta acumulada dos 12 (doze) meses anteriores ao PA, considerando conjuntamente as receitas brutas auferidas no mercado interno e aquelas decorrentes da exportação. i) A exigência de prestação de dados por meio de escrituração fiscal digital em qualquer modalidade não poderá ter caráter obrigatório para a ME ou EPP optante pelo Simples Nacional, exceto quando ultrapassado o sublimite vigente no Estado ou Distrito Federal; j) Será considerado microempreendedor individual (MEI) o empresário optante pelo Simples Nacional que aufira receita bruta acumulada nos anos-calendário anterior e em curso de até R$ 81.000,00 (até 31.12.2017, R$ 60.000,00). A partir de 1º de janeiro de 2018, também será considerado MEI o empreendedor que exerça atividades de industrialização, comercialização e prestação de serviços no âmbito rural, optante pelo Simples Nacional. No caso de início de atividade, o limite que será de R$ 6.750,00 (seis mil setecentos e cinquenta reais) multiplicados pelo número de meses compreendidos entre o mês de início de atividade e o final do respectivo ano-calendário, consideradas as frações de meses como um mês inteiro.
Advogada da equipe Buffon & Furlan Advogados Associados I Assessoria Jurídica do SINDIMETAL RS, na área Tributária.
“Eduquem as crianças e não será necessário castigar os homens”. (Pitágoras)
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RAIO X/ AÇÃO
CFP SENAI DE SÃO SEBASTIÃO DO CAÍ HISTÓRICO
E sta unidade do SENAI-RS iniciou suas atividades em 29 de julho de 2014 com o objetivo de atender as necessidades e reivindicações do empresariado local, das associações de classe, demais lideranças e da comunidade em geral.
Está localizada na Rua Oderich, nº 305 – Navegantes, em São Sebastião do Caí. O telefone é (51) 3635 0150 e o e-mail senai.cai@senairs.org.br.
Unidade Operacional
Mantém atendimento externo ao público das 7h45min às 11h45min e das 13h30min às 17h30min, de segunda à sexta-feira, contando atualmente com cinco colaboradores.
COM A PALAVRA, o Gerente de Operações Roberto Stahnke 1 – O que oferece? A grande atuação da escola é com os cursos de Aprendizagem Industrial, voltada ao público adolescente e que são mantidos através das cotas com as respectivas empresas. Desde a inauguração em 2014, é uma unidade vocacionada para as áreas Mecânica (curso de Mecânico de Manutenção de Máquinas em Geral), Elétrica (curso de Eletricista de Manutenção Eletroeletrônico) e, em 2017, passou também a atender a área Têxtil (curso de Costureiro na Confecção em Série). Além disto, a escola já atendeu e tem condições de receber regularmente as demandas das empresas da região quanto a turmas de Pessoas Com Deficiência (PCD’s), atividade esta normalmente desenvolvida em parceria com a APAE local. A escola oferece também vários cursos de menor duração, todos relacionados com a área de atuação da escola, nos turnos da noite e aos sábados, conforme a demanda. Estes cursos são desenvolvidos nas modalidades de Iniciação, Aperfeiçoamento ou Qualificação Profissional, para públicos diversos, não contemplados na modalidade de Aprendizagem Industrial e que necessitam de formação inicial nas áreas mecânica, elétrica e têxtil. Além disto, os cursos de Qualificação
Cadastro de Aprendizes
Profissional permitem a este público o aprendizado de uma nova ocupação ou o Aperfeiçoamento/ atualização de áreas onde os candidatos já detenham algum conhecimento e atuação. O atendimento às empresas da região é realizado prioritariamente por Agentes de Relação com o Mercado, que tem atuação na região. 2 – Qual a absorção no mercado? Os alunos dos cursos de Aprendizagem Industrial normalmente são absorvidos pelas empresas da região na medida em que alcançam a idade de 18 anos. 3 – Que projetos estão em andamento? Assim como outras UOs do SENAI, a unidade cada vez mais utiliza as modernas metodologias de educação, com uso de várias tecnologias e ambientes virtuais, com forte incentivo à Educação à Distância, além de oferecer ambientes e tecnologias conectadas com nosso público. O grande desafio do CFP SENAI de São Sebastião do Caí, em 2017, é atendermos a todas as demandas das empresas da região na busca por aprendizes qualificados. Fonte: CFP SENAI
FIQUE ATENTO!
Em breve, o SENAI RS disponibilizará o edital para cadastro de aprendizes, destinado aos interessados em matricular-se nos cursos de Aprendizagem Industrial 2018, que têm duração de dois anos. Mais informações através das escolas do SENAI na região ou site www.senairs.org.br.
AGENDA SINDIMETAL rs
Mais informações poderão ser obtidas através dos telefones (51) 3590-7707 e 3590-7708. NOVEMBRO
08 – 6º Fórum Lean 12 a 14 – EEBA – Encontro Econômico Brasil X Alemanha 20 a 24 – Curso Cipa DEZEMBRO
06 – Workshop Tributário e Econômico – Cenários 2018 ** Programação sujeita à alteração I Consulte a agenda no site www.sindimetalrs.org.br 14
VISITE O ESTANDE DO SINDIMETAL RS NO EEBA
MERCADO
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Higra está entre as empresas que mais crescem no País
arabéns à direção e colaboradores da Higra pelo mérito de estar novamente entre as 100 pequenas e médias empresas, que mais crescem no Brasil. A informação foi conhecida no dia 22 de setembro, após divulgação da respeitada lista da Deloitte, uma das principais auditorias do mundo, em parceria com a Revista Exame. A empresa, referência em soluções em bombas, aeradores e misturadores, figurou na 61ª posição e é uma das 11 gaúchas na listagem. Esta é terceira vez que a HIGRA aparece em crescimento. Em sua 12ª edição, neste ano, a pesquisa As PMEs que mais Crescem no Brasil se debruçou sobre A Estratégia do Reposicionamento das empresas emergentes de sucesso frente aos atuais desafios econômicos e de negócios. Para o diretor e um dos fundadores da empresa, Alexsandro Geremia, estar novamente na lista mostra que a empresa tem foco e segue no caminho certo. “Como a própria organização pontuou, as PMEs de maior crescimento no Brasil estão aí para provar que, mesmo nos momentos difíceis, a roda do desenvolvimento não para quem está preparado para os desafios”. Equipe comemora bons resultados
Fonte: Higra
Metalúrgica recertificada
Como resultadoprocessos, da busca constante pela a Metalúrgica
melhoria de seus Nunes foi auditada em agosto de 2017 pela DQS para Certificação de Sistemas de Gestão e obteve a recertificação ISO/ TS 16949:2009, reforçando o compromisso da empresa com a qualidade das soluções fornecidas aos seus clientes.
Desde fevereiro de 1985, a Metalúrgica Nunes se destaca no desenvolvimento de soluções em usinagem de precisão com tradição e alta performance. Fornece peças e serviços para indústrias de tecnologia de ponta nos mercados nacional e internacional. Atua em segmentos como: automotivo, agrícola, eletrodoméstico, eletroeletrônico, refrigeração industrial, calçadista, dentre outros. Principais produtos: adaptadores, arruelas, buchas, bujões, conexões, distribuidores,
O
eixos, êmbolos, flanges, hastes, nípeis, parafusos especiais, pinos, pistões e porcas, além da montagem de sub-conjuntos. A qualificação dos produtos é assegurada pelo moderno laboratório de metrologia que possui equipamentos como o tridimensional CNC, rugosímetro, projetor de perfil, durômetro, entre outros. A tecnologia tem aliados como os centros de usinagem, tornos CNC com sistema de alimentação por barras e blanks de até 400 mm de diâmetro e tornos automáticos A25. Laminadoras de rosca, fresadoras, furadeiras e retíficas centerless complementam o parque industrial. A empresa respeita os seus profissionais como o principal recurso da organização, investindo na capacitação e desenvolvimento contínuo. Também se preocupa com a comunidade, participando ativamente de projetos sociais e preservação do meio ambiente.
Fonte: Nunes
Associada presente há 10 anos no mercado
s sócios Scheila e Luis Henrique Müller estão comemorando os 10 anos de atuação da empresa Retiburgo, fundada em 03 de outubro de 2007. A empresa tem sede em Novo Hamburgo e atendimento a clientes em todo o território nacional, oferecendo inovação em seus produtos e excelência em serviços, destacando-se pelo seu comprometimento e respeito aos seus clientes. Durante esta trajetória construiu em seu portfólio produtos inovadores, como o plug para vedação de tubos de trocadores de calor tubular
e ferramentas para máquinas biseladoras, além de apresentar vários cases de sucesso na prestação de serviços de retífica técnica e projetos especiais. Para comemorar, durante o período de 02 a 06 de outubro, os clientes, fornecedores e amigos, que visitaram a empresa, participaram de um coquetel. Conforme o diretor técnico Luis Müller, “a data foi comemorada mesmo em meio ao atribulado dia a dia e tornou-se um breve momento de descontração e encontro”. Sucesso à direção e equipe! Fonte: Retiburgo “Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina”. (Cora Coralina)
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VITRINE • ESPAÇO SINDIMETAL Nº 66
EMPRESA ASSOCIADA
registra 20 anos de história
Peças produzidas
E specializada em serviços de usinagem e estamparia de peças de pequeno porte, a Sanlarte também executa a montagem de peças especiais para o setor metalmecânico, estando certificada na ISO 9001:2008 pela Bureau Veritas. Atende os segmentos automotivo, agrícola, pneumática e de borrachas técnicas.
Com sede em São Leopoldo, foi fundada no dia 20 de outubro de 1997, tendo como sócios Alexandre Santos e Sandra Gross. O sonho de constituir a própria empresa teve início enquanto Alexandre ainda trabalhava na Freios Controil, local onde atuou por 20 anos e adquiriu experiência, mantendo até hoje uma relação de confiança. “A Controil é um parceiro estratégico, com quem mantemos uma relação, que já soma mais de 30 anos”, enfatiza. No início, a Sanlarte tinha como sede a garagem da residência do seu sócio. Ambos se desdobravam para atender e prospectar clientes. Com o passar dos anos, a formatação inicial mudou. Em 2002, houve a alteração de endereço, passando a Sanlarte a ocupar um espaço maior, onde está localizada até hoje. Surgiu então a oportunidade de terceirizar para a Controil. “Logo me candidatei para ser fornecedor, pois já havia ocupado várias funções na empresa e adquirido bons conhecimentos”, relembra. A oportunidade então foi abraçada pelo empreendedor que, em 2005, passou a produzir em maior escala. Tendo como cliente um parceiro estratégico como esse, não demorou muito para ganhar a confiança de outras empresas. MELHORIA CONTÍNUA Embora já tenha comercializado para Minas Gerais, o foco principal para desenvolver os seus produtos e serviços é a região. “Estou satisfeito com o trabalho que realizo, juntamente com os meus colaboradores, mas no futuro, quem sabe, tenho o desejo de produzir arruelas especiais”, destaca Alexandre.
sanlarte@terra.com.br
“A equipe é enxuta e temos baixa rotatividade. Mantemos os compromissos sempre em dia, a saúde da empresa está bem alinhada, permitindo que seja dado um passo de cada vez, não atropelando os prazos e nem tão pouco desorganizando a gestão”, afirma. Possui uma boa relação com os diferentes públicos e trabalha delegando autonomia para os colaboradores. “Se precisar parar uma máquina, para corrigir um processo, o funcionário tem autonomia para realizar esse procedimento”, enfatiza. Casados há 25 anos, Alexandre e a sócia Sandra cumprem uma rotina juntos na empresa, através do convívio profissional e, igualmente, na vida pessoal. “Dividimos tarefas e lidamos bem com tudo isso no nosso dia a dia”, destaca Sandra. Uma receita, que vem sendo seguida pelos dois, é manter a seriedade no trabalho. “Sempre comento que o atraso do cliente não pode ser a nossa urgência. Para manter a qualidade precisamos também estar comprometidos com os prazos. Conhecemos os nossos limites e os nossos pontos fortes, que no caso são prazo de entrega e localização da empresa, além é claro do conhecimento técnico,” define Alexandre. “Trabalhamos focados na melhoria contínua do Sistema de Gestão da Qualidade. Os valores que norteiam o trabalho são traduzidos pelo desejo de estar entre os principais fornecedores de produtos usinados e estampados, gerando valores para os clientes, acionistas e colaboradores”. Os próximos passos já estão sendo pensados. ”Além de divulgar mais e melhor os nossos resultados para os colaboradores, precisamos ajustar a prioridade dos investimentos. Como e até onde desejamos crescer são perguntas que sempre estamos nos fazendo e que ainda não temos as respostas”, relata. No momento o plano é atender a todos os clientes dentro dos prazos estipulados. Que as metas sejam atingidas e que, os próximos anos, que certamente virão para a Sanlarte, cheguem repletos de realizações e conquistas. Parabéns pelos 20 anos da empresa!