BOLETIM DA MULHER
METALÚRGICA
www.sindmetalsjc.org.br 20 a 26 de novembro de 2012
Órgão Informativo do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Caçapava, Jacareí, Santa Branca e Igaratá
Trabalhadoras se organizam contra desrespeito e violência Sindicato reformula Secretaria da Mulher para avançar na luta pelo direito das metalúrgicas. Sexta tem palestra no Sindicato As mulheres metalúrgicas já deram muitas provas de que são de luta. Nas campanhas salariais e de PLR, por exemplo, as fábricas onde as mulheres são maioria, os patrões não têm vez. O Sindicato sempre organizou atividades específicas para as mulheres, e conta com uma Secretaria da Mulher Trabalhadora. Agora, essa secretaria vai ser reformulada. A composição deixa de ser exclusivamente de dirigentes sindicais e passa a abrir espaço para as próprias trabalhadoras. “Queremos que as metalúrgicas participem ativamente das atividades da Secretaria, tomando decisões e ajudando a diretoria a elaborar políticas em defesa dos direitos”, afirma a diretora do Sindicato Rosângela Calzavara. Vamos dar continuidade às tarefas que já vinham sendo desenvolvidas pela Secretaria, como palestras, encontros e mobilizações, e avançar na luta por direitos. As trabalhadoras que quiserem fazer parte da secretaria
devem entrar em contato com a diretora Rosângela, pelo telefone 9176-3888. Dia contra a violência Esta nova etapa da Secretaria da Mulher Trabalhadora vai ser oficialmente lançada nesta sexta-feira, dia 23, às 19h, na sede do Sindicato. Todas as trabalhadoras e trabalhadores estão convidados. Junto com o lançamento da secretaria, acontecerá a palestra “Mulheres na luta contra a violência e a retirada de direitos”. O evento marcará o Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher, celebrado em 25 de novembro. A data relembra o assassinato de três irmãs ativistas, da República Dominicana: Pátria, Minerva e Maria Teresa Mirabal. Elas foram mortas em 1961, por lutarem contra a ditadura de Leonidas Trujillo.
PALESTRA: Mulheres na luta contra
a violência e a retirada de direitos
Dia 23, às 19h, na sede do Sindicato Compareça!
Região não oferece atendimento e segurança para vítimas de agressão As mulheres vítimas de violência em nossa região contam com pouco ou nenhum tipo de suporte para protegê-las de seus agressores. Em todo o Vale do Paraíba, Serra da Mantiqueira e Litoral Norte, ou seja, 39 cidades, existem apenas 10 Delegacias de Defesa da Mulher (DDM) e nenhuma Casa Abrigo. E o que não faltam são mulheres agredidas. Segundo o Departamento de Polícia Judiciária do Interior 1, em 2011, foram registradas 16.227 ocorrências nas DDM da região. Des-
se total, 4.822 referem-se a casos de estupro ou lesão corporal. A cidade recordista de registros é Taubaté, com 3.938 boletins em 2011. Em segundo lugar, vem São José, com 2.962 casos. Portanto, temos de cobrar dos governos federal, estadual e municipal, inclusive dos prefeitos recém-eleitos, medidas urgentes de proteção e apoio à mulher. Delegacias especializadas, Casas Abrigo e creches de qualidade são necessidades imediatas, que não podem mais ser adiadas.
Agressões por ex-COMPANHEIROS Este ano, dois casos tiveram grande repercussão na mídia da região. Um deles aconteceu no Fórum de São José dos Campos, onde um homem atirou contra a ex-mulher. Ela foi atingida no braço, mas o advogado que a defendia morreu. Em setembro, um garçom enciumado jogou o carro contra a ex-mulher, que estava num bar da cidade. Apesar de ter sido detido em flagrante, o agressor foi liberado no mesmo dia.
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