Jornal da CIPA dos trabalhadores da GMB Órgão Informativo do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Caçapava, Jacareí, Santa Branca e Igaratá
Especial Eleição Fevereiro/2014
cipa, sindicato e você:
JUNTOS por investimentos e melhores condições de trabalho na GM
No próximo dia 27, quinta-feira, acontece a eleição de Cipa da GM. O Sindicato e a CSP-Conlutas apresentam sua chapa de cipeiros combativos que vão estar junto com o trabalhador na luta por investimentos, melhores condições de trabalho, mais saúde, PLR, salários e direitos na planta de São José. É uma chapa que traz companheiros com experiência e também gente nova, com muita disposição para enfrentar os desafios das lutas que estão por vir. Enquanto os lucros da empresa aumentam, os metalúrgicos enfrentam condições cada vez piores no chão de fábrica. GM no bem-bom Em 2013, a GM bateu um novo recorde de vendas. Foram 9,7 milhões de carros vendidos em todo mundo, 4% a mais do que no ano anterior. O faturamento da companhia também cresceu, passando de 152,3 bilhões de dólares, em 2012, para 155,4 bilhões de dólares, em 2013. O governo Dilma deu grande ajuda para os bons resultados da empresa. Com a redução do IPI, o governo abriu mão de R$ 12,3 bilhões em impostos em favor das montadoras. Ao invés de investir na produção nacional, as multinacionais preferiram enviar esse
dinheiro para o exterior e seguem demitindo, como fizeram a Ford, Volks e Peugeot. Trabalhadores no sufoco Enquanto a montadora fatura, os trabalhadores enfrentam condições cada vez piores. Os acidentes de trabalho e doenças ocupacionais não param de aumentar. Uma triste realidade que a GM tenta esconder. No último ano, enquanto o Sindicato abriu 668 CATs (Comunicação de Acidente de Trabalho), a montadora registrou apenas 148.
A pressão e o assédio moral crescem e a empresa ainda está cortando ou dificultando o acesso do trabalhador ao EPI (Equipamento de Produção Individual). Frente a tantos ataques, é preciso uma Cipa forte e unida. As divisões e intrigas de alguns só fortalecem a empresa. O time de cipeiros do Sindicato já provou que é forte e sempre esteve à frente da mobilização, junto com os trabalhadores. Para fortalecer nossa luta, é preciso eleger cipeiros comprometidos com os direitos dos trabalhadores.
DADOS DE 2013
FATURAMENTO DA GM
155,4
BILHÕES DE DóLARES
VENDA DE CARROS
9,7 MILHÕES CRESCIMENTO DE 4%
TRABALHADORES LESIONADOS
816
MAIS PRODUÇÃO! MAIS PRODUÇÃO!
VOTE NO TIME QUE ESTÁÁ NA LUTA POR MELHORES CONDDIÇÕES DE TRABALHO E INVESTIMENNTOS NA GM NA S10, VOTE EM 3 CANDIDATOS
RICARDO
CLÉBER GUÉLO
FERA
NA POWERTRAIN I, VOTE EM 3 CANDIDATOS
SERRAT
301 302 303 304 NA INJETORA/WFG, VOTE NOS CANDIDATOS
LUCIANO VALLE
ÍNDIO
NA POWERTRAIN II, VOTE NO
WILLIAN
601 602 201
ANTONIO
FLAVINHO
ALEXANDRE
EMERSON
101 102 103 104 NO CKD//CCM, VOTEE NO
JORGIN NHO
NA ESTAMPARIA, VOTE EM 2 CANDIDATOS
PANDA
WASHINGTON
ANDRÉ
EDILSON MAGRÃO
5001 404 401 402 410
gm, cumpra com a palavra e invIsta em São José Após muita mobilização dos trabalhadores, o Sindicato assinou, no ano passado, dois acordos com a GM para a vinda de investimentos para São José. Os cipeiros foram decisivos neste processo de mobilização e estiveram presentes nas negociações com a empresa, até chegar ao acordo. Foi negociada uma série de condições para possibilitar o investimento de R$ 2,5 bilhões na instalação de um distrito industrial. A GM recebeu ainda uma série de benefícios da Prefeitura, inclusive um grande terreno para instalação da nova fábrica. Acontece que, apesar de ter conseguido quase tudo o que queria, a GM ainda não confirmou os investimentos em São José. Se a montadora cumprir o acordo assinado com o Sindicato, serão abertos 2.500 novos postos de trabalho na cidade, além dos empregos indiretos. “O Sindicato fez sua parte, negociando com a empresa para garantir um acordo. Agora é com a GM, que tem a obrigação de cumprir com sua palavra e investir em São José”, afirma o presidente do Sindicato, Antônio Ferreira de Barros, o Macapá. “Temos de cobrar da empresa, do prefeito, do governador e da presidente Dilma o imediato investimento na planta”, completa.
Acordos foram resultado de muita negociação entre sindicato e gm
defesa dos lesionados
Nossa luta garantiu, até o momento, a permanência da Cláusula 40 da Convenção Coletiva, que dá estabilidade no emprego a trabalhadores lesionados até
a aposentadoria. Graças à atuação da Cipa e do Sindicato, a manutenção dessa cláusula vem garantindo uma série de reintegrações de metalúrgicos demitidos ilegal e arbitrariamente pela empresa. Para evitar que novos trabalhadores se lesionem, também é necessário a defesa constante por melhores condições de trabalho, contra o ritmo acelerado da produção e por equipamentos de segurança. Correção do PPP Um PPP (Perfil Profissiográfico Previdenci-
ário) correto, que corresponda aos reais riscos de trabalho a que estamos expostos, seria outro reforço na defesa de nossos direitos. É o PPP que garante ao trabalhador o direito à aposentadoria especial. A GM, entretanto, tem a prática de omitir em seus PPPs o uso de substâncias tóxicas e as reais condições de risco a que o trabalhador está exposto. A empresa faz isso por um único motivo: investir menos em segurança e lucrar mais. O Sindicato e a Cipa já se reuniram três vezes com a Previdência Social para exigir a correção do PPP em favor dos trabalhadores. Precisamos de todos os metalúrgicos unidos na luta contra mais essa negligência da empresa.
Confira nossas bandeiras de luta Investimentos já na planta de São José dos Campos!
Exigência de equipamentos de proteção eficientes;
Melhores condições de trabalho e um ambiente seguro;
Que os cipeiros possam acompanhar as perícias ambientais;
Contra o ritmo acelerado de trabalho, a pressão da chefia e o assédio moral;
Entrega de cópias dos atestados de saúde ocupacional e exames complementares a todos os trabalhadores, conforme determina a NR-7;
Ventiladores e bebedouros em todas as áreas para diminuir o calor extremo; Tempo de descanso para os trabalhadores durante a jornada de trabalho; Pela manutenção da cláusula do acidentado;
Contra a reforma da Previdência; Pelo fim da Instrução Normativa 31, elaborada pelo INSS, que suspende o B91 com um simples recurso;
Combater a Alta Programada; Exigir a concessão de um tempo de atuação para os cipeiros, em todos os setores, sem prejuízo de salários; Pela elaboração de um mapa de risco nos moldes determinados pela lei; Por um Departamento Médico que respeite os trabalhadores, atuando com ética e seriedade; Contra a terceirização do manuseio e CKD.