O ilegítimo Temer e o seu lugar de vergonha na história brasileira
É
impossível traçar de forma histórica a política brasileira, principalmente o Governo Temer, sem mencionar o Golpe Institucional de 2016 que o levou ao poder. É algo intrínseco para a abertura das cortinas de um período preocupante para o Brasil. Um momento que expôs todas as mazelas de uma sociedade que aos poucos vem demonstrando não ter a passividade que todos glorificavam no brasileiro. Dentre tantos fatores que contribuíram para o vergonhoso impeachment de Dilma Rousseff, um deles está enraizado dentro de uma sociedade machista e preconceituosa, que tem uma enorme dificuldade em perceber as mulheres com garra e pulso firme. Em um meio que ainda é dominado pelo universo masculino, não traria espanto os movimentos de aversão à uma mulher comando um país com as dimensões e importância do Brasil.
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NOVEMBRO │ 2021
Peça principal no conluio do impeachment de Dilma, agindo de forma sorrateira nos porões do Palácio do Planalto, Temer não tinha como objetivo apenas a deposição da Presidenta, mas sim, colocar em cena a pauta neoliberal defendida pelos grandes empresários e capital estrangeiro. Seu governo seguia uma agenda que não tinha o trabalhador como “ator principal”. Temer conseguiu de cara a aprovação da EC 95/16, que congelou o investimento estatal em educação, saúde e outros gastos por 20 anos. Foi um golpe duro para o Brasil. Ainda hoje, a sociedade brasileira não dimensiona os males dessa Emenda. Hoje, com o Covid-19 matando milhares de brasileiros, podemos ter a noção de como o sistema de saúde públi-
ca do Brasil sofreu com o congelamento dos seus repasses. Pagamos hoje por uma política suicida defendida pelo Governo Usurpador de Michel Temer. Mas, nem tudo foi derrota, e quando foi anunciada a Reforma Administrativa, o movimento sindical buscou a organização das entidades e manteve-se firme na luta. Foram mobilizações em todo o Brasil. Os trabalhadores foram às ruas denunciar à sociedade que a Reforma Administrativa proposta por Mi-