Universidade, Estado e Educação
Jorge Carvalho do Nascimento1
Imprensa estudantil: jornais da década de 1930
Ao atentar para a imprensa estudantil, este artigo lança o olhar sobre um campo das práticas escolares que ajuda a estabelecer um entendimento a respeito da história da escola e dos saberes e práticas que a constroem. Mais apropriado pelos alunos que pelos professores, tal campo prioriza práticas de estudantes, e se insere no conjunto de estudos sobre periódicos, livros e leituras. Assim, o objetivo aqui proposto é o de fazer uma exposição inicial acerca das regras que regulam 78 - Ano XI, Nº 26, fevereiro de 2002
a produção, circulação e uso dos jornais produzidos por e para estudantes e vinculados a instituições escolares. A literatura sobre periódicos educacionais no Brasil2 ainda é recente e não conseguiu produzir uma massa crítica suficiente a respeito dos jornais estudantis. Em Sergipe, consegui identificar apenas um trabalho tratando especificamente da imprensa estudantil: uma série de artigos publicados por Luiz Antônio Barreto, no jornal Gazeta de Sergipe, no período de 14 a 20 de
janeiro de 2001.3 Mesmo a literatura que se dedicou aos estudos sobre juventude, publicada em Sergipe4 e nos outros Estados brasileiros5, não costuma examinar o problema dos jornais publicados por e para estudantes. Este trabalho foi inspirado pelo projeto Catálogo das Revistas Sergipanas, que venho executando desde setembro de 2001, juntamente com o professor Itamar Freitas, no Departamento de História da Universidade Federal de Sergipe. Ao inventariar e catalogar as
UNIVERSIDADE E SOCIEDADE