130 anos da abolição da escravidão
Reflexões sobre a educação e formação humana: o PRONERA e a educação em assentamentos e áreas quilombolas - para além do capital
Adelaide Ferreira Coutinho
Professora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) Professora Aposentada da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) E-mail: adelaide.fcoutinho@bol.com.br
Rita de Cássia Gomes Nascimento
Professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA) E-mail: rita.nascimento@ifma.edu.br
Resumo: Neste trabalho, toma-se como categoria de análise a educação pública do campo. Não se pode separá-la da história de luta e conquista da terra, no sentido mais amplo a que se possa entendê-las. Para tanto, destacam-se as formas históricas de produção da existência e da divisão da riqueza no campo brasileiro (indígenas, quilombolas, assentados da reforma agrária...). Identificam-se os processos degradantes a que esses povos foram submetidos, apesar das lutas de resistência. Essa realidade no Brasil só pode ser entendida se for apanhada em suas múltiplas dimensões sociais e econômicas. Com esse intuito de reflexão é que se apresentam problematizações sobre a educação e o ser humano, para além do capital. Tomar-se-á a educação dos quilombolas por meio do PRONERA, espaço de construção e disputa entre movimentos sociais, como aparelhos privados de hegemonia, e os agentes políticos do Estado restrito cuja hegemonia concentra-se nos agentes do capital burguês nacional e internacional (GRAMSCI, 2004).
Palavras-chave: Formação Humana. Educação do Campo. Educação em Áreas Quilombolas. PRONERA.
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UNIVERSIDADE E SOCIEDADE #62 - EDIÇÃO ESPECIAL