Revista Voz da Igreja - Março de 2019

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Revista

VOZ DA IGREJA ANO XVI - EDIÇÃO 190 - MARÇO DE 2019 Impresso Especial

OBRAS SOCIAIS APOIADAS PELOS FIES CATOLICOS

36000135947 - DP/PR ARQUIDIOCESE DE CURITIBA

CORREIOS

saiba mais sobre o fundo diocesano da solidariedade e a campanha da fraternidade 2019 Pág. 8

Especial CF 2019:

A Liturgia na Quaresma

Caminhando 32

A Dimensão Pastoral das Políticas Públicas. Pág. 10

tempo de preparação para a Páscoa do Senhor. Pág. 22

material é apoio aos grupos de reflexão na vida em comunidade. Pág. 24


Agenda Mensal dos Bispos Março/2019

Ação Evangelizadora

Dom José Antônio Peruzzo Arcebispo da Arquidiocese de Curitiba

Editorial A primeira edição do ano da Revista Voz da Igreja circula em um período especial. Na Quaresma já olhamos para a Páscoa, e como aponta nosso assessor eclesiástico da Comissão Litúrgica, todos os elementos que consideramos preparatórios neste período precisam ser bem compreendidos e vividos em sua intensidade nos momentos litúrgicos e devocionais, mas também no cotidiano de nossas casas. A revista traz, no artigo da comissão litúrgica, uma reflexão sobre o sentido da quaresma e dos símbolos litúrgicos, conectando-a a outra ação que envolve toda a Igreja no Brasil, a Campanha da Fraternidade. Somos desafiados a despertar para a importância do tema deste ano diante da realidade e desafios atuais. Nosso bispo-auxiliar e referencial para a Dimensão Social nos desafia, em seu texto, a viver dentro da dimensão pastoral a busca por efetivar a cidadania, compreendendo o significado de participação social. Fala da complementariedade entre fé e política na busca por um objetivo comum: promover o bem às pessoas e ao meio ambiente. A revista destaca significativos resultados provenientes do gesto concreto da Campanha da Fraternidade, que é o Fundo Diocesano da Solidariedade, que apoia obras sociais com recursos da coleta no Domingo de Ramos. A revista traz também mensagens, notícias e testemunhos variados das diversas comissões ligadas à ação evangelizadora de nossa Igreja Particular. Convidamos a todos a uma boa leitura e, em especial neste tempo de Fraternidade, destacamos as palavras de nosso arcebispo: "Todos aqueles que crêem, que querem seguir Jesus Cristo, são chamados a lançar o olhar para o outro, vendo-o como um irmão". Boa leitura.

Rua Jaime Reis, 369 - São Francisco 80510-010 - Curitiba (PR) Bárbara Moraes: (41) 2105-6342 barbaramm@mitradecuritiba.org.br

• Reunião do Setor Santa Felicidade 02 • Aula Seminário Rainha dos

04 • Gravação do Programa Leitura Orante, na TV Evangelizar 05 • Missa de encerramento do Gabaon 06 • Coletiva de Imprensa: Campanha

Site: www.arquidiocesedecuritiba.org.br

CONSELHO EDITORIAL - Arcebispo da Arquidiocese de Curitiba Dom José Antônio Peruzzo | Chanceler: Pe. Jair Jacon | Ecônomo da Mitra: Pe. José Aparecido Pinto | Coordenador da Ação Evangelizadora: Pe. Alexsander Cordeiro Lopes | Coordenador geral do clero: Pe. Rivael de Jesus Nacimento | Jornalista responsável: Téo Travagin | Assessoria de Comunicação: Sintática Comunicação | Revisão Teológica: Centro de Pastoral | Colaboração voluntária: 13 Comissões Pastorais| Apoio: Centro Pastoral | Foto de capa: Projeto apoiado pelo FDS 2017 - Foto: Bárbara Moraes | Projeto gráfico e diagramação: Sintática Comunicação | Tiragem: 10 mil exemplares.

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Arquidiocese de Curitiba | Março 2019

Uruaçu – GO 25 a 28 • Conselho Permanente da CNBB – Brasília

da Fraternidade

Monsenhor Walter Jorge

Catedral 07 • Reunião do Setor Orleans

31 • Missa Pastoral da Pessoa

• Reunião das 13 Comissões

Idosa no Santuário Santa

08 • Aula no Studium Theologicum

Rita de Cássia

• Reunião do Setor Campo Largo

Dom Amilton Manoel da Silva Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Curitiba 01 • Reunião do Setor Boqueirão e

10 a 16 • Retiro 17 • Missa Paróquia Nossa Senhora

Expediente na Cúria 02 • Formação Paróquia Nossa Senhora das Vitórias – Boqueirão 03 • Missa de Posse Paróquia São

da Piedade – Campo Largo 19 • Rito Neocatecumenal 20 e 21 • Reunião da Comissão Episcopal – Brasília

Cristóvão – Vila Guaíra 05 • Reunião do Setor Rebouças 06 • Missa na Evangelizar

23 a 26 • Visita Pastoral 27 • Missa de Posse Paróquia

07 • Reunião das 13 Comissões

Santa Quitéria

08 • Reunião do Setor Capão Raso

28 • Reunião Setor Pinheirinho

09 • Reunião da Comissão Litúrgica

30 e 31 • Pastoral Juvenil em Guarapuava

Dom Francisco Cota de Oliveira Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Curitiba

06 • Celebração Missa Quarta-Feira de Cinzas na Catedral 07 • Reunião das 13 Comissões 08 • Palestra sobra a Campanha da Fraternidade 2019 no Xaxim 09 • Palestra sobra a Campanha da Fraternidade 2019 em Santa

A revista Voz da Igreja é uma publicação da Arquidiocese de Curitiba sob a orientação da Assessoria de Comunicação

Santo Antônio – Orleans 10 a 22 • Retiro na Diocese de

• Missa de Quarta-Feira de Cinzas na 29 e 30 • Ordenação Episcopal,

Antônio – Boa Vista

Fones / Fax: (41) 2105-6343 E-mail: comunicacao@amitradecuritiba.org.br

1os Ministérios • Encontro de Coordenadores • Palestra no retiro Paróquia

02 • Missa de Posse Paróquia Santo Imprensa: Téo Travagin - 5531 (DRT-PR) comunicacao@mitradecuritiba.org.br

09 • Instituto Discípulos de Emaús,

Diocesanos de Catequese

Apóstolos 03 • Palestra no Gabaon

01 • Reunião do Setor Cabral

Fale Conosco ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

01 • Aula no Studium Theologicum

Felicidade 10 a 13 • Visita Pastoral 14 • Reunião do Setor Cajuru

15 • Reunião do Setor Pinhais 16 a 17 • Pastoral Carcerária 19 • Missa na Evangelizar e na Comunidade Fonte de Encontro 21 • Expediente na Cúria 22 • Reunião do Setor Tamandaré 23 • Formação Permanente 24 • Missa de Posse Paróquia Santa Margarida – Santa Felicidade 29 e 30 • Ordenação Episcopal Monsenhor Walter Jorge 31 • Crisma na Paróquia Imaculada Conceição – Campo Magro


Palavra do Arcebispo

DOM JOSÉ ANTÔNIO PERUZZO Arcebispo da Arquidiocese de Curitiba

Se o meu irmão está com fome, é meu problema espiritual Em tempo de Quaresma, é importante olhar para

Essas ações se contrapõem a atitudes de violên-

dentro e perceber nossa necessidade de conver-

cia que estão se tornando quase espontâneas.

são - essa que nunca é um processo terminado,

Estão todos a se defender de todos, todos a sus-

mas uma busca permanente, assim como a fra-

peitar de todos. Não é possível viver num contex-

ternidade. A fraternidade, em tempos de tanta

to assim. Aí está nossa responsabilidade: quem

violência, tem um significado bastante matiza-

quer dar uma resposta a Deus precisa olhar para

do. Quem crê, quem quer seguir Jesus Cristo é

a situação na qual vive. Afinal, o próprio Deus de-

chamado a lançar o olhar para o outro, vendo-o

cidiu se revelar numa história como a nossa, tão

como um irmão.

marcada por contradições.

A atmosfera que se respira atualmente é de mui-

Para nós, católicos, como começar a promover

tos comportamentos defensivos e agressivos. As

a paz, a vencer a violência? Melhor começar a

causas de tanta violência podem se explicar por

partir de dentro de nós. Vamos aproveitar esta

muitos caminhos, mas que se conjugam. Onde

Quaresma, meu irmão, minha irmã, para perdoar

houver graves contrastes sociais, haverá tam-

a quem ainda não perdoamos. Se isso não acon-

bém graves contrastes de oportunidades: isso é

tecer, ainda que não tenhamos comportamentos

uma questão sociológica.

violentos na exterioridade, na interioridade a violência nos fragmenta. Fará um bem imenso para

No entanto, há também a questão espiritual: se

quem é perdoado, mas é um bem muito maior

o meu irmão está com fome, é meu problema es-

para quem perdoa. Assim, será bem mais espon-

piritual. Se o meu irmão não compreende o que

tâneo irradiar e testemunhar atitudes pacifica-

significa fraternidade, quem compreende é cha-

doras. Uma boa Quaresma!

mado a testemunhar.

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Palavra de Dom Pedro

DOM PEDRO ANTÔNIO MARCHETTI FEDALTO Arcebispo Emérito de Curitiba

AS BEM-AVENTURANÇAS A Liturgia da Igreja Católica apresenta a cada ano um

Por isto, neste capítulo, recordo as Bem-Aventuranças:

tempo muito propício para os católicos, a Quaresma.

“Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é

São quarenta dias de preparação para a maior festa litúrgica do ano, a Páscoa, que celebra a Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.

o Reino dos Céus. Bem-aventurados os mansos porque herdarão a terra. Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça,

Durante estes quarenta dias de preparação para a Pás-

porque serão saciados.

coa cada católico vai refletir sobre a santidade de sua

Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcança-

vida cristã.

rão misericórdia.

O Papa Francisco, em suas alocuções nas quartas-feiras, em seus discursos, em suas audiências a todos e Visitas Pastorais, insiste sobre a santidade. Na Exortação Apostólica Gaudete et Exultate (Alegrai-vos e Exultai) de 19 de março de 2018, diz: “Voltemos a es-

Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus. Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus.

cutar Jesus, com todo o amor e respeito que o Mestre

Bem-aventurados sois, quando vos injuriarem e vos per-

merece. Ele nos chama a uma mudança real de vida.

seguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós

Caso contrário, a santidade não passará de palavras.

por causa de mim. Alegrai-vos e regozijai-vos, porque

Recordemos agora as Bem-Aventuranças na versão do

será grande a vossa recompensa nos céus, pois foi assim

Evangelho de Mateus, capítulo 5, 3-12. (Papa Francisco

que perseguiram os profetas, que vieram antes de vós”.

em sua Exortação Apostólica, nº 66). Caro leitor, é o que lhe proponho para esta Quaresma.

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Juventude

“Ver e viver uma Jornada Mundial da Juventude é enxergar com os olhos da fé ” Testemunho da jovem Gabriele Cristina da Silva, do grupo de jovens Crescendo na Fé - Paróquia Anjo da Guarda, sobre a participação na JMJ 2019 no Panamá Viver uma Jornada Mundial da Juventude é estar aberto ao novo de Deus, a novas experiências, novas culturas, novas pessoas. Mas todas elas unidas em um só propósito, que é ser uma juventude santa. Observei o quanto os países que mais sofrem são aqueles que são mais alegres, pois não perderam a esperança em Deus. A oração dos sofredores é mais sincera e, por mais que seja cheia de sofrimentos, também é repleta de júbilo a Deus. Vivemos tudo isso na Semana Missionária. Fomos acolhidos pela Paróquia Sagrada Família, em Cólon, em uma família maravilhosa que nos fez sentir-nos parte dela. Quando saímos de nosso país e fomos ao Panamá deixamos o comodismo e vivenciamos experiências inexplicáveis de aprendizado e encontro com Deus. Ver e viver uma Jornada Mundial da Juventude é enxergar, com os olhos da fé, a luz onde havia somente escuridão. Um dos momentos mais marcantes foi o encontro com Papa Francisco, um momento difícil de expressar. Ver

aquele que é nosso pastor aqui na Terra e enxergar através de sua santidade e busca pelas coisas do alto foi o mesmo que ver a Deus. O que mais descreve a presença do Papa Francisco nesta jornada é ver que ainda há ESPERANÇA. Tudo é possível quando não se deixa a esperança morrer. Ela não decepciona, nos move a crer em um mundo melhor. Retornamos para nosso país com uma bagagem espiritual renovadora, confiando que onde a planta de nossos pés pisar, ali será santificado e modificado. E estamos prontos a dizer, assim como a Virgem Maria em seu chamado: "Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a sua palavra!".

Dom Amilton Manoel da Silva, cp, relata: MINHA EXPERIÊNCIA NA JMJ/2019 Recebi com surpresa o convite da Santa Sé para colaborar nas catequeses da JMJ 2019, no Panamá, juntamente com outros 16 Bispos brasileiros; aceitei com alegria e humildade, certo de que seria um momento de aprendizagem, crescimento e partilha. As expectativas foram superadas...

Com certeza, cada jovem voltou para o seu país, diocese e paróquia decidido a amar e a servir a todos, especialmente os mais necessitados e a testemunhar a fé nos diversos ambientes da sociedade, particularmente no meio dos jovens.

Esta foi a 34ª JMJ e cada uma tem sua característica própria. Desta vez, a Jornada teve um rosto mariano com o tema: “Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1,38). O objetivo foi apresentar Maria, a jovem de Nazaré, como inspiração para a juventude: de fé, disponibilidade, serviço, alegria na missão, acolhimento da vontade divina, cooperação na construção do reino, etc.

Lisboa sediará a próxima JMJ, que será em 2022 e, certamente, os jovens do mundo inteiro lá estarão, professando seu amor a Jesus Cristo, à Igreja e à vida. Jovens, o Papa Francisco já vos convocou! Não deixem para a última hora, comecem a se organizar.

A JMJ revelou o amor da Igreja pelos jovens; uma Igreja próxima dos seus problemas, dos seus sonhos e das suas conquistas e, ao mesmo tempo, o amor dos jovens pela Igreja, pois aceitaram o convite do Papa e foram ao seu encontro para confirmar a fé: “Eis-me aqui!”.

EXPEDIENTE SETOR JUVENTUDE CURITIBA: Assessora Eclesiástica: Ir. Valéria Andrade. Secretário: Patryck Madeira. E-mail: juventude@mitradecuritiba.org.br / Telefone: 2105-6364

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PE. LUCIANO TOKARSKI Comissão da Animação Bíblico-Catequética

Catequese

CATEQUESES MISTAGÓGICAS “VOCAÇÃO BATISMAL: CAMINHO DE SANTIDADE” Iniciar é o modo de despertar os corações para o encon-

O caminho de santidade é iniciado com o sacramento

tro do Senhor. “Então levaram as barcas para a margem,

do batismo. Não é vocação somente do padre, monge

deixaram tudo e seguiram a Jesus” (Lc 5,1-11). O evange-

ou religioso ou religiosa. A vocação batismal é vocação

lista Lucas inspira-nos no caminho de discipulado ao

universal. Nenhum batizado distingue-se dos demais.

Senhor e inspira-nos na retomada das atividades cate-

Todos os batizados formam o corpo místico da Igreja.

quéticas neste ano. Com o ciclo de catequeses mistagógicas desejo desperIniciar é sempre retomar, repetir e renovar. Inicie suas

tar consciência sobre o lugar e significado da vocação

atividades pastorais com a alegria em Cristo Jesus e com

batismal na vida de Igreja. Precisamos avançar para

as forças do Espírito Santo. Um novo ano litúrgico, no-

uma nova prática batismal. Cristãos batizados busca-

vos encontros e celebrações, sentimento de participa-

dores de santidade.

ção na vida sacramental da Igreja.

Convido todos os agentes da iniciação à vida cristã que

Amor ao Reino é colocar-se à disposição da Comunidade.

se coloquem neste caminho de revisão e reflexão. Que o Espírito ilumine os trabalhos pastorais neste ano.

Iniciar é colocar-se a caminho da santidade, ser vocacionado à santidade.

Finalizo este artigo introdutório sobre a vocação batismal com o texto de Santo Ambrósio. Meditemos:

Assim, num ciclo de seis meses, apresentarei “Catequeses mistagógicas sobre a Vocação Batismal”. A proposta consiste em refletir sobre a mística e desdobramentos do sacramento do batismo. O Concílio Vaticano II, voltando às fontes bíblicas, resgatou o significado da vocação batismal, levando-nos à convicção de que somos chamados a viver em santida-

“Vê, quando és batizado, donde vem o Batismo, se não da Cruz de Cristo, da morte de Cristo. Lá está todo o mistério: ele sofreu por ti. É Nele

de. “O batismo incorpora a pessoa na comunidade cris-

que és redimido, é Nele que és salvo e, por tua

tã, tornando-a participante da vida divina e impulsio-

vez, te tornas salvador”.

nando-a para a vivência da vocação cristã, do chamado universal à santidade” (cf. LG 9.39-42; GS 32).

EXPEDIENTE COMISSÃO DA ANIMAÇÃO BÍBLICO-CATEQUÉTICA: catequese@mitradecuritiba.org.br. (41) 2105-6318. Coordenação: Pe. Luciano Tokarski. Assessoria: Regina Fátima Menon.

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IAFFE - Instituto Arquidiocesano de Formação na Fé inicia as atividades de 2019 O Instituto Arquidiocesano de Formação na Fé, coordenado pela Comissão da Animação Bíblico-Catequética, foi idealizado para a formação básica de lideranças da Arquidiocese de Curitiba. As escolas e cursos de 2019 têm início neste mês de março, no dia 17. O seu objetivo é ser um local de reflexão teológica, de formação continuada, de espiritualidade, convivência, partilha de experiências e aprofundamento na fé cristã para melhor atuarem em seus ministérios pastorais.

ESCOLAS E CURSOS EM 2019: • Escola Arquidiocesana de Teologia • Escola Bíblica Arquidiocesana • Escola Arquidiocesana de Liturgia • Escola Catequética Discípulo Amado • Escola de Agentes da Pastoral Familiar • Escola de Animação Missionária • Escola de Educação Sexual e Parental • Escola de Espiritualidade

Início 17/03/2019. Mais informações: (41) 2105-6318 – Comissão da Animação Bíblico Catequética da Arquidiocese de Curitiba.

Confira a seguir depoimentos de pessoas que passaram pelo IAFFE:

“IAFFE foi o começo de novos estudos”

Somos leigos do Santuário Sagrado Coração de Jesus e trabalhamos na Pastoral de Liturgia e Pastoral Familiar. Temos quatro filhos. Quando nosso quarto filho iniciou a catequese, foi implantada em nossa paróquia a Catequese Familiar e a coordenadora da catequese familiar nos convidou para cursar no IAFFE a “Escola Bíblica Arquidiocesana”, no ano de 2016. Fomos sem muitas expectativas (quanto orgulho, meu Deus!). Mas temos certeza que o Senhor faz sua obra mesmo em corações tão empobrecidos como os nossos, pois, para nossa surpresa, nos apaixonamos pelas aulas, pela excelência dos professores e pela forma e profundidade com que ministraram o conteúdo. Falamos desse entusiasmo para nosso Pároco Pe. Maurício dos Anjos e ele nos indicou cursar Teologia e também o curso de Música Litúrgica, o que fizemos no ano de 2017. Hoje estamos no 3º ano de Teologia na faculdade Claretiana e imensamente agradecidos pelos dois anos de participação no IAFFE. Paulo e Simone Vargas

“Estava buscando aprofundamento e o IAFFE me trouxe luz sobre a Palavra”

Meu nome é Luci Rocha, sou paroquiana do Santuário Sagrado Coração de Jesus há cerca de 10 anos. Em uma das idas para pagar o dízimo na secretaria, enquanto aguardava, por providência divina peguei a Revista Voz da Igreja e li sobre os cursos de temas da Fé oferecidos pela arquidiocese. Na época, não participava de nenhum movimento da Igreja. Por isso digo que foi providência divina, pois estava buscando aprofundamento na espiritualidade e o IAFFE, além de trazer luz sobre a Palavra, me fez aprender sobre a grandiosidade de nossa Igreja Católica. Possibilitou também contato com pessoas de outras paróquias, conhecendo as diferentes realidades, o que contribuiu grandemente a me engajar em missão na minha paróquia. Fiz o curso bíblico, Teologia, Discípulo Amado e darei continuidade este ano. Excelentes os padres, teólogos e outros convidados engajados em ensinar a riqueza da nossa profissão de fé! Luci Rocha

“Desde 2007 já fiz diversos cursos no IAFFE e neste ano farei mais um”

Meu nome é Mário Sérgio de Aguiar, pertenço à Paróquia São Martinho Lima, do setor Cajurú. Minha pastoral é a Catequese e sou catequista há 30 anos nesta paróquia. Em 1989, quando eu tinha dezenove anos, recebi o convite das coordenadoras da catequese, a Ardeli e a Lúcia, para ser catequista. Com o passar do tempo eu percebi que necessitava de maior conhecimento para a educação da fé das crianças e adolescentes. Foi então que comecei a participar das formações do IAFFE. Realizei diversas formações de 2007 até a presente data. Neste ano de 2019 vou realizar a Escola de Educação Sexual e Parental. Para mim, o IAFFE é a maior referência em formação de lideranças nos fundamentos da educação da fé, com professores maravilhosos, dotados de muito conhecimento, com Bacharelado, Mestrado e Doutorado em Teologia, Filosofia. Agradeço muito ao IAFFE por me proporcionar momentos felizes de formações e aprendizados da educação da fé para o meu crescimento espiritual. Mário Sérgio de Aguiar

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O servidor do Evangelho, DOM FRANCISCO COTA Bispo Auxiliar de Curitiba

Especial - CF 2019

DIMENSÃO PASTORAL DAS POLÍTICAS PÚBLICAS Com o tema “Fraternidade e Políticas Públicas” e o lema “Serás libertado pelo direito e pela justiça (Is 1,27)”, a Campanha da Fraternidade deste ano aponta os meios apropriados para o agir da Igreja na defesa da dignidade humana e na promoção do bem comum. As Políticas Públicas emanam dos instrumentos legais de participação política, mediante os quais se exerce a corresponsabilidade cidadã e cristã na construção de uma sociedade justa e fraterna e na defesa do meio ambiente. Para uma real transformação social e correção de danos ambientais, não basta externar insatisfações de forma avulsa, é preciso formular propostas e servir-se dos meios apropriados para encaminhá-las aos Órgãos Públicos responsáveis por sua execução. É esta a questão tratada pela Campanha da Fraternidade. O Texto-Base, que fundamenta o Tema e o Lema, assegura que as “Políticas Públicas representam soluções específicas para necessidades e problemas

da sociedade” (§ 20). Elas “não são somente ação do Governo, mas também a relação entre as instituições e os diversos atores, sejam individuais ou coletivos, envolvidos na solução de um determinado problema e, para isso, utilizam alguns princípios, critérios e procedimentos que podem resultar em ações, projetos ou programas para garantir os direitos e deveres previstos na Constituição Federal e em outras leis” (§ 21). Ao abordar este tema, a Igreja tem como objetivo contribuir para uma “melhor compreensão do sentido e do papel das Políticas Públicas, bem como despertar a consciência e incentivar a participação de todo cidadão na construção dessas ações em âmbito nacional, estadual e municipal” (§ 27).

No Evangelho, na Doutrina e nos Documentos Pastorais da Igreja não faltam indicações para o engajamento dos cristãos católicos, bem como das pessoas de boa vontade, nas questões sociais. É através deste engajamento no social que a Igreja cumpre sua missão de edificar o Reino de Deus que, na ordem temporal, tem por fundamento a construção de uma sociedade em que o respeito à dignidade de todas as pessoas e a promoção do bem comum sejam prioritários. O Papa Francisco, e da mesma forma a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, tem insistido para que a Igreja se comprometa com a construção do Reino de Deus, inaugurado por Jesus. Como se verifica nos textos que se seguem.

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Na Exortação Apostólica Gaudate et Exultate, o Papa é incisivo: “Dado que não se pode conceber Cristo sem o Reino que Ele veio trazer, também a tua missão é inseparável da Construção do Reino: ‘buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça’ (Mt 6,33). A tua identificação com Cristo e os seus desígnios requer o compromisso de construíres, com ele, este Reino de amor, justiça e paz para todos” (GE - § 25). “Não podemos propor-nos um ideal de santidade que ignore a injustiça deste mundo, onde alguns festejam, gastam


folgadamente e reduzem a sua vida às novidades do consumo, ao mesmo tempo que outros se limitam a olhar de fora enquanto a sua vida passa e termina miseravelmente” (GE- § 101). Se verdadeiramente partimos das contemplações de Cristo, devemos saber vê-lo sobretudo no rosto daqueles (Mt 25,3146) com quem Ele mesmo se quis identificar” (GE - § 96). Contudo, “não se trata apenas de fazer algumas ações boas, mas de procurar uma mudança social, que venha libertar as gerações futuras dos mecanismos de exclusão, mediante a implantação de sistemas sociais e econômicos justos” (GE - § 99). O Documento 105 da CNBB, referente à Missão do Leigo na Igreja e na Sociedade, assim orienta: “O significado da relação entre a Igreja e o mundo vem de uma grandeza maior que é o Reino de Deus, anunciado e inaugurado por Jesus Cristo, do qual a Igreja é sinal e instrumento. A atuação cristã no social e no político deve ser vista na dimensão do testemunho, como serviço cristão ao mundo, na perspectiva do Reino. Por esta ótica, a participação consciente e decisiva dos cristãos em movimentos sociais, entidades de classe, partidos políticos, conselhos de políticas públicas e outros, sempre à luz da Doutrina da Igreja, constituise num inestimável serviço à humanidade e é parte integrante da missão de todo o povo de Deus” (Doc. 105, §§ 241 e 162). Não se pode perder de vista que a Igreja é chamada a se inserir nas realidades do mundo, assim como Jesus o fez pelo Mistério da Encarnação. “Quando imaginamos que, para encontrar e servir a Deus devemos nos elevar, no sentido de deixar as coisas do mundo, vemos nos evangelhos o testemunho contrário do próprio Deus: ele ‘desce’ e ‘entra’ em nosso mundo e em nossa história para assumir em tudo a nossa existência” (Doc. 105 - § 263). Nesta perspectiva, “o cristão leigo é chamado a buscar sempre a coerência entre ser membro da Igreja e ser cidadão” (§ 165). Para favorecer este engajamento é preciso “promover a conscientização quanto aos vários meios de tomar parte na política e na vida pública, dentre outros: pela participação nos Conselhos Paritários de Política Pública (da saúde, da educação, da criança, dos idosos, do meio ambiente ... ), nos movimentos sociais, nos conselhos de escola, na coleta de assinaturas para projetos de lei de iniciativa popular” (§§ 265-266). Também o Compêndio da Doutrina Social da Igreja acentua que “a promoção da dignidade de toda pessoa é a tarefa central e essencial do serviço que a Igreja, e nela os fiéis leigos, são chamados a prestar à família dos homens. As instituições não garantem por si, como que mecanicamente, o bem de todos. A solicitude para com o homem, amado como irmão, faz compreender como uma obrigação o empenho de sanar as instituições,

A Campanha deste ano vem ao encontro das muitas exortações para que a ação pastoral da Igreja contemple a dimensão social. Contudo, será necessário superar as dicotomias entre “fé e política” e “Igreja e Estado”, visto que não há antagonismo, mas sim complementariedade na busca de alcançar o objetivo comum: promover o bem de todas as pessoas e do meio ambiente.

as estruturas e as condições de vida contrárias à dignidade humana. Os fiéis leigos devem esforçarse pelo melhoramento das estruturas, a fim de obter instituições em que a dignidade de todos os homens seja verdadeiramente respeitada e promovida” (cf. CDSI, n 552). Como se vê, a Campanha da Fraternidade deste ano vem ao encontro das muitas orientações e exortações para que a ação pastoral da Igreja contemple a dimensão social. Contudo, para que isto aconteça, será necessário superar as dicotomias entre “fé e política” e “Igreja e Estado”, visto que entre estas instâncias não há antagonismo, mas sim complementariedade, na busca de alcançar o objetivo comum, que consiste em promover o bem de todas as pessoas e do meio ambiente. Para que a Campanha da Fraternidade atinja seus objetivos é necessário o comprometimento de todos, a saber: bispos, sacerdotes, diáconos, Religiosos, Novas Comunidades, Movimentos Eclesiais, Pastorais e os cristãos leigos e leigas em geral; bem como as pessoas de boa vontade, seja de outras denominações religiosas ou da sociedade civil. Por parte da Igreja, para sua atuação no social, basta confrontar as inumeráveis situações em que as condições de vida digna são negadas a tantas pessoas com as interpelações do Evangelho: “Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância” (Jo 10,10) e “Bem aventurados os que têm fome e sede de justiça, pois eles serão saciados” (Mt 5,6); dentre tantas outras passagens bíblicas.

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Especial - CF 2019

Você sabia que existem muitas obras sociais apoiadas graças à coleta no Domingo de Ramos? Se você contribui na coleta da solidariedade, realizada nas paróquias no Domingo de Ramos, pode até não saber, mas você é um apoiador de projetos sociais relacionados ao combate à exclusão social. Todos os anos, no Domingo de Ramos é realiza a Coleta da Solidariedade nas paróquias e comunidades de nossa arquidiocese. O recurso desta coleta é, em parte, administrado pelo Fundo Diocesano de Solidariedade (FDS), que financia projetos sociais que tenham relação com o tema da Campanha da Fraternidade e contribuam para combater a exclusão social. Somente em 2018, o FDS da Arquidiocese de Curitiba destinou aproximadamente R$ 185 mil para apoiar 25 projetos que foram executados ao longo do ano. São projetos diversos, inscritos em um edital e selecionados por um comitê gestor do Fundo. “Apoiar estes projetos sociais é um gesto concreto da Campanha da Fraternidade, em que a etapa mais importante é a solidariedade das pessoas no Domingo de Ramos para apoiar as obras sociais”, comenta Dom Francisco Cota, bispo auxiliar e referencial da Dimensão Social na Arquidiocese de Curitiba.

“Tudo o que conseguimos recentemente para as crianças foi por meio do FDS” O recurso do FDS tem transformado a vida de muitas pessoas atendidas nas comunidades e instituições sociais beneficiadas. É o caso do Centro Assistencial e Educacional Padre Giocondo, que atende diretamente 120 crianças em situação de vulnerabilidade social. Em 2018, a instituição recebeu o aporte de aproximadamente R$ 9 mil para um projeto que proporcionou alimentação diária e saudável para as crianças. “Nosso projeto tem relação direta com o combate à violência. O recurso do FDS foi fundamental, pois estávamos em um ano com poucos recursos financeiros”, comentou Girlânia dos Santos, assistente social do Centro, comentando que muitas vezes a refeição oferecida por eles é a única refeição saudável que as crianças têm no dia. Ela explicou que o centro tem convênio com órgãos públicos, mas para manter o funcionamento precisa de doações constantes. Em 2017 e 2016 a instituição também teve apoio do FDS em outros projetos: “O

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apoio do fundo permitiu melhorias que são mantidas até hoje para as crianças e qualificaram nosso atendimento, como novo buffet, equipamentos, lixeiras, entre outras”.


“O Fundo contribuiu para ações de defesa das crianças vítimas de violência” O DEDICA – Defesa dos Direitos da Criança e Adolescente, é um projeto da Associação de Amigos do HC que atua no atendimento e defesa dos direitos das crianças e adolescentes vítimas de violências graves ou gravíssimas, oferecendo acompanhamento psicológico, psiquiátrico e pediátrico gratuito. “Pela primeira vez fomos contemplados com o recurso do FDS, doação essencial para podermos oferecer um atendimento tão importante às crianças no ano de 2018”, comentou a Analista de Projetos da Associação, Bárbara Moraes. Com o projeto apoiado pelo FDS, foi possível a aquisição de livros e materiais pedagógicos para a qualificação da equipe do DEDICA e também foi complementada a alimentação das crianças atendidas no local. “Recebemos crianças de várias regiões do município que às vezes vêm para o atendimento sem comer. O apoio que a Igreja proporcionou por meio do Fundo fez toda a diferença na vida destes pequenos”, afirmou a analista, comple-

mentando: “Certamente participaremos do edital 2019, pois o tema de Políticas Públicas tem relação direta com o nosso trabalho de defesa e garantia dos direitos das crianças e adolescentes”.

Assim como essas, são diversas as outras obras sociais apoiadas pelo FDS ano a ano.

No Domingo de Ramos, faça sua contribuição na Coleta da Solidariedade.

Etapas da Campanha da Fraternidade na Arquidiocese de Curitiba e do Fundo Diocesano de Solidariedade: Janeiro e Fevereiro de 2019: Realizadas atividades de formação e articulação da Campanha • 6 de março – Quarta-feira de Cinzas: Lançamento da CF 2019 em todo o Brasil. Em Curitiba, há Coletiva de Imprensa pela manhã e abertura oficial na Missa das Cinzas, às 12h na Catedral Metropolitana. • 6 de março a 21 de abril: Quaresma - período intenso de realização da Campanha, neste ano com o tema: “Fraternidade e Políticas Públicas” e o lema “Serás libertado pelo direito e pela Justiça” • 7 de março: Abertura do Edital do Fundo Diocesano de Solidariedade (FDS) na Arquidiocese de Curitiba – no site www.arquidiocesedecuritiba.org.br • 14 de abril: Domingo de Ramos e coleta nacional da solidariedade - Realizada em todas as paróquias, para destinar recursos para o Fundo Diocesano de Solidariedade e para projetos de Evangelização e de todo o Brasil

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Especial - CF 2019

JOÃO FERREIRA SANTIAGO Teólogo e Poeta. É membro do Centro Ecumênico de Estudos Bíblicos – CEBI. Coordenador da CF-2019 na Arquidiocese de Curitiba.

Participação, Cidadania e Bem Comum:

palavras que sustentam o Texto Base da CF-2019 “Fraternidade e Políticas Públicas”: através da Campanha

na política, permeados pelo profundo desejo de estar a

da Fraternidade deste ano a Igreja quer despertar em

serviço do bem comum.

seus filhos e filhas um espírito profético e assim enviálos a viverem a sua fé de forma mais profunda. Para isso,

O JULGAR, que é um discernimento teológico, à luz da

é necessário resgatar uma verdadeira fraternidade de

Palavra de Deus, portanto, tem a tríade profética como

irmãos e irmãs. Dom Leonardo Ulrich Steiner, Secretário

referencial: “a viúva, o órfão e o estrangeiro”, para dizer

Geral da CNBB, diz na apresentação do Texto Base (TB):

que a Política Pública, no entendimento da Igreja, deve ser

“A Quaresma nos convoca e provoca à conversão, mudança

a consequência do Evangelho. Se a Igreja não defender os

de vida: cultivar o caminho do seguimento de Jesus Cristo.

deserdados da terra, os excluídos das Políticas Públicas e

Ela desperta a necessidade de partilha e nos aproxima da

os invisíveis ao “progresso”, ela distancia-se do Evangelho

irmandade” (TB, p 8).

da Vida em abundância da comunidade do Discípulo Amado (Jo 10,10).

Dom Francisco Cota, Bispo Auxiliar e referencial para a Dimensão Social na Arquidiocese de Curitiba, cita que “é

O AGIR, para a Igreja, é uma ação concreta. “Como cristãos,

preciso superar a dicotomia entre fé e política”.

somos convidados a participar da discussão, elaboração e execução das Políticas Públicas. O fazemos porque somos

No VER, o texto busca esclarecer definições conceituais

discípulos missionários, anunciadores de um novo Reino, o

de temas como Estado, Governo, Agente Político e

Reino de Deus” (TB nº 195). É preciso perceber o quão sério

Agente Público, bem como de Políticas Públicas, Política

é ser discípulo e missionário. Em sua homilia celebrando

de Governo e Política de Estado. São apresentados os

com a Comunidade Canção Nova, Dom Francisco Cota

quatro atores que devem atuar nas Políticas Públicas,

cita: “A condição determinante para sermos missionários é que

cada um com sua competência específica e dentro

sejamos antes discípulos. Só quem se reconhece e se assume

de uma harmonia, que a sociedade ainda não está

como discípulo de Jesus de Nazaré pode ser missionário”.

acostumada a vivenciar. A Pedagogia da Pergunta, tão bem vivida pelo Nazareno, Dentro de uma concepção de democracia representativa,

se faz presente na proposta do AGIR da CF-2019. “(...)

que exige um envolvimento de todos, temos o poder

Nessa perspectiva e na condição de que somos todos

executivo, o poder legislativo, o poder judiciário e

irmãos e herdeiros do Reino, faz-se necessário perguntar:

o poder popular, a partir, sobretudo dos Conselhos

1) Como a comunidade acolhe as pessoas que atuam na

Paritários de Direitos. Assim, utilizando-se das formas

política? 2) Ela conhece os trabalhos desenvolvidos pelos

de participação popular na Constituição Cidadã de

conselhos paritários de direitos? 3) Há membros de sua

1988, temos quatro áreas prioritárias, a saber: Criança e

comunidade/paróquia que participam em conselhos

Adolescente, Saúde, Assistência Social e Educação.

municipais, estaduais ou federal? Se positivo, o que está sendo realizado para favorecer o trabalho dessas pessoas?

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A sociedade é convocada à participação através dos

” (TB nº 222). E se estas perguntas se tornarem presença

Conselhos Gestores de Direito; nas Conferências;

constante nas reuniões das pastorais, das coordenações,

nas Audiências Públicas; nos Fóruns e Reuniões; nos

dos grupos de oração, da catequese, dos CPPs das

Referendos; e nos Plebiscitos e nas Organizações da

Paróquias, das Escolas Diaconais e dos Seminários? O

Sociedade Civil e Movimentos Sociais (Terceiro Setor).

Povo de Deus estaria assim aprendendo a reconhecer

A Igreja incentiva que os leigos e as leigas se envolvam

verdadeiramente o Filho do Homem (Mt 16, 13-19).

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Assembleia Arquidiocesana em tempo de escuta “SEREIS MINHAS TESTEMUNHAS” (At 1,8) Está em andamento na Arquidiocese de Curitiba um

Será certamente, em todas etapas, um árduo proces-

processo voltado para avaliação e definição de me-

so de planejamento. Inclui a preparação, a escuta, o

tas comuns, voltadas para surtir efeitos eficazes e

planejamento de diretrizes a partir da reflexão acer-

duradouros nas ações evangelizadoras junto às mais

ca da realidade apresentada pelos questionários, e

diversas expressões de nossa Igreja Particular. Já

decisão acerca das linhas gerais pelas quais nossa

ocorreram dezessete assembleias arquidiocesanas

arquidiocese irá caminhar. Finaliza no início de 2021,

e agora o processo ocorre pela 18ª vez. Em três anos

com a definição de planos concretos de ação, à luz

serão realizadas atividades voltadas para a definição

das diretrizes, a serem feitos em todas as instâncias

de diretrizes a serem priorizadas no início da terceira

arquidiocesanas. A assembleia apontará os rumos e

década do segundo milênio cristão.

as comunidades poderão, então, organizar seu planejamento concreto.

A intenção é colocar-se a caminho de uma reflexão mais aprofundada sobre a missão, avaliando-se e

Contamos com o empenho de todos que puderem

reconfigurando-se em suas diversas expressões: pa-

somar e contribuir neste processo. Motiva-nos a cla-

róquias, setores pastorais, movimentos, pastorais,

reza de que o Senhor Jesus Cristo nos deixou pautada

comissões.

nossa tarefa quando subiu aos céus, glorioso: “Descerá sobre vós o Espírito Santo e vos dará força; e se-

Em fevereiro de 2019 teve início o tempo de escuta da

reis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a

18ª Assembleia Arquidiocesana. Por meio de questio-

Judeia e Samaria e até os confins do mundo.” (At 1,8).

nários será promovida a escuta das diversas comunidades e organizações de fiéis, com apoio de uma

A nossa Igreja é chamada a ser comunidade de co-

equipe neutra de pessoas - de fora do Centro de Pas-

munidades-fermento, certa de contar com a verda-

toral. Os questionários serão direcionados ao Clero,

de da mensagem de Jesus e com a força do Espírito.

CPPs, leigos em geral e fiéis não praticantes, ou pes-

Sua presença é solidariedade com a vida, a história

soas não católicas, para a mais ampla escuta acerca

e o destino do ser humano, pois “não existe nada de

das opções eclesiais. Na reunião da Equipe Arquidio-

verdadeiramente humano que não lhe ressoa no co-

cesana de Catequese, realizada em 23 de fevereiro,

ração” (GS 1). Mas, para que a comunidade seja fer-

deu-se início a esta atividade, com a distribuição dos

mento no meio do mundo, a Igreja também precisa

kits contendo questionários para que comecem a

avaliar-se, organizar-se e planejar a sua ação.

chegar às coordenações paroquiais, para aplicação de março a maio de 2019.

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MARA E MARCELO AVELINO Coordenação do SOS Família

Família e Vida

SOS Família:

Agentes pastorais qualificados para o serviço de escuta e acolhida nas paróquias Diante dos desafios que a família enfrenta hoje, inserida numa cultura socioeconômica globalizada que gera sempre mais precariedade em todos os sentidos, colocando em risco a vida e a dignidade de tantos de nossos irmãos, somos convocados pelo Papa Francisco a abrir as portas do nosso coração e as portas das igrejas para acolher os que estão sofrendo, assumindo, assim, nosso compromisso pastoral e comunitário. Somos exortados a não nos enganarmos e não nos deixarmos acomodar por esta cultura egoísta e indiferente àqueles que continuam esperando por nós. Sempre mais, somos encorajados pelo Papa a encontrar novas possibilidades para enfrentar os problemas que a família vive hoje, que são tantos. Sobre essa acolhida, ele escreve na exortação “A Alegria do Evangelho”: “Reconheço que precisamos criar espaços apropriados para motivar e sanar os agentes pastorais, lugares onde regenerar a sua fé em Jesus Crucificado e ressuscitado, onde compartilhar as próprias

questões mais profundas e as preocupações cotidianas, onde discernir em profundidade e com critérios evangélicos sobre a própria existência e experiência, com o objetivo de orientar para o bem”. Com esta alma, o SOS Família, através da formação “Cuidando dos Cuidadores”, desperta nos corações dos participantes o ardor missionário e este compromisso como Igreja, respondendo ao chamado do Papa. Muitas de nossas paróquias já estão de portas abertas para o serviço de escuta. Enche o nosso coração de alegria o empenho de tantos que dedicam uma noite ao mês para escutar e dividir com os irmãos dores e alegrias, e tantos outros que saem de suas casas, num gesto de amor, depois de um dia de trabalho, para visitar uma família que precisa de apoio e oração. Apresentamos aqui algumas experiências e impressões daqueles que estão engajados no “serviço de escuta” e outros se preparando para iniciar este trabalho.

“O SOS Família dilata o nosso coração, nossa mente, nosso ser e nos coloca em sintonia com o aprofundamento do ato de desenvolver em nós os sentimentos de Cristo Jesus e nos ajuda a manifestarmos a presença do Senhor na vida do próximo. Cuidar de famílias, de pessoas de quaisquer idades é manifestar Cristo na vida da humanidade. Para isso, precisamos compreender melhor a dor, o sofrimento, as vicissitudes e tudo o que envolve a vida humana.” Herick Rogger Pinchesk Vitchemechen Seminarista de Teologia da Diocese de Guarapuava Paróquia Santo Antonio Maria Claret

“O SOS foi uma experiência frutífera e abençoada com muita espiritualidade. Conhecemos profissionais de escuta e também de assessoria familiar que ajudaram muito como família e vieram a somar e dar mais estrutura ao nosso matrimônio. Ao final da formação sentimos o chamado para permanecer e ajudar na formação do SOS.” Wandre e Michelle Paróquia Sagrada Família – Portão Participamos da equipe de apoio, Sagrada Família, para implantar a pastoral familiar. Casal servidor de comunidade do Encontro Matrimonial Mundial

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“Logo que iniciamos a formação percebemos o quanto nós estávamos precisando de socorro. Vínhamos de uma história de alcoolismo do meu marido, que quando parou de beber teve um diagnóstico de câncer. Foi um ano do cuidado de Deus sobre nós e conseguimos vencer. Retomamos a formação em 2018. Foi maravilhoso! No final do ano passado nosso Pároco, Padre Emanuel, nos convidou a assumir a coordenação do SOS em nossa Paróquia. Com seu apoio e ânimo o Serviço de Escuta foi implantado, com um grupo de oito casais que se colocaram à disposição deste trabalho.” Helenira e Dirceu – Pastoral Familiar Coordenação do SOS Família Paróquia Santa Rita no Tatuquara

"Ao irmos em busca de um curso para a catequese familiar, da qual fazemos parte, nos deparamos com uma maravilhosa formação pessoal e principalmente espiritual, o SOS Família. Foi muito mais do que conhecimento para a nossa prática catequética, trouxe um novo olhar de mundo e muita paz aos nossos corações. Uma experiência única de encontro com Jesus. Palavras não conseguirão expressar nossa gratidão a Deus, que nos permitiu fazer parte da Família SOS.” Rogerio e Laudelina Catequese familiar, Membros da liturgia e Pastoral do dízimo Paróquia Nossa Senhora da Anunciação, Setor Campo Largo

“O SOS família 2018 foi um grato presente para nós. Mais do que aprendermos técnicas de escuta, recebemos, cada dia, um bálsamo restaurador para nossa própria alma. Esvaziando nossa mente e permitindo-nos encher-se de Deus. Além de nos sentirmos aliviados de nossas próprias dores, nos sentimos fortalecidos pelo Espírito Santo. A formação nos fez entender que é assim que devemos estar para podermos ser o Pai para o irmão que precisa desabafar as suas aflições. Preparou-nos, ainda, para a escuta junto aos noivos que acompanhamos para receber o Sacramento do Matrimônio, aos amigos e familiares.” Rita e Milton Coordenação Pastoral Familiar, formação dos noivos. Paróquia do Santíssimo Sacramento

“O serviço de escuta já existe em nossa paróquia há muitos anos. Hoje, somos 10 agentes pastorais neste serviço. Nos encontramos uma vez por semana e durante este tempo, se não estamos atendendo alguém, aproveitamos para orar e estudarmos os documentos da igreja. Meu coração transborda de alegria em saber que Deus permite que eu seja instrumento de evangelização, de amor, de fé e de esperança na vida do irmão que sofre. Gratidão àqueles que coordenam este trabalho.” Vera Lucia e Mauro Pastoral Familiar Santuário Senhor Bom Jesus

As inscrições para o SOS Família, “Cuidando dos Cuidadores”, estão abertas em www.arquidiocesedecuritiba.org.br. Para maiores detalhes sobre o SOS Família nas paróquias entrar em contato com a Pastoral Familiar arquidiocesana. Venha fazer parte desta família a serviço do irmão.

EXPEDIENTE COMISSÃO FAMÍLIA E VIDA: Coordenadores: Roberto Machado e Márcia Regina S. Machado. Contato: (41) 2105-6309 -vanessads@mitradecuritiba.org.br

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DIÁCONO HENRY CUNHA

Dízimo

Ser Dizimista A partir do momento em que as pessoas ouvem o

animação da vida espiritual do povo de Deus. São

chamado de Deus em seus corações para contri-

pessoas preparadas durante muito tempo e desig-

buir com sua comunidade e tornam-se dizimistas,

nadas pelo Bispo, destinadas a uma comunidade

passam a participar efetivamente da edificação

de fiéis para serem vigários do Bispo (que é o Pas-

da Igreja de Cristo na terra. Lemos no Doc. 106 da

tor daquela porção de povo de Deus) em todas as

CNBB: O Dízimo expressa a participação da pes-

localidades.

soa batizada na missão de anunciar o “Evangelho da alegria”.

Para tanto, precisam ter condições mínimas para servir a comunidade. Local de moradia, alimenta-

Ser dizimista é perceber as dificuldades das pes-

ção, transporte de modo que possam inculturar-

soas com desejo de ser resolvido logo, para que

-se e viver junto da comunidade e atender suas

a dor imediata do irmão se transforme na alegria

necessidades.

de louvar ao Senhor Ressuscitado. Assim, age na intenção dos pobres. Mas não só isso, quem con-

Muitas vezes a comunidade desconhece a reali-

tribui com a messe do Senhor trabalha para que

dade da vida dos sacerdotes, que passam duras

o amor de Deus chegue também aos ouvidos de

provas de julgamentos por pessoas que criticam

muitos, ou seja, a mensagem chegue a todas as

a Igreja e se manifestam publicamente contrárias

pessoas através do trabalho de evangelização

aos seus ensinamentos. Mesmo assim, os padres

(cf. Mc 16,15).

caminham com o povo, acolhem, presidem as celebrações, os Sacramentos, consolam e santifi-

Quando o edifício da Igreja precisa de cuidados ou

cam a comunidade.

precisamos de espaços para mais atividades pastorais, a quem iremos? O dizimista também cola-

Em contrapartida, os padres precisam também

bora neste sentido, por isso, toda contribuição faz

ser sustentados dignamente pelos fiéis. Este pon-

muita diferença para a comunidade em que vive.

to, às vezes, é o mais crucial para algumas pessoas

Na medida em que se ampliam as instalações,

e foco de críticas para muitos. Infelizmente aqui

pessoas podem ser melhor atendidas pela Igreja.

encontramos um ponto de inflexão. Muitos fiéis quando se deparam com este assunto procuram

Vale lembrar que a Igreja e Eucaristia são sacra-

desviar-se. Calados, muitos não concordam em

mentos da presença de Jesus Cristo no mundo.

misturar dinheiro com fé.

Precisa ter um corpo sacerdotal presente para ani-

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mar, manter a vida e a unidade cristã da Igreja. Os

Entretanto, para muitos que já tem a experiência

padres desempenham um papel fundamental na

em suas vidas e que contribuem com o Dízimo há

Arquidiocese de Curitiba | Março 2019


um sentimento de pertença maior à comunidade

momento uma pessoa necessitada chega para pe-

do que apenas os que participam de uma celebra-

dir ajuda. Ela é orientado pelo funcionário da Igre-

ção e não se comprometem com a vida da comuni-

ja ou um paroquiano que serve na pastoral, que

dade. O dizimista assume um compromisso além

existe ali um serviço da Pastoral Social e ela pode

daquele da família sanguínea, onde dedica-se

ser acolhida, seja qual for sua fé, e fico impressio-

prioritariamente, alargando os olhares, e perce-

nado com os cuidados com os quais a Igreja trata

bendo que o amor de Deus é distribuído também

a vida humana.

aos irmãos que convivem conosco na fé. Chega alguém triste e desamparado, querendo O dizimista feliz reflete em sua mente:

uma conversa e um caminho, uma direção, então lá está o padre para atendê-lo. Por fim, agradeço

Em meus pensamentos observo e medito com

por ser dizimista e contribuir para a santificação

amor as mudanças em minha vida! Não vou mais

do mundo, me sinto feliz, pois manter a Igreja

apenas a enterros de parentes, mas me compade-

em todas as suas dimensões (religiosa, eclesial,

ço com os que sofrem também na família cristã

missionária e caritativa) transformou-me em

da comunidade (caridade, partilha). Olho os espa-

alguém que faz muita diferença na comunidade

ços, os objetos litúrgicos, o sacrário e o altar, onde

e no mundo.

acontece o Mistério, e observo piedosamente, com carinho, sentindo ali minha casa com os irmãos que servem com amor na celebração, nossa casa (Igreja, religiosidade). Saio das celebrações ainda com o frescor do canto, das leituras bem feitas, do Evangelho proclamado, enfim dos diversos ministérios da Igreja. Como é lindo ver os coroinhas servindo o altar. Permaneço mais tempo naquele lugar sagrado, não saio correndo da missa antes da bênção final e olhando os detalhes, apanho um papel no chão e jogo no lixo, abordo a ministra que passava para levar a Comunhão a um doente (Igreja missionária). Sento na grama aparada pelo funcionário da Igreja e, confortável com a família, agradeço os dons que Deus me deu (manutenção, serviços), depois me dirijo à secretaria da Igreja e falo com o funcionário, que me orienta sobre as condições para ser padrinho e madrinha, pois eu não sabia. Neste

EXPEDIENTE COMISSÃO DA DIMENSÃO ECONÔMICA E DÍZIMO: Coordenador da Comissão: João Coraiola Filho. Padre Referencial da Pastoral do Dízimo: Pe. Anderson Bonin. Coordenador da Pastoral do Dízimo: Wanderley Zocolotti. Pastoral do Dízimo: (41) 2105 6309

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PE. MARCONDES MARTINS BARBOSA Coordenador da Comissão da Dimensão Missionária

COMIDI

JÁ ESTAMOS EM PREPARAÇÃO PARA O MÊS MISSIONÁRIO EXTRAORDINÁRIO

“a Igreja de Cristo em missão no mundo”

Para reavivar a consciência batismal do povo de Deus

tados de seu trabalho, a fecundidade de seus ministros

em relação à missão da Igreja, o Papa Francisco procla-

e a alegria que eles são capazes de suscitar. Porque sem

mou outubro de 2019 como Mês Missionário Extraordi-

alegria não se atrai ninguém” (Reunião do Comitê dire-

nário (MME). O objetivo é “despertar em medida maior

tivo do CELAM, Bogotá, 7 de setembro de 2017). A alegria

a consciência da missio ad gentes e retomar com novo

do Evangelho deve nos contagiar e o nosso agir deve es-

impulso a transformação missionária da vida e da pas-

tar pautado no agir de Jesus de Nazaré, o nosso mestre

toral”, convidando toda a Igreja a celebrar o centenário

e Senhor.

da carta Apostólica Maximum Illud, de seu predecessor, o Papa Bento XV.

Para reavivar a consciência batismal, precisamos assumir o compromisso com a conversão pessoal, comuni-

Papa Bento XV conclamou toda a Igreja a um novo im-

tária e pastoral a Jesus Cristo crucificado, ressuscitado

pulso à responsabilidade missionária de anunciar o Evan-

e vivo em sua Igreja. Isso renovará o ardor e paixão por

gelho e um abertura à missio ad gentes, despertando es-

testemunhar ao mundo, através da proclamação e da

pecialmente no clero a consciência do dever missionário

experiência cristã, o Evangelho da vida e da alegria pas-

– “A Igreja de Deus é universal, nenhum povo lhe é estra-

cal (Lc 24, 46-49).

nho”. A Igreja existe para evangelizar, uma evangelização que contemple a pessoa na sua totalidade e na sua inte-

É tarefa de todos nós batizados, das Igrejas particulares,

gração harmoniosa com toda a criação.

dos Institutos de vida consagrada e Sociedades de vida apostólica, associações, movimentos, comunidades e

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O Papa Francisco pede que sejamos mais sensíveis à

outras realidades eclesiais, dinamizar e fazer acontecer

missionariedade da Igreja, que por sua natureza é mis-

este tempo de graça. A CNBB e as POM nos propõem

sionária, e “a causa missionária deve ser, para todo cren-

um caminho de preparação, vivência e celebração do

te tal como para toda a Igreja, a primeira de todas as

Mês Missionário Extraordinário – “a ideia central neste

causas” (RM 86). Pois, a ação missionária é o paradigma

processo para o MME é inserir dentro da programação

de toda a obra da Igreja (cf. EG 15). Ou seja, “pôr a missão

ordinária e habitual das Igrejas locais a temática e o es-

de Jesus no coração da Igreja, transformando-a em cri-

pirito do mês missionário, visando à conversão pastoral

tério para medir a eficácia de suas estruturas, os resul-

missionária. Será uma ocasião para despertar, animar e

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não para cansar as comunidade”. Possamos nos moti-

do MME; promover a oração pelas missões; acolher a

var para uma profícua preparação e realização do Mês

proposta apresentada pela diocese de Roraima diante

Missionário Extraordinário, durante todo o ano de 2019,

da situação dos imigrantes Venezuelanos; criação e for-

em todos os âmbitos da ação pastoral em nossas paró-

talecimento dos COMIDIs.

quias, comunidades e espaços eclesiais. • Paroquial: preparação, abertura do MME e lançamenConcretamente, poderemos valorizar e assumir as su-

to do material da Campanha Missionária; realizar vigília

gestões vindas da comissão de articulação do MME

em 19/10/19, visitas missionárias e coleta no Dia Mundial

(CNBB e POM) a nível arquidiocesano e paroquial, con-

das Missões (19 e 20/10); realizar a novena missionária

forme a realidade que estamos inseridos e conhecendo

com os testemunhos da Campanha Missionária; oração

as orientações vindas da Comissão Nacional MME, que

pelas missões e intensificar as visitas missionárias; inse-

são as seguintes:

rir na novena dos padroeiros a temática do MME; criação e ou fortalecimento de COMIPAs.

• Diocesano: preparação e abertura do MME (01/10/19) no Santuário diocesano ou catedral; assumir no DNJ

A nossa Arquidiocese, por meio do COMIDI, IAM, Co-

2019 a temática do MME: Batizados e Enviados; envio

missões, setores e demais grupos, está se articulando

de missionários, através dos projetos Ad Gentes e Igre-

para uma vivência especial desse tempo de graça de

jas Irmãs na vigília missionária; pastoral juvenil realizar

inúmeras possibilidades e oportunidades para assumir

atividade pública de anúncio do Evangelho; nas nove-

a nossa verdadeira identidade, uma Igreja verdadeira-

nas dos santuários diocesanos contemplar a temática

mente missionária e em estado permanente de missão.

EXPEDIENTE COMISSÃO DA DIMENSÃO MISSIONÁRIA: Coordenador: Padre Marcondes. Secretária: Elania Bueno - 2105-6376. E-mail: elaniacmb@mitradecuritiba.org.br

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Conselho de leigos

RENATO MOREIRA ANGELO Coordenador da Rede de Músicos do Conselho de Leigos da Arqudiocese de Curitiba

Luz dos Pinhais: sal, luz e som Uma pessoa que tenha sido presenteada com uma viagem para passar o Natal na cidade de Norilsk se surpreenderá de algumas maneiras. Primeiramente, ao descobrir que esta é uma cidade do norte da Rússia, a apenas 240 km do Círculo Polar Ártico - uma distância menor que a de Curitiba até Telêmaco Borba. Depois, ao ser informada que nessa época do ano é inverno no hemisfério norte e Norilsk já registrou temperaturas de -60 oC. Porém, se estiver devidamente agasalhada, talvez sua maior surpresa seja a “Noite Polar”, que dura nada mais nada menos que seis semanas, de dezembro a meados de janeiro. Absolutamente nenhum raio de Sol. Isso seria demais, mesmo para um curitibano, não é? O ponto é: quem já experimentou a luz, sentirá sua falta quando imerso em plena escuridão! E quem já comeu pipoca sem nenhuma pitada de sal, jamais menosprezará a relevância deste tempero. Esticando um pouco a parábola, para nossa conveniência, talvez não seja exagero dizer também que quem já ouviu palavras sábias, melodias delicadas, harmonias surpreendentes e ritmos marcantes, talvez se sinta incomodado diante de um insistente silêncio. Jesus nos chama a todos, cristãos batizados, a sermos “o sal da terra e a luz do mundo” (Mt 5, 13-14). Não a luz ausente na Noite Polar ou o sal negligenciado na pipoca, mas os elementos vitais que iluminam e dão sabor à vida humana em Cristo. Como sábio farol dos tempos, a Igreja reconhece a importância do leigo nesta tarefa: “A realidade eclesial, pastoral e social dos tempos atuais torna-se um forte apelo a uma avaliação, aprofundamento e abertura do laicato” (Documento 105, CNBB); “A vocação própria dos leigos é administrar e ordenar as coisas temporais, em busca do Reino de Deus” (Concílio Vaticano II); “A primeira e imediata tarefa dos leigos é o vasto e complicado mundo da política, da realidade social e da economia, como também o da cultura, das ciências e das artes..” (Beato Paulo VI).

Projeto ‘Luz dos Pinhais’: sal, luz e som para a sociedade O Conselho de Leigos da Arquidiocese de Curitiba (CLAC), através de sua Rede de Músicos, acolhe com imenso amor caritativo a tarefa de ser sal, luz e som para a sociedade. Sob a batuta da maestrina Ana Caroline de Paula (a Carol) e coordenação de Renato Moreira Angelo, a Rede de Músicos apresenta seu primeiro projeto cultural: a formação do coral arquidiocesano Luz dos Pinhais. Com nome que homenageia a padroeira de Curitiba, o coral pretende prover formação e convívio musical a seus integrantes e desenvolver um repertório eclético, não necessariamente sacro ou litúrgico, que ecoem mensagens de amor e paz para além dos perímetros paroquiais. O projeto Luz dos Pinhais começou a ser elaborado com a chegada da maestrina Carol, em julho de 2018. A partir de convites individuais, a Rede de Músicos conseguiu juntar, para sua formação preliminar, 13 cantores de diversas localidades da região de Curitiba, com o intuito de aprimorar o projeto, avaliar sua viabilidade e dar os primeiros passos na direção de sua implementação efetiva. Desde então, com ensaios semanais, o grupo tem praticado tarefas de aprimoramento vocal e trabalhado com algumas peças sacras e populares. Agora, o grupo se prepara para seu grande momento: o convite e acolhida dos futuros coralistas do Luz dos Pinhais!! Em breve, os meios de comunicação da Arquidiocese disponibilizarão mais informações.

EXPEDIENTE COMISSÃO DO CONSELHO DE LEIGOS: Bispo Referencial: Dom José Antonio Peruzzo. Coordenador: Marlon Roza. Telefone: 2105-6376 - E-mail: conselhodeleigoscwb@gmail.com

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Comissão do Ecumenismo

Comissão Arquidiocesana de Ecumenismo e Diálogo Inter-Religioso presente no Calvin Symposium on Worship nos EUA A comissão foi representada no evento pelo regente e compositor católico José Luis Manrique, que é quem nos relata a experiência O convite apareceu graças à mediação do músico

unida por um só Senhor, uma só fé e um só batismo.

luterano Dr. Marcell Silva Steuernagel, ex-ministro de

Justamente, é esse texto bíblico da Carta de Paulo

louvor e artes da Comunidade Luterana do Redentor

aos Efésios que dá título ao hinário que foi lançado e

de Curitiba, atualmente professor de Church Music

que ganhamos de presente: One Lord, One Faith, One

e diretor do Programa de Música Sacra na Perkins

Baptism: An African American Ecumenical Hymnal (Um

School of Theology, nos Estados Unidos. Realmente

só Senhor, Uma só Fé, Um só Batismo: Um hinário

fui muito abençoado participando desse evento, que

ecumênico afro-americano).

aconteceu entre os dias 24 e 26 de janeiro de 2019 e reuniu uma ampla audiência de artistas, músicos,

Cantar as músicas todos juntos foi vibrante, rico,

pastores, estudiosos, estudantes e líderes de louvor

desbordante de alegria, em unidade segundo o

do mundo todo, para um tempo de comunhão,

mesmo Espírito. Pois é o Espírito quem nos guia na

adoração

comitiva

tarefa ecumênica, como o Papa Francisco nos fala

brasileira teve participantes das Igrejas Luterana,

no discurso de 4 de julho de 2018 por ocasião de um

Presbiteriana, Batista e Católica Romana.

outro encontro ecumênico: “Não nos esqueçamos

e

aprendizado

juntos.

A

de que devemos começar pela oração, para que não As palestras foram de nível altíssimo, dentre as

sejam os projetos humanos a indicar o caminho, mas

quais posso mencionar o resgate e reelaboração dos

o Espírito Santo: só Ele abre a vereda e ilumina os

salmos do Saltério de Genebra pelo grupo The Psalm

passos a dar”.

Project, dos Países Baixos, a valorização do amplo repertório musical histórico das tradições católico-

Quem quiser conferir os vídeos de alguns dos

romana e protestante, apresentadas pelo monge

momentos que vivemos no evento pode entrar no site

beneditino Anthony Ruff e a pesquisadora Emily R.

https://livestream.com/calvin-college/events/8520313.

Brink, ambos pertencentes a The Hymn Society.

O Movimento Ecumênico de Curitiba está se organizando para poder enviar mais participantes

A oração esteve sempre presente por meio do canto,

na próxima edição do Simpósio; talvez possa ser você

nas diferentes culturas e diferentes línguas. Foi uma

quem vai, amigo leitor.

grande celebração da diversidade humana e cristã, Por José Luis Manrique

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Liturgia

PE. MARIO RENATO BARÃO FILHO Assessor da Comissão Litúrgica

Tempo Quaresmal: Quarta-feira de Cinzas Como sugere o tema desta reflexão, tratamos nestas breves linhas do Tempo da Quaresma, especificamente a Quarta-feira de Cinzas e toda a motivação proposta e simbolismos que envolvem estes singulares momentos. “Agora, diz o Senhor, voltai para mim com todo o vosso coração, com jejuns, lágrimas e gemidos; rasgai o coração, e não as vestes; e voltai para o Senhor, vosso Deus” (Jl 2, 12). Este trecho da primeira leitura da liturgia da Quarta-feira de Cinzas ilumina todo cristão ao espírito que deve impulsionar a vivência quaresmal. A Palavra de Deus é proposta e forma um compromisso de fé para alcançar os frutos da vivência pe-

nitencial, orante e contemplativa. Tais ações nos fortalecem e nos preparam para a celebração pascal em sua plenitude. Atentos a fazer cumprir o que cada tempo litúrgico propõe, é importante recordar a orientação dada pela Instrução Geral do Missal Romano, especificamente entre os números 27 e 31. “O Tempo da Quaresma visa preparar a celebração da Páscoa; a Liturgia quaresmal, com efeito, dispõe para a celebração do mistério pascal tanto os catecúmenos, pelos diversos graus de iniciação cristã, como os fiéis, pela comemoração do Batismo e pela penitência” (27); “a quarta-feira de abertura da Quaresma, que é por toda a parte dia de jejum, faz-se a imposição das cinzas” (29). Na Quaresma já olhamos para a Páscoa. Por isso, os elementos que consideramos ‘preparatórios’ precisam ser bem compreendidos e vividos em sua intensidade, tanto nos momentos litúrgicos e devocionais quanto no cotidiano de nossas casas. As Liturgias nos indicarão estes elementos: oração, jejum, penitência. Cabe a cada um dar a atenção devida à Palavra de Deus e aos simbolismos deste tempo favorável. Na oração, dedicar tempo e dar qualidade a esta ação com uma postura e espírito adequados (daqui vem também a importância do silêncio e contemplação).

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Nossas comunidades têm o bonito hábito da oração da via-sacra, momentos de adoração ao Santíssimo, caminhadas penitenciais, entre outros; no jejum, notando que além de ser um preceito, é uma oportunidade para a solidariedade e uma abertura maior para a gratidão por tudo o que temos e não percebemos, ou esbanjamos. O jejum pode ir além dos dias recomendados e abranger todas as refeições, sendo mais simples e inspirando a partilha; na penitência, buscando renunciar ao pecado para alcançar a vida eterna em Cristo. É a conversão que, para acontecer, necessita de atitudes e posturas penitenciais. O profeta Isaías afirma: “Exortamo-vos a que não recebais a graça de Deus em vão. Pois Ele diz: eu te ouvi no tempo favorável e te ajudei no dia da salvação” (49,8). Seja feita uma digna preparação para uma boa confissão. Daqui decorrem as instruções para que o tempo quaresmal ganhe características baseadas no silêncio, na serenidade e delicadeza, nas ações e austeridade de vida. A ornamentação em nossas comunidades seja mais sóbria. Os momentos orantes, inclusive os cânticos e melodias, motivem a reflexão e o arrependimento sincero. Na Quarta-feira que dá início à Quaresma recebemos as cinzas. Tal elemento que se impõe sobre a testa ou a cabeça do fiel traz consigo a proposta de penitência, de abertura ao arrependimento e conversão. As cinzas impostas são resultado da queima dos ramos utilizados no Domingo de Ramos do ano anterior. São abençoadas durante a celebração. Na oração da bênção está presente a intenção de quem recebe as cinzas: “Derramai a graça da vossa bênção sobre os fiéis que vão receber estas cinzas, para que, prosseguindo na observância da Quaresma, possam celebrar de coração purificado o mistério pascal do vosso filho”. Na imposição ouvimos a proposta quaresmal: “Convertei-vos e crede no Evangelho” (Mc 1,15) ou “Lembra-te que és pó, e ao pó hás de voltar” (Gn 3,19). São palavras e gestos que iluminam nossa consciência para que, por

meio de uma séria preparação, celebremos com fervor a paixão do Senhor. Como pano de fundo para o período quaresmal nos é proposta a Campanha da Fraternidade. Neste ano, de modo especial, o tema é “Fraternidade e Políticas Públicas” e o lema “Serás libertado pelo direito e pela justiça” (Is 1, 27). Somos desafiados a despertar para a importância deste tema diante da realidade e desafios atuais. Dentro das celebrações e demais momentos é interessante incluir, de modo suave, as orações, cânticos e reflexões adequadas e sempre inspiradas primeiramente pela motivação quaresmal. A cor predominante neste tempo é roxa, à exceção da liturgia do Domingo Laetere ou Domingo da Alegria (4º Domingo da Quaresma), quando pode ser usada a cor rósea. A Antífona deste dia afirma: “Alegra-te Jerusalém! Reuni-vos, vós todos que a amais; vós que estais tristes, exultai de alegria! Saciai-vos com a abundância de suas consolações” (Is 66, 10 – 11). É a alegria pela proximidade da Páscoa. Importante pontuar que a liturgia quaresmal não possui características baseadas na tristeza, mas sim na esperança da vida nova. Contudo, a alegria a que se refere o 4º domingo é justamente pela proximidade da Páscoa; vem chegando a realização do projeto salvífico, a vida que vence a morte, a graça que é abundante e supera todo pecado. Que em nossas comunidades estejamos atentos às recomendações litúrgicas para aproveitar ao máximo e profundamente este período. Cada um esteja imbuído de um espírito sereno e orante, valorizando a Palavra com seus ensinamentos e a graça eucarística nos alimentando. As ações bem vividas na Quaresma não são vazias ou sem efeito, pelo contrário, são de fato motivos de conversão profunda e comprometimento maior diante das injustiças, desigualdades e misérias humanas. Ficam os votos que esta Quaresma sirva para uma maior santificação de todos.

EXPEDIENTE COMISSÃO LITÚRGICA: Bispo Referencial: Dom Amilton Manuel da Silva, cp Coordenador: Pe. Mário Renato Barão Filho. Contato: (41) 2105-6309 - liturgia@mitradecuritiba.org.br

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Painel

“O Caminhando 32 nos ajuda a viver em comunidade” O Caminhando 32 é um material de apoio para os grupos de cristãos que se reúnem nos lares durante a semana. Podem ser: Grupos de Reflexão, Grupos de Famílias, Pequenos Grupos, Círculos Bíblicos, Comunidades Eclesiais de Base, Pequena Comunidade de Fé, entre outros. O material traz um conjunto de livros com orações, sugestões de cantos, textos de interpretação da Palavra e sugestões de perguntas para conversa entre os membros do grupo, para as reuniões nos lares. Os grupos que utilizam o material para apoio em suas reuniões têm comentado algo em comum: o Caminhando ajuda no crescimento e fortalecimento da fé e a viver em comunidade. Confira alguns relatos:

Somos em cerca de 130 grupos. Há relatos diversos de como os encontros, com apoio do Caminhando 32, têm sido importantes para os participantes. “O grupo cresce com o conhecimento da Palavra e a transforma em prática”, afirmam diversos participantes. Os grupos da paróquia ainda realizaram uma ação concreta inspirada nos encontros. Após um estudo sobre a passagem do povo no Egito entendemos que deveríamos fazer nossa parte na comunidade. Fizemos contatos diversos para uma coleta seletiva, que não existia na cidade, fizemos projeto para reaproveitamento de garrafas pet, folders e trabalho educativo, com o projeto: “Comunidades em Transformação”, que será divulgado também no site da Arquidiocese. MARTA DO ROCIO DOBRILA NAZÁRIO Coordenadora dos grupos de reflexão da Paróquia Nossa Senhora do Amparo, em Rio Branco do Sul

É uma benção divina verificar que em 2018 o número de grupos de reflexão - que utilizam o caminhando e a bíblia - praticamente dobrou: passou de 62 para 116 em Itaperuçu. O Caminhando 32 une as famílias dos grupos, que oram, partilham e se alegram juntas. Aprofunda e promove o entendimento dos temas bíblicos e incentiva atitudes de solidariedade com os mais carentes. CATARINA GONÇALVES PILAR Coordenadora Paroquial dos grupos de reflexão da Paróquia São Pedro Apóstolo, de Itaperuçu

As reuniões realizadas semanalmente utilizando o Caminhando 32 como subsídio, à luz dos vários lemas e lições, nos ajudam a compreender a liturgia e a luz da Palavra lida, discutida e aplicada, nos levando a ações práticas. Após a utilização deste material nós percebemos uma comunidade mais alegre, solidária, fiel e caridosa, aproximando uma família à outra. LIDOVINO JOÃO BORDORI Grupos de reflexão da paróquia Nossa Sra. Auxiliadora - Comunidade de São Sebastião

CAMINHANDO 32 - “Quaresma/Páscoa” está disponível por R$ 3,00. O Livro completo para reuniões do ano custa R$ 8,50. Adquira no setor de artigos religiosos da Mitra da Arquidiocese de Curitiba, na Rua Jaime Reis, 369 (bairro São Francisco). Ou através do telefone (41) 2105-6325 / e-mail sac@arquidiocesecwb.org.br.

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Corpus Christi 2019 “Fazei de nós um só corpo e um só espírito” é o tema do Corpus Christi de Curitiba em 2019, neste ano celebrado em 20 de junho. As diversas coordenações pastorais, setores pastorais, paróquias e comunidades, têm se envolvido no planejamento da solenidade, para que se realize, cada vez mais, um melhor serviço de Evangelização ao celebrar o mistério da Eucaristia.

Foto: Patryck Madeira

Para contemplar o público crescente a cada ano são planejadas melhorias na programação e na infraestrutura, para proporcionar uma grande experiência de fé às milhares de pessoas e famílias que se reúnem neste dia. A programação inclui, pelo segundo ano, a vigília na noite que antecede a solenidade. No dia 20, a montagem dos tapetes é realizada pela manhã, na Av. Cândido de Abreu, por onde passará a procissão após a missa a ser realizada em frente à Catedral no período da tarde.

Seja um voluntário - venha fazer parte! Em breve deve ser anunciado no site da arquidiocese de Curitiba o formulário de inscrição para quem desejar ingressar nas diferentes equipes de organização do Corpus Christi 2019.

Coral, Banda e Orquestra das Comunidades inicia seus ensaios: Na solenidade de Corpus Christi deste ano haverá a participação de um Coral, Banda e Orquestra, reunindo cantores, instrumentistas e animadores litúrgicos das diferentes paróquias e comunidades de nossa arquidiocese. Todos interessados em fazer parte são convidados a participar dos ensaios às quintas-feiras, 19h15 às 21h30 no Salão da Igreja Senhor Bom Jesus dos Perdões, na Praça Rui Barbosa, Centro de Curitiba. Informações: corpuschristi@mitradecuritiba.org.br | Telefone: (041) 2105-6323.

Arquidiocese de Curitiba terá ciclo de formações sobre liturgia A comissão Litúrgica da Arquidiocese de Curitiba e o Santuário Sagrado Coração de Jesus convidam para o Ciclo de Formações sobre Liturgia 2019, com o Pe. Maurício dos Anjos, mestre em Teologia. Serão sete palestras gratuitas para aprofundamento do conhecimento litúrgico dos vários aspectos que envolvem as celebrações. Datas: 27/03, 23/05, 19/06, 28/08, 25/09, 30/10 e 27/11. Horário: 20h às 21h30. Local: Santuário Sagrado Coração de Jesus – Av. Água Verde, 1018 – Curitiba-PR.

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Painel

Edital financia projetos e atividades de evangelização para a juventude O Setor Juventude da Arquidiocese de Curitiba lançou edital de financiamento de projetos pelo Fundo de Evangelização do setor. A ideia é proporcionar ajuda de custo a projetos ou eventos dos grupos e movimentos católicos que estejam alinhados com a proposta de evangelização da juventude na região de abrangência da Arquidiocese de Curitiba. Serão aceitos projetos até o dia 29 de março de 2019. O edital está disponível no site www.arquidiocesedecuritiba.org.br

Festa Nacional da Divina Misericórdia em Abril O Santuário da Divina Misericórdia de Curitiba convida a todos para a Festa Nacional da Divina Misericórdia 2019, com o tema “Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom; eterna é a sua misericórdia” (Sl 117,1). Serão três dias de festa, 26, 27 e 28 de abril, quando se celebra o domingo da Misericórdia. O ponto de partida para a festa é a sexta-feira Santa, dia 19 de abril, com a novena à Divina Misericórdia.

Caravana para a Romaria da Juventude em Aparecida A Romaria da Juventude para Aparecida, realizada pela Pastoral Juvenil Nacional, acontecerá no dia 27 de abril de 2019 no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida. A Caravana organizada pelo Setor Juventude da Arquidiocese de Curitiba já está com INSCRIÇÕES ABERTAS! Sairá da Cúria Metropolitana (Av. Jaime Reis, 369), dia 26 de abril, às 21h, e o retorno é previsto para as 23h30 do dia 27 de abril. O valor da inscrição é de R$160,00, incluso transporte e a camiseta. (41) 2105-6364

Pastoral promoveu encontro preparatório para pré-conferencias de Saúde

foto: Patryck Madeira

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No sábado, dia 9 de fevereiro, a Pastoral da Saúde da Arquidiocese de Curitiba promoveu um encontro de Formação de Políticas Públicas em Saúde. O encontro foi uma oportunidade de preparação dos agentes de pastorais e conselheiros de saúde para as Pré-Conferências que serão realizadas neste ano de 2019. Neste ano será realizada a Conferência Nacional de Saúde (4 a 7 de agosto) e também as etapas estaduais e municipais, incluindo uma série de pré-conferências que iniciaram em Curitiba no dia 16 de fevereiro.


Equipes de liturgia da arquidiocese de Curitiba participaram de formação sobre Quaresma e Páscoa O que o Tempo da Quaresma e da Páscoa nos sugerem? Qual o sentido? Estes foram alguns dos temas sobre os quais a Comissão Litúrgica da Arquidiocese de Curitiba conversou com os mais de 200 membros de equipes de liturgia que estiveram no Encontro de Preparação Litúrgica para Quaresma e Páscoa. O encontro foi realizado no sábado, 16 de fevereiro, na Paróquia Divino Espírito Santo. foto: Bárbara Moraes

Bispos do Paraná elegem a presidência do regional Sul 2 da CNBB Reunidos em assembleia na cidade de Toledo (PR), de 17 a 19 de fevereiro, os bispos do Paraná elegeram a presidência do Regional Sul 2 da CNBB para os próximos quatro anos. Para presidente foi eleito Dom Geremias Steinmetz, Arcebispo de Londrina; vice-presidente Dom José Antônio Peruzzo, Arcebispo de Curitiba e secretário Dom Amilton Manoel da Silva, Bispo auxiliar de Curitiba.

Você sente vocação para ser Padre? Os Encontros Vocacionais, realizados mensalmente, ajudam adolescentes e jovens a fazerem um processo de discernimento vocacional, de modo a chegarem à opção vocacional presbiteral ou leiga.

Confira datas e locais dos Encontros Vocacionais 2019: Seminário São José (para jovens que ainda não concluíram o Ensino Médio) 9 de março | 6 de abril | 4 de maio | 1 de junho | 3 de agosto | 14 de setembro | 19 de outubro | 9 de novembro Endereço: BR-277, 4505, Orleans – Curitiba Seminário São João Maria Vianney (para jovens que ainda não concluíram o Ensino Médio) 16 de março | 27 de abril | 18 de maio | 15 de junho | 17 de agosto | 21 de setembro | 26 de outubro | 16 de novembro Endereço: Av. Iguaçu, 3417, Água Verde – Curitiba Mais informações: (41) 99821-5196 (com Pe. Fernando Pieretto)

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Endereço: Av. Jaime Reis, nº 369 Alto São Francisco, Curitiba/PR

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