Revista Voz da Igreja abril de 2019

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Revista

VOZ DA IGREJA ANO XVI - EDIÇÃO 191 - ABRIL DE 2019 Impresso Especial

O TEMPO PASCAL EM NOSSAS VIDAS

36000135947 - DP/PR ARQUIDIOCESE DE CURITIBA

CORREIOS

Um olhar para trazer ao dia a dia o sentido mais profundo da cruz e do Crucificado Pág. 8

Tríduo Pascal:

Campanha da Fraternidade

Homenagem à Padroeira

Reflexão para boas experiências litúrgicas. Pág. 10

Compreender sua importância é olhar para sua origem. Pág. 18

Obras para memorial iniciam na Catedral . Pág. 21


Agenda Mensal dos Bispos Abril/2019

Ação Evangelizadora

Dom José Antônio Peruzzo Arcebispo da Arquidiocese de Curitiba

Editorial Neste mês de abril a revista Voz da Igreja traz como tema central a Páscoa de Nosso Senhor Jesus Cristo. O arcebispo da Arquidiocese de Curitiba, Dom José Antônio Peruzzo, nos propõe em seu artigo uma reflexão sobre o que a ressurreição de Jesus Cristo pode ressuscitar em nós e a revisão do nosso modo de crer – se ele é efetivo em nosso cotidiano. Dom Pedro Fedalto nos lembra que a quaresma é tempo propício para a conversão, penitência e oração para a meditação sobre a paixão, morte e ressureição, e afirma que as Bem-aventuranças são temas propícios para este período. Ainda neste tema, Padre Luciano Tokarski, da Comissão da Animação Bíblico Catequética, fala sobre a relação entre o mistério pascal e a vocação batismal. Dom Amilton da Silva faz uma reflexão sobre o “olhar para o outro lado” como um mergulho no sentido mais profundo da cruz e do Crucificado, o que nos leva a buscar constantemente as verdadeiras motivações da nossa alegria e a agir em favor do irmão. Padre Mário Barão Filho fala sobre a importância da celebração do Tríduo Pascal. E Mara e Marcelo Avelino, da Coordenação do SOS Família, falam da Páscoa como festa do amor e da família. Além destes, João Santiago, Coordenador da Campanha da Fraternidade na Arquidiocese de Curitiba, e Padre Danilo Pena falam sobre a CF 2019, cujo tema é “Fraternidade e Políticas Públicas”. Jardel Lopes, da Pastoral Operária, fala sobre a preparação do Sínodo para a Amazônia, que será realizado em outubro deste ano naquela região. Não deixe de conferir estes e outros artigos, feitos para sua meditação, reflexão e informação acerca dos assuntos relevantes para a Igreja. Que você e sua família tenham uma Santa e abençoada Páscoa!

Fale Conosco ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO Rua Jaime Reis, 369 - São Francisco 80510-010 - Curitiba (PR) Bárbara Moraes: (41) 2105-6342 barbaramm@mitradecuritiba.org.br

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A revista Voz da Igreja é uma publicação da Arquidiocese de Curitiba sob a orientação da Assessoria de Comunicação CONSELHO EDITORIAL - Arcebispo da Arquidiocese de Curitiba Dom José Antônio Peruzzo | Chanceler: Pe. Jair Jacon | Ecônomo da Mitra: Pe. José Aparecido Pinto | Coordenador da Ação Evangelizadora: Pe. Alexsander Cordeiro Lopes | Coordenador geral do clero: Pe. Rivael de Jesus Nacimento | Jornalista responsável: Téo Travagin | Assessoria de Comunicação: Sintática Comunicação | Revisão Teológica: Centro de Pastoral | Colaboração voluntária: 13 Comissões Pastorais| Apoio: Centro Pastoral | Capa: Reprodução da obra "A incredulidade de São Tomé" - Caravaggio (1599) | Projeto gráfico e diagramação: Sintática Comunicação | Tiragem: 10 mil exemplares.

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Arquidiocese de Curitiba | Abril 2019

01 • Gravação Programa Leitura Orante, TV Evangelizar 02 • Reunião do Conselho Presbiteral • Gravação do Programa Conhecendo a Palavra, TV Evangelizar 03 • Reunião com Diretores de Escolas Católicas • Encontro com Vicariato • Curso Bíblico na Paróquia Santo Antônio do Orleans 04 • Reunião dos 15 Setores • Expediente na Cúria 05 • Aula no Studium • Aula Inaugural na Livraria Paulus (Introdução a Exegese e Hermenêutica do Novo Testamento) 06 • Abertura da Escola Coordenadores de Catequese • Aula Seminário Rainha dos Apóstolos 07 • Formação Bíblica Paróquia Nossa Senhora Aparecida de Campo Largo • Encerramento do Retiro Nacional da Rede Evangelizar 08 • Gravação Programa Leitura Orante, TV Evangelizar 09 • Reunião da APAC • Visita ao Seminário Propedêutico 10 • Projeto Corrente do Bem em Campo Largo • Visita ao Seminário Rainha dos Apóstolos 11 • Assembleia da PPI • Expediente na Cúria • Visita ao Seminário Bom Pastor • Reunião do Conselho de Ordens 12 • Aula no Studium • Reunião com RHEMA

12 • Visita ao Seminário São José 13 • Formação: Mulheres que se Importam • Crisma e Celebração Catedral 14 • Celebração Domingo de Ramos Catedral 15 • Gravação Programa Leitura Orante, TV Evangelizar 16 • Santa Missa Paróquia Universitária • Gravação do Programa Conhecendo a Palavra, TV Evangelizar 18 • Santa Missa Santos Óleos • Santa Missa Lava Pés 19 • Confissões na Catedral • Liturgia da Paixão do Senhor na Catedral • Procissão do Senhor Morto na Catedral 20 • Vigília Pascal na Catedral 22 • Gravação Programa Leitura Orante, TV Evangelizar 23 • Gravação do Programa Conhecendo a Palavra, TV Evangelizar 24 • Expediente na Cúria 25 • Reunião do CAP • Santa Missa Paróquia Nossa Senhora do Bom Conselho 26 • Aula no Studium • Reunião dos Formadores • Santa Missa no Santuário da Divina Misericórdia 27 • CEFAS • Crismas nas Paróquias São José e Cristo Ressuscitado 28 • Crismas na Paróquia Nossa Senhora da Piedade de Campo Largo 29 • Gravação Programa Leitura Orante, TV Evangelizar 30 • Assembleia Nacional dos Bispos

Dom Amilton Manoel da Silva Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Curitiba 01 • Missa de Posse Paróquia N. Sra. Auxiliadora 02 • Reunião do Conselho Presbiteral 03 a 07 • Visita Pastoral 04 • Reunião das 13 Comissões 06 • Crisma Paróquia São Carlos Barromeu 09 • Reunião APAC 10 • Expediente na Cúria 11 • Conselho de Ordens e Ministérios 12 • Reunião Equipe Catecumenato • Via Sacra no Bairro Xaxim 13 • Crismas Paróquias Santa Quitéria • Santo Antônio do Parolin 15 • Santa Missa Âncora Revitalização

17 • Missa Santos Óleos em União da Vitória 18a 21 • Tríduo Pascal Paróquia São Lucas 23 • Formação Paróquia São Pedro 24 e 25 • Assembleia Vicentinos 26 • Reunião dos Formadores 27 • Encontro Nacional de Jovens, Aparecida – SP 28 • Crisma Paróquia Nossa Senhora da Conceição • Missa Santuário da Divina Misericórdia 30 • Conferência Nacional dos Bispos em Aparecida - SP

Dom Francisco Cota de Oliveira Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Curitiba 01 • Entrevista TV Transamérica 02 • Reunião do Conselho Presbiteral e • Rito com Comunidade Neocatecumenal 04 • Reunião dos 15 Setores e • Expediente na Cúria 05 a 07 • Pastoral Carcerária em Umuarama 06 • Posse Dom Carlos José em Apucarana 09 • Reunião da APAC 10 • Associação dos Reitores e Formadores de Seminários da Província Eclesiástica de Curitiba • Abertura Acolhe Bem, Perpétuo Socorro 11 • Conselho de Ordens e Ministérios 12 • Crisma Paróquia Santa Bertila 13 • Reunião da Equipe Nossa Senhora

18 a 21 • Tríduo Pascal Paróquia Sagrada Família, Colombo 23 • Expediente na Cúria e Pastoral do Empreendedor 24 • Missa Comunidade Shalom 25 • Reunião do CAP 26 • Missa na Cúria, • Reunião dos Formadores, • Crisma Paróquia Nossa Senhora da Anunciação, Campo Largo 27 • Crismas nas Paróquias Maria Mãe da Igreja e São José Vila Oficinas • Formação Irmãs do Sagrado Coração do Verbo Encarnado 28 • Crismas nas Paróquias São João Batista de Almirante Tamandaré e Cristo Rei 30 • Assembleia Nacional dos Bispos


Palavra do Arcebispo

DOM JOSÉ ANTÔNIO PERUZZO Arcebispo da Arquidiocese de Curitiba

O Senhor Ressuscitou... O que isso diz a mim? Mais uma vez a Páscoa do Senhor Jesus Cristo nos alcança. O calendário é cíclico, retratando o movimento do tempo. Nele estamos inseridos. E vivemos em ritmo tão agitado que quase não atinamos para os grandes significados que as datas apontam. Se nós cristãos nos perguntássemos sobre os grandes influxos que a celebração pascal de 2018 desencadeou em nossa vida, provavelmente teríamos pouco a falar. Tudo foi tão rápido, também superficial, que a rotina se impôs, o tempo passou, e pouco conseguimos dizer sobre o que ele significou. Ainda menos teríamos a mencionar sobre o quanto influenciou. Mas esta voragem pode ser rompida. Tratar-se-á, porém, de um projeto pessoal a assumir. E começa por uma indagação muito exigente, ainda que pareça bastante simples: em que grau a fé que professo incide nas minhas escolhas, nos meus critérios e nos meus comportamentos? É neste âmbito que a fé confere sentido à vida, às relações, ao tempo e às nossas opções decisivas. Uma pergunta assim leva-nos à busca de espiritualidade, move-nos a retomar os grandes valores que contam, inspira-nos a muitas revisões a partir da nossa interioridade. Seguindo ainda um novo passo, a reflexão concita-nos a perguntar sobre o que a Ressurreição de Jesus pode ressuscitar em nós. E pequenos projetos de vida podem surgir. Para quase tudo se pedem projetos e metas. Se alcançadas, a pergunta seguinte versa sobre as possíveis melhoras. Se não alcançadas, a interrogação é pelas causas. Algo semelhante vale para a nossa relação com a pessoa de Jesus Cristo. Somo chamados a uma sincera e singela revisão se o nosso modo de crer tem

efetividade em nosso quotidiano. Falando de outro modo, se crer nele interfere em nossa sensibilidade e reações ante o sofrimento dos outros; se seguir Jesus modela e modera nossas palavras; se a amizade com ele nos inspira a gestos de conversão, de reconciliação, de paz, de justiça. Não é tão desafiador cultivar uma forte religiosidade. Mas mudanças a partir de dentro de nós, isso só acontece em casos de conversão. A simples prática religiosa, por ela mesma, também pode entorpecer. Por onde começar? O Papa Francisco tem algumas sugestões muito práticas. Sua exortação apostólica Gaudete et Exultate (“Alegrai-vos e Exultai”) recomenda-nos a partir de atitudes quotidianas: evitar a maledicência; exercer a cordialidade gratuita, especialmente com pessoas tidas por difíceis ou “chatas”; olhar para a dor do outro a partir do outro, sem pré-julgamentos; aprender a escutar. Aliás, os que passam a ouvir e compreender a voz de quem sofre, passam a sentir muito mais “fome e sede de justiça”. É o discernimento das bem-aventuranças. A tais experiências Francisco chama de caminho para a santidade. O comércio se prepara para a Páscoa; os turistas se programam para os “feriados” destes dias; os órgãos de segurança mobilizam seus aparatos; as praias e os centros de lazer estarão em grandes movimentos. E a nós, cristãos e católicos, o que a Páscoa do Senhor Jesus nos propõe? A pergunta não tem novidades. Mas a resposta requer caminhos de conversão. Afinal, não são os outros o grande empecilho para “ouvir a voz do Senhor”.

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Palavra de Dom Pedro

DOM PEDRO ANTÔNIO MARCHETTI FEDALTO Arcebispo Emérito de Curitiba

BEM-AVENTURADOS OS POBRES EM ESPÍRITO A Quaresma é tempo propício para a conversão, penitência e oração para a meditação sobre a Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Agora é preciso compreender que são necessários estes três elementos: capital, produção e lucro.

As Bem-aventuranças são temas propícios para a Quaresma.

Onde está o equilíbrio destes três elementos entre patrões, operários e a ajuda aos pobres?

A primeira Bem-Aventurança é “Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos céus”. Os pobres sempre foram recordados, recomendados na Bíblia no Antigo Testamento e Novo Testamento.

O equilíbrio está na produção que enriquece os patrões, recebendo os operários um salário justo e os pobres socorridos em suas necessidades.

Por isto a Igreja Católica, desde o início de sua fundação, sempre ensinou aos católicos que os pobres devem ocupar um lugar de preferência na vivência cristã, na evangelização, catequese, liturgia, por ordem do próprio Cristo. Quantas vezes Jesus ensinou isto aos Apóstolos e a todos os seus discípulos, vivendo Ele próprio na pobreza.

Os dois Papas, Leão XIII e Pio XI, ensinam em suas encíclicas citadas (documentos) que o lucro deve ser partilhado entre patrões e operários com salários justos e com a ajuda aos pobres, especialmente órfãos, viúvas, doentes e outros tantos. Com estes lucros, sejam ajudadas as obras sociais que ajudam os pobres: orfanatos, creches, hospitais, casas de repouso e tantas obras sociais.

Mas, na prática, para que os Católicos possam atender as necessidades dos pobres, órfãos, viúvas, é necessário que tenham recursos financeiros.

A Igreja recomenda que os ricos e mesmo os de classe média socorram os pobres que são tantos: sem casa, emprego, crianças órfãs, viúvas, anciãos, doentes.

Mais uma vez, o Evangelho afirma que dificilmente um rico entrará no Reino dos Céus.

Que seja bem entendida esta bem-aventurança.

Para redigir este artigo, procurei entender o que os Papas Leão XIII, na Encíclica “Rerum Novarum” (das Coisas Novas), em 13 de maio de 1891, e Pio XI “Quadragésimo Anno” (Quadragésimo Ano), em 13 de maio de 1931, escreveram. Ambos afirmam que é necessário um capital e todos devem aceitá-lo, uma produção e um lucro. Se não houver indústrias, casas comerciais e fazendas, onde o povo encontra emprego?

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Que todos entendam bem isto.

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Mesmo que tenha bens, não ficando apegado a eles, pensando que constituem sua segurança, como ensina a parábola do rico insensato, julgando que não iria morrer naquela noite (Lc 12, 16 -21), deixando tudo para os outros. Procure partilhar seus bens durante a vida. Assim, viverá a bem-aventurança feliz, como são “Bem-aventurados os Pobres em Espírito”.


Juventude

MATHEUS FREITAS DOS SANTOS Coordenador do Setor Juventude Paroquial

Um Setor Juventude Paroquial O projeto Setor Juventude Paroquial é realizado há quase quatro anos na Paróquia Sant’Ana. Até 2015 só havia tentativas de uma unidade paroquial entre os grupos de jovens existentes nas comunidades. Houve mudanças com as saídas e entradas de padres e um religioso da congregação que atende a paróquia, a Ordem dos Cônegos Regulares Lateranenses. O então recém-chegado Irmão José Wilson Fabrício convocou os coordenadores para as primeiras reuniões, com firme propósito de recuperar os valores de comunhão e pertença eclesial.

D.N.J. 2018 com os outros grupos das outras comunidades das outras paróquias do Setor Pastoral Capão Raso na Capela São João Batista!

Por que chamamos de “Setor Juventude Paroquial” Não poderíamos nomear nossa estrutura juvenil paroquial de “Pastoral da Juventude”, pois o termo se refere a uma identidade/expressão/metodologia e espiritualidades específicas que não eram aquelas que todos os grupos utilizavam. Tínhamos grupos sem uma expressão específica definida, que bebiam de várias fontes. Audaciosamente, resolvemos chamar essa reunião de expressões de Setor Juventude Paroquial. Luau na Comunidade Mãe da Divina Providência

Comunhão e pertença Ao longo do tempo e com os esforços de formação foi-se criando a consciência de que os grupos de jovens deveriam se abrir para as outras pastorais e movimentos de suas comunidades. Começamos a fazer reuniões mensais de coordenadores, com a assessoria do irmão José, sempre com momentos formativos como a leitura de trechos de documentos da Igreja que tratam da juventude. A outra parte, chamada de informativa, é a de acertar os detalhes da caminhada paroquial, passar avisos e organizar-se para os eventos paroquiais, setoriais e arquidiocesanos. Hoje somos uma paróquia de 13 comunidades, das quais 8 têm grupos de jovens (duas delas têm grupos de adolescentes também), todos caminhando com suas alegrias e tristezas, mas em comunhão e sem rivalidades.

Noite da Juventude no Novenário em preparação para a Festa de Sant'Ana de 2018 na Matriz Sant'Ana e São Benedito

A importância do acompanhamento Padre José, desde quando chegou como “Irmão José”, “comprou brigas” e perseverou para que a juventude fosse respeitada, organizada e unida. Faleceu muito jovem, em 30 de setembro de 2018, devido a uma infecção pulmonar, mas está em nossos corações por ser quem era e por tudo que fez.

EXPEDIENTE SETOR JUVENTUDE CURITIBA: Assessora Eclesiástica: Ir. Valéria Andrade. Secretário: Kelvin Oliveira. E-mail: juventude@mitradecuritiba.org.br / Telefone: 2105-6364

Encontro Paroquial da Juventude na Comunidade Sagrado Coração de Jesus

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Catequese

PE. LUCIANO TOKARSKI Comissão da Animação Bíblico-Catequética

CATEQUESES MISTAGÓGICAS: A MÍSTICA PASCAL E A VOCAÇÃO BATISMAL O ciclo de catequeses mistagógicas sobre a vocação batismal é uma proposta reflexiva e formativa. Busca despertar a consciência sobre o lugar e o significado da vocação batismal na vida de Igreja. É fundamental o discernimento e a compreensão dos ensinamentos da Igreja sobre o sacramento do Batismo. Sendo assim, esta primeira catequese mistagógica trata de um elemento central na educação da fé: a relação entre o mistério pascal e a vocação batismal. O batismo permite que Cristo viva em nós e a nós de vivermos unidos a Ele, para colaborar na Igreja. O batismo nos marca com o sinal da cruz de Cristo, nos lava com água que jorrou do lado aberto de Jesus e nos ilumina com a luz que iluminou o sepulcro vazio e aberto. O batismo nos santifica, sela e insere totalmente no mistério pascal de Cristo. “O batismo recorda e realiza o mistério pascal, uma vez que por ele as pessoas passam da morte do pecado para a vida” (RICA 6). A alegria da ressurreição faz com que o batizado, semanalmente, sinta necessidade de beber da fonte do mistério pascal. Portanto, o batismo nos garante na participação da mística pascal: nos abre as portas da realidade, nos abre as portas da eternidade e nos abre as portas da comunidade. A vocação batismal não nos faz indiferentes com a realidade que nos cerca. Olhar para a realidade da vida e perceber nela a presença dos mistérios de Cristo. Sentir a dor de Cristo no outro. Descobrir a graça de Cristo

nas coisas criadas. Cultivar àqueles que estão à beira do caminho. Integrar quem está emocionalmente abalado. O mistério pascal de Cristo está em todas essas experiências. Viver o mistério pascal de Cristo é experimentar a dor, o sofrimento, a agonia, a morte e a ressurreição. É experimentar humanamente tudo o que Jesus experimentou. A vocação batismal abre as portas da eternidade. Ela nos invoca para a vida eterna. A eternidade não é uma experiência impossível ou inacessível, já está acontecendo em nós e, gradualmente, amadurecendo em nós. A vocação batismal carimba-nos para o mistério na eternidade. A ressurreição de Cristo torna-se presente em nós e para todos. A morte é absorvida pela vida. A vocação batismal abre as portas da comunidade. Ela é o lugar da iniciação pascal. É também onde os batizados podem viver a mística pascal em Cristo. A comunidade torna-se o lugar da recordação do batismo recebido e, justamente na Vigília Pascal, em comunidade, renovamos nossas promessas batismais, ou seja, o batismo é o sacramento que nos insere na páscoa de Cristo. Onde há comunidade, há vocacionados para a páscoa em Cristo. Caro leitor (a), aproveite este tempo quaresmal, que antecede o tempo pascal, e reflita sobre suas experiências de fé com Cristo. Medite: Cristo vive e manifesta-se em minha vida? Reconheço a presença pascal de Cristo na comunidade e no próximo?

EXPEDIENTE COMISSÃO DA ANIMAÇÃO BÍBLICO-CATEQUÉTICA: catequese@mitradecuritiba.org.br. (41) 2105-6318. Coordenação: Pe. Luciano Tokarski. Assessoria: Regina Fátima Menon.

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CATEQUESE: espaço para encontros celebrativos, bíblicos e orantes Tanto tem se falado em catequese estilo catecumenal, encontros mais celebrativos, mistagógicos... Tantos documentos, textos, livros nos abrem portas, oferecem caminhos e sugestões para melhor preparar o encontro de Iniciação à Vida Cristã. Nesse sentido, na Paróquia São Jorge começamos o ano catequético com a colocação de Ambão da Palavra nas salas de encontro, com o objetivo de adequar e valorizar aspectos essenciais nos ambientes para que os catequizandos vivenciem a dignidade e a importância da Leitura Orante. Um ambiente mais acolhedor propicia a oração, meditação e reflexão da Palavra e desperta nos catequizandos o desejo do encontro profundo com Cristo. Com o DOC. 107, Iniciação à Vida Cristã, nós catequistas temos em nossas mãos uma chave para auxiliar nossos catequizandos a serem iniciados na vida de Cristo. Conhecer Jesus, seguir seus passos, renascer com Ele e para Ele. Tudo pode ser muito simples, mas carregado de simbologia, instigando a curiosidade e suscitando o desejo de participar. Com a tecnologia entrando nos encontros (Bíblia online, etc.) há algum tempo pensamos em deixar os encontros mais celebrativos por meio da modificação do espaço. Pe. Luiz Baronto nos apresentou essa proposta no X Seminário Arquidiocesano de Catequese, quando nos inspiramos para colocar o ambão nas salas de catequese. Um paroquiano concretizou o nosso projeto, voluntariando-se para a construção de um para cada sala. Tivemos o primeiro encontro e a curiosidade dos catequizandos despertou o interesse por ler a Palavra. É um processo, uma caminhada, primeira experiência de muitas... Estamos na iniciação à vida cristã, felizes pela missão confiada a nós catequistas. Daqui a alguns encontros os olhares e a postura serão diferentes. “Fizeste-me conhecer os caminhos da vida, e me encherás de alegria com a visão de tua face”.

Coordenação Catequese Paróquia São Jorge

(At 2,28)

INSCRIÇÕES PARA AS ESCOLAS ESPECÍFICAS Escola de Coordenadores de Catequese Formação específica para o exercício do ministério da coordenação de catequese. Fundamental para coordenações atuais ou catequistas que se preparam para coordenar a Pastoral Catequética em sua paróquia. Datas: 1ª etapa: 5 a 7 de abril 2ª etapa: 28 a 30 de junho Local: Casa de Retiros Nossa Senhora do Mossunguê. Rua Francisco Juglair, 171 - Mossunguê

Escola de Agentes da Pastoral do Batismo

Escola do Catecumenato de Adultos

A preparação de pais e padrinhos com inspiração catecumenal exige conhecimento do processo, mística, vivência e oração. É o que a Escola de Agentes da Pastoral do Batismo oferece!

Diante da importância do Catecumenato na Iniciação à Vida Cristã de Adultos, se faz necessário conhecer, estudar e se aprofundar no itinerário catecumenal.

Datas: 1ª etapa: 4 de maio 2ª etapa: 3 de agosto Local: Casa de Retiros Divina Providência. Rua Brasilino Moura, 474 - Ahú Horário: 8h às 17h

Datas: 1ª etapa: 25 de maio 2ª etapa: 25 de agosto Local: Casa de Retiros Divina Providência. Rua Brasilino Moura, 474 - Ahú Horário: 8h às 17h

Inscrições: www.arquidiocesedecuritba.org.br Na Cúria Metropolitana: AV. Jaime Reis, 369 - Alto São Francisco - Fone: 2105-6318

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DOM AMILTON MANOEL DA SILVA, CP Bispo Auxiliar de Curitiba

Especial

Ressurreição: OLHAR PARA O OUTRO LADO

Dizem os poetas que os olhos são o espelho da

daquele domingo, buscava o corpo do seu Senhor e

alma. Os filósofos afirmam que é pelo olhar que

encontrou o túmulo desabitado; parada, olhando

expressamos nosso interior e nossas verdadeiras

para dentro do sepulcro, seu olhar penetrou o

intenções. E um dito popular informa: "o olhar diz

abismo da morte e ela se viu refletida no espelho do

tudo".

nada. Mesmo desviando o olhar, por um momento, ao avistar um jardineiro, Maria não se permitiu

Nada no ser humano é mais expressivo que o olhar.

encontrar, senão naquele túmulo, que já não era do

O olhar "fala" com a intensidade de seu brilho, seja

seu Mestre, mas o seu próprio.

no pestanejar repetido do nervosismo, na lágrima da dor sentida ou no fulgor contagiante da alegria. Um

O olhar fixo de Maria Madalena para a morte

olhar pode seduzir, aproximar ou afastar. Um olhar

denuncia o nosso olhar demasiado voltado para os

pode ser meigo, terno, como pode ser tenso e pleno

erros, as culpas, os sofrimentos e os medos; para um

de ódio. O olhar humano, sem dúvida, é o que melhor

passado amargo cujas feridas sangram frustrações e

reflete a síntese da alma humana.

desamor. Parece que nos acostumamos a contemplar a esterilidade do túmulo vazio e a encontrar prazer

Os evangelhos falam muitas vezes do olhar de Jesus:

na tristeza e no pessimismo. Por que teimamos em

acolhedor, inclusivo, empático, misericordioso...

permanecer numa eterna quaresma?

Momentos em que esse olhar levou pessoas a decidir a sua fé, como o jovem rico; ao arrependimento da

Naquele domingo, de repente, Jesus a chamou:

traição, como Pedro; a uma mudança existencial,

“Maria”. Ela voltou-se para o outro lado, o lado da vida,

como a adúltera. O olhar de Jesus perpassava a alma

e o reconheceu: “Rabuni”, que quer dizer “Mestre” (Jo

e tocava a eternidade.

20, 16), e a ressurreição, depois de Jesus, aconteceu para Maria Madalena. A mudança de foco traçou,

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Mas há um olhar que se autodestrói, aquele que se

para aquela mulher, um novo horizonte. O que era

prende à morte e fica esperando num vazio. Esse foi

uma fatalidade absurda se tornou uma esplêndida

o olhar de Maria Madalena, quando, na madrugada

possibilidade. Maria, agora ressuscitada, articulou as

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energias, responsabilizou-se e agiu. Ela foi depressa e anunciou aos discípulos a boa notícia: “Eu vi o Senhor” (Jo 20,18); SUA VIDA SE TORNOU MISSÃO. O olhar para o outro lado é um mergulho no sentido mais profundo da cruz e do Crucificado: o AMOR, razão pela qual o Filho de Deus se entregou por nós. Essa novidade faz com que busquemos constantemente as verdadeiras motivações da nossa alegria e nos leva a agir em favor do irmão, estendendolhe a mão, curando suas feridas e recolocando-o na posição de ressuscitado! Precisamos urgentemente resgatar o Batismo, no qual já nos tornamos homens e mulheres pascais, fortalecidos para vencer a tentação de permanecer na morte e capacitados para este novo jeito de viver. No Batismo, já morremos para o que não é vida e ressuscitamos completamente (Rm 6,4). Despertemos! A existência em Cristo ressuscitado exige um testemunho radical, pois do contrário “viveremos sem entusiasmo e estaremos inseguros na transmissão da fé, faltará força e paixão. E uma pessoa que não está convencida, entusiasmada, segura, enamorada, não convencerá ninguém" (Papa Francisco). Neste tempo pascal há um caminho a ser feito... Para quem se dispõe a caminhar, a esperança é a força motora que alimentará os passos. Prossigamos para a meta, sem medo, esquecendo-nos das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante (Fl 3,13). O Mestre está na frente a nos chamar (Jo 10,4) e ao nosso lado para nos fortalecer e nos encorajar (Lc 24,15). Não o confundamos com o jardineiro ou com um fantasma (Lc 24,39). E poderemos vê-lo e testemunhá-lo: na comunidade reunida em seu nome, na comunhão fraterna, na palavra, nos sacramentos (liturgia), na oração, na partilha, nos gestos de solidariedade, na luta pela justiça e pela paz, na natureza, nos acontecimentos, nos homens e mulheres de boa vontade. Vivendo como ressuscitados descobriremos no dia a dia tantos outros sinais da sua presença e do seu amor. FELIZ TEMPO PASCAL!

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Especial

PE. MARIO RENATO BARÃO FILHO Assessor da Comissão Litúrgica

A importância da celebração do Tríduo Pascal Reflexão para contribuir com boas experiências litúrgicas no Tríduo em nossas comunidades A Instrução Geral do Missal Romano (n.18) resume bem a importância desta celebração para o cristão: “Como o Cristo realizou a obra da redenção humana e da perfeita glorificação de Deus principalmente pelo seu mistério pascal, quando morrendo destruiu a nossa morte e ressuscitando renovou a vida, o sagrado Tríduo Pascal da Paixão e Ressurreição do Senhor resplandece como ápice de todo o ano litúrgico. Portanto, a solenidade da Páscoa goza no ano litúrgico a mesma culminância do domingo em relação à semana”. Quinta-feira Santa: missa vespertina da Ceia do Senhor A Páscoa é o centro da vida e da fé dos cristãos. Todos somos chamados a participar da vida nova do Cristo ressuscitado, morrendo para o pecado e todas as suas manifestações e consequências, e vivendo desde já como comunidade de ressuscitados. Os momentos celebrativos devem ser bem preparados, e tanto seu conteúdo quanto sua forma merecem todo o zelo. Não podem ser meros espetáculos litúrgicos destinados a nos comover, tampouco caracterizam-se como celebrações nostálgicas de acontecimentos de vinte séculos atrás. Dá-se início ao Tríduo com a missa vespertina da Ceia do Senhor e encerra-se com as vésperas do domingo da Ressurreição. Já o tempo Pascal é o período compreendido entre o domingo da Ressurreição e o domingo de Pentecostes.

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Celebramos aqui antecipadamente e em resumo o mistério pascal, cuja celebração se desdobrará no Tríduo Pascal. Ganha sentido especial o louvor ao Senhor que passa em nossa vida nos libertando. Por isso, entoamos o Glória com espírito exultante. Nas leituras recordamos a Páscoa do Hebreus (Ex 12), passamos pela mais antiga narrativa da Ceia do Senhor (1Cor 11), até chegar na narrativa do lava-pés (Jo 13). A mística do Pão que alimenta, do mandamento da caridade e da interiorização a que somos conduzidos acompanhando o gesto do lava-pés e depois, mais tarde, o translado do Santíssimo dá o tom para uma profunda reflexão e é um chamado de atenção ao nosso compromisso com o Cristo Salvador.


Vigília Pascal A mãe de todas as vigílias, preparada em seus diversos elementos e celebrada com grande alegria, mas devemos estar atentos para que não se transforme em uma celebração repleta de particularidades e curiosidades que acabam sendo esvaziadas se não contemplarmos o mistério ali presente.

Sexta-feira Santa da Paixão do Senhor Dia de penitência, jejum e oração. É a lamentação daquele que “veio para o que era seu, mas os seus não o receberam”. Assumimos, neste dia, a identificação do povo sofrido com o Cristo Sofredor e conduzimos por este caminho a devoção à Paixão do Senhor. Contudo, enfrentamos a situação na mesma confiança do Servo Sofredor, que se entregou sem reservas nas mãos daquele que o podia livrar “do poder dos inimigos e perseguidores” e pôde então rezar o salmo: “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito”. Nesta confiança cantamos a Páscoa da Cruz, a vitória do amor e a glória daquele que se fez por nós obediente até a morte de cruz. Passamos pelo texto do Profeta Isaías, na profecia do Servo Sofredor, capítulo 52. “A verdade é que ele tomava sobre si nossas enfermidades e sofria, ele mesmo, nossas dores; e nós pensávamos fosse um chagado, golpeado por Deus e humilhado” (Is 52,4); o Salmo 30, com seu refrão bem conhecido e que conduz os menos preparados para celebrar a profundidade do Tríduo Pascal a uma vazia emotividade, que logo passa e não frutifica. Essencial é contemplar o mistério presente na cena retratada no texto do Salmo! Culmina este momento no relato da Paixão (Jo 18 – 19). Toda a comunidade acompanha atenta, ajoelha-se ao inclinar da cabeça de Cristo em profundo silêncio orante, e vislumbra aqui a fé na vitória do Cristo pela verdade que Ele testemunhou até as últimas consequências. Na sequência temos a Oração Universal, a Adoração da Cruz e a Comunhão. O silêncio deve ser vivido em sua intensidade. À despedida, o sacerdote reza estendendo as mãos sobre o povo e o despede ainda em silêncio.

EXPEDIENTE COMISSÃO LITÚRGICA: Bispo Referencial: Dom Amilton Manuel da Silva, cp Coordenador: Pe. Mário Renato Barão Filho. Secretária: Vanessa Langner Contato: (41) 2105-6309 - liturgia@mitradecuritiba.org.br

Na Palavra, acompanhamos a proclamação das maravilhas que fez o Senhor, desde a criação do mundo, passando pela libertação dos hebreus até a Páscoa de Nosso Senhor. Assim, retomamos o canto novo dos eleitos de Deus, o alegre Aleluia da vitória do Cristo sobre o mundo e sua morte e opressão. Desta vitória pascal do Cristo todos nós participamos, nós que fomos batizados e renovamos hoje nossos compromissos batismais. Aos catecúmenos a alegria de recebê-los na comunidade cristã e acompanhar sua vida nova no mesmo Cristo. A bênção do fogo e a preparação do Círio traz em nós o desejo do céu por meio da festa da Páscoa que acende em nós tal vislumbre. O Círio traz a recordação do Cristo Ressuscitado que ilumina o mundo: “A luz do Cristo que ressuscita resplandecente dissipe as trevas de nosso coração e nossa mente”. A Proclamação da Páscoa traz o anúncio da vitória do Cristo, rompendo o inferno, ressurgindo da morte vencedor e trazendo verdadeiro valor ao nosso nascimento por meio de Seu amor que resgata. Na Palavra, como dito brevemente acima, muitos elementos da história da salvação, desde a criação (Gn 1), passando à promessa feita a Abraão (Gn 22), a Páscoa do povo hebreu (Ex14) e culminando na Páscoa definitiva, o túmulo vazio e a afirmação: Ele não está aqui, Ressuscitou! (Lc 24). Por isso entoar o Glória e o Aleluia pascal com grande alegria. Na Liturgia Batismal estão presentes os elementos do ingresso à vida cristã, o compromisso assumido e a renovação deste compromisso diante da vitória de Cristo sobre a morte. Na antífona que acompanha a aspersão do povo com a água batismal nos é dito: “Vi a água saindo do lado direito do templo, aleluia! E todos a quem chega esta água recebem a salvação e proclamam: aleluia, aleluia!”. Que na proposição de boas experiências litúrgicas em nossas comunidades esteja presente também o propósito de viver à luz deste Cristo que tanto fez por nós. Uma Santa Páscoa!

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Especial

Encenação da Paixão de Cristo nas paróquias da Arquidiocese de Curitiba

A Sexta-Feira da Paixão, neste ano em 19 de abril, conta anualmente com encenações teatrais da Paixão de Cristo. Em nossa Arquidiocese existem vários grupos que convidam o público para apresentações. Separamos a seguir três convites:

Grupo de jovens encenará a Paixão de Cristo no Santa Quitéria Esta é 26ª vez que o JUC - Jovens Unidos à Cristo encenará a vida, paixão e morte de Jesus Cristo. O evento é bastante aguardado pela comunidade. Dia: 19 de abril (sexta-feira) Horário: 19 horas Local: Quadra do Colégio Dom Orione Rua Dom Orione, 1030 - Santa Quitéria Entrada franca. O Grupo pede à comunidade que doe alimentos não perecíveis.

Via Crucis percorrerá as ruas do São Braz O Ministério de Teatro da Paróquia São Braz levará para a comunidade a encenação da Via Crucis. A encenação irá percorrer as ruas do bairro e retornar para a paróquia.

Fotos: Pascom São Braz

Dia: 19 de abril (sexta-feira) Horário: 19 horas Local: Centro de Evangelização da Paróquia São Braz Rua Antonio Escorsin, 1840 Entrada franca. Leve sua vela e procure deixar seu veículo em casa, já que o estacionamento da igreja será palco de parte da encenação.

Paixão de Cristo na Festa Nacional da Divina Misericórdia

Dia: 19 de abril (sexta-feira) Horário: 20 horas Local: Santuário da Divina Misericórdia Estrada do Ganchinho, 570, Umbará Entrada: 1 kg de alimento não perecível.

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Fotos: Patryck Madeira

A encenação narra os últimos momentos de Jesus, até a sua morte. O espetáculo acontece no palco principal da Festa Nacional da Divina Misericórdia e promete emocionar a todos.


ANA MARIA OLENIKI Equipe Arquidiocesana do Dízimo

Dízimo

Escola Itinerante do

Dízimo

A Igreja é comunidade missionária, comunhão do amor. É preciso que a missão seja colocada em prática, concretizando, assim, a exortação do Papa Francisco que convoca e insiste numa permanente “Igreja em saída” (cf. Evangelii Gaudium, apud Doc. 105, CNBB).

Escola Itinerante do Dízimo - Setor Rebouças

Escola Itinerante do Dízimo - Setor Campo largo

Fortalecidos pelas palavras do Papa Francisco e atentos ao que orienta o Catecismo da Igreja Católica, a equipe Arquidiocesana da Pastoral do Dízimo desenvolveu o projeto Escola Itinerante do Dízimo. Esta ação missionária tem como objetivo a evangelização, levando até as paróquias e comunidades a oportunidade de aprofundamento da fé por meio de estudo e reflexão da Palavra de Deus. A Escola está organizada em três encontros, cada um com duas horas de duração. O primeiro é marcado pelo anúncio querigmático e tem como finalidade levar os participantes a uma experiência do amor de Deus, aceitando Jesus Cristo e tomando a decisão de viver os Seus ensinamentos. A natureza íntima da Igreja exprime-se num tríplice dever: anúncio da Palavra de Deus (kerygma-martyria), celebração dos Sacramentos (leiturgia) e serviço da caridade (diakonia) (Papa Bento XVI, Encíclica Deus Caritas Est). No segundo encontro apresenta-se o tema Dízimo no contexto bíblico do Antigo e do Novo Testamento. É oportunizado o esclarecimento de questões importantes, com fundamentação na Sagrada Escritura e nos Documentos da Igreja, contextualizados na realidade de cada fiel e na Igreja como comunidade de fé. No terceiro encontro são abordados aspectos fundamentais para a compreensão do significado da “Pastoral de Conjunto” como a ação pastoral, que se dá de forma global, orgânica e articulada (cf. Puebla, 1979). São apresentados subsídios, técnicas, práticas e sugestões para a Pastoral do Dízimo, com o objetivo de capacitar e motivar as equipes e aprimorar o relacionamento interpessoal e pastoral com os dizimistas e demais membros da comunidade.

Diácono Bento Scandian – Escola Itinerante do Dízimo - Setor Campo Largo

A Escola Itinerante do Dízimo foi inicialmente concebida para atender setores paroquiais, quando as paróquias e comunidades específicas do setor reuniam-se para a formação. Atualmente, no entanto, as paróquias e comunidades, independentemente de setor, podem solicitar a Escola, promovendo uma oportunidade de formação para lideranças, membros da Pastoral do Dízimo, pastorais e movimentos, catequistas e comunidade em geral. A Escola está consolidada nas Diretrizes Para a Pastoral do Dízimo como itinerante e dinâmica para o atendimento a toda a Arquidiocese, inclusive aos seminaristas, para que os futuros religiosos, diáconos e padres sejam profundos conhecedores deste preceito bíblico. Para informações e/ou solicitar agendamento da Escola Itinerante do Dízimo entre em contato com o Centro Pastoral: Fone: (41) 2105-6309 | 99109-2693 (Falar com Vanessa - Agente de Pastoral) E-mail: dizimo@mitradecuritiba.org.br

EXPEDIENTE COMISSÃO DA DIMENSÃO ECONÔMICA E DÍZIMO: Coordenador da Comissão: João Coraiola Filho. Padre Referencial da Pastoral do Dízimo: Pe. Anderson Bonin. Coordenador da Pastoral do Dízimo: Wanderley Zocolotti. Secretária: Vanessa Langner. Pastoral do Dízimo: (41) 2105 6309

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JARDEL NEVES LOPES Coordenação Nacional Pastoral Operária

COMIDI

Amazônia: novos caminhos para a igreja e para uma ecologia integral No mês de abril, no dia 19, celebra-se o Dia do Índio. Povos originários dessa terra, pátria grande chamada Brasil. Povos historicamente ameaçados pelo “homem branco” para tomar suas terras, explorar madeiras, animais e minerais. Hoje, a grande ameaça aos territórios dos povos indígenas é para o cultivo do agro e hidronegócio, hidrelétricas e a mineração, e com isso o desmatamento e tráfico de animais e vegetais. Grande parte dessas terras estão no território da Amazônia, onde não tem apenas indígenas, mas também outros povos originários, como ribeirinhos, seringueiros, quilombolas, quebradeiras de coco, camponeses/agricultores. E as notícias e estudos recentes mostram o quanto esse território e os povos que ali vivem estão ameaçados pelo sistema que deseja explorar as riquezas naturais. Para além disso, Amazônia não é um País, é um bioma que corresponde a 9 países, porém mais de 60% desse território está no Brasil. Ali está presente nada menos que 20% da água doce não congelada do nosso planeta, além da fauna e flora – uma das maiores reservas de biodiversidade do mundo. Tudo isso se encontra sob ameaça do capital neoliberal, que envolve governos e indústrias exploradoras e mineração. “Provavelmente, nunca os povos originários amazônicos estiveram tão ameaçados nos seus territórios com o estão agora”, afirma o Papa Francisco. [Fr. PM1]. “Identificar novos caminhos para a evangelização daquela Porção do Povo de Deus”, é o que disse Papa Francisco ao convocar o Sínodo para a Amazônia. Sabem-se dos desafios da igreja na Amazônia, bem como os povos nativos e comunidades ribeirinhas em vivenciar, celebrar e testemunhar a fé. Para alem da fé, a sobre-

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vivência de muitos povos e comunidades em meio às ameaças e restrições de acesso aos direitos. Quais os clamores da Amazônia chegam até nós? Em outubro de 2017, o Papa Francisco convocou um Sínodo para a Amazônia, que deve acontecer em outubro de 2019. No entanto, o Sínodo já acontece com o processo de escuta dos povos da Amazônia durante 2018. Um questionário de 35 perguntas, com reflexões sobre as diversas realidades é feito com indígenas, ribeirinhos, comunidades, quebradeiras de coco, bispos, padres, religiosas/os, leigas/os, que a partir da metodologia Ver, Julgar (discernir) e Agir propõe “novos caminhos para a igreja”. O Sínodo quer CONHECER a realidade da Amazônia, RECONHECER as lutas e resistências dos seus povos diante da destruição da floresta e recursos naturais, CONVIVER com seu modo de ser e cuidar da Casa Comum para DEFENDER a Amazônia, seus povos ameaçados, injustiçados e humilhados pelos poderes econômicos. Como acontece esse processo? (i) o Papa faz a Convocação do Sínodo; (ii) constitui-se um Conselho Sinodal; (iii) em seguida uma equipe de assessores; (iv) cria-se um documento preparatório; (v) realizam-se Assembleias Territoriais e escutas nas bases; (vi) com essas escutas constitui-se um documento de trabalho que vai para os bispos estudarem para a (vii) Assembleia Sinodal e a (viii) constituição da Exortação Apostólica. Por isso, as escutas nas bases são fundamentais para ajudar a embasar a Exortação Apostólica que transformará [esperamos nós] em plano pastoral para a igreja, não somente na Amazônia.

Discurso do Papa Francisco em Puerto Maldonado, no Perú, em 19 de janeiro de 2018, no Encontro com Povos da Amazônia.

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A REPAM – Rede Eclesial Panamazônica - tem sido uma das equipes dinamizadoras no território da Amazônia e outras partes do País, em comunhão com os demais países que compõem a Amazônia. Após as escutas realizadas é compilado um Documento de Trabalho, o qual os bispos utilizarão como auxílio durante a assembleia sinodal. Esse Sínodo convida-nos a discernir um processo de conversão pastoral e ecológica nas seguintes dimensões: bíblico-teológico, social, ecológica, sacramental e eclesial-missionária. Propõe ministérios com rostos amazônico, conforme a Conferência de Aparecida já refletia [DAp 474c]. “Como Igreja, somos chamados a fortalecer o protagonismo dos próprios povos”, é o que destaca o documento preparatório [nº 86]. Certamente, o Sínodo para a Amazônia é mais uma das formas de implementar a Encíclica Laudato Si, destacando experiências dos povos e apontando caminhos como um estilo de vida simples, uma espiritualidade de comunhão

integral, uma liturgia inculturada e o cuidado da Casa Comum – ecologia integral. Disse Francisco ao convocar o Sínodo: “Ajudai os vossos bispos, ajudai os vossos missionários e as vossas missionárias a fazerem-se um só convosco e assim, dialogando com todos, podeis plasmar uma igreja com rosto amazônico e uma igreja com rosto indígena. Com esse espírito, convoquei um Sínodo para a Amazônia no ano de 2019” [Fr. PM]. Não se trata, portanto, de Sínodo voltado apenas para a Amazônia, mas para toda a igreja, que espelhando na Amazônia também busca viver “novos caminhos”. Para além disso, a Amazônia não é uma parte do todo, mas o todo em uma parte, uma vez que o que se vive e produz de ecológico e humano nesse território é benefício para o mundo todo. É a oportunidade de ajudarmos a traçar novos caminhos para a igreja, bem como dar visibilidade aos problemas da Amazônia, que por sua vez sofre ameaças do governo brasileiro, que já tornou público o interesse em “neutralizar” os impactos do Sínodo.

Vem aí EFAIAM I Formação para assessores iniciantes da IAM A Arquidiocese de Curitiba, por meio da Dimensão Missionária, convida a todos os interessados em conhecer mais e colaborar na formação de grupos de Infância e Adolescência Missionária para o “Encontro de Formação para Assessores da IAM”. A formação é destinada a pessoas acima de 16 anos que se interessem em ser assessores desta linda obra missionária para as crianças e adolescentes. Será nos dias 26, 27 e 28 de abril, na Casa de Retiros Mãe do Bom Conselho Irmãs Missionárias de São Pedro Claver, no bairro Boa Vista, em Curitiba.

Inscrições em www.arquidiocesedecuritiba.org.br

EXPEDIENTE COMISSÃO DA DIMENSÃO MISSIONÁRIA: Coordenador: Padre Marcondes. Secretária: Elania Bueno - 2105-6376. E-mail: elaniacmb@mitradecuritiba.org.br

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Família e Vida

MARA E MARCELO AVELINO Coordenação do SOS Família

Páscoa:

Festa do amor, festa da família! A semana da Páscoa se aproxima. Deus vem ao nosso encontro por meio de seu filho para nos revelar a realidade mais profunda que existe em nossa fé cristã: a Ressureição. Ele vive e está entre nós. Como “igreja doméstica” centrada na espiritualidade do amor e da comunhão a família, neste tempo litúrgico, encontra-se dentro do mistério precioso da cruz e contempla neste gesto grandioso de Jesus o verdadeiro sentido do amor. Bento XVI (1), ao falar deste amor conjugal, ressalta que tal amor só pode ser iluminado plenamente à luz de Cristo crucificado.

Jesus em sua catequese Pascal ensina-nos a passar das trevas à luz, esta é a base que prepara as famílias para enfrentar os momentos de dificuldades. Quando reconhecemos o vulto de Jesus Abandonado na cruz diante dos sofrimentos, o seu amor nos leva a confiar. Assim, a luz do Ressuscitado resplandecerá apesar de toda dor. Deste modo, a lição que a cruz nos apresenta dará testemunho de que Jesus vive e está em nosso meio. Feliz Páscoa!

Aos pés da cruz, juntamente com Maria, fazendo memória ao sacrifício de seu filho, compreende-se a dimensão do amor divino. Mãe desolada que unida ao seu filho suporta tudo por amor, confiante à vontade de Deus. Jesus nada pede e nada espera, apenas se doa. Neste radicalismo do amor encontramos o sentido da promessa de amor eterno, assumida no altar pelos noivos. Compromisso de ser, um para o outro, dom do amor de Deus. Vivendo o Tríduo Pascal que se encontra no amor de Deus, na entrega de Jesus e na luz do Ressuscitado, renova-se no coração o desejo de provar as graças derramadas quando nos entregamos a Cristo a ponto de darmos a vida pelo irmão, assim como Ele na cruz. Dar a vida não significa morrer literalmente. Quando por amor fazemos morrer dentro de nós uma mania, um vício ou um modo de falar que magoa o outro, ou todas as vezes que saímos do nosso comodismo para servir aquele que está ao nosso lado, de alguma forma estamos sacrificando algo dentro de nós.

EXPEDIENTE COMISSÃO FAMÍLIA E VIDA: Coordenadores: Roberto Machado e Márcia Regina S. Machado. Secretária: Vanessa Langner. Contato: (41) 2105-6309 -vanessads@mitradecuritiba.org.br

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JOÃO SANTIAGO Coordenador da Campanha da Fraternidade na Arquidiocese de Curitiba

CF 2019

A Igreja Povo de Deus vive sobretudo do primado da Palavra. E da Palavra brota a Campanha da Fraternidade Assessores da Campanha da Fraternidade levam a temática às periferias, ao encontro de excluídos A Igreja serve à Palavra de Deus e a Palavra de Deus é uma Pessoa (Ap 19,13; Jo 1,14), que habita em nosso meio e veste roupas encharcadas de sangue. A plataforma política apresentada por Jesus de Nazaré, naquele que foi o seu primeiro pronunciamento público registrado pelas Escrituras (Lc 4,18-21), não nos permite dúvidas com relação à sua missão e, por consequência, a nossa. A relação é de presença e de proximidade. Assim são os assessores da Campanha da Fraternidade que, levados pela Palavra, buscam a libertação dos cativos, através do direito e da justiça. “A Igreja Povo de Deus é uma Igreja em saída, que não tem medo de ir às periferias” (GE nº 135), encontrar-se com os pobres e aprender com eles sobre Deus. Com a Campanha da Fraternidade a Dimensão Social da Arquidiocese de Curitiba, através das Pastorais Sociais, sai ao encontro de novas linguagens, que expressam as dores da imensa multidão deixada à margem da dignidade humana. As experiências que vêm dos testemunhos da equipe da CF2019 expressam muito desta realidade. Como diz Sílvia Mara Camargo Kreus, coordenadora do grupo MAMI (Mães de Amor Incondicional) e assessora da CF-2019, “o contato com as pessoas nas diversas comunidades que tornam nossa Igreja mais forte e mais Santa me traz uma renovação na fé. São pessoas boas e comprometidas com o irmão que sofre, envolvidas com o Evangelho e os direitos da população brasileira”. A Arquidiocese de Curitiba com a dedicação de Dom Francisco Cota, bispo referencial para a Dimensão Social, e de uma equipe de assessores que com forte empenho missionário peregrina por diversos segmentos da sociedade; tornam a Campanha da Fraternidade presença viva, testemunhando, anunciando, dialogando e servindo. Fazem isto por meio: dos veículos de comunicação; de audiências públicas no Poder Legislativo; de seminários de formação e de estudos;

Audiência Pública na ALEP

da participação direta nos diversos movimentos e pastorais sociais; e do diálogo com agentes políticos e públicos. O professor da Rede Estadual, Valdir Nunes, que assumiu a formação da CF-2019 nas comunidades da Paróquia Sagrada Família em Colombo, diz emocionado: “Fiquei encantado, cheio de alegria e entusiasmo com a escolha do tema de 2019, que poderá desencadear nas nossas comunidades compromissos com a vida e a dignidade das pessoas”. É assim que nos tornamos, pouco a pouco, janelas abertas por onde a Igreja dialoga com a sociedade. A Campanha da Fraternidade cria possibilidades para um diálogo frutuoso na Igreja. O professor universitário Arthur Assunção descobriu a Doutrina Social da Igreja, apaixonou-se e abraçou a Campanha dizendo com entusiasmo: “Vai além de ser um espaço de diálogo, passa a ser um período de construção dos saberes sociais que fortalece o catolicismo”. Os testemunhos que temos recebido dos assessores fortalecem a ação profética da Igreja no mundo. Ao seu modo, a Campanha da Fraternidade vem se constituindo num jeito de ser Igreja em saída, neste pouco mais de meio século de sua existência, desde 1964. Nossa gratidão a toda equipe de assessores que doa seus talentos, seus carismas e, sobretudo, seu tempo para a construção do Reino de Paz de Justiça e de Liberdade. Participe: Reiteramos o convite para o engajamento de todas as pessoas de boa vontade na Campanha da Fraternidade. Todos são chamados e cada um/a com o seu carisma, porém, unidos pela Palavra que nos faz irmãos e herdeiros das mesmas promessas e do mesmo Reino. Conhecer a Palavra de Deus e o Compendio da Doutrina Social da Igreja, como as duas fontes da Campanha da Fraternidade é fundamental para esse engajamento. A todos, uma Quaresma que seja caminho de conversão, rumo à Páscoa do Senhor.

Audiência Pública na Câmara Municipal

Formação da CF2019 na Paróquia Santíssima Trindade na Vila Oficinas

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PE. DANILO VITOR PENA

CF 2019

A Campanha da Fraternidade e sua missão na sociedade:

solidários “pelo direito e pela justiça” Para compreender a Campanha da Fraternidade é necessário antes exercitar o olhar. Vale entender as suas origens, levando em conta o ontem da Igreja e o hoje da sociedade. Isso evita interpretações apressadas sobre a sua importância na vida da comunidade de fé e seu vínculo cada vez mais estreito com toda a realidade social. O “ontem” da CF tem a ver com a própria fundação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB. Por intuição e iniciativa de Dom Helder Câmara, então bispo auxiliar do Rio de Janeiro, a conferência surgiu em 1952, originada a partir da experiência de organização oriunda da Ação Católica, apresentando inicialmente uma preocupação com a realidade brasileira. Surgiu vocacionada a dar respostas concretas aos desafios sociais, utilizando-se para isso das estruturas da Igreja, criando organismos quando necessário, fomentando o diálogo e a cooperação mútua dos fiéis com a sociedade e os poderes instituídos. Quando o papa João XXIII anunciou o Concílio Vaticano II, a Igreja do Brasil já vivia experiências e reflexões que os documentos conciliares evidenciariam mais tarde. O Brasil levou para o Concílio, na década de 60, a experiência de ser uma Igreja já comprometida com as populações mais pobres. Este compromisso era manifesto na luta contra o subdesenvolvimento e nos programas de educação de base e sindicalização. É amparado pela já consolidada CNBB e pelo impulso renovador do Concílio Vaticano II (que naquele momento acontecia), que vemos o surgimento da Campanha da Fraternidade. Sua caminhada iniciou-se na cidade de Natal, Rio Grande do Norte, em 1961, com a Cáritas Brasileira

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realizando uma campanha para arrecadar fundos para as atividades assistenciais, por ocasião da quaresma de 1962, a pedido de Dom Eugênio de Araújo Sales. A iniciativa contou com adesão de outras três dioceses. No ano seguinte, dezesseis dioceses do Nordeste realizaram a Campanha. Em outubro de 1963, foi aprovada a realização da Campanha da Fraternidade em âmbito nacional, seguindo o modelo do Rio Grande do Norte. A primeira Campanha Nacional aconteceu na quaresma de 1964 e procurou unir a coleta com a conversão quaresmal e a implantação das decisões do Concílio. A campanha tem sua abertura junto com o início litúrgico do tempo santo da quaresma. Para os cristãos, este é um tempo de conversão profunda, revisão de vida, renovação dos gestos da caridade, do jejum e da oração. A quaresma é, ainda, profunda interpelação de nossa postura no mundo. No elenco dessas percepções, a Campanha da Fraternidade é uma grande colaboradora ao refletir, identificar e denunciar uma categoria teológica iminente à mística quaresmal, e que deve por ela ser convertida: o pecado social. O pecado social em sua originalidade própria é uma situação determinada por um radical espírito de mentira, individualismo e injustiça. Entra na história pela liberdade humana e se instala, cresce e prolifera nos relacionamentos objetivos das pessoas, em seus projetos de vida e de comunhão. Cria ídolos, alimenta sistemas, reverencia burocracias e engana os incautos. O pecado social mata as pessoas e o bem comum. É um instrumento que determina a vida social, não para a vida, mas para a morte do Povo inteiro. Pode-se dizer que o pecado social é um egoísmo que se enraíza na cultura e nas estruturas de cada pessoa e instituição.


2019: “Fraternidade e Políticas Públicas” A campanha da fraternidade neste ano faz um apelo de comunhão a todos para que o pecado social da omissão esteja fora do horizonte de todos os cidadãos. Há esperança para que estejamos todos, Igreja, governo, instituições civis e demais organismos, atentos para o passo que antecede a efetivação dos direitos humanos a tantos vulnerabilizados em nossa sociedade: a escuta qualificada daqueles que devem ser os protagonistas do processo de efetivação de justiça de direitos, por meio de políticas públicas de Estado. O cabedal de instrumentos ligados à prática dessas ações, quando exercido de fato, é propositivo para dar voz e vez a quem deve emanar o poder que conceitua a origem epistemológica da tão conhecida palavra grega DEMOCRACIA. A campanha atua fortemente nesse desenvolvimento, disponibilizando a cada ano, como gesto concreto, a partilha da “Coleta Nacional da Solidariedade”, realizada nas missas do Domingo de Ramos (em 2019, no dia 14 de abril). Parte desse recurso convertese no “Fundo Diocesano de Solidariedade”, cujo objetivo é apoiar projetos que combatam a exclusão social, em diálogo com a temática da campanha em vigor. Ao envolver a comunidade organizada na reflexão, elaboração e execução de tais medidas, a Campanha da Fraternidade demonstra o seu caráter pedagógico não assistencialista, agregando processos de formação cidadã para ampliação e conquista de direitos, e também tece laços de comunhão e fraternidade no que diz respeito aos

grupos necessitados e aos clamores mais urgentes. Importante lembrar que podem enviar projeto para o Fundo Diocesano as pastorais sociais, grupos eclesiais, paróquias, comunidades de vida e aliança e organizações não governamentais sem fins lucrativos, atuantes em algum dos municípios pertencentes à Igreja de Curitiba. Na Arquidiocese são diversas as expressões de fé daqueles e daquelas que, por fidelidade ao evangelho, buscam construir no seu cotidiano “o direito e a justiça”. Queremos, com a Campanha da Fraternidade, despertar ações concretas, em que Igreja e os poderes públicos, olhando para o mesmo horizonte da efetivação das políticas públicas, fortaleçam os laços, em espírito de independência, profetismo, liberdade e amor aos pobres.

No Domingo de Ramos, 14 de abril, será realizada a Coleta da Solidariedade Com esse gesto concreto, os fiéis contribuem para apoiar obras sociais que combatem a exclusão social em diálogo com a temática da campanha. Contribua em sua paróquia.

Inscrições de projetos sociais no edital do FDS seguem até 3 de maio. Acesso o edital em www.arquidiocesedecuritiba.org.br

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KARLA CARNEIRO

Comunidades

Comunidade Shalom tem a Ressurreição de Cristo como espiritualidade central Após um longo caminho de deserto neste tempo de quaresma, tempo este que nos convida à conversão, chegamos ao tempo pascal. A Páscoa do Senhor, festa maior da Igreja Católica, é o fundamento do Carisma da Comunidade Católica Shalom.

to Ressuscitado, o próprio Deus convida cada um a ser discípulo e ministro dessa paz, evangelizando com “criatividade e parresia, aos batizados e aos não batizados” (ECCSh 6), utilizando os meios de comunicação e o mundo das artes de forma especial.

Fundada em 9 de julho de 1982, em Fortaleza (CE), por meio do sim de um jovem chamado Moysés Louro de Azevedo Filho, a Comunidade Shalom é fundamentada na experiência do Ressuscitado que passou pela cruz. Jesus Cristo que se fez homem, livremente deu sua vida em favor da humanidade, passando pela morte de cruz, (cf. Filipenses 2, 8) para manifestar o seu poder e a sua paz.

Esta espiritualidade pascal tem como base o tripé da vocação, que é composto por: contemplação, unidade e evangelização. Na contemplação, conta-se com a intercessão de São Francisco de Assis e Santa Teresa D’Ávila, os baluartes da Comunidade. São Francisco de Assis é exemplo de pobreza e abandono nas mãos de Deus, enquanto de Santa Teresa é herdado o caminho oracional carmelita: pessoal, diário, contemplativo e parado com Deus.

O fundador Moysés diz no Estatutos da Comunidade Católica Shalom (ECCSh), que contém as normas e regras de vivência do Carisma Shalom: “ao encontrar os discípulos no Cenáculo, Jesus Ressuscitado lhes diz: Paz a vós (Jo 20,19), ou seja, Shalom!”. A palavra Shalom vem do hebraico, que significa ‘paz’. Para o povo de Deus era a saudação de toda sorte de bênçãos materiais e espirituais, a felicidade perfeita que o Messias que eles esperavam traria ao povo. Jesus é este Messias, é o Ressuscitado que passou pela cruz e que nos comunica a sua paz. Dentro do Carisma, os membros são chamados a comunicar também esta paz, que é uma pessoa: Jesus Cristo. Uma vez tendo feito uma experiência com Cris-

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Os membros são chamados a viver a unidade aos moldes das primeiras comunidades cristãs. São Lucas descreve em Atos dos Apóstolos que "ninguém dizia que eram suas as coisas que possuía, mas tudo entre eles era comum". E a evangelização, feita no poder do Espírito Santo, tem como meta anunciar explicitamente a pessoa de Jesus Cristo aos homens, mulheres, crianças, pobres, ricos, mas especialmente aos jovens. A Comunidade é formada por homens e mulheres, inclui solteiros, casados, sacerdotes e celibatários, que ofertam as suas vidas para mostrar ao mundo este Cristo que vive no meio de nós e que somente Ele é capaz de fazer reinar a paz.


Catedral

Memorial dos 350 anos da Paróquia da Catedral Basílica Para marcar o Ano Jubilar dos 350 anos da Paróquia Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, a igreja Catedral Basílica construirá em um de seus jardins, que fica na Rua Barão do Serro Azul, um Memorial dedicado à Padroeira. A construção servirá como marco da passagem dessa comemoração. As obras iniciaram no mês de março, com a readequação da rampa de acessibilidade no jardim da Travessa José Bonifácio. Assim que essa etapa for concluída, a parte do Memorial será iniciada. O espaço consistirá em novo calçamento e paisagismo, convergindo para uma imagem réplica da Padroeira dentro de uma das janelas externas, no prédio anexo da Catedral. Aos pés de Nossa Senhora serão gravados os nomes dos benfeitores do Ano Jubilar, que estão colaborando com essa construção. Em outra parte, um painel terá os nomes de todas as paróquias da Arquidiocese de Curitiba criadas até a data de conclusão do Jubileu. Todos

são

convidados

a

participar

como

benfeitores, colaborando com a construção do Memorial. Os espaços para a gravação dos nomes dos doadores ou de suas famílias podem ser adquiridos com a Pastoral do Dízimo ou a Secretaria Paroquial da Igreja Catedral Basílica. Os espaços são limitados. Participe! Contato: (41) 3324-5136 catedralbasilica@mitradecuritiba.org.br

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Corpus Christi

FAÇA PARTE DAS EQUIPES DE ORGANIZAÇÃO DO

CORPUS CHRISTI 2019 O tema do Corpus Christi de Curitiba em 2019 é “Fazei de nós um só corpo e um só espírito”. Neste dia em que se celebra solenemente o mistério da Eucaristia, o tema escolhido reforça também a união na fé católica que a solenidade representa. A Ação Evangelizadora da Arquidiocese de Curitiba lança, com muita alegria, o convite a todos que quiserem participar do processo de organização da solenidade deste ano, que será no dia 20 de junho:

Corpus Christi 2018. Foto: Juliana Oliveira - Pascom Curitiba

“Convidamos todos a participar conosco deste grande dia de oração, de fraternidade e de amor por Jesus Cristo. Venha fazer parte das equipes de organização do Corpus Christi, colabore na confecção dos tapetes junto à sua comunidade paroquial, participe na organização dos Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão (MESCs) ou mesmo esteja conosco em oração. É uma grande alegria podermos juntos organizarmos esse louvor a Jesus Sacramental".

Está aberto o cadastro para voluntários nas equipes de: • INFRAESTRUTURA: Para atividades de montagem e desmontagem e suprimentos durante o evento. • SAÚDE: Para médicos, enfermeiros e acadêmicos dessas áreas com experiência no atendimento a pacientes. • SOCIAL: Equipe para receber e armazenar os alimentos não perecíveis no dia da solenidade. • CORAL, BANDA E ORQUESTRA DAS COMUNIDADES: Grupo de músicos que estará cantando e tocando a liturgia da Missa de Corpus Christi.

Cadastre-se em www.arquidiocesedecuritiba.org.br/corpuschristi2019 * Para equipes de Infraestrutura, Saúde e Social os voluntários deverão participar de um treinamento prévio, para melhor entrosamento da equipe, em data a ser agendada. Para Coral, os ensaios são semanais, às quintas-feiras.

Novas equipes serão montadas e divulgadas no mesmo endereço. Mais informações: corpuschristi@mitradecuritiba.org.br | Telefone: (041) 2105-6323

Assembleia Legislativa terá sessão solene para enaltecer o Corpus Christi em Curitiba A Assembleia Legislativa do Paraná fará, no dia 12 de junho, uma missa solene para homenagear a Arquidiocese de Curitiba pela realização do Corpus Christi 2019. Neste ano, o Corpus Christi será no dia 20 de junho, com o tema "Fazei de nós um só corpo e um só espírito”. A missa solene na Alep é uma proposição do deputado Evandro Araújo. Toda a população é convidada para a missa, às 19h no plenário da ALEP. Com cerca de 100 mil participantes ao longo do dia na solenidade em 2018, a estimativa é de que haja um número ainda maior em 2019 no centro de Curitiba, marcando uma grande demonstração pública de fé.

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Juventude Missionária

Curitiba contou com encontro sobre Juventude Missionária A Juventude Missionária é uma atividade da Pontifícia Obra da Propagação da Fé, fundada pela leiga Paulina Jaricot em 1822, na França. Na Arquidiocese de Curitiba, a JM tem caminhado para chegar nas paróquias com o incentivo do Conselho Missionário Diocesano e da Infância e Adolescência Missionária. O encontro de Formação Básica sobre a JM da arquidiocese de Curitiba aconteceu nos dias 22, 23 e 24 de março e foi assessorado pelo Secretário Nacional da Pontifícia Obra da Propagação da Fé, Pe. Badacer Ramos, que anima e articula a obra em todo o Brasil. Durante o encontro, os jovens conheceram o carisma e a metodologia da JM, que tem como objetivo a animação dos jovens para a missão universal da igreja. Também trabalharam em grupos com a metodologia das

quatro

áreas

integradas

(ver-iluminar-agir-

celebrar), usada nos grupos de base da JM. A Juventude Missionária é uma alternativa de animação missionária para todos os jovens que estão dispostos a aceitar e animar a missão em suas comunidades e cooperar com a missão universal de Igreja. Texto por Geovana Mendes, coordenadora regional da Juventude Missionária.

Para os interessados em formar grupos de Juventude Missionária, procure o COMIDI na Arquidiocese que ficaremos imensamente felizes em ajudá-los. Telefone: 2105-6376 E-mail: elaniacmb@mitradecuritiba.org.br.

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Painel

VI Dom de Ser Mulher emociona e cura corações Cerca de 300 mulheres participaram desta edição do evento já tradicional realizado pela Casa Pró Vida Mãe Imaculada Emoção. Alegria. Reconciliação. Encontro com Deus. Cura dos corações. Esses sentimentos e ações permearam o encontro “VI Dom de Ser Mulher” realizado no domingo, 24 de março, para cerca de 300 mulheres. Elas atenderam ao chamado de Deus e à Palavra que inspirou esse encontro (Evangelho de São João, 11, 28-45): “Mulher, Ele te chama”. E vieram de cidades do Paraná e de Santa Catarina para estarem juntas em oração. O evento é realizado todos os anos pela Casa Pró-Vida Mãe Imaculada (MI) e trouxe para esta edição Márcio Mendes, da Canção Nova, e a psicóloga Patricia Ragone, de Belo Horizonte. Padre Sílvio Roberto, fundador da Casa Pró-Vida, participou do evento no início para o louvor de abertura, e no encerramento, com a Santa Missa. Márcio Mendes, pregador, escritor e apresentador, no início focou no chamado de Deus a cada uma das presentes e na importância da oração diária. “Deus me chama para quê? Deus completa a minha medida quando faço tudo que está ao meu alcance, sem negligenciar”, falou Márcio, lembrando que os caminhos de Deus nem sempre são os mais fáceis, mas são os corretos. “Se o caminho tem curvas você não vê lá na frente, mas Deus vê e já preparou tudo”. A importância da união do casal para a santificação um do outro e a proteção da casa também foram enfocados. Patrícia Quaresma Ragone, psicóloga, trouxe uma mensagem sobre os laços que construímos ao longo da vida. “Considerando que família é o maior dom de Deus, colo-

quei como missão da minha vida defender os laços de família, do matrimônio, de pais e filhos, entre as pessoas e como construir esses laços com base nos princípios bíblicos e no que a psicologia tem a nos trazer. A psicologia e a religião se complementam em relação ao respeito ao ser humano, o maior bem de todos os bens, o cuidado com os outros para que possamos usufruir do dom de viver”, disse Patrícia. As palavras de Patrícia e de Márcio tocaram fundo o coração das convidadas. “Aqui eu reflito sobre mim, sobre meus filhos, sobre meus pais, sobre meu marido. Essa proposta de cuidado com as mulheres é incrível, vim para meu crescimento espiritual e também como mulher”, disse Regina Arruda, que participa pela terceira vez do evento. Ao final, após a Missa de Ação de Graças uma ótima notícia dada pela coordenadora da Casa, Jane Maria de Andrade: a partir do segundo semestre, haverá eventos pequenos, de 2h de duração, chamados “Pequenas Gotas de Dom”. Para os encontros entre mulheres que buscam sempre a Deus serem cada vez mais frequentes.

IAFFE acolhe cerca de 800 novos alunos Em 17 de março teve início, na PUC-PR, o IAFFE – Instituto Arquidiocesano de Formação na Fé de 2019. Aproximadamente 800 alunos estiveram na abertura, dia de muito conhecimento, partilhas, convivência e confraternização. A alegre presença de D. José Antonio Peruzzo, com uma palavra de acolhida, gratidão e motivação exprime o importante objetivo desse Instituto. “Que seja um maravilhoso ano para a formação de líderes cristãos”.

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Foto: Patryck Madeira

Festa da Misericórdia tem programação de 10 dias no Santuário da Divina Misericórdia A Festa da Divina Misericórdia é uma grande celebração dentro do calendário das festividades culturais e religiosas da Igreja Católica em todo o mundo. No Santuário da Divina Misericórdia a programação do evento inicia com a Novena à Divina Misericórdia no dia 19 de abril. Para cada dia estão programados diversos momentos para aproximar os fiéis do amor misericordioso de Deus. Os dias de maior movimento serão 26, 27 e 28 − Domingo da Misericórdia. A programação de 2019 traz shows de Frei Gilson e Tony Allysson, respectivamente nos dias 26 e 27 de abril às 21h, além de vários momentos de louvor, pregação, animação e aprofundamento na Misericórdia do Senhor. Local: Santuário da Divina Misericórdia - Estrada do Ganchinho, 570 – Umbará. Entrada 1 Kg de alimento não perecível. Informações: festadamisericordia.com

Seminário Menor completa 60 anos no Orleans, comemorados no dia de São José Em 19 de março, dia de São José, o Seminário Menor Arquidiocesano São José da Arquidiocese comemorou 60 anos de sua instalação na região do Orleans, em Curitiba. Neste período, mais de mil alunos foram seminaristas, passaram 10 reitores e dezenas de padres formadores. Mais de 130 alunos chegaram ao sacerdócio na Arquidiocese de Curitiba e em outras Dioceses do Paraná, além de 14 bispos. A missa em Ação de Graças pelos 60 anos de seminário da região foi presidida pelo bispo auxiliar de Curitiba, dom Francisco Cota e concelebrada por Dom Pedro Fedalto, arcebispo emérito, e por dom Sérgio Arthur Brasch de Ponta Grossa. Ainda em celebração aos 60 anos no Orleans, dia 24 de março, às 9h, houve encontro de ex-seminaristas do Seminário. Arquidiocese de Curitiba | Abril 2019

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Painel

Acólito alegre-te, Jesus te chama Pensando na importância da vivência integral do Ministério do Acólito, a Comissão Litúrgica da Arquidiocese de Curitiba irá promover o Encontro Arquidiocesano de Acólitos e Coordenadores. Todos os Acólitos e Coordenadores da arquidiocese são chamados a participar. Será no dia 26 de maio, das 08h às 17h, no Seminário São José (BR-277, 4505 – Orleans, Curitiba). As inscrições devem ser feitas em arquidiocesedecuritiba.org.br até 19 de maio ou até durarem as vagas! Alimentação e utensílios são por conta de cada grupo, podendo ser reservada a churrasqueira pelo telefone (41) 3285-4097.

Bispos referenciais da Juventude reuniram-se em Brasília

Nos dias 20 e 21 de março aconteceu em Brasília a reunião dos 18 bispos referenciais da Juventude do Brasil, bem como de sacerdotes assessores. Referencial para a Juventude no Regional Sul 2, Dom Amilton Manoel, cp, bispo auxiliar de Curitiba esteve presente no evento. Também pelo mesmo Regional esteve presente o Padre Luciano Alves Enes, da diocese de Jacarezinho. “Foi um momento de partilha, encontro, e fortalecimento no serviço Juvenil”, destacou Dom Amilton.

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Equipes de Liturgia participam de formação centrada na inspiração catecumenal No dia 16 de março a comissão litúrgica da Arquidiocese de Curitiba promoveu a primeira formação de 2019 para as equipes de preparação de Missa, ministros leitores e cantores. A Formação Litúrgica da Região Episcopal Sul foi realizada no Santuário Santa Rita de Cássia e contou com momentos de espiritualidade e de aprendizados técnicos e práticos sobre a liturgia, os cantos litúrgicos e a proclamação da Palavra. A próxima Formação Litúrgica acontecerá para a Região Centro e CentroOeste, no Santuário Perpétuo Socorro, em 15 de Junho.

APOIO A PROJETOS SOCIAIS Está aberto o Edital de 2019 do FDS – Fundo Diocesano de Solidariedade. Os projetos deverão combater a exclusão social e ter relação com o tema da Campanha da Fraternidade: Fraternidade e Políticas Públicas. Podem ser de grupos de natureza pastoral, vinculados a paróquias ou de organizações não governamentais. As inscrições vão até 3 de maio e valor máximo de apoio de cada projeto será de R$ 12.000,00. Confira o edital em www.arquidiocesedecuritiba.org.br

Peregrinação do ícone do Sagrado Coração de Jesus na Arquidiocese de Curitiba O Apostolado da Oração – Rede Mundial de Oração do Papa celebra neste ano o seu Jubileu de 175 anos de fundação e todas as Dioceses e Arquidioceses foram presenteadas com um ícone do Sagrado Coração de Jesus. Este ícone deverá visitar todas as paróquias que possuem Apostolado da Oração com o objetivo de que todos os grupos celebrem esta data tão significativa, incluindo aqueles membros afastados e fragilizados por enfermidades. Na Arquidiocese de Curitiba a peregrinação do ícone iniciou no mês de março de 2019, no setor Mercês.

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Endereço: Av. Jaime Reis, nº 369 Alto São Francisco, Curitiba/PR

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