Revista arquidiocese julho 2017 web

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Publicação da Arquidiocese de Curitiba - Paraná

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Dom José Mario Nosso bispo auxiliar toma posse neste mês de julho como novo bispo de Uruguaiana (RS). Que os carinhos de Nossa Senhora da Luz iluminem seus passos.

Veja também

Julho, mês do Dízimo Durante todo o mês, os homens e as mulheres de fé são convidados a meditar sobre a responsabilidade e a participação na comunidade através da partilha e contribuição do Dízimo. Por isso nesta edição apresentamos artigos sobre o tema.

• Catecumenato de adultos • Corpus Christi reúne multidão em Curitiba • Visitas missionárias e o exemplo do Papa • E outros artigos e novidades da Arquidiocese de Curitiba.

Ano XIV - Edição 174 - Julho de 2017


Agenda Mensal dos Bispos Junho/2017

Ação Evangelizadora

Editorial Uma palavra expressa nosso sentimento neste momento em que dizemos um “até breve” ao nosso irmão e amigo Dom José Mário Angonese, que no dia 20 de julho começará sua missão na Diocese de Uruguaiana (RS): Gratidão. Nos quatro anos em que foi bispo auxiliar da Arquidiocese de Curitiba, dedicou-se com afinco e grande alegria à missão evangelizadora da Igreja. Nesta edição da revista Voz da Igreja nosso arcebispo Dom José Antonio Peruzzo, as comissões pastorais, a juventude e outros irmãos e irmãs deixam sua mensagem de agradecimento ao ‘pastor bom’, como o chama Dom Peruzzo, que tanto nos ensinou com sua dedicação, perseverança e paciência. Há outra coisa importante a ser dita sobre Dom José Mário: durante sua permanência laboriosa em nossa Arquidiocese ele incentivou e estimulou a caminhada da Pastoral do Dízimo com suas intervenções sábias, sempre que necessárias. Que sigamos seus ensinamentos, especialmente neste mês de julho, o Mês do Dízimo, quando os homens e as mulheres de fé são convidados a meditar sobre a responsabilidade e a participação na comunidade através da partilha e da contribuição do Dízimo. Por isso nesta edição apresentamos alguns artigos sobre o tema, para que você possa compreender ainda mais a importância deste ato de fé. Nesta edição trazemos também um artigo que fala da conversão integral e mudança de mentalidade como passos do mesmo caminhar que se precisam e se completam. “A nossa conversão integral depende de nossa capacidade de buscar e perseguir uma mudança de mentalidade, e esta, por sua vez, depende muito do Jesus que a gente segue”, diz o texto. Apresentamos, ainda, uma breve reflexão sobre a festa da Eucaristia na quinta-feira de Corpus Christi, que somente no centro de Curitiba recebeu mais de cem mil fiéis; falamos também sobre o ano jubilar dos 300 anos do encontro de Nossa Senhora Aparecida no Rio Paraíba, o catecumenato de adultos, o escapulário de Nossa Senhora do Carmo (artigo de Dom Pedro Fedalto), dentre outros assuntos de grande relevância para nossa Igreja.

Dom José Antônio Peruzzo Arcebispo da Arquidiocese de Curitiba 01 • Crisma na Paróquia Nossa Senhora da Luz, CIC 02 • Crisma na Paróquia Santa Maria

• Curso Bíblico na Paróquia Santo Antonio, em Orleans 13 • Expediente na Cúria • Rito com a Comunidade Neo

Goretti • Assembleia Arquidiocesana da Pastoral Familiar, Santuário Nossa Senhora do Equilíbrio • Crisma na Paróquia Santo Antônio Maria Claret 04 • Reunião do Setor Orleans, na Paróquia São Rafael • Expediente na Cúria 05 • Expediente na Cúria 06 • Reunião do Setor Campo Largo, Paróquia Nossa Senhora da Conceição • Missa de envio de Dom José Mário, no Santuário do Carmo 07 • Reunião do Setor Almirante Tamandaré, Paróquia São Pedro Apóstolo • Expediente na Cúria 08 • Missa no MULTICOM, na FAE 09 • Curso de Teologia, na Paróquia Nossa Senhora Aparecida – Campo Largo • Missa de Encerramento da Escola de Coordenadores de Catequese, na Casa de Retiros Nossa Senhora do Mossunguê 10 • Missa na sede da RCC 11 • Reunião do Setor Colombo, na Paróquia Nossa Senhora da Saúde • Missa na Comunidade Santa Cruz 12 • Expediente na Cúria

Catecumenal, na paróquia Nossa Senhora da Saúde, em Pinhais 14 • Reunião do Setor Pinhais, na Paróquia Nossa Senhora da Boa Esperança 15 • Missa no Carmelo • Formação Bíblica para o Grupo da Animação Missionária • Crisma na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Campo Magro 16 • Missa na Comunidade Nossa Senhora do Carmo, em Rebouças 20 • Posse de Dom José Mário, em Uruguaiana - RS 22 • Formação Bíblica na Paróquia São Pedro, Umbará 23 • Crisma na Paróquia São Paulo Apóstolo • Formação Bíblica na Paróquia Nossa Senhora da Anunciação, no Capão Raso 25 • Expediente na Cúria 26 • Formação com os Professores da PUCPR 27 • Reunião da Comissão Arquidiocesana de Pastoral, na Cúria • Missa na Paróquia São Pedro Apóstolo 28 • Expediente na Cúria

Não esqueça que você pode colaborar com a produção desta revista enviando para nós sugestões, críticas e elogios para que possamos levar sempre um conteúdo relevante e útil para o exercício da fé cristã. A todos uma ótima leitura e um excelente mês de julho! Dom José Mário Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Curitiba Região Episcopal Norte

Fale Conosco ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO Rua Jaime Reis, 369 - São Francisco 80510-010 - Curitiba (PR) Responsável: Teodoro Travagin – 5531 (DRT-PR) Fones / Fax: (41) 2105-6343

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01 • Crisma na Paróquia Santana, em Campo de Santana 02 • Crismas na Paróquia Santana, em Campo de Santana 04 • Reunião do Setor Orleans • Reunião da Equipe Missionária, na Cúria

A revista Voz da Igreja é uma publicação da Arquidiocese de Curitiba sob a orientação da Assessoria de Comunicação CONSELHO EDITORIAL - Arcebispo da Arquidiocese de Curitiba Dom José Antônio Peruzzo | Bispo da Arquidiocese de Curitiba: Dom José Mário Angonese | Chanceler: Pe. Jair Jacon | Ecônomo da Mitra: Pe. José Aparecido Pinto | Coordenador da Ação Evangelizadora: Pe. Alexsander Cordeiro Lopes | Coordenador geral do clero: Pe. Rivael de Jesus Nacimento | Jornalista responsável: Teodoro Travagin | Assessoria de Comunicação: Sintática Comunicação | Revisão Teológica: Pe. Roberto Nentwig | Colaboração voluntária: 13 Comissões Pastorais| Apoio: Centro Pastoral | Projeto gráfico e diagramação: Sintática Comunicação | Foto da Capa: Patryck Madeira | Gráfica: Gráfica Infante | Tiragem: 10 mil exemplares.

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05 • Missa no Convento Solitude 06 • Reunião do Setor Cajuru, na Paróquia São José

• Missa de Envio no Santuário do Carmo 07 • Reunião do Setor Almirante Tamandaré • Abertura do MULTICOM, na FAE 08 • Encontro com a Comissão 13 da Arquidiocese • Crisma na Paróquia São João Batista, no Rebouças 09 • Crisma na Paróquia São Benedito


Palavra do Arcebispo

Dom José Antônio Peruzzo Arcebispo da Arquidiocese de Curitiba

Gratidão a Dom José Mário Angonese No próximo dia 20 de julho o amigo da nossa Arquidiocese começará sua missão na Diocese de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, de onde veio. Após quatro anos entre nós, passa a ter nos ombros a responsabilidade sobre uma igreja particular. Antes de sua partida eu gostaria de dar letra aos sentimentos de gratidão que sua presença suscitou entre nós. Por ter morado na mesma residência foi-me possível um convívio mais próximo do que apenas a proximidade do trabalho. E uma das percepções que me afloraram logo que cheguei foi o gosto pela vida ministerial. É fácil ver nele a alegria por evangelizar. Desempenhava-se com paixão. Nas celebrações, nas reuniões, na coordenação do que lhe era confiado, inspirava-o um desejo sincero de responder ao Senhor e à Igreja. Não era apenas um diligente cumpridor de tarefas. Havia afeição pessoal. É assim que acontece com quem é muito integrado à sua vocação. Outra recordação que, pessoalmente, conservarei de Dom José Mário é a sua lealdade. Nos cuidados da Arquidiocese encontrei nele um irmão muito leal. Manifestava-se com espontaneidade e interesse pelo quotidiano da nossa igreja particular. Não o fazia apenas por dever de ofício. Queria participar. Quando consultado, suas palavras sustentavam-se em critérios de serviço e de pastoreio. Aliás, as convicções e reflexões traduziam a imagem de uma Igreja servidora do Evangelho. E em favor desta grande causa dedicava suas atenções e partilhas. Inclusive suas opiniões pessoais ele as valorizava na medida em que favoreciam a unidade.

Agora que se aproximam os dias de sua nova missão percebo nele o sadio anseio de recomeçar. Não se trata do “recomeço” dos arrependidos. É um novo começo de sua vida episcopal, agora já mais experimentado no cuidado pastoral de uma diocese. Fala com esperança e agrado da Diocese de Uruguaiana, dos padres, do povo. Por outro lado menciona com gratidão e brilho nos olhos todo aprendizado alcançado na Igreja de Curitiba. Considero sábia a frase que ouvi há tempos: “Quem não sabe ser grato jamais será justo”. Pois bem, a gratidão, para a qual a linguagem espontânea é sempre mais expressiva do que a formal, ela marcou belas frases pronunciadas com a voz e com os olhares do pastor bom, Dom José Mário. Então, o que desejar ao amigo da nossa Arquidiocese que viverá sua vocação e pastoreio em outras paragens? Certamente haveria muitos augúrios a manifestar. Mas aos simples como ele bastam algumas sinceras e verazes frases. Caríssimo amigo e companheiro Dom José Mário, que se multipliquem em sua nova Diocese as melhores alegrias, aquelas que renovam as motivações do pastor bom que vive para as suas ovelhas. Que os carinhos de Nossa Senhora da Luz iluminem seus passos. Muito obrigado, grande amigo e companheiro.

Foto: Patryck Madeira

Gostaria ainda de salientar outra sadia particularidade de seu quotidiano. Não é nada de novo para um pastor da Igreja. Mas o modo silencioso de testemunhar suscita impressão. Refiro-me aos fundamentos de fé que o movem nas análises e interpretações das mais diversas realidades. Embora seja um homem prático, não são os referenciais de funcionalidade e de resultados que balizam suas avaliações. Em nossas conversas acerca das proposições e decisões a tomar, suas palavras explicitavam os motivos de fé que sustentavam suas ideias. Penso que este “estilo” radica-se no cuidadoso tempo dedicado à oração. Eu pensava que o bom gaúcho levantava-se cedo para o chimarrão. O tempo mostrou que orava desde cedo. E para isso até o chimarrão ajudava.

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Palavra de Dom Pedro

Dom Pedro Antônio Marchetti Fedalto Arcebispo Emérito de Curitiba

O escapulário de

Nossa Senhora do Carmo No dia 16 de julho a Igreja Católica celebra a festa de Nossa Senhora do Carmo, com a imposição do Escapulário. A devoção do Escapulário de Nossa Senhora do Carmo está profundamente arraigada no coração do povo. A origem da devoção remonta ao Monte Carmelo, na Palestina, hoje Israel. Os Profetas Isaías e Jeremias cantam a grandeza e a beleza natural do Monte com as mais variedades de flores perfumadas da primavera. Um fato importante no Monte Carmelo é a vitória do Profeta Elias, derrotando os 450 falsos profetas do deus Baal pelo poder de Deus Javé (I Livro dos Reis, Capítulo 18, versículo 38). Os próprios pagãos viam a sacralidade do Monte, como o sábio filósofo grego Pitágoras, Vespasiano, Suetônio, Tácito. Durante uma tremenda seca, Elias subiu ao Monte Carmelo. Pôs-se de joelhos pedindo a chuva. Pediu ao criado que fosse olhar para o lado do mar. Olhou e nada viu. Elias pediu-lhe que fosse ver sete vezes. Na sétima vez, trouxe uma resposta: vi uma nuvenzinha. Num instante, o céu escureceu e caiu forte chuva (I Livro Reis, 18, 42-45). Os biblistas explicam que a nuvem é a imagem de Maria. Lá no Carmelo, depois de Cristo, um grupo de religiosos contemplativos veneravam a Virgem Maria. Por causa do Carmelo, tomaram o nome de Carmelitas. Pelo ano de 1234, os maometanos, mulçumanos, invadiram o Monte Carmelo, matando uns religiosos. Outros conseguiram fugir. Ricardo Combiense, em 1240, irmão de Henrique II, Rei da Inglaterra, levou os refugiados para o Condado de Kent, Inglaterra. Não foram bem acolhidos. O superior Simão Stok recorreu à proteção de Maria. A 16 de julho de 1251, numa noite, no meio de irradiante luz, apareceu-lhe Nossa Senhora entregando-lhe o Escapulário com a seguinte mensagem: “Recebe filho diletíssimo, o Escapulário, sinal de minha confraternidade para ti e todos os Carmelitas. Os que morrerem revestidos deste

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Escapulário não padecerão o fogo eterno. Eis o sinal de salvação, de aliança e de paz sempiterna”. Nossa Senhora retornou ao céu, São Simão Stok morreu. O Escapulário permaneceu, difundiu-se no mundo inteiro. Continua ser o sinal de salvação. O primeiro sinal de salvação foi deixado pelo próprio Cristo ao prometer o Sacramento da Eucaristia. “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna” (Jo 6, 54). O Escapulário confirma o que Jesus prometeu na Eucaristia. Sejamos bem sinceros: muitos fazem seguro de casa, propriedade, carro, de agricultura e até de sua vida para a saúde, médico, hospital. Por melhor que seja o seguro, cada um vai morrer. A maioria absoluta teme a morte. A melhor segurança para a vida eterna é a Eucaristia. O Escapulário de Nossa Senhora do Carmo também o é. Está provado mil vezes que o Escapulário é seguro de vida eterna e seguro de vida em tantos perigos, acidentes. Nossa Senhora do Carmo continua no Carmelo com os Carmelitas, na Terra Santa, recebendo milhares de devotos do mundo inteiro. O Escapulário está difundido no mundo inteiro. Nossa Senhora do Carmo é a padroeira do Chile, de dioceses, de muitas paróquias e capelas. Em Curitiba, é a padroeira da paróquia-santuário de Nossa Senhora do Carmo, no bairro do Boqueirão, com 14 novenas às quartas feiras, sendo pároco o Pe. João Batista Chemin. É a padroeira da Colônia Antônio Rebouças, desde sua fundação, a 11 de setembro de 1878 e da capela desde sua inauguração a 6 de agosto de 1888. Neste ano, em sua festa, o celebrante no dia 16 de julho é Dom José Antônio Peruzzo, Arcebispo Metropolitano de Curitiba. Meu caro leitor, confie no poder do Escapulário. Sou testemunha disto, nos perigos morais e físicos sofridos. Espero que, morrendo com ele, me salve.


Ano Mariano

Ir. Lucimar Nascimento de Novais, MAD

Os milagres de Aparecida PARTE 1 Nesse ano jubilar dos 300 anos do encontro de Nossa Senhora Aparecida no Rio Paraíba queremos relembrar e contemplar as histórias de fé sobre a intercessão da Senhora Aparecida. São inúmeros fatos de muita devoção que o nosso povo conseguiu através da oração fervorosa, confiante, esperançosa e amorosa para com a Virgem. No ano 1717, quando a imagem é encontrada pelos pescadores numa falta de peixes no Rio Paraíba, surge o primeiro milagre: “a pesca milagrosa”, que aconteceu na vida do povo marginalizado e sofrido. A presença de Nossa Senhora fez com que a escassez fosse embora e a alegria abundante da fartura de peixes surgisse. Esse fato foi extremamente um grande sinal de Deus, pela intercessão de nossa mãe Aparecida.

O milagre do escravo fugitivo que passou pela capela e fez sua oração demonstra muita expressão de fé ao pedir a interseção da Virgem de Aparecida. O milagre acontece quando as correntes caem de suas mãos e do seu pescoço, deixando-lhe sem palavras diante de seu desejo alcançado. Seu patrão, tocado pelo milagre, entrega à Nossa Senhora Aparecida o preço do escravo e lhe deixa livre, pois foi sua Mãe Maria que o libertou, eis o milagre da libertação. Maria veio ao povo brasileiro no marco da história da escravidão e do desprezo junto ao povo oprimido. Precisamos reconhecer a vida que Maria desempenha no serviço ao povo, sua intercessão e no amor maternal. Ela é nossa mãe, nossa companheira de luta, e de vida que intercede, nos protege, nos livra e nos abençoa com suas divinas bênçãos junto a Deus.

Foto: http://www.a12.com

Outro milagre cheio de significado foi o das velas na Capela do Itaguaçu. O povo se reunia todos os sábados para realizar as suas devoções marianas; em um desses sábados, na hora da oração, as velas se apagaram sem motivo, não havia vento forte para apagá-las.

As pessoas que lá estavam ficaram assustadas e logo correm para acender as velas e imediatamente as velas se reacenderam sozinhas. Mesmo espantados eles aclamavam com alegria e diziam: “é o milagre de nossa mãe, Nossa Senhora Aparecida”.

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Animação Bíblico-Catequética

Célia Regina Lopes Vicentin Coordenação do Catecumenato na Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Belém

INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ – CATECUMENATO DE ADULTOS Experiência da Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Belém Sempre tivemos em nossa Paróquia a catequese com adultos, que contava com equipe de catequistas competentes, conteúdos próprios e tudo acontecia num período de 6 a 7 meses. Somos uma paróquia que conta com a Igreja Matriz, Nossa Senhora do Rosário de Belém e mais 5 capelas, N. Sra de Sion, N. Sra Aparecida, São Domingos, São Cristovão e São Sebastião. Uma paróquia grande e muito ativa pastoralmente falando. Tínhamos cerca de 14 a 17 catequizandos por período. Já conhecíamos o processo do Catecumenato, por participar das orientações, cursos e eventos da Comissão Bíblico-Catequética. Porém, o processo ainda não era adotado em nossa Paróquia. Em 2015, Pe. Roberto Nentwig assume como administrador paroquial e, como grande incentivador da catequese, autoriza a implantação do Catecumenato. Começamos aí um trabalho que nos deixaria, enquanto catequistas, realizados! Começamos então, a fazer o chamado nas missas, propagandas, motivações para que os adultos se sentissem parte desta proposta e assim acolhidos. No primeiro momento encontramos algumas dificuldades, as quais fomos adaptando no decorrer do processo. Ainda não conseguíamos fazer o pré-catecumenato personalizado. Não conseguíamos ir à casa dos candidatos. Fazíamos grupos pequenos de acolhida nas dependências da igreja. Este primeiro ano já foi um marco em nossa paróquia, pois com as celebrações de admissão, entregas, eleição, escrutínios, retiro e recepção dos sacramentos na vigília pascal, chamou a atenção de toda a comunidade e muitos ecos positivos ouvimos em relação ao processo. Mesmo com o processo incompleto, 2014/2015 tivemos 14 catequizandos. Já 2015/2016, com processo completo, esse número aumentou para 44 catequizandos e os encontros acontecendo em 3 comunidades. Pe. Roberto foi transferido e assume a Paróquia o Cônego Genivaldo Ximendes da Silva, que se tornou grande incentivador do catecumenato, aderindo ao processo e permitindo que o mesmo continuasse.

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Em 2016/2017, tivemos 39 catequizandos. A quantidade de catequistas aumentou, havendo necessidade de formação específica para os mesmos, o que aconteceu na própria paróquia. A motivação aumentou tanto para catequizandos como para catequistas, que se encantaram com o processo. Este ano temos um número significativo de 70 candidatos, 11 catequistas voltados ao catecumenato e todas as 6 comunidades que integram a paróquia com um grupo atuante. Conseguimos fazer o pré-catecumenato personalizado, nas casas, de 50% dos candidatos. Se me perguntam hoje, o que é necessário para que o processo dê certo, respondo: 1) adesão do Pároco: torna-se necessário que o pároco assuma com sua equipe este projeto. Damos graças a Deus pela presença do sacerdote e amigo Genivaldo que não mede esforços para que este trabalho se desenvolva. 2) um grupo de catequistas comprometidos que entendem a necessidade de formação para bem desenvolver o projeto e 3) encantamento: as celebrações específicas do catecumenato, com a comunidade presente, fizeram com que a vergonha e o receio que muitos tinham em não ter sido ainda iniciados, ficassem de lado. Recebemos um grupo de pessoas já iniciadas que querem participar do processo como aprendizado. A estes


acolhemos como grupo de aprofundamento, que corresponde a 10% dos candidatos. Fazemos no final do processo uma avaliação com os catequizandos que nos dão uma opinião do momento que viveram e as respostas são maravilhosas e nos emocionam. Há os que não querem deixar o grupo após o tempo de mistagogia. É um trabalho que enriquece qualquer caminhada. Conseguimos fazer com que grande parte dos catequizandos ingressassem em uma pastoral. Este ano temos candidatos que querem atuar no catecumenato como introdutores. E temos pastorais interessadas em fazer este mesmo trabalho.

tos não iniciados não existem. Eles estão lá esperando uma oportunidade de acolhimento. Não podemos dizer que não dá certo sem tentar. Aqui, na nossa paróquia, a experiência foi positiva e com muito trabalho ainda a realizar, podemos dizer: CATECUMENATO? É POSSIVEL SIM!

Não podemos desistir frente aos obstáculos que aparecem, que são muitos. Não podemos ter medo de não conseguir realizar. Não podemos fingir que estes adul-

FORMAÇÃO PARA CATEQUISTAS DA 4ª E 5ª ETAPAS – Preparando o pós-crisma Este mês de julho iniciou com o terceiro encontro formativo com catequistas da 4ª e 5ª etapas. Realizado no dia 1º, no Cenáculo Arquidiocesano, impulsionado e motivado por D. José Mario Angonese, o encontro brotou de dois anos de reflexão sobre como manter o jovem crismado inserido e participativo na Igreja. Uma das conclusões, cuja reflexão julgou ser essencial, é a formação diferenciada para os catequistas da 4ª e 5ª etapas, além de outras atividades tão necessárias durante todo o processo catequético. Essa preocupação deve fazer parte do planejamento de cada paróquia, com medidas criativas, inclusivas, encantadoras, para que a inserção do jovem crismado seja um processo natural. Confira as fotos do encontro no site da Arquidiocese de Curitiba (www.arquidiocesedecuritiba.org.br).

COMISSÃO BÍBLICO-CATEQUÉTICA PRESENTE NO IX SULÃO BÍBLICO-CATEQUÉTICO O evento tratou do tema Comunicação no processo de iniciação à vida cristã, tendo como lema Senhor, todos te procuram (Mc 1,37), e aconteceu nos dias 16 a 18 de junho em Florianópolis (SC). Foram momentos de ricas partilhas com inúmeras (arqui)dioceses, momentos orantes bem vivenciados e reflexões importantes para o futuro da catequese.

EXPEDIENTE COMISSÃO DA ANIMAÇÃO BÍBLICO-CATEQUÉTICA: catequese@arquidiocesecwb.org.br (41) 2105-6318 / Coordenação: Pe. Luciano Tokarski / Assessoria: Regina Fátima Menon. Arquidiocese de Curitiba | Julho 2017

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Dízimo

Diácono P. Bento Scandian Pastoral do Dízimo

Especial Mês do Dízimo Durante todo o mês de julho, os homens e as mulheres de fé são convidados a meditar sobre a responsabilidade e a participação na comunidade através da partilha e da contribuição do Dízimo. Por isso nesta edição apresentamos artigos sobre o tema. Acompanhe nesta página artigo de Fundamento Bíblico-Teológico.

Tudo o que somos e temos, recebemos do Deus que professamos: Criador do Céu e da Terra É da essência do ser humano ofertar a Deus seus bens e sacrifícios. Encontramos essas ações antes mesmo da Lei mosaica, que tornou a prática do dízimo e da oferta uma norma jurídica para o povo hebreu. Abel e Caim tomaram essa iniciativa de forma espontânea, fazendo uma oferta a Deus (cf. Gn 4,3-4); também Noé após o dilúvio (cf. Gn 8,20-2); Abraão ao retornar da batalha, após derrotar Codorlaomor (cf. Gn 14,17-20); Jacó faz promessa a Javé (cf. Gn 28,20-22). O fundamento bíblico do dízimo, como norma jurídica, é encontrado inicialmente em Levítico 27,30: “Todos os dízimos da terra, tomados das sementes do solo ou dos frutos das árvores são propriedade do Senhor: é uma coisa consagrada ao Senhor.” No Antigo Testamento, a tribo de Levi não recebeu herança como seus irmãos. Recebeu, porém, a décima parte de todos os ganhos colhidos de suas posses, ou seja, os dízimos dos seus irmãos. “Quanto aos levitas, dou-lhes como patrimônio todos os dízimos de Israel pelo serviço que prestam na tenda de reunião. (...) São os levitas que farão o trabalho na tenda de reunião e que levarão a responsabilidade de suas faltas: esta é uma lei perpétua para todos os vossos descendentes. Eles não terão herança no meio dos israelitas, porque lhes dou como herança os dízimos que os israelitas tomarem para o Senhor. Eis porque declaro que eles não possuirão herança alguma no meio dos israelitas” (Nm 18,21.23-24). Encontramos ainda a passagem: “Dirás aos levitas: quando receberdes dos israelitas o dízimo que vos dei de

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seus bens por vossa herança, tomareis dele uma oferta para o Senhor: o dízimo do dízimo” (Nm 18,26). Podemos imaginar que isso hoje representa a necessidade que as paróquias têm para com a Igreja Particular (Diocese) de entregar o dízimo dos dízimos, ou seja, a décima parte dos dízimos e das ofertas recebidos em suas paróquias e comunidades. No Novo Testamento, Jesus não aboliu a prática do dizimo, porém o aperfeiçoou: “Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Pagais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e desprezais os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia, a fidelidade. Eis o que era preciso praticar em primeiro lugar, sem contudo deixar o restante” (Mt 23,23). Concluindo esse breve relato, e para os paroquianos que estão ainda temerosos em contribuir com o dízimo em suas paróquias, lembro a palavra de S. Paulo na carta aos Coríntios: “Convém lembrar: aquele que semeia pouco, pouco ceifará. Aquele que semeia em profusão, em profusão ceifará. Dê cada um conforme o impulso do seu coração, sem tristeza nem constrangimento. Deus ama o que dá com alegria. Poderoso é Deus para cumular-vos com toda a espécie de benefícios, para que tendo sempre e em todas as coisas o necessário, vos sobre ainda muito para toda espécie de boas obras. Como está escrito: Espalhou, deu aos pobres, a sua justiça subsiste para sempre” (2Cor 9,6-11). “Aquele que dá a semente ao semeador e o pão para comer, vos dará rica sementeira e aumentará os frutos da vossa justiça. Assim, enriquecidos em todas as coisas, podereis exercer toda espécie de generosidade que, por nosso intermédio, será ocasião de agradecer a Deus” (Sl 111,9).


William Michon Pastoral do Dízimo

O DÍZIMO NA COMUNIDADE DE FÉ: orientações e propostas Documentos da CNBB 106 Dízimo, doação, missão, comunidade! Igreja, comunidade de comunidades, que recebeu a missão de evangelizar! A missão pede entrega, doação, generosidade. O dízimo expressa a participação da pessoa batizada na missão de anunciar o “Evangelho da Alegria”. Evangelização que acontece como presença da comunidade, como anúncio-palavra, como obras de misericórdia. Neste mês do dízimo, a Revista Voz da Igreja traz reflexões e esclarecimentos sobre este tema da partilha. Neste artigo, conheça as orientações e propostas da CNBB sobre o dízimo, constantes no Documento 106 da CNBB.

O Documento da CNBB 106: O dízimo na comunidade de fé – orientações e propostas é destinado às Igrejas particulares e a todas as comunidades. A CNBB oferece este subsídio na certeza de que contribuirá de modo decisivo no caminho da conversão missionária e da presença misericordiosa. Este documento foi precedido do documento Estudos da CNBB nº 8 – Pastoral do Dízimo, publicado em 1975 e do subsídio Dízimo: uma proposta bíblica, publicado pela CNBB em 2015, com a participação de vários autores, consagrados missionários da Pastoral do Dízimo. Estes subsídios contribuíram para que um documento consolidado a partir da necessidade recorrente para a conscientização do dízimo e do sentido de pertença fosse publicado. O presente documento sugere um olhar novo sobre a Pastoral do Dízimo sem abolir o que já foi escrito, mas oferece uma abordagem sugestiva do dízimo como doação, missão e comunidade. Dízimo como experiência de Deus na vida cristã. Os fundamentos do dízimo no Documento 106 mostram como ele é um compromisso de fé, pois está relacionado com a experiência de Deus. O dízimo está também relacionado com o amor fraterno, pois manifesta a amizade que circula entre os membros da comunidade. É um compromisso moral, pois a contribuição com o dízimo nasce de uma decisão pessoal que exprime a pertença efetiva à Igreja vivida em uma comunidade concreta. Não é simplesmente o cumprimento de uma lei, mas situa-se no plano da decisão de consciência iluminada pela fé. A escolha do valor da contribuição é decisão da consciência iluminada pela Palavra de Deus, sensível às necessidades da Igreja e do próximo. O apóstolo Paulo ensina: “Cada um dê conforme tiver decidido em seu coração, sem pesar nem constrangimento, pois Deus ama quem dá com alegria” (2Cor 9,7). A principal fundamentação do dízimo encontra-se na Sagrada Escritura, por isso o Documento 106 faz citações explícitas sobre o dízimo das diversas passagens bíblicas no Antigo e no Novo Testamento. Contribuir com o dízimo é reconhecer Deus como o Senhor de tudo o que existe, o proprietário da terra de onde provém o alimento e a fonte de toda a bênção (cf. Lv 25,23; Sl24,1). O Documento 106 atualiza as dimensões que até então eram três: religiosa, missionária e social, para quatro: religiosa,

eclesial, missionária e caritativa, com o objetivo de facilitar o entendimento e aceitação de suas propostas. A primeira dimensão do dízimo é a religiosa: nesta dimensão o fiel reconhece sua filiação divina, cultiva e aprofunda sua relação com Aquele de quem tudo provém e expressa sua gratidão, sua fé e conversão. Essa dimensão insere o dízimo no âmbito da espiritualidade cristã. Na dimensão eclesial, o fiel vivencia sua consciência de ser membro do Corpo de Cristo, membro da Igreja, pela qual é corresponsável, contribuindo para que a comunidade disponha de recursos para realizar o culto divino e para desenvolver sua missão. Na dimensão missionária, o fiel toma consciência de seu compromisso batismal, de que a Igreja está presente no mundo e precisa evangelizar até os confins do mundo (cf. Mc 16,15). O dízimo permite também a partilha de recursos entre paróquias e dioceses irmãs, naquelas carências próprias da missão. Na dimensão caritativa, o fiel manifesta o cuidado com os pobres. A atenção com os pobres e suas necessidades é uma das características da Igreja Apostólica. “Os apóstolos reconhecendo o ministério de São Paulo pediram que não esquecesse dos pobres” (Gl 2,10). “Os pobres são os destinatários privilegiados do Evangelho” (Evangelli Gaudium – 48) As finalidades do dízimo, são configuradas pela vida da Igreja e estabelecidas pela legislação canônica. Os fins próprios da Igreja são: organizar o culto, cuidar do conveniente sustento do clero e dos demais ministros, praticar obras do sagrado apostolado de caridade. Essas finalidades devem ser levadas ao conhecimento dos fiéis, como motivação para que os fiéis assumam o dízimo. A implantação do dízimo aprofunda a compreensão da fé, a consciência de pertença a uma Igreja particular, e oferece aos fiéis a oportunidade de compreendê-lo e de assumi-lo com as motivações corretas. A Pastoral do Dízimo tem sido o meio mais eficaz para promover o diálogo, a participação e a corresponsabilidade necessários, para que a ação evangelizadora da Igreja aconteça integralmente.

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Dízimo

William Michon Pastoral do Dízimo

Escola Itinerante da Pastoral Arquidiocesana do Dízimo As diretrizes para a Pastoral do Dízimo da Arqui-

Na Escola são apresentados três temas, estudados

diocese de Curitiba, editadas em março de 2010,

sistematicamente para um aprofundado conheci-

contemplam nas suas atividades permanentes

mento da mística e espiritualidade do dízimo.

desenvolver uma escola itinerante, composta de missionários dizimistas que possam ensinar os

O primeiro tema, Querigma, tem o objetivo de

fundamentos bíblicos, teológicos e pastorais do

levar o cristão a crer e experimentar o amor pes-

dízimo e ofertas.

soal e incondicional de Deus. É desenvolvido a partir de vários pressupostos do encontro pesso-

A Escola Itinerante do Dízimo é uma ação orga-

al com Deus, pois só se torna dizimista o cristão

nizada pela equipe Arquidiocesana da Pastoral

que verdadeiramente está convertido. No início

do Dízimo e tem como objetivo a formação das

deste módulo é estudada a relação do cristão

comunidades sobre o significado do dízimo e a

com Deus, destacando o “Deus amor, como um

importância de colaborar com o Projeto Divino

pai compassivo com seus filhos” (cf. Sl 103, 13).

neste mundo. O segundo tema da Escola apresenta a FundaOs temas abordados durante os encontros ofere-

mentação Bíblico Teórica do Dízimo, apre-

cem ao participante o esclarecimento sobre ques-

sentando as passagens bíblicas desde o Antigo

tões importantes do dízimo com fundamentação

Testamento, atualizando aos nossos dias. São

bíblica e contextualização na realidade individual

apresentadas referências pontuais ao documen-

e paroquial.

to Estudos da CNBB nº 8 – Pastoral do Dízimo, publicado em junho de 1975 como estímulo para a

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A Escola Itinerante é destinada aos coordenado-

importante opção pastoral da Igreja no Brasil. No

res, agentes de pastoral e movimentos, catequis-

recente documento publicado em junho de 2016,

tas e toda a comunidade, sobretudo aos agentes

pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do

da pastoral do dízimo, pois tem em seu conteúdo

Brasil) – Documento 106 – O dízimo na comunidade

subsídios importantes para o desenvolvimento

de fé: orientações e propostas – o dízimo é apresen-

prático e teórico das ações pertinentes à pastoral.

tado na perspectiva da evangelização como um

Também são oferecidas aos seminaristas as orien-

dos elementos da conversão pastoral, que foi

tações para que os futuros religiosos, diáconos e

assumida pela Conferência de Aparecida (2007)

padres sejam profundos conhecedores deste pre-

e tem sido vivamente recomendada pelo Papa

ceito bíblico.

Francisco (Evangelli Gaudium – 25).

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No terceiro tema da Escola Itinerante é enfatiza-

Enfim, a Escola Itinerante do Dízimo é dirigida a

da a Missão da Pastoral do Dízimo, sendo abor-

todos os agentes de pastoral, assim como para os

dadas as dinâmicas para execução adequada da

diáconos, ministros, catequistas e povo de Deus

Pastoral do Dízimo, desde sua implantação até

interessado em se aprofundar no conhecimento

sua manutenção, com sugestões e propostas cla-

da Pastoral do Dízimo. Aos membros da Pastoral

ras e fundamentadas no magistério da Igreja. No

a participação é de extrema importância, pois é

contexto, também, são apresentados os desafios

uma capacitação para o trabalho nas paróquias

da Pastoral do Dízimo, na sua compreensão pas-

de maneira prática e objetiva.

toral e não apenas pecuniária.

Participantes da Escola Itinerante do Dízimo realizada no Setor Cabral

A Escola Itinerante do Dízimo acontecerá em todos os Setores Pastorais da Arquidiocese de Curitiba, sendo previamente agendada, com comunicação ostensiva aos circunscritos no Setor. Neste mês de julho a Escola Itinerante ocorrerá no Setor Campo Largo, na Paróquia Nossa Senhora Aparecida (Rua. Francisco Xavier de Almeida Garret, 2435), nos dias 18, 19 e 20, no horário das 20h às 22h. Mais informações na Secretaria paroquial ou pelo telefone (41) 3032-3065.

EXPEDIENTE

COMISSÃO DA DIMENSÃO ECONÔMICA E DÍZIMO: Coordenador da Comissão: João Coraiola Filho. Padre Referencial da Pastoral do Dízimo: Pe. Anderson Bonin Coordenador da Pastoral do Dízimo: William Michon Pastoral do Dízimo: (41) 2105-6309 (Sonia Biscaia – Secretária)

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Especial

Nossa gratidão a

Dom José Mario e boas vindas aos novos bispos auxiliares No final de maio e início de junho notícias do Vaticano movimentaram a Arquidiocese de Curitiba. O Bispo Auxiliar de Curitiba, Dom José Mário Angonese, foi nomeado no dia 31 de maio pelo Papa Francisco como novo bispo da Diocese de Uruguaiana (RS). Em 7 de junho o Papa nomeou dois padres como os novos bispos auxiliares de Curitiba: Mons. Francisco Cota de Oliveira, do clero da Diocese de Divinópolis (MG) e Mons. Amilton Manoel da Silva, da Arquidiocese de São Paulo, membro da Congregação da Paixão de Jesus Cristo (passionista).

Agradecemos a Dom José Mario Angonese, bispo que muito contribuiu com sua pastoralidade “Minha gratidão ao povo de Curitiba pelos quatro anos de acolhida e boa convivência. Foi uma grande escola e um tempo que vou sempre levar com carinho e bons sentimentos”, afirmou Dom José Mario Angonese, após ter sido nomeado bispo da Diocese de Uruguaiana (RS). Dom José Mário esteve em Curitiba como bispo auxiliar desde abril de 2013. Agora, no dia 20 de julho de 2017, tomará posse como bispo de Uruguaiana. Neste período de quatro anos destacou-se muito pelo seu envolvimento na pastoralidade de nossa Arquidiocese. Foi o bispo que acompanhou a transição entre dois episcopados: Dom Moacyr José Vitti e Dom José Antônio Peruzzo. Um pastor simples, com clareza em sua comunicação e uma forte presença em meio aos padres e às comissões pastorais de nossa Igreja Local. Foi o bispo referencial da Região Episcopal Norte, sendo presença constante nas 40 paróquias, nas reuniões de setor e nos grandes eventos como o EREN (Encontro da Região Episcopal Norte).

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Auxiliou de perto a Comissão Juventude, a Comissão Bíblico-Catequética, a Comissão Família e Vida, a Comissão do Ecumenismo e Diálogo Inter Religioso e a PASCOM Arquidiocesana. Dom José Mario foi referencial para o Diaconato Permanente da Arquidiocese de Curitiba, envolvendo os Diáconos Permanentes em diversas ações pastorais. Um dos grandes destaques do bispo, e que será certamente a marca que deixa entre nós, foi sua atuação junto à Equipe de Animação Missionária. Desde 2013 ele vem acompanhando este grupo e foi responsável por articular o Ano Missionário, em 2015, bem como o Estado Permanente de Missão que dele decorre. Dom José Mario foi fundamental para reforçar na Arquidiocese a importância de o missionário sair para formar comunidade. Em outras palavras, pode ser considerado um dos maiores apoiadores das Pequenas Comunidades de Fé reunidas ao redor da Palavra de Deus.


Rezemos pela nova missão de nosso querido bispo auxiliar A comunidade de Uruguaiana acolherá o bispo com celebração no dia 20 de julho na Catedral de Santana.

A Missa em Ação de Graças a Dom José Mario Angonese em Curitiba acontece no dia 6 de julho, 19h no Santuário Nossa Senhora do Carmo.

“Vestir a camisa”. Uma frase conhecida que se refere a uma pessoa dedicada, comprometida, que coloca seu esforço e coração em alguma causa. Essa frase se encaixa perfeitamente com a passagem de Dom José Mário por nossa Arquidiocese. O bispo gaúcho, com seu jeito sereno e alegre, conquistou o coração dos jovens: vestiu a camisa, mal chegou e já estava no meio da juventude nos preparativos para a JMJ 2013, dando todo o apoio necessário e botando fé no trabalho do Setor Juventude. Usou o tempo todo a cruz jovem do Bote Fé, que usa até hoje, gesto de muito significado para os jovens, que passaram a identifica-lo como verdadeiro pastor e amigo. Presente nos eventos, inclusive vestindo a camisa, sempre disposto a atender os pedidos e demandas da juventude, se tornou próximo e deixou-se aproximar, quebrando qualquer estereótipo ou barreiras entre a igreja e a juventude. Nosso sentimento hoje é de alegria, como se um amigo nosso, que tanto nos ajudou, estivesse se formando na faculdade e fosse atuar em outra cidade, nossa amizade continua, continuaremos rezando por ele e sabemos que ele não deixará de rezar por nós. Dom José Mário, de coração jovem para coração jovem, muito obrigado. Setor Juventude

Dom José Mário, nossa profunda gratidão! Foram quatro anos de caminhada, de apoio, de incentivo, de palavras sábias, de amizade. Este tempo em que acompanhaste a Pastoral da Comunicação (PASCOM) da Arquidiocese de Curitiba, foi um verdadeiro tempo de graça para todos nós. Foste um verdadeiro pastor em nosso meio e um entusiasta da PASCOM. Obrigada Dom José por sua vocação e dedicação para conosco! Dom José Mário, te acompanhamos com nossas orações nesta sua nova missão junto ao povo e a Igreja de Uruguaiana- RS. Não temos dúvida de que a Diocese de Uruguaiana estará em boas mãos! Equipe de coordenação da PASCOM Arquidiocesana

Desejamos homenagear o estimado amigo da Pastoral do Dízimo, Dom José Mario Angonese, que durante sua permanência laboriosa em nossa Arquidiocese incentivou e estimulou a caminhada da Pastoral do Dízimo com suas intervenções sábias, sempre que necessárias. Auguramos ao Dom José Mário bastante sucesso em sua nova Diocese, assim como rogamos suas orações pela nossa perseverança na desafiadora Pastoral do Dízimo. Comissão da Dimensão Econômica e Dízimo

A Comissão do Ecumenismo e Diálogo Inter-Religioso só tem o que agradecer a Dom José Mário. Recentemente na Semana de Oração Unidade pela Unidade Cristã, ele se fez presente e levou uma bela mensagem de encorajamento para que sejamos perseverantes na caminhada rumo a unidade. Dom José deixa saudades. Uruguaiana está recebendo um grande pastor. Vai com Deus, Dom José, não deixe de nos visitar, pois o senhor estará sempre em nossos corações como um grande amigo. Comissão do Ecumenismo e Diálogo Inter-Religioso

D. José Mario Angonese, queremos expressar nossa eterna gratidão à sua presença calma, serena, terna e firme com que nos acompanhou em diversas reflexões, alegrias, desafios e problemas. Desejamos que Deus conserve e fortaleça seu amor pelo Reino e sua alegria na missão. Desejamos um feliz e frutuoso episcopado em terras distantes, sabendo que estará sempre em nossos corações. Comissão da Animação Bíblico–Catequética

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Especial

Acolheremos com alegria nossos novos bispos auxiliares Mons. Francisco Cota de Oliveira

Monsenhor Francisco Cota é natural de Onça do Pitangui – MG, nasceu no dia 5 de agosto de 1969. Completou seus estudos em filosofia na Pontifícia Universidade Católica de Belo Horizonte (1992-1994) e na mesma cidade estudou teologia no Instituto Dom João Rezende Costa (1995-1998). Ordenado sacerdote no dia 01º de agosto de 1999. Desde 29 de janeiro de 2017 está na Paróquia de Nossa Senhora do Pilar, em Pitangui – MG. A Ordenação Episcopal de Monsenhor Francisco Cota acontecerá no dia 26 de agosto no Complexo Esportivo da Universidade de Itaúna (MG).

Foto: Diocese de Divinopolis

“Agradeço muito a manifestação de acolhimento emitida pela Arquidiocese e pelo arcebispo Dom Peruzzo na data da minha nomeação. Quero muito estar a serviço da Arquidiocese de Curitiba. Estou indo em atendimento ao chamado da Igreja, com a certeza de que é Jesus o bom Pastor que nos escolhe para o serviço. Vou com a alegria em servir a Arquidiocese de Curitiba junto com o clero desta diocese, como auxiliar de Dom Peruzzo e minha intenção é estar inteiramente dedicado ao serviço do evangelho junto à comunidade local”.

Mons. Amilton Manoel da Silva, CP

Mons. Amilton Manoel da Silva nasceu em 2 de março de 1963 em Osvaldo Cruz, na Diocese de Marília (SP). Estudou Filosofia na Universidade Federal do Paraná em Curitiba (1992-1995) e Teologia no Instituto de Teologia de São Paulo-ITESP (19972000). Emitiu a profissão religiosa em janeiro de 1997 como Membro da Congregação da Paixão de Jesus Cristo (Passionistas) e recebeu a ordenação sacerdotal em 17 de dezembro de 2000. Foi Superior Provincial da Província Passionista do Calvário, com sede em São Paulo (2013-2016). Também foi Assessor da Conferência dos Religiosos do Brasil, pregador de exercícios espirituais e vigário paroquial em Colombo e Ponta Grossa (PR). Atualmente, é pároco de “São Paulo da Cruz” na Arquidiocese de São Paulo. Sua ordenação episcopal está agendada para o dia 19 de agosto, na Igreja Matriz de São José em Osvaldo Cruz (SP).

Nossa Arquidiocese os acolherá com muita alegria, na certeza de que a presença deles contribuirá muito para nossos trabalhos de evangelização. 14

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Foto:Jackson Maioli Alvarenga

“Rendo graças ao Senhor, por este chamado, sobretudo pela confiança que a Igreja deposita em mim (...). Morei em Colombo – PR, região da grande Curitiba, durante o meu postulantado e depois como religioso e sacerdote. Decorreram 11 anos, onde aprendi a amar este povo e estas cidades… Agora, volto como Bispo, para colaborar com Dom José Antônio Peruzzo no serviço da evangelização. Vou como servidor e discípulo, como missionário e pastor. Busquemos caminhar juntos, no respeito, no diálogo e na compaixão, porque “o amor de Cristo nos uniu”. Este será o nosso maior testemunho, de que Deus está no meio de nós e que a salvação se pauta na alegria do Evangelho e na valorização da vida”.


Juventude

Os agradecimentos

DOS JOVENS

para Dom José Mário Dom José Mario, agradecemos seu testemunho, sobretudo na atenção dada à juventude. Que sua nova missão seja abençoada pelo Sagrado Coração de Jesus. Conte com nossas preces. PJC -Pastoral Juvenil Cleliana das Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus”

Despedir-se não é dizer adeus, queremos com todo carinho agradecer pela dedicação à nossa Arquidiocese e principalmente pelo carinho com os jovens. Desejamos que nessa nova jornada que se iniciará Deus te ilumine e abençoe! Nossos sinceros agradecimentos a você, Dom José Mário. Ministério Jovem – RCC

Obrigado Dom José Mário pelo carinho e cuidado com nossa Arquidiocese, em especial com nossa juventude. Seu carisma e exemplo aproximaram muitos jovens da Igreja. Que essa nova etapa seja linda e imensamente abençoada Movimento TLC de Curitiba

Dom José Mario, gratidão pelo tempo/missão que dedicastes à nossa Diocese. Que nessa nova missão sejas instrumento de Deus para a profecia, e não perca do horizonte os pobres e a juventude. PJ – Pastoral da Juventude – Arquidiocese de Curitiba

Queremos agradecer a Dom José Mário por sua amável e firme presença como Pastor entre nós nestes anos de entrega na nossa Diocese. Suas palavras várias vezes iluminaram nossas vidas e ação, e sua acolhida nos deu confiança para servir à Igreja com nosso carisma. Desejamos êxito em sua próxima missão e invocamos as bênçãos de Deus para que o proteja! Conte sempre com nosso carinho e com nossas orações. Vai com Deus!! Movimento Regnum Christi – obras e grupos de Curitiba

Dom José Mário, gratidão é a palavra ideal para expressar o que estamos sentindo. Somos gratas pela sua presença amiga, sua atenção e sua disponibilidade em nos atender toda vez que fazíamos o convite para participar dos nossos eventos de Congregação. Pedimos ao Espírito Santo que lhe conceda sabedoria em sua nova missão. Conte com nossas orações e comunhão. Irmãs Paulinas de Curitiba

Que Deus continue iluminando seus caminhos, que sua presença possa continuar sendo a lembrança do próprio Pastor no meio de todos. Obrigado sempre. Movimento Geração Reinflama

A presença é uma forma muito concreta de expressar carinho e unidade. Dom José Mário sempre foi um pastor presente na vida da Canção Nova em Curitiba como instituição e missão, mas de forma especial na vida dos membros desta comunidade. Seremos sempre gratos a Deus pela vida deste homem que transborda o amor em sua simpatia, amizade e coerência de vida. Deus o acompanhe Dom José Mário para sua nova diocese. Comunidade Canção Nova

Muito obrigado D. José Mário! Sua presença de pastor no meio da juventude mostra seu grande amor pela evangelização! A juventude da Diocese de Uruguaiana ganhará muito com um bispo alegre e missionário. Padre Waldir – Assessor Eclesiástico do Setor Juventude

EXPEDIENTE SETOR JUVENTUDE: juventude@arquidiocesecwb.org.br / (41) 2105-6364 / 9605-4072 / 2105-6368. Murilo Martinhak / Assessor Eclesiástico: Pe. Waldir Zanon Junior.

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Família e Vida

Comissão Família e Vida

“A QUEM EU TE ENVIAR, TÚ IRÁS E O QUE EU ORDENAR, TU DIRÁS” Jeremias 1,7

EIS-ME AQUI, ENVIA-ME. Isaias 6,8 Seguindo em missão, Dom José Mário parte para

Desta vez, nós é que lhe contaremos uma história,

a Diocese de Uruguaiana (RS), para a qual foi

uma que lembra sua pedagogia: simples e surpre-

designado pelo Papa Francisco. Afinal, missão é

endente:

sempre saída: sair de si, sair do lugar, sair do que é cômodo…

“Afastado das aldeias, perto de uma montanha, morava um velho sábio. Vivia sozinho e de forma bas-

Enviado pela bondade, misericórdia e ternura de

tante austera. Alimentava-se praticamente só das

Deus para a Arquidiocese de Curitiba, veio a nós

coisas que cresciam na horta que cultivava perto de

com humildade e sutilmente foi chegando, aco-

sua choupana. De vez em quando, algum morador lhe

lhendo e sendo acolhido, participando, sendo fa-

presenteava também com alguma comida. Era muito

mília, sendo Igreja.

conhecido por sua sabedoria e muito procurado por todos que quisessem um conselho para tomar alguma

Seu sorriso fácil e largo conquistou a todos. De

decisão ou resolver algum problema. Como dificilmen-

fala mansa, mas firme, proclamou com fidelida-

te se afastava de sua moradia, estava sempre à dispo-

de e sabedoria a Palavra de Deus. Traduziu-a em

sição de quem o procurasse.

suas atitudes, em seus braços sempre abertos e prontos para abraçar; em seus ouvidos e coração

Também muitas crianças gostavam de andar por lá

atentos a ouvir.

e escutar o velho falar. Um dia uma criança disse ao velho sábio:

Quanta Paciência! - Você dá conselhos a todas as pessoas que aqui vêm. Diante de nossos equívocos

Você sabe falar sobre qualquer assunto. Mas, diga

usou a correção fraterna.

uma coisa: quando você mesmo precisa de um conse-

Como bom pedagogo,

lho, a quem procura?

ensinou-nos muito com suas “histórias para fazer pensar”. Para con-

O velho sábio deu um pequeno sorriso e respondeu ao garoto:

cluir as homilias uma história, singela, mas

- Eu tenho um pássaro. Eu pergunto a ele. E ele me

profunda como aque-

ajuda bastante.

las

contadas

Jesus.

por Desde então, espalhou-se em toda região a história do pássaro conselheiro que vivia com o velho sábio. As

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pessoas de todas as aldeias da região ficaram curiosas

- Eu não disse que o pássaro dá respostas. Eu só disse

para conhecer o pássaro. Muitos espreitavam a chou-

que este pássaro me ajuda bastante, pois a ele eu faço

pana do velho sábio por longas horas, para ver se viam

as perguntas. E faço muitas perguntas. E se eu souber

alguma coisa. Mas ninguém nunca chegou a ver o tal

fazer bem as perguntas, já é uma etapa importante

pássaro. E assim, a curiosidade só aumentava e nin-

na busca das respostas”. (De “Histórias para Dinami-

guém tinha coragem de perguntar ao velho sábio onde

zar Reuniões” - Volney J. Berkenbrock. Editora Vozes,

estava o pássaro conselheiro. E os pais aconselhavam

2008.p.13 )

os filhos a não tocarem no assunto do pássaro com o velho, pois tal pássaro podia até ser muito perigoso.

Da mesma forma, a fala de D. José Mário sempre nos instigou a pensar e ensinou-nos a perguntar:

Uma vez, um grupo de crianças estava conversando

“Senhor o que queres que eu faça? Senhor o que

com o velho sábio e uma delas, muito curiosa, tomou

queres de mim?” E perguntar nos ajudou a estar-

coragem e perguntou ao sábio sobre o tal pássaro. O

mos atentos e obedientes à resposta, à missão

velho sábio disse:

que Jesus nos confiou: a de sermos testemunhas.

- Então, quere ver o meu pássaro? É muito simples. Es-

Que D. José Mário leve consigo a certeza de que

pere um pouco.

aqui fez irmãos, amigos, família, pois conosco se fez UM em Cristo.

O velho sábio entrou na sua choupana e pouco depois saiu de lá com um pássaro de madeira na mão, esculpi-

Que a Sagrada Família de Nazaré o abençoe e

do toscamente com um canivete. As crianças olharam

guarde. Conte com nossas orações.

aquilo meio incrédulas e perguntaram se o velho sábio tinha certeza que este era o pássaro que dava respostas às suas perguntas. E o velho sábio respondeu:

EXPEDIENTE Comissão da Família e Vida: Assessor Eclesiástico: Diácono Juares Celso Krun. Sonia Biscaia – soniaabs@arquidiocesecwb.org.br / 2105-6309

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Dimensão Social

João Ferreira Santiago Teólogo e Poeta Coordenador da Campanha da Fraternidade 2017

Conversão Integral e Mudança de Mentalidade são passos do mesmo caminhar que se precisam e se completam Três exigências acompanham a Igreja desde seu início como Igreja Nascente até hoje: a) seguir Jesus de Nazaré, sendo a sua presença conflitantemente misericordiosa para com os que sofrem, são excluídos e perseguidos; b) ser o sinal do Reino de Deus, testemunhando a sua bondade ao nos enviar seu Filho para nos salvar; c) anunciar a Boa Nova, servindo e aprendendo a servir com gratuidade e simplicidade. Cuidando e guardando a criação e garantindo, assim, a vida em abundância para as futuras gerações. É destas exigências que decorrem os sacramentos, os ritos, as celebrações, a eucaristia e outras atividades e a própria identidade da Igreja no mundo. E não o contrário. Comungar com Jesus é antes de tudo testemunhá-lo fazendo o bem e sendo misericordioso. Neste caso, segui-lo é semelhante a ser de sua família (Mt 12, 48-50). Assim, ser Igreja está mais nas ações concretas de caridade, de compromisso com a transformação das realidades de injustiça, do que com a função eclesial ou com a forma como se veste ou se reza. E disso tudo surge também uma das dificuldades de sermos Igreja discípula e missionária e seguidora de Jesus de Nazaré. A mudança de mentalidade. Primeiro porque mudança gera conflito e poderíamos dizer que predomina em nosso tempo um cristianismo que nega e foge do conflito. Como se isso fosse possível, já que essa parece ter sido uma preferência de Jesus de Nazaré. Afinal, por que apanhar espigas justamente no Sábado e à vista dos fariseus? (Mt 12, 1-8). É necessário compreender o que Mateus diz no versículo sete: “Quero misericórdia e não sacrifício”, para mudar de mentalidade. A misericórdia consiste exatamente em enxergar, reconhecer e se comprometer com o sacrifício imposto aos pequenos, fruto da exploração e da malvadeza dos poderosos e arrogantes. Estes estão em todos os lugares, e como acontecia no tempo de Jesus, inclusive na Igreja. O capítulo nove do livro do renovador e reconstrutor Neemias, que trouxe uma nova mentalidade para o povo no pós-exílio durante o século V antes da Era Cristã, é repleto de sinais. Ao relembrar a Aliança de Deus com Abraão (v8), Neemias nos conduz a refletir sobre algo que perpassa a CF2017, Fraternidade e os Biomas, Cuidar e Guardar a Criação (Gn 2,15). Que aliança nós rompemos hoje com Deus? Não nos parece flagrante o nosso rompimento com essa aliança ecológica, quando vemos a situação de nosso planeta, sobretudo em nosso país, a partir de seus seis biomas? Continuamos com a mentalida-

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de exploradora, consumista e indiferente, e vivendo como se nos fosse possível viver sem as árvores, os pássaros, os rios, as flores e as abelhas. Ou ainda, indiferentes aos vinte milhões de desempregados. E ainda, como se fosse possível agradar e servir a Deus, vivendo com tantas desigualdades sociais e injustiças que roubam de milhões de irmãos e irmãs, sempre os mais pobres, o direito à vida em abundância (Jo 10,10). É para a conversão que a Campanha da Fraternidade nos convida e isto, por si só, traz a necessidade de uma mudança de mentalidade. Da mentalidade do comodismo para um despertar profético em que, como adulto, eu saio a evangelizar, mas também sou evangelizado, pelo outro e pela outra que me ouvem, pela realidade que nos espreita a todos e todas, e pelo Espírito de Deus que em primeira e última instância é sempre quem nos desperta, nos move e nos envia. Este mesmo Espírito levou Jesus para o deserto (Mt 4,1-11). É interessante observar que o Espírito não levou nem para Jerusalém, nem para o templo, nem para uma sinagoga, mas para o deserto. Resistir, recusar os atalhos, as aparentes facilidades, os reducionismos e as tentações de sermos os donos da verdade, de não resolvermos as coisas com assistencialismos, é um passo importante rumo à conversão. Porque revela os sinais de uma mudança de mentalidade. Para a Igreja do século XXI isto quer dizer, também, a necessidade de novas metodologias de abordagem e de evangelização. Com relação a abordagem não é mais possível insistir na infantilização das pessoas, quando não de sua descaracterização como ser humano. A busca de uma conversão integral, tão urgente e necessária, passa pela atitude cristã de nos reconhecermos responsáveis pelo que somos e pelo que fazemos com que o planeta seja. Ser cristão tem exigências e consequências éticas, morais e políticas, não sendo possível, portanto, acreditar que a miséria liberta e que a iniquidade converte a sociedade para o senso de justiça e para o amor. São as nossas atitudes que tornam o mundo melhor ou pior e não o contrário. É importante o que diz a este respeito Zigmunt Bauman, no seu livro “Ética Pós-Moderna”: “Suspeitamos que a verdade da questão seja oposta ao que se nos disse. É a sociedade, é sua existência contínua e seu bem-estar, que se tornam possíveis pela competência moral de seus membros – não vice-versa” (BAUMAN, 2013,


p 50). E aqui, por mais que pareça repetitivo, é antes de tudo pedagógico buscar aprender nas outras ciências humanas e com seus mestres. Serão os cristãos e as cristãs que, conscientes de suas responsabilidades, assumindo-se politicamente, darão cada passo rumo à conversão integral. Para se chegar a este ponto teremos que passar por alguns outros pontos como a conversão pastoral, em que a Igreja não pode ser semelhante a um clube aonde se vai para um lazer; outro ponto igualmente importante é a conversão ecológica, tão presente na teologia do Papa Francisco, e está como o grande clamor da CF2017; ainda temos a questão bíblica que se constitui no nosso grande desafio, pois ainda lemos a bíblia muitas vezes para ficarmos calmos. A Leitura Orante da Bíblia nos convida a ficarmos calmos/as, a tranquilizarmos nosso coração e nossos pensamentos para assim fazermos uma leitura libertadora e encorajadora da Palavra de Deus. Buscando concluir nossa reflexão, que é apenas um ponto de partida, uma provocação que almeja desacomodar nossas ações tantas vezes excessivamente obedientes, repetitivas e legitimadoras de um clericalismo que já não cabe na mochila de uma Igreja que por força de sua peregrinicidade também não cabe nos preceitos de uma lei que discrimina e mata, por isso, colhe espigas aos sábados. Precisamos superar esse trauma por política e assumir a maturidade na fé, como seguidores e seguidoras de um preso político, condenado à pena de morte por não aceitar

que fé e política são dimensões separadas. Jesus não era um agitador político, no entanto sua pratica tem consequências políticas, como afirma Bonh Gass: “Diante do representante do império, as autoridades judaicas acusam Jesus de subversivo. Percebem que sua prática também tem consequências políticas. Quatro são as acusações: a) Ele é contra o pagamento de impostos a Cesar (Lc 23,2; Mc 12, 13-17); b) quer ser Messias e rei (Mc 15,26; Lc 23,2; Jo 19, 12); c) Ele é agitador que organiza o povo para se rebelar (Lc 23, 5.14); d) é um malfeitor (Jo 18, 30)” (BONH GASS, 2005, p 189/190). A nossa conversão integral, por fim, depende de nossa capacidade de buscar e perseguir uma mudança de mentalidade, e esta, por sua vez, depende muito do Jesus que a gente segue. Quem são de agitadores e os acusados de malfeitores e de organizar o povo hoje? Seguimos afinal, um Jesus triunfalista, refém das regras estabelecidas, “bonzinho”, quase indiferente aos que sofrem e que discrimina o que é diferente ou não cabe em nossa caixinha, ou aquele Jesus que se apresentou para a Samaritana (Jo 4, 1-26), estrangeiro, pobre, carente, mas cheio do Espírito de amor? Jesus mostrou em diversos momentos a relação entre a mudança de mentalidade e a conversão. Inclusive consigo mesmo, senão vejamos o seu diálogo-conversão com a mulher cananeia (Mt 15,21-28). Quando falamos de responsabilidade é no sentido de que a Comunidade evangelizada seja consequentemente uma comunidade evangelizadora. Isto significa também mudança de mentalidade.

Referências bibliográficas:

- BAUMA, Zigmunt. Ética pós-moderna. São Paulo: Paulus, 6ª reimpressão, 2013. - Bíblia Sagrada Nova Pastoral. São Paulo: Paulus, 2014. - BONH GASS, Ildo. Uma introdução à Bíblia – Período Grego e Vida de Jesus – Volume 6. São Leopoldo-RS: CEBI, 2005.

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Comunidades

Comunidade Católica Vale de Saron A década de 80 apresentou-se como um marco de grande fervor na Renovação Carismática Católica nacional. Em Curitiba, de igual forma, houve o surgimento de inúmeros grupos de oração. Nessa época frutífera, entretanto, observou-se uma lacuna: não havia nada especificamente relacionado à juventude. Nesse contexto de ausência, entre os anos de 1985 e 1987, Rogério Sisti Peres e Luiz Antônio Gonzaga de Oliveira, juntamente com um pequeno grupo de jovens, sentiram o desejo de realizar uma obra entre a juventude e deram início a um grupo que se reunia com frequência para compartilhar momentos de espiritualidade, almoços, domingos juntos e muitos outros momentos de convivência e partilha. Esta caminhada de aproximadamente dois anos culminou, em setembro de 1987, com o início do Grupo Jovem de Louvor “Vale de Saron”. Esse marco histórico do primeiro encontro aconteceu no colégio da Divina Providência, na Rua do Rosário. A partir da criação efetiva do Grupo de Jovens de Louvor Vale de Saron, incendiados pelo poder do Espírito Santo e movidos pelo amor a Cristo e à Igreja, iniciou-se um momento novo para a juventude de Curitiba. Em 1989, a aproximação do Vale de Saron com a Renovação Carismática de Curitiba se fortaleceu quando Luiz Antonio Gonzaga de Oliveira – um dos fundadores do grupo – foi escolhido o primeiro coordenador jovem da RCC da arquidiocese; foi ele quem idealizou um momento de encontro de espiritualidade no período de carnaval: o

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Gabaon, que perdura até hoje e é um dos maiores encontros da igreja local. O Grupo Vale de Saron sempre buscou estar próximo e fiel à Igreja de Curitiba, estando juntos e submissos a seu Arcebispo, Bispos auxiliares ou Presbíteros indicados por estes para acompanhamento do grupo ao longo de sua história. Em 1994 o Grupo de Louvor Vale de Saron – já em sua maturidade e não tendo mais como foco único a juventude – após alguns encontros cujos pregadores foram enviados pela Comunidade Católica Shalom de Fortaleza-CE, chegou ao consenso de que o grupo iniciara-se com uma moção diferente dos demais grupos de oração da RCC. Foi então que a liderança da época discerniu que, de fato, o trabalho iniciado por Deus não era de um Grupo de louvor, mas de uma Comunidade Nova, com carisma e espiritualidade próprios: a Comunidade Católica Vale de Saron. Somos uma comunidade de aliança, reconhecida dentro da arquidiocese de Curitiba, com seus estatutos aprovados por Dom José Antonio Peruzzo. Nosso carisma é Viver a Restauração pelo poder de Deus e levar a Água Viva do Espirito Santo a todos com a alegria do Cristo Ressuscitado. Nossos baluartes são Nossa Senhora de Fátima, São Francisco de Assis, São Felipe Néri e Santo Inácio de Loyola.


Pascom

Sílvia Oliveira PasCom São José Trabalhador

1º Workshop Pastoral da

Paróquia São José Trabalhador Conhecimento, informação, estudo e ação. O 1º Workshop Pastoral da São José Trabalhador, realizado nos dias 3 e 4 de junho, uniu crismandos e comunidade paroquial. A proposta do encontro, uma iniciativa da Arquidiocese de Curitiba, é criar um canal de comunicação permanente entre os fiéis e os organismos que atuam nas mais diferentes áreas da paróquia. Durante o evento, focado principalmente nos alunos da catequese, foi possível tirar dúvidas sobre o carisma e as atividades desenvolvidas pelos agentes pastorais e movimentos da Igreja. Além de oferecer material explicativo, os membros e lideranças ficaram à disposição para esclarecer questões pertinentes do trabalho de cada um. Mais de 20 pastorais participaram ativamente do workshop mostrando as atividades e obras desenvolvidas ao longo do ano. Por meio de folders, cartazes, ilustrações, livros e símbolos litúrgicos, os visitantes puderam acessar um universo antes distante da realidade da maioria. “Ficamos muito felizes com o resultado do evento. É fundamental criar esta dinâmica pastoral de interação entre nossos movimentos, catequizando e comunidade paroquial”, comemora Pe. Carlos Marson, pároco da São José Trabalhador. Para melhor receber os participantes do workshop, a Paróquia São José Trabalhador ofereceu um delicioso café da manhã. As pastorais também prepararam lembrancinhas que foram distribuídas como forma de agradecimento pela visita. Nos dois dias de encontro muitos pais de crismandos compareceram para conhecer melhor nossas opções de serviço. O envolvimento familiar é um dos objetivos principais do workshop, uma vez que os pais devem ser os principais motivadores dos filhos dentro da igreja. Com a divulgação de nosso trabalho, estamos focados em abrir um espaço efetivo para a entrada de novos integrantes, sejam jovens da catequese ou adultos que estejam interessados no engajamento voluntário cristão.

EXPEDIENTE PASTORAL DA COMUNICAÇÃO: pascom@arquidiocesecwb.org.br. (41)9999-0121 | Coordenador: Antonio Kayser

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GAM

5º Jornada Nacional da Infância e Adolescência Missionária Com o tema: “IAM do Brasil a serviço da missão na Oceania” a Pontifícia Obra da Infância e Adolescência Missionária (IAM) celebrou, no mês de maio, em todo o Brasil, a sua 5ª Jornada Nacional. A iniciativa surgiu para marcar o aniversário de fundação da Obra criada na França por dom Carlos de Forbin-Janson em 19 de maio de 1843. As Jornadas da IAM no Brasil começaram em 2013. Na Arquidiocese de Curitiba aconteceu em três momentos, pelas regiões episcopais, a celebração da Consagração à Infância e Adolescência Missionária. A primeira aconteceu no dia 21 de maio em Pinhais na Comunidade Santo Antônio, Paróquia Nossa Senhora da Saúde, na Região Norte. Já a segunda, foi realizada no dia 27 de maio em Campo Largo na Paróquia Nossa Senhora da Piedade, com os grupos da Região Centro-Oeste. E por fim, no dia 28 de maio na Paróquia São Cristóvão, situada na Região Sul. Durante a celebração da Jornada, todos os grupos de IAM fazem a entrega dos cofrinhos missionários (As crianças e adolescentes missionários cooperam materialmente com ofertas que são fruto de seus sacrifícios), em nossa Arquidiocese foram arrecadados R$ 3.928,00. Ao todo consagraram-se à IAM 415 crianças e adolescentes da Arquidiocese de Curitiba, reforçando seu compromisso em tornar Jesus Cristo conhecido e amado.

EXPEDIENTE

GRUPO DE ANIMAÇÃO MISSIONÁRIA: (41) 2105-6375 comidi@arquidiocesecwb.org.br / Patryck Madeira / Edson Soares: (41) 2105-6376

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Edson Soares

Visitas missionárias: vamos seguir o exemplo do Papa As redes sociais destacaram recentemente a emoção das pessoas visitadas pelo Papa Francisco, provavelmente você viu isso em seu celular, computador ou até mesmo ouviu algum comentário. Caso não, por favor, faça uma busca na internet. Aparecerão várias notícias. Olhando esse fato, pergunto: “Seria isso novidade?” A matéria publicada pelo Vaticano deixa claro que o padre da paróquia tem por costume visitar as casas no tempo pascal, e que já havia comunicado ao condomínio que seria ele o visitador. Receber o próprio Papa Francisco foi um “upgrade” digno de noticiá-lo. Ao pensarmos 2015 como o ano Missionário e a atitude do Papa Francisco em maio deste ano nos deparamos com a certeza de que a Igreja deve colocar-se em chave missionária em especial na dimensão paradigmática, isto é, mudando os hábitos de acordo com a sua realidade paroquial 1 . E para responder a pergunta do parágrafo anterior, isso não é novidade! “Depois que os Onze voltam à Galileia e sobem a montanha, eles enxergam o Mestre e se prostram. Jesus então se aproxima (detalhe importante!), diz que já recebeu toda a autoridade e envia seu grupo em missão, mas com uma promessa: “estou sempre junto a vocês!” Mt 28,16-20.

- Sensibilização: Bem... se você leu esta matéria até aqui você é uma liderança, e se não participa de nenhum movimento da paróquia até agora entenda: essa é uma oportunidade! - Planejamento: Conhecer a sua região de maneira a saber como realizar as visitas, o número de casas a serem visitadas, enfim todas as informações que você achar relevante. - Visitas: Na prática é fazer como o Papa Francisco. Busque ler a matéria sobre a visita surpresa realizada pelo Santo Padre em 19 de maio deste ano a famílias no litoral romano. - Pequenas comunidades e grupos de famílias: Esse é o passo seguinte! É unir-se para rezar, celebrar, testemunhar e também para confraternizar. Enfim respondendo a segunda pergunta, caso na sua paróquia as visitas Missionárias ainda não sejam um costume, o que acha de criarmos esse costume? O Importante é começar afinal sabemos o que queremos conforme a Evangelii Gauduim 49: “Saiamos, saiamos para oferecer a todos a vida de Jesus Cristo!”.

E na sua paróquia? As visitas Missionárias já se tornaram um costume?

1

Consulte o Manual Missionário documento da Arquidiocese de Curitiba.

2

Documento lançado pela Arquidiocese de Curitiba em Maio deste ano.

Foto: br.radiovaticana.va

Partindo do subsídio “O Itinerário da Paróquia Missionária” 2 destacamos a seguir quatro pontos que você também pode e/ou deve fazer como missionário em sua paróquia seguindo o exemplo do Bispo de Roma.

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Liturgia

Pe. José Airton de Oliveira

Comissão Litúrgica agradece aos fiéis pela participação na celebração de Corpus Christi Que a paz esteja com todos! Com a alegria que desejo o que a paz do Senhor que caminha conosco e jamais nos abandona, esteja em seu coração. Gostaria de partilhar neste mês com todos como foi muito importante o empenho e a participação na festa da Eucaristia na quinta-feira de Corpus Christi. Vi como a dedicação e doação de todos fizeram a grande diferença na participação tanto na celebração como na procissão, e claro, também nas confecções dos tapetes que saíram todos belíssimos. Por isso gostaria em nome da Comissão Litúrgica da Arquidiocese de Curitiba de agradecer a todos pela grande participação e esforço para que tudo saísse bem. Não cito nome porque poderia esquecer-me de alguém, mas que todos se sintam agradecidos e lembrados em minhas orações.

Na liturgia que participamos com amor o Senhor realiza a sua obra e nos edifica no seu reino. Por isso, viva intensamente a sua missão, seja ela qual for, mas que nossa experiência com Cristo Eucarístico sempre nos renove a cada dia. Deus vos abençoe abundantemente!

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Fotos: PASCOM - Arquidiocese de Curitiba

Deixo uma reflexão que sai de meu coração: A Eucaristia traz a paz e alegria de nos sentimos amados do Senhor e cada vez que celebro a Eucaristia renovo minha fé naquele que me vocacionou e enviou-me em missão para evangelizar. Sei que não é fácil, mas quando estou inteiramente ligado nele tenho força para seguir em frente. Ame de todo o coração a Jesus Cristo, faça muitas vezes uma visita para Ele no sacrário e veja a diferença que faz em sua vida. Nunca deixe de participar da Santa Missa por inteiro e verás que tudo pode ser mudado, pois Ele faz a diferença em nossa vida. Sempre nossas celebrações devem ser fervorosas e vibrantes, deixando que a Palavra e a Eucaristia transformem nossa vida.


Painel do Leitor

Fotos: PASCOM - Arquidiocese de Curitiba

Corpus Christi reuniu multidão e mostrou unidade da Igreja em Curitiba

Cerca de 100 mil pessoas acompanharam a solenidade do Corpus Christi no centro da cidade nesta quinta-feira. O número conta apenas quem esteve presencialmente, pois a solenidade contou com transmissão ao vivo por rádios e pela TV Evangelizar. “Hoje realizamos um grande testemunho na fé da Eucaristia. Manifestamos nossa identidade com Igreja”, afirmou o Arcebispo Dom José Antônio Peruzzo. A missa foi celebrada pelo Arcebispo Dom Peruzzo, e co-celebrada pelo bispo auxiliar Dom José Mário e pelo arcebispo emérito Dom Pedro Fedalto. Foi seguida pela tradicional procissão sobre os ta-

petes, confeccionados por paróquias e movimentos da Igreja católica. Neste momento da procissão a Av. Cândido de Abreu esteve repleta de fiéis do seu início ao fim. Neste ano o tema foi a devoção à Virgem Maria, em homenagem aos 300 anos da aparição da imagem de Nossa Senhora Aparecida no Brasil. “O nosso carinho por Nossa Senhora é um elemento que tipifica nosso modo de professar a fé. Nosso país passa por dias tão difíceis, por isso é importante orar”, disse Dom Peruzzo, deixando uma mensagem de paz para todos os presentes.

CNBB lança documento sobre iniciação à vida cristã A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou o novo documento: “Iniciação à vida cristã: itinerário para formar discípulos missionários”. O texto foi aprovado pela 55ª Assembleia Geral da CNBB e recebe o número de 107 da coleção azul da Conferência. O documento oferece novas disposições pastorais para a iniciação à vida cristã, presente nas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora desde 2011. Para os bispos, a dedicação em torno da temática revela o propósito de “buscar novos caminhos pastorais e reconhecer que a inspiração catecumenal é uma exigência atual”. Ela permitirá formar discípulos conscientes, atuantes e missionários. Aos catequistas e responsáveis pela animação pastoral das dioceses e comunidades está disponível no site da CNBB um material com slides para trabalhar o texto.

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Painel do Leitor

Três eventos imperdíveis em um final de semana Nos dias 28, 29 e 30 de julho o Cenáculo Arquidiocesano será o local de 3 eventos trazidos a Curitiba pela cantora Ziza Fernandes e sua produtora, a Oficina Viva. Ela conversou com a Revista Voz da Igreja:

Ziza, por que trazer esses eventos para Curitiba? A cidade de Curitiba nos recebeu de braços abertos para que pudéssemos trazer os eventos inéditos da Oficina Viva Produções. É uma alegria muito grande que essa estreia possa acontecer no meu estado querido onde nasci. Esperamos que esta iniciativa gere muitos frutos para a Igreja local.

Meeting de Criatividade: O Meeting de Criatividade é um encontro inédito e criado para todos os que trabalham com arte, criatividade e comunicação na Igreja. É voltado para todos que atuam nas paróquias, pastorais e movimentos e pensam em contribuir para um trabalho de evangelização mais criativo. Qual o grande benefício que esse encontro vai trazer para quem trabalha com arte ou comunicação em qualquer espaço da Igreja? Diariamente enfrentamos em nossa Igreja o desafio de transmitir a Boa Nova de Jesus Cristo de alguma forma capaz de atrair a atenção das pessoas. E por que nem sempre conseguimos? Porque muitas vezes nossa forma de evangelizar parece “remendo novo em roupa velha”, não é mesmo? Por este motivo, o Meeting de Criatividade foi pensado para proporcionar uma formação integrada onde os participantes possam pensar diferentes esferas da vida que podem contribuir para um trabalho de evangelização novo. Horários: 28 de Julho: das 19h às 22h | 29 de Julho: das 09h às 17h Local: Cenáculo Arquidiocesano. Rua Mateus Leme, 35, Curitiba - PR

Congresso Humanitas: O congresso foi criado para que mais mulheres se entendam e se conheçam melhor, percebendo seu valor. Dedicado a todas as mulheres que desejam ser mais fortes diante de suas perguntas, seus próprios sonhos e projetos. Será um dia inteiro de formação com Judith Dipp, Ziza Fernandes e participações especiais. O que as participantes podem esperar? Além de uma fomentação do auto-conhecimento e estrutura psicológica, o conteúdo abraça o estímulo de crescimento diante do ideal de mulher sábia e também se estende à formação da mulher virtuosa, como ser moral, político, literário e especialmente artístico. Numa proposta integrada e participativa, esperamos provocar uma melhora significativa na vida da participante e consequentemente na presença vital da mulher na Igreja. Horário: 30 de Julho: das 9h às 18h Local: Cenáculo Arquidiocesano. Rua Mateus Leme, 35, Curitiba - PR

Ziza Fernandes - Segredos: Ziza Fernandes leva ao público de Curitiba o “Show Segredos”, que comemora os seus 25 anos de carreira, relembrando diversos momentos especiais de realização pessoal e artística no Brasil e ao redor do mundo. Horário: 29 de Julho: 19h Local: Cenáculo Arquidiocesano. Rua Mateus Leme, 35, Curitiba - PR Ingressos: www.aloingressos.com.br

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Semana de Oração pela Unidade Cristã 2017 em Curitiba Organizada pelo Movimento Ecumênico de Curitiba (MOVEC), aconteceu entre os dias 28 de maio a 4 de junho a Semana de Oração pela Unidade Cristã (SOUC). A programação contemplou celebrações ecumênicas em diferentes igrejas cristãs, um evento acadêmico junto com organismos parceiros da PUCPR e a tradicional Noite Musical. Desde seu surgimento, a dinamização da SOUC tem sido a atividade de referência do MOVEC e, a partir dela, outras iniciativas de diálogo e cooperação entre cristãos e cristãs foram suscitadas. Em 2017 houve aproximação e envolvimento de novos grupos e comunidades ao calendário celebrativo e também inovação na comunicação, com transmissões ao vivo via rede social, como uma ferramenta para possibilitar que outras pessoas também pudessem acompanhar em sintonia com as atividades realizadas. Informações e registros da SOUC podem ser encontrados na página do MOVEC no Facebook - facebook.com/ movimentoecumenicocuritiba

Paróquias de Curitiba em campanha pela população em situação de rua A Arquidiocese de Curitiba, a pedido da prefeitura de Curitiba, firmou uma parceria para atender pessoas em situação de rua. A parceria envolve a FAS – Fundação de Ação Social de Curitiba e as paróquias das cidades que compõem a Arquidiocese de Curitiba. Pela parceria as paróquias passam a ser pontos de coleta de donativos para atender pessoas que atualmente vivem nas ruas.

Participe. Durante esse inverno doe em sua paróquia estes quatro itens: cobertores, colchões, camas e toalhas de banho. “Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destesme de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e foste me ver” Mt, 35-36

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Conheça e adquira os produtos do Setor de Artigos Religiosos na Mitra da Arquidiocese de Curitiba

Novo subsídio da Arquidiocese

de Curitiba

R$3,00

Adquira em: sac@arquidiocesecwb.org.br telefone (41) 2105-6325. Av. Jaime Reis nº: 369 – Alto São Francisco ,Curitiba/PR


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