Revista Arquidiocese - Outubro 2017

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Publicação da Arquidiocese de Curitiba - Paraná

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Evangelizar no Mundo Urbano No mês missionário, uma reflexão sobre os desafios de levar a luz do Evangelho em ambientes muitas vezes repletos de descrédito aos discursos. Pg.14

Veja também Quais os desafios e meios utilizados em nossas Paróquias para as missões? Confira três experiências urbanas diferentes da Arquidiocese de Curitiba. Pg 16, 17 e 18 Igreja em Saída Iniciou a Peregrinação da Palavra e dos Símbolos Missionários pelas paróquias da Arquidiocese de Curitiba. Pg 23 Jovem faz missão? Como a juventude tem despertado para a consciência da evangelização fora do ambiente paroquial? Pg 11 + artigos e novidades de nossa Arquidiocese

Ano XIV - Edição 177 - Outubro de 2017


Agenda Mensal dos Bispos Outubro/2017

Ação Evangelizadora

Dom José Antônio Peruzzo Arcebispo da Arquidiocese de Curitiba

Editorial “Ide por todo o mundo, e pregai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16,15). A mensagem que nosso Senhor Jesus Cristo deixou é simples e clara: precisamos ser uma Igreja em saída. É nosso dever anunciar o Evangelho a todos os povos, todas as culturas, utilizando diferentes meios e processos para atingir este objetivo. Papa Francisco convidou os cristãos e as comunidades cristãs a saírem de suas comodidades para levar a luz do Evangelho nos mais diversos recantos e nas mais longínquas periferias da humanidade. “Cada cristão e cada comunidade há de discernir qual é o caminho que o Senhor lhe pede, mas todos somos convidados a aceitar esta chamada: sair da própria comodidade e ter a coragem de alcançar todas as periferias que precisam da luz do Evangelho”. Neste mês de outubro, a revista Voz da Igreja propõe uma reflexão sobre missões na cidade: o que precisamos fazer para evangelizar no mundo urbano? Trazemos aqui as experiências de evangelização vivenciadas em algumas de nossas paróquias que poderão contribuir para responder a esta questão. Nossos jovens também estão cientes de sua missão evangelizadora, e neste mês apresentam um artigo que nos chama à reflexão já pelo título: “Jovem faz missão? Sim ou Claro?”. Outubro também é o mês em que celebramos os 300 anos da aparição de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, a virgem que trouxe consigo os traços marcantes da nossa cultura e tradições. O dia 12 de outubro é o grande momento da solenidade de nossa Mãe com festa e alegria. Momento celebrado também nesta edição. A Comissão de Canto e Liturgia apresenta um passo a passo da Missa, de forma didática, com foco principalmente nos cantos. É um breve “manual” que nos orienta a valorizarmos o sagrado em nossas celebrações. A Dimensão Social aborda o desafio das pastorais no mundo urbano, na construção de uma Igreja Comunidade de Comunidades. O coordenador da Pastoral Arquidiocesana do Dízimo apresenta o testemunho de como um missionário leigo pode contribuir para que o trabalho pastoral seja concretizado com determinação e ardor. Ajude-nos a deixar a revista Voz da Igreja cada vez mais interessante, com reflexões que orientem nossa caminhada diária com Deus. Dê sugestões, proponha artigos, deixe suas críticas... Este espaço é nosso, da nossa Arquidiocese de Curitiba. Tenha uma ótima leitura!

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A revista Voz da Igreja é uma publicação da Arquidiocese de Curitiba sob a orientação da Assessoria de Comunicação CONSELHO EDITORIAL - Arcebispo da Arquidiocese de Curitiba Dom José Antônio Peruzzo | Chanceler: Pe. Jair Jacon | Ecônomo da Mitra: Pe. José Aparecido Pinto | Coordenador da Ação Evangelizadora: Pe. Alexsander Cordeiro Lopes | Coordenador geral do clero: Pe. Rivael de Jesus Nacimento | Jornalista responsável: Téo Travagin | Assessoria de Comunicação: Sintática Comunicação | Revisão Teológica: Pe. Roberto Nentwig | Colaboração voluntária: 13 Comissões Pastorais| Apoio: Centro Pastoral | Projeto gráfico e diagramação: Sintática Comunicação | Capa: Ilustrações do Cartaz Campanha Missionária 2017 - POM | Tiragem: 10 mil exemplares.

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Arquidiocese de Curitiba | Outubro 2017

01 • Abertura do Seminário Arquidiocesano 16 • Encontro com os Médicos no Hospital da Vida, na PUCPR Nossa Senhora do Rocio, em Campo • Missa na Paróquia Cristo Ressuscitado Largo • Crisma na Paróquia Nossa Senhora do 17 a • Assembleia Geral do Clero, na Casa de Rocio 19 Retiro do Mossunguê 02 • Gravação na TV Evangelizar 17 • Visita no Seminário Propedêutico 02 a • Reunião dos Bispos do Regional Sul II, na 19 • Visita no Seminário Bom Pastor 04 Casa de Retiros do Mossunguê 20 • Expediente na Cúria 05 • Reunião do Setor Campo Largo, na • Missa no Hospital Cajuru – Dia do Médico Paróquia São Sebastião, na Rondinha • Visita no Seminário São José • Reunião do Conselho Arquidiocesano de 21 • Formação na Arquidiocese de Londrina Pastoral, na Cúria 22 • Missa na Paróquia São João Batista, em 06 • Reunião do Setor Pinhais, na Paróquia Almirante Tamandaré Nossa Senhora da Luz • Encontro com a Juventude do • Expediente na Cúria Neocatecumenal • Palestra no Colégio Santo Anjo 23 • Gravação na TV Evangelizar 07 • Missa na Paróquia Nossa Senhora 24 a • Reunião do Conselho Permanente da Aparecida, em Campo Magro 26 CNBB, em Brasília • Formação Bíblica na Paróquia Nossa 27 • Reunião dos Formadores, no Seminário Senhora do Amparo, em Rio Branco Propedêutico do Sul 28 • Crisma na Paróquia São Pio X • Crisma na Paróquia Nossa Senhora da • Crisma no Santuário São José, no Capão Anunciação Raso 08 • Missa na Paróquia São José Trabalhador 29 • Crisma no Santuário São José, no Capão 09 • Gravação na TV Evangelizar Raso 10 • Reunião da APAC 30 • Gravação na TV Evangelizar • Programa Conhecendo a Palavra, na TV • Formação Bíblica na Paróquia São José Evangelizar das Famílias 11 • Curso Bíblico na Paróquia Santo Antonio, 31 • Reunião do Setor Colombo, na Paróquia em Orleans Santa Cândida 12 a • Congresso Internacional de Catequese, • Programa Conhecendo a Palavra, na TV 15 Roma – Itália Evangelizar

Dom Amilton Manoel da Silva Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Curitiba 01 • Missa na Capela Santa Terezinha, 17 a • Assembleia Geral do Clero, na Casa de Guabirutuba 19 Retiro do Mossunguê • Missa na Paróquia Santa Rita, no 18 • Ordenação Diaconal na Paróquia Santa Tatuquara Teresinha de Lisieux, em Colombo 02 a • Reunião dos Bispos do Regional Sul II, 20 • Missa de Aniversário do Hospital Nossa 04 na Casa de Retiros Nossa Senhora do Senhora das Graças Mossunguê 21 • Missa na Paróquia Santa Quitéria 04 • Missa na Paróquia São Francisco de Assis 22 • Missa na Assembleia Arquidiocesana das 05 • Reunião do Setor Campo Largo, na CEB’s, na Cúria Paróquia São Sebastião • Missa na Capela Nossa Senhora da • Reunião do Conselho Arquidiocesano de Conceição, no Butiatuvinha Pastoral, na Cúria • Missa na Paróquia Santa Bertila • Missa na Paróquia São Benedito 24 • Missa de Abertura do Simpósio de 06 • Reunião do Setor Pinhais, na Paróquia Filosofia da FAVI, na Paróquia São Nossa Senhora da Luz Vicente de Paulo • Missa na Paróquia Nossa Senhora 26 • Investidura dos MESCES, na Paróquia Auxiliadora Nossa Senhora das Vitórias 07 • Crisma no Colégio Bom Jesus Aldeia, em 27 • Missa na Cúria Campo Largo • Reunião dos Formadores, no Seminário • Missa de Dedicação da Paróquia Santo Propedêutico Antonio, Boa Vista 28 • Missa de Jubileu do Movimento das 08 • Missa na Capela São Pedro, no Umbará Capelinhas, na Paróquia São Pedro, no • Missa na Paróquia Nossa Senhora Umbará Aparecida, no Uberaba • Crisma na Paróquia Nossa Senhora da 10 • Reunião da APAC Anunciação • Missa e Novena na Paróquia Nossa 29 • Ordenação Diaconal na Paróquia Santa Senhora Aparecida, em Campo Magro Edwiges 12 • Missa na Paróquia Nossa Senhora 31 • Reunião do Setor Colombo, na Paróquia Aparecida, em Pinhais Santa Cândida 15 • Missa no Carmelo

Dom Francisco Cota de Oliveira Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Curitiba 14 01 • Missa da Festa na Paróquia Santa Teresinha de Lisieux, em Colombo 15 • Investidura dos MESCES do Setor Campo Largo, na Paróquia São Sebastião, em Bateias 02 a 04 • Reunião dos Bispos do Regional Sul II 05 • Reunião do Setor Campo Largo, na 17 a 19 Paróquia São Sebastião, em Rondinha • Reunião do Conselho Arquidiocesano de 20 21 Pastoral, na Cúria • Missa e Novena na Comunidade Nossa Senhora Aparecida, em Pinhais 06 • Reunião do Setor Pinhais, na Paróquia 22 Nossa Senhora da Luz • Missa na Paróquia São Benedito 07 • Missa na Paróquia Nossa Senhora do 27 Rosário, em Colombo • Missa e Novena na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, no Uberaba 08 • Missa e Crisma na Paróquia Nossa 28 Senhora de Nazaré • Missa na Comunidade Nossa Senhora 29 Aparecida, na Barreirinha 10 • Reunião da APAC 11 • Missa e Novena na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Campo Magro 12 • Missa na Capelania da Aeronáutica 31 • Investidura dos MESCES do Setor Cabral, na Paróquia São Pedro e São Paulo

• Missa na Capela Nossa Senhora da Esperança, no Capão Raso • Missa de encerramento do Centenário das Aparições de Nossa Senhora de Fátima, no Santuário Nossa Senhora de Fátima • Assembleia Geral do Clero, na Casa de Retiro do Mossunguê • Missa na Cúria • Crisma no Colégio Santa Maria • Crismas na Paróquia Santa Teresinha de Lisieux, em Colombo • Missa da Festa no Santuário São Judas Tadeu • Crismas na Paróquia Nossa Senhora da Saúde, em Pinhais • Reunião dos Formadores, no Seminário Propedêutico • Crisma na Paróquia Senhor Bom Jesus, no Cabral • Missa no Santuário Cristo Rei e São Judas Tadeu • Crisma na Paróquia Santíssima Trindade • Investidura dos MESCES do Setor Rebouças, na Paróquia Nossa Senhora de Lourdes • Reunião do Setor Colombo, na Paróquia Santa Cândida


Palavra do Arcebispo

Dom José Antônio Peruzzo Arcebispo da Arquidiocese de Curitiba

Reflexão sobre missões Uma Igreja em Saída, missionária, misericordiosa

Mas o Senhor lhes recomendara que não levas-

e atuante na defesa dos pobres e dos oprimidos.

sem consigo “nem pão, nem sacola, nem dinheiro

Esse é o caminho apontado há tempos pelo Papa

no cinto… apenas uma túnica” (Mc 6,8-9). Não se

Francisco. Uma “Igreja em saída”, não autorrefe-

trata de descaso do evangelista com as situações

rencial, isto é, que não olha tudo a partir de si mes-

humanas e materiais que se apresentariam. Ele

ma e orientada a si mesma. Uma Igreja sempre em

pretende destacar que para o evangelizador não é

partida, sempre a caminho, sempre em missão. A

o bom conjunto de recursos e competências o que

meta final é maior que ela mesma.

assegura a fidelidade e o êxito missionário. A grande força do enviado é a Palavra de quem o envia. A

Longe de ser uma novidade, o que Francisco pede

sua parte consiste em ser transparência do Senhor

de todos nós é expressão das formas mais originá-

que o enviou.

rias de ser Igreja. Trata-se de algo que Jesus fizera já com os seus primeiros e mais diretos seguidores.

Outro aspecto decisivo quando se trata da mis-

O Evangelho, segundo São Marcos 6, 7-13, recorda

são de levar boas notícias da parte de Deus, isto é,

que Jesus chamou os Doze e começou a enviá-los.

evangelizar, é o da gratuidade. Também este é um

Eis a missão. Se esta faltasse, os discípulos de on-

tema grato ao papa Francisco. O termo vem da

tem e de hoje estariam a negar a si mesmos. Seriam

mesma raiz da palavra “graça”. Graça é algo como

como cristãos sem energia, tépidos, esquálidos.

o encanto. É a afeição que se irradia pelo simples e nobre motivo de querer bem. A intenção não é

Com frequência ouvimos, talvez até pronuncia-

outra senão amar. Aliás, foi esta uma das reco-

mos, a frase: “Esta é a minha missão” ou “é a sua

mendações de Jesus aos seus enviados: “De graça

missão”. Vale a pena lançar um olhar à origem da

recebestes, de graça dai”. E a experiência dos que

palavra. Missão vem do verbo latino mittere. Signi-

amam a gratuidade é a de pessoas alegres.

fica enviar, lançar. Isso deixa supor que há quem envia; há também o enviado; e há um destinatá-

Na Arquidiocese de Curitiba está em curso uma

rio. Do mensageiro, do enviado, espera-se uma re-

bela iniciativa pastoral. Com o desejo de inten-

lação de grande afinidade tanto com quem o envia

sificar ainda mais os horizontes missionários de

quanto com os destinatários. Quem se reconhece

nossa Igreja, em 8 de setembro demos início à pe-

com uma “missão” cultiva relações de intimidade

regrinação da Palavra de Deus e dos símbolos mis-

com quem o envia e com quem se dirige. Eis aí o

sionários (a cruz e a imagem de Nossa Senhora da

sentido da espiritualidade.

luz dos Pinhais) que circularão por todas as paróquias que formam a nossa Arquidiocese. Será uma

Pois bem, voltando ao evangelho, Jesus começou

oportunidade singular para a realização de ações

a enviar os Doze, dois a dois. E eles, “tendo partido,

em diversos níveis e abrasar de maneira intensa os

pregavam que todos se arrependessem” (Mc 6,12).

corações da população, pelo amor à missão.

* editado a partir de artigo publicado em edição anterior da Revista Voz da Igreja

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Palavra de Dom Pedro

Dom Pedro Antônio Marchetti Fedalto Arcebispo Emérito de Curitiba

POR QUE MONSENHOR LUIZ GONÇALVES MISSIONÁRIO? Outubro é o mês Missionário.

Quando na Arquidiocese de Curitiba vagava a paróquia de Nossa Senhora de Fátima, no bairro Tarumã,

A Igreja Católica é essencialmente missionária

em Curitiba, com a nomeação de seu pároco Pe. Antô-

por ordem de Cristo. No dia da Ascensão, ao subir

nio Agostinho Marochi como Bispo Auxiliar de Londri-

ao céu, ordenou Cristo: “Ide, portanto, e fazei que

na, Monsenhor Luiz, com a autorização de seu Bispo

todas as nações se tornem discípulos, ensinando-

Dom José Varani, assumiu esta paróquia de 1973 a 1979.

as a observar tudo quanto vos ordenei” (Mt. 28, 19-

Construiu artística igreja, hoje santuário, consagrada,

20). Apresento-lhe hoje um missionário diferente:

isto é, dedicada pelo Patriarca de Lisboa, Dom Antônio

Monsenhor Luiz de Gonzaga Gonçalves, falecido a 3

Ribeiro, a 14 de outubro de 1979.

de setembro deste ano. Em espírito de obediência missionária, em 12 de junho Eram cinco irmãos, órfãos na infância: Dom José Joa-

de 1994 tornou-se o Reitor da igreja da Ordem Terceira

quim Gonçalves, meu primeiro Bispo Auxiliar de 1971 a

de São Francisco das Chagas, da Adoração Perpétua.

1973; Pe. Antônio; Irmã de Santo André, a mais nova,

Aqui devem ser lembrados o Congresso Eucarístico Ar-

sempre cuidara do irmão Bispo; e Monsenhor Luiz.

quidiocesano, em 2001, em preparação ao Congresso Eucarístico Nacional de Campinas e a construção do

Monsenhor Luiz. Nascido no Estado de São Paulo a

modelar Cenáculo da Adoração Noturna, com capela,

22 de abril de 1924, seminarista menor no Seminário

salas, dois dormitórios, masculino e feminino.

Metropolitano de São Paulo, em Pirapora e Central da Imaculada Conceição de São Paulo, ordenado sacer-

Onde mais Missionário?

dote a 6 de novembro de 1949, na Diocese de Jaboticabal, São Paulo, é um missionário diferente.

Coordenador da Pastoral Familiar da Arquidiocese de Curitiba, do jornal católico hoje Voz da Igreja, parti-

Por que Missionário diferente?

cipante da Associação dos Padres de S. Francisco de Sales, Opus Dei, Diretor Espiritual da Federação das

Missionário não é só o que vai às Missões da Ásia,

Congregações Marianas de Curitiba.

África, Amazônia. Missionário é o que cumpre toda a missão, onde a Igreja precisa dele, com fé, obediência

Tudo isto não é ser Missionário?

e disponibilidade. Assim foi diferente Monsenhor Luiz:

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Reitor do Seminário Menor de Jaboticabal e respectiva

Foi um Missionário diferente, totalmente unido a Cris-

Catedral, agindo com muito zelo.

to na Eucaristia e na devoção Mariana.

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Ir. Lucimar Nascimento de Novais, MAD

Ano Mariano

Nossa Senhora Aparecida e sua História No Brasil, a Igreja comemora o Ano Nacional

Para finalizar nossa conversa rezamos o hino

Mariano. São 300 anos de fé, esperança, bênçãos,

oficial dos 300 anos, composta pelo querido

milagres, graças e devoção do encontro de Nossa

Pe. Zezinho, SCJ:

Senhora da Conceição Aparecida vivenciado pelos brasileiros. Neste contexto vamos relembrar, fazer

300 anos de devoção a Maria

memória, celebrar e festejar.

300 anos de oração com Maria 300 anos de adoração a Jesus

A história da virgem de Aparecida se dá nas águas

Nestas colinas de Aparecida

do Rio Paraíba do Sul, onde foi pescada por três

Solidários no Sacrário

simples pescadores: João Alves, Domingos Martins

Missionários queremos ser

Garcia e Felipe Pedroso, no ano de 1717. Estes três

Pequenina, restaurada

pescadores levam a “Imagem Aparecida” para

A sua Imagem nos ensinou

suas casas. Inicia-se aí a peregrinação de Nossa

A ser um povo que não sabe esmorecer

Senhora, que caminha com o povo brasileiro, de

E se acaso for ferido, oprimido e esmagado

casa em casa. Com as suas devoções rezavam

Esquecido e machucado

o terço, faziam pedidos e agradecimentos.

Outra vez reencontrado

Percebemos a fé fervorosa que o povo tinha para

Nosso povo saberá renascer

com a Virgem que encontraram nas águas. Com Nossa Senhora Para

nós

brasileiros,

Maria

é

chamada

Aparecida queremos

carinhosamente de Nossa Senhora Aparecida,

ser discípulos(as)

a virgem que veio trazendo consigo os traços

missionários(as)

marcantes da nossa cultura e tradições.

de Jesus!

O dia 12 de outubro é o grande dia da solenidade de nossa mãe Aparecida, com festa, alegria. Por isso, muitos devotos de todas as partes da terra brasileira e estrangeiros se concentram em Aparecida (SP) para homenagear, pedir e gradecer a intercessão da virgem. Os que não podem ir fazem o seu momento de espiritualidade em casa, nas suas arquidioceses, dioceses e paróquias comemorando a nossa Rainha do Brasil.

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Animação Bíblico-Catequética

Pe. Luciano Tokarski

IX SEMINÁRIO ARQUIDOCESANO DE CATEQUESE “Iniciação à vida cristã: itinerário para formar discípulos missionários” No dia 3 de setembro centenas de catequistas de nossa Arquidiocese puderam vivenciar momentos especiais no IX Seminário Arquidiocesano de Catequese, que teve como tema “Iniciação à vida cristã: itinerário para formar discípulos missionários”. Dom Leomar Antônio Brustolim, bispo auxiliar da Arquidiocese de Porto Alegre, levou-nos a profundas reflexões sobre a iniciação à vida cristã na Igreja do Brasil. Algumas ideias principais serão discorridas a seguir. Estamos em uma grande fase de transição cultural na qual o equilíbrio das relações e religiosidades desapareceu. Não estamos diante de uma mudança pequena. Quanto à fé, poucas são as famílias que a vivem e a transmitem explicitamente. A realidade de sociedade cristã desapareceu. Não está acabando o cristianismo e sim uma forma sociológica de compreendê-lo no Ocidente. A iniciação á vida cristã torna-se, portanto, um desafio que devemos encarar com decisão, coragem e criatividade. “Ou educamos na fé, colocando as pessoas realmente em contato com Jesus Cristo e convidando-as para segui-lo, ou não cumpriremos nossa missão evangelizadora” (DAp 287). Os antigos esquemas catequéticos não conduzem mais à experiência de fé em Cristo Jesus. Retornar ao método escolar com perguntas e respostas é dar voz ao saudosismo. Por um lado, é urgente consolidar um novo processo de iniciação à vida cristã em todas as comunidades paroquiais. Por outro, é preciso rever toda a ação eclesial a partir da iniciação à vida cristã. É uma mudança no modo de ser Igreja. A iniciação à vida cristã é um novo viver que requer um processo de passos de aproximação, de celebração e de partilha de experiências. “A iniciação consiste em um processo a ser percorrido com metas, exercícios e ritos” (DNC 37).

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É preciso recomeçar a partir de Jesus Cristo. A iniciação à vida cristã está fundamentada na Palavra de Deus. A catequese será tanto mais rica e eficaz quanto mais ler os textos sagrados com a inteligência e meditá-los com o coração. É urgente buscar uma metodologia catequética que integre mais as dimensões essenciais da fé e da vida do ser humano. Catequese não é repetição das ideias do tempo de cristandade, simplesmente com novas roupagens. Catequese é fazer ecoar a fé em Jesus Cristo ao coração dos interlocutores. Uma catequese de inspiração catecumenal é a que mais corresponde às profundas mudanças que estamos vivendo. A relação fundamental entre catequese e liturgia é indispensável para a implantação de itinerários catequéticos com estilo catecumenal. Os catequistas devem se convencer de que necessitam de muita formação litúrgica ou nunca serão verdadeiros mistagogos. Continuarão a ser bons professores de tradições cristãs ou bons pedagogos. O processo catecumenal cria revisão de atitudes, posturas, escolhas e comportamentos, conduzindo a uma efetiva conversão da própria vida. O processo catecumenal vai além da mera instrução na fé, gera adesão a pessoa de Jesus Cristo, integra na vida de comunidade e inclui etapas definidas, símbolos bíblicos e sinais litúrgicos. O processo catecumenal quer recuperar a unidade teológica e pastoral entre os três sacramentos da iniciação cristã. São etapas de um único processo de mergulho na vida iluminada por Cristo e testemunhada na Igreja. Para a implantação de itinerários catequéticos com inspiração catecumenal não basta a experiência de anos, é preciso estar atento aos atuais desafios de contextos que exigem humildemente a leitura dos sinais dos tempos. É preciso ouvir, no silêncio, a voz de Deus e agir, no tempo, com sabedoria e prudência.


Álbum Catequético-Litúrgico 2017/2018 - Ano B

EXPEDIENTE COMISSÃO DA ANIMAÇÃO BÍBLICO-CATEQUÉTICA: catequese@arquidiocesecwb.org.br (41) 2105-6318 / Coordenação: Pe. Luciano Tokarski / Assessoria: Regina Fátima Menon. Arquidiocese de Curitiba | Outubro 2017

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Liturgia

João Eduardo Macari Dias Comissão de Canto e Liturgia – Arquidiocese de Curitiba

Cantando a Liturgia! Cantar a Liturgia foi um dos temas abordados na 1ª Formação de Canto e Liturgia da nossa arquidiocese ao longo deste ano. De região episcopal em região episcopal, nossa Comissão de Liturgia foi levando consciências e compartilhando experiências sobre o canto na liturgia. Aqui, com você, caro leitor, compartilhamos um pouco deste conteúdo que preparamos de forma muito especial e cuidadosa para os participantes das Formações. E pedimos que o divulgue, leve para seu grupo, equipe e ministério de canto, não para “engessarmos” nosso canto na liturgia, mas, sobretudo, para valorizarmos o sagrado. Nós sabemos que o rito da nossa celebração conta a história da salvação de Jesus Cristo. Momentos, orações, cantos, doxologia, leituras, contribuem e constroem essa história dentro do rito no qual estamos inseridos: a missa. Por este motivo, compartilhamos aqui a “Missa – passo a passo”, de forma didática, com foco, principalmente nos cantos. Vale relembrar aqui que: não trataremos de imposições, certou ou errado, mas de bom senso. Canto de Entrada: tem a função de abrir a celebração, promovendo a união da assembleia, introduzindo os fiéis no Ministério do Tempo Litúrgico ou da festividade. Recomenda-se que trate do mesmo “tema” e motivo da celebração. Saudação (sinal da cruz): aqui se inicia o rito. Recomenda-se que a letra do canto do Sinal da Cruz seja a mesma de quando rezado: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém. Ato Penitencial: A assembleia é convidada pelo celebrante a rever suas faltas. Os cantores devem

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estar atentos para as duas formas previstas: a) canta-se o canto penitencial, seguido da absolvição do sacerdote; depois entoa-se o Kyrie eleison (Senhor, tende piedade de nós); b) quando o canto penitencial já integra a fórmula Senhor tende piedade de nós, não há necessidade de entoálo depois da absolvição. Glória: Momento de Louvor. “O Glória é um antiquíssimo e venerável hino com que a Igreja, congregada no Espírito Santo, glorifica e suplica a Deus e ao Cordeiro. Não é permitido substituir o texto deste hino por outro” (IGMR 53). Utilizese a fórmula do missal ou a letra aprovada pela CNBB (Glória a Deus nos altos céus, paz na terra aos seus amados...). É cantado ou recitado nas missas dominicais, solenidades ou nas festas dos santos. Fique Atento: no Tempo da Quaresma e do Advento não se reza e não se canta o Glória. Também não se diz em dias de semana porque perderia o sentido solene. É importante ressaltar aqui que “há uma proibição explícita de se substituir o texto do hino do Glória por outro texto qualquer (cf. n.53 da IGMR) e o mesmo acontece com o Santo e o Cordeiro de Deus, não sendo lícito substituir os cantos colocados no Ordinário da Missa, (cf. n. 366 da IGMR)”; logo recomendase que o Glória seja cantado de acordo com a oração proposta no ordinário da missa. Liturgia da Palavra 1ª Leitura Salmo: É parte integrante da Liturgia da Palavra. Oferece uma grande importância litúrgica e pastoral, por favorecer a meditação da Palavra de Deus. Fique atento: “É necessário que o salmista seja


competente na arte de salmodiar e dotado de pronúncia correta e dicção perfeita,” e que a melodia seja de fácil aprendizado e de forma que contribua com a reflexão. 2ª Leitura Aclamação ao Evangelho: constitui um rito ou ação por si mesma, por meio da qual a assembleia dos fieis acolhe o Senhor que lhe vai falar no Evangelho, saúda-o e professa sua fé pelo canto. Cantos que não explicitam o “Aleluia”, mas, por interpretação, remetem à Palavra de Deus e sua ação evangelizadora, não se encaixam neste momento, tampouco músicas que remetem à acolhida da Palavra; estas por sua vez devem ser usadas no momento de Entronização da Bíblia – ou entrada da Bíblia – quando proposto pela equipe de liturgia. Fique Atento: o Aleluia é cantado em todos os tempos, exceto na Quaresma. No tempo da Quaresma, no lugar do Aleluia, cantase o versículo (ou antífona) antes do Evangelho, proposto no lecionário. Liturgia Eucarística Preparação das Ofertas: no início da liturgia eucarística são levados ao altar o pão e o vinho que se converterão no Corpo e no Sangue de Cristo. Recomenda-se que o canto faça referência às ofertas dos “frutos do trabalho do homem” além dos dons que são colocados a serviço de Deus. Não se refere a um momento de adoração, aqui a proposta é como no canto de Entrada, sentido de procissão. Santo: É parte própria da Oração Eucarística, proferido ou cantado pela assembleia com o sacerdote antes da consagração. Aqui NÃO se pode perder o sentido original da grande aclamação a Deus, dizendo três vezes “Santo”. Fique atento: “Não é lícito substituir os cantos colocados no Ordinário da Missa, por exemplo, o Santo, o Cordeiro de Deus, por outros cantos”. (IGMR 366) Rito da Comunhão: sendo a celebração eucarística a ceia pascal, convém que, segundo a ordem do Senhor, o seu Corpo e Sangue sejam recebidos como alimento espiritual pelos fiéis

devidamente preparados. Fique Atento: A Instrução RedemptionisSacramentum, publicação brasileira, diz: Não se execute qualquer canto para dar a paz, mas sem demora se recite o “Cordeiro de Deus”. (cf RS. 72). Porém, é importante ressaltar que o canto do “Cordeiro de Deus” não seja iniciado enquanto os fiéis estão transmitindo a paz, e que ao ser iniciado os mesmos se voltem para o corpo de Cristo no altar. Recomenda-se que a letra deste canto seja voltada para o Pão e o Vinho que se transformaram em Corpo e Sangue de Cristo. Neste momento também são oportunas músicas que se voltem para o tema da celebração ou ainda que tratam de outros temas, desde que apropriados para este tempo litúrgico. Faz-se necessário salientar aqui que em tempos como Advento e Quaresma estes cantos possuem temáticas próprias. IMPORTANTE: Após o sacerdote ter feito as purificações, ele volta à cadeira. Recomenda-se que o canto seja finalizado junto ao último fiel que comungar e que, após isso, durante algum tempo, ocorra um sagrado silêncio. Final (Despedida): O último canto da celebração, desprezado por alguns, é de certa forma imprescindível. Sair da celebração após ter participado do rito da Santa Missa é sair em missão, é ter aptidão e pré-disposição para anunciar a Boa Nova! Portanto, o canto de saída tem a missão e a proposta não de ser cantado “corrido” ou com pressa, mas de ser motivador para a missão. Aproveitamos a oportunidade e convidamos a você para fazer conosco o retiro de liturgia e canto que será realizado nos dias 14 e 15 de outubro. As inscrições devem ser feitas pelo site da Arquidiocese: www.arquidiocesedecuritiba.org. br. É muito importante parar para refletir e rezar sobre nosso canto é nossa vivência litúrgica. É com essa “alegria da missão” que desejamos que nossas celebrações, em nossa arquidiocese, sejam cada vez mais preocupadas com O sagrado e que, acima de tudo, sejamos instrumentos a serviço de Deus e dos irmãos. Deus o abençoe em sua caminhada e lembre-se, assim como São Marcelino Champagnat fez, “tornemos Jesus Cristo conhecido e amado”.

EXPEDIENTE COMISSÃO LITÚRGICA: peairton@hotmail.com / (41) 2105 6363 / Coordenação: Pe. José Airton de Oliveira

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Reflexões

Pe. Rivael de Jesus Nacimento Coordenador Geral do Clero da Arquidiocese de Curitiba Reitor do Santuário Nossa Senhora de Lourdes – Campo Comprido

Como educar os filhos no tempo presente? Uma tarefa árdua e desafiadora para uma promoção de uma ética e de uma vida sexual sadia Educar consiste em inserir o educando no imaginário coletivo, na memória e num projeto de mundo comum, na crença coletiva. Não se lapida um indivíduo como pedra preciosa para ser guardada nalgum cofre. O self-mand man não passa de um fruto de uma pedagogia socialmente míope. Prepara os conquistadores, os dominadores, os senhores de amanhã, mas não constrói a humanidade. (LIBANIO, 2008, p. 239) No tempo presente é salutar a educação dos filhos, na certeza que os filhos são pedras preciosas para a sociedade. Parece que a sociedade está se perdendo na arte de educar e vemos um constante medo pelos novos casais que estão chegando no matrimônio com receio de gerar e educar. Desde os tempos mais antigos o ser humano evolui com a influência e determinação dos valores dos que estão mais perto. Os pais são chamados a realizar essa vocação sublime de maneira motivadora, com entusiasmo, e apropriada para ajudar nas respostas do momento presente. Nesse período de crises e medos a família deve se reinventar e buscar novos métodos para que ocorra uma educação que qualifique o ser humano para a vida. A tarefa dos pais é ficarem atentos no que entra em sua casa através dos meios de comunicação e das redes sociais. Em tempos que falta tempo, para o ser presença, como dar devida atenção aos filhos? Os pais são chamados à responsabilidade para que possam ser presença e falem com simplicidade das coisas da vida com o objetivo de que os filhos ocupem o tempo com coisas sadias. O Papa Francisco sempre diz que “o tempo é superior ao espaço” (AL 261). Cuidar deste tempo para que ele seja bem aproveitado é uma questão importante na vida de cada pai e mãe, para que conceda a liberdade aos filhos onde irão conhecer os valores fundamentais para uma boa convivência humana e que, principalmente, confiem em seus genitores. Os elementos como prudência, juízo e sensatez são pilares para o amadurecimento do ser humano e são sintetizados no coração. Tais elementos não podem ser contabilizados como soma, mas são adquiridos no centro da liberdade. Uma boa educação que um pai e uma mãe oferecem a um filho parte para que, diante das dificuldades da vida, o filho saiba enfrentar com maestria, com sensatez e inteligência. Outro aspecto é a educação sexual. Diante de tantas modas e propagação de ideias, acabam confundindo

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a criança e o adolescente quanto a sua identidade. É urgente primar por uma educação sexual que dê ênfase a um pudor sadio, para resguardar a interioridade e para que o ser humano não se torne um objeto, reduzindo seu afeto a obsessões que vá além da genitalidade e que possam prejudicar a si mesmo e aos outros. Em nome do sexo seguro se transmite um sentido negativo da procriação. Quantas expressões levianas se percebem no meio dos adolescentes e jovens. Diante do que é pragmático, do que é promovido de maneira narcisista, toda a pastoral e a educação devem conduzir às novas gerações ao amor mútuo, a ternura e uma educação ética com efeito de sentido. O máximo de uma união sexual aparece como sinal de um compromisso total que é precedido por uma motivação anterior. Sempre somos convidados a motivarmos para uma educação sexual séria e livre pautada nos valores em um amor grande e onde impera a generosidade, na aceitação do seu próprio corpo, sobre o domínio da criação. “Também é necessário ter apreço pelo próprio corpo na sua feminilidade ou masculinidade, para se puder reconhecer a si mesmo no encontro com o outro que é diferente... A educação sexual deve ajudar aceitar o próprio corpo de modo que a pessoa não pretenda cancelar a diferença sexual, porque já não sabe confrontar-se com ela” (AL 285). É necessário ajudar as crianças e adolescentes a entender que tudo é obra criada por Deus onde a masculinidade e feminilidade estão presentes nos dois sexos e que há um equilíbrio no relacionamento de sua identidade. É agindo desse modo que estarão contribuindo para uma sociedade melhor, para um mundo que é a Casa Comum, com disponibilidade e serviço; tudo isso, com o dom de viver bem seu compromisso comunitário. Na sociedade que vivemos essa é uma das grandes soluções para inúmeros desafios. Para que a fantasia presente no imaginário não vire regra geral para limitar e inibir a manifestação da vida, deve-se seguir o projeto do Deus Criador que ama a todos.


Juventude

Jovem faz missao? Sim ou Claro? O documento Evangelização da Juventude, principal norteador da caminhada da Pastoral Juvenil no Brasil, que neste ano completa dez anos de sua publicação, traz a missão como uma linha de ação, convocando todo grupo a mobilizar os jovens da comunidade eclesial para que se tornem missionários nos ambientes onde estão inseridos e nos que apresentam maiores desafios.

Articulação da Juventude Salesiana: Com uma equipe própria de desenvolvimento de ações missionárias, os jovens salesianos a partir dos 14 anos, nos estados do sul, desenvolvem trabalhos de visitação nas casas, catequese e convívio juvenil nos locais onde vão. Quinzenalmente promovem o Oratório Festivo com as crianças da comunidade carente do Parolim.

O Setor Juventude da Arquidiocese de Curitiba, desde 2013, inseriu em seu principal evento anual o DNJ – Dia Nacional da Juventude, atividades missionárias, levando toda a juventude a despertar para a consciência da evangelização fora do ambiente paroquial. Essa movimentação missionária é reflexo também da vida das expressões juvenis: movimentos, congregações, novas comunidades e pastorais da juventude que aceitam o desafio de Jesus Cristo que nos envia a todas as nações e somam força na missão evangelizadora da igreja. Destacamos abaixo algumas dessas expressões que fazem parte do Setor Juventude, desenvolvem atividades missionárias e caminham em unidade com a igreja local. Caso alguma pastoral ou grupo de jovens queira alguma informação ou formação missionária, pode encontrar o contato destas e de outras expressões que também desenvolvem estes trabalhos, no site da nossa Arquidiocese.

Ministério Jovem da RCC: Todos os meses os jovens dos Grupos de Oração Jovem são chamados a realizar uma ação missionária no território da paróquia ou bairro em que estão inseridos. Dentre as ações programadas em cada mês estão: visitas a hospitais, asilos e casas de recuperação, terço nas casas e nas praças, famílias carentes e moradores de rua, além do projeto permanente “Jesus no ônibus”, pelo qual a palavra é pregada aos usuários do transporte público.

Movimento Regnum Christi: Com a Juventude Família Missionária os jovens do movimento durante a Semana Santa vão a uma comunidade rural onde geralmente a presença do sacerdote não é frequente e levam toda a estrutura para realizar o tríduo pascal, onde juntamente com um padre da congregação fazem visitas e bênçãos nas casas. Pastoral Juvenil Marista: Com o itinerário de Educação para a Solidariedade, realizam missões em três etapas que visam o voluntariado. Com jovens a partir de 16 anos, desenvolvem trabalhos sociais e de evangelização em meios urbanos, rurais e ribeirinhos. Geralmente nos meses de janeiro, julho e dezembro.

TLC: Além de diversas ações solidárias ao longo do ano, o movimento desenvolve em alguns de seus retiros, durante a programação, visitas missionárias em alguma paróquia previamente escolhida. Comunidade Santa Cruz: Denominado Cenáculo com Maria é feito um grupo de oração na casa de uma família da comunidade. A capelinha é levada e deixada durante a semana e a família que acolheu é convidada a estar na próxima casa. Pastoral Juvenil Cleliana: Leva os jovens do ensino médio das unidades educacionais da Rede Sagrado a doar um pouco de seu tempo de férias e visitar doentes, fazer bênção nas casas e ações solidárias nas comunidades que visitam. Gostaríamos também neste espaço parabenizar todos os grupos de jovens que ajudam suas paróquias com as atividades missionárias propostas pela Arquidiocese. Que sua força jovem continue a vibrar junto daqueles que tornam nossa igreja viva, alegre e missionária

EXPEDIENTE SETOR JUVENTUDE: juventude@arquidiocesecwb.org.br / (41) 2105-6364 / 9605-4072 / 2105-6368. Murilo Martinhak / Assessor Eclesiástico: Pe. Waldir Zanon Junior.

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Dimensão Social

João Ferreira Santiago Teólogo, Poeta e Militante. Coordenador da CF-2017 na Arquidiocese de Curitiba

Os desafios das pastorais no mundo urbano, na construção de uma Igreja Comunidade de Comunidades “Como posso entender, se ninguém me explica?” (At 8, 31)

As Pastorais são os olhos, as pernas, os braços, o coração e a inteligência da Igreja no mundo. A Ação Pastoral é um jeito de ser Igreja em saída que vai pelos confins da terra, testemunhar a misericórdia de Jesus ressuscitado aos que são largados pela ganância capitalista, à margem da promessa de vida em abundância (Jo 10,10). É oportuno começar este texto trazendo presente o teólogo e padre jesuíta João Batista Libânio que, ao definir a Pastoral como a “Ação da Igreja no Mundo”, lança duas perguntas importantes para nós ainda hoje. Aliás, frente aos processos de urbanização do Brasil e a periferização que este processo gerou, cada vez mais importantes: “Que Igreja? Que mundo?”. Pois bem, a Igreja Pastoral é uma Igreja samaritana, comprometida com os caídos à beira do caminho (Lc 10, 25-37), que vive à misericórdia, uma vez que a piedade não lhe basta. É a Igreja Povo de Deus (LG 9), gestada no Concílio Ecumênico Vaticano II (1962-1965), e batizada na Conferência Episcopal de Medellín (1968) como Igreja Libertadora. Para libertar é preciso que quem liberta seja livre. Assim como, para entender é preciso ter quem explique. As pastorais preservam e alimentam fazendo crescer a Igreja que fez a “Opção Preferencial pelos Pobres” anunciada e assumida na Conferência de Puebla, no México (1979), como sinal de verdadeira conversão. Completa o quadro dos desafios que espreitam as

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Pastorais a proposta feita de uma Igreja Missionária em Santo Domingo, na República Dominicana (1990), que ousou dizer com a comunidade do Apóstolo Paulo: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e sempre” (Hb 13,8). E, para que esta ousadia não se torne em piedade nos altares, a Quinta Conferência Episcopal Latino-Americana e do Caribe em Aparecida (2007) propõe-nos uma Igreja Comunidade de Comunidades. Escola de Educação Cristã. São as Pastorais que saem pelas estradas, pelas ruas e praças, fazendo-se o próximo de quem é tornado invisível pela “Globalização da Indiferença” de que fala o Papa Francisco. São as Pastorais a Igreja pobre em Espírito e que, como a Igreja paulina, “fala não para agradar as pessoas, mas a Deus que prova nossos corações” (1 Ts 2,4). As Pastorais, tendo Jesus como Mestre, o mesmo, ontem, hoje e sempre, vão ao encontro da “Ovelha Perdida” (ver Lc 15, 1-7; Ez 34,16), e não lhe pedem atestado de pureza, nem de fidelidade; não lhe perguntam se é casada nem quantas vezes se casou; não condicionam a acolhida ao tipo de orientação sexual; não julgam e não discriminam, vêm para os doentes e não para os sãos (Mt 9, 12). Tudo isso é feito com grande afeto e fraternidade, mas permanece um desafio antigo das pastorais que é trabalhar em conjunto. O trabalho extraordinário, necessário e intransferível é feito muitas vezes na solidão. Por vezes


no isolamento e à margem das preferências eclesiais e institucionais. Construir um Plano de Pastoral, que seja fruto de uma troca de experiências, a partir de uma escuta mútua, de um diálogo fraterno, é mais que um desafio, pois é mesmo uma exigência deste mundo cheio de competições e desculpas. A nossa Arquidiocese deu os primeiros passos, partilhando as alegrias e as esperanças, as possibilidades e os limites. Precisamos, contudo, avançar para águas mais profundas (Lc 5, 1-11). É importante que se dê o primeiro passo. Este também é um passo necessário para que se proponha e efetivamente se crie e se dê voz a uma Teologia Pastoral Efetiva. Uma Teologia que reconheça a autonomia e a liberdade das Pastorais, no sentido de participar e contribuir mais nas decisões, sobretudo de ordem financeira e administrativa das paróquias. Especialmente nas Paróquias onde, frequentemente, as Pastorais são excluídas dos planejamentos e das decisões, não podendo dar a sua contribuição. A pastoral não deve ser refém da centralização, do clericalismo ou de posições meramente pessoais. O protagonismo laical deve ser ativo, de modo que as lideranças dialoguem e construam o projeto pastoral em conjunto. Neste contexto, não é suficiente apenas esperar que o padre traga tudo pronto, mas que se possa realizar uma ação evangelizadora no modelo participativo. Os últimos Documentos da Igreja, tanto da CNBB, sobretudo o Documento Cem, como também o Papa Francisco, especialmente na Laudato SI’, vêm chamando a atenção de todos e de todas para estas questões. Nada contra obedecer, e apenas para ilustrar, é bom fazer memória do Mestre dominicano Eckhart (1260-1328), nas palavras de Matteo Raschietti: “Nas páginas das conversações espirituais é possível encontrar algumas considerações que realçam, particularmente, o pensamento de Eckhart em relação à verdadeira obediência que, segundo o Mestre dominicano, consiste em despojamento da própria vontade” (RASCHIETTI, 2013, p 14). Ora, este despojamento é uma característica marcante das Pastorais. Mas a vontade a ser seguida é a vontade de Deus.

Como a Igreja que colhe espigas no dia de Sábado (Lc 6, 1-5), as Pastorais não podem depender de uma autorização para agirem. As suas ações são tão urgentes – talvez até mais – do que a fome dos discípulos de Jesus e dos companheiros de Davi. Elas tratam da fome, da dor e do sofrimento dos outros. Estes desafios aqui feitos às Pastorais são, antes, da Igreja como um todo. É isso que, inclusive, está sendo chamado de conversão pastoral. E é de se imaginar que sejam as Pastorais que têm o chamado de Jesus de Nazaré para ajudarem a Igreja nesta difícil conversão. Para isto, inclusive, também temos o desafio de aproximarmos a Ação Pastoral da Catequese. O Diretório Geral da Catequese sugere o mesmo movimento. Por que não marcarmos um encontro no meio do caminho? As Pastorais são uma ação predominantemente leiga, acontecem na sociedade e fora dos templos. Possivelmente sejam elas quem, na Igreja, mais se utilizam das ciências humanas, a partir de uma proposta de interdisciplinaridade. A psicologia, a sociologia, a filosofia, a assistência social e até o direito, dentre outras. Isso só acontece quando a teologia se apresenta como uma ciência aberta ao diálogo, com janelas abertas para o diálogo. Esta, por sua vez, é uma proposta central do Concílio Ecumênico Vaticano II que, nas palavras do Papa João XXIII, veio para colocar a Igreja diante do mundo moderno. Nem contra ele, tampouco a ele adaptada. E, nesta mesma perspectiva, surge o desafio de uma aproximação maior, de uma comunhão de sonhos até, com o Conselho de Leigos e Leigas. Como se dá esta relação hoje? Que tipo de ações são propostas ou feitas em conjunto, sobretudo como anda o estudo bíblico da Palavra que alimenta a nossa coragem, a nossa alma e a nossa Ação Pastoral? Mas também como anda o estudo do Ensino Social da Igreja, fonte rica e permanente de experiências, testemunhos e sabedoria? Jesus e os Apóstolos nos ensinaram a chamar a Deus de Pai, as Pastorais, nesta dimensão aqui tratada devem nos ensinar a nos chamarmos uns aos outros de irmãos e de irmãs. Para isto é preciso ter atitude, iniciativa, coragem e, sobretudo, uma nova mentalidade.

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Denilson Aparecido Rossi1 Joachim Andrade2

Especial

Evangelizar no

Mundo Urbano Em qualquer perspectiva que se venha abordar o

Em sintonia com o referencial bíblico citado,

tema da Evangelização, devemos considerar os

compreendemos que a missão primeira da Igreja

múltiplos elementos que o compõem, desde suas

é a evangelização, isto é, anunciar o Evangelho de

origens bíblicas até as mais requintadas e atuais

Jesus Cristo a todos os povos, a todas as culturas,

reflexões teológicas e do Magistério da Igreja. En-

em todos os espaços. Servindo-se dos diferentes

tretanto, dado o propósito do texto que segue,

meios e processos, é responsabilidade e dever da

pretendemos fazer aqui apenas breves acenos

Igreja levar a luz de Cristo a todos,3 neste caso,

acerca da evangelização no mundo urbano.

também aos que pertencem e vivem a cultura do mundo urbano.

Missão sempre é de Deus – missio dei – e Jesus é o primeiro enviado do Pai. A Igreja recebe suas

Não obstante haja vários escritos sérios sobre

orientações missionárias nas palavras de Jesus.

pastoral urbana, relacionando-a às cidades, en-

Antes de voltar para junto do Pai, Jesus disse aos

tendemos hoje que a cultura do mundo urbano

seus discípulos “Ide por todo o mundo, e pregai o

ultrapassa os limites geográficos das grandes

Evangelho a toda criatura” (Mc 16,15). Pois bem, o

metrópoles. Da cidade ao campo, do centro às

apóstolo Paulo, demonstrou ter entendido perfei-

periferias, dos pequenos aos grandes espaços de

tamente a orientação e o mandato missionário do

convívio humano, a cultura urbana tem influen-

Ressuscitado: “Anunciar o Evangelho não é título

ciado a todos nós.

de glória para mim; é, antes, uma necessidade que se me impõe. Ai de mim, se eu não anunciar o

Partindo do princípio que a Igreja “existe para

Evangelho” (1 Cor 9,16). Nisso se encontra a nature-

evangelizar”, o papa Paulo VI, na Evangelli Nun-

za missionária da Igreja, onde somos colaborado-

tiandi, já havia apontado para esta questão cul-

res dessa missão.

tural ao dizer que “não se trata tanto de pregar o

1

Mestre em Teologia e professor na PUC-PR.

2

Doutor em Ciência da Religião e professor na PUC-PR.

3 Cf. VATICANO II. Decreto Ad Gentes, n. 5. In Documentos do Concílio Vaticano II: constituições, decretos, declarações. Petrópolis: Vozes, 2000. 4 PAULO VI. Evangelii Nuntiandi. Roma, 1975, n. 14. Disponível em: <http://w2.vatican.va/content/paul-vi/pt/apost_exhortations/ documents/hf_p-vi_exh_19751208_evangelii-nuntiandi.html> Acesso em: 15 de set. de 2017.

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Evangelho a espaços geográficos cada vez mais

Sentindo-se responsável com tamanha missão, o

vastos ou populações maiores em dimensões

Papa Francisco convidou os cristãos e as comu-

de massa, mas de chegar a atingir e como que a

nidades cristãs a terem a coragem de saírem de

modificar pela força do Evangelho os critérios de

suas comodidades para levar a luz do Evangelho

julgar, os valores que contam, os centros de inte-

nos mais diversos recantos e nas mais longínquas

resse, as linhas de pensamento, as fontes inspira-

periferias da humanidade. “Cada cristão e cada

doras e os modelos de vida da humanidade [...].

comunidade há de discernir qual é o caminho que

4

o Senhor lhe pede, mas todos somos convidados Portanto, para evangelizar no mundo urbano

a aceitar esta chamada: sair da própria comodi-

precisamos, antes de tudo, indagar: quais são os

dade e ter a coragem de alcançar todas as perife-

critérios mais utilizados para se julgar os fatos, si-

rias que precisam da luz do Evangelho”.5 Trata-se

tuações, instituições e pessoas? Quais são os va-

da “Igreja em saída”.

lores que contam e orientam a vida e quais são os centros de interesse das pessoas? Que linhas de

A praça da matriz no centro da cidade deixou

pensamento predominam na atualidade? Quais

de ser a referência do encontro entre as pesso-

são as fontes inspiradoras e os modelos de vida

as. No mundo urbano são diversos os espaços e

da humanidade em nossos dias?

os modos das pessoas se encontrarem e buscar sentido para suas vidas. Não podemos mais es-

Assim sendo, entendemos que o primeiro passo

perar que as pessoas venham às nossas igrejas

no processo de evangelização no mundo urbano

para nos escutar. Se pretendemos evangelizar,

é escutar. Trata-se de ir ao encontro das pessoas

de fato, precisamos fazer movimento inverso:

e estruturas nas suas mais diferentes realidades

sair dos nossos espaços eclesiais e ir ao encon-

para ouvi-las com atenção e misericórdia. Com-

tro das pessoas em suas diferentes realidades e

preendemos com clareza que a Igreja não é cha-

situações, dispostos a ouvir e a propor o Evan-

mada a anunciar-se ou promover-se a si mesma

gelho de Jesus Cristo como luz e caminho para

enquanto instituição, mas sendo instrumento a

juntos construirmos a “civilização do amor”, isto

serviço da promoção do Reino ela deve primeiro

é, o Reino de Deus. Quer dizer, a realidade urba-

escutar e, depois, apontar o Cristo como modelo

na atual nos mostra que precisamos preservar a

e projeto para uma nova humanidade, sobretu-

dinâmica de dois movimentos missionários. O

do por meio do exemplo. Vale salientar aqui que

primeiro, a diástole do envio à periferia do mundo

uma das características do mundo urbano é o

e a sístole que convoca, a partir dessa periferia,

descrédito aos discursos, isto é, não se acredita

para a libertação do centro, é o coração da Igre-

mais naquilo que apenas é dito. É preciso dar tes-

ja. Sob a senha do Reino propõe um mundo sem

temunho para ser merecedor de confiança.

periferia e sem centro.

5 FRANCISCO. Evangelii Gaudium. Roma, 2013, n. 20. Disponível em: <https://w2.vatican.va/content/ francesco/pt/apost_exhortations/documents/papa-francesco_esortazione-ap_20131124_evangeliigaudium.html> Acesso em: 21 de mar. de 2017.

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Especial

Confira experiências de nossas paróquias para as missões no ambiente urbano

Santuário do Perpétuo Socorro em Missão permanente O Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro compõe o cenário das igrejas localizadas na região central de Curitiba. Reúne fiéis e devotos da capital, como também dos municípios do interior do Paraná e de outros estados. O templo católico ganhou notoriedade com as Novenas à Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, realizadas todas as quartas-feiras. As novenas, os atendimentos das confissões e as ações sociais desenvolvidas pelo Santuário mostram uma Igreja acolhedora e missionária. Essa missionariedade acontece de forma natural numa resposta àqueles que procuram pelo templo religioso. Paralelamente a essas ações, muitas outras são desenvolvidas como as novenas nos hospitais, Correios, Polícia Federal, visitação nas casas e estabelecimentos comerciais e a juventude com o projeto “Reza Comigo?”, com o objetivo de chegar mais próximo dos que necessitam e não podem ou não participam da vida da Igreja. Os desafios aparecem no caminho, mas os frutos da missão animam aqueles que se propõem a exercê-la.

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para uma oração. Este momento oracional é feito dentro da residência, mas se houver resistência rezam no portão e agradecem, seguindo em missão. Quando o desafio aparece é hora de desenvolver novas habilidades. Por exemplo, se o porteiro ou o síndico do prédio dificulta a entrada dos missionários, há caminhos alternativos: investiga-se se naquele prédio mora um membro de pastoral do Santuário ou um devoto de Nossa Senhora. Assim, o morador sempre abrirá caminhos para a missão. A jovem Maria Isabel, 20 anos, dá o seu testemunho, dizendo que “geralmente os frutos de uma missão fazem com o que as pessoas envolvidas modifiquem o seu modo de viver, agir e pensar como cristãos. Desejo que esse projeto seja mais um sucesso na vida do nosso grupo e que Deus possa tocar os corações de todos os envolvidos: famílias, jovens e comunidade. Que Maria, a grande missionária, interceda por nós e nos coloque sempre a serviço de quem encontrarmos, assim como ela sempre se colocou”.

Das várias atividades missionárias desenvolvidas pelo Santuário escolhemos o projeto “Reza Comigo?” como uma boa prática para dizer que é possível fazer missão urbana, mesmo frente aos desafios postos pela realidade dos grandes centros.

Bruno Silva, 21 anos, completa, dizendo que “rezar na casa das famílias é um desafio. É muito bom sentir o amor de Deus se manifestar além dos nossos olhos, no ambiente familiar de pessoas desconhecidas. Nesse projeto, a nossa missão é realmente ser missionário e seguir o caminho que Jesus Cristo mesmo trilhou”.

O projeto “Reza Comigo?” é praticado pelos membros do grupo SHAI Jovem do Santuário. Antes de sair em missão os jovens recebem a formação necessária mesclada por espiritualidade e aprendizado. Em grupos de dois ou três, os jovens percorrem as ruas visitando as casas e convidando as famílias

Para Márcia Fidelis, autora do ‘Projeto Reza Comigo?’ é uma grande alegria no coração acompanhar os jovens empenhados nessa missão. Um projeto que vai ao encontro dos anseios da Arquidiocese de Curitiba e que acredita numa Igreja em permanente estado de missão, especialmente com os jovens.

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Especial

Confira experiências de nossas paróquias para as missões no ambiente urbano

Paróquia de Santo Agostinho e Santa Mônica

Prontos para iniciar a Missão Após a chegada do Pe. VolneI, em maio de 2016, lançou-se o desafio à Paróquia de Santo Agostinho e Santa Mônica de assumir a caminhada da Arquidiocese na “Missão Permanente”. O assunto não foi novidade, mas estava faltando um incentivo maior e um envolvimento de toda a comunidade. O primeiro passo foi fazer com que a comunidade assumisse esta caminhada não para realizar um desejo da Arquidiocese, mas seu próprio desejo, afinal a Arquidiocese somos nós. Assumimos que o Conselho Pastoral Paroquial (CPP) deveria estar no centro de toda ação, motivando é ser Igreja e descobrir que a missão primeira da igreja é Evangelizar. Nas homilias dominicais, Pe Volnei, sempre apresenta a necessidade de sermos uma Igreja missionária, uma Igreja em saída, como nos pede o Papa Francisco, fundamentando nas leituras do dia. Convidamos o Pe. Renoir, pároco do Santuário Nossa Senhora de Salete, que já estava com bastante experiência nesta caminhada, para vir falar ao CPP. Todos ficaram bastante animados. Partimos para a preparação. Em todas as reuniões do CPP o tempo maior era reservado para falar da missão. Primeiro passo foi fazer um levantamento da realidade. A paróquia é formada por um território de 63 quadras, 3.251 residências e apartamentos, 313 comércios. Dividimos em 11 núcleos, cada um com o nome de um apóstolo, de maneira que cada núcleo tivesse uma média de

300 residências ou apartamentos. Preparamos um folder, para apresentar a paróquia e ser deixado em cada casa que visitarmos. O grupo de jovens da paróquia também está animado e irá participar das visitas missionárias. Eles afirmaram: “em quase todas as casas tem jovens, vamos lá e convidá-los para caminhar conosco”. No dia 05 de agosto deste ano a equipe de missão da Arquidiocese fez uma tarde de formação e esclarecimentos, trazendo a experiência das outras comunidades da Arquidiocese. Depois de mais de um ano de preparação e motivação, vamos por o pé na estrada. No último CPP ficou decidido iniciarmos as visitas às famílias. Será no dia 21 de outubro, antes de cada visita teremos uma reunião com os missionários(as) para preparar todos os detalhes. Sabemos que o Senhor irá à nossa frente.

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Especial

Confira experiências de nossas paróquias para as missões no ambiente urbano

A missão de evangelizar do Santuário Nossa Senhora de Guadalupe O Papa Francisco nos fala em sermos uma Igreja em Saída – ele afirmou isso em 2015, durante o Ano Missionário, que teve como tema A Alegria da Missão. O Santuário Nossa Senhora de Guadalupe em Curitiba, na sua condição de igreja local, sempre teve o compromisso de levar em frente a missão de evangelizar os que já conhecem, os que já ouviram falar e quem nunca vivenciou a vida em comunhão com Jesus Cristo.

Pastoral da Ação Social que desenvolve atendimento de cunho assistencial às famílias necessitadas e realiza visitas, juntamente com o Grupo de Oração Sopro do Espírito, na Maternidade Mater Dei, indo nos quartos, rezando junto com as famílias e fazendo a doação de alimentos. Além disso, há também os cursos personalizados de Batismo e de Noivos, confissões e momentos de espiritualidade com a quarta-feira Mariana e quinta-feira Eucarística no Santuário.

No Santuário temos vários serviços missionários, coordenados a partir de nosso Pároco Reitor Padre Reginaldo Manzotti e o Conselho Pastoral Paroquial (CPP), suas Pastorais e Movimentos. Dentre as ações desenvolvidas podemos citar as da Pastoral dos Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão, em que o padre faz um envio anualmente para fazerem a benção das residências e comércios dentro da área territorial do Santuário. Esta se tornou uma ação permanente a serviço da comunidade.

Uma das grandes dificuldades neste trabalho missionário no centro da cidade é conseguir chegar às pessoas que moram nos prédios residenciais, pois temos a barreira nas portarias e regulamentos do local, impedimentos que dificultam em levar a palavra. No entanto, pela ação do Espírito Santo, com a determinação dos voluntários e por intercessão das Capelinhas de Nossa Senhora de Guadalupe, visitando as casas e comércios da região central, estamos chegando nestes locais. A Pastoral Familiar, que faz o trabalho de visitação das famílias dos catequizandos e dizimistas, nos traz um belo exemplo: um casal visitou uma destas famílias em um apartamento, os vizinhos ficaram sabendo e pediram para entrar em suas casas para rezarem juntos e no final participaram todos os lares do prédio.

Retiros de casais com o objetivo de reestruturação, fortalecimento das famílias e formação de lideranças são ações desenvolvidas pelo Movimento de Conscientização Cristã (MCC), que no mês de setembro completa seu 104º encontro (2 vezes ao ano). Após os retiros, os casais são convidados a participarem de formações continuadas para aprofundamento, espiritualidade (terço nas casas) e melhor entendimento do tempo em que a igreja e a sociedade estão vivendo e a se engajarem nas atividades do Santuário.

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E desta forma caminhamos, sendo um Santuário de Evangelização, Celebração, Acolhimento e de Missão permanente. “O que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos”.


William Michon Coordenador da Pastoral do Dízimo

Dízimo

CRISTÃO LEIGO – VERDADEIRO SUJEITO ECLESIAL “Vai e reconstrói a minha Igreja” (S. Francisco de Assis). O coordenador da Pastoral Arquidiocesana do Dízimo apresenta o testemunho de como um missionário leigo pode contribuir para que o trabalho pastoral seja concretizado com determinação e ardor:

No prelúdio do Ano do Laicato eu, William Michon, missionário leigo da Pastoral do Dízimo, desejo nas linhas abaixo testemunhar a missão e apostolado na Igreja de Cristo.

Simultaneamente ao trabalho na Pastoral Arquidiocesana do Dízimo, atuo como coordenador da Pastoral do Dízimo na Paróquia Santuário do Senhor Bom Jesus em Campo Largo (PR).

Iniciei meus trabalhos efetivos na Pastoral do Dízimo em 1992, na Paróquia São Mateus, em São Mateus do Sul (PR), Diocese de União da Vitória. O início desta caminhada do dízimo foi a minha inquietação e questionamento quanto às campanhas realizadas para se obter recursos para a aquisição de bens temporais para a evangelização do Povo de Deus. Iniciamos lá a Pastoral do Dízimo como meio de sustentação das necessidades financeiras da paróquia.

Para que o trabalho pastoral seja concretizado com determinação e ardor missionário é necessária bastante disposição voluntária para atender às demandas da missão. Não há receita pronta, mas ouso indicar alguns caminhos que para mim são muito importantes e que animam sobremaneira a espiritualidade da caminhada pastoral: orações (leitura orante da Palavra), liturgia das horas, celebração diária da Eucaristia, obras de misericórdia, estudo permanente dos documentos do Magistério da Igreja, participação em congressos, seminários, cursos extensivos, etc. Também é importante para o trabalho que realizamos a sintonia com o Clero Arquidiocesano, do qual recebemos apoio e reconhecimento pela nossa missão, por parte do nosso Arcebispo, bispos, padres e diáconos, que muitas vezes de maneira humilde, mas com muita sabedoria, prestigiam nossa missão com sua presença dinâmica em nossas palestras e pregações, autenticando a eclesialidade do nosso trabalho missionário.

Quando vim morar em Curitiba apresentei-me ao Pároco da Paróquia do Senhor Bom Jesus, no bairro do Portão, onde passei a frequentar. O pároco então com muita cautela, disse-me que era para começar com a pastoral do dízimo com prudência. Até meados do ano de 2001 pude aplicar algumas inovações, com avanços significativos, na conscientização do povo de Deus e consequente resultado financeiro. A partir do ano de 2002, passei a ser membro da Pastoral do Dízimo na Arquidiocese de Curitiba, atendendo o convite do Con. Ivanir. Desde junho de 2006 estou à frente da coordenação da Pastoral Arquidiocesana do Dízimo e nestes anos posso contabilizar, juntamente com a equipe que me acompanha, sucessivos avanços nos trabalhos missionários, nas paróquias e comunidades de nossa Arquidiocese. Este trabalho tem me proporcionado muitas alegrias, sobretudo a sensação de atender ao chamado missionário na construção do Reino de Deus. “Anunciar o Evangelho não é título de glória para mim; pelo contrário é uma necessidade que me foi imposta. Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho! ” (1Cor 9,16). Entre os avanços mais importantes, na Arquidiocese, além dos seminários semestrais que realizamos, está o estabelecimento da Escola Itinerante do Dízimo, que percorre os Setores Pastorais, orientando e dando suporte às coordenações setoriais e paróquias, assim como para lideranças, agentes de pastoral interessados e comunidade geral. É significativo para a Arquidiocese a constatação de que algumas paróquias já estão abolindo os jogos (show de prêmios, bingos, rifas, etc.), fruto de uma exortação muito oportuna do Senhor Arcebispo, e insistência nas pregações da Pastoral do Dízimo, sobre os meios de arrecadação pastoralmente postulados. Nestas paróquias, as festas continuam acontecendo naturalmente na perspectiva de confraternização entre a comunidade de fé, com resultados muito positivos no sentido de pertença e corresponsabilidade.

A minha opção pela pastoral do dízimo há 25 anos foi uma bênção, pois tenho a oportunidade de conhecer melhor a minha Igreja, suas necessidades e seu potencial, integrando-me no meio eclesial e tendo como referenciais pastores dedicados e profetas sábios, que me ajudam sobremaneira a ser um missionário do dízimo! Aos caros leitores, desejo que a partir da minha experiência de sucesso, apesar de minhas limitações, possam ser incentivados a se engajarem de maneira intensiva e disciplinada num ministério da Igreja tão necessário e urgente, que fascina, encanta e desafia, mas transforma a concepção de vida e convivência fraterna num oceano de bênçãos e graças, podendo em tudo dizer humildemente: “Graças a Deus! ” EXPEDIENTE

COMISSÃO DA DIMENSÃO ECONÔMICA E DÍZIMO: Coordenador da Comissão: João Coraiola Filho. Padre Referencial da Pastoral do Dízimo: Pe. Anderson Bonin Coordenador da Pastoral do Dízimo: William Michon Pastoral do Dízimo: (41) 2105 6309 - Sonia Biscaia - Secretária

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Família e Vida

Mara e Marcelo Avelino Coordenação SOS Família

Pastoral Familiar em missão Confira experiência na Pastoral Familiar da Paróquia Imaculada Conceição A Pastoral Familiar da Paróquia Imaculada Concei-

Atualmente a Formação dos Noivos é personaliza-

ção, que fica no Atuba, nasceu da vontade dos Cate-

da. Trabalhamos no desenvolvimento do Encontro

cúmenos de 2015 de colocarem-se a serviço da Famí-

de Namorados e na Catequese Familiar, e Pastoral

lia e da Vida. Tendo se tornado católicos na Páscoa

da Criança.

de 2016, o grupo de fiéis procurou a Arquidiocese de Curitiba para orientações e receberam do Pa-

No Setor Colombo percebemos que a paróquia vizi-

dre Adriano Monteiro as devidas instruções e apoio

nha da Sagrada Família ainda não havia a implan-

para colocar a ideia em prática (criação da Pastoral

tado a Pastoral Familiar. Com carinho, nos dispuse-

Familiar). Neste tempo visitamos a paróquia Nossa

mos a adotá-la. Para 2018 nossos objetivos serão:

Senhora da Saúde de Pinhais onde colhemos infor-

atender o que foi deliberado na Assembleia Arqui-

mações para o início da caminhada.

diocesana da pastoral Familiar, o combate à violência contra a Mulher e o combate ao tabagismo e

As duas primeiras reuniões foram assistidas pelo Ca-

consumo de álcool.

sal Coordenador Arquidiocesano Afonso e Janete, a terceira reunião pelo Assessor da Comissão Família e Vida Diácono Juarez e sua esposa Maria Lucia. As reuniões seguintes foram pautadas pelo livro “Pastoral Familiar na Paróquia – Guia de Implantação”, tendo como assessor o próprio Padre Adriano Monteiro. Os oito passos da formação foram estudados. Em agosto do mesmo ano, os agentes da Pastoral colocaram-se em Missão na intenção de preparar e formar 13 casais para o Sacramento do Matrimônio em uma cerimônia comunitária que aconteceu em novembro. Ao mesmo tempo, alguns Agentes da Pastoral colocaram-se em Missão para implantar

Reunião de planejamento 2018

a Pastoral da Sobriedade. Com estes dois serviços implantados deu-se seguimento e apoio a Pastoral Batismal, Escola da Fé e ações na Catequese. A Sobriedade cresceu, hoje tendo como parceira a Comunidade Terapêutica Wipassana de Sentinela do Sul. Temos duas vagas para oferecer aos Irmãos paroquianos que buscam vencer a dependência química. A Pastoral Familiar oferece a Comunidade Terapêutica um Ministro da Palavra e da Sagrada Comunhão, o Catecumenato aos internos e, após os nove meses de internação, acompanhamento por toda a Vida do Recuperado.

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Visita a chácara que recebe para tratamento da dependência química em Sentinela do Sul


Caminhada Missionária do Movimento Familiar Cristão de Curitiba

Curitiba

O MFC Curitiba tem diversos membros que há vários anos têm uma caminhada missionária de diferentes formas. Com a motivação do Papa Francisco para uma Igreja em saída e missionária, o movimento criou um evento semestral, que chamamos de café da manhã diferente, para tentar contagiar, acender nos corações de outros mefecistas, esta vontade de partilhar seu tempo, palavras, ouvidos, carinho, com pessoas que precisam, além de bens materiais, mas acima de tudo atenção. Este café da manhã é realizado nas instituições indicadas por participantes do movimento. Partilhamos um lanche, que apesar de ser pago pelo movimento, fazemos questão que seja exatamente igual ao disponibilizado para os internos ou participantes destas entidades. Desta forma, podemos viver um pouco da realidade dos mesmos. Na sequência, um representante do local visitado conta um pouco sobre o trabalho realizado e apresenta uma pessoa atendida que dá seu depoimento, sobre a sua vida e sobre como a instituição o ajuda. Com este incentivo, muitos se identificam com determinados trabalhos voluntários e passam a realiza-los, no seguimento que mais lhe chamou a atenção, seja atendendo crianças e adolescentes, dependentes químicos, famílias que vivem em risco social, idosos, etc. É o MFC Caminhando até você!

EXPEDIENTE Comissão da Família e Vida: Assessor Eclesiástico: Diácono Juares Celso Krun. Sonia Biscaia – soniaabs@arquidiocesecwb.org.br / 2105-6309

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GAM

Campanha Missionária 2017 “Qual é o fundamento da missão? Qual é o coração da missão? Quais são as atitudes vitais da missão?” Essas são perguntas do Papa Francisco presentes em sua Mensagem para o Dia Mundial das Missões (22 de outubro). Na mesma mensagem, o Papa afirma: “A missão da Igreja é animada por uma espiritualidade de êxodo contínuo”. Trata-se de “sair da própria comodidade e ter a coragem de alcançar todas as periferias que precisam da luz do Evangelho” (EG 20). (…) A missão adverte a Igreja de que não é fim em si mesma, mas instrumento e mediação do Reino”. Estamos em outubro, o Mês das Missões, período de intensificação das iniciativas de animação e cooperação missionária em todo o mundo. “A alegria do Evangelho para uma Igreja em saída”. É o tema escolhido pelas Pontifícias Obras Missionárias

(POM) para a Campanha Missionária de 2017, em sintonia como o ensinamento do Papa Francisco: “A alegria do Evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontraram com Jesus” Essa alegria precisa ser anunciada pela Igreja que caminha unida, em todos os tempos e lugares, e em perspectiva ad gentes. Mas como vivenciar a Campanha? Vamos cada um dar o seu testemunho, para suas redes de contato. Existe uma série de materiais da Campanha (Cartazes, Novena, Envelopes para a Coleta, Mensagem do Papa). Estes materiais foram enviados às paróquias. Para ter acesso na Arquidiocese de Curitiba, o Grupo de Animação Missionária fica à disposição pelo telefone (41) 2105 6375 ou 2105 6376. Além disso, os materiais estão disponíveis para baixar na página das POM (pom.org.br) e multiplicar livremente.

Oração do Mês Missionário 2017 Deus de misericórdia, que enviaste o Teu Filho Jesus Cristo e nos sustentas com a força do Espírito Santo, e, a exemplo de Maria, nossa Mãe Aparecida, na celebração dos 300 anos do encontro da imagem, sejamos, em toda a parte, testemunhas proféticas da alegria do Evangelho para uma Igreja em saída. Amém.

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Ilustrações do Cartaz Campanha Missionária 2017

ensina-nos a caminhar juntos


Igreja em Saída Setor Pinhais foi o primeiro a receber a Palavra e os Símbolos Missionários No dia 8 de setembro, dia da Padroeira de Curitiba - Nossa Senhora da Luz dos Pinhais - a Arquidiocese de Curitiba lançou uma novidade: a Peregrinação da Palavra e dos Símbolos Missionários. Trata-se da Bíblia, da Cruz e da imagem de Nossa Senhora da Luz que passaram a peregrinar pelas paróquias e comunidades da Arquidiocese. Esta proposta de peregrinação da Palavra e dos símbolos foi uma forma de acolher o convite evangélico do Papa Francisco por uma Igreja em saída, e assim suscitar nas comunidades, pastorais e movimentos uma paixão sempre mais profunda pela missão evangelizadora da Igreja. O lançamento desta novidade ocorreu na Catedral Basílica, com um ato simbólico durante a missa de acolhida aos novos bispos auxiliares de Curitiba. Ainda no mesmo dia a peregrinação iniciou no Setor Pinhais. A primeira paróquia a receber e realizar atividades missionárias com a Bíblia e os símbolos foi a Paróquia Nossa Senhora da Luz. O setor se organizou para contemplar todas as paróquias. De acordo com o padre Valdemar Oliveira dos Santos, coordenador do Setor, “Durante o período que permaneceram no Setor Pinhais, os símbolos despertaram a missionariedade e um maior fluxo de pessoas em nossas paróquias”. Cada paróquia do setor permaneceu ao menos 2 dias com a Bíblia e os Símbolos. Entre as atividades de saída, chamou a atenção a peregrinação que a Paróquia Nossa Senhora da Boa Esperança fez à cadeia de Pinhais anexa à delegacia no centro de Pinhais, levando a evangelização à população encarcerada. A Palavra e os Símbolos missionários permaneceram no setor Pinhais de 8 a 23 de setembro. Passaram então ao setor Almirante Tamandaré (24 de setembro a 7 de outubro). Esta peregrinação é uma oportunidade singular para a realização de ações em diversos níveis (formações, visitas, momentos de oração, dentre outros…) a fim de abrasar de maneira mais intensa os corações da população na Arquidiocese de Curitiba, pelo amor à missão. Acompanhe o cronograma por setor: www.arquidiocesedecuritiba.org.br/simbolosmissionarios/

EXPEDIENTE

GRUPO DE ANIMAÇÃO MISSIONÁRIA: (41) 2105-6375 comidi@arquidiocesecwb.org.br / Patryck Madeira / Edson Soares: (41) 2105-6376 Arquidiocese de Curitiba | Outubro 2017

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Comunidades

Eliezer Teixeira Fundador Comunidade Santa Cruz e responsável pela Comissão 12

Curitiba acolheu o

I Congresso Sul Brasileiro de Novas Comunidades

Nos dias 26 e 27 de agosto foi realizado na sede da Canção Nova de Curitiba o I Congresso Sul Brasileiro de Novas Comunidades, promovido pela Comissão 12 e pela Catholic Fraternity. O Evento contou com a participação de aproximadamente 500 pessoas de 58 comunidades novas do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, representando 17 dioceses do Sul do país. O fundador da comunidade Face de Cristo de Fortaleza (CE) e também responsável nacional da Catholic Fraternity (Fraternidade Católica), Aluizio Nobrega, esteve no evento. A Catholic Fraternity é um organismo criado em 1990 pelo Pontifício Conselho para os Leigos que está a serviço das Comunidades que surgem na Igreja Católica dentro da corrente de graça chamada Renovação Carismática. Também participaram do encontro Diácono Elias, responsável pelo Sul do Brasil da Catholic Fraternity e Fundador da Comunidade Arca da Aliança de Joinville – SC; Italo J. Passanezi Fasanella, Fundador da Comunidade Sagrada Família de São Paulo – SP; Padre Gevanildo Torres, Assessor Eclesiástico das Novas Comunidades de Curitiba e Formador Local da Comunidade Canção Nova; e Fernando Fantini, Res-

ponsável Local da Comunidade Canção Nova Curitiba. Os convidados ministraram palestras sobre os seguintes temas: • Maria, a formadora por excelência de nossas comunidades; • Famílias nas Novas Comunidades; • Coração inquieto – o processo de discernimento vocacional; • Consagrados de Vida e Aliança – duas realidades em uma única vocação; • O crescimento e a difusão de um Carisma; • Encontro de Fundadores e Cofundadores. O Congresso foi regado de muita formação, espiritualidade, convivência fraterna e troca de experiência entre as comunidades presentes. Foi um momento de muita graça para as comunidades novas do Sul do país, de modo especial para as comunidades da nossa Arquidiocese que trabalharam com muito afinco para que esse evento fosse realizado. Maiores informações sobre esse evento ou sobre as Novas Comunidades de Curitiba acesse a página no Facebook www.facebook.com/novascomunidadescuritiba.

EXPEDIENTE

COMISSÃO DAS NOVAS COMUNIDADES: Assessor Eclesiástico: Pe. Gevanildo Augusto Torres . Resp.: Eliezer Teixeira. Telefone: 3022-5521

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PASCOM

II Semana da Liberdade Religiosa Em sua segunda edição, a Semana da Liberdade Religiosa foi idealizada pela Comissão de Direito e Liberdade Religiosa da Ordem dos Advogados do Brasil do Paraná (OAB-PR), de 11 a 17 de setembro. Na Cúria aconteceu uma palestra, ministrada pelo advogado Bruno Augusto Silva: “Serviços de Caridade e vínculo empregatício”. Durante a palestra, o advogado trouxe uma série de explicações sobre o trabalho voluntário. Para o palestrante, debater o trabalho voluntário é de suma importância para o aprimoramento de agentes voluntários, que atuam de forma efetiva em suas igrejas. “Também acho importante essa aproximação da sociedade civil e a OAB, além dessa troca de conhecimentos que acontece em eventos como os de hoje”. Estiveram presentes no evento lideranças de pastorais da Arquidiocese. Texto e foto: Luciane Alves Lopes – Pascom EXPEDIENTE PASTORAL DA COMUNICAÇÃO: antonio.kayser@gmail.com. (41)99965-1635 | Coordenador: Antonio Kayser

Painel do Leitor

DNJ: uma experiência de renovação da Fé para jovens A 32ª edição do DNJ – Dia Nacional da Juventude curitibano foi realizada nos dias 16 e 17 de setembro na Paróquia São Cristóvão na Vila Guaíra e contou com mais de 200 jovens reunidos para um animado encontro que incluiu visitas de evangelização em diversos locais, oficinas diversas, dança, música e muita interação. A programação contou no sábado com grande participação nas Missões Jovens Diocesanas. Em equipes, os jovens visitaram as localidades ao redor da Paróquia, incluindo o terminal, praças e casas das famílias para fazer a evangelização. Uma das atividades especiais deste ano foi a visita ao Hospital Menino Deus, onde a juventude teve a alegria em conversar com as crianças e rezar por elas. Já no domingo além das atividades de integração, o dia contou com oficinas e rodas de conversa, com temas como liderança, política, jogos teatrais, danças, música, fotografia, audiovisual, reciclagem, meio ambiente, dicas para vestibular e mercado de trabalho.

Formação anual dos atendentes paroquiais No dia 11 de setembro foi realizada a formação anual dos (as) Atendentes Paroquiais da Arquidiocese de Curitiba, na casa de Retiro Nossa Senhora do Mossunguê. O tema deste ano foi referente ao documento 107 da CNBB, Iniciação Vida Cristã. A formação foi assessorada pelo Pe. Luciano Tokarski da Comissão Bíblica Catequética da Arquidiocese e pela Ir. Denise de Freitas da Congregação das Irmãs Mensageiras do Amor Divino. Arquidiocese de Curitiba | Outubro 2017

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Painel do Leitor

Curitiba celebrou o dia da Padroeira com a chegada de dois bispos Em 8 de setembro Curitiba comemorou o dia da padroeira da cidade e da Arquidiocese de Curitiba, Nossa Senhora da Luz dos Pinhais. Neste ano de 2017, o dia que já é especial, teve um fator a mais para comemoração: a chegada de dois novos bispos para atuarem na Arquidiocese de Curitiba: Dom Amilton Manoel da Silva e Dom Francisco Cota de Oliveira. A acolhida foi calorosa. Centenas de fiéis estiveram na Catedral Basílica para a Celebração Eucarística às 10h, para conhecer os novos bispos auxiliares da Arquidiocese de Curitiba. A missa foi celebrada pelo Arcebispo Dom José Antônio Peruzzo e co-celebrada pelo arcebispo emérito, Dom Pedro Fedalto. Estavam presentes boa parte do clero, autoridades, familiares e amigos dos bispos recém-chegados, representantes de diversas comunidades além dos bispos Dom José Carlos Souza Campo (Divinópolis), Dom Eduardo Vieira dos Santos (auxiliar de São Paulo), Dom Rafael Biernaski (Blumenau), Dom Mauro Aparecido dos Santos (Cascavel), Dom Antônio Wagner da Silva (Guarapuava), Dom Moacir Silva Arantes (auxiliar de Goiânia).

Procissão e Missa no dia de Nossa Senhora da Luz O Dia da Padroeira da Arquidiocese de Curitiba, Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, contou com programação intensa na Catedral de Curitiba. Além da missa de acolhida dos novos bispos auxiliares às 10h, houve celebrações às 15h e às 18h, sendo que uma procissão saiu do Santuário Nossa Senhora do Guadalupe às 17h em direção à Catedral, onde o público participou da última missa do dia com participação de Dom Amilton Manoel da Silva e Dom Francisco Cota Oliveira.

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Fotos: Comunidade Católica Colo de Deus

Realizada a Assembleia do Povo de Deus por províncias Em 23 e 24 de setembro aconteceu a 38ª Assembleia do Povo de Deus - da Regional Sul II da CNBB, mas com uma novidade neste ano de 2017, pois aconteceu por províncias. São quatro as províncias no Regional Sul II da CNBB, Estado do Paraná: Curitiba, Londrina, Maringá e Cascavel. Em Curitiba, 206 membros da ação evangelizadora das dioceses - padres, leigo - agentes de pastoral - e bispos participaram da Assembleia na paróquia Santo Antônio de Orleans, discutindo os novos rumos que a Igreja do Paraná tomará de acordo com a realidade vivida e também de acordo com a proposta do Papa Francisco para uma Igreja em Saída. A Assembleia contou com momentos para partilha entre as dioceses, seguido de uma formação sobre o Documento 107 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, que fala da Iniciação à vida cristã, realizada por Dom José Antônio Peruzzo, arcebispo de Curitiba. “Iniciação à vida cristã não é algo novo, mas precisa ser aventado, alimentado para que fecunde, germine e dê frutos. Viver a experiência, se permitir conhecer além do que se vê é o primeiro passo para se inserir na vida cristã e, de fato, conhecer Jesus Cristo. A partir da vivência, da experiência, superamos distâncias, barreiras e os caminhos se abrem. A fadiga, em

se tratando de linguagem bíblica, não significa cansaço, apenas. Uma pessoa fatigada é aquela que está disposta a evangelizar, a falar de Deus em todos os âmbitos, sem se importar com as condições do ouvinte ou a que meio ele pertence. É preciso que vivamos esta experiência do inusitado, do diferente”, destacou Dom Peruzzo. Esta formação sobre o documento 107 possibilitou nova reflexão a todos, sobre como trabalhar a Iniciação à Vida Cristã para além da Catequese, de forma que todos os participantes pudessem levar este conteúdo aos seus ambientes. * Com informações de CNBB Sul 2

Ação Evangelizadora: Cada Comunidade uma Nova Vocação Durante a Assembleia, a CNBB Regional Sul 2 lançou uma ação que acontecerá em toda a Igreja Católica do Paraná (e ainda nos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, na Diocese de Osasco-SP e na Diocese de Bafatá, na Guiné-Bissau, África), a partir da Quinta-Feira Santa de 2018 (29 de março). O projeto tem dois eixos principais:

religiosas, famílias, leigos, missionários, daqueles que vivem com alegria a sua vocação.

1) Rezar pelas vocações. 2) Utilizar os meios de comunicação social e as redes sociais para divulgar testemunhos de padres,

O Secretário Executivo do Regional Sul 2 da CNBB, Padre Mário Spaki, fez a apresentação da Ação Evangelizadora.

O objetivo dessa ação é criar uma Cultura Vocacional, um ambiente positivo em que os jovens encontrem condições favoráveis para responder ao chamado de Deus e, desse modo, aumentar as vocações na Igreja.

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