Voz da Igreja - Setembro de 2017

Page 1

Publicação da Arquidiocese de Curitiba - Paraná

Impresso Especial 36000135947 - DP/PR ARQUIDIOCESE DE CURITIBA CORREIOS

arquidiocesedecuritiba.org.br vozdaigreja@arquidiocesecwb.org.br

Ano XIV - Edição 176 - Setembro de 2017

Sob a Luz de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, é dado início à peregrinação da Bíblia e dos Símbolos Missionários pela Arquidiocese de Curitiba.

Pg.14

No dia da Padroeira acolhemos também os novos bispos auxiliares em nossa Arquidiocese. Pg.12 Veja também Catequese batismal: um processo de crescimento na fé. Pg 06 + artigos e novidades de nossa Arquidiocese

Juventude estará em peso no DNJ 2017. Pg. 19

FDS repassa recursos a 22 iniciativas solidárias. Pg. 20


Ação Evangelizadora

Agenda Mensal dos Bispos Agosto/2017

Editorial

Dom José Antônio Peruzzo Arcebispo da Arquidiocese de Curitiba

“A messe é grande, mas os operários são poucos. Pedi, pois, ao Senhor da messe que envie operários” (Mt. 9. 37, 38). A Arquidiocese de Curitiba está acolhendo dois operários: os novos Bispos Auxiliares Dom Amilton Manoel da Silva e Dom Francisco Cota de Oliveira foram enviados pelo Senhor da messe para, nas palavras do nosso Arcebispo Dom José Antonio Peruzzo, “somarem-se a um serviço eclesial e pastoral que requer a confiança do discípulo e a intrepidez do apóstolo.” Nesta edição da revista Voz da Igreja você irá conhecer um pouco da história de cada um deles. No dia 8 de setembro terá início a peregrinação da Palavra de Deus e dos Símbolos Missionários em todas as paróquias que formam a nossa Arquidiocese, aos moldes da Peregrinação da Imagem de Aparecida, em 2015. Será uma peregrinação permanente, ou seja, terminando os 15 setores pastorais, volta ao primeiro. Preparamos um artigo que explica o que são a Palavra e os Símbolos que estarão em peregrinação e como ela acontecerá. Em artigo sobre a iniciação à vida cristã falamos sobre a catequese batismal, um processo de crescimento na fé como itinerário formador de discípulos missionários. “Os tempos modernos exigem novo ardor, novos métodos e novas expressões da Igreja. Nesse desafio que abarca toda a comunidade encontra-se a catequese personalizada”, diz o texto. Você também vai conhecer os 22 projetos sociais que receberam, neste ano, recursos por meio do Fundo Diocesano de Solidariedade, fruto da solidariedade dos fiéis que contribuem na coleta das missas no Domingo de Ramos. Outros temas abordados são as novas “Diretrizes Pastorais para os Encontros de preparação de Noivos ao Matrimônio”, os 174 anos da Obra da Infância Missionária (hoje Infância e Adolescência Missionária), a história do canto litúrgico e o “Documento da CNBB 106: O dízimo na comunidade de fé – orientações e propostas”. Também convidamos você a ler as reflexões do Arcebispo Emérito de Curitiba, Dom Pedro Fedalto, e do Padre Rivael, além de conferir a ‘Paróquia em Destaque’ deste mês. Não deixe de ler os artigos, notícias, e divulgação de eventos do mês de setembro que preparamos para você nesta edição. E fique à vontade para enviar sugestões, críticas e opiniões. Boa leitura!

Fale Conosco ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO Rua Jaime Reis, 369 - São Francisco 80510-010 - Curitiba (PR)

Fones / Fax: (41) 2105-6343 E-mail: comunicacao@arquidiocesecwb.org.br

Responsável: Téo Travagin – 5531 (DRT-PR)

Site: www.arquidiocesedecuritiba.org.br

A revista Voz da Igreja é uma publicação da Arquidiocese de Curitiba sob a orientação da Assessoria de Comunicação CONSELHO EDITORIAL - Arcebispo da Arquidiocese de Curitiba Dom José Antônio Peruzzo | Chanceler: Pe. Jair Jacon | Ecônomo da Mitra: Pe. José Aparecido Pinto | Coordenador da Ação Evangelizadora: Pe. Alexsander Cordeiro Lopes | Coordenador geral do clero: Pe. Rivael de Jesus Nacimento | Jornalista responsável: Téo Travagin | Assessoria de Comunicação: Sintática Comunicação | Revisão Teológica: Pe. Roberto Nentwig | Colaboração voluntária: 13 Comissões Pastorais| Apoio: Centro Pastoral | Projeto gráfico e diagramação: Sintática Comunicação | Foto da Capa: Patryck Madeira | Tiragem: 10 mil exemplares.

2

Arquidiocese de Curitiba | Setembro 2017

01 • Reunião do Setor Cabral, na 17 • Dedicação do Altar da Capela Nossa Paróquia Senhor Bom Jesus Senhora de Sion, Centenário • Missa de Investidura dos MESCES do • Encontro da Região Episcopal Norte, Setor Cajuru, Paróquia São Martinho no Colégio Santa Maria de Lima 18 • Programa Leitura Orante, na TV 02 • Ordenação Diaconal, Santuário Evangelizar Nossa Senhora da Salete 19 a • Reunião do Conselho Permanente, 03 • Formação para o SOS Família, na 20 em Brasília - DF Cúria 21 • Reunião do Setor Pinhais • Missa de Encerramento do IX • Visita no Seminário São José Seminário Arquidiocesano de 22 • Reunião do Setor Capão Raso, Catequese, Colégio Bom Jesus na Paróquia Nossa Senhora da 04 • Gravação na TV Evangelizar Anunciação • Visita no Seminário Bom Pastor • Visita no Seminário Propedêutico 05 • Reunião do Conselho Presbiteral, 23 e • Assembleia do Povo de Deus, Centro na Cúria 24 de Eventos da Paróquia Santo • Expediente na Cúria Antonio, Orleans 06 • Missa na Catedral 25 • Programa Leitura Orante, na TV • Curso Bíblico na Paróquia Santo Evangelizar Antonio, em Orleans • Visita no seminário Bom Pastor 08 • Missa de Apresentação dos Bispos 26 • Reunião do Setor Santa Felicidade, Auxiliares na Arquidiocese e Festa da Paróquia Nossa Senhora da Padroeira, na Catedral Conceição 12 • Reunião do Clero na APAC • Programa Conhecendo a Palavra, na • Reunião do Setor Boqueirão, na TV Evangelizar Paróquia Santo Antonio Maria Claret 27 • Expediente na Cúria • Programa Conhecendo a Palavra, na • Sessão Solene do Jubileu da RCC, na TV Evangelizar Assembleia Legislativa 13 • Expediente na Cúria 28 • Reunião do Setor Portão • Visita no Seminário Rainha • Expediente na Cúria • Encontro com os Casais, na Paróquia • Missa na Paróquia São José, em Nossa Senhora das Mercês Santa Felicidade 14 • Reunião dos 15 Setores, na Cúria 29 • Reunião do Setor Orleans, na • Reunião do Setor Pinheirinho, na Paróquia São João Batista Precursor Paróquia São José das Famílias • Reunião dos Formadores, no • Reunião das 13 Comissões, na Cúria Seminário São José 15 • Reunião do Setor Cajuru, na 30 • Bate Papo com a Juventude da Paróquia São Benedito Região Episcopal Sul, Rua da 16 • Retiro do Setor Mercês, na Paróquia Cidadania no Pinheirinho Santíssimo Sacramento • Missa no Congresso da Pastoral • Missa do DNJ, na Paróquia São da Educação Arquidiocesana, na Cristovão Paróquia Santana - Abranches

Dom Amilton Manoel da Silva Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Curitiba 06 • Missa na Catedral 21 • Reunião do Setor Pinhais 07 • Missa na Catedral 22 • Reunião do Setor Capão Raso, 08 • Missa de Apresentação dos Bispos na Paróquia Nossa Senhora da Auxiliares na Arquidiocese e Festa da Anunciação Padroeira, na Catedral 23 e • Assembleia do Povo de Deus, Centro 10 • Missa de Posse na Igreja da Ordem 24 de Eventos da Paróquia Santo 12 • Reunião do Clero na APAC Antonio, Orleans • Reunião do Setor Boqueirão, na 26 • Reunião do Setor Santa Felicidade, Paróquia Santo Antonio Maria Claret Paróquia Nossa Senhora da 13 • Palestra para o Grupo de Mães Conceição dos Sacerdotes, no Cenáculo 27 • Presença na Semana Teológica, no Arquidiocesano Studium Teológico 14 • Reunião dos 15 Setores, na Cúria 28 • Reunião do Setor Portão • Reunião do Setor Pinheirinho, na 29 • Reunião do Setor Orleans, na Paróquia São José das Famílias Paróquia São João Batista Precursor • Reunião das 13 Comissões, na Cúria • Reunião dos Formadores, no 15 • Reunião do Setor Cajuru, na Seminário São José Paróquia São Benedito • Investidura dos MESCES do Setor • Missa com a Comunidade Santa Pinheirinho, na Paróquia Nossa Cruz, no Santuário Nossa Senhora Senhora do Sagrado Coração do Equilíbrio 30 • Crismas no Colégio Bom Jesus 17 • Missa na Paróquia Santa Edwiges Aldeia, em Campo Largo

Dom Francisco Cota de Oliveira Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Curitiba 06 • Missa na Catedral Pinhais, na Paróquia Maria Mãe da 07 • Missa na Catedral Igreja 08 • Missa de Apresentação dos Bispos 22 • Reunião do Setor Capão Raso, Auxiliares na Arquidiocese e Festa da na Paróquia Nossa Senhora da Padroeira, na Catedral Anunciação 10 • Missa no Santuário Nossa Senhora 23 e • Assembleia do Povo de Deus, Centro da Salete 24 de Eventos da Paróquia Santo 12 • Reunião do Clero na APAC Antonio, Orleans • Reunião do Setor Boqueirão, na 23 • Missa de Abertura da Assembleia Paróquia Santo Antonio Maria Claret Regional da Legião de Maria, no 14 • Reunião dos 15 Setores, na Cúria Cenáculo Arquidiocesano • Reunião do Setor Pinheirinho, na 26 • Reunião do Setor Santa Felicidade, Paróquia São José das Famílias Paróquia Nossa Senhora da • Reunião das 13 Comissões, na Cúria Conceição 15 • Reunião do Setor Cajuru, na 28 • Reunião do Setor Portão Paróquia São Benedito • Dedicação do Altar, na Paróquia 17 • Encontro da Região Episcopal Norte Nossa Senhora da Conceição, em (EREN), no Colégio Santa Maria Almirante Tamandaré 19 • Missa no Santuário Nossa Senhora 29 • Reunião do Setor Orleans, na da Salete Paróquia São João Batista Precursor 21 • Reunião do Setor Pinhais • Reunião dos Formadores, no • Reunião com as Lideranças do Setor Seminário São José


Palavra do Arcebispo

Dom José Antônio Peruzzo Arcebispo da Arquidiocese de Curitiba

Boas Vindas aos novos Bispos Já era hora de ter mais bispos colaboradores no pastoreio da nossa Arquidiocese. Em outros tempos ela já pôde contar com três bispos auxiliares. Porém, em período breve ficou sem nenhum. Somos uma Igreja Metropolitana, de muitos pluralismos, com imensas demandas e complexidades. Temos aqui o que acontece em qualquer grande metrópole: as belezas, as tradições, as novidades, as criatividades, os cansaços, os desafio, as acomodações; as contradições... Não me parece que os caminhos seriam planos se tudo fosse harmonia. Provavelmente seriam apenas superficiais. Todavia, se as complexidades e problemas se enumeram é preciso que se conjuguem as melhores forças face à magnitude da missão que nos incumbe como Igreja. E Dom Amilton Silva e Dom Francisco Cota chegam para somarem-se a um serviço eclesial e pastoral que requer a confiança do discípulo e a intrepidez do apóstolo. O primeiro, Dom Amilton, já conhece nossa Arquidiocese. Atuou por aqui como padre. O outro, Dom Francisco, vem de Minas Gerais para se tornar um dos nossos. Nas várias vezes que com eles me encontrei os dois irradiavam grande alegria e afeição pela nova missão. Chegam somente com as pretensões dos servos. Estavam bem no ministério presbiteral. Não precisavam do episcopado para si mesmos. Mas acolheram a missão porque nossa Igreja precisou deles. Venham caminhar conosco, caríssimos Dom Amilton e Dom Francisco. Com muita simplicidade digo que o ministério episcopal exige muito. A disponibilidade requerida quase que se apossa do sujeito. Paciência, reflexão, e até o silêncio, são como que requisitos quotidianos. Mas há também encantos, há gratificações interiores, há experiências de paz que nos fazem perceber que Deus está próximo e participa dos passos dos seus escolhidos. E isso se apresenta menos nos sucessos ou êxitos. Muito mais ao ver a entrega de muitos para à causa da evangelização, o interesse e gosto pela Palavra de Deus que se di-

funde pela Arquidiocese, o amor desprendido em favor das comunidades. Pessoalmente, eu ficaria muito feliz se os visse bem integrados à dinâmica da vida pastoral na nossa Arquidiocese. Não se tratará apenas de entrosamentos e afinidades. Se bem interpretados, os textos bíblicos que podem inspirar uma correta interpretação da responsabilidade do bispo apontam para zelo, dedicação, gratuidade, pastoreio e, especialmente doação de si mesmo. Quando se trata de missão, o apóstolo Paulo pode oferecer sua experiência. E ele fala de renúncias, intrepidez, despojamentos e profundas afeições por suas comunidades. São sempre enfoques que supõem uma grande capacidade de relacionamentos livres, sustentados por motivos de fé e de obediência ao Senhor a quem seguem. Quem gosta de ler os textos paulinos impressiona-se facilmente ao vê-lo referir-se a Jesus Cristo. É por Ele e por causa dEle que Paulo ofereceu sua liberdade até em situações paradoxais. Vale ressaltar aqui uma de suas nobres pérolas: “Mas o que era para mim lucro tive-o como perda, por amor de Cristo. Mais ainda, tudo considero perda pela excelência do conhecimento de Cristo, meu Senhor...” (Fl 3,7-8). Não me agrada a terminologia “bispo auxiliar”. Parece acenar para um grau menor. É verdade que a linguagem não é apenas conceito. É a linguagem prática que define seu conteúdo. Gostaria, pois, de dizer aos novos irmãos no episcopado, a eles que virão partilhar comigo o dom e a missão, que não vão apenas “auxiliar”. Mais do que tudo, serão “colaboradores” na vinha do Senhor. As forças vivas da nossa Arquidiocese, as lideranças das pastorais e dos movimentos, os religiosos, os diáconos, os padres, apesar de nossas insuficiências queremos alargar os nossos corações para que Dom Amilton e Dom Francisco Cota gostem muito de ser dos nossos. Bem vindos, caríssimos novos Bispos de Curitiba.

Arquidiocese de Curitiba | Setembro 2017

3


Palavra de Dom Pedro

Dom Pedro Antônio Marchetti Fedalto Arcebispo Emérito de Curitiba

A BÍBLIA É ÚTIL Setembro é o mês da Bíblia. Para a reflexão sobre a Bíblia, escolhi um trecho da II Carta de São Paulo a Timóteo: “Toda a Bíblia divinamente inspirada por Deus é útil para instruir, para refutar, para corrigir, para educar na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito, qualificado para toda boa obra” (2 Tm, 3, 16-17). Toda a Bíblia é divinamente inspirada por Deus. Algumas bíblias omitem a palavra divinamente. Não sei qual a razão. É útil para instruir. Toda a pessoa deve instruir-se para conhecer mais profundamente a Bíblia, a Palavra de Deus. São poucos os que estudaram profundamente a Bíblia, como o Arcebispo de Curitiba, Dom José Antônio Peruzzo. É evidente que a maioria absoluta não tem possibilidade de um curso mais profundo da Bíblia. Mas todos podem diariamente ler um trecho da Bíblia com a família reunida. Quando há possibilidade, participe de um curso, sintonize a TV Evangelizar é Preciso e ouça a reflexão do Arcebispo Dom José Antônio Peruzzo. É útil para refutar. Para refutar aqueles que vão à sua casa e querem impor sua interpretação, diga-lhes com educação e serenidade: agradeço sua interpretação. A experiência de minha fé basta-me para permanecer nos ensinamentos de meus pais, catequistas e sacerdotes.

4

Arquidiocese de Curitiba | Setembro 2017

Não é necessário ter outros argumentos para refutar. Basta permanecer firme na experiência profunda da fé recebida. É útil para corrigir. Ninguém é perfeito. Por isso, pode errar ou viver no erro. Tenha a humildade de acolher as correções de quem quer dar-lhe uma ajuda, corrigindo um erro. É útil para educar na justiça. O maior pecado que existe hoje é a injustiça que clama aos céus. Atualmente, é a corrupção que impera no mundo. Cometem-se as maiores injustiças. Por isso, são milhões de pobres abandonados, sem casa, trabalho, muitos doentes sem médico, hospital, possibilidade de adquirir um remédio. Como é útil a educação na justiça, respeitando-se os direitos e os deveres mútuos. Para que o homem seja perfeito, qualificado para toda a boa obra, é evidente que está incluída também a mulher: a mulher esposa, mãe, religiosa consagrada ou mesmo solteira. Tanto o homem, como a mulher, lendo a Bíblia, vivendo a Palavra de Deus, chega a praticar diariamente uma boa obra. Por isso a Bíblia é útil. Que estas palavras de São Paulo a Timóteo sejam entendidas e vividas diariamente.


Ano Mariano

Ir. Lucimar Nascimento de Novais, MAD

MARIA E A PALAVRA DE DEUS Neste mês em que a Igreja celebra o mês da Bíblia, queremos também voltar nossa atenção às Sagradas Escrituras sobre o olhar de Maria, a mulher que soube encarnar em sua vida a Palavra e a vontade de Deus. No Antigo Testamento Séculos antes de Maria vir ao mundo, a Palavra já falava dela. Maria é chamada “estrela da manhã”, pois ela precede o nascer do sol “Jesus Cristo” na história da salvação. Ela já se encontra profeticamente delineada na promessa da vitória sobre a serpente, feita aos primeiros pais caídos no pecado, segundo o livro do Gênesis (cf. Gn 3, 15); ela é, igualmente, a Virgem que conceberá e dará à luz um Filho, e seu nome será Emanuel, segundo as palavras de Isaías (cf. 7, 14). No Novo Testamento Maria desde sempre fora eleita por Deus e agora o anjo apresenta-se a ela com uma mensagem divina, e Maria diz: “Faça-se em mim segundo a tua Palavra” (Lc 1, 38). A resposta de Deus à disponibilidade de Maria nos é narrada por João: “E o Verbo se fez Carne” (Jo 1, 14), Ela acredita plenamente na Palavra e nela a Palavra se cumpre totalmente.

Lucas narra em seu Evangelho que “uma mulher ergueu a voz do meio da multidão e disse, dirigindose a Jesus: Feliz o ventre que te trouxe e os seios que te amamentaram!”. As palavras daquela mulher constituem um louvor para Maria, como mãe de Jesus segundo a carne. E Jesus respondeu: “Felizes, antes, os que ouvem a Palavra de Deus e a observam” (Lc 11, 27-2-8). Jesus quer mostrar a importância de Maria ter se tornada a sua primeira discípula. Então, o seu valor está não só na maternidade de sangue, mas na maternidade espiritual, que vem da escuta e vivência da Palavra de Deus. Aos pés da cruz Maria perde, por assim dizer, a maternidade de Jesus para se tornar mãe da humanidade. Esta nova maternidade de Maria, gerada pela fé, é fruto do novo amor, que nela amadureceu definitivamente aos pés da Cruz, mediante a sua participação no amor redentor do Filho (Cf. Jo 15, 25-27). Mãe de Deus e nossa, ensina-nos a também centrar nossa vida na Palavra de Deus Amém!!!

Maria antecipa a missão de Jesus: “Não vim para ser servido, mas para servir” (Mt 20, 28). Já com Jesus no seu ventre ela vai servir Isabel. Isabel reconhece a grandiosidade de Maria e com um grande grito exclama: “Bendita és tu entre todas as mulheres e bendito é o fruto de teu ventre” (Lc 1, 42). E acrescenta: “Feliz aquela que acreditou, pois o que foi dito da parte do Senhor será cumprido” (Lc 1, 45). A divisão entre Deus e a humanidade, causada pelo pecado, encontrará o seu remédio em Maria. Ela é a Nova Eva, Mãe dos Viventes. É no seu ventre que a comunhão entre Deus e o homem foi restabelecida. Maria, por ter acolhido e observado a Palavra de Deus, torna-se o elo da comunhão, o lugar do reencontro da humanidade com Deus por meio no nascimento de Jesus (Cf. Lc 2, 10-11).

Arquidiocese de Curitiba | Setembro 2017

5


Pe. Luciano Tokarski

Animação Bíblico-Catequética

A Palavra de Deus na Iniciação á Vida Cristã “Quem está sendo instruído na Palavra, torne participante em toda sorte de bens aquele que o instrui” (Gl 6,6). Paulo ensina sobre o lugar da Palavra na vida de comunidade. Ela é a fonte de comunhão mística com Jesus Cristo e com os irmãos. “A Palavra de Deus é compreendida e vivida pelo senso de fé do povo de Deus” (DNC 106). É a comunidade de irmãos que se reúne em torno a Palavra. A Palavra de Deus é a fonte da iniciação à vida cristã. A Sagrada Escritura, em especial os evangelhos, inicia na vivência com o Deus da Palavra. Nela contém o conteúdo e a mensagem de todo e qualquer processo catequético. Ela inspira e ilumina o processo iniciático de fé. A iniciação à vida cristã é anúncio da Palavra de Deus na vida humana. O Papa João Paulo II escreveu na exortação apostólica Catechesi Tradendae que a iniciação à vida cristã há de esgotar sempre o seu conteúdo na fonte viva da Palavra de Deus transmitida na Tradição e na Escritura (CT 27). A iniciação à vida cristã é um dos meios pelo qual Deus se revela. Ela bebe da fonte da Revelação.

O agente da iniciação à vida cristã é ministro da Palavra. Ele se serve da Palavra, converte-se a ela, vive-a. Lucas narra a conversão de Apolo, homem que se tornou eloquente e versado nas Escrituras, foi instruído no caminho do Senhor por Priscila e Áquila e abraçou a fé com alegria. Anunciava em público demonstrando pelas Escrituras que Jesus é o Cristo (cf. At 18, 24-28). O agente da iniciação a vida cristã é o missionário fervoroso da Palavra. A Palavra alimenta a espiritualidade do agente e sustenta-o no exercício ministerial. Cuidar da Palavra é fazer frutificar a obra de Deus, porque Deus é Palavra. Amar a Palavra é servir à comunidade de irmãos, porque a Igreja é a casa da Palavra. Seguir a Palavra é ser amigo do Deus da Palavra e de Jesus Cristo, o rosto da Palavra.

Escola de agentes da Pastoral do Batismo 2017 Concluída mais uma Escola que forma agentes para uma preparação de pais e padrinhos orante, mistagógica, bíblica, vivencial e personalizada. Parabéns a todos!

Escola Regional Bíblico-Catequética EMAÚS Membros da Equipe de Reflexão da Comissão BíblicoCatequética participaram da 1ª etapa da Escola!

EXPEDIENTE COMISSÃO DA ANIMAÇÃO BÍBLICO-CATEQUÉTICA: catequese@arquidiocesecwb.org.br (41) 2105-6318 / Coordenação: Pe. Luciano Tokarski / Assessoria: Regina Fátima Menon.

6

Arquidiocese de Curitiba | Setembro 2017


Angela de Gouveia João Lima Fonseca

INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ – CATEQUESE BATISMAL A catequese batismal é um processo de crescimento na fé como itinerário formador de discípulos missionários. Este processo envolve diretamente o iniciado e também outras pessoas da comunidade, compromissadas com a evangelização e a catequese dos fiéis. Se a Igreja nascente lançou mão da estrutura para chegar às pessoas com mais leveza, nesse momento os grandes desafios exigem ‘uma Igreja missionária toda em saída’, conforme tem insistido o Papa Francisco. Os tempos modernos exigem novo ardor, novos métodos e novas expressões da Igreja. Nesse desafio que abarca toda a comunidade encontra-se a catequese personalizada.Porém, por conta da tradição na Igreja Católica, esta tarefa parece árdua, diríamos desafiadora para os leigos que por séculos estiveram na condição passiva na Igreja. Por outro lado, as famílias dos batizandos que chegam às secretarias paroquiais têm mostrado certa desconfiança em relação ao novo processo. De fato, algumas paróquias que aderiram ao novo formato relatam dificuldades nesse sentido, porém nenhuma suficientemente forte para inibir sua continuidade. A Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, do Sitio Cercado, há sete anos aceitou o desafio, aderiu à nova modalidade, capacitou seus agentes e abandonou o modelo antigo. Com a dedicação e trabalho de um grupo de leigos compromissados na evangelização, tem hoje uma Pastoral do Batismo consolidada. Evidentemente o caminho não foi fácil, principalmente no início quando dúvidas pairavam entre os agentes. Havia pela frente um grande desafio a superar: “abandonar as estruturas caducas que já não mais favoreciam a transmissão da fé” (DAp 365). E sobre isso todos concordavam, nosso método de preparação para o batismo estava ultrapassado e precisava ser abandonado. Graças à perseverança de seus agentes, a Pastoral do Batismo tornou-se importante pastoral e a paróquia tem colhido bons frutos. Os agentes, com muita dedicação, realizam encontros personalizados, no estilo catecumenal: orante, celebrativo e vivencial.

O PRÉ-NATAL A vida que está sendo gestada na família também é gestada e esperada no seio da Igreja. O agente experimenta e transmite esse sentimento para a comunidade, de modo que o nascimento daquela criança se torna um evento esperado com alegria por todos os membros. Daí a razão porque nos encontros celebra-se a vida como dom de Deus. Esse envolvimento da comunidade por meio de seus agentes e a família mostra que a Igreja se preocupa e acolhe seus membros antes mesmo do nascimento e partilha com a família da mesma alegria e esperança.

Relatos Crianças na catequese recebem visita de agentes muito especiais: os catequistas. Eles participam ativamente na formação dos pais e padrinhos, promovem consciência nos adultos com suas peculiares observações e questionamentos. Muitos aceitam a caminhada de experimentar o processo, abraçar a fé com convicção e depois tornar-se verdadeiro introdutor na fé daquela criança que se leva ao batismo. “Em certa formação, com crianças em idade de catequese, trabalhamos de forma lúdica incluindo o Álbum Litúrgico e incentivando a oração em família. Ao fim dos três encontros foi solicitado que partilhassem uma palavra que ficou gravada para sua vida; a mãe e madrinha disseram que promoveriam mais momentos de oração em família usando o Álbum Litúrgico, uma excelente ferramenta que as ajudaria”. (Angela de Gouveia – Catequista) “Uma visita à mãe grávida nos encheu de alegria e esperança. Sentir que a criança é gerada em um lar cristão, permeada por uma profunda espiritualidade consciente. Fomos convidados a conhecer o quartinho do bebê, abençoamos o lar e os mimos daquele novo membro da comunidade. Foi gratificante”. (Lidovino e Inez Bordori – agentes do Batismo e Pastoral Familiar) “Houve um acolhimento especial a um casal que nos procurou para a preparação do batismo mesmo sendo de outra religião. Aqueles pais disseram-se ainda não preparados para assumir a fé cristã. Entretanto, em plena consciência, delegaram a educação da fé na religião católica à avó daquela criança, pois tinha uma vivência da fé e com a comunidade”. (Vitória Marques Reis – Agente do Batismo) “Engraçado como as pessoas ainda se espantam com as mudanças na Pastoral do Batismo. Em várias famílias que vamos apresentar a proposta da preparação de pais e padrinhos nos questionam se somos realmente da Igreja Católica, pois não lhes parece comum o fato de irmos ao seu encontro. Respondemos que esse é o novo jeito de ser Igreja”. (Jucimara Turra – Agente do Batismo)

TEMPO PÓS BATISMAL O tempo de tomar consciência da importância do sacramento da iniciação à vida cristã e proporcionar aprofundamento da fé, reforçando o sentido de pertença. É necessário ampliar o processo de acolhimento em todos os serviços pastorais, porque é nesta fase que se coloca em prática a vida de comunidade. Este é um passo que precisamos avançar, não nos contentando apenas em conceder sacramentos, mas em ajudar a vivê-los plenamente. Equipe paroquial de Agentes do Batismo. Foto: João de Lima Fonseca

As famílias relatam com satisfação a nova experiência que estão vivendo, e demonstram essa alegria convidando os agentes para visitar o quarto do bebê Mas os agentes da pastoral não tomam conhecimento de todas as famílias da comunidade que estão em tempo de gestação. É preciso dar passos neste sentido.

TEMPO PRÉ BATISMAL Algumas ações pastorais de inspiração catecumenal permeiam o tempo dos primeiros meses de vida da criança. Como nem sempre o Pré-Natal acontece, é neste momento que os pais se apresentam na secretaria paroquial na intenção de batizar a criança. Na secretaria as famílias são orientadas e encaminhadas aos agentes do batismo, que por sua vez realizam a primeira visita e apresentam a proposta dos encontros personalizados de forma querigmática.

Família mais recente que se preparou para iniciação à vida cristã. Foto : Vanderlei Tait

Fernanda Cristiane Nascimento, gestante visitada. Foto: Arquivo Pessoal

Arquidiocese de Curitiba | Setembro 2017

7


Liturgia

Pe. José Airton de Oliveira

Um pouco de história do

Canto litúrgico A reforma litúrgica provinda do Vaticano II suprimiu a distinção entre missa breve e missa cantada. A finalidade dessa mudança era abrir as portas para a “participação ativa e consciente de toda a assembleia” (SC 14), seja grande ou pequena, rica ou pobre, dispondo ou não de um coral, não importa a língua utilizada. “Para fomentar a participação ativa, promovam-se as aclamações dos fiéis, as respostas, a salmodia, as antífonas, os cânticos, bem como as ações, gestos e atitudes corporais. Não deve deixar de observarse, a seu tempo, um silêncio sagrado.” (SC 30).

A Música Litúrgica na Igreja hoje

É preciso avaliar a mudança cultural que supõe tal programa de reforma. Para bem compreender, devemos ter em mente as rupturas que marcaram a história do culto cristão na esfera da liturgia romana. Tais rupturas se deram sobre três pontos.

Canto e música não são realidades autônomas, mas estão a serviço do mistério da fé. Só serão bem executados se estiverem em sintonia com o rito e a realidade da comunidade na qual se celebra a liturgia, devem possibilitar a expressão verdadeira da assembleia em sua autêntica participação. Deste modo, os ministros da música ajudem o povo participar e não façam shows sozinhos. Os ministérios de canto com também a música devem servir à assembleia, não a indivíduos ou tendências. Não tem sentido escolher os cantos de uma celebração em função de alguns que se apegam a um único tipo de repertório (tradicional, músicas próprias de um grupo ou movimento...), é preciso pensar em todos!

O primeiro impacto sofrido pela liturgia no Ocidente foi a distância progressiva introduzida, a partir do século VI, entre a assembleia, em principio, primeiro sujeito dos ritos celebrados, e os ministros encarregados das ações rituais que lhes são próprios. O grande historiador da liturgia J.A. Jungmann constata, assim, os efeitos negativos de uma “força centrífuga” da música, sobretudo no decurso do segundo milênio. Podem-se constatar dois efeitos: de uma parte, a música encobre os ritos – por exemplo, o Sanctus e o Benedictus durante a oração eucarística dita em voz baixa; de outra parte, os cantos se tornam competência dos cantores, a assembleia é excluída. Para encontrar o canto do povo é preciso buscá-lo nas peregrinações, nas devoções, nas confrarias. Temos, infelizmente, poucos traços e estes interessaram à história da música. (Liturgia e música 9)

8

Arquidiocese de Curitiba | Setembro 2017

Canto e música, antes de ser repertório, é gesto vivo, experiência existencial simbólica “aqui e agora”. Participam da dimensão sacramental da liturgia, são símbolos importantes de Cristo e da Igreja e não mero enfeite; são encarnação da Palavra, do diálogo entre Deus e as pessoas e não elementos rituais ou de beleza de uma religiosidade qualquer.

Verificar a realidade das pessoas que compõem a assembleia litúrgica, que geralmente é bastante variada: há crianças, jovens, adultos, idosos, da cidade, da zona rural, mais rico, mais pobre... Deve-se descobrir que tipo de música serve melhor à sua comunidade.


Como deve ser a música litúrgica?

Observações:

• Fácil e simples (não vulgar nem simplória);

• 1. Os cantos que constituem o rito são mais

• Melódica e não estridente (não pegajosa);

importantes do que os que acompanham o rito.

•Diatônica e de estilo silábico (cada sílaba

Vantagem: não precisar de papel, e ser cantados

corresponda à sua nota musical);

“de cor”, favorecendo a comunicação.

• Clareza de tom e modo; • Evoque um mundo de mistério e transcendência;

• 2. Não devem ser substituídos por paráfrases

• Esteja a serviço da Palavra, cantando-a com

(desenvolvimento, dito com outras palavras),

clareza; aderência!

outros cantos...

• Penetre e vivifique a Palavra, meditando e aprofundando o texto.

• 3. Melodias respeitem os diversos gêneros e formas: diálogos, proclamação de leituras, salmodias, antífonas, hinos e cânticos, aclamações

Relação entre música e rito

(Aleluia, Santo, Amém...).

a) Cantos que constituem um rito: são

• 4. Equilíbrio entre as partes cantadas, usando a

insubstituíveis, indispensáveis. As Partes Fixas (o

criatividade, dependendo da festa ou solenidade,

“Senhor, tende piedade” ou “Kyrie”, o “Glória”, o “Santo”),

da assembleia, das possibilidades...

os Cantos do Ordinário, cantados em comum, pelo presidente, os ministros e toda a assembleia.

• 5. Repertório adequado à comunidade –

• Nos Ritos iniciais: Senhor, tende piedade de nós;

sensibilidade, bom senso, escolha criteriosa.

Glória. • Na Liturgia da Palavra: Salmo responsorial; Creio.

• 6. Na escolha dos cantos, não fazer opção pelo

• Na Liturgia Eucarística: Prece Eucarística (diálogo

novo, mas pelo melhor.

inicial, prefácio, Santo, aclamação memorial, respostas da assembleia, doxologia final – Amém);

• 7. Equilíbrio entre cantar tudo e entre cantar nada.

Pai-nosso.

Os mais importantes: Santo, Amém (Doxologia – Aclamações) e o Salmo.

b) Cantos que acompanham um rito: a música tem papel importante, mas é acessória.

• 8. Cantar A liturgia, não NA liturgia, um canto

• Nos Ritos iniciais: abertura ou entrada; aspersão.

qualquer, dispersivo... Mas o rito, a Palavra, a

• Na Liturgia da Palavra: aclamação ao evangelho;

festa, o mistério celebrado.

respostas da oração dos fiéis (preces). • Na Liturgia Eucarística: apresentação das

• 9. O silêncio: tão importante quanto a música.

oferendas; fração do pão (Cordeiro de Deus);

No ato penitencial, antes da oração da coleta, após

comunhão.

a narrativa da instituição (consagração), depois da

• E outros: Canto da paz, após a comunhão e

comunhão. Não se devem preencher os “espaços

louvor final – facultativos.

vazios” com canto e música, pois o silêncio tem valor de pausa para a reflexão, a concentração, ouvir o coração, encontrar-se em oração.

EXPEDIENTE COMISSÃO LITÚRGICA: peairton@hotmail.com / (41) 2105 6363 / Coordenação: Pe. José Airton de Oliveira

Arquidiocese de Curitiba | Setembro 2017

9


Orientações

Hóstia sem glúten. Orientações sobre o pão para a comunhão Eucarística A pedido do Papa Francisco, a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos dirigiu aos Bispos diocesanos, incluindo os bispos brasileiros, uma carta-circular a respeito do pão e do vinho da Eucaristia e seu processo de produção, circulação e consumo. O documento pede que as igrejas locais cerquem de maior cuidado todo o processo. O documento da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, enviado aos bispos, determina que as hóstias completamente sem glúten são matéria inválida para a eucaristia. As que são válidas “são as hóstias parcialmente desprovidas de glúten, de modo que nelas esteja presente uma quantidade de glúten suficiente para obter a panificação, sem acréscimo de substâncias estranhas e sem recorrer a procedimentos tais que desnaturem o pão”, explicita o documento.

Orientações Pastorais sobre este assunto Para atender pessoas que não podem consumir o glúten, há algumas orientações, úteis para todas as paróquias. A doença celíaca é uma condição autoimune, desencadeada pelo consumo do glúten presente no trigo, na aveia, na cevada, no centeio e em todos os derivados destes cereais. Os Ordinários podem conceder aos presbíteros e aos leigos afetados pela doença celíaca a permissão de usar pão com pouca quantidade de glúten. Quando o fluxo celíaco é tal que impeça a comunhão sob a espécie do pão, mesmo parcialmente

10

Arquidiocese de Curitiba | Setembro 2017

desprovido de glúten, o fiel leigo pode comungar somente com o vinho. A comunhão com o vinho pode ser em cálice especial separado para a finalidade ou pode-se usar a hóstia sem glúten como veículo para a comunhão com o sangue de Cristo. Caso a pessoa prefira levar o próprio cálice, deve conversar antes com o pároco. Entre as recomendações emitidas pela CNBB sobre este assunto está a de que as pessoas celíacas apresentem-se ao pároco, para que ele possa tomar as providências adequadas.


VIOLETA MARIA ESTEPHAN Equipe Arquidiocesana do Dízimo

Dízimo

O DÍZIMO NA COMUNIDADE DE FÉ: orientações e propostas Documento da CNBB 106

A decisão de contribuir com o dízimo nasce de um coração agradecido por ter encontrado o Deus da vida e experimentado a beleza de sua presença amorosa no dia a dia

O Documento da CNBB 106: O dízimo na comunidade de fé – orientações e propostas apresenta os fundamentos bíblicos do dízimo, o que nos esclarece que a revelação divina é progressiva e orientada para Cristo. Isso permite compreender o que é essencial no dízimo e também as diversas formas que assumiu ao longo da narrativa bíblica e da história da Igreja. Deus é o Senhor de tudo o que existe, o proprietário da terra de onde provém o alimento e a fonte de toda bênção (Lv 25, 23; Sl 24,1). Ao se entregar o dízimo, segundo a concepção bíblica, reconhece-se que tudo vem dele (1 Cr 29,11-14). A contribuição com o dízimo permite aos dizimistas vivenciar a comunhão de bens na paróquia. Há duas menções ao dízimo no livro do Gênesis (Gn 14, 1720 e Gn 28, 18-22). Em ambas o dízimo é oferecido como reconhecimento e gratidão pela dádiva de Deus, que abençoa e acompanha aquele que nEle confia. Em textos relacionados a Moisés o dízimo passa a ser entregue não somente como reconhecimento, mas por tornar-se preceito: “Todo dízimo do país tirado das sementes da terra e dos frutos das árvores pertence ao Senhor como coisa sagrada.” (Lv 27,30). Desse preceito decorrem alguns elementos significativos, o dízimo passa a servir os levitas pelos serviços litúrgicos prestados (Nm 18,21-32; Dt 12,12; 14,27), o dízimo passa a servir de auxílio aos necessitados de Israel (Dt 14,28-29; 26,12-13) e o dízimo passa a servir como meio pedagógico para se aprender e exercitar o temor do Senhor (Dt 14,22-23). No período da reforma de Ezequias, após o retorno do exílio, o povo tornou-se muito fiel em cumprir o preceito do dízimo que o rei se admirou da abundância de tudo que havia sido trazido (2Cr 31,5-7). Entretanto houve desleixo na entrega do dízimo (Ml 1,7-8) e com relação ao templo de Deus, o que é censurado por Neemias (Ne 13,10-11). Nos profetas, o dízimo passa a ser visto sob um prisma mais profundo: o da fidelidade à Aliança. Por isso mesmo ele não pode ser esquecido, mas sobretudo não pode cair no formalismo cultural sem a interioridade de que necessita estar revestido (Ml 2,4-5) e do comprometimento integral com a vida e a justiça (Am 4,4-5). Nos Evangelhos, Jesus opõe-se ao comportamento dos fariseus e escribas por se preocuparem em dar o dízimo, sem fidelidade à justiça, à misericórdia e à fé (Mt 23,23;

Lc 11,42). A partilha dos bens, praticada pelos discípulos de Jesus, mesmo não sendo formalmente chamada de dízimo, é o referencial mais importante para sua compreensão. Entre os discípulos de Jesus havia uma “bolsa comum” (Jo 13,39). Nas primeiras comunidades, o que cada um possuía era posto a serviço dos outros; desse modo, os bens pessoais se tornavam comunitários por livre decisão. A partilha não era imposta pelos apóstolos, mas expressão natural do amor a Cristo e aos irmãos e se encontrava entre os elementos que caracterizam a fé apostólica. A coleta que foi feita na Judeia, para ajudar os que sofriam durante a “grande fome”, é o modelo de partilha que se tornou recorrente entre as comunidades cristãs até os dias de hoje. Essa prática inspira a dimensão caritativa do dízimo e a partilha entre as igrejas particulares. Nos escritos paulinos encontra-se um ensinamento que, pelo seu teor, pode iluminar a compreensão sobre a prática do dízimo. O apóstolo ensina que cada fiel deve dar “conforme tiver decidido em seu coração”, pois “Deus ama quem dá com alegria” (2Cr 9,7). A partir desse princípio, o cristão é chamado a contribuir pela consciência que tem de ser servo de Cristo (1Cr 7,22) e de não pertencer a si mesmo (1Cr 6,19). No Novo Testamento a principal diferença na prática do dízimo está na motivação (não é por força da lei, mas pela decisão livre de consciência) e na modalidade (como partilha e não pelo cálculo de um percentual). Esse percurso bíblico nos leva a perceber que a consciência do dízimo parte do reconhecimento a Deus e da gratidão a Ele.

EXPEDIENTE

COMISSÃO DA DIMENSÃO ECONÔMICA E DÍZIMO: Coordenador da Comissão: João Coraiola Filho. Padre Referencial da Pastoral do Dízimo: Pe. Anderson Bonin Coordenador da Pastoral do Dízimo: William Michon Pastoral do Dízimo: (41) 2105 6309 - Sonia Biscaia - Secretária

Arquidiocese de Curitiba | Setembro 2017

11


Especial – Bispos

Com alegria, recebemos nossos Bispos Auxiliares No início de junho uma notícia do Vaticano foi comemorada na Arquidiocese de Curitiba. O Papa Francisco nomeou Padre Francisco Cota de Oliveira, do clero da Diocese de Divinópolis (MG) e Pe. Amilton Manoel da Silva, membro da Congregação da Paixão de Jesus Cristo (passionista) e então na Arquidiocese de São Paulo, como os dois novos Bispos Auxiliares de Curitiba. Desde então, muita expectativa pela vinda dos bispos. A ordenação episcopal deles aconteceu em agosto – dia 19 de Dom Amilton Manoel da Silva, dia 26 de Dom Francisco Cota de Oliveira. Finalmente, em 8 de setembro a Arqui-

diocese os acolhe com muita alegria, na certeza de que a presença deles contribuirá muito para nossos trabalhos de evangelização. A acolhida é marcada com uma celebração eucarística no dia da padroeira da arquidiocese, 8 de setembro, Dia de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, às 10h, na Catedral Metropolitana. Neste mês em que acolhemos os bispos, trazemos uma apresentação para que o povo da Arquidiocese de Curitiba conheça os novos pastores.

Dom Francisco Cota de Oliveira Dom Francisco Cota de Oliveira, natural de Onça do Pitangui (MG), é filho de Francisco Teixeira de Oliveira Sobrinho e Carmelita Cota Teixeira. Nasceu no dia 05 de agosto de 1969, sendo o 4º filho entre 9 irmãos. Tem a mãe e um dos irmãos falecidos. Estudou o Primário no povoado rural de Colônia, na Escola Estadual da Fazenda do Capão, no mesmo Município, onde, ainda hoje, reside sua família. Completou o Ensino Fundamental, então 8ª série, na Escola Estadual Manoel Batista, na Cidade de Pará de Minas. Fez o Ensino Médio no Instituto Sagrado Coração, na Cidade Divinópolis. Cursou Filosofia na Pontifícia Universidade Católica de Belo Horizonte (19921994) e Teologia no Instituto Dom João Rezende Costa (1995-1998). Enquanto cursava Teologia, foi professor de Filosofia e Sociologia na Escola Estadual de Azurita, Munícipio de Mateus Leme (MG). Também fez estágio pastoral na Paróquia São Joaquim, em São Joaquim de Bicas (MG); na Pastoral Vocacional Diocesana; na Comunidade São José de Serra Azul, Município de Mateus Leme; e na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Itaúna (MG).

sessor Diocesano do Movimento de Cursilhos de Cristandade e Diretor Espiritual Diocesano do ECC 3ª Etapa. Foi Vigário Forâneo por 03 mandatos, sendo o primeiro na Forania Divino Espírito Santo e os outros dois na Forania Sant’Ana. Por fim, foi membro do Conselho Econômico Diocesano como Ecônomo Adjunto.

Ordenado sacerdote no dia 01º de agosto de 1999, pela imposição das mãos de Dom José Belvino do Nascimento, hoje Bispo Emérito de Divinópolis. Nos 18 anos de sacerdócio, Dom Francisco trabalhou em três paróquias da Diocese de Divinópolis, sendo: de 1999 a 2009, na Paróquia Nossa Senhora do Carmo, em Carmo do Cajuru (MG); de 2010 a 2017, na paróquia de Sant’Ana, em Itaúna (MG); e, a partir do dia 29 de janeiro deste ano, iniciou os trabalhos na Paróquia Nossa Senhora do Pilar, em Pitangui (MG).

Expectativas:

Além dos trabalhos paroquiais, Dom Francisco sempre colaborou em outras atividades em favor da Diocese, Pastorais e Movimentos. Foi Coordenador Diocesano da Pastoral da Juventude. Lecionou Iniciação doutrinária (Catecismo da Igreja Católica) no Seminário Propedêutico da Diocese. Lecionou Iniciação à Lógica, no Curso de Filosofia da Diocese. É Promotor de Justiça na Causa pela Beatificação do Servo de Deus Padre Libério. Foi As-

12

Arquidiocese de Curitiba | Setembro 2017

Dom Francisco Cota de Oliveira fala um pouco sobre ele: Procuro levar uma vida simples e desprendida. Nas folgas e períodos de férias, privilegio o convívio com a família. Tenho como hobby a leitura e cultivo de ervas medicinais e jardins. Me encanta o convívio espontâneo, na forma de amizade, com as famílias. Gosto do ambiente rural, que reporta às minhas origens, das quais nunca me distanciei. Sou um homem do campo, cultivador da terra. Me orgulho da minha origem no povoado de Colônia, comunidade rural de Onça do Pitangui (MG), onde está minha pertença familiar e sempre me mantive ligado a esta base.

Minha vinda para Curitiba é uma oportunidade de conhecer e me inserir em outra realidade cultural e de Igreja. Conforme o lema de meu Episcopado, “vim para servir” (Mc 10,24), ou seja, estou na Arquidiocese de Curitiba com inteira disposição de me colocar a serviço, com o coração aberto para todos. Aqui daremos presença e podemos nos empenhar para a evangelização, sendo que o que trazemos tem o mesmo significado, seja lá onde estávamos ou aqui em Curitiba, que é trazer para essa realidade a palavra viva do evangelho. Sempre tive o ‘ser padre’ como uma realidade natural e inteira na minha vida. Sinto-me muito agradecido pelas experiências que tive e sempre senti muito a presença do povo e a presença do povo em minha vida, algo que quero viver aqui em Curitiba também. Coloco muita esperança no porvir do ministério episcopal.


Dom Amilton Manoel da Silva, CP Dom Amilton Manoel da Silva nasceu no dia 02 de março de 1963, em Osvaldo Cruz (SP), filho de Joaquim Manoel da Silva e Maria Velanuche da Silva. Foi batizado em 07 de abril de 1963, na Igreja Matriz de São José, pelo Pe. Jorge CP, e foi crismado no dia 12 de maio de 1963, pelo Pe. Lucas Arrigo Costa, CP – Superior Provincial, delegado de Dom Hugo Bressani, Bispo de Marília. Fez a Primeira Eucaristia em 28 de novembro de 1971, na Igreja Matriz de São José, em Osvaldo Cruz. Entrou no Seminário Passionista São Gabriel, em Osasco (SP), em 01 de fevereiro de 1991. De 1992 a 1995 estudou Filosofia em Curitiba (PR), na Universidade Federal (UFPR) obtendo o bacharelado e licenciatura em Filosofia, História e Psicologia. Em seguida iniciou o Noviciado em 07 de janeiro de 1996, em Belo Horizonte (MG). Em 18 de janeiro de 1997 emitiu a Primeira Profissão, na Igreja Matriz de São José, em Osvaldo Cruz (SP); fez o curso de Teologia no ITESP (Instituto Teológico de São Paulo) do ano de 1997 a 2000. Em 12 de fevereiro de 2000 fez a Profissão Perpétua, em Colombo, bairro Guaraituba, na Paróquia Santa Teresinha de Lisieux. Em 25 de março de 2000 recebeu em São Paulo o Acolitado e Leitorado. Foi ordenado Diácono em 13 de maio de 2000, na Paróquia Imaculada Conceição, em Osasco (SP) e, em 17 de dezembro de 2000, na Igreja Matriz de São José, em Osvaldo Cruz (SP), recebeu a Ordem do Presbiterado. O Bispo ordenante foi Dom Luciano Mendes de Almeida (in memória), Arcebispo de Mariana (MG). Foi Diretor dos Seminaristas Postulantes Passionistas, de 2001 a 2003 e Vigário Paroquial da Paróquia Nossa Senhora do Rosário, em Colombo (PR), em 2001 e de 2004 a 2007 e Vigário Paroquial da Paróquia Santa Teresinha de Lisieux, em Colombo (PR), em 2002, 2003 e 2005. Mestre dos noviços passionistas no ano de 2004 e de 2006 a 2012. Secretário da Conferência Latino Americana Passionista, de 2004 a 2007. Coordenador da Equipe de Espiritualidade da Província do Calvário e da Família Passionista do Brasil, de 2001 a 2011 e membro da Secretaria de formação do Conselho Geral dos passionistas, para a formação (2015 – 2017) Colaborou na CRB Nacional com assessorias às Congregações religiosas: Assembleias, Capítulos Provinciais, formação permanente e exercícios espirituais; assessorou as etapas do Novinter e Juninter em várias regiões. Especializou-se em formação humana, espiritualidade e parapsicologia, por isso dedicou-se à formação de lideranças leigas trabalhando estes temas. Foi vice-consultor provincial, de 2009 a 2011 e Superior Provincial da Província do Calvário, de 2012 a 2017. Membro da equipe de formação do Conselho Geral dos Passionistas, de 2014 até 2017. No ano de 2017 assumiu também a função de Pároco da Paróquia São Paulo da Cruz, em São Paulo (SP).

Dom Amilton conta um pouco sobre ele: Nasci numa família cristã e muito católica. Sou o caçula de sete irmãos e com meus pais, Joaquim Manoel da Silva e Maria Velanuche da Silva (in memória), sobretudo com minha mãe, aprendi a rezar, a participar e a amar a Igreja, a ajudar as pessoas, a enxergar Deus presente no mundo... Desde pequeno senti o desejo de ser padre. Desejo este que foi alimentado pelo testemunho da minha família e dos missionários passionistas que trabalhavam e ainda trabalham na minha cidade natal. Mas, o que contribuiu muito para a minha vocação e decisão foi a missão que assumi, ainda aos 11 anos de idade, até os 26 anos, período em que não pude trabalhar fora, pois me ocupei diretamente com meus pais enfermos, acamados e completamente dependentes de mim. Minha mãe faleceu em 1980 e meu pai em 1989. O Cristo-enfermo, presente em meus pais, despertou ainda mais em mim o desejo da consagração religiosa e sacerdotal, para servir o próximo. O que aprecio na vida? Me identifico com a arte. Faço desenhos desde criança (algo natural), já pintei muitas telas, fiz esculturas em tijolo celular, entre outras. Encenei várias peças teatrais com mensagens religiosas, quando participava do grupo de jovens e no seminário. Gosto de filmes com teor educativo, música clássica e sertaneja de raiz, arrisco tocar violão e já compus várias canções de cunho religioso, inspirado no carisma da cruz. Aprecio uma boa caminhada e leitura com temas de espiritualidade, como os livros do Henri Nouwen, os escritos de São Paulo da Cruz e de Santa Tereza D’Avila e temas que aprofundam a Sagrada escritura e a teologia da cruz. Expectativas: Tenho grandes expectativas para esta nova missão. Como consequência da tríplice função que a Igreja me pede, como Bispo, que é ensinar, governar e santificar, me coloco à disposição de Dom José A. Peruzzo, junto com Dom Francisco C. de Oliveira, para servir no que for necessário. Buscarei caminhar com o presbitério da Arquidiocese de Curitiba; acompanhar os projetos de evangelização com total disponibilidade, e estar com o povo, alimentando a fé, a esperança e a prática do amor e da misericórdia. Pela força do Batismo somos chamados a abraçar o evangelho juntos: papa, bispos, presbíteros, diáconos e povo de Deus, pois ninguém é Igreja sozinho e nem se segue Jesus fora da comunidade, agindo por conta própria. Como família de Deus devemos assumir com alegria as consequências da missão, cada um na vocação que Deus lhe confiou.

Arquidiocese de Curitiba | Setembro 2017

13


Especial – Peregrinação da Palavra e Símbolos Missionários

Padre Thiago Rodrigues Coordenador da Dimensão Missionária

Uma Igreja em Saída

A Arquidiocese de Curitiba intensifica o seu horizonte missionário, lançando a Peregrinação da Palavra de Deus e dos Símbolos Missionários O lançamento ocorre no dia da padroeira da Arquidiocese de Curitiba, Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, 8 de setembro - 10h, na Catedral Metropolitana. A Arquidiocese de Curitiba, acolhendo com decisão o convite evangélico do Papa Francisco por uma Igreja em saída, vem realizando inúmeras atividades para suscitar nas comunidades, pastorais e movimentos uma paixão sempre mais profunda pela missão evangelizadora da Igreja. O encontro autêntico com a pessoa de Jesus Cristo, cujo Evangelho faz transbordar o coração e a vida de alegria, gera o dinamismo missionário como forma de testemunho e partilha de toda beleza, bondade e verdade da proposta cristã aos nossos irmãos e irmãs, sobretudo aqueles que se encontram nas mais diferentes periferias existenciais de nossos territórios. Motivados por esta certeza e com o desejo de intensificar ainda mais os horizontes missionários de nossa Igre-

ja, em 8 de setembro de 2017 terá início uma peregrinação da Bíblia e dos símbolos missionários (a cruz e a imagem de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais) em todas as paróquias que formam a nossa Arquidiocese. Será uma oportunidade singular para a realização de ações em diversos níveis (formações, visitas, momentos de oração, dentre outros) a fim de abrasar de maneira mais intensa os corações da população na Arquidiocese de Curitiba pelo amor à missão.

Entenda o que são A Palavra e os Símbolos Missionários que estarão em Peregrinação A Bíblia: A Palavra e sua força missionária A dinâmica “excêntrica” da Igreja (não encerrada sobre si, mas aberta ao mundo) possui a sua razão de ser na própria dinamicidade da Trindade. Ao longo da revelação, contida nas Sagradas Escrituras, Deus se manifesta de forma peregrina, caminhante e desinstaladora, provocando este idêntico movimento nos destinatários da divina revelação (Abraão, Moisés, os profetas...). Chegada à plenitude dos tempos, este modo de atuação divina alcança toda a sua força expressiva no mistério da Encarnação. Por meio do Espírito, a Palavra do Pai – Jesus Cristo – se faz homem assumindo não somente a atitude peregrinante, mas também a carne do peregrino. Tal princípio, condensado no Novo Testamento, se torna constitutivo da Igreja, chamada a percorrer o mesmo caminho de seu Esposo e Senhor: “Ide e fazei com que todos os povos da terra se tornem discípulos” (Mt 28,19). Uma Igreja em saída é uma comunidade de discípulos e discípulas que vive a própria fidelidade ao Cristo Mestre através de atitudes ousadas, envolventes, acompanhadoras, frutuosas e capazes de celebrar. A vivência de tais características, ontem como hoje, convoca toda Igreja, nas suas mais diversas formas de atuação, a um caminho renovado de conversão a partir do coração do Evangelho. Este processo de metanoia, pautado na Boa Notícia, conduzirá a missão da Igreja a ser capaz de encarnar-se nas limitações humanas sem perder a grandeza da proposta cristã, mas ao mesmo tempo, indo ao encontro como uma “mãe de coração aberto” que conquista e transforma pela força do amor misericordioso.

14

Arquidiocese de Curitiba | Setembro 2017


A Cruz: O amor impelente do Crucifixo “Quando serei elevado da terra, atrairei todos a mim (Jo, 12,32)”, anuncia o Mestre antes de sua paixão. E a força de atração que emana da cruz é a força transformadora do amor. Ao contemplar o crucifixo, e sobre ele o Crucificado, o cristão pode fazer experiência da grandeza e da profundidade do amor de Deus para conosco, e para com a humanidade inteira. Nele está compendiada toda a vida de Jesus de entrega fiel ao Pai e de doação total aos seus irmãos e irmãs. A sabedoria da cruz – da qual nos fala o apóstolo Paulo – que forma a mente e plasma o coração do discípulo missionário, longe de fomentar uma espiritualidade pietista ou interpretações dissabores a respeito da vida cristã pautada em ascetismos anacrônicos, quer nos conduzir a um compromisso envolvente com a pessoa de Jesus Cristo e o seu projeto de vida plena para todos os homens e mulheres. A cruz de Cristo, portanto, aponta para o jardim da Ressurreição que prefigura os novos céus e a nova terra onde toda dor e lágrima, sobretudo aquelas que são consequências da injustiça e da opressão, serão enxugadas.

Nossa Senhora da Luz dos Pinhais: Maria, a Mãe da Evangelização Na exortação apostólica Evangelii Gaudium, Maria nos é apresenta como “Mãe do Evangelho Vivente (EG n. 287)”. Nela, antes que em seu ventre, a Boa Notícia se fez carne em seu coração, através de uma adesão existencial ao seu Senhor. Em Maria, a dinâmica trinitária encontra não somente habitação, mas também um eco. Acolhendo a realização plena da promessa salvífica, a Virgem de Nazaré dela se torna epifania através de sua capacidade contemplativa de perceber os vestígios divinos na silenciosa quotidianidade humana e na sua capacidade de servir profeticamente seus filhos e filhas por adoção. O papa Francisco nos recorda que há um estilo mariano na atividade evangelizadora da Igreja, pois a ela contemplando voltamos a acreditar na força revolucionária da ternura e do amor. Como Maria, invocada em nossa Arquidiocese com o título de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, queremos irradiar a luz do seu Filho, cujo brilho nos aponta caminhos direcionados a inícios em inícios, por inícios sempre novos na bonita missão de o Evangelho testemunhar como uma Igreja em saída.

Como funcionará a peregrinação? - A Bíblia e os Símbolos passarão pelos 15 setores pastorais, aos moldes da Peregrinação da Imagem de Aparecida, em 2015. Será uma peregrinação permanente. O cronograma por setor pode ser acessado no site da Arquidiocese de Curitiba. - A Bíblia e os Símbolos serão levados aos ambientes de missão, evitando deixá-los apenas nos templos; - As Comissões Pastorais poderão solicitar a presença da Bíblia e dos Símbolos em seus eventos mediante solicitação prévia junto ao Grupo de Animação Missionária da Arquidiocese de Curitiba; - No período em que a Bíblia e os Símbolos estiverem peregrinando pelo setor, devem ser realizadas intensas atividades missionárias, que os levem nas periferias existenciais, onde os discípulos de Jesus devem estar e que a Igreja não chega.

Sugestões de atividades: As paróquias devem se programar para que a chegada da Bíblia e dos Símbolos Missionários seja conciliada com uma programação de saídas. Entre as sugestões de atividades estão: a realização da Missa de Envio do Missionário, realização de Saídas Missionárias da Paróquia; formações missionárias, visitas a asilos, casa dos enfermos, creches, escolas; evangelização em praças, Celebrações Eucarísticas, na procissão de entrada e na homilia; em órgãos públicos, associações, sindicatos, enfim, em todos os espaços e momentos que forem propícios para a Evangelização.

A partir de 8 de setembro inicia a peregrinação da Bíblia e dos Símbolos Missionários. A programação por setor está disponível no site www.arquidiocesedecuritiba.org.br

Arquidiocese de Curitiba | Setembro 2017

15


Família e Vida

Mara e Marcelo Avelino Coordenação SOS Família

Atendendo as necessidades do nosso tempo e Caminhando em unidade com a Igreja Diretrizes Pastorais para os Encontros de preparação de Noivos ao Matrimônio Coube à Comissão Arquidiocesana Família e Vida, a partir da palavra de Deus, dos documentos da Igreja, das orientações da Comissão Nacional da Pastoral Familiar, da experiência e consequente conhecimento acumulado, apresentar ad experimentum as Diretrizes Pastorais para a preparação para o Matrimônio (Encontros de Noivos) que melhor atendam à realidade e às necessidades da missão permanente da Arquidiocese de Curitiba. A atual revisão da preparação de noivos de nossa arquidiocese, de onde se originaram tais diretrizes, tem como objetivo dar uma resposta aos apelos do Papa, diante da publicação da “Exortação Apostólica Pós Sinodal Amoris Laetitia: sobre o amor na família”, que foi apresentada às famílias cristãs após o Sínodo das Famílias depois de uma profunda reflexão sobre a atual conjuntura do sacramento do Matrimônio na igreja em nossos dias. Este documento final é uma resposta do Sumo Pontífice a essas reflexões, que instigam uma profunda preparação dos que postulam celebrar o Matrimônio Cristão e formar uma nova família. “O Matrimonio é projeto de Deus e desde a criação do Homem e da mulher. Mesmo antes de ter sido elevado por Cristo à dignidade de sacramento” (DPF 52). Por este motivo, deve ser tutelado pela igreja e pela sociedade, a fim de que possa cumprir a sua missão. Os que se preparam para o Sacramento do Matrimônio devem fazê-lo com a consciência reta de que participam de uma vocação que é maior do que os próprios noivos, e que os antecede na história e os ultrapassa no tempo. Não devem fazê-lo apenas como uma opção pessoal e intimista; precisam preparar-se para tal passo de forma adequada e com muito discernimento. Diante desta proposta de formação que foi apresentada às famílias pelo Papa, para preparar os noivos

16

Arquidiocese de Curitiba | Setembro 2017

que desejam receber da Igreja Católica o sacramento que solicitam, ressalta-se nas novas diretrizes que o trabalho com os noivos nessa etapa de preparação deve ter um enfoque exclusivamente pastoral, com metodologia adequada e personalizada, para atender as diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, bem como as diretrizes da Ação Evangelizadora da Arquidiocese de Curitiba. Dessa forma, o trabalho se torna um verdadeiro itinerário de formação de fé que exige tempo para ser concluído em todas as suas etapas, remota, próxima e imediata segundo as diretrizes da Pastoral familiar. Um caminho de formação que não se faz de forma rápida, exige dedicação e tempo dos formadores. Ao estabelecer este formato para a formação, a Pastoral Familiar visa ajudar os noivos a: 1.Realizar um encontro pessoal com Jesus Cristo; 2.Estabelecer ou estreitar a proximidade com Deus; 3.Resgatar a verdade sobre a dignidade com Deus; 4.Conhecer a pessoa como um todo; 5.Entender o significado do amor conjugal cristão; 6.Celebrar em comunidade o amor dos noivos, que aos poucos cresce mais e mais até se tornar sacramento; 7.Refletir sobre o seu relacionamento pessoal e buscar


um melhor conhecimento do outro e de si mesmo; 8.Despertar para a importância do diálogo na vida conjugal; 9.Conhecer e entender o porquê dos ensinamentos da Igreja nos temas relacionados a sexualidade e à transmissão da vida. 10.Compreender o significado do sacramento do matrimônio e as suas consequências para a vida conjugal: fidelidade, indissolubilidade e fecundidade; 11.Sentir interesse em participar da vida da Igreja como casal cristão; 12.Tomar a decisão coerente de adiar ou até mesmo desistir do casamento, caso percebam não possuírem as disposições necessárias; 13.Gerenciar e comunicar afetividade; 14.Cultivar valores essenciais para os relacionamentos próximos; 15. Conceituar o Matrimônio no Plano de Deus; 16. Identificar a vocação ao Matrimonio; 17. Pertencer ao Corpo de Cristo; 18. Exercer com responsabilidade a maternidade e paternidade. Todos esses objetivos devem concorrer para sensibilizar os noivos a optarem livre e conscientemente pelo sacramento do matrimônio, baseados no amor conjugal cristão e buscando a evangelização da sua família.

O material completo para esta formação, que consiste em quatro livros, incluindo as diretrizes aqui citadas e que devem ser conhecidas integralmente pela Pastoral Familiar, principalmente para aqueles que trabalham com a formação dos noivos, já está disponível (ad experimentum) para as paróquias no Setor de Artigos religiosos do centro de Pastoral da Arquidiocese. Gostaríamos de ressaltar que a Pastoral Familiar, por meio da coordenação do SOS Família com a formação “Cuidando dos Cuidadores”, está empenhada em auxiliar e preparar agentes pastorais para este trabalho de formação, dando subsídios formativos nos campos humano e espiritual, a fim de favorecer o trabalho pastoral pré e pós-matrimonial. Os temas e reflexões propostos pelo SOS têm como objetivo aprofundar os relacionamentos, a fim de fortalecer os vínculos na família e na comunidade cristã. “A Arquidiocese de Curitiba, ao apresentar este material, através da Comissão Família e Vida, oferece este subsídio para a formação de noivos. Ele é resultado de um processo de experiência pastoral de casais que, há vários anos, atuam na formação de noivos. Os subsídios que já estavam em uso foram aperfeiçoados, em vista de uma maior pastoralidade. Aos padres e agentes que trabalham na formação de noivos e acreditam na família, recomendamos o uso deste precioso instrumento.” (Dom José Mario S. Angonese).

Turma 2017- SOS Família

“Chamados a ser discípulos” Com este tema, a formação SOS família “Cuidando dos Cuidadores” teve início na primeira semana de agosto com a missão de formar, renovar e ampliar a nossa consciência Cristã para o momento que estamos vivendo hoje na igreja. O primeiro encontro contou com a participação de 130 agentes pastorais. Uma igreja em saída, que se abre de coração para acolher e escutar o irmão, e principalmente testemunhar a vida de Cristo em nós. O nosso assunto nesta formação é família. Somos membros de uma família de origem e membros da grande família de Cristo onde tudo é comum a todos. Nosso compromisso como discípulos é carregar em nosso coração, em nossa essência, a lei de Deus revelada a nós por Jesus Cristo e, pela particular efusão do Espírito (Profecia de Joel), crescer no relacionamento com Deus para doar a todos a Luz que dele recebemos.

EXPEDIENTE Comissão da Família e Vida: Assessor Eclesiástico: Diácono Juares Celso Krun. Sonia Biscaia – soniaabs@arquidiocesecwb.org.br / 2105-6309

Arquidiocese de Curitiba | Setembro 2017

17


Reflexões

Pe. Rivael de Jesus Nacimento Coordenador Geral do Clero da Arquidiocese de Curitiba Reitor do Santuário Nossa Senhora de Lourdes – Campo Comprido

O que prevalece em seu serviço pastoral: suas vontades ou o desejo pela vida em comunidade? “O tempo em que se podia dizer de tudo ao homem com simples – palavras – quer sejam teológicas ou piedosas – já passou.” (Dietrich Bonhoffer) Será que as palavras e os gestos para a promoção do serviço chamam a atenção para o serviço e a vida em comunidade? Como trabalhar para que tenhamos mais compromissos e mais ações que despertem para o trabalho em conjunto e planejado? O que prevalece na vida comunitária? O subjetivo ou o pensamento eclesial para o anúncio de Jesus? O que fazer para que voltemos a um reencantamento pela vida em comunidade? Recentemente ouvia um padre dizer: “Não aguento mais os conflitos que existem entre os líderes de minha paróquia”. Frequentemente ouvimos frases parecidas com essa, em que a missão e o anúncio de Jesus Cristo ficam fragilizados em detrimento da vontade pessoal. Somos chamados a buscar o sentido da vida comunitária. Esta é uma missão com um nobre objetivo que é de formar discípulos na escola de Jesus. Será que nossas paróquias continuam sendo escolas de Jesus com capacidade de atrair pessoas pela nossa maneira de viver e de testemunhá-lo? Cada vez mais se amplia o conceito de autonomia e se distancia da fé. Em tudo se busca resposta na ciência, em todas as dimensões humanas. O caminho na terra é distanciado por certezas constatadas e programadas. Como entender uma ética que o ser humano traça para si mesmo? Kant vai nos dizer em um dos seus adágios: “age de modo que tu também possas querer que tua máxima se torne lei geral”. Estamos no tempo de omissões, cada vez mais a população de rua aumenta em nossas cidades, caminhamos pelas ruas tropeçando nos moradores que dormem ao relento e não queremos sentir sua presença em nosso meio, ou ainda mais estarrecedor: já nos acostumamos com eles desta maneira. O ser humano, diante dos horrores do nosso tempo, é chamado a sair da neutralidade mesmo com os perigos deste tempo, como a miséria e a decepção com os crimes da humanidade. Ele é chamado a buscar

18

Arquidiocese de Curitiba | Setembro 2017

sua força para caminhar na vida em comunidade e sentir sua coexistência com os demais. Em Cristo, temos as respostas para nosso tempo mesmo para aqueles que não estão na igreja conosco, mas fazem a opção de viver os valores do Evangelho e buscam também promover o Reino de Deus. A figura de Jesus, em sua infinita bondade e misericórdia, continua a nos inspirar e a nos encontrar em nossos tempos urbanos. Nele se encontra a inspiração para uma nova humanidade, para uma nova evangelização, para o testemunho de uma igreja profeta “em saída”. A filosofia moderna e pluralista veio para ficar. Três filósofos em suas teorias mostraram ao mundo uma nova perspectiva, ou podemos dizer um outro olhar: Galileu Galilei, Newton e Copérnico. O pensamento científico foi acelerado por Einsten. A ciência edificou novos cenários na modernidade, e diante disso, onde foi parar o amor cristão? A subjetividade acordou de seu sono e despertou a autocrítica da consciência. Agora com a pós-modernidade, pós-verdade, vemos outros elementos e conceitos invadindo a sociedade e estas reforçam o momento filosófico anterior (modernidade), no pluralismo, na subjetividade e avanço da técnica científica. Mas tenhamos diante de nós o desejo de servir em comunidade e que o serviço de cada um produza efeitos morais e espirituais diante de uma sociedade anestesiada e dormente nas situações complexas no campo familiar e educacional. Que a Igreja toda, formada por todos nós batizados, possa sempre dar respostas convincentes neste tempo presente. Para isso, nos formemos sempre na Escola de Jesus e que seja sempre Ele e o nosso Mestre. Em sua Palavra, encontremos nossas lições de cada dia encarnada no cotidiano humano. Que tenhamos muitos discípulos formados para esta missão de transformar o mundo, de transformar a vida das pessoas e apontar a verdadeira felicidade que brota da Palavra de Jesus de Nazaré.


Juventude

Informações e Inscrições: www.arquidiocesedecuritiba.org.br/dnj2017 juventude@arquidiocesecwb.org.br

Bate Papo Jovem c om Dom Peruzzo 30/0 9 Rua da Cidadania

do Pinheirinho

EXPEDIENTE SETOR JUVENTUDE: juventude@arquidiocesecwb.org.br / (41) 2105-6364 / 9605-4072 / 2105-6368. Murilo Martinhak / Assessor Eclesiástico: Pe. Waldir Zanon Junior.

Arquidiocese de Curitiba | Setembro 2017

19


Dimensão Social

João Ferreira Santiago Teólogo, Poeta e Militante. Coordenador da CF-2017 na Arquidiocese de Curitiba

“Se Acontecer a Partilha, o Milagre já aconteceu” Iniciativas solidárias são apoiadas pelo Fundo Diocesano de Solidariedade graças à contribuição da comunidade Vinte e dois projetos sociais receberam neste ano de 2017 recursos por meio do Fundo Diocesano de Solidariedade. A assinatura do contrato para o repasse dos valores aconteceu no início de agosto, na Cúria Metropolitana. O encontro teve início com uma encenação teatral de um grupo composto de sete meninas educandas do Centro Assistencial e Educacional Padre Giocondo. O Fundo Diocesano de Solidariedade é o gesto concreto da Campanha da Fraternidade e é fruto da solidariedade dos fiéis que contribuem na coleta das missas no Domingo de Ramos. Beneficia projetos relacionados ao tema da Campanha da Fraternidade e que proponham alternativas e soluções para superação de alguma situação limite. As entidades devem atender aos critérios estabelecidos no edital divulgado pela Arquidiocese, bem como cumprir o prazo de entrega. Neste ano de 2017 a Igreja trouxe como tema “Fraternidade: Biomas Brasileiros e Defesa da Vida” e lema “Cultivar e Guardar a Criação” (Gn 2, 15). Sessenta por cento (60%) do que é arrecadado, fica para o Fundo Diocesano e os outros quarenta por cento (40%), vão para o Fundo Nacional da CNBB, com a mesma finalidade.

As 22 Entidades que tiveram seus projetos aprovados e assinados são: • Associação de Moradores Jardim Virginia II e III Cantinho da Misericórdia

• Instituto Abel Zacarias – Pastoral Operária do Paraná

• Associação Rogacionista de Educação e Assistência Social - Obra Social Santo Aníbal

• Pastoral do Povo de Rua

• Obra de Assistência Social Dom Orione

• Associação de Moradores do Rio Bonito

• Paróquia Santo Antonio Maria Claret

• Cooperativa Central de Reforma Agraria do Paraná LTDA - CCA

• Pastoral da Educação • Sociedade Crescer • Associação Protetora da Infância Província do Paraná • Centro de Ação Social São Francisco de Assis (Cassfa) • Associação Comunitária São Braz • Chácara de Acolhida Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

20

Arquidiocese de Curitiba | Setembro 2017

• Associação Educacional e Assistencial Bethânia

• Paróquia São Marcos • Centro de Educação Infantil Colmeias e Associação ACACIAS • Escola Brasileira de Ciências Holísticas - EBCH • Congregação Oblatos de São José • Seminário São José e Colégio Arquidiocesano de Curitiba • Centro Assistencial e Educacional Padre Giocondo • Centro Social Marello


Aprovação no Edital foi comemorada por quem teve projeto contemplado Para Leandro Cavali, representante da Pastoral do Povo de Rua, “o FDS dá o apoio que a gente precisa e sem esse apoio a gente não poderia atender as demandas prioritárias desse público em situação de rua”. Já Olcimar da Rosa, da Cooperativa Central da Reforma Agrária, ressalta que o recurso do FDS vai ter um grande impacto, pois vai permitir, pelo viés da economia solidária, abastecer diversas comunidades com alimentos agroecológicos “e essa distribuição de alimentos agroecológicos além de ter tudo a ver com a Campanha da Fraternidade deste ano, só será realizada graças a este apoio”. A Associação das Abelhinhas de Santa Rita de Cássia também comenta a importância do FDS. A associação mantém um centro de educação infantil e um projeto de convivência comunitária para crianças e adolescentes. O projeto apoiado pelo FDS vai permitir a melhoria de uma horta na

instituição. “Nós estávamos com a horta sem uso. Neste ano já reativamos, envolvendo os pais. É um projeto muito importante, pois aqui já teve caso de menino que não comia salada, por exemplo. Aí ele plantou, cuidou, colheu e comeu aqui. Logo estava comendo em casa também”, comentou a diretora, Cátia Regina Jede.

Que possamos continuar partilhando A Arquidiocese de Curitiba agradece a todas e todos que contribuíram para que fosse possível que este projeto acontecesse, doando seu suor. Que Deus na sua infinita misericórdia abençoe a cada um/a e todos/as. Somos Igreja em saída, a serviço do Reino, cuidado do planeta, a nossa Casa Comum. Agradecemos imensamente a participação das entidades e desejamos-

lhes sabedoria e sucesso na execução. Continuemos próximos e de mãos dadas; não nos dispersemos neste momento tão exigente de nossa sociedade. Que possamos partilhar as experiências adquiridas, as alegrias vividas e as possíveis tristezas. A Conversão Integral a que a Igreja nos propõe, exige de nós uma Conversão Pastoral e Ecológica. E tudo isso nos pede uma nova mentalidade. Um abraço Fraterno.

Arquidiocese de Curitiba | Setembro 2017

21


GAM

Infância e Adolescência Missionária – IAM 174 anos “crianças e adolescentes ajudando e evangelizando crianças e adolescentes”

A Obra da Infância Missionária foi fundada no dia 19 de maio de 1843, em Paris (França). Foi escolhido o nome de “Santa Infância” (hoje Infância e Adolescência Missionária), porque a característica da Obra seria justamente a infância dos países cristãos ajudando a infância dos países pobres de recursos humanos e pobres por não conhecerem a pessoa de Jesus Cristo. Dom Forbin-Janson preocupava-se, desde muito tempo, da situação infeliz de milhares e milhares de crianças chinesas. Pensando nos sofrimentos dessas criaturas inocentes, tem a ideia de salvar-lhes a vida e encaminhá-las para a glória do céu. A ideia da Santa Infância (hoje, Infância e Adolescência Missionária) amadureceu concretamente depois de uma entrevista com Paulina Jaricot, em 1842. Do intercâmbio de ideias, saiu uma luz: as crianças cristãs ajudariam as crianças não-cristãs, doando uma moeda por mês e rezando uma oração todos os dias. Esta solução do problema no qual ele pensava já fazia 30 anos brilhou de repente, como um relâmpago, na mente de Dom Forbin-Janson, durante as conversas com Paulina Jaricot. Ela quis ser uma das primeiras a se inscrever na Santa Infância. Era a primeira vez, sem dúvida, que, na História da Igreja, se confiava às crianças um papel missionário específico: salvar as crianças inocentes, para fazer delas pequenos apóstolos. Assim foram definidos seus objetivos pelo fundador: a) Salvar as crianças da morte e da miséria; b) Batizá-las e educá-las como cristãs; c) Prepará-las para serem apóstolas de outras crianças, orientando-as na vocação e profissão.

A obra da Infância e Adolescência Missionária foi crescendo e se espalhando nos diversos países e na ocasião da celebração dos 160 anos da fundação da Obra o Papa João Paulo II, na Mensagem de 06 de janeiro de 2003, fornece uns critérios à luz dos quais a Infância Missionária deve se avaliar: 1) “Propõe às crianças de todas as dioceses do mundo um programa, que tem como fundamento a oração, o sacrifício e gestos de solidariedade concreta: assim elas podem tornar-se evangelizadoras dos seus irmãos; 2) Queridas crianças missionárias, sei com que cuidado e generosidade procurais prosseguir este empenho apostólico. Esforçais-vos de tantas formas por partilhar o destino das crianças obrigadas a trabalhar antes do tempo e por socorrer a indigência das mais pobres; 3) Sede solidárias com os anseios e os dramas das crianças envolvidas nas guerras dos adultos, sendo muitas vezes vítimas da violência bélica; 4) Rezai todos os dias para que o dom da fé, que vós recebestes, seja transmitido a milhões de pequenos amigos vossos que ainda não conhecem Jesus”. A Infância e Adolescência Missionária (IAM) é um estilo de vida, um jeito especial de ser todos os dias da semana. Neste sentido, a reunião semanal é um momento especial destinado a “abastecer” a cabeça com novas ideias, e, o coração, com novos propósitos. Crianças, adolescentes e assessores(as) são missionários(as) o tempo todo e em todo lugar.

EXPEDIENTE

GRUPO DE ANIMAÇÃO MISSIONÁRIA: (41) 2105-6375 comidi@arquidiocesecwb.org.br / Patryck Madeira / Edson Soares: (41) 2105-6376

22

Arquidiocese de Curitiba | Setembro 2017


Pe. Mario Renato Barão Filho

Missões

A caminhada do Estado Permanente de Missão na Paróquia Nossa Senhora da Visitação No ano de 2014, com a motivação do projeto de estado permanente de missão e a sugestão de quatro linhas de ação para este trabalho, nossa comunidade reuniu-se, entre lideranças das diversas pastorais e grupos atuantes, para estudar, discutir e fazer propostas. A partir desta leitura da realidade paroquial foram colocadas no papel as ações que concordamos em nos empenhar. Tudo isso foi aprovado em CPP e a partir de então buscamos implementar em nosso cotidiano.

ser ponte para uma aproximação e participação maior nas atividades da comunidade.

Algumas das atividades vêm obtendo sucesso, e dentre estas vale a pena citar:

- Igreja em saída ao encontro dos excluídos. O grupo da Pastoral Social faz visitas missionárias periodicamente às famílias mais carentes. Além disso, tem realizado atividades de arrecadação de roupas e agasalhos e sua devida distribuição nas noites de frio de nossa cidade.

- Organização de um grupo permanente de formação e missão, que se reúne todas as semanas e realiza encontros com enfoques específicos: formação (estudo bíblico, magistério da Igreja e artigos relacionados à missão), lectio divina (leitura orante da Palavra) e missão (visitas missionárias). - Implantação do enfoque missionário em todos os grupos que possuem alguma atividade na Paróquia. Todas as pastorais são motivadas a sair em missão. O Apostolado da Oração, por exemplo, percebeu que muitos membros já não tinham condições de estar na paróquia, devido à idade e enfermidades, e passou a fazer periodicamente visitas. Algumas pastorais já possuíam uma dinâmica missionária e assim permanecem, como a Pastoral da Pessoa Idosa e Infância Missionária. Outras não conseguiam perceber como se encaixar nesta dinâmica, como foi o caso da Pastoral do Dízimo, mas se propuseram a incluir a visita missionária em alguma atividade que já realizavam. E com as Comunidades Eclesiais de Base a subdivisão da Paróquia em setores já é realidade há muitos anos, o que facilita bastante a dinâmica pastoral. As CEBs estão sendo motivadas a se organizar, fazer visitas regulares às famílias e procurar ainda mais

- Busca de um diálogo maior nos conselhos comunitários. Tanto com o Conselho de Segurança quanto o Conselho de Saúde do bairro temos membros ativos. A Paróquia tem procurado auxiliar nestes aspectos realmente como forma de diálogo por melhorias e maior dignidade.

- Atividades fora dos muros da Paróquia. Periodicamente realizamos caminhadas, procissões, celebrações nas casas e outros momentos mais públicos e abertos como forma de saída. Ainda se faz necessário a sensibilização de muitas lideranças para a urgência missionária e a devida abertura de estruturas pastorais para acolher uma proposta diferente, que num certo aspecto desestabiliza, mas que gera inúmeros benefícios. Temos aqui a inspiração de nossa padroeira, Nossa Senhora da Visitação, que foi ao encontro de sua prima Isabel e assim foi missionária do Senhor. Que Maria nos inspire e inspire nossa Igreja num estado de saída e missão.

Rua Diogo Mugiatti, 2976 - Boqueirão, Curitiba - PR (41) 3072-0500 www.paroquiavisitacao.com.br

Arquidiocese de Curitiba | Setembro 2017

23


Comunidades

Missão Fonte do Encontro A Missão Fonte do Encontro foi fundada em 2007.

A MFE presta assistência a famílias em situação de

Nasceu do coração de seu fundador Eliseu Rocha

vulnerabilidade social, bem como dispõe de servi-

que, impulsionado pelo Espírito Santo através de

ços de Psicologia, favorecendo atendimentos psi-

profunda oração e reflexão sobre o evangelho de

cológicos individuais e familiares por meio da clíni-

João 4, deu início à comunidade, que tem por diretri-

ca social e também do serviço particular.

zes a Ação Social, a Adoração ao Santíssimo Sacramento e o Trabalho de Evangelização da Fé Católica.

A Missão Fonte do Encontro nasceu e está situada na cidade de Curitiba, no estado do Paraná, onde

Hoje a comunidade conta com cerca de 40 mem-

possui uma casa de missão na Rua Mario Gomes,

bros, entre vocacionados e colaboradores, os quais

293, no Bairro São Braz, local em que realiza grande

atuam como servos e ministros em diversos pro-

parte de suas atividades. Estando desde sua funda-

jetos de evangelização como grupos de oração,

ção em plena obediência e sintonia com a Igreja, a

retiros, missões evangelizadoras com pregação,

MFE colabora diretamente com a comunidade lo-

música e atendimentos para aconselhamento e

cal servindo nas paróquias de São Braz, Nossa Se-

orientação espiritual.

nhora do Bom Conselho e Santuário Nossa Senhora do Equilíbrio.

Além dessas ações, a MFE também exerce atividades voltadas à comunidade, por meio de formações

Levar a Água Viva de Jesus ao mundo, a partir da ex-

abertas, palestras, aulas de violão, projetos sociais

periência pessoal com Ele, a exemplo da Samarita-

como o “Atua”, em atendimento à população jovem,

na no poço de Jacó (João 4), esse é o sonho de Deus

o projeto “Instrua”, que fomenta as ações voltadas

para a Missão Fonte do Encontro e sua razão de ser.

aos moradores de rua com voluntários, e o projeto “Batera para Todos”, que prevê um programa de aulas de bateria para pessoas com deficiência.

facebook.com/missaofontedoencontro

EXPEDIENTE

COMISSÃO DAS NOVAS COMUNIDADES: Assessor Eclesiástico: Pe. Gevanildo Augusto Torres . Resp.: Eliezer Teixeira. Telefone: 3022-5521

24

Arquidiocese de Curitiba | Setembro 2017


Paróquia em Destaque

Missionários da Paróquia São Martinho de Lima

Missões na Paróquia São Martinho de Lima Recebemos isto desde o nosso batismo: somos convidados a anunciar o evangelho até os confins da Terra, tornando aqueles que ouviram a boa nova de Cristo seus novos discípulos missionários. Em 2013 a Arquidiocese de Curitiba propôs a todas as paróquias as missões de forma diferente daquelas que aconteceram em 2000, de maneira que elas se tornassem permanentes. Em Nossa Paróquia São Martinho de Lima ficamos todos empolgados, pois havíamos feito recentemente troca de pároco, sendo ele mesmo o animador para que fossemos evangelizar a comunidade paroquial. Em 2015, com o início do Ano Permanente das Missões, nosso pároco decidiu dividir o território paroquial para ter mais aproveitamento e todas as pastorais e movimentos se envolverem. No início os ministros da sagrada comunhão (Mesc’s) pediam na secretaria as missas todas as semanas. Os grupos e movimentos de pastorais, em razão do final de ano, haviam recém terminado as novenas de natal. Alguns preferiram fazer no setor indicado de sua pastoral, visitando casas e encerrando com a Santa Missa. Em outubro, a visita peregrina de Nossa Senhora Aparecida foi realizada em carreata, percorrendo os setores de nossa paróquia, visitando comércios, escolas, postos de saúde, creches, casas, famílias com doentes e aquelas mais necessitadas. Fechando o ano, as pastorais e movimentos não haviam feito as novenas nas casas, como no ano anterior. No ano de 2016 nosso pároco definiu com os novos coordenadores de CPP um novo método para realizar a missão, procurando organizar o GAM (Grupo de Animação Missionária) com os integrantes do CPP e COMIPA. Foram realizadas formações e saídas em missão nas casas, que aconteciam no terceiro sábado do mês. No mesmo ano houve em Cracóvia a JMJ e um missionário foi enviado para lá. Neste período a comunidade rezava por ele e pela sua peregrinação. Já em 2017 vimos pouca movimentação das pastorais e movimentos para a missão. A IAM (Infância e Adolescência Missionária) continua visitando as famílias de nossa comunidade, no terceiro sábado de cada mês; também foi implantada a catequese familiar, no quarto sábado do mês, com os pais indo à catequese dos filhos. Em julho, seis pessoas da paróquia se formaram pela Escola de

Animação Missionária, promovido pelo IAFFE (Instituto Arquidiocesano de Formação na Fé), que serão as novas iniciadoras da animação missionária. No que diz respeito à oração, temos um grupo de reflexão que reza todas as segundas-feiras nas casas das famílias. Iniciou muito antes das missões do ano 2000, e com a ajuda dele foram construídas casas, doadas cadeiras de rodas, alimentos e remédios, roupas e material escolar. Há também os temários (grupos) de oração do ECC (Encontro de Casais com Cristo), que há 20 anos perseveram na união de casais e famílias com uma periodicidade de encontros mensais nas casas, estudando, aprendendo e refletindo a palavra de Deus. Com a proximidade do ano de 2019 nossa paróquia já está se organizando para a JMJ que irá acontecer no Panamá, com o envolvimento de muitos jovens que evangelizam e dão o testemunho de fé. Os coordenadores também já esperam para iniciar algumas missões, em forma de eventos/palestras ou anúncio nas praças, mostrando o sentido de peregrinação e o que nos faz verdadeiramente deixar tudo aqui para irmos ao encontro com o sucessor de Pedro – Papa Francisco. A expectativa é que a comunidade saia do comodismo, do seu “EU” para a busca do outro tão sonhado por Cristo, o que todos chamamos de “NÓS”. Deixamos o “eu acho” ou “eu faço” para “nós podemos planejar e fazer”. “Missão se faz com boca de quem anuncia, com as mãos de quem doa, com os joelhos de quem reza, com os pés dos que vão e com o coração dos que amam.” Abraços Fraternos! “O que vimos e ouvimos isso vos anunciamos” (1 Jo 1,3) Horário de Missa na Matriz Quarta-feira: 10h, 15h e 19h30 (com Novena N. Srª. Perpétuo Socorro) Sexta-feira: 19h30 (nas Famílias-Setores) Sábado: 19h Domingo: 7h30, 10h30 e 19h 1º Sexta-feira: 15h R. Natal, 1650 - Cajuru, Curitiba - PR

fotos: Missões na Paróquia São Martinho de Lima

Arquidiocese de Curitiba | Setembro 2017

25


Pascom

Realizado o 10º Muticom A Pastoral de Comunicação da Arquidiocese de Curitiba esteve presente no 10º Mutirão Brasileiro de Comunicação (Muticom) realizado em Joinville (SC), de 16 à 20 de agosto. Cerca de 700 comunicadores, sacerdotes, estudantes e voluntários participaram do evento. Além da participação, a Pascom realizou a cobertura do evento junto com a Pascom da Diocese de Paranaguá e a Rádio Canção Nova de Curitiba. O Muticom deste ano teve como tema “Educar para a Comunicação”, com o objetivo de ajudar na compreensão da comunicação como instrumento de comunhão e progresso humano, assim como auxiliar e aprimorar a leitura de conteúdos disponibilizados

Na foto: Silas Oliveira (Canção Nova), Antonio Kayser (Pascom Curitiba), Rodrigo Sedoski (diocese de Paranaguá), Fabiana Sá (Canção Nova) e Rodrigo Marques – (diocese de Paranaguá)

pelas diversas mídias.

EXPEDIENTE PASTORAL DA COMUNICAÇÃO: antonio.kayser@gmail.com. (41)99965-1635 | Coordenador: Antonio Kayser

Painel do Leitor

Encontro Nacional de Arquitetura e Arte Sacra A Comissão Episcopal Pastoral para Liturgia da CNBB através do setor de Espaço Litúrgico realizará de 19 a 23 de setembro o 11º Encontro Nacional de Arquitetura e Arte Sacra. O encontro, que acontece a cada dois anos, será realizado este ano na Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUCPR. A cada edição, de maneira itinerante, uma universidade é convidada a ser parceira na realização do encontro. O objetivo do evento é promover um debate acadêmico e interdisciplinar sobre a dignidade dos espaços de celebração, bem como a importância da preservação do patrimônio artístico e cultural da Igreja. As inscrições podem ser feitas pelo site: www.enaas.com.br

26

Arquidiocese de Curitiba | Setembro 2017


Painel do Leitor

EDITAL DE CONVOCAÇÃO PARA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA ASSOCIAÇÃO DOS PRESBITEROS DA ARQUIDIOCESE DE CURITIBA INSCRITO SOB CNPJ Nº 72.188.600/0001-36 REGISTRADO SOB O Nº. 493482 CONVOCAÇÃO São convidados os senhores membros da ASSOCIAÇÃO DOS PRESBÍTEROS DA ARQUIDIOCESE DE CURITIBA a se reunirem em Assembleia Geral Ordinária, na sede campestre da APAC, na Capital do Estado do Paraná, às 10h00min em primeira chamada e às 10h30min em segunda chamada, do dia 10 de outubro de 2017 a fim de tratarem da seguinte ordem do dia: a) Divulgação do saldo em caixa e demais prestações de contas do financeiro b) Eleição da nova diretoria e conselho fiscal. c) Assuntos gerais Pedimos aos interessados que inscrevam as chapas candidatas para a eleição. A chapa deverá conter as seguintes funções: Presidente e vice-presidente; secretário e segundo secretário; tesoureiro e segundo tesoureiro. Conforme o novo estatuto, não há prazo mínimo para a inscrição de novas chapas. Pedimos apenas que nos encaminhem por e-mail a fim de nos organizarmos melhor: mussiolneto@gmail.com Curitiba, 10 de agosto de 2017. Pe. José Mussiol Neto Presidente da APAC

Formação anual para atendentes paroquiais será em 11 de setembro Convidamos todos atendentes paroquiais da Arquidiocese de Curitiba para a formação anual‚ que terá por tema a “Iniciação a Vida Cristã‚ caminho para sermos uma Igreja em Saída”‚ para estarmos em sintonia com a Igreja do Brasil. Dia 11/09/2017, na Casa de Retiros do Mossunguê, das 8h às 17h. Inscrições no site da Arquidiocese de Curitiba.

Arquidiocese de Curitiba | Setembro 2017

27


Adquira as produções da Arquidiocese de Curitiba

Já está disponível a Agenda 2018 Valor: R$

23,00

Contato: sac@arquidiocesecwb.org.br (41) 2105 6325 Av. Jaime Reis nº: 369 – Alto São Francisco Curitiba/PR


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.