Revista arquidiocese abril 2017

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Publicação da Arquidiocese de Curitiba - Paraná

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Ano XIV - Edição 171 - Abril de 2017

Celebremos a Santa Páscoa de Jesus Cristo! No mês de abril, a Igreja toda se rejubila com o Senhor que poderosamente ressuscita em nossas vidas

Veja também Fé, Cultura e Arte a serviço da Evangelização P.16

Campanha da Fraternidade: o bioma Mata Atlântica. P.12

+ artigos e novidades de nossa Arquidiocese

Juventude, sai da tua terra e vai... P.06

2º Mutirão Paranaense de Comunicação será promovido pela Arquidiocese de Curitiba. P.23


Agenda Mensal dos Bispos Abril/2017

Ação Evangelizadora

Dom José Antônio Peruzzo Arcebispo da Arquidiocese de Curitiba

Editorial A celebração da Santa Páscoa do Nosso Senhor é um momento sublime para nossa Igreja. Com nosso coração cheio de alegria fazemos memória do sacrifício do Cristo que foi morto e ressuscitou para nos trazer vida, paz, justiça, fraternidade e alegria. A edição de abril da revista Voz da Igreja anuncia que ressuscitado e vivo é o nosso Deus! E as diversas representações da Paixão de Cristo que acontecem nesta época em nossa Arquidiocese mostram que fé, cultura e arte são essenciais para a propagação da mensagem do Evangelho. Nesta edição também trazemos um artigo sobre este Ano Mariano, em que celebramos os 300 anos da presença de Nossa Senhora Aparecida em nosso meio. Em tempo de Campanha da Fraternidade, falamos sobre o bioma Mata Atlântica, no qual nossa Arquidiocese de Curitiba está inserida, dizendo por que precisamos estar atentos ao lema “Cultivar e Guardar a criação” da CF-2017. Para nossa juventude, a mensagem é “Sai da tua terra e vai”, que se inicia em Gênesis 12.1 com a história de fé de um povo com o seu Deus. E o Arcebispo Emérito de Curitiba, Dom Pedro Fedalto, traz em seu artigo um importante pronunciamento da Igreja Católica sobre o sepultamento dos mortos, a cremação e as cinzas. Outros artigos presentes nesta publicação também trazem reflexões importantes para nosso dia a dia. Além disso, você ficará por dentro das ações que a Arquidiocese de Curitiba vem realizando e de eventos que irão acontecer nas próximas semanas. Ajude-nos a elaborar esta revista enviando sugestões de temas, textos e artigos para publicação, basta escrever para nós. Desejamos a todos uma ótima leitura!

Fale Conosco ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO Rua Jaime Reis, 369 - São Francisco 80510-010 - Curitiba (PR) Responsável: Teodoro Travagin – 5531 (DRT-PR) Fones / Fax: (41) 2105-6343

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A revista Voz da Igreja é uma publicação da Arquidiocese de Curitiba sob a orientação da Assessoria de Comunicação CONSELHO EDITORIAL - Arcebispo da Arquidiocese de Curitiba Dom José Antônio Peruzzo | Bispo da Arquidiocese de Curitiba: Dom José Mário Angonese | Chanceler: Pe. Jair Jacon | Ecônomo da Mitra: Pe. José Aparecido Pinto | Coordenador da Ação Evangelizadora: Pe. Alexsander Cordeiro Lopes | Coordenador geral do clero: Pe. Rivael de Jesus Nacimento | Jornalista responsável: Teodoro Travagin | Assessoria de Comunicação: Sintática Comunicação | Revisão: Aline Tozo | Revisão Teológica: Pe. Roberto Nentwig | Colaboração voluntária: 13 Comissões Pastorais| Apoio: Centro Pastoral | Projeto gráfico e diagramação: Sintática Comunicação | Gráfica: Gráfica ATP | Tiragem: 10 mil exemplares. Foto da Capa: Arnaldo Alves / Grupo Lanteri

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Arquidiocese de Curitiba | Abril 2017

03 • Gravação do Programa Leitura 12 Orante, na TV Evangelizar 13 04 • Reunião do Conselho Presbiteral, na Cúria • Programa Conhecendo a Palavra, na TV Evangelizar 14 05 • Expediente na Cúria • Encontro com os Novos 15 Vereadores, na Cúria 16 • Curso Bíblico na Paróquia 17 Santo Antonio de Orleans 06 • Reunião do Conselho 18 Arquidiocesano de Pastoral (CAP), na Cúria 19 • Missa na PUC e Abertura da Exposição “O Homem do 20 Sudário” • Reunião do Setor Almirante Tamandaré, na Paróquia Anjo 21 da Guarda 07 • Reunião do Setor Colombo, 22 na Paróquia Santa Terezinha de Lisieux • Visita no Seminário Bom Pastor 08 • Formação Bíblica, no CEBI • Crisma na Paróquia Senhor 23 Bom Jesus, na Praça Rui Barbosa 09 • Missa de Ramos na Catedral 24 10 • Gravação do Programa Leitura Orante, na TV Evangelizar 25 a 11 • Visita ao Projeto Mãe da 05/05 Unidade, no Portão

• Expediente na Cúria • Missa dos Santos Óleos, na Catedral • Missa da Ceia do Senhor, na Catedral • Ação Litúrgica da Paixão do Senhor, na Catedral • Vigília Pascal, na Catedral • Missa de Páscoa, na Catedral • Gravação do Programa Leitura Orante, na TV Evangelizar • Programa Conhecendo a Palavra, na TV Evangelizar • Missa de Votos Perpétuos na Comunidade Shalom • Expediente na Cúria • Reunião dos Formadores, no Seminário São José • Crisma na Paróquia Santo Antonio de Orleans • Crisma na Catedral • Crisma na Paróquia Nossa Senhora das Vitórias • Crisma na Paróquia Nossa Senhora da Conceição, no Butiatuvinha • Crismas na Paróquia Nossa Senhora da Piedade, em Campo Largo • Gravação do Programa Leitura Orante, na TV Evangelizar • Assembleia Geral da CNBB, em Aparecida- SP

Dom José Mário Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Curitiba Região Episcopal Norte 01 • Crisma na Paróquia São Grato 09 • Missa de Encerramento da Jornada Diocesana da 02 • Encerramento da Visita Pastoral, na Paróquia São Juventude, na Paróquia Divino Batista, em Almirante Espírito Santo Tamandaré 13 • Missa dos Santos Óleos, na Catedral 04 • Reunião do Conselho Presbiteral, na Cúria 19 • Expediente na Cúria • Reunião da Equipe 20 • Reunião dos Formadores, no Missionária da Arquidiocese Seminário São José • Crisma na Paróquia Nossa 05 • Expediente na Cúria Senhora das Graças 06 • Reunião do Setor Almirante Tamandaré, na Paróquia Anjo 21 • Crisma na Paróquia Santana, da Guarda no Abranches • Reunião do Conselho 22 • Crisma na Paróquia São José, Arquidiocesano de Pastoral na Vila Oficinas (CAP), na Cúria • Crisma na Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Belém 07 • Reunião do Setor Colombo, na Paróquia Santa Terezinha 22 • Crisma na Paróquia Santa de Lisieux Amélia • Crisma na Paróquia Nossa 08 • Crisma na Paróquia Nossa Senhora da Conceição, Vila Senhoras das Graças Fanny 25 a • Assembleia Geral da CNBB, 09 a 16 • Visita Pastoral na Paróquia 05/05 em Aparecida- SP São Pedro Apóstolo, em Itaperuçu


Palavra do Arcebispo

DOM JOSÉ ANTÔNIO PERUZZO Arcebispo da Arquidiocese de Curitiba

Por que procuramos por Deus? Esta interrogação já foi motivo de muitas páginas desde os tempos do Iluminismo. E sobre tal temática já se repetiram quase todas as opiniões, e também confusões. Ele, Deus, foi já reconhecido como o absoluto, o onipotente, o eterno, o infinito, o ser totalizante. Mas foi também desqualificado como invenção fantasmática dos fracos, como projeção dos nossos anseios secretos ou inconscientes, como fonte opiácea de ilusões. E o debate ainda não terminou. Para uns, Deus é essencial. Para outros, é desnecessário. Há os que precisam dele somente nos momentos difíceis. Para uns Ele é um enigma a decifrar (ciência). Para outros, é um mistério a experimentar (fé). Cito o texto do evangelho de João (Jo 6,24-35): A multidão foi à procura de Jesus. Em embarcações atravessaram o lago para encontrá-Lo. E perguntaram-Lhe: “Quando chegaste aqui?” E a resposta: “…Vós me procurais não porque vistes sinais, mas porque comestes dos pães e vos saciastes” (Jo 6,26). É fácil perceber que uma foi a pergunta; outra foi a resposta. Do que trata essa descontinuidade? Como outrora, também hoje há multidões que se expressam religiosas. E Deus é lembrado com frequência. Os que anunciavam o fim do fenômeno religioso se surpreendem. E as conquistas da ciência parecem não bastar. Até mesmo os letrados e os bem alentados nos esquemas científicos se mostram carentes de transcendência. Na realidade, o que aconteceu nos tempos de Jesus ocorre também hoje. Não era a pessoa de Jesus e seus ensinamentos que eles procuravam. Buscavam, sim, as vantagens que aquele “milagreiro” poderia lhes ensejar. Por isso a resposta crítica do Senhor. Não se tratava de adesão de convertidos. Não havia de-

sejo e esforço em direção a um novo modo de ser e de viver. Buscavam a própria saciedade material. Era uma religiosidade de egoístas. O problema de ontem continua hoje. As expressões são outras. As limitações são as mesmas. Por vezes se expressam em queixas: “Precisei de Deus, rezei, mas não me atendeu”; “Até os desonestos têm sucesso; eu, que creio e me esforço, pareço esquecido por Ele”. Nas horas de dor e sofrimento nossos apelos são ainda mais dramáticos. Não quero aqui apontar erros. Não pretendo fazer correções. Mas gostaria, sim, de propor a mim e ao leitor o que disse o próprio Senhor àqueles que o procuravam com intenções ambíguas: “Trabalhai não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna”. Esta resposta toca no sentido da vida. Para quem busca a si mesmo, ou se limita àqueles do próprio convívio, tudo se esvazia com o término da própria história e existência. Se fez algo de bom, será lembrado por algum tempo. Mas se esgota. Por outro lado, “trabalhar para o que permanece até a vida eterna” não é mera referência, de impossível demonstração, daquela vida depois da morte. O sentido é outro. É trazer para o presente da vida e da existência aquele mistério experimentado de encontro com Deus. Sim, se isso se restringir a palavras, claro que tudo permanece no âmbito de uma abstração metafísica. Mas, se alguém quer integrar nos passos de sua vida o encontro com Deus, o caminho da fé se torna uma possibilidade real, que transfigurou os caminhos de muitos. Quando quiseram falar de sua nova vida, as equações não serviram. Mas a paz testemunhada ilustrou. Arquidiocese de Curitiba | Abril 2017

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Palavra de Dom Pedro

DOM PEDRO ANTÔNIO MARCHETTI FEDALTO Arcebispo Emérito de Curitiba

A IGREJA CATÓLICA SE PRONUNCIA SOBRE A CREMAÇÃO E AS CINZAS No dia 25 de outubro de 2016 a Igreja Católica, por meio da Congregação para a Doutrina da Fé, publicou um documento sobre o sepultamento dos mortos, a cremação e as cinzas. Este documento da Congregação da Fé recomenda insistentemente que os mortos sejam sepultados nos cemitérios ou outros lugares sagrados, que lembram sua memória e oração dos familiares na visita ao cemitério, especialmente no dia de Finados. O documento da mesma Congregação para a Doutrina da Fé, em 5 de julho de 1963, recomenda que se conserve o costume de enterrar os mortos nos cemitérios. Não proíbe a cremação em si mesma, contrária à doutrina da Igreja, a não ser que se faça negando abertamente a ressurreição dos mortos ou por ódio contra a religião católica. Recomenda que se realizem as Exéquias da Igreja às pessoas católicas que pediram a cremação ou foi executada por seus familiares. O novo documento da Igreja determina que as cinzas sejam conservadas nos cemitérios, numa igreja ou lugar preparado para isso. Não podem ser repartidas aos familiares, jogadas no ar, nos jardins, nas águas dos rios, mares ou em qualquer outro lugar.

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Na Arquidiocese de Curitiba, no tempo da construção do Santuário de Nossa Senhora de Fátima, Tarumã, por Mons. Luiz de Gonzaga Gonçalves, benfeitores voluntários adquiriram três mil lóculos para ajudá-lo com os paroquianos. O Pároco Mons. Estanislau Polakowski construiu os três mil lóculos, que estão à disposição destes benfeitores que quiserem colocar os restos mortais ou as cinzas no Santuário Nossa Senhora de Fátima. Muitos doaram os lóculos à paróquia, encontrandose à disposição. O atual pároco Pe. Jonacir Francisco Alessi lembra a última aparição de Nossa Senhora de Fátima, em 13 de outubro de 1957, com as vestes de Nossa Senhora do Carmo com o Escapulário, como a 16 de julho de 1251. Por isso, a capela do Ossário é dedicada a Nossa Senhora do Carmo. O Pe. Jonacir convida os fiéis para que participem todas as terças-feiras, às 19 horas, da missa na capela de Nossa Senhora do Carmo no ossário, celebrada aos mortos ali sepultados.


Ano Mariano

IR. LUCIMAR NASCIMENTO DE NOVAIS, MAD

Sabemos que amor de mãe é capaz de mover

fé e devoção, pois ocorria a implantação de uma men-

montanhas pelo fruto de seu ventre, ou seja, a mãe faz

talidade missionária em nossas paróquias e comuni-

tudo por amor aos seus filhos. E no Brasil, o amor de

dades, e até hoje assumimos com carinho e compro-

Maria por seus filhos se dá nas águas do Rio Paraíba

misso o Ano Missionário de nossa Arquidiocese.

do Sul, onde apareceu a três simples pescadores: João Alves, Domingos Martins Garcia e Felipe Pedroso, no

Neste ano mariano caminhemos juntos com Maria

ano de 1717.

seguindo o seu exemplo de mãe, discípula missionária e peregrina do Amor de Deus pela vida da humanidade.

Estes três pescadores levam a “Imagem Aparecida” para suas casas. Inicia-se aí a peregrinação de Nossa Senhora que caminha com o povo brasileiro, de casa em casa. Com as suas devoções rezavam o terço, faziam pedidos e agradecimentos. Percebemos a fé fervorosa que o povo tinha para com a Virgem que encontraram nas águas, e que trazia consigo os traços marcantes da cultura e tradições deste povo. Nos dias de hoje vemos com os nossos próprios olhos a grande quantidade de milagres, de graças e de testemunhos que nosso povo recebe de Nossa Senhora Aparecida. Para celebrar os 300 anos de sua presença em nosso meio, o Santuário Nacional de Aparecida preparou a peregrinação de Nossa Senhora em todas as arquidioceses, dioceses e paróquias, possibilitando a presença materna de Maria junto aos seus filhos. Ela foi ao encontro daqueles que necessitavam do seu amor, justiça, paz e esperança. A Arquidiocese de Curitiba já passou por este momento marcante da peregrinação, que percorreu nossa arquidiocese dos dias 7 de agosto a 22 de novembro de

Foto: Santuário Nacional Aparecida

2015. A visita da virgem Aparecida foi de muita alegria,

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Juventude

DOM JOSÉ MÁRIO ANGONESE Bispo Referencial do Setor Juventude de Curitiba

Jovem, sai da tua terra e vai... A história de fé de um povo com o seu Deus começa com a expressão “Sai da tua terra e vai” (Gn 12,1). E o obediente Abraão ouviu e saiu. Com Abraão se inicia a história bíblica que se desenvolve em constantes movimentos de saída, que é repetido pelos principais personagens da Bíblia. Quando as saídas se dão para realizar a vontade de Deus se desenvolve um quadro de graças e bênçãos. Mas, quando as saídas são de afastamento desta vontade, eis um quadro de pecado, escravidão e sofrimento. No Evangelho, mesmo quando todos o convidam a ficar, Jesus insiste em sair: “Vamos a outros lugares a fim de que também lá eu proclame a Boa Nova. Pois, foi para isso que eu saí” (Mc 1,38). Jesus parte da Galileia do seu Batismo e persegue a Jerusalém da Paixão, Morte e Ressurreição. Na Ascensão diz: “Vão pelo mundo afora...” (Mc 16,15) Segui-lo se identifica com saída. A Arquidiocese de Curitiba sente o apelo por cumprir este mandado do Senhor, pois, neste envio, nos é apresentado o itinerário de crescimento da fé, que se

alimenta da atitude de sair. O Papa Francisco desafia a sermos uma Igreja em saída, não apenas com algumas atividades missionárias, mas como um novo jeito de ser da Igreja: Peregrina e Missionária. A Comissão para a Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), com o Santuário Nacional de Aparecida, está organizando a 2ª Romaria Nacional da Juventude, que será realizada nos dias 29 e 30 de abril, no Santuário Nacional, em Aparecida. A iniciativa celebra os 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida, no Rio Paraíba do Sul. Jovem, eis uma oportunidade de alimentar e fortalecer a fé: Queres aumentar o sentimento de pertença à Igreja e ao seu grupo? Sai da tua terra e vai. Queres ser povo de Deus a caminho no itinerário da fé? Sai da tua terra e vai. Queres afastar-te do pecado e construir uma vida de graças e bênçãos, do jeito de Jesus, e como Maria? Sai, sai da tua terra e vai, vai participar da Romaria Nacional da Juventude em Aparecida. E aprenda com a Senhora Aparecida a sair e peregrinar ao encontro de quem precisa de ajuda.

2ª Romaria Nacional da Juventude 2017 Dias 29 e 30 de abril, no Santuário Nacional de Aparecida, em São Paulo (SP). Milhares de jovens são esperados para o evento, que é aberto ao público e contará com uma programação diversificada. Participe!

EXPEDIENTE SETOR JUVENTUDE: juventude@arquidiocesecwb.org.br / (41) 2105-6364 / 9605-4072 / 2105-6368. Murilo Martinhak / Assessor Eclesiástico: Pe. Waldir Zanon Junior.

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Reflexões

PE. RIVAEL DE JESUS NACIMENTO Reitor do Santuário Diocesano de Nossa Senhora de Lourdes – Campo Comprido – Curitiba.

Ainda estamos em uma mudança de época? O que precisamos compreender neste tempo presente? Parece que o tema já foi bem estudado e se tornou ultrapassado dentro de nosso contexto sociocultural e filosófico. Uma sociedade doente e cheia de solidão, como apontam os bispos da Igreja Católica no Brasil, através de suas diretrizes gerais. Nesse tempo nenhuma verdade é absoluta e perde-se todo o referencial da fé, o sentido próprio da religiosidade. A religião passa a ser light, como os produtos que se encontram nas prateleiras de nossos supermercados. Uma sociedade fragmentada que perdeu a noção do todo, da coletividade, da vida em comunidade. Todos muito ocupados consigo mesmos. Percebe-se uma crise de sentido, na qual a fé não é mais transmitida de pais para filhos. A fé se torna ocasional e pode ser objeto de manipulação das vontades do ser humano. Sim! É esta a realidade. Os bispos da América Latina, no Documento de Aparecida, que leva o nome da cidade em que foi escrito (foi seu secretário relator o Cardeal Bergoglio) já apontavam em 2007 essa realidade. Dez anos se passaram após esta reflexão do agir pastoral no Brasil e quais consequências ainda vemos nessa desconstrução do que é comum a todos, do conceito de coletividade? Ou do desviar o olhar do passado e projetar um futuro? O dano na sociedade cada vez é maior, uma concentração exagerada na ação do sujeito e um olhar excludente sobre o outro. O tempo presente faz todos pensarem em uma ideia falseada de felicidade, na qual não se aglutinam os laços em família, nem apegos pessoais. “As relações humanas estão sendo consideradas objetos de consumo, conduzindo a relações afetivas sem compromisso responsável e definitivo” (DAP 46). Todas as verdades e compromissos definitivos causam medo e indiferença. O que importa é o presente e este de acordo com aquilo que necessito para o meu prazer, para meu bem estar. Nesse confuso olhar de várias setas, se percebe a busca por direitos subjetivos e foca-se somente neste olhar. Não temos mais a visão da coletividade e dignidade de todos, principal-

mente dos mais pobres e vulneráveis. É uma lógica pragmática, narcisista que coloca a vida como um espetáculo, onde ao fim não preciso ouvir aplausos e opiniões de ninguém. Que consequências teremos diante desta realidade? A Igreja Católica, em 1962, trouxe tantas novidades com o Concilio Vaticano II, e vem buscando entender o ser humano entre as suas angústias e alegrias. Para isso, já usou muito o termo ‘inculturação’, principalmente na América Latina. Mas depois vieram outros termos como ‘nova evangelização’, ou agora ‘conversão pastoral’. São palavras que expressam ideias de promover a adesão a Jesus Cristo, não ao seu pensamento somente, mas a seu modo de vida, de ver as pessoas, tocar nelas e transformá-las em testemunhas do seu amor. Uma adesão na radicalidade do amor, na totalidade de sua essência. Creio que nossas comunidades precisam muito ainda amadurecer nessa missão. Dom Peruzzo, na última reunião geral do clero, abordava esse assunto com muita seriedade, provocando uma tomada de consciência com todos os padres reunidos. E alertava que agora, nesse tempo, ainda surge um novo conceito que vai se dissipando no meio da sociedade e do pensamento, que é a “pós-verdade”. Neste conceito os fatos objetivos não têm nenhuma influência, e não se moldam na emoção e nem na prática religiosa. O que faremos? Para melhorarmos nosso mundo precisamos de ações concretas dentro de nossas paróquias, para ser comunidade de pessoas centradas na experiência de Jesus. E estas ajudem a superar a indiferença que encontramos, que cega e paralisa. São Paulo expressa atitudes de autêntica religiosidade e comprometimento em 1 Cor 9, 19-23. O que precisamos abraçar: mudança pessoal para um maior conhecimento de Jesus, nosso melhor modo de tratar as pessoas e compreendê-las. Que cada um e que cada comunidade possa cumprir bem sua missão e iluminar com a Luz que vem do Altíssimo as pessoas que sofrem na escuridão.

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Liturgia

PE. JOSÉ AIRTON DE OLIVEIRA Coordenador da Comissão Litúrgica

Canto Litúrgico Como é bom cantar ao Senhor com alegria em nossas celebrações, deixar que através de nossos cantos possamos entrar no mistério que está sendo celebrado. De maneira muito particular, neste mês em que celebraremos a Santa Páscoa com certeza nossas expressões devem ser muito bem preparadas para que a liturgia se torne viva e alegre realmente, sem ser apenas um ritualismo. Continuemos a refletir sobre o nosso canto litúrgico, que deverá nos ajudar a rezar e entrar no mistério de cada liturgia celebrada. Vejamos o que a Igreja nos ensina: S. Agostinho, ao definir o canto litúrgico como “profissão sonora da fé”, já fala do “canto eclesiástico” como aquele que é apto para cumprir a função litúrgica que dele se espera. Trata-se, portanto, de uma arte essencialmente funcional, trata-se de música ritual. Foi essa compreensão original que o Concílio Vaticano II veio resgatar, quando ao falar de “Música Sacra” a definiu como parte integrante da liturgia, e acrescentou que será tanto mais sacra quanto mais intimamente estiver ligada à ação litúrgica (SC 112). Assim compreendida, a Música Litúrgica não pode ser tomada apenas como adorno ou acessório facultativo da celebração cristã da fé. Ela não é coisa que se acrescenta à oração, como algo extrínseco, mas muito mais, como algo que brota das profundezas do espírito de quem reza e louva a Deus (Instrução Geral da Liturgia das Horas, 270). Mais ainda, a Música Litúrgica participa da natureza sacramental ou mistérica de toda a liturgia, da qual sempre foi e sempre será parte essencial e sua expressão mais nobre (SC 113). A música que se toca e canta nas celebrações é ação musical-ritual da comunidade em oração. É música a serviço do louvor ou do clamor deste povo, ao realizar os seus “Memoriais”. É música a serviço do “encontro” das pessoas humanas entre si e com as Pessoas Divinas. Não uma música qualquer. Não simplesmente uma bela música. Nem apenas piedosa. Mas uma música funcional, com finalidade e exigências bem delimitadas: um rito determinado, com seu significado específico, inserida em um tempo litúrgico próprio, sintonizada com a Palavra de Deus. Nem toda a música religiosa presta-se para o momento ritual. Há uma forte tendência em escolher uma música ape-

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nas por ser bela ou ser conhecida pelo povo, mas com um texto deslocado do momento ritual, por isso devemos tomar todo o cuidado nas escolhas dos cantos para o momento certo e na hora certa. Essa compreensão da natureza funcional, da ritualidade da Música Litúrgica, é que, em cada caso, definirá as escolhas a serem feitas em termos de textos, melodias, ritmos, arranjos, harmonias, estilos de interpretação, etc. Tal funcionalidade ritual da música litúrgica vai, finalmente, exigir de todos os agentes litúrgico-musicais, na realização da sua arte ou do seu ministério, além da competência técnica e artística, uma consciência e uma sensibilidade que só consegue atingir quem participa efetivamente de uma comunidade cristã, só quem tem uma vivência suficientemente profunda da fé, partilhada num ambiente eclesial. Destaco aqui a importância da preparação e os ensaios para as celebrações. Às vezes toma tempo, mas vale a pena, para que elas sejam mais mistogógicas, vivenciadas a partir das experiências de cada um. Assim, todos nós somos responsáveis, claro sempre ajudados pelos nossos pastores que têm nos orientado para darmos importância a estes elementos básicos o mistério a ser celebrado. Eles acompanham com esmero e cuidado a caminhada litúrgico-musical da nossa Igreja particular, e nos convidam para uma formação adequada para seus agentes. Os nossos encontros deste ano vão ajudar a melhor nos prepararmos para que possamos vivenciar mais profundamente nossos cantos litúrgicos, adaptando em nossa realidade sem deixar de viver o mistério celebrado. Nosso primeiro encontro da região episcopal norte será no dia 20 de maio, confira a agenda para equipes de canto e animadores de comunidades. Abraço fraterno.


Com alegria, amados irmãos e irmãs, vamos celebrar a Santa Páscoa, em que Cristo ressuscitou verdadeiramente. Todos nos alegramos por este grande acontecimento. Depois de ficarmos atentos nos preparando no deserto com Cristo chegamos a esta Páscoa de 2017 com o coração cheio de alegria e paz, pois sabemos que é preciso fazer esta passagem da morte para a vida, do pecado para a graça. A Igreja toda se rejubila com o Senhor que poderosamente ressuscita em nossas vidas, pois sabemos que diante de tantas situações de morte sempre há esperança de vida. Nunca, jamais devemos desanimar, pois como havia prometido Ele ressuscita nos trazendo de novo a vida e alegria. Vamos explodir de júbilo nosso coração na noite santa e cantar com todos os nossos pulmões que Ele está no meio de nós, trazendo um novo sentido à nossa vida. Vamos verdadeiramente nos preparar e celebrar bem todos os dias da Semana Santa, para com grande júbilo celebrar a nossa Páscoa. Celebramos a noite das noites, vigília, Luz, Vitória, Vida Nova. O que celebramos nesta noite Santa, como dizia Santo Agostinho, é hora da vigília das vigílias, luz da luz, do poder da vida sobre a morte. Afinal, ressuscitado e vivo é o nosso Deus. É por isso que esta noite é tão cheia de significados e de símbolos, teremos liturgia do fogo e da luz, liturgia da Palavra, em que vemos toda a história de nos-

sa salvação sendo recordada com tanto carinho pela nossa Igreja, liturgia do Batismo, renovamos nosso compromisso de ser cristãos, e liturgia Eucarística. Somos, com Cristo, ressuscitados para uma vida nova, somos banhados na pia batismal como homens novos porque Ele vive e podemos crer no amanhã, somos povo que caminha rumo não mais à terra prometida, mas ao Reino definitivo dos céus. Enfim comungamos aquele que é o Senhor ressuscitado, nossa Páscoa. Tudo deveria refletir em nós a alegria que estamos sentindo. A Igreja toda iluminada pela luz do Filho de Deus vivo, mergulhada no abismo de tão profundo mistério e envolvida com a missão de seu Divino mestre. Deveríamos cantar a uma só voz o “ALELUIA”, guardado para este momento tão sublime. E lembrar que a partir deste momento somos com Ele ressuscitados para um mundo novo que nunca se acaba, alicerçado na paz, justiça, no amor, na concórdia e na fraternidade, onde a Eucaristia brilha mais intensamente como lugar de partilha e de festa, de comunhão verdadeira e de ação concreta, pois iremos festejar juntos a páscoa do Senhor. Nunca podemos esquecer que somos neste mundo sinais de Cristo ressuscitado e Ele vive em nós. Desejamos de coração aberto que todos celebrem com alegria a Santa Páscoa e que esta alegria perdure para sempre entre nossas comunidades, deixando de lado todo o ressentimento e mágoas. Que a verdadeira Páscoa aconteça em nossas vidas. Uma abençoada Páscoa a todos!

EXPEDIENTE COMISSÃO LITÚRGICA: peairton@hotmail.com / (41) 2105-6363 / Coordenação: Pe. José Airton de Oliveira

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Animação Bíblico-Catequética

Iniciação à vida Cristã no processo formativo do discípulo missionário de Jesus Cristo Tema central da 55ª Assembleia Geral da CNBB Durante os dias 26 de abril a 5 de maio acontecerá a 55ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, que estarão estudando, partilhando e refletindo sobre o tema “Iniciação à vida cristã no processo formativo do discípulo missionário de Jesus Cristo”, título e tema de nossos artigos nesses meses. O tema da iniciação à vida cristã foi discutido na 46ª Assembleia Geral em 2008. Naquela ocasião foi elaborado o documento de estudo 97 “Iniciação à vida cristã: um processo de inspiração catecumenal”. Cresceram as experiências e iniciativas catequéticas em estilo catecumenal em todo Brasil. No entanto, diante dos avanços atuais, a Igreja do Brasil volta um olhar atento e corajoso para a iniciação à vida

cristã. É necessário retomar este tema, inesgotável na vida e missão da Igreja. A Igreja dos novos tempos necessita de verdadeiros processos iniciáticos. Ao acessarmos o texto base da assembleia, que fora enviado para as arquidioceses e dioceses de todo o Brasil, percebemos que ele também recebeu o caráter catecumenal. Está estruturado em 4 capítulos e contempla as vertentes fundamentais da iniciação à vida cristã com inspiração catecumenal. Vamos, em três momentos, partilhar algumas ideias do texto base da assembleia dos bispos. Neste primeiro momento vamos nos deter ao relato da Samaritana, símbolo do processo iniciático de fé em Jesus Cristo. Texto que nos revela uma dimensão catequética e catecumenal.

A mística da samaritana O encontro místico da pessoa humana com Jesus Cristo O Evangelho de São João se destaca com os diálogos catequéticos e personalizados. O episódio da mulher samaritana é um destes textos. É uma exclusividade do Evangelho de São João, que narra a atuação de Jesus na Samaria, lugar evitado pelos judeus em virtude de antigas hostilidades. O encontro de Jesus com a samaritana está permeado por desencontros que Ele gradualmente vai diluindo. Fatigado da caminhada e sedento, Jesus sentou-se junto à fonte. Era por volta do meio-dia. Uma mulher samaritana veio tirar água do poço de Jacó. Jesus pede água para beber. Não é comum um homem judeu, considerado Mestre, pedir de beber a uma samaritana. Dar de beber é símbolo de acolhimento. A mulher se questiona: de onde poderia vir aquela tal de “água viva”, aquele homem não tem vasilha e o poço é profundo... A samaritana não compreende. Ela não conhece outra água. Somente a água do poço de Jacó. O fato é que a relação dialógica entre Jesus e a samaritana vai adquirindo uma progressividade cuidadosa e filial. O diálogo está iniciado. O encontro está começando. A resposta de Jesus é inquietante. A água que Jesus oferece é gratuita, eterna e perene. “Todo aquele que beber desta água que eu lhe der jamais terá sede” (Jo 4,13). A

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“água da vida eterna” simboliza a manifestação amorosa de Deus nas insuficiências da samaritana. A água é sinal de conversão, de mudança de vida, é garantia da ação e união com Deus. A fé em Jesus requer um novo caminho, novo dinamismo, novas atitudes e novas relações. A atitude acolhedora de Jesus desperta na samaritana uma experiência pessoal e viva. A experiência com Jesus nasce de um encontro com Ele. Por conseguinte, a “palavra” da samaritana é convite ao seguimento de Jesus. A comunidade dos samaritanos busca-o, encontram-no e creem Nele. O que se iniciara pela “palavra” de uma modesta testemunha da Samaria encaminhou-se para um contato gradual e prolongado com a “palavra Dele”. Ouvindo-o, conheceram-no. De separados, tornaram-se amparados. De distantes e excluídos, formou-se comunidade que adere à vivência de fé em Jesus. Ou seja, aconteceu uma bela experiência de fé partilhada. Aconteceu o processo iniciático de fé na vida de Jesus Cristo.


ESCOLA DE AGENTES DA PASTORAL DO BATISMO Neste ano de 2017 acontecerá a 3ª Escola de Agentes da

cos e orantes com seus in-

Pastoral do Batismo. Realizada em duas etapas, a Es-

terlocutores.

cola tem como objetivo formar, com inspiração catecumenal, as lideranças para o ministério da preparação de

A iniciação à vida cristã

pais e padrinhos para o batismo de crianças.

deve ser um caminho que conduz ao encontro pessoal com Jesus Cristo e que gere desejo de vida em comu-

A recente motivação do arcebispo na implantação do

nidade. É assim que, gradualmente, formamos novos

novo projeto da Pastoral do Batismo tem propiciado

discípulos missionários de Jesus Cristo.

uma adesão crescente de paróquias à preparação personalizada de pais e padrinhos. Por isso, essa Escola visa

As inscrições estão abertas. Informe-se no site da Ar-

preparar os agentes para encontros celebrativos, bíbli-

quidiocese de Curitiba!

IAFFE 2017 FORMANDO DISCÍPULOS MISSIONÁRIOS DE JESUS CRISTO No último dia 19 de março, festividade de São José, foram acolhidas no Instituto Arquidiocesano de Formação na Fé – IAFFE aproximadamente 600 lideranças das mais diversas paróquias da Arquidiocese de Curitiba. Lideranças motivadas e comprometidas com a sua formação estarão, em um domingo por mês, participando de disciplinas assessoradas por mestres e doutores altamente qualificados. A Arquidiocese de Curitiba tem clareza da urgência teológico-pastoral em formar bons cristãos. Consolidamos a alegre missão de estruturar esse ambiente de formação, partilha e encontro, como uma autêntica comunidade missionária!

EXPEDIENTE COMISSÃO DA ANIMAÇÃO BÍBLICO-CATEQUÉTICA: catequese@arquidiocesecwb.org.br (41) 2105-6318 / Coordenação: Pe. Luciano Tokarski / Assessoria: Regina Fátima Menon.

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Dimensão Social

JOÃO FERREIRA SANTIAGO Teólogo, Poeta e Militante Coordenador da CF-2017 na Arquidiocese de Curitiba

O Bioma Mata Atlântica – CF-2017 Cultivar e Guardar a Criação (Gênesis 2, 15) – você sabia? Neste ano de 2017 a Igreja contempla e celebra as bonitezas da criação, a partir dos seis biomas que formam a vida nas suas diversidades existentes no território brasileiro. Em cada um deles encontramse diferentes formas de vida que juntas formam o universo de diversidades, que se buscam e se completam. Existem neles diferentes etnias, culturas, climas, tipos de árvores, sementes e frutos e também diversas formas de se reconhecer e se viver o Sagrado. Segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia

e Estatística – IBGE, do ano de 2014, quase 72% da população brasileira vive no bioma Mata Atlântica. Este é o mais afetado pelos efeitos da urbanização, pois nele se encontram as maiores cidades do Brasil. A Campanha da Fraternidade 2017 tem como objetivo geral cuidar da criação, de modo especial dos biomas brasileiros, dons de Deus, e promover relações fraternas com a vida e a cultura dos povos, à luz do Evangelho.

Bioma Mata Atlântica no Brasil Compreendia uma área de 1.315.460 km2, ocupando os Estados RS, SC, PR, SP, GO, MS, RJ, MG, ES, BA, AL, SE, PB, PE, RN, CE e PI. Hoje só restam 12,5% daquela riqueza que encantou os colonizadores. É uma das áreas mais ricas e ameaçadas do planeta. É Reserva da Biosfera (Unesco) e Patrimônio Nacional. Desde o descobrimento que ela vem sendo destruída. As plantações foram responsáveis pela destruição da vegetação nativa e a preservação de espécies sendo prejudicada também pela poluição. A exploração predatória devastou a Floresta das Araucárias e, segundo o Instituto Mata Atlântica, a região de Curitiba é a mais devastada, preservando pouco mais de 1% (um por cento) dependendo do critério de medida. A Mata Atlântica abriga a maioria das nossas capitais litorâneas e regiões metropolitanas, exigindo atenção para políticas públicas, sobretudo de Saneamento Básico. Segundo o Instituto Trata Brasil, que forneceu os dados do Saneamento Básico para a Campanha da Fraternidade de 2016, Curitiba tem o segundo rio mais poluído do Brasil, que é o rio Iguaçu. Este dado é confirmado também pelo IBGE. O convite que a Igreja

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nos faz é para um reencantamento com a criação, que nos desperte para o cuidado, pois para o teólogo Leonardo Boff, “o sintoma mais doloroso, já constatado há décadas por sérios analistas e pensadores contemporâneos, é um difuso mal-estar da civilização. Aparece sob o fenômeno do descuido, do descaso e do abandono, numa palavra, da falta de cuidado” (BOFF, 2008, p 18). É para este cuidado que a Campanha da Fraternidade de 2017 quer nos despertar. A Mata Atlântica possui muitos manguezais, que até o autor do hino da CF-2017 fez referência no refrão: “Da Amazônia até os Pampas, do Cerrado aos Manguezais, chegue a ti o nosso canto, pela vida e pela paz” (CNBB, 2016, p 135). De fato, alguns pesquisadores defendem a tese de que os manguezais formam um bioma específico, podendo ser assim, o sétimo bioma brasileiro. Sobre eles assim diz o Texto Base: “Os manguezais, por estarem estabelecidos em áreas abrigadas, apresentam alta produtividade, são considerados como berçários naturais para muitas espécies de moluscos, crustáceos, peixes, repteis e aves garantindo o crescimento e sobrevivência desses organismos” (IBIDEM, p 50).


A Mata Atlântica em Curitiba Com relação à Mata Atlântica em Curitiba, existe uma controvérsia. Quando a metodologia considera apenas a área mínima de identificação preservada acima de 3 ha (hectares), a capital paranaense tem apenas 1,3%. Porém, a pesquisa feita em parceira entre a ONG SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que reduz a área mínima de identificação para 1 ha (hectare), chega a 8,6%,

segundo artigo da SOS Mata Atlântica – SOSMA, publicado em agosto de 2016. Márcia Hirota, diretora da ONG, defende a nova metodologia: “É muito mais detalhado. A metodologia reduz de 3 hectares para 1 ha a área mínima de identificação das imagens captadas por satélite. A partir disso, conseguimos visualizar áreas menores, fragmentos florestais em estágios iniciais de regeneração” (SOSMA, 2016).

A criação é interdependente pela vontade de Deus O Papa Francisco nos alerta sobre a importância de preservar todas as formas de vida, devido à interdependência existente entre elas. Quando uma espécie é extinta decreta-se automaticamente o fim de outra em seguida. “O sol e a lua, o cedro e a florzinha, a águia e o pardal: o espetáculo das suas incontáveis diversidades e desigualdades significa que nenhuma criatura se basta e si mesma. Elas só existem na dependência umas das outras, para se completarem mutuamente no serviço umas das outras” (LS, nº 86). Por diversas razões a espécie humana depende não apenas das outras espécies para continuar vivendo e garantir a própria existência das próximas gerações. Depende, em primeiro lugar, de sua capacidade de cultivar e guardar a criação. A receita é conhecer para admirar e a partir dessa admiração chegar ao reencantamento proposto pela Campanha da Fraternidade, despertando o interesse de preservar. Para Erich Fromm, “’Interesse’ vem do latim ‘interesse’, isto é, estar entre. Se estou interessado, devo transcender meu ego, ser aberto para o mundo e saltar dentro dele. O interesse baseia-se na atividade. É a atitude relativamente constante que permite que, a qualquer momento, a pessoa compreenda intelectualmente e também emocional e sensualmente, o

mundo exterior” (FROMM, s/d p 99). Estar interessado é estar encantado, apaixonado como Deus se revela no primeiro relato da criação (Gênesis 1, 1 – 2,4a). Curitiba tem importantes iniciativas de preservação dos campos e das reservas de Mata Atlântica, mas que necessitam de uma ação mais concreta de toda a municipalidade para que não fiquem apenas no papel. Vejamos o exemplo do decreto Lei 14985/2016, que cria a Estação Ecológica Campos Naturais de Curitiba Teresa Urban, garantindo assim a conservação da última área contínua de campos naturais da cidade. “É com grande honra que tenho em um dos meus últimos atos como prefeito a assinatura deste instrumento de proteção para esta importante área que leva o nome de uma querida amiga e combativa militante das causas ambientais, a jornalista Tereza Urban. Me despeço desta gestão sabendo que fizemos o melhor para o meio ambiente, deixando mais de 10 milhões de metros quadrados de áreas protegidas, que somando-se às três milhões já existentes, garantem uma área de 13 milhões de metros quadrados de área verde, dentro da capital, protegidas da especulação imobiliária e da degradação”, enfatiza Fruet (PAM, 27/12/2016)

Para aprofundar CNBB. Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Texto Base da Campanha da Fraternidade de 2017. Brasília-DF: Edições CNBB, 2016. BOFF, Leonardo. Saber Cuidar – Ética do humano – compaixão pela terra. Petrópolis-RJ: Vozes, 15ª edição, 2008. FROMM, Erich. A revelação da esperança – por uma tecnologia humanizada. São Paulo: Circulo do Livro, s/d. PAM. Portal Administrativo do Município de Curitiba – www.curitiba.pr.gov.br PAPA, Francisco. Carta Encíclica LAUDATO SI’ – Sobre o Cuidado da Casa Comum. Brasília-DF: Edições CNBB, 2015. www.sosma.org.br

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Dimensão Social

SALETE BAGOLIN BEZ Coordenadora Regional das CEBs do Paraná Equipe de Articulação Missionária da Arquidiocese de Curitiba

Arquidiocese de Curitiba recebe os Ícones do 14º Intereclesial das CEBs “O Trem das CEBs não parou, nem vai parar, do Ceará ele veio ao Paraná!” As Comunidades Eclesiais de Base – CEBs estão se preparando para vivenciar e celebrar o 14º Intereclesial Nacional das CEBs. Em janeiro de 2018 a Arquidiocese de Londrina sediará esse grande encontro que acolherá participantes das comunidades do Brasil inteiro e da América Latina. O papa Francisco tem motivado a todos os cristãos e cristãs a serem uma Igreja em saída. Neste sentido, as CEBs do Brasil estão em sintonia com esse clamor e vêm se preparando, refletindo e celebrando as CEBs e os desafios no mundo urbano em cada realidade. O Regional Sul II (Paraná) vivencia nesse semestre a passagem dos Ícones do 14º Intereclesial, que estão visitando as comunidades nas Arquidioceses e Dioceses do Paraná. Nessa peregrinação temos a Cruz, a imagem de Nossa Senhora do Rocio – padroeira do Paraná –, a Bíblia e um banner do encontro com o objetivo de divulgar, celebrar e rezar nosso ser cristão frente aos desafios no mundo urbano, tema do 14º Intereclesial, com a iluminação bíblica “Eu vi e ouvi os clamores do meu povo e desci para libertá-lo” (Ex. 3,7). No final de janeiro, durante a Celebração de encerramento da Reunião Ampliada Nacional das CEBs em Londrina, esses Ícones saíram em peregrinação pelo Paraná. Eles retornarão para a Igreja de Londrina em julho, durante o Catorzinho das CEBs, Encontro de preparação da Arquidiocese de Londrina para receber o 14º Intereclesial, e ficará até a sua realização em janeiro de 2018. A Arquidiocese de Curitiba recebeu os ícones no período de 18 de fevereiro a 4 de março. Confira alguns lugares por onde passou: • Paróquia São José Operário (Alto Boqueirão) • Paróquia Bom Jesus dos Perdões (Centro) • Comunidade N. S. Aparecida (Paróquia São João Batista - Rebouças) • Comunidade São Sebastião (Paróquia N. S. Rosário de Belém - Cajuru) • Comunidade N. S. Vitória (Paróquia Auxiliadora – Sítio Cercado) • Catedral São Tiago – Igreja Anglicana (Centro) • Catedral de Curitiba • Paróquia Nossa Senhora Aparecida - Uberaba • Paróquia Bom Pastor - Mercês • Comunidade Santa Izabel (Paróquia Profeta Elias – Sítio Cercado) • Paróquia São José das Famílias – Sítio Cercado • Santuário Perpétuo Socorro – Alto da Glória • Paróquia Imaculada Conceição - Fanny • Mosteiro Monte Carmelo - Pinheirinho • Paróquia N. S. Rosário de Belém - Centenário • Paróquia N. S. Visitação – Alto Boqueirão • Paróquia N. S. Saúde - Pinhais • Reunião de Coordenação das CEBs Curitiba - Cúria • Comunidade São Cristóvão (Paróquia S. Pedro) • Comunidade São Miguel Arcanjo (Paróquia Sta. Terezinha de Lisieux - Colombo) • Paróquia Sta. Terezinha de Lisieux - Colombo • Sto. Antonio Maria Claret (Alto Boqueirão) • Santuário N. S. Lourdes – Campo Comprido • Comunidade Bethanea – Alto Boqueirão

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Equipe Arquidiocesana da Pastoral do Dízimo

Dízimo

O Dízimo como expressão de partilha e fraternidade Neste ano de 2017, boa parte do tempo quaresmal e a Semana Santa se inserem no mês de abril e constituem um tempo forte de CONVERSÃO. E, como sabemos, a decisão de contribuir generosamente com o dízimo é decorrência de um processo de conversão pessoal que leva ao desapego dos bens materiais e à vivência do amor fraternal dentro de uma comunidade cristã. Realmente, este é um período do Ano Litúrgico em que, no Brasil, a Igreja Católica procura estimular os fiéis a praticarem mais intensamente os ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo sobre qual é a vontade de Deus para conosco. Assim, é dentro deste esforço que já há muitos anos, sob a orientação da CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, surgiu a CAMPANHA DA FRATERNIDADE, que se desenvolve de modo especial dentro da quaresma e que, neste ano, tem como tema “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida” e o lema “cultivar e guardar a criação”(Gn 2,15). Com efeito, é neste contexto que a Pastoral do Dízimo, ao conscientizar os fiéis sobre o profundo significado da contribuição dizimal para o processo de evangelização, indiretamente colabora para evidenciar aos cristãos que todo ser humano do-

tado de algum grau de espiritualidade tenha a clara percepção de que Deus é o criador do universo e tudo o que nele existe, inclusive o nosso maravilhoso planeta, a Terra, nossa casa comum. De fato, dentre todas as criaturas que existem na Terra, nós, seres humanos, criados à imagem e semelhança de Deus, temos a enorme responsabilidade de zelar com carinho e amor por esse nosso planeta, conscientizando-nos que enquanto materialmente aqui vivermos somos parte integrante do meio ambiente que compõe esse mundo, e sua manutenção faz parte da realização da própria vontade de Deus relativamente ao Seu Reino. Finalizando, e tendo em mente que 2017 está sendo consagrado como um “Ano Jubilar Mariano”, é essencial igualmente para cada um de nós batizados que, a exemplo de Maria, tenhamos muita fé e sejamos cristãos coerentes, procurando conscientizarmo-nos cada vez mais sobre nossos deveres e agir como discípulos missionários de Jesus Cristo, buscando conhecer seus ensinamentos, bem como discernir sobre o seu profundo significado para o crescimento espiritual e mesmo material do gênero humano, em sua interação com o meio ambiente em que vive neste mundo.

EXPEDIENTE

COMISSÃO DA DIMENSÃO ECONÔMICA E DÍZIMO: Coordenador da Comissão: João Coraiola Filho Padre Referencial da Pastoral do Dízimo: Pe. Anderson Bonin Coordenador da Pastoral do Dízimo: William Michon

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Especial

FELIPE E. ARAUJO BORGES

Fé, Cultura e Arte “Se quereis progredir no amor de Deus, meditai todos os dias a Paixão do Senhor. Nada contribui tanto para a santidade das pessoas como a Paixão de Cristo”. (São Boaventura) A vinda de Deus ao mundo nos revela a plenitude do ser humano feliz. Sua vida, morte e ressurreição nos garantem um novo sentido para a existência – uma vida feliz, destino último de nossa jornada, certeza de que a morte, o mal e o pecado foram vencidos pelo Senhor. A morte de Jesus já foi reproduzido de várias maneiras no cinema, nas pinturas e na encenação artística, por exemplo. Tem-se como costume em algumas paróquias realizar a encenação da Paixão de Cristo na Sexta-feira Santa, com o objetivo de resgatar os valores e ensinamentos de Jesus durante o momento de maior prova de seu amor por nós. Qualquer pessoa que percebe com mais facilidade a entrega de Jesus em sua morte, todos saem mais pensativos, e disposto fazer o seu papel em busca da salvação. Porém não é só quem assisti que aprende, todos que trabalham para fazer se surpreende com a dedicação, respeito e carinho que é necessário para representar com dignidade toda dor e sofrimento daquele momento.

As dificuldades de representar com respeito trazem alguns obstáculos. Horas de ensaios, de dedicação para montagem da estrutura, sempre dando mais trabalho do que planejado. E os atores? Bom, às vezes ouvimos que “a messe é grande, mas os trabalhadores são poucos”, mas não é nosso caso. A união de toda comunidade favorece muito o crescimento espiritual e o trabalho em equipe, inclusive para os mais tímidos. Fazer aulas de teatro ou assistir a espetáculos pode proporcionar vários benefícios para pessoas de todas as idades. Além de enriquecer o vocabulário e desenvolver os conhecimentos da trajetória do Deus Filho na terra, ajuda a refletir sobre si mesmo e sobre o mundo, tornando a pessoa mais crítica e aberta a diferenças e novidades. O teatro também aprimora a habilidade de se relacionar com os outros, por ser uma atividade coletiva. Ele também ensina a trabalhar em grupo, o que pode ser benéfico para o trabalho pastoral ou até para a carreira profissional. Outro benefício das aulas de teatro é o desenvolvimento da consciência corporal e da coordenação motora, uma boa razão para as crianças experimentarem as artes cênicas. A Páscoa é a festa principal da Igreja, a passagem da morte na cruz para a ressurreição. É a vitória de Cristo, plena e definitiva sobre a morte e sobre todos os males. Desse modo, a ressurreição de Jesus mudou totalmente a história da humanidade e de cada ser humano.

Foto: Grupo Lanteri

Peçamos que Cristo, ressuscitado, nos guie e nos anime, com seu Espírito Santo, para a construção de uma sociedade justa, humana e solidária!

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Encenação da Paixão de Cristo em nossa Arquidiocese Nesta edição do mês de abril a revista Voz da Igreja conversou com alguns grupos de nossa Arquidiocese para apresentá-los e divulgar as datas em que serão realizadas as apresentações. Sabemos que existem outros grupos em nossa arquidiocese e nos comprometemos a publicar em nosso site a divulgação das peças que chegarem em tempo hábil no e-mail comunicacao@arquidiocesecwb.org.br.

Grupo Arte e Vida Com o objetivo de evangelizar através da arte, em meados dos anos 2000 um grupo de jovens se reunia para encenar o teatro A Paixão de Cristo. Naquele mesmo ano, cerca de 200 pessoas assistiam ao grupo de jovens em cima de um caminhão. Após 17 anos, o grupo passou a contar com um elenco de mais de 200 integrantes e um público médio de 12 mil pessoas.

Foto: Grupo Arte e Vida

Hoje, o Arte e Vida produz sua 18ª encenação, que será apresentada na Rua da Cidadania do Bairro Novo. Coordenado por Gilberto Faria e Romildo Bairro, o grupo conta com Secretária, Comunicação, Administrativo/Comercial, Jurídico, Figurino, Cenário, Preparação de Elenco e Elenco. Os ensaios acontecem aos sábados e domingos, das 15h às 18h. • Neste ano a apresentação do grupo acontecerá no dia 14 de abril, a partir das 20 horas, na Rua da Cidadania do Bairro Novo - Rua Tijucas do Sul, 1700 – Sítio Cercado, Curitiba-PR.

Grupo JUMAS Com 36 anos de história, o grupo de jovens JUMAS começou a encenação de A Paixão de Cristo também no ano de 2000. Tendo como propostas o serviço ao próximo e à igreja e a evangelização de jovens e adolescentes por meio da apresentação de Jesus, o grupo chega a sua 17ª apresentação com o texto baseado nos evangelhos de São Marcos, tendo como base a conversão do Centurião romano: “Verdadeiramente este homem era Filho de Deus” (15, 39).

Foto: Grupo JUMAS

• A encenação acontecerá na Sexta-feira Santa, 14 de abril, na Paróquia Santa Madalena Sofia Barat – Rua Santa Madalena Sofia Barat, 725 – Bairro Alto, Curitiba-PR. A entrada é 1kg de alimento não perecível, que será revertido para as ações sociais realizadas na Paróquia.

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Grupo JUBAC Com sua maior alegria em evangelizar através da arte, o Grupo JUBAC surgiu no ano de 1990 para vivenciar a evangelização em seu bairro. Firmada com novas estruturas no ano de 2002, a encenação de A Paixão de Cristo completa quinze anos em 2017 e já conquistou um público fiel, que aprecia gratuitamente o espetáculo de duas horas de emoção e fé. Para que isso tudo aconteça da melhor maneira possível, alcançando o coração de cada espectador, a peça é montada com muito cuidado.

às 19 horas, no Centro da Juventude – Rua Pastor Antonio Polito, Boqueirão, Curitiba-PR.

Foto: Grupo JUBAC

• A encenação do Grupo JUBAC acontecerá no dia 14 de abril,

Grupo Jornada Jovem O grupo Jornada Jovem de Curitiba teve início em 1996. A jovem Mirele Meira inspirou-se em um retiro religioso do qual participou, onde foram realizados muitos momentos de reflexão. Nos dias 21, 22 e 23 de março de 1997 foi realizado o 1º JJ de Curitiba, tendo como Diretor Espiritual o Padre Antônio Bartolomeu. Tendo como slogan “Um Sonho, uma História, uma Missão” e lema “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelo seu irmão” (João 15:13), o grupo conta atualmente com 130 integrantes na equipe, que se renovam e aumentam todo semestre, após os retiros. No teatro A Paixão de Cristo, a participação da Jornada Jovem completa 11 anos em 2017. O grupo atua junto à comunidade na realização dos papéis, nos bastidores e também na Noite do Pastel, que acontece em paralelo ao teatro. • A apresentação acontecerá no dia 14 de abril, às 19:30, na (antiga Igreja Preta) – Rua Nicola Pellanda, 545, Bairro Pinheirinho, Curitiba-PR. Às 18 horas do dia 14, o grupo realizará a Via Sacra pelas ruas, que sairá da Comunidade Nossa Senhora das Graças – Rua Rosa Tortato, 56, esquina com Rua Emanuel Voluz – Bairro Pinheirinho, Curitiba-PR.

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Foto: Grupo Jornada Jovem

Paróquia e Santuário Nossa Senhora do Sagrado Coração


Entrevista com Grupo Lanteri Há mais de trinta anos o grupo Lanteri encena o teatro de A Paixão de Cristo. Com início em um bairro de periferia, o grupo, que começou com 45 pessoas envolvidas, hoje conta com mais de 1.200 voluntários entre atores, produção e equipe técnica. Exibida em palcos na Vila São Paulo, no Largo da Ordem, no Centro Cívico, BioParque e na Pedreira Paulo Leminski, a apresentação já recebeu milhares de espectadores. A apresentação neste ano será novamente na Pedreira Paulo Leminski, com expectativa de receber 20 mil espectadores. Será na sexta-feira santa, 14/04, às 19h. Confira abaixo a entrevista realizada com Aparecido Isabel Massi, diretor artístico e um dos fundadores do grupo.

• Para você, o que representa a peça de A Paixão de Cristo? A peça A Paixão de Cristo é uma grande aula de catequese, pois a gente tem um texto muito bem aprofundado, tudo musicalizado e ao vivo. A gente mexe com a religiosidade popular com muito respeito. Nós procuramos fazer pensando justamente no que queremos dizer para o público, porque queremos mexer com a fé das pessoas. • Qual o objetivo da peça? No texto eu procuro colocar cenas que têm a ver com o que sempre dizemos às 20 mil pessoas que nos assistem: nó queremos levar uma mensagem de luz para elas. É importante que a as pessoas vejam Jesus dizendo “Eu sou a luz do mundo”, mas não apenas isso, a gente também exemplifica por meio dos recursos de iluminação. Nós cristãos cremos numa vida eterna, então, acreditar em Jesus é não morrer jamais. A gente tem a possibilidade de falar da paz e do amor por meio dos recursos cênicos, falando com pessoas de outras religiões. O elenco inclusive tem pessoas de outras religiões que têm enorme prazer em participar. • Por que você acha que as peças de A Paixão de Cristo são tão populares? Todas as cenas têm um sentido catequético. É uma grande aula de catequese. Tenho um amigo que encontro todos os anos, ele ia aos espetáculos porque amava a Pedreira iluminada, a trilha sonora da Paixão de Cristo. Outros

• O que podemos esperar do ano de 2017? O texto desse ano vai ser como o do ano passado. Faremos na Pedreira e teremos contextualização cenográfica bem bonita. Vamos usar iluminação propícia e esperamos que cause um encantamento. A gente tem trabalhado neste cenário desde maio de 2016, com materiais reaproveitados, construímos cenário com os diversos tipos de doação. Arquidiocese de Curitiba | Abril 2017

Fotos: Arnaldo Alves / Grupo Lanteri

acham lindos os figurinos... Cada um tem suas razões.

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Família e Vida

DIÁCONO JUARES CELSO KRUM

ALEGRIA, RESSURREIÇÃO E FAMÍLIA

Renascimento, tempo de perdão e união familiar Quando se pensa que já se viu tudo, eis que surge aquela novidade, que deixa boquiabertos, surpresos, estupefatos até os mais liberais e que têm uma visão e postura relativistas. A mídia, de uma forma geral, traz notícias e destaques que mostram a parte negativa, as sombras, o lado podre da humanidade. A impressão que fica é que para ter audiência ou vender jornal e/ou revista é necessário dar destaque para a podridão e outras coisas negativas e chocantes. Então, não existe o lado bom, luminoso, satisfatório, alegre? É claro que existe e, em especial para os cristãos. CRISTÃOS com letras maiúsculas. Que de fato vivem o seu batismo e sua fé, pois como diz o Papa Francisco: “A alegria do Evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus. Com ele, a alegria renasce sem cessar” (cf. EG, n. 1), pois “todos os cristãos, em qualquer lugar e situação que se encontrem, estão convidados a renovar hoje mesmo o seu encontro pessoal com Jesus Cristo ou, pelo menos, a tomar a decisão de se deixar encontrar por ele, de procurá-lo dia a dia, sem cessar. Não há motivo para alguém pensar que esse convite não lhe diz respeito, já que ‘da alegria trazida pelo Senhor ninguém é excluído’” (cf. EG n. 3). “Alegre-se o coração dos que buscam o Senhor!” (Sl 105,3) Alegria, que de acordo com o dicionário é um estado de satisfação extrema; sentimento de contentamento ou de prazer excessivo; a condição de satisfação da pessoa que está contente (alegre).

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A alegria é a atitude que deve estar presente no dia a dia da vida cristã. Essa alegria que deve se expandir e contagiar é a palavra que resume a festa da Páscoa. Neste tempo pascal, ela recebe atenção especial, principalmente nos momentos celebrativos. Sem esquecer que é preciso viver as virtudes humanas para que se possa ter uma vida moralmente boa com mais facilidade, domínio e alegria. Diz o Papa Francisco que no matrimônio, convém cuidar da alegria do amor e que a alegria expande a capacidade de desfrutar e permite-nos encontrar prazer em realidades variadas, mesmo nas fases da vida em que o prazer se apaga. (cf. AL, n. 126). Isso nos lembra o ambiente da família, em que é preciso aprofundar a vivência do amor e do perdão. Em 2015 o Papa Francisco disse algo muito importante sobre o perdão na família: “Não existe família perfeita! Não temos pais perfeitos, não somos perfeitos, não nos casamos com uma pessoa perfeita nem temos filhos perfeitos. Temos queixas uns dos outros. Decepcionamos uns aos outros. Por isso, não há casamento saudável nem família saudável sem o exercício do perdão. O perdão é vital para nossa saúde emocional e sobrevivência espiritual. Sem perdão a família se torna uma arena de conflitos e um reduto de mágoas. Sem perdão a família adoece. O perdão é a assepsia da alma, a faxina da mente e a alforria do coração. Quem não perdoa não tem paz na alma nem comunhão com Deus. A mágoa é um veneno que intoxica e mata. Guardar mágoa no coração é um gesto autodestrutivo. É autofagia. Quem não


perdoa adoece física, emocional e espiritualmente. É por isso que a família precisa ser lugar de vida e não de morte; território de cura e não de adoecimento; palco de perdão e não de culpa. O perdão traz alegria onde a mágoa produziu tristeza; cura, onde a mágoa causou doença”. Portanto, impregnados do espírito pascal, que vive de uma forma particular sete semanas começando neste mês de abril, mas que deve perdurar e renovar-se a cada dia, o ano inteiro, façamos nossa a afirmação de que: “toda a vida da família é um ‘pastoreio’ misericordioso. Cada um, cuidadosamente, desenha e escreve na vida do outro: ‘Vós é que sois a nossa carta, escrita em nossos corações (...) não com tinta, mas com o Espírito de Deus vivo’ (2Cor 3, 2-3). Cada um é um ‘pescador de homens’ (Lc 5, 10) que, em nome de Jesus, lança as redes (cf. Lc 5, 5) para os outros, ou um lavrador que trabalha nesta terra fresca que são os seus entes queridos, incentivando o melhor deles. A fecundidade matrimonial implica prover, porque ‘amar uma pessoa é esperar dela algo indefinível e imprevisível; e é, ao mesmo tempo, proporcionar-lhe de alguma forma o meios para satisfazer tal expectativa’” (AL, n. 322). Assim fazendo, “alegrai-vos porque os vossos nomes estão inscritos nos céus” (cf. Lc 10, 20).

EXPEDIENTE COMISSÃO DA FAMÍLIA E VIDA: Assessor Eclesiástico: Diácono Juares Celso Krun Sonia Biscaia – soniaabs@arquidiocesecwb.org.br / 2105-6309

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Dimensão Missionária

Lançamento da 5ª Jornada Nacional da IAM A Pontifícia Obra da Infância e Adolescência Missionária (IAM) acaba de divulgar o cartaz oficial de sua 5ª Jornada Nacional. A iniciativa acontece todos os anos no último domingo de maio para marcar o aniversário de fundação da Obra, criada na França por Dom Carlos de Forbin-Janson em 19 de maio de 1843. Neste ano, a Jornada será celebrada no dia 28 de maio com o tema “IAM do Brasil a serviço da missão na Oceania”. “Cada Jornada destaca um continente para conhecer melhor sua realidade de missão, rezar e enviar as ofertas das crianças e adolescentes”, recorda a irmã Patrícia Souza, secretária nacional da IAM. “Este ano estamos concluindo o ciclo dos cinco continentes e com alegria, os grupos da IAM estarão em comunhão com a Oceania”.

Cartaz

Histórico

O cartaz da 5ª Jornada destaca o azul com as ondas que recordam a água, uma realidade predominante na Oceania, continente formado por mais de 10 mil ilhas e banhado pelos oceanos Índico e Pacífico. Na arte central, um menino vestido de azul carrega a Palavra de Deus, caminhando ao lado de representantes dos outros continentes.

A 1ª Jornada Nacional da IAM aconteceu no dia 26 de maio de 2013, com o tema: “IAM da América a serviço da Missão”, e o lema: “Vocês são meus amigos” (Jo 15,14). A Jornada foi celebrada na abertura do Ano da IAM no Brasil realizado entre os meses de maio de 2013 e maio de 2014, e organizado para marcar os 170 da fundação da Obra.

A Oceania é formada por 14 países, sendo a Austrália, Nova Zelândia e a Papua Nova Guiné, os mais conhecidos. Com cerca de 37 milhões de habitantes o continente tem apenas 16 milhões de cristãos. O cartaz destaca ainda o sol e elementos da natureza que lembram a biodiversidade e ao mesmo tempo a alegria.

A 2º Jornada Nacional da IAM foi celebrada no dia 25 de maio de 2014 com o tema “IAM da América a serviço da Missão na África”.

Atividades

A 4ª Jornada Nacional da IAM foi celebrada no dia 29 de maio de 2016 com tema “IAM do Brasil a serviço da Missão na Europa”.

Na Jornada é realizada uma celebração especial que inclui a consagração das crianças e adolescentes; entrega do lencinho e do escudo da IAM com a borda azul para recordar a Oceania e a coleta do Cofrinho com a oferta das crianças. Em seguida, os coordenadores conferem os cofrinhos e enviam o resultado ao Secretariado Nacional da IAM, em Brasília (DF) que, por sua vez, destina o montante arrecadado aos países mais necessitados da Oceania. As dioceses e paróquias já começaram a sua preparação, conforme relata Marina Aranha, assessora da IAM em São Francisco do Sul (SC): “Aqui preparamos esse momento com muito carinho, com o coração cheio de gratidão por estarmos formando verdadeiros missionários com grandes ensinamentos que esta Obra nos propõe”.

A 3ª Jornada Nacional da IAM aconteceu no dia 31 de maio de 2015 com o tema “IAM na América a serviço da missão na Ásia”.

Na Arquidiocese de Curitiba, as consagrações acontecerão em 3 momentos: Dia 21/05 – Consagração no Setor Norte – Paróquia Nossa Senhora da Saúde, Comunidade Santo Antônio; Dia 27/05 – Consagração no Setor Centro-Oeste – Paróquia Nossa Senhora da Piedade; Dia 28/05 – Consagração no Setor Sul – Paróquia São Cristóvão.

EXPEDIENTE

COMISSÃO DIMENSÃO MISSIONÁRIA: (41) 2105-6375. comidi@arquidiocesecwb.org.br / Patryck Madeira

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Pascom

2º Mutirão Paranaense de Comunicação será promovido pela Arquidiocese de Curitiba Tendo como fonte o Diretório de Comunicação (Documento 99 da CNBB), as missões populares e permanentes, o Ano da Misericórdia, a mensagem do Papa Francisco para o 50º Dia Mundial das Comunicações Sociais e Encontro Nacional da Pastoral da Comunicação, cujo tema é “Comunicação e Liturgia”, a Arquidiocese de Curitiba promoverá nos dias 7 a 9 de julho de 2017 o 2º Muticom – Mutirão Paranaense de Comunicação.

da área, presbíteros, religiosos, leigos engajados com a comunicação, jovens e adolescentes. Com o tema “Comunicação e Evangelização”, o 2º Muticom contará com palestras, oficinas, feira pastoral e vocacional, celebrações e atividades culturais. Todas as atividades acontecerão nas dependências da FAE – Centro Universitário e Colégio Bom Jesus, em Curitiba.

O objetivo do encontro é articular, motivar e intensificar a comunicação entre as pastorais da Igreja e nossas comunidades paroquiais, considerando os processos e meios de comunicação, além das novas tecnologias, sobretudo o Diretório de Comunicação que orienta e atende as necessidades da preparação dos agentes atuantes na PASCOM, com o foco na catequese, juventude e liturgia.

Inscreva-se!

O evento será aberto à participação de agentes de pastorais das paróquias, movimentos, associações e ONGs, profissionais da comunicação, professores e estudantes

No site www.muticompr.com.br você encontrará mais informações sobre o evento, a programação completa e o formulário de inscrições.

PALESTRANTES A motivação e pistas para inovações na Evangelização Palestrante: Daniel Godri Júnior A Inteligência Espiritual através do Meios de Comunicação aplicada na Evangelização. Palestrante: Frei Rogério - Fundador da Pastoral do Empreendedor

As Técnicas profissionais dos meios de comunicação ( TV e rádio) aplicadas na Evangelização. Palestrante: Hudson José

Maestria na arte de se comunicar A essência do processo de Comunicação Palestrante: Professor Jair Passos

O Mutirão de Comunicação é organizado pela PASCOM, com o apoio das Paróquias e seus membros, Dioceses vizinhas e setores Juventude, Catequese e Liturgia.

OFICINAS • Comunicação na Liturgia • Comunicar e Vivenciar a misericórdia na Liturgia • Uso dos dispositivos móveis aplicados no encontro catequético • Comunicação a serviço da Catequese • Mídias Digitais • Texto jornalístico para web • Técnicas vocais • A interação do comunicador no espaço litúrgico • Novas formas de aplicar os encontros • Juventude e esporte • Como colocar seus talentos a serviço da comunidade e da vocação • Fotografia Religiosa • Vivência dos símbolos mistagógicos • Uso das redes sociais para a Evangelização • Comunicar e vivenciar a misericórdia na Catequese • Artes Cênicas • Comunicar e vivenciar a misericórdia na Juventude

EXPEDIENTE PASTORAL DA COMUNICAÇÃO: pascom@arquidiocesecwb.org.br. (41)9999-0121 | Coordenador: Antonio Kayser

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Painel do Leitor

Exposição sobre o Santo Sudário em Curitiba A partir do dia 06 de abril, a PUCPR recebe a exposição internacional “Quem é o homem do Sudário”, que já percorreu diversos países apresentando a reconstituição da trajetória do Sudário de Turim, por meio de réplicas de elementos datados da antiguidade. A mostra segue até o dia 3 de junho e acontece no prédio da Tribuna, na PUCPR. Entrada Gratuita! Dividida em cinco fases, a mostra contém uma réplica do Sudário de Turim, em tamanho original de 4,41m x 1,13m, réplicas da tumba, pregos, flagelos e da coroa de espinhos. As olhos do Homem do Sudário, são originais da época da Palestina.

Clero da Arquidiocese de Curitiba reunido O primeiro encontro de todo o Clero da Arquidiocese de Curitiba no ano, realizado no dia 7 de março, foi um momento de integração e de partilha. A atividade contou com conversas conduzidas pelo Arcebispo Dom José Antônio Peruzzo e pelo Padre Alexsander Cordeiro, coordenador da Ação Evangelizadora, que falou sobre temas diversos relacionados à Evangelização.

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Foto: Veronica Pontes/Divulgação

moedas, cuja impressão encontra-se sobre os


Nova coordenação do clero diocesano Em 20 de março o clero diocesano da Arquidiocese de Curitiba realizou, no Seminário Menor São José, sua primeira reunião em 2017. O clero diocesano se reúne desde a década de 60 no Seminário São José, local onde nasceram as primeiras reuniões do clero em nossa Arquidiocese. Nesta reunião aconteceu a eleição da nova coordenação do clero diocesano. O Pe. Juarez Lopes Rangel, pároco da Paróquia São Braz, foi eleito o novo coordenador e o Padre Osmair José Prestes, pároco da paróquia Santíssimo Sacramento, foi eleito vice coordenador. Desejamos frutíferos trabalhos à nova coordenação. Que Nossa Senhora da Luz conduza os passos do clero de nossa Igreja Particular.

Movimento do terço dos Homens da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora completa um ano O Movimento do Terço dos Homens da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, no Sítio Cercado, celebrou no dia 6 de março seu primeiro ano de existência. Em 5 de março de 2016, quando houve a visita da Imagem Peregrina de Nossa Senhora Aparecida na Paróquia, 12 senhores que estavam em vigília aos pés da imagem tiveram a inspiração de implantar o movimento. Aprovado pelo Pároco, Padre João Roberto Garbosa, o movimento foi implantado e desde então a devoção é realizada todas as segundas-feiras.

Coordenação da Pastoral do Povo de Rua se reuniu em Curitiba A Pastoral do Povo de Rua tem Cristo como centro de sua missão, e conduzida pela sabedoria do Espírito Santo é chamada a dar continuidade ao mandado do Senhor: “Porque tive fome, e destesme de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e foste me ver” (Mt 25,35-36). Foi com esse espírito que a Coordenação da Pastoral realizou seu encontro mensal no dia 18 de março, sábado, na comunidade matriz São João Batista, no Rebouças, para um momento de reflexão e diálogo sobre suas ações.

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Painel do Leitor

Workshop Pastoral: uma ideia para todas as Paróquias Com o objetivo de informar e instruir as crianças, adolescentes e pais sobre o carisma e as atividades das pastorais, foi realizado no dia 18 de março na Paróquia Santa Teresinha de Lisieux o Workshop Pastoral. Participaram do Workshop cerca de 800 crianças das 15 comunidades da paróquia, sendo 400 de manhã e 400 à tarde. Entre todos os participantes a satisfação era notória, bem como o interesse dos jovens por conhecer e se aprofundar ainda mais nas atividades das pastorais e movimentos. O evento serviu também como forma das pastorais conhecerem o trabalho umas das outras e aproveitarem o momento para interagir.

Encontro Arquidiocesano de Formação sobre a Semana Santa e o Tríduo Pascal A Comissão de Liturgia da Arquidiocese de Curitiba realizou em 11 de março o Encontro Arquidiocesano de Formação sobre a Semana Santa e o Tríduo Pascal. O evento contou com presença de agentes de pastoral, coordenadores da pastoral litúrgica, dos coroinhas, dos Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão, de animação e canto litúrgico, entre outros interessados em aprofundar-se no assunto. O encontro atendeu ao que diz o documento conciliar Sacrosanctum Concilium (108), que nos

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exorta a orientar o espírito dos fiéis em primeiro lugar para as festas do Senhor, de modo muito especial para a celebração da Sua Páscoa.


Paróquia em Destaque

A Paróquia Nossa Senhora Aparecida está situada no bairro Uberaba, entre a Avenida das Torres e a BR277, na divisa com São José dos Pinhais. Possui oito comunidades e uma população de 30 mil pessoas. Estamos vivenciando um momento único em nossa Paróquia. Além do visível fortalecimento das ações litúrgicas e pastorais, as quais tornam cada vez mais uma “comunidade de comunidades”, é chegada a tão esperada hora de concretizarmos o sonho da construção do novo complexo paroquial. A construção da casa Mãe Aparecida, com 2.400m², será a experiência do Ressuscitado que passou pela cruz, e tem importância particular para a comunidade. A maior construção deve acontecer primeiro no coração de cada paroquiano, dando respostas de testemunho de Jesus Cristo. Somos abençoados com o Ano Mariano e Maria, a grande missionária do Pai, vai nos conduzindo para lindas experiências missionárias. Neste clima, estamos nos preparando para celebrar no mês de fevereiro de 2018 os 25 anos da criação da paróquia com as bênçãos da Mãe Aparecida. Nossas comunidades estão empenhadas numa Igreja em saída a partir da chave missionária “O que vimos e ouvimos isso vos anunciamos” (cf. 1 Jo. 1,3). No último domingo de cada mês nossas lideranças realizam as tardes missionárias, visitando as famílias do território paroquial. As visitas são feitas mediante as formações missionárias e a exemplo dos apóstolos vão de dois em dois seguindo estas orientações: Pedro – prestar

PADRE JOÃO ADEMIR Paróquia Nossa Senhora Aparecida

atenção nos detalhes; André – Começar as visitas pelas lideranças e depois alcançar as famílias da comunidade; Tiago – conhecer as pessoas mais profundamente; João – levar alegria, ser cordial e chamar para a Igreja; Mateus – humilde; Bartolomeu – clareza e transparência; Felipe – estar pronto para ajudar; Tomé – não se precipitar em resolver, saber ouvir e servir; Judas Tadeu – conquistar com alegria; Tiago – demonstrar felicidade em servir a Deus; Simão – demonstrar confiança, fazer uma leitura bíblica; Matias – voltar à capela, fazer uma avaliação da missão e planejar a próxima. As orientações arquidiocesanas se fazem presentes no agir missionário através da iniciação à vida cristã, com as entregas realizadas ao longo dos cinco anos e os sacramentos no período pascal. Temos, ainda, a iniciação à vida cristã para adultos conforme as orientações do RICA, com um ano de preparação e a entrega dos sacramentos na vigília pascal. Depois de muito tempo nos preparando, começamos os encontros personalizados para noivos e batismo. Destaco ainda o trabalho que é feito com coroinhas e acólitos – ao todo temos um grupo de mais de cem. Há dois anos iniciamos a pastoral da Pessoa Idosa, capacitando lideranças para visitas aos irmãos idosos que não podem mais ir à Igreja porque as condições físicas de muitos deles não permitem. Nas oito comunidades temos os conselhos pastorais e econômicos. Agradeço às centenas de lideranças que temos. Juntos vamos construindo o Reino de Deus guiados pela nossa Mãe Aparecida. O meu afetuoso abraço a todos e feliz Páscoa!

Neste Ano Mariano, destacamos a cada edição uma das paróquias Nossa Senhora Aparecida da Arquidiocese de Curitiba. Arquidiocese de Curitiba | Abril 2017

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Adquira as produções da Arquidiocese de Curitiba CAMINHANDO 30

Subsídio para grupos de reflexão nas famílias para o ano litúrgico

Além do novo formato, o Caminhando 30 tem outra novidade: a possibilidade de adquirir um CD (audiobook), como guia da Leitura Orante da Palavra de Deus. São atualmente 3 fascículos – Tempo Comum 1, Tempo Comum 2, e Quaresma e Páscoa: Cada fascículo é vendido ao preço de R$ 2,00 CD (audiobook): R$ 5,00.

Contato: sac@arquidiocesecwb.org.br (41) 2105 6325


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