Revista Voz da Igreja Agosto 2016

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No mês das vocações, celebramos os 90 anos de vida e 50 de Bispo de nosso arcebispo emérito

Dom Pedro Fedalto

Veja também Jubileus e Ordenações Celebramos os 50 anos de vida presbiteral de padres de nossa Arquidiocese e também novas ordenações + artigos e novidades de nossa Arquidiocese

Liturgia do Sacramento da Ordem Confira artigo sobre este sacramento que pode ser ministrado em três graus: episcopado, presbiterado e diaconado

Nota Paraná Uma forma fácil de contribuir com entidades sociais


Ação Evangelizadora

CENTRO PASTORAL

Dom José Antônio Peruzzo Arcebispo da Arquidiocese de Curitiba

Editorial “A verdade na caridade”. Este é o lema de nosso arcebispo emérito, Dom Pedro Fedalto, a quem dedicamos esta edição da Revista Voz da Igreja. No mês das vocações lançamos o convite para a celebração de seus 90 anos de vida e 50 de Bispo, que acontece em 27 de agosto, na Catedral Metropolitana. Por meio desta edição da revista convidamos a todos para conhecer um pouco mais da história do 4º arcebispo de Curitiba. Seguindo a proposta de refletir sobre o tema vocações, apresentamos nesta edição o jubileu de 50 anos de padres de nossa arquidiocese e a ordenação de padres e diáconos. Vocação é um chamado, mas a transmissão da fé aos filhos está nas famílias, sendo assim apresentamos uma reflexão sobre as famílias. O tema também está presente no texto da Catequese, pois ser catequista é dom de Deus, é vocação, é missão. Além destas reflexões especiais referentes ao mês de agosto, trazemos ao leitor novidades diversas em nossa Arquidiocese. A PASCOM nos traz um resgate sobre a celebração dos 30 anos da Guarda Municipal de Curitiba, o Setor juventude convida para o DNJ 2016 no início de setembro, a Dimensão Social convida para uma reflexão sobre o cristão e as eleições e a Dimensão Missionária mostra como foi a Formação Missionária de Seminaristas e Presbíteros. Ainda trazemos nesta edição uma série de notícias e convites para participar de ações como o VIII Mutirão de Ação Solidária da Pastoral da Saúde e do 1º Fórum Ecosolidariedade de Responsabilidade Socioambiental. Desejamos a todos uma boa leitura e finalizamos este breve editorial com mais um convite – para que a comunidade possa sempre mandar comentários e sugestões de textos para nossa Revista. Permaneçamos em Cristo, procuremos ser sempre um só com Ele e o sigamos imitando-o em seu movimento de amor.

Fale Conosco ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO Rua Jaime Reis, 369 - São Francisco 80510-010 - Curitiba (PR) Responsável: Teodoro Travagin – 5531 (DRT-PR) Fones / Fax: (41) 2105-6343

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A revista Voz da Igreja é uma publicação da Arquidiocese de Curitiba sob a orientação da Assessoria de Comunicação CONSELHO EDITORIAL - Arcebispo da Arquidiocese de Curitiba Dom José Antônio Peruzzo | Bispo da Arquidiocese de Curitiba: Dom José Mário Angonese | Chanceler: Pe. Jair Jacon | Ecônomo da Mitra: Pe. José Aparecido Pinto | Coordenador da Ação Evangelizadora: Pe. Alexsander Cordeiro Lopes | Coordenador geral do clero: Pe. Rivael de Jesus Nacimento | Jornalista responsável: Teodoro Travagin | Assessoria de Comunicação: Sintática Comunicação | Revisão: Aline Tozo | Revisão Teológica: Pe. Roberto Nentwig | Colaboração voluntária: 12 Comissões Pastorais| Apoio: Centro Pastoral | Projeto gráfico e diagramação: Sintática Comunicação | Impressão: Gráfica ATP - Tiragem: 10 mil exemplares.

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Agenda Mensal dos Bispos Agosto/2016

Arquidiocese de Curitiba | Agosto 2016

01 • Abertura do Segundo Semestre Letivo na PUCPR • Palestra para o Clero da Arquidiocese na PUCPR 02 • Programa Conhecendo a Palavra, na TV Evangelizar • Expediente na Cúria 03 • Fundação no MOVEC- Curitiba, na Igreja Luterana 04 • Missa de Jubileu na Paróquia Senhor Bom Jesus, no Cabral 05 • Missa no Santuário da Divina Misericórdia • Expediente na Cúria 06 • Ordenações Diaconais na Paróquia Nossa Senhora da Salette 07 • Missa na Paróquia Senhor Bom Jesus, na Ferraria 08 • Curso para os Novos Bispos, em Brasília- DF 09 • Retiro para o Clero de Nova a 12 Iguaçú- RJ 12 a • Atividade da Comissão Bíblico 15 Catequético, em Quito Equador 16 • Expediente na Cúria • Visita no Seminário Propedêutico 17 • Visita no Seminário Bom Pastor

18 • Visita no Seminário São José 19 • Visita no Seminário Rainha dos Apóstolos 20 • Palestra para a CRB- PR • Crisma na Paróquia Sagrada Família, em Colombo 21 • Retiro para os Seminaristas Filósofos, no Seminário Bom Pastor 22 a • Reunião do Conselho Perma25 nente, em Brasília- DF 26 • Reunião do Setor Colombo, na Paróquia Sagrada Família • Reunião dos Formadores, no seminário Rainha dos Apóstolos • Ordenação Presbiteral do Diác. Tiago Polonha, na Paróquia Nossa Senhora do Amparo 27 • Missa de Jubileu de Dom Pedro Fedalto 28 • Missa na Paróquia São João Batista Precursor 30 • Reunião da Equipe de Pastoral do Regional Sul II da CNBB 31 • Expediente na Cúria • Evento na PUCPR, 60 anos do Curso de Direito

Dom José Mário Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Curitiba Região Episcopal Norte 03 • Expediente na Cúria 04 • Reunião do Setor Cabral, na Paróquia Nossa Senhora Medianeira de Todas as Graças • Missa no Seminário Propedêutico 05 • Missa no Santuário da Divina Misericórdia • Ordenação Diaconal, na Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora 06 • Ordenação Diaconal, na Paróquia São Pedro Apóstolo – Xaxim • Crismas na Paróquia Profeta Elias 07 • Crisma no Santuário São Judas Tadeu • Missa no Santuário Nossa Senhora de Fátima 09 • Reunião da APAC • Expediente na Cúria 10 • Missa em Louvor a São Lourenço, na Paróquia São Francisco de Paula 11 • Retiro para os Seminarista Teólogos, no seminário Rainha dos Apóstolos • Crisma na Paróquia São Marcos 12 • Missa na Cúria • Investidura dos MESCES do Setor Santa Felicidade, na Paróquia São José 13 • Ordenação Diaconal, no Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro • Crisma na Paróquia São Pedro Apóstolo, em Itaperuçu

14 • Crisma na Paróquia Santo Inácio • Benção do Novo Altar da capela São Roque, na Paróquia Santa Edwiges 18 • Expediente na Cúria 19 • Reunião do Setor Almirante Tamandaré, na Paróquia Santana 20 • Crismas na Paróquia Santa Teresinha de Lisieux 21 • Missa no Carmelo • Caminhada com as Famílias no Santuário da Divina Misericórdia • Missa na Paróquia Santa Edwiges 24 • Expediente na Cúria 26 • Reunião do Setor Colombo, na Paróquia Sagrada Família • Reunião dos Formadores, no Seminário Rainha dos Apóstolos • Ordenação Presbiteral do Diác. Tiago Polonha, na Paróquia Nossa Senhora do Amparo 27 • Missa no Jubileu de Dom Pedro 28 • Crisma na Paróquia Santíssima da Trindade • Encontro da Região Episcopal Norte – EREN, no Colégio Santa Maria 30 • Missa no Hospital Cajuru • Formação na Paróquia São José das Famílias 31 • Expediente na Cúria


Palavra do Arcebispo

DOM JOSÉ ANTÔNIO PERUZZO Arcebispo da Arquidiocese de Curitiba

Gratidão a Dom Pedro Fedalto Em fins de agosto celebraremos o aniversário de vida e o Jubileu de Ouro episcopal do nosso caríssimo Arcebispo Emérito, Dom Pedro Fedalto. Festejos assim movem nosso pensamento a temas como gratidão, homenagem, reconhecimento. As atenções se voltam ao protagonista: sua história, seus traços humanos, seus feitos. Afinal, quem não sabe ser grato, jamais será justo.

era crítica amarga. Era a dor paterna por ver que a grandeza do sacerdócio não fora corretamente percebida. Sentia-se golpeado ao ver que, naquele caso, sacerdócio e sentido da vida pareciam esvaziar-se mutuamente. Isso lhe doía. Mas sofria, igualmente, ao ver que um “padre dos seus” partia para caminhos incertos. Era como se percebesse pobre para ajudar. O compassivo via-se ferido.

Mas em vez de falar em tom agradecido de Dom Pedro e de suas realizações, quem sabe possamos olhar para a Arquidiocese e para nós, agraciados que fomos e que somos por seu pastoreio e pela preciosidade de sua presença. Também esta é uma perspectiva válida, pois educa a nossa memória afetiva para o legado deixado por pessoas de grande fidelidade.

Foi-me também agraciado poder ver o homem simples, Dom Pedro, saber de críticas que lhe eram assacadas. Algumas eram mordazes. Muito. Claro, tudo isso o abalava, pois a cordialidade era seu modo bastante singular de ser fraterno. Mas suas reações não premiavam a retaliação. As energias interiores ele as reservava para agir de modo evangélico. Seu silêncio não era capitulação. Tinha os traços do Mestre a quem seguia. E o Mestre, o Senhor de que aceitara o sacerdócio, mais do que combater adversários, defendia a proximidade a quem estava em busca de Deus. Assim quis fazer o discípulo Arcebispo de Curitiba.

Em uma página que pretende falar com gratidão, seria de boa lógica destacar aquelas qualidades pessoais de maior evidência. E logo buscaríamos resultados, eficiências, triunfos, conquistas... Mas, em casos assim, aparecem mais o sujeito e suas competências. Prefiro salientar a grandeza da causa que ele testemunhou. Começo por algumas que contemplei. Já vi Dom Pedro se comover ante o sofrimento do outro. E este “outro” nada tinha. Aproximou-se dele, falou, ouviu. Chamou alguém. Sua mão foi ao bolso. O necessitado foi levado para onde precisava. Foi socorrido. Eu soube depois que atitudes assim não eram incomuns. Também já o vi profundamente contristado porque um padre, que ele ordenara, lhe comunicara a decisão de deixar o ministério. Sua prostração não

Como para todos, o tempo lhe passou veloz. Ainda lhe parece célere demais para tanto bem que deseja praticar. Mas hoje vemos um “Vovô afável”, em paz com sua história pessoal e com seu ministério. Portou-se com profunda lealdade ao seu Senhor, à sua Igreja, à sua missão. Não tenho dúvidas em afirmar que tudo o que recebeu também ofereceu. Viu-se agraciado e muito agraciou. Hoje vejo, quase todos os dias, quanto amam nosso querido Dom Pedro Fedalto. Seu testemunho de amor à Igreja move a Igreja a muito lhe querer.

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Palavra de Dom Pedro

DOM PEDRO ANTÔNIO MARCHETTI FEDALTO Arcebispo Emérito de Curitiba

90 Anos de Vida e Jubileu de Ouro de Minha Ordenação Episcopal

No mês vocacional de agosto de 2016, ao completar 90 anos de idade e 50 de Bispo, volto-me para Deus a fim de entoar o mais profundo hino de ação de graças por tudo o que recebi do Senhor Deus Pai, por meio de seu Filho Jesus Cristo no dom do Espírito Santo. Na minha longa existência, Nossa Senhora do Carmo sempre me acompanhou e protegeu com seu carinho de Mãe, através do Escapulário, tendo-o recebido desde criança. Como seminarista no curso de Teologia, inscrevi-me na Ordem Terceira Carmelita, fazendo a profissão, como presbítero com Frei Bartolomeu Bewer, Carmelita, a 08 de dezembro de 1955, na igreja de Nossa Senhora do Carmo, no Boqueirão, Curitiba. O Superior Geral Carmelita, Frei Falco Thuis, afilhou-me à Ordem Primeira Carmelitana, sem ter feito o noviciado, a 11 de fevereiro de 1978. Depois de Deus e Nossa Senhora do Carmo, confesso-me profundamente grato a meus pais Jacob (Giácomo) Fedalto e Corona Marchetti, que me deram a vida e uma sólida educação cristã. Juntamente com ele, sou sinceramente grato a meus irmãos, cunhado, cunhadas, sobrinhos e sobrinhas, até sobrinhos netos.

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Um agradecimento especialíssimo devo a Dom Manuel da Silveira D’Elboux, que me ordenou presbítero, a 06 de dezembro de 1953. Minha primeira nomeação foi ser seu secretário, vivendo com ele de 20 de janeiro de 1954 até sua morte, a 05 de fevereiro de 1970. Foi ele que me ensinou a ser padre e bispo, indicando-me para ser seu Bispo Auxiliar, ordenado, a 28 de agosto de 1966 e insistindo veemente com o Núncio Apostólico, Dom Umberto Mozzoni, para permanecer seu Bispo Auxiliar em 1969, até a morte pouco depois. Quero incluir em meu agradecimento meus sucessores Dom Moacyr José Vitti, de saudosa memória e Dom José Antônio Peruzzo e meus seis Bispos Auxiliares, Dom José Joaquim Gonçalves, Dom Albano Bortoletto Cavallin, Dom Domingos Gabriel Wisniewski, CM, Dom Ladislau Biernaski, CM, Dom Moacyr Jose Vitti, CSS e Dom Sérgio Arthur Braschi, Bispos do Paraná, Brasil e América Latina, presbíteros, diáconos, religiosos, religiosas, seminaristas e leigos e desde que sou emérito aos Padres do Seminário S. José.

Entre os agradecidos, incluo com muita gratidão meu professor do curso primário e catequista Luiz Lorenzi, que me encaminhou ao Seminário São José de Curitiba.

É com muita veneração que saúdo os Papas: Paulo VI, nomeando-me Bispo Auxiliar e Arcebispo de Curitiba, S. João Paulo II, com profunda gratidão pela visita a Curitiba, 05 e 06 de julho de 1980, o Papa Bento XVI, encontrando-me em Roma, a 16-11-2005 e o Papa Francisco em sua visita ao Brasil, em Aparecida, na Jornada Mundial da Juventude, 24-07-2013.

Sou muito grato a meus formadores do Seminário São José os Padres Lazaristas (Vicentinos) e igualmente aos formadores do Seminário Central da Imaculada Conceição do Ipiranga, S. Paulo, nos cursos de Filosofia e Teologia.

Quero nestas duas datas tomar com toda a sinceridade as palavras do Evangelho de S. Lucas, 17,10: “Assim também vós, quando tiverdes cumprido todas as ordens, dizei: Somos servos inúteis, fizemos apenas o que deviamos cumprir”.

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Juventude

MURILO MARTINHAKI Secretário do Setor Juventude

DNJ 2016 – Juventude, Missão e Misericórdia Jovens! Mais um Dia Nacional da Juventude (DNJ), vem aí. E todo aquele, aquela que tem força e vigor de Deus e amor pelo próximo é chamado a estar conosco nos dias 2,3 e 4 de Setembro no Santuário da Divina Misericórdia, vivendo uma experiência com Deus e a juventude, celebrando o 31º DNJ. As reflexões propostas para este ano partem do lema do Ano Jubilar da Misericórdia: "Misericordiosos como o Pai"(Lc 6,36) também do tema e lema da Jornada Mundial da Juventude 2016, que se encerrou há poucos dias: " Bem aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia" (Mt 5,7). O Papa Francisco nos exorta: “É o tempo para a Igreja reencontrar o sentido da missão que o Senhor lhe confiou no dia da Páscoa: ser sinal e instrumento da misericórdia do Pai” (cf. Jo 20, 21-23). Cheios do Espírito Santo e de amor pela missão, mais uma vez faremos a experiência de saída, ou seja, visitaremos os moradores da comunidade paroquial para levarmos a palavra de Deus, a bênção e também a disposição para conversar e conhecer a realidade do outro. A CNBB propõem há alguns anos, para o DNJ, experiências missionárias, e a Arquidiocese de Curitiba vem também há algum tempo trabalhando a missão como principal ação concreta da juventude dentro da realidade paroquial nos dias em que se reúne para o Dia Nacional da Juventude. Diversos testemunhos de superação, alegria, aprendizado e gratidão foram dados pelos jovens que fizeram essa experiência ano passado, e com o empenho da co-

munidade que já se prepara para nos acolher e o entusiasmo Jovens em caminhada pelo bairro fazendo as visitas missionárias - DNJ 2015 da juventude que ama se reunir, com certeza muitas maravilhas e frutos serão deixados na comunidade e no coração daqueles que receberem os jovens em suas casas. Muitas outras atividades como música, dança, partilha em grupo Jovens em um momento de também acontecerão partilha em grupo e serão marcantes na vida de todos aqueles que participarem deste DNJ que já está mergulhado na misericórdia e na graça de Deus. Todos os adolescentes e jovens a partir de 13 anos já estão convidados a se inscreverem no link que está na página do Setor Juventude desde 1º de Agosto ou também pelo e-mail dnjcwb2016@gmail.com. Acompanhe as formações e maiores informações do evento na nossa página do Facebook ou no site www.arquidioceseemmissao.org.br/ juventude. Até Lá! Data: 2,3 e 4 de Setembro Local: Santuário da Divina Misericórdia Endereço: Estr. do Ganchinho, 570 - Umbará, Curitiba/PR

EXPEDIENTE Jovens celebrando a alegria do DNJ com o Arcebispo Dom Peruzzo - DNJ 2015

Fotos: Patryck Madeira

SETOR JUVENTUDE: juventude@arquidiocesecwb.org.br / (41) 2105-6364 / 9605-4072 / 2105-6368 Murilo Martinhak / Assessor Eclesiástico: Pe. Waldir Zanon Junior. Arquidiocese de Curitiba | Agosto 2016

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PE. LUCIANO TOKARSKI Coordenador da Comissão Bíblico-Catequética

Animação Bíblico-Catequética Par. Nossa Senhora da Conceição Setor - Portão

Par. Santa Quitéria Setor - Portão

Par. Profeta Elias Setor - Pinheirinho

Par. São Pedro Apóstolo Setor - Pinheirinho Par. Nossa Senhora da Conceição Setor - Portão

Par. Sagrada Família Setor - Colombo

Par. Nossa Senhora da Cabeça Setor - Capão Raso

Par. Sagrado Coração de Jesus Setor - Rebouças

Par. São João Batista Setor - Orleans Par. Santo Antônio Setor - Boqueirão

Catequista, Vocação do Coração de Deus O catequista é a voz que transmite a Palavra, é o amigo que conduz ao Mestre, é o instrumento do Santo Espírito na construção da Igreja! Ser catequista é dom de Deus, é vocação, é missão, é ministério essencial na vida da Igreja.

Par. Menino Deus Setor - Boqueirão

Ser catequista requer amor sempre mais forte por Cristo, amor pelo seu povo, amor pelas famílias, pelos catequizandos, amor pela evangelização.

Par. Santa Rita de Cássia Setor - Boqueirão Par. Cristo Ressuscitado Setor - Orleans Par. São Paulo Apóstolo Setor - Boqueirão Par. São Jorge Setor - Portão

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Par. Santa Cecília Setor - Campo Largo

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Par. Nossa Senhora Aparecida Setor - Cajuru

Par. São José das Famílias Setor - Pinheirinho Par. São Francisco de Assis Setor - Pinheirinho Par. Sagrada Família Setor - Portão

Par. São Lucas e Nossa Senhora do Carmo Setor - Pinheirinho

Par. Nossa Senhora da Anunciação Setor - Capão Raso

Par. São Martinho de Lima Setor - Cajuru Par. Santo Antônio Maria Claret e Nossa Senhora da Visitação Setor - Boqueirão

O catequista é pessoa escolhida do meio do rebanho, é sinal da caridade encarnada, aquele que torna a Palavra mais conhecida, alguém que aceita e assume os caminhos de Deus, o mensageiro que sentiu seu coração pulsar e deixou-se transformar por esse amor e ardor. O catequista é vela acesa que ilumina os catequizandos e familiares que precisam de amor, ternura e acolhida.

Par. Nossa Senhora da Saúde Setor - Pinhais Par. Nossa Senhora do Rosário de Belém Setor - Cajuru

O catequista sacia a fome de justiça, estende a mão aos mais sofridos e coloca seus ouvidos à disposição dos catequizandos e familiares para acolher as inquietações e dores humanas. Aos catequistas, nossa gratidão por aquilo que realizam e, principalmente, porque vocês são a Igreja, o Povo de Deus em caminho. Permaneçamos em Cristo, procuremos ser sempre um só com Ele e o sigamos imitando-o em seu movimento de amor. Par. Nossa Senhora da Luz Setor - Pinhais Par. São José Setor - Cajuru Par. São José Operário Setor - Pinhais

Par. São José do Trabalhador Setor - Orleans

Par. Nossa Senhora Auxiliadora Setor - Pinheirinho

EXPEDIENTE COMISSÃO DA ANIMAÇÃO BÍBLICO-CATEQUÉTICA: catequese@arquidiocesecwb.org.br (41) 2105-6318 / Coordenação: Pe. Luciano Tokarski / Assessoria: Regina Fátima Menon. Arquidiocese de Curitiba | Agosto 2016

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JOÃO FERREIRA SANTIAGO Teólogo, Poeta e Militante. Coordenador da CFE-2106 na Arquidiocese de Curitiba.

Dimensão Social

Eleições 2016:

um voto de fé na democracia, na ética, na transparência e na participação popular Este ano de 2016, no dia 02 de Outubro, teremos eleições para prefeitos/as e vereadores/as em todo o Brasil. A Igreja Católica não tem e não indica partido político e nem candidato, mas não é neutra politicamente. Essa Igreja que Paulo VI define como “perita em humanidade”, tem um lado e assume com serenidade profética a defesa da vida, da justiça, das liberdades e da democracia como caminhos para se alcançar a vida plena. Já nas eleições de 2002, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, dizia algo que permanece atual, “A política é forma sublime de se exercer a caridade”, (CNBB, doc. 67, n. 2). Desta forma, podemos afirmar que a participação política é o gesto concreto da fé cristã católica. É através da política como vocação, como

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compromisso de mudança das realidades contrárias ao sonho de Jesus de vida em abundância, (João 10,10), que alcançaremos a justiça e a paz sonhadas pelo profeta (Isaías 32, 17). Assim, a fé e a política andam juntas e como dizia o Papa João Paulo II, não podem se divorciar. A fé-política e a fé-vida estão interligadas e se completam mutuamente. A fé que move os cristãos e as cristãs é engajada na luta diária em defesa da vida e encarnada na vida das relações das comunidades. Como diz Gilberto Gil em sua canção Andar com fé, “Mesmo a quem não tem fé, a fé costuma acompanhar, ô, ô, pelo sim pelo não”. É nesta relação que a Igreja acredita que acontece a transformação das consciências, confor-


me continua a CNBB: “A igreja assume desta forma, sua missão no campo político, visando formar as consciências cristãs de que há uma relação intrínseca e portanto indissociável, entre vida e fé, promoção humana e missão religiosa” (CNBB, doc. 67, n.26). É por isso que a Igreja tem incentivado os/as fiéis cristãos, leigos/as, que têm vocação para a política, para assumirem cristãmente a luta política, inclusive candidatando-se para cargos eletivos. Vivemos um momento delicado de nossa democracia, para dizer o mínimo. Enquanto vemos abertas as entranhas de um poder secular que não tem escrúpulos e não permite que ninguém tenha, ao mesmo tempo jamais tivemos condições tão favoráveis para saber quem é quem. A corrupção como a principal metodologia de permanência da elite no poder, agora se faz também conteúdo e não poupa nenhum dos três poderes. O modelo representativo está sob forte desconfiança e apresenta limites que se fazem desafios para a nossa fé e para toda a sociedade. A CNBB, por ocasião de sua 53ª Assembleia, apresenta algumas orientações que certamente ajudarão as pessoas de bem na hora de votar pela ética na política e na vida, pela transparência na gestão dos recursos públicos e na Democracia Participativa. Assim diz a CNBB: “Os cristãos católicos, de maneira especial, são chamados a dar a razão de sua esperança (cf. 1Pd 3,15) nesse tempo de profunda crise pela qual passa o Brasil”. Aqui trazemos a terceira virtude teologal. Havíamos falado da fé e da caridade, agora eis aí a esperança. Votar, portanto, neste contexto, sobretudo para o povo cristão, é um ato político e religioso. É um ato de fé, de esperança e de caridade. É por isso que o voto não pode ser vendido. A corrupção, que apesar de antiga, hoje, graças à luta do povo e a governos democráticos, se revela um câncer instalado no intestino da república, começa nas campanhas eleitorais. Trocar de partido para ganhar facilidades eleitorais é corrupção. Alugar muros e para-brisas, ou ainda pedir, oferecer, ou aceitar qualquer tipo de brinde é crime. É corrupção. De quem vende e de quem compra. E do ponto de vista cristão aqui apresentado, este tipo de comportamento, se em nome da Igreja

e ou da comunidade, torna-se uma iniquidade, para usar um termo tão frequente nos profetas bíblicos. Quando se pede ônibus para passeios de escolas, de grupos religiosos ou associações, também se está cometendo um crime eleitoral, porque a legislação proíbe este tipo de compra voto também. A CNBB nos convoca a agir cristãmente ao dizer: “Da mesma forma, é preciso combater sistematicamente a vergonhosa prática de ‘Caixa 2’, tão comum nas campanhas eleitorais”. E todas estas formas de brindes ou favores citadas acima só podem ser praticadas através de Caixa 2. Por fim, sempre acreditando na capacidade humana de querer e de praticar o bem, sobretudo quando bem informado, insiste a CNBB: “É preciso estar atento aos custos das campanhas. O gasto exorbitante, além de afrontar os mais pobres, contradiz o compromisso com a sobriedade e a simplicidade que deveria ser assumido por candidatos e partidos. Cabe aos eleitores observar as fontes de arrecadação dos candidatos, bem como sua prestação de contas. A lei que proíbe o financiamento de campanha por empresas, aplicada pela primeira vez nessas eleições, é um dos passos que permitem devolver ao povo o protagonismo eleitoral, submetido antes ao poder econômico” (CNBB, 2016). Somos enviados e enviadas como cristãos e cristãs pela Igreja, para participarmos destas eleições com dignidade, votando ou sendo votado, mas querendo e construindo o bem comum. Cantemos com o Padre Zezinho, pedindo a Deus que nos dê a coragem profética necessária para esta missão de cuidar de nossas cidades e de nossas gentes, sem nos esquecermos de que uma sociedade, assim como um governo, devem ser avaliados pela forma como tratam dos pobres e dos mais vulneráveis. Sobretudo, a partir de um referencial cristão, como são tratados os estrangeiros, (Deuteronômio 10,19) os migrantes, os refugiados, as pessoas em situação de rua. “Deus abençoe os eleitos e os eleitores, e quem governa este nosso país. E os ilumine também, pra que não se esqueçam, do excluído e do mais infeliz”.

EXPEDIENTE COMISSÃO DA DIMENSÃO SOCIAL: dimensaosocial@arquidiocesecwb.org.br (41) 2105-6326 | Coordenadores: Pe. Antônio Fabris, Diácono Gilberto Félis e Diácono Antônio Carlos Bez | Maria Inês Costa: (41) 2105-6326 Arquidiocese de Curitiba | Agosto 2016

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Especial

Dom Pedro Fedalto celebra 90 anos de vida e 50 de sua ordenação como Bispo É com olhos atentos e uma memória digna de historiador que Dom Pedro Antônio Marchetti Fedalto, arcebispo emérito de Curitiba, chega aos 90 anos e a seu Jubileu de Ouro Episcopal. Nascido numa colônia de imigrantes italianos em Campo Largo, região metropolitana de Curitiba, Dom Pedro conta com riqueza de detalhes cada episódio da vida e de sua trajetória na Igreja, que começou em 1953. A ótima memória é, segundo ele, um dom de Deus esculpido pelo ensino do Seminário. “O meu seminário era muito competitivo. Havia um quadro de honra em que ficavam os que se comportavam melhor, os melhores da classe, e o que tivesse a maior nota de todos ganhava o título de excelência. Por causa da minha memória, ganhei muitos prêmios. Em sete anos, poderia ganhar 60 prêmios, consegui 48, e fiquei 33 vezes no quadro de excelência”. Uma das poucas coisas de que perdeu a conta foram as vezes que se encontrou com o Santo Papa João Paulo II. Uma das mais importantes foi a visita do pontífice ao Brasil em 1980, quando ajudou a recepcioná-lo e fazer as honras da cidade durante a passagem por Curitiba. “Este foi um momento muito importante para a Arquidioce-

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se de Curitiba. No recado que chegou de Roma, o Papa disse que gostaria de ficar em Curitiba uma noite e o dia seguinte todo. Eu sugeri, então, que ele viesse para cá depois de passar por Porto Alegre. Assim ele ganharia uma hora para chegar em Salvador, para onde iria depois. A sugestão foi acolhida, e a visita aconteceu entre o sábado à tarde e o domingo de manhã, o que rendeu mais de um milhão de presenças. Se o calendário não tivesse sido alterado, a visita teria acontecido numa sexta-feira, em que choveu o dia todo”. Dom Pedro, em conversa, relembra de outras importantes realizações. Foi durante seu arcebispado que organizou o 1º Sínodo Arquidiocesano entre 1987 a 1994, e que desde a criação da diocese da Capital, em 1892, nunca havia sido realizada. Foi durante o Sínodo que por diversas vezes encontrou-se com o Santo Papa. Na virada dos anos 2000, um grande evento: uma cerimônia unitária do Crisma, em que D. Pedro e os bispos auxiliares, auxiliados pelos párocos, entregaram o sacramento do Crisma para milhares de jovens crismandos. Foi D. Pedro também que mobilizou as últimas Missões Populares em toda a Arquidiocese de Curitiba, em 2000. “Fizemos em etapas. De agosto a dezembro, com quarenta mil missionários redentoristas em todas as paróquias”.


O arcebispo emérito teve um bom professor. Segundo ele, tudo que aprendeu e a forma como trabalhou durante o arcebispado são influências do bispo Dom Manuel da Silveira D’ Elboux, de quem foi clérigo e a quem acompanhou até o fim da vida. “Eu sou fruto, sou resultado de Dom Manuel. Se não tivesse ido morar com ele nem sei como teria sido, sou como ele”. Afastado das funções de arcebispo desde 2004, D. Pedro não para. Talvez nem saiba o que é isso. Desde que se tornou bispo, nunca teve férias. A última foi em 1962, quando acompanhou o Concílio Vaticano II durante 5 meses e viajou por diversos países na Europa e pela Terra Santa. Hoje, mora no Seminário São José, e faz o que chama de “pequena colaboração”. "Eu dou aula para os meninos, depois celebro, semanalmente, uma missa para eles. Estou na oração da manhã, na oração da noite, e uma vez por mês faço uma palestra no dia de retiro e também me coloco à disposição para o sacramento da reconciliação. No Seminário Propedêutico São João Maria Vianney, eu dou duas aulas semanais de História da Igreja no Paraná”. Também não param os registros sobre a Igreja. É autor de uma obra fantástica: “História da Igreja no Paraná”, lançado em 2014. Toda quarta-feira consulta o registro do Vaticano sobre as posses e transferências dos bispos nas arquidioceses do país. Mantém um livro com registros de cada Arquidiocese, quem assumiu o posto, a data final de cada arcebispado com números que partem de 1933. D. Pedro se orgulha do trabalho, feito manualmente, há muitos anos. “Ninguém tem esse tipo de pesquisa. Já corrigi as informações de várias dioceses baseado nesses registros”. Além deste registro, mantém outras preciosidades históricas no museu que conserva no Seminário São José - duas saletas abarrotadas de presentes e recordações - cadernos, objetos que usava nas aulas e canecas do Coritiba, o time do coração. Pelos corredores do Seminário São José, a passos experientes, Dom Pedro Fedalto continua na ativa e com a sensação de dever cumprido. “Quero ser lembrado como aquele que cumpriu sua missão”.

Sobre Dom Pedro Fedalto De nacionalidade brasileira e descendência italiana, Dom Pedro Fedalto nasceu no dia 11 de agosto de 1926 na Colônia Antônio Rebouças – Município de Campo Largo/PR. Foi ordenado sacerdote em 6 de dezembro de 1953 e sua sagração episcopal ocorreu em 28 de agosto de 1966. Foi bispo auxiliar da Arquidiocese de Curitiba de 1966 a 1970 e administrador apostólico diocesano no ano de 1970 (após a morte de D. Manuel da Silveira), sendo empossado como arcebispo no dia 28 de fevereiro de 1971. Para melhor evangelizar, descentralizou a Arquidiocese em quatro grandes áreas pastorais, divididas em 18 setores, contando 3 áreas aos bispos auxiliares e reservando para si o centro da Arquidiocese.Criou 74 novas paróquias, ordenou 74 padres diocesanos, acolheu congregações femininas e masculinas. Foram constituídas 47 novas igrejas e adquiridos cerca de mil terrenos para a construção de novas igrejas e capelas.Realizou as Santas Missões Populares em 1975 e 2000. Organizou a vinda do Papa João Paulo II à Curitiba nos dias 5 e 6 de junho de 1980. Atuou na organização do Congresso Eucarístico Arquidiocesano pelos 50 anos da Igreja da Ordem como templo de adoração perpétua e na preparação do 14º Congresso Eucarístico Nacional. Renunciou a 19 de maio de 2004.

CONVITE A Arquidiocese de Curitiba tem a alegria em convidar toda a comunidade para a celebração dos 90 anos de vida e 50 anos de Bispo de Dom Pedro Fedalto. 27 de agosto, 9h na Catedral Metropolitana

EXPEDIENTE ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA ARQUIDIOCESE DE CURITIBA Dayane Farinacio e Téo Travagin

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Vocações

Monsenhor Francisco Fabris

Padre José Tokarski

Padre Romão Sarnik

Monsenhor Carlino Parente Alencar

Sacerdotes celebram Jubileu de Ouro em nossa Arquidiocese Agosto é o mês das vocações. É um mês voltado para a reflexão e a oração pelas vocações e os ministérios, de forma a pedir a Deus padres que sejam verdadeiros pastores e sinais de comunhão e unidade no seio da Igreja. Aproveitamos o mês de agosto para celebrar o jubileu e parabenizar quatro padres da Arquidiocese de Curitiba que completaram, em julho de 2016, 50 anos de vida presbiteral. São eles: • Monsenhor Francisco Fabris; • Padre José Tokarski; • Padre Romão Sarnik; • Monsenhor Carlino Parente Alencar.

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Os três primeiros foram ordenados em 3 de julho de 1966 pelas mãos de Sua Excelência Reverendíssima Dom Manuel da Silveira D’Elboux e o quarto no dia 31 de julho pelas mãos de Sua Excelência Reverendíssima Dom Pedro Filipak, na Diocese de Jacarezinho. Os trabalhos deles em nossa Arquidiocese se deram em várias instâncias eclesiais: paróquias, capelas, seminários, institutos, pastorais, movimentos, chancelaria, no magistério, e no tribunal eclesiástico. “São quatro sacerdotes muitos queridos entre os padres e pelo povo de Deus por sua notável simplicidade, total disponibilidade no serviço e doação ao Reino e pelo espírito de eclesialidade”, comenta Padre Regis Soczek Bandil, reitor do Seminário Menor Arquidiocesano São José. Rezemos pelos nossos Jubilandos, que continuem firmes em sua vocação e missão. Deus os abençoe e os ilumine.


Ordenações em nossa Arquidiocese No mês das vocações, destacamos também ordenações recentes e que estão por vir:

Ordenação presbiterais: Padre Willian Rone da Silva Lemes Teve sua ordenação celebrada na Paróquia Anjo da Guarda - Almirante Tamandaré – no dia 25 de junho. “Tenho as melhores e maiores expectativas para essa nova fase e quero contribuir com o crescimento do reino de Deus, principalmente diante de uma sociedade cada vez mais plural. A Igreja é a esposa de Deus, então espero ajudar a fazê-la crescer com a graça e benção do Espírito Santo.”

Padre João Carlos Marcondes Teve sua ordenação celebrada na Paróquia São Pedro – Itaperuçu, em 10 de julho. “Estamos no ano da misericórdia, o ano das missões, então estou muito feliz com esse trabalho que me proporciona esse desafio. É uma alegria, uma realidade missionária”.

Diácono Tiago Felipe Polonha Será ordenado sacerdote em 26 de agosto na Paróquia Nossa Senhora do Amparo – Rio Branco do Sul e convida a comunidade para a cerimônia, às 19h30. “Espero como padre conseguir desenvolver um bom trabalho, continuando com esse ardor missionário que me levou até o Mato Grosso. Quero fazer o possível para conformar minha vida à de Jesus e lutar junto com o povo para construir uma sociedade mais justa e igualitária. Quero também estar aberto para acolher todos os que mais necessitam. Para que isso seja possível, procuro sempre mais me aprofundar numa vida de oração sincera e verdadeira”.

Ordenações de Diáconos Permanentes: 5 de agosto: Daniel Rodrigues de Sousa - 19h30 - Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora – Curitiba (Sítio Cercado) 6 de agosto: Leopoldo Ribeiro Neto e Renato César de Oliveira - 9h - Paróquia São Pedro Apóstolo – Curitiba (Xaxim) 13 de agosto: Edilson da Costa - 9h - Nossa Senhora do Perpétuo Socorro – Curitiba (Alto da Glória) 1 de setembro: Vilson Borcoski - 20h - Paróquia Nossa Senhora da Conceição - Palmeira

Convite: VIII MUTIRÃO DE AÇÃO SOLIDÁRIA DA PASTORAL DA SAÚDE

ANO DA MISERICÓRDIA – CELEBRAÇÃO DO PERDÃO O Perdão e a Misericórdia Divina: “Jesus, filho de Davi, tende misericórdia de mim”- (Mc 10,48b) • • • •

O Cuidado com a Saúde Espiritual Celebração Penitencial Passagem pela Porta Santa Encerramento com benção de envio

Com: Pe. Ednilson de Jesus - Pe. Silvio R. Roberto - Pe. Gilmar Antonio

LOCAL: SANTUÁRIO DA DIVINA MISERICÓRDIA Estrada do Ganchinho, 570 Bairro: Futurama Data: 27/08/2016 | Horário: 13h – 17h Ingresso: Trazer um quilo de alimento não perecível (e não vencido); Orientação: Levar a Bíblia


Liturgia

PE. MAURÍCIO GOMES DOS ANJOS Pároco do Santuário Sagrado Coração de Jesus Coordenador da Comissão de Liturgia

A Liturgia do Sacramento da Ordem O Sacramento da Ordem pode ser ministrado em três graus: episcopado, presbiterado e diaconado. De acordo com o CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA: “A celebração da ordenação de um Bispo, de presbíteros ou de diáconos, devido à sua importância para a vida da Igreja particular, exige o concurso do maior número possível de fiéis. Deverá realizar-se de preferência num domingo e na catedral, com uma solenidade adaptada à circunstância. As três ordenações – do Bispo, do padre e do diácono – seguem o mesmo movimento. Seu lugar é no seio da liturgia Eucarística”. (§ 1572) Percebe-se nas palavras do Catecismo que a Igreja deve participar ativa e profundamente da celebração do Sacramento da Ordem, que sendo realizada como parte integrante da Liturgia Eucarística, exprime os variados aspectos da graça sacramental. O rito da ordenação, inserido na celebração eucarística, inicia-se depois da proclamação do evangelho, sendo composto por quatro momentos: 1. A eleição do candidato; 2. O propósito do eleito e a Ladainha de todos os Santos; 3. A imposição das mãos e prece de ordenação; 4. A entrega das insígnias próprias para cada grau e abraço de acolhida.

1. A eleição do candidato Esta primeira parte ressalta que a vocação é uma eleição divina. Deus escolhe aqueles que Ele quer para os ministérios da Igreja. Como nos lembra São João: “Não fostes vós que me escolhestes, fui eu que vos escolhi...”. (Jo15, 16) Deste modo, os candidatos são chamados pela Igreja, cumpridora da missão de Cristo a desempanharem o ministério próprio de cada Grau, conferido pelo Sacramento da Ordem. A resposta da Assembleia: “Graças a Deus”, expressa a alegria do acolhimento da decisão da Igreja.

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2. O propósito do eleito e a Ladainha de todos os Santos As palavras de Santa Edith Stein expressam a profundeza deste momento da celebração, vivida por aquele que se consagra ao Serviço da Igreja: “Ó Senhor, meu Deus, tira-me todo de mim e apropria-te totalmente do meu ser”. Depois da homilia realizada pelo presidente da celebração, ocorre o propósito do eleito, em que se realiza o importante diálogo entre o Bispo Ordenante e o ordenando. Ocorre a manifestação pública da disponibilidade em assumir o ministério que será confiado pela Igreja. Em seguida, invoca-se a proteção divina pela ladainha de todos os Santos. Até este momento, percebe-se o esforço humano, da parte da Igreja, que escolhe e elege os seus candidatos, e da parte dos eleitos, que prometem livremente esforçar-se para viver os compromissos do ministério que estão assumindo. Mas sem a graça de Deus é impossível que tudo isso ocorra. A vocação é um mistério que brota do coração de Deus, e é do seu coração que vem a força do Espírito, que consagra o homem e o capacita para o ministério. Em sinal de reconhecimento da grandeza de Deus e ao mesmo tempo da fraqueza humana, o eleito se prostra com o rosto por terra. Sua missão não depende de suas forças, mas da iniciativa de Deus que o consagra. A Igreja presente, suplica aos santos, Igreja celeste, que intercedam pelo eleito que se consagra ao serviço do Reino de Deus.

3. Imposição das mãos e prece de ordenação “Apresentaram-nos aos apóstolos e, tendo orado, impuseramlhe as mãos”. (At 6,6) Chega-se à terceira parte do rito de ordenação. O gesto de impor as mãos é o momento central do rito, que se repete entre os cristãos desde os apóstolos que impunham as mãos para consagrar os ministros das primeiras comunidades.


O CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA ressalta que “O rito essencial do sacramento da Ordem consta, para os três graus, da imposição das mãos pelo Bispo sobre a cabeça do ordenando e da oração consagratória específica, que pede a Deus a efusão do Espírito Santo e de seus dons apropriados ao ministério para o qual o candidato é ordenado” § 1573 – (Cf. Pio XII, Constituição Apostólica Sacramentum Ordinis: DS 3858). O bispo ordenante ao impor as mãos sobre o eleito comunica a graça do Espírito Santo que transmite o ministério e envia para a missão. A Igreja acompanha em clima de oração e silêncio. Por meio da imposição das mãos e a oração consagratória é conferido o grau específico do Sacramento da Ordem. Após a imposição das mãos o bispo proclama a Prece de ordenação. Na ordenação diaconal o gesto da imposição das mãos é feito somente pelo bispo ordenante. Na ordenação presbiteral o eleito recebe também a imposição das mãos dos outros presbíteros, como sinal de acolhida no ministério sacerdotal e na ordenação episcopal este gesto é repetido pelos outros bispos presentes na celebração.

4. Entrega das insígnias próprias para cada grau e abraço de acolhida “... Revesti-vos do Senhor Jesus Cristo” (Rm 13, 14) Neste momento ocorre a entrega de alguns sinais, próprios do ministério conferido pelo Sacramento da Ordem. O diácono recebe a estola transversal e a dalmática (na forma de uma avental) que ajudam a esconder a pessoa para que Cristo possa aparecer no serviço diaconal. Depois recebe das mãos do bispo o Evangeliário, pois a primeira missão do diácono é anunciar a Boa Nova da Salvação. O padre recebe a estola e a casula, para revesti-lo de Cristo sacerdote. Ele retira as vestes de diácono e é revestido com as vestes próprias do presbítero. A estola é sinal do poder sacerdotal e a casula é a veste própria do pastor. As vestes distinguem o sacerdote no seu ofício sagrado. Devem esconder a pessoa, para que apareça o ministro que age na pessoa de Cristo. Depois as mãos do presbítero são ungidas com o óleo do crisma. São consagradas para que o sacerdote seja configurado a Cristo, repetindo os seus gestos. Mãos ungidas para consagrar, batizar, perdoar, ungir e continuar a obra salvadora de Cristo.

Depois de ungidas, as mãos são atadas pelo bispo e desamarradas para serem colocadas a serviço do povo de Deus. Geralmente os pais desatam as mãos do neo sacerdote, participando das primícias do ministério de seu filho e recebem a primeira benção. As palavras do Bispo expressam a grandeza deste momento da unção: “Nosso Senhor Jesus Cristo, a quem o Pai ungiu com o Espírito Santo, e revestiu de poder, te guarde para a santificação do povo fiel e para oferecer a Deus o Santo Sacrifício”. As mesmas mãos ungidas recebem a patena com o pão e o cálice com o vinho e a água: são as oferendas do Povo de Deus que serão transformadas na oferta de Deus – seu Corpo e Sangue. Mais uma vez as palavras do bispo são significativas para este momento de entrega: “Recebe a oferenda do povo para apresentá-la a Deus. Toma consciência do que vais fazer e põe em prática o que vais celebrar, conformando a tua vida ao mistério da cruz do Senhor”. Na ordenação do bispo, terminada a imposição das mãos, durante a oração consagratória, dois diáconos sustentam o Livro dos Evangelhos aberto sobre a cabeça do eleito, cujo sentido está na submissão do bispo ao jugo do Evangelho. Depois segue a unção com o óleo do crisma na cabeça do eleito, símbolo do Cristo Cabeça e das graças conferidas pela imposição das mãos. Entrega-se depois o livro dos Evangelhos, a fim de mostrar-lhe a sua nova identidade e sua missão especial de Pastor e Anunciador do Evangelho do Senhor. O bispo também recebe, o anel (significando a fidelidade com que o novo bispo deve dedicar-se ao povo de Deus) e o báculo pastoral (simbolizando que o novo bispo está a serviço da Igreja, como pastor do rebanho a ele confiado pelo papa). O rito encerra-se com a Saudação de acolhida, onde os eleitos recebem o abraço da paz. O diácono é saudado pelo bispo e diáconos presentes na celebração. O padre é acolhido pelo bispo e pelo presbitério como sinal da fraternidade presbiteral. O bispo é saudado e acolhido pelos bispos presentes recebendo-o no colégio episcopal. Depois do rito da ordenação, segue a Liturgia Eucarística, ação de graças a Deus que escolhe e envia homens para o serviço do seu Reino.

EXPEDIENTE

COMISSÃO LITÚRGICA: mauricioanjos@hotmail.com (41) 2105-6363 / Coordenação: Pe. Mauricio Gomes dos Anjos Arquidiocese de Curitiba | Agosto 2016

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Família e Vida

DIÁCONO JUARES CELSO KRUM

Vocação A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em 1981, em sua 19ª Assembleia Geral, instituiu agosto como o mês vocacional. Desde então, cada domingo deste mês é dedicado à celebração de uma determinada vocação. No primeiro, celebra-se a vocação sacerdotal – dia do padre. No segundo, a vocação familiar – dia dos pais. No terceiro, a vocação religiosa – dia da vida religiosa, e, no quarto, a vocação laical – dia dos ministérios leigos. Quando no mês de agosto há cinco domingos, no quinto celebra-se o dia do catequista. Sem muitos detalhes, vocação significa chamar. No âmbito eclesial é um chamado, um convite de Jesus para segui-lo. É uma escolha dirigida a cada pessoa, que pode ou não aceitá-la, de acordo com a percepção desse chamado. Isso foi destacado em Aparecida, com relação à vocação sacerdotal ao afirmar que: “Diante da escassez de pessoas que respondam à vocação ao sacerdócio e à vida consagrada na América Latina e no Caribe, é urgente dedicar cuidado especial à promoção vocacional, cultivando os ambientes onde nascem as vocações ao sacerdócio e à vida consagrada, com a certeza de que Jesus continua chamando discípulos e missionários para estar com Ele e para enviá-los a pregar o Reino de Deus”. (DAp 315) Quais são os ambientes em que nascem as vocações sacerdotais? O papa Francisco em sua mensagem para o 53º Dia Mundial de Oração pelas Vocações fala que a Igreja “é mãe das vocações pelo contínuo apoio daqueles que consagraram a vida ao serviço dos outros”. Mesmo a Igreja sendo mãe, na verdade, a vocação sacerdotal nasce no seio de uma família.

e

família

Apesar de se constatar que o “despertar da vocação sacerdotal” acontece muitas vezes em momentos especiais na vivência eclesial: primeira Eucaristia, Procissões, Retiros, Encontros, Santa Missa ou, muitas vezes pela ocasião da visita de religiosos, é na família que os primeiros lampejos vocacionais surgem, antes mesmo de qualquer fato concreto que indique ou confirme o desejo de ser Padre. Mais uma vez o Documento de Aparecida confirma a importância da família ao dizer que: “além disso, é dever dos pais, especialmente através de seu exemplo de vida, a educação dos filhos para o amor como dom de si mesmos e a ajuda que eles prestam para descobrir sua vocação de serviço, seja na vida leiga como na vida consagrada” (DAp 303). Se a família têm essa vivência de fé e um bom testemunho cristão, se é Igreja doméstica, dá para pensar numa fala de São João Bosco, educador da juventude, que disse que 75% dos jovens cristãos educados na fé, têm uma vocação sacerdotal, mesmo que não cheguem todos a ordenar-se. Outro dado Interessante é que, de uma forma geral, é das famílias numerosas – e no meio rural – que surgem mais vocações sacerdotais e religiosas, pelo menos é o que se verificava até os anos 1970, sem que isso seja algo exclusivo. O que chama a atenção é o processo do chamado de Deus, pois há vocacionados que vieram de famílias não numerosas e até de famílias desestruturadas. Famílias com pais separados (feridas) também deram à Igreja Padres, e Bispos e alguns Cardeais. Os tempos, momentos e critérios do chamado de Deus para que o Reino aconteça são permeados de mistério que nos levam à reflexão. Basta lembrar do chamado dos Doze. Entre eles havia pescadores, um publicano e um zelota, ou seja, pessoas com origem e mentalidades distintas. Consideremos também o chamado do apóstolo Paulo, perseguidor implacável da Igreja, que invadia as casas dos cristãos e os lançava na prisão e que assistiu com satisfação à horrível execução de Estêvão (At 8,1; cf. 22,20). A diferença está na conversão, a partir da aceitação na resposta ao chamado. Novas atitudes, nova vida, voltada ao bem do próximo, na vivência plena de sua vocação. Que as famílias tenham como prioridade a transmissão da fé aos filhos, para que existam e aumentem as vocações ao sacerdócio ministerial. Sabemos que ainda há famílias cristãs que têm esta preocupação, elas existem, e têm frutos.

EXPEDIENTE COMISSÃO DA FAMÍLIA E VIDA: Assessor Eclesiástico: Diácono Juares Celso Krun Sonia Biscaia – soniaabs@arquidiocesecwb.org.br / 2105-6309

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Reflexão

LUIZ ALEXANDRE SOLANO ROSSI Pós-doutor em Teologia e coordenador da graduação em teologia da PUCPR

Vocação para ser discípulo e missionário de Jesus O apóstolo Pedro era uma pessoa ligada, como todos nós, a um cotidiano específico. Pode-se dizer que ele tinha um tempo e um lugar. Além disso, ele trabalhava em família tendo ao lado seu irmão André. No entanto, num dia comum como tanto outros e que, talvez ele pensasse, seria a mera reprodução de dias que já havia vivido, algo diferente aconteceu. Aquele dia que tinha tudo para ser comum foi invadido por um evento que transformaria não somente aquele momento específico, mas também e, fundamentalmente, a vida de Pedro. Tudo começou assim: “Jesus andava à beira do mar da Galiléia, quando viu dois irmãos: Simão, também chamado Pedro, e seu irmão André. Estavam jogando a rede no mar, pois eram pescadores. Jesus disse para eles: «Sigam-me, e eu farei de vocês pescadores de homens.» Eles deixaram imediatamente as redes, e seguiram a Jesus” (Mt 4,18-20). A partir desse momento Pedro já não seria mais o mesmo. Iniciava-se seu caminho de discípulo. Na verdade, não podemos dizer que Pedro estava pronto desde o início de seu chamado. Essa experiência de Pedro, por mais maravilhosa que possa ter sido, era tão somente a porta de entrada de um grande projeto que haveria de ser construído. Ser chamado por Jesus é uma coisa e alcançar a maturidade é outra bem diferente. Mas Pedro vivia o cotidiano não como se fosse escravo dele. Ele era um leitor atento ao que acontecia à sua volta. Percebia que não bastava reproduzir os mesmos gestos e preencher as horas da mesma forma o dia inteiro. Por causa dessa compreensão, rompeu com sua zona de conforto que o reduzia a ser a mesma pessoa a vida toda. E, ao agir dessa forma, seu presente e seu futuro foi atingido e transformado de uma forma irreversível. Bastaram poucas palavras de Jesus para que ele entendesse o momento novo que estava por vir. E Pedro não perdeu a oportunidade: ele se apresentou como uma pessoa de atitude. Diante das palavras de Jesus ele tomou uma atitude: rompeu com seu cotidiano, não porque necessariamente ele fosse mal, mas porque descobriu que poderia viver com muito mais qualidade, sentido e finalidade de vida. “Imediatamente” Pedro deixou o que fazia e se lançou no maior de todos os projetos que qualquer pessoa poderia viver: ser discípulo de Jesus Cristo. Ele tinha consciência do tempo especial em que estava vivendo e, por conta

disso, soube interpretar e comunicar os acontecimentos do dia-a-dia a partir de sua especial vocação. Mas ele não sabia somente comunicar, ele também tinha o que comunicar. Isso significa que suas palavras não caíam no vazio. Eram, na verdade, palavras que ajudavam as outras pessoas a também compreender os fatos importantes que estavam ocorrendo. Todos sabemos que palavras vazias não ajudam a construir nada e, pior do que isso, confundem as pessoas. Somente consegue comunicar com eficácia aquele que tem conteúdo. Seria possível imaginar a quantidade de discursos esvaziados que temos hoje em todos os setores da sociedade e também nas conversas que mantemos uns com os outros que não nos acrescentam absolutamente nada? Pedro sabia comunicar e tinha o que comunicar. Chamava para si a responsabilidade de ensinar. De fato, ele se apresentava como mestre. As palavras de Pedro tinham uma força descomunal e atingiam o coração de seus ouvintes. Mas como poderia um simples pescador ser um hábil articulador de palavras e de conteúdo? Poderia dizer que a diferença básica entre ele e nós se apresenta de forma dupla: 1) Ainda que Pedro se reconhecesse como pescador ele se dispunha a falar e a viver sua vocação como discípulo de Jesus, ou seja, assumia o risco de falar enquanto a maioria se aquietava; 2) Pedro tinha consciência do conteúdo existente em suas palavras porque era consciente do conteúdo existente em sua própria vida, isto é, o que ele falava era consequência do que ele vivia. Dessa forma, quando ele se levantava para falar, suas palavras encontravam eco nas pessoas porque ele falava com a autoridade daqueles que viviam o que falavam. Às vezes me pergunto se Pedro, diante das pessoas que se reuniam ao redor dele para ouvi-lo, não sentia um friozinho na barriga. Talvez pensasse: “quem sou eu para discursar... por que não outro... tantos outros são mais capazes...”. Todavia, com friozinho na barriga ou não, sei que ele se levantava e começava a falar. E isso fazia toda a diferença tanto para ele quanto, principalmente, para todos aqueles que o estavam ouvindo.

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DÍZIMO

CLOVIS VENÂNCIO

MENSAGEM DA EQUIPE ARQUIDIOCESANA DA PASTORAL DO DÍZIMO

Agosto: mês vocacional A Igreja Católica consagra Agosto como o mês vocacional, com vistas a que sejam promovidos nas comunidades, momentos de reflexão sobre o significado e a importância das diversas vocações específicas que todos os cristãos batizados devem assumir, sejam eles religiosos ou leigos. Assim, para um melhor entendimento sobre o assunto é de muita importância que tenhamos em mente quais são os conceitos de Vocação e de Missão de todo cristão batizado na Igreja de Cristo. Com efeito, estes dois termos são intrinsecamente relacionados. O termo vocação deriva da palavra latina “vocare”, que significa chamado e, para todo cristão autêntico, deve ser entendido como um chamado de Deus que objetiva a plena realização da pessoa humana. Este “chamado” origina-se no batismo e implica, necessariamente, em assumirmos uma “missão”, em nossa existência de filhos amados de Deus Criador, sendo sinais do Reino já aqui, esperando um dia participar de sua plenitude no Céu.

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I- SUBSÍDIOS DOUTRINÁRIOS: (Mt 4, 18-22; 10, 7-16) Os primeiros discípulos: Caminhando ao longo do mar da Galiléia Jesus viu dois irmãos, Simão, chamado Pedro e André, seu irmão, a lançarem a rede ao mar, pois eram pescadores. E disse-lhes: Segui-me e vos farei pescadores de homens. E eles imediatamente, deixando as redes, seguiram-no. Prosseguindo dali, viu outros dois irmãos, Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, no barco, com o pai Zebedeu, a consertarem as redes e chamou-os. E estes imediatamente, deixando o barco e o pai, seguiram-no. Os doze e a sua missão: Por onde passardes, pregai: “Está próximo o Reino dos céus”. Curai enfermos, ressuscitai mortos, limpai leprosos, expulsai demônios. Dai gratuitamente o que gratuitamente recebestes. Não procureis ouro nem prata nem cobre para os vossos cintos, nem alforje para a viagem, nem duas túnicas, nem sandálias, nem bordão, porque o trabalhador tem direito ao seu sustento. Em qualquer cidade ou aldeia em que entrardes, informai-vos se nela há alguma pessoa honrada e


hospedai-vos aí até partirdes. E, ao entrares na casa, saudai-a. E se a casa for digna, venha sobre ela a vossa paz; se, porém, não for digna, a vossa paz volte para vós. E se alguém não vos receber nem ouvir as vossas palavras, ao sairdes dessa casa ou cidade sacudi o pó dos vossos pés. Em verdade vos digo: no dia do juízo, Sodoma e Gomorra terão sorte mais favorável do que essa cidade. Vede que eu vos envio como ovelhas para o meio dos lobos. Sede, portanto, prudentes como as serpentes e simples como as pombas.

II- CONSIDERAÇÕES PRÁTICAS: Nos textos acima vemos como Jesus, categoricamente e com grande autoridade convoca ou chama os primeiros discípulos para segui-lo. Como vemos, portanto, na Igreja de Cristo os termos vocação e missão são intrinsecamente relacionados. Por outro lado, o conjunto de todos os cristãos batizados constitui o corpo da Igreja de Cristo, cuja missionariedade é continuar a sua obra salvadora pela evangelização do mundo inteiro, ou seja, ensinar quem é Jesus Cristo e qual a sua Doutrina para alcançar a salvação eterna. Essa missionariedade é desenvolvida na Igreja Católica, através das atividades das diversas pastorais e equipes integradas por leigos e religiosos, coordenados por presbíteros, diáconos e outras pessoas consagradas, sob a orientação maior de cardeais, bispos e, acima de todos, do próprio Papa.

É neste contexto que apresentamos algumas considerações sobre como se insere a Pastoral do Dízimo dentro da missionariedade de sua ação evangelizadora. De fato, as equipes do Dízimo, tanto ao nível diocesano, como ao nível paroquial e de suas comunidades (capelas), não são apenas grupos de pessoas voltadas a arrecadar recursos financeiros para a Igreja como simples cobradores. Sua missão, de fato, é evangelizar os demais membros da comunidade em que vivem ou atuam, tanto pela vivência pessoal (testemunho) de seus integrantes, como pela palavra, escrita ou falada, conscientizando a todos que ser dizimista é partilhar um pouco de tudo o que somos e temos, pois tudo recebemos de Deus. É evidenciar a todos que ser dizimista implica em uma verdadeira conversão pessoal por amor a Deus e ao próximo. É participar efetivamente da vida da comunidade, pondo em prática no dia a dia os ensinamentos do Senhor. Entretanto, faz parte também da missão dos membros da Pastoral do Dízimo deixar bem claro a todos que, mesmo que já se esteja atuando em outras pastorais ou atividades da Igreja, mas tendo-se rendimentos financeiros pessoais, jamais estaremos dispensados de contribuir com o Dízimo, tão necessário para a manutenção da ação missionária da Igreja. Finalizando, exortamos a todos os que foram batizados na Igreja Católica e que, por consequência, são discípulos missionários de Jesus, que procurem, sobretudo neste mês de agosto, fazer um bom exame de consciência para constatarem se estão sendo cristãos coerentes, buscando conhecer cada vez mais e melhor o Evangelho de Jesus e, sobretudo, pondo-o em prática em sua vida.

EXPEDIENTE

COMISSÃO DA DIMENSÃO ECONÔMICA E DÍZIMO: Coordenador da Comissão: João Coraiola Filho Padre Referencial da Pastoral do Dízimo: Pe. Anderson Bonin / Coordenador da Pastoral do Dízimo: William Michon Arquidiocese de Curitiba | Agosto 2016

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Dimensão Missionária - COMIDI

MARCUS SEGEDI DA SILVA comisecwb@gmail.com

8º Formise Nacional:

A conversão missionária da Igreja e a formação presbiteral Para que a Igreja esteja em estado permanente de missão, para que Nosso Senhor Jesus Cristo seja mais conhecido e amado, para que todas as nações sejam ensinadas a observar seu mandamento (Mt 29, 19s), todos devem estar engajados, sem exceção, incluindo também os padres e os seminaristas (que se preparam para o ministério de presbítero). Para ajudar a fomentar a missão neste âmbito, ocorreu em Brasília, entre os dias 03 e 09 de julho, o 8º FORMISE (Formação Missionária de Seminaristas e Presbíteros), no qual a Arquidiocese de Curitiba esteve representada pelo seminarista Marcus (1º ano de Teologia), que no total teve a participação de 36 seminaristas da filosofia e teologia das 12 regionais da CNBB presentes no curso. O encontro teve como objetivo geral refletir sobre a conversão missionária da Igreja no pontificado do papa Francisco e suas implicações para a formação presbiteral, orientando os participantes a uma prática evangelizadora, com horizonte universal. Além das formações, palestras e aulas foram debatidos os temas: A conversão missionária e o projeto de igreja do

Papa Francisco. Análise de conjuntura eclesial a partir da reforma do papa Francisco com Prof. Sérgio Coutinho dos Santos; A conversão Missionária e a Missão Ad gentes. O primeiro anúncio do evangelho nos diversos âmbitos da missão com Pe. Estêvão Raschietti, SX; A conversão mis-

sionária e o serviço da caridade. O ministério presbiteral na missão de cuidar da casa comum com Pe. Marcelo Barros, monge beneditino; A conversão missionária e a liturgia nas diferentes culturas. Celebrar o mistério pascal junto aos povos do mundo e à catolicidade da igreja com Pe. Joachim Andrade, svd; A conversão missionária para uma igreja em saída. Memórias e perspectivas do 2º Congresso Missionário Nacional de Seminaristas com Pe. Jaime Patias, IMC. Além desses testemunhos houve preciosos testemunhos de missionários de oriundos de três continentes e que, depois de longas experiências na África e na Ásia, iniciarão missões nas periferias de nosso país. Promovido pelo Centro Cultural Missionário (CCM), as Pontifícias Obras Missionárias (POM) e a Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB, o FORMISE Nacional têm se revelado uma oportunidade para intensificar a reflexão, avaliar a caminhada, partilhar experiências e propor novos rumos da formação missionária dos seminaristas e presbíteros. Deus, autor e princípio de toda a Missão, nos ajude para que não apenas tenhamos refletido e falado sobre atitudes missionárias: isso é insuficiente. Peçamos ao Senhor da Messe que nosso coração esteja todo voltado a Ele, pois somente assim é que poderemos sair de nós mesmos e ir ao encontro do próximo nas periferias existenciais, sendo sal da terra e luz do mundo (Mt 5, 13s).

EXPEDIENTE

COMISSÃO DIMENSÃO MISSIONÁRIA: comidi@arquidiocesecwb.org.br (41) 2105-6375 – Ir. Patrícia / Patryck (41) 2105-6376

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PASCOM

Guarda Municipal de Curitiba: 30 anos a serviço da proteção da vida Dentre tantas atividades desenvolvidas pela Guarda Municipal, o serviço de assistência espiritual da Capelania tem importante papel social de amparo ao servidor Texto: Nilton de Oliveira Pinto | Fotos: Geovanni C. De Luca

Atuar de maneira preventiva para preservar a segurança e proteger a vida da população curitibana. Essa tem sido a missão da Guarda Municipal de Curitiba nos últimos 30 anos. Missão que muitas vezes se depara com conflitos e situações adversas que exigem dos servidores a capacidade de ter que lidar e atuar em cima dos vários problemas provenientes das mazelas sociais existentes. O que dispende não só a energia física, como a psicológica e espiritual. “Muitas vezes o guarda municipal tem de lidar com situações que lhe exigem um alto grau de resiliência e pressão que recai sobre a pessoa humana e que muitas vezes são estressantes para o servidor”, dia o guarda municipal Pedro Rafael Ioungblood, que trabalha e auxilia a Capelania da Guarda Municipal no serviço de assistência religiosa. “Diante dessas situações, verificamos a necessidade de começarmos um trabalho preventivo que oferecesse amparo e conforto espiritual ao servidor para que ele saiba lidar com mais segurança com as situações que o trabalho lhe impõe”, diz Ioungblood. Dessa forma, com o total apoio da direção da Guarda Municipal, todas as sextas-feiras pela manhã o serviço de assistência religiosa promove um encontro ecumênico de oração com os servidores. É lido um trecho do Evangelho e, após uma reflexão, cada um fica à vontade para falar sobre o que sente e o que vivenciou durante a semana. No final é motivado um abraço amigo, momento que traz segurança, conforto e fortalece os laços de companheirismo. “Verificamos a necessidade de realizar esse trabalho de apoio aos servidores, tanto em momentos de dificuldade como de alegria”. Dessa maneira, a Capelania também presta apoio realizando vários serviços, seja fazendo as exéquias ou ministrando a palavra em aniversários e comemorações que reúnem os servidores e suas famílias. O trabalho é recente, começou em março de 2014, mas já adquiriu o reconhecimento da Arquidiocese de Curitiba. No ano passado, durante a celebração da missa de

29 anos da Guarda, o Arcebispo de Curitiba, Dom José Antonio Peruzzo, entregou um documento que confere autoridade ao GM Pedro Rafael Ioungblood e ao diácono Marcos Daniel de Camargo, que também é guarda municipal, para o serviço de assistência religiosa na corporação. “Esse reconhecimento fortaleceu muito o trabalho dentro da instituição, pois fez as próprias autoridades municipais reconhecerem a necessidade desse serviço de amparo social dos servidores”, diz Ioungblood.

Missão O caráter de missionário do serviço de assistência espiritual é visto por Ioungblood como parte da missão do católico. “Atendendo ao pedido do Papa Francisco, no documento, Uma Igreja em Saída, vimos que a Igreja também deve estar presente nas repartições públicas. Para ser missionário não é preciso sair do seu lugar de origem. Ser missionário é precisamente vivenciar o evangelho no nosso local de atuação tanto no trabalho como na família”, diz Ioungblood. Como disse o bispo auxiliar de Curitiba, Dom José Mário Angonese, durante a missa dos 30 anos da Guarda Municipal, “os serviços que estimulam os valores do Evangelho cumprem o importante papel na construção de uma sociedade que deve privilegiar a existência da vida e da paz nas pessoas”. Parabéns à Guarda Municipal de Curitiba.

Com o apoio da Arquidiocese, os guardas municipais Pedro Rafael Ioungblood e Marcos Daniel de Camargo auxiliam no serviço de assistência espiritual na Guarda Municipal

EXPEDIENTE

PASTORAL DA COMUNICAÇÃO: pascom@arquidiocesecwb.org.br (41) 9999 - 0121 / Coordenador: Antonio Kayser. Arquidiocese de Curitiba | Agosto 2016

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Paróquia em Destaque

80 Anos da Paróquia Bom Jesus do Cabral Há muito tempo, antes de se tornar um bairro populoso o Cabral era uma região de capão e acesso ao Caminho da Graciosa, que levava ao litoral. Era conhecido como Capão da Buia e pertencia à família de sobrenome Cabral. No início da década de 1880, a família Cabral erigiu no alto da colina uma pequena capela de madeira, em homenagem ao Bom Jesus da Coluna. A devoção ao Senhor Bom Jesus é voltada ao mistério da Paixão e Morte de Jesus Cristo, que representa a compaixão, a bondade e o perdão, para um mundo de misericórdia, justiça e reconciliação. Graças ao Senhor Jarbas Itiberê de Barros a capela foi reconstruída em 1901, e passou a ser chamada de Capela do Senhor Bom Jesus do Cabral.

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Em 17 de fevereiro de 1908, Dom João Francisco Braga toma posse da diocese de Curitiba. Em conversa com o capitão Miguel Sheeban, Dom Francisco comentava sobre a falta de assistência religiosa no litoral paranaense, e o capitão disse ao bispo que conhecia os Passionistas na Argentina e, se convidados, era possível concordassem em vir trabalhar na diocese. Dom João Francisco Braga escreveu aos Passionistas e iniciaram a tratativa. Por encargo do Rvmo. Padre Geral Jeremias dos Sagrados Espinhos, o Provincial da Argentina Padre Fidelis Stone e os Padres Martinho e Modesto, no dia 1° de setembro de 1911, zarparam com o navio “Araguaya”, rumo ao Brasil, para ver “in loco” a oferta do senhor bispo. Chegaram a Curitiba no dia 09 de setembro, e no dia seguinte foram recebidos em audiência pelo bispo Dom João Francisco Braga e foram visitar a cidade de Antonina.


Após o consentimento da Cúria Geral os Passionsitas vieram para o Brasil e iniciaram suas atividades em Antonina. Em outubro de 1912 o Pe. Modesto Meschino transferiu-se definitivamente para Curitiba, e em fevereiro de 1913 passou a morar numa casa de madeira, construída ao lado da capela do Senhor Bom Jesus. Logo depois chegaram Pe. Cândido Ghiandoni e o Irmão Antônio Leopardi. Em lugar da antiga capela do Senhor Bom Jesus do Cabral, situada então num descampado, foi construída a igreja atual cuja pedra fundamental foi lançada em 23 de maio de 1914. Em fins de 1918 as portas foram abertas ao público. O altar de estilo gótico foi importado da Itália, executado pela firma Consorzio Productiva (Primeira Sociedade de Escultores de Arte Sacra), inaugurado em 26 de março de 1922.

Terminada a ampliação da igreja, iniciou-se a campanha para arrecadar fundos necessários para compra de um grande órgão. O órgão foi encomendado a Fabrica J. Edmundo Bohn S/A, de Novo Hamburgo, RS. No dia 15 de agosto de 1963, Festa da Assunção de Nossa Senhora, o órgão foi inaugurado com a presença do Arcebispo Manoel da Silveira Delboux. Durante os 80 anos a Paróquia Senhor Bom Jesus do Cabral vem atendendo a comunidade do Cabral através de atividades religiosas e sociais, buscando louvar e servir a Deus e dando a oportunidade para que cada cidadão possa empregar seus dons e talentos para construção de uma sociedade mais misericordiosa.

DECRETO 15 DE DEZEMBRO DE 1936 No dia 15 de Dezembro de 1936, Dom Áttico Eusébio da Rocha, arcebispo de Curitiba, assinou decreto desmembrando a paróquia Nossa Senhora da Luz de Curituba em quatro partes de seu território, transferindo-as para quatro novas paróquias, sendo uma delas a Paróquia Senhor Bom Jesus do Cabral. A partir desta data assumiram como párocos desta paróquia: • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

23/12/1936 – Pe. Camilo Borgona. Eleito Superior Provincial, em 1938 20/01/1938 – Pe. Cândido Ghiandoni, um dos principais fundadores desta igreja 03/04/1941 – Pe. Antônio Taffel 01/04/1947 – Pe. Geraldo (Cláudio Luiz Pellanda) 08/12/1952 – Pe. Bonifácio (Wilhelm Kleimpass) 02/09/1955 – Pe. Carlos Schleder Negrão (Antônio) 25/12/1958 – Pe. Romualdo Rausis 01/01/1964 até 09/01/1965 – Pe. Adolfo Pacheco 13/01/1965 até 15/01/1972 – Pe. Flávio Bassani 16/01/1972 até 02/01/1975 – Pe. Gabriel Paulo Gasparim 02/01/1975 até 19/01/1977 – Pe. Domingos Manara 20/02/1977 até 13/12/1980 – Pe. Eugênio João Mezzomo 17/12/1980 até 10/01/1987 – Pe. Pedro Gabriel Gusso 17/01/1987 até 10/09/1993 – Pe. Antonio Luiz Heggendorn 13/09/1993 até 10/10/1997 – Pe. João Maria Petenusso 11/10/1997 até 19/11/2005 - Pe. Ari Soga 20/11/2005 até 24/01/2010 - Pe. Norberto Donizetti Brocardo 25/01/2010 até 11/12/2013 - Pe. Arlindo Vieira 12/12/2013 - Pd. Leudes Aparecido de Paula Arquidiocese de Curitiba | Agosto 2016

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Rádio Canção Nova Nossa Senhora da Luz

ESSE MEIO DE EVANGELIZAÇÃO NÃO PODE FICAR SEM VOZ! Ao completar 12 anos de ação evangelizadora na cidade de Curitiba e região metropolitana, a Rádio Canção Nova - AM 1370 está fora do ar após ter vários de seus equipamentos furtados de sua estação de transmissão localizada no município de São José dos Pinhais.

Desde o dia 10 de abril, a programação evangelizadora, informativa e certamente a grande companheira de milhares de ouvintes tanto de Curitiba como das cidades de seu entorno está ausente dos receptores que tentam sintonizar a frequência AM1370 que identifica o prefixo dessa emissora católica. O parque de transmissão da Rádio foi duramente atacado quando foram furtados os equipamentos técnicos essenciais para realizar as transmissões da programação. “Um prejuízo altíssimo, não somente sob o ponto de vista financeiro mas, principalmente pela interrupção desse canal tão importante na colaboração evangelizadora dessa região. Mas nós não estamos parados, nossa programação pode ser acessada e ouvida pela internet: radio.cancaonova.com/curitiba ou via aplicativo: Rádios Canção Nova, disponível para smarthphone”, explica Orlando Junior, diretor da Rádio

Projeto Neemias: Você Pode Ajudar Diante dessa situação a frente de Missão em Curitiba iniciou o “Projeto NEEMIAS”, uma ação inspirada por Deus para trabalhar e arrecadar fundos para a reconstrução da Rádio, segundo Ademar Ramos, responsável pela Missão Canção Nova na cidade, foi com base no livro de Neemias (7,70-72) que relata, na passagem, os planos de reconstrução das muralhas de Jerusalém, que contou com o trabalho e a ajuda de todos cidadãos, assim também esse projeto tornou-se realidade. Nessa confiança é que a Canção Nova de Curitiba estende as mãos e pede sua ajuda, sua colaboração e orações para a reconstrução da estação de transmissão da Rádio. A Missão Canção Nova de Curitiba confia e se coloca nas mãos de Deus e acredita plenamente na Sua promessa que diz: “pedi e recebereis”, bem como sabe do carinho, do desejo e do grande esforço do povo que ama e trabalha em favor desta obra que é do Senhor.

Veja como colaborar: Clube da Evangelização, Frente de Missão, Av. Marechal Floriano Peixoto 4809, Hauer, Curitiba, Depósito Bancário: Banco Bradesco: Agência 2978-5 Conta Corrente: 4977-8 Nome: Rádio Independência do Paraná CNPJ: 76.492.123/0001-59 As doações podem ser de qualquer valor.

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Nota Paraná

Uma forma fácil de contribuir com entidades sociais.

Diversas entidades sociais paranaenses sem fins lucrativos, têm se cadastrado no Programa Nota Paraná, para receber créditos do ICMS. O Programa permite que a população sensibilizada com a causa destas entidades doe créditos das Notas Fiscas de qualquer compra realizada. Para isso, basta você pedir a Nota Fiscal em sua

compra, sem cadastro do CPF, e então doar para a entidade escolhida. Este procedimento pode ser feito pelo site NotaParana.gov.br. Acesse o site, entre com CPF e senha no sistema, clique em ‘Minhas Doações’, escolha a entidade e então digite os dados da Nota Fiscal para doar os créditos.

Mater Dei A Maternidade Mater Dei é parte do grupo Hospital Nossa Senhora das Graças, onde atuam as filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, tornando vivo o carisma Vicentino por meio da assistência aos mais necessitados. É a maternidade que mais faz partos pelo SUS no Paraná, prestando assim um grande serviço em favor da vida. A Maternidade conta com o programa “Uma Nota Pela Vida”, que permite a qualquer cidadão a doação de créditos no programa Nota Paraná para a Mater Dei. O consumidor solicita o cupom fiscal durante a compra, sem informar o CPF e faz a doação dos créditos. A doação da nota fiscal para a Mater Dei pode ser feita por meio das urnas disponibilizadas em diversos pontos de comércio da cidade. Ou o contribuinte pode ingressar no site do Nota Paraná doar as notas em prol da maternidade. Outra maneira é fotografar a nota e enviar pelo WhatsApp (41) 8840-5875 ou e-mail doe@materdei.org.br.

Pequeno Cotolengo O Pequeno Cotolengo é uma instituição fundada por São Luis Orione, fundador da Congregação da Pequena Obra da Divina Providência. Hoje são mais de 200 moradores com deficiências múltiplas (físicas e intelectuais) de todas as idades que foram abandonados ou viviam em situação de risco, e que recebem no Pequeno Cotolengo acolhimento, educação e saúde, tudo feito com muito carinho para oferecer qualidade de vida a cada um deles. A instituição precisa de apoio. Há diversas formas de contribuir, entre elas o programa Nota Fiscal Solidária. No momento da compra você precisa solicitar a sua nota fiscal SEM o CPF. Com a nota em mãos é só escolher a forma de doar: Envie foto da nota para contato@pequenocotolengo.org.br ou para o whatsapp (41) 8516-3383. Ou doe a nota diretamente no Pequeno Cotolengo - Rua José Gonçalves Júnior, 140 | Campo Comprido. Arquidiocese de Curitiba | Agosto 2016

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Painel do Leitor

Conheça e apoie a SOVIDA Associação Solidários pela Vida é uma instituição que atende homens e mulheres soropositivos sintomáticos, vindos de todos os segmentos da sociedade. A SOVIDA apoia, acolhe, orienta, medica, alimenta e conforta essas pessoas, ajudando-as exercer plenamente a sua cidadania. Tem a missão de conscientizar a sociedade sobre a importância da prevenção da Aids, e encaminhar aqueles que necessitam do atendimento solidário. Realiza também ações educativas de prevenção às DSTs e às drogas. A SOVIDA é uma instituição filantrópica, ecumênica, que tem a sede em funcionamento desde 1994 em terreno cedido em comodato pela Arquidiocese de Curitiba. Endereço: Rua Prof. Benedito Conceição, 1691, bairro Cajuru. A instituição precisa de apoio para realização de seu bonito trabalho. Entre em contato: (41) 3366-2423. Doações - Banco Itaú - Agência 3892 / Conta Corrente 07993-4

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Paróquia São José Trabalhador promove encontro com especialistas para discutir equilíbrio ecológico, saneamento e conscientização solidária.

Data: 27 de agosto de 2016 Horário: 13h30 às 18h – Sábado Local: Paróquia São José Trabalhador - Rua Maj. Heitor Guimarães, 1525 Entrada franca VAGAS LIMITADAS!

PROGRAMAÇÃO

O encontro é aberto à comunidade e reunirá especialistas em gestão de resíduos, direitos humanos, representantes da gestão pública e das pastorais de diversas paróquias. Além disso, teremos a presença do arcebispo José Antônio Peruzzo que vai falar sobre a missão da Arquidiocese de Curitiba quanto ao Saneamento Básico.

14h30 | Motivação e Objetivos da Igreja na Escolha do Tema Saneamento

O Fórum também vai apresentar o programa EcoSolidariedade que atua no gerenciamento solidário de resíduos de óleo de fritura.

13h30 | Recepção 14h15 | Abertura e apresentação do tema. Palestrante: Rubens Secco, Eng. Agrônomo, M.S., Dr., Especialista em Gestão de Resíduos

Básico para a Campanha da Fraternidade de 2016. Palestrante: João Santiago, M.S., Arquidiocese de Curitiba, Coordenador da Campanha da Fraternidade 15h00 | Questões Legais, Saneamento Básico enquanto Direito Humano. Palestrante: Sérgio Cordoni, Promotor Público de Meio Ambiente 16h00 | A Missão da Arquidiocese de Curitiba quanto ao Saneamento Básico. Palestrante: Dom José Antonio Peruzzo, Arcebispo de Curitiba

16h30 | Gestão Pública e os Serviços de Saneamento Básico. Palestrante: Rosélis Augusta de Oliveira Presznhuk, Gestora de Educação Socioambiental da Sanepar 17h00 | O Gerenciamento Solidário do Resíduo Óleo Vegetal – Projeto EcoSolidariedade: um Exemplo de Responsabilidade Socioambiental. Palestrante: Padre Carlos Marson, Coordenador do Projeto EcoSolidariedade 17h30 | Mesa Redonda 18h00 | Encerramento com café colonial INSCRIÇÕES Pelo site www.ecosolidariedade.org.br ou pelos telefones (41) 3336-9550 e (41) 3095-9553. Mais informações: contato@ecosolidariedade.org. br e psjtpascom@gmail.com

Romaria dos Mártires da Caminhada: Memória, Profecia e Compromisso Aconteceu nos dias 16 e 17 de julho de 2016, na cidade de Ribeirão Cascalheira (MT), prelazia de São Felix do Araguaia a Romaria dos Mártires da Caminhada, com o tema “Profetas do Reino”. Os romeiros e romeiras que participaram são pessoas de caminhada de grupos sociais, de lutas, de pastorais, de grupos de solidariedade, de compromissos com o próximo, de CEB´s...

para fazer memória dos mártires, homens e mulheres que deram a sua vida pela justiça, liberdade e paz! São vidas pela vida do povo. (Romeiro Seminarista Everton Pavilaqui – Diocese de Guarapuava) Foto: Roberto Ferreira da Silva

São pessoas de diferentes sotaques, culturas e etnias, com uma característica comum: são sonhadores do reino da vida. É o que os une. Bem no centro-oeste brasileiro, em meio ao cerrado, gente com traços indígenas, retirantes, gente do sertão, do Araguaia: é neste chão, marcado por lutas, que a prelazia de São Felix do Araguaia convoca o povo para a romaria,

Romeiros da Paróquia Santo Antonio Maria Claret - Boqueirão

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Agenda 2017 da

Arquidiocese de Curitiba Aguarde! Em breve estarĂĄ disponĂ­vel para reservas.

Acompanhe novidades pelo site www.arquidiocesedecuritiba.org.br


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