Revista arquidiocese dezembro 2016

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Publicação da Arquidiocese de Curitiba - Paraná

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Ano XIII - Edição 169 - Dezembro de 2016

Orar, dialogar e perdoar. Três atitudes que ajudam a concretizar a comunhão familiar

Veja também Campanha para Evangelização em andamento Encerramento acontece em 11 de dezembro, dia da Coleta para a ação evangelizadora no Brasil P.17

Natal dos Solitários

Pequenos Reis Magos

Paróquia no Mercês realiza Natal para as pessoas se encontrarem e se

Crianças e adolescentes da catequese se vestem de três Reis

confraternizarem P.25

Magos e vão de casa em casa P.22

+ artigos e novidades de nossa Arquidiocese


Ação Evangelizadora

CENTRO PASTORAL

Dom José Antônio Peruzzo Arcebispo da Arquidiocese de Curitiba

Editorial Esta edição da Revista Voz da Igreja circula em um período que representa a preparação, alegria e espera pelo nascimento de Jesus. Não teria assim como deixar de destacar em nossa capa e textos centrais as reflexões sobre o Natal. A revista é em si um convite à reflexão do mistério da encarnação. Destaca-se aqui o tema da família, mais especificamente a comunhão familiar. É de igual merecimento também destacar que esta edição é lançada em meio à Campanha para a Evangelização, realizada para incentivar que os fiéis participem da sustentação das atividades pastorais, e que terá seu ponto alto no dia 11 de dezembro. Convidamos todos a acompanharem nesta revista as novidades das diferentes comissões de nossa Arquidiocese, que contemplam artigos, eventos, acontecimentos, atividades de formação, informações, orações e mesmo palavras de conforto. Em especial, neste mês divulgamos ações de Natal realizadas em comunidades e paróquias distintas, lembrando que a totalidade de ações são muito maiores do que as que constam nestas páginas. Desejamos a todos leitores um iluminado Natal. Nas palavras de nosso Arcebispo, ‘que possamos celebrar a presença do Senhor Jesus, o menino Deus que veio participar dos nossos dias, da nossa existência, da nossa vivência, das nossas agruras e ternuras’.

Foto da Capa A capa desta edição da Revista Voz da Igreja contou com o apoio do Grupo JUBAC, que se caracterizou para o presépio vivo. O Grupo JUBAC (Jovens Unidos Buscando o Amor de Cristo) completou 26 anos de existência... surgiu em 1990, pelo desejo de um grupo de pessoas com o objetivo de evangelizar através da arte. Essa idealização deu super certo, que até hoje o Grupo é iluminado com a presença de Crianças, Adolescentes, Jovens, e Idosos. Todos de maneira voluntaria, motivados e dedicados à contribuir para a cultura em nossa comunidade, trazendo reflexos positivos nas Igrejas, Instituições, Unidades de Saúde, Redes de Ensino e a Sociedade como um todo. Acompanhe a programação e novidades: www.facebook.com/groups/grupojubac/

Fale Conosco ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO Rua Jaime Reis, 369 - São Francisco 80510-010 - Curitiba (PR) Responsável: Teodoro Travagin – 5531 (DRT-PR) Fones / Fax: (41) 2105-6343

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A revista Voz da Igreja é uma publicação da Arquidiocese de Curitiba sob a orientação da Assessoria de Comunicação CONSELHO EDITORIAL - Arcebispo da Arquidiocese de Curitiba Dom José Antônio Peruzzo | Bispo da Arquidiocese de Curitiba: Dom José Mário Angonese | Chanceler: Pe. Jair Jacon | Ecônomo da Mitra: Pe. José Aparecido Pinto | Coordenador da Ação Evangelizadora: Pe. Alexsander Cordeiro Lopes | Coordenador geral do clero: Pe. Rivael de Jesus Nacimento | Jornalista responsável: Teodoro Travagin | Assessoria de Comunicação: Sintática Comunicação | Revisão: Aline Tozo | Revisão Teológica: Pe. Roberto Nentwig | Colaboração voluntária: 12 Comissões Pastorais| Apoio: Centro Pastoral | Projeto gráfico e diagramação: Sintática Comunicação | Foto da Capa: Teo Travagin | Impressão: Gráfica Infante - Tiragem: 10 mil exemplares.

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Agenda Mensal dos Bispos Dezembro/2016

Arquidiocese de Curitiba | Dezembro 2016

01 • Expediente na Cúria 02 • Missa de Ação de Graças do Setor Boqueirão, na Paróquia Nossa Senhora da Visitação 03 • Visita Canônica no Carmelo • Investidura dos MESCES do 04 Setor Centro, na Catedral • Programa Conhecendo a 06 Palavra, na TV Evangelizar • Expediente na Cúria 07 • Missa na Paróquia Imaculada Conceição, no Atuba • Missa na Santa Casa de 08 Misericórdia, Praça Rui Barbosa • Missa de Ação de Graças na Maternidade Mater Dei • Reunião dos Formadores, 09 no Arcebispado • Missa no Santuário de 10 Schoenstatt • Missa de Jubileu da 11 Paróquia Santa Cândida • Missa na Comunidade Toca de Assis

12 • Missa de Posse do Novo Casal Coordenador do Movimento de Irmãos, na P. São José em Sta. Felicidade 13 • Programa Conhecendo a Palavra, na TV Evangelizar 14 • Expediente na Cúria • Missa na Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora 15 • Expediente na Cúria 17 • Missa do Natal Solidário, Praça Nossa Senhora da Salette 18 • Missa na Paróquia Senhor Bom Jesus, no Portão 21 • Missa com os Colaboradores da Cúria, na APAC 24 • Missa das Vésperas de Natal, na Catedral 25 • Missa de Natal 27 e • Formação Bíblica no 28 Carmelo 28 • Missa na Catedral 31 • Missa de Te Deum na Catedral

Dom José Mário Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Curitiba Região Episcopal Norte 01 • Reunião do Setor Orleans, na APAC • Missa na Paróquia Menino Deus 02 • Expediente na Cúria • Crisma na Escola Menino Jesus • Palestra aos Jovens da Paróquia São Pedro Apóstolo, em Itapeuçu 03 • Missa na Sede da Pastoral da Criança • Missa na Paróquia Sagrada Família, no Novo Mundo 04 • Investidura dos MESCES na Paróquia Santa Teresinha de Lisieux • Investidura dos MESCES do Almirante Tamandaré, na Paróquia Nossa Senhora da Conceição 06 • Reunião da Equipe Missionária • Reunião com a Comissão

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Arquidiocesana de Diáconos • Missa da Padroeira na Paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Palmeira • Reunião dos Formadores, no Arcebispado • Missa na Comunidade das Irmãs do Verbo Encarnado, no Pinheirinho • Crisma na Paróquia Santa Bertila • Fala na Assembleia Arquidiocesana da Juventude, no Cenáculo • Missa na Paróquia Imaculada Conceição, no Guabirutuba • Missa na Comunidade Maria Mãe da Unidade • Natal com os Moradores de Rua, Comunidade Filhos de Madre Teresa


Palavra do Arcebispo

DOM JOSÉ ANTÔNIO PERUZZO Arcebispo da Arquidiocese de Curitiba

O Natal de quem crê Para as crianças muito se fala acerca do Papai Noel e dos presentes que lhe serão encomendados. O comércio multiplica suas ofertas e propostas de consumo. Quem precisa de um emprego tenta aproveitar as chances de um trabalho, ainda que sazonal. Outros se esforçam para se casarem no final ou início do ano, valendo-se do período de férias, acrescidas de alguma complementação da renda (férias, 13º salário).

lágrimas conosco e partilhar de nossas expressões de paz e de reconciliação. Quis Ele deixar-se afagar pela ternura humana. Tornou-se tão humano que estes dias natalinos nos fazem recordar até mesmo que “Deus foi parturido” por uma mulher, foi amamentado, foi afagado; Ele aceitou ser ensinado a falar, a caminhar, a rezar… Estes dias natalinos inspiram-nos a pensar na “humildade e pequenez humana do Deus Onipotente”.

Há também os mais abastados, que projetam suas viagens de turismo e descanso. Todos nós, os que cremos, mas também os indiferentes em matéria religiosa, vemo-nos absortos em nossos programas de final e início de ano. Mas… quem falará da presença do Senhor Jesus, o menino Deus que veio participar dos nossos dias, da nossa existência, da nossa vivência, das nossas agruras e ternuras? Que destaque terá Ele? É, pois, hora dos seus discípulos tomarem a palavra.

Ao tornar-se homem, Deus fez com que a existência humana, a existência de cada vida humana, fosse acolhida como uma verdade sagrada. A partir do Natal do Senhor Deus, tudo o que é profundamente humano concerne diretamente ao modo pessoal de Deus ser. Por isso mesmo o Natal de quem crê, se celebrado com a alegria de quem quer acolher o Deus humilde, inspirará os cristãos a decisões simples, mas corajosas, de grande força para evocar e testemunhar a justiça, a paz, e o sentido para a vida. Aliás, ao referir o “sentido da vida”, tão ansiado por muitos, jovens especialmente, a serenidade dos discípulos que ouvem o seu Senhor e Mestre, pode suscitar muitas e sadias indagações a tantos filhos irrequietos desta nossa modernidade globalizada e consumidora. E o testemunho de quem crê e acolhe o Deus humilde se torna uma espécie de “bênção escondida”, que gradativamente se revela e se faz percebida nas expressões de fraternidade.

Os frenéticos ritmos da nossa época, que tiranizam as nossas ocupações e nosso tempo, que tornam quase entorpecidas as nossas mentes e anseios, parecem golpear até mesmo a nossa consciência e percepção de discípulos acerca das interpelações que as celebrações natalinas poderiam nos suscitar. E se não houver cuidado e atenta vigilância sobre a própria interioridade, até mesmo nós estaríamos sob o risco de nos deixar enredar pela sorvedura consumista que impregna a nossa cultura. Que pensamentos poderiam nos iluminar e/ ou projetar sentido às nossas celebrações, uma vez que uma espécie de “saudade da verdade” parece inquietar nosso íntimo? Para responder a tal indagação, para além do recurso a meios teóricos, parece que a experiência de fé se afigura portadora de respostas mais densas, que melhor saciam nossa interioridade. A fé, vivida com coerência e interpretada com cuidadosa razão, suplanta a pura intelecção. E quando se trata do sentido cristão do Natal, parece que a sociedade humana pede aos que creem que mostrem, com nossa alegria e paz de espírito, que Deus realmente se fez homem. Que Ele quis ser homem não para buscar um trono para si, mas para participar afetuosamente dos limites humanos. Ele quis experimentar as nossas insuficiências, quis tomar parte nas nossas pequenezas, quis vivenciar os nossos sofrimentos, quis Ele derramar

Um antigo escrito cristão chamado Carta a Diogneto, dos primeiros séculos do cristianismo, cujo autor não se conhece, interpreta de modo muito bonito qual é a missão histórica de quem crê. Vale reproduzir algumas daquelas linhas memoráveis: “Assim como a alma é no corpo, também no mundo sãos os cristãos… a alma está encerrada no corpo, mas sustém o corpo. Assim também os cristãos sustém o mundo. Deus pôs os cristãos em um lugar (o mundo) que não lhes é lícito abandonar”. Para nós que cremos, opor-nos ao mundo e à história equivale a abandonarmos o lugar que Deus nos designou. Por outro lado, aderir acriticamente a tudo o que se realiza no mundo e na história equivale a tornarmo-nos “sal sem sabor”. Estes dias natalinos, já que cremos que Deus quis participar de nosso modo humano de ser e de viver, são ensejo e graça inspiradora para que no novo ano possamos interpretar a realidade com os olhos e sentimentos de Deus.

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Palavra de Dom Pedro

DOM PEDRO ANTÔNIO MARCHETTI FEDALTO Arcebispo Emérito de Curitiba

Ação de Graças a Deus e Agradecimentos Confesso-me gratíssimo aos pais, Jacob (Giácomo) e Corona pela vida (26-08-1926) e educação, ao Pe. Natal Pigato pelo batismo (29-08-1926), a Dom João Francisco Braga pela crisma (29-10-1932), ao Professor Luiz Lorenzi, que me encaminhou ao Seminário (0202-1940) aos Padres Lazaristas no Seminário S. José (1940 – 1946) e Diocesanos no Seminário Central da Imaculada Conceição do Ipiranga, SP (1947 -1953). Externo profundíssimo reconhecimento a Dom Manuel da Silveira D’Elboux, pela ordenação sacerdotal (06-12-1953) pela nomeação de secretário, indicação para Bispo Auxiliar e conservação em Curitiba (1969) até sua morte (05-02-1970), aos Papas Beato Paulo VI, pela nomeação de Bispo (30-05-1966) e de Arcebispo (28-12-1970) e S. João Paulo II, pela visita a Curitiba (05 e 06-07-1980). Manifesto imensa gratidão aos seis Bispos Auxiliares: D. José Joaquim Gonçalves, D. Albano Cavallin, D. Domingos Wisniewski, CM, D. Ladislau Biernaski, CM, D. Moacyr José Vitti, CSS e D. Sérgio Arthur Braschi, aos Vigários Gerais: Mons. Boleslau Falarz e Oswaldo Guilherme Neumann, aos Presbíteros, Diáconos, Irmãos Maristas, Religiosas e Leigos, aos Reitores do Seminário S. José, Padres Celso Antônio Marchiori, hoje Bispo de Apucarana, Fabiano Dais Pinto e Régis Soczek Bandil, acolhendo-me com carinho no Seminário e todo o tempo muito atenciosos. Na comemoração dos 90 anos e 50 de Episcopado exprimo sincero agradecimento à Comissão: D. José

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Antônio Peruzzo, Cônego Élio Dall’Agnol, Padres José Aparecido Pinto, Régis Soczek Bandil, Mauricio Gomes dos Anjos, Wilian Rone da Silva Leme, Reginaldo Manzotti, com os colaboradores do vídeo, Maria Helena, Pedro Jacob Fedalto, ao Movimento de Irmãos: João Milan e Eliani Hintemann, Tito Mengarda pelo almoço no Bosque S. Cristóvão, Santa Felicidade. Fiquei contente com a celebração da Eucaristia na Catedral, agradecendo a Dom José Antônio Peruzzo pela pregação, à Comissão de Liturgia, aos Padres da Catedral, aos seminaristas pelo canto e a todos os participantes e com o presente das ricas casula e mitra. Alegrei-me com a surpresa do busto, junto à igreja da Colônia Antônio Rebouças e com os sinceros agradecimentos ao coordenador Darci Colatusso, aos membros da Comissão e a todos os colaboradores e participantes e pela missa solene concelebrada por D. José Antônio Peruzzo, com a pregação e aos Padres Márcio Lakoski, Administrador Paroquial de Ferraria, Frei João Daniel Lovato, Capuchinho e Pe. Fernando Costa, passionista, segundo primos, netos de irmãos da avó Ana, Fabiano Dias Pinto e Marcos Leite Azevedo, passionista.

Foto: Patryck madeira

Ao completar 90 anos de vida e 50 de Episcopado, dou graças a Deus, que me criou, conservou a vida e gratuitamente deu-me a vocação cristã, sacerdotal e episcopal, a Nossa Senhora do Carmo, que me protegeu sempre.


PE. WALDIR GOMES ZANON JÚNIOR Assessor Eclesiástico do Setor Juventude

Juventude

“Construir um caminho novo implica reconhecer que já se fizeram muitas coisas no processo vivido por tantas pessoas. Não se trata de começar de novo... O caminhar com a juventude também supõe algo já vivido, parte sempre de sua história, de suas condições de vida, a exemplo de Jesus, que anuncia o Reino de Deus a partir de seu aprendizado da vontade do Pai e de seu caminhar com as pessoas de quem ele se aproxima.” (Civilização do amor n. 453).

Fala juventude! Com muita alegria chegamos ao final de mais um ano de grande esforço em prol da evangelização da juventude. Tempo este muito propício para agradecer a Deus todos os trabalhos realizados em nossas expressões juvenis e nos grupos paroquiais. Para que o ano vindouro seja ainda melhor na evangelização da juventude é muito importante neste tempo avaliar a caminhada de cada expressão e de cada grupo e programar as atividades do próximo ano. No final do ano de 2015, na Assembleia anual da juventude, assumimos como prioridades para 2016 a formação integral, a articulação da juventude pelos setores pastorais e a assessoria de adultos que acompanhem os grupos de jovens.

De que modo isso aconteceu na sua expressão e no seu grupo? Neste sentido o Setor Juventude procurou promover a escola para jovens e adultos que acompanham a juventude trabalhando os temas da formação integral. Bem como já podemos contar com a ajuda de alguns jovens articuladores na integração dos setores. A JMJ 2016 em Cracóvia contou com a presença de jovens de nossa Arquidiocese que foram nossos correspondentes diretamente da Polônia. E como não falar do DNJ 2016 no Santuário da Divina Misericórdia, que foi marcado pela missão da juventude que mesmo com as dificuldades climáticas não deixou de sair para bater de porta em porta, evangelizar no CEASA, nos terminais de ônibus e até mesmo na Unidade de Saúde! Agora nos preparamos para a Assembleia anual da juventude deste ano, gostaríamos que todos os grupos de jovens estivessem representados. Não deixem de conferir o calendário diocesano para 2017, porque na comunhão vamos mais longe na evangelização da juventude!

Agradecemos especialmente todas as expressões que se fizeram presentes durante todo o ano de 2016: Pastoral da Juventude

Pastoral da Juventude Cleliana (PJC)

Ministério Jovem da RCC

Irmãs Paulinas

Movimento Regnun Christi

Articulação Jovem Salesiana (AJS)

Território Jovem

Comunidade Shalom

Geração Reinflama

Comunidade Canção Nova

Grujic - Grupo Juvenil Irmãos em Cristo

Comunidade Santa Cruz

TLC - Treinamento de Lideranças Cristãs

Missão Fonte do Encontro

CONFIRA O CALENDÁRIO 2017 DO SETOR JUVENTUDE Fotos: Patryck madeira

EXPEDIENTE SETOR JUVENTUDE: juventude@arquidiocesecwb.org.br / (41) 2105-6364 / 9605-4072 / 2105-6368 Murilo Martinhak / Assessor Eclesiástico: Pe. Waldir Zanon Junior. Arquidiocese de Curitiba | Dezembro 2016

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PE. LUCIANO TOKARSKI Coordenador da Comissão Bíblico-Catequética

Animação Bíblico-Catequética

Missão 20.000 Bíblias para África A missão se faz com os pés dos de partem, com a oração dos que ficam e as mãos dos que contribuem.

Concluída com êxito a ação missionária que aconteceu na Pastoral Catequética de quase todas as paróquias e colégios de nossa arquidiocese! Foram milhares de catequizandos, pequenos missionários, que assumiram a tarefa de arrecadar doações para a confecção de bíblias para crianças e jovens de Guiné-Bissau, na África. Parabéns a todos os que realizaram essa missão com ardor e boa vontade! Nossa gratidão!

Comprovante da transferência para a conta corrente da CNBB- Regional Sul II. E mais: R$ 20.755,71 foram depositados diretamente na conta corrente do Regional! Total arrecadado pela Pastoral Catequética da Arquidiocese de Curitiba: R$ 234.665,95.

ÁLBUM CATEQUÉTICO-LITÚRGICO 2016/2017 Chegou o Álbum Catequético-Litúrgico 2016/2017!

Para quem conhece, mas ainda não utiliza: Frutuosa é a catequese que tem a Santa Missa como fonte! Cada catequizando e sua família devem ser inseridos na vida litúrgica, participando da Santa Missa dominical. Este subsídio desperta para esse fim, encanta com essa finalidade e conduz para essa vivência e participação.

Valor: • Até 100 unidades: R$ 7,00 • De 101 a 500 unidades: R$ 6,50 • Acima de 500 unidades: R$ 6,00

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Fotos: Juliana Camargo e Geovanni C. De Luca - Pascom

Para quem não conhece: Este é um subsídio que tem o objetivo de unir catequese, liturgia e família. Seus elementos lúdicos e desafiadores criam um rito familiar que encanta toda a família para melhor conhecer e vivenciar a Santa Missa dominical!


Tempo de

Reflexões Lembranças não são feitas de palavras. São feitas de comportamentos, de amizades e de encontros. Quantas lembranças boas do ano vivido! A catequese sempre nos traz boas lembranças. Quantos sorrisos, partilhas, lágrimas, trocas de experiências, celebrações, formações e reuniões. Ao abrirmos nossas agendas verificamos a imensidão de atividades que realizamos. Visualizamos os encontros arquidiocesanos, as formações no setor, as reuniões paroquiais, entre outros. Não são meras tarefas executadas. São relações estabelecidas, experiências partilhadas e comunhão concretizada. Não se pode deixar de destacar a expressiva dedicação de nossos catequistas, coordenações paroquiais e setoriais de catequese, agentes da catequese com adultos – catecumenato e da pastoral do batismo, os adolescentes e jovens do pós-crisma. É a comunidade de agentes da iniciação à vida cristã que cuida, celebra, partilha e vive a vida e a mensagem de Jesus Cristo. Uma atenção e gratidão especial aos catequizandos e seus familiares. São tantas famílias enamora-

das por Jesus Cristo, mas são tantas famílias feridas e desestruturadas. É preciso olhar com apreço os pais e responsáveis dos catequizandos. É preciso cuidar da alma que se dispõe a encontrar Deus. Com as mudanças dos tempos, cada dia que passa fica mais exigente e desafiadora a implantação da iniciação à vida cristã em estilo catecumenal. A desilusão social e eclesial deve dar lugar à força missionária e à consolação espiritual. É levar o Evangelho às pessoas, aos próximos e aos desconhecidos. Neste fim de ano, somos gratos por todas as pessoas que, direta ou indiretamente, contribuem para que a iniciação à vida cristã em estilo catecumenal aconteça na arquidiocese de Curitiba. Vamos planejar 2017 com afinco. Onde há vida, fervor, paixão de levar Cristo, surge cristãos genuínos. Pedimos que o Menino Jesus repouse em nosso ministério e seja a luz que nos arranca da penumbra. Na noite santa depositemos na manjedoura nossos sonhos, esperanças e corações. Desejamos a todos um feliz e abençoado Natal!

EXPEDIENTE COMISSÃO DA ANIMAÇÃO BÍBLICO-CATEQUÉTICA: catequese@arquidiocesecwb.org.br (41) 2105-6318 / Coordenação: Pe. Luciano Tokarski / Assessoria: Regina Fátima Menon.

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IAFFE 2017! Estão abertas as inscrições para o IAFFE 2017! Conheça as Escolas e cursos que serão disponibilizados para a formação de lideranças de pastorais, movimentos, grupos...

ORIENTAÇÕES

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PE. RIVAEL DE JESUS NACIMENTO Reitor do Santuário Nossa Senhora de Lourdes Coordenador Geral do Clero

Reflexões

O trabalho pastoral na

Fortaleza de Deus - Como vai, Sr. Paulo, tudo bem? - Tudo bem padre, graça a Deus! E o senhor, padre, na fortaleza de Deus? Sim, Sr. Paulo, com força e coragem.

Um pequeno diálogo para iniciar essa reflexão! Um momento casual que marcou minha conversa com o Sr. Paulo Fiorese, meu conterrâneo e um destes bons leigos que tanto trabalham na igreja. Tudo na Fortaleza de Deus. Como é bom sentir a fortaleza de Deus, ser forte com sua força e crer no que Ele nos reserva. Em nossas comunidades paroquiais somos chamados a testemunhar essa fortaleza pela vida e o mistério que cremos. A vida urbana da cidade, sempre estressante, leva o cristão a se limitar na sua fé: participar da missa de maneira ocasional, confessar-se somente quando a igreja pede e olhe lá, e pouca vida de oração. Dá-se a impressão que nunca foi tão difícil ser testemunha do Reino e crer no mistério da Salvação. Tenho notado em meu ministério pastoral pessoas cansadas, que chegam para os sacramentos alheios ao que estão celebrando. Tão fragilizadas na fé, distantes. Será que Deus ficou distante? Não, nunca. Deus sempre está presente! Nós é que nos distanciamos Dele, e o cenário urbano das nossas cidades permite sempre esse distanciamento, pois faz faiscar muita euforia com toda a realidade externalizada, que é proporcionada e vendida de todas as formas. Como trabalhar em nossas comunidades essas fragilidades humanas e também no campo da fé? Nossos bispos, pelas diretrizes da ação evangelizadora da Igreja no Brasil, há algum tempo nos sinalizam a importância dos contatos pessoais. Estes devem ser sempre avaliados e trabalhados para que superem lacunas históricas em nossas paróquias e contemplem a alegria de ser comunidade, aberta a todos e para todos os batizados e confirmados.

Em nossas celebrações passa muita gente despercebida, muitos anônimos. Sim, me coloco também em questão. Recentemente fui abordado por um jovem pai de família que disse: - Padre já faz um ano que frequento a paróquia. Fiquei pensando: nem sei o nome e falou comigo por situações do batizado de sua criança. Mas minha missão sempre é ir ao encontro das pessoas. Nossa vida de pároco é muito cheia, creio que a vida dos que fazem e estão na comunidade também. Nossa oração sincera diante de Deus deve ser para que não nos cansemos. Mas se a canseira bater na soleira de nossa janela existencial, que possamos amá-la. Essa motivação serve para todos nós, para enfrentarmos as dificuldades juntos, pois somos atingidos por pensamentos filosóficos que se sobressaíram de teorias da liberdade e do pragmático, com ênfase na razão que influência novas maneiras de pensar. Mais que as ideias de Descartes, Rousseau e Kant, nossa motivação perdura na bondade e na gratuidade. Estas provêm da força do Evangelho, que continua vivo e nos desperta para que sejamos testemunhas vivas do amor de Jesus pela humanidade. Termino lembrando uma paroquiana de minha comunidade, Dona Amélia. Não aquela que Mario Lago e Ataulfo Alves cantam: “Amélia que era mulher de verdade”. Mas a Amélia Biscouto da realidade paroquial, que em seus 82 anos ainda visita doentes e quer servir. “Padre, quero morrer trabalhando pela Igreja e servindo”. Sua alegria interior permanece sempre e sinaliza que há tantos entre nós com a fortaleza de Deus. E essa nunca deixa cansar. Deus nos ajude para que sejamos sempre “animadores fortalecidos” na vida em comunidade. Bom início de ano a todos!

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Família e Vida

DIÁCONO JUARES CELSO KRUN Assessor Eclesiástico da Comissão Família e Vida

Mais um ano se aproxima do final e traz com ele

do conjunto de todos eles. O Documento de Apa-

uma data que convida à reflexão do mistério da

recida realça: “Cremos que ‘a família é imagem de

encarnação: 25 de dezembro – Natal. No natal ce-

Deus que em seu mistério mais íntimo não é uma

lebra-se o Deus amor que vem ao encontro do ho-

solidão, mas uma família’. Na comunhão de amor

mem e da mulher, que se faz sarx, que se faz “car-

das três Pessoas, nossas famílias têm sua origem,

ne”, que se torna gente como a gente. “E o verbo se

seu modelo perfeito, sua motivação mais bela e

fez carne e habitou entre nós” (Jo 1, 14). Jesus assu-

seu último destino” (DAp 434).

me a natureza humana em sua totalidade, menos o pecado, para redimir a todos.

Comunhão vem da palavra de origem grega koinonia, termo muito comum entre os cristãos com o

Vários aspectos podem ser pensados, refletidos,

sentido de companheirismo, participação, par-

aprofundados sobre o Natal do Senhor. Destaca-

tilha e contribuição com o próximo e com Deus.

se aqui o tema da família, mais especificamente a

Com a tradução da bíblia hebraica para o grego,

comunhão familiar.

o termo koinonia foi inserido no Novo Testamento, aparecendo pela primeira vez no livro de Atos

Todos os seres humanos foram criados por Deus

mostrando como a vida cristã era compartilhada

para viver em comunhão. E o exemplo completo,

em Jerusalém: “perseveravam eles na doutrina dos

total de vida em comunhão vem do próprio Deus: a

apóstolos, nas reuniões em comum, na fração do

Santíssima Trindade. Deus Pai vive em perfeita co-

pão e nas orações” (At 2, 42).

munhão com o Filho e com o Espírito Santo. Com base na Sagrada Escritura, no Magistério e

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A família tem todos os atributos para ser chamada

com o sentido de koinonia, pelo menos três atitu-

imagem da Santíssima Trindade, seja por meio da

des são imprescindíveis para a vivência da comu-

individualidade de cada um dos seus membros ou

nhão familiar: orar, dialogar e perdoar.

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ORAR “Pedi e vos será dado; buscai e achareis; batei e vos será aberto; pois todo o que pede recebe; o que busca acha e ao que bate se lhe abrirá” (Mt 7, 7-8). A oração deve estar presente na família, primeiro, de forma individual, cada um dos membros da família deve estar em contato com Deus. Em seguida, a oração do casal, aproveitando todos os momentos do cotidiano para os pedidos e agradecimentos. Estando, portanto, já presente em cada cônjuge e no casal, reza-se em família junto com os filhos e, em alguns casos, com os pais. E isso pode e deve ser feito tanto em casa como na comunidade dos fiéis crentes. Assim, se amplia para a família das famílias – a paróquia – com a participação da assembleia reunida na celebração da Palavra ou principalmente da Eucaristia.

DIALOGAR “O diálogo é uma modalidade privilegiada e indispensável para viver, exprimir e maturar o amor na vida matrimonial e familiar. Mas requer uma longa e diligente aprendizagem. [...] O modo de perguntar, a forma de responder, o tom usado, o momento escolhido e muitos outros fatores podem condicionar a comunicação” (AL, n.136). Para que haja comunhão é preciso partilhar, compartilhar, comunicar-se com o outro. O diálogo tem que estar presente na vida do casal e da família. Mesmo que às vezes as condições para dialogar não sejam as mais adequadas, deve-se buscar um aprendizado de todos os membros da família, tanto entre o casal, como entre pais e filhos e filhos entre si. Aliás, se preciso, marque-se “hora” para dialogar. Não se esquecer que o diálogo exige a paciência da escuta, antes da fala.

PERDOAR “Então Pedro chega: ‘Senhor, quantas vezes devo perdoar ao irmão que pecar contra mim? Até sete vezes?’ Jesus respondeu-lhe: ‘Não te digo até sete, mas até setenta e sete vezes’” (Mt 18, 21-22). O perdão deve resultar de uma atitude de reconhecimento da fraqueza alheia, tanto para quem dá o perdão, com para quem o pede. Para que haja verdadeira comunhão, deve-se praticar o perdão tanto para as pequenas como grandes faltas que se cometam no relacionamento familiar.

Estas três atitudes se inter-relacionam e se fortalecem. Quem ora, tem mais facilidade para dialogar e perdoar. Para perdoar ou dialogar bem é preciso orar. As três ajudam a concretizar a comunhão familiar.

EXPEDIENTE COMISSÃO DA FAMÍLIA E VIDA: Assessor Eclesiástico: Diácono Juares Celso Krun Sonia Biscaia – soniaabs@arquidiocesecwb.org.br / 2105-6309

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Especial Natal

FREI RODRIGO DA SILVA SANTOS Fraternidade Franciscana São Boaventura

Presépio: símbolo do

nascimento do Salvador

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Mais um final de ano se aproxima e nossos sentimentos e pensamentos vão se voltando ao agradecimento do que foi vivido e os preparativos para recomeçar. Todas estas ideias se condensam na grande celebração do Natal, a natividade do Senhor, que nos permite renovar esperanças na História da Salvação planejada por Deus e lançar novas luzes sobre o que até então foi vivido. Este grande momento é representado pelo mundo todo através das imagens do presépio, um símbolo histórico que nos ajuda a penetrar neste mistério divino.

sagrou o pão e o vinho, mistério do Deus Comunhão e encarnado na história.

A representação do nascimento do Menino Deus através do presépio tem sua origem na Itália, por inspiração de São Francisco de Assis. Em 1223, ele fora convidado para celebrar na pequena aldeia de Greccio o Natal do Senhor. Ele aceitou o convite com uma condição: gostaria de celebrar o mistério da Encarnação, mas também queria ver, de algum modo, o acontecimento celebrado. Assim, na noite do Natal, no lugar onde se celebraria a Eucaristia, havia sido construída uma pequena choupana, com feno no chão, um boi e um burro ali deitados. A celebração se iniciou e as vozes do povo reunido enchiam os bosques com seus louvores a Deus. São Francisco ofereceu uma bela pregação a respeito do Menino de Belém enquanto, diante de todos, uma visão miraculosa de uma criança na manjedoura enchia a todos de piedade. No altar, o sacerdote con-

O presépio nos ajudaria, além disso, lembrar que a beleza do Natal não está na riqueza, pois o Menino Deus veio ao mundo em meio ao frio e sujeira, acolhido nos braços de seus pais pobrezinhos, sendo testemunhado apenas por animais e pastores. E é justamente desta humilde cena, representada no presépio, que vemos a clara escolha de Deus de desapegar-se dos valores que podem brilhar aos olhos do mundo e mostrar que os valores do Evangelho seriam outros: proximidade com os humildes, amorosa acolhida entre irmãos, partilha de alegria e união.

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Assim nascia o símbolo do presépio, sonhado por um homem que permitiu sua vida ser marcada pelo mistério da Encarnação, movimento do Deus Amor que oferece seu próprio Filho para ser comunhão com o mundo, enraizado na história da humanidade e ensinar a cada homem e mulher o que significa amar e viver a partir desta Boa Nova.

Mais um Natal está chegando. Aproveitemos esta oportunidade para repensar nossa vida, abraçar novos valores, crescer no sonho de Deus e viver seu mistério de comunhão com Ele e nossos irmãos. Feliz Natal!


Dimensão Social

No encerramento do Ano da Misericórdia a acolhida àqueles que necessitam Neste mês de novembro concluímos o Ano da Misericórdia, um tempo de graça que nos moveu a fazer reflexões sobre nossa maneira de ser Igreja e praticar ações que nos direcionem cada vez mais para sermos misericordiosos. Neste Jubileu, a Pastoral do Povo da Rua também buscou reafirmar sua missão, que é ser presença junto à população de rua, reconhecendo os sinais de Deus ali presentes e afirmar a dignidade da pessoa, reconhecendo-a como cidadã ou cidadão de direitos, criado à imagem e semelhança de Deus. Neste sentido, por ocasião do encerramento do Jubileu da Misericórdia, que aconteceu no dia 20 de novembro, a Pastoral do Povo da Rua realizou uma atividade que reuniu cerca de 150 pessoas em situação de rua e catadores de material reciclável na Paróquia São João Batista, no Rebouças. O encontro teve como objetivo celebrar, partilhar a vida, conviver e participar de delicioso almoço preparado pelos voluntários da Pastoral. A ação também contou com o apoio dos seminaristas Redentoristas e Vicentinos. Quem também marcou presença no evento foi o Arcebispo Dom José Antônio Peruzzo, um grande apoiador das ações das pastorais sociais. Foi uma experiência rica na qual cada pessoa pôde perceber que precisa de pouco para colocar um sorriso no rosto de alguém. Gratidão a todos que contribuíram para que essa convivência acontecesse. Os trabalhos seguem e a luta por direito, dignidade e cidadania continua!

EXPEDIENTE COMISSÃO DA DIMENSÃO SOCIAL: dimensaosocial@arquidiocesecwb.org.br. (41) 2105-6326 | Coordenadores: Pe. Antônio Fabris, Diácono Gilberto Félis e Diácono Antônio Carlos Bez | Maria Inês Costa: (41) 2105-6326 Arquidiocese de Curitiba | Dezembro 2016

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Liturgia

PE. JOSÉ AIRTON DE OLIVEIRA Coordenador da Comissão Litúrgica

Falando sobre a Santa Missa, gestos e cantos Litúrgicos Ao iniciar um novo Ano Litúrgico com o tempo do advento, vamos meditar um pouco sobre como estamos vivenciando a sagrada Eucaristia que participamos e qual o valor e importância que damos para ela em nossa vida. Vale a pena recordar o que ela significa para nós cristãos. A Eucaristia é a “fonte e ápice de toda a vida cristã” (Lumen Gentium 11). Nos dias de hoje, muitos irmãos e irmãs católicos ainda não sabem o verdadeiro significado e o valor da Eucaristia. Alguns vão a Missa apenas por um sentido de obrigação ou convenção social, talvez imposta pelos pais na infância. Grande parte deles acaba por abandonar a Igreja por achar uma coisa repetitiva, desconhecendo o verdadeiro conteúdo da Celebração Eucarística. Evangelizar também é ensinar o verdadeiro sentido dos sacramentos da Igreja. Portanto, aprenda você também a mostrar o sentido da Santa Missa aos seus parentes, familiares, amigos e vizinhos. Eduque seus filhos na fé! Fale de Deus com todos! Não tenha medo nem vergonha! Sempre é tempo de evangelizar. Entenda que Deus realmente está presente na missa e fala diretamente conosco. É preciso tornar-se criança no sentido de inocência e humildade para participar bem e aproveitar todas as bênçãos que provêm dos céus durante a missa. Entreguemos

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por completo ao Senhor, preparemos nosso coração para acolher tudo aquilo que vamos vivenciar em nossa celebração. Tudo deve ser preparado com dignidade e carinho para se ter uma harmonia na celebração, inclusive os cantos, que devem ser apropriados para cada momento. Os benefícios serão grandiosos se nos ocuparmos por alguns momentos com a celebração.

Por que ir à Igreja? O individualismo não tem lugar no Evangelho, pois a Palavra de Deus nos ensina a viver fraternalmente. O próprio céu é visto como uma multidão em festa e não como indivíduos isolados. A Igreja é o povo de Deus. Com ela, Jesus fez a Nova e Eterna Aliança no seu Sangue. A palavra Igreja significa Assembleia. É um povo reunido na fé, no amor e na esperança pelo chamado de Jesus Cristo. A Missa foi sempre o centro da comunidade e o sinal da unidade, pois é celebrada por aqueles que receberam o mesmo batismo, vivem a mesma fé e se alimentam do mesmo Pão. Todos os fiéis formam um só “corpo”. São Paulo disse aos cristãos: “Agora não há mais judeu nem grego, nem escravo, nem livre, nem homem, nem mulher. Pois todos vós sois um só em Cristo Jesus” (Gl 3,28).


Gestos e atitudes O homem é corpo e alma. Há nele uma unidade vital. Por isso ele age com a alma e com o corpo ao mesmo tempo. O seu olhar, as suas mãos, a sua palavra, o seu silêncio, o seu gesto, tudo é expressão de sua vida. Na Missa fazemos parte de uma Assembleia dos filhos de Deus, que têm como herança o Reino dos Céus. Por isso, na Celebração Eucarística não podemos ficar isolados, mudos, cada um no seu cantinho. A nossa fé, o nosso amor e os nossos sentimentos são manifestados através dos gestos, das palavras, do canto, da posição do corpo e também do silêncio. Queremos descobrir carinhosamente que o silêncio faz parte também para nos interiorizarmos e fazermos a experiência de Deus em nós naquele momento. Tanto o canto como o gesto, ambos dão força à palavra. A Oração não diz respeito apenas à alma do homem, mas ao homem todo, que é também corpo. O corpo é a expressão viva da alma.

Na Missa se realiza o verdadeiro encontro celebrativo dos irmãos, este momento comunitário festivo, participativo e orante que brota das realidades de cada comunidade sempre como ponto de partida que estimula a vida cristã. Não tenhamos medo de dar passos concretos de mudanças, valorizando o que a Igreja tem de mais belo no seu canto litúrgico sem ter necessidade de ir buscar outros subterfúgios. Assim faremos com mais forças um verdadeiro encontro com o Senhor e com os irmãos. Que tenhamos um ótimo Ano Litúrgico, cheio de espiritualidade. Seguiremos refletindo sobre este tema da valorização do Canto Litúrgico dentro de nossas celebrações, com retiros e formações para nossa arquidiocese no próximo ano de 2017. Que Deus vos abençoe!

Com relação aos cantos litúrgicos, o que a Igreja nos ensina sobre isso. “O canto, como “parte necessária e integrante da liturgia” (SC 112), por exigência de autenticidade deve ser a expressão da fé e da vida cristã de cada assembleia. Em ordem de importância é, após a comunhão sacramental, o elemento que melhor colabora para a verdadeira participação pedida pelo concílio (...) o canto, portanto, não é algo de secundário ou lateral na liturgia, mas é uma das expressões mais profundas e autênticas da própria liturgia e possibilita ao mesmo tempo uma participação pessoal e comunitária dos fiéis (...)” (Estudos da CNBB 79 sobre a música litúrgica no Brasil). Que de fato nossas celebrações sejam vivas, alegres, aproveitando a cada momento para através de nosso canto também louvar o Senhor pelas graças recebidas.

EXPEDIENTE COMISSÃO LITÚRGICA: peairton@hotmail.com / (41) 2105-6363 / Coordenação: Pe. José Airton de Oliveira

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Campanha para Evangelização

Ele está no meio de nós Campanha para a Evangelização 2016 vai até 11 de dezembro Desde a Solenidade de Cristo Rei (20/11) até o 3º Domingo do Advento (11/12), a Igreja Católica realiza em todo o Brasil a Campanha para a Evangelização (CE). O lema neste ano de 2016 é “Ele está no meio de nós”. Na conclusão da campanha, 11 de dezembro, é realizada, em todas as comunidades católicas, a Coleta para a ação evangelizadora no Brasil O objetivo deste período de Campanha é despertar os fiéis para a relação entre a Fé e a Vida e para que possam participar cada vez mais da sustentação das atividades pastorais em suas paróquias. A CE segue o exemplo das primeiras comunidades, às quais Paulo recomendava que os que têm se enriqueçam de boas obras, deem com prodigalidade e repartam com os demais (cf. 2Cor 8 e 9). As doações no dia da Coleta contribuem para projetos de evangelização que atingem todo o país e também para ajudar dioceses pobres, que precisam do apoio das demais para poderem desenvolver suas atividades evangelizadora. Participe. Aproveite o período da Campanha para buscar saber mais sobre as atividades pastorais em sua e nas outras paróquias. Assim, no final de semana da Coleta (10 e 11 de dezembro), você poderá fazer sua contribuição consciente de que ela será importante para a continuidade ou ampliação das atividades pastorais. Tudo o que for angariado na Campanha será destinado às atividades pastorais. O valor arrecadado é partilhado. A Arquidiocese recebe 45% dos recursos, o Regional da CNBB recebe 20% e a CNBB Nacional recebe 35% das doações. Em 2015 o total arrecadado somente na Arquidiocese de Curitiba foi de R$ 200.033,07. Com o valor de R$ 90.014,88 (extraindo o valor repassado à CNBB Nacional e Regional) foi possível já a realização de diversos projetos, entre eles da Pastoral do Migrante, Infância e Adolescência Missionária, Formação Missionária e diversos outros projetos com abrangência de toda Arquidiocese. O valor arrecadado na Coleta em todas as paróquias será fundamental para destinar ao Fundo Diocesano de Solidariedade (FDS), que anualmente destina recursos a projetos pastorais. É de extrema importância a participação dos fiéis para viabilizar nossas atividades pastorais.

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Divulgação da Campanha para a Evangelização em 2016 Diáconos Permanentes, Acólitos, alunos da Escola Diaconal e Ministros da Sagrada Comunhão da Arquidiocese de Curitiba foram chamados para assumir de modo especial a divulgação da Campanha. Contato para retirada de materiais da Campanha: 2105 6324

Oração da CE Pai Santo, quisestes que a vossa Igreja fosse no mundo fonte de salvação para todas as nações, a fim de que a obra do Cristo que vem continue até o fim dos tempos. Aumentai em nós o ardor da evangelização, derramando o Espírito prometido, e fazei brotar em nossos corações a resposta da fé. Por Cristo, nosso Senhor. Amém!


Campanha para Evangelização - Oração de Natal

A Campanha para a Evangelização é realizada todos os anos no período de preparação para a celebração do Natal. Publicamos a seguir uma Celebração para que as famílias possam realizar neste Natal, na ceia da véspera do nascimento do Senhor Jesus.

PREPARAÇÃO

Após a tradicional troca de presentes (se houver) entre os familiares, o Dono(a) da Casa pode convidar todos para um momento de espiritualidade junto da mesa onde será realizada a ceia de Natal. Se possível, deixar em local próximo um presépio (ou imagem do Menino Jesus). Acende-se uma vela junto ao presépio e em silencio inicia-se a celebração!

ACOLHIDA Todos: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, Amém! Dono(a) da Casa: Reunidos em família, amigos e irmãos em Cristo Jesus, celebremos nosso encontro do Natal do Senhor. Recordemos agora, todas as pessoas que amamos e não podem estar conosco. (momento de silêncio) PALAVRA DE DEUS Dono(a) da Casa: O Deus Criador do Universo vem ao nosso encontro através de seu Filho e mostra-se simples e humilde voltado aos pobrezinhos: Leitor 1: (Ler o Evangelho do dia: Lc 2,1-14. Utilizar sua Bíblia) Partilha da Palavra: Uma ou mais pessoas falam brevemente algumas palavras acerca do Evangelho. Canto: (Noite Feliz. Ou outro canto, à escolha do grupo).

BÊNÇÃO PARA ANTES DA CEIA Todos: Senhor, nosso Deus, nós vos pedimos que, renovados por este encontro, possamos também nós sermos sinais da presença do amor: em nossa família, e pelos caminhos que trilhamos no cotidiano. Abençoai estes alimentos, que são sinal de festa, alegria e fartura. Por Cristo, Nosso Senhor. Amém! CELEBRAÇÃO DA PAZ Leitor 2: Natal é tempo perdão, reatar laços! Pelo amor, semear no coração os sentimentos que queremos fazer brotar ao longo do ano que se inicia: solidariedade, generosidade, carinho, atenção, ternura, sensibilidade para com o outro. Dono(a) da Casa: Na alegria do Nascimento do Senhor, saudemo-nos uns aos outros dizendo: Todos: “Que a Paz do Menino Jesus esteja em seu coração!”

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CLÓVIS VENÂNCIO Equipe Arquidiocesana da Pastoral do Dízimo

Dízimo

Tempo do Advento Dezembro, último mês do ano civil e primeiro de

também, a estarmos sempre preparados, vigilantes

novo Ano Litúrgico que, no corrente ano teve iní-

para o “encontro” com Ele que ocorrerá já ao término

cio no dia 27 de novembro, o primeiro Domingo do

de nossa peregrinação nesta vida terrena que, embo-

ADVENTO.

ra certa, não sabemos quando será.

Advento é o tempo litúrgico compreendido pelas

Esta preparação significa, buscarmos conhecer sem-

quatro semanas que antecedem o Santo Natal,

pre mais e melhor a Jesus Cristo e, sobretudo, colo-

quando celebramos a encarnação do Verbo Divino e

carmos em prática no dia-a-dia, os seus ensinamen-

o nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo. Em 2016,

tos, ou seja, fazermos a vontade de Deus, como

este período encerra-se no dia 18 de dezembro.

Ele o fez. De fato, consiste na vivência do primeiro e principal mandamento da Lei Divina que é, amar

Para nós cristãos deve ser um tempo de busca de

a Deus sobre todas as coisas, amando-nos mutua-

um maior crescimento espiritual com base em mui-

mente como verdadeiros filhos Seus, vivendo, assim,

ta reflexão e oração. É um tempo em que, além de

em harmoniosa comunhão e tudo partilhando entre

nos prepararmos para celebrar a primeira vinda de

nós. Com efeito, essa é a fundamentação de toda a

Cristo, há mais de dois mil anos, a Igreja nos exorta,

atividade da Pastoral do Dízimo.

A Pastoral do Dízimo e a Campanha Arquidiocesana para a Evangelização A “Coleta Especial” para a Evangelização em nossa Arquidiocese, se dará nas Missas do terceiro domingo do Advento, que no corrente ano será nos dias 10 e 11 de dezembro. Portanto, como a Pastoral do Dízimo na Igreja Católica tem entre suas atribuições a responsabilidade de contribuir com o processo de Evangelização, é muito importante que seus integrantes atuem na divulgação dos objetivos da Campanha, motivando os fiéis a contribuir generosamente com ela. Assim, é recomendável que os membros das equipes paroquiais do dízimo atuem integradamente com seus párocos, diáconos e demais lideranças da comunidade para, na medida em que estimulem as pessoas a contribuir, ressaltem os aspectos que diferenciam a contribuição dizimal e a finalidade específica da referida “Coleta”.

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É Natal mais uma vez: cumprimentos, abraços, mensagens etc. tudo para relembrar o Nascituro e nos aproximar das pessoas. É tempo de esperas, de encontros, da alegria que deve inundar nossos corações diante da festa que se aproxima. Neste tempo de vigília é necessário que abramos nosso coração para acolher o diferente, os nossos irmãos e, juntos realizarmos a grande Festa do Senhor – Feliz Natal! Que a dinâmica da fraternidade e solidariedade que nos mobiliza neste tempo seja a constante ação de nossas atitudes no novo ano que logo terá início. Que ele seja próspero de bênçãos e graças! Estes são os votos sinceros de todos os integrantes da Equipe Arquidiocesana da Pastoral do Dízimo, bem como do seu Padre Referencial e do Coordenador da Comissão 10 da Arquidiocese a todos os amigos e leitores da revista “Voz da Igreja”.

EXPEDIENTE

COMISSÃO DA DIMENSÃO ECONÔMICA E DÍZIMO: Coordenador da Comissão: João Coraiola Filho Padre Referencial da Pastoral do Dízimo: Pe. Anderson Bonin / Coordenador da Pastoral do Dízimo: William Michon

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Dimensão Missionária - COMIDI

Na Alegria da Missão!

Queremos, com o coração transbordante de gratidão, agradecer a cada missionário e missionária de nossa Arquidiocese de Curitiba, que se empenhou e se dedicou em testemunhar “O que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos” (1Jo1,3) e a ser a Igreja em saída!

1º Reunião de Assessores e Assessoras da IAM

Formação para Assessores e Assessoras da IAM

Muitas foram as pessoas que se envolveram e se empenharam. Também muitas foram as pessoas que receberam os missionários que bateram em suas portas, inúmeras foram as iniciativas e de maneira criativa diversas pessoas se envolveram. Assim, muitas graças aconteceram na vida dos missionários/as, bem como das famílias visitadas. É nesse espírito de fraternidade que desejamos que Jesus Salvador possa estar renascendo em suas vidas e na vida de suas famílias, desejosos de seguirmos com entusiasmo na alegria da missão, e partilhamos o início das atividades para o próximo ano.

Formação para Coordenadores da IAM

Feliz Natal e um excelente início de 2017

Corpus Christi 2016

Missionários do Santuário Nossa Senhora do Carmo

Visita Missionária Santuário Nossa Senhora da Salette

Missionários do Santuário Nossa Senhora de Salette

EXPEDIENTE

COMISSÃO DIMENSÃO MISSIONÁRIA: (41) 2105-6375 comidi@arquidiocesecwb.org.br / Ir. Patrícia / Patryck (41) 2105-6376

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Visita Missionária Santuário Nossa Senhora do Carmo


Artigo do Leitor

PEDRO HENRIQUE COLATUSSO PASCOM – Paróquia São José e Santa Felicidade

Na noite de Natal, Igreja Matriz de Santa Felicidade completa 125 anos Arquiteto e construtor da Igreja, Pe. Pietro Colbacchini relatou em cartas como foi a construção e a inauguração da Igreja São José Os imigrantes italianos que fundaram Santa Felicidade trouxeram em suas bagagens sonhos, expectativas e também a fé em Deus. Fé que os fez desde o início construir uma pequena Capela de madeira para dar a catequese às crianças e celebrar os sacramentos. Porém, ela passou a ficar pequena quando, em 1886, a chegada de um missionário italiano mudou os rumos da história. Pe. Pietro Colbacchini exercia sua missão nas fazendas de café do interior de São Paulo quando soube das necessidades dos italianos estabelecidos em colônias nos arredores de Curitiba. Com a autorização do bispo de São Paulo, veio para o Paraná. Seu primeiro trabalho foi a pregação de uma missão em Santa Felicidade. Durante os 15 dias em que permaneceu, os colonos sentiram-se revigorados, entusiasmados pelo fato de verem um padre como eles, falando o mesmo dialeto e portando as mesmas tradições culturais. Em Curitiba, Pe. Colbacchini morava na Colônia de Água Verde, mas percorria incansavelmente todos os núcleos italianos da região, que iam de Morretes a Rondinha; de São José dos Pinhais a Colombo. Através das cartas que Pe. Colbacchini escrevia a seus superiores na Itália é possível saber detalhes do crescimento da fé dos imigrantes e também da construção de igrejas, como a Matriz São José de Santa Felicidade, por ele projetada. Em 1888, escreveu: “A colônia Santa Felicidade, composta por 130 famílias, já possui uma igreja bastante decente, de madeira, mas já se está começando uma igreja ampla e bonita”. No ano seguinte, Colbacchini já descrevia mais detalhes. “Os muros já alcançaram 2 metros, e chegarão à altura de 15. Esta obra me obriga a ir até Santa Felicidade mais frequentemente.”

Igreja Matriz de Santa Felicidade com a fachada original, alterada quando da ampliação da Igreja em 1928

Colbacchini projetou uma igreja considerada por ele como “magnífica”. “A Igreja tem 36 metros de comprimento e 16 de largura, tem 3 naves formando uma cruz grega. A altura da nave central será de 12 metros e meio.” No Natal de 1891, a inauguração da Igreja de São José contou com celebrações que atraíram, segundo as cartas de Colbacchini, milhares de pessoas. Durante a semana, foram sendo realizadas procissões levando os quadros e imagens da capela de madeira para a nova igreja. Mas foi na noite da quinta-feira, 24 de dezembro, que aconteceu a mais solene procissão, levando o Santíssimo Sacramento. “A rua do trajeto estava ornamentada com numerosos arcos e árvores iluminadas por balões de várias cores. Quase todos os que acompanhavam a procissão (mais de 2 mil pessoas) levavam nas mãos velas acesas. O silêncio, a escuridão, a devoção e a harmonia dos cantos que repercutia nos arcos da nova igreja, enchiam a todos de viva emoção”, relatou Pe. Colbachinni. Naquela noite a igreja comportou apenas uma terceira parte dos fiéis. Feita a adoração até meia-noite, começou a Missa Solene, que durou até duas da madrugada. 125 anos depois, a Paróquia São José e Santa Felicidade está iniciando o processo de restauração da Igreja Matriz. Foram contratados profissionais especializados que desenvolveram um projeto completo, já aprovado pelas autoridades civis e eclesiásticas. Nesse processo, a ajuda da comunidade será essencial para que a Igreja São José recupere as características originais projetadas por Colbachinni.

Pe. Pietro Colbacchini

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Pascom - Especial Natal

Crianças brasileiras irão abençoar crianças da África e da América Central com a campanha ‘Pequenos Reis Magos’

Estamos no Advento, momento que para nós, cristãos, representa a preparação, alegria e espera pelo nascimento de Jesus. É um tempo de reavivarmos nossa fé, esperança, amor e também praticarmos a solidariedade. O Evangelho de São Mateus nos relata este marcante episódio de amor e solidariedade: “Tendo Jesus nascido em Belém da Judeia, no tempo do rei Herodes, eis que vieram magos do Oriente perguntando: ’Onde está o rei dos judeus recém-nascido? Com efeito, vimos a sua estrela no Oriente e viemos homenageá-lo’. Em seguida, abriram seus cofres e lhe ofereceram presentes: ouro, incenso e mirra” (Mt. 2, 1-2,11). Inspirada neste exemplo bíblico e em uma ação promovida pela Kindermissionswerk, instituição alemã que apoia projetos relacionados à área da infância, a Pastoral da Criança lançou em 2015 a campanha “Pequenos Reis Magos”. As Arquidioceses de Curitiba e da Paraíba aderiram à iniciativa e incentivaram crianças e adolescentes da catequese a se vestirem como os três Reis Magos e irem de casa em casa, distribuindo bênçãos aos lares e arrecadando colaborações. Foram arrecadados 24 mil reais, integralmente repassados para Dom Pedro Carlos Zilli, bispo brasileiro responsável pela Diocese de Bafatá, em Guiné-Bissau, a fim de serem aplicados na Pastoral da Criança daquele país. A iniciativa deu tão certo que a campanha acontecerá novamente neste ano, agora com a participação de um número maior de dioceses. Os recursos arrecadados serão destinados às crianças de Guiné-Bissau, Moçambique, Guatemala e Haiti.

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Como participar Os Pequenos Reis Magos de 2016 cantarão, celebrarão e abençoarão as casas em que passarem. O valor arrecadado será enviado aos países após a celebração da ação de graças pela campanha com a participação das crianças, que acontecerá na sede da Pastoral da Criança em Curitiba (PR), no dia 15 de janeiro. Qualquer diocese pode se candidatar para realizar a campanha, mas é necessário que o bispo concorde com a iniciativa e escolha até três paróquias para realizá-la.

Mais informações Site: www.pci.org.br/pequenosreismagos E-mail: campluz1@pastoraldacrianca.org.br Paroquias participantes na Arquidiocese de Curitiba neste ano de 2016: Setor Oeste - Campo Largo: Santuário Bom jesus; São Sebastião; Nossa Senhora da Piedade - São Pedro e São Paulo Setor Noroeste: Bom Pastor Setor Norte: Santa Terezinha de Lizieux; São José Vila Oficinas


Tradicional exposição de presépios na Praça Rui Barbosa em dezembro Desde 1996 a Paróquia Senhor Bom Jesus dos Perdões na Praça Rui Barbosa vem oferecendo todos os anos uma Exposição de Presépios. A exposição segue uma tradição franciscana de contemplar a encarnação do Filho de Deus, iniciada com o próprio Francisco ao montar o presépio na cidade de Grecio, Itália no natal de 1223. Esse momento conta com a participação de toda a Família Franciscana onde se reuni leigos e consagrados para um trabalho fé e de solidariedade. Todo anos se busca um tema, o de desse ano será: E o Verbo Divino se fez carne e habitou entre nós. Cecília Meireles sábia escritora nos coloca com singelas palavras uma breve meditação sobre o presépio. “Quando São Francisco de Assis inventou o primeiro presépio, e falou das coisas do céu numa gruta, dizem que, ao ajoelhar-se, desceu-lhe aos braços estendidos um Menino todo de luz. O Santo Poeta colocara ali apenas umas poucas imagens: as da Sagrada Família, a do irmão jumento e a do irmão boi. O áspero cenário de pedra tinha a nudez franca da pobreza, a rispidez dos desertos do mundo, o recorte bravio dos lugares de sofrimento. Aí, o Menino de luz pode descer, porque ele vinha para ensinar caminhos difíceis, e restituir às coisas naturais da terra o sentido da sua presença na ordem universal.”. Uma grande oportunidade de ver as diversas formas de expressão do presépio. Vale apena convidar sua família para juntos refletir sobre um Rei que nasceu sem nenhum conforto... só o amor lhe bastava... A mostra acontece no salão paroquial juntamente com um bazar de artesanatos confeccionados por irmãos e irmãs da ordem franciscana, com fins sociais e de formação da mesma.

Exposição de Presépios

01 a 18 de dezembro 2016 Tema: E o Verbo Divino se fez carne e habitou entre nós Local: Salão da Paróquia Senhor Bom Jesus dos Perdões, Praça Rui Barbosa - Centro - Curitiba - PR. Horário: das 9h às 19h.

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Pascom

FLORIANO JUNIOR – PASCOM Texto e fotos

Paróquia Senhor Bom Jesus recebe visita pastoral “No mês de novembro do ano de 2016, tivemos a satisfação de realizar a Visita Pastoral a Paróquia Senhor Bom Jesus de Colombo. Paróquia caçula de nossa Arquidiocese de Curitiba. Foi muito gratificante perceber que o Senhor, Bom Jesus, realiza maravilhas quando a sua Igreja se põe em saída”. Essas foram algumas palavras do Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Curitiba Dom José Mário Scalon Angonese após a visita pastoral à Paróquia Senhor Bom Jesus, localizada no município de Colombo.

A visita pastoral se encerrou com a Santa Missa Celebrada no Ginásio Municipal Marcelo Chiquitti, Presidida por Dom José Mário e Concelebrada pelo Pároco Padre Tadeu Camilo. Sobre a visita pastoral o Pároco ressalta que “este foi um momento frutuoso de bênçãos e quem foi tocado por essa bênção, está firme na fé, animado na missão e feliz por ser católico em sua convicção de ser Igreja, pertencido a Comunidade do Bom Jesus e certo que envolver se na dinâmica do Reino de Deus aqui na terra é o treinamento para o céu”.

A visita pastoral nesta paróquia teve início na tarde do dia 02 de novembro de 2016, quando o Arcebispo Metropolitano de Curitiba Dom José Antonio Peruzzo e o Bispo Dom José Mário, tiveram seu primeiro encontro com as lideranças das Pastorais e Movimentos da Paróquia. O encerramento foi em 20 de novembro. A vasta programação que envolveu a visita pastoral permitiu que Dom José Mário pudesse conhecer melhor toda a Paróquia Senhor Bom Jesus, sua estrutura, suas comunidades e saber um pouco mais sobre os trabalhos pastorais realizados na paróquia através dos movimentos e pastorais. O Bispo teve ainda a oportunidade de visitar as creches municipais (CMEIs) e também esteve presente nas Escolas Municipais. Dom José Mário Celebrou duas missas com os doentes e idosos da paróquia, visitou os doentes e conheceu de perto algumas famílias da paróquia. Durante a visita pastoral um encontro em especial mobilizou toda a paróquia quando Arcebispo Metropolitano de Curitiba Dom José Antonio Peruzzo e o Bispo Dom José Mário, estiveram reunidos com os agentes de Pastorais e Movimentos da paróquia, reunindo quase 300 participantes.

EXPEDIENTE PASTORAL DA COMUNICAÇÃO: pascom@arquidiocesecwb.org.br (41)9999-0121 | Coordenador: Antonio Kayser

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Paróquia em Destaque

Natal dos Solitários na Igreja das Mercês A Paróquia Nossa Senhora das Mercês, conhecida como “Igreja dos Capuchinhos”, no Bairro das Mercês, celebra todos os anos o “Natal dos Solitários”. Há 13 anos esse evento se repete. A iniciativa se deu com a constatação de que muitas pessoas estão sozinhas para celebrar o Natal. Então os freis resolveram proporcionar este encontro festivo na noite do dia 24 de dezembro, para as pessoas solitárias se encontrarem e se confraternizarem. Natal é festa da fraternidade em que as pessoas gostam de se encontrar, dar augúrios de “Feliz Natal” e se confraternizar. Mas e quem está sozinho ou sozinha? Como vai celebrar o Natal? E há muita gente que não tem com quem comemorar esta festa natalícia! Então a Igreja das Mercês proporciona esse momento festivo, onde as pessoas solitárias poderão vivenciar a alegria do Natal, em fraternidade. Já no início de dezembro as pessoas começam a ligar na Secretaria Paroquial para dar seus nomes e reservar seu lugar na festa. Muitos já participam deste dia de congraçamento há muitos anos. O jantar começa logo após a missa das 19 horas do dia 24 de dezembro, no salão paroquial da Igreja, e reúne em média 150 pessoas. Além da ceia natalícia há “cantorias de Natal”, partilhas sobre o significado do mesmo, espiritualidade e muita alegria. Muitos dos participantes formam um grupo de amigos que continuam se comunicando e cultivando amizade. Os participantes são convidados a levar comidas para partilhar. Quem não levar, participa igualmente, pois a paróquia providencia todos os ingredientes da festa. O importante é levar disposição e alegria para celebrar o Natal do Senhor não solitariamente, mas com os irmãos e irmãs.

A Paróquia Nossa Senhora das Mercês está localizada na Av. Manoel Ribas, 966, no Bairro Mercês – Curitiba-PR Fone: (41) 3335-5752 Horários de Missas nos finais de semana: Sábado – 06h30, 17h e 19h Domingo – 06h30, 07h30, 09h, 10h30, 12h, 17h e 19h

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Painel do Leitor

Escola Arquidiocesana de Pastoral Familiar Sagrada Família Missa de Ação de Graças, envio e certificação da XXI Turma - 2016. A Escola Arquidiocesana de Pastoral Familiar, concluiu ao final do mês de outubro o Curso de formação de Agentes de Pastoral Familiar da XXI - Turma exercício 2016. A certificação e envio dos formados ocorreu ao final da Missa de Ação de graças celebrada na Paróquia nossa Senhora da Anunciação do setor Capão Raso; Área Episcopal Sul de nossa Arquidiocese. Aproveitamos o momento para convocar as paróquias a encaminhar alunos para a XXII turma de 2017 que acontecera junto a Paróquia São Jose da Vila das Oficinas. Inscrições abertas no site www.arquidiocesedecuritiba.org.br

Missa de Finados O dia de Finados contou com diversas celebrações nas Paróquias e cemitérios da Arquidiocese de Curitiba. A Praça Sagrado Coração de Jesus, em frente ao Cemitério Municipal do Água Verde, reuniu centenas de fiéis em celebração realizada a céu aberto pela Associação Evangelizar é Preciso com apoio da Arquidiocese. A Missa foi celebrada por Dom José Antonio Peruzzo, as orações e adoração ao Santíssimo foram conduzidas pelo Padre Renato Viera e as animações pelo Padre Luiz Alberto Kleina.

Destinação via Imposto de Renda Faça sua parte pelos menos favorecidos. Programe-se já para declarar seu imposto de renda de forma solidária. O que você doar ainda neste ano de 2016 por meio dos Fundos da Infância ou do Idoso poderá ser deduzido na sua declaração no ano que vem. Então, ao invés de apenas pagar o imposto devido, que tal destibar o valor aos Fundos da Infância e da Adolescência (FIAs) e aos Fundos do Idoso? O objetivo é apoiar obras sociais que contribuem para a parcela menos favorecida da população. Essa destinação pode ser feita até o final de dezembro para poder ser deduzida no ano que vem.

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Como fazer? Se você escolher destinar a doação para o Fundo Municipal para Criança a o Adolescente ou Fundo Municipal do Idoso: Acesse www.fas.curitiba.pr.gov.br e procure pelo menu Doações - Fundo da Infância e Adolescência ou Fundo Municipal do Idoso. Preencha o formulário de doação. Você pode escolher direcionar para uma instituição específica. Você pode doar também aos projetos no Fundo Estadual dos Direitos do Idoso. Procure o nome deste fundo no menu do site www.cedi.pr.gov.br


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Caminhando 30 Subsídio para grupos de reflexão nas famílias para o ano litúrgico

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Contato: sac@arquidiocesecwb.org.br (41) 2105 6325


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