Revista arquidiocese maio 2016

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Inspirados na exortação apostólica “Amoris Laetitia” (A Alegria do Amor), do Papa Francisco, apresentamos alguns olhares referentes à nossa atuação evangelizadora junto às famílias de nosso tempo.

Veja também: Artigos

De nosso Arcebispo Dom José Antônio Peruzzo e de nosso Arcebispo Emérito Dom Pedro Antônio Marchetti Fedalto

Corpus Christi

Saiba mais sobre a solenidade que neste ano ocorre em 26 de maio

+ artigos e novidades de nossa Arquidiocese

Encontros de preparação dos noivos

Veja como encontros personalizados têm se mostrado bastante eficazes

H1N1

A Importância da prevenção contra a gripe


Pe. Alexsander Cordeiro Lopes / Marlon Roza Coordenação da Ação Evangelizadora da Arquidiocese de Curitiba

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Família e Misericórdia – A alegria do Amor!

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Caro Leitor, 11

Neste momento tão importante da vida da Igreja, o Papa Francisco entrega-nos, ao final do Sínodo dos Bispos, a Exortação Apostólica “Amoris Laetitia” (A Alegria do Amor). Esta edição da Revista Voz da Igreja apresenta-nos vários olhares a respeito de questões referentes ao matrimônio e à família. A Comissão Família e Vida apresenta-nos as experiências e reflexões sobre as “Famílias Feridas” e como nossa Igreja pode ajudá-las. Pe. Alex, coordenador da Ação Evangelizadora, reflete sobre a preparação dos noivos, que necessita ser mais personalizada. E a Comissão Bíblico-Catequética traz-nos o tema: “Preparação de pais e padrinhos para o batismo”. Outros assuntos importantes são discutidos nesta edição: o mundo do trabalho e as atuais mudanças legislativas (Pastoral Operária). Leitura Orante com Jovens, pelo projeto “Lectionautas” (Setor Juventude). Os Seminaristas em missão (Dimensão Missionária). Maio é o mês da Celebração de“Corpus Christi”, e a Comissão de Liturgia fala-nos sobre o assunto. A prevenção contra a gripe H1N1; doença esta que já acomete muitas pessoas antes mesmo do início do inverno, é tema de uma das reportagens. Destacamos o trabalho missionário da Paróquia São José Trabalhador, do Campina do Siqueira, cujo padroeiro é celebrado em maio. Que nossa Igreja Particular de Curitiba esteja plenamente engajada no árduo trabalho de ajudar nossas famílias a cumprirem sua vocação em nossas comunidades eclesiais em nossa sociedade.

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Fale Conosco

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ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO Rua Jaime Reis, 369 - São Francisco 80510-010 - Curitiba (PR) Responsável: Teodoro Travagin – 5531 (DRT-PR) Fones / Fax: (41) 2105-6343 E-mail: vozdaigreja@arquidiocesecwb.org.br Site: www.arquidiocesedecuritiba.org.br Apoio e Colaboração: Fone: (41) 2105-6342 Responsável: Aline Tozo E-mail: aline@arquidiocesecwb.org.br

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A revista Voz da Igreja é uma publicação da Arquidiocese de Curitiba sob a orientação da Assessoria de Comunicação CONSELHO EDITORIAL - Arcebispo da Arquidiocese de Curitiba Dom José Antônio Peruzzo | Bispo da Arquidiocese de Curitiba: Dom José Mário Angonese | Chanceler: Élio José Dall'Agnol | Ecônomo da Mitra: Pe. José Aparecido Pinto | Coordenador da Ação Evangelizadora: Pe. Alexsander Cordeiro Lopes | Coordenador geral do clero: Pe. Rivael de Jesus Nacimento | Jornalista responsável: Teodoro Travagin | Assessoria de Comunicação: Sintática Comunicação | Revisão: Aline Tozo | Revisão Teológica: Pe. Roberto Nentwig | Colaboração voluntária: 12 Comissões Pastorais| Apoio: Centro Pastoral | Projeto gráfico: Editora Exceuni | Diagramação: Sintática Cominucação | Impressão: Gráfica ATP - Tiragem: 10 mil exemplares.

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Arquidiocese de Curitiba | Maio 2016

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Palavra do Arcebispo

Dom José Antônio Peruzzo Arcebispo da Arquidiocese de Curitiba

Dom José Antônio Peruzzo Arcebispo da Arquidiocese de Curitiba • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

Crisma na Paróquia Santo Antonio, no Uberaba Crisma na Paróquia Bom Pastor Reunião do Conselho Permanente, em Brasília- DF Crisma na Paróquia Antonio, em Orleans Crisma na Paróquia Senhor Bom Jesus, em Balsa Nova Crisma na Paróquia Nossa Senhora da Conceição, Guabirutuba Crisma na Paróquia São João Batista, na Vila Sandra Crisma na Paróquia São Carlos Borromeu Formação na Comunidade Colo de Deus Reunião do Setor Colombo Expediente na Cúria Missa na Paróquia Divino Espírito Santo Reunião da ARSEM, no Seminário dos Padres Agostinianos Presença na Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, na Igreja Luterana Reunião do Setor Centro Reunião do CAP, na Cúria Crisma na Paróquia Senhor Bom Jesus, em Campo Largo Reunião do Setor Mercês, na Paróquia Santíssimo Sacramento Crisma na paróquia Nossa Senhora da Paz Ordenação Episcopal do Pe. Ricardo Hoepers, na Catedral Ordenação Diaconal, na Paróquia Imaculado Coração de Maria Crisma na Paróquia São Cristovão Crisma no Santuário Sagrado Coração de Jesus Visita no Seminário Bom Pastor Formação do Clero da Arquidiocese, no Seminário Bom Pastor Visita no Seminário Rainha dos Apóstolos Reunião do Setor Boqueirão, na Paróquia Menino Deus Reunião dos Formadores no Seminário Propedêutico Crisma na Paróquia São Brás Crisma na Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus Crisma na Paróquia Imaculado Coração de Maria Missa na Paróquia Santíssima Trindade Crisma na Paróquia São Francisco de Paula Reunião do Setor Rebouças Visita no Seminário Propedêutico Visita a Comunidade das Irmãs Filhas do Coração de Maria Expediente na Cúria Visita no Seminário São José Missa na Paróquia Santíssimo Sacramento Missa e Procissão de Corpus Christi, na Catedral Expediente na Cúria

Dom José Mário Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Curitiba Região Episcopal Norte

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Marlon Roza

Agenda Mensal dos Bispos

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Ação Evangelizadora

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Crisma na Paróquia Sagrada Família, no Novo Mundo Crisma no Santuário Nossa Senhora de Fátima Missa na Paróquia Nossa Senhora da Boa Esperança Reunião com os Coordenadores das Regiões Episcopais, na Cúria Reunião da Comissão Arquidiocesana dos Diáconos Expediente na Cúria Reunião com os Coordenadores de Setores da Região Episcopal Norte Crisma na Paróquia Santo Antonio, em Orleans Crisma na Paróquia Santa Cândida Crisma na Paróquia São João Batista, na Vila Sandra Crismas na Paróquia Nossa Aparecida, no Uberaba Crisma na Paróquia Nossa Senhora Medianeira de Todas as Graças Crisma na Paróquia Santa Catarina de Labouré Missa no Santuário Nossa Senhora de Guadalupe Missa na Paróquia Divino Espírito Santo Reunião do Setor Colombo Expediente na Cúria Crisma na Paróquia Santíssimo Sacramento Reunião do Setor Centro Reunião do CAP, na Cúria Missa na Paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Almirante Tamandaré Reunião do Setor Mercês, na Paróquia São Francisco de Paula Crisma na Paróquia Santo Antônio, no Parolin Ordenação Episcopal do Pe. Ricardo Hoepers, na Catedral Crisma na Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Belém Crismas na Paróquia Senhor Bom Jesus, em Colombo Formação do Clero da Arquidiocese, no Seminário Bom Pastor Palestra para os Grupos de Oração da Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus Reunião do Setor Almirante Tamandaré, na Paróquia Anjo da Guarda Reunião dos Formadores no Seminário Propedêutico Crisma na Paróquia Menino Jesus de Praga Crisma na Paróquia São João Bosco Crisma na Paróquia São João Batista, em Almirante Tamandaré Crisma na Paróquia Santa Efigênia Crisma na Paróquia Santo Antônio, na Boa Vista Reunião do Setor Rebouças Missa na Santa Casa de Misericórdia Expediente na Cúria Missa na Romaria de Nossa Senhora do Caravagio Missa e Procissão de Corpus Christi, na Catedral Missa na Cúria Crisma na Paróquia Santa Cândida Crisma na paróquia Senhor Bom Jesus, na Ferraria Crisma na Paróquia São Paulo Apóstolo Crisma na Paróquia São Benedito Expediente na Cúria

A Caridade Conjugal Há poucas semanas o Papa Francisco nos brindou com sua Exortação Apostólica Amoris Laetitia. Traduzida, a expressão fala da “alegria do amor”. Muito rumor se fizera dentro e fora da Igreja sobre o que poderia resultar dos Sínodos sobre a Família. Posições com pendores extremistas, algumas religiosas outras não, pareciam debater mais sobre convicções de fundo ideológico do que sobre o alcance humano e pastoral de questão tão importante quanto é a família. O texto chegou; as posições extremas não foram contempladas; então é possível a reflexão ponderada. Até quando fala ou escreve com cuidados formais, o Papa Francisco reserva lugar para a espontaneidade. E, com frequência, ele cunha expressões novas ou reabilita outras mais antigas. Gostei do que ele falou sobre a “caridade conjugal”. A sentença não é nova, mas caíra no esquecimento. Vale uma pausa para reflexão sobre este tema. Afinal, às pessoas que mais dizemos amar, também é maior a possibilidade de pronunciar nossas palavras mais ferinas. Isso não é raro naquelas situações em que o matrimônio não vai bem. Para melhor compreender até onde pode chegar o sentido desta caridade vale atinar para algumas frases: “Depois do amor que nos une a Deus, o amor conjugal e a ‘amizade maior’. É uma união que busca o bem do outro, reciprocidade, intimidade, ternura, estabilidade e uma semelhança entre amigos”. Entre o casal, um se torna aliado do outro (daí a palavra aliança) de um modo tal que o próprio Deus se faz testemunha solidária de compromisso tão elevado. Ante tamanha grandeza de caridade, “incapaz de reinventar-se e de recomeçar sempre de novo... cede à cultura do provisório, que impede um processo constante de crescimento”.

A caridade conjugal transpõe o horizonte da mera passionalidade. Somente a paixão não sustenta a grandeza do amor. “Prometer um amor que dure para sempre é possível quando se descobre um desígnio maior que os próprios projetos, que nos sustenta e permite doar o futuro inteiro à pessoa amada”. Sabemos todos que, na vida matrimonial, sem muitas demoras os cônjuges percebem que também esposaram os limites um do outro. Paciência, silêncio, perdão também são linguagens sublimes do amor. Trata-se aqui de amor absolutamente gratuito, voltado a construções recíprocas, sem a primazia das subjetividades. Eis aí o lugar para a espiritualidade e a graça. Outra dimensão importante da caridade conjugal, lembra-nos o Papa Francisco, é a alegria. No começo tudo é passional e romântico. Até se tem a impressão de que o amor matrimonial se equilibra mediante criativos meios de gratificação prazerosa. Contudo, o tempo segue, as fases se sucedem e até o prazer se apaga. Não é que o “amor acabou”. Porém, quando o casal se encerra apenas em algumas poucas coisas, isso não permite encontrar outros tipos de satisfações. “A alegria expande a capacidade de desfrutar e permite-nos encontrar prazer em realidades variadas...”. As pessoas alegres têm um coração ampliado.

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Palavra de Dom Pedro

Dom Pedro Antônio Marchetti Fedalto Arcebispo Emérito de Curitiba

O 34º Bispo Paranaense

Monsenhor Ricardo Hoepers No dia 17 de fevereiro passado, com a notícia esperada por muitos, Monsenhor Ricardo Hoepers foi o 34º Bispo paranaense, nomeado para a Diocese do Rio Grande, no Rio Grande do Sul. O Estado do Paraná, fundado a 19 de agosto de 1853 e a Diocese de Curitiba, a 27 de abril de 1892, tinham poucos sacerdotes. Espontaneamente alguns jovens paranaenses iam de navio de Paranaguá a Santos e de lá a S. Paulo, matriculando-se no Seminário da Imaculada Conceição, fundado a 09 de novembro de 1856, um século após a criação da Diocese de S. Paulo. Ordenavam-se em S. Paulo e uns ficavam exercendo o ministério lá. Uns sacerdotes bem qualificados: Mons. Manuel Vicente da Silva, de Antonina e Cônego João Evangelista Braga, da Lapa em suas biografias consta que não aceitaram o episcopado. O primeiro Bispo paranaense foi D. Alberto Gonçalves, de Palmeira, formado no Seminário de S. Paulo, lá ordenado e professor no Seminário. Inscreveu-se no concurso para ser pároco de Curitiba. Bem classificado, a Princesa Dona Isabel o nomeou seu pároco, empossado a 08 de setembro de 1888. Destacou-se logo na conclusão da matriz em Curitiba, hoje a artística Catedral, como pároco dinâmico e zeloso, provedor da Santa Casa e idealizador da construção do Hospital Psiquiátrico Nossa Senhora da Luz, Diretor do Ensino no Paraná. Criada a Diocese de Ribeirão Preto, foi nomeado o seu 1º Bispo. Sua ordenação episcopal foi na Catedral de Curitiba, com muita emoção de todos, especialmente de sua querida mãe, Dona Constança. Depois dele, até 1957, só foram nomeados os dois irmãos Mazzarotto, de Santa Felicidade, D. Antônio para a recém criada Diocese de Ponta Grossa e D. Jerônimo Bispo Auxiliar de Curitiba. Somente em 1966, foi nomeado o 6º Bispo que sou eu. Atualmente são 34, 20 ativos, 4 Eméritos e 10 mortos. Dos 34, 15 foram seminaristas no Seminário S. José de Curitiba. Dos 34 Bispos, 17 são naturais da Arquidiocese de Curitiba: 12 diocesanos e 5 religiosos: 3 vicentinos e 2 passionistas. Os Padres, vindos de outros Estados e Países, que exerceram o ministério no Paraná são 46, 10 diocesanos e 36 religiosos, sendo Bispos no Paraná, outros Estados e até no Exterior.

Monsenhor Ricardo, nascido em Curitiba, a 16 de dezembro de 1970, ingressou no Seminário de S. José, em 1985 e Rainha dos Apóstolos em 1985, cursando Teologia no Studium Theologicum de Curitiba, especializando-se ao mesmo tempo em Bioética na Faculdade de São Camilo em S. Paulo. É o 5º Presbítero por mim ordenado, a 31 de janeiro de 1999, que se tornou Bispo. Desempenhou muito bem as numeras funções presbiterais em Curitiba, sempre com muito êxito e aceitação. Na Academia Alfonsiana de Roma, doutorou-se em Teologia Moral, com a especialidade em Bioética. Regressando de Roma, era Professor de Teologia Moral no Studium Theologicum de Curitiba, na Faculdade Vicentina de Curitiba, Diretor Comunitário do Studium Theologicum, Membro do Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos do Setor de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Paraná. Membro do Instituto Ciência e Fé de Curitiba, Secretário da Sociedade Brasileira de Teologia Moral e ainda pároco de Santo Agostinho.

Juventude

Ir. Valéria Andrade Leal Congregação das Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus

Lectionautas Smartphone, tablets, redes sociais, buscadores... São meios de nos mantermos conectados com o mundo e com pessoas de diversos lugares e culturas. Mas não podemos nos esquecer de estar conectados também com Deus. Pensando nisso, a Igreja propõe aos jovens de toda América Latina o projeto Lectio Divina para jovens: Lectionautas. O projeto busca dar ao jovem a oportunidade de conhecer e praticar uma leitura orante e vivencial da Palavra de Deus tornando-se discípulo missionário, rezando e vivenciando a Palavra e contagiando outros jovens a fazerem a experiência do amor de Deus. É o convite a uma viagem nas “águas mais profundas” (Lc 5,4) que é a Palavra de Deus. A bússola a guiar é a Bíblia refletida e rezada através do método da Lectio Divina. Lectio Divina é um método de leitura, oração e vivência da Palavra de Deus que segue quatro etapas: leitura, meditação, oração e contemplação/ação, isso sem esquecer uma boa preparação e a petição das luzes do Espírito Santo. Trata-se de entender, rezar e viver a Palavra de Deus. No Lectionautas a internet e redes sociais são usadas para partilha de experiências do jovens entre si e também para fornecer algumas explicações do texto como se pode conferir em http://www.lectionautas.com/site/ (na versão em espanhol) ou http://www.lectionautas.com.br/ (na versão em português). Antes de iniciar é realizada uma formação sobre o método com oficinas. Os participantes formam grupos de partilha pelas redes sociais e também poderão encontrar-se periodicamente para partilhar as experiências. A prática da Lectio Divina favorece e aprofunda a experiência do encontro com Jesus e forma discípulos missionários, pois a experiência leva o jovem a contagiar outros jovens para fazerem a mesma experiência.

Bem mereceu ser Bispo. Felicito-o carinhosamente. Esteve na Diocese de Rio Grande, onde foi bem recebido pelo Bispo resignatário Dom José Mário Stroeher, pelo clero, povo na Catedral, Meios de Comunicação Social e Irmãs Carmelitas. Sua ordenação será no dia 14 de maio, às 09,00 horas na Catedral de Curitiba, com muita oração, emoção e alegria de todos que o conhecem e de modo especial sua mãe Dona Doraci, sua irmã Rosangela e irmãos Rogério e Rafael.

A iniciativa do Projeto é do Conselho Episcopal Latino Americano e Caribenho – CELAM e das Sociedades Bíblicas Unidas e busca levar um a animação bíblica aos movimentos e grupos juvenis. Para a juventude, a Bíblia indica a direção correta de como ser jovem sem deixar de ser cristão, como ser pessoa autêntica e feliz sem renunciar aos seus valores fundamentais. A Lectio Divina só vem aprofundar e potencializar ainda mais a capacidade do jovem de caminhar com Deus e ser protagonista de sua própria história e da sociedade.

Que o Espírito Santo o ilumine no episcopado.

EXPEDIENTE

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SETOR JUVENTUDE: juventude@arquidiocesecwb.org.br (41) 2105-6364 / 9605 4072 / 2105-6368 / Murilo Martinhak / Assessor Eclesiástico: Pe. Waldir Zanon Junior.

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Animação Bíblico-Catequética

Pe. Luciano Tokarski Coordenador da Comissão Bíblico-Catequética

Escola de Agentes da

Pastoral do Batismo em Inspiração Catecumenal e Missionária Os recentes documentos da Igreja ressaltam o valor da evangelização das famílias, pais e padrinhos, como uma urgência pastoral. Nos tempos atuais a educação de fé dos filhos é fragmentada e superficial. Em diversos casos não há envolvimento e participação dos pais na vida de fé dos filhos. Também, de modo geral, diminuem as famílias que procuram oferecer educação de fé e o sacramento do Batismo para seus filhos. A preparação de pais e padrinhos deve acontecer em chave missionária, caso contrário será mera obrigação ou cumprimento das exigências da Igreja. Os cursões de batismo não têm força evangelizadora, não produzem experiência de fé e inserção comunitária. De modo geral, batiza-se sem compreensão do verdadeiro efeito da graça sacramental. Sacramentaliza-se sem a eficácia sacramental. “Existem pais que acendem uma vela no quarto do recémnascido e só a apagam quando ele é batizado. Outros pais desejam o Batismo para que seus filhos não sofram nenhum quebranto, adoeçam ou fiquem sem vida, sem ânimo” (Do livro 300 razões para batizar). O Batismo é compreendido como superstição, tornando-se produto ou serviço religioso. Alguns procuram o Batismo como mero ato social ou tradicionalismo familiar. Com esta realidade, percebemo-nos adentro do Documento de Aparecida, com muitos batizados e poucos evangelizados. Pessoas sacramentalizadas que não foram conduzidas à experiência com Deus. Estamos engavetados nos mesmos modelos, nos mesmos discursos, e, ainda, olhamos ao redor e percebemos que somos um número reduzido em nossa pastoral. Nem aos nossos

conseguimos encantar. Precisamos mudar os métodos e as linguagens. A preparação de pais e padrinhos com encontros orantes, personalizados e celebrativos é o caminho para um trabalho pastoral mais eficaz. “Muito recomendáveis são as visitas às famílias dos batizandos, com o fim de integrá -los melhor à comunidade eclesial por laços de verdadeira amizade e de fé” (CNBB 19, Batismo de Crianças). Visitar, acompanhar e celebrar a vida e a fé da família do batizando é uma atitude missionária. É a Igreja que sai para ser fonte batismal aos seus futuros membros. A Pastoral do Batismo em chave missionária é aquela que se envolve com as mães que esperam o bebê, valoriza os gestos e sinais da liturgia sacramental e os pais e padrinhos são acolhidos cordialmente na comunidade paroquial. Tratando-se de famílias afastadas da convivência eclesial devem-se acontecer visitas regulares.

Pastoral do Batismo 2016

O sacramento do Batismo imprime em nós a inserção em Cristo, a incorporação à Igreja, pois, através dele se opera a graça renovadora e santificadora do Espírito de Deus.

Não é mais possível, diante da urgência de uma Igreja missionária, em saída, tentar evangelizar pais e padrinhos de forma apenas doutrinal, intelectual e instrutiva.

Diante dessa urgente necessidade, a Comissão Bíblico-Catequética organizou, a partir de 2015, a ESCOLA DE AGENTES DA PASTORAL DO BATISMO, em duas etapas, a fim de que seus participantes, além de conhecer a teologia batismal, também vivenciem a espiritualidade, celebrem com a rica simbologia e conheçam a proposta arquidiocesana para a preparação de pais e padrinhos.

Uma catequese batismal eficaz dá-se de forma vivencial, orante e celebrativa, além do trabalho personalizado com

Pelo 2º ano consecutivo, as vagas rapidamente se esgotaram.

Por isso, pais e padrinhos devem ser convenientemente evangelizados a respeito desse sacramento, da inserção na Igreja, na vida comunitária, além de bem esclarecidos a respeito do exercício da vida cristã.

Eis alguns momentos preciosos da 1ª etapa da Escola, que aconteceu em 09 de abril, na Casa de Retiros das Irmãs da Divina Providência:

A fuga de fiéis para outros lugares, onde o Batismo se celebra sem exigências ou em tempo reduzido, é ruptura da unidade e sinal de uma pastoral que não educa o povo. Comunidades missionárias desejam aos fiéis um jeito íntimo de se relacionar com o Senhor. Comunidades missionárias desejam formar e cuidar de discípulos missionários de Jesus. Que estejamos unidos às orientações de nossa Igreja Particular. Que nossa comunidade seja poço que ofereça “água viva, Jesus” às famílias que têm sede do amor de Deus e sejam essas famílias transfiguradas e mergulhadas nos mistérios do Espírito Santo.

Momento orante

A espiritualidade batismal,

inicial

com Vanessa Ruthes

A teologia do Batismo, com Pe. Roberto Nentwig

EXPEDIENTE

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seus interlocutores. Por isso, há que se ter agentes da Pastoral do Batismo bem preparados, que entendam e se incorporem ao processo personalizado de acolhimento, de testemunho e de vivência, além do domínio do conteúdo teológico-doutrinal.

Exercício do trabalho em equipe

Uma palavra do coordenador da Ação Evangelizadora, Pe. Alexsander C Lopes

Turma 2016 1ª etapa

COMISSÃO DA ANIMAÇÃO BÍBLICO-CATEQUÉTICA: catequese@arquidiocesecwb.org.br (41) 2105-6318 / Coordenação: Pe. Luciano Tokarski / Assessoria: Regina Fátima Menon. Arquidiocese de Curitiba | Maio 2016

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Pe. Alexsander Cordeiro Lopes Coordenador da Ação Evangelizadora da Arquidiocese de Curitiba

Arquidiocese em Missão

Encontros Personalizados com os Noivos Nossos dias exigem de nós uma postura decididamente missionária. Não nos cabe mais ações que apenas conservem o que temos, mas faz-se urgente colocarmo-nos em saída, indo ao encontro das pessoas, procurando formar com elas pequenas comunidades de aprofundamento da fé, ao redor da Palavra. Nossa Arquidiocese de Curitiba está buscando realizar este ideal. Também a Pastoral Familiar deseja adentrar mais decididamente neste processo missionário. E os encontros personalizados de preparação dos noivos tem se mostrado bastante eficazes. De fato, já há muitos anos, nossa Arquidiocese tem orientado as paróquias a privilegiar a preparação dos noivos em suas casas, com conversas mais personalizadas e acompanhamento de casais mais experientes de nossas comunidades (Cf. Diretório Arquidiocesano Art. 125). Por mais que os tradicionais “Cursos de Noivos” sejam bons, jamais substituirão a força dos encontros personalizados, nos quais, olhos nos olhos, os noivos poderão conversar sobre suas opções e aprofundar a sua decisão de formar uma nova família. O Papa Francisco, em sua mais recente exortação apostólica “Amoris Lætitia” pede à Igreja que dê atenção especial a esta preparação personalizada: “Habitualmente, são muito úteis os grupos de noivos e a oferta de palestras opcionais sobre uma variedade de temas que realmente interessam aos jovens. Entretanto são indispensáveis alguns momentos personalizados, dado que o objetivo principal é ajudar cada um a aprender a amar esta pessoa concreta com quem pretende partilhar a vida inteira. Aprender a amar alguém não é algo que se improvisa, nem pode ser o objetivo dum breve curso antes da celebração do matrimônio.” (Amoris Lætitia, 208).

E ainda: “Hoje, a pastoral familiar deve ser fundamentalmente missionária, em saída, por aproximação, em vez de se reduzir a ser uma fábrica de cursos a que poucos assistem.” (Amoris Lætitia, 230). Diante de tantos apelos de nossa realidade atual, da última Exortação Apostólica do Papa Francisco, da reflexão de nossa Pastoral Familiar Arquidiocesana, de nossas opções missionárias arquidiocesanas, da urgência da conversão pastoral de nossas paróquias e a formação das pequenas comunidades de fé, não cabe somente prepararmos nossos noivos com cursões e palestras para multidões, que a poucos agradam e que pouco agregam à vida concreta daquele novo casal. A maioria de nossas paróquias já personalizou a sua preparação de noivos. Mas ainda há muito que se fazer em algumas comunidades paroquiais. Peçamos ao Senhor da Vida que as ajude a dar os passos necessários de conversão pastoral rumo a uma ação mais decididamente missionária junto aos nossos noivos.

Ministério dos Coroinhas e Acólitos da Arquidiocese de Curitiba Encontros todos os 4˚ sábados do mês na Catedral Basílica Nossa Senhora da Luz – Praça Tiradentes. É como muito fervor e esperança que iniciamos as atividades na Arquidiocese de Curitiba no ano de 2016. Temos na Escola de Formação das Lideranças para Coordenadores de Coroinhas e Acólitos mais de 100 participantes, na qual temos por objetivo, estimular e incentivar novas forças para conduzir este ministério na Igreja de Jesus Cristo, tão importante para a nossa liturgia. Contamos com a presença e perseverança de todos. Nesta caminhada contamos com o apoio da Equipe de Animação Vocacional coordenada pelo Pe. Regis

Bandil, Seminaristas do Seminário São José, bem como a Equipe Arquidiocesana de Liturgia na pessoa do Pe. Mauricio dos Anjos. E toda equipe arquidiocesana dos Coroinhas e Acólitos.

Informações com: Genice Ximendes da Silva Coord. Arquidiocesana de Coroinhas e Acólitos (41) 3328-3832/ (41) 9159-2487 genice-xs@uol.com.br

V Gincana de Acólitos e Coroinhas da Arquidiocese de Curitiba Dia 15 de maio acontece a primeira etapa no Seminário São José, Curitiba-PR Acontece no dia 15 de maio a abertura da V Gincana de Acólitos e Coroinhas da Arquidiocese de Curitiba, no Seminário São José, bairro Orleans. Este ano a Gincana contará com 15 paróquias inscritas e uma estimativa de mais de 746 pessoas envolvidas no evento. Nesta primeira etapa acontece a Prova da Corrida de São Tarcísio, onde mais de 358 crianças já estão inscritas para participar do evento. Com o objetivo de unir e integrar crianças, adolescentes, jovens e adultos, a Gincana terá ainda momentos de incentivo ao esporte, ação social, conhecimento sobre a Igreja entre outras surpresas nos dias das etapas que estão sendo preparadas pela equipe da Organização da Gincana. O evento este ano contará com 3 etapas no Seminário São José nas seguintes datas: 15 de maio; 13 de agosto e 16 de outubro. Muitas surpresas prometem.

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Dimensão Social

Dimensão Social

A Alegria do Amor e a missão das famílias e dos leigos como Igreja, a serviço do Reino Vivemos um momento extraordinário para a profecia e arrisco dizer que a Igreja deposita grande parte de suas esperanças proféticas nas famílias e nos leigos. Com o papado de Francisco, que reacendeu a chama do espírito profético na vida pastoral, o Concílio Vaticano II saiu das gavetas e soprou às narinas da fé. A Alegria do Evangelho encheu de sorriso o rosto da Igreja Povo de Deus e, na encíclica Evangelii Gaudium, sobre a Evangelização no mundo atual, diz que, “enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus” (EG nº.1). É esta a alegria que deve nos mover e nos identificar.

sua 54ª Assembleia Geral. Um olhar político e de fé e que traz “Uma mensagem de esperança, ânimo e coragem” (1Pedro 3,15), e ainda afirma, “Os cristãos leigos e leigas não podem “abdicar da participação na política” (Christifideles Laici, 42)”. O Documento apresenta uma verdadeira lição de cidadania e profecia, para uma Igreja que, frequentemente, ainda age como se falar de política fosse um pecado, ao dizer, “Se quisermos transformar o Brasil, comecemos por transformar os municípios. As eleições são um dos caminhos para atingirmos essa meta”. Sabendo que este ano teremos eleições municipais, fiquemos atentos.

A missão das famílias, como comunidades, na maioria das vezes ligadas por laços sanguíneos, mas também e cada vez mais por laços afetivos, é servir. Por isso a necessidade de alargar o campo de visão e ir além das fronteiras territoriais e estritamente legais. Diz-nos Francisco na Carta Encíclica Laudato Si’ que, “Abertura a um “tu” capaz de conhecer, amar e dialogar continua a ser a grande nobreza da pessoa humana” (LS nº 119). Esta é uma condição necessária para uma Igreja missionária e em saída. Afinal, como nos lembra o Apóstolo Paulo, “E se vocês são de Cristo, são descendentes de Abraão, herdeiros conforme a promessa” (Gálatas 3, 29). Somos um povo que pertence. Temos um Deus que é todo bondade e que, de tão bom, é capaz de morrer por nós. O Padre José Comblin, nos deixou esta mensagem, “(...) Somente a fé percebe a promessa. Portanto, a esperança se alimenta da fé. Pois a esperança apoia-se nas promessas e as promessas são percebidas pela fé” (COMBLIN, 2010, p.27).

Concluindo esta breve reflexão, trazemos o Documento de Estudos, nº 107 da CNBB, que nos diz, “As imagens evangélicas do sal, da luz e do fermento são particularmente significativas se aplicadas aos cristãos leigos” (CNBB, 2014, Nº 162). Cabe-nos a pergunta geradora, qual é o sabor, qual é a luz e o que traz de crescimento a nossa ação, sobretudo pastoral, para a Igreja e para o Reino? Ou ainda, talvez, qual é a ação política, profética, transformadora que a pastoral na qual eu participo faz? É certo que são as perguntas que no movem, mas destas respostas veremos o sentido de nossa ação pastoral.

É a consciência política, no entanto, que nos faz ter uma fé cheia de vontade de ser gente. De mudar o mundo e alcançar a vida em abundância. Quando a gente abdica de fazer política a gente se desumaniza, desumanizando os espaços de convivências e as relações. É esta a orientação que podemos encontrar na mensagem da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB -, aprovada na

Jardel Lopes jardel.lopes.puc@gmail.com Coordenação Nacional da Pastoral Operária Pastorais Sociais – Arquidiocese de Curitiba

Qual o valor do seu trabalho? “O trabalho humano é uma chave, provavelmente a chave essencial, de toda a questão social”

acidades de trabalho, dos quais, 80% são oriundos de serviços terceirizados.

(Laborem Exercens) A crise política e econômica força o desemprego em masTal como afirma São João Paulo II, na Laborem Exercens, so-

sa no sistema capitalista. Em 2015, enquanto 5 maiores

bre o trabalho humano, o Papa Francisco, na Laudato Si,

bancos que operam no Brasil lucraram 55 bilhões de reais,

destaca que: “em qualquer abordagem de ecologia inte-

esses mesmos fecharam 9.886 postos de trabalho. Essa

gral que não exclua o ser humano, é indispensável incluir

realidade nos remete novamente à pergunta sobre o va-

o valor do trabalho” (Laudato Si, nº 124). Por isso, cabe-nos

lor do trabalho. O/a trabalhador/a é útil apenas enquanto

perguntar: Qual o valor do seu trabalho? A conjuntura polí-

geram lucro para o patrão, e esse lucro jamais é dividido,

tica e econômica da sociedade atual não é das melhores

ou ajustado ás necessidades. Uma pesquisa da Oxfam,

para os/as trabalhadores/as. Frente às ameaças que es-

aponta que 62 pessoas mais ricas no mundo tem sua ren-

tão expostas os/as trabalhadores/as, a concentração de

da equivalente aos 3,6 bilhões mais pobres.

riquezas nas mãos de poucos, a precarização do trabalho, resta nos questionar sobre o valor econômico e moral do

O futuro do trabalho pertence aos trabalhadores/as! Por

trabalho. Isso nos faz perguntar: para onde estão indo os

isso, há necessidade de defender o trabalho e a dignidade

nossos direitos?

do/a trabalhador/a, como bem menciona o Papa Francisco: “Se procurarmos pensar quais possam ser as relações

Por precarização do trabalho, entende-se a terceiriza-

adequadas do ser humano com o mundo que nos rodeia,

Para aprofundar:

ção, sobretudo no formato da Lei 4330, que flexibiliza

surge a necessidade de uma concepção correta do traba-

a qualidade, as relações, a segurança, e amplia a ex-

lho” (Laudato Si, nº 125). Deste modo, a Pastoral Operária

- CNBB. Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil 2015-2019 – Documento 102. Aparecida-SP: 2015.

ploração e desigualdade social. No Brasil, dados da OIT

mantém a centralidade do trabalho como elemento fun-

(Organização Internacional do Trabalho) apontam que

damental para entender e atuar nas questões sociais e

anualmente morrem mais de 2,5 mil pessoas vitimas de

ecológicas postas na atualidade.

- CNBB. Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e na sociedade – Sal da Terra e Luz do Mundo (cf. Mt 5, 13-14) – Documento de Estudos nº 107. Aparecida-SP: 2014. - CNBB. www.cnbb.org.br A mensagem da 54ª Assembleia. - COMBLIN, José. Viver na Esperança. São Paulo: Paulus, 2010. - PAPA Francisco, Carta Encíclica LAUDATO SI’ – sobre o cuidado da casa comum. Documentos pontifícios – 22. Brasília-DF: Edições CNBB, 2015. Curitiba, 14 de Abril de 2016. João Santiago Teólogo, Poeta e Militante. Coordenador da Campanha da Fraternidade de 2016.

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Arquidiocese de Curitiba | Maio 2016

EXPEDIENTE COMISSÃO DA DIMENSÃO SOCIAL: dimensaosocial@arquidiocesecwb.org.br (41) 2105-6326 (Maria Inês Costa) / Coordenadores: Pe. Antônio Fabris, Diácono Gilberto Félis e Diácono Antônio Carlos Bez.

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Especial

Diácono Juares Celso Krum

Situação atual da família

Família e Misericórdia a Alegria do Amor

A Exortação Apostólica pós-sinodal

a práxis pastoral, e simultaneamente

sua abrangência o documento tem

“A Alegria do Amor” (Amoris Laetitia)

oferecer coragem, estímulo e ajuda

avanços e limites, como o Papa

que o Papa Francisco assinou em 19

às famílias na sua doação e nas suas

reconhece no parágrafo 31 ao afirmar:

de março passado, publicada no dia

dificuldades”(cf. nº 4).

“não tenho a pretensão de apresentar

8 de abril de 2016 é um documento

aqui tudo aquilo que poderia ser dito

denso com nove capítulos, 325

Amoris

aqueles

sobre os vários temas relacionados

parágrafos, 391 notas de rodapé,

que esperavam um novo jeito de

com a família no contexto atual. [...]

que “recolhe contribuições dos dois

considerar as questões ‘espinhosas’

considero oportuno recolher algumas

Sínodos recentes sobre a família,

sobre o matrimônio e a família,

das suas contribuições pastorais,

acrescentando outras considerações

mas

acrescentando outras preocupações

para orientar a reflexão, o diálogo ou

esperavam mudanças radicais. Em

Laetitia

decepciona

agrada

aqueles

que

derivadas da minha própria visão...”.

Famílias reunidas no Encontro de Casais com Cristo - ECC

As mudanças antropológico-culturais tomam uma direção, em razão das quais os indivíduos são menos apoiados do que no passado pelas estruturas sociais na sua vida afetiva e familiar. Há também o perigo do “individualismo exagerado que desvirtua os laços familiares e acaba por considerar cada componente da família como uma ilha, fazendo prevalecer, em certos casos, a ideia dum sujeito que se constrói segundo os seus próprios desejos assumidos com carácter absoluto”(cf. nº 33).

Apesar disso, “como cristãos, não podemos renunciar a propor o matrimônio, para não contradizer a sensibilidade atual, para estar na moda, ou por sentimentos de inferioridade face ao descalabro moral e humano; estaríamos a privar o mundo dos valores que podemos e devemos oferecer”(35). O Papa pede que se faça uma autocrítica, pois “muitas vezes apresentamos de tal maneira o matrimônio que o seu fim unitivo, o convite a

crescer no amor e o ideal de ajuda mútua ficaram ofuscados por uma ênfase quase exclusiva no dever da procriação. Também não fizemos um bom acompanhamento dos jovens casais nos seus primeiros anos, com propostas adaptadas aos seus horários, às suas linguagens, às suas preocupações mais concretas”(36). E que “muitos não sentem a mensagem da Igreja sobre o matrimônio e a família como um reflexo claro da pregação e das atitudes de Jesus”(38).

O amor no matrimônio O Papa faz uma reflexão a partir de 1Cor 13, 4-7, dizendo que: “uma pessoa mostra-se paciente, quando não se deixa levar pelos impulsos interiores e evita agredir” (91); que “há de ser acompanhada por uma atividade, uma reação dinâmica e criativa perante os outros”(93); pois “o verdadeiro amor aprecia os sucessos alheios, não os sente como uma ameaça, libertando-se do sabor amargo da inveja”(95). E acrescenta: “o amor leva-nos a uma apreciação sincera de cada ser humano, reconhecendo o seu direito à felicidade”(96), que “o que nos faz grandes é o amor que compreende, cuida, integra, está atento aos fracos”(97);

que “ser amável não é um estilo que o cristão possa escolher ou rejeitar: faz parte das exigências irrenunciáveis do amor”(99); que “nunca se deve terminar o dia sem fazer as pazes na família. ‘E como devo fazer as pazes? Ajoelhar-me? Não!’ Para restabelecer a harmonia familiar basta um pequeno gesto, uma coisa de nada. É suficiente uma carícia, sem palavras”(104); que, mesmo não sendo fácil “quando estivermos ofendidos ou desiludidos, é possível e desejável o perdão”(106). De forma clara: “não exijo [do outro] que seja perfeito o seu amor para o apreciar: ama-me como é e como

pode, com os seus limites, mas o fato de o seu amor ser imperfeito não significa que seja falso ou que não seja real”(113). O amor é algo maior e “casar-se é uma maneira de exprimir que realmente se abandonou o ninho materno, para tecer outros laços fortes e assumir uma nova responsabilidade perante outra pessoa”(131). E que “o amor matrimonial não se estimula falando, antes de mais nada, da indissolubilidade como uma obrigação, nem repetindo uma doutrina, mas robustecendo-o por meio dum crescimento constante sob o impulso da graça”(134).

Algumas perspectivas pastorais No início do capítulo seis, o Papa lembra que“os debates do caminho sinodal puseram a descoberto a necessidade de desenvolver novos caminhos pastorais, e que as diferentes comunidades é que deverão elaborar propostas mais práticas e eficazes, que tenham em conta tanto a doutrina da Igreja como as necessidades e desafios locais(cf. nº 199). Em seguida diz que é preciso anunciar o Evangelho da família que “enche o coração e a vida inteira”. Retoma o que foi bastante destacado

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nos dois Sínodos sobre a preparação ao matrimônio apontando que “evidenciou-se a necessidade de programas específicos de preparação próxima para o matrimônio que sejam verdadeira experiência de participação na vida eclesial e aprofundem os vários aspectos da vida familiar”(206) e “procurando uma formação adequada que, ao mesmo tempo, não afaste os jovens do sacramento”(207). Sempre com um bom acompanhamento. “Provavelmente os que chegam melhor preparados ao casamento são

aqueles que aprenderam dos seus próprios pais o que é um matrimônio cristão”(208). Porém, “por outro lado, quero insistir que um desafio da pastoral familiar é ajudar a descobrir que o matrimônio não se pode entender como algo acabado”(218), pois “o amor precisa de tempo disponível e gratuito, colocando outras coisas em segundo lugar. Faz falta tempo para dialogar, abraçar-se sem pressa, partilhar projetos, escutar-se, olharse nos olhos, apreciar-se, fortalecer a relação”(224).

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Acompanhamento, discernimento e integração O capítulo oito é o que suscita maiores reflexões, pois, de fato, “os Padres sinodais afirmaram que, embora a Igreja reconheça que toda a ruptura do vínculo matrimonial ‘é contra a vontade de Deus, está consciente também da fragilidade de muitos dos seus filhos’ ”(291), e neste ano da misericórdia fica ainda mais evidente que “a Igreja deve acompanhar, com atenção e solicitude, os seus filhos mais frágeis, marcados pelo amor ferido e extraviado, dandolhes de novo confiança e esperança” (291). É fato que “duas lógicas percorrem toda a história da Igreja: marginalizar e reintegrar. (...) O caminho da Igreja, desde o Concílio de Jerusalém em diante, é sempre o de Jesus: o caminho da misericórdia e da integração. (...) O caminho da Igreja é o de não condenar eternamente ninguém”(296), De fato, “ninguém pode ser condenado para sempre, porque

esta não é a lógica do Evangelho! Não me refiro só aos divorciados que vivem numa nova união, mas a todos seja qual for a situação em que se encontrem” (297). Os divorciados recasados “devem ser mais integrados na comunidade cristã sob as diferentes formas possíveis, evitando toda a ocasião de escândalo. A lógica da integração é a chave do seu acompanhamento pastoral,...”(299). Quanto às normas e o discernimento tenha-se presente que “por causa dos condicionalismos ou dos fatores atenuantes, é possível que uma pessoa, no meio duma situação objetiva de pecado – mas subjetivamente não seja culpável ou não o seja plenamente –, possa viver em graça de Deus, possa amar e possa também crescer na vida de graça e de caridade, recebendo para isso a ajuda da Igreja”(305). O Papa diz: “Compreendo aqueles

EXPEDIENTE

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Arquidiocese de Curitiba | Maio 2016

que preferem uma pastoral mais rígida, que não dê lugar a confusão alguma; mas creio sinceramente que Jesus Cristo quer uma Igreja atenta ao bem que o Espírito derrama no meio da fragilidade: uma Mãe que, ao mesmo tempo que expressa claramente a sua doutrina objetiva, ‘não renuncia ao bem possível, ainda que corra o risco de sujar-se com a lama da estrada’ ”(308). Pede para que nos situemos “no contexto dum discernimento pastoral cheio de amor misericordioso, que sempre se inclina para compreender, perdoar, acompanhar, esperar e sobretudo integrar” (312). Encerro com as palavras do Papa no último parágrafo, enfatizando que “nenhuma família é uma realidade perfeita e confeccionada duma vez para sempre, mas requer um progressivo amadurecimento da sua capacidade de amar.

Comissão da Família e Vida Assessor Eclesiástico: Diácono Juares Celso Krun Sonia Biscaia – soniaabs@arquidiocesecwb.org.br / 2105-6309

A experiência de mães que foram movidas por Deus para orar pelos seus filhos

MARA LUCIA V. AVELINO E MARCELO H. C. AVELINO Coordenadores da SOS Família

“São mães que, compadecidas do sofrimento de outras mães, num gesto misericordioso e amoroso, acolhem os corações feridos de tantas mães que buscam consolo e cura para seus filhos e sua família.” Assim nos conta Janaina, 41 anos, arquiteta, mãe de duas meninas, casada há quinze anos, que hoje coordena o primeiro grupo de “Mães que oram pelos filhos” em nossa Arquidiocese. Ela, que viveu uma experiência de dor intensa diante de uma doença rara descoberta em sua filha, aos 4 meses de idade, encontrou em Deus a força para seguir. Sua filha passou por um ano de quimioterapia. Durante o tratamento, nunca perdeu os cabelos, não deixou de crescer, nem de se desenvolver. Hoje em fase de finalização do tratamento, é uma criança alegre, bem disposta e muito feliz. “Como mãe, eu digo que é humanamente impossível passarmos por tudo isso sem Deus! O nosso corpo não aguenta o cansaço! O nosso Espírito quase não tem forças para rezar, mas, se temos fé, sabemos que conquistaremos a graça de Deus, independentemente do final escolhido por Ele. Muitas pessoas oraram por mim. ” O amor cristão nos impele a nos colocarmos no lugar do outro, na dor do outro. Nosso grupo nasceu diante da dor de uma amiga, mãe, que via seu filho de 7 anos crescendo perfeitamente, e de repente, uma síndrome pouco conhecida o coloca debilitado, acamado, interrompendo a sua infância. Muitas mães se sensibilizaram: ”Poderia ser um de nossos filhos! ” Outros pedidos de oração surgiram, outras necessidades de oração se manifestavam. E quando nos encontrávamos para orar, particularmente o Terço, podíamos sentir que não estávamos sozinhas. Cada vez mais, sentíamos a presença de Deus e de Nossa Senhora ao nosso lado. Começamos a nos reunir por amor, um amor solidário e não imaginávamos o que viria depois. E num determinado momento chega em nossas mãos um livro “Mães que oram pelos filhos”, de Ângela Abdo. Contando a experiência de mães que foram movidas por Deus há alguns anos, na sua cidade, para orar pelos seus filhos, de onde nasceu um movimento. Nos demos conta, então, de onde Deus nos havia colocado, de como Ele nos chamou. Estávamos unidas a outras mães, em outras cidades, em outros estados, num mesmo Espírito: Orar pelos que sofrem”.

O movimento Mães que oram pelos filhos, nasceu na Arquidiocese de Vitória/ES e é reconhecido pela Igreja. Se encontra hoje dentro da estrutura organizacional de pastoral da Arquidiocese. Em Curitiba, este grupo de mães se reúne na Paróquia do Divino Espírito Santo e são acompanhadas pelo Pe. Luciano Tokarski. Para mais informações, acesse o site: www.maesqueorampelosfilhos.com Neste tempo, em que a família tem sido atacada de diferentes formas. Deus suscita homens e mulheres, que movidos pelo Seu Espírito, assumem a ação missionária com coragem e dedicação, transformando vidas. Dando testemunho do que Deus pode realizar quando, por amor, nos doamos ao serviço do irmão, com um olhar respeitoso e cheio de compaixão diante do sofrimento. Transformados pela Palavra de Deus e alimentados pelo corpo de Cristo, o missionário é instrumento do Reino.

Janaina Bonnevialle de Moraes, Ângela Abdo e Lidiane Fontana de Moraes, no Encontro de Mães que Oram pelo Filhos, 09 e 10 de abril, 2016.

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Dízimo

Clovis Venâncio Membro da Pastoral Arquidiocesana do Dízimo

MAIO: mês de Maria; mês das mães Nossa mensagem, neste mês, tem o intuito de auxiliar na reflexão e conscientização de todos sobre a relevância e o significado do papel da Virgem Maria na história da Salvação. Na verdade, no corrente ano, este é um mês especial, em que, até a sua metade, corresponde ainda ao chamado “Tempo Pascal”, que se encerra com a festa de Pentecostes no Domingo, dia 15, quando celebramos a vinda do Espírito Santo sobre os Apóstolos reunidos no Cenáculo e na companhia da Virgem Maria.

O QUE FOI O 16º SEMINÁRIO ARQUIDIOCESANO DO DÍZIMO O Seminário contou com a participação de 123 pessoas inscritas, além do próprio Assessor, do padre referencial Anderson Bonin e 19 integrantes da equipe central organizadora do evento, totalizando assim, 144 presentes ao mesmo. A temática foi desenvolvida objetivamente pelo assessor, Sr. André Luiz Moreira dos Santos, missionário leigo vinculado à Diocese de Camaçari na Bahia, o qual abordou de forma adequada e convincente, qual deve ser a formação e o procedimento dos agentes de uma verdadeira Equipe da Pastoral do Dízimo, bem como, sobre a adequada Gestão Paroquial, no que tange à aplicação dos recursos financeiros arrecadados.

Dízimo: Uma Questão de Fé: Com efeito, Maria, aquela que acreditou, é modelo inigualável como ser humano, mulher, mãe extremosa e primeira missionária de Jesus, seu filho. Logo, nós cristãos, que fomos batizados na Igreja por Ele instituída para dar continuidade ao processo perene de Evangelização do mundo inteiro, temos o dever sagrado de, também, sermos missionários deste mesmo Jesus, o Cristo de Deus. Entretanto, é essencial para cada um de nós batizados que, a exemplo de Maria, tenhamos muita fé e sejamos cristãos coerentes, procurando conscientizarmonos cada vez mais sobre nossos deveres e agir como discípulos missionários de Nosso Senhor Jesus Cristo, buscando conhecer seus ensinamentos contidos no Novo Testamento da Bíblia Sagrada.

Com efeito, o referido Assessor deixou evidente para todos que existe uma grande diferença entre uma equipe do dízimo que realiza uma atividade meramente de arrecadação financeira e uma equipe composta por um grupo de autênticos missionários que exercem um trabalho efetivamente pastoral, que é, evangelizar através da conscientização da comunidade para a partilha e participação, ou seja, desenvolver em seus membros o sentimento de pertença à Igreja. Concluindo, ressaltamos ainda que, o evento foi conduzido de maneira a levar os participantes a debaterem em grupos propostas de como organizar e conduzir seus trabalhos em suas respetivas paróquias, dentro do enfoque de uma verdadeira Pastoral do Dízimo.

Dentre os ensinamentos e vivência de Jesus destacam-se sempre a Comunhão (comum união) e a Partilha como fatores essenciais à criação do verdadeiro espírito comunitário que deve prevalecer no Corpo de Cristo, que somos todos nós e do qual Ele é a cabeça. É este espírito comunitário que vence o egoísmo humano. Contudo, só entenderemos o valor e a dimensão da partilha “do dízimo”, quando nossa fé for viva, alegre, atuante, autêntica, envolvida pela caridade, justiça, humildade, paz dócil à Palavra de Deus e alimento de nossa esperança. E a principal missão do integrante da Pastoral do Dízimo é exatamente difundir entre os fiéis, este dever de partilhar parte de tudo o que somos e de tudo o que temos com nossos próximos, em comunidade.

A Solidariedade Maternal de Maria e a Dimensão Social ou Solidária do Dízimo: A elevada sensibilidade fraterna de Maria, tão bem exposta pelos evangelistas no episódio das “Bodas de Caná” relatando o primeiro sinal realizado por Jesus, demonstra, também, como deve ser a atuação dos cristãos autênticos que compõem a Igreja, no que diz respeito à promoção da dignidade humana. Isto fica ressaltado, inclusive, na decisão do episcopado da Igreja Católica ao ratificar e potencializar a opção preferencial pelos pobres propostas nas últimas conferências episcopais expressas no Documento de Aparecida e Comunidade de

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Arquidiocese de Curitiba | Maio 2016

Comunidades: Uma nova Paróquia. Por tudo isso se pode antever que, também a atuação da Pastoral do Dízimo deva ser no sentido de se enfatizar a importância da Dimensão Social ou Solidária do Dízimo, que preconiza a destinação de uma proporção maior dos recursos arrecadados para as obras sociais da Igreja em todos os seus âmbitos, o que, infelizmente, ainda não tem ocorrido de maneira plenal, na maioria das comunidades paroquiais.

EXPEDIENTE

Comissão da Dimensão Social Econômica e Dízimo: Coordenador da Comissão: João Coraiola Filho / Coordenador na Pastoral do Dízimo: William Michon

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Serviço

Guarda Municipal Pedro Rafael Ioungblood Planejamento da Coordenadoria Técnica de Proteção e Defesa Civil de Curitiba Articulador de Assistência Religiosa na Guarda Municipal de Curitiba. Membro do Conselho Arquidiocesano de Leigos de Curitiba

A Importância da

Prevenção Contra a Gripe A Influenza, também conhecida como gripe, é transmitida por pessoas infectadas pelo vírus quando ao espirrar ou tossir. Existem três tipos de vírus influenza sendo A, B e C. Neste caso estaremos falando sobre o vírus influenza A subtipo A(H1N1).

A principal forma de evitar a doença é a prevenção, preservando os cuidados de higiene. A Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba nos mostra dicas de prevenção, conforme segue: •

A vacinação contra a gripe protege contra os três tipos do vírus influenza e os grupos prioritários para o recebimento da vacina, segundo orientações do Ministério da Saúde, são crianças com idade até cinco anos, gestantes, pessoas com mais de 60 anos e pessoas portadores de doenças crônicas não transmissíveis, pelo fato de possuírem maior risco de desenvolver complicações devido à influenza. Os sintomas da gripe A(H1N1) são semelhantes ao da gripe comum, podendo incluir febre, dores no corpo, fadiga, diarreia vomito, garganta inflamada, muitas das vezes com maior intensidade do que os sintomas da gripe comum.

Diferenças entre a gripe comum e a influenza A (H1N1) Sintomas Febre

Gripe Comum

Influenza A

Não chega a 39°

Início súbito a 39°

Dor de cabeça

De menor intensidade

Intensa

Calafrios

Esporádico

Frequentes

Cansaço

Moderado

Extremo

Dor de garganta

Acentuada

Leve

Tosse

Menos intensa

Seca e continua

Muco (Catarro)

Forte e com congestão nasal

Pouco comum

Dores musculares

Moderado

Intenso

Ardor nos olhos

Leve

Intenso

Fonte: Organização Mundial da Sáude

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Lave as mãos com frequência e use álcool gel em seguida. Os vírus da gripe são transmitidos por meio de pequenas gotas de saliva ou de coriza expelidas por pessoas que já estão gripadas ou através do contato com objetos contaminados; Ao tossir ou espirrar, use sempre um lenço de papel ou então procure usar a própria roupa, para evitar de espalhar os vírus no ambiente;

Dimensão Missionária

Ir. Patricia Souza e Patryck Madeira COMIDI

4ª Jornada Nacional da Infância e Adolescência Missionária Vem aí a 4ª Jornada Nacional da Infância e Adolescência Missionária, em comemoração aos 173 anos de fundação da Obra (POM) com o tema: “IAM DO BRASIL A SERVIÇO DA MISSÃO NA EUROPA” e o lema: “Vocês são meus amigos”. Será uma celebração especial que inclui a consagração das crianças e adolescentes durante a Coroação de Nossa Senhora; entrega do lencinho e do escuto da IAM com a borda branca, que recorda o continente Europeu e a coleta do cofrinho com a oferta das crianças, fruto do sacrifício realizado pelas crianças e adolescentes.

Que essa consagração sirva para fortalecer o carisma de nossa obra. Sejamos amigos das crianças e adolescentes que mais sofrem no mundo e façam a sua oferta. Convidamos aqueles que ainda não a conhecem e não formam parte deste trabalho em favor da evangelização, a fazer parte dos grupos da IAM. Você é nosso convidado (a) a celebrar conosco! Ir. Patricia Souza e Patryck Madeira

Em nossa Arquidiocese acontecerá em 3 momentos:

Em dias muito secos, procure umidificar o ar, com aparelhos elétricos ou mesmo toalhas molhadas.

• Dia 22/05 região Centro-Oeste, paróquia São Marcos – 17h

Tome bastante água. Isso fortalece o sistema imunológico.

• Dia 29/05 Região Norte, paróquia Santa Terezinha de Lisieux - 9h

Tenha uma alimentação saudável, com bastante vitamina C de preferência.

• Dia 29/05 Região Sul, Paróquia Santa Amélia – 10h

Mantenha os ambientes ventilados evitando proliferação de vírus e bactérias.

Evite fumar e inalar a fumaça de fumantes.

Exponha ao sol lençóis e edredons antes de usá-los, de preferência lave-os para livrar-se dos ácaros e mofos presentes.

A consagração é um entregar-se, decidir-se livremen­ te, dizer sim. Na Infância e Adolescência Missionária a consagração é uma forma de assumir pública e solenemente a decisão de ser missionário. É a disposição de colaborar para que todas as crianças do mundo conheçam e amem a Jesus e se amem entre si.

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

É realizada quando o assessor observa uma participação mais amadurecida e comprometida das crianças com, pelo menos, um ano de caminhada na Infância e Adolescência Missionária: um tempo suficiente para conhecer a obra, seus objetivos, compromissos, etc. Esse ingresso deve ser o sinal da vontade de se comprometer com Jesus, de ser missionário na família, na paróquia e na Igreja universal. A cada ano, com uma cerimônia especial, renova-se esse compromisso da IAM, com o objetivo de manter vivo o ardor missionário nas crianças.

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Dimensão Missionária

PatrYck Madeira COMIDI

COMISE

(Conselho Missionário de Seminaristas)

e suas atividades O COMISE (Conselho Missionário de Seminaristas) tem

atividades, como encontros, reuniões, formações

por finalidade possibilitar o florescimento do espírito

e missões. Este conselho é realizado com iniciativa

missionário nos seminaristas. Em nossa Arquidiocese

própria dos seminaristas. Foram três as atividades já

de Curitiba o COMISE iniciou em 2011 com o seminarista

realizadas esse ano pelo COMISE. A primeira atividade

Tiago Felipe Polonha, hoje diácono, que está em missão

foi a missão ocorrida em Porto Velho, Rondônia, onde

na prelazia de São Félix do Araguaia. O COMISE surgiu de

dois seminaristas estiveram presentes, os seminaristas

duas experiências interessantes que o diácono Tiago teve:

Marcus Segedi (primeiro ano de teologia) e Jean Marcos

aconteceu um encontro do COMISE no seminário maior

Também neste encontro o seminarista Marcus Segedi,

a primeira foi a sua participação no primeiro Congresso

Pedroso (segundo de teologia). Estes dois seminaristas

filosófico Bom Pastor; estavam presentes seminaristas

do primeiro ano de teologia, oficialmente assumiu a

Missionário Nacional de Seminarista ocorrido nos dias 4

ficaram do dia 26 de dezembro de 2015 a 25 de janeiro de

da teologia, filosofia, propedêutico e seminário menor.

coordenação do COMISE, e o seminarista Jean Marcos

a 10 de julho, que tinha como objetivo fomentar o espírito

2016 em Porto Velho. Também, a terceira atividade que

Neste encontro foram partilhadas as experiências

Pedroso, do segundo ano de teologia, assumiu a vice

missionário em todos os seminários do Brasil; a segunda

aconteceu foi uma missão na Paróquia Nossa Senhora

missionárias ocorrida em Porto Velho e em Campo Largo.

coordenação do COMISE.

experiência que motivou o nascimento do COMISE foi a

Aparecida em Campo Largo, do dia 24 a 31 de janeiro de

participação na quarta experiência missionária ocorrida

2016. Estavam presentes nesta missão em Campo Largo

na diocese de Santarém, no Pará, entre os dias 17 de

26 seminaristas, entre eles seminaristas da teologia,

dezembro de 2010 a 22 de janeiro de 2011. A partir daí,

da filosofia, propedêutico e seminário menor. Estas

tendo nascido o COMISE, os seminaristas se colocavam

experiências foram muito ricas, possibilitaram para

à disposição para fazer experiências missionárias em

os seminaristas um encontro com Deus, a partir do

Rondônia, no Pará e na Prelazia de São Félix e na própria

sair de si mesmo para levar o Cristo para as pessoas,

Arquidiocese. Para cumprir o propósito da existência

partilhando e levando a Palavra, que é Jesus, e da

do COMISE são realizadas durante o ano algumas

disponibilidade de cada seminarista. No dia 9 de março

Missão em Campo Largo

Nova coordenação do comise: à esquerda o Jean, vice coordenador e à direita, o Marcus, coordenador do comise

Atenção para as datas das formações para as pequenas comunidades (1º semestre): As formações ocorrem na Cúria. Para mais informações entre em contato como Comidi.

Encontro do COMISE do dia 09 de março

EXPEDIENTE

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Arquidiocese de Curitiba | Maio 2016

Missão em Porto Velho – Rondônia

SETOR

DATA

Centro

07/mai

Mercês

07/mai

Rebouças

07/mai

Pinheirinho

28/mai

Cajurú

04/jun

Pinhais

04/jun

Santa Felicidade

11/jun

Portão

11/jun

Campo Largo

18/jun

Almirante Tamandaré

31/mai

Cabral

13/ago

Colombo

11/jun

Capão Raso

04/jun

Boqueirão

21/mai

Órleans

11/jun

COMISSÃO DIMENSÃO MISSIONÁRIA: comidi@arquidiocesecwb.org.br (41) 2105-6375 – Ir. Patrícia / Patryck (41) 2105-6376 Arquidiocese de Curitiba | Maio 2016

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PASCOM

"Átrio dos Gentios":

Um diálogo entre ciência e fé Santa Sé realiza em Curitiba um encontro para promover o diálogo entre a fé, a ciência e a cultura

Curitiba recebeu entre os dias 11 e 13 de abril, o "Átrio dos Gentios", ciclo de debates promovido pela Santa Sé em todo o mundo com o intuito de aprofundar o diálogo entre a fé, a ciência e a cultura. O evento na capital paranaense aconteceu na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), entre os dias 11 a 13 de abril, e contou com a presença do Cardeal italiano Gianfranco Ravasi, presidente do Pontifício Conselho para a Cultura do Vaticano; do Arcebispo Metropolitano de Curitiba, Dom José Antônio Peruzzo; do vice-presidente da Confederação dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Murilo Krueger; entre outros intelectuais, escritores, jornalistas, acadêmicos e estudantes.

o Átrio dos Gentios como uma forma de estabelecer lugares de encontro e de diálogo com o intuito de aproximar as várias visões e interpretações sobe o mistério divino. Desde de 2011, o encontro já aconteceu em mais de 15 países, sempre reunindo acadêmicos e estudiosos, religiosos cristãos e de outras religiões e não-crentes.

Na abertura do evento o Cardeal Ravazi explicou o significado e objetivo do Átrio: "ver o vulto é descobrir identidades. Dentro desse quintal do Átrio, as pessoas se ouvem, apesar das línguas diferentes. O encontro nos convida a nos olharmos e nos ouvirmos. O diálogo é a base e um elemento estrutural. Devemos levar em consideração a compreensão para construirmos juntos uma sociedade mais justa”, disse.

No primeiro dia, os assuntos debatidos foram “Criacionismo e Evolucionismo”, com padre jesuíta Marcial Maçaneiro; “A ciência no Tribunal: Estamos mais perto de Deus?”, com o físico Alexandre Zabor e o bioquímico Marcelo Távora Mira. Fechou o dia o debate entre o Cardeal Ravasi e o astrônomo Marcelo Gleiser, que conversaram com a plateia sobre o mistério de Deus à luz da Ciência e da Religião. Para Gleiser, a questão “Deus” têm suscitado interesse não apenas na reflexão teológica, mas também na filosófica e científica há vários séculos. “Uma das grandes indagações do ser humano é entender de onde nós viemos, por que nós estamos aqui, qual o sentido de nossa existência”, pontuou o astrônomo.

Essa é a primeira vez que o Átrio dos Gentios é realizado no Brasil. O evento é inspirado no discurso do papa Bento XVI à Cúria Romana, no Natal de 2009. Dessa forma, o Pontifício Conselho para a Cultura do Vaticano, instituiu

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Átrio em Curitiba

Pascom Arquidiocese de Curitiba

Pascom Arquidiocese de Curitiba

Nilton Oliveira Pinto, com contribuição de Eva Gislane Barbosa Voluntários da Pascom da Arquidiocese de Curitiba

Para o cardeal Ravasi, ciência e fé se complementam. “É preciso reconhecer que existem mistérios diversos e que por isso a ciência não pode ser colocada sobre a fé, ambas não podem ser colocadas uma sobre a outra”, defendeu o Cardeal ao reforçar que a ciência precisa da Igreja para entender determinados mistérios. No segundo dia, o Átrio começou com uma rodada de perguntas e repostas entre o cardeal Ravasi e vários estudantes e jovens que compareceram ao evento. Na primeira parte do bate papo, os jovens, que estavam sentados ao redor do cardeal, sortearam temas e elaboraram questões para o pontífice referentes a temas previamente selecionados. O cardeal respondeu a diversas questões sobre família, amor de Deus, vocação, política e sobre assuntos polêmicos como casais de segunda união, transexuais e sua relação com a Igreja. À noite, o Átrio trouxe o doutor em comunicação pela Universidade de São Paulo (USP) e colunista da Folha de São Paulo, Luli Radfaher, e a escritora e jornalista Isabela Noronha para o debate sobre a comunicação e os desafios da Igreja e dos fiéis frente às novas tecnologias, principalmente em relação às redes sociais. O cardeal Ravazi abriu o debate afirmando que “estamos vivendo uma nova era global. É preciso que a Igreja se dê conta dessa mudança, principalmente em sua comunicação, levando em conta as novas gerações”, disse. Os palestrantes convidados discorreram sobre os benefícios e facilidades que as novas tecnologias tem trazido para a sociedade, mas também afirmaram que é preciso uma postura crítica

e sadia para utilizar essas ferramentas sem esquecer as pessoas e a vida que circula fora das redes. No terceiro e último dia, o escritor Cristovão Tezza e o sociólogo Marcelo Coelho discorreram sobre os temas da utopia e da transcendência na poesia e na literatura brasileiras. Aconteceram ainda as análises do Doutor em História e professor emérito da Universidade de Lyon, André Lanfrey, e de Peri Mesquida, doutor em ciências da Educação, que debateram o tema: “Da França ao Brasil, a educação católica em perspectiva”. Durante os três dias do evento cerca de 2.500 pessoas participaram dos oitos painéis realizados. Para um dos organizadores do átrio, o diretor do Instituto Ciência e Fé da PUCPR, Fabiano Incert, “a partir do Átrio dos Gentios na PUC, começamos a perceber nossa responsabilidade como preceptores, como alguém que pode ajudar à Igreja, a sociedade e as pessoas no incentivo ao diálogo”.

Com o tema “Deus, Cosmos, Humanidade: um diálogo de fronteiras”, o evento de Curitiba promoveu vários debates visando abrir os horizontes entre a ciência e fé. Depoimento: “Tive a alegria de poder participar desde a celebração de abertura desse evento até o fechamento. Como testemunha ocular, vi e ouvi as avaliações das pessoas que ali participavam. Em todos os momentos escutei elogios, de católicos ou não - pessoas que vieram buscar conhecimento e diálogo. ‘Quem é Deus?’ foi uma das perguntas mais realizadas. As respostas foram as mais diversas, mas sempre com o núcleo na palavra AMOR. Observar a grandiosidade desse evento diante de nosso pequeno conhecimento de Deus, nos faz uma comunidade que sempre irá buscar o átrio dos gentios para dialogar”. Eva Gislane Barbosa

EXPEDIENTE

PASTORAL DA COMUNICAÇÃO: pascom@arquidiocesecwb.org.br / (41) 9999 - 0121 / Coordenador: Antonio Kayser. Arquidiocese de Curitiba | Maio 2016

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Paróquia em Destaque

Cintia M. Ribeiro Secco

Pascom São José Trabalhador

Paróquia São José Trabalhador

em Estado Permanente de Missão História A Paróquia São José Trabalhador no bairro Campina do Siqueira, teve sua origem no fim dos anos 60, quando algumas famílias, descendentes de imigrantes europeus, povo de muita religiosidade, reuniram-se com intuito de construir um templo, lugar de oração. Foi escolhido o padroeiro: São José. Na mesma época, em 1967 chegaram ao Brasil, vindos da Itália, os primeiros Missionários Servos dos Pobres. Acolhidos pelo Arcebispo Dom Pedro Fedalto iniciaram a construção de um Seminário, inaugurado em 1974. Em 1971 a comunidade já organizada, com apoio da arquidiocese, adquiriu o terreno ao lado do Seminário, onde foi erguida uma capela, consagrada a São José Trabalhador. Em 1971, D. Pedro Fedalto, confiou aos padres Servos dos Pobres aquela paróquia tendo sido o Pe. João Graceffa nomeado primeiro pároco em 1972.

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Amor e espírito missionário marcaram a vida da comunidade. Fundamentadas no carisma da congregação Servos dos Pobres “a caridade sem limites”, foram organizadas as ações pastorais e a participação das famílias nos movimentos recém criados. Com o passar do tempo, cresceu a população do bairro, o número de fiéis e a capela já não comportava mais as pessoas que se reuniam nas celebrações. Sob a liderança do Pe. Vicente Turriciano iniciou-se a obra de um novo templo. Em 1978, começou a edificação da Igreja de São José Trabalhador. A Paróquia teve a frente, por um breve tempo, Pe. Roldão Mendes de Lima que, juntamente com Pe. Mário Arriello, filho desta comunidade e Pe. Carlos Rodrigues, era um dos primeiros sacerdotes Servos dos Pobres Brasileiros, cuja ordenação sacerdotal foi realizada nesta mesma Igreja. A partir de 1990 Pe Francisco Panzera assumiu como pároco e a ele coube finalizar a construção da Igreja, com arte e beleza. O novo templo, considerado um dos mais belos de Curitiba, foi consagrado por D. Pedro Fedalto em 1993. Em 1997 foi nomeado pároco Pe. Mauro Zandoná, permanecendo longos anos à frente dos trabalhos pastorais, atraindo, com seu carisma evangelizador, muitos fiéis à comunidade. Atualmente, o pároco é Pe. Carlos Donizete Marson, que assumiu a paróquia em 2011 e vem atuando com dinamismo e dedicação na evangelização desta família de São José.

Padroeiro São José Trabalhador

Vida Missionária

As comemorações em honra ao padroeiro são realizadas em 1º de maio, com a celebração da missa solene e almoço festivo. Com poucos, mas significativos traços, os evangelistas descrevem São José, o operário de Nazaré, como zeloso pai de Jesus, esposo atento e fiel, sempre em atitude de serviço. Assim, foi escolhido como padroeiro, para abençoar os fiéis e guardar esta Paróquia. São José para esta comunidade simboliza o trabalho e a família, sustentáculo da sociedade.

O espírito missionário esteve sempre presente na caminhada desta comunidade, nas suas obras sociais e de misericórdia. À luz das diretrizes da Arquidiocese de Curitiba, neste mesmo espírito, os paroquianos abraçaram um novo projeto, um programa de evangelização em todo o território paroquial, dividido em 11 setores os quais passaram a receber as visitas dos missionários em agosto de 2015. Já foram visitados 6 setores. Leigos, sacerdotes, irmãs, seminaristas, dois a dois assim como Jesus enviou seus discípulos, saíram para bater de porta em porta, de casa em casa, pelas ruas do bairro com coragem, fortaleza e alegria de sentirem-se enviados pelo Pai. Algumas portas se abriram, outras não. Contudo, o compromisso assumido pelos paroquianos chamados por Jesus a anunciar o Evangelho não terminará, mas sim, é permanente. A Igreja São José Trabalhador está em caminhada, na construção de uma paróquia comprometida com a missão: formar uma Comunidade de Comunidades!

Horários das Missas Segunda feira: Missa e novena a São José Trabalhador 19h30 Terça feira e Sábado: 19h Quarta feira: Missa e novena a N Sra do Perpétuo Socorro 7h30 e 19h30 Quinta e Sexta feira: 19h30 Domingo: 8h 10h e 19h

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Liturgia

Pe. Maurício Gomes dos Anjos Reitor e Pároco do Santuário Sagrado Coração de Jesus Coordenador da Comissão de Liturgia

Painel do Leitor

Escola de Agentes da Pastoral do Batismo

Sobre a Solenidade de

A primeira etapa da Escola de Agentes da Pastoral do Batismo aconteceu no dia 9 de abril na Casa das Irmãs da Divina Providência. A Escola é o momento de despertar nos agentes da Pastoral do Batismo a mística da catequese batismal e a consciência de que são discípulos missionários e anunciadores do Reino. A próxima etapa da Escola vai acontecer no dia 6 de agosto.

Corpus Christi A Eucaristia é “fonte e ápice de toda a vida cristã”. Por este sacramento, recebemos, mais do que uma graça especial, mas o próprio autor da graça, Jesus Cristo. Por meio da Solenidade de Corpus Christi, com origem no século XII, a Igreja quer, por um lado, lembrar a Instituição da Eucaristia como penhor de graças e de salvação e, por outro, reafirmar a presença real de Cristo no Santíssimo Sacramento do Altar. Esta solenidade nas palavras do Papa emérito Bento XVI, "convida-nos a contemplar o mistério supremo da nossa fé: a Santíssima Eucaristia, presença real do Senhor Jesus Cristo no Sacramento do Altar. Cada vez que o sacerdote renova o sacrifício eucarístico, na oração da consagração, ele repete: "Este é o meu corpo ... este é o meu sangue ". Ele empresta sua voz, as mãos e o coração a Cristo, que quis permanecer conosco e ser o coração da Igreja". A grande festa da Eucaristia realizada na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade consta de uma grande celebração eucarística seguida da procissão e adoração ao Santíssimo Sacramento. A Santa Missa é o memorial da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo. A procissão lembra a caminhada do povo de Deus, que é peregrino, em busca da Terra Prometida e a adoração ao Santíssimo Corpo de Cristo é um dos gestos mais profundos de comunhão que podemos estabelecer com Cristo. Por isso, neste dia, a Igreja celebra o Santo Sacrifício da Missa e, em seguida, com a hóstia consagrada durante a Missa, realiza a Procissão Eucarística, dando testemunho público de sua fé. A celebração da Santa Missa e a Procissão estão profundamente unidas. A adoração devida ao Santíssimo Sacramento tem sua fonte no altar, onde se consagram as espécies eucarísticas. A Eucaristia, adorada e levada em procissão, foi consagrada no altar onde comungamos. A Carta Encíclica Ecclesia de Eucharistia, sobre a Eucaristia na sua relação com a Igreja, de São João Paulo II ressalta que “a devota participação dos fiéis na procissão eucarística da Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo é uma graça do Senhor que anualmente enche de alegria quantos dela participam”. (n.10, 2003)

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Sobre a Missa e Procissão de Corpus Christi na Arquidiocese de Curitiba 1. Histórico Desde 2005 é realizada a tradicional Missa e Procissão pela Cândido de Abreu até o Palácio Iguaçu.

2. Tapete A extensão do grande tapete é de aproximadamente 1800 metros (do Obelisco de Nossa Senhora da Luz, ao lado da Catedral, até o Palácio Iguaçu). Os lotes, com cerca de 15 metros cada, são divididos entre os voluntários com dois meses de antecedência da solenidade, mediante contato com famílias, representantes de paróquias, pastorais, movimentos, congregações e escolas. Cada espaço fica sob a responsabilidade da comunidade inscrita com a equipe organizadora do evento.

54ª Assembleia Geral da CNBB A Arquidiocese de Curitiba esteve representada durante a 54ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, ocorrida em Aparecida (SP), de 06 a 15 de abril de 2016. A Assembleia apresentou como documento final o texto: “Cristãos leigos e leigas na Igreja e na Sociedade. Sal da terra e luz do mundo”. Ao final, a presidência da CNBB apresentou a nota sobre a crise ética, política, econômica e institucional pela qual passa o país: “o episcopado brasileiro conclama o povo brasileiro a preservar os altos valores da convivência democrática, do respeito ao próximo, da tolerância e do sadio pluralismo, promovendo o debate político com serenidade”, aponta a nota.

Os tapetes que envolvem as ruas do centro são confeccionados com flores, serragem, pó de café, sal, pó de mármore, pedrinhas finas e materiais reciclados. Nos tapetes são reproduzidas figuras de Jesus Cristo, da Santa Ceia, do cálice e da Virgem Maria, entre outros símbolos religiosos.

Jovens da Arquidiocese de Curitiba marcaram presença na Romaria da Juventude que ocorreu no Santuário de Aparecida nos dias 9 e 10 de abril. Com o tema ” Juventude com Cristo na casa de Maria” o evento contou com diversos momentos desde a manhã do sábado até a manhã do domingo. Os jovens foram divididos em tendas: #Rota300 e por bloco das expressões (Pastorais de Juventude, Novas Comunidades, Movimentos e Congregações), onde aconteceram catequeses dos bispos, debates e momentos de louvor e animação; Show de Evangelização e vigília durante toda a madrugada com a oração do Santo Terço e Adoração ao Santíssimo, além da romaria ao som de trio elétrico.

Pela manhã membros da organização estarão presentes para demarcar os lotes de cada grupo. A confecção começará às 8:00 horas e seguirá até às 12:00 horas. Cerca de 2 mil fiéis participarão da confecção.

3. Programação Mais de 100 mil fiéis são aguardados para a celebração deste ano. Na programação está prevista animação, a partir das 14 horas com o Pe. Reginaldo Manzotti. A Santa Missa será celebrada às 15 horas, e às 16h30 tem início a tradicional Procissão de Corpus Christi pela Cândido de Abreu, até o Palácio Iguaçu, por cerca de 1800 metros, encerrando com a bênção do Santíssimo pelo arcebispo.

Romaria da Juventude

Átrio dos Gentios em Curitiba O Átrio dos Gentios, maior evento realizado pelo Vaticano para debater o diálogo entre a ciência, a cultura e a fé, foi realizado em Curitiba entre 11 e 13 de abril, na PUC-PR. A abertura contou com a presença de autoridades e convidados, dentre eles estava o Arcebispo de Curitiba, Dom Peruzzo que fez um belo discurso sobre a necessidade de ter um local para o diálogo entre fé e vida. Com o tema "Deus, Cosmos, Humanidade: um diálogo de fronteiras”, o evento de Curitiba promoveu vários debates visando abrir os horizontes entre a ciência e fé.

Informe: 14 de maio – Ordenação Episcopal do Mons. Ricardo Hoepers O Papa Francisco nomeou para bispo diocesano da diocese de Rio Grande, RS, o reverendíssimo Mons. Ricardo Hoepers, do Clero de Curitiba, atualmente pároco da paróquia de Santo Agostinho e Santa Mônica, em Curitiba. A Celebração ocorre em 14 de maio, às 9h, na Catedral Basílica de Curitiba. Arquidiocese de Curitiba | Maio 2016

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Subsídio popular elaborado pela Arquidiocese de Curitiba por Dom José Antônio Peruzzo Arcebispo de Curitiba - O Presente livreto, com os “Passos da Leitura Orante” é uma indicação singela de um método que possibilita “ouvir” a Palavra escrita. O que chamamos hoje de Sagrada Escritura, que antes de receber forma escrita foi Palavra meditada e também Palavra ouvida. O Espírito de Deus, que inspirou o autor, também inspirará o leitor orante.

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