Revista Voz da Igreja - Setembro 2018

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Revista

VOZ DA IGREJA ANO XV - EDIÇÃO 186 - Setembro DE 2018

ARQUIDIOCESE DE CURITIBA

Impresso Especial 36000135947 - DP/PR ARQUIDIOCESE DE CURITIBA

CORREIOS

OS CRISTAOS E AS ELEICOES 2018 Como incentivar engajamento na política em favor do bem comum? Confira o especial na pág. 10

No Mês da Bíblia, uma reflexão sobre o Livro da Sabedoria

Setembro é marcado por ações em defesa da vida

Arquidiocese de Curitiba lança instituto para formação de vocações adultas

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Agenda Mensal dos Bispos Setembro/2018

Ação Evangelizadora

Dom José Antônio Peruzzo Arcebispo da Arquidiocese de Curitiba

Editorial A Revista Voz da Igreja deste mês de setembro reflete sobre o tema da política, em vista da aproximação das eleições, que serão em outubro. Para o especial desta edição, trazemos um artigo e entrevistas que discutem a relação necessária entre os cristãos e a política, que deve sempre ser orientada em busca do bem comum. Os entrevistados são autores da Cartilha de Orientação Política, produzida pelo Regional Sul 2 da CNBB para conscientizar os cristãos sobre a importância do voto e de conhecer bem o seu candidato.

01 • Aula no Seminário Rainha dos 16 • Romaria da Arquidiocese de Curitiba Apóstolos ao Santuário N. Senhora do Rocio, em • Reunião no Seminário Bom Pastor Paranaguá 03 • Átrios dos Gentios na PUCPR 17 a • Congresso Internacional de Catequese, 04 • Programa Conhecendo a Palavra, 25 em Roma na TV Evangelizar 27 • Expediente na Cúria 05 • Aula no Studium Theologicum • Reunião das 13 Comissões, na Cúria • Expediente na Cúria 28 • Aula no Studium Theologicum 06 • Missa na Catedral • Reunião do Setor Santa Felicidade, na 07 • Gravação do Programa Leitura Orante, Paróquia Imaculada Conceição na TV Evangelizar 29 • Ordenação Presbiteral do Diác. 08 • Missa na Catedral, dia da Padroeira Fernando, na Paróquia São José • Procissão e Missa na Catedral Operário, 09 a 13 • Assessoria de Retiro para o Clero da 30 • Missa de Encerramento do X Seminário Arquidiocese de Pouso Alegre- MG Arquidiocesano de Catequese, no 14 • Aula no Studium Theologicum Colégio Bom Jesus 15 • Ordenação Presbiteral do Diác. Carlos, no Santuário São José

Outro assunto em destaque nesta edição é a defesa da vida. Diante de uma discussão nacional sobre a descriminalização do aborto, a Arquidiocese de Curitiba convoca os cristãos a se posicionarem a

Dom Amilton Manoel da Silva Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Curitiba

favor da vida em todas as circunstâncias. Esta edição traz uma chamada para grande Manifestação pela Vida em 15 de setembro, informações sobre o Seminário da Vida, que acontecerá em Curitiba no dia 29 e sobre a Semana Nacional da Vida, que inicia no dia 1º de outubro. A Revista deste mês apresenta ainda: uma novidade para as vocações, o crescimento da Infância e Adolescência Missionária e artigos que lembram o mês da Bíblia. Estaremos sempre

01 • Missa com o Movimento das Capelinhas, na Paróquia Nossa Senhora da Anunciação • Missa na Catedral • Reunião no Seminário Bom Pastor 02 a 18 • Curso dos Bispos Novos, em Roma 19 • Missa no Santuário Nossa Senhora da Salete 20 a 23 • Assembleia do Povo de Deus do regional Sul II, na Casa de Retiros do Mossunguê 24 a 27 • Assessorar Retiro para o Clero da Diocese de Ponta Grossa

27 • Reunião do Setor Capão Raso, na Paróquia Santa Amélia • Reunião das 13 Comissões, na Cúria 28 • Expediente na Cúria 29 • Jornada Diocesana da Juventude 30 • Abertura do X Seminário Arquidiocesano de Catequese, no Colégio Bom Jesus • Encerramento da Jornada Diocesana da Juventude, no Bosque São Cristovão • Abertura da Visita Pastoral na Paróquia São Francisco, no Xaxim

abertos a comentários e a sugestões para as próximas edições. Desejamos a todos uma boa leitura!

Dom Francisco Cota de Oliveira Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Curitiba

Fale Conosco ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO Rua Jaime Reis, 369 - São Francisco 80510-010 - Curitiba (PR) Bárbara Moraes: (41) 2105-6342 barbaramm@mitradecuritiba.org.br

Imprensa: Téo Travagin - 5531 (DRT-PR) comunicacao@mitradecuritiba.org.br Fones / Fax: (41) 2105-6343 E-mail: comunicacao@amitradecuritiba.org.br Site: www.arquidiocesedecuritiba.org.br

01 • Reunião no Seminário Bom Pastor 02 a 18 • Curso dos Bispos Novos, em Roma 20 a 23 • Assembleia do Povo de Deus do regional Sul II, na Casa de Retiros do Mossunguê

24 • Missa na Paróquia Nossa Senhora das Mercês

25 • Reunião do Setor Pinhais, na Paróquia São José Operário • Reunião do Setor Cajuru

A revista Voz da Igreja é uma publicação da Arquidiocese de Curitiba sob a orientação da Assessoria de Comunicação CONSELHO EDITORIAL - Arcebispo da Arquidiocese de Curitiba Dom José Antônio Peruzzo | Chanceler: Pe. Jair Jacon | Ecônomo da Mitra: Pe. José Aparecido Pinto | Coordenador da Ação Evangelizadora: Pe. Alexsander Cordeiro Lopes | Coordenador geral do clero: Pe. Rivael de Jesus Nacimento | Jornalista responsável: Téo Travagin | Assessoria de Comunicação: Sintática Comunicação | Revisão Teológica: Cesar Leandro Ribeiro | Colaboração voluntária: 13 Comissões Pastorais| Apoio: Centro Pastoral | Projeto gráfico e diagramação: Sintática Comunicação | Tiragem: 10 mil exemplares.

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26 • Expediente na Cúria 27 • Reunião das 13 Comissões, na Cúria

28 • Missa no Colégio Bosque dos Mananciais • Palestra para a Pastoral do Empreendedor, no Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

29 • Ordenação Presbiteral do Diác. Fernando • Seminário da Vida, no Studium Theologicum

30 • Missa no Carmelo • Missa com a Comunidade Vale de Saron • Missa na Paróquia Nossa Senhora de Nazaré


Palavra do Arcebispo

DOM JOSÉ ANTÔNIO PERUZZO Arcebispo da Arquidiocese de Curitiba

Aproximam-se as Eleições A atmosfera eleitoral começa a impregnar os nossos ambientes: os jornais apresentam suas projeções; os meios de imprensa programam suas entrevistas; os especialistas observam a sensibilidade do eleitorado; as agendas dos candidatos já estão bem recheadas; as rodas de conversas contemplam o tema das eleições. Nosso país segue em uma crise política. O descrédito na política e nos políticos só aumenta. As decepções se enumeraram; a polarização se acirra; o tom ofensivo deixa seus ecos; com facilidade as diferenças se tornam confronto. Em toda esta efervescência quais caminhos deveríamos escolher? Por mais que tenhamos razões para avaliações negativas, ainda assim é necessário nos deixar ensinar pelos antigos chineses: “Acender uma vela é sempre mais sábio do que amaldiçoar a escuridão”. Quero lembrar aqui uma frase do Papa Francisco, inspirada no pensamento de Paulo VI: “A política é uma das formas mais altas da caridade, porque busca o bem comum”. Com facilidade ouvimos, talvez até tenhamos falado, das muitas baixezas prevalecentes nos bastidores do mundo do poder. Isso se tornou tão comum que até os belos exemplos de coerência são ignorados. Cabe lembrar, porém, que testemunhar a fé nos ambientes políticos é muito mais desafiador do que fazê-lo desde dentro da Igreja.

A Igreja no Paraná, tencionando oferecer uma sadia reflexão e inspiração sobre a grandeza de sentido das eleições e da causa política, reeditou neste ano, em forma muito pedagógica, uma Cartilha de Orientação Política. Sabemos todos que “o cidadão consciente participa da política”. Não se trata apenas de cumprir o dever do voto. É preciso cuidado e reflexão sobre as motivações pelas quais assumimos uma escolha. Seria pobreza de espírito se nosso voto se parecesse como mera reação a uma propaganda. Valeria o mesmo se nosso voto fosse apenas linguagem dos desiludidos. Por fim, reforçando o papel da Igreja em incentivar os fiéis a interagir com a política, cabe repetir uma citação do Papa Francisco, contida também na cartilha acima citada: “Ninguém pode exigirnos que releguemos a religião para a intimidade secreta das pessoas, sem qualquer influência na vida social e nacional, sem nos preocupar com a saúde das instituições da sociedade civil, sem nos pronunciar sobre acontecimentos que interessam aos cidadãos. Uma fé autêntica – que nunca é cômoda nem individualista – comporta sempre um profundo desejo de mudar o mundo, transmitir valores, deixar a terra um pouco melhor depois da nossa passagem por ela”.

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Palavra de Dom Pedro

DOM PEDRO ANTÔNIO MARCHETTI FEDALTO Arcebispo Emérito de Curitiba

Por que Nossa Senhora da Luz? Por que o título “Nossa Senhora da Luz”? Porque Jesus disse: “Eu sou a luz do mundo” (Jo. 8,12). Se Jesus é a luz do mundo, sua mãe também é luz, porque Cristo recebeu de Maria toda a sua humanidade, isto é, todas as partes humanas de seu corpo, porque não teve um pai humano. Daí o mistério da Encarnação.

Encontrada a imagem, o povo deu-lhe o nome de Nossa Senhora da Luz. O paulista Francisco Soares do Vale, depois de um desentendimento com o Governo de São Paulo, fugiu para o sul do Brasil, chegando às margens do rio Atuba, perto de Curitiba. Trazia a imagem de Nossa Senhora da Luz.

Jesus chama a todos: “Vós sois a luz do mundo” (Mt.5,14). Se cada cristão é luz do mundo, muito mais é Maria. O cristão torna-se luz do mundo no batismo. No final do rito do Batismo, o celebrante diz ao batizado, especialmente se é criança: “Recebe a luz de Cristo. Querida criança, foste iluminada por Cristo para te tornares luz do mundo e, ajudada pelos pais e padrinhos, possas caminhar como filho(a) da luz” (Rito do Batismo).

Um dia, veio para o centro, onde está a Catedral. Encontrou-se com o cacique dos índios. Este fincou o cajado no chão, dizendo: aqui é o local: Core-tiba, que significa muito pinhão. Daí a origem do nome Curitiba.

A Bíblia traz 91 vezes a palavra luz - 44 vezes no Antigo Testamento e 47 vezes no Novo Testamento. Não quero referir-me à luz citada na criação do mundo com o nome “Dia” (Gn. 1,2), e nem às luzes criadas depois para iluminar a terra, mas à luz espiritual: Cristo luz do mundo e os cristãos luz do mundo.

Tornou-se paróquia, em 1668, Diocese a 27 de abril de 1892, Arquidiocese a 10 de maio de 1926, Basílica Menor em 1993. Padroeira de Curitiba e da Arquidiocese de Curitiba em 1995. São 350 anos da criação da paróquia.

O salmo 127 diz: “Cristo é minha luz e salvação”. E o salmo 43: “Envia, Senhor, tua luz e tua salvação”. O Evangelista Mateus entendeu bem que os cristãos chamados: “Vós sois a luz do mundo” têm a missão, com suas obras, de iluminar seus irmãos afastados de Deus ou até sem conhecê-lo. Se assim são designados os bons cristãos iluminados com a luz de Cristo, muito mais é Maria. Por isto, é mais que justo o título dado a Maria Nossa Senhora da Luz. A devoção a Nossa Senhora da Luz começou em Lisboa, pelo ano de 1453. A imagem foi encontrada no distrito chamado Carmide por Pedro Martins. No local, aparecia uma luz, o que deixava o povo alarmado, sem saber a origem do fenômeno. O local foi chamado “A LUZ”.

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Ergueu-se a primeira igreja de pau a pique, depois a igreja em 1720 e a atual Catedral, iniciada como matriz de Curitiba, em 1876, abençoada em 1893.

O Arcebispo Dom José Antônio Peruzzo está promovendo o Ano Jubilar até 30 de setembro de 2019, quando se completam 125 anos da instalação da Diocese de Curitiba e a posse do primeiro Bispo, Dom José de Camargo Barros. Caro leitor, participe deste Ano Jubilar.


Reflexão

PE. RIVAEL DE JESUS NACIMENTO Reitor do Santuário Nossa Senhora de Lourdes – Campo Comprido

A esperança cristã que não decepciona! Na vida comunitária, somos convidados a fazermos experiências da fé todos os dias. Como entender essa fé e testemunhá-la em nossa existência? Talvez esse seja um dos maiores desafios em nosso tempo. Nossos dias passam muito rápido, como canta Chico Buarque na canção “Roda Viva”. Não sei se temos oportunidade de pensar muito na existência, na glória de Deus no céu ou na glória de Deus neste mundo. São Francisco de Sales usava a expressão “estar no mundo sem ser do mundo”. Nesta vida, a fé nos move e nos ajuda a superar tantas coisas que tínhamos a impressão de que nunca iríamos vencer. Crer que Deus vai dar a resposta no tempo certo e de seu jeito não é fácil, pois tantas pessoas se veem inseridas em uma maratona do cotidiano, em que não param para entender a ação do Divino em suas vidas, e sempre buscam respostas imediatas. Como sentir Deus perto de nós, principalmente no sofrimento? No mês passado, eu atendia uma senhora de uma paróquia vizinha à minha comunidade. O cenário era o Hospital Santa Cruz de Curitiba. Lá eu chegava naquele início de tarde e, enquanto a equipe de enfermagem adequava o quarto, eu conversava com uma das filhas. Ela afirmou: “Padre, minha mãe vai partir e tenho a impressão de que ainda não o fez, porque não estou preparada. Parece que algo nos segura”. E, naquele corredor, a filha chorou muito comigo, enquanto segurava sua mão. Eu rezei muito a Deus para dar uma palavra de conforto e assim o fiz. Mas fiquei pensando no gesto de amor daquela mulher, sua dor no leito de morte de sua mãe e na oração que fiz com suas irmãs na cabeceira da cama. Penso que crer na vida eterna nos conforta tanto! Pois cremos no amor, cremos que Deus nos ouve em todos os momentos: como ouviu a oração destas três irmãs naquele dia. Ainda para fechar a história, se passado dois dias, sua mãezinha partiu. Tanto amor serviu de conforto a essa mãe. Como suas filhas me disseram: “Nossa mãe era uma católica firme de muita oração e sempre amou a Deus”.

Na fé, precisamos ser fortes e amadurecê-la a cada dia no contato com Jesus Cristo. Estamos em uma sociedade doente de tédio e solidão, onde as dores psicológicas são somatizadas e se abrem farmácias todos os dias em nossas cidades. Para o espanto de todos, os remédios populares que aliviam dores ficam ainda mais acessíveis nas prateleiras. Um “self-service” que todos podem usar quando assim o quiserem. Como aliviar tantas dores? As dores do mundo, as tragédias do mundo, do caos urbano. Desde o acidente na linha verde que vitimou mulheres que estavam no ponto de ônibus, até a ponte de Gênova que caiu dias atrás e matou tanta gente: vemos dores sobre dores. Aqui, nos seguramos na fé e na esperança cristã que não decepciona. Nas histórias de dores, sempre o amor. A esperança presente no tratamento a pessoas feridas que lutam e não têm medo de protagonizar o “novo céu e a nova terra”. Na paróquia em que atuo, percebo muito os sinais de Deus na vida urbana e no cotidiano das pessoas. Penso que, assim como nos tempos idos, quando terminávamos um caderno e vibrávamos, dizendo ao pai ou à mãe “tenho que comprar outro caderno” para continuar as lições de matemática ou português, agora precisamos sempre de outro caderno para a via da vida. Para a história que se faz, sempre precisamos ir trocando os cadernos diante das etapas que são preenchidas. Sejam nossas pautas completadas com a esperança e o amor de Deus, e estes sejam dois pilares para nunca desanimarmos e seguirmos a “longa estrada da vida” – que diferente da canção, eu não preciso estar em primeiro lugar. Mas que todos nós possamos completar a prova e receber das mãos de Deus o troféu de participantes de sua força, sua graça e sua bondade. Amém.

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Juventude

PASTORAL DA JUVENTUDE: SOMOS IGREJA JOVEM! A Pastoral da Juventude (PJ) é mais uma entre tantas outras pastorais e movimentos juvenis que existe na Igreja Católica. Um levantamento para a JMJ de 2013 apontou mais de 50 expressões juvenis na Igreja Católica. A Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude na CNBB (pastoral juvenil) agrupa 4 seguimentos: pastorais, movimentos, congregações e novas comunidades. Apesar de a PJ ter suas raízes na Ação Católica Especializada de Juventudes [JAC, JEC, JIC, JOC, JUC] nos anos 60, ela vem sendo muito motivada pelas conferencias Latino Americanas do CELAM: Medellín e Puebla, que declarou a “opção preferencial pelos pobres e pelos jovens”, a partir do Vaticano II. Toda “pastoral” é chamada a atuar no campo, fora dos muros da Igreja, de modo especial onde as pessoas são ameaçadas, correm risco de vida. Por diversas vezes a Bíblia faz referência de Deus como “Bom Pastor”, aquele que cuida, busca, protege, se preocupa com as ovelhas fora do curral [Lc 15, 1-7]. O Papa Francisco pede “pastores com cheiro de ovelhas” das periferias, dos arredios, e não somente de dentro da igreja. A PJ entende que sua missão é fora da Igreja, nas periferias reais e existenciais da vida dos jovens. A preocupação com a vida desses jovens fez com que as Pastorais trabalhassem a Campanha contra a Violência e o Extermínio

de Jovens, em 2018, denunciando a grande quantidade de jovens assassinados. Em janeiro de 2018 a PJ lançou a Campanha Nacional de Enfrentamento aos Ciclos de Violência contra a Mulher, que tem por objetivo realizar uma campanha profética, de abrangência nacional, em torno da discussão e do enfrentamento aos ciclos de violência contra as mulheres, violências essas que envolvem diversas dimensões, como de gênero, doméstica, familiar, física, institucional, intrafamiliar, moral, patrimonial, psicológica, sexual e midiática. A Pastoral da Juventude quer acontecer na Igreja e na sociedade, onde o/a jovem esteja inserido/a na comunidade, escola, trabalho, como seguidor do Evangelho em defesa da vida em abundância. Um grupo de jovens numa comunidade deve ser lugar de encontro, oração, estudos e entretenimento. Ou seja, lugar de viver e celebrar a fé! A PJ, chamada a ser “uma Igreja em saída”, tem buscado fortalecer as ações em prol desse protagonismo dos jovens. Daí a preocupação com políticas públicas, com a participação cidadã, com a interação nos movimentos populares, com o aprofundamento teológicopastoral dos jovens e sua consciência como cristãos comprometidos!

A Pastoral da Juventude da arquidiocese de Curitiba se encontra mensalmente para uma Roda de Conversa com diversos temas, com representantes de grupos de base e outros jovens que não participam de grupos.

EXPEDIENTE SETOR JUVENTUDE CURITIBA: Assessora Eclesiástica: Ir. Valéria Andrade. Secretário: Patryck Madeira.

Local: Mitra Arquidiocese de Curitiba Datas: 26/ago, 23/set, 21/out, 18/nov, 09/dez. Horário: 14h Contatos: E-mail: pj.arquicuritiba@gmail.com Telefone: (41) 2105-6364 [Setor Juventude da Arquidiocese] Saiba mais sobre a PJ: http://www.pj.org.br

E-mail: juventude@mitradecuritiba.org.br Telefone: 2105-6364

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Catequese

SCHIRLEY DE ARAUJO Catequista da Paroquia São Miguel Arcanjo - Novo Mundo

A PRESENÇA DO LAICATO NA CATEQUESE Reflexões sobre a Palavra de Deus no ministério do catequista “O semeador semeia a Palavra” (Mc 4,14)

O catequista é o discípulo missionário que faz com que a Palavra de Deus seja ouvida pelos catequizandos e esteja em seus corações e em suas bocas, para que eles também se tornem discípulos de Jesus Cristo.

Sem a Palavra de Deus, a evangelização é impossível. Sem a Bíblia, não temos nenhuma palavra de vida para anunciar às nações, nenhuma garantia para ir até elas, nenhuma ideia de como realizar uma catequese e nenhuma esperança para o mundo.

Por isso, o catequista deve se deixar conduzir pela Sagrada Escritura, compreendendo que a Palavra alimenta e transforma a sua própria vida. Ele também tem plena consciência de que a Palavra é fonte da catequese e de sua espiritualidade.

A Bíblia é a autoridade no nosso ministério. Ela revela a mensagem do Evangelho, os motivos corretos para missão e os objetivos e métodos que nos fazem fiéis ao projeto de Deus. Desse modo, estaremos, direta ou indiretamente, preparando uma nova geração de missionários capazes de vivenciar formas renovadas de anúncio evangélico, colocando a Palavra de Deus no centro da missão evangelizadora da Igreja.

Este mês é um convite para refletir a luz da Sagrada Escritura no coração da fé cristã. É essencial estarmos próximos e em unidade com a Igreja universal, que compreende a sua tarefa neste mundo: a motivação, o meio, a prioridade, o alvo, a abrangência e o significado da missão de evangelização.

Um semeador saiu a semear. Ele jamais disse, num gesto comodista, que o sol é áspero, queima demais, que o grão não serve, é de segunda qualidade. Recordou, então, que a sua função é semear. As sementes germinam facilmente: num pensamento fraterno, num sorriso amigo, num conselho oportuno. Por isso, não plante descuidadamente, como alguém que apenas cumpre uma tarefa imposta, como alguém que trabalha forçado, sem interesse.

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Catequistas têm um elevado grau de compromisso com a evangelização, que depende do grau de sua convicção, vivência e experiência com a Palavra.

Que sejamos semeadores da Palavra, incentivando os catequizandos na leitura e no apreço das Escrituras Sagradas, de forma que expressem nas suas vidas a sua experiência com Cristo!

Plante com atenção, num clima de otimismo, com vibração, com entusiasmo, com alegria, como amigo sincero que busca construir... E, ao semear, não pense jamais: quantos me darão em recompensa? Será gratificante a colheita? Recorde sempre que você não planta para enriquecer, que você não reparte para ser aplaudido. Você frutifica porque não pode viver sem dar. Sempre que você reparte na generosidade, sem pensar na colheita, sua riqueza se multiplicará no infinito.

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Porque você semeia um reino onde doar é receber. Um reino onde perder a vida é encontrá-la. Um reino onde morrer é ressuscitar. Semeador da bondade, siga pela estrada afora, sentindo a brisa mansa do Evangelho. Semeando no grande campo do mundo, na imensa seara do povo, você é o semeador de um reino. E, semeando na fraternidade, a semente cairá em terra fértil, frutificando na eternidade. Autor desconhecido


ESCOLA DE AGENTES DA PASTORAL DO BATISMO Há que se providenciar formação específica e permanente para os agentes da Pastoral do Batismo, bem como para os membros envolvidos no processo. Essa formação deve ser inspirada na pedagogia catecumenal. (Diretório Arquidiocesano da Iniciação à Vida Cristã, pág. 20)

A Escola de Agentes da Pastoral do Batismo tem como objetivo despertar nos agentes da Catequese Batismal a consciência de que são discípulos missionários e anunciadores do Reino. Pretende também fornecer fundamentos teológicos e pastorais na preparação personalizada de pais e padrinhos, em vista de maior vivencialidade, criatividade e dinamicidade na prática pastoral. Diante da importância do ministério do agente, é a inspiração catecumenal que norteia as propostas e atividades dessa Escola, com momentos celebrativos, orações, entregas, gestos e sinais que conduzem a uma metodologia favorável na preparação de pais e padrinhos para o batismo de crianças. No dia 4 de agosto passado, encerramos a 4º Escola de Agentes da Pastoral do Batismo, que acontece sempre em duas etapas. Essa Escola vem se consolidando como um momento formativo e celebrativo importante para a Catequese Batismal em nossa Arquidiocese.

X SEMINÁRIO ARQUIDIOCESANO DE CATEQUESE Data 30 de setembro de 2018

Tema Catequese e Liturgia

Horário 8h30 – 17h30

Assessoria Pe. Luiz Eduardo Pinheiro Baronto - Cura da Catedral Metropolitana Nossa Senhora da Assunção de São Paulo - Catedral da Sé.

Local Colégio Bom Jesus Rua 24 de maio, 135 Centro

EXPEDIENTE

Inscrições Pela Internet: www.arquidiocesecedecuritiba.org.br/seminariodecatequese2018 Na Cúria, mediante preenchimento da ficha de inscrição.

COMISSÃO DA ANIMAÇÃO BÍBLICO-CATEQUÉTICA: catequese@mitradecuritiba.org.br. (41) 2105-6318. Coordenação: Pe. Luciano Tokarski. Assessoria: Regina Fátima Menon. Arquidiocese de Curitiba | Setembro 2018

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Especial

PE. DANILO PENA Assessor eclsiástico da Comissão da Dimensão Social

Os cristãos e as eleições 2018 A “fé” e a “ação” sempre estão irmanados na dinâmica católica. Fé exige conversão e anima os homens e mulheres no compromisso histórico, na construção de um mundo onde seja possível fazer ecoar as utopias do Reino. A fé não é compatível com neutralidade, indiferença ou manipulação. Exige engajamento. A espiritualidade cristã não combina com espiritualismo, mas é estilo de vida que se desdobra na colaboração entre as pessoas para maior humanização das nossas estruturas - em especial, as estruturas formais da política representativa.

Encontros de “Formação Política e Cidadã” serão realizados na Arquidiocese de Curitiba. As datas serão disponibilizadas pela coordenação das regiões pastorais e atualizadas pelas mídias sociais da Arquidiocese. Fique atento!

A Arquidiocese de Curitiba, atenta à sua responsabilidade junto ao povo de Deus, visando a esses processos de humanização política e consciente dos desafios que a eleição em 2018 exigirá de cada pessoa, vai oferecer a sua contribuição em favor do voto consciente.

datura, mas incentiva os cristãos leigos e leigas que têm vocação para a militância político-partidária a envolverem-se nela com empenho, lisura e alicerçado nos valores humanos e cristãos. A Arquidiocese de Curitiba quer ajudar na formação das consciências, ajudando o eleitor na escolha de candidatos compromissados com a vida, com a justiça, com a ética, com a transparência, além do seu testemunho na comunidade de fé.

Por meio da Comissão da Dimensão Social, entre os meses de agosto e setembro, serão realizados, nos setores pastorais, encontros de “Formação Política e Cidadã” a partir da “Cartilha de Orientação Política”, preparada pela CNBB Regional Sul II. São encontros com duração média de duas horas, que visam a contribuir para uma reflexão mais pontual sobre o contexto das eleições e dos candidatos para o próximo pleito. A equipe conduzirá na forma de “rodas de conversa”, fomentando o entendimento da política e do voto como serviço em favor da vida e do bem comum. As datas e as paróquias onde os encontros vão acontecer serão disponibilizadas pela coordenação das regiões pastorais e atualizadas pelas mídias sociais da Arquidiocese. Fique atento! Com uma metodologia aberta e dialogada, os encontros terão como gesto concreto um desafio: convocar os fiéis interessados para formar, após o resultado das eleições, um grande grupo de estudos e intervenção nas questões de “fé e política”, ligados à dimensão social e com possíveis desdobramentos no IAFE. A proposta da cartilha, já na sua 6ª edição, é a de orientar o eleitor cristão a votar com discernimento e responsabilidade. A Igreja Católica não assume nenhuma candi-

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Neste ano, a cartilha de orientação política trata de aspectos como o voto nulo, as “fake news”, financiamento de campanha, ameaças à democracia e compra de votos. Pretende ainda instruir as pessoas sobre as principais funções de cada candidato e a importância do exercício de um cargo público, além de instruir sobre a relação entre política e a Igreja. Ou seja, questões pertinentes, que farão desses encontros ricas partilhas para nosso crescimento democrático. Contamos com a participação e o envolvimento de todos, certos de que é uma missão especial dos cristãos leigos empenhar-se na política, na sociedade e na economia com o Espírito do Evangelho, do amor, da verdade e da justiça.


ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

ENTREVISTA

É necessário que os leigos católicos não permaneçam indiferentes à vida pública Orientar o eleitor cristão a votar com discernimento e responsabilidade: essa é a proposta da Cartilha de Orientação Política “O Cristão e as Eleições 2018”, produzida pelo Regional Sul II da CNBB. O material parte da premissa de que a missão da Igreja é Evangelizar. Como o Evangelho tem implicações sociais, daí a Igreja busca revalorizar a política, num momento em que o Brasil vive sérias crises, particularmente no âmbito político. Há quem pergunte: por que este envolvimento com a política, publicando cartilhas por ocasião das eleições? A Igreja é comprometida com a política no sentido amplo do termo, pois ela se relaciona com a paz, a justiça e cuida da vida de uma cidade, de um povo inteiro e da humanidade. A Revista Voz da Igreja conversou com um dos coautores da cartilha, o professor universitário Zaqueu Luiz Bobato, vereador e Imbituva-PR e doutor em Geografia pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Ele nos falou sobre os objetivos principais da cartilha. Acompanhe:

Por que a Igreja deve se envolver com política? E o que significa esse envolvimento? A Igreja, tendo a Missão de anunciar o Reino de Deus, está atenta às mais diversas realidades sociais presentes no mundo. No Brasil, a Igreja tem percebido uma realidade social conflituosa e de descrédito no que diz respeito à política. É comum ouvir da boca de muitos brasileiros as seguintes expressões “não aguento mais os políticos”, “de que adianta votar”. A Igreja está preocupada com o ânimo dos brasileiros e com a desesperança que afeta a nação. Urge, portanto, a necessidade da Igreja no Brasil reforçar seu apelo às pessoas para que se animem e participem com ardor missionário do processo político neste ano eleitoral, no qual teremos que escolher Presidente e Vice, Senadores, Deputados Federais, Deputados Estaduais, Governadores e Vices.

É necessário falar de política no ambiente da Igreja, sendo de forma ética e apartidária? Com certeza, é preciso sim falar de política nas paróquias e comunidades. A política é necessária na sociedade, pois tem como princípio o coletivo social. Porém, o que precisa ser varrido do país é a prática desonesta, ou seja, a politicagem que torna a vida dos brasileiros onerosa. A prática desonesta, por exemplo, o desvio de verba pública, leva milhões de pessoas a serem penalizadas, sofrendo nas áreas de saúde, segurança, educação, moradia, alimentação. A corrupção faz a sociedade sofrer, os pobres com maior intensidade, os vulneráveis que necessitam mais ainda dos serviços públicos que passam a ser sucateados. A má política (politicagem) coloca um fardo pesado sobre nossas cabeças. Por isso, precisamos votar conscientemente. O Brasil que queremos para nossos filhos, nossos pais e amigos começa a ser projetado com o nosso voto. Portanto, sem levantar bandeiras de partidos políticos e de candidatos, a Igreja precisa sim levar estas reflexões até os fiéis.

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Especial

Como você gostaria de ver essa cartilha sendo utilizada? Seria maravilhoso, profético, uma atitude missionária que paróquias do Brasil inteiro adquirissem a cartilha para ser distribuída para as famílias. Precisamos levar em consideração que o Papa Francisco nos adverte dizendo: "Nós, cristãos, não podemos fazer como Pilatos: lavar as mãos. Não podemos! Devemos nos envolver na política, pois a política é uma das formas mais altas da caridade, porque busca o bem comum (Papa Francisco, Sala Paulo VI – Vaticano, 7 de junho de 2013). A Igreja precisa despertar nos eleitores o seguinte: o candidato que estou pensando em votar tem conduta de quem já promoveu o bem comum no decorrer de sua vida? As propostas que ele faz priorizam o bem comum ao invés de interesses de grupos, de empresas ou de pessoas específicas? O candidato respeita, com rigor, os princípios da honestidade, da ética pública e da fidelidade aos interesses da sociedade? O Reino de Deus é pautado no bem comum, onde todos podem usufruir de justiça, partilha, solidariedade, fraternidade e vida em abundância.

Qual a mensagem mais importante que a Cartilha quer passar aos cristãos neste momento? Precisamos ter consciência do tamanho da responsabilidade do nosso voto, pois com ele poderemos evitar que pessoas corruptas passem a nos governar. A corrupção ocorre no meio político sem nome e sem cor partidária. São vários partidos e empresas envolvidas nessa “praga” que mata e fere a dignidade dos filhos de Deus. Está presente com intensidade também no meio empresarial, o que leva à reflexão de que mesmo que o candidato não tenha histórico na política, seu passado também precisa ser conhecido. A prática de ‘vender’ o voto é algo bem enfatizado na Cartilha. Significa abrir mão da ética, dos valores cristãos, do respeito à vida e ao próximo - é ser corrompido e se tornar um corrupto. Alguns políticos oferecem dinheiro, produtos, cestas básicas, bolas de futebol, jogos de camisa para time, churrasco, bebidas, ou prometem empregos ou verbas se eleitos - tudo pelo voto. Depois de eleitos, necessitam pagar os “empréstimos” dos financiadores. A vida dos brasileiros se torna então onerosa, pesada. Se, por ventura, algum candidato te pressionar, dando algo em troca do seu voto e ou disser que ele vai saber pelos registros da urna eletrônica se você não votar nele, não acredite: a urna eletrônica é segura e eficaz.

Atualmente há muitas pessoas manifestando-se ferozmente a favor de um lado ou contra outro na política, principalmente nas redes sociais. Isso é preocupante? A intolerância e os discursos de ódio se dão pelo fato de que, por longos períodos, as pessoas foram se distanciando do processo político. Na realidade, elas não foram

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estimuladas a compreender a importância do voto criterioso, consciente. Agora, estourada a crise moral e ética que atingiu a economia do país, as pessoas começaram a sentir a necessidade de mudanças políticas. No entanto, para algumas pessoas, isto resulta em ofensas a quem pensa em soluções diferentes, conflitos, confusões ideológicas. É muito triste presenciar que os brasileiros foram levados a criar conflitos entre grupos e que, de forma desnecessária, muitas pessoas passaram a perder a razão, partindo para ofensas e até mesmo agressões. Houve um “acirramento da polarização”. Propositalmente, grupos financiados por empresas e por políticos passaram a disseminar conflitos na sociedade, jogando uns contra os outros a ponto de pessoas de bem não mais conseguirem discernir qual grupo está certo ou errado. Não podemos julgar de forma desrespeitosa e violenta uma pessoa por que ela veste uma roupa de determinada cor, ou porque ela faz uma publicação em rede social. Não posso banalizar o ser humano em redes sociais por que ele pensa diferente do que eu. Muito pelo contrário: é refletindo, lendo fontes diversas de informação, não ficando refém do pensamento colocado por apenas um lado, que estaremos contribuindo para melhorar o país.

O que há de bom nesse cenário? Apesar dos casos de desrespeito, também vemos que os brasileiros estão dando sinais de que, com consciência e compromisso, irão eleger bons políticos. A juventude está se interessando mais pela reflexão política, discutindo respeitosamente nos grupos de jovens, nas rodas de amigos, nas escolas e universidades. A Igreja está empenhada em proporcionar formação para os leigos refletirem política e nela atuarem visando o bem comum.

Como reverter o descrédito na política e nos políticos? Nós precisamos romper o preconceito comum de que a política é coisa “suja” e tomarmos consciência de que ela é essencial para a transformação da sociedade. Portanto, como Igreja e inspirados pelos ensinamentos de Jesus, precisamos nos comprometer com a democracia do voto. Mas, antes de votar, somos convidados a estudar as propostas dos candidatos, as bandeiras que defendem, com quem de fato estão comprometidos. Como Igreja, somos exortados a defendermos a democracia no Brasil e a força do voto consciente, bem como a prática política que vise o bem comum e não a interesses particulares que ferem a dignidade, sobretudo, das pessoas mais pobres. Os cristãos são também cidadãos que devem assumir ativamente a cidadania na vida em sociedade.


“O mais importante não é apenas adquirir a cartilha, mas refletir sobre seu conteúdo” A frase acima é um importante recado de Dom Mauro Aparecido dos Santos, Arcebispo de Cascavel e atual presidente do Regional Sul 2 da CNBB. Em entrevista publicada no site do regional, o bispo comenta sobre o cenário sociopolítico atual e a importância do envolvimento do cristão na política. Acompanhe alguns trechos:

Como foi a construção desse subsídio e qual o seu objetivo? Dom Mauro: Nosso objetivo é fazer com que o cidadão tome consciência e atenda às palavras do Papa Francisco sobre o engajamento na política. O desejo é ajudar a refletir como escolher e eleger um bom candidato e como não se omitir e cruzar os braços, porque da política dependem o salário, o emprego, a saúde, os preços dos alimentos e mercadorias em geral.

O slogan antigo e atual: “Voto não tem preço, tem consequência”. O que se pode dizer sobre os cidadãos que continuam vendendo seu voto? Dom Mauro: De fato, repetimos este slogan em muitos ambientes. Na prática, há pessoas que falam sobre a moralidade e a corrupção, mas vão aos candidatos pe-

dir emprego. Precisamos crescer na consciência de que para ser um servidor público é preciso prestar concurso e ter conhecimento técnico. O cidadão deve criticar os cabides de empregos nas prefeituras e governos estaduais e federal. Muitos dos impostos são gastos para manter os “chupins” que não estão fazendo nada, apenas recebendo salário e sem condições de trabalhar em prol do bem comum. O cristão leigo não deve pedir emprego e nem favor, mas exigir seus direitos e cumprir com os seus deveres.

Além de votar, o cidadão precisa acompanhar o eleito, mas não o faz. Como mudar essa realidade? Dom Mauro: Os eleitores devem perguntar o que o candidato está fazendo, fiscalizando. Escutamos dos eleitos: “Trouxe verba para isso e para aquilo”. Trazer verbas não é missão de um legislador. Sua missão é fiscalizar o executivo e o judiciário. Estamos, porém, vendo o Supremo Tribunal Federal legislando. Isso é um passo antidemocrático. Lembro o ditado: “Não existe prefeito, governador ou presidente corrupto. O que existe é o poder executivo e legislativo corrupto”. O executivo tem a chave do cofre e o legislativo o segredo. Esse cofre só abre com anuência dos dois poderes. Nós eleitores precisamos exigir fiscalização dos desvios de verbas, para que o dinheiro do povo, arrecadado através dos impostos, seja revertido em seu benefício.

A cartilha pode ser adquirida em paróquias, na Loja da Arquidiocese (Av. Jaime Reis, 369) ou diretamente na CNBB Sul 2 pelo telefone (41) 3224 7512 ou pelo site www.cnbbs2.org.br

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CLOVIS VENÂNCIO Pastoral Arquidiocesana do Dízimo

Dízimo

O MÊS DA BÍBLIA NO ANO DO LAICATO A Igreja Católica enfatiza a necessidade da busca permanente dos ensinamentos contidos na Bíblia Sagrada, dedicando o mês de setembro à Bíblia, embora esta seja uma premissa essencial para todo cristão. Isto se torna ainda mais importante neste ano, consagrado como o Ano do Laicato, quando se espera que todos os leigos batizados busquem exercer concretamente seus compromissos de cristãos autênticos, ou seja, realizar a vontade de Deus. Portanto, é preciso lembrar que não basta conhecer a Palavra de Deus, mas é preciso, acima de tudo, vivenciá-la: “Nem todo aquele que me diz ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos Céus, mas sim aquele que pratica a vontade de meu Pai que está nos céus” (Mt 7,21).

Com efeito, dentre os ensinamentos contidos, especialmente nos livros que compõem o Novo Testamento, destacam-se os que se referem à necessidade do desapego às ambições desmesuradas e aos bens materiais, propondo-nos, em contrapartida, uma vivência fraternal, partilhando em comunidade tudo o que somos e tudo o que temos, criando-se, assim, o verdadeiro espírito comunitário proposto por Nosso Senhor Jesus Cristo. É neste contexto que se insere o real significado do DÍZIMO e das OFERTAS, como instrumento de participação e de partilha. Assim sendo, é de fundamental importância que analisemos se nossa prática cristã está sendo realmente coerente com aquilo que ouvimos, meditamos e rezamos, sobretudo no que se refere à participação nas atividades de nossa comunidade e nossa contribuição dizimal mensal de forma generosa e proporcional ao que recebemos.

ATENÇÃO! Vem aí o XXI SEMINÁRIO ARQUIDIOCESANO DA PASTORAL DO DÍZIMO Data: 18 de novembro de 2018 (domingo) Local: Casa de Retiros Nossa Senhora do Mossunguê, em Curitiba. Participe!

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DIÁCONO ANTONIO MARCONATO

Como nossa paróquia conseguiu uma expressiva adesão de dizimistas fiéis? Confira testemunho da Pastoral do Dízimo na Paróquia Nossa Senhora da Saúde

Eu, Diácono Permanente Antonio Marconato, estando provisionado na Paróquia Nossa Senhora da Saúde, situada na Colônia Faria em Colombo (PR), desde 20 de outubro de 2015, venho falar sobre a experiência do Dízimo em nossa paróquia. Logo que cheguei à paróquia, o então pároco, Padre Valdirlei Augusto Chiquito, pediu-me para pensar sobre a Pastoral do Dízimo. Começamos a elaborar um estudo sobre a realidade da paróquia e, após um período de conversas e análises, elaboramos um projeto que apresento resumidamente a seguir:

Também foi colocada uma árvore com galhos secos, nos quais são depositados pelos dizimistas um pequeno coração com seu nome, simbolizando que é a vida de cada dizimista que vai dando vida a esta árvore, representando a importância da partilha, da participação e da corresponsabilidade de cada um.

Desenvolvemos alguns materiais personalizados com a imagem da paróquia, para colocar os envelopes distribuídos aos dizimistas, inclusive a oração do dizimista, para que cada membro da comunidade, ao preparar sua contribuição, seja motivado a dar graças a Deus por ser dizimista. Na Igreja foi colocado um recipiente sugestivo em forma de coração com as dimensões do dízimo em frente do presbitério, para que os dízimos sejam depositados ali.

Toda esta dinâmica, que tem como tema: “QUERO ENTREGAR O MEU CORAÇÃO PARA DEUS”, visa a entender a passagem bíblica que diz: “[...] dê cada um de conforme o impulso do seu coração [...]” (cf. 2Cor 9,6-12), pois cada pessoa entrega o seu coração para Deus com sua história de vida, sua realidade, seus projetos, seus sonhos e suas realizações. A celebração da partilha é realizada todo 2º final de semana do mês. Nesta celebração, o comentário inicial motiva a partilha, uma das leituras fala sobre o dízimo, assim como as preces e a homilia. No final, fazemos a oração do dizimista. Percebemos que, a partir da aplicação destas dinâmicas em nossa paróquia, houve uma expressiva adesão de dizimistas fiéis, demonstrando que nossas ações estão auxiliando na compreensão do significado e da importância do dízimo. Atualmente, temos como pároco Padre Valdemar Oliveira dos Santos, que está dando sequência a este projeto.

EXPEDIENTE

COMISSÃO DA DIMENSÃO ECONÔMICA E DÍZIMO: Coordenador da Comissão: João Coraiola Filho. Padre Referencial da Pastoral do Dízimo: Pe. Anderson Bonin Coordenador da Pastoral do Dízimo: Wanderley Zocolotti. Pastoral do Dízimo: (41) 2105 6309 Arquidiocese de Curitiba | Setembro 2018

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PE. WALDIR G. ZANON JÚNIOR

Liturgia

Setembro, mês da Bíblia Em setembro, a Igreja Católica celebra o mês da Bíblia. Por isso, para esta edição, a Revista Voz da Igreja trouxe um artigo sobre o Livro da Sabedoria. Que neste mês, de modo especial, possamos expandir e aprofundar nosso interesse e amor à Sagrada Escritura enquanto lugar de encontro com Deus. Ao longo deste mês, busquemos intensificar a leitura orante pessoal e comunitária da Palavra de Deus.

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Livro da Sabedoria “As coisas reveladas por Deus, contidas e manifestadas na Sagrada Escritura, foram escritas por inspiração do Espírito Santo. Com efeito, a santa mãe Igreja, segundo a fé apostólica, considera como santos e canônicos os livros inteiros do Antigo e do Novo Testamento com todas as suas partes, porque, escritos por inspiração do Espírito Santo (cf. Jo 20,31; 2 Tm. 3,16; 2Pd. 1, 19-21; 3, 15-16), têm Deus por autor, e como tais foram confiados à própria Igreja.” (Constituição Dogmática Dei Verbum n. 11).


O texto do Concílio Vaticano II afirma que a Sagrada Escritura é inspirada por Deus e deste modo a Bíblia é verdade revelada para seu povo. As palavras foram escritas por autores inspirados pelo Espírito Santo para que deste modo chegassem a nós como verdade divina. Assim deveríamos compreender a importância da veneração e do conhecimento das escrituras como uma maneira privilegiada de oração e diálogo com Deus. Neste ensejo, todos os anos a Igreja busca despertar nos fiéis o interesse e o amor pela Sagrada Escritura com um “mês da Bíblia”. Este ano o texto-base nos propõe o estudo da primeira parte literária do livro da Sabedoria (Sb 1,1 – 6,21) com o lema “A sabedoria é um espírito amigo do ser humano” (Sb 1,6).

Autoria, data e objetivo O livro da Sabedoria tem sua origem em Alexandria, local que abrigava judeus provindos da diáspora. Desta forma tinham profundo contato com a cultura helênica. O texto foi redigido em grego e se dá provavelmente na primeira metade do século I a.C. O objetivo deste autor desconhecido é apresentar a religião judaica aos pagãos buscando identificar pontos em que a cultura grega dos grandes pensadores e as tradições de Israel se aproximavam.

Estrutura do livro O livro da Sabedoria pode ser dividido em três grandes partes que se apresentam entre uma introdução (1,1-15) e uma conclusão (19, 22). Cap. 1,16 – 5, 23 Aqui o autor trata do caminho da sabedoria vivido pelo homem justo em contraposição ao caminho do ímpio. Alguns temas como por exemplo a vida e o erro dos ímpios e o destino final dos justos aparecem nesta primeira parte. Cap. 6 – 9 Nestes capítulos o autor busca discorrer sobre a sabedoria em si mesma. É possível notar aqui o exemplo do rei Salomão em 6,22 – 8,1 tido como mestre da sabedoria. Cap. 10,1 – 19,21 Na terceira parte o autor busca recordar as obras da sabedoria no percurso da história do povo de Israel com o intuito de que os homens reconheçam que a verdadeira sabedoria humana tem origem divina. É Deus quem comunica a sabedoria a quem bem lhe apraz porque é Ele a própria Sabedoria.

A sabedoria e Jesus Título do livro Nos manuscritos gregos e siríacos o livro da Sabedoria é chamado de “Sabedoria de Salomão”. Esta atribuição é uma ficção literária comum nos escritos sapienciais (ex.: Provérbios, Eclesiastes entre outros) já que o rei Salomão fora conhecido por sua grande sabedoria. Contudo, a Vulgata traz o título de Liber Sapientiae, isto é, Livro da Sabedoria.

Mais tarde os escritores do Novo Testamento entenderam que Jesus é ele próprio a Sabedoria de Deus personificada como nos afirma S. Paulo: “[...] nós pregamos Cristo crucificado, escândalo para os judeus e loucura para os pagãos; mas para os eleitos – quer judeus, quer gregos – força de Deus e sabedoria de Deus.” (1Cor 1, 23-24).

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Família e Vida

Mensagem dos bispos do Paraná sobre a legalização do aborto no Brasil No dia 3 e no dia 6 de agosto, a descriminalização do aborto voltou à pauta do Supremo Tribunal Federal (STF). Os Bispos do Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que compreende as Arqui/Dioceses e Eparquia Ucraniana do estado do Paraná, em reunião da presidência, escreveram uma nota de manifestação quanto à Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental 442/2017 (ADPF 442):

MENSAGEM DOS BISPOS DO REGIONAL SUL 2 DA CNBB POR OCASIÃO DA ADPF 442 Curitiba, 08 de agosto de 2018. “Pois em ti está a fonte da vida; graças à tua luz, vemos a luz.” (Salmo 36,9) A todas as pessoas de boa vontade, àqueles que compreendem o valor inviolável da vida, como a todos aqueles e aquelas que por alguma razão ainda não descobriram que a vida humana pertence a Deus. Nós, Bispos do Regional Sul 2 da CNBB, vimos, por meio desta, expressar a nossa posição diante dos fatos que promoveram uma audiência pública na sexta feir, 03/08/18, e na segunda feira, 06/08/18, em cujas datas foi analisado o tema da ADPF 442, sobre a descriminalização do aborto no Brasil. Tratava-se de uma audiência pública promo-vida pelo STF, em Brasília. Já no número dos oradores verificou-se uma clara desproporção entre os expositores de diferentes convicções. Acreditamos e promovemos o diálogo e o debate. Todavia é justo esperar que não se deem mais oportunidades a algumas vozes e me-nos a outras. Sem ocultar o desapontamento, queremos manifestar o que segue: A vida da pessoa humana, dom sagrado e princípio inviolável, não pode ser tratada como se fosse uma das tantas possibilidades de existência no mundo em que nos encontramos. Ao falar de vida humana estamos falando de um ser integral, único e irrepetível. Este ser independente, autônomo, desde a sua concepção, faz parte do projeto e do desígnio divino; se-gue, pois, que, tanto na sua fase embrionária, quanto na sua fase fetal ou na fase final, não responde exclusivamente a um conceito cronológico, mas ontológico. Isto quer dizer que em cada pessoa há uma História. Esta, além de ser humana, é também divina. A nossa alma imortal faz de cada um de nós, seres criados à imagem e semelhança do nosso Criador, dotados de razão e sentimentos. A pessoa humana deve ser reconhecida como tal desde o momento em que ela é concebida.

A lei pétrea da defesa da vida não corresponde ao tempo de duas, três, quatro ou doze semanas. A cronologia é apenas uma referência espaço-temporal. O tempo estabelecido pode, muitas vezes, ser variável e variado. Precisamente por isso contrapomo-nos, com veemência, contra afirmações segundo as quais as células-tronco embrionárias são um mero conjunto biológico. Todo tipo de manipulação sempre será contra a Lei natural estabelecida por Deus. Sabemos da prevalência de atitudes de falsa piedade na sociedade atomizada do nosso tempo. Isso pode levar muitas pessoas a movimentos de compaixão pautada no sentimentalis-mo; vemos isto refletido numa cultura do descarte, da massificação e do consenso. Não é o pacto de Nuremberg, nem aquele da Costa Rica ou as decisões de conselhos da ONU os que estabelecerão o critério do valor da vida humana. Por isso mesmo, seria pertinente e prudente ouvir a população, superando as manipulações e demagogias destes últimos dias. Convocamos a todos os cidadãos para que avaliem, reflitam e se decidam a eleger candidatos que promovam a vida humana sem restrição nenhuma. Já afirmava o profeta da vida, o Bem-Aventurado Papa Paulo VI: “Jamais uns contra os outros; muito menos contra os indefesos”. (Discurso na ONU, New York 04/10/1965). Governantes que aprovam e promovem o aborto aprovam que uns vivam e outros não. Por último, o processo não poderá ser reduzido a uma ou duas audiências. O país inteiro deverá ser ouvido, as associações, as comunidades, as igrejas, os movimentos…. Percebe-se que somente dois dias se tornam cansativos e depredatórios, geradores de mais tensões do que reflexões em torno de causa tão relevante: a vida de inocentes e indefesos. Não podemos cair na superficialidade dos processos que já viveram outras nações. No anseio de respostas apenas utilitaristas, saciaram-se de atitudes simplistas e medíocres. Tudo isso nos faz clamar constantemente: “A tua Luz nos faz ver a luz!”

Padre Valdecir Badzinski - Secretário Executivo da CNBB Regional Sul 2 Dom Amilton Manoel da Silva - Bispo Auxiliar de Curitiba e Secretário da CNBB Regional Sul 2 Dom Geremias Steinmetz - Arcebispo de Londrina e Vice-Presidente do Regional Sul 2 Dom Mauro Aparecido dos Santos - Arcebispo de Cascavel e Presidente da CNBB Regional Sul 2

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Realizada em agosto: Vigília pela Vida A ADPF 442 é uma iniciativa que busca, por meio judicial, a legalização do aborto no Brasil. Com o debate realizado no STF, uma das atividades ocorridas em Curitiba foi a Vigília pela Vida, organizada pela Casa Pró Vida Mãe Imaculada em favor da vida desde a concepção. A vigília foi realizada no dia 3 de agosto na Paróquia Santo Estanislau – Rua Emiliano Perneta, 441. A Casa Pró-Vida Mãe Imaculada acolhe mulheres que estão em risco de fazer um aborto, dando apoio psicológico, material, assistencial, médico e jurídico. Em 5 anos de existência, já atendeu mais de 400 mulheres.

Curitiba terá seminário para a valorização da vida em setembro Em 29 de setembro, será realizado em Curitiba o VI Seminário Arquidiocesano de Valorização e Promoção da Vida, ou “Seminário da Vida”, promovido pela Comissão da Família e Vida da Arquidiocese de Curitiba e, a partir deste ano, pela Casa Pró-Vida Mãe Imaculada. O evento também tem o apoio do Núcleo Arquidiocesano de Bioética. Anualmente, o Seminário é realizado com a proposta de fortalecer as ações de valorização e promoção da vida desde a concepção até a morte natural, passando por temas como nascituro, aborto, gestação, relação matrimo-

nial, eutanásia, entre outros. Também é um evento que procura promover a articulação dos organismos e entidades que atuam na defesa da vida. Neste ano de 2018, em que a Igreja do mundo inteiro celebra os 50 anos de publicação da Carta Encíclica Humanae Vitae, do Papa Paulo VI, o Seminário terá como tema central: “50 anos da Encíclica sobre a vida humana: desafios e perspectivas”, e como lema “Porque em vós está a fonte da vida, e é na vossa luz que vemos a luz” (Salmo 35,10). O VI Seminário da Vida será realizado no Centro Universitário Claretiano – Studium Theologicum. Para a organização, ele será oportuno para exortar os cristãos a se comprometerem cada vez mais neste âmbito - que hoje ganha grande repercussão, diante de inúmeras ameaças que se colocam à preservação da vida humana em todos os seus níveis. O Seminário da Vida marcará em Curitiba a abertura da Semana da Vida, celebrada pela Igreja no Brasil de 1º a 7 de outubro – culminando no Dia do Nascituro, 8 de outubro.

Participe do VI Seminário da Vida! As inscrições estão abertas! 29 de setembro de 2018 Av. Presidente Getúlio Vargas, 1193, Rebouças, Curitiba/PR - Centro Universitário Claretiano - Studium Theologicum.

Programação e inscrições: arquidiocesedecuritiba.org.br ou seminariodavida.com.br

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Família e Vida

SEMANA NACIONAL DA VIDA 1º a 7 de outubro de 2018

Neste ano de 2018, em que a Igreja do mundo inteiro celebra os 50 anos de publi-cação da Carta Encíclica Humanae Vitae, do bem-aventurado Papa Paulo VI, também a Semana da Vida estará naturalmente marcada pela proposta de orientação apre-sentada neste importante documento. Às paróquias, a Comissão Família e Vida sugere uma série de atividades. Uma carta foi enviada a todas as paróquias e está disponível para consulta no site da Arquidio-cese de Curitiba (na seção da Comissão Família e Vida). Entre os pedidos, é solicita-do que as paróquias, por exemplo, pre-

parem missa de abertura da Semana da Vida no dia 30 de setembro (domingo), com a participação de todos as forças vivas da Igreja, motivando a comunidade a participar. Outra sugestão é que se realizem os encontros nas casas conforme os temas do Subsídio Hora da Vida e conforme a organização da paróquia (grupos de reflexão, pequenas comunidades, famílias que recebem a capelinha, famílias dos catequizan-dos, famílias de dizimistas, etc). Saiba mais sobre o Subsídio Hora da Vida:

Hora da Vida 2018: “A fecundidade do amor na família” O subsídio Hora da Vida neste ano tem como tema: “A fecundidade do amor na família” e toda a temática foi desenvolvida à Luz da Exortação do Papa Francisco, a Amoris Laetitia. O propósito do Hora da Vida é ser um instrumento de estudo, reflexão e oração para despertar nas pessoas a beleza e a grandeza este dom concedido por Deus, que é a vida.

Grande Manifestação pela Vida #direitodenascer Diante do julgamento a ser processado no Supremo Tribunal Federal (ADPF442) que deseja descriminalizar o aborto em nosso país, nós cristãos não podemos nos calar. PRECISAMOS DEFENDER A VIDA! Como um gesto concreto, a Igreja Católica de Curitiba se uniu a outras igrejas cristãs, religiões, movimentos, ongs que defendem a vida em qualquer circunstância, para que juntos possamos manifestar nossa posição de defesa absoluta da vida. Para isso, desejamos reunir todos os defensores da vida dia 15 de setembro no centro de Curitiba a partir das 14h até as 17h. Nossa voz precisa ser ouvida! Por isso precisamos reunir uma grande multidão! Venha, traga sua família, filhos, sobrinhos... Nossas crianças precisam ser protegidas!

Local: Praça Nossa Senhora de Salete, em Frente ao Palácio Iguaçu

EXPEDIENTE COMISSÃO DA FAMÍLIA E VIDA: Assessor Eclesiástico: Diácono Juares Celso Krun / 2105-6309

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O material traz, além dos sete encontros programados, uma celebração especial para o dia do Nascituro, comemorado no dia 8 de outubro. O subsídio Hora da Vida pode ser adquirido online: www.lojacnpf.org.br. Você também pode adquirir na loja da Mitra da Arquidiocese de Curitiba – Av. Jaime Reis, 369 – bairro São Francisco Telefone: (41) 2105-6325.


Dia da Padroeira

No dia da Padroeira, uma história de devoção mariana 8 de setembro é o dia de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, Padroeira oficial da cidade e da Arquidiocese de Curitiba. Em 2018, a data se torna ainda mais especial, pois marcará o início do Ano Jubilar, que será celebrado em todo o território arquidiocesano em comemoração aos 350 anos da Paróquia Nossa Senhora da Luz dos Pinhais de Curitiba – atual Catedral Basílica Menor.

É tempo de celebrar a história de Curitiba e reconhecer o papel essencial que Nossa Senhora da Luz dos Pinhais exerce nela. Para isso, a Revista Voz da Igreja traz o depoimento de uma fiel da Catedral Basílica que encontra ali o seu auxílio sempre que necessita.

Clementina Regina Barddal

luntariado no Hospital Pequeno Príncipe, onde eu e mais um Ministro rezávamos o terço com os familiares das crianças para tentar acalmar um pouco as aflições dos seus corações.

Eu nasci em Curitiba. Sou contadora de formação, mas trabalhei na área de Recursos Humanos por muito tempo. Sou casada há 32 anos e comecei a frequentar a Catedral Basílica de Curitiba em 1985, quando tinha 24 anos de idade. Tudo começou quando eu ainda namorava o Julio, hoje meu esposo, e fomos a uma missa na Catedral. Nesta ocasião, houve um convite para participar do Encontro de Namorados. Achamos o assunto interessante e participamos desse encontro. A partir daí, começamos a frequentar as reuniões e trabalhar com os namorados. Desde então, participei de diferentes pastorais (liturgia, curso de noivos, curso de batismo e encontro de namorados), e hoje atuo como Ministra Extraordinária da Comunhão Eucarística. Também sou coordenadora na Pastoral do Dízimo, que implantamos em abril deste ano na paróquia. Por um período, após as minhas atividades profissionais, fiz vo-

A devoção a Nossa Senhora vem desde criança para mim, quando ia com os meus pais rezar o terço em família nas casas dos vizinhos. Os valores católicos me foram passados pelos meus pais, que sempre foram muito fervorosos e devotos a Nossa Senhora. E são estes valores que também eu e meu esposo procuramos passar aos nossos três filhos - que ainda pequeninos levávamos na igreja conosco e acabavam dormindo enquanto ajudávamos nas pastorais. Nossos filhos tiveram a graça de receber os quatro primeiros sacramentos na Catedral Basílica. Lembro que, quando estava no sétimo mês da minha segunda gravidez, meu esposo teve um problema de saúde muito grave. Foi graças à devoção a Nossa Senhora que conseguimos superá-las. Quando as dificuldades surgiram em minha vida, foi a Nossa Senhora que sempre recorri. Moro longe da Catedral Basílica, mas ela é minha comunidade afetiva. Ela faz parte da minha história e é lá que sempre busco a Nossa Senhora nos momentos bons e ruins. Ali recebi muitas graças!

Acompanhe notícias sobre as comemorações aos 350 anos da Paróquia Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, atual Catedral de Curitiba em www.arquidiocesedecuritiba.org.br/anojubilar

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COMIDI

IAM + 1: Infância e Adolescência Missionária está crescendo na Arquidiocese de Curitiba A Infância e Adolescência Missionária tem como finalidade suscitar o espírito missionário universal nas crianças, desenvolvendo nelas o protagonismo na solidariedade e na evangelização - e, por meio delas, em todo o Povo de Deus: "Crianças ajudam e evangelizam crianças". Pelo projeto IAM +1, cada grupo da IAM ajudará a formar mais um, com o objetivo de que a Infância e Adolescência Missionária chegue em todas as paróquias da Arquidiocese. O projeto, lançado em agosto, já começou a dar resultado. Confira testemunhos da formação de novos grupos:

Grupos “Missionários de São Pedro” e “Caminhando com Jesus” - Paróquia Nossa Senhora das Graças e Santa Gemma Galgani O grupo Iutu Surisawa – Vento da Alegria, da Paróquia Bom Pastor, após estreitar vínculos nas formações e no EFAIAM, aceitou o convite para colocar em prática o projeto IAM + 1. Apresentou, então, a obra da IAM na Paróquia Nossa Senhora das Graças e Santa Gemma Galgani, resultando na criação de dois novos grupos com os nomes escolhidos por eles: “Missionários de São Pedro” e “Caminhando com Jesus”. Esta pontifícia obra missionária será substancial para implantar um projeto de vida para as crianças e adolescentes. O projeto IAM +1 nos conduz a uma profunda reflexão da nossa vocação e sobre como podemos superar desafios a partir do surpreendente protagonismo das crianças. Maria Angélica Kroetz Kovalhuk assessora do grupo Iutu Surisawa, Paróquia Bom Pastor

Grupo da Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Belém Nosso grupo da Paróquia Nossa Senhora da Saúde ajudou a formar um novo grupo na paróquia vizinha - Nossa Senhora do Rosário de Belém. O casal Adriana e Sávio colaborou: eles já participavam ativamente da paróquia e, a convite do pároco, aceitaram o desafio de colaborar na IAM. Quando as crianças chegaram, conseguimos sentir o protagonismo numa delas, que estava animada para contar aos amigos sobre o encontro. Será um grupo de muitos frutos. Esse é o verdadeiro espírito missionário: ajudar ao próximo e divulgar a IAM para que todas as crianças conheçam essa obra maravilhosa. Priscila Busanello Lopes assessora do grupo IAM, Paróquia Nossa Senhora da Saúde

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PE. MARCONDES M. BARBOSA

Campanha Missionária 2018

Enviados para testemunhar o Evangelho da Paz “Vós sois todos irmãos” (Mt 23,8) A Campanha Missionária que acontece todos os anos na Igreja no Brasil durante o mês de outubro, representa um canal, um dom imensurável e um tempo favorável para envolver todas as forças eclesiais para uma maior animação e cooperação missionária em nossas comunidades. Neste ano, em sintonia com a Campanha da Fraternidade, somos convidados a testemunhar o Evangelho da Paz e convocados a tornarmo-nos uma Igreja em Saída, sem fronteiras, portando a Paz, dom de Deus, acreditando na força do anúncio e do testemunho de que todos nós somos irmãos. Este é o desafio que Cristo nos faz.

A Igreja de Jesus recebeu a missão de levar a todas as pessoas, em todos os tempos e lugares, a Boa Notícia do Reino de Deus, inaugurado e anunciado por Jesus e já presente no meio de nós. A evangelização é a missão própria da Igreja. Assim, um dos viés da evangelização é o anúncio e o testemunho do Evangelho da Paz. O nosso esforço é de concretizar a missionariedade, sendo uma Igreja em saída que se fortalece à luz do rosto misericordioso do Pai, onde ninguém é desconhecido, ninguém pode ser esquecido. Pois, somos todos irmãos e irmãs (Mt 23,8). A todas as nossas comunidades, uma profícua e animada Campanha Missionária!

Todo o novenário vai nos convidando a realizar ações concretas de fraternidade e misericórdia nas diversas realidades desfiguradas pela fome, violência, corrupção, injustiça etc., nos interpelando a sermos sujeitos de transformação, canais de esperança. Pois, não poderemos ficar omissos e indiferentes diante de tantos gritos e situações que as filhas e filhos de Deus estão sofrendo, do mesmo modo, toda a criação que geme e pede socorro. Nesta perspectiva, deveremos fazer todo o esforço possível para concretizar o grande projeto de Deus de construir a civilização do amor. A novena missionária, nos convida à oração e reflexão em torno da missão, numa riqueza de testemunhos de irmãos e irmãs que estão traduzindo em sua vida-missão o apelo missionário de nossa vocação batismal: todos somos missionários! Uma rica oportunidade para motivar e animar as nossas comunidades, pastorais, movimentos, grupos na causa missionária e na cooperação e partilha dos dons e riquezas que recebemos gratuitamente de Deus.

EXPEDIENTE COMISSÃODADIMENSÃOMISSIONÁRIA: Coordenador: Padre Marcondes. Secretária: Elania Bueno - 2105-6376. E-mail: elaniacmb@mitradecuritiba.org.br Arquidiocese de Curitiba | Setembro 2018

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Vocacional

Arquidiocese de Curitiba lança instituto para a formação de vocações adultas A Arquidiocese de Curitiba está com um novo projeto: um insituto destinado à formação de homens entre 28 e 48 anos para o diaconato permanente e o presbitério. O IDE (Instituto Discípulos de Emaús) quer oferecer um modelo de formação diferente do tradicional, sem necessidade de residência no seminário, para pessoas que já conquistaram sua independência e maturidade. A ideia para o IDE surgiu do número crescente de pessoas mais velhas que procuram a Pastoral Vocacional buscando uma orientação para o seu discernimento. Como não seria conveniente encaminhá-las aos seminários, foi necessário pensar em um novo modelo. “No processo tradicional, este candidato desanima, porque vai se formar com pessoas bem mais jovens que ele. Nós queremos tentar novas propostas de formação presbiteral para a Igreja”, explica o Pe. Roberto Nentwig, reitor do IDE. O Instituto pretende começar a funcionar em 2019, propondo quatro anos de formação para o diaconato permanente e seis anos para o presbitério, sendo dois deles com residência em uma paróquia. O IDE será uma reformulação da antiga Escola Diaconal São Filipe, aproveitando-se de sua estrutura. Como a Escola Diaconal, também funcionará nas dependências do Seminário Filosófico Bom Pastor, no prédio do Seminário São José.

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Durante os quatro anos, os candidatos participarão de, aproximadamente, 20 finais de semana no Instituto ao ano. Eles deverão também, ao mesmo tempo, realizar a sua formação teológica e filosófica fora do Instituto. Para isso, poderão fazer cursos à distância (EAD), sem a necessidade de uma formação presencial. O diferencial do IDE é o acompanhamento personalizado. Pe. Fabiano Dias Pinto, assessor do Instituto, destaca: “A Igreja precisa cuidar também dessas vocações maduras, essas vocações que alguns chamam de ‘operários da última hora’. Eles também são operários da messe do Senhor”. O Instituto Discípulos de Emaús também está aberto a receber formandos das comunidades de vida religiosa masculinas que tenham interesse neste caminho formativo, assim como a fazer parcerias com outras dioceses. Os interessados devem procurar o IDE para conversas pessoais e participação nos encontros preparativos.

Contatos: ideacompanhamento@gmail.com Pe. Matthias Ham (41) 99640-7073


PE. ISIDRO AUGUSTO PERIN, MS E MEMBROS DO CPP E DO CAEP.

Festa de Nossa Senhora da Salette O Santuário Nossa Senhora da Salette, situado no Jardim Social, em Curitiba, está em intensa preparação para as festividades da Padroeira, com o engajamento de todas as pastorais. A novena acontecerá de 10 a 18 de setembro. Há duas novidades para a festa deste ano. A primeira será a participação dos Párocos e fiéis das paróquias Santa Madalena Sofia, Santuário Nossa Senhora do Carmo, Cristo Rei e São Judas Tadeu, S. José de Santa Felicidade, Santo Agostinho, Imaculada Conceição do Atuba, Santo Antônio, da Lapa e da Comunidade Nossa Senhora Aparecida de Almirante Tamandaré, bem como dos Coordenadores da Ação Evangelizadora, das Comissões da Dimensão Missionária, da Comissão de Ecumenismo e Diálogo Inter Religioso, o Movimento do Terço dos Homens, dos Leigos Saletinos e das Mães que Oram pelos Filhos. Outra novidade é a primeira romaria/caminhada da Praça Nossa Senhora da Salette, Centro Cívico, até o Santuário, que ocorrerá no dia 16 de setembro, a partir das 7h, com chegada ao Santuário para a celebração da missa festiva por volta das 9h.

em sua aparição em Salette, na França. Nessa aparição, Maria, por sua presença maternal e sua mensagem, nos recorda a misericórdia e a paixão de Deus face ao seu povo. Ela nos revela, ao mesmo tempo, a dinâmica da misericórdia divina e nos convoca, em resposta a ela, a fazer um processo de conversão para superar as profundas rupturas que se refletem em nosso modo de ser e de agir. A reconciliação é o caminho da paz e Salette é mensagem de esperança. Você é nosso convidado: venha, participe e sinta-se em casa!

O gesto concreto é o convite de considerar o migrante como apelo de conversão, o qual se expressará pela coleta de alimentos e roupas em benefício dos migrantes que chegam a Curitiba, na missa das 18h do dia 15 de setembro. Os festejos religiosos se encerrarão no dia 19, com a presença de Dom Amilton Manoel da Silva, Bispo Auxiliar de Curitiba. É desejo do Conselho de Pastoral Paroquial envolver o maior número possível de pessoas, paróquias e movimentos para viver, de modo concreto, o tema da festa: “Salette, ensina-nos a viver a reconciliação e a paz”. Esse tema tem seu embasamento na mensagem de Maria

SANTUÁRIO SALETTE - CURITIBA - PR Tel. (41) 3256-3625 | (41) 99684-4578 secretaria@missasalette.com.br | www.missasalette.com.br

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Painel

SOS Família 2018 chega ao quarto encontro com 100 participantes Com o tema “Cuidando dos cuidadores”, o SOS Família 2018 já está no quarto encontro, de um total de oito previstos para este ano, encerrando no mês de novembro. Nesta edição, conta com 100 participantes, inclusive jovens, numa caminhada animada e profunda em suas reflexões. O retiro-formação do SOS Família é uma iniciativa da Pastoral Familiar, oferecida pela Arquidiocese de Curitiba. É uma formação diferenciada com o objetivo de oferecer um espaço especial de aprofundamento na fé, alargando nossos corações para o discipulado missionário. Obrigada a todos que estão construindo estes momentos conosco!

Pastoral Familiar realiza assembleia No dia 29 de julho, aconteceu a XXIII Assembleia Arquidiocesana da Pastoral Familiar de Curitiba, que teve a participação de 153 pessoas envolvidas com a Pastoral Familiar. O encontro teve como tema: PÓS-MATRIMÔNIO – Acompanhamento de Casais Jovens/Novas Famílias e como lema: “Eu sou o Bom Pastor e conheço as minhas ovelhas, e das minhas ovelhas sou conhecido”. O objetivo da assembleia foi definir Diretrizes Pastorais para acompanhar os casais jovens/novas famílias nos primeiros cinco anos do matrimônio e indicar subsídios de apoio.

Restauro da Capela da Glória é finalizado A capela que originou o nome do bairro Alto da Glória está prestes a ser reaberta após seis anos fechada e sem condições de acolher o público para as celebrações. A Capela Nossa Senhora da Glória, conhecida como Capela da Glória, esteve em reforma desde agosto de 2017. A restauração foi viabilizada por um convênio assinado pela Prefeitura de Curitiba com a Arquidiocese de Curitiba, parceria que garantiu a transferência do potencial construtivo para as obras.

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Selo postal dos 350 anos da primeira paróquia de Curitiba é lançado oficialmente Neste ano de 2018, a Paróquia Nossa Senhora da Luz dos Pinhais de Curitiba, hoje Catedral Basílica Menor, comemora 350 anos de sua fundação. Para marcar a data, Arquidiocese de Curitiba irá celebrar um Ano Jubilar entre 8 de setembro de 2018 e 30 de setembro de 2019. O primeiro evento oficial em alusão ao jubileu aconteceu no dia 12 de agosto, na Catedral. No início da missa das 10h, foi lançado oficialmente o selo postal personalizado em homenagem aos 350 anos da Paróquia Nossa Senhora da Luz dos Pinhais de Curitiba, a primeira da cidade. O Arcebispo de Curitiba, Dom José Antonio Peruzzo, celebrou a missa e, durante o ato de lançamento, carimbou o primeiro selo.

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