Revista ASP nov-dez 2011 e jan 2012

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VIAASP

Novembro / Dezembro de 2011 / Janeiro de 2012

O Natal é um dos mais importantes eventos no calendário cristão. Nesta edição da Via ASP, você vai contar com um conteúdo especial sobre as festas de final de ano. Confira! Pág. 09, 10 e 11

• 67 anos da Ação Social do Paraná

• Pastoral da Pessoa Idosa

• Participe da CONSOCIAL

Fundada em 1944, a ASP atua hoje nas áreas de Assistência Social e Segurança Alimentar e Nutricional, cumprindo seu lema de “caminhar com a comunidade e promover a vida”.

Completando sete anos de atuação, a Pastoral da Pessoa Idosa trabalha para que as pessoas com 60 anos ou mais se mantenham ativas e autônomas o maior tempo possível.

Conferência vai promover a transparência pública e estimular a participação da sociedade no acompanhamento e controle da gestão pública.

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Editorial

Enquete

Natal! Caros amigos e amigas, estamos vivendo mais um momento especial, tomados pelo espírito natalino que nos envolve com a sua magia e convida-nos à confraternização, à alegria e eleva nossa alma a uma atitude de desprendimento. Assim nos encontrarmos e percebermos a simplicidade da vida frente à sua grandeza, porque Deus se faz homem e se revela à humanidade no mais frágil do humano, criança que sensibiliza, encanta com sua pureza e nos leva mais próximo do sagrado. Esta edição da Via ASP é especial, porque é sempre especial falar sobre o Natal e tudo que esta época nos inspira. O Natal nos remete também aos valores e sentimentos de solidariedade, união, alegria, paz, amor e fraternidade. É com este espírito que comemoramos em nossas unidades o nascimento de Jesus. Além de celebrar o Natal, a Ação Social do Paraná comemora em dezembro o aniversário de sua fundação. Nestes 67 anos, a ASP sempre esteve ligada à história de conquistas sociais no Paraná, passando por diversas transformações para chegar ao modelo de hoje, de “caminhar com a comunidade e promover a vida”. Com a alegria do renascimento e da vitalidade é que convidamos você, amigo leitor, a partilhar e celebrar conosco estes momentos de festas. Que o espírito de Natal esteja sempre presente em você e em sua família e que o Menino Jesus possa vir novamente iluminar o seu lar. Que o ano que se aproxima seja repleto de realizações. Um Feliz Natal e um ótimo 2012!

A Ação Social do Paraná agradece a todos os doadores, voluntários, colaboradores, empresas, orgãos públicos e instituições parceiras que colaboraram com os projetos neste ano de 2011. Esperamos contar com todos novamente no ano que se aproxima.

Neste período de festas, os colaboradores da Ação Social do Paraná deixam sua mensagem, dizendo O que desejam para este Natal: “Desejo paz e nascimento de novos projetos pessoais e profissionais para todos. Que o Menino Jesus seja nosso exemplo de humildade, serviço e acolhida”. Mara Ferreira – Coordenadora de Projetos da ASP. “Eu desejo que a vida trazida pelo menino Jesus alcance a todas as famílias e que possamos aprender, com o exemplo do Deus-menino, a viver a felicidade na simplicidade”. Neiva Hack – Assistente Social da ASP. “O que eu desejo neste Natal é: Paz, felicidade, saúde e fraternidade”. Claudia Hernandes – Psicóloga do Centro dia do Asilo São Vicente de Paulo. “Desejo viver sempre em harmonia com tudo que me cerca”. Heloisa Ferraz Marques – Gestão Documental da ASP. “Que neste Natal possamos sentir a presença de Deus, da paz, do amor e do perdão”. Márcia Catarina – Recepcionista da ASP. “Não importa o conhecimento de doutorado, o que é prestigiável é a humildade no conhecer”. Jacson Lucas – RH da ASP.

Expediente Publicação bimestral da Ação Social do Paraná. Coordenador geral: Pe. José Aparecido Pinto Coordenadora de projetos: Mara Cristina Ferreira Coordenadora Administrativa: Giceli Stoco

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:: Publicação produzida pela Sintática Comunicação Jornalista Responsável: Ana Tigrinho – MTB 8766-PR :: Tiragem: 10.000 exemplares Dúvidas ou sugestões: comunicacao@sintatica.com.br


Pessoa Idosa

Pastoral da Pessoa Idosa pretende manter os idosos ativos e autônomos a maior tempo possível Entidade completou seus sete anos de fundação em novembro e acompanha cerca de 200 mil idosos em todo o país Atuando em quase todo território nacional, com exceção do Amapá, a Pastoral da Pessoa Idosa (PPI) acompanha cerca de 200 mil idosos de 895 municípios. É um organismo de Ação Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) presente em 1.339 paróquias de 184 dioceses brasileiras. Porém, sua missão é desenvolvida de forma ecumênica, entendendo que todas as pessoas idosas têm os mesmos direitos a uma vida digna, independente do seu credo religioso. A PPI celebrou seus sete anos no dia 5 de novembro, mas a proposta em trabalhar com a pessoa idosa é mais antiga. Em 1994, a Pastoral da Criança iniciou o programa “Terceira Idade na Pastoral”, que acompanhava os idosos com visitas domiciliares. “Os líderes faziam as visitas às famílias e encontravam muitos idosos. Sempre que viajava às dioceses, a Dra. Zilda Arns era questionada do porquê de não acompanhar também estas pessoas”, explica a coordenadora nacional da PPI, Ir. Terezinha Tortelli. Com a criação de uma pastoral específica, cresceu o número de idosos acompanhados e mais líderes foram capacitados para atuar voluntariamente com esta população – hoje são mais de 22 mil no país. A PPI utiliza a mesma metodologia da Pastoral da Criança, capacitando lideranças locais que fazem o acompanhamento domiciliar com os idosos, preenchendo um caderno de indicadores que fornece dados atualizados à Pastoral. Os dados indicam, por exemplo, se a pessoa idosa praticou exercícios físicos, ingeriu líquidos, está com as vacinas de gripe e pneumonia em dia, se sofreu uma queda ou teve incontinência urinária no último mês. “A partir deste acompanhamento conseguimos evitar muitas doenças ou problemas para a pessoa idosa. Nossa meta é manter os idosos autônomos o maior tempo possível, com sua dignidade preservada e seus direitos garantidos”, afirma a religiosa. Mais que isso, a Pastoral da Pessoa Idosa tem auxiliado no entendimento do processo de envelhecimento no Brasil. “Os brasileiros precisamos tomar consciência que o país está envelhecendo rapidamente, que já não somos um país jovem. Neste sentido, a PPI vem contribuir para que as pessoas idosas ganhem visibilidade. É ainda desconhecida a imensidão de idosos frágeis, que passam pelo descaso ou são dependentes”, completa a coordenadora.

Contribua com a Pastoral da Pessoa Idosa A grande maioria das pessoas que atua na PPI é voluntária, porém a entidade precisa de recursos financeiros para os materiais educativos, transporte e alimentação dos voluntários durante a capacitação, que se dá de forma continuada. Para isso, foi criado o Projeto Amigo da Pastoral da Pessoa Idosa – PAPPI. Com a doação de R$ 10,00 por mês, você ajuda a PPI a acompanhar 15 pessoas idosas. Para adquirir o boleto de doação, mande um e-mail amigo@pastoraldapessoaidosa.org.br. Se você pretende ser voluntário na instituição, pode entrar em contato pelo telefone (41) 2105-0250. 03


Carta em homenagem à dona Celina Jacomina Campanholo,

moradora do Asilo São Vicente de Paulo que faleceu no dia 18 de novembro de 2011

* Carta lida na missa de 7º Dia

Neste momento de Ação de Graças, quero agradecer em meu nome e de minha irmã a esta instituição São Vicente de Paulo. Ao padre José Aparecido, enfermeiras, assistentes sociais, médicos, fisioterapeutas, psicólogas, pessoal da cozinha, limpeza, portaria, atendentes, cuidadoras e às queridas moradoras, pelo carinho e dedicação que tiveram com nossa tia Celina. Ela faleceu em 18 de novembro e no dia 20 de novembro completaria 10 anos como moradora do Asilo. Ela dizia que “aqui é a casa de Deus” quando se referia a esta casa, tal era a alegria que sentia. Dizia não ser merecedora de estar aqui, onde há boa comida, roupa de cama limpa, a linda capela, o jardim e o convívio com os demais. Tinha verdadeira devoção ao pinheiro do jardim, que dizia ser o seu “namorado”, pois lhe lembrava a infância vivida em Araucária, onde nasceu. Tia Celina viveu seus 87 anos de vida se doando ao próximo, à família, aos amigos, despojando-se de todo e qualquer bem material. Dedicou anos ao Carmelo com seus trabalhos manuais: crochê e bordados que confeccionava com muita habilidade; ao Centro Social da Vila Guaíra, além de atender pessoas idosas e doentes conhecidas. Procurava viver como São Francisco e dizia que, quando morresse, não queria dar trabalho a nós, suas sobrinhas, a quem nos amava como filhas. Quando estivemos no Asilo para entregar seu óbito, levamos como seu pertence apenas a Bíblia Sagrada com a palavra de Deus, a qual citava com frequência, além dos santos de sua devoção: Santa Terezinha do Menino Jesus e Beata Madre Maravillas. Era pessoa orante, de muita fé, e dizia que rezava o terço diariamente, dedicando cada conta a um membro da família. Padre José Aparecido nos disse que a morte da Tia Celina causou um impacto na casa, tal a comoção com que todos seus amigos e as moradoras sentiram. Com certeza ela marcou sua presença com sua simplicidade, humildade, suas sábias palavras e seu sorriso. Agradecia a Deus e por inúmeras vezes nos trouxe aqui na Capela, local por ela sempre visitado, para admirar a imagem de Nossa Senhora e seu Filho Jesus. E foi assim que se resumiu sua vida. Tia Celina se encontra agora na Glória de Deus, intercedendo por nós, seus familiares, e aos que com ela conviveram. Obrigada sempre e a cada um. Mantemos o nosso compromisso de continuar visitando as moradoras a quem nos apegamos, assim como aos senhores que conduzem esta casa com tanto esmero. Obrigada, Regina e Rosi (sobrinhas de dona Celina) 18 de novembro de 2011

O objetivo de tornar pública esta carta entregue à instituição é destacar este exemplo: família presente ao idoso institucionalizado promove a acolhida, cuidados e amor. Quando isso vem da família, não tem preço. Quem conheceu a Dona Celina sabe o quanto ela era feliz!

Centro Dia Conheça o Centro Dia do Asilo São Vicente de Paulo, um espaço voltado para a idosos de ambos os sexos que convivem com sua família. No Centro Dia, a pessoa idosa é atendida durante o dia e participa de diversas atividades que buscam sua socialização e integração: atividades ocupacionais, culturais, físicas e de lazer, além do acompanhamento de seus cuidados pessoais. Entre em contato pelo telefone (41) 3313-5384 ou pelo e-mail centrodia@asilosaovicente.org.br e agende um horário para visitas.

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Artigos O mês de novembro se inicia com duas importantes datas no calendário católico: a Festa de Todos os Santos, no dia 1º, e o Dia de Finados, em 2 de novembro. Mas o que estas datas significam? Acompanhe nos artigos abaixo:

Santos Todos de Deus, Rogai por Nós Interessante como somos egoístas até mesmo em nossas orações. Exagero? Pense no santo de sua predileção, e procure lembrar quantas vezes você recorreu a ele só para pedir, e geralmente graças de ordem temporal: a recuperação da saúde, o afastamento de algum perigo, que o filho passe no vestibular ou um negócio dê certo. Lembrou de agradecer, ou simplesmente louvar? Dificilmente pedimos que intercedam por nós, para crescermos também nós na santidade. Não é este, porém, o assunto desta reflexão. O assunto é a Festa de Todos os Santos, com a qual nós começamos o mês de novembro. Quem são esses santos que celebramos? Primeiro, são aquelas pessoas que a Igreja, com autoridade de Mestra, canonizou, depois de longos e sérios estudos sobre a sua vida e doutrina, feitos por gente gabaritada e oficialmente delegada para isso. Canonizar é simplesmente proclamar que tais pessoas, pela vida de amor a Deus e ao próximo que levaram, alcançaram a vida eterna e já estão participando da vida e da felicidade divinas no seio de Deus – isto é o céu! – e por isso são para nós exemplos a seguir: você também quer ser santo? Quer alcançar a vida eterna? Dentro das circunstâncias próprias de sua vida, procure imitar os exemplos de virtudes que deixaram. Além disso, a Igreja proclama também que são nossas intercessoras: dado que estão bem perto de Deus, podem levar a Ele as nossas preces. De tempos antigos e modernos, até contemporâneos nossos, como irmã Dulce e Madre Tereza de Calcutá. O melhor exemplo de intercessão que

Dia dos “Finados”

Frei Estêvão Nunes, op Pároco da Igreja Santo Antônio

temos é a mãe Maria apresentando a seu Filho o problema dos noivos nas bodas de Caná. Mas não são somente esses os santos que celebramos nesta festa, não. Há milhares e milhares de outros. Está lá no Apocalipse (7, 9): “Vi uma grande multidão que ninguém podia contar, de toda nação, tribo, povos e língua”. Tantos deram a vida pelo próximo, vivendo ou até morrendo pelo irmão: Drª. Zilda Arns, Irmã Dorothy, Raul Follerau, e outros que nem cristãos eram, como Gandhi, e outros que não eram católicos, como o Dr. Schweister, que deixou um futuro brilhante de médico, músico e pastor, e foi cuidar dos mais pobres lá da África. E tantas outras pessoas que não fizeram coisas grandiosas, mas nas coisas pequeninas do dia a dia souberam colocar tanto amor: quantas mães se doaram sem reservas à família, na abnegação, na renúncia de si mesmas, no sacrifício; quantas filhas e irmãs cuidaram de parentes enfermos com tanto carinho; quantas enfermeiras nos hospitais souberam enxergar nos doentes o próprio Jesus crucificado. E mais e mais pessoas por esse mundo afora, dentro dessa multidão que o profeta do Apocalipse vislumbrou. Todos santos! Sim, a santidade consiste em cumprir a vontade de Deus, e a vontade de Deus é esta: “Amai-vos uns aos outros, como Eu vos amei”. E o amor se concretiza no serviço: “Eu vim não para ser servido, mas para servir”, porque servir é ir ao encontro das necessidades do irmão. A santidade não se adquire de hoje para amanhã, mas é uma escada a subir durante toda a vida, na direção da santidade infinita de Deus: “Sede santos, como Deus é Santo”!

Pe. Anacleto Ortigara – MS Santuário N. Sra. da Salette

Para nós a pessoa que morre vira um “finado”; chegou ao fim. Terminou. Para Deus não é bem assim, porque “Eu não sou Deus de mortos”, diz, e ele não mente. “Sou o Deus de Abraão, Isaac, Jacó,...” gente 'finada' há milhares de anos. Para nosso Deus não existe morte, nem tempo.

“Finado” indica o momento do fim, aqui na terra, mas abre o nosso horizonte, o céu. Não é outra vida, é outra maneira de viver esta vida, no que diz respeito à felicidade de Deus. Faz bem guardar o “Dia de Finados”, mas melhor seria viver o Dia da Eternidade, Dia de Vida na Fonte da vida, Deus.

O Salmo 23 – Bom Pastor – é bem conhecido e rezado. E, um dia, o viveremos na pele. É oração especial para quem tem certo – ou muito – medo da morte. O Salmo fala não da morte, mas apenas da “sombra” dela e ela já nos assusta. Só a sombra dá medo.

Nota: Alguns se preocupam muito com a “Missa de 7º dia”. Não é o dia que vale. É a oração. Na Igreja Oriental, a missa para falecidos é celebrada no 3º dia (ressurreição de Jesus) e no 40º dia, a Ascensão do Senhor.

Não sabemos a quem recorrer, a não ser ao Criador da vida. Deus Pai sabe que no aperto, cada filho ou filha grita por ele. A morte, para Deus, não é um castigo (Deus não castiga, ama) e a morte é a passagem deste modo nosso de viver para estar com o Criador.

Fixemos o olhar em Deus, e a morte será o maior encontro da nossa vida.

Ao passar por este “vale de angústia”, não temerei mal algum, porque “Deus está aí, comigo” (23,4). Eduquemo-nos para ultrapassar este vale, fixando nosso olhar em Quem nos criou, nos acompanha e nos aguarda na “casa do Pai, onde há um lugar para cada um de nós”.

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ESPECIAL

Ação Social do Paraná completa 67 anos de atuação no Estado Comprometida com a dignidade humana, entidade atua nos eixos de Assistência Social e Segurança Alimentar e Nutricional “Caminhar com a comunidade, promover a vida” – esta é a diretriz da Ação Social do Paraná, que no dia 13 de dezembro celebra seus 67 anos de atuação no estado. Sempre comprometida com a valorização da vida e da dignidade do ser humano, a ASP tem como missão “realizar um trabalho social com famílias em situação de vulnerabilidade e risco social em parceria com a rede socioassistencial, através de ações que visam resgatar a dignidade humana e a cidadania plena, respeitando o meio ambiente”. Os trabalhos da Ação Social do Paraná se iniciaram em 1944, quando a entidade foi criada para implantar o Curso Superior de Serviço Social em Curitiba, que esteve sob

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responsabilidade da instituição até 1969 (a Escola de Serviço Social de Curitiba está entre as instituições que formaram a PUC-PR). Mesmo reestruturando sua atuação, permaneceu comprometida com as iniciativas sociais católicas na Arquidiocese de Curitiba, participando da criação de entidades sociais de proteção e promoção social e na formação de diversas pastorais na Arquidiocese. Como entidade-membro da Cáritas Brasileira em Curitiba, a ASP compartilha da proposta desta rede institucional, priorizando os direitos humanos e a solidariedade, além de desenvolver iniciativas que promovem o Desenvolvimento Solidário e Sustentável, uma das bandeiras de luta da Cáritas.


ESPECIAL

Fortalecimento da rede e de políticas públicas Coordenando as ações da ASP desde 2005, quando a instituição passou por uma reformulação na condução de suas obras, padre José Aparecido Pinto explica que atualmente a atuação da entidade está ligada à garantia de direitos e políticas públicas para a área social. “Passamos por uma mudança de conceito em que procuramos conhecer as políticas públicas e trabalhar nesta área, dentro da realidade social. Já não ansiávamos por um trabalho pastoral, mas de aproximação do entendimento e da ação na busca da consolidação das políticas sociais”, destaca. Neste sentido, a concretização de uma rede socioassistencial foi essencial: “Percebemos uma carência muito grande no terceiro setor em lutar pelos direitos e políticas públicas. O governo em suas três instâncias – municipal, estadual e federal – tem uma responsabilidade social que era assumida pelas entidades. Entramos com o compromisso de aproximar todos os setores e fortalecer o conceito de rede, reunindo o Estado, as instituições e as igrejas – não apenas a católica – para que a transformação chegasse à sociedade”, completa. Para que esta atuação na garantia de políticas públicas seja efetiva, a Ação Social participa de uma série de fóruns e conselhos em suas áreas de trabalho. São eles: o Fórum Nacional de Assistência Social, Fórum Nacional de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa, Fórum Estadual dos Direitos da Pessoa Idosa, Fórum Regional de Assistência Social – Curitiba e Região Metropolitana, Fórum Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa de Curitiba, Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Idosa, Conselho Estadual de Assistência Social (Gestão 2012-2014), Conselho Municipal de Assistência Social de Curitiba e o Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional de Curitiba.

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Artigo Orçamento público da União, Estados, Distrito Federal e Municípios: conhecer para exigir; exigir para incluir; fiscalizar José Araujo da Silva – Presidente do Conselho Estadual dos Direitos do Idoso do Paraná * Artigo escrito para a Revista dos Direitos da Pessoa Idosa, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República O processo orçamentário compreende as fases de elaboração e execução das Leis Orçamentárias (LO), que são: Plano Plurianual (PPA), Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei Orçamentária Anual (LOA). Cada uma destas leis tem formas próprias de elaboração, aprovação e implementação pelos Poderes Legislativo e Executivo. Compreender estes processos é o primeiro passo para a participação da sociedade no processo de decisão, fortalecendo, desta maneira, o exercício do controle social democrático na aplicação dos recursos públicos. Na Lei Orçamentária Anual estão estimadas as receitas que serão arrecadadas durante o ano e definidas as despesas que o governo espera realizar com esses recursos, conforme aprovado pelo Legislativo. A LOA contém três orçamentos, previstos na Constituição Federal: o orçamento fiscal, o orçamento da seguridade social (previdência, assistência e saúde) e o orçamento de investimentos das empresas estatais. Por determinação da Constituição Federal de 1988, o executivo deve definir cada ano suas metas e prioridades para o exercício financeiro subsequente, e o faz por meio da Lei de Diretrizes Orçamentárias. Esta lei determina os parâmetros que devem ser observados na elaboração da LOA, definindo também as regras sobre mudanças nas leis de impostos, finanças e pessoal. A Constituição de 1988 delineou uma trajetória para se fazer o orçamento. Conforme já dizemos acima, são três os instrumentos cuja elaboração a sociedade civil, através de suas entidades, podem e devem participar: PPA, LDO e a LOA. Participar do Processo orçamentário é uma das melhores formas de exercer a cidadania, porque se pode exercê-la de forma coletiva, discutindo os problemas e definindo quais as propostas são mais importantes para o conjunto da sociedade. A LOA é o orçamento propriamente dito, ou seja, a previsão de todas as receitas e autorização de despesas públicas, apresentadas de forma padronizada e com várias classificações. Define as fontes de receitas e despesas por órgão e por função, expressas em valores. Contém os programas, subprogramas, projetos e atividades que devem contemplar as metas e prioridades estabelecidas na LDO, com recursos necessários ao seu cumprimento. O projeto de lei orçamentária é elaborado no âmbito federal pela Secretaria de Orçamento Federal (SOF) e encaminhado ao Congresso Nacional pelo Presidente da República. O Executivo possui exclusividade na iniciativa das leis orçamentárias. Composto pelo texto da lei, quadros orçamentários consolidados e anexos dos Orçamentos Fiscal, da Seguridade Social e de Investimento das Empresas Estatais, o projeto de lei deve ser encaminhado para apreciação do Congresso Nacional até 31 de agosto de cada ano. A novidade é que a sociedade civil foi chamada a apreciar a peça orçamentária sugerindo inclusões, modificações e ajustes. Em torno de 77% das sugestões e indicações foram aceitos e incorporados ao Orçamento e em torno de 18% foram aceitas parcialmente neste ano, conforme dados da Secretaria Geral da Presidência da República. Realmente um avanço no processo de participação da sociedade civil. Mas ainda há muito que caminhar neste processo participativo de se construir o orçamento nos três níveis de governo. Apenas uma pequena parte do orçamento é oferecida para alteração. A sociedade civil deve, no futuro, participar na construção total do orçamento público.

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Recebido pelo Congresso Nacional, o projeto é publicado e encaminhado à Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO). A Resolução nº 01 de 2006 do Congresso Nacional regula a tramitação legislativa do orçamento. Para conhecer o conteúdo do projeto e promover o debate inicial sobre a matéria, a CMO realiza audiências públicas com ministros ou representantes dos órgãos de Planejamento, Orçamento e Fazenda do Executivo e com representantes das diversas áreas que compõem o orçamento. Nessa oportunidade, os parlamentares começam a avaliar a proposta apresentada e têm a possibilidade de ouvir tanto as autoridades governamentais como a sociedade em nova rodada de participação, sendo essa a segunda oportunidade da sociedade civil em sugerir modificações no orçamento publico. Nos estados esta dinâmica se repete, ou seja, PPA – LDO e LOA, sendo necessário saber os prazos, pois cada estado tem sua legislação própria. Mas é bom saber que o PPA vale do segundo ano do governo eleito e vai até o primeiro ano do próximo governo eleito. ortanto os PPAs estaduais e do Distrito Federal, assim como o federal, são aprovados em 2011 e começam a viger em 2012, indo até 2015 já com novos dirigentes eleitos no âmbito federal e nos estados e Distrito Federal. Sabendo dessa sequência, é possível aos Conselhos Estaduais de Idosos organizarem suas agendas para poderem participar intensamente do processo orçamentário de seus estados. No Paraná, o Conselho Estadual dos Direitos do Idoso (CEDI), na reunião ordinária de agosto 2011, elaborou e aprovou uma proposta orçamentária para ser incluída no PPA 2012-2015, em construção no estado. Esta deliberação contemplou as principais necessidades das pessoas idosas do Paraná, inclusive com propostas inter-setoriais envolvendo as secretarias de estado no sentido de exercer suas competências estabelecidas em lei no Paraná, ou seja, deliberar sobre a Política Estadual do Idoso. O encaminhamento se deu através da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, criada recentemente e na qual o CEDI esta vinculado. Agora cabe ao Executivo, através de suas secretarias de estado, elaborar os programas, projetos e serviços, colocando em prática a deliberação do Conselho, inclusive prestando contas do andamento das ações. Nos municípios ocorre o mesmo, só que em tempos diferentes. Os PPAs municipais são aprovados no primeiro ano do mandato do prefeito, valendo então a partir do segundo ano até o primeiro ano do mandato do prefeito seguinte, ou seja, está em plena vigência os PPAs aprovados em 2009 e vigendo de 2010 até 2013. Fiz questão de frisar bem estas diferenças para mostrar que o controle democrático social previsto na nossa constituição cidadã de 1988 deve estar atento às datas para não perder os prazos. Vale ressaltar que em todos os âmbitos o legislativo também oferece a oportunidade da sociedade civil interferir no processo indicando onde quer ver aplicado o dinheiro público. Os prazos do Orçamento Público são imutáveis e envolvem diversas fases e instâncias, mas para que possamos exercer verdadeiramente o accontability vertical, precisamos estar atentos desde o programa do candidato a cargo público até o término de seu mandato. Agindo assim seremos de fato instância de controle social democrático nesta maravilhosa Democracia Participativa que estamos criando neste lado do mundo.


Especial de Natal

Asilo São Vicente de Paulo celebra o Natal com suas moradoras A época de Natal é sempre muito aguardada pelas moradoras do Asilo São Vicente de Paulo. A instituição prioriza a data para festejar junto a suas idosas o nascimento de Jesus Cristo. A comunidade é também muito presente neste período, oferecendo confraternizações e presenteando as moradoras. Diferente dos anos anteriores, o Asilo não terá apresentações natalinas em 2011, já que o foco da celebração neste ano está nas moradoras. “Procuramos ser uma gestão responsável e consciente, por isso neste ano o nosso objetivo é simplesmente a alegria delas. Junto à comunidade e às famílias, rezamos, fazemos festas, damos presente, tudo que o espírito de Natal permite”, destaca o superintendente do Asilo, padre José Aparecido Pinto. Toda a comunidade pode contribuir para que este Natal seja ainda mais completo para as moradoras dos asilos São Vicente de Paulo e Santa Clara. Elas já prepararam sua lista de presentes, que está disponível no site da Ação Social do Paraná (www.aspr.org.br). Escolha a moradora que você quer presentear e entre em contato com o setor de Serviço Social do Asilo, pelo telefone (41) 3313-5353 ou pelo e-mail s.social@asilosaovicente.org.br.

Artesanatos podem ser uma boa opção de presente para o Natal Além de criativos, os produtos contribuem com a geração de renda de diversas pessoas Uma boa opção para quem quer inovar nos presentes deste Natal é escolher um produto artesanal que, além de ser exclusivo, contribui com a geração de renda de diversas pessoas que trabalham com artesanato. Em Curitiba, as mulheres dos grupos Maria Pimenta e Mãos de Ouro já estão preparando seu catálogo para o Natal. Os dois grupos de geração de renda surgiram das oficinas socioeducativas, promovidas desde 2006 pela Ação Social do Paraná em diversas comunidades de Curitiba. O objetivo do projeto, que contempla mulheres em situação de vulnerabilidade social, é a emancipação e o protagonismo social destas pessoas. Mais que trabalhar a geração de renda

Artesanato como terapia No Asilo São Vicente de Paulo, o trabalho manual funciona como terapia para as moradoras e é também uma forma de contribuir com a manutenção da casa. Todas as semanas, as idosas se reúnem com um grupo de voluntárias para aprender novas técnicas artesanais. O resultado deste trabalho elas mostram na própria instituição. São diversas opções de produtos, como caixinhas decoradas, panos de prato, toalhas, bordados e tapetes. Parte do dinheiro da venda fica com a idosa artesã e o restante é destinado para a instituição.

através do artesanato, as oficinas abordam os conceitos do Desenvolvimento Local, Solidário e Sustentável. As mulheres que criaram o Mãos de Ouro, na vila Santa Rita, no Tatuquara, e o Maria Pimenta, na Região do Rio Bonito, viram nas oficinas a oportunidade de ter sua independência financeira – hoje são autônomas e administram seu próprio empreendimento. Estes grupos também socializam os conhecimentos adquiridos nas comunidades. Há mais de três anos na atividade, elas participam de feiras temáticas em diversas regiões da cidade e também aceitam encomendas. Entre os artesanatos produzidos, estão bolsas, produtos em feltro, porta-sacolas, chinelos, panos de prato, toalhas, tiaras e enfeites para o cabelo, além dos produtos natalinos.

Quer presentear com artesanato, confira as opções: Grupo de geração de renda Maria Pimenta Fones: 3225-8855 ou 9988-6296, com Áurea ou Vitória. Grupo de geração de renda Mãos de Ouro Fones: 9954-2188, com Geni, ou 9838-9904, com Meyre. Asilo São Vicente de Paulo Rua São Vicente, 100 – Juvevê Fone: 3313-5353.

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Especial de Natal

Alimentos saudáveis para as Festas de final de ano Um dos momentos mais gostosos do Natal e do Ano Novo é reunir a família para uma gostosa ceia. Porém, as receitas das festas de final de ano podem ser muito calóricas e pouco saudáveis. Para você não deixar de comer bem nestas festas, prefira alimentos frescos e da época, como frutas e oleaginosas. Procure ficar bem hidratado, tomando muitos sucos naturais, água de coco, mate e água natural filtrada e fresca. Além disso, use alimentos ricos em carboidratos que armazenam energia, como massas, pães, cereais e grãos.Nesta edição especial da Via ASP, você encontra um cardápio para preparar uma ceia deliciosa. E melhor: com receitas saudáveis.

Cardápio Arroz à Grega

para as festas de final de ano:

(Rendimento: 8 porções)

Lentilha

Ingredientes

Ingredientes

2 xícaras de arroz 4 xícaras de água fervente ½ cebola 1 cenoura pequena cortada em cubinhos ¼ de xícara de pimentão verde, vermelho e amarelo cortados em cubinhos ½ xícara de ervilha Manteiga sem sal Sal a gosto ¼ xícara de uva passas preta Salsinha picada

1 cebola média picada 3 dentes de alho grandes picados 1 cenoura picada 2 xícaras de lentilha 5 xícaras de água 2 folhas de louro Sal a gosto Óleo de girassol

Modo de preparo • Refogue a cebola na manteiga, adicione o arroz, o sal e a água e deixe cozinhar por aproximadamente 10 minutos; • Adicione a cenoura e aguarde 2 minutos; • Adicione os pimentões e a ervilha; • Faltando apenas 2 minutos para o arroz estar cozido, adicione a uva; • Salpique a salsinha na hora de servir.

Modo de preparo • Em uma panela de pressão coloque o óleo e refogue a cebola e o alho até dourar; • Coloque a lentilha, a cenoura, a água, o louro e o sal e tampe a panela; • Deixe cozinhar por 5 minutos após o início do chiado; • Depois tire a pressão da panela, abra, experimente o sal e coloque o sal que faltar a gosto; • Deixe cozinhar mais 1 minuto e pronto.

Ponche de melancia

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(Rendimento: 8 porções)

(Rendimento: 10 porções)

Ingredientes

Modo de preparo

1 kg de melancia 2 unidades de limão 2 unidades de maçã 500 ml de água com gás Açúcar a gosto

• Bata a melancia no liquidificador; • Acrescente o suco de limão, a maçã

picada e a água com gás; • Adoce a gosto.

Fonte: Oficina de aproveitamento de alimentos do Sesc Rio | Anna Lucia Sirvas Plata, Supervisora de Nutrição da Ação Social do Paraná


Especial de Natal

Frango Assado Festivo

(Rendimento: 6 porções)

Ingredientes 1 frango inteiro ½ cebola 4 dentes de alho ½ copo vinho branco Suco de 2 limões Alecrim a gosto Cheiro verde picado Cerejas e pêssego em calda para decorar

Modo de preparo

Salada de folhas nobres com nozes

(Rendimento: 8 porções)

Ingredientes

½ alface americana ½ alface crespa ½ alface crespa roxa ½ rúcula ½ chicória roxa 300 g de abacate 80 g de nozes ¼ bandeja de tomate cereja

Modo de preparo

• Descasque todos os ingredientes (menos as frutas) e bata no liquidificador; • Marine o frango com os ingredientes e deixe por 2 horas sob refrigeração; • Asse em forno médio (170ºC) por aproximadamente 1h30; • Regue sempre com o líquido da marinada para não ressecar; • Depois de assado, servir em uma travessa ornamentada com as metades de pêssego recheadas com uma cereja cada.

Farofa Requintada

(Rendimento: 8 porções)

Ingredientes 400 g de farinha de mandioca 50 g de cebola picada ½ talo de alho-poró 1 dente de alho ½ milho 100 g de calabresa 2 tomates 50 g de pimentões de três cores ½ maço de cheiro verde 50 ml de azeite Sal a gosto

Modo de preparo: • Descasque a cebola, o alho e a calabresa; • Lave o alho-poró, o tomate e os pimentões; • Pique tudo em cubos regulares e a calabresa em meia lua; • Aqueça em uma panela o azeite, refogue o alho, a cebola, o alho-poró, a calabresa, o tomate, os pimentões e o milho; • Depois de aquecido tudo, desligue o fogo e misture tudo com a farinha de mandioca e o cheiro verde; • Deixe para corrigir o sal por último.

Manjar de coco com calda de ameixa

• Lave em água corrente todas as folhas e o tomate cereja; • Em uma bacia, coloque 5 L de água e água sanitária e coloque as folhas e o tomate cereja; • Descasque o abacate e corte em filetes. Reserve; • Reserve alguns tomates maiores e corte ao meio os demais; • Escorra o excesso de água das folhas; • Em uma travessa, faça uma cama de folha com a alface crespa; • Vá rasgando as folhas uma a uma de cada tipo até dar uma camada; • A cada camada, coloque os tomates, o abacate e as nozes; • Repita o processo até o fim, tomado cuidado para que aja uma harmonia de cores. • Corte os tomates reservados em forma de cruz, mas sem cortar as sementes. Abra-os para que fiquem com um formato de flor. Use para enfeitar com uma salsinha em ramo.

Salada de frutas especial

(Rendimento: 6 porções)

Ingredientes Frutas da época (Maçã, banana, manga, melão, laranja, uva, morango) 1 lata de leite condensado ½ xícara de chá de suco de maracujá

Modo de preparo • Lave bem todas as frutas, descasque, pique e reserve; • Prepare o creme separado. Mistures o leite condensado com o suco de maracujá até obter um creme consistente; • Distribua o creme em taças e coloque as frutas por cima; • Sirva gelado.

(Rendimento: 12 porções)

Ingredientes

Modo de preparo

500 ml de leite de coco 500 ml de leite 1 leite condensado 200 g de coco ralado 3 ovos 50 g de açúcar 100 g de ameixa preta

• Aqueça o forno a 200º; • Em um liquidificador, bata todos os ingredientes (menos o açúcar e a ameixa) e reserve; • Numa forma de pudim, derreta o açúcar e pique metade da ameixa. Junte com o açúcar derretido; • Coloque na forma a mistura batida no liquidificador e leve para assar em banho-maria; • Enfeite com as ameixas que sobraram.

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Notícias ASP

CONSOCIAL vai promover a participação da sociedade no controle da gestão pública Entidades e grupos organizados podem fazer suas inscrições para as etapas municipais e regionais O Paraná está se preparando para a 1ª CONSOCIAL – Conferência sobre Transparência e Controle Social. As conferências municipais já estão acontecendo. A partir delas, serão escolhidos os delegados que participam da etapa estadual, que acontece em Curitiba entre os dias 12 e 14 de março de 2012. A Conferência Nacional será em Brasília, entre os dias 18 e 20 de maio. Os 20 municípios da Grande Curitiba se reúnem na capital nos dias 8 e 9 de dezembro para Conferência Regional, realizada pela ASSOMEC – Associação Municipal da Região Metropolitana de Curitiba. A 1ª Consocial traz o tema "A sociedade no acompanhamento e controle da Gestão Pública", com o objetivo principal de promover a transparência pública e

estimular a participação da sociedade no acompanhamento e controle da gestão pública, contribuindo para um controle social mais efetivo e democrático. É importante a participação de todos os setores da sociedade nas etapas da conferência, já que as propostas e diretrizes resultantes da 1ª CONSOCIAL vão subsidiar a criação de um Plano Nacional sobre Transparência e Controle Social, podendo ainda se transformar em políticas públicas e projetos de lei, passando também a compor as agendas de governo em âmbito municipal, estadual ou nacional. Qualquer pessoa pertencente a uma organização social pode participar. Informações sobre as inscrições e as etapas da conferência estão disponíveis no site www.consocial.pr.gov.br.

Congresso da Cáritas Brasileira aborda o Desenvolvimento Sustentável e Territorial

Entre os dias 9 e 12 de novembro, as entidades-membro da Cáritas Brasileira se reuniram em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, para o IV Congresso e a XVII Assembleia Nacional da entidade, que em novembro completou 55 anos de atuação no Brasil. Como entidade-membro de Curitiba, a Ação Social do Paraná participou do evento, que abordou o tema “Desenvolvimento Sustentável e Territorial” e o lema “Sementes de um projeto popular”. “A participação da ASP trouxe para nós o conhecimento de experiências de outras localidades do Brasil em uma rica partilha de informações da Rede Cáritas. Foi excelente conhecer como outras entidades-membro desenvolvem suas atividades, levando em conta não só as dificuldades, mas principalmente as potencialidades de seus territórios”, declara Márcio José Pelinski, um dos representantes da ASP no evento. Para Andréia Alfaz, também representante da ASP, essa foi a oportunidade de vivenciar as experiências realizadas no país. “As visitas aos projetos da Cáritas Passo Fundo possibilitou um olhar na realidade territorial, desdobrado em trocas de experiências entre as entidade presentes. Graças ao congresso, tivemos a oportunidade de visualizar diversos e significativos trabalhos nacionais oriundos de ações concretas na sociedade através das Cáritas Brasileira”, destaca.

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Notícias ASP

Colaboradores participam da I Sipat dos Asilos São Vicente de Paulo e Santa Clara Entre os dias 19 e 23 de setembro, o setor de RH da Ação Social do Paraná realizou a I SIPAT – Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho no Asilo São Vicente de Paulo, reunindo também os colaboradores do Asilo Santa Clara, com o objetivo de qualificar os colaboradores para a segurança no ambiente de trabalho. O cronograma da Sipat contou com palestras ministradas por duas empresas parceiras, a Percepção de Risco e a Blanc Consultoria. Foram vários os temas abordados, como “Relações Interpessoais no Ambiente de Trabalho”, “Doenças Sexualmente Transmissíveis”, “Gerenciamento da Rotina e a Percepção de Risco”, “Equilíbrio, Trabalho e Família” e “Quickmassage (sede)”. Os colaboradores tiveram ainda orientação nutricional. Repetindo a experiência da Sipat dos Restaurante Populares, foi incluída também a participação dos filhos dos colaboradores nas atividades. As crianças participaram de um concurso em que foram escolhidos os melhores desenhos sobre “o trabalho de seus pais no Asilo São Vicente de Paulo”. Para o diretor administrativo do Asilo, Edson Tadeo de Oliveira, uma semana dedicada à prevenção dos acidentes de trabalho foi de suma importância para a instituição. “Já estamos tendo um resultado muito favorável depois do evento, que está refletindo na qualidade do trabalho de nossos colaboradores e, consequentemente, na qualidade de vida das moradoras. Só temos a agradecer o empenho da equipe ASP (Sede), que organizou a ação, e às empresas que realizaram as palestras de altíssima qualidade gratuitamente”, destaca.

Dia Internacional do Voluntariado Em 1985, a ONU instituiu o dia 5 de dezembro como o Dia Internacional do Voluntariado, homenageando as mais diversas formas de ações voluntárias que são realizadas em todas as esferas da sociedade, responsáveis pela transformação social de diversos lugares. Neste 5 de dezembro, Ação Social do Paraná e o Asilo São Vicente de Paulo querem agradecer a todos os voluntários e voluntárias que são responsáveis por impulsionar nossas ações ao dedicar seu tempo e suas qualidades em prol das pessoas que atendemos. Parabéns pelo seu dia!

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Centro de Formação da Ação Social do Paraná - CEFAS

Políticas Públicas e a Dependência Química A Dependência Química é uma doença bio-psico-socioespiritual que afeta não apenas o usuário de drogas e álcool, mas também sua família e a sociedade que convive com ele. Devido à complexidade, é necessário prioritariamente de uma Rede de atendimento integrada com parceria solidária com as mais diversas áreas que tratam a questão, para a execução de um trabalho que envolva a educação a família e sociedade. Nosso desafio diante de um dos maiores problemas sociais da atualidade é criar

políticas públicas que deverão agir com propostas de ação, manifestando um choque de gestão com prioridade na prevenção, em usuários iniciantes e na recuperação do dependente químico, onde o Poder Público esteja efetivamente envolvido na execução e acompanhamento destas políticas. Por fim, pensar em políticas públicas é pensar na participação do cidadão crítico, que exige seus direitos, que é corresponsável pela sua comunidade e sabe das necessidades da mesma. Carlos Eduardo Dias Ferretto Técnico em reabilitação da Dependência Química Comunidade Terapêutica – Casa de Apoio Belém

Dependência química A Dependência Química é um transtorno de Saúde Mental que acarreta em implicações sociais diversas: desde o desemprego, inúmeros internamentos hospitalares, envolvimentos em acidentes e com a justiça, abandono escolar, dissolução de lares, ocasionando assim sofrimento significativo tanto para quem sofre da doença quanto para aqueles que com ele convivem, seja no ambiente familiar ou no trabalho.

Dentre os diversos resultados deste projeto estão: o documentário (disponível para reprodução e cópia na sede da ASP), os Cadernos de Artigos produzidos pelos treze acadêmicos pesquisadores envolvidos, a Coleção Terceiro Setor: “O que é Terceiro Setor” e “Gestão do Terceiro Setor”, ambos de autoria da Profª. e Ms. Ivonete Ferreira Haiduke e “Comunidades Terapêuticas como alternativa do Terceiro Setor”, de autoria da Psicóloga Patrícia Campos Nogueira.

A urgência em criar estratégias e programas de prevenção informativos e esclarecedores nos leva a desenvolver múltiplas ações, como atender ao convite da Ação Social do Paraná e promover um debate, tendo por objetivo a promoção de mudanças sociais e nos permitindo divulgar, esclarecer e informar o maior número de pessoas sobre as consequências da dependência química.

O documentário também foi um recurso utilizado para a realização de palestras em Escolas da Rede Pública com a temática da Prevenção, voltadas para estudantes de 5ª a 8ª séries, professores, funcionários e alunos do ensino médio.

Pesquisas recentes de estudos populacionais indicam dados preocupantes. Um levantamento feito pelo CEBRID Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas em 2002 em 13 capitais brasileiras aponta para uma população de 18% de dependentes químicos no Brasil (entre alcoolismo e outras dependências químicas). O grupo de pesquisas interdisciplinar da Faculdade FACEL (Curitiba), no projeto “Imersão e Viabilização de Instituições do Terceiro Setor – Estigma Associado à Dependência Química” pesquisou, com o apoio financeiro da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia do Ensino Superior, cinco instituições para tratamento da Dependência Química, as chamadas Comunidades Terapêuticas.

É preciso encarar a problemática da Dependência Química como prioridade em se tratando de programas de Saúde Mental no Brasil e ainda como uma excelente oportunidade para assumirmos nossa responsabilidade social e atuarmos como multiplicadores, principalmente no que se refere às formas e desenvolvimento de projetos voltados à prevenção desta doença. As atividades multiprofissionais realizadas atualmente para o enfrentamento desta problemática, como palestras abertas, debates públicos, casos e repercussão na mídia, entre outros, nos levam à otimista expectativa de um enfrentamento mais preparado, consciente e contínuo desta problemática, visto a participação de um número cada vez maior de interessados, o que só vêm a somar em nossa luta! Patricia Cardoso Campos Nogueira Psicóloga Especialista em Dependências Químicas

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Centro de Formação da Ação Social do Paraná - CEFAS

Desenvolvimento Local Solidário e Sustentável vivências e subsídios teóricos para o trabalho de desenvolvimento social

Que o nosso Planeta está em transição, em ritmo acelerado devido às transformações ambientais, ninguém duvida, mas o que temos dúvida é onde vamos parar com este modelo de desenvolvimento. Muita coisa tem sido dita, escrita e profetizada, mostrando há anos esta situação. A própria Igreja Católica, através de suas campanhas da fraternidade, debate a temática, como em: CF 1979: “Por um mundo mais humano – Preserve o que é de todos”; CF 1984: “Deus Fonte de Vida – Para que todos tenham vida”; CF 2004: “Fraternidade e Água – Água Fonte de Vida”; CF 2007: “Fraternidade e Amazônia – Vida e Missão nesse chão”; CF 2010: “Economia e Vida – Você não pode servir a Deus e ao dinheiro”; CF 2011: “Fraternidade e a vida no Planeta – A Criação Geme em dores de Parto”; além dos diversos documentos: Medellin, Puebla, Santo Domingo e Aparecida, que denunciam a perversidade de todo o modelo econômico que vê em primeiro lugar o lucro, sem se importar com a miséria, a fome e a morte. Há um chamado para irmos ao encontro de um novo modelo de desenvolvimento, que sustente a qualidade de vida de todas as pessoas no limite das condições oferecidas pelo Planeta e deve buscar o bem viver de todos, buscando universalizar os direitos sociais, culturais, ambientais e econômicos. Este modelo deve ser o que a economia quer dizer no seu estrito senso: “oikos + nomia” = “Casa + regra”, que significa cuidar da casa. Representa preservar o nosso planeta em todas as suas dimensões. Somente desta forma iremos desconstruir dados alarmantes, como: 2 bi de pessoas estão vivendo com menos de R$ 4,00 diários; 113 milhões de crianças estão fora da escola; a previsão populacional em 2050 é de 9 bi de pessoas, sendo que 98% serão pobres; 500 mil crianças morrem de fome; 500 mil pessoas morrem por obesidade; 1 bi de pessoas não têm saneamento; 11 milhões de bebês morrem por ano; uma mãe morre a cada 48 partos; doenças infecciosas causam 30% das mortes; 30 novas doenças infecciosas surgiram nos últimos 10 anos... Existem diversos outros dados alarmantes que gritam aos nossos ouvidos e que fingimos e nos esforçamos em não ver. É muito grave esta situação, nos colocam sob ameaças constantes e a cada dia, ao assistir um noticiário, tememos ver

uma nova catástrofe, e o pior, há um risco de que, de tantas catástrofes, queiram nos fazer sentir isso como normal. Daqui a pouco pensaremos que tudo é normal. Será? O modelo de desenvolvimento no qual estamos submetidos está além do limite do planeta. Vivemos em um mundo onde precisamos vivenciar a ecologia humana, onde não se distingue a vida do planeta da vida dos seres humanos. É necessário repensar as nossas produções, entender que consumir é mais do que um simples ato de desfrutar de um bem ou serviço, é decisão política, que favorece a subsistência do planeta e o bem viver das pessoas. Como representar o inverso, caso não se possua uma consciência do que representa consumir uma região, os empreendimentos locais? Precisamos compreender que o lucro individual só leva à concentração de riquezas. É necessário buscar o bem viver de todos, uma distribuição de riquezas capaz de dar qualidade de vida e, desta forma, estaremos baixando diversos indicadores negativos sócioambientais e econômicos. Portanto, para ouvirmos e sentirmos o Plano de Deus, é necessário fazermos silêncio e ouvirmos o que Ele tem a nos falar, ouvir o nosso interior, pois Deus fala a cada um e nos conhece por nome. Do Pai não temos como nos esconder e por isso somos chamados a nos engajar nesse processo de mudança, tratando de uma nova vida e incluindo a todos através de uma sociedade onde seja trabalhada a Economia Solidária, que é muito mais do que um simples programa de geração trabalho e renda, mas é a busca de um novo sistema econômico, voltado para o humano e a sua relação com os seres vivos e não para o lucro. A ação coletiva deve estar pronta a mudar os valores deste atual sistema, no qual a concorrência deve dar lugar à solidariedade; o trabalho individual ao trabalho coletivo, em que todos são iguais em dignidade e respeito; substituir produtos nocivos à saúde a produtos saudáveis; dar um basta na exploração da natureza e passar a respeitá-la; terminar com a exploração aos trabalhadores e trabalhar a repartição dos ganhos, enfim, precisamos dar uma outra ordem ao mundo, que seja baseada na solidariedade. Roberto Mistrorigo Barbosa Secretário da Comissão de Cultura e da Assembleia Legislativa do Paraná, Membro da Executiva do Fórum Paranaense de Economia Solidária, Assessor da Cáritas Paraná

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NUTRIASP BRASIL

Asilo

Santa Clara Curitiba - Paraná

A Ação Social do Paraná (ASP) é uma instituição sem fins econômicos, membro da Cáritas Brasileira. Atuando desde 1944 no Paraná, a ASP trabalha em prol de uma sociedade justa e solidária. Praticamos a solidariedade no dia a dia com as pessoas idosas, com as crianças e adolescentes e com pessoas em situação de rua. Também exerce solidariedade ao dividir o alimento, garantindo uma alimentação saudável a milhares de pessoas e valorizando o trabalhador do campo. Projetos ASP: - Asilo Santa Clara - Asilo São Vicente de Paulo - Brinquedoteca em Ação - Casa de Acolhida Toca de Assis - Central de Distribuição de Alimentos

AÇÃO SOCIAL DO PARANÁ Baltazar Carrasco dos Reis 1787 CEP: 80230070 | Curitiba -PR TEL: (41) 3330-6200 www.aspr.org.br

- Centro de Formação da Ação Social do Paraná (CEFAS) - Centro de Referência em Segurança Alimentar e Nutricional - Espaço de Cultura ASP - Jovens e Empreendedores em Fomação - Moradia João Paulo II

Contribua com os projetos da ASP

- Oficinas Socioeducativas - Projeto Desenvolvimento Comunitário - Qualificação - Restaurantes Populares de Curitiba - Restaurante Popular de Maringá

Os projetos da ASP atingem milhares de pessoas todos os meses. Você pode contribuir com nossa causa. Faça sua doação: BANCO ITAÚ: Ag. 0274 CC 77798-6 BANCO BRADESCO: Ag. 2394-9 CC 14293-0 CAIXA ECONÔMICA FEDERAL: Ag. 1633 CC 2854-8 BANCO DO BRASIL: Ag. 3007-4 CC 28267-7

Fotos do mês Missa do Idoso Em comemoração ao Dia Nacional do Idoso, comemorado em 1º de outubro, foi realizada no dia 27 de setembro uma Missa em Ação de Graças pelo Idoso na Igreja do Bom Jesus, na Praça Rui Barbosa, celebrada pelo Arcebispo Emérito de Curitiba, Dom Pedro Fedalto.

Eventos no Asilo São Vicente de Paulo No dia 22 de outubro, os colaboradores do HSBC e a Exxon Mobil realizaram ações de voluntariado no Asilo São Vicente de Paulo. Várias atividades foram realizadas em prol da casa e das moradoras, como revitalização do jardim, massagens, serviços de beleza e doações de produtos.

Dia das Crianças na Brinquedoteca Uma semana inteira de atividades especiais marcou o Dia da Criança na Brinquedoteca do Tatuquara. Os meninos e meninas fizeram um passeio ao circo, ao Parque do Golinha e participaram de uma festinha promovida pelo Lions Clube.


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