Revista ASP - Abril 2016

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abril 2016


Editorial Abril 2016

Esta edição da Revista ASP é muito especial: estamos chegando a um ano de parceria do projeto Brinquedotecas em Ação com a Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental! Neste tempo alcançamos muitas conquistas na promoção do desenvolvimento, do protagonismo e da vida das crianças e adolescentes atendidos. Nossas ações também vêm contribuindo para o fortalecimento dos vínculos familiares, comunitários e sociais. Foi um ano de bastante trabalho, mas que já vem dando muitos frutos e nos desafia a continuar buscando nossos objetivos. Nesta edição destacamos também a dedicação, o carinho e o cuidado do Setor de Nutrição com nossas idosas atendidas pelo Asilo São Vicente de Paulo. Mostramos ainda a busca pelo desenvolvimento integral da criança, com o exemplo do CEI Brilho do Sol, que investe no processo de formação continuada da equipe, e também o exemplo da equipe do CEI Bom Pastor, que nos revela como acolhe as famílias e as crianças. Nos Restaurantes Populares, quantidade de alimentos e qualidade caminham juntas, com o objetivo de garantir uma alimentação saudável. E no Centro Dia o trabalho pela qualidade de vida dos idosos é permanente. Deixamos nosso convite para que você passeie pelas páginas desta publicação, preparada com a mesma atenção e carinho dedicadas a todas as unidades atendidas pela Ação Social do Paraná!

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Expediente Publicação da Ação Social do Paraná. Coordenador Geral: Pe. José Aparecido Pinto Coordenadora Administrativa: Giceli Stoco

:: Publicação produzida pela Sintática Comunicação Jornalista Responsável: Téo Travagin – 5531 – DRT-PR Fotos: Arquivos ASP :: Abril de 2016

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Brinquedotecas em Ação

Brinquedotecas em Ação: Um espaço em que diariamente crianças e adolescentes podem brincar com segurança e ter acesso a programações lúdicas, culturais, recreativas e de cidadania. Sempre acompanhadas e observadas por uma equipe de profissionais, contribuindo para o seu desenvolvimento saudável. Esta é uma das formas de descrever as Brinquedotecas em Ação administradas pela Ação Social do Paraná. São duas unidades em Curitiba: uma no bairro Boqueirão, outra no bairro Tatuquara, ambas em áreas consideradas de risco ou vulnerabilidade social. Neste espaço são atendidas diariamente 120 crianças e adolescentes de 6 a 14 anos - 60 em cada unidade. As atividades acontecem em contraturno escolar, de segunda a sexta, contando com uma equipe técnica especializada: educadora social, assistente social, pedagoga, estagiários de pedagogia e auxiliar de serviços gerais.

Qual criança ou adolescente não gostaria de um espaço como este? Muitas crianças relatam que a Brinquedoteca é praticamente uma segunda casa. “Eu gosto de vir aqui porque brinco com minhas amigas. Gosto também porque a

gente conversa com a equipe. Se eu não viesse para cá, minha mãe não poderia ficar comigo todos os dias porque ela trabalha alguns dias como diarista”, diz Luana Rodrigues, de 11 anos, do Tatuquara. Para Maycon Guilherme Cabral, de 11 anos, a Brinquedoteca do Boqueirão é um espaço para aprender, brincar e se divertir. “É um lugar super importante para mim e minha família. Adoro este lugar, aprendo várias coisas, como jogos, informática e artes. Estou feliz por estar aqui. Espero que todos gostem da Brinquedoteca como eu”, diz Maycon. Este sentimento não é por acaso. Todas as ações são cuidadosamente e carinhosamente planejadas para que o projeto alcance seus objetivos. Além do desenvolvimento das crianças e adolescentes, as Brinquedotecas existem também para complementar as ações da família e da comunidade na proteção das mesmas. A proposta é sempre fortalecer vínculos familiares, comunitários e sociais.

Patrocínio:

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Brinquedotecas em Ação

Primeiro ano do Projeto em convênio com o ‘Programa Petrobras Socioambiental’ Para prestar atendimento com qualidade as Brinquedotecas contam com o valioso apoio de empresas, grupos organizados e pessoas que acreditam no projeto e contribuem para aprimorar e qualificar o desenvolvimento do trabalho. Estas parcerias garantem a realização de atividades lúdicas, capacitações, mão de obra em demandas que surgem e, por várias vezes, doações de doces e brinquedos para as unidades.

Em 2015 o projeto ganhou mais um importante apoio: o patrocínio da Petrobras por meio do “Programa Petrobras Socioambiental”, que viabiliza a realização de atividades como passeios, oficinas, atividades de integração com a família e outras ações, pelo período de dois anos. Neste início de 2016, completando o primeiro ano de execução do Projeto, destacamos algumas atividades. Confira a seguir:

Passeios: oportunidades de Socialização e Lazer Não são poucos os momentos de descontração, brincadeiras e socialização promovidos pelas Brinquedotecas. Em 2015 vários passeios uniram crianças e adolescentes das duas unidades, e alguns deles incluíram atividades em conjunto com os Centros de Educação Infantil Brilho do Sol e Bom Pastor e com o Asilo São Vicente de Paulo. Entre os passeios mais comentados esteve o do Parque do Golinha. Foram cedidos ingressos a todas as crianças e adolescentes e elas puderam aproveitar bastante o espaço e os brinquedos. Eliel, 12 anos, participante da Brinquedoteca do Boqueirão, disse ao final do dia: “Foi a primeira vez que vim a um parque desses. Tem muitos brinquedos legais, mas o que eu mais gostei foi o tobogã”. Outra contribuição de parceiros levou toda turma para assistir ao filme “Hotel Transilvânia 2”. A alegria e a realização de muitos por estarem no shopping e no cinema pela primeira vez foi emocionante. A Fundação de Ação Social – FAS também contribuiu, levando as crianças e adolescentes para uma festa de final de ano com muitos brinquedos, comida e presentes entregues pelo Papai Noel.

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Brinquedotecas em Ação

Rodas de Conversa Uma metodologia fundamental utilizada nas Brinquedotecas é a Roda de Conversa. “A partir desta metodologia tivemos garantia de um bom convívio entre as crianças e adolescentes. Os temas trabalhados nas rodas de conversa foram fundamentais para aproximar os atendidos e estimular o espírito de afetividade, solidariedade e respeito mútuo”, comenta Inês Barbosa, assistente social e gestora das unidades.

Brincadeiras Livres e Dirigidas Brincadeiras de casinha, escolinha, futebol, vôlei, tênis de mesa, brincadeiras em grupo, corrida, atividades no parquinho. Esses foram exemplos das brincadeiras livres. Mas engana-se quem pensa que é apenas uma forma de passar o tempo. As brincadeiras livres são observadas pela equipe e essa observação permitiu uma série de trabalhos voltados ao desenvolvimento dos participantes com relação a respeito, amizade e limites. As brincadeiras dirigidas também foram muito aplicadas durante o ano nas duas unidades. Essas brincadeiras foram organizadas junto com as crianças e adolescentes pelos educadores e estagiários, de modo que são pensadas para desencadear sempre algum aprendizado. “Com o decorrer das atividades percebeu-se que equipe e crianças ficaram mais próximos, respeitando regras, aprendendo a socializar e a respeitar as particularidades de cada um”, afirma Inês.

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Brinquedotecas em Ação

Oficinas temáticas Em 2015 tiveram início as oficinas de capoeira, artes e música, como forma de estimular o desenvolvimento de potencialidades, habilidades, talentos e propiciar formação cidadã. Além destas, aconteceram também as oficinas de incentivo à leitura e inclusão digital. Disciplina e Companheirismo: um aprendizado da Capoeira Contando com a colaboração de voluntários da comunidade, as oficinas de capoeira ensinaram para as crianças e os adolescentes princípios como disciplina, equilíbrio, companheirismo, paciência e esforço na participação de cada atividade. O Contramestre Mola foi um dos oficineiros e afirma que é excelente a oportunidade que as Brinquedotecas dão às crianças. “Não ensino a capoeira como luta, mas sim como uma forma das crianças se desenvolverem como seres humanos, como cidadãos”, afirma o Contramestre. Ampliação do universo artístico e cultural Gradativamente as crianças e adolescentes foram apresentados às mais diferentes formas de arte, através da oficina de artes, que aconteceu durante 2015 uma vez por semana. Foram trabalhadas as mais diferentes formas de expressão em formato de máscaras, desenhos, dobraduras, pinturas com sombra, o reconhecimento de traços e linhas, recorte e colagem em formato de paisagens. Aprendendo pela música Aprender a produzir sons com o próprio corpo (estalar os dedos, palmas e outros) e com instrumentos musicais e aprender noções básicas de música. É isto que a oficina de musicalização proporcionou. E ninguém fica parado! “As crianças ficaram muito envolvidas, e até eu tive que entrar na roda”, se diverte a educadora no Boqueirão, Sineide Oliveira. Viajando no mundo dos livros O que no início parecia uma atividade “chata”, pela falta de hábito, se transformou em momentos interessantes e criativos. Graças à oficina de incentivo à leitura as crianças e os adolescentes passaram a ter pelo menos 15 minutos de leitura diária e gradativamente os empréstimos de livros também foram aumentando. Mensalmente foram retirados aproximadamente 15 livros. Inserção no universo das tecnologias Qual criança não gosta de jogar no computador e acessar redes sociais? A partir do convênio firmado, hoje as unidades contam com uma sala com seis computadores, onde as crianças e os adolescentes são incentivados: aprendem como utilizar esta ferramenta e desenvolvem suas habilidades e criatividades.

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Brinquedotecas em Ação

Integração com as Famílias

2016 e a capacitação da equipe

“A Brinquedoteca ajudou meu filho na escola e também na relação familiar”. Essa é a fala de uma das mães ao final da reunião com os familiares responsáveis. A equipe planejou, organizou e promoveu as reuniões de integração, em que as famílias tiveram a oportunidade de conhecer e vivenciar o trabalho desenvolvido nas Brinquedotecas.

Para dar conta de todas as atividades e, ao mesmo tempo, garantir qualidade no atendimento às crianças e aos adolescentes a equipe das Brinquedotecas realiza processos contínuos de formação.

Também houve o momento das reuniões formativas. Foram momentos de fortalecimento de vínculos familiares, comunitários e aproximação dos pais e responsáveis na dinâmica diária do projeto.

O ano de 2016 iniciou com um momento profundo e importante de capacitação, que contou com orientações sobre Segurança Alimentar, Serviço de Convivência Fortalecimento de Vínculos, demandas e aproximação com os Centros de Referência de Assistência Social - CRAS sobre o ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente, dentre outros temas fundamentais para o planejamento do projeto. É por meio de treinamento profissional que o colaborador adquire características de proatividade, conhecimento sobre as necessidades específicas da instituição, da sua área e do setor. E é assim que as Brinquedotecas em Ação asseguram um atendimento qualificado para todos os participantes.

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Asilo

Alimentação saudável e de qualidade para as idosas Conheça o setor de Nutrição do Asilo São Vicente de Paulo

Em todas as unidades mantidas pela Ação Social do Paraná há um cuidado especial com a segurança alimentar e nutricional das pessoas atendidas. No Asilo São Vicente de Paulo não poderia ser diferente. Para garantir uma alimentação adequada às mais de 150 moradoras o Asilo conta com o importante trabalho do Setor de Nutrição, incluindo os serviços da Unidade de Alimentação e Nutrição – que realiza o preparo das refeições – e os serviços de Nutrição Clínica.

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Refeições em quantidade e com qualidade O setor é responsável pela produção de 35.470 refeições por mês. Diariamente são servidas em torno de 1.200 refeições, que incluem café da manhã, almoço, suplementação, lanche da tarde, jantar, ceia e lanche da madrugada. O cardápio do almoço e jantar inclui arroz integral e parboilizado, legumes, duas guarnições, suco e sobremesa. Por ano, o número de refeições preparadas ultrapassa 425 mil. Para dar conta deste trabalho o setor mantém uma equipe com 18 pessoas, composta por nutricionistas, cozinheiros, auxiliares de cozinha, padeiros e estoquista.


Asilo

Cuidados individuais

Reestruturação com resultados positivos

Diariamente as idosas passam por um acompanhamento individualizado, que inclui aferição de peso e medidas, para avaliar a saúde e readequar a alimentação, caso seja necessário.

Recentemente o setor de nutrição passou por um processo de reestruturação que permitiu melhor adequar o atendimento e alcançar resultados que ainda não haviam sido obtidos. Destacam-se como ações realizadas: criação de cardápio fixo; variedade e melhor aproveitamento de alimentos; capacitação de cozinheiros; reorganização do layout do refeitório e do estoque; e pesquisa de satisfação.

Existe, ainda, um cuidado específico com as particularidades de cada idosa. Idosas com hipertensão têm dieta com redução de sal nos alimentos. No caso de diabetes, há o controle do açúcar. As idosas com problemas de deglutição também recebem uma alimentação especial por meio de nutrição enteral (ministrada por sonda). Há também as dietas específicas para idosas que estão no setor de cuidados especiais do Asilo, acometidas por doenças ou em processo de recuperação. Camila Mariane Bordignon, nutricionista clínica do Asilo, relata a satisfação que tem ao ver que está contribuindo para a qualidade de vida das moradoras. Ela cita o caso de uma idosa que estava abaixo do peso e recuperou graças à atenção dedicada pelos profissionais do setor. “Faz toda a diferença fazer aquilo que você gosta. O retorno de nossa dedicação vem em forma de gratidão e de resultados do trabalho”, afirma Camila.

Curiosidade: em 2015 foi registrado 29% de redução no número de casos de hipertensão comparado ao ano de 2014 após os tratamentos nutricionais.

Sobre esta última ação Lorena Arce, nutricionista de produção do Asilo, relata que foi disponibilizada uma caixa de sugestões para que as moradoras possam avaliar o serviço prestado. “Nós acompanhamos as idosas no dia a dia, mas com este instrumento temos o retorno das idosas para garantir a qualidade”, afirma. O sucesso e a qualidade do atendimento é resultado do trabalho em equipe. É o que Fernando da Silva, supervisor de gastronomia na instituição, faz questão de reforçar. Para ele, o carinho que a equipe tem pelas idosas e a dedicação de tempo e esforços no trabalho diário é o que resulta em atendimento nutricional de qualidade para as idosas. “Todos se engajam. De alguma forma, dão algo a mais para conseguir manter tudo no horário correto, com qualidade e amor. E os resultados são méritos do conjunto e do empenho de todos”, avalia Fernando.

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CEI Brilho do Sol

Formação continuada na Educação Infantil O CEI Brilho do Sol atende crianças de um a cinco anos. É um Centro de Educação Infantil que se preocupa em todas suas ações com o desenvolvimento integral da criança em seus aspectos físicos, psicológicos, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade. Por esta razão, o CEI investe no processo de formação continuada da equipe.

pesquisas e orientações com a Coordenação Pedagógica. Mensalmente ocorrem ainda momentos de estudos de forma mais aprofundada voltados à prática e reflexões do grupo. São viabilizadas também, pela Secretaria Municipal da Educação (SME), capacitações externas voltadas para profissionais que atuam com diferentes faixas etárias da primeira infância.

Logo no começo de 2016, enquanto as crianças aproveitavam suas férias, a equipe participou de uma intensa capacitação - com diversos dias de reuniões e atividades - que acontecerá novamente no meio do ano. Além destes momentos de capacitação, a formação da equipe ocorre o ano inteiro: semanalmente as professoras reservam um período para elaboração de planejamentos,

A equipe também é orientada a utilizar ferramentas de monitoramento e registro de atividades, para a qualificação do atendimento. Entenda por que o CEI Brilho do Sol valoriza este processo de formação continuada, neste artigo elaborado pela Equipe.

Formação continuada: O Profissional na Educação Considerando a educação como uma intervenção no desenvolvimento humano é importante ao licenciado em pedagogia conhecer como uma escola é organizada, além de entender que esta tem uma função social, o que a torna tão complexa. Deve, ainda, estar sempre ciente de que irá trabalhar com pessoas que pensam e agem umas diferentes das outras. Para as Diretrizes Nacionais da Educação Básica, o pedagogo, juntamente com sua equipe pedagógica, deve estabelecer um olhar atento e contínuo ao desenvolvimento e às atividades desenvolvidas pelas crianças, a fim de criar estratégias para melhor atender as necessidades de cada uma delas. Através da formação continuada o profissional reflete e pondera aprendizado para a vida, somado à sua trajetória profissional, de forma a buscar a renovação e atualização diante da atuação na educação – em especial na Educação Infantil.

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CEI Brilho do Sol

Formação continuada no CEI O Projeto Político Pedagógico do CEI Brilho do Sol inclui ações de formação com o quadro funcional, promovendo e estimulando a participação dos profissionais no intuito de agregar qualidade no atendimento. A capacitação contínua permite firmar conhecimento e refletir novas possibilidades. Assim, há sempre avanço no processo de ensino-aprendizagem com enfoque na prática das professoras e vivências e experiências das crianças. Defendemos uma formação continuada por acreditar que nela ocorra a autorreflexão sobre a prática exercida em sala, bem como repensar e adequar à execução de planos. Com isso, podemos realizar um trabalho qualificado, crítico e criativo, tratando a primeira infância como ela merece e exige. Podemos oportunizar ambiente satisfatório e de aprendizado onde a criança sistematize, adquira, partilhe e troque novos conhecimentos constantemente entre elas, as professoras e os familiares.

Proposta pedagógica: realizações, ações e práticas O objetivo das capacitações é apropriar-se do desenvolvimento integral da criança para melhor propor momentos lúdicos, brincadeiras e ações voltadas ao seu desenvolvimento saudável. O papel do ambiente escolar não é apenas o cuidar, mas também o educar, inserindo a família como fundamental diante desse processo.

Para que a capacitação seja positiva e contínua é necessário que dentro da proposta pedagógica se favoreça a autonomia e a identidade da criança. Isso significa que deve-se permitir que a criança pratique no CEI a sua independência, a busca por resolução de problemas, a livre expressão, a interação, a troca de experiências, a adaptação em seu ambiente, a motivação para a aprendizagem e a autonomia para criar e inventar.

Formação continuada com as famílias Duas vezes ao ano o Brilho do Sol promove reuniões formativas com o intuito de aproximar as famílias à educação de seus filhos. Neste momento trazemos a realidade e a rotina das crianças para os pais ou familiares. Os temas abordados são elaborados de acordo com a realidade de cada turma. Na reunião formativa sempre é desenvolvido conteúdo com cunho pedagógico e se acolhem os familiares com brincadeiras ou dinâmicas, propiciando momento de acolhida, prazer, alegria, aprendizado e troca. Com a realização desta atividade aproximamos os pais dos assuntos pertinentes à Educação Infantil, fazendo com que o CEI cumpra uma função importante na troca do saber. E, ainda, qualificamos a relação entre criança e adultos e dos familiares entre si e com a equipe da unidade. Compreendemos que no fazer junto, cada qual assumindo seus papéis, estamos construindo atitudes transformadoras mediante a realidade de cada criança e cada família.

Para este artigo foram usados como referência: as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica (Ministério da Educação); o periódico Avisa lá; a Base Nacional Comum Curricular; o livro “Pedagogia e Pedagogos, para quê?”, de José Carlos Libâneo; o Portal Gestão Escolar; e o Projeto Político Pedagógico do CEI Brilho do Sol.

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CEI Bom Pastor

um lugar acolhedor Saiba como é pensado o acolhimento às famílias e às crianças no CEI Bom Pastor

Todo início de ano no Centro de Educação Infantil Bom Pastor a equipe retorna do recesso antes das crianças e realiza neste período seu planejamento, organização e capacitações. A equipe fica animada e ansiosa pelo retorno das crianças com quem convivem o ano todo e pela vinda dos novos integrantes do CEI. Ainda mais neste ano de 2016, pois houve ampliação da capacidade do CEI para atender até 167 crianças.

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Assim, no começo do ano letivo a equipe está sempre pronta para receber as crianças recém matriculadas e as que voltam das férias, contribuindo para que elas possam se adaptar ou readaptar ao ambiente do CEI. Foi pensando neste começo de ano que nos motivamos a trazer uma reflexão sobre a importância do acolhimento às famílias e às próprias crianças. Afinal, o acolher é parte essencial da adaptação.


CEI Bom Pastor

Equipe preparada para acolher

Organização do espaço é parte fundamental do acolhimento

Vários são os aspectos que precisam ser pensados para um bom acolhimento. A atenção e os cuidados, assim como a cortesia e a afetividade, a observação do professor e o diálogo com o grupo e com cada criança. Esses são fatores presentes no processo de conhecer as crianças, suas características e preferências, suas experiências, as formas de ser e estar no mundo. O período de adaptação precisa favorecer este conhecimento mútuo, a interação com os colegas e os adultos.

Um dos fatores que vão determinar o sucesso no acolhimento é a organização do ambiente físico. É necessário organizar, da melhor forma possível, o espaço do CEI para que possa atender às especificidades de cada turma e também as particularidades dos alunos.

O acolhimento às famílias e às crianças se inicia nos primeiros contatos com o CEI Bom Pastor. A forma como se conversa e o modo de coleta das informações familiares, com uma abordagem não invasiva, já são parte deste acolhimento e por isso merecem já serem realizadas com toda atenção, cuidado, cortesia e afetividade. Os funcionários da secretaria também são preparados para atender o público de forma atenciosa e informar como o CEI funciona, qual a rotina das crianças e outros esclarecimentos que se fizerem necessários.

Nesta organização cada detalhe faz a diferença e por isso devem ser considerados alguns aspectos, como o acesso aos materiais, os espaços de circulação das crianças e a limpeza. É importante planejar quais itens estarão ao acesso das crianças. Também deve-se ter a atenção para que haja uma boa circulação entre os espaços para favorecer a construção da autonomia. E a limpeza e a manutenção devem ser sempre realizadas, visando a saúde, segurança e integridade das crianças. É natural e benéfica para as crianças a exploração dos diferentes espaços do CEI, pois tudo é novidade para elas. Neste sentido, a equipe toda do CEI Bom Pastor já sabe: a atenção de todos colaboradores é imprescindível.

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Artigo

O cristão e o sentido para a vida Nos tempos atuais nos deparamos, às vezes, com pessoas tristes e até mesmo desanimadas, que afirmam que as suas vidas não têm mais sentido. Em outras palavras: perderam a esperança de dias melhores. Diante dessa constatação, Viktor Frankl, austríaco, formado em medicina, fundador da terceira escola vienense de psicoterapia, nos ajuda a entender o que se passa com as pessoas que chegam, até mesmo, ao extremo de cometerem o suicídio em suas vidas. Viktor Frank, ao ser alvo da perseguição nazista, juntamente com a sua família, experimentou a terrível experiência de viver em campos de concentração, dentre eles, o campo de concentração em Auschwitz. Presenciou colegas prisioneiros tocarem na cerca eletrificada para provocar sua própria morte. Com isso, ele se perguntava: “por que eles cometem o suicídio e eu não cometo?”. Afirma a história que ele constatava que não havia nos seus colegas UM SENTIDO para as suas vidas. Diariamente, principalmente nos campos de concentração, Viktor Frankl entoava os salmos bíblicos. Portanto, através desta dolorosa experiência nos campos de concentração, Viktor Frankl criou a logoterapia, cujo objetivo é fazer com que as pessoas descubram o sentido para sua existência. Segundo Frankl, é a perda do sentido da vida que tem levado as pessoas ao suicídio. A Organização Mundial da Saúde, segundo a revista Contato do Conselho Regional de Psicologia do Paraná (nov/dez 2012), afirma que “por ano quase 1 milhão de

pessoas cometem suicídio e outras 20 milhões fazem a tentativa. A maior parte desses casos são cometidos por indivíduos que apresentavam depressão e não receberam tratamento adequado ou em tempo. No Brasil, de 1998 a 2008, o número de suicídios registrados passou de 6.985 para 9.328, representando um aumento de 33,5%”. Acredita-se que, diante deste cenário amedrontador, todos nós cristãos somos convidados a reverter essa situação. Ao mesmo tempo em que é necessário o nosso cuidado com a nossa autoestima, com a nossa espiritualidade, deveremos auxiliar as pessoas que, mesmo diante das situações difíceis da vida, administrem bem os sentimentos da tristeza, da angústia, do medo, da insegurança, entre outros, sem se deixar levar pelo desânimo. Em outras palavras: ajudar as pessoas na administração das frustrações ou do “vazio existencial”. Jamais podemos perder de vista a virtude teologal da ESPERANÇA que faz parte da vida de todo aquele que recebeu o sacramento do batismo. Aqui vale recordar o ensinamento de Jesus Cristo, O SENTIDO para a nossa vida: “Referi-vos estas coisas para que tenhais a paz em mim. No mundo haveis de ter aflições. Coragem! Eu venci o mundo (cf. Jo16,33). Peçamos a Nossa Senhora Aparecida que interceda em favor de todos os profissionais da saúde mental que sejam o “bom samaritano”, ou seja, que ajudem as pessoas, principalmente aquelas deprimidas, a serem alegres, felizes, otimistas e entusiasmadas.

Padre João Batista Chemin Reitor e pároco do Santuário Nossa Senhora do Carmo, Diretor da Escola Diaconal São Filipe e Assessor Eclesiástico dos Diáconos Permanentes 14


Artigo

Deus é de todos e todos somos dele Pelo mundo afora, Deus tem muitos nomes, mas Ele é um só em três personalidades iguais e distintas: como Pai é o Criador; como Filho é o Salvador e como Espírito Santo é o Santificador. Esse único Deus é só amor, só bem; o que fez, faz e fará, é tudo por amor a nós. Deus é um só para todo o mundo, “único e verdadeiro”, não quer existir e ficar sozinho, distante de suas obras-primas: nós seres humanos. Busca a nossa companhia para ser “igual” a um de nós, menos no mal. E se aproxima tanto que se identifica conosco na pessoa de Jesus, se iguala tanto que o povo o chama “filho do Carpinteiro José e de Dona Maria”. Nada do que nós dizemos sobre Deus, ou Jesus, é completo. Nossa ideia de Deus é que ele fica quieto, distante, alheio e precisa ser pacificado por sacrifícios e orações. “Bem... afinal, ele está muito acima de nós”. Mas, Jesus não dá essa ideia de Deus, apesar de ser infinito, o todo-poderoso, mas sempre o santo, o mais humano de todos os humanos. E não mora lá em cima nos céus, mas habita conosco (Jo 1, 14), em nossas casas, em nosso coração. Somos dele (Cor 1, 1-9: Sl 126). E ele no meio de nós. Alguns cristãos pensam que Deus até exclui filhos e filhas só porque pensam diferente e seguem outras religiões. Não é assim que Deus gosta. Ele gosta é de fazer

comunhão com todos. A igreja também deve manifestar e viver esta disposição de convidar a todos para uma comunhão universal com o Pai e os irmãos. O caminho para isto é Jesus: o Redentor e Reconciliador com o Pai e os irmãos. Foi para isto que ele irrompeu na História, “porque Deus ama tanto o mundo, a tal ponto que lhe deu seu Filho único para que todos aqueles que nele creem tenham vida eterna” (Jo 3,16). Há grandes blocos de pessoas pelo mundo afora que se unem em torno de uma religião específica com espiritualidade própria para se conectar com o sagrado, o mundo espiritual. Eis alguns grupos com sua concepção de Deus e foco espiritual: • • • •

Judeus: Deus é o libertador, com espiritualidade enfocando o sagrado e a ética. Cristãos: Deus é Pai em comunhão com os filhos. A espiritualidade orienta o amor. Budistas: Deus é o iluminado, como caminho e vivenciam o sagrado e o desapego. Islâmicos (muçulmanos, árabes): Deus é a plenitude do bem. Enfocam o sagrado e o servir.

Há milhares de outros grupos. Só pense nas diversidades. Todos vieram de Deus e para ele voltaremos.’ Pe. Anacleto Ortigara, MS Rua Lange de Morretes, 533 – Jd. Social Curitiba – Pr. - (41) 3262-3132

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Restaurantes Populares

Refeições em grandes quantidades e com qualidade

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O cardápio balanceado com refeições saudáveis e alto valor nutricional é uma marca dos Restaurantes Populares de Curitiba e de Maringá, administrados pela Ação Social do Paraná. Em 2015, as quatro unidades de Curitiba, junto a unidade de Maringá, serviram o supreendente número de mais de um milhão de refeições. Só nos restaurantes da capital foram mais de 200 toneladas de carne, 100 toneladas de arroz e feijão, 5 mil cubas de guarnição e mais de 60 mil quilos de salada. O total de sobremesas oferecidas é outro dado impressionante, foram mais de sete mil caixas de frutas no ano.

mover vida digna para a população e sabemos que a economia na alimentação bem como o acesso a alimentos saudáveis são fatores importantes para a melhora na qualidade de vida dos usuários dos Restaurantes”, afirma Danieli Thomas, nutricionista da ASP responsável pelos Restaurantes.

Apesar da grande quantidade de alimentos servidos, a equipe dos Restaurantes Populares não abre mão da qualidade nas refeições. “A ASP tem a missão de pro-

Este número é uma mostra do investimento que os Restaurantes Populares fazem no planejamento e na gestão das unidades. Danieli explica que o treinamen-

Como manter a qualidade? A experiência da ASP mostra que a capacitação dos colaboradores é um dos fatores fundamentais para manter o padrão nas refeições servidas. Só no ano passado foram realizados mais de 200 treinamentos em todas as unidades.


Restaurantes Populares

to da equipe é constante, justamente para que todos se adequem à padronização do tempo. “Nós trabalhamos com a normalização dos processos a partir de uma ficha técnica ou receita. Ela é um passo a passo de como fazer o arroz, o feijão, a guarnição, a carne e a salada.” A nutricionista explica que esse padrão determinado pela gestão da ASP sugere o tamanho dos cortes das carnes, verifica o tempo de preparo, a temperatura, a forma correta de higienização dos alimentos e até mesmo a ergonomia dos funcionários no espaço em que eles estão trabalhando, visando utilizar com máxima praticidade o ambiente das cozinhas. Outra maneira de garantir a qualidade dos alimentos são os preparativos com dois dias de antecedência. “A batata, por exemplo, é descascada e passa por um processo de branqueamento, que garante que os alimentos se mantenham frescos e ressaltem seus nutrientes, para que dois dias depois seja simples a preparação final e para servir”, relata Danieli. Mesmo com cerca de sete mil refeições servidas diariamente, os restaurantes populares administrados pela ASP são espaços que buscam acolher os usuários e servir refeições de qualidade, entendendo o papel social que tem uma boa refeição.

Ações educativas Outro fator que aponta para a atenção a qualidade de vida dos usuários foi a série de ações educativas com os usuários dos Restaurantes. As ações de educação alimentar e nutricional contaram, em 2015, com distribuição de folders informativos aos usuários e capacitações com temas diversos, como “O consumo consciente dos alimentos: evitando o desperdício” ou “Alimentação caseira: como conservar adequadamente os alimentos”, mobilizando centenas de pessoas.

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Receita

Escondidinho de carne seca Ingredientes: • • • • • • • •

1 kg de mandioca cozida 1 lata de creme de leite com soro 2 colheres de margarina 1/2 kg de carne-seca dessalgada e cozida 1 cebola média picadinha 4 dentes de alho esmagados 2 tomates sem casca e picados sal e pimenta a gosto

Modo de preparo: • • • • • •

Esprema a mandioca ainda quente e leve em uma panela com a margarina e sal Quando estiverem bem misturados acrescente o creme de leite, misture e reserve Refogue a cebola e o alho em um f io de azeite Acrescente a carne-seca desf iada e deixe fritar um pouco Acrescente os tomates e deixe cozinhar até ficarem murchos e acerte o sal se achar necessário Em um refratário untado com azeite, coloque uma camada do purê de mandioca, a carne seca e termine com o restante do purê • Polvilhe com queijo parmesão ralado e leve ao forno pra gratinar

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Centro Dia

Equipe especializada contribui para a qualidade de vida dos idosos O Centro Dia do Asilo São Vicente de Paulo tem um intenso trabalho diário na promoção da qualidade de vida para os idosos atendidos. O espaço recebe diariamente 25 idosos de ambos os sexos que ficam no local durante o dia, permanecendo no convívio com seus familiares à noite e nos finais de semana e feriados. Durante o período de permanência no Centro Dia os integrantes recebem os cuidados específicos às suas necessidades pessoais básicas, além de participarem de diversas atividades assistenciais, ocupacionais, espirituais, de saúde, cultura e lazer. Para garantir o atendimento com qualidade o Centro Dia conta com uma equipe especializada no atendimento à pessoa idosa. Além da coordenação e dos diversos oficineiros e voluntários, os idosos contam com duas auxiliares de enfermagem e uma cuidadora de idosos, que assumem essa responsabilidade da atenção e do cuidado diário. Esta equipe também está o tempo todo presente e sempre pronta para auxiliar os idosos durante as diversas ativida-

des realizadas no local, como as oficinas de movimento com fisioterapeuta, oficinas de memória escrita e oral, oficinas de música, trabalhos manuais, contação de histórias e outras. A coordenadora do Centro Dia, Cláudia Hernandes, comenta que é por este atendimento próximo ao idoso que o trabalho do Centro Dia é reconhecido. A equipe está sempre renovando seus conhecimentos com treinamentos e capacitações para poder prestar o melhor atendimento de acordo com o perfil dos atendidos no Programa. “É um trabalho que exige muita atenção e intervenção, é preciso atender as solicitações contínuas e conhecer o funcionamento de cada idoso”, explica Cláudia. Conheça o Centro Dia do Asilo São Vicente de Paulo: (41) 3313-5384.


BRINQUEDOTECAS EM AÇÃO Atividades socioeducativas com foco no brincar e no desenvolvimento do protagonismo

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