Revista Voz da Igreja - Setembro 2019

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Revista

VOZ DA IGREJA ANO XVI - EDIÇÃO 196 - SETEMBRO DE 2019 Impresso Especial

CELEBRAMOS 125 ANOS DA INSTALACAO DA DIOCESE DE CURITIBA

Acompanhe nesta edição matéria especial sobre este marco em nossa história. pg. 10 a 16. Confira também as notícias e reflexões propostas por nossa Arquidiocese.

36000135947 - DP/PR ARQUIDIOCESE DE CURITIBA

CORREIOS


Agenda Mensal dos Bispos Setembro/2019

Ação Evangelizadora

Editorial A Arquidiocese de Curitiba está em festa neste mês de setembro, em que celebramos no dia 8 do dia de nossa Padroeira, Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, mãe que intercede por nós. Mas a festa é também pelo marco de 125 anos da instalação da Diocese de Curitiba, ocorrida no dia 30 de setembro de 1894. Nesta edição da Voz da Igreja falamos sobre os fatos que antecederam este marco, começando pela fundação da cidade de Curitiba e de sua primeira igreja, a Paróquia Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, onde hoje está localizada a Catedral Basílica de Curitiba. Contamos a história destes 125 anos da Diocese por meio de seus bispos e trazemos uma entrevista com o Arcebispo Emérito Dom Pedro Fedalto, que com sua memória privilegiada fala sobre a celebração deste momento. Nesta edição, Dom Pedro também recebe uma belíssima homenagem dos padres da Arquidiocese, pela celebração de seus 93 anos de vida. Setembro é, também, o Mês da Bíblia. Dom José Antônio Peruzzo, arcebispo de Curitiba, doutor em Ciências Bíblicas nos lembra que a prática de associar setembro à Sagrada Escritura foi adotada pela primeira vez em 1947 e consiste em promover maior intimidade com a Palavra de Deus. “É preciso que toda a nossa ação evangelizadora seja alentada pelo ‘ânimo bíblico’”, exorta Dom Peruzzo. O coordenador do Conselho Missionário Regional, Odaril José da Rosa, apresenta um relato sobre a Missão Católica São Paulo VI realizada desde 2014 na Guiné Bissau, no continente africano. Não deixe de conferir estes e outros artigos que abordam temas de grande interesse para nossa Arquidiocese. Tenha um abençoado mês de setembro!

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A revista Voz da Igreja é uma publicação da Arquidiocese de Curitiba sob a orientação da Assessoria de Comunicação CONSELHO EDITORIAL - Arcebispo da Arquidiocese de Curitiba Dom José Antônio Peruzzo | Chanceler: Pe. Jair Jacon | Ecônomo da Mitra: Pe. José Aparecido Pinto | Coordenador da Ação Evangelizadora: Pe. Alexsander Cordeiro Lopes | Coordenador geral do clero: Pe. Maurício Gomes dos Anjos | Jornalista responsável: Téo Travagin | Assessoria de Comunicação: Sintática Comunicação | Revisão Teológica: Pe. Márcio Luiz Fernandes | Colaboração voluntária: 13 Comissões Pastorais| Apoio: Centro Pastoral | Projeto gráfico e diagramação: Sintática Comunicação | Tiragem: 10 mil exemplares.

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Arquidiocese de Curitiba | Setembro 2019

Dom José Antônio Peruzzo Arcebispo da Arquidiocese de Curitiba 01 • Abertura do Simpósio de Catequese. Faculdades Vicentina • Missa de Encerramento Assembleia Pastoral da AIDS, Regional Sul II 02 • Gravação do Programa Leitura Orante, TV Evangelizar 03 • Gravação do Programa Conhecendo a Palavra, TV Evangelizar 04 • Reunião do Setor Campo Largo • Visita ao Seminário Rainha 05 • Reunião do Setor Santa Felicidade • Escola Bíblica, Paróquia São José das Famílias, Sitio Cercado 06 • Aula no Studium • Missa Aniversário de Dedicação da Catedral • Missa Abertura Congresso Estadual Jubilar RCC 07 • Aula Seminário Rainha • Missa V Congresso Âncora 08 • Missa Solene Padroeira Nossa Senhora da Luz dos Pinhais • Procissão da Padroeira Nossa Senhora da Luz dos Pinhais • Missa de Consagração da Arquidiocese 09 • Reunião da APAC • Gravação do Programa Leitura Orante, TV Evangelizar 10 • Gravação do Programa Conhecendo a Palavra, TV Evangelizar 11 • Bate papo com o arcebispo. Colégio Imaculada Conceição • Visita ao Seminário Propedêutico

12 • Reunião do Setor Orleans • Diálogos Contemporâneos com Dom Cláudio Hummes, PUC 13 • Aula no Studium • Setor do Setor Mercês • Visita ao Seminário São José 14 • Formação RHEMA • Paróquia Santa Margarida, palestra sobre a Bíblia • Missa de Encerramento Congresso Nac. Pastoral do Empreendedor, SEBRAE 15 • Missa Encerramento Jubileu dos Padres Josefinos, Paróquia Senhor Bom Jesus, Portão 16 • Gravação do Programa Leitura Orante, TV Evangelizar 17 a 18 • CONSEP 19 a 22 • Assembleia do Povo de Deus 23 a 26 • Formação em João Pessoa – PB 27 • Reunião dos Formadores • Visita ao Seminário São José 28 • Missa de Encerramento do Ano Jubilar da Catedral • Congresso RHEMA, PUC 29 • Missa Capela São Miguel Arcanjo, Paróquia Nossa Senhora da Saúde, Colombo • Palestra e Missa RCJ Reencontro de Casais Jovens 30 • Gravação do Programa Leitura Orante, TV Evangelizar • Abertura da Trezena a Nossa Senhora de Nazaré

Dom Amilton Manoel da Silva Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Curitiba 02 • Palestra no Colégio Santo Anjo 04 • Missa Abertura da Festa da Padroeira Nossa Senhora do Rosário 05 e 06 • Comissão da Juventude 07 • Congresso Âncora • Ordenação Diaconal, Paróquia Santa Margarida 08 • Missa no Congresso Estadual da RCC, Pinhais • Procissão da Padroeira Nossa Senhora da Luz dos Pinhais • Missa de Consagração da Arquidiocese 09 • Formação, Canção Nova 10 a 15 • Visita Pastoral Paróquia Profeta Elias 10 • Reunião da APAC 11 • Assembleia CRB 12 • Reunião do Setor Boqueirão 14 • Formação, Paróquia Nossa Senhora da Anunciação 15 • Missa Paróquia Nossa Senhora da Salette

17 • Reunião do Setor Pinheirinho 18 • Encontro Latino Americano de Párocos, São José dos Pinhais 19 s 22 • Assembleia do Povo de Deus 23 • Reunião do G6 24 • Reunião do Setor Capão Raso 25 • Formação, Guarapuava 26 • Mesa Redonda no Studium • Reunião das 13 Comissões 27 • Reunião dos Formadores 28 • Abertura do 1º Congresso RHEMA • Missa de Abertura do Mês Missionário, Nossa Senhora do Carmo • Projeto IDE 29 • Abertura do Encontro dos Assessores da Infância Missionária • DNJ Curitiba, Santuário da Divina Misericórdia

Dom Francisco Cota de Oliveira Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Curitiba 01 • Missa Campanha do Dízimo em Missão 03 • Expediente na Cúria 04 • Palestra, Paróquia São João Batista, Tingui 06 • Missa Abertura Congresso Âncora • Missa Dedicação da Catedral • Investidura, Setor Cabral 07 • Posse de Dom Sérgio de Deus, Foz do Iguaçu 08 • Procissão da Padroeira Nossa Senhora da Luz dos Pinhais • Missa de Consagração da Arquidiocese 09 • Audiência Pública, Pastoral Carcerária 10 e 11 • Inauguração Centro Internacional de Estudos do Método APAC - MG 12 • Reunião na Cúria • Diálogos Contemporâneos com Dom Cláudio Hummes - PUC

13 a 15 • Assembleia Regional da Pastoral Carcerária 17 • Reunião no Palácio Iguaçu 19 a 22 • Assembleia do Povo de Deus 26 • Reunião das 13 Comissões 27 • Missa na Cúria • Reunião dos Formadores • Reunião Formal Equipe de Nossa Senhora 28 • Formação CPP, Região Episcopal Norte • Missa de Encerramento do Seminário da Vida 29 • Consagração do Altar do Cenáculo de Itaperuçu • Missa na Comunidade Filhos da Misericórdia • Missa de Compromisso, Casa Vale de Saron


Palavra do Arcebispo

DOM JOSÉ ANTÔNIO PERUZZO Arcebispo da Arquidiocese de Curitiba

Setembro: Mês da Bíblia Já são anos, décadas aliás, que no Brasil se adotou o Mês da Bíblia como prática para promover maior intimidade com a Palavra de Deus. A primeira vez foi no distante ano de 1947. Houve alguns percalços pelo caminho, mas graças ao bom Deus hoje a Sagrada Escritura é uma das mais vivas expressões da nossa identidade católica. Ainda precisamos melhorar, ainda precisamos conhecer mais e melhor. É preciso que toda a nossa ação evangelizadora seja alentada pelo “ânimo bíblico”. Não é sem tempo que o apreço pela Escritura se difundiu entre os católicos. Na realidade, estamos até atrasados. Mas desde os tempos do Concílio a Igreja reaprendeu e reconheceu o “gosto” pela Palavra. Muitos e maravilhosos textos oficiais foram publicados. Os estudos especializados se disseminaram com intensidade e profundidade. Mas nada foi tão alvissareiro quanto perceber que é grande o número de católicos que integram o grupo da “Bíblia na mão e o pé no chão”. É mais do que uma devoção. Muito mais. Os santos são testemunhas históricas de quanto Deus participa dos passos dos que lhe são fiéis. Eles retratam o grau profundo de intimidade cultivada com seu Senhor. São modelos, são exemplos. Mas a Sagrada Escritura é a “ternura de Deus que se fez letra”. É Deus que fala em linguagem de texto. É palavra humana de Deus. É a sua “voz escrita”. Quem a lê, quem a medita, quem ora com a Bíblia é como se se deixasse impregnar pelo Espírito do Senhor. Quantas e quão sublimes experiências de santidade a Bíblia realimentou nos nossos tempos!! O último, e de fácil recordação, é o de Ir. Dulce dos Pobres. Deixou-se amar pela Palavra. Muito a amava. O resultado foi ter dedicado sua vida aos pobres, tudo isso por causa de Deus.

Quando me refiro a oração, e oração com a Palavra de Deus, quero falar da Leitura Orante da Palavra. Esta ainda precisa ser mais conhecida e praticada. É um meio muito apropriado e eficaz para que o cristão se exercite na arte de ser discípulo. Os discípulos“seguiam” Jesus porque o ouviam. Na tradição bíblica quem ouve alguém não está apenas a ouvir sua voz ou suas ideias. Está a acolher a pessoa. Pois bem, é este o processo vivido pelos discípulos. Inicialmente não entenderam o caminho de Jesus para a cruz. Mas porque o ouviam, também seguiam. Na realidade, quem pratica a Leitura Orante passa a interpretar pessoas e situações a partir de Deus. Quem não ora interpreta pessoas e situações a partir das lógicas próprias. Muitas vezes interpreta pessoas e situações inspirado(a) nas próprias feridas. Retornando ao mês da Bíblia, em setembro. A cada ano alternam-se livros do Antigo e do Novo Testamento. Para este ano as atenções se voltam para a Primeira Epístola de João. Não é um escrito longo; tampouco é dos mais conhecidos. Porém, é um texto muito bonito. Mais que uma carta, foi uma homilia dirigida a uma comunidade mergulhada em incertezas. Como saber se alguém está em proximidade com Jesus Cristo e com Deus. A resposta é quase evidente, mas precisava ter um sentido de boa notícia: quem crê em Jesus acolhe sua palavra e adere a ele praticando o amor que perdoa e reconcilia, que promove a compaixão com os que sofrem e a fraternidade que lembra dos mais fracos, estes o fazem porque Deus está com eles. Não se pode dizer que nosso tempo e nossas relações estejam muito pacificadas. Impressiona quão tensos e intensos se apresentam os conflitos. As vezes por motivos fortuitos ou mesquinhos. E quantas exclusões de toda ordem!! Quando a Palavra não é ouvida a nossa voz se torna atrevida. E, com frequência, agressiva.

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Palavra de Dom Pedro

DOM PEDRO ANTÔNIO MARCHETTI FEDALTO Arcebispo Emérito de Curitiba

Bem-Aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados (Mt. 5, 6, 20 e 33, Lc. 6, 21a e Ef. 1, 3-14)

O Papa Francisco, na Exortação Apostólica “Gaudete e Exultate” Alegrai-vos e Exultai, a 19 de março de 2018, afirma que “Fome e sede” são experiências muito intensas, porque correspondem a necessidades primárias e têm a ver com o instinto de sobrevivência. Não há nenhuma necessidade de entender que a pessoa humana e os animais domésticos e selvagens, peixes e pássaros devem alimentar-se a cada dia para sua sobrevivência. Cristo diz que os pássaros não semeiam, não colhem em celeiros e não morrem de fome. O mesmo fenômeno acontece com os animais selvagens e os peixes. A Divina Providência os sustenta. Os homens e mulheres, criados à imagem e semelhança de Deus, passam fome e morrem. Por que sucede isto? Porque não há justiça no mundo humano. Mas o que é a justiça? É a quarta virtude cardeal. São Paulo, na primeira carta aos Coríntios, diz que “Cristo é nossa justiça” (1 Cor. 1, 30). Cristo, nossa justiça, propõe que todos sejamos justos em toda a nossa vida. Facilmente o ser humano busca o egoísmo. Mesmo as pessoas católicas praticantes são egoístas, a começar na própria alimentação. Sejamos sinceros, os primeiros que se servem na alimentação são egoístas.

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Dom Rafael Llano Cifuentes, Bispo de Nova Friburgo, Rio de Janeiro, de 2004 a 2010, contava que sua mãe era sempre a última a servir-se, comendo muitas vezes o pescoço e os pés da galinha, dizendo que era de que mais gostava. Dom Rafael afirmava que era o que sobrava numa família numerosa para ela. É o que às vezes sucede até hoje. Sabemos que mesmo os países ricos, onde a terra não faz greve e produz abundantes alimentos para todos, há muitos pobres, sem alimento. Pensemos naquela esposa e mãe que não nada tem para cozinhar, ou porque o marido e até ela são desempregados ou doentes. Mas se há alimentos sobrando, por que os governos não são justos? Impera a falta da partilha entre os políticos ricos, empresários, comerciantes e fazendeiros. Na verdade, esta Bem-Aventurança faz um apelo a todos para que saibam repartir seus bens e não deixar tantas famílias na pobreza, na miséria mesmo, sem a alimentação que é necessária diariamente para todos. Caro leitor, seja justo. Saiba votar bem. Ajude as obras sociais de sua paróquia e de outros institutos beneficentes. Viva esta Bem-Aventurança.


Família e Vida

JULIANO ANTONIO RODRIGUES PADILHA Economista, Especialista em Finanças e Políticas Públicas, Colaborador da Casa Pró Vida Mãe Imaculada

VII Seminário da Vida abordará o tema “Políticas Públicas para as Mulheres” Com o chamado geral “Salvemos as duas vidas”, e o lema “Ora, essa é a vontade daquele que me enviou: que eu não deixe perecer nenhum daqueles que me deu (Jo 6,39)”, a Arquidiocese de Curitiba, em parceria com a Casa Pro Vida Mãe Imaculada, lançará no dia 28 de setembro a 7ª edição do Seminário Arquidiocesano de Valorização e Promoção da Vida, abrindo assim a Semana Nacional da Vida em 2019. A temática do Seminário tem como inspiração, a luta pelos direitos humanos de maneira integral, a qual deve abranger não somente o respeito à integridade e à dignidade da vida humana das mulheres em geral, mas também a do nascituro. A reflexão se faz premente em virtude dos ataques diretos por parte da mídia e dos movimentos radicais que procuram criar um ambiente de confusão, lançando uma série de falácias e mentiras, atacando principalmente a Igreja Católica, ao afirmar que esta é “machista” e “misógina” por sua posição intrépida e contrária ao aborto.

los movimentos contrários à vida, no que diz respeito aos direitos das mulheres e do nascituro. A segunda convidada é a líder social Dóris Hipólito, que atua nas comunidades carentes do Rio de Janeiro dando apoio às gestantes da região que vivem o drama e a pressão de recorrer ao aborto. Esta procurará, através da sua vida prática em liderança social, mostrar como o apoio às mulheres numa gestação de risco de aborto é benéfico à sociedade. O VII Seminário da Vida acontecerá no dia 28 de setembro no auditório da Paróquia Imaculado Coração de Maria, na Avenida Presidente Getúlio Vargas, 1193, no bairro Rebouças, com início às 13h30 e encerramento às 17h30 com a Santa Missa. As inscrições poderão ser feitas pelo site www.seminariodavida.com.br.

Ao reafirmar sua posição contrária ao aborto, a Igreja Católica – bem como as pessoas de boa vontade de outras religiões e até os não-crentes – não está agindo como inimiga das mulheres, mas auxiliando-as na busca da melhor solução para o drama no qual se encontram. As ações pastorais neste sentido vêm se fortalecendo, mostrando que todo caminho que leva à preservação e proteção da vida, com corajosa proclamação de sua dignidade, é benéfico. Caminhando com a Igreja do Brasil, a qual elegeu como tema da Campanha da Fraternidade deste ano uma abordagem voltada para a importância das Políticas Públicas, o Seminário da Vida procura lançar luz a um chamado profético concernente à ação das autoridades constituídas, para que busquem políticas de apoio à maternidade dando condições econômicas, sociais e espirituais para que as mulheres possam viver sua vocação indelével à geração da vida. Neste sentido, abordando questões relacionadas à bioética e à compreensão da luta pela defesa da vida, o convidado deste ano será o bispo da Diocese de Rio Grande (RS) Dom Ricardo Hoepers, que procurará desmontar as falácias disseminadas pela mídia e pe-

EXPEDIENTE COMISSÃO FAMÍLIA E VIDA: Coordenadores: Roberto Machado e Márcia Regina S. Machado. Secretária: Vanessa Langner. Contato: (41) 2105-6309 -vanessads@mitradecuritiba.org.br Arquidiocese de Curitiba | Setembro 2019

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Juventude

Grupo de jovens da

Canção Nova Conheça o trabalho do grupo de jovens da Canção Nova, que aproxima ainda mais nossa juventude de Deus.

Como começou o grupo? Os trabalhos de evangelização da Comunidade Canção Nova sempre contaram com os amigos e voluntários. Os filhos desses voluntários, logo que a Canção Nova chegou na Arquidiocese de Curitiba, começaram este trabalho em 2006. O nome Shekináh que significa a manifestação da glória de Deus, veio depois de um retiro com o Padre Edmilson Lopes que teve este tema.

Retiro Maranathá

Como funciona nossa evangelização?

O retiro Maranathá acontece uma vez ao ano. Foi através dele que o fundador da comunidade Canção Nova, Padre Jonas Abib, iniciou os trabalhos com a juventude, e nós, pertencentes ao mesmo carisma, aplicamos também aos jovens.

Além do ritmo normal de grupo de jovens e retiros, trabalhamos também com o Shekináh 180 Graus, que consiste em uma noite de atividades recreativas com uma pausa para 15 minutos de oração.

Maranathá é um retiro de primeiro anúncio que proporciona ao jovem um encontro pessoal com Jesus, através da eficácia do batismo no Espírito Santo.

Grupo de Jovens da Canção Nova Endereço: Avenida Marechal Floriano Peixoto, 4809, Hauer – Curitiba Horário: 19h30 Dia: Sexta-feira

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Realizamos, ainda, Missão de rua, Obra Social, noite das artes, teatro, noite do pastel, convivência e gincanas, tudo voltado para a evangelização da juventude.

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Nossa inspiração..

São João Bosco Desde 2009, a Canção Nova é reconhecida oficialmente como parte da Família Salesiana, fundada por Dom Bosco, o criador dos oratórios, catequeses e orientações profissionais. Ele sempre foi um exemplo para os jovens. O fundador da Canção Nova, monsenhor Jonas Abib, também é salesiano e, por esta razão, imprimiu a característica salesiana de Dom Bosco em todos os trabalhos da comunidade, bem como nos voltados aos jovens. Dom Bosco, pai e mestre da juventude, nasceu perto de Turim, na Itália, em 1815. Muito cedo, conheceu o que significava a palavra sofrimento, pois perdeu o pai tendo apenas 2 anos. Sofreu incompreensões por causa de um irmão muito violento que teve. Quis ser sacerdote, mas sua mãe, Margarida, o alertava: “Se você quer ser padre para ser rico eu não vou visitá-lo, porque nasci na pobreza e quero morrer nela”. Foi crescendo diante do testemunho de sua mãe, mulher de oração e discernimento. Teve que sair muito cedo de casa, mas aquele seu desejo de ser padre o acompanhou. Com 26 anos de idade recebeu a graça da ordenação sacerdotal. Homem carismático, Dom Bosco sofreu. Desde cedo, foi visitado por sonhos proféticos que só vieram a se realizar ao longo dos anos. Um homem sensível, de caridade com os jovens, se fez tudo para todos. Dom Bosco foi ao encontro da necessidade e da realidade daqueles jovens que não tinham onde viver, necessitavam de uma nova evangelização, de acolhimento. Um sacerdote corajoso, mas muito incompreendido. Foi chamado de louco por muitos devido à sua ousadia e à sua docilidade ao Divino Espírito Santo. Dom Bosco era voltado para o céu e, por isso, enraizado com o sofrimento humano, especialmente dos jovens. Grande devoto da Santíssima Virgem Auxiliadora, foi um homem de trabalho e oração. São João Bosco foi modelo, mas também soube observar tantos outros exemplos. Fundou a Congregação dos

Salesianos, dedicada à proteção de São Francisco de Sales, que foi o santo da mansidão. Dom Bosco também foi manso com aqueles jovens e para muitos, inclusive aqueles que não o compreendiam. Para a Canção Nova, para a Igreja e para todos nós é um grande intercessor, porque viveu a intimidade com Nosso Senhor. Homem orante, de um trabalho santificado, em tudo viveu a inspiração de Deus. Deixou uma grande família, um grande exemplo de como viver na graça, fiel a Nosso Senhor Jesus Cristo. Em 31 de janeiro de 1888, tendo se desgastado por amor a Deus e pela salvação das almas, ele partiu. Mas está conosco no seu testemunho e na sua intercessão. São João Bosco, rogai por nós!

EXPEDIENTE SETOR JUVENTUDE CURITIBA: Assessora Eclesiástica: Ir. Valéria Andrade. Secretário: Rodrigo Rigoni. E-mail: juventude@mitradecuritiba.org.br / Telefone: 2105-6364

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Dízimo

CLOVIS VENÂNCIO Pastoral Arquidiocesana do Dízimo

As Pastorais e seus agentes na

missão da Igreja

Neste mês em que nossa Igreja dá especial ênfase à necessidade do conhecimento dos ensinamentos bíblicos e sua vivência prática, é oportuno abordarmos como ela busca exercer sua primeira e principal missão: a Ação Evangelizadora. Neste contexto, é fundamental que todos entendam qual é o significado do termo pastoral. Segundo o dicionário da língua portuguesa, a palavra pastoral significa próprio do pastor, ou próprio dos pastores espirituais. Trata-se dos processos específicos empregados na evangelização, tanto por cristãos ordenados (bispos, presbíteros e diáconos), como por “leigos” que, na condição de batizados, assumem o compromisso de discípulos e missionários de Jesus Cristo. Com efeito, em nossa Igreja são inúmeras as atividades desempenhadas por grupos ou equipes de fiéis leigos, embora nem todos recebam a denominação de “pastorais”, como por exemplo, as equipes de catequistas, de liturgia, os ministros da Eucaristia etc. Todos, porém, são agentes que conscientemente contribuem direta ou indiretamente com o processo de evangelização. Entretanto, para o adequado exercício dessas atividades é essencial que os agentes estejam muito conscientes e bem preparados sobre os assuntos ou objetivos relativos a cada pastoral. Conhecimento que se dá por meio de formações, palestras, estudos. O leigo que se propõe a colaborar com a construção do reino de Deus precisa estar sempre buscando aprimorar-se para que a missão de evangelizar se cumpra de maneira efetiva e de acordo com as orientações dos documentos da Igreja.

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Os agentes da Pastoral do Dízimo No caso específico da Pastoral do Dízimo, seus agentes não constituem um grupo de pessoas com o objetivo de captar recursos financeiros para a Igreja. Sua atividade é um trabalho pastoral dentro da Pastoral de Conjunto, por meio da qual realizam efetivamente a evangelização dos fiéis para o conhecimento e a prática diária dos ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo. Ser agente da Pastoral do Dízimo consiste em orientar os membros da comunidade eclesial (paróquias e suas comunidades) sobre o real e importante significado do Dízimo e das Ofertas como expressão de partilha, de participação, tanto com recursos financeiros ou materiais, como na dedicação de parte de seu tempo, de sua capacidade de trabalho e de seus conhecimentos. Desta forma se caracteriza a vivência dos ensinamentos de Jesus Cristo, realizando, inclusive, a vontade de Deus que é a edificação de Seu Reino entre nós, seus filhos.

Formação de agentes da Pastoral do Dízimo O Documento 106 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), intitulado “O dízimo na comunidade de fé: orientações e propostas” estabelece que a equipe da Pastoral do Dízimo seja composta por agentes em número suficiente e bem preparados e que funcionem adequadamente e em caráter exclusivo, embora integrados com as demais pastorais e equipes de trabalho (Pastoral de Conjunto). Seguindo as orientações do Documento 106, a Equipe Arquidiocesana da Pastoral do Dízimo oferece diversas modalidades de formação.


Seminários: são realizados desde o ano de 2007 sendo destinados à formação dos agentes da Pastoral do Dízimo de todas as paróquias que integram a Arquidiocese de Curitiba, sendo abertos também à participação de párocos, secretárias paroquiais e outras lideranças comunitárias. É uma oportunidade muito importante de encontro, em que são oferecidas palestras, orientações, assim como esclarecimento de dúvidas e partilha de experiências por parte dos participantes. Escola Itinerante do Dízimo: organizada pela Equipe Arquidiocesana do Dízimo, a chamada Escola Itinerante da Pastoral do Dízimo tem a finalidade de formar e capacitar os agentes desta pastoral, tendo em vista a necessidade da permanente atualização. A “Escola”, como diz o seu título, leva até as paróquias e comunidades a oportunidade de aprofundamento da fé por meio de estudo e reflexão da Palavra de Deus, que se concretiza com a participação efetiva da comunidade, das lideranças paroquiais e, sobretudo, das equipes da Pastoral do Dízimo. Esta ação missionária geralmente é composta por três encontros de estudo e reflexões e conta com o assessoramento de membros da Pastoral Arquidiocesana do Dízimo e material didático preparado especialmente para os encontros. Formações paroquiais: a equipe Arquidiocesana da Pastoral do Dízimo oferece também a oportunidade de realizar formações nas paróquias para grupos específicos ou para a comunidade em geral. Para isso, o pároco ou o coordenador da Pastoral paroquial solicita agendamento de formação, informando o tema central, a duração da formação e sugere data a ser confirmada pela secretaria da Pastoral Arquidiocesana.

Formação para agentes multiplicadores: com o objetivo de preparar pessoas para atuarem com palestras e formações, a equipe Arquidiocesana da Pastoral do Dízimo desenvolve este projeto em que são ministradas palestras de aprimoramento de conteúdos relacionados ao dízimo e orientações de oratória para que os participantes desenvolvam a habilidade e a confiança ao falar em público. As atividades desenvolvidas pela Pastoral Arquidiocesana do Dízimo contam sempre com o apoio permanente dos bispos e do padre referencial, mas, sobretudo, propugna-se pela colaboração efetiva dos párocos, vigários e demais lideranças leigas paroquiais, que compõem os CPPs, CAEPs etc., bem como, lideranças e agentes das demais equipes comunitárias de pastoral. É importante ressaltar que o fator fundamental para o êxito da atuação de qualquer equipe de agentes de pastoral na paróquia e suas respectivas capelas é a participação consciente do pároco, apoiando com convicção e conhecimento de causa os trabalhos pastorais, incentivando e motivando os agentes de pastoral para que participem dos encontros de formação e seminários em busca de qualificar o trabalho de evangelização e pastoral. Ao aceitar ser agente de pastoral cada um respondeu sim ao chamado de Deus. Que possamos continuar dizendo sim pela oração, pela busca do conhecimento e do fortalecimento na fé. Parabéns pelo seu sim! Deus o abençoe!

XXIII SEMINÁRIO ARQUIDIOCESANO DO DÍZIMO 20/10/2019 (domingo) Horário: das 8h às 17h30 (Credenciamento à partir das 7h30) Local: Paróquia Santa Madalena Sofia Barat Endereço: Rua Santa Madalena Sofia Barat, 701 Bairro Higienópolis - Curitiba Palestrante: Padre Cristóvam Iubel

EXPEDIENTE COMISSÃO DA DIMENSÃO ECONÔMICA E DÍZIMO: Coordenador da Comissão e Pastoral do Dízimo: Wanderley Zocolotti. Padre Referencial da Pastoral do Dízimo: Pe. Anderson Bonin Secretária da Pastoral do Dízimo: Vanessa Langner - (41) 2105-6309. E-mail: dizimo@mitradecuritiba.org.br

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Catequese

PE. LUCIANO TOKARSKI Comissão da Animação Bíblico-Catequética

CATEQUESES MISTAGÓGICAS

Batizados e Proclamadores da Palavra Nosso caminho de reflexão sobre a vocação batismal chega ao fim. É este o último artigo do ciclo catequeses mistagógicas. Perpassamos pelos elementos catequéticos fundamentais do sacramento do Batismo. Encerramos, agora, tratando da relação entre sacramento do Batismo e a Animação Bíblica. “Ao chamar os seus para que o sigam, Jesus lhes dá uma missão muito precisa: anunciar o evangelho do Reino a todas as nações (cf. Mt 28,19; Lc 24,46-48)” (DA 144). O documento de Aparecida acertou no alvo. O discípulo batizado é chamado para proclamar a Boa Nova a todas as nações. Quando cresce no batizado a consciência de pertencer a Cristo, cresce-lhe também o ímpeto de comunicar a todos o dom desse encontro. Não recebemos o sacramento do Batismo para aumentar o “ibope” ou as “estatísticas sacramentais” da Igreja. O batismo não é superstição, não é uma magia em nome de um ser superior. Pelo Batismo, somos feitos discípulos missionários. Somos feitos proclamadores da Palavra, ou seja, a Igreja recorda as palavras de Cristo e continua a sair para anunciar. Nosso batismo deve estar centrado na missão de anunciar Jesus Cristo. “Não deixemos que nos roubem o Evangelho” (EG 97). A Palavra institui e forma a comunidade de fé. A Palavra gera novos cristãos. Em outras palavras, o sacramento do batismo forma a comunidade de fé que se reúne em torno da Palavra. As pessoas batizadas foram constituídas pela ação da Palavra. Tornam-se membros da comunidade orante e celebrativa, sempre em prontidão para escutar a voz de Deus. "A Palavra de Deus faz um caminho dentro de nós. Nós a escutamos com os ouvidos e passa ao coração; não permanece nos ouvidos, deve ir ao coração; e do coração passa às mãos, às boas obras. Este é o percurso que faz a Palavra de Deus: dos ouvidos ao coração e às mãos” (Papa

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Francisco na audiência geral no dia 31 de janeiro de 2018). Sacramentalmente, gradualmente e espiritualmente a Palavra vai confeccionando a comunidade e vai moldando nossa vida de fé. A Palavra alimenta e sustenta a identidade cristã. “A Palavra de Deus deverá ser proclamada, ouvida, interiorizada e comentada em comunidade” (DGC 95). Sem a Palavra somos vazios de fé, esperança e caridade. A Palavra alimenta as relações de fé. É preciso ouvi-la, porque “não só de pão vive o homem, mas de toda a Palavra que sai da boca de Deus” (Mt 4,4). “A vossa palavra é uma lâmpada que ilumina os meus passos, uma luz no meu caminho” (Sl 119 [118], 105). Ela não é um livreto onde aprendemos uma doutrina religiosa, um conjunto de preceitos ou algumas lições ditas pelo próprio Deus. Nem mesmo um anal de histórias. A Palavra é sagrada, é divina, é mistério, é a pessoa de Jesus Cristo. Distanciar-se da Palavra é distanciar-se do próprio Cristo. A Palavra fundamenta a comunidade missionária. O batismo nos constitui proclamadores da Palavra. Há muitos textos bíblicos que fundamentam a dimensão missionária da Igreja. Faço uso do evangelho de Lucas quando o Senhor dá indicativas para a missão dos setenta e dois. “Ide, não leveis bolsa, nem alforje, nem sandálias e a ninguém saudeis pelo caminho. Em qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro: paz a esta casa” (Lc 10,3-5). Sair e proclamar, do coração às mãos. Isso significa colocar a Palavra em prática em nossas vidas e colocar a Palavra na vida do outro. Trata-se de “sair da própria comodidade e ter a coragem de alcançar todas as periferias que precisam da luz do Evangelho” (EG 20). A sociedade, as relações eclesiais, a pessoa humana têm uma necessidade essencial do Evangelho de Jesus Cristo. Somos batizados, sejamos proclamadores da Palavra.


IR. VALÉRIA ANDRADE LEAL

CATEQUESE E PASTORAL JUVENIL:

Lançar sementes em parceria

O encontro com Jesus Cristo vivo é a tônica do documento de Aparecida e dos textos do Papa Francisco, que nos provocam a buscar novas formas de evangelizar. Levar a uma experiência profunda do amor de Deus, que é misericórdia, torna-se um tremendo desafio para gerações “hiper conectadas”, “sem tempo” para o silêncio, sem referências claras de quais valores e ideais merecem a doação da própria vida. Como fazer então? No mundo empresarial e nas relações entre países fala-se muito de acordos e de parcerias. Na Igreja, falamos de pastoral orgânica ou de conjunto, que é a colaboração entre os diversos grupos, pastorais e movimentos eclesiais. A catequese e a Pastoral juvenil são pastorais que atuam diretamente com as novas gerações. Andar de mãos dadas favorece a evangelização em primeiro lugar pela força do testemunho de comunhão. “Que todos sejam um” (Jo 17,210), disse o Senhor. O testemunho de amor e unidade entre as primeiras comunidades cristãs era fator primordial de evangelização, como afirma Tertuliano, um dos padres da Igreja. Assim, caminhar de mãos dadas não é uma opção para as pastorais e movimentos, mas uma exigência que revela o DNA do cristianismo.

Ao inserir a criança/adolescente na comunidade eclesial mediante a catequese e os sacramentos os catequistas, em parceria com a Pastoral Juvenil, indicam, abrem espaço para que os crismados percebam quais são as possibilidades de viver a fé assumida na comunidade. Esta é suporte para o seguimento de Cristo, a partir da experiência do seu amor que vai se aprofundando no caminho. A Pastoral Juvenil, por sua vez, não é um grupo único e fechado, mas uma multiplicidade de “rostos” jovens, de experiências, de gostos, de formas de rezar e atuar na comunidade. Também evangeliza pelo testemunho. Ao ver jovens na Igreja, os adolescentes percebem que ser de Deus não é coisa “fora de moda”, ou “nada a ver” com a sua idade. A juventude é sim o mais belo período da vida para dedicar-se ao Reino de Deus. Isso os crismados verão nos olhares, no serviço, na acolhida dos jovens, que, por sua vez, ao interagir com os adolescentes abrem-se para oportunidades de novas experiências e ideias. Os crismados anseiam por encontrar seu lugar na Igreja, lugar onde possam desenvolver-se, colocar seus dons a serviço descobrindo o que têm de melhor. Precisam identificar-se com grupos eclesiais que tenham interesses, expectativas, ações, formas de rezar e entender o Evangelho semelhantes às deles. O grupo de jovens é o melhor lugar para isso, sobretudo quando há variedade de grupos, o que permite a identificação do adolescente com diferentes formas de estar e atuar na comunidade: como coroinhas, como servos no grupo de oração, atuando em ações sociais com seus pares, com atividades esportivas, enfim, em atividades em que a vida esteja iluminada pela Palavra de Deus e onde se sintam acolhidos e valorizados como pessoa.

Oficinas da Iniciação à Vida Cristã No dia 28 de julho, no Colégio Bom Jesus, a Comissão da Animação Bíblico-Catequética da Arquidiocese de Curitiba reuniu 650 catequistas para as Oficinas da Iniciação à Vida Cristã, que proporcionaram experiências diversificadas contribuindo, segundo inúmeros participantes, para uma catequese mais vivencial, criativa e mistagógica.

Foto: Edson Vander/PASCOM

A Evangelização das novas gerações se torna cada vez desafiadora para toda a Igreja. A reflexão do último Sínodo sobre a juventude destaca esta tarefa necessária ao cristianismo, visto que a mensagem do Evangelho chegou a nós mediante a transmissão, de geração em geração, do testemunho daqueles que encontraram Jesus e, com Ele, um novo sentido para suas vidas.

Foto: Micheli da Silva

Escola de Agentes da Pastoral do Batismo A 5ª Escola de Agentes da Pastoral do Batismo foi concluída no dia 3 de agosto, na Casa de Retiros da Divina Providência, com a entrega dos certificados e do símbolo da Escola. Os agentes, vindos de diversas paróquias, vivenciaram momentos importantes para a formação, aprofundando a mística da catequese batismal e a consciência de que são discípulos missionários.

No dia 18 de agosto, na Capela da PUC-PR, os alunos do IAFFE – Instituto Arquidiocesano de Formação na Fé, concluíram sua formação na Escola da Animação Missionária e no curso de Educação Sexual e Parental. Após a aula, na Santa Missa, celebramos a perseverança dos alunos e rendemos graças a Deus pelo comprometimento de cada um. Os formados receberam a benção dos seus certificados e uma benção especial de envio à missão. Parabéns a cada formando por sua caminhada!

Foto: Roberto F. Silva

Formatura no IAFFE

EXPEDIENTE COMISSÃO DA ANIMAÇÃO BÍBLICO-CATEQUÉTICA: catequese@mitradecuritiba.org.br. (41) 2105-6318. Coordenação: Pe. Luciano Tokarski. Assessoria: Regina Fátima Menon. Arquidiocese de Curitiba | Setembro 2019

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GABRIEL FORGATI1

Especial

125 anos da instalação da

Diocese de Curitiba Em 30 de setembro de 2019, a Arquidiocese de Curitiba comemora 125 anos de sua instalação, ainda como Diocese, que aconteceu em 1894. A comemoração também marca a conclusão do Ano Jubilar de 350 anos da Paróquia Nossa Senhora da Luz dos Pinhais da Catedral Basílica, iniciado em 8 de setembro de 2018. Apesar de criada em 27 de abril de 1892, sua instalação canônica só aconteceu com a posse do primeiro bispo, Dom José de Camargo Barros, a 30 de setembro de 1894. Até esse momento, a Igreja no Paraná estava sob a jurisdição canônica: a partir de 1551, da Diocese de São Salvador da Bahia (elevada à Arquidiocese em 1676); de 1575 a 1676, da Prelazia de São Sebastião do Rio de Janeiro; de 1676 a 1745, ainda do Rio de Janeiro mas quando esse foi elevado à Diocese; e de 1745 a 1892, da Diocese de São Paulo. Devido às grandes extensões dos territórios diocesanos no período, os bispos erigiam divisões delegadas a sacerdotes que os auxiliavam nas administrações de suas jurisdições eclesiásticas. No Paraná, foi o caso das Vigararias da Vara de Paranaguá e de Curitiba (ainda no século XVIII), e da Vigararia Geral Forense (1879-1892), que tiveram importante papel no sentido de facilitar os processos canônicos e assistir espiritualmente o povo de Deus onde não era possível aos pastores.2 Por meio da Bula Ad Universas Orbis Ecclesias, o papa Leão XIII, no dia 27 de abril de 1892, criou as Dioceses de Curitiba, Manaus, Paraíba e Niterói e elevou o Rio de Janeiro à Arquidiocese. O território da recém-criada Diocese de Curitiba abrangeria os estados do Paraná (desmembrado da Diocese de São Paulo) e de Santa Catarina (desmembrado da Arquidiocese do Rio de Janeiro). Contudo, sua instalação canônica aconteceu mais de dois anos após a proclamação da Bula Apostólica, no dia 30 de setembro de 1894, com a posse de seu primeiro bispo, Dom José de Camargo Barros. Sua posse aconteceu a partir das 13h nesse dia, com procissão saindo da Igreja do Rosário em direção à então Igreja Matriz de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, tornada, a partir dessa data, Catedral Diocesana de Curitiba; a posse de nosso primeiro pastor teria sido acompanhada por mais de 15 mil pessoas.3 Quando instalada, a Diocese de Curitiba era sufragânea da Arquidiocese do Rio de Janeiro. Em 1908, torna-se sufragânea da recém-elevada Arquidiocese de São Paulo, assim permanecendo até o dia 10 de maio de 1926,

quando por meio da Bula Quum in dies numerus, o papa Pio XI elevou Curitiba à Arquidiocese; nessa ocasião, a Catedral passou a denominar-se Catedral Metropolitana de Curitiba. No mesmo documento foram criadas as Dioceses de Ponta Grossa e Jacarezinho, bem como a Prelazia de Foz do Iguaçu. Desde sua instalação, o território da Diocese de Curitiba foi desmembrado: em 1908, quando foi criada a Diocese (hoje Arquidiocese) de Florianópolis; em 1926, quando foram criadas as Dioceses de Ponta Grossa e Jacarezinho e a Prelazia de Foz do Iguaçu; em 1962, com a criação da Diocese de Paranaguá; em 1976, com a criação da Diocese de União da Vitória; e, por fim, em 2007, com a criação da Diocese de São José dos Pinhais. Em 1962, algumas paróquias foram cedidas à ereção canônica da Eparquia de São João Batista, circunscrição eclesiástica específica para os fiéis de rito Ucraniano de tradição Bizantina, hoje Metropolia (ou Arquieparquia) com sede em Curitiba. Atualmente, a Arquidiocese de Curitiba é composta por 143 paróquias, divididas entre 11 municípios (Curitiba, Almirante Tamandaré, Balsa Nova, Campo Largo, Campo Magro, Colombo, Itaperuçu, Palmeira, Pinhais, Porto Amazonas e Rio Branco do Sul), organizados em 3 regiões episcopais (Norte, Sul e Centro-Oeste), estando cada uma dessas subdivididas em 5 setores pastorais cada, sendo também sede da Província Eclesiástica de Curitiba, pois tem como sufragâneas as Dioceses de Ponta Grossa, Guarapuava, União da Vitória, Paranaguá e São José dos Pinhais.

1 Graduando em História – Memória e Imagem pela UFPR. Desde 2013 é responsável pelo Arquivo Dom Alberto José Gonçalves da Catedral Basílica de Curitiba, e desde 2016 realiza visitas guiadas na mesma igreja. 2 A ARQUIDIOCESE de Curitiba na sua história. Curitiba: edição do autor, 1956, pp. 14-16. 3 Ibidem, pp. 17-19.

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BISPOS E ARCEBISPOS Dom José de Camargo Barros (1858-1906) • 1º Bispo (1894-1904) Nasceu em Indaiatuba, São Paulo. Em 16 de janeiro de 1894 foi nomeado pelo papa Leão XIII como primeiro Bispo Diocesano de Curitiba, tendo sua ordenação episcopal acontecido em Roma em 24 de junho do mesmo ano. Assumindo e instalando a Diocese de Curitiba, teve por preocupação a criação do Seminário São José, para a formação dos sacerdotes, sobretudo tendo em vista a falta de padres em sua diocese (das 39 paróquias e curatos no Paraná, 12 estavam vagas; e das 39 paróquias/curatos em Santa Catarina, 24 estavam vagas). Em 1904 foi transferido como Bispo de São Paulo. Faleceu no dia 4 de agosto de 1906, em retorno de viagem a Roma, na altura do Cabo de Palos, na costa da Espanha, no naufrágio do “Sírio”, navio em que viajava.4

Dom Duarte Leopoldo e Silva (1867-1938) • 2º Bispo (1904-1907) Nascido em Taubaté, São Paulo, foi ordenado bispo para a Diocese de Curitiba em Roma, aos 22 de maio de 1904, nela empossado a 2 de outubro do mesmo ano. Tal qual seu antecessor, visitou com afinco as paróquias mais remotas do território diocesano e ajudou a organizar a criação da Diocese de Florianópolis. Em 1907, tomou posse da Diocese de São Paulo, sucedendo a Dom José de Camargo Barros, sendo seu primeiro Arcebispo Metropolitano a partir de 1908. Faleceu a 13 de novembro de 1938, e está sepultado na Catedral Metropolitana de São Paulo, por ele idealizada em 1912.5

Dom João Francisco Braga (1868-1937) • 3º Bispo (1908-1926) e 1º Arcebispo (1926-1935) Nasceu em Pelotas, no Rio Grande do Sul. Em 1902 foi nomeado Bispo de Petrópolis, sendo sua ordenação episcopal a 24 de agosto desse ano, em Porto Alegre. Em dezembro de 1907 foi nomeado terceiro bispo de Curitiba, empossado a 17 de fevereiro do ano seguinte. Aos 6 de setembro de 1909, oficiou a Solene Dedicação da Catedral. Ajudou a organizar os territórios das dioceses de Ponta Grossa e Jacarezinho e da Prelazia de Foz do Iguaçu, ao mesmo tempo em que, tornado Arcebispo Metropolitano em 1926, proclamou Curitiba “Arquidiocese de Maria”. Em 1931, mandou construir com recursos próprios a atual sede da Cúria Metropolitana, à época projetado como Palácio Arquiepiscopal. Adoentado, teve sua renúncia aceita em 1935, aos 67 anos. Faleceu em 1937, e foi sepultado no deambulatório da Catedral Diocesana de Petrópolis.6

Dom Áttico Eusébio da Rocha (1882-1950) • 2º Arcebispo (1936-1950) Natural de Inhambupe, Bahia, foi nomeado Bispo de Santa Maria em 1922, tendo sua ordenação episcopal acontecido a 15 de abril do ano seguinte em Salvador. Em 1929 foi transferido como primeiro bispo da Diocese de Cafelândia, e em 1935 foi nomeado segundo Arcebispo Metropolitano de Curitiba, empossado a 7 de março de 1936. Foi responsável pela construção do prédio anexo da Catedral em 1947-1948, depois que em 1945 o alargamento da Rua Barão do Serro Azul demoliu vários edifícios, entre eles a Casa Canônica. Construiu o Seminário São José no bairro do Seminário. Faleceu aos 11 de abril de 1950, jazendo na Capela do Santíssimo da Catedral Basílica.7

FEDALTO, Dom Pedro. História da Igreja no Paraná. Curitiba: edição do autor, 2014, pp. 148-167. Ibidem, pp. 196-205. 6 Ibidem, pp. 206-225. 7 Ibidem, pp. 226-228. 4 5

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Dom Manuel da Silveira D’Elboux (1904-1970) • 3º Arcebispo (1950-1970) Nascido em Itu, São Paulo, em 1940 foi nomeado Bispo Auxiliar de Ribeirão Preto, tendo sua ordenação episcopal acontecido a 31 de março daquele ano em São Paulo. Em 1950, foi nomeado Arcebispo Metropolitano de Curitiba, empossado a 8 de dezembro desse ano. No primeiro ano de sua administração transformou a Igreja da Ordem em templo de adoração perpétua ao Santíssimo Sacramento. Em 1952 empossou o Cabido Metropolitano. Convocou o Congresso Eucarístico Provincial do Paraná em 1953, para comemorar o Centenário da Emancipação Política do nosso estado, e foi o anfitrião do VII Congresso Eucarístico Nacional, em 1960. Em 1959, inaugurou a sede do Seminário São José em Orleans e a Universidade Católica, hoje Pontifícia, no Prado Velho. Faleceu a 5 de fevereiro de 1970, sendo sepultado junto de Dom Áttico na Catedral Basílica.8

Dom Pedro Antônio Marchetti Fedalto (1926) • 4º Arcebispo (1971-2004) Natural da Colônia Antônio Rebouças, em Campo Largo, Paraná, realizou os estudos seminarísticos no Seminário São José de Curitiba, e foi ordenado sacerdote em 1953. Em 30 de maio de 1966 foi nomeado Bispo Auxiliar de Curitiba, ordenado a 28 de agosto do mesmo ano. Com a morte de Dom Manuel em 1970, foi nomeado Vigário Capitular, governando interinamente a Arquidiocese de Curitiba até 28 de dezembro de 1970, quando o Papa Paulo VI o nomeou Arcebispo Metropolitano; foi empossado a 28 de fevereiro seguinte. Solicitou a renúncia canônica em 2004 e hoje reside no Seminário São José em Orleans. Em seu governo, de mais de 33 anos, criou 76 novas paróquias, ordenou 167 sacerdotes, autorizou a abertura de 38 seminários religiosos, construiu a Casa Arquiepiscopal no Mossunguê, e recebeu o papa São João Paulo II nos dias 5 e 6 de julho de 1980.O mesmo papa conferiu o título de Basílica Menor à Catedral, em 6 de julho de 1993, tornando-se, a partir dessa data, Catedral Basílica de Curitiba; e em 8 de agosto de 1995, proclamou oficialmente Nossa Senhora da Luz Padroeira da cidade e Arquidiocese de Curitiba. Em 2016, celebrou o Jubileu de Ouro de sua Ordenação Episcopal.9

Dom Moacyr José Vitti, CSS (1940-2014) • 5º Arcebispo (2004-2014) Natural de Piracicaba, São Paulo, pertencia à Congregação dos Estigmatinos. Foi eleito Bispo Auxiliar de Curitiba em 1987, e em maio de 2002 nomeado Bispo Diocesano de Piracicaba. Retornou à Curitiba em 18 de junho de 2004, nomeado como Arcebispo Metropolitano. Criou o Seminário Propedêutico, o Seminário para os alunos do quarto ano de Teologia e o Colégio Arquidiocesano, junto ao Seminário São José. Criou o Centro de Pastoral Nossa Senhora da Luz e o Centro Administrativo da Mitra, ambos juntos ao Palácio da Cúria Metropolitana. Organizou a Arquidiocese nas Comissões Pastorais e nos Setores Pastorais. Auxiliou na organização da Diocese de São José dos Pinhais e coordenou os trabalhos de restauração artística e arquitetônica da Catedral entre 2009 e 2013. Faleceu repentinamente aos 26 de junho de 2014, sendo sepultado na cripta da Catedral Basílica.10

Dom José Antônio Peruzzo (1960) • 6º Arcebispo (2015) Nascido em Cascavel, no Paraná, foi ordenado bispo aos 23 de novembro de 2005 para a Diocese de Palmas-Francisco Beltrão. Em 7 de janeiro de 2015 foi nomeado pelo Papa Francisco Arcebispo Metropolitano de Curitiba, empossado na Catedral Basílica a 19 de março seguinte, Solenidade de São José. Deu continuidade ao projeto de estado permanente de Missão idealizado por seu antecessor. Em sua gestão a Solenidade de Corpus Christi foi incluída nos calendários oficiais do estado do Paraná e do município de Curitiba, sendo celebrada por toda a Arquidiocese como “Festa da Unidade”.11

Ibidem, pp. 229-237 Ibidem, pp. 238-244; Idem. Reminiscências: 90 anos de idade - 50 anos de Bispo. Curitiba: edição do autor, 2017. 10 Idem. História da Igreja..., pp. 245-248 11 Idem. Reminiscências..., pp. 224-225 8

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A PARÓQUIA DA CATEDRAL BASÍLICA A escolha de Nossa Senhora da Luz como padroeira de Curitiba foi dos primeiros povoadores, às margens do Rio Atuba, onde já estavam assentados alguns faiscadores de ouro. Ali surgiu a Lenda da Fundação de Curitiba, que conta que a imagem de Maria todos os dias amanhecia virada para onde hoje é a Praça Tiradentes. Os povoadores decidiram então se mudar para a região, pedindo ao Cacique Tindiquera da tribo dos Tinguis que lhes indicasse o local adequado. O cacique, então, fincou uma vara no chão, exclamando Core-etuba (“muito pinhão”), e ali os povoadores se organizaram, onde hoje é o marco-zero da cidade, construindo uma pequena capela dedicada à Virgem da Luz dos Pinhais por volta de 1654, construída de pau-a-pique, onde se venerava a primeira imagem. A imagem do milagre, feita em terracota (barro cozido), foi trazida de São Paulo pelos povoadores em meados do século XVII. Ocupou o trono na primeira capelinha e hoje é parte do acervo do Museu Paranaense. Dentro dessa primeira capela, a Paróquia foi ereta em 1668 e a Câmara Municipal instalada a 29 de março de 1693, com a eleição e posse das primeiras autoridades.12 Tão logo a vila é instalada, os habitantes pensarão na construção de uma igreja mais digna aos fins religiosos, sendo que por muitos anos permanecerá o templo como sede da Câmara Municipal. A antiga Matriz foi erguida entre os anos de 1714 e 172013, aproximadamente, feita de pedra e rebocada com barro. No dia 16 de novembro de 1720, a Câmara encomendou grande festa para a chegada da segunda imagem da Padroeira, também de terracota, mandada vir de Portugal. Hoje integra o Museu de Arte Sacra da Arquidiocese de Curitiba, anexo à Igreja da Ordem. Em estilo colonial português, a igreja era bem mais ampla que a anterior, porém foi inaugurada sem as torres, que só foram erguidas próximo de 1860. Uma escolha às pressas para o terreno da igreja, e o consequente mau estudo do solo para sua edificação, teriam sido as causas principais para o estado de constante reforma que a igreja passará durante toda a sua existência. O terreno onde estava construída, um pouco à frente donde hoje fica a Catedral Basílica, reúne um conjunto de lençóis freáticos que descem do Alto São Francisco, tornando o solo úmido e pouco sólido. Com a adição das torres, o risco de ruína da igreja tornou-se cada vez maior, até que em 1875 o Presidente da Província do Paraná, Adolpho Lamenha Lins, com autorização do Bispo de São Paulo, decreta o fechamento do templo. As treze imagens, os dois altares-retábulos, o Santíssimo Sacramento e a sede da Paróquia foram transferidas para Igreja de Nossa Senhora

do Rosário. Logo o Presidente da Província agilizará a demolição da Matriz, que durará até 1880.14 Com projeto do arquiteto francês Alphonse Conde Des Plas, e com possíveis alterações do italiano Luigi Pucci, a nova igreja começou a ser construída em 1876. O desejo de Lamenha Lins era que a igreja ficasse pronta em três anos15, mas isso só aconteceu dezessete anos depois. A constante falta de dinheiro fez com que as obras parassem por diversas vezes, por um período chegando a dezoito meses. Finalmente a igreja foi inaugurada no dia 7 de setembro de 1893. Depois de inaugurada, a igreja passou por diversos aprimoramentos, restauros e modificações ao longo de seus mais de 125 anos de história. Desde 1993 é Basílica Menor. Considerando sua posição como patrimônio religioso, histórico, artístico, arquitetônico e cultural de Curitiba, em 2016 foram iniciadas visitas guiadas mensais, gratuitas e abertas ao público. As datas das visitas são publicadas nas páginas do Facebook da Catedral Basílica e da Arquidiocese de Curitiba.

Primeira, segunda e terceira imagem de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais

CÂMARA MUNICIPAL DE CURITIBA. Livro dos 300 anos. Curitiba: edição dos autores, 1993, pp. 18-19; PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA. O Culto de Nossa Senhora da Luz. Boletim Informativo da Casa Romário Martins, v. 21, n. 102. Curitiba: Fundação Cultural de Curitiba, 1994, pp. 11-15. 13 GRASSI, Clarissa. Memento Mortuorum. Inventário: Cemitério Municipal São Francisco de Paula. Curitiba: edição da autora, 2016, pp. 28-29. 14 WACHOWICZ, Ruy Christovam. As Moradas da Senhora da Luz. Curitiba: Gráfica Vicentina, 1993, pp.20-25. 15 WACHOWICZ. As Moradas. Op. Cit., p. 27. 12

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DOM PEDRO FEDALTO COMENTA OS 125 ANOS DA INSTALAÇÃO DA DIOCESE DE CURITIBA “Deus concedeu-me dois dons: da memória e da história eclesiástica. Por isso, com estes dois dons: conheço a ‘História da Igreja no Paraná’” (livro publicado a 27 de setembro de 2014)

Dom Pedro Antônio Marchetti Fedalto, Arcebispo Emérito de Curitiba, esteve à frente de nossa Arquidiocese de 1971 a 2004, sendo aquele que ocupou a função de pastor por mais tempo em nossa história. Ilustre personalidade da história do Paraná e da Igreja, atendendo ao pedido da Revista Voz da Igreja, ele comenta os 125 anos da Diocese em três tópicos:

VOZ DA IGREJA: Qual o maior fato que destaca nos 125 anos da Diocese de Curitiba? DOM PEDRO: A comemoração dos 350 anos da fundação da paróquia de Nossa Senhora da Luz, tornando-se Maria a sua querida padroeira, em outras palavras, a carinhosa mãe de todos os Curitibanos nascidos em Curitiba ou vindos a Curitiba. Quando Curitiba foi criada Diocese, Nossa Senhora da Luz se tornou padroeira da Catedral. Em meu governo de Arcebispo, 33 anos e 3 meses, pedi ao Santo Padre, hoje São João Paulo II, o título de Basílica Menor à Catedral, concedido a 6 de julho de 1993. Fui depois mais ousado, fiz o pedido para que Nossa Senhora da Luz fosse a padroeira da Cidade de Curitiba e da Arquidiocese. Foi concedido, a 8 de agosto de 1995. Louvo a iniciativa do Arcebispo Dom José Antônio Peruzzo para comemorar os 350 anos da criação da paróquia de Nossa Senhora da Luz, iniciada a 8 de setembro de 2018, com o apoio do Pároco da Catedral, Cônego Élio Dall’Agnol, e arquidiocesanos. VOZ DA IGREJA: Comente por favor o momento atual da Arquidiocese de Curitiba DOM PEDRO: Depois de 125 anos, a cultura do povo e da Igreja Católica é bem diferente. Nestes 125 anoS, foram realizados o Concílio Vaticano II, de 1962 a 1965, com todos os Bispos e muitos Religiosos, Religiosas e Leigos, as Assembleias Gerais da América Latina, em Medellin, Puebla, Santo Domingo e Aparecida, Brasil, com muitos documentos dos Papas, Bispos, Presbíteros, Teólogos e Agentes de Pastoral, até Leigos. Por isso, hoje a Pastoral é bem outra na cultura atual. E para ser bem sincero, houve uma evolução positiva da Pastoral muito mais co-

municativa, participativa e unitiva com as Assembleias Gerais, Latino-Americanas, Nacionais, Diocesanas e Paroquiais. Por isso, posso dizer que estou feliz. É verdade que os Meios de Comunicação modernos atingem mais facilmente a todos, nem sempre com mensagens cristãs, educativas e instrutivas para a juventude. A Igreja Católica encontra-se imersa nesta realidade moderna e deve manter-se fiel ao Evangelho de Jesus Cristo. VOZ DA IGREJA: Qual mensagem deixa ao povo de Deus em homenagem aos 125 anos da Diocese de Curitiba? DOM PEDRO: Posso dizer a todos que vivi, em 93 anos de idade, participando da Igreja, sempre em funções de destaque, desde minha ordenação presbiteral, a 6 de dezembro de 1953, como Chanceler da Cúria, Vigário Geral, Bispo Auxiliar e Arcebispo. Tive oportunidade de estar presente em muitas assembleias de nível arquidiocesano, regional, nacional, de América Latina e até internacional. Por tudo o que vi e vivi, deixo uma mensagem de alegria e esperança a todos da Arquidiocese de Curitiba. Que cada um se disponha a doar-se com seus dons para uma autêntica Evangelização, como afirma o Papa Francisco: “Uma Igreja em saída”. Mesmo com as cruzes presentes, como as do passado, à Diocese, hoje com 125 anos, faço votos que cresça sempre mais, acreditando que o Espírito Santo a dirige e fortalece com seus dons divinos. Confie, caro leitor, em Nossa Senhora da Luz, que, como padroeira da Catedral, da Cidade, e Arquidiocese de Curitiba, é a luz que cada dia ilumina todos seus filhos. Amém.

Com alegria, convidamos a todos para a Missa de Celebração aos 125 anos de Instalação da Diocese de Curitiba, celebrando também a conclusão do Ano Jubilar de 350 anos da Paróquia Nossa Senhora da Luz dos Pinhais da Catedral Basílica e o lançamento do Mês Missionário Extraordinário

Dia 28 de setembro. 9h Catedral Basílica Menor Nossa Senhora da Luz dos Pinhais Celebrante: Dom José Antônio Peruzzo

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Celebramos como irmãos no presbitério o

natalício de Dom Pedro

Sugestivo lembrar do que disse o Senhor Jesus ao Apóstolo: “Tu és Pedro e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja…” (Mt 16,18). Hoje recordamos outro Pedro, que na sua lida, edificou a Igreja de Curitiba, por nós tão querida. Já é nonagenário aos seixos dos anos, por sua vez. Ora pois: noventa mais três! Demonstra estar contente pelos dias vividos, ainda que lapidado por alguns corações empedernidos. Tantas vezes com pedras de incenso aclamado e outras tantas vezes apedrejado? Assim crucificado como o Bom Pedro, dizemos ao Dom Pedro no penhasco: és DOM! És presente, um rebo bom. É um Presente a ele ter! Mas, haurimos mais a graça de seu ser: para nós ele é um diamante! Óh Pedro, pedra brilhante! Nascido há 93 anos aqui perto na Colônia Rebouças, eis que aprendeu a ser forte! Passou por cada pedaço, de “ Pieretto, piccolo sasso”, até tornar-se este Pedraço. Agora aqui está, desfeito de fragas de embrulhos, dizendo-se cego, surdo e mudo, livre de calhaus de barulhos. Desviando cascalhos e entulhos a ultrapassar os pedregulhos. Ele não é um homem de fantasias, mas roca que conecta romarias. Não apedrado a romances e estorinhas, um documentário de boas riquezas detalhadas: pedriscos ou pedrinhas. É um homem concreto, linear, sólido a cascalhar. Real e verdadeiro no coração e no pensamento, plano como uma via retilínea em seu empedramento. Homem na vida provado, Pedro rocado. Sua vivência deixa um legado! Exemplo pelos fatos experimentados: cooperar para que os valores cristãos não sejam depredados Verdade na Caridade é seu lema, sáfara de um mote com devoção, para que na Igreja o amor não sofresse depredação Vulto como um burgau de virtudes quais piçarras amalgamadas: um construtor que entende das pedradas. Da Igreja de Curitiba? Tal fraguedo é mister Obreiro! E embora colono, no plano espiritual foi pedreiro. Seu pétreo testamento, é seu jeito afável de ser, vale mais que peça cara em joalheria: herança, penha, grande obra em Pedraria. Alguém disse que ele é um cerne ou penedia, pois longevo e vivaz, forte e loquaz, dorme tarde e acorda de madrugada. Capaz? De aguentar qualquer pedrada! Certo isso? De fato é cerne e não fraga! Pois o miolo de uma árvore em pé, sinal de vida é. Afirmação verdadeira, ele é verdadeira pedreira. Num existir cheio de abrolhos de inveja clerical, fraquezas e ciúmes, surgem implosões, causadas por ganância e ambições. E até descida às picuinhas? Contudo, inspira ele: não ser atingido por quaisquer pedrazinhas. A Rocha inabalável de sua fé, ajuda da Mãe do Carmo é. Eita devoção gostosa. Com o escapulário da Virgem que serviu Isabel, passa-se a montanha pedregosa. Parabéns nosso rochedo e mestre. O grande Senhor escolheu alguém que preste. És outro Pedro, mais que pepita de ouro, um senhor tesouro. És precioso, enquanto no convívio nos deixas orgulhoso! És nossa fortaleza de pedra, sinal de fraternidade. Patriarca que projeta os filhos à eternidade. Caro Dom Pedro é bom estar contigo! Obrigado por ser penedo inabalável como nosso ombro amigo!

(Homenagem prestada a Dom Pedro Antônio Marchetti Fedalto pelo autor do texto, Padre Fabiano Dias Pinto, em nome dos padres da Arquidiocese na Reunião dos Presbíteros aos 13.VIII. 2019)

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Dimensão Social

SILVIA MARA CAMARGO KREUZ Participante da articulação nacional do Grito dos/as Excluídos/as.

Grito dos/as Excluídos/as 2019: Este sistema não vale! Lutamos por justiça, direitos e liberdade Vivemos dentro de um sistema que cultiva privilégios e esquece os direitos da população. A economia tem mais valor que a natureza. O capital tem primazia sobre o trabalho. O grupo econômico tem primazia sobre o trabalhador. Este sistema se vale de políticas públicas que matam! O rompimento da barragem da empresa Vale do Rio Doce, na cidade de Brumadinho, foi o mais grave crime ambiental, no início de 2019 e trouxe à luz a situação real do Brasil. Com mais de 24.000 barragens, apenas 1.500 têm algum tipo de documentação, 708 são fiscalizadas, 45 delas estão em estado de urgência (segundo o MAB – Movimento dos Atingidos por Barragens). Há mais de 5.000 pedidos de exploração mineral para a Amazônia. O próprio Papa Francisco alerta: “o homem não pode permanecer um espectador indiferente diante dessa destruição, nem a igreja deve ficar em silêncio”. A partir da lama de Brumadinho podemos lançar outros gritos. O grito do pobre que clama por alimento, da criança pedindo educação de qualidade, da mãe que perdeu o filho para o tráfico, da população da Amazônia que pede socorro, do trabalhador que vê seus direitos sendo anulados pela reforma trabalhista e da previdência, das pessoas sem terra

nos mobilizar na tarde do dia 7 de setembro para o

e sem teto, do povo em situação de rua, da popula-

25° Grito dos Excluídos, unindo Igrejas, pastorais,

ção LGBT vítima de violência física e verbal, da po-

grupos e movimentos sociais, na ocupação Dona

pulação do cárcere.

Cida (Cidade Industrial) que abre suas portas para uma caminhada com o Grito. Será a oportunida-

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O que nos entusiasma diante deste obscurantis-

de de nos manifestarmos através do discurso, da

mo é a aventura de viver o novo, a nossa capa-

arte, da religião, da partilha. Reconhecendo que o

cidade de reagir, de unir forças e recriar. Tendo o

projeto de Jesus é para defender a VIDA, digamos:

Evangelho como o centro de nossas ações, vamos

VIDA EM PRIMEIRO LUGAR!

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LEILA KARAM E PE. FRANCISCO MAZUR CM Coordenação e Assessoria Espiritual Rhema

Formação Rhema Na Sagrada Escritura encontramos o papel e a missão das mulheres na história humana e Divina. Entre tantas, Maria, que com o seu sim livre trouxe o Verbo Eterno do Pai. No sim de Maria encontramos a liberdade e o amor de uma mulher, obediência, oração, serviço e despojamento. Incluindo a Paixão e Morte de seu Filho Jesus. São muitos os ensinamentos por meio do sim: ternura, silêncio, fé, confiança, entrega e superação da fragilidade humana. Papa São João XXIII proclamou a necessidade do protagonismo das mulheres na Igreja e na sociedade. Por isso, à luz da Sagrada Escritura, Tradição e Magistério da Igreja, é preciso legitimar o papel e a missão da mulher leiga na Igreja e no mundo. A Arquidiocese de Curitiba viabilizou a formação para a mulher leiga católica líder, com interesse em atuar enquanto Igreja na Sociedade Civil, utilizando-se das políticas públicas e legislação. Formação Rhema (grego) é um termo inspirador que significa a vontade do coração de Deus. A riqueza transformadora que a palavra de Deus tem é possível despertar o protagonismo feminino, destacando diálogo, acolhida, capacidade de organizar e agregar pessoas. O trabalho iniciou em 10 de novembro de 2018. É uma formação suprapartidária, eclesial, social e antropológica, de qualificação das mulheres católicas com interesse em atuar por meio de observações e controle social das políticas públicas e legislação nos espaços estratégicos. Inspirada pelo Espírito Santo, a mulher Rhema, Discípula e Missionária, tem como valores: Oração, Ética,

Eu sou a serva do Senhor, faça-se em mim segundo tua palavra (Lc 1,38)

Unidade, Diálogo, Perseverança, Atitude, Humildade, Cuidado, Família e Justiça. A formação abrange os temas: Sagrada Escritura (mulheres da Bíblia e o seu papel e impacto na sociedade), Teologia, Bioética, Políticas Públicas, Direitos Humanos, Formação Pessoal, Acompanhamento Espiritual e Psicológico. Desde o início, a Formação Rhema já vem contando com a participação de mulheres engajadas com a transformação das realidades locais, nacionais e globais. São diversas as áreas de atuação, entre elas a inserção em discussões globais como na participação de uma mulher Rhema, em novembro, representando a América Latina no Fórum Global de Bioética e Pesquisa em Singapura. Levando consigo os valores da mulher Rhema e fazendo a diferença, assim como tem feito em muitos outros meios de atuação.

Em setembro, dia 28, na PUC-PR, teremos o I Congresso Estadual de Mulheres Católicas nas Políticas Públicas, com o tema “A atuação da mulher nas políticas públicas à luz da Sagrada Escritura”. Faça o contato pelo e-mail sourhema@gmail.com que enviaremos o link de inscrição para o Congresso. Também estamos abrindo inscrições para a segunda turma da Formação Rhema, que se iniciará em setembro. Contato pelo e-mail sourhema@gmail.com

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COMIDI

ODARIL JOSÉ DA ROSA – COMIRE

Missão Católica São Paulo VI na Guiné Bissau – África

O país da Guiné Bissau tem aproximadamente 1,6 milhão de habitantes. Destes, apenas 17% são cristãos. Segundo relatórios da ONU, está entre os 10 mais pobres do mundo. Lá muitas famílias se alimentam apenas uma vez ao dia e comem somente arroz. O longo período de estiagem (8 meses) sem chuva faz com que os poços vão secando e as mulheres caminhem cada vez mais longe em busca de água. E quando vem a chuva vêm também doenças, entre elas a malária. Guiné Bissau tem duas dioceses: Diocese de Bissau, na capital, e Diocese de Bafatá, cujo território abrange a região leste e sul do país. Em 2010, Dom Pedro Zilli, bispo brasileiro da Diocese de Bafatá, em Guiné Bissau, solicitou ajuda aos bispos do Paraná. No final de 2011, os bispos autorizaram a visita de uma equipe do Conselho Missionário Regional – Comire à diocese de Bafatá. A equipe voltou animada com o convite de Dom Pedro para nosso Regional assumir a missão em uma cidade daquela diocese. Após estudos elaborados pelo Comire e com aprovação dos bispos, em 2013 foi assumido que a partir de 2015 enviaríamos missionários para a Cidade de Quebo. Graças ao empenho de todos conseguimos, já em 2014, enviar a primeira equipe para a Guiné Bissau: o leigo Odaril

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José da Rosa, da Arquidiocese de Curitiba, e os Diáconos permanentes Pedro Avelino Lang e Metódio Retexin, da Diocese de Ponta Grossa. No dia 19 de outubro de 2014, Dia Mundial das Missões e Beatificação de Paulo VI em Roma, aconteceu a Missa de inauguração oficial da primeira representação Católica com residência fixa na Cidade de Quebo, que fica a 110 km da sede da diocese. A Cidade de Quebo fica no sul da Guiné Bissau, na fronteira com a Guiné Equatorial. Tem aproximadamente sete mil habitantes, sendo 90% muçulmanos e Religiões de Tradição Africana – RTA. Os cristãos católicos são menos de 1%. O terreno da Missão Católica foi doado por uma diocese da Itália. Nestes quase cinco anos de presença dos missionários do Paraná em Quebo tivemos um grande progresso. Durante um ano e meio os missionários moraram numa casa alugada de um muçulmano. A pequena comunidade de Quebo acolhe com muita alegria os missionários, e já desfruta dos benefícios que a Missão Católica tem realizado nas áreas de evangelização, saúde e educação.


Após a construção das casas dos missionários, do padre e de hóspedes a meta, agora, é a construção de uma escola e futuramente um posto de saúde e a Igreja. Entre as benfeitorias para a comunidade de Quebo temos um poço com bomba manual, que abastece as necessidades de Quebo durante o período de estiagem, e um poço artesiano, com bomba elétrica. Foi construído um barracão polivalente para catequese, reuniões e celebrações. Hoje, nossa intenção é tornar a Missão Católica de Quebo uma casa de experiência missionária ad gentes. Em paralelo com as obras da construção desenvolvem-se atividades de evangelização. A comunidade é bem participativa e estamos muito felizes, sobretudo com o aumento significativo de pessoas nas celebrações dominicais da Santa Missa. Em 2014 tínhamos apenas 15 batizados e cerca de 40 catequizandos, lembrando que para receber o Batismo, são necessários quatro anos de catequese catecumenal. Hoje são mais de 40 batizados e 249 catequizandos. Iniciamos a formação das pastorais e movimentos, estruturação do CPC na comunidade e, por último, implantação da pastoral do Dízimo. Todo o processo é lento, é uma Igreja que está dando seus primeiros passos. Com a Graça de Deus e perseverança de todos, Ele vai escrevendo uma nova história para a pequena comunidade de Quebo. A pedido dos bispos das Dioceses de Bissau e Bafatá, em 2016 foi realizada uma ação missionária envolvendo a Infância Missionária e a Catequese do Regional Sul 2, com o objetivo de enviar 20 mil Bíblias para a Guiné Bissau. A “Ação Missionária 20.000 Bíblias para a África”, teve como lema: Missão, Palavra e Pão e com os recursos arrecadados, foi possível enviar 25.000 Bíblias para Guiné Bissau. Durante estes cinco anos, entre os missionários residentes e visitantes tivemos mais de 35 pessoas do Paraná visitando a nossa a Missão Católica São Paulo VI. Os primeiros missionários residentes foram o Diácono Pedro Lang e sua esposa Salete Lang. Também tivemos a jovem Samara Taiza Zuirtes, de Curitiba, que dedicou dois anos de sua vida trabalhando como enfermeira na missão de Gabu e de Quebo. O seminarista Gabriel Francisco, da Diocese de Cascavel, retornou no mês de julho para o Brasil, após fazer uma experiência de 18 meses na Missão de Quebo. Atualmente, temos cinco missionários residentes em Quebo: o casal Percio e Marcia Vitória, da Arquidiocese de Curitba; a jovem Mariana Baião da Diocese, de Jacarezinho; a jovem pedagoga Amanda Doenea da Diocese, de Umuarama, e a pedagoga aposentada Maria Seli da Cruz, da Diocese de Francisco de Beltrão. Nos próximos dias faremos uma nova ação missionária, desta vez envolvendo a catequese e os professores do Paraná, para obter recursos para construir e manter uma escola católica no terreno da missão. Seja você também um(a) missionário(a). Nossa casa de hospedes está à disposição da Igreja do Paraná. No site da CNBB Regional Sul 2 (www.cnbbs2.org.br/africa) você poderá ver fotos e vídeos da Missão Católica São Paulo VI. Arquidiocese de Curitiba | Setembro 2019

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PADRE MARCONDES MARTINS BARBOSA Comissão da Dimensão Missionária

COMIDI

Campanha Missionária 2019 terá como tema

“Batizados e enviados: a Igreja de Cristo em missão no mundo” Como sabemos, as Pontifícias Obras Missionárias (POM) têm a responsabilidade de organizar a Campanha Missionária, realizada sempre no mês de outubro, na Igreja de todo o Brasil. Colaboram nesta ação a CNBB, por meio da Comissão para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial, a Comissão para a Amazônia e outros organismos que compõem o Conselho Missionário Nacional (COMINA). Neste ano, a Campanha Missionária será celebrada de maneira especial. Fomos convidados pelo Papa Francisco para viver em todo o mundo o Mês Missionário Extraordinário. Em 22 de outubro de 2017, Dia Mundial das Missões, o Papa Francisco, durante o Angelus, anunciava publicamente para toda Igreja sua intenção de proclamar um Mês Missionário Extraordinário (MME) em outubro de 2019, para celebrar o centenário da Carta Apostólica Maximum Illud de seu predecessor, o Papa Bento XV. Como Conselho Missionário Diocesano, convidamos todas as Comunidades eclesiais a assumirem este Mês Missionário com entusiasmo, reavivando a consciência batismal do povo de Deus em relação à missão da Igreja e despertar a consciência da missio

ad gentes, bem como retomar com novo impulso a transformação missionária da vida e da pastoral. Importante utilizar o Material da Campanha Missionária 2019, que já foi enviado para todas as paróquias. Neste ano, a novidade refere-se à edição dos testemunhos missionários e a novena, que foram pensados para os modos de TV e rádio. As redes católicas de televisão e rádio irão ajudar na divulgação para oportunizar mais pessoas a rezar e a vivenciar o mês de outubro. Poderemos acessar as redes sociais e sites como das Pontifícias Obras Missionárias, da Arquidiocese, CNBB, entre outros. Vamos assumir com vigor e alegria a missionariedade da Igreja!

Lançamento do Mês Missionário Extraordinário: Missa de Celebração aos 125 anos de Instalação da Diocese de Curitiba, celebrando também a conclusão do Ano Jubilar de 350 anos da Paróquia Nossa Senhora da Luz dos Pinhais da Catedral Basílica e o lançamento do Mês Missionário Extraordinário

Dia 28 de setembro. 9h. Catedral Basílica Menor Nossa Senhora da Luz dos Pinhais. Celebrante: Dom José Antônio Peruzzo

EXPEDIENTE COMISSÃO DA DIMENSÃO MISSIONÁRIA: Coordenador: Padre Marcondes. Secretária: Elania Bueno - 2105-6376. E-mail: elaniacmb@mitradecuritiba.org.br

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Vocações

JHONATAN VAZ DA SILVA Seminarista, 3º Ano

Silencie o coração, coloque-se em oração e descubra sua vocação No silêncio do coração... “Se calo, ficarão em expectativa; se falo, prestarão atenção; se me alongo no discurso, colocarão a mão sobre a boca” (Sb 8,12). A melhor forma para encontrar-se com o Senhor é no silêncio, é ali que satisfazemos a nossa angústia por reposta, ali que escutamos o Senhor por longas horas e admiramo-nos por suas belas palavras, até podendo se assustar com o que Ele nos pede. Mas hoje, como está sendo difícil silenciar-se exteriormente e interiormente. A agitação do mundo nos coloca num ritmo acelerado, fazemos muitas coisas, mas vivenciamos poucas e aproveitamos menos ainda. É preciso desacelerar a nossa vida, acalmar o coração, colocar-se em oração, e descobrir a vocação. Coloque-se em oração... “Jesus, ouvindo isso, partiu dali, de barco, para lugar deserto, afastado” (Mt 14,13). O Senhor busca o silêncio para encontrar com o Pai e tomar as melhores decisões para o seu ministério. Todos os chamados que o Senhor faz serão compreendidos e bem respondidos com o contato constante com Ele, através da sua Palavra. Hoje, a palavra do Senhor é lida em muitos momentos, enviada em nossas mensagens, publicada em nossos meios sociais, mas muito pouco rezada, meditada e vivenciada. A Palavra de Deus é fonte eficaz de nossa

fé, nela encontramos muitos fundamentos para nossa vida de cristãos. Assim, compreendemos que é importante rezarmos com a Palavra. Uma vocação que não tem o contato com a Palavra, através da Leitura Orante, da escuta na Santa Missa, nos sacramentos e sacramentais tornar-se uma vocação estéril, sem fundamentos. É preciso ler, meditar, rezar e comtemplar a Palavra do Senhor. E descubra sua vocação... “Quem tem ouvidos, ouça!” (Mt 13,9), isto diz Jesus. Quando silenciamos o nosso coração colocamo-nos em oração, em contato com a Palavra de Deus, conseguimos descobrir a vontade de Deus para nós. Deus fala, grita aos nossos ouvidos, é preciso disponibilidade, tempo, oração, abertura do coração para responder “Sim” a Ele. Muitos não têm o contato com a Palavra e acreditam que são chamados. Cuidado! Às vezes a nossa voz interior grita mais alto que a voz do Senhor. Precisamos de intimidade com aquele que é o Bom Pastor, que precisa de leigos e leigas que se coloquem à disposição completa ao anúncio do Reino. Não tenha medo de escutar a voz de Deus, de colocar-se à disposição dele. Silencie o coração, coloque-se em oração e descubra a sua vocação.

Entre em contato com a Pastoral Vocacional da Arquidiocese de Curitiba: (41) 3285 4097 / (41) 9 9821 5196. pvcwb.com.br

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Ecumenismo

Peregrinos do encontro e do diálogo à procura do Deus das surpresas “O pluralismo e as diversidades de religião, de cor, de sexo, de raça e de língua fazem parte daquele sábio desígnio divino com que Deus criou os seres humanos”. Esse é um dos trechos mais marcantes do Documento sobre a fraternidade humana em prol da paz mundial e da convivência comum, assinado pelo Papa Francisco e pelo Grão Imam de Al-Azhar, Ahmad el-Tayeb em fevereiro de 2019. Iniciar crianças, adolescentes e jovens à vida cristã hoje implica educar para a expressão e o serviço da fé em um mundo plural. Isso não é segredo para mais ninguém. A cada geração que passa, mais o catolicismo aparece como uma opção entre muitas outras, sem que haja qualquer coação ou pressão para aderir a esse caminho, nem que seja só de nome. O que esse trecho do documento do papa e do imam nos lembra é que esse mundo plural não é uma ameaça, ao contrário do que muitos pensam. Sim, é verdade, a vida concreta no seu dia a dia apresenta uma série de armadilhas, presentes dentro e fora da Igreja: a ideologização da fé, o consumismo, um horizonte de vida superficial, a banalização dos relacionamentos, o desprezo dos mais vulneráveis e por aí vai. Mas a diversidade que o mundo apresenta é, como diz o papa, não apenas uma riqueza, mas parte do desígnio divino. Uma vez perguntaram a Bento XVI quantos caminhos existem para Deus. “Tantos quanto há pessoas”, respondeu o hoje papa emérito. Enraizados em nossa tradição cristã, podemos nos lançar à procura do Deus das surpresas e descobrirmos a sua presença também em outros caminhos. Foi nesse intuito que jovens de três paróquias da Arquidiocese de Curitiba e da Diocese de São José dos Pinhais dedicaram um domingo do último mês de julho à experiência de serem peregrinos do encontro e do diálogo. O dia começou cedo, às portas da Sinagoga Beit Yaacov, onde o rabino Pablo Berman nos aproximou da herança religiosa em que Jesus de Nazaré cresceu. De lá, partimos para a Catedral Ortodoxa Ucraniana São Demétrio, nos aproximando daquela tradição cris-

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tã comum do primeiro milênio. O eparca, Dom Jeremias Ferens, nos acolheu e nos ofereceu prósforas – o pão a ser usado na eucaristia – abençoadas. Acompanhamos o início da Divina Liturgia dominical, com seus cantos que sobem aos céus. O próximo ponto foi a Mesquita Imam Ali ibn Abi Talib, onde de pés descalços nos aproximamos da religião que tanto fascinou figuras como os Beatos Charles de Foucauld e Christian de Chergé. Em seguida, fomos à Catedral São Tiago, onde a presbítera Carmen Kawano nos apresentou a “via média” do anglicanismo e a sua paixão pela inclusão. Depois do almoço, nosso destino foi a Tenda Espírita São Jorge Guerreiro de Umbanda, onde a Mãe Mara pôs abaixo resistências e preconceitos. De lá, partimos para a Comunidade do Redentor, em que junto dos nossos irmãos luteranos nos aproximamos das raízes da Reforma que marcou a história da Igreja. O dia se encerrou reunindo-nos em torno do Senhor, presente na eucaristia celebrada na Igreja do Rosário. Depois de peregrinarmos por tantos carvalhos de Mambré (1ª leitura), descobrindo ali a presença do mistério escondido por séculos e gerações (2ª leitura), percebemos vivamente, na partilha do pão e do vinho, que uma só coisa é necessária (Evangelho): descobrir Deus como Amor, presente onde quer que estejamos dispostos a acolhê-lo.


PADRE MAURÍCIO GOMES DOS ANJOS Coordenador Geral do Clero

Reflexão

Setembro: Mês da

Sagrada Escritura Neste mês de setembro celebramos o mês da Bíblia. Toda a Sagrada Escritura é uma inspiração divina. Há vários autores sagrados que, por inspiração de Deus, deixaram à humanidade escritos que elevam o coração e permitem uma aproximação com o Criador. Com certeza, o livro mais vendido e mais lido no mundo é a Bíblia. Na verdade, não é somente um livro, mas se trata de um conjunto de livros, 73 ao todo, 46 do antigo testamento e 27 do novo testamento. A Igreja coloca à nossa disposição vários textos bíblicos que são lidos na ação litúrgica no momento denominado Liturgia da Palavra. Se participarmos ativamente da santa missa durante três anos, praticamente teremos lido toda a Bíblia, e é neste contexto que a liturgia da palavra está organizada. São três evangelhos sinóticos (parecidos), Mateus, Marcos e Lucas, e cada um se torna referencial ao longo de um ano litúrgico. Existe a liturgia do ano A, Mateus, ano B, Marcos, ano C, Lucas, que progressivamente está organizada a partir da leitura quase que contínua destes evangelistas. No domingo sempre temos a oportunidade de escutar o evangelho segundo o evangelista do ano corrente. E o outro evangelista, São João, é tomado para as grandes solenidades e festas, Páscoa, Natal e muitas outras que acontecem no decorrer do ano. Ao longo do tempo litúrgico, quando escutamos várias leituras proclamadas pela Igreja, e no domingo uma liturgia da palavra especial, temos a oportunidade de um contato íntimo com Deus. Se quisermos ler integralmente a Sagrada Escritura, a Igreja também organizou as leituras ao longo da semana, e sempre está disponível uma primeira leitura, salmo e evangelho. Muitos que cultivam a participação diária na santa missa, juntamente com a missa do domingo, ao longo de três anos lerão praticamente toda a sagrada escritura, e não uma só vez. Quem faz essa experiência sabe que muitos textos bíblicos se repetem constantemente.

Tendo em vista esta catequese, é preciso que a partir de então tomemos um apreço pela Sagrada Escritura. Temos à disposição a palavra de Deus para que encontremos nela um refúgio. Estes textos foram inspirados por Deus, e por meio da leitura desta palavra sempre encontraremos o rosto de Cristo. Quando participei da catequese uma das perguntas que a catequista me fez, no tempo de perguntas e respostas, foi esta: quem é o centro da Bíblia? E eu respondi acertadamente: é Jesus Cristo. Mas nem sabia o que estava respondendo e, de fato, Jesus Cristo é o centro da palavra de Deus, é o centro da Sagrada Escritura. Claro, lendo os textos do novo testamento é fácil identificar Jesus Cristo. Agora, ler os textos do antigo testamento e encontrar o rosto de Cristo é um pouco mais difícil, mas é essencial para a vida de fé e conhecimento da nossa história da salvação. Como é bom tomar, por exemplo, o livro de Gênesis e encontrar o rosto de Cristo, porque se fomos criados à imagem e semelhança de Deus e, depois, Jesus esteve no meio de nós e tomou à condição humana, Ele já está presente desde a criação. Outra comparação que pode ajudar a leitura da palavra de Deus: certa vez escutei de um monge que na verdade a leitura da Sagrada Escritura é a possibilidade de reescrevermos a nossa história. A cada frase dita, a cada palavra escrita, há sempre um espaço entre uma palavra e outra, às vezes maior ou menor, e sabem por que isso acontece? Porque a partir do momento em que lemos a Bíblia também temos que reescrever a nossa história. Esse espaço é nosso, e caberá a cada um reescrever a história no seu dinamismo neste mundo, na missão que o Senhor colocou no coração humano e na perspectiva da plena realização futura. Que este mês de setembro seja um tempo propício para a leitura da Sagrada Escritura para que que cada vez mais haja uma configuração do ser humano a Cristo.

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Painel

Solenidade da Padroeira 2019 Em 8 de setembro celebra-se o dia de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, padroeira da cidade de Curitiba, da Arquidiocese e da Catedral Basílica de Curitiba. Neste ano de 2019 a solenidade Nossa Senhora da Luz dos Pinhais acontece em meio às comemorações do Ano Jubilar pelos 350 anos da primeira paróquia de Curitiba, que atualmente abriga a Catedral. Entre os destaques, haverá no dia 8 a inauguração de um memorial dedicado à Padroeira, na missa das 10h. Programação completa no site da Arquidiocese de Curitiba. Traga Flores para Nossa Senhora: Desde o primeiro dia das comemorações, você poderá trazer um vaso ou arranjo de flores que permanecerá aos pés da imagem da Padroeira.

Formação Litúrgica em 14 de setembro A Comissão Litúrgica da Arquidiocese de Curitiba convida a todos integrantes de equipes de liturgia e canto para o “Encontro de Formação Litúrgica” – Região Episcopal Norte, com as Oficinas: Bate papo sobre a Liturgia; Oratória para Leitores; Técnica Vocal para Cantores; Prática Instrumental e Regulagem de Som. É uma oportunidade para lideranças, membros de equipes de Liturgia e Música, além de todos os que se envolvem nestes momentos fortes em nossas comunidades. Será no dia 14 de setembro de 2019, das 8h às 16h, na Paróquia São José da Vila Oficinas. Inscrições em www.arquidiocesedecuritiba.org.br

Formação de CPPs e CAEPs Região Episcopal Norte O Encontro Anual de CPP’s e CAEP’s da Região Episcopal Norte da Arquidiocese de Curitiba será realizado no dia 14 de setembro, formando as lideranças para estarem em unidade com as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora. A Arquidiocese de Curitiba convida os coordenadores de CPP’s e de CAEP’s das paróquias e capelas para este encontro, estendendo o convite aos Pároco, Vigários Paroquiais e Diáconos. Será na Paróquia Santa Madalena Sofia Barat. Rua Santa Madalena Sofia Barat, 701 – Bairro Alto, Curitiba - PR.

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EDITAL DE CONVOCAÇÃO PARA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA ASSOCIAÇÃO DOS PRESBITEROS DA ARQUIDIOCESE DE CURITIBA INSCRITO SOB CNPJ Nº 72.188.600/0001-36 REGISTRADO SOB O Nº. 493482

CONVOCAÇÃO São convidados os senhores membros da ASSOCIAÇÃO DOS PRESBÍTEROS DA ARQUIDIOCESE DE CURITIBA a se reunirem em Assembleia Geral Ordinária, na sede campestre da APAC, na Capital do Estado do Paraná, às 10h00min em primeira chamada e às 10h30min em segunda chamada, do dia 15 de outubro de 2019 a fim de tratarem da seguinte ordem do dia: Divulgação do saldo em caixa e demais prestações de contas do financeiro a) Eleição da nova diretoria e conselho fiscal. b) Mudança do Estatuto c) Assuntos gerais Pedimos aos interessados que inscrevam as chapas candidatas para a eleição. A chapa deverá conter as seguintes funções: Presidente e vice-presidente; secretário e segundo secretário; tesoureiro e segundo tesoureiro. Conforme o estatuto, não há prazo mínimo para a inscrição de novas chapas. Pedimos apenas que nos encaminhem por e-mail a fim de nos organizarmos melhor: mussiolneto@gmail.com Curitiba, 09 de agosto de 2019. Pe. José Mussiol Neto - Presidente da APAC

Novidade na Livraria Arquidiocesana: Livros de Registro dos Sacramentos Os livros estão disponíveis para compra no Setor de Artigos Religiosos. Av. Jaime Reis nº: 369 – Alto São Francisco, Curitiba/PR – CEP 80.510-010. FAÇA SEU PEDIDO PELO WHATSAPP: (41) 98733-5877 Os pedidos podem ser feitos também através do e-mail: sac@mitradecuritiba.org.br ou pelo telefone: (41) 2105-6325.

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