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Desde o fim do governo Moisés, celesquianos e celesquianas vêm se mobilizando pela criação de uma alternativa de plano de saúde mais acessível. Infelizmente, no fim do ano passado, a gestão anterior praticamente encerrou qualquer possibilidade de negociação dessa alternativa após as eleições ao governo, em outubro. A expectativa da categoria era que o novo governador eleito, Jorginho Mello, indicasse uma nova diretoria que colocasse como prioridade a saúde de trabalhadoras e trabalhadores da Celesc.
Como já se sabe, o novo presidente da empresa, assim que assumiu, demonstrou preocupação ao tomar conhecimento de que parcela considerável da categoria não tem acesso a um plano de saúde. Ocorre que, passados quatro meses de sua posse, ainda não se viu algum gesto para a concretização deste anseio. Os discursos prometendo uma solução vieram, tanto em reuniões com a Intercel, como na percorrida do presidente pelas Agências Regionais, mas a negociação, até o momento, ainda não aconteceu e sequer foi agendada uma primeira reunião.
sita ver esse reconhecimento por parte da diretoria da empresa. Empregados novos e antigos se uniram, demonstrando que estas pautas são realmente relevantes e que, se a diretoria indicada pelo governador Jorginho Mello não se mexer, um ato ainda maior poderá acontecer nos próximos dias.
O silêncio da nova gestão da empresa diante do recado dado parece demonstrar que estão indiferentes às necessidades de celesquianos e celesquianas. Até o fechamento deste Boletim, o presidente Tarcísio Rosa não chamou os Sindicatos da Intercel para propor algum encaminhamento ao descontentamento dos trabalhadores. A diretoria parece ignorar os onze pontos apresentados pela Intercel ainda no mês de fevereiro e, em sentido contrário, o presidente percorre o estado defendendo a terceirização de determinados setores dentro da Celesc, o que pode ser considerado uma afronta a trabalhadoras e trabalhadores.
“Até o fechamento deste Boletim, o presidente Tarcísio Rosa não chamou os Sindicatos da Intercel para propor algum encaminhamento ao descontentamento dos trabalhadores. A diretoria parece ignorar os onze pontos apresentados pela Intercel ainda no mês de fevereiro”
Por mais que o presidente alegue que a negociação de uma alternativa de plano de saúde possa ser complexa, outras negociações importantes também não iniciaram. A PLR 2023 ainda não foi assinada e a categoria chega ao mês de junho sem saber qual será a postura da nova diretoria diante dessa negociação. Haverá possibilidade da distribuição linear da PLR, por exemplo?
No dia primeiro de junho, a categoria deu um recado forte à nova diretoria: não basta a empresa anunciar bilhões em investimentos e fazer comerciais enaltecendo as novas obras. É preciso que trabalhadoras e trabalhadores, que acabaram de conquistar mais um prêmio da ANEEL para a Celesc, sejam valorizados e reconhecidos por seu esforço. A grande adesão na última quinta-feira à paralisação mostrou que a categoria neces -
Abrir as portas para a terceirização na Celesc é abrir as portas para a privatização. Onde estão os diretores empregados que permitem que tal “plano de ação” siga adiante? Acaso esqueceram que também são trabalhadores e que também correrão riscos se esse projeto persistir?
A categoria precisa seguir unida e mobilizada pelos seus direitos. Se as ações da diretoria seguirem em passos de tartaruga – conforme é falado na rádio peão -, infelizmente novos movimentos precisarão acontecer nas próximas semanas. Nenhuma das demandas é impossível de ser encaminhada e a diretoria precisa tratá-las com a mesma agilidade com que tratou o anúncio dos investimentos bilionários em todo o estado. Até porque, sem a categoria, os investimentos não se concretizarão.
Celesquiana/celesquiano: fique atento aos informes dos sindicatos na sua base e aos comunicados e informativos da Intercel sobre os próximos passos dessa luta.
