Informativo do
Agosto de 2016 Nº 1
PLP 257 quer destruir serviço público O polêmico PLP 257 – projeto de lei que visa a refinanciar a dívida pública dos Estados e municípios, com um efeito devastador sobre o funcionalismo público – já foi aprovado na Câmara dos Deputados e agora segue para o Senado. Todos os trabalhadores(as), em especial os servidores públicos, precisamos nos unir para impedir a perda de direitos com a aprovação do PLP 257. PERDAS PARA OS SERVIDORES PÚBLICOS Fim dos reajustes ou adequação de remunerações; Elevação da alíquota de contribuição previdenciária para 14% (ativos e inativos); Criação de fundo de previdência complementar; Criação de programas de demissão voluntária; Proibição de concursos públicos; Alterações de carreira (para acabar com as progressões e promoções); Estimulo à terceirização e à privatização.
servidor público
PERDAS PARA A POPULAÇÃO EM GERAL Limitação dos investimentos públicos nos setores essenciais como Educação, Saúde e Segurança Pública;
Privatização de empresas estatais nas mais diversas áreas, entre elas energia, saneamento, transporte.
Querem que a classe trabalhadora pague o pato! Para explicar de uma forma simples o que significa o PLP 257/2016, vamos usar uma analogia. Imagine que você, trabalhador(a), é empregado como porteiro de um prédio. O dono do imóvel (de todos os apartamentos) recebe os aluguéis e as taxas de condomínio. No entanto, ele também toma dinheiro emprestado para conseguir pagar as contas do mês (dele e do prédio). Esses empréstimos vêm de bancos e de pessoas conhecidas. Para garantir que essas dívidas serão pagas, o dono emite promissórias, dando inclusive o imóvel como garantia. O problema é que, como o prédio é da família, quem iniciou as dívidas com os empréstimos foi o avô do atual proprietário. De lá para cá, esse valor aumentou
CLT EM RISCO >>>
Temer quer acabar com o direito dos trabalhadores(as)
drasticamente (e misteriosamente). Para receber novos empréstimos, o dono do prédio tem uma ideia: criar um projeto para assegurar o pagamento do que tomou emprestado. Entre elas está o corte de salário e direitos trabalhistas dos empregados do prédio e de direitos dos locatários, isso mesmo sabendo que nenhum deles (empregados e locatários) foram responsáveis pelo endividamento do dono. Injusto, não é? Essa rápida história serve para dar uma ideia da natureza do PLP 257/2016. Nesse caso, o proprietário são as três esferas do governo (União, Estados e municípios). O porteiro são os servidores públicos e trabalhadores em geral. Os locatários são o povo
Você sabia ?
brasileiro, que sustentam os governos com seus impostos. E a dívida do dono do imóvel é a chamada dívida pública. E quem vai pagar o pato? Com certeza, não é quem pegou o empréstimo e muito menos quem emprestou o dinheiro. Veja, acima, o efeito devastador desta proposta sobre os servidores(as) públicos e a população em geral. A classe trabalhadora precisa se mobilizar contra o PL 257/2016 e a favor de uma auditoria da dívida pública, para que possamos, de fato, responder questões sobre como esse dinheiro foi gasto, por quem e quando. Não podemos ignorar esse processo, que pode acabar de vez com os direitos conquistados pelos trabalhadores com muita luta.
Temer está recebendo o apoio dos grandes empresários para “flexibilizar” a CLT. Isso significa que o patrões poderão ter autonomia para negociar direitos previstos em lei, como a carga horária e o pagamento ou não do 13º. Pouca coisa ficará garantida pela lei. Em resumo, o trabalhador irá trabalhar quanto e quando o empresário mandar e receber quanto ele quiser. Folgas, férias, licença maternidade, aviso prédio, vale-transporte ou refeição... tudo isso será benefício, e não mais um direito do trabalhador(a).