FIEAM Notícias Ed. 67

Page 1

Ano VII • nº 67 • janeiro • 2013

Publicação do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Amazonas

Indústria vê 2013 com otimismo

PESQUISA REVELA


24

Sindicatos da Indústria estão otimistas com 2013

7

Nelson Azevedo assume vicepresidência do Corecon

17

José Melo fala das perspectivas do Estado para 2013

8

Sistema FIEAM faz retrospectiva das ações de 2012

23 19

Antonio Silva anuncia R$ 23 mi em investimentos em 2013

2

Área de Saúde do SESI vive expectativa da certificação ISO


Miguel Ângelo/CNI

Editorial

O

sentimento que marca o início deste novo ano para a indústria amazonense é o otimismo, a atitude nascida da coragem de observar com esperança o futuro que bate à nossa porta. Nesta primeira edição do ano, abrimos esta publicação aos sindicatos que compõem a FIEAM, em busca de uma real perspectiva para 2013 de cada segmento industrial do Amazonas. E a resposta que obtivemos da grande maioria foi positiva, franca e otimista. É claro que 2012 não foi um ano fácil para todos os setores. Embora o nosso Polo Industrial tenha fechado o ano com recordes na produção, em itens como televisores, aparelhos de telefone celular, bicicletas, splits, tablets e videogames, tivemos as nossas dificuldades, como no polo de duas rodas que amargou quedas sucessivas de faturamento motivadas principalmente por uma crise de consumo. É reconfortante ver que as autoridades tanto em nível federal quanto estadual vêm apresentando medidas para fortalecer o setor de duas rodas, um dos que empregam o maior contingente de trabalhadores em suas linhas de produção. Esperamos que as dificuldades previstas

pelo Sindicato das Indústrias de Material Plástico de Manaus para o primeiro semestre possam ser contornadas. A Suframa tem demonstrado que está buscando formas de fortalecer o setor componentista do PIM, que sofreu uma retração de 35% no seu faturamento, além de uma queda no nível de emprego da ordem de 22%, o que é preocupante. Como foi noticiado pela autarquia federal, já estão sendo discutidas alterações nos PPBs de condicionadores de ar do tipo split system, televisores com tela plana, telefones celulares e motocicletas, a fim de identificar

É claro que 2012 não foi um ano fácil para todos os setores . Embora o nosso Polo Industrial tenha fechado o ano com recordes na produção de alguns produtos, tivemos dificuldades, como no polo de duas rodas que amargou quedas sucessivas de faturamento

Antonio Carlos da Silva Presidente do Sistema FiEAM

de que forma novas regras produtivas podem ampliar a competitividade das empresas que fabricam componentes no polo. Por outro lado, tivemos resultados animadores nos subsetores eletroeletrônico, um dos mais importantes do nosso Polo Industrial; o subsetor de Informática, o de bebidas, relojoeiro e mecânico. Estamos otimistas com as perspectivas de crescimento de outros subsetores, como o da indústria química, que vislumbra a chegada de novas empresas, conforme os recentes projetos aprovados pelo CAS e Codam. Outro fator importante foi a aprovação da Lei 12.349/2010, que estabelece o poder de compra do Estado como fator de incentivo à inovação tecnológica e à produção doméstica, ao conferir até 25% de preferência no preço do produto nacional em relação ao importado nas compras públicas.

Expediente Revista editada pelo Sistema FIEAM

COORDENADOR GERAL DO CENTRO DE SERVIÇOS COMPARTILHADOS (CSC) Joaquim Carlos Silva de Azevedo (em exercício) DIRETOR DE COMUNICAÇÃO E MARKETING (DCM) Paulo Roberto Gomes Pereira GERENTE DE COMUNICAÇÃO Idelzuita Araújo - MTE 049/AM REDAÇÃO Ademar Medeiros - MTE 289/AM Evelyn Lima - MTE 151/AM Mário Freire - MTE 092/AM

COLABORAÇÃO Cássia Guterres Cristiane Jardim Vanessa Damasceno DIAGRAMAÇÃO Herivaldo da Matta - MTE 111/AM

Av. Joaquim Nabuco, 1919 Centro CEP 69020-031 Manaus/AM Fone: (92) 31866576 Fax: (92) 3233-5594 www.fieam.org.br acs@fieam.org.br faleconosco@fieam.org.br

PUBLICIDADES/CAPA Andrea Ribeiro e Mary Martins

Endereços no Twitter @fieam @sesiamazonas @senaiamazonas @ielamazonas

FOTOGRAFIAS Comunicação

Acesse o perfil do Sistema FIEAM no Facebook

O conteúdo dos artigos e textos assinados é de inteira responsabilidade de seus autores.

Canal do Sistema FIEAM no YouTube youtube.com/user/fieam Tiragem desta edição: 2.300 exemplares Impressão: Grafisa

3


Sistema FIEAM

Sistema Federação das Indústrias do Estado do Amazonas FIEAM Diretoria Presidente: Antonio Carlos da Silva 1º Vice-Presidente: Athaydes Mariano Félix 2º Vice-Presidente: Américo Augusto Souto Rodrigues Esteves Vice-Presidentes: Nelson Azevedo dos Santos, Tereza Cristina Calderaro Corrêa, Roberto de Lima Caminha Filho, Aldimar José Diger Paes, Wilson Luiz Buzato Périco, Carlos Alberto Rosas Monteiro, Eduardo Jorge de Oliveira Lopes, Amauri Carlos Blanco, Hyrlene Batalha Ferreira, Sócrates Bomfim Neto 1º Secretário: Engels Lomas de Medeiros 2º Secretário: Orlando Gualberto Cidade Filho 1º Tesoureiro: Jonas Martins Neves 2º Tesoureiro: Augusto César Costa da Silva Diretores: Frank Benzecry, Agostinho de Oliveira Freitas Júnior, Carlos Alberto Marques de Azevedo, Roberto Benedito de Almeida, Luiz Carvalho Cruz, Celso Zilves, Maurício Quintino da Silva, Joaquim Auzier de Almeida, Paulo Shuiti Takeuchi, Antonio Julião de Sousa, Mário Jorge Medeiros de Moraes, David Cunha Nóvoa, Genoir Pierosan, Cristiano Iukio Morikio, Cleonice da Rocha Santos, Ariovaldo Francischini de Souza Conselho Fiscal: Titulares: Moyses Benarros Israel, Renato de Paula Simões, José Nasser Suplentes: Alcy Hagge

4

Cavalcante, Carlos Alberto Souto Maior Conde, David Nóvoa Gonzales Delegados representantes junto ao Conselho da CNI Titulares: Antonio Carlos da Silva, Athaydes Mariano Félix Suplentes: Américo Augusto Souto Rodrigues Esteves e Francisco Ritta Bernardino

Sindicatos Filiados Sindicato das Indústrias Químicas e Farmacêuticas de Manaus Presidente: Antonio Carlos da Silva Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Manaus Presidente: Athaydes Mariano Félix Sindicato das Indústrias de Massas Alimentícias e Biscoitos de Manaus Presidente: Américo Augusto Souto Rodrigues Esteves Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares de Manaus Presidente: Celso Piacentini Sindicato das Indústrias de Relojoaria e Ourivesaria de Manaus Presidente: Nelson Azevedo dos Santos Sindicato das Indústrias de Artefatos de Borracha e Recauchutagem do Estado do Amazonas Presidente: Sebastião Montefusco Cavalcante Júnior Sindicato da Indústria da Construção Civil do Amazonas Presidente: Eduardo Jorge de Oliveira Lopes

Sindicato da Indústria da Construção Naval, Náutica, Offshore e Reparo do Amazonas Presidente: Matheus de Oliveira Araújo Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado do Amazonas Presidente: Roberto de Lima Caminha Filho Sindicato da Indústria de Serrarias e Carpintarias no Estado do Amazonas Presidente: Moyses Benarros Israel Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria do Amazonas Presidente: Carlos Alberto Marques de Azevedo Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem de Manaus Presidente: Sebastião do Nascimento Guerreiro Sindicato da Indústria de Olaria do Estado do Amazonas Presidente: Hyrlene Batalha Ferreira Sindicato da Indústria de Calçados de Manaus Presidente: Aldimar José Diger Paes Sindicato da Indústria da Extração da Borracha no Estado do Amazonas Presidente: Carlos Astrogildo Bernardo Cruz Sindicato das Indústrias de Alimentação de Manaus Presidente: Carlos Alberto Rosas Monteiro Sindicato das Indústrias de Madeiras Compensadas e Laminadas no Est. do Amazonas Presidente: Moyses Benarros Israel


Sindicato da Indústria de Bebidas em Geral de Manaus Presidente: Antonio Carlos da Silva Sindicato das Indústrias de Instalações Elétricas, Gás, Hidráulicas e Sanitárias de Manaus Presidente: Agostinho de Oliveira Freitas Júnior Sindicato da Indústria de Marcenaria de Manaus Presidente: Roberto Benedito de Almeida Sindicato das Indústrias de Serralheria, Pequenas Metalúrgicas, Mecânicas e Similares do Estado do Amazonas Presidente: Antônio Julião de Souza Sindicato das Indústrias de Brinquedos do Estado do Amazonas Representante: Odorico Antonio Simão Zamprogno Sindicato das Indústrias de Material Plástico de Manaus Presidente: Celso Zilves Sindicato das Empresas Jornalísticas do Estado do Amazonas Presidente: Sócrates Bomfim Neto Sindicato das Indústrias de Gravuras e Encadernação do Estado do Amazonas Presidente: Augusto César Costa da Silva Sindicato das Indústrias de Meios Magnéticos e Fotográficos do Estado do Amazonas Presidente: Amauri Carlos Blanco Sindicato das Indústrias de Confecções de Roupas e Chapéus, Material de Segurança e Proteção do Estado do Amazonas Presidente: Engels Lomas de Medeiros

Coordenadorias Operacionais Coordenador-Geral: Nelson Azevedo dos Santos Subcoordenador: João Ronaldo de Melo Mota Diretor Executivo: Flávio José Andrade Dutra I - Coordenadoria de Comércio Exterior Coordenador: Roberto Rezende Campos II - Coordenadoria de Meio Ambiente e Recursos Naturais Coordenador: Josué Castro Campos III – Coordenadoria NipoAmazônica Coordenador: Iuquio Ashibe

X – Coordenadoria de Energia e Telecomunicações Coordenador: Ely Freitas Paixão e Silva

SESI

Serviço Social da Indústria Diretor Regional: Antonio Carlos da Silva Conselho Regional do SESI: Antonio Carlos da Silva Athaydes Mariano Félix Américo Augusto Souto Rodrigues Esteves Aldimar José Diger Paes Moyses Benarros Israel Sócrates Bomfim Neto Nelson Azevedo dos Santos Valdemir de Souza Santana Dermilson Carvalho das Chagas

IV – Coordenadoria de Assuntos Legais e Tributários Coordenador: Moisés Ferreira da Silva

SENAI

V – Coordenadoria de Políticas Econômicas e Desenvolvimento Industrial Coordenador: Armando Ennes do Valle Junior

Diretor Regional: Aldemurpe Oliveira de Barros

VI – Coordenadoria de Ciência, Tecnologia e Inovação Coordenador: Luiz Felipe Pereira da Cunha VII – Coordenadoria de Relações do Trabalho e Emprego Coordenador: Genoir Pierosan VIII- Coordenadoria de Sistema de Transporte e Logística Coordenador: Augusto César Barreto Rocha IX – Coordenadoria de Responsabilidade Social Coordenador: Carlos Alberto Marques de Azevedo

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

Conselho Regional do SENAI: Antonio Carlos da Silva Athaydes Mariano Félix Américo Augusto Souto Rodrigues Esteves Wilson Luiz Buzato Périco Aldimar José Diger Paes Sócrates Bomfim Neto Aldemurpe Oliveira Barros Francisco Edson Ferreira Rebouças João Martins Dias Francisco Edson Ferreira Passos Vicente de Lim Filizzola

IEL

Instituto Euvaldo Lodi Diretor Regional: Américo Augusto Souto Rodrigues Esteves Superintendente: Kátia Meirielle

5


Destaques

Representantes da Eco-Recicla posam com as máquinas de reciclar ‘pet’ aperfeiçoadas nos laboratórios do SENAI Amazonas

SENAI aperfeiçoa máquinas de reciclar ‘pet’ A reciclagem de garrafas pet em Manaus ganhou reforço dos laboratórios do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI Amazonas) e passa a gerar mais renda e emprego para catadores da cidade. Em 10 de janeiro, o diretor regional do SENAI/AM, Aldemurpe Barros, repassou à Rede de Catadores e Reciclagem Solidária, a Eco Recicla, sete unidades recicladoras de garrafas pet para confecção de vassouras. Antes operadas manualmente e por meio de mecanismo rudimentar, as máquinas passaram por adequação tecnológica na Escola SENAI Waldemiro Lustoza, no bairro Cachoeirinha, onde

ganharam novos sistemas mecânico e elétrico, o que tornou automático o processo de desfiar as garrafas pet: basta o operador apertar um botão para a máquina reciclar o material. Com a mudança, a Eco Recicla, que antes produzia 20 dúzias de vassouras por semana, a partir de agora passará a produzir 50 dúzias, um ganho de 150% na produtividade. O tempo para desfiar uma vassoura, que era de 5 minutos, caiu para 10 segundos. De acordo com Aldemurpe Barros, a reciclagem proporciona a geração de emprego, com pessoas trabalhando na coleta de material que seria jogado nos

lixões, além de contribuir para a preservação do meio ambiente. Segundo ele, a adequação tecnológica do equipamento faz parte da missão do SENAI e é uma atividade de responsabilidade social da Instituição. A adaptação das máquinas, segundo o supervisor geral de mecânica do SENAI, David Nogueira, foi realizada em cinco meses. Para o presidente da Eco Recicla, Paulo Ferreira, 54, a parceria com o SENAI é uma conquista importante para os catadores de material de reciclagem, porque vai aumentar a produção, gerando mais emprego e renda, além melhorar as condições de trabalho.

SENAI fecha parceria com portugueses da indústria têxtil O SENAI assinou em dezembro um acordo de cooperação com o Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal (Citeve). Um dos principais centros de serviços técnicos e tecnológicos da Europa, o Citeve oferece apoio técnico e científico para a reestruturação tecnológica da indústria têxtil e do vestuário portuguesa. Foi o idealizador do Centro de Nanotecnologia e Materiais Técnicos Funcionais

6

e Inteligentes, que teve a cooperação das principais universidades europeias. Com a assinatura do acordo, SENAI e Citeve promoverão ações conjuntas no campo de tecnologias têxteis, incluindo intercâmbio de técnicos e pesquisadores, desenvolvimento de metodologias e tecnologias em formação profissional, projetos de pesquisa, inovação e transferência tecnológica; participação em editais internacionais

de financiamento de projetos de pesquisa. O Citeve é uma instituição sem fins lucrativos, formada por cerca de 600 associados, entre empresas e representações industriais do setor têxtil e do vestuário. Sua missão é apoiar o desenvolvimento técnico e tecnológico das indústrias do setor com o fomento e da difusão da inovação. As informações são da CNI.


Azevedo assume vicepresidência do Corecon O vice-presidente da FIEAM, economista Nelson Azevedo dos Santos integra a nova diretoria do Conselho Regional de Economia (Corecon-AM) para o biênio 20132014, no cargo de vice-presidente, ao lado do colega Marcos Anselmo da Cunha Evangelista, eleito presidente. Azevedo, que é presidente do Sindicato das Indústrias de Relojoaria e Ourivesaria de Manaus, integra o 2º Terço dos conselheiros do Corecon-AM para o período de 2012-2014. O principal evento a cargo da nova diretoria é a organização do Congresso Brasileiro de Economia, que já se consagrou como o mais importante encontro no segmento econômico do país. Realizado nos anos ímpares, desde 1975, o Congresso será realizado em Manaus, no mês de setembro, no Tropical Hotel. O último Congresso foi realizado em 2011 em Bonito, no Mato Grosso do Sul. Nelson Azevedo está no terceiro mandato consecutivo como vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas. Em 2011, o empresário foi eleito, pela entidade como Industrial do Ano.

O empresário Nelson Azevedo, que é vice-presidente da FIEAM, assume cargo na diretoria do Corecon

Agenda em defesa das micro empresas Organizações que atuam na defesa dos interesses das micro e pequenas empresas pretendem se mobilizar para criar uma Agenda Nacional de Desenvolvimento e Competitividade das Micro e Pequenas Empresas. A primeira reunião de sensibilização, com a participação de agentes dos governos federal, estadual e municipal, e sociedade civil prevista para acontecer em 29 de janeiro, na sede do Sebrae. A agenda está sendo coordenada pelo Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio

Exterior (MDIC). As atividades do MDIC envolvem etapas posteriores, como a realização de oficinas regionais. O objetivo é que essas reuniões fomentem a troca e a coleta de informações relevantes ao desenvolvimento e à competitividade da atividade. É esperado que Agenda Nacional gere, entre os resultados, o aumento da base exportadora das micro e pequenas empresas.

FIEAM capacita em comércio exterior A Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), por meio do Centro Internacional de Negócios (CIN AM), começa em 21 de fevereiro, de 8 às 17 horas, programação de capacitação empresarial em mercado exterior. O primeiro curso oferecido aos profissionais de relações internacionais, comércio exterior e estudantes de áreas correlacionadas será de “Como estruturar um departamento de comércio exterior”. A capacitação possui carga horária de 8 horas com conteúdo programático que contempla análise do perfil da empresa, estrutura básica do departamento, fluxo e controle dos processos, escolhas de terceiros e do responsável pelo departamento, e estruturação de estratégia do departamento. O conteúdo será ministrado pelo instrutor Luiz Roberto de Oliveira, administrador de empresas com habilitação em comércio exterior e especialista em relações e negócios internacionais, graduação e pós-graduação realizadas na Unisinos, entre outros conhecimentos adquiridos ao longo de 13 anos de experiência na área. O curso será realizado no Hotel Go Inn, localizado na Rua Monsenhor Coutinho, 560, Centro. O investimento na capacitação é de R$ 280,00 para profissionais e R$ 250,00 para estudantes. As vagas são limitadas e as inscrições devem ser realizadas pelos e-mails dinny. lopes@fieam.org.br ou andrezza. lima@fieam.org.br. Mais informações pelos telefones 3186-6511, 3631-0899 ou 3631-0907.

As informações são da Suframa.

7


Retrospectiva2012/FIEAM Presidente do Sistema FIEAM faz uma avaliação do desempenho da indústria amazonense em 2012 e diz que a queda no faturamento, em US$, do PIM, em relação a 2011, já estava prevista

O

presidente do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Amazonas, Antonio Silva, acredita na recuperação da economia brasileira em 2013, como resposta aos estímulos do governo federal que proporcionarão um crescimento maior do PIB e maior dinamismo da atividade industrial. O empresário disse que a previsão de queda no faturamento do Polo Industrial de Manaus, de 9%, em relação a 2011, já era esperada, principalmente devido à valorização do dólar frente ao real em mais de 14% ao longo de 2012. Na avaliação de Antonio Silva, o faturamento do PIM em 2012 deve ficar ligeiramente superior a US$ 37 bilhões, o que representará uma queda da ordem de 9% em relação aos US$ 41 bilhões do ano passado. Em real, o total faturado deve bater a casa de R$ 75 bilhões, com crescimento positivo em torno de 6%. Em relação ao nível de emprego, o PIM ficou praticamente estável em relação a 2011, com cerca de 120 mil trabalhadores. Segundo Silva, que também é vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o governo brasileiro tomou relevantes medidas para aumentar a competitividade da indústria brasileira, como a desoneração da folha de pagamento em diversos setores, baixa dos juros, taxa de câmbio mais competitiva, entre outros.

Cenário 2013: Recup

8


peração

FATURAMENTO PIM/ACUMULADO/PRIMEIROS 11 MESES EM BILHÕES DE REAIS/DÓLARES

80

68

63,8

60 38,4 40

34,9

20 0

JAN a NOV/11 R$ US$

Porém, em âmbito nacional, os efeitos não foram suficientes e o resultando foi um desempenho abaixo do esperado. No Amazonas, o mês de novembro de 2012 foi o de melhor faturamento nesse mês em toda a história da Zona Franca de Manaus: R$7,5 bilhões, resultado que foi 5,6% superior ao de novembro de 2011 (R$7,1 bilhões), terceiro melhor resultado mensal do Polo. O segundo melhor resultado mensal do PIM foi o do mês de agosto, quando o faturamento chegou a R$7,3 bilhões. O destaque do ano, de acordo com os indicadores da Suframa, foi o setor de Bens de Informática que faturou até novembro R$8 bilhões contra R$6,3 bilhões no mesmo período de 2011. O crescimento do setor supera os 27%. Com exceção dos subsetores de duas rodas e metalúrgico, todos os outros maiores subsetores do PIM tiveram crescimento expressivo em 2012 no apurado em real. O setor eletroeletrônico, responsável por mais de 35% do faturamento de todo o Polo Industrial de Manaus, faturou R$ 24 bilhões até novembro, resultado que é 9,6% superior ao do mesmo período de 2011. Outro subsetor que apresentou crescimento foi o das indús-

JAN a NOV/12 Fonte: SUFRAMA

trias químicas, com R$ 8,8 bilhões até novembro, 18% acima do resultado de 2011 no período. Dos subsetores que tiveram queda no faturamento até novembro, o metalúrgico foi o que teve a maior retração: caiu de R$ 4,5 bilhões em 2011 para R$ 3,1 bilhões, uma variação negativa de 29,9%. Já o setor de duas rodas amargou uma queda de 6% no seu faturamento na comparação entre os 11 meses de 2011 e 2012. O valor faturado caiu de R$ 13,4 bilhões para R$ 12,6 bilhões. De acordo com os indicadores da Suframa, outros subsetores foram destaque em novembro: bebidas (R$ 64,5 milhões), termoplástico (R$ 309,6 milhões), relojoeiro (R$ 158,2 milhões) e mecânico (R$ 513,4 milhões). Em relação a mão de obra, os indicadores registraram 123.323 trabalhadores no PIM em novembro, o segundo melhor mês do ano e o segundo melhor novembro do PIM, só perdendo para 2011, segundo a Suframa. O setor que mais emprega é o eletroeletrônico, com 51.691 trabalhadores, seguido do de duas rodas, com 20.279. Continua nas páginas 10 a 16.

9


Retrospectiva2012/FIEAM DESTAQUES 2012 A FIEAM promoveu 132 eventos ao longo de 2012, por meio do Departamento de Assistência à Média e Pequena Indústria (DAMPI), totalizando 4.262 participantes. • Um dos destaques na programação do DAMPI foram os sete cursos do Programa de Desenvolvimento Associativo (PDA), nas áreas de comunicação digital, questões trabalhistas, comunicação e oratória, energia elétrica e arrecadação, entre outros. • O tradicional Prêmio Qualidade Amazonas (PQA) teve, em 2012, 50 organizações inscritas, das quais 21 foram finalistas e 16 foram aclamadas como vencedoras em 19 de outubro, no Diamond Convention Center, durante a cerimônia do Qualishow. • O Centro Internacional de Negócios (CIN) emitiu, em 2012, 5.026 certificados de origem de mercadorias, gerando um montante de exportações no valor FOB de U$800.008.559,00 (Oitocentos milhões, oito mil quinhentos e cinquenta e nove dólares). • O CIN levou empresários locais para missão prospectiva à Feira Expocomer 2012 , em março, no Paraná, e recepcionou comitivas internacionais, com foco em novos negócios na Zona Franca, da Turquia, Israel, Argentina e Equador. • O CIN capacitou ao longo do ano 523 pessoas para exportação, linha de financiamento no BNDES, logística internacional e desembaraço aduaneiro

10


Retrospectiva2012/SENAI

SENAI atende mais de 5,8 mil pelo Pronatec

E

ntre as conquistas do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI Amazonas), em 2012, o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), parceria com governo federal, atingiu a marca de 5.856 alunos nos 40 cursos gratuitos oferecidos pela instituição. O Pronatec atende a demanda por qualificação profissional de jovens e adultos das escolas públicas estaduais, beneficiários do Bolsa Família e do Seguro Desemprego, e Forças

Armadas. O diretor do SENAI Amazonas, Aldemurpe Barros, diz que o Pronatec deve ser intensificado em 2013 com a meta de dobrar o número de matrículas efetivadas em 2012. O SENAI realizou 36.753 matrículas em 2012, o que demonstra a credibilidade da instituição em qualificar mão de obra e implantar soluções tecnológicas para a indústria amazonense. “Devemos ultrapassar 200% da receita de serviço em comparação a 2011, lembrando que

parte desta superação deve-se ao retorno financeiro do governo federal no fomento dos cursos do Pronatec”, avalia Aldemurpe. O resultado de 2012 no número de matrículas do SENAI superou em cerca de 25% o número de matrículas efetivadas em 2011, que chegou ao número de 28.531. Das matrículas efetivadas, 7.480 foram disponibilizadas de forma gratuita para industriários e comunidade em geral, 6.856 foram de bolsas de estudos e 3.224 provenientes de convênios.

Medalhas O SENAI Amazonas foi representado na 7ª edição da Olimpíada do Conhecimento, realizada em novembro, em São Paulo, por um grupo de 20 alunos. Os competidores Elton Freitas e Paulo Santiago conquistaram a medalha de prata na ocupação mecatrônica industrial. O aluno Salomão Margarido conquistou medalha de bronze na competição internacional, WorldSkills America, que foi realizada paralelamente, na ocupação Sistema de Construção Drywall. Margarido é aluno do programa do EBEP (ensino articulado do SESI e SENAI). Alunos do Pronatec em aula prática no laboratório do SENAI Amazonas: em 2012, o programa realizado em parceria com o governo federal representou uma das grandes conquistas da instituição

11


Retrospectiva2012/SENAI

ENERGIA RENOVÁVEL

O barco-escola Samaúma II está em fase de acabamento para entrar em atividade em 2013

Quase pronto para zarpar

E

m 5 de agosto, o barco-escola Samaúma II foi lançado finalmente às águas do rio Amazonas, depois de 16 meses no Estaleiro Alumínio Aplicado, no Distrito Industrial, zona Sul de Manaus. Começou aí a última etapa da construção, de acabamento, da segunda unidade móvel fluvial do SENAI Amazonas, que terá, a partir do segundo semestre de 2013, a missão de reforçar as ações do pioneiro Samaúma de levar qualificação profissional a populações ribeirinhas da Amazônia. A construção do Samaúma II foi financiada pelo Departamento Nacional do SENAI, ao custo de aproximadamente R$ 9 milhões. “Estimamos promover a certificação de 14 mil alunos nos próximos cinco anos, oportunizando o acesso à educação profissional para a população distante dos centros econômicos das capitais da Região Norte. A iniciativa visa sustentabilidade dos cidadãos que moram nos municípios atendidos pelo barco-escola, formando profissionais de acordo com o potencial econômico das cidades aportadas”, explica o diretor do SENAI/AM,

12

Aldemurpe Barros. Para o presidente da FIEAM, Antonio Silva, a grande diferença em relação ao primeiro Samaúma é que a nova unidade fluvial será uma referência em sustentabilidade ecológica. “Além da educação profissional, temos o compromisso de disseminar a consciência de preservação e responsabilidade ambiental à população que vive à margem dos rios da nossa região”, disse Silva, ressaltado que as atividades desenvolvidas dentro do barco servirão de exemplo para os alunos quanto à redução de resíduos, economia de energia, recursos naturais e cuidados com a natureza. O Samaúma, que completa 34 anos em fevereiro, atendeu nesse período, 44.601 alunos, sendo destes 1.967 capacitados só em 2012 nos municípios de Barcelos, Manaquiri, Maués, Novo Airão, São Gabriel da Cachoeira, São Sebastião do Atumã, nos 16 cursos de qualificação nas áreas de informática, eletricidade, mecânica, construção civil, marcenaria, alimentos, confecção do vestuário e empreendedorismo, entre outros.

O Samaúma II terá energia renovável a partir do uso de placas fotovoltaicas, suficientes para gerar mais de 14 mil watts e acionar o sistema de iluminação das salas de aula, laboratórios, camarotes e áreas de lazer da embarcação. O barco pesa 250 toneladas, mede 42,5 metros de comprimento e tem 1,4 metro de calado. Possui 4 salas de aula e 7 laboratórios/oficinas, o que o capacita a oferecer 34 cursos e atender a 3 mil alunos em cada viagem.

BARCO VERDE Desde o início, o Samaúma II foi projetado para ser um modelo de “barco ecológico”. Além da energia solar, terá uma estação de tratamento de efluentes onde serão tratados líquidos das três redes geradas no barco.

PRÊMIO PARA PIONEIRO Em novembro, o Samaúma conquistou o segundo lugar no Prêmio Professor Samuel Benchimol/Banco da Amazônia de Empreendedorismo Consciente, outorgado pelo Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior (MDIC).


Retrospectiva2012/SESI

Alunos da Educação Infantil, do SESI Amazonas, uma das modalidades oferecidas pelo Sistema SESI de Educação, hoje certificado na ISO 9001/2008

Qualidade comprovada e certificada

A

Educação de Jovens e Adultos (EJA), oferecida pelo SESI, beneficiou cerca de 5 mil alunos, no ensino fundamental e médio, no ano passado. Mas, a notícia que mais chamou atenção, em 2012, na área da Educação, do Serviço Social da Indústria (SESI Amazonas), foi a Certificação na ISO 9001/2008. “A Certificação da Educação demonstra o grande potencial que tem o Sistema de Educação do SESI e sua relevância na sociedade manauara, pois poucas Instituições de Ensino possuem esta distinção. Isto é um reconhecimento ao ensino de qualidade prestado ao longo dos anos, o empenho, a dedicação de todos os profissionais envolvidos direta e indiretamente para a concretização desta tão almejada conquista que merece ser destacada, pois foi visível tal engajamento”, disse a gerente geral de Educação do SESI/AM, Rita Machado. A auditoria para certificação da Educação do SESI foi realizada pela TÜV Rheinland, que avaliou todo o Sistema SESI de

Educação, dividido em Educação Básica (Infantil, Fundamental e Médio), Educação de Jovens e Adultos (EJA) e Educação Continuada. No total, o SESI matriculou 17.162 alunos nas três modalidades. Foram 5.935 matrículas apenas nas cinco unidades de Manaus e do interior dedicadas à Educação Infantil e ao Ensino Fundamental. Na Educação de Jovens e Adultos, o SESI matriculou 3.088 alunos no ensino fundamental e 1.093 no ensino médio. Pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), foram 799 matrículas. Um dos fatores que contribuiu para o sucesso da modalidade foi a ampliação do atendimento para a área da construção civil, por meio da qual 246 trabalhadores chegaram ao fim do ano em processo de elevação da escolaridade. Oferecida em salas convencionais, na unidade do SESI do bairro Alvorada, na zona Centro-Oeste, a modalidade agora chega ao trabalhador por meio de unidade móvel, na própria empresa. Na Cristal

Engenharia e Beconal Construção Naval, essa unidade atende atualmente a 48 trabalhadores. A novidade para 2013, na área de Educação do SESI Amazonas, será a oferta do Ensino Médio na Unidade “Dra. Emina Barbosa Mustafa”, localizada no bairro São José I, e do fundamental completo na Unidade Vicente de Mendonça Lima – Escola Abrahão Sabbá, no município de Itacoatiara, que atendia até o 5º ano e passará a atender até o 9º. A Unidade David Nóvoa, em Iranduba, voltada à educação infantil, abrirá, em 2013, turmas de 1º e 2º anos do Fundamental I.

Errata: Na edição de nº 66, o número informado de alunos formados na EJA, em 2012, representa, na verdade, o número de matriculados nessa modalidade oferecida pelo SESI Amazonas ao longo desse ano.

13


Retrospectiva2012/SESI

Homem Saudável agora

O

SESI Amazonas consolidou em 2012 o Programa SESI Homem Saudável, com atendimento no próprio local de trabalho, de trabalhadores de três empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM). A iniciativa, junto com ações em programas de outras áreas, como a Educação de Jovens e Adultos (EJA), representou um avanço na atuação do SESI como referência na promoção da melhoria da qualidade de vida do trabalhador da indústria e de seus dependentes. Com programas estratégicos, como Saúde da Mulher, Saúde Ocupacional e de Prevenção de Riscos Ambientais, a área de Saúde Ocupacional do SESI Amazonas registrou, em 2012, mais de 105

mil atendimentos individuais e atendeu diretamente a 3.216 empresas. Na Saúde Assistencial, com 12 especialidades médicas e 13 odontológicas, além do apoio ao diagnóstico, o número de atendimentos no ano chegou a 478.228. De acordo com a gerente de Saúde, Conceição Costa, desde 2011, o SESI vem trabalhando ações para aprimorar os programas de Saúde Ocupacional que a instituição realiza dentro das empresas. “Depois da Saúde da Mulher, cuja unidade móvel está equipada até para coleta citológica, estamos abrindo a possibilidade de fazer exames de imagem para homens e mulheres com a chegada à empresa do Programa Homem Saudável”, diz Conceição.

Em 2012, segundo a gerente, a receita do SESI na área de Saúde Ocupacional teve um incremento, por parte das empresas, de quase 10%, resultado que Conceição considera razoável, levando em conta que ficou acima da inflação e dos custos financeiros do período, além de que, diz ela, os preços dos serviços também não subiram porque as áreas de medicina e segurança do trabalho são programas de fomento junto com o Departamento Nacional do SESI. Pelo menos 170 empresas do PIM recebem atendimento na Saúde Ocupacional por meio dos programas PCMSO (Controle Médico de Saúde Ocupacional) e PPRA (Prevenção de Riscos Ambientais). Segundo Conceição Costa, os investimentos do SESI na medicina as-

Depois da Saúde da Mulher, estamos abrindo a possibilidade de fazer exames de imagem para homens e mulheres com a chegada à empresa do Programa Homem Saudável CONCEIÇÃO COSTA

14

Luiz Alberto do Nascimento Moreira é atendido no SESISAÚDE


a nas empresas sistencial, entre 2011 e 2012, foram fundamentais para que o atendimento no laboratório da instituição saltasse de 9 mil para 14 mil ao mês. Em 2012, o maior desafio, na área de Saúde, foi a busca da certificação ISO, que deve sair logo no início de 2013. “Eu preciso garantir ao meu cliente institucional, que é a indústria, e ao trabalhador dessa indústria, que o nosso serviço está respaldado por uma instituição internacional que faz a certificação da qualidade”, diz Conceição. “Hoje, estamos num momento de ruptura, de deixar o ranço do passado de lado, de ser, em muitas situações, comparado a instituições públicas para se tornar uma empresa competitiva e que o nosso cliente perceba isso”, diz a gerente.

Em 2012, a área de Cultura, Esporte e Lazer do SESI Amazonas, atendeu mais de 85 mil pessoas, entre trabalhadores da indústria, seus dependentes e público em geral, nos eventos sociais, esportivos e culturais que promoveu no Clube do Trabalhador do Amazonas. Também foram realizadas 7.286 matrículas nos cursos de formação esportiva e cultural, incluindo o Programa SESI Atleta do Futuro. Conceição Costa diz que os investimentos na medicina assistencial foram fundamentais

ViraVida chega ao Amazonas Com a presença do presidente do Conselho Nacional do SESI, Jair Meneguelli, o SESI Amazonas lançou, em julho de 2012, o Projeto ViraVida no Estado. O projeto, uma iniciativa do Conselho, tem o objetivo de oferecer oportunidades, por meio da capacitação profissional, a jovens e adolescentes em situação de exploração sexual. A meta é atender, já a partir de janeiro de 2013, 100 jovens e adolescentes. “Um dos aspectos de destaque do ViraVida é o desafio de assegurar a inserção dos alunos concluintes no mercado de trabalho. Durante o processo de formação e qualificação profissional, que dura em média um ano, os alunos vão receber uma bolsa no valor de R$ 500,00, dos quais 20% (R$ 100,00) ficam retidos em uma poupança resgatável no final do processo de formação”, disse a gerente de RSE do SESI, Simônica Sidrim. Para Meneguelli, a Copa do Mundo de 2014 é motivo de preocupação. “A África do Sul, que nem tem o apelo do Brasil, teve um aumento de 40% nos casos de prostituição durante o evento”, disse o dirigente, que é mentor do projeto.

PÚBLICO RECORDE NA CULTURA

GINÁSTICA NA EMPRESA De acordo com a gerente Nelsi Luniére, o Programa SESI Ginástica na Empresa merece um destaque especial por ter faturado, em 2012, pelo sétimo ano consecutivo, o prêmio Top Seven Marca Brasil na categoria Melhor Marca de Ginástica Laboral. A SGE foi a marca mais lembrada por gestores de recursos humanos de 48 mil empresas consultadas em todo o País.

MAIS DE 6 MIL TRABALHADORESATLETAS Outro destaque de 2012 foi a realização, entre os meses de abril e setembro, da 12ª edição dos Jogos Estaduais do SESI. O evento contou com a participação de cerca de 6 mil trabalhadoresatletas de 132 empresas industriais amazonenses. O presidente do CNS, Jair Meneguelli, no lançamento do ViraVida em Manaus, em julho

15


Retrospectiva2012/IEL

A superintendente do IEL/AM, Kátia Meirielle (centro); o empresário André Tapajós (esquerda) e a executiva Ângela Hirata, da Alpargatas

IEL retoma parceria com a academia

O

Instituto Euvaldo Lodi (IEL/ Amazonas) pretende retomar, a partir de 2013, as parcerias com as instituições de ensino, agora reformuladas, para criar um canal de comunicação através das mídias sociais. O IEL/AM tem entre seus parceiros instituições, como Universidade Federal do Amazonas, Universidade do Estado do Amazonas, Uninilton Lins e Uninorte, entre outras. De acordo com a superintendente do IEL/ AM, Kátia Meirielle, a instituição fechou 2012 com mais de 2 mil matrículas nos cursos do Programa de Educação à Distância, e encaminhou para o mercado de trabalho, 7.466 candidatos a uma vaga de estágio, dos quais 6.098 foram efetivados. Nesse ano, o Centro de Desenvolvimento e Capacitação Empresarial (CDCE), do IEL, capacitou 249 turmas, somando 5.073 finalistas nas áreas de Capacitação

16

Empresarial, Administrativa e Tecnológica. O programa Conselheiro Master da instituição atingiu 3 mil capacitados para a indústria, serviços e comércio, através de aconselhamentos, palestras e ações associativas. A Rede de Tecnologia do Amazonas (Retec) atendeu em pesquisa empresarial 105 empresas, tendo como demanda a indústria e comércio. As pesquisas realizadas foram voltadas para as áreas de marketing, marcas e patentes, linhas de financiamento, elaboração de planos estratégicos, aquisição de maquinários e equipamentos. Um dos eventos de maior impacto promovidos pelo IEL/AM, em 2012, foi o Circuito Empresarial, com a participação da administradora Ângela Hirata, executiva das Alpargatas/Havaianas, e do empresário André Tapajós, da TAP4 Mobile. O evento, realizado em agosto, contou com a participação de 280 pessoas.

SENSIBILIZAÇÃO

O Programa de Sensibilização para Gestão Empresarial totalizou 1.015 atendimentos nos segmentos indústria, comércio, serviços e pessoas físicas, por meio de ciclos de palestras para gestores, supervisores e coordenadores d as áreas.

FORMAÇÃO

O IEL/AM conta com duas escolas, uma de negócios e outra de aperfeiçoamento, e oferece cursos nas áreas de Gestão Administrativa e Gestão Tecnológica.

BITEC

O Programa de Apoio e Iniciação Científica e Tecnológica para Micro e Pequenas Empresas (Bitec) teve 782 inscrições em 2012, sendo dessas 180 bolsas.


Perspectiva2013

Amazonas, um lugar para investimento Ao falar das perspectivas do Estado para 2013, o vicegovernador José Melo disse que os resultados de 2012 demonstram a maturidade do Polo Industrial de Manaus (PIM)

O

O vice-governador José Melo discursa durante evento com empresários da indústria

vice-governador José Melo disse, em entrevista à FIEAM Notícias, que o Estado do Amazonas vem mostrando maturidade na condução da sua economia. “Mesmo com a Europa tendo um crescimento negativo, a China e o Japão reduzindo suas taxas de crescimento, e até o próprio Estados Unidos em crise, o Amazonas conseguiu passar um pouquinho ao largo de todas essas turbulências, embora com uma certa dificuldade”, disse. Para Melo, o Brasil fatalmente confirmaria as expectativas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 1,6% em 2012, sendo que a do Amazonas ficaria nos 9% (leia matéria na página 18). “Essa estimativa demonstra a maturidade do Polo Industrial de Manaus (PIM) e do conjunto da economia. Tudo isso nos leva a ser muito otimistas, apesar do que acontece mundo a fora. Todos esses países estão dando sinais de reaquecimento, e se realmente eles fizeram seu dever de casa durante a crise, essa recuperação será bem mais rápida”. Para justificar o otimismo para o ano de 2013, o vice-governador relembrou os investimentos aprovados pelo Conselho de Desenvolvimento do Estado do Amazonas (Codam). Em 2011, o investimento foi em torno de R$ 5 bilhões; em

17


2012 passou para R$11 bilhões aprovados, que irão refletir na economia dos próximos anos, principalmente em 2013. José Melo falou ainda sobre a prorrogação do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). “Depois de mais de 40 anos, a mais alta corte brasileira (STF), faz a verdadeira interpretação da lei de que só o Amazonas pode legislar ICMS no que diz respeito a isenções. Isso é um indicador muito forte para reafirmamos que aqui é um lugar para se investir”, disse. O vice-governador destacou ainda o Polo Naval, que promete ser a grande aposta para 2013. Para ele, esse é um polo que está nascendo e que vai dar uma aquecida muito grande na economia amazonense.

Investimentos do Governo De acordo com o vice-governador, estão previstos para 2013 grandes investimentos por parte do governo que irão gerar emprego e renda, além de movimentar e retroalimentar a economia do Estado. José Melo apontou o investimento de R$ 517 milhões do Programa de Apoio ao Investimento dos Estados e do Distrito Federal (Proinveste), acordo que já foi assinado entre o Banco do Brasil e o Governo do Estado, no dia 21 de dezembro, além da terceira etapa do Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus (Prosamim), na Bacia do São Raimundo, no valor de R$ 200 milhões, além de outros R$ 200 milhões para a duplicação da AM-070, que liga Manaus a Manacapuru. Melo citou ainda outros números do Orçamento para 2013, como os R$ 300 milhões para a construção da Cidade Universitária, e os R$ 117 milhões destinados ao anel viário, que fará interligação do Aeroporto Eduardo Gomes com o Distrito Industrial, facilitando o fluxo de carretas.“Totalizando, são mais de R$1,6 bilhão a ser injetado na economia do Amazonas”, disse.

18

Depois de mais de 40 anos, a mais alta corte brasileira, o STF, faz a verdadeira interpretação da lei de que só o Amazonas pode legislar sobre isenções do ICMS JOSÉ MELO

AM é a 14ª economia do Brasil O Produto Interno Bruto (PIB) do Amazonas cresceu 10% no ano de 2010 e alcançou o valor de R$ 59,78 bilhões, de acordo com estudos IBGE-Seplan. Com esse resultado, impulsionado pelo crescimento da indústria de transformação e setor agrícola, o Estado saiu da 15ª para a 14ª economia do país. Nos últimos oito anos, o Amazonas foi o sétimo Estado que mais acumulou volume de crescimento na economia brasileira, com uma média de crescimento de 5,5% ao ano, acima da média do Brasil que é de 4,0% ao ano, no período de 2002 a 2010. A indústria de transformação cresceu em 2010 16,3%, o avanço de dois dígitos foi resultado do perfil generalizado de crescimento dos setores, que atingiu dez dos onze segmentos, com destaque para as contribuições positivas vindas de material eletrônico e equipamentos de comunicações (18,4%), alimentos e bebidas (16,4%) e outros equipamentos de transporte (18,9%). Esses ramos foram influenciados, respectivamente, pelos seguintes itens: televisores e telefones celulares; preparações em pó e em

xarope para elaboração de bebidas; e motocicletas. Em sentido oposto, o setor de edição e impressão recuou 7,5%, sendo o único com resultado negativo. O setor agropecuário do Estado ampliou sua participação no PIB, agora com 6%, e teve como destaque na lavoura temporária a batata doce com crescimento de 1.300% na produção. O emprego formal do Amazonas em 2010 fechou o ano com variação positiva de 8,86%, representando um saldo positivo de 31.944 empregados no período. O total de empregos gerados em 2010 foi de 229.979. De acordo com os estudos IBGESeplan, a economia do Amazonas continua ancorada basicamente em cinco municípios, Manaus, Coari, Itacoatiara, Manacapuru e Parintins. Além de Manaus, com as atividades do Polo Industrial de Manaus, destaca-se a indústria de transporte aquaviário com o transporte e embarque de soja vinda de Matro Grosso pela hidrovia do rio Madeira, em Itacoatiara. Com informações da assessoria da Seplan/AM.


Perspectiva2013

Investimento em 2013 soma mais de R$ 23 mi Sistema FIEAM anuncia investimento em obras de construção, reforma, e melhoria de infraestrutura em suas quatro casas FIEAM, SESI, SENAI e IEL - ao longo deste ano

P

elo menos R$ 23 milhões, esse é o montante de recursos no orçamento do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Sistema FIEAM) para investimento em suas quatro casas - FIEAM, SESI, SENAI e IEL em 2013. O maior volume de recursos, R$ 17,3 milhões, será destinado para obras, melhoria de infraestrutura, aquisição de mobiliário, equipamentos, maquinário, consultoria e treinamento de pessoal, na capital e no interior, do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI). Ao anunciar as perspectivas do Sistema FIEAM para este ano, o presidente Antonio Silva, adiantou a execução de obras fundamentais tanto no âmbito do SESI quanto do SENAI, como a unidade integrada de educação básica e profissional no município de Parintins, a 357 quilômetros de Manaus, e uma nova unidade do SENAI, a Escola Polivalente

de Manaus, voltada para a população da zona Leste, além do início da implantação do Instituto SENAI de Inovação, o ISI, que vem como a grande aposta da instituição em estudo, pesquisa e capacitação no segmento de eletrônica e microeletrônica. Segundo Silva, as obras serão viabilizadas por meio de recursos dos Departamentos Nacionais e Regionais do SESI e SENAI, e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), este responsável pelo aporte de mais de R$ 30 milhões para implantação do ISI. “Esse Instituto será construído próximo ao Distrito Industrial com a missão de

apoiar a competitividade da indústria amazonense”, disse o presidente do Sistema FIEAM. No plano político, Antonio Silva adiantou que um dos projetos da FIEAM para 2013 é a implantação de uma assessoria parlamentar para atuação permanente junto à Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas e da Câmara Municipal de Manaus, já que a missão da FIEAM é defender os interesses da indústria, ou seja, é preciso estreitar cada vez mais a articulação com o governo. A FIEAM já mantém assessoria semelhante com atuação em Brasília. Continua nas páginas 20 a 23.

19


Perspectiva2013

SENAI investirá R$ 17 m O SENAI Amazonas prospectou mais de R$ 17 milhões em obras, melhorias da infraestrutura, aquisições de mobiliários, equipamentos, maquinários, consultorias e treinamentos de equipe especializada. O montante do recurso financeiro será viabilizado pelo Departamento Regional e Nacional do SENAI, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e parceiros da instituição. Os investimentos irão contemplar obras na capital e interior do Estado, como a finalização do barco-escola Samaúma II e a construção da unidade integrada de educação SESI/SENAI em Parintins, da Unidade de Caldeiraria e Soldagem, Unidade da Zona Leste e reformas das Escolas SENAI Antônio Simões, Waldemiro Lustoza, Demóstenes Travessa, de Ações Móveis e Comunitárias, e das agências de

20

Um dos destaques na programação do SENAI para 2013, é o início das obras da unidade integrada de educação, em parceria com o SESI, no município de Parintins treinamento dos municípios de Itacoatiara e Iranduba. Para o presidente do Sistema FIEAM, Antonio Silva, a proposta orçamentária contempla projetos estratégicos que devem contribuir com a sustentabilidade das instituições bem como com a disseminação do conhecimento profissionalizante

no Amazonas e nos Estados vizinhos. Antonio Silva explica que a previsão de gastos do SENAI para 2013 é um dos maiores já orçados pela instituição e ainda será negociado ao longo do ano com o Departamento Nacional, BNDES e outros parceiros. De acordo com o diretor regional do SENAI Amazonas, Aldemurpe Barros, o recurso financeiro vai garantir educação de qualidade e formação profissional de excelência aos alunos da instituição. Em 2012, as quatro escolas da capital e as quatro agências de treinamentos de Itacoatiara, Iranduba, Coari e Parintins tiveram acréscimos no número de matrículas, resultado da conscientização da população em buscar conhecimento profissionalizante e também pelo incentivo do governo federal com a criação do


PROJETOS/SENAI • Samaúma II A unidade móvel fluvial do SENAI/AM, Samaúma II, que começou a ser construída em 2011, deve ser concluída neste ano. O projeto foi orçado em aproximadamente R$ 9 milhões, dos quais 80% foram aplicados nas fases de estruturação, acabamento e aquisições de mobiliários, equipamentos e kits didáticos. O investimento para a finalização e entrega do Samaúma II será de pouco mais de R$ 3 milhões. A previsão é que a unidade realize seu primeiro percurso no segundo semestre deste ano, contribuindo com a ação itinerante do Samaúma original que, em 34 anos de atividade já qualificou mais de 44 mil alunos. Em 2014, o SENAI planeja atender com o Samaúma e Samaúma II mais de 4 mil moradores de cidades ribeirinhas da Região Norte, contemplando 10 municípios às margens dos rios da Amazônia.

milhões Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), do qual o SENAI Amazonas é um dos parceiros. Com o Pronatec, a instituição ampliou o portfólio de modalidades em qualificação profissional gratuita, beneficiando a faixa mais carente da população. Ao todo foram qualificados 5.856 alunos. “Passamos de 28.531 matrículas em 2011 para 36.753 atendimentos em 2012, o que representa crescimento de 22% na disseminação do ensino profissionalizante do SENAI no Amazonas. Para 2013 a meta é promover a capacitação para mais de 40 mil jovens e adultos. Este desafio só poderá ser alcançado com os investimentos na ampliação de nossa estrutura física, com a construção de novos ambientes direcionados ao aprendizado industrial”, diz Aldemurpe Barros.

• Escola Polivalente Zona Leste Unidade projetada para atender uma população de 700 mil habitantes que vive na Zona Leste de Manaus, a Ecola Polivalente SENAI Zona Leste será construída numa área dentro do bosque do Clube do Trabalhador do Amazonas, localizado no bairro São José 1. “Devemos expandir geograficamente nossas ações para descentralizar a nossa atuação na capital que hoje se concentra no Distrito Industrial e adjacências. Ao implantar uma unidade na Zona Leste, o acesso ao conhecimento profissional se tornará mais viável aos moradores desta zona de crescimento em Manaus”, explica o diretor do SENAI Amazonas. Segundo Aldemurpe Barros, a proposta inicial é qualificar aproximadamente 2.500 alunos por ano nos segmentos da construção civil, metalmecânica, eletroeletrônica e alimentos. A construção da escola está prevista para iniciar ainda este ano com investimento orçado previamente entre R$ 4 milhões e R$ 5 milhões, recurso que será viabilizado pelo BNDES.

tins

• Centro Integrado de Parin-

O primeiro centro integrado de educação básica e profissionalizante SESI e SENAI no interior do Amazonas será construído em Parintins, município a 369 quilômetros de Manaus. O SENAI ministra cursos na cidade há 17 anos em um estabelecimento alugado, com ambiente restrito. O complexo de ensino do Sistema FIEAM em Parintins terá capacidade para atender mais de 2 mil alunos por ano em cursos básicos e profissionalizantes. A obra das duas escolas, quadra poliesportiva e áreas de convivência está orçada em R$ 7 milhões, dos quais R$ 3.413 milhões são da contrapartida financeira do SENAI, sendo que tal verba será viabilizada pelo BNDES. O centro será construído num terreno de mais de 15 mil metros quadrados, sendo destinado para a unidade do SESI 3.090,80m² e para o SENAI, 1.639,01 m².

• Unidade de Caldeiraria e Soldas A Escola SENAI Waldemiro Lustoza, unidade localizada no bairro Cachoeirinha, zona Sul de Manaus e que qualifica mão de obra para indústria metalmecânica, passará por mudanças e adequações de seus espaços de aprendizagem industrial. O ambiente de capacitação profissional no segmento de soldagem será transferido para a unidade em construção no anexo à sede do SENAI, local que acomodará também o segmento de caldeiraria. A obra do prédio foi orçada em R$ 2.452 milhões e deve ser concluída no segundo semestre deste ano. O espaço deixado na Escola Waldemiro Lustoza sofrerá adequação para receber as máquinas e equipamentos industriais de usinagem e ferramentaria. As áreas automotivas e de manutenção também passarão por melhorias e modernizações, projetos que visam infraestrutura adequada para o atendimento desses setores produtivos do Polo Industrial de Manaus (PIM) e de outros Estados da região.

21


• Investimentos no atendimento aos segmentos Eletroeletrônico e Construção Civil O SENAI/AM pretende investir na capacidade física das Escolas Antônio Simões e Demóstenes Travessa para atender os dois segmentos industriais de maior empregabilidade do Amazonas, eletroeletrônico e construção civil. A Escola Antônio Simões, unidade com capacidade para atender 15 mil alunos por ano, está em obra com orçamento superior a R$ 700 mil. As mudanças já começaram, com previsão de ser concluída antes do final deste trimestre. São adequações das áreas de convivência, reformas dos laboratórios de metrologia e eletricidade, construção de novas salas de aula, modernização dos equipamentos didáticos, entre outras medidas que serão úteis para o melhor rendimento teórico e prático dos alunos. Para a Escola SENAI Demóstenes Tra-

22

vessa, unidade que atende o setor produtivo da construção civil, a instituição pretende investir R$ 200 mil na estruturação do laboratório de CAD com a aquisição de máquinas, software específicos e equipamentos.

• Instituto SENAI de Inovação O diretor do SENAI/AM, Aldemurpe Barros, destaca também a construção do Instituto SENAI de Inovação (ISI), projeto que não foi incluído na previsão orçamentária inicial de 2013. O projeto é a grande aposta da instituição em estudo, pesquisa e capacitação no segmento de eletrônica e microeletrônica. A implantação do ISI será financiada pelo BNDES, com valor superior a R$ 30 milhões. O projeto está em estruturação e deve contar com participação de técnicos renomados em ciência, tecnologia e pesquisa aplicada da Associação Fraunhofer, da Alemanha, que prestará consultoria na implantação do ISI e do Instituto de Tecno-

logia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos. “O Instituto será construído próximo ao Distrito Industrial com a missão de apoiar a competitividade da indústria amazonense, bem como de todos os estados industrializados do Brasil, por ser um projeto de abrangência nacional. O ISI de Eletroeletrônica é um dos 23 institutos que serão construídos pelo SENAI em 14 Estados ao logo dos próximos anos”, declara Aldemurpe, destacando que o investimento citado envolve obra do prédio, contratação de equipe técnica especializada, estruturação de ambientes de pesquisa de ponta, e treinamento. Todos os investimentos propostos pela instituição em 2013 estão alinhados às metas do SENAI em promover a educação profissional e tecnológica, a inovação e a transferência de tecnologias industriais, contribuindo para elevar a competitividade da Indústria Brasileira.


Perspectiva2013

Certificação da Saúde Com previsão de investir R$ 5,3 milhões ao longo de 2013, o Serviço Social da Indústria (SESI Amazonas) estará desenvolvendo novos projetos nas áreas de Saúde e Educação, mas o destaque é o Projeto ViraVida, da área de Responsabilidade Social, que entra em atividade no Estado em 2013. A meta do projeto é trabalhar inicialmente com 100 jovens e adolescentes em situação de risco, que vão receber capacitação profissional durante 12 meses, com direito a bolsa de R$ 500,00. Para 2013, a maior novidade, no SESI Amazonas, será a certificação na ISO 9001/2008 da área de Saúde, processo que envolveu a área de Educação da instituição em 2012. A Saúde oferecida pelo SESI está estruturada em duas vertentes: Saúde Assistencial (inclui as áreas médica, odontológica e de apoio ao diagnóstico) e a Saúde Ocupacional, que cobre as áreas de meio ambiente, ergonomia, segurança, medicina e enfermagem do trabalho. Outra novidade, mas na área da Edu-

cação, é a oferta do 1º ano do Ensino Médio, com duas turmas de 57 alunos, na unidade “Dra. Emina Barbosa Mustafa”, localizada no bairro São José I. Também será ampliada a oferta de turmas na Unidade Vicente de Mendonça Lima – Escola Abrahão Sabbá, em Itacoatiara (atendia até o 5º ano e passará a atender até o 9º do ensino fundamental). A Unidade David Nóvoa, em Iranduba, voltada à educação infantil, abrirá pela primeira vez turmas de 1º e 2º ano do Fundamental I. O SESI Amazonas reinicia as atividades escolares, em 2013, com cerca de 5 mil alunos matriculados nas cinco unidades de educação, três em Manaus e duas no interior do Estado, uma em Iranduba e outra em Itacoatiara. Qualidade no Trabalho Em 2013, o SESI Amazonas deve fortalecer o Prêmio SESI Qualidade no Trabalho, o PSQT, retomado pela instituição há dois dois. Em 2012, 12 empresas e 1.627 trabalhadores foram be-

neficiados com a aplicação do Modelo de Sustentabilidade no Trabalho, que realiza diagnóstico de avaliação de práticas e performances, com o objetivo de apresentar às empresas os impactos dos investimentos em qualidade de vida no trabalho, na produtividade e sustentabilidade dos negócios. No total, 21 empresas foram beneficiadas com os serviços de Assessoria e Consultoria, Diagnósticos e o Programa de Sensibilização para Sustentabilidade. De acordo com a gerente de Responsabilidade Social Empresarial do SESI Amazonas, Simônica Sidrim, merece destaque a premiação da Philips do Brasil na etapa nacional do PSQT, na categoria grande indústria – Inovação, no mês de dezembro, em Brasília. A premiação é um reconhecimento público às empresas industriais brasileiras por suas práticas diferenciadas de gestão e valorização de seus colaboradores, tendo como foco a inovação nos modelos de trabalho, na perspectiva da sustentabilidade dos negócios.

23


Perspectiva 2013

O

otimismo superou as previsões mais sombrias sobre o desempenho da indústria amazonense para 2013. A grande maioria dos 20 sindicatos industriais ouvidos pela Revista FIEAM Notícias sobre as perspectivas dos respectivos segmentos para este ano, apostou na recuperação da economia e na retomada do crescimento após um ano de desempenho relativamente ameno do Polo Industrial de Manaus (PIM). De acordo com os indicadores da Suframa, o faturamento do PIM em 2012, de US$ 37,5 bilhões, foi 9,02% inferior ao faturamento de 2011. Ainda assim, o resultado em real foi positivo, em 6,39%, com o saldo de R$ 73,4 bilhões, tendo como destaque os bens de informática, que cresceram 26%. O PIM fechou 2012 com uma série de recordes na produção, em itens como televisores, aparelhos telefônicos, bicicletas, splits, celulares, tablets e videogames. O segmento da Indústria Química, que teve um bom desempenho em 2012, tem razões suficientes para se mostrar otimista para 2013. De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias Químicas e Farmacêuticas de Manaus, Antonio Silva, o otimismo está voltado basicamente para o crescimento do mercado de produtos químicos e farmacêuticos. “Para a produção local abre-se possibilidades interessantes para a industrialização, haja vista a chegada de novas empresas para o setor aprovadas nas últimas reuniões do CAS (Conselho de Administração da Suframa) e Codam (Conselho de Desenvolvimento do Amazonas), que utilizarão o elenco de incentivos do Modelo Zona Franca de Manaus.” Como presidente da FIEAM, Silva diz que os resultados da consulta aos sindicatos que compõem o conselho de representantes da Federação, representam um atestado de boa vontade dos mais destacados setores da indústria amazonense nas medidas mais recentes anunciadas pelo governo federal para ajudar na retomada no crescimento da economia brasileira. Veja a seguir, como a indústria amazonense vislumbra o futuro imediato.

24

Sindicatos otimis com o futuro

Maioria dos presidentes de sindicatos da indústria amazonense acr um ano de retomada do crescimento econômico


stas

redita que 2013 será

SINDICATO DA INDÚSTRIA DE BEBIDAS EM GERAL DE MANAUS / SINDICATO DAS INDÚSTRIAS QUÍMICAS E FARMACÊUTICAS DE MANAUS

Indústrias investem para a Copa Esperamos um crescimento do setor de bebidas na ordem de 5 a 7%. As indústrias já estão começando a investir em seus parques industriais para a Copa do Mundo. ANTONIO SILVA

Dois segmentos fortes da indústria amazonense, o da Indústria de Bebidas e o das Indústrias Químicas e Farmacêuticas de Manaus, estão sob o comando do empresário Antonio Silva. O de bebidas reúne 10 indústrias que empregam uma média de 1.715 trabalhadores diretos, segundo os dados da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa). Em 2012, o faturamento do segmento foi de 611,7 milhões. Os dados são de janeiro a novembro de 2012. Segundo Silva, a indústria amazonense como um todo teve um ano bom, porém sem superação de recordes, apesar dos incentivos do governo. A perspectiva para 2013 é otimista. “Esperamos um crescimento do setor de bebidas na ordem de 5 a 7%”, disse o presidente. Segundo Silva, “as indústrias já estão começando

a investir em seus parques industriais visando a produção de bebidas para a Copa do Mundo 2014, a ser realizada no Brasil”. Dentre as principais indústrias do segmento situadas no Polo Industrial de Manaus, destaque para a Brasil Norte Bebidas, do Grupo Simões, J.Cruz Indústria e Comércio (Magistral), Companhia Brasileira de Bebidas (Ambev), Amazon Refrigerantes, Real Bebidas, Minalar Águas e Refrigerantes, Recofarma, Nidala da Amazônia, Cibea Manaus, Tholor do Brasil. Indústria Química O faturamento das indústrias químicas e farmacêuticas do Polo Industrial de Manaus foi um dos destaques nos indicadores da Suframa em 2012, com uma média de R$ 800 milhões por mês.

Atualmente, o Sindicato do setor conta com 11 indústrias associadas, o que representa 20% das empresas do segmento instaladas no Estado. De acordo com o presidente do Sindicato, Antonio Silva, tendo em vista a necessidade do setor de organizar-se de maneira mais coesa, a entidade vai trabalhar para superar os 50% de empresas associadas ao longo de 2013. Um dos pleitos do setor, segundo Silva, são os incentivos que propiciem um melhor desempenho na economia local. Com cerca de 2.500 empregados formais, o segmento, segundo Antonio Silva, vem crescendo gradativamente no Estado e deve apresentar um desenvolvimento ainda maior tendo em vista o potencial de matéria-prima de que dispõe a região. “Os investimentos deverão aumentar em razão do interesse de grupos nacionais e estrangeiros, no aproveitamento dos insumos básicos que sabemos serem de grande importância para a elaboração de produtos de alta e inovada tecnologia”, diz ele. Sobre 2013, Silva diz que está, como sempre, otimista. “Para a produção local abre-se possibilidades interessantes para a industrialização, haja vista a chegada de novas empresas para o setor aprovadas nas últimas reuniões do CAS e Codam, que utilizarão o elenco de incentivos do Modelo Zona Franca de Manaus. Por outro lado o aumento dos gastos públicos no Setor Saúde como um todo, para atendimento das necessidades da sociedade, é uma das prioridades do Governo, tanto Federal quanto Estadual, o que de certa forma incentiva o investimento em pesquisa, equipamentos, produtos e processos”, diz o presidente.

25


SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE MADEIRAS COMPENSADAS E LAMINADAS DO ESTADO DO AMAZONAS SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE SERRARIAS E CARPINTARIAS DO ESTADO DO AMAZONAS

Política madeireira deixa setor sem perspectiva de crescimento Lamentavelmente, as máquinas das fábricas de compensados foram para o exterior, resultando assim, na perda de cerca de 20 mil empregos no setor MOYSES ISRAEL

O presidente dos sindicatos das Indústrias de Madeiras Compensadas e Laminadas do Estado do Amazonas e das Indústrias de Serrarias e Carpintarias do Estado do Amazonas, empresário Moyses Israel, acredita que não haverá grandes mudanças para os dois setores em 2013. Por isso, as perspectivas são mínimas. Fundador e atualmente conselheiro fiscal da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas, Israel afirma que, pelo menos o Sindicato de Compensados, hoje é “virtual”. Segundo ele, as oito fábricas de compensados que existiam no Amazonas acabaram fechando as portas

26

devido à política para o setor adotada na administração de Eduardo Braga a frente do governo do Estado. Na avaliação de Moyses Israel, o mesmo aconteceu com as 28 serrarias do Estado. “Houve a instalação de quatro serrarias novas, duas na AM-010 e duas em Itacoatiara (a 178 quilômetros de Manaus). Lamentavelmente, as máquinas das fábricas de compensados foram para o exterior, resultando assim, na perda de cerca de 20 mil empregos, entre diretos e indiretos que eram movimentados por este setor”, disse ele. Para Moyses Israel, merece destaque

nesse setor a instalação da Indústria de Pisos da Amazônia (IPA), em Iranduba, na região metropolitana de Manaus, que iniciou suas operações em 2011 e já se tornou referência internacional no segmento. Moyses ressaltou ainda que desde o início das campanhas de conservação das florestas da Amazônia adotou-se o lema de que “plantar é a solução”, tal como acontece em países, como Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Polônia, Rússia e até na Finlândia, que tem na indústria florestal um dos seus maiores esteios, quanto ao desenvolvimento na produção de celulose, papel, e madeiras para a exportação. “O uso dessas florestas plantadas manteve crescente participação na economia naquele país e deu origem à indústria de tratores florestais, maquinários para as indústrias de celulose, papel, móveis e madeiras aparelhadas para exportação”, disse o industrial.


SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE ALIMENTAÇÃO DE MANAUS

Meta é ampliar base com produtores regionais O Sindicato das Indústrias de Alimentação de Manaus, representado pelo empresário Carlos Alberto Rosas Monteiro, da Fábrica Virrosas, conta com 14 empresas dos ramos café, gelo, concentrados de frutas, farinha de trigo, vinagres, condimentos, molhos e outros alimentos industrializados. De acordo com Carlos Monteiro, o sindicato está ampliando a base sindical para o restante do Estado, a fim de atrair as indústrias de produtos regionais, visando integrá-las ao mercado abrangente da capital e dos Estados vizinhos. “Apesar das previsões nada otimistas dos economistas que não fazem parte dos quadros governamentais, acreditamos que o setor alimen-

tício apresentará um crescimento moderado, que compensará em parte a estagnação que ocorreu em 2012”, disse Carlos Rosas, em perspectiva para o ano de 2013. Para Rosas, não existe um atrativo para empresas do segmento de alimentação se instalarem no Amazonas, mesmo com os incentivos do Polo Industrial de Manaus (PIM). Mesmo porque, a maioria dos produtos desse setor, segundo ele, não é taxado de forma elevada por impostos federais, como o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e de Importação (II). Nem mesmo a isenção total do ICMS quando o produto é faturado para a Zona Franca de Manaus, representa um atrativo, segundo Rosas.

Apesar das previsões nada otimistas, acreditamos que o setor de alimentos apresentará um crescimento moderado, que compensará, em parte, a estagnação de 2012 CARLOS ROSAS

SINDICATO DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL DO AMAZONAS

Aumento do crédito pode trazer alento para setor

É claro que as obras da Copa, que estão acontecendo, elevaram o número de empregos na construção civil, mas não foi o esperado. EDUARDO LOPES

Depois de amargar um crescimento de apenas 2% em 2012, o Sinduscon/AM espera crescer pelo menos nesse mesmo patamar em 2013. O abalo no setor foi em decorrência de uma série de fatores, como a queda no crescimento imobiliário, a crise econômica mundial, além da falta de uma política de incentivo para o setor De acordo com o presidente do sindicato, Eduardo Jorge Oliveira Lopes, o segmento espera que as condições criadas pelo governo sejam primordiais para desenvolver o setor, como o aumento do crédito. O segmento da construção civil conta com 2.099 empresas ativas, das quais 131 são associadas ao sindicato. Para Eduardo Lopes, a desoneração da

folha de pagamento, pelo governo federal, no fim do ano, já representa alguma coisa para o setor. Na avaliação do industrial, os preparativos para a Copa de 2014, estão influenciando positivamente, mas não como o segmento esperava. “Não vemos nada em prol da mobilidade urbana. É claro que as obras da Copa, que estão acontecendo, elevaram o número de empregos na construção civil, mas não foi o esperado. Existe uma quantidade de hotéis sendo construídos em Manaus, mas é algo feito pela iniciativa privada. Se as obras de mobilidade urbana já tivessem começado teríamos um incremento no comércio, na indústria e na construção civil”, disse Eduardo Lopes.

27


SINDICATO DA INDÚSTRIA DE APARELHOS ELÉTRICOS, ELETRÔNICOS E SIMILARES DE MANAUS

Em 2013, Sinaees vai em busca de novos associados O Sindicato da Indústria de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares de Manaus (Sinaees) representa um segmento que movimentou mais de US$ 17 bilhões, cerca de 47% do faturamento total do Polo Industrial de Manaus (PIM) em 2012, além de empregar 42% da mão de obra da indústria amazonense. Com empresas de grande porte, como Samsung Eletrônica da Amazônia, Nokia do Brasil Tecnologia, Jabil Brasil Indústria Eletroeletrônica, Panasonic do Brasil e Semp Toshiba do Amazonas, o Sinaees conta atualmente com 173 empresas filiadas e 50 associadas, o que corresponde a 28,9% desse segmento no PIM. Apesar de terem faturado 7% a menos do que em 2011 - US$ 17,8 bilhões até novembro de 2012, segundo a Suframa - , as empresas do polo eletroeletrônico ainda responderam pelos dois itens mais produzidos entre todos os segmentos do PIM: o aparelho celular, com 21,49 milhões de unidades, o que representou um crescimento de 3,3% no número de aparelhos fabricados em 2011, e a TV LED, que somou 10,41 milhões de unidades fabricadas, 16,6% acima da produção do ano passado. Em novembro de 2012, mês avaliado pela Suframa como o de melhor desempenho, com recorde histórico de faturamento do PIM, a contribuição do setor eletroeletrônico foi fundamental: faturou R$ 2,96 bilhões, um aumento de 9,10% em comparação com novembro de 2011 (R$ 2,68 bilhões) e 7,18% a mais ante outubro do ano passado (R$ 2,73 bilhões). Para o presidente do Sinaees, Celso Piacentini, tanto em faturamento quanto em número de empregos o setor manteve-se estável em 2012, mesmo considerando o ano difícil. “O setor eletroeletrônico é o maior do PIM e responde por quase a metade da atividade econômica do Estado do Amazonas”, disse o sindicalista.

28

Entre as perspectivas apontadas por Piacentini para 2013, está o estimulo à cultura associativa. “Queremos a captação de novos associados, objetivando aumentar a representatividade para 50% no próximo ano. Além de atuar no desenvolvimento do segmento e na prestação de serviços que contribuam com a competitividade empresarial do segmento eletroeletrônico”, disse. “Iremos atuar principalmente nas rodadas de negócios, agindo em defesa dos interesses dos associados e representados, buscando amenizar ou dar equilíbrio aos interesses dos seus representados através de uma eficaz negociação e na otimização dos resultados organizacionais e financeiros. Por último, mas não menos importante, dar contínua atenção às discussões sobre a reforma tributária. Não podemos esmorecer na defesa do PIM”, comentou.

No Sinaees, daremos contínua atenção às discussões sobre a chamada reforma tributária. Não podemos esmorecer na defesa do PIM CELSO PIACENTINI


SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE RELOJOARIA E OURIVESARIA DE MANAUS

Sem crise e sempre atento ao mercado O Sindicato das Indústrias de Relojoaria e Ourivesaria de Manaus representa um setor que não conhece crise. Faturou cerca de US$ 600 milhões em 2012 e espera superar esse resultado em 2013. São 8 empresas filiadas gerando cerca de 3 mil empregos. Segundo o presidente do Sindicato, empresário Nelson Azevedo, o segmento sempre apresenta projetos de atualização e ampliação para atender as necessidades e exigências do mercado, tendo em vista ser o relógio, o produto em constante evolução tecnológica. “Daí a necessidade das fábricas estabelecidas no PIM estarem sempre com seus planos atualizados no sentido de atender o mercado com modelos de alta qualidade e preços competitivos”, disse. Entre os fatores que provocam perspectivas positivas, Azevedo apontou o estímulo do governo ao consumo, no que se refere à redução de taxas de juros e facilitando o acesso ao crédito, além de eventos esportivos de âmbito mun-

dial que serão realizados no Brasil, como a Copa das Confederações, Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. “Pela movimentação que esses eventos exigem, acreditamos num aquecimento da nossa economia”, disse Azevedo. O presidente do Sindicato dos Relojoeiros só mostrou preocupação quanto ao combate ao contrabando, pirataria e falsificação que geram uma concorrência desleal com as empresas que cumprem suas obrigações junto às instituições e sociedade brasileira.

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE FIAÇÃO E TECELAGEM DE MANAUS

Reação para enfrentar a concorrência As quatro empresas filiadas ao Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem de Manaus têm capacidade instalada para um faturamento anual de até R$ 140 milhões. As empresas Jutal, Brasjuta, Cooperfibras e Locomotiva da Amazônia são responsáveis pela produção de sacarias de juta e malva, que embalam principalmente produtos como café e batata. Segundo o presidente do sindicato, o empresário Sebastião Guerreiro, com a importação de produtos similares e outros fatores, o faturamento do setor está abaixo do esperado. O setor de fiação e tecelagem emprega mil colaboradores diretos e tem grande importância para a economia local, já que o beneficiamento da juta e malva gera ocupação e renda no interior. “A cultura da juta e malva envolve mais de 15 mil

famílias amazonenses”, disse o presidente. O setor sofre grande concorrência de produtos importados, porém, segundo Guerreiro, os exportadores de café estão retomando a compra de sacaria que estava estagnada nos últimos meses. “As perspectivas para 2013 são boas”, disse. Guerreiro afirmou ainda que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) iniciará a compra de sacaria de juta, por meio do apoio da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM). “Também vamos iniciar a renovação da proteção antidumping, ou seja, das medidas protecionistas que nos tornam mais competitivos em relação aos produtos importados. Em 2013, vence a nossa proteção e precisamos renová-la, já que está um pouco defasada”, disse o presidente.

29


SINDICATO DA INDÚSTRIA DE CALÇADOS DE MANAUS

Mais de 50 anos de tradição Para manter a tradição de mais de 50 anos, o segmento de calçados, em Manaus, continua, mesmo em pequena escala, produzindo. A prova está nas tradicionais sandálias “pererecas”, uma marca patenteada da indústria amazonense, que continua tendo uma grande aceitação no mercado. De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias de Calçados de Manaus, Aldimar Paes, a produção desse segmento no Amazonas já foi muito representativa para a economia do Estado, principalmente nas décadas de 60 e 70, mas que hoje o mercado está dominado pelos calçados produ-

A diversificação das atividades é o caminho para a sustentabilidade da indústria de calçados no Estado do Amazonas ALDIMAR PAES

zidos nas regiões Nordeste e Sul do País. Segundo Aldimar, o setor tem dificuldades também para contratar mão de obra especializada, além da falta de matéria-prima local. Ele disse que o desaparecimento dos curtumes obrigou a compra de couro sintético em outros Estados, além da borracha utilizada para a confecção de calçados. Paes disse ainda que apenas uma empresa de calçados se mantém no Amazonas, a Ideal Calçados, que tem uma estrutura artesanal de 80% em seu funcionamento. Ele disse que o mercado absorve toda a produção e que as perspectivas a logo prazo são de um investimento em equipamento tecnológico para se adaptar à realidade. A empresa não goza dos incentivos fiscais da Zona Franca, porque ainda não tem projeto aprovado pela Suframa. Paes afirmou que para se manter em funcionamento a única indústria de calçados do Amazonas teve que diversificar suas atividades, produzindo peças e acessórios, como cinta de amarração para motocicletas da Moto Honda, com o mesmo equipamento usado na fabricação de calçados. “A diversificação das atividades é o caminho para a sustentabilidade da indústria de calçados no Amazonas,” disse.

SINDICATO DA INDÚSTRIA DE BRINQUEDOS DO ESTADO DO AMAZONAS

Com potencial para crescer Com apenas duas empresas associadas, o Sindicato da Indústria de Brinquedos do Estado do Amazonas movimenta cerca de R$ 90 milhões por ano e tem muito potencial para crescer. Presidido pelo empresário Odorico Antonio Simão Zamprogno, o sindicato atualmente tem como empresas associadas a TecToy, do próprio Zamprogno, e a Alegria de Brincar. Juntas, as empresas empregam cerca de 300 funcionários e tiveram, em 2012, faturamento da ordem de R$ 89 milhões. A TecToy, localizada no Distrito Indus-

30

trial, produz jogos eletrônicos, videogames, DVDs e notebooks infantis. Já a Alegria de Brincar é uma pequena empresa que produz artigos para playgrounds (parquinhos) para escolas e estabelecimentos comerciais, com produtos como escorregadores, balanços, casinhas, entre outros. Segundo Odorico Zamprogno, o setor de brinquedos é importante para a economia do Amazonas. “Apesar de sermos pequenos, geramos emprego e renda e mostramos que temos potencial para produzir e desenvolver brinquedos cada vez mais tecnológicos”, disse o sindicalista.


SINDICATO DA INDÚSTRIA DE OLARIA DO ESTADO DO AMAZONAS

Um setor fundamental para desenvolver o interior O Sindicato da Indústria de Olaria do Estado do Amazonas, liderado pela empresária Hyrlene Ferreira, reúne atualmente 25 empresas associadas. “Estamos em processo de filiação de algumas empresas e esperamos chegar a pelo menos 40 associadas”, disse a presidente. Segundo Ferreira, as Olarias do Amazonas fabricam tijolos e telhas cerâmicas e empregam cerca de 6.000 funcionários diretos, gerando pelo menos 10 mil empregos indiretos. Com faturamento aproximado de R$10 milhões por mês, o segmento tem grande relevância para a economia local. “Nosso setor produz o principal insumo que move a construção civil, que

por sua vez é o setor que mais cresce, em todo o país. A maioria das empresas do polo cerâmico está localizada em municípios da região metropolitana de Manaus, o que é de fundamental importância para o crescimento e desenvolvimento do interior do Estado do Amazonas”, disse. As perspectivas para 2013 são otimistas. Com a aproximação da Copa do Mundo, as empresas esperam poder fornecer os insumos para as diversas obras previstas no estado. De acordo com a líder sindical, a maioria das empresas opera com 60% de sua capacidade produtiva por conta de inúmeras dificuldades. “Temos potencial para dobrar nossa produção se houver de-

manda”, garantiu Ferreira. Segundo a presidente do Sindicato, um novo projeto de aproveitamento de material lenhoso de supressão vegetal nas obras de construção civil está sendo desenvolvido em conjunto com o Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas (Ipaam). “Tal projeto prevê o aproveitamento de 100% do material lenhoso, hoje descartado na lixeira pública. Esperamos contar com a parceria do Sindicato da Construção Civil, cuja negociação já está bem avançada”, disse. A ideia é iniciar o projeto em parceria com o governo na obra da duplicação da estrada AM 070 e também na construção da cidade universitária.

Nosso setor produz o principal insumo que move a construção civil, que por sua vez é o setor mais cresce em todo o país (...) Temos potencial para dobrar nossa produção se houver demanda HYRLENE FERREIRA

31


SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE CONFECÇÃO DE ROUPAS E CHAPÉUS, MATERIAL DE SEGURANÇA E PROTEÇÃO DO ESTADO DO AMAZONAS

Indústria de confecção confirma otimismo

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE PANIFICAÇÃO E CONFEITARIA DO AMAZONAS

Com a perspectiva da evolução O Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria do Amazonas emprega cerca de 12 mil trabalhadores. Segundo o seu presidente, Carlos Azevedo, a maioria das empresas é de pequeno e médio porte. “Muitos desses 12 mil empregos são gerados para jovens que estão em sua primeira oportunidade de trabalho”, disse o presidente. Atualmente, o sindicato reúne 106 padarias associadas com faturamento médio individual estimado em R$ 40 mil ao mês. Segundo Azevedo, o fato de as empresas serem locais contribui para geração de emprego e renda que ficam no Estado, contribuindo para a evolução da economia amazonense. As perspectivas do setor são de evolução. Segundo Azevedo, a panificação acompanha a economia local. “O esperado é um crescimento na ordem de 10 a 11% sobre nosso resultado de 2012”, disse.

32

O presidente do Sindicato das Indústrias de Confecção de Roupas e Chapéus, Material de Segurança e Proteção do Estado do Amazonas (Sindconf-AM), Engels Lomas de Medeiros, tem uma visão otimista do seu setor para 2013, especialmente devido aos preparativos para o Copa do Mundo do ano seguinte. Com 52 empresas filiadas e formalizadas - e mais 20 empresas ainda em processo de formalização - o Sindicato reúne os segmentos de uniformes profissionais, uniformes colegiais, camisas em malha, abadás e camisas promocionais, moda, além de confecção de lingerie, fantasias, vestidos de noivas, entre outros. Segundo Medeiros, o segmento mais forte é o do setor de roupas profissionais. De acordo com Engels Medeiros, o setor gera 2.100 empregos formais e mais de 8 mil informais, incluindo os indiretos gerados pelos elos do setor produtivo. “O desenvolvimento acompanhou o crescimento do Polo Industrial de Manaus (PIM), incrementado pela demanda do Polo de Gás Natural e Petróleo, da construção civil e das empresas terceirizadas, que totalizam juntos, mais de 80 mil empregos formais, criando uma demanda expressiva. A regulamentação do uso de uniformes especiais pelo Ministério do Trabalho e Emprego nas empresas prestadoras de serviço em redes elétricas criou um nicho de elevado poder agregado”, destacou. Engels citou vários eventos que contribuem para a visão otimista que tem do setor para 2013, como a participação dos empresários de moda na Rio a Porter e SP Fashion Week, a fim de fazer prospecção. O presidente citou ainda a realização do Workshop “Tecidos Inteligentes & Empresas Inovadoras”, onde serão apresentados tecidos produzidos com emprego de nanotecnologia e as empresas do sindicato com

capacidade de produzir com esses tecidos. “Aqui nessa ação as empresas do sindicato vão realizar compras compartilhadas para reduzir os custos e o SENAI vai até levar as empresas envolvidas para capacitação e aprovação do processo produtivo”, disse. O workshop “Moda Uniformes Colegiais” também foi citado para 2013, uma prospecção de mercado visando colocar empresas sindicalizadas nesse segmento, além da realização de cursos com a vinda de um consultor especializado em aplicação de aparelhos nas máquinas de costuras para treinamento das empresas sindicalizadas. “Nossa visão de futuro é otimista, pois além do PIM e dos setores já mencionados, outros apresentam um crescimento no uso de fardamentos como é o caso do Polo Naval e do Polo Cerâmico e as obras de infraestrutura para a Copa de 2014, que irão garantir um crescimento sustentável para o setor”, finalizou.


SINDICATO DAS INDÚSTRIAS METALÚRGICAS, MECÂNICAS E DE MATERIAL ELÉTRICO DE MANAUS

Indústria espera medidas essenciais para voltar a crescer O Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Manaus (SIMMMEM), que representa cerca de 40% do faturamento do Polo Industrial de Manaus (PIM), foi um dos mais atingidos pela crise financeira mundial e pela dificuldade de acesso ao crédito enfrentada pelo consumidor em 2012. O faturamento do PIM, até novembro do ano passado, estava em cerca de R$ 68 bilhões. De acordo com o presidente do sindicato, Athaydes Mariano Félix, 2012 não foi um bom ano para o segmento de duas rodas que teve um decréscimo de 20,9% na produção e uma retração nas vendas de 10%. Segundo ele, o consumidor quer comprar, mas falta dinheiro, além de que, a alta inadimplência obrigou os bancos a suspenderem o financiamento principalmente para motocicletas. “A crise afetou toda a cadeia produtiva”, disse. Athaydes, que é 1º vice-presidente da

Federação das Indústrias do Estado do Amazonas, diz que, para 2013 espera que pelo menos seja mantido o mesmo nível de produção do ano passado. De acordo com o presidente do SIMMMEM, o Governo Federal tomou várias medidas para estancar a crise, como a redução da taxa de juros, mas que falta operacionalidade para que a medida beneficie o consumidor. Na avaliação de Athaydes Mariano Félix, “o governo precisa rever com mais sensibilidade questões mais delicadas, como a redução de seus custos para manter a máquina administrativa, além da reforma tributária e política, que são medidas essen-

ciais para que a Indústria volte a crescer”. Atualmente, 75 empresas estão filiadas ao SIMMMEM, representamndo 95% do faturamento do setor, embora exista um número considerável de pequenas empresas que ainda não estão regularizadas junto ao sindicato. O segmento gera cerca de 50 mil empregos no Polo Industrial de Manaus. Em dezembro passado, durante a posse da diretoria reeleita, o presidente do SIMMMEM, Athaydes Mariano Félix, disse acreditar que 2013 será um ano próspero e que, deve trazer um crescimento recorde para a indústria brasileira.

O governo precisa rever com mais sensibilidade questões mais delicadas, como a redução dos seus custos, além da reforma tributária e política, que são medidas essenciais para que a Indústria volte a crescer ATHAYDES FÉLIX

33


SINDICATO DAS INDÚSTRIAS GRÁFICAS DO ESTADO DO AMAZONAS

Gráficos vão lutar por mais competitividade em 2013 As perspectivas da indústria gráfica no país para 2013 não são muito animadoras, já que 2012 fechou em baixa. De acordo com o Boletim de Atividade Industrial preparado pelo Departamento Econômico da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Decon-Abigraf), em setembro de 2012, a produção do setor recuou 5,4% em relação ao mesmo mês de 2011. Com 116 empresas filiadas, que atuam em diversos campos, no Polo Industrial de Manaus, o Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado do Amazonas (Sindusgraf-AM) teve um faturamento de R$ 67.610.293, o que representou 0,14% de todo o faturamento do PIM

entre os subsetores da atividade industrial, em 2012, até o mês de novembro, de acordo com informações da Suframa. A média da mão de obra empregada pelo setor vem se mantendo estável nos últimos cinco anos, no patamar dos 700 trabalhadores regulares. Para o presidente do Sindusgraf-AM, Roberto de Lima Caminha Filho, no decorrer de 2013 ações serão realizadas para melhorar o desempenho do setor. “O Sindicato, junto com a Abigraf nacional, vem mantendo contato com os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário no sentido de sublinhar a gravidade da situação e propor medidas que possam ajudar a mitigar os efeitos negativos da

O Sindusgraf-AM, junto com a Abigraf nacional, vem mantendo contato com os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, no sentido de sublinhar a gravidade da situação e propor medidas que possam mitigar os efeitos negativos da falta de competitividade que acomete o setor ROBERTO CAMINHA

34

falta de competitividade que acomete o setor”, disse Caminha. Dentre os pleitos propostos pela entidade, em nível nacional, estão a inclusão de toda a indústria gráfica entre os setores contemplados pela desoneração na folha de pagamento no âmbito do Plano Brasil Maior; a extensão da alíquota zero do PIS/Cofins para a atividade de impressão de livros no Brasil, uma vez que o livro é produto isento e já não paga as contribuições quando vendido ou importado; e a retirada de insumos da indústria gráfica da lista de 100 produtos que tiveram suas alíquotas de importação elevadas pela Câmara de Comércio Esterior, a Camex.


SINDICATO DA INDÚSTRIA DE MASSAS ALIMENTÍCIAS E BISCOITOS DE MANAUS

A proposta é conquistar 50% do mercado amazonense O presidente do Sindicato da Indústria de Massas Alimentícias e Biscoitos de Manaus (Simabim), Américo Esteves, proprietário da Fábrica Modelo e 2º vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), informa que em 2012 o segmento movimentou mais de R$ 40 milhões, empregando 1.300 profissionais diretos, sendo que ao incluir a participação de distribuidores, o setor gerou emprego e renda para 2.800 trabalhadores. São apenas três empresas sindicalizadas na entidade de classe, porém o sindicato atua de forma participativa em benefício dos seis produtores de massas e biscoitos do Amazonas. Ao longo de 2012, deu-se continuidade às ações de adequação das normas básicas e técnicas de fabricação dos produtos, pa-

dronização da gramatura desses alimentos junto ao Instituto de Pesos e Medidas (Inmetro), e qualificação da mão de obra com oferta de cursos para seus profissionais. Um dos pleitos conquistados em 2012 foi a alíquota da margem de valor agregado (MVA) dos produtos fabricados em outras unidades da Federação, que passou para 125%, e os produzidos no Estado em 40%, dando maior competitividade aos produtos locais. O sindicato insistirá nos pleitos pela aprovação do Processo Produtivo Básico (PPB) junto à Suframa, para biscoitos e massas e pela alíquota zero no ICMS à cadeia de trigo. “Estamos articulando a isenção do ICMS em energia elétrica, seguindo o exemplo do pedido aprovado ao pólo de duas rodas, papelão e plástico. Toda iniciativa desta gestão sindical tem como proposta viabilizar a ampliação do segmento e nossa participação no mercado local e da Região Norte”, destacou o presidente do Simabim. A visão das empresas sindicalizadas para este ano é conquistar 50% da preferência do consumidor amazonense que hoje chega a 30%, bem como diversificar a produção de biscoitos e massas com a perspectiva de impulsionar a venda de marcas regionais no comércio da capital e dos municípios.

Estamos articulando a isenção do ICMS em energia elétrica, seguindo o exemplo do pedido aprovado do polo de duas rodas, papelão e plástico. Toda iniciativa desta gestão sindical tem como proposta viabilizar a ampliação do segmento e nossa participação no mercado local e da Região Norte AMÉRICO ESTEVES

35


SINDICATO DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO NAVAL, NÁUTICA, OFFSHORE E REPAROS DO AMAZONAS

Estamos trabalhando arduamente. Precisamos, sim, do apoio de entidades, como a FIEAM, Sebrae e Suframa. Enfim, nosso foco para 2013 será a realização de ações políticas para o fortalecimento do setor, buscando principalmente a capacitação de mão de obra qualificada, por isso, contamos muito com a parceria do SENAI MATHEUS ARAÚJO

Polo Naval, uma perspectiva promissora para 2013 O Sindicato da Indústria da Construção Naval, Náutica, Offshore e Reparos do Amazonas (Sindnaval) tem 50 empresas sindicalizadas e 22 não sindicalizadas. Em 2012, seu faturamento fechou em R$ 1.200.000,00, segundo estimativas feitas em novembro. De acordo com o presidente do Sindnaval, Matheus Araújo, a perspectiva mais promissora para 2013, é o Polo da Industria Naval do Amazonas (PINAM). “A Indústria Naval hoje é extremamente competitiva e agora com o olhar do governo, o PINAM, será para o Estado tão importante quanto o PIM”, disse. Em 2012, foram mais 11 mil postos de trabalho. A previsão é de, até 2016, chegar

36

aos 20 mil empregos, e em 2025, 35 mil. Entre as realizações, o presidente apontou a instalação da pedra fundamental do Polo, prevista para o mês de fevereiro, a consolidação do trajeto de acesso ao Polo Naval, a ser construído pelo Exército, e a conclusão da instalação do Linhão de Tucuruí, um dos dois maiores empreendimentos de linhas de transmissão de energia em construção no país. Matheus falou ainda sobre as perspectivas da conquista da licença ambiental do terreno e o EIA (estudo de impacto ambiental)/ RIMA (relatório de impacto ao meio ambiente) do Polo Naval. Destacou também a participação em grandes feiras internacionais como Naval Shere,

Amsterdã (Holanda), Expocomer (Panamá), além da Feira Internacional da Amazônia (FIAM). E a vinda do Estaleiro Damen, maior grupo de estaleiros da Europa, para Manaus. O presidente ressalta que o Polo Naval, hoje, é um projeto do governo e que cabe ao sindicato demandar as ações do setor. “Estamos trabalhando arduamente, precisamos sim do apoio de entidades como a FIEAM, SEBRAE, Suframa. Enfim, nosso foco para 2013, será a realização de ações políticas para fortalecimento do setor, buscando principalmente a capacitação de mão de obra qualificada, por isso, contamos muito com a parceria do SENAI”, disse.


SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE MEIOS MAGNÉTICOS E FOTOGRÁFICOS DO AMAZONAS

Pirataria é a grande ameaça para produção no PIM De janeiro a novembro de 2012, o Polo Industrial de Manaus (PIM) produziu 3,7 milhões de DVDs, resultado 25,5% inferior à produção do mesmo período de 2011, conforme dados da Suframa. A queda está ligada à crescente pirataria, a novas tecnologias e as constantes modificações na legislação que regem este “modelo de desenvolvimento” . A situação do segmento de meios magnéticos instalados em Manaus pode ficar ainda mais complicada com a provável aprovação da PEC 123/2011, a “PEC da Música”, que tramita no Senado. De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias de Meios Magnéticos e Fotográficos do Estado do Amazonas, Amauri Blanco, o setor vem perdendo competitividade nos últimos anos com a redução do faturamento e emprego, principalmente em razão da crescente pirataria, que vende produtos de baixa qualidade a preços abaixo do mercado, prejudicando toda a cadeia produtiva. O sindicato conta com sete empresas filiadas, cinco delas dos meios magnéticos (Sonopress, Microservice, Sony DADC, Novodisc Digital Mídias da Amazônia e Videolar da Amazônia), que produzem CDs, DVDs e Blu Ray. Ko-

dak da Amazônia e Fujifilm da Amazônia compõem o setor fotográfico. Amauri diz que as perspectivas de crescimento para o setor são remotas e que a produção de CD e DVD só voltará a crescer se o governo federal agir com maior rigor contra a pirataria. “A concorrência natural com o advento de novas tecnologias, tais como baixar filmes e músicas pela Internet, iPODs., etc..., também afetam a produção industrial no PIM.. O Blu Ray, segundo ele, por ser produzido com tecnologia mais avançada, usando alta definição para produção de imagem e até 3D, torna-se, pelo menos momentaneamente, mais difícil de ser pirateado. “A aprovação da PEC 123, que tramita no Senado vai acarretar o fim do segmento no PIM. A PEC da Música

que torna imune de tributos CDs e DVDs contendo fonogramas e videogramas de autores brasileiros, tira as vantagens competitivas que a “ZFM” oferece para que a produção industrial seja feita no PIM! Segundo Amauri, o Governo do Estado tem dado todo o apoio necessário para o segmento de meios magnéticos se manter, no Amazonas, mas, caso a proposta seja aprovada, as indústrias deverão se ir se mudando, mais provavelmente para fora do País. De acordo com o presidente do sindicato, o setor é muito importante para o PIM, pois cada emprego gerado, é responsável pela manutenção de mais três pessoas, além de empregos indiretos. “Visando reduzir o impacto da crescente perda de competitividade, a Microservice e a Videolar decidiram fazer uma “cisão” nas respectivas produções de mídias óticas, fundindo em uma nova empresa denominada AMZ – Midea Industrial S/A, e com isto diminuir custos redundantes e ociosidade de máquinas e equipamentos, mas é preciso que o Governo Federal tome outras medidas, para que este segmento não desapareça”, disse Blanco.

A aprovação da PEC 123/2011, que tramita no Senado, vai acarretar o fim do segmento no Polo Industrial de Manaus. A PEC da Música isenta de tributos CDs e DVDs contendo fonogramas e videogramas de autores brasileiros, mas não estende esse benefício ao processo de replicação industrial AMAURI BLANCO

37


SINDICATO DA INDÚSTRIA DE MARCENARIA DE MANAUS

acabado e as marcenarias de Manaus não conseguem fechar contratos com essas lojas. Para Feijão, os aglomeradas colocados à venda não têm a mesma qualidade e duração que os produtos fabricados em Manaus pelas marcenarias. Ele disse ainda que

os marceneiros passaram a trabalhar por conta própria, comprando MDF (matériaprima autorizada pela legislação composta por fibras de média densidade) nas lojas, e montam os móveis, portas, janelas em pequenas oficinas que não são regularizadas, e que entregam o produto ao consumidor por um preço até 30% mais baixo. De acordo com o presidente do sindicato, Roberto Almeida, as empresas de marcenaria não são convidadas para produzir os móveis para os apartamentos que estão sendo construídos em Manaus. Segundo Almeida, esses projetos são desenvolvidos por empresas que se instalaram em Manaus e que apenas são montados em Manaus. Ele disse que o segmento tem experiência de cerca de 40 anos e está em condições de atender com qualidade o mercado consumidor. Para Almeida, o microempresário do setor moveleiro precisa de mais atenção dos governos federal, estadual e municipal porque as exigências são muitas. O segmento tem apenas dez empresas filiadas ao Sindicato. “A saída é a construção do Polo Moveleiro com estrutura para o funcionamento de uma escola de marcenaria, setor de secagem de madeira, show-room, além de empresas moveleiras”, disse.

dução exponencial da participação de pecas plásticas nos novos modelos a serem produzidos. De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias de Material Plástico de Manaus (Simplast), Celso Zilves, o faturamento do setor, de janeiro a novembro, foi de R$ 3.123.990.181, o que correspondeu a 4,56% de todo o faturamento do PIM. O setor de plástico ainda ocupa a terceira posição em número de empregos diretos no parque industrial de Manaus. Celso Zilves disse que o sindicato, em parceria com a Associação dos Fabricantes de Componentes da Amazônia (Aficam) está negociando com a Suframa e os Ministérios da Indústria e Comércio e Ciência e Tecnologia, além do Governo do Estado, o aumento da obrigatoriedade de regionalização de

peças produzidas pelo Polo Componentistas de Manaus para os segmentos de duas rodas, ar-condicionado split, telefonia celular, receptor de sinal de satélite e outros. “Essas medidas são necessárias para que o setor volte a crescer, a partir do segundo semestre de 2013. O Polo Plástico é formado por 123 empresas, sendo 13 verticalizadas, 18 de injeção plástica, 92 de plástico plano, extrusão plástica, pet, isopor, resinas compostas e reciclagem. Segundo Celso Zilves, o Simplast conta atualmente com 43 empresas associadas e possui um parque de máquinas e equipamentos moderno e tecnologicamente atualizado para atender às demandas de todas as empresas do PIM que necessitam de peças e conjuntos plásticos.

Enquanto o Polo Moveleiro não vem Mão de obra especializada, concorrência com as lojas que importam os móveis acabados, financiamento para aquisição de equipamentos adaptados a novas tecnologias e local para se instalar, são alguns dos problemas que dificultam o funcionamento das marcenarias instaladas em Manaus. De acordo com o vice-presidente do Sindicato da Indústria de Marcenaria de Manaus, Antônio Feijão, o segmento precisa se adequar às novas tecnologias e outras exigências do mercado. Segundo ele, já foi formalizada parceira com o SENAI para formação de marceneiros, mas está sendo difícil formar turmas por falta de interessados. “Os jovens estão buscando outras profissões e consideram a marcenaria uma atividade pesada”. Segundo Feijão, o mercado de móveis é dominado por lojas que vendem o produto

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE MATERIAL PLÁSTICO DE DE MANAUS

Medidas para retomar crescimento Com uma retração de 35% no faturamento e desemprego na casa dos 22% em 2012, o setor de plástico do Polo Industrial de Manaus deverá enfrentar dificuldades no primeiro semestre deste ano. A retração da oferta de créditos para as motocicletas e as mudanças tecnológicas no segmento de TV LCD, Plasma e outros, provocaram uma re-

38


Artigo NATHANIEL LEMOS XAVIER DE ALBUQUERQUE

Um homem que viveu além do seu tempo Gaitano Antonaccio

A

sociedade amazonense atual, que não teve o prazer de conhecer um dos maiores empreendedores da Amazônia, não tem a menor ideia da perda para a nossa região, com a morte do amazonense Nathaniel Lemos Xavier de Albuquerque. Homem de invejável cultura, notável inteligência e intuição fora de série para criar e inovar as mais diversas atividades humanas, o senhor Nathan, como gostava que o tratassem, trouxe para o Amazonas tudo o que se criou em matéria de comércio e indústria nas décadas de 1950, 1960, 1970 e 1980. A começar pelas lojas de departamentos, com uma cadeia de três dezenas de unidades abertas nos mais diversos locais de Manaus, invadindo o interior, o Grupo Moto-Importadora Ltda, sua criação, tornou-se responsável pela venda de todos os tipos de mercadorias de consumo do povo, dando início em Manaus ao sistema de crediário, com vendas por meio de duplicatas e outros documentos de crédito. Criou empresas como uma fábrica de gelo cristal no meio do rio Negro, deu início ao sistema de recauchutagem de pneus, com a Hevea da Amazônia Ltda., adquiriu por compra a Fábrica de Guanará Baré, tornando o produto um dos mais saborosos na espécie, ingressou na comercialização de veículos, e fundou a Moto Honda da Amazônia Ltda. hoje, a maior indústria do Polo Industrial de Manaus. Trouxe o Novotel para Manaus, hoje o hotel que mais recebe ocupação de visitantes e empresários. Os amazonenses devem ao empresário Nathan, uma parte importante da Zona Franca de Manaus, que com sua inteligência e prestígio trouxe a Manaus, figuras importantes do governo. Ele chegava a ser consultado por vários governadores amazonenses, a fim de opinar sobre textos de algumas leis criadas para o comércio e sempre era ouvido. Foi ele o responsável pela chegada em Manaus, de empresas como a Sharp do Brasil, Semp Toshiba, Beta S. A., algumas fábricas de relógios, cerveja antártica, e outras. Quando em Manaus não havia cimento para atender a demanda

das construções que mobilizavam a Zona Franca, foi o empresário Nathan que trouxe da Venezuela, o cimento necessário para atender a grande demanda de Manaus. O interior do Estado foi acentuadamente beneficiado pelos motores marítimos que a Moto-Importadora importava e fazia a entrega em domicílio para os caboclos do interior de todo o Amazonas. Atuando com os incentivos da Zona Franca de Manaus foi um dos mais importantes importadores de eletro eletrônicos, relógios de todas as marcas e produtos da melhor qualidade para atender turistas. Sua vida perdeu o sentido, quando o filho primogênito Nathaniel Lemos Xavier de Albuquerque Filho foi vitimado num trágico acidente de trânsito, que o matou, quando o mesmo se preparava para assumir a direção da Moto-Honda da Amazônia, em verdade, um sonho do senhor Nathan, pois o mesmo sabia todas as peças que eram necessárias para fabricar uma moto, quando inaugurou sua fábrica. Era um exímio motociclista, desde muito jovem, com a sua Harley-Davidson. Depois do desaparecimento do filho e por motivos de concorrência desleal, incompreensão de alguns órgãos de fiscalização que perseguiam as lojas da Moto-Importadora, deixando o austero empresário da Zona Franca de Manaus constantemente irritado, o senhor Nathan decidiu vender quase tudo que havia construído no Amazonas e transferir seu domicílio para o Rio de Janeiro, onde passou a fazer empreendimentos imobiliários e financeiros. Chegou ser eleito pela revista Exame, na década de 1980, como um dos sessenta cidadãos brasileiros, entre os mais ricos. Sua esposa Munditha Xavier de Albuquerque havia morrido há quase 60 dias antes de sua morte, que ocorreu no dia 31 de dezembro de 2012, com 90 anos de idade, pois nasceu no dia 6 de agosto de 1922. A morte da querida mulher que o acompanhava em todas as suas empreitadas, na alegria e na tristeza, causou uma profunda tristeza ao marido, que vivia triste e sem ânimo para continuar sua luta diária. Trabalhou até à véspera de sua morte, no seu belo escritório localizado na rua Visconde de Pirajá, em Ipanema,

onde dava expediente diário. Nathan Albuquerque exercia atividade agropecuária no interior do Estado do Amazonas, mantendo criação de gado no município de Iranduba, produzindo leite, manteiga e queijo, durante muitos anos. Era um homem amante do interior do Estado, chegando a escrever livros contando causos dos caboclos, de pescadores (era muito habilidoso com o anzol, pois gostava muito de pescar) e era estimado por todos que com ele conviviam. Homem extremamente reservado, não era afeito a homenagens, não aceitava diplomas de honra, nem participava de festividades em que fosse centro das atenções. Escreveu vários livros, além dos dois que redigiu para homenagear o filho Nathaniel, mas não os lançava. Enviava alguns exemplares, a maioria encadernados, para amigos mais íntimos.. Depois da morte do filho ele se aproximou do médium Chico Xavier, porque se sentia aliviado na sua angústia, afirmando que se comunicava com o filho, por meio do famoso espírita. Para viajar ao interior do Estado, cuidando de alguns negócios, ele mandou construir uma confortável lancha, dentro da qual existia um verdadeiro escritório modelo, de onde num misto de passeio, costumava trabalhar e atualizar informações através do Centro de Computação montado a bordo da mesma. Era assim o grande empresário. Nunca desperdiçava tempo, nem mesmo quando o tempo em alguns momentos não tinha para ele a menor importância. Era um exemplo de vida, de trabalho, um amigo que do alto de sua riqueza, não esnobava, não se ufanava e sua modéstia era maior do que sua fortuna.. Vivia dentro de uma filosofia de muita realidade, como deve viver todo ser humano. Tenho guardadas em meus arquivos, centenas de cartas do Sr. Nathan, que representam um relicário de sabedoria e intelectualidade, com uma linguagem correta e invejável, de um homem que foi um dos mais sábios amazonenses que viveu, venceu, foi feliz e sofreu na região mais ingrata de se viver e ser reconhecido. Que Deus conserve o Sr. Nathan Gaitano Antonaccio

39


40


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.