FIEAM Notícias Ed. 87

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Publicação do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Amazonas

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Indústria

Forte

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Evelyn Lima

índice

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Excelência em vitrinismo na WorldSkills 2015

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Os 55 anos da FIEAM com retrospectiva, aclamação da nova diretoria e homenagem na ALE

Revista editada pelo Sistema FIEAM Publicação do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Amazonas

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Indústria

Forte

Capa Andrea Ribeiro sobre foto de Heider Betcel

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DIRETOR DE COMUNICAÇÃO E MARKETING (DCM) Paulo Roberto Gomes Pereira GERENTE DE COMUNICAÇÃO Idelzuita Araújo - MTE 049/AM

REDAÇÃO Ademar Medeiros - MTE 289/AM Cristiane Jardim Evelyn Lima - MTE 151/AM Mario Freire - MTE 092/AM COLABORAÇÃO Cristiane Oliveira PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO Herivaldo da Matta - MTE 111/AM

PUBLICIDADES Andressa Sobreira e Andrea Ribeiro FOTOGRAFIAS Heider Betcel O conteúdo dos artigos e textos assinados é de inteira responsabilidade de seus autores. Av. Joaquim Nabuco, 1919 - Centro CEP 69020-031 Manaus/AM Fone: (92) 3186-6576 Fax: (92) 3233-5594 www.fieam.org.br acs@fieam.org.br


10 Exportar castanha A do Amazonas para o

editorial

Antonio Carlos da Silva (Presidente do Sistema FiEAM)

mundo é uma luta!

faleconosco@fieam.org.br Endereços no Twitter @fieam / @sesiamazonas @senaiamazonas / @ielamazonas Acesse o perfil do Sistema FIEAM no Facebook Canal do Sistema FIEAM no YouTube youtube.com/user/fieam Tiragem desta edição: 3.000 exemplares Impressão: Grafisa

nossa Federação das Indústrias completou em agosto 55 anos de atividades, mantendo a tradição como fórum permanente das discussões estratégicas para o fortalecimento da indústria e de decisões em defesa do desenvolvimento social e econômico, como a consolidação do modelo Zona Franca de Manaus. A Entidade, hoje, se compromete também com o debate, a prospecção e proposição de novas matrizes econômicas para o nosso Estado, juntamente com o poder público. Nesse aspecto, a FIEAM sempre estará a postos para somar-se aos órgãos e entidades municipais, estaduais e federais, que buscam o fortalecimento da indústria e de nossa economia. Com apoio de seus 27 sindicatos patronais, representantes do segmento industrial do Amazonas, a FIEAM celebra a iniciativa de Abrahão Sabbá que, em 3 de agosto de 1960, juntamente com os delegados dos sindicatos industriais dos setores de serrarias, carpintarias e tanoarias, panificação e confeitarias, bebidas em geral, extração da borracha e calçados, constituía essa entidade líder da indústria. Em sua trajetória, esta instituição tem a felicidade de contar com a forte atuação de um de seus fundadores, o nosso então 1º. Vice-Presidente, Moysés Israel. E é inspirado no exemplo de Moyses Israel, incansável e focado defensor do nosso segmento, desde quando a luta do empresariado amazonense era marcada pela defesa do desenvolvimento da indústria local, processadora de matérias-primas regionais, que coloco a nossa diretoria a serviço da luta em favor de uma indústria mais competitiva, inovadora, geradora de empregos e renda. Continuaremos vigilantes, acompanhando a transformação da cadeia produtiva, que cresceu principalmente nos segmentos eletroeletrônicos e de duas rodas, pilares atuais da economia. Vamos redobrar nossos esforços pela educação e inovação tecnológica, fatores fundamentais para o desenvolvimento de nossa região, por meio das ações da FIEAM, do SESI, SENAI e do IEL. Aproveito a oportunidade para também prestar homenagem a Abrahão Sabbá, Antônio Simões, João de Mendonça Furtado, Francisco Garcia, e José Nasser. Graças ao desempenho desses líderes podemos hoje trilhar o caminho do crescimento e tomar decisões estratégicas para que o Polo Industrial de Manaus tenha melhoria da infraestrutura, e na defesa de um ambiente favorável à produção, especialmente nas questões relacionadas à legislação trabalhista, previdenciária e tributária, entre outros. Em seus 55 anos, a FIEAM vive processo de transformação, e de aperfeiçoamento contínuo para elevar a capacidade de formulação de políticas em defesa do Polo Industrial de Manaus, bem como no incentivo à inovação tecnológica e no aproveitamento industrial da rica biodiversidade.

Vamos redobrar nossos esforços pela educação e inovação tecnológica, fatores fundamentais para o desenvolvimento de nossa região, por meio das ações da FIEAM, SESI, SENAI e do IEL

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Aniversário

Aos 55, FIEAM dá início a novo capítulo na história M ais uma página virada, um novo capítulo iniciado na história da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas. Foi em clima de revisão do passado e perspectivas futuras que o presidente Antonio Silva recebeu empresários, políticos, líderes sindicais e autoridades do Estado e Município para celebrar os 55 anos de fundação da FIEAM. Em cerimônia à parte, o Conselho de Representantes, formado pelos sindicatos filiados, reconduziu Silva a um novo mandato na presidência da organização, para o período 2015-2019 (veja a composição da nova diretoria na página 7). Fundada em 3 de agosto de 1960, por um grupo de empresários que incluía Abrahão Sabbá, Moysés Israel e Antônio Simões, a FIEAM era então formada por representantes dos setores de serraria, carpintaria, panificação, bebidas em ge-

ral, extração de borracha e calçados. Ao lembrar os pioneiros da fase pré-Zona Franca de Manaus, Antonio Silva disse em seu discurso que a FIEAM tem a felicidade de contar com a “forte atuação” de um desses fundadores, Moyses Israel, que ocupou a 1ª vice-presidência, na primeira diretoria da entidade, cargo que o próprio Israel volta a ocupar na nova composição. “É inspirado no exemplo de Moyses Israel, desde quando a luta do empresariado amazonense era marcada pela defesa do desenvolvimento da indústria local, processadora de matérias-primas regionais, que coloco a nossa diretoria a serviço de uma indústria mais competitiva, inovadora, geradora de empregos e renda”, disse. Segundo Antonio Silva, ao longo desses anos, a FIEAM tem sido um fórum permanente das discussões estratégicas para o fortalecimento da indústria e de (continua na pág. 6)

1960

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Na época da fundação, a indústra era processadora de matérias-primas regionais


Sessão na ALE homenageia aniversário Os 55 anos da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), completados em 3 de agosto de 2015, recebeu homenagem da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas, por meio de propositura da deputada Alessandra Campelo (PC do B). A sessão especial aconteceu no dia 5. Segundo a deputada, a entidade representa o avanço da indústria, pois está vinculada à defesa e luta pelos interesses do seu desenvolvimento, inovação e sustentabilidade. “A FIEAM garante representatividade, unidade da economia do Polo Industrial de Manaus, estando ligada a todo desenvolvimento do Amazonas”, declarou a deputada, ressaltando que a entidade também é fonte de informação e apoio aos parlamentares no que diz respeito ao segmento industrial, sua tributação e gargalos enfrentados. “Em seus 55 anos, a FIEAM viveu e vive um processo de transformação e de aperfeiçoamento contínuo para elevar a sua capacidade de trabalho, atuando na formulação de políticas em defesa do PIM, bem como no incentivo à inovação tecnológica e no aperfeiçoamento industrial da rica biodiversidade amazônica”, discursou Antonio Silva. O presidente da FIEAM lembrou que sem o companheirismo dos presidentes dos sindicatos filiados à entidade seria muito difícil tomar decisões estratégicas. Na mesma sessão, a ALE-AM, também por meio da deputada Alessandra Campelo, homenageou o Centro da Indústria do Estado do Amazonas (CIEAM) que completou, também em agosto, 36 anos de atividades e está atualmente sob o comando do empresário Wilson Périco em seu segundo mandato.

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Reeleição decisões em defesa do desenvolvimento social e econômico, como a consolidação do modelo Zona Franca de Manaus, lembrando que a entidade, hoje, se compromete também com o debate, a prospecção e proposição de novas matrizes econômicas para o Estado, juntamente com o poder público. Para o presidente da FIEAM, a grave crise econômica que o país atravessa é um desafio à capacidade dos governos, empresas e entidades, mas também representa oportunidades que não podem ser desperdiçadas com a adoção de práticas mais produtivas e que se revelem com maior capacidade de adaptação ao novo cenário. “É hora de corrigir ineficiências, reduzir custos, ajustar preços, modernizar e inovar para continuar no mercado”, ponderou. Depois de agradecer aos presidentes de sindicatos filiados à FIEAM, que o reconduziram à presidência, Antonio Silva disse que vai empenhar ainda mais esforços na defesa e atualização do modelo de desenvolvimento regional, e intensificar o relacionamento institucional com os Poderes Legislativo e Executivo, em todos os níveis, nos assuntos relacionados à Zona Franca e ao desenvolvimento do Amazonas. “Continuaremos vigilantes, acompanhando a transformação da cadeia produtiva, que cresceu principalmente nos segmentos eletroeletrônicos e de duas rodas, pilares atuais da economia”, disse, e prometeu redobrar os esforços pela educação e inovação tecnológica, fatores que considera fundamentais para o desenvolvimento de região, por meio das ações da FIEAM, SESI, SENAI e IEL. Silva encerrou o discurso com homenagens aos industriais que construíram a história da FIEAM, antes dele, na presidência da entidade, Abrahão Sabbá, Antônio Si-

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Antonio Silva discursa durante solenidade pelo aniversário de 55 anos da FIEAM, quando foi reconduzido para mais um mandato na presidência do Sistema FIEAM

mões, João de Mendonça Furtado, Francisco Garcia e José Nasser, este último hoje na condição de conselheiro fiscal da Federação. Antonio Silva assumiu o primeiro mandato em 2007 e foi reeleito em 2011. Na reunião do Conselho de Representantes, Antonio Silva fez uma retrospectiva dos dois mandatos, e disse que, acima de tudo, era hora de agradecer o empenho, a dedicação, o espírito de companheirismo dos diretores que o acompanharam ao longo dos últimos anos. Fez questão de destacar as grandes obras

Continuamos vigilantes, acompanhando a transformação da cadeia produtiva dos pilares atuais da economia

realizadas, como a reforma e ampliação do Clube do Trabalhador. “No total, construímos ou revitalizamos uma área de 77 mil metros quadrados, e o melhor foi que, a maior parte foi de salas de aula para o SESI e o SENAI”, justificou. Silva destacou ainda a grande reforma na creche do SESI, a Escola Dr. Francisco Garcia, no Distrito Industrial, que possibilitou sair de 1.300 crianças atendidas, em 2008, para as 2.300 atuais, e a construção do Centro Integrado de Educação SESI SENAI Padre Francisco Luppino, no município de Parintins, que passou a atender, desde o ano passado. 1.700 alunos, dos quais, 1.300 só do SENAI. Outro destaque foi a entrega do Barco-Escola SENAI Samaúma 2, que representou um dos maiores investimentos já realizados na área da Educação: R$ 13 milhões fi-


Diretoria-2015-2019 nanciados pela CNI. Na área do Instituto Euvaldo Lodi (IEL/AM), Antonio Silva deu destaque ao Programa de Estágio Supervisionado, que iniciou uma nova fase a partir da nova Lei do Estágio. O IEL passou a atrair em média 12 mil estudantes por ano em busca de colocação no mercado de trabalho. Autoridades A comemoração dos 55 anos da FIEAM contou com a presença de autoridades do Estado e do Município. O secretário de Estado da Fazenda, Afonso Lobo, que representou o governador José Melo, disse que o governo trabalha “ombro a ombro” com a FIEAM não apenas na defesa do setor industrial, mas do Estado do Amazonas como um todo. “Fazemos uma sinergia muito boa durante todos esses anos”, disse. Lobo parabenizou a recondução de Antonio Silva para mais quatro anos à frente da FIEAM, e lembrou a luta da instituição e demais setores ligados à economia, além da classe política do Estado, em defesa da prorrogação do modelo Zona Franca de Manaus por mais 50 anos. Participaram ainda da solenidade, a primeira-dama do Município, Goreth Garcia Ribeiro, que representou o prefeito Arthur Neto, a presidente do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), desembargadora Maria das Graças Marinho, desembargador David Alves de Mello Júnior, deputados estaduais Adjuto Afonso, Dermilson Chagas, Alessandra Campelo, Serafim Correa, José Ricardo Wendling, Orlando Cidade e Frank Bi Garcia, vereador Luis Mitoso, além de representantes das entidades de classe Centro da Indústria do Estado do Amazonas (CIEAM), Wilson Périco, Federação da Agricultura e Pecuária do Amazonas (FAEA), Muni Lourenço, Câmara de Dirigentes Lojistas de Manaus (CDLM), Ralph Assayag, e da Associação Comercial do Amazonas (ACA), Ismael Bicharra.

Presidente: Antonio Carlos da Silva 1º Vice-Presidente: Moysés Benarrós Israel 2º Vice-Presidente: Nelson Azevedo dos Santos Vice-Presidente - Tereza Cristina Calderaro Corrêa Vice-Presidente - Roberto de Lima Caminha Filho Vice-Presidente - Aldimar José Diger Paes Vice-Presidente - Wilson Luiz Buzato Périco Vice-Presidente - Carlos Alberto Rosas Monteiro Vice-Presidente - Amauri Carlos Blanco Vice-Presidente - Sócrates Bomfim Neto Vice-Presidente - Agostinho de Oliveira Freitas Vice-Presidente - Ana Paula Franssinette Sarubi Perrone 1º Secretário - Orlando Gualberto Cidade Filho 2º Secretário - Roberto Benedito de Almeida 1º Tesoureiro - Jonas Martins Neves 2º Tesoureiro - Augusto César Costa da Silva DIRETORES Renato de Paula Simões Sebastião Montefusco Cavalcante Junior Sebastião Nascimento Guerreiro Luiz Carvalho Cruz Mateus de Oliveira Araújo Frank Benzecry Williams Teixeira Barbosa Antonio Julião de Souza Sandro Augusto Lima dos Santos Paulo Shuiti Takeuchi Francisco Rita Bernardino Joaquim Auzier de Almeida Mario Jorge Medeiros de Moraes Genoir Pierosan José Miguel da Silva Nasser Pedro de Faria e Cunha Monteiro Frank Lopes Pereira CONSELHO FISCAL TITULARES José Nasser Celso Zilves Carlos Alberto Marques de Azevedo SUPLENTES Athaydes Mariano Félix Alcy Hagge Cavalcante Carlos Alberto Souto Maior Conde DELEGADOS REPRESENTANTES JUNTO AO CONSELHO DA CNI TITULARES Antonio Carlos da Silva Moysés Benarrós Israel SUPLENTES Nelson Azevedo dos Santos Carlos Alberto Rosas Monteiro

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25 anos

Recofarma, uma história de sucesso

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etentora do principal produto na pauta de exportação do Polo Industrial de Manaus (PIM), a Recofarma Indústria do Amazonas fez uma pausa na produção de concentrados, em plena segunda-feira, 29 de junho, para comemorar seus 25 anos de existência, com direito à presença na fábrica de convidados de outros segmentos da indústria amazonense. O vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), Nelson Azevedo, destacou a importância da empresa para a economia do Estado. “Graças a um investimento pioneiro na produção de concentrados de bebidas do grupo Coca-Cola Brasil em Manaus, o nosso Estado é o maior produtor e exportador de concentrados e xaropes para refrigerantes do País”, disse Azevedo, destacando que a iniciativa da Recofarma em implantar a fábrica no PIM foi decisiva para a consolidação do Polo de Concentrados de Manaus. “O novo negócio de concentrados trazido pela Recofarma foi uma oportunidade para diversificar as atividades do parque industrial local, contribuindo para a geração de emprego e renda, e de receita para o Amazonas”, ressaltou Azevedo. A Recofarma faz parte da The Coca-Co-

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la Company e é uma das indústrias de referência no PIM não só pelas atividades fabris, mas também pela contribuição com a geração de emprego, renda e sustentabilidade para a população do interior do Amazonas. A empresa foi a primeira do Estado a obter a certificação LEED (Selo Fábrica Verde) na categoria Verde, e, pela sétima vez, está entre as Melhores Empresas para se Trabalhar no Brasil, segundo a pesquisa GPTW Institute (Great Place to Work, na sigla em inglês). “Começamos aqui com uma pequena fábrica que empregava 60 pessoas e hoje, nosso negócio impacta o Amazonas de maneira significativa, gerando renda para mais de 11 mil famílias que atuam na cadeia de valor que envolve fornecimento de produtos, serviços e matéria-prima”, explicou o diretor de Operações para as Fábricas de Concentrados na América Latina, Jório Veiga. Este ano, a fábrica foi homenageada, mais uma vez, pela FIEAM por ter sido, pelo quarto ano consecutivo, a maior exportadora do Estado. O reconhecimento foi anunciado em maio, no evento Industrial do Ano, quando a Recofarma recebeu diploma de maior exportadora do Amazonas, com US$ 246 milhões em negócios para fora do Estado conforme registro do Centro


O vicegovernador Henrique Oliveira, o vicepresidente da FIEAM, Nelson Azevedo, e o presidente do Conselho do Grupo Simões, Renato Simões (centro) se unem ao staff da Recofarma/ Coca-Cola Brasil , na cerimônia

Internacional de Negócios (CIN) em 2014. Os produtos fabricados pela Recofarma incluem mais de 197 fórmulas destinadas ao mercado brasileiro e exterior, atendendo a demanda de concentrados de bebidas da Coca-Cola também na Colômbia, Paraguai e Venezuela. A empresa é responsável por abastecer todas as fábricas do Sistema Coca-Cola Brasil. O país representa o quarto maior mercado da Coca-Cola no mundo. Segundo o gerente industrial da Recofarma, Antônio Carlos Pereira, a perspectiva de produção para este ano é manter as atividades, sabendo que a demanda por concentrados no Brasil e Venezuela devem ser neutras, enquanto na Colômbia e Paraguai devem crescer. “Estamos prevendo a produção de 17,5 milhões de embalagens de concentrados, o que não vai representar queda em nossas vendas. A crise é passageira e a Coca-Cola aposta no crescimento do Brasil. Temos certeza de que em 2016 o país volta a crescer, assim como a Coca-Cola, os negócios e sua cadeia produtiva, contribuindo para o crescimento do Amazonas”, declarou Antônio Carlos. Para o presidente do Conselho do Grupo Simões, Renato Simões, as atividades da Recofarma são amplas na agre-

gação de benefícios para a população amazonense, pois além de gerar renda na capital e no interior do Amazonas também incentiva programas socioambientais e culturais, com a ação do Coletivo Coca-Cola e o patrocínio do Festival de Parintins que já dura 21 anos. “Ajudar as famílias amazonenses e trabalhar com foco na sustentabilidade da floresta e do povo que vive nela fazem da Recofarma uma empresa diferenciada, motivo de orgulho para nós e que serve de espelho para as demais indústrias do PIM. É preciso que a indústria tenha consciência de deixar uma con-

tribuição ao Amazonas, trazendo um pouco mais de qualidade de vida à população da capital e do interior, e isso a Recofarma faz muito bem”, declarou Renato Simões. Estavam presentes nas comemorações dos 25 anos da Recofarma, o vice-governador do Estado, Henrique Oliveira, o presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas, Wilson Périco, o conselheiro fiscal da FIEAM, Moyses Israel, os vice-presidentes de Relações Coorporativas da Coca-Cola Brasil, Cláudia Lorenzo e Victor Bicca Neto, e convidados.

Coca-Cola em Números

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Número de fabricantes em quatro países abastecidos pela Recofarma

20

Número de fábricas de concentrados em todo o mundo. Na América Latina, são cinco fábricas

11mil

Número de famílias com renda garantida no Amazonas, graças à operação de concentrados

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Indústria

A castanha é nossa!

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N

a contramão da crise da economia brasileira, o Grupo CIEX deve crescer este ano 10% em relação a 2014 apenas no segmento de beneficiamento da castanha-do-brasil. A empresa é uma das maiores exportadoras da semente oleaginosa oriunda da frondosa castanheira, árvore nativa da região amazônica. O Grupo tem a expectativa de processar mais de 3.750 toneladas de castanhas in natura este ano. A produção da CIEX está voltada ao mercado americano, chinês e europeu, bem como ao


mercado interno, direcionado aos Estados do Sul, Sudeste e Nordeste. “A empresa não está sofrendo os efeitos da crise porque nossa atividade principal é a exportação e, com a valorização do dólar, os negócios da CIEX melhoram. Porém, como meu pai sempre dizia, não existe negócio exato, sendo assim, entramos e saímos em anos muito bons e em anos piores, mas na média somos bem-sucedidos”, disse o presidente do Grupo, Frank Benzecry, 74 anos. O empresário revela que até há pouco tempo o negócio da exporta-

ção estava em baixa devido a algumas medidas equivocadas tomadas pelo governo. “Desde 2003, a empresa sentiu a desaceleração das exportações, estivemos sufocados e essa dificuldade não era sentida apenas pela CIEX, mas por todos os exportadores do país. A ideia do governo era baratear as exportações para que os produtos nacionais tivessem maior competitividade. A medida servia também para controlar a inflação, porém arrebentou com os exportadores, bem como com indústria nacional com a entrada de muitos produtos importados”, recordou Benzecry.

Ao longo de quase 80 anos, a CIEX vem investindo na modernização dos processos de beneficiamento da castanha, visando agregar qualidade ao produto e agilidade na produção, bem como no atendimento fitossanitário para exportação com a castanha descascada. A semente é vendida com casca e sem casca, quase na mesma proporção. O diretor administrativo do Grupo CIEX, Davis Benzecry, 50 anos, lembra que no inicio dos negócios com a castanha, a reincidência de perdas de matéria-prima no transporte devido a roubos

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e desvios de mercadoria no trajeto até o mercado estrangeiro fez com que o fundador da empresa, Isaac Jacob Benzecry, seu avô, tivesse a ideia de desidratá-la, sendo o primeiro empresário a desenvolver o processo industrial que aumentava a durabilidade do produto e agregava maior valor de venda. A CIEX trabalha com matéria-prima oriunda de castanhais nativos dos rios Madeira e Purus, onde pequenos produtores rurais fornecem as castanhas aos pontos de compra da empresa, fixos e fluviais, ou aos transportadores que compram, revendem e entregam as sementes no porto de Manaus. “Os castanhais nativos possuem características muito complexas em sua polinização, necessitando de todo o complexo biológico e ambiental para que a produção seja abundante. A castanheira é protegida por lei, por isso, não pode ser cortada, porém, quando

ocorre desmatamento ao seu redor, ela simplesmente para de produzir”, explica o empresário. O processo inicial de aquisição da castanha ainda é igual ao que era feito no passado, sendo comprada de comunidades extrativistas, diretamente nas margens dos rios ou de intermediários que compram dos ribeirinhos e a transportam até Manaus. A castanha chega de navio ao porto de Educandos, na zona Sul de Manaus, a menos de um quilômetro da fábrica. As que serão comercializadas com casca passam por processo de limpeza, triagem, secagem e são embaladas em sacas de juta. As descascadas têm tratamento mais elaborado, o que inclui o processo de centrifugação. Antes, as castanhas eram descascadas manualmente por terceiros, em locais fora da fábrica. Hoje, esse trabalho é feito por centrífugas, na própria fá-

Grupo Ciex m A Compnhia de Importação e Exportação S/A, hoje mais conhecida pela sigla CIEX, é um dos mais tradicionais grupos empresariais e familiares da Região Norte do Brasil e tem sua origem em Manaus quando seu fundador, Isaac Jacob Benzecry, iniciou suas atividades com a empresa I.J. Benzecry no ano de 1936. Em 7 de novembro de 1944, após algumas mudanças em seu quadro social, a Companhia, já com seu nome atual, assumiu os ativos e passivos da I.J. Benzecry e, seguindo suas atividades comerciais e industriais, sempre atuou no ramo de produtos amazônicos. Ao longo de mais de 60 anos de existência, o Grupo CIEX consolidou-se no mercado local e internacional, atuando em diferentes segmentos através de suas empresas CIEX Indústria, voltada para o mercado de produtos amazônicos, Jutal, produtora de materiais derivados da malva e juta, e a CiexLaghi,

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Daniel (esquerda), neto, e Davis, filho, com o patriarca da família Benzecry, Frank: as três gerações no comando dos negócios da CIEX

mantém tradição familiar empresa voltada para o ramo da construção civil. Maior exportadora mundial de castanha-do-brasil em casca para o exigente mercado norte-americano, a CIEX vem ganhando espaço também na venda de castanha sem casca. De acordo com Frank Benzecry, novos investimentos em qualidade e novas técnicas industriais tendem a consolidar essa nova condição da empresa. Segundo Benzecry, o auge da exportação da castanha-do-brasil foi nos anos 80, período em que o grupo ainda era chamado de I.J. Benzecry, iniciais do seu fundador, Isaac Jacob Benzecry. A empresa teve atividades comerciais diversificadas e a castanha não era o principal produto comercializado. “Quando meu pai veio para Manaus ele começou a trabalhar com castanha e couro, depois passamos a exportar e comercializar pau rosa, timbó, gomas,

sorva e cumaru. Meu pai era um homem bem relacionado que fazia sociedades para atrair conhecimento e tecnologia e, assim, a empresa foi crescendo”, conta Frank. Em sua página na internet, a CIEX informa que grande parte do melhoramento industrial é desenvolvido internamente e permite que a empresa se diferencie em termos de qualidade em uma indústria com produtos muito parecidos. A empresa defende a atividade industrial da castanha-do-brasil como fundamental em qualquer programa sério de preservação ambiental na Amazônia. “É uma atividade que gera renda a mais de 100 mil pessoas na região tendo, obrigatoriamente, que preservar a floresta nativa. Sem essa atividade, a essas pessoas restariam opções predatórias contra a floresta, êxodo em direção às cidades ou, até mesmo, desenvolvimento de atividades ilícitas”, informa.

brica. O trabalho manual foi por muito tempo priorizado por preservar quase na integra o produto, mas as constantes modificações e melhorias na linha de produção com as centrífugas foram as responsáveis pela substituição. “Alcançamos uma performance no descascamento de castanhas na centrífuga que chega próximo ao descascamento manual. Para chegar a esse retorno, redesenhamos a linha de montagem da centrífuga e hoje temos o aproveitamento de 90% da castanha no nosso processo industrial”, informou Davis Benzecry. De acordo com o diretor administrativo do Grupo, o processo industrial da castanha deve ser feito no menor tempo possível para garantir o alto índice de qualidade, como é o produto da CIEX. Logística e filiais no interior Para dar agilidade ao processamento da castanha, o Grupo CIEX montou filiais nos municípios de Coari e Itacoatiara, respectivamente, a 237 e 280 quilômetros de Manaus. Nas filiais, as castanhas armazenadas são submetidas a uma limpeza prévia. Quando a castanha armazenada atinge um volume considerável, ela então é transportada de barco até a fábrica da empresa em Manaus. Além das duas filiais, o Grupo possui dois navios que fazem a coleta na calha dos rios Purus, Madeira e Solimões, adquirindo o produto diretamente das mãos dos agricultores. Existem também pontos de compra em Manacapuru e Humaitá, municípios a 69 e 600 quilômetros de Manaus, respectivamente. A de Coari é a principal filial da CIEX, porque recebe castanhas do Purus e Solimões, mas as atividades realizadas no município estão em risco de ser inviabilizadas por conta da construção, pelo Governo do Estado, de uma ponte ligando dois bairros da cidade. A Ponte do Pera, como é chamada, por ligar o bairro do Pera ao Chagas Aguiar, é de responsabilidade da empresa MCW

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Construções Comércio e Terraplanagem Ltda, e tem a sua construção discutida desde 2002. Na avaliação do diretor administrativo do Grupo CIEX, Davis Benzecry, o problema não é a construção da ponte em si, pois ela trará benefícios para os moradores, facilitando o trânsito e segurança de pedestres e veículos. O problema, segundo ele, é a falta de atenção com a navegação no igarapé do Pera. A preocupação do executivo do Grupo CIEX é com a altura do vão

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da ponte, pois da forma como as vigas estão sendo instaladas vai impedir a passagem mesmo de pequenas embarcações pelo Pera. De acordo com Davis, a ponte vai obstruir cerca de 4km de orla do igarapé no período principal da safra da castanha, de março a abril, quando o rio está cheio. A navegabilidade será restrita, pois a altura entre a ponte e o rio é de pouco mais de 2 metros. O diretor administrativo do Grupo informou que está tratando do assunto

com o governo do Estado e espera as devidas providências para que tal situação seja corrigida o quanto antes. Gargalos para exportação De maior produtor de castanha do mundo, o Brasil vem perdendo posição no ranking dos exportadores para outros países amazônicos e até da Europa. Em 2014, a Bolívia liderou as exportações, seguida do Peru, Reino Unido, Holanda e Alemanha. O Brasil foi apenas


o sexto país a exportar castanhas sem casca no ano passado. Agora, é de origem brasileira boa parte da castanha exportada pela Bolívia, que, devido à falta de fiscalização na fronteira, coleta o produto em áreas do Amazonas e do Acre. A Bolívia exportou em 2014, informa Davis Benzecry, mais de US$ 160 milhões em castanha. É tanta que os bolivianos, segundo ele, brincam com a possível mudança do nome da amêndoa, de castanha-do-brasil para castanha-da-bolívia. Davis ressalta que os bolivianos compram a oleaginosa sem efetuar pagamento de tributo, o que torna mais competitivo o seu valor para o mercado estrangeiro. Segundo o empresário, burocracia e embargos criados pelos próprios órgãos de liberação da exportação de produtos naturais do Brasil são os grandes vilões, associados à falta de fiscalização do território nacional, em especial da Amazônia brasileira. “Temos muita dificuldade de exportar a castanha, é a mesma dificuldade de se trabalhar no Brasil. Lutamos para abrir novos mercados, mercados que compram para vender para outros países, mas mesmo assim não é fácil, pois dependemos da boa vontade do Ministério da Agricultura para liberar o certificado fitossanitário de origem da castanha. Mesmo que para exportar para Europa não precise desse certificado, muitas empresas pedem, pois vendem para outros países que compram apenas com o certificado fitossanitário”, diz. O Estado do Amazonas lidera o processamento de castanhas, variando essa posição com o Acre, pois no Pará, a área de coleta está bem reduzida por conta do desmatamento no Estado. No ano passado, a exportação de castanha pelo Estado do Amazonas foi de

aproximadamente US$ 8 milhões, dos US$ 15 milhões exportados pelo Brasil. Segundo Davis, a previsão de exportação da semente em 2015 é de US$ 25 milhões. “Imaginem se tivéssemos a devida atenção do governo para este problema e para a facilidade da emissão de certificados fitossanitários. Nossa capacidade cresceria no mínimo

Temos muita dificuldade de exportar a castanha, é a mesma dificuldade de se trabalhar no Brasil

50% de compras da semente e beneficiamento para exportação para os cinco continentes”, avalia Davis Benzecry. Quando a castanha é descascada as exigências fitossanitárias e de documentação alfandegária são reduzidas no atendimento ao mercado europeu devido a um acordo bilateral do Brasil com a Europa. Porém, a emissão dos certificados de origem são exigidos por quem compra do Brasil para revender para outros países, como é o caso de Letônia e Estados Unidos, entre outros.

O empresário Frank Benzecry mostra uma cota de acionista da CIEX datada de 1944, do pai dele, Isaac Jacob Benzecry, no valor de mil cruzeiros

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Panificação

Novos projetos no forno

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C

Ficha: Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria do Amazonas Sindipan PRESIDENTE: Williams Teixeira Barbosa NÚMERO DE ASSOCIADAS: 100 empresas ENDEREÇO: Av. Joaquim Nabuco, 2074, 5º andar - Centro

1990

onsiderado alimento sagrado em muitas culturas, o pão é consumido diariamente há milênios pela maioria da população mundial. Pelo menos no Brasil, é o único produto que tem garantia de estar todos os dias na mesa das famílias, seja na forma tradicional ou com ingredientes especiais. Nas contas do Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria do Amazonas (Sindipan), no Estado são consumidas mensalmente 210 mil toneladas de farinha de trigo que são transformadas em 300 mil quilos de pães. Todo esse consumo gera 14 mil empregos diretos, só em Manaus, e 22 mil no Amazonas, em cerca de 1,3 mil estabelecimentos, o que movimenta a economia com o recolhimento do ICMS na fonte para todos os produtos inseridos no pão. Segundo o presidente do Sindipan, Williams Teixeira Barbosa, 62, medidas estão sendo tomadas para o crescimento do setor: cerca de 20% das empresas precisam de investimentos para se adequar à legislação trabalhista e adquirir máquinas e equipamentos que têm preços elevados. Por isso, necessitam de incentivos para proporcionar segurança e qualidade de vida no ambiente de trabalho, ressaltando que o trabalhador precisa estar com saúde e segurança no seu ambiente de trabalho para evitar acidentes. Segundo Barbosa, o trabalhador acidentado fica impedido de desenvolver sua produtividade, o que causa prejuízos à empresa, que tem de contratar outro trabalhador e arcar com a queda da produção, e ao governo que tem de pagar os benefícios de acordo com a legislação previdenciária. Williams disse que a empresa de panificação que não se adequar à realidade e às exigências de mercado

corre o risco de ser excluída do mercado e falir. Segundo o sindicalista, um dos entraves do setor é a alta carga tributária paga pelo segmento, mesmo sendo empresas de micro ou pequeno porte. Também tem o fato de que essas empresas não gozam dos incentivos proporcionados pelo modelo Zona Franca de Manaus para que possam desenvolver seus projetos, para melhorar a competitividade. Outro entrave citado por Barbosa é a escassez de mão de obra no mercado local. O empresário ressaltou que, mesmo com as dificuldades, o segmento, desde a década de 90, passa por um processo de modernização deixando de ser artesanal e limitado à produção do pão francês, e utilizando processos mais mecânicos atendendo à evolução tecnológica e oferecendo ao consumidor um mix com vários produtos, desde pães rústicos, de grãos e especiais, todos de muita qualidade. A tendência, segundo ele, é de expandir os produtos, mas que, para atingir esse nível de produção, o empresário teve que sair de sua empresa e seguir em busca de informações em outros estados e até em outros países, participando de feiras, seminários e congressos. De acordo com William Barbosa, o Sindipan, nesse início de nova gestão, está confortável em razão do trabalho realizado pela diretoria anterior e do apoio proporcionado pela FIEAM que facilita a implementação de ações na capacitação profissional, contratos com parceiros e assessorias técnicas. O Sindipan é filiado à Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (Abip), e conta com parceiros importantes, como o Sebrae e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI Amazonas). A entidade regional hoje conta com a adesão de 100 empresas associadas,

A década marca o início do processo de modernização da panificação no Amazonas

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entre micro, pequenas, médias e grandes, que compartilham das decisões da diretoria, mas que ainda têm muito trabalho para ser realizado. “Hoje o associado tem motivos para procurar o sindicato que, com o apoio da FIEAM, contribui para o desenvolvimento das ações projetadas pela categoria”, disse, citando que as empresas de médio e grande porte estão em melhores condições e bem equipadas para desenvolver suas ações. O dirigente sindical disse ainda que o setor gozava de uma alíquota diferenciada de ICMS na entrada do produto, que foi extinta, e que agora as panificadoras têm que pagar na entrada mais 10% em cima do valor pago por um produto comprado fora de Manaus, como máquinas e equipamentos. Ele alerta que o Sindipan está entrando com recurso na Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) visando extinguir a medida. No caso do trigo, segundo ele, a alíquota cobrada é de 4,8% sobre a compra feita diretamente nas moageiras, explicando que o trigo é todo importado em grãos, da Argentina, Estados Unidos da América e Canadá. Em Manaus, só é feito o processamento, e, como as panificadoras compram o trigo beneficiado, com a variação do dólar, o custo da produção do pão sofre um aumento. Williams Barbosa disse também que o Sindipan oferece cursos de qualificação, tanto para o empresário, para que possa gerir melhor seus negócios por meio de cursos oferecidos pela FIEAM/DAMPI, quanto para qualificação de trabalhadores, através de cursos ofertados pelo SESI, SENAI e Sebrae. Ele ressalta que o SENAI tem a melhor estrutura para formação na área de panificação e confeitaria (leia na página 19), e que o empresário deve ter o espírito e m p re e n d e d o r qualificando seus t ra b a l h a d o re s, além de que o co-

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Números da Panificação

210 mil Em toneladas, a quantidade de farinha de trigo consumida mensalmente pelo segmento da panificação no Estado do Amazonas

300 mil Em quilos, a quantidade de pães consumida no Estado por mês

100 Número de empresas associadas ao Sindipan Fonte: Sindipan

nhecimento gera competitividade na empresa e que o consumidor está mais exigente. Para o presidente do Sindipan, o mundo está voltado para a panificação, e vários países já estão adotando o sistema de congelamento, tanto que o Brasil já exporta o produto congelado para o Japão e outros países. Williams Teixeira Barbosa, paulista de nascimento, chegou a Manaus em 1980 para ficar

Hoje o associado tem motivos para procurar o sindicato, que contribui para o desenvolvimento da categoria

apenas 30 dias, mas a identificação com a cidade foi mais forte, e acabou ficando, constituindo família e construindo toda a sua vida profissional. Casado, pai d e três filhos e com formação em engenharia civil, Williams tem o hábito da leitura, chegando a ler pelo menos seis livros por ano, tendo uma pequena biblioteca em casa, além de gostar de cinema e futebol, e assistir os telejornais . Além da panificação, disse que tem três paixões: família, maçonaria e engenharia civil. Williams entrou para o Sindipan há 20 anos e assumiu a presidência em 2014 com um mandato de três anos com direito a reeleição.


SENAI amplia e moderniza laboratório de Panificação O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) coloca no mercado, a cada ano, uma média de 750 pessoas certificadas nos 12 cursos permanentes de panificação oferecidos pela Escola SENAI de Ações Móveis e Comunitárias. São cursos de qualificação profissional, com duração de 160 horas, e de aperfeiçoamento profissional (de 40h e de 20h). Só para padeiros, a instituição oferece seis cursos, com turmas nos três turnos. De acordo com o interlocutor do Núcleo SENAI de Alimentos e Bebidas, Francijander de Oliveira (foto), o SENAI, quando solicitado, faz o papel de mediador entre o trabalhador qualificado e as empresas de panificação, mas nem sempre esse contato resulta em emprego. “A maioria dos alunos faz o curso pensando em abrir seu próprio negócio, por isso, não aceita o salário que a indústria ofe-

rece para iniciantes”, diz Francijander. Segundo ele, esse descompasso entre o que almeja um profissional e o que a indústria oferece, faz com que a mão de obra qualificada seja escassa. Instrutor da área e hoje atuando apenas como interlocutor e consultor, Francijander conta que o SENAI ampliou em 41% o atendimento à indústria da panificação com a reforma do seu Laboratório de Panificação e Confeitaria, reinaugurada no ano passado. Para o presidente do Sistema FIEAM, Antonio Silva, o compromisso do SENAI é desenvolver a indústria, garantindo o acesso à formação profissional dos trabalhadores. “O caminho para elevarmos a competitividade do nosso parque industrial é através da educação profissional ministrada pelo SENAI Amazonas”, disse Silva na inauguração do Laboratório.

O presidente do Sistema FIEAM, Antonio Silva, com empresários e autoridades na reabertura do Laboratório de Panificação e Confeitaria Nestor Neves, do SENAI, em 2014

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CIN-AM

Negócios com o mundo A

brir as portas do comércio internacional a empresas que desenvolvem seus produtos no Amazonas é a missão do Centro Internacional de Negócios (CIN), envolvendo uma série de programas e ações voltadas à cultura exportadora. O CIN-AM é o braço da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas na Rede CIN, organização dos Centros Internacionais de Negócios dos 26 Estados e Distrito Federal, vinculada à Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com o gerente executivo do CIN-AM, economista Marcelo Lima, os esforços da sua equipe estão em apoiar e capacitar os empresários locais que vislumbram romper barreiras na venda de seus produtos, expandindo seus negócios para o mercado exterior. Com esse objetivo, o foco está em preparar o empresário e informar sobre o mercado internacional e as peculiaridades do comércio. “Os produtos da região amazônica são exóticos e únicos, características que despertam o interesse de novos investidores e compradores, portanto nossa ação é de sensibilizar para que a cultura da exportação seja cada vez mais forte no Amazonas”, disse o gerente. Os serviços oferecidos pelo CIN englobam programas de internacionalização, inteligência comercial, capacitação empresarial e promoção de negócios. “Essas ações são realizadas por profissionais com experiência na internacionalização de negócios que seguem o alinhamento da Rede CIN”, explica Lima. Desde a fundação do CIN Amazonas, há 15 anos, Marcelo Lima e sua equipe realizam atividades para promover e incentivar a exportação local, em especial a de empresas de pequeno e médio

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porte. A mobilização conta com organizações parceiras da Rede CIN, como a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae Amazonas). Nas atividades de capacitação empresarial e promoção comercial o CIN está à frente das iniciativas de aprimoramento e reciclagem técnico-gerencial em comércio exterior, bem como na articulação para que empresários brasileiros participem de eventos no Brasil e no exterior. Essas atividades são realizadas pela CNI, por meio da Rede CIN, Governo e organizações parceiras. Cultura Exportadora O CIN Amazonas atua em parceria com o Governo Federal no Plano Nacional da Cultura Exportadora, o PNCE, uma inciativa dirigida pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) para 24 Estados e que conta com 15 instituições parceiras já consolidadas. Diversificar as exportações brasileiras e ampliar a participação do país no comércio internacional são focos deste Plano. De acordo com Marcelo Lima, as atribuições do CIN no PNCE são de promover cursos, consultorias e oficinas para empresas locais interessadas em exportar, interagir com elas para sensibilizá-las na participação em feiras, eventos internacionais e rodadas de negócios. As diretrizes seguidas no PNCE envolvem cinco eixos temáticos: cultura exportadora; inteligência comercial e competitiva; ambiente de negócios; diversificação e qualificação da pauta exportadora; e promoção comercial.


1.000

meta de empresas que o Projeto INSERI Pequenos Negócios deve atingir

O gerente executivo do CIN/ Amazonas, Marcelo Lima, detalha os projetos para inserir as empresas locais no mercado mundial

Projeto INSERI Com investimento previsto de R$ 9 milhões para os próximos dois anos em iniciativas de internacionalização de micro e pequenas empresas, a CNI e o Sebrae Nacional lançaram neste ano o Projeto INSERI Pequenos Negócios. O projeto no Amazonas será voltado ao segmento industrial de maquinários e equipamentos, no qual a FIEAM, por meio do CIN, será responsável por reunir pequenos negócios para exportação, e facilitar o acesso de empresários aos serviços de suporte, contribuindo para inserção competitiva internacional. Além do segmento de maquinários e equipamentos, o Projeto INSERI atuará com os segmentos de móveis (CIN–SC), cosméticos (CIN–GO), vestuário (CIN– CE), alimentos e bebidas (CIN–MG) e software (CIN–PR). Independentemente do Estado de execução das ações dos segmentos contemplados, qualquer empresa brasileira, de pequeno e médio porte, pode fazer parte do projeto. “Seremos articuladores do INSERI, pois somos reconhecidos pela atuação e capilaridade no relacionamento com empresários e com as organizações parceiras. O CIN Amazonas foi o único escolhido na Região Norte para tocar esse projeto e o nosso desafio continua sendo promover a internacionalização de micro e pequenas empresas que atuam no segmento de maquinários e equipamentos, preparando os empresários com capacitações e consultorias para chegarem às missões internacionais prospectivas”, explicou Marcelo Lima. O gerente lembrou que a meta do projeto é atingir 1.000 empresas, sendo 50 do Amazonas. “Os objetivos do INSERI é de fomentar a internacionalização para gerar competitividade, inovação, parcerias, negócios e investimentos além do território brasileiro”, disse.

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Al-Investe Com o convênio de cooperação internacional entre União Europeia e América Latina, o Al-Invest, o CIN Amazonas vem promovendo capacitações e treinamentos. Nos últimos quatro anos (2010-2014), essa ação foi responsável pela execução do Programa Setorial Al-Invest, contemplando cursos e rodadas de negócios entre empreendedores locais dos segmentos de biotecnologia e metalmecânica com compradores em potencial da Europa e Estados Unidos. A programação do convênio é direcionada a pequenos e micro empreendedores, propondo qualificação e formação continuada de empresas para acessar o mercado exterior. “Para atuar no mercado internacional, o empresário brasileiro deve se adaptar à realidade dos consumidores de outros países, além de conhecer sua concorrência. A mudança promovida através de cursos, capacitações e treinamentos proporciona experiência e torna a empresa mais competitiva e segura no atendimento das demandas de culturas e gostos diferentes da dos brasileiros”, avalia Lima. Segundo o gerente, o Al-Invest tem previsão de lançar em agosto o quinto

programa setorial para os próximos cinco anos e as ações contarão com um suporte de 25 milhões de euros, destinados aos programas de capacitação, treinamento, intercâmbio técnico e assessorias. Apex-Brasil “A parceria com a Apex-Brasil é importante no processo de apresentar os produtos nacionais em feiras e eventos internacionais. A ação da CNI com Apex e Sebrae é complementar, pois enquanto o Sebrae prepara os empresários e seus produtos para exportação, a Apex apoia na sua exposição em feiras e missões no exterior, contando com o CIN que acompanha todo o processo de capacitação, promove informações do mercado internacional, e presta consultoria para concretizar com sucesso a internacionalização de empresas brasileiras”, destaca Marcelo Lima. Anualmente, a Apex-Brasil lança um calendário de missões e eventos. Só para 2015, foram programadas 26 promoções para viabilizar a exposição de produtos brasileiros pelo mundo, onde a Apex organiza os espaços de exposições, rodadas de negócios e demais iniciativas com objetivo de ajudar empresários brasileiros a

incluir a exportação na sua pauta de negócio. “A Apex-Brasil deve investir mais de R$ 2 milhões em 2015 na organização dessas atividades no exterior, visando apresentar aos consumidores internacionais os produtos brasileiros, incluindo os do nosso Estado que tem como apelo o fato de serem oriundos da floresta Amazônica”, destacou o gerente executivo do CIN-AM. No primeiro semestre de 2015, o CIN Amazonas atuou como articulador e colaborador em seis feiras, missões e visitas comerciais, e contribuirá na participação de mais sete eventos internacionais neste segundo semestre do ano. “Temos todo potencial de exportar, pois nossas tecnologias e produtos representam indústrias sustentáveis e responsáveis pela manutenção e preservação da maior floresta do mundo, conhecida mundialmente”, disse Lima. Inteligência e Promoção Comercial A inteligência comercial oferecida pelo CIN Amazonas é mais um diferencial do Sistema Confederação Nacional da Indústria para contribuir com o sucesso da internacionalização das empresas brasileiras. Trata-se de programas que avaliam,

Soluções IC A Rede CIN disponibiliza em todo o país as Soluções de Inteligência Comercial (Soluções IC), para empresas interessadas em exportar e fechar parcerias com mercados internacionais. Veja os serviços: 1. ENCONTRAR POTENCIAIS MERCADOS NO EXTERIOR Analistas da Rede desenvolvem estudos de desempenho econômico de mercados para o produto ou setor, com análise de dados macroeconômicos, balança comercial e fluxo de comércio.

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2. ANALISE O MERCADO ALVO O foco é levantar informações relevantes para que o empresário entenda a cultura e a economia de um país de interesse.

4. ESTABELEÇA SEUS PREÇOS PARA O MERCADO GLOBAL A ideia é orientar os empresários sobre como formar o preço do produto para o mercado externo.

3. AVALIE A COMPETITIVIDADE DO BRASIL E A CONCORRÊNCIA DO SEU PRODUTO NO MERCADO ALVO Análise do setor desejado no mercado para qual se deseja exportar, com os principais diferenciais da exportação brasileira em tributos, logística, preços, qualidade, comparando com outros concorrentes internacionais.

5. IDENTIFIQUE CLIENTES LÁ FORA O Soluções IC traça um perfil dos potenciais consumidores do produto exportado e também aspectos gerais da cultura do país e modelos de negociação. Isso é possível por meio de consultas a fontes de informações no país-alvo, diretórios especializados e redes de contatos para validação da lista de potenciais clientes no exterior.


O gerente executivo do CIN-AM, Marcelo Lima, com parte da sua equipe, disponível para sanar dúvidas sobre como utilizar os canais com o mundo

monitoram e informam sobre o mercado exterior, apresentando dados estatísticos dos países de interesse, barreiras técnicas e tarifárias, bem como o ranking dos produtos mais exportados. “Temos dois programas de pesquisa de mercado, nos quais a CNI e as Federações investiram alto: o Euromonitor e o Enterprise Europe Network (EEN)”, diz. O Euromonitor apresenta um estudo de mercado, dando ao empreendedor segurança para exportar, pois apresenta demanda do país, além de identificar o melhor mercado para seu produto. O Enterprise Europe Network (EEN) é um programa da União Europeia, espécie de rede social onde são inseridos perfis de empresas brasileiras aptas a exportar. O CIN-AM observa essa plataforma duas vezes por semana, monitorando as oportunidades de negócios para os perfis de empresas amazonenses. Marcelo Lima diz que, para uma empresa participar de missões nacionais e internacionais é necessário prepará-la por meio de capacitações e programas de

internacionali-

Tenho dois zação. Para isso, o CIN lança anuprogramas de um propesquisa de mercado, nos gramaalmente de capacitação quais CNI e Federações para desenvolver a competência de empresários investiram e profissionais de comércio alto exterior. São seis cursos por ano que abordam temas, como Planejamento Estratégico para Exportação, Marketing Internacional, Exportação Passo a Passo, Formação de Preços e Incentivos Fiscais na Exportação, Negociação Internacional, Como se Preparar para o Mercado Internacional, entre outros. Certificado de Origem Digital Documento que garante agilidade, confiabilidade e segurança ao exportador, o Certificado de Origem Digital é outro benefício oferecido pela Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), por meio do CIN/AM. O COD, segundo Marcelo Lima, é processado e entregue no mesmo dia ao exportador. “Até o fim do ano, o sistema COD-Brasil estará totalmente implantado com a aprovação de assinatura digital, que eliminará o deslocamento do pessoal encarregado da

tramitação do documento, uma vez que a emissão será totalmente on-line”, explica Marcelo Lima. Para atender o avanço das exportações brasileiras, bem como da exigência dos importadores, o Governo Federal, através do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comercio Exterior (MDIC) estabeleceu normas mais rigorosas para as entidades credenciadas que oferecem o serviço de emissão do certificado de origem. O documento, surgido por força de acordos comerciais entre países, possibilita benefícios tarifários ao importador. Até há pouco tempo, o certificado era preenchido manualmente, o que tornava o documento vulnerável. O CIN presta consultoria para emissão do COD, bem como proporciona treinamento às empresas que se interessam pelo serviço. No endereço eletrônico www.fieam.org.br/site/fieam/cin estão disponíveis informações sobre o COD e outros assuntos voltados à internacionalização de empresas locais. Caso o interessado queira saber mais sobre algum serviço do Centro, pode agendar uma reunião com a equipe de profissionais do CIN pelo telefone (92) 3186-6511 ou 3186-6510.

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Projetos & Inovação

Em busca de ideias ino A

Gerência de Projetos & Inovação, do Serviço Social da Indústria (SESI Amazonas), foi criada há um ano para apoiar e assessorar as áreas de negócios e projetos de inovação, tanto da instituição quanto da Indústria, na implementação das melhores práticas de gestão, ferramentas, fluxos técnicos de projetos e inovação industrial. De acordo com a gerente do setor, Simônica Lima de Carvalho Sidrim, além de orientar, quando aplicável, poderão ser desenvolvidos projetos e processos de inovação. A equipe vai até a área onde existe a demanda e verifica de que forma a ideia apresentada pode ser viabilizada. Ela cita como exemplo a sustentabilidade financeira da área de negócios e consequentemente de toda a Instituição. Simônica disse que esses projetos têm uma receptividade maior porque atendem os direcionadores estratégicos do Departamento Nacional e podem também proporcionar o aumento da receita financeira. Nem todos, porém, visam aumentar receitas: alguns projetos visam ganhos institucionais. A gerente cita a Indústria do Conhecimento como um programa que pode trazer esse ganho porque facilita o acesso ao conhecimento da população de um modo geral e, em especial, da indústria e seus trabalhadores, gerando ganhos culturais. De

Os projetos atendem os direcionadores estratégicos do Departamento Nacional

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acordo com a gerente, existem outras situações que podem ser visualizadas como oportunidade de gerar ganhos de desempenho da área, aumentando suas receitas ou parcerias estratégicas

a fim de agregar valor, dando mais visibilidade à marca SESI. Um dos projetos em andamento, no setor de Projetos & Inovação é o de Radiologia Digital, na área de Odon-


ovadoras tologia, que vai eliminar problemas e custos. Segundo Simônica, hoje a radiologia utiliza chumbo, que é material contaminante, e produtos químicos (reveladores e fixadores), que têm alto poder de combustão, o que implica em custos de destinação. “A ideia da Radiologia Digital é fazer todo o processo de forma digitalizada eliminando todos os resíduos e ainda tendo como garantia uma cópia em arquivo eletrônico respaldando o SESI e o cliente, além de eliminar custos e obter um ganho significativo”, disse. Parceria com Indústrias O trabalho na nova gerência, segundo Simônica Sidrim, acontece a partir do Edital SENAI SESI de Inovação, que permite, a partir de visitas às indústrias e por meio das ações em qualidade de vida e de Saúde e Segurança no Trabalho, olhar para o processo produtivo, seja da micro, pequena, média ou grande empresa, e ver de que forma o Edital pode, a partir dessa ótica técnica, desenvolver um processo inovador a fim de aumentar a produtividade e a competitividade das empresas. De acordo com Simônica, o Edital tem um teto de valor que é concedido quando o projeto é aprovado para assessorar as empresas no desenvolvimento de modelos de negócios. Consequentemente, o plano de negócio é encaminhado ao sistema de fomento da Instituição, o SGF (SESI Gestão Financeira). A gerência de P&I, quando solicitada, dá assessoria à Indústria que deseja ter uma ideia aprovada no Edital referente a Qualidade de Vida e com o SENAI nas ações tecnológicas.

A gerente de Projetos & Inovação do SESI, Simônica Sidrim, com a técnica Patrícia Evangelista: o novo setor fortalece o Sistema FIEAM como um todo

Inter-relacionamento fortalece Sistema FIEAM De acordo com Simônica Sidrim, a Gerência de P&I atende o SESI diretamente, e as demais casas, indiretamente, por meio da complementariedade e inter-relacionamento. Ela ressalta que a atuação se dá em conjunto, citando o IEL, no Inova Talento. Também já existe uma articulação para que o SENAI, ao visualizar negócios na área do SESI, passe a informação para a equipe de Projetos & Inovação que vai à indústria para viabilizar a ideia, o que fortalece o Sistema FIEAM no processo de inovação na visão das empresas. Simônica diz que a gerência não vai limitar as ideias, mas sim estimular, orientar e ensinar para que as ideias se concretizem, e que quando o setor identifica que a ideia pode se tornar um negócio com potencial, a gerência ajuda na elaboração do projeto e vai captar recurso, por meio do SESI Ges-

tão Financeira (SGF), no SESI Nacional, que entra com 80% do valor, caso o projeto seja aprovado, o que estimula outros setores a buscar recursos. Simônica Sidrim, que respondia anteriormente pelo setor de Responsabilidade Social Empresarial do SESI, cuja maioria dos programas foi incorporada pela Qualidade de Vida, ressaltou que a ideia tem que caminhar dentro dos processos e que os procedimentos passarão por algumas etapas, como orçamento, planejamento, financeiro, além da Diretoria Técnica, para identificar se é estratégico e apresenta ganhos de desempenho e de receitas, e, se tem condições de se tornar negócio. Depois de analisado e aprovado, o projeto passa por um Comitê com representantes de diversas áreas para aprovação final e em seguida encaminhado ao SESI Nacional com 90% de chance de ser aprovado.

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Worldskills2015

Mais habilidade no mundo do trabalho C

om 27 medalhas e 19 certificados de excelência, o Brasil honrou o papel de anfitrião da maior competição de ensino profissional do mundo, ao apresentar seu melhor desempenho na WorldSkills Competition, realizada de 11 a 16 de agosto, em São Paulo, com a participação de 59 países. Os alunos treinados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e Confederação Nacional da Indústria

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(CNI), bateram um recorde histórico ao conquistar 11 medalhas de ouro, 10 de prata e 6 de bronze, além dos certificados. No ranking de pontos totais, o time brasileiro ficou em 1º lugar, seguido da Coreia do Sul, China Taipei, Japão e França. O SENAI Amazonas, que pela primeira vez teve representante na competição internacional, com o aluno Maurício Duarte, que disputou na ocupação vitrinismo, faturou um dos

certificados de excelência. O presidente do Sistema FIEAM, Antonio Silva, ao lado do vice, Nelson Azevedo, acompanhou os primeiros dias da competição e disse que o Amazonas tem motivo para comemorar muito esse diploma de excelência nessa primeira participação de um Estado da região Norte na WorldSkills, além do fato de que “o Brasil soube aproveitar as condições favoráveis de competir em casa para obter seu melhor resultado desde que começou a participar da com-


Fotos: José Paulo Lacerda/CNI

O Brasil soube aproveitar as petição em 1983”. O amazo- condições de competir nense Maurício em casa para obter Duarte e os ouseu melhor tros 55 integrantes da delegação resultado

Ranking OURO PRATA BRON. EXCEL. BRASIL

11

10

06

19

COREIA (SUL)

12

07

05

13

CHINA TAIPEI

05 07

04

18

JAPÃO

05 03

05

12

FRANÇA

02 04

03

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brasileira - a mais representativa participação do país, passaram por treinamento intenso. Durante um ano, foram necessárias 311 mil horas de preparação da equipe que contou com 189 técnicos brasileiros. Nesse período, os competidores também tiveram o apoio de 70 especialistas de 13 países, além de 21 empresas parceiras que contribuíram para incrementar os treinamentos. Para o diretor-geral do SENAI, Rafael Lucchesi, o resultado alcançado na WorldSkills demonstra o alto nível de excelência que o Sistema Indústria tem na educação profissional. “Isso deve servir de incentivo para corrigirmos a matriz educacional brasileira, ampliando o acesso dos jovens ao ensino técnico”, disse.

Leia mais nas páginas 28 e 29.

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Foto: Evelyn Lima/FIEAM

Com uma vitrine voltada para o público infantil e inspirada no tema Games, o estudante amazonense Maurício Duarte Ferreira, de 20 anos, conquistou o certificado de excelência em vitrinismo na Worldskills São Paulo 2015. O aluno usou elementos que transportam o observador para os tradicionais jogos de tabuleiro. Maurício foi um dos 50 competidores só do SENAI, que se juntaram aos seis competidores do SENAC (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) para formar a mais numerosa delegação brasileira no evento, considerado o maior torneio de educação profissional do mundo. “Participar da Worldskills foi um sonho que ficará marcado em minha vida profissional. Tudo que passei aqui representa superação, o esforço e a dedicação ao aprendizado e do comprometimento dos instrutores do SENAI que acreditaram em mim e me deram a melhor capacitação em vitrinismo”, disse Maurício. Na ocupação de vitrinismo, a competidora da Holanda, Nadine Klingen, ficou com a medalha de ouro, Sara Andersosn, da Suécia, conquistou a medalha de prata, e Wen Quek, de Cingapura, recebeu a medalha de bronze. A medalha de excelência, a que o aluno amazonense fez jus é concedida aos competidores que conseguem atingir mais de 500 pontos no cumprimento dos desafios Para o diretor do SENAI/AM, Aldemurpe Barros, Maurício deu início ao histórico de participações do Amazonas no torneio internacional. “Maurício mostrou nosso compromisso com a educação profissional no Amazonas, somando ao que o SENAI faz nacionalmente, com educação de excelência para o ingresso de jovens em áreas industriais e para a elevação da competitividade da indústria brasileira”, disse. Maurício Duarte

cumpriu o desafio na Worldskills 2015, utilizando como elemento surpresa pequenas peças de encaixe, piões, tachas, skate entre outros brinquedos infantis. Os competidores tiveram quatro dias para desenvolver seus projetos, pintar e fazer revestimentos, criar acessórios,

1983

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O Brasil começa a participar da WorldSkills, então só com alunos do SENAI

escolher roupas para três manequins infantis e montar a vitrine real. Maurício levou quase um ano de treinamento para tornar-se o primeiro aluno do SENAI Amazonas a participar da Worldskills. Ele competiu com participantes de 10 países (Alemanha, Cingapura, Finlândia, Holanda, Hong Kong, Índia, Letônia, Macau, Reino Unido e Suécia). (Com material da CNI).


Maurício Duarte diante da vitrine criada por ele para a Worldskills 2015; na foto menor, o presidente da FIEAM, Antonio Silva, e o vice, Nelson Azevedo, visitam o local de provas

Medalhas do Brasil A 43ª edição da Worldskills São Paulo 2015 foi a primeira vez em que a competição foi realizada num país da América Latina. Ocupou o complexo de 213 mil metros quadrados do Anhembi Parque, onde quase 1.200 alunos dos cinco continentes disputaram em 50 ocupações profissionais da indústria e de serviços. O Brasil, que entrou na competição em 1983, completou neste ano sua 17ª participação. Na última edição, em Leipzig (Alemanha) há dois anos, o Brasil havia conquistado 12 medalhas (4 de ouro, 5 de prata e 3 de bronze), além de 15 certificados de excelência. Agora foram 27 medalhas (11 de ouro, 10 de prata e 6 de bronze) e 19 Certificados de Excelência. Veja as áreas premiadas: Medalhas de ouro: Aplicação de Revestimento Cerâmico, Caldeiraria, Desenho Mecânico em CAD, Instalações Elétricas Prediais, Joalheria, Polimecânica e Automação, Soldagem, Tecnologia Automotiva, Tecnologia da Moda, Tecnologia de Mídia Impressa, Web Design.

Medalhas de prata: Construção de Estruturas Metálicas, Construção em Alvenaria, Design Gráfico, Engenharia de Moldes para Polímeros, Escultura em Pedra, Marcenaria de Estruturas, Mecatrônica, Panificação, Redes de Cabeamento Estruturado, Tornearia a CNC. Medalhas de bronze: Construção de Estruturas para Concreto, Eletrônica, Manufatura Integrada, Manutenção Industrial, Cozinha, Serviço de Restaurante. Certificados de Excelência: Carpintaria de Telhados, Confeitaria, Eletricidade Industrial, Fresagem CNC, Funilaria Automotiva, Gestão de Sistemas de Redes TI, Instalações Hidráulicas e de Aquecimento, Jardinagem e Paisagismo, Movelaria, Pintura Automotiva, Pintura Decorativa, Refrigeração e Ar Condicionado, Robótica Móvel, Soluções e Software para Negócios, Vitrinismo, Cabeleireiro, Cuidados de Saúde e Apoio Social, Florista.

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Cultura

Artesanato atrai atenção para o Alto Rio Negro

O

artesanato produzido por comunidades indígenas e ribeirinhas dos municípios de São Gabriel da Cachoeira, a cerca de 852 quilômetros de Manaus, e Barcelos (400 quilômetros) foram destaque nas edições de julho das revistas Casa Claudia e Casa Claudia Luxo, ambas da Editora Abril e que circulam nacionalmente. Os produtos, em sua maioria cestaria, aparecem como artigos artesanais de luxo, descritos como peças de alto valor agregado por causa de seus aspectos cultural e iconográfico característicos dos povos da região do

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Alto Rio Negro. O destaque nacional é resultado de um trabalho que o Sebrae no Amazonas vem realizando em três comunidades desses municípios há cerca de três anos. Durante esse período, os artesãos receberam diversas capacitações em empreendedorismo, melhoramento do produto, inovação, e participaram de feiras e eventos nos quais foi pos-

sível apresentar os artigos nacionalmente. A artesã Gilda Saraiva conta como o apoio do Sebrae foi importante para preparar os artesãos perante os desafios do mercado. Para ela, o Sebrae mostrou que a arte produzida por suas mãos poderia ganhar destaque em todo o Brasil. “A minha filha, antigamente, não poderia nem cogitar a ideia de cursar uma uni-

Com o apoio do Sebrae, eu ganhei mais conhecimento e consegui fazer crescer o meu negócio


Fotos: Reprodução

versidade. Hoje, a realidade já é bem diferente. Com o apoio do Sebrae, eu ganhei mais conhecimento através dos cursos e consegui fazer crescer o meu negócio. Para nós, é uma grande conquista ver nossas peças divulgadas em grandes revistas do País”, afirma a empresária, que é dona atualmente do atelier e loja Uirapuru Arte Rio Negro, no município de São Gabriel da Cachoeira. Na revista Casa Claudia Luxo o artesanato do Alto Rio Negro aparece como ‘Brasil Intocado’, em uma referência a produtos que atraem por sua originalidade e ineditismo das peças. Já na outra publicação, Casa Claudia, as peças são tratadas como ‘Tesouros da Amazônia’, pois os artigos são considerados, segundo o designer Sérgio Matos (que trabalha junto aos ribeirinhos artesãos), verdadeiras obras de arte produzidas em uma região pouco conhecida pelo resto do Brasil. As publicações destacam que as peças seriam lançadas oficialmente no mercado de arquitetura e design do Brasil em um grande salão de

eventos em São Paulo (SP), no mês de agosto. Para a diretora-técnica do Sebrae no Amazonas, Lamisse Cavalcanti, o interesse das revistas nesses produtos é resultado de um trabalho permanente do Sebrae em apoio às comunidades indígenas e ribeirinhas, no aprimoramento de técnicas e melhores práticas de gestão. “Todo esse acompanhamento é feito através do projeto Brasil Original, que no Amazonas beneficia, com diversas consultorias e ações de mercado, os produtores de artesanato de nossa região”, destaca. Ainda de acordo com a diretora, um dos grandes diferenciais do apoio do Sebrae são as ações de mercado ou visitas técnicas a outros estados, pois foi dessa forma que os artesãos conheceram o mercado nacional de artesanato e passaram a se preparar melhor utilizando melhores técnicas de produção e acabamento e, ainda, colocando em prática conhecimentos de empreendedorismo e gestão de negócios.

Divulgação/Sebrae

Gilda Saraiva (de vermelho), durante curso do Sebrae, diz que foi uma conquista dos artesãos ter seus trabalhos divulgados na revista (acima e na página ao lado)

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IEL/Estágio

Maior interação C

om a campanha “O Estágio do seu Jeito” a ser lançado ainda neste segundo semestre, o Instituto Euvaldo Lodi (IEL Amazonas) reformula de modo geral o seu Programa de Estágio, principalmente em seus processos internos, como ajustes no portfólio e em sua área tecnológica, com a repaginada em seu site, criação de aplicativos, facilidade e praticidade com a realização das provas de seleção on-line, tudo para facilitar a interação das empresas, instituições de ensino e estudantes. De acordo com o encarregado de Estágio do IEL Amazonas, Jander Menezes Cavalcante, o programa é direcionado para atender a nova geração que está dominando o mercado, a geração Y. “Percebemos que o mercado de trabalho está em constante mudança, e para atender a esse mercado o estudante precisa das ferramentas que o auxiliem nesta jornada”, explica Jander. O IEL já iniciou suas parcerias para por o programa em andamento. A empresa P&G, e instituições, como Uninorte Laureate International Universities, Faculdade Martha Falcão e Universidade do Estado do Amazonas (UEA), já utilizam o Sistema Nacional de Estágio e contribuem com sugestões e melhorias até o lançamento do programa. O programa dará continuidade à atuação já realizada pelo IEL de fidelização de clientes, com atendimento mais ágil buscando sempre atender às demandas de forma flexível. “Para atender a essas demandas o IEL Amazonas oferece não apenas o estágio, mas educação e inovação, e isso nos destaca no mercado”, explica o coordenador.

“Este ano estamos fechando grandes parcerias internas, com SESI e SENAI, e externas como é o caso do SINE, ABRH e UEA, com o intuito de evoluirmos ainda mais com o nosso portfólio”, disse Jander. A parceria com o SENAI Amazonas fará com que o programa “O Estágio do seu Jeito” chegue até o Polo Industrial de Manaus (PIM), com a inclusão de estagiários e menores aprendizes, capacitados para atender a demanda da indústria, como é o caso da empresa P&G já atendida por meio dessa parceria. O estudante hoje deve estar preparado para atender às demandas de um mercado competitivo e tecnológico, diz Jander, e, para isso, o IEL Amazonas oferece cursos e palestras gratuitas para iniciação desses jovens no mercado. Para o encarregado, os estudantes possuem acesso à tecnologia e ao conhecimento, mas sentem dificuldades em aplicá-lo no mundo corporativo. O conhecimento e domínio da informática básica e avançada, e outros idiomas, ajudam e muito os estudantes na conquista de vagas ofertadas. “O índice de reprovação por falta de domínio com as ferramentas administrativas básicas como Word e Excel, é um dos pontos para se preocupar quando se busca a inserção no mercado. A comunicação e a apresentação pessoal também são pontos cruciais para conseguir a vaga de estagiário”, disse Jander Cavalcante. Cerca de 50 alunos por dia - aproximadamente 1.100 alunos por mês passam pelo IEL à procura de estágio. Desses, são encaminhados entre 15 e 25 alunos às vagas disponíveis por empresas. O número de encaminhamentos varia de acordo com as vagas

Este ano, estamos fechando grandes parcerias internas (SESI e SENAI) e externas (SINE)

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com as empresas disponíveis pelas empresas por dia. Em 2014 foram encaminhados às vagas de estágio 7.100 alunos, com efetivação de 7 mil estagiários no mercado de trabalho. Já em 2015 o IEL estima um crescimento baixo em relação ao ano anterior devido à crise que assola o país. “Estimávamos um aumento de 15% no nosso quantitativo acumulado de estudantes efetivados, porém a crise econômica demonstrou um cenário menos promissor, pois muitas empresas estão segurando seus investimentos e diminuindo a sua folha. Diante deste novo cenário a meta para este ano foi recalculada para 3%”, frisou Jander em relação à meta de efetivação deste ano. Os estagiários efetivados ganham por lei os benefícios de auxílio-transporte e bolsa estágio, que varia de acordo com o nível de escolaridade, carga horária e empresa, porém existem empresas que oferecem outros benefícios, como vale-alimentação, plano de saúde, vale-combustível, entre outros. A atividade de estágio é regida pela Lei Federal 11.788/2008 e as empresas antes de implantarem o programa devem conhecer seus direitos e suas obrigações, principalmente em relação às atividades a serem desenvolvidas pelos estagiários contratados. O IEL Amazonas realizou campa-

7.100

Número de alunos encaminhados às vagas de estágio pelo IEL em 2014

Jander Menezes Cavalcante, responsável pela área de Estágio do IEL Amazonas, está de olho na relação do instituto com o mercado de trabalho em Manaus

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nhas de conscientização para sanar as dúvidas e readequar o processo de estágio logo que lei foi alterada, em 2008, focando em pontos de melhorias, como a questão da carga horária máxima de estágio, fixada em 6 horas diárias e o pagamento integral do recesso do estagiário. “Outro ponto importante é a diminuição de 50% da jornada nos períodos de prova, possibilitando assim que o estagiário chegue cedo em sua instituição de ensino”, explica o encarregado. Mas Jander explica também que muitas questões precisam ser tratadas na legislação, como por exemplo, gravidez, cotas para estudantes adultos e o pagamento compulsório da bolsa para o estágio obrigatório. Temáticas que estão presentes nas pautas de discussões do MEC e o Ministério do Trabalho e que provavelmente levará a uma nova reformulação da lei. O encarregado alerta as empresas contratantes que tenham conhecimento do art. 5º, § 3º, da Lei 11.788/2008, que determina que as atividades de estágio sejam compatíveis com a formação acadêmica do aluno, evitando assim a realização de funções que não contribuem para o conhecimento prático do mesmo e muitas vezes prejudicam a atuação da empresa junto ao mercado. Alunos das áreas de administração, direito, contabilidade e ensino médio são os mais beneficiados com as vagas disponibilizadas pelas empresas, já as menos demandadas são as áreas de licenciatura em matemática e física, e bacharel em estatística e serviço social. A nova plataforma do Portal do IEL Amazonas atende às necessidades do aluno em poder atualizar o seu currículo, acompanhar as vagas disponíveis e candi-

datar-se à vaga que mais se encaixe em seu perfil. As empresas podem controlar o número de estagiários em seu quadro efetivo, emitir relatórios financeiros, realizar simulação de faturas, desligamentos e rescindir o Termo de Compromisso de Estágio (TCE). Já as instituições de ensino podem realizar emissão de relatórios de cursos com estagiários ativos, locais de estágios de seus alunos, além de rescindir o seu TCE. O novo portal também oferece cursos de qualificação com Educação à Distância (EAD), oferecidos em parceria com o SENAI. A interação do IEL com seus clientes ganha força a cada dia com a utilização das mídias sociais, como Facebook, Twitter e Google Plus. “O público jovem prefere estar conectado em uma dessas redes do que ver TV ou ler um jornal. Analisando esta tendência, desde 2013 o IEL focou em fortalecer este meio de comunicação a fim de alcançar este público juvenil. Contamos com a Diretoria de Comunicação e Marketing do Sistema FIEAM, com a criação da fan page no Facebook e do perfil no Twitter, onde alimentamos diariamente com vagas de estágio e programações de cursos”, explica Jander. E para aproximar empresas, instituições e estudantes o IEL está desenvolvendo um projeto para criar um Fórum On-Line no qual eles possam trocar ideias, informações, oportunidades, dentre outros assuntos de interesse coletivo, relacionados ao mundo do trabalho até o final de 2015. Com todo esse trabalho desenvolvido Jander tem como objetivo tornar o Programa de Desenvolvimento de Carreiras do IEL Amazonas referência nacional, com o desenvolvimento de soluções tecnológicas, permitindo maior interação com seus clientes.

O público jovem prefere estar conectado em uma dessas redes do que ver TV ou ler jornal

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Conselho de Representantes Sindicato das Indústrias de Alimentação de Manaus Presidente: Carlos Alberto Rosas Monteiro Sindicato da Indústria de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares de Manaus Presidente: Wilson Luiz Buzato Périco Sindicato das Indústrias de Artefatos de Borracha e Recauchutagem do Estado do Amazonas Presidente: Sebastião Montefusco Cavalcante Júnior Sindicato da Indústria de Bebidas em Geral de Manaus Presidente: Luiz Carvalho Cruz Sindicato da Indústria de Brinquedos do Estado do Amazonas Representante: Roberto Favero Sindicato da Indústria de Calçados de Manaus Presidente: Aldimar José Diger Paes Sindicato das Indústrias de Confecções de Roupas e Chapéus, Material de Segurança e Proteção do Estado do Amazonas Presidente: Ana Paula Franssinette Sarubi Perrone Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado do Amazonas Presidente: Eduardo Jorge de Oliveira Lopes Sindicato da Indústria da Construção Naval, Náutica, Offshore e Reparos do Amazonas Presidente: Mateus de Oliveira Araújo

Sindicato das Empresas Jornalísticas do Estado do Amazonas Presidente: Sócrates Bomfim Neto

Sindicato das Indústrias de Material Plástico de Manaus Presidente: Celso Zilves

Sindicato da Indústria de Extração da Borracha do Estado do Amazonas Presidente: Carlos Astrogildo Bernardo Cruz

Sindicato das Indústrias de Meios Magnéticos e Fotográficos do Estado do Amazonas Presidente: Amauri Carlos Blanco

Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem de Manaus Presidente: Sebastião do Nascimento Guerreiro

Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Manaus Presidente: Athaydes Mariano Félix

Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado do Amazonas Presidente: Roberto de Lima Caminha Filho

Sindicato da Indústria de Olaria do Estado do Amazonas Presidente: Sandro Augusto Lima dos Santos

Sindicato das Indústrias de Instalações Elétricas, Gás, Hidráulicas e Sanitárias de Manaus Presidente: Agostinho de Oliveira Freitas Júnior

Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria do Amazonas Presidente: Williams Teixeira Barbosa

Sindicato das Indústrias de Gravuras e Encadernação do Estado do Amazonas Presidente: Augusto César Costa da Silva Sindicato das Indústrias de Madeiras Compensadas e Laminadas no Estado do Amazonas Presidente: Moyses Benarros Israel Sindicato da Indústria de Marcenaria de Manaus Presidente: Roberto Benedito de Almeida Sindicato da Indústria de Massas Alimentícias e Biscoitos de Manaus Presidente: Américo Augusto Souto Rodrigues Esteves

Sindicato das Indústrias Químicas e Farmacêuticas de Manaus Presidente: Antonio Carlos da Silva Sindicato das Indústrias de Relojoaria e Ourivesaria de Manaus Presidente: Nelson Azevedo dos Santos Sindicato da Indústria de Serrarias e Carpintarias no Estado do Amazonas Presidente: Moyses Benarros Israel Sindicato das Indústrias de Serralheria, Pequenas Metalúrgicas, Mecânicas e Similares do Estado do Amazonas Presidente: Antonio Julião de Souza

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Coordenadorias Operacionais COORDENADOR GERAL Nelson Azevedo dos Santos Empresa: Poliamazon Polimentos da Amazônia Ltda Endereço: Av. Buriti, 1850 – Distrito Industrial – Manaus/AM Subcoordenador Geral: Diretor Adjunto: João Ronaldo Melo Mota Empresa: Centro da Indústria do Estado do Amazonas – CIEAM Endereço: Rua Acre, 26, 4º andar – Vieiralves – Nossa Senhora das Graças Diretor Executivo: Empresário Flávio José Andrade Dutra Empresa: Federação das Indústrias do Estado do Amazonas – FIEAM Endereço: Av. Joaquim Nabuco, 1919 – Centro – Manaus/AM COORDENADORIAS 1 – DE COMÉRCIO EXTERIOR – CCE Coordenador: Diretor Adjunto: Roberto Rezende Campos Empresa: Reck Aduaneira da Amazônia Ltda. Endereço: R. Pará, 901 – Bairro Nossa Senhora das Graças Subcoordenador: Diretor Adjunto: José Cambeiro da Cunha Júnior Empresa: Microsoft Mobile Tecnologia Ltda Endereço: Av. Torquato Tapajós, 7200, Lote A – Colônia Terra Nova – Manaus/AM

Subcoordenadora: Diretora Adjunta: Elen Carlen Menezes da Cunha Empresa: Moto Honda da Amazônia Ltda Endereço: Rua Juruá, 160 – D.I. 3 – NIPO-AMAZÔNICA – CNA Coordenador: Diretor Adjunto: Iuquio Ashibe Empresa: NLA Fides Consultoria Empresarial Ltda Endereço: Rua Belo Horizonte, 93, Sala 01 – Adrianópolis Subcoordenador: Diretor Adjunto: Matheus Elias San Martin Empresa: Sony Brasil Ltda Endereço: Rua Ministro João Gonçalves de Araújo, 1274 – Distrito Industrial – Manaus/AM 4 – DE ASSUNTOS LEGISLATIVOS E TRIBUTÁRIOS – COAL Coordenador: Diretor Adjunto: Moisés Ferreira da Silva Empresa: Coimpa Industrial Ltda. Endereço: Av. Rodrigo Otávio, 3047 – Distrito Industrial – Manaus/AM Subcoordenadora: Diretora Adjunta: Joice da Silva Nunes Empresa: Yamaha Motor da Amazônia Ltda Endereço: Rua Rio Jaguarão, 2452 – Distrito Industrial – Manaus/AM

5 – DE POLÍTICA ECONÔMICA E DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL – CPDI 2 – MEIO AMBIENTE E RECURSOS NATURAIS – CMA Coordenador: Diretor Adjunto: Matheus Elias San Martin Empresa: Sony Brasil Ltda Endereço: Rua Ministro João Gonçalves de Araújo, 1274 – Distrito Industrial

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Coordenador: Diretor Adjunto: Raimundo Lopes Filho Subcoordenador: Diretor Adjunto: Mario Sussumu Okubo Empresa: Moto Honda da Amazônia Ltda Endereço: R. Juruá, 160 – Distrito Industrial – Manaus/AM


6 – DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO – CTI Coordenador: Diretor Adjunto: Walter Barros Martins Empresa: WBM Assessoria & Consultoria Empresarial Endereço: Rua Rio Javari, 264 – Bairro N.S. das Graças - CEP 69053-110 - Manaus-AM Subcoordenador: Diretor: David Cunha Nóvoa Empresa: Nóvoa Cerâmica Ltda Endereço: Estrada Manuel Urbano- Distrito de Cacau Pirêra - Iranduba/AM

9 – DE RESPONSABILIDADE SOCIAL – CRS Coordenador: Diretor da FIEAM: Carlos Alberto Marques de Azevêdo Empresa: Panificadora Emme Ltda/SINDPAN Endereço: Rua Dr. Edson Stanislau Afonso, 109 – São Jorge – Manaus/AM Subcoordenador: Diretor Adjunto: Mauro Martinez Marques Empresa: Petróleo Brasileiro S/A Endereço: Av. Darcy Vargas, 645 – Parque 10 Manaus/AM 10 – DE ENERGIA E TELECOMUNICAÇÕES – CETEL

7 – DE RELAÇÕES DO TRABALHO E EMPREGO – CRTE Coordenador: Diretor Adjunto: José Wilson Falcão da Costa Empresa: Moto Honda da Amazônia Ltda Endereço: Rua Juruá, 160 – Distrito Industrial – Manaus/AM Subcoordenador: Diretor: Genoir Pierosan Empresa: Yamaha Motor da Amazônia Ltda Endereço: Rua Rio Jaguarão, 2452 - Distrito Industrial – Manaus/AM

Coordenador: Diretor Adjunto: Ely Freitas Paixão e Silva Empresa: Amazon Motion do Brasil Ltda/Pelmex Endereço: Av. Ministro João Gonçalves de Araújo, 4506 – Distrito Industrial – Manaus/AM Subcoordenador: Diretor Adjunto: Paulo Alexandre Macedo de Almeida Empresa: Breitener Tambaqui S.A. Endereço: Avenida Solimões, 2257 – Bairro Mauazinho - CEP - 69075-200 - Manaus/AM 11 – DO POLO DE CONCENTRADOS DO AMAZONAS

8 – DE SISTEMA DE TRANSPORTE E LOGÍSTICA – CSTL Coordenador: Diretor Adjunto: Augusto César Barreto Rocha Empresa: Fio de Água Lavanderias Ltda Endereço: Av. São Jorge, 2960 São Jorge Subcoordenador: Diretor Adjunto: Lúcio Flávio Morais de Oliveira Empresa: São Jorge Transportes Especiais Endereço: Rua Constelação de Gêmeos, 532 C, Conj. Petros – Aleixo – Manaus – AM

Coordenador: Diretor Adjunto: Francisco de Assis Mourão Empresa: Concentrados Paraná Ltda E-mail: assis@mouraoconsultores.com.br / assismourao@hotmail.com Subcoordenador: Diretor Adjunto: Gentil César Paixão Empresa: Brasil Kirin Logistica e Distribuiçao Ltda Endereço: Rua Alfeneiro, N° 236 CEP 69075-520 - Manaus - AM

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Diretoria FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DO AMAZONAS - FIEAM Presidente Antonio Carlos da Silva 1º Vice-Presidente Athaydes Mariano Félix 2º Vice-Presidente Américo Augusto Souto Rodrigues Esteves Vice-Presidentes Nelson Azevedo dos Santos Tereza Cristina Calderaro Corrêa Roberto de Lima Caminha Filho Aldimar José Diger Paes Wilson Luiz Buzato Périco Carlos Alberto Rosas Monteiro Eduardo Jorge de Oliveira Lopes Amauri Carlos Blanco Hyrlene Batalha Ferreira Sócrates Bomfim Neto

1º Secretário Orlando Gualberto Cidade Filho 2º Secretário Frank Benzecry

1º Tesoureiro Jonas Martins Neves 2º Tesoureiro Augusto César Costa da Silva

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Diretores Agostinho de Oliveira Freitas Júnior Carlos Alberto Marques de Azevedo Roberto Benedito de Almeida Luiz Carvalho Cruz Carlos Alberto Monteiro Maurício Quintino da Silva Joaquim Auzier de Almeida Paulo Shuiti Takeuchi Antônio Julião de Sousa Mário Jorge Medeiros de Moraes David Cunha Nóvoa Genoir Pierosan Cristiano Iukio Morikio Cleonice da Rocha Santos Ariovaldo Francischini de Souza Conselho Fiscal/Titulares: Moyses Benarros Israel Renato de Paula Simões José Nasser Suplentes Alcy Hagge Cavalcante Carlos Alberto Souto Maior Conde David Nóvoa Gonzales Delegados representantes junto ao Conselho da CNI/Titulares Antonio Carlos da Silva Athaydes Mariano Félix Suplentes Américo Augusto Souto Rodrigues Esteves Francisco Ritta Bernardino




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