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Publicação mensal do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Amazonas Ano I nº03 julho/2006

Manaus ganhará incubadora de

moda SESI Nacional faz 60 anos José Nasser é eleito vice-presidente da CNI


EDITORIAL

SESI Amazonas faz parte dos 60 anos de história DESTAQUES José Nasser é eleito vice-presidente da CNI

Manaus ganha incubadora de moda

Tadros recebe medalha do TRT SESI leva cultura e lazer ao trabalhador da indústria CIET realiza oficina de reciclagem

Manaus discute Plano Nacional de Logística

Morre Raimar da Silva Aguiar Samaúma em Óbidos-PA

Cônsul do Japão vê Amazonas como pólo para formação de Recursos Humanos

Clube do Trabalhador: lazer para todos ENTREVISTA

Coordenadores do PQA participam de Fórum da Qualidade na FIERGS

Jonas Neves explica como panificadoras podem ser competitivas

Diretores de Sindicatos participam do Encontro Nacional da Indústria OPINIÃO Projeto Monumenta revitaliza centro histórico


editorial EDITORIAL

D I R E T O R I A Presidente: JOSÉ NASSER 1º Vice-Presidente: ANTÔNIO CARLOS DA SILVA 2º Vice-Presidente: ATHAYDES MARIANO FÉLIX Vice-Presidentes: FRANCISCO RITTA BERNARDINO, TEREZA CRISTINA CALDERARO CORRÊA, AMÉRICO AUGUSTO SOUTO RODRIGUES ESTEVES, ROBERTO DE LIMA CAMINHA FILHO, ALDIMAR JOSÉ DIGER PAES, NELSON AZEVEDO DOS SANTOS, NEILSON DA CRUZ CAVALCANTE, PAUDERLEY TOMAZ AVELINO, RAIMAR DA SILVA AGUIAR (in memorian) ORLANDO GUALBERTO CIDADE FILHO. 1º Secretário: AUGUSTO CÉSAR COSTA DA SILVA 2º Secretário: AGOSTINHO DE OLIVEIRA FREITAS 1º Tesoureiro: ERNANI LEÃO DE FREITAS 2º Tesoureiro: FRANCISCO ORLANDO TRINDADE DA ROCHA Diretores Suplentes: JOSÉ CARLOS PETRY DA SILVA, MÁRIO JORGE MEDEIROS DE MORAES, LUIZ CARVALHO CRUZ, FLORO FLORÊNCIO DA SILVA, EUDES RICARDO MORAES MARTINS, FRANCISCO AUGUSTO SOUTO RODRIGUES ESTEVES, JOSÉ AUGUSTO PINTO CARDOSO, RONALDO GALL, ELLEN RITTA HONORATO, GENOIR PIEROSAN, LUÍS OTÁVIO BASTOS BASTOS, ROBÉRIO LINHARES ARRUDA, ARIOVALDO FRANCISCHINI DE SOUZA, MARCUS ANTÔNIO MORAES FERREIRA, RICARDO MOTTA DA ROCHA LOPES, RONALDO DE LIMA MELLO CONSELHO FISCAL: MOYSÉS BENARRÓS ISRAEL, RENATO DE PAULA SIMÕES, ALCY HAGGE CAVALCANTE Suplentes: FERNANDO BRANDÃO DE ALBUQUERQUE, CARLOS ALBERTO SOUTO MAIOR CONDE, JOSÉ PORFÍRIO CHAGAS SALDANHA REPRESENTANTES JUNTO A CNI: JOSÉ NASSER, FRANCISCO RITTA BERNARDINO Suplentes: ANTÔNIO CARLOS DA SILVA, ATHAYDES MARIANO FÉLIX

Revista editada pelo Sistema FIEAM

SUPERINTENDÊNCIA CORPORATIVA Maurício de Andrade Marsiglia

COORDENADORIA DE MARKETING E COMUNICAÇÃO Rizo da Silva Ribeiro

COORDENADORIA DE COMUNICAÇÃO Idelzuita Araújo - Mtb 049/AM

REDAÇÃO Idalina Lasmar - Mtb 137/AM Ademar Medeiros - Mtb 289/AM Irinéia Coelho - Mtb 343/AM Denison Silvan (Sebrae-AM) - Mtb 048/AM COLABORAÇÃO Etienne Lopes Evelyn Lima

PROGRAMAÇÃO VISUAL Mary Martins Andrea Abitbol

FOTOGRAFIAS João Luis A. Neto - MTb-052/AM Miguel Angelo Pinheiro /CNI

Os conteúdos dos artigos e textos são de inteira responsabilidade de seus autores.

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Eng.º José Nasser Na manhã de 19 de julho fomos surpreendidos com o súbito desaparecimento do companheiro de diretoria Raimar da Silva Aguiar, profissional competente, dedicado aos interesses da região, sempre presente nas questões da defesa da Amazônia e grande colaborador da Federação das Indústrias. Entre tantas manifestações de pesar recebidas pela família e pela FIEAM, faço destaque a do coordenador da Ação PróAmazônia, Júlio Augusto Miranda Filho, associação que reúne as nove Federações das Indústrias dos Estados da Amazônia Legal: “Para nós, Raimar representava muito mais que um técnico, que sempre com muita dedicação e iniciativa esteve presente em nossas ações. Ele era verdadeiramente um grande companheiro, que nos fazia acreditar que lutar pelo desenvolvimento da nossa região valia à pena. Fica um espaço vazio. Ficamos sem nosso representante, nosso redator e nosso amigo”. O então presidente da CNI, Carlos Eduardo Moreira Ferreira, também rendeu homenagem ao saudoso colega na reunião de diretoria em 25 de julho na Entidade. “Raimar Aguiar sempre foi dedicado à causa da indústria e um dos companheiros mais presentes nas lutas e campanhas em prol do desenvolvimento da Amazônia e na defesa da Zona Franca de Manaus. Seu profundo conhecimento das questões regionais muito contribuiu para a forte atuação da FIEAM na mobilização de novos investimentos e na formulação de políticas públicas”, declarou. Vice-presidente da FIEAM, presidente do Sindicato das Indústrias de Madeiras Compensadas e Laminadas do Estado do Amazonas (SICLAM), membro do conselho de Contribuintes do Ministério da Fazenda e do Conselho Temático Permanente de Integração Nacional da CNI, Raimar Aguiar assumia todas as funções com a determinação de contribuir para o fortalecimento da indústria. Para nós, além do sentimento de perda, fica a lição do homem que se dedicou de forma incansável a estudar e disseminar conhecimento sobre as questões que envolviam a transformação das potencialidades regionais em desenvolvimento econômico e social.


SESI Amazonas faz parte dos 60 anos de história O Serviço Social da Indústria (SESI) implantou-se no Amazonas em 1º de janeiro de 1949. Começou como delegacia regional, mediante a ordem de serviço nº 13/48 de 13 de outubro de 1948, firmada pelo então presidente da Confederação Nacional da Indústria e diretor nacional do SESI, Euvaldo Lodi. Por cessão do então presidente da Cruz Vermelha Brasileira Secção Amazonas, André Araújo, a delegacia instalou-se em uma das dependências da instituição, situada na Avenida Getúlio Vargas, permanecendo no local até 20 de agosto de 1949. Após essa data, passou a funcionar na Rua Monsenhor Coutinho, nº 529. O quadro de pessoal da recém-instalada Delegacia foi integrado pelo delegado, Francisco de Oliveira Regis, dois médicos (um clínico geral e um puericultor e pediatra), o advogado Lúcio de Siqueira Cavalcante, um dentista, quatro assistentes sociais, duas enfermeiras, um auxiliar de escritório e um zelador, que prestavam serviços aos trabalhadores da indústria local. A elevação de Delegacia para Departamento Regional ocorreu em janeiro de 1962, com a criação da FIEAM, tendo como primeiro diretor o então presidente da Entidade, Abraão Sabbá. A mudança de categoria proporcionou ao SESI Amazonas crescimento das atividades, acompanhando, assim, a industrialização amazonense que começava a tomar impulso. Da elevação da categoria para Departamento, no SESI Amazonas já passaram pela direção 15 superintendentes e cinco diretores regionais. Ésuperintendente atual Maria Auxiliadora Mourão Tuer, que há dois anos e meio está à frente da instituição. Dorinha, como gosta de ser chamada, começou a carreira no SESI em 93, como assistente social, passando a gerente de Recursos Humanos, diretoria técnica, chegando ao topo máximo de sua carreira, assumindo a superintendência. Dorinha Mourão revela que a Instituição passa por processo de certificação das ISO 9001, 14000 e 18000, momento que vivenciado intensamente pelos colaboradores das áreas meio e fim. “Durante esse 13 anos, acompanhei o crescimento do SESI em Manaus e pelo Brasil. Esses 60 anos marcam trajetória vitoriosa, espero poder brindar por mais 60 anos”, disse a Dorinha. No decorrer dos 57 anos de história do SESI Amazonas, a instituição sempre se posicionou na vanguarda do bem-estar

dos trabalhadores amazonenses. Para isso, desde os primeiros passos, desenvolve ações nas áreas de educação, saúde e lazer com objetivo de elevar a qualidade de vida do trabalhador e de sua família. Com seis unidades de ensino, sendo uma no município de Itacoatiara e outra em Iranduba, a instituição oferece serviços de creche, Educação Infantil, Ensino Fundamental e Educação Básica, na modalidade Jovens e Adultos, integrada ao Programa SESI Educação do Trabalhador. Considerada a

Heleonora Oliveira

maior creche da América Latina, a Unidade Educacional 8 “Dr. Francisco Garcia” atende 1.196 crianças em regime integral. Na área de educação, o SESI Amazonas gerou frutos que fazem parte da sua história, como Heleonora Cristina Oliveira, de 37 anos, psicopedagoga. “Lembrar dos tempos de criança é muito bom. Nós éramos sete irmãos de família humilde, meu pai começou a trabalhar no SESI como vigilante e, graças a esse emprego, tivemos oportunidade de estudar nas escolas SESI. Hoje somos todos formados. Tenho maior orgulho de pertencer a essa instituição. Na minha vida, o SESI fez a diferença, disse Heleonora. A gerente da Unidade Educacional 1 “Dr. Dioclecio de Miranda Corrêa”, Lizette Coelho, de 68 anos, começou a trabalhar no SESI como orientadora pedagógica em 1976, passou por


todas as unidades de ensino e participou de vários programas educacionais. Lizette se emocionou ao relatar a sua história vivenciada nesses 30 anos de SESI. “Uma das datas mais marcantes na minha vida foi quando mil crianças na Unidade 8 cantaram parabéns no meu aniversário. Naquele momento senti como é gratificante trabalhar com educação”, disse a professora. Pensado na melhor qualidade de vida do trabalhador da indústria, o SESI Amazonas inaugurou em 28 de setembro de 1980 o Clube do Trabalhador do Amazonas (CTAM), um dos maiores complexos esportivos do estado, com 18 mil metros quadrados de área construída, oferecendo diversas atividades físicas, esportivas, culturais e sociais. No campo de saúde, um leque de atendimentos está disponível nas áreas médicas, odontológica e apoio a diagnósticos, além da saúde ocupacional, com ações voltadas para a preservação e promoção da saúde do trabalhador nos aspectos relativos a atividade laboral, no próprio ambiente de trabalho. O médico José Antenor Barbosa Ferreira, 72 anos, ginecologista e obstetra, há 43 anos no SESI, é um dos mais estimados pelos servidores e clientes da instituição. “Nesses 43 anos, acompanhei grandes transformações no SESI. Sinto-me honrado em ver a evolução desta instituição”, disse o médico.

Piscina do Clube do Trabalhador

Crianças das Escolas SESI

Ao lado: Médico José Antenor Barbosa Ferreira e professora Lizette Coelho

Fórum de Inovação da Indústria marca os 46 anos da FIEAM A Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM) comemora os seus 46 anos de fundação com a promoção do Fórum Estadual de Inovação, a ser realizado na data do aniversário, 3 de agosto, no Elegance Convenções & Festas. O evento tem co-participação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e do Instituto Euvaldo Lodi (IEL-AM). O presidente da FIEAM, José Nasser, vai abrir o encontro e, em seguida, o superintendente do IEL Nacional, Carlos Eduardo Rocha Cavalcante, apresentará as “Ações e Inovação dentro do Sistema Indústria”. Na seqüência, participa a secretária de Estado de Ciência e Tecnologia do Amazonas, Marilene Correia da Silva Freitas, que falará

sobre “Experiências do Estado do Amazonas em Inovação”. O consultor de Assuntos Regulatórios da Companhia de Gás de São Paulo (Comgás), Richard Faria, encerrará com exposição sobre o Programa Comgás de Inovação Tecnológica - Caso de Sucesso Empresa/SENAI. Segundo o superintendente do IEL-AM, Wilson Colares, o fórum pretende mobilizar empresas e entidades industriais brasileiras para discutir sobre políticas públicas e ações privadas que fortaleçam o desenvolvimento de inovações nas indústrias e estimularam a participação empresarial no 2º Congresso Brasileiro de Inovação na Indústria a ser realizado em São Paulo em outubro próximo.


destaques DESTAQUES

JOSÉ NASSER É ELEITO VICE-PRESIDENTE DA CNI O empresário Armando Monteiro Neto foi reeleito presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) no dia 25 de julho juntamente com a nova diretoria e diretoria do Conselho Fiscal da Entidade. Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), é o primeiro vicepresidente da nova diretoria. A diretoria também é composta por 11 vice-presidentes. O presidente da FIEAM, José Nasser, eleito um dos vicepresidentes, disse que o objetivo da CNI, que reelegeu para a presidência da entidade Armando Monteiro Neto, com 26 votos

dos 27 do colégio eleitoral, é e sempre foi colaborar para o crescimento econômico do país. Segundo ele, Monteiro Neto obteve, ao longo de quatro anos, um conhecimento profundo da realidade da indústria e seu segundo mandato será ainda melhor. "Teremos um porta-voz com mais experiência, com mais dedicação e condições de fazer o melhor não só para o Amazonas, mas para toda a indústria do país", afirma. Nasser lembra que o Brasil atualmente cresce muito menos do que o esperado e que entraves como juros e problemas de ordem tributária devem ser resolvidos o quanto antes. "O Brasil está crescendo com o freio de mão puxado. Precisamos vencer as barreiras e fazer com que esse desenvolvimento possa acontecer", avalia. A posse da nova Diretoria e do Conselho Fiscal está marcada para o dia 14 de outubro.

José Nasser em momento de votação que elegeu Armando Monteiro Neto

MANAUS DISCUTE PLANO NACIONAL DE LOGÍSTICA O Ministério dos Transportes, Ministério da Defesa e Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM) promoveram no dia 3 de julho, em Manaus, o primeiro workshop para desenvolvimento do Plano Nacional de Logística de Transportes (PNLT), cuja finalidade é ter um plano indicativo que servirá de referência para investimentos públicos e privados nos próximos 15 anos. O evento foi realizado, de 9 horas às 18h30, no Auditório Arivaldo Fontes do Serviço Nacional da Indústria (SENAI-AM). Projetos para área portuária e rodoviária nortearam a pauta do encontro desenvolvido em parceria com o Ministério da Defesa, o PNLT tem por finalidade também formalizar e perenizar instrumentos, sob a ótica da logística, para dar suporte ao planejamento de intervenções públicas e privadas na infra-estrutura e na organização dos transportes de modo que o setor possa contribuir para consecução das metas econômicas, sociais e ambientais do País, em horizontes de médio e longo prazos, objetivando o desenvolvimento sustentável.

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Athaydes Mariano Félix (segundo à esquerda) representou a FIEAM


destaques

DESTAQUES

CÔNSUL DO JAPÃO VÊ AMAZONAS COMO PÓLO DE FORMAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS O Amazonas deverá ser um pólo importante para formação de recursos humanos para o desenvolvimento industrial de ponta. Foi o que observou o cônsul geral do Japão, Susumu Segawa, em exposição sobre Relações Econômicas Brasil-Japão no dia 6 de julho na sede da FIEAM. Segundo Susumu Segawa, a qualificação virá em decorrência da implantação da TV Digital. Com a definição pelo sistema japonês, o acordo prevê não somente a transferência de tecnologia de TV Digital japonesa, mas também um estudo conjunto para instalação do desenvolvimento de ponta do Brasil. Ele esclarece que para desenvolver formação de recursos humanos, o Japão mantém o Banco Cooperação Internacional que estuda a implementação de cursos para capacitação de pessoas especializadas, inclusive em Manaus. Susumu Segawa (de paletó), cônsul geral do Japão, em reunião na FIEAM

DIRETORES DE SINDICATOS PARTICIPAM DO ENCONTRO NACIONAL DA INDÚSTRIA Comitiva formada por 11 presidentes de sindicatos e chefe de gabinete corporativo do Sistema FIEAM, Sérgio Melo, participou nos dias 28 e 29 de junho do Encontro Nacional da Indústria, no Hotel Blue Tree, em Brasília. Organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o evento formalizou documento único da industria brasileira a ser apresentado aos candidatos à Presidência da República com propostas consideradas prioritárias para promover o crescimento sustentado da economia. O evento contou com representantes de sindicatos, associações e federações industriais de todo o Brasil. Os principais pontos do documento começaram a ser discutidos em março em reunião do Fórum Nacional da Indústria, órgão consultivo da diretoria da CNI, formado por representantes de associações setoriais industriais. As propostas, que incluem questões de política macroeconômica, reformas institucionais, infra-estrutura, inovação, ambiente regulatório, educação e outros temas, baseiam-se nos programas e metas traçados no Mapa Estratégico da Indústria 2007-2015. O documento revela a visão da indústria brasileira sobre o futuro do país, traça agenda de

longo prazo e define as bases necessárias para a indústria e o país retomarem o caminho do desenvolvimento sustentado.

Líderes sindicais filiados a FIEAM no Encontro Nacional da Indústria em Brasília

COORDENADORA DO PQA PARTICIPA DE FÓRUM DE QUALIDADE A coordenadora do Programa Qualidade Amazonas (PQA), Erlen Montefusco, participou no dia 4 de julho do 7º Congresso Internacional para Competitividade e também da entrega da do Prêmio Gaúcho realizados na Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), promovido pelo Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade (PGQP). O Prêmio Qualidade RS/2006 contou com presença de autoridades locais, bem como do seu representante maior, Jorge Gerdau Johannpeter. No dia 5 ocorreu o 34º Fórum Nacional dos Programas de Qualidade, Produtividade e Competitividade na sede FIERGS, com participação de representantes de diversos programas estaduais entre eles, e o Superintendente da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), Antônio Tadeu Pagliuso, e os

coordenadores do Programa Geração Ação, Iranir Carlos Varela e Afonso Celso Granato Lopes. Em fase final de avaliação, o PQA/2006 realiza nos dias 13 e 14 de setembro a 7ª Mostra de Gestão e Melhoria para Qualidade, com apresentação das organizações à Comissão Julgadora, composta por representantes do Prêmio Qualidade do Governo Federal, Fundação Nacional da Qualidade e Fórum Nacional dos Programas de Qualidade, Produtividade e Competitividade. O evento será aberto ao público, como referencial do que há de melhor em nosso Estado, no uso de modernos métodos, ferramentas da qualidade e excelência na gestão.


Projeto Monumenta revitaliza Centro Histórico Durante cerca de 30 anos, por volta de 1880 a 1910, a Amazônia abasteceu o mundo com uma matéria-prima fundamental para o desenvolvimento econômico, a borracha extraída dos extensos seringais nativos. Do dia para a noite, Manaus se tornou uma cidade moderna, com traços arquitetônicos europeus, luz elétrica e costumes requintados. Desse passado de fausto, a cidade herdou um conjunto arquitetônico de rara beleza, que inclui o Teatro Amazonas, o Mercado Adolpho Lisboa, o Porto de Manaus, conhecido como Roadway, e inúmeros prédios residenciais e comerciais. Para conscientizar a população manauara sobre a importância econômica, social e afetiva desse conjunto arquitetônico, o Ministério da Cultura e a prefeitura de Manaus lançaram, em dezembro, o projeto Monumenta. Para a diretora-técnica do Sebrae Amazonas, Maria José Alves da Silva, o Monumenta tem um conceito inovador, que procura conjugar recuperação e preservação do patrimônio com desenvolvimento econômico e social. Atualmente, 26 cidades brasileiras participam das atividades deste projeto. Uma parte das atividades do Monumenta é dirigida às

pessoas que têm atividades profissionais no espaço geográfico de atuação do projeto, que inclui o Porto de Manaus e suas vizinhanças. A idéia é proporcionar a essas pessoas capacitação técnica e gerencial para que possam oferecer produtos e serviços com mais qualidade e, ao mesmo tempo, conservar a área onde atuam. Para viabilizar estas atividades, a prefeitura de Manaus, responsável pela execução do projeto Monumenta em Manaus, firmou uma parceria com o Sebrae Amazonas. O projeto também tem a parceria do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Unesco e Banco Interamericano de Desenvolvimento. Desde dezembro, a Unidade de Cultura da Cooperação do Sebrae Amazonas estimula a utilização econômica, cultural e social das áreas que estão sendo revitalizadas pelo projeto Monumenta. Esta Unidade coordena as atividades de capacitação de lideranças sociais, incentivo ao associativismo e intensificação do uso sustentável do patrimônio histórico. A gestora destas atividades é a gerente da Unidade de Cultura da Cooperação, administradora de empresas Lígia Santos.


Sebrae realiza evento de Cidadania, Cultura e Turismo Para promover as atividades do projeto Monumenta, o Sebrae Amazonas e a prefeitura de Manaus realizaram no dia 21 de julho, de 14h às 21h, o evento Turismo, Cultura e Cidadania Valorizando o Patrimônio de Manaus. Na Praça do Relógio Municipal foi montado um palco, onde vários artistas locais se apresentaram. No Centro Pastoral da Praça da Matriz e arredores foram prestados serviços como treinamentos, oficinas rápidas e palestras, ministradas por técnicos e instrutores do Sebrae Amazonas, agentes e voluntários das diversas secretarias municipais e da Manaustur. O objetivo principal do evento foi promover a inclusão social das pessoas que desenvolvem atividades na área do Centro Histórico, como, por exemplo, vendedores ambulantes, taxistas, flanelinhas e permissionários do Mercado Adolpho Lisboa e das feiras da Manaus Moderna e de Artesanato da Praça Tenreiro Aranha. O evento começou a partir das 14

horas, com atuação de dezenas de voluntários e instrutores das instituições envolvidas. A Sala do Conhecimento do Sebrae ofereceu palestras, oficina de bijuterias e reciclados, amostras de produtos, mini-cursos, exibição de vídeos clássicos e amostras fotográficas da Manaus Antiga. Diversos serviços de utilidade pública, como emissão de documentos, foram prestados pelas secretarias municipais. O Balcão de Atendimento Itinerante do Sebrae disponibilizou informações sobre produtos e serviços da instituição. A equipe do Núcleo de Apoio ao Empreendedor (NAE) deu informações referentes aos serviços que presta. A unidade móvel do SESI ofereceu orientação sobre cozinha alternativa. O SENAC, SESC e SENAI também participaram do evento oferecendo seus serviços. A Comunidade Católica Nova Aliança, que desenvolve um trabalho social na abrangência do projeto, preparou uma nutritiva sopa, que foi distribuída para 500 visitantes.


Manaus breve ganhará

incubadora de moda O projeto de incubadora de moda em Manaus está prestes a realizado. A previsão de iniciar as atividades do novo Centro de Incubação e Desenvolvimento Empresarial (CIDE 2) é para o segundo semestre. A iniciativa do empreendedorismo partiu do Sistema FIEAM, por meio do SENAI Amazonas e Sindicato das Indústrias de Confecções de Roupas e Chapéus, Material de Segurança e Proteção do Estado do Amazonas (Sindconf). Para atender melhor o setor de confecção do vestuário, o CIDE 2 funcionará no bairro da Alvorada e tem como objetivo alavancar a indústria de moda na região e incentivar a confecção de peças de roupas adequadas às exigências climáticas locais que possam concorrer no mercado. Segundo o gerente da unidade operacional do SENAI Amazonas, Centro de Ações Móveis e Comunitárias (CAMC), Teodório Filho, atualmente a maioria das empresas existentes em Manaus está voltada à confecção em série de fardamentos.

“Para o SENAI será uma responsabilidade muito grande ajudar a implantar um pólo de desenvolvimento de moda no Amazonas, pois vai colaborar com a educação técnica na qualificação e capacitação de profissionais”, ressaltou Teodório. Disse também que com a consolidação das parcerias de outras instituições e o fortalecimento do Sindconf, o projeto vai revolucionar o setor de confecção ao introduzir linhas de produtos com qualidade e personalidade de futuros estilistas da Região Norte. Para a presidente do Sindconf, Raimunda da Costa a incubadora irá proporcionar às pequenas empresas estímulo e auxílio para criar e desenvolver seus projetos, além de oferecer cursos que devem ampliar a visão dos micros e pequenos empresários nas áreas de gerenciamento, tecnologia e mercado. “Temos que acreditar no potencial do setor de confecção do


Amazonas e com o CIDE 2 vamos consolidar nossa base de educação e formação de profissionais”. Tudo relacionado à confecção, incluindo criação de moda, eventos e cursos terão único endereço, a antiga Unidade de Educação 06 do SESI, no bairro da Alvorada. Vinte em empresas serão selecionadas para participar do CIDE 2. No local também funcionará a Oficina de Confecção do Vestuário e três salas do SENAI. Atualmente, a oficina do CAMC, que foi inaugurada no dia 17 de maio, ministra cursos de Costureiro Industrial, Cortador Industrial, Modelagem Assistida por Computador e Costureiro Industrial de Confecção em Série. Um dos maiores investimentos do SENAI em confecção foi a máquina que comporta tecnologia de ponta, incluindo o CAD, voltada para agilizar o processo de produção no gerenciamento das etapas de moldagem, graduação, encaixe e risco. Mas os investimentos do setor não param por aí. No mês de junho, o SENAI enviou o instrutor de confecção do vestuário Vanderlúcio Mota, acompanhado pelo coordenador de Relações com o Mercado, Sérgio Furtado, ao Rio de Janeiro para participar da Fashion Business, evento cuja finalidade é adquirir novos conhecimentos e tecnologias. O evento é um projeto da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (FIRJAN) e da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecções (ABIT) que conta com desfiles das grandes grifes cariocas que visam consolidar o Estado como pólo gerador de tendências e negócios da moda. O SENAI Amazonas já capacitou muitos profissionais em confecção. O reconhecimento da qualidade de ensino industrial do Departamento Regional veio na última Olimpíada do Conhecimento, realizada em Recife no mês de março, onde o aluno Elias da Silva Mota conquistou a medalha de ouro, competindo com mais 18 alunos de outros DR´s do SENAI. Atualmente, o SENAI Amazonas dispõe de ótima infraestrutura com 80 máquinas de costura industrial, cinco computadores e um plotter de Sistema Audaces (programa CAD), além de móveis adaptados às atividades.

Instrutor Vanderlúcio Mota

Alunas operam plotter no curso do SENAI

Em busca de conhecimento No dia 5 de agosto, a presidente da Sindiconf, Raimunda da Costa, vai ao Rio de Janeiro com objetivo de visitar o Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil do SENAI (CETIQT), considerado o principal centro formador de recursos humanos para a cadeia têxtil nacional e um dos mais destacados do mundo. Raimunda irá apresentar a situação do Sindicato do Amazonas ao profissional que deve estudar in loco o mercado, matéria-prima e costume da população amazonense para, a partir daí, iniciar o desenvolvimento de coleções amazônicas.


Tadros recebe medalha do TRT O empenho do empresário José Roberto Tadros pelo desenvolvimento econômico e social do Amazonas foi mais uma vez reconhecido. No dia 3 de julho, Tadros recebeu a Medalha Ordem do Mérito Judiciário, concedida pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 11ª Região. Na cerimônia, ocorrida no Teatro Amazonas, também foram homenageados, entre outras personalidades amazonenses, o governador Eduardo Braga; prefeito Serafim Corrêa e o jurista Bernardo Cabral. O Sebrae Amazonas, do qual Tadros é presidente do

Conselho Deliberativo Estadual (CDE), foi representado na cerimônia pelos diretores José Carlos Reston e Nelson Rocha e pelos assessores Aécio Flávio Ferreira e Denison Silvan. Além do CDE, José Roberto Tadros preside a Federação do Comércio do Estado do Amazonas (Fecomércio); Serviço Social do Comércio (Sesc); Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial Amazonas (Senac); e é vice-presidente da Confederação Nacional do Comércio.

Tadros recebe os cumprimentos do governador duardo Braga, também homenageado pelo TRT

Advogado José RobertoTadros

Os diretores Nelson Rocha (à direita) e José Carlos Reston (à esquerda) prestigiaram a entrega da medalha do TRT


SESI leva cultura e lazer ao trabalhador da indústria A Caloi Norte S.A, Procomp Amazônia e Technos da Amazônia, em parceria com o Serviço Social da Indústria, SESI Amazonas, estão desenvolvendo produto inovador destinado ao trabalhador Trata-se do Projeto Apreendendo a Vida, que consiste em oferecer aos colaboradores programação cultural, entretenimento e lazer dentro das empresas no horário do almoço. As três empresas-clientes selecionadas participam do programa SESI Ginástica na Empresa (SGE). Os trabalhadores também estão sendo beneficiados com exames de saúde, como aferição da pressão arterial e verificação do índice de massa corporal. “O Julgamento Caboco”, espetáculo teatral do Grupo de Teatro Popular do SESI, é uma das atrações da programação. Aos funcionários que desejam desenvolver atividades de lazer, há jogos de dama, dominó, xadrez e bola ao cesto. Cerca de mil trabalhadores estão sendo beneficiados pelo projeto piloto. Para o diretor da Technos, Maurício Loureiro, a iniciativa do SESI em

Na Technos, trabalhadores tem várias opções de entretenimentos

oferecer cultura e lazer para o trabalhador da indústria é muito boa. “Apóio o Apreendendo a Vida porque sei que com ações como essas vamos criar melhor clima organizacional dentro da empresa, favorecendo melhor qualidade de vida e motivação dos nossos colaboradores”, disse. O projeto foi realizado nas três empresas. Na Technos, os profissionais das áreas de saúde e lazer proporcionaram aos trabalhadores várias opções de entretenimentos culturais, além de aferição da pressão arterial e verificação do índice massa corporal. O auxiliar de eletricista, Moisés Ramos, de 44 anos, trabalha há 14 anos na Technos. Ele destacou que o projeto possibilita mais integração entre os trabalhadores e agrega mais conhecimento. O coordenador do projeto, teatrólogo Wagner Melo disse que o Apreendendo a Vida está tendo boa aceitação nas empresas, com os trabalhadores participando de forma efetiva das atividades. Wagner ressaltou que o projeto será desenvolvido até novembro com as empresas recebendo as atividades do SESI duas vezes ao mês. “Transformar e oferecer cultura para o trabalhador da indústria é um processo de valorização da nossa cultural regional. Nós vamos levar teatro a pessoas que em maioria não têm oportunidade de assistir a atração”, acrescentou Wagner. Para o sucesso do projeto, o SESI conta o apoio da Secretaria de Estado da Cultura, Águas do Amazonas, Manaus Energia e Procom e Sejel.

Na Procomp as atividades foram desenvolvidas no refeitório

Alunos transformam

sobras em artesanato

Os alunos do Ensino Médio para Adultos do Centro Integrado de Educação do Trabalhador (CIET), escola do SESI e SENAI voltada à qualificação de profissionais da construção civil, estão desenvolvendo trabalhos manuais com sobras de materiais dos cursos profissionalizantes da escola. O trabalho foi mostrado na Semana do Meio Ambiente, de 5 a 9 de junho. Alunos, como o encarregado de obra, João dos Santos Neto, abraçaram a iniciativa da escola de reutilizar lixos descartados, incluindo os desperdícios acumulados nos canteiros de obras, e transformá-los em objetos úteis no dia-a-dia. Ao observar que a repetida ação de corte das garrafas pet para a confecção de bolsas era arriscada, João inventou um cortador que facilita o trabalho e evita acidentes ocasionados pelo cortador da lâmina (estilete) com os dedos. “Batizamos o invento de engenhoca e é uma máquina que agilizou o trabalho dos outros colegas”, disse. Segundo a gerente da Unidade de Educação de Jovens e Adultos do SESI, Jossanam Valente, o programa foi fruto da palestra do Sebrae “Aprender a empreender” e do projeto de sensibilização de coleta seletiva e preservação do meio ambiente da funcionária do CIET, Perla Pimentel. “Nossa intenção é conscientizar funcionários, comunidade e, principalmente, alunos sobre a importância de proteger o ambiente no qual vivem com a finalidade de melhorarem suas condições ambientais e sócio-econômicas”, ressaltou

Jossanam. Entre os produtos fabricados destacam-se as bijuterias feitas de papel e fios de eletricidade, bolsas de garrafas pet´s, protetor de panela confeccionados com sobras de madeira e alumínio e embalagens de presente produzidas com caixas de papelão.


FIEAM perde vice-presidente Raimar Aguiar Amazônia. O economista foi assessor econômico no período 1991 a 1992, e foi secretário de Planejamento e Articulação com Municípios do Estado do Amazonas, no governo de Gilberto Mestrinho, de 1992 a 1994, O prefeito de Manaus, Serafim Corrêa, também lamentou a perda de Raimar. “Perco um amigo, mas a cidade perde muito mais do que isso: um estudioso dos nossos problemas, um homem sábio e que vai nos fazer falta com sua ausência, por tudo que representou nos últimos 40 anos na discussão dos grandes temas amazônicos”, destacou. Em Brasília o senador Artur Neto proferiu, no Senado Federal, uma nota de pesar pela morte de Raimar. Em seu discurso, ele destacou que o economista era uma fonte segura de dados sobre a realidade amazônica, assunto que dominava com riqueza de detalhes. Moysés Israel, empresário e membro da diretoria da FIEAM, destacou o economista como um dos mais eficientes colaboradores do Sistema, a quem ele considerava como um amigo e irmão, por isso sua partida deixa uma lacuna e profundo sentimento de perda. O presidente do Sistema Federação do Comércio do Estado do Amazonas (Fecomércio), Roberto Tadros, revelou que o Raimar Aguiar exercia a função de vice-presidente FIEAM e presidente do Sindicato das Indústrias de Madeiras Compensadas e Laminadas do Estado do Amazonas

economista foi seu amigo por mais de três décadas e assessor do Sistema há 18 anos. “Sinto a perda do colaborador e acima de tudo de um intelectual preocupado com a preservação de seu Estado e da economia da Região”.

O vice-presidente da FIEAM e presidente do Sindicato das Indústrias de Madeiras Compensadas e Laminadas do Estado do Amazonas, Raimar da Silva Aguiar, morreu no dia 19 de julho, às 6h45, no Hospital Adventista de Manaus, e foi sepultado no Cemitério São João Batista. O economista estava hospitalizado desde o dia 12 de julho, no Hospital Adventista de Manaus, quando sofreu quatro paradas cardíacas após exame preventivo de saúde. Consternado, o presidente da FIEAM, José Nasser, lamentou o desaparecimento súbito do companheiro de diretoria. “Raimar foi um profissional competente, dedicado aos interesses da região, sempre presente em todas questões da defesa da Amazônia. É uma perda irreparável, um choque nas nossas vidas e esperamos que esteja em um bom lugar porque ele merece”, disse. Para o senador Gilberto Mestrinho, Raimar Aguiar foi um companheiro leal e forte aliado na defesa do homem da

Profissional de larga experiência, o economista, prósgraduado em Administração da Informação e com MBA Executivo em Direito Tributário e Social da Empresa (ISAE/FGV) em 2002, atuou como consultor empresarial e desenvolveu projetos para várias empresas do Pólo Industrial de Manaus. Exercia mandato como conselheiro do 2º Conselho de Contribuintes do Ministério da Fazenda e do Conselho Temático de Integração da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Foi conselheiro da Comissão Regional de Pesquisas da Amazônia (CORPAM), da extinta Sudam e da Suframa. Na área sindical, Aguiar também presidia desde 1999 o Sindicato das Indústrias de Madeiras Laminadas e Compensadas do Estado do Amazonas (SICLAM) e foi presidente do Conselho Regional de Economia 13ª Região, de 1982 a 1983.


Samaúma em nova escala de ensino O barco escola Samaúma do SENAI Amazonas já percorreu neste ano as cidades de Iranduba (AM), Terra Santa (PA), Juruti e Óbidos (PA). Em 21 de julho o Samaúma certificou 649 alunos em Óbidos, a 1100 km da capital Belém. O trabalho é feito em parceria com a Petrobras. No município paraense foram oferecidos 17 cursos, divididos em 30 turmas. Em Óbidos, o Samaúma esteve aportado no período do dia 10 de junho a 22 de julho. Em Alenquer (PA) as aulas foram inciadas no dia 31 e até o final de 2006 pretende atender mais dois município do Amazonas: Autazes e Barreirinha. O SENAI desenvolve este trabalho de disseminação do aprendizado industrial por meio da unidade fluvial do Centro de Ações Móveis e Comunitárias (CAMC) há 27 anos e desde a sua inauguração em 20 de junho de 1979 atendeu 46 municípios, qualificando mais de 34 mil cidadãos. A embarcação possui uma sala de informática, onde

Clube do Trabalhador: A novidade do Clube do Trabalhador, neste verão, é o curso de capoeira. aberto à comunidade e empresas. “O que me chamou atenção na capoeira foi o toque dos instrumentos, a arte. Ela libera o lado bom das pessoas, tira a gente do rumo errado da vida, do mundo das drogas”, declarou o campeão amazonense e o terceiro do Brasil na arte da capoeira, Rômulo Oliveira Macedo 19, colaborador da empresa LG, por meio da empresa terceirizada Rio Limpo do Amazonas, e aluno, do Centro de Capacitação Atlética (CCA). “A capoeira acrescentou muito em minha vida como cidadão. Aprendi a me expressar melhor (eu era muito tímido). Incentiva os estudos, enfim, abre novos caminhos”, acrescentou.

comportam 16 computadores que são utilizados pelos alunos do curso de Informática Básica, três oficinas, sendo uma no primeiro convés de panificação e confeitaria, outra no segundo convés de marcenaria e no porão do barco fica a oficina de mecânica de motor de popa e de motores marítimos (diesel). Além das oficinas o Samaúma possui salas de estar, comando, setor administrativo, refeitório, seis camarotes e quatro banheiros, tudo para disseminar o conhecimento aos locais mais longes e de difícil acesso da Amazônia. Para contatar o barco escola Samaúma, a prefeitura interessada deve oficializar o pedido ao diretor regional do SENAI Amazonas, Adercy Itiú Maruoka, mas a solicitação deverá ser realizada com bastante antecedência para que haja tempo hábil para avaliação e análise do local pelo corpo técnico da instituição. Mais informações no DR do SENAI, Av. Rodrigo Otávio, Distrito Industrial CEP 69075-830 Manaus AM, ou pelo telefone (0xx92) 3614-9977.

Lazer para todos A capoeira foi apresentada no Clube do Trabalhador como atração para 42 crianças durante a Recreação de Férias (3 a 7 de julho último), pela equipe do Centro de Capacitação Atlética (CCA), integrada pelos instrutores, Mestre Chaguinha e Wellisson Brito Batista - “Camaleão” e seus alunos. “Capoeira não é só dança ou luta de defesa. A pessoa se envolve com o mundo da música, do canto, do instrumento musical (berimbau), aprende a tocá-lo, a confeccioná-lo, desenvolve a flexibilidade, o improviso da composição, a criatividade” informa o instrutor “Camaleão” do Centro de Capacitação Atlética (CCA). Exemplo - O garotinho amazonense, Gustavo Pequeno, quatro anos de idade, nasceu sem o fêmur do lado direito. Para compensar usa prótese mecânica que lhe permite os movimentos da perna. Vive como se fosse uma criança normal, corre, brinca e pratica capoeira desde os dois anos. Ele e suas irmãs Gabriele de 8 anos e Gesiane de 7anos, deram um show de capoeira, para alunos e colaboradores durante a Recreação de Férias, no Clube do Colaborador. Recreação de férias - “O que mais gostei da Recreação de Férias foi dos professores que são uns amores!” Essa foi a resposta mais comum entre alunos e pais das crianças que participaram das atividades recreativas nas férias de julho último. Todos também foram unânimes quanto ao pouco tempo da Recreação de Férias e pediram ampliação do mesmo para o bem das crianças. Opinião das crianças - Giulia Bessa Antonnacio, 10anos, “gostei da piscina, do passeio ao Mindu onde aprendi “que é importante respeitar à natureza, os animais. Vi cutia, jacarés e preguiças soltas. Gostei muito”. Marina Vasconcelos, 10 anos, “gostei mais da discoteca, muito animada e organizada; da piscina e da peça de teatro 'Julgamento de Caboco'”. Leonardo Farias, 11 anos, “gostei de ver os animais soltos, pois a gente só via animal preso. Aprendi que se deve respeitar os animais, a natureza gostei muito”. Rosana Bianco Vasconcelos, gerente do Clube do Trabalhador, satisfeita com os resultados anuncia a elaboração de um programa especial para o Dia das Crianças e mais Recreação de Férias para janeiro próximo.


entrevista ENTREVISTA

JONAS NEVES As panificadoras podem ser

mais competitivas

Por Idalina Lasmar

O presidente do Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria do Amazonas (Sindpam), Jonas Martins Neves, em entrevista à Revista FIEAM Notícias, fala sobre a portaria 63 do Governo Federal que determina, a partir de outubro, a obrigatoriedade da venda do pão por pesagem em todo o país e do projeto de lei do atual presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo, que prevê adição obrigatória de 10% de derivados de mandioca à farinha de trigo produzida e comercializada no Brasil, entre outros assuntos. FN - Qual a situação do mercado da panificação hoje. O Sindpam tem indicadores sobre faturamento e público consumidor em Manaus? Jonas: O setor é responsável pelo faturamento em torno de 3 milhões de reais mensais. O consumo de pães está ao redor de 10 mil toneladas mensais, perfazendo consumo per capita em torno de três quilos por mês. FN - Qual a mão-de-obra empregada, quantas panificadoras estão filiadas ao Sindicato e qual o número estimado de panificadoras que operam na informalidade? Jonas: A mão-de-obra direta empregada no setor está em torno de 12 mil pessoas e o número de panificadoras em Manaus está estimado em torno de 1,2 mil empresas, cadastradas no

Sindpam em torno de 20% e no mercado informal, a estimativa é de 40%. FN - O pão passará a ser vendido apenas por pesagem em todo o país, conforme a portaria 63, cujo regulamento será divulgado no Diário Oficial da União em julho pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro). O que essa medida representa para categoria e para o consumidor?

Jonas: Em 20.07.06 foi publicada a portaria nº 146, que dispõe de sobre a obrigatoriedade da venda do pão Francês ou de Sal, somente a peso. A nova medida de deve trazer benefícios a todos, panificadoras e consumidores, mas regular o mercado e principalmente o mercado informal deve levar o preço do


entrevista ENTREVISTA

produto a patamares adequados. FN - Será que essa medida não vai prejudicar algumas panificadores que serão obrigadas a comprar balança e passar pela avaliação do Inmetro? Jonas: Não, porque a maioria das panificadoras já tem esse equipamento, além disso a Associação Brasileira das Indústrias de Panificação (Abip) assinou convênio com a fábrica de balanças Toledo, onde há facilidade para aquisição de balanças com pagamentos parcelados.

FN - A medida poderá incentivar a abertura de mais padarias chamadas de fundo de quintal?

Jonas: Não, na realidade a medida irá evitar apenas uma distorção que há na venda de pães por unidade era vendido abaixo do peso estabelecido pela portaria 03/97. FN - Como o Sr. avalia o projeto de lei do atual presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo, que prevê adição obrigatória de 10% de derivados de mandioca à toda farinha de trigo produzida e comercializada no Brasil? Isso provocaria uma redução na qualidade do produto? Jonas: Realmente é um absurdo que os deputados, com tantas necessidades urgentes no país, estejam preocupados com projetos desta natureza que, na realidade, eles não entendem que reflexos podem trazer ao setor se for o projeto for aprovado. Na realidade, além do projeto ser inconstitucional, pois é contra o princípio da livre iniciativa, a adição da fécula de mandioca compromete a qualidade do Pão Francês e também aumenta o custo do processo produtivo porque o preço da fécula de mandioca é maior do que a da farinha de trigo panificável. FN - Será que essa medida não provocaria obrigatoriamente a redução no preço do trigo, motivo de muitas críticas e justificativas para aumentos no produto. R: Não, a farinha de trigo tem um mercado diferente da fécula de mandioca.

FN- A indústria da panificação é para o Sr. uma herança familiar. Fale um pouco sobre essa atividade e sua representatividade na economia de Manaus? Jonas: Algumas panificadoras, principalmente as mais antigas, foram constituídas pelas famílias que se uniram para desenvolver a atividade, mas há muitas pessoas investindo neste ramo de atividade que vem se confirmando ao longo do tempo como negócio rentável e com bom retorno para investimentos. Mas é preciso ter alguns cuidados na hora de montar uma panificadora, tais como: escolher onde será o ponto de venda, que equipamentos a d q u i r i r, q u e m e r c a d o consumidor quer atingir etc. FN - Quais as perspectivas para a atividade? A chegada dos supermercados afetou o mercado? De que forma as poderiam ser mais competitivas?

Jonas: As expectativas para a atividade são boas, tendo em vista que vendemos um produto com bastante aceitação e temos consumidores cativos dos vários tipos de produtos que vendemos nas panificadoras. O impacto que os supermercados causam é só nas imediações onde estão localizados, e principalmente com promoções de preços mais baixos do pão. As panificadoras podem ser mais competitivas, fazendo mais promoções, investido em melhores instalações, lançando novos produtos, atendimento personalizado, treinamento de pessoal e qualidade nos produtos. FN - Há quanto tempo o Sr. está na direção do Sindpam e qual a sua formação acadêmica. Jonas: Estou a 10 anos da direção do Sindpam e sou formado em Ciências Contábeis e Direito.

PE R F I L Nome completo: Jonas Martins Neves Data de Nascimento: 29.09.1955 Local de Nascimento: Manaus Estado Civil: Casado Filhos: 1


opinião OPINIÃO

Ser competente é uma questão de obstinação

Avelino Pereira Cuvello *

A sociedade mudou, as novas relações sociais passam por

motivos para admitir isso, pois tenho militância no magistério

transformações; os cidadãos no seu cotidiano são obrigados a

acadêmico, assim como no âmbito da consultoria, que a educação

absorver novas tecnologias, as relações sociais são compelidas à

formal e tradicional oferecidas pelos diversos degraus na formação

complexidade de suas estruturas.

acadêmica não prepara os jovens para a gestão sustentada de

A participação do indivíduo na sociedade exige um número muito

suas carreiras. A evolução e as mudanças tecnológicas aceleradas

mais elevado e complexo de conhecimento que a capacidade

e a globalização do mercado exigem indivíduos com educação

adquirida na habilitação acadêmida. Lidar com um número cada

multidisciplinar que demonstrem flexibilidade, capacidade de

vez maior de pessoas de diferentes origens sociais e culturais,

comunicação e capacidade de aprender ao longo da vida. Temos

conviver com complexas estruturas administrativas da vida social

certeza de que essas competências não se coadunam com o

por onde transitam seus direitos e deveres e saber como utilizá-

ensino em que o conhecimento é apresentado de forma

las, são algumas das exigências diárias da vida moderna.

compartimentada, com conteúdos desligados da realidade e

Hoje todos estão dispostos a elaborar planos de vida. Os grupos

carentes de dimensão global e integrada.

sociais nos obrigam a agir desta maneira, sob pena de não usufruir-

A meu ver, o conceito de competência só revela seu poder

nos de maneira positiva, quer pela manutenção e/ou interação

heurístico, quando aprendido no contexto das transformações

diante das novas relações dominantes.

ocorridas no mundo do trabalho, na sociedade e na essência das

As empresas necessitam ser competitivas num sistema econômico

pessoas.

alavancador que coloca como metas dos empresários uma

Partindo desta análise, o aprendizado pode ser, então, pensado

sobrevivência na tentativa de, a todo o momento, buscar melhor

como um processo de mudança, provocado por estímulos e

lucro e crescer.

desafios, guiados pelos estilos de atuação e mediados por

É importante não perder o foco de que o processo competitivo,

emoções que podem vir ou não a manifestar-se em mudanças no

embora atrelado à velha e conhecida equação de preço de venda=

comportamento das pessoas.

custo total+lucro, em que muitas vezes você se sente impotente de

Decisões fora de foco, indecisões, decisões intempestivas e

se impor no mercado altamente competitivo requer trabalhar com

perfeccionismo são os principais sintomas e desperdício de tempo

bastante tenacidade nos custos totais.

apresentados pelos estilos quando submetidos a situações

Redução de custos e o aumento da qualidade são sinônimos

desfavoráveis.

indispensáveis no dia-a-dia dos empresários. Trabalhadores têm

As empresas estão em busca de profissionais que cheguem

de ser conscientes de que é através deles que obtemos na maioria

prontos para exercer as atividades, já que não têm tempo para

das vezes melhor produtividade e que seus empregos sempre

treiná-los. Pessoas comprometidas com mudanças e “que

dependem do sucesso dos projetos a que estão atrelados.

recheiam” os currículos com informações, habilidades e

Por outro lado, ainda encontramos trabalhadores que não

conhecimento levam vantagem, já que em época em que a riqueza

perceberam que a pouca capacidade para integrar este sistema

deixou de ser formada por bens materiais, quem dá as cartas é o

competitivo não lhes permitirá sonhar com uma sociedade que seja

capital intelectual. “É isso que interessa ao mercado”, afirma

pautada na igualdade de direitos, visando uma qualidade de vida

Maria Rita Gravgna,

em seu livro “Modelo de Competência e

básica que lhes permita usufruir livremente a vida em suas

Gestão dos Talentos”.

múltiplas dimensões.

A coisa não se esgota, é apenas uma forte dose de substância para

Parte dessa dissonância se deve a disparidade crescente entre a

fortalecer o melhor âmbito empresarial pungente.

educação, as necessidades e os interesses dos alunos e a exigências do mercado globalizado. Tenho consciência e tenho

* Diretor da FIEAM




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