Publicação mensal do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Amazonas Ano I nº06 outubro/2006
O SHOW DA QUALIDADE
EDITORIAL
Esporte e Cidadania no Clube do Trabalhador
Pharmakos d´Amazônia vence como pequena empresa no Prêmio FINEP
Workshop debate estratégias em APL
José Nasser toma posse como vice-presidente da CNI
CNI capacita lideranças do Sistema Indústria FIEAM premia melhores em Processo e Gestão
DESTAQUES Militares visitam FIEAM
Presidente Figueiredo ganha mapa turístico
ADA quer Amazônia integrada
Sebrae realiza Semana Costurando Moda
Reman garante abastecimento
Amazonas conquista 28 medalhas nos Jogos Regionais
Tuberculose é curável em seis meses
Pós-graduação em Gás Natural propôs visão de futuro ENTREVISTA
SESI forma 26 alunos em Iranduba
Joaquim Auzier
Crianças em dia de alimentação saudável
Entrega do PSQT Região Norte em Manaus
editorial EDITORIAL
D I R E T O R I A Presidente: JOSÉ NASSER 1º Vice-Presidente: ANTÔNIO CARLOS DA SILVA 2º Vice-Presidente: ATHAYDES MARIANO FÉLIX Vice-Presidentes: FRANCISCO RITTA BERNARDINO, TEREZA CRISTINA CALDERARO CORRÊA, AMÉRICO AUGUSTO SOUTO RODRIGUES ESTEVES, ROBERTO DE LIMA CAMINHA FILHO, ALDIMAR JOSÉ DIGER PAES, NELSON AZEVEDO DOS SANTOS, NEILSON DA CRUZ CAVALCANTE, PAUDERLEY TOMAZ AVELINO, RAIMAR DA SILVA AGUIAR (in memorian) ORLANDO GUALBERTO CIDADE FILHO. 1º Secretário: AUGUSTO CÉSAR COSTA DA SILVA 2º Secretário: AGOSTINHO DE OLIVEIRA FREITAS 1º Tesoureiro: ERNANI LEÃO DE FREITAS 2º Tesoureiro: FRANCISCO ORLANDO TRINDADE DA ROCHA Diretores Suplentes: JOSÉ CARLOS PETRY DA SILVA, MÁRIO JORGE MEDEIROS DE MORAES, LUIZ CARVALHO CRUZ, FLORO FLORÊNCIO DA SILVA, EUDES RICARDO MORAES MARTINS, FRANCISCO AUGUSTO SOUTO RODRIGUES ESTEVES, JOSÉ AUGUSTO PINTO CARDOSO, RONALDO GALL, ELLEN RITTA HONORATO, GENOIR PIEROSAN, LUÍS OTÁVIO BASTOS BASTOS, ROBÉRIO LINHARES ARRUDA, ARIOVALDO FRANCISCHINI DE SOUZA, MARCUS ANTÔNIO MORAES FERREIRA, RICARDO MOTTA DA ROCHA LOPES, RONALDO DE LIMA MELLO CONSELHO FISCAL: MOYSÉS BENARRÓS ISRAEL, RENATO DE PAULA SIMÕES, ALCY HAGGE CAVALCANTE Suplentes: FERNANDO BRANDÃO DE ALBUQUERQUE, CARLOS ALBERTO SOUTO MAIOR CONDE, JOSÉ PORFÍRIO CHAGAS SALDANHA REPRESENTANTES JUNTO A CNI: JOSÉ NASSER, FRANCISCO RITTA BERNARDINO Suplentes: ANTÔNIO CARLOS DA SILVA, ATHAYDES MARIANO FÉLIX
Revista editada pelo Sistema FIEAM
SUPERINTENDÊNCIA CORPORATIVA Maurício de Andrade Marsiglia
COORDENADORIA DE MARKETING E COMUNICAÇÃO Rizo da Silva Ribeiro
COORDENADORIA DE COMUNICAÇÃO Idelzuita Araújo - Mtb 049/AM
REDAÇÃO Idalina Lasmar - Mtb 137/AM Ademar Medeiros - Mtb 289/AM Irinéia Coelho - Mtb 343/AM Evelyn Lima - Mtb 151/AM Denison Silvan (Sebrae-AM) - Mtb 048/AM COLABORAÇÃO Etienne Lopes
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Eng.º José Nasser No dia 19 de outubro a FIEAM, em parceria com o SEBRAE Amazonas, promoveu a 15ª edição do Prêmio Qualidade Amazonas (PQA), ocasião em que prestou reconhecimento a 24 organizações nas modalidades Gestão e Processo. O Programa Qualidade Amazonas foi estruturado em junho de 1991 com finalidade de aumentar a qualidade e produtividade das empresas do Pólo Industrial de Manaus. Nove instituições da iniciativa privada e dos governos federal, estadual e municipal constituíram a comissão fundadora do Programa que, ao longo desses 15 anos, vem estimulando a competitividade organizacional na nossa região, com ações de sensibilização, capacitação e premiação. Melhorias são agregadas a cada ano. Atualmente o PQA conta com apoio da Fundação Nacional da Qualidade e do Governo Federal, pelo Programa de Gestão Pública e Desburocratização, que cedem os instrumentos de avaliação da gestão pública e privada de caráter nacional, utilizados na íntegra no ciclo de premiação. Apoio importante também vem do Fórum dos Programas Estaduais da Qualidade e Petrobras, por meio do grupo Geração. Essas instituições contribuem para a visualização do PQA no cenário nacional. Ao longo desse período, o PQA tem movimentado a força de trabalho das organizações para a racionalidade dos processos, melhoria dos níveis de qualidade de produtos e serviços e pela busca contínua da excelência na gestão organizacional. Assim, o Prêmio cria uma rede de relacionamento que visa, por meio de organizações mais competitivas, elevar a qualidade de vida da sociedade. O evento de premiação, como uma das ações do Programa Qualidade Amazonas, foi instituído em 1994 como referência para a medição do nível de excelência das organizações privadas e públicas, bem como fator de projeção junto à comunidade local e nacional. A finalidade do Prêmio é reconhecer e dar visibilidade aos esforços das organizações do Amazonas na busca da Cultura da Excelência para o desenvolvimento humano, econômico e para a melhoria da qualidade de vida da sociedade. O evento, organizado pelo Departamento de Assistência a Média e Pequena Indústria (DAMPI), distingue o esforço das equipes e seus melhores resultados, reconhecidos nos produtos e serviços disponibilizados, numa demonstração de que é possível melhorar continuamente. A FIEAM espera que em 2007 mais organizações busquem esse reconhecimento social e possam, por intermédio do Prêmio Qualidade Amazonas, levar à sociedade amazonense o benefício que é o aprendizado pela participação.
Prêmio FINEP 2006
Pharmakos d´Amazônia vence na categoria Pequena Empresa Fotos: Waltemir
A Pharmakos d´Amazônia, na categoria Pequena Empresa, foi a vencedora do Prêmio FINEP de Inovação Tecnológica 2006/Região Norte. A premiação ocorreu em 28 de setembro no Memorial dos Autonomistas em Rio Branco (AC) e contemplou vencedores também nas categorias: Produto, Processo, Instituição de C&T e Inovação Social. O Amazonas também apresentou outros finalistas. Na categoria Instituição de Ciência e Tecnologia, o Instituto Genius foi o segundo colocado, seguido pela Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica. Em Processo, o Centro de Tecnologia Eletrônica e de Informação (Ceteli), da Universidade Federal do Amazonas, obteve o segundo lugar. “É o terceiro prêmio FINEP que a Pharmakos conquista”, afirma o sócio-proprietário da empresa, Schubert Pinto. Em 2004, a empresa obteve o 1º lugar; em 2005 ficou em segundo e este ano arrebatou o 1º lugar, o que lhe garantiu além de um desktop; a cortesia para fazer patente de um de seus produtos a ser definido; a assinatura da Revista Scientific American; e a autorização de uso do selo Regional Norte da FINEP em seus produtos. Incubada desde 2001 no Centro de Incubação e Desenvolvimento Empresarial (CIDE), a Pharmakos, segundo Schubert, é uma empresa familiar que fabrica fitoterápicos e fitocosméticos somente com insumos extraídos da floresta amazônica. Detentora de três patentes junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), a empresa se Representante da Pharmakos d´Amazônia, Schubert Pinto
destaca pelos investimentos em pesquisas, que correspondem a 50% do lucro. A empresa apresentou faturamento de R$ 1,6 milhão em 2005. Schubert garante que a empresa produz mensalmente 60 mil unidades de linha de mais de 30 produtos, entre eles, o antinflamatório reumatigel, a parafina bronzeadora com o óleo de urucum, a pomada de copaíba e o óvulo de crajuri, produto inédito usado no tratamento de cervicites e vaginites. “Hoje a Pharmakos passa por período de adequação para alcançar o mercado exterior”, afirma Schubert. Pelo Programa Exporta CIN, firmou contrato com o mercado chileno e até dezembro começará a cumprir contrato firmado com a empresa americana Ciniva Systems com fornecimento de produtos fitoterápicos e fitocosméticos. Em 2006, o Norte bateu o próprio recorde de inscrições. ao Prêmio FINEP. Foram 67 propostas, seis a mais que as 61 participantes de 2003, ano que apresentava maior número de propostas. Processo, com 26, Produto, com 20, e Inovação Social, com 14, foram as categorias mais procuradas. Cinco finalistas da Região Norte vão participar da etapa nacional nos dias 29 e 30 de novembro no Palácio do Planalto, em Brasília. São eles: Pharmakos d´Amazônia, Pequena Empresa; Funtac, Inovação Social; Embrapa Oriental, Instituição de C&T; Eletronorte, Processo; e novamente Embrapa Oriental, desta vez na categoria Produto.
OS VENCEDORES PEQUENA EMPRESA 1º - Pharmakos d'Amazônia - AM 2º - Ornatos Embalagens - PA INOVAÇÃO SOCIAL 1º - Funtac - AC 2º - Mineração Rio do Norte - PA 3º - Saboaria Xapuri - AC PRODUTO 1º - Embrapa Oriental - PA 2º - Central Laminações - RO 3º - Isoltech - TO INSTITUIÇÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA 1º - Embrapa Oriental - PA 2º - Instituto Genius - AM 3º - Fucapi - AM PROCESSO 1º - Eletronorte - RO 2º - Ceteli – AM 3º - Funtac - AC
José Nasser é empossado
vice-presidente da CNI
A infra-estrutura precária, descompasso cambial, alta carga tributária e legislação trabalhista sufocante são alguns dos principais entraves ao avanço da indústria brasileira no mercado internacional apontados pelo presidente da FIEAM, José Nasser, reempossado no dia 16 de outubro na vice-presidência da Confederação Nacional da Indústria (CNI), entidade sob a presidência do industrial e deputado federal Armando Monteiro Neto (PTB). “O governo precisa diminuir os gastos públicos, destinar recursos para obras de infra-estrutura e realizar reformas trabalhista e previdenciária, entre outras”, afirma Nasser. Segundo o empresário, só assim a indústria poderá alcançar competitividade e maior inserção no comércio mundial. Nasser destaca que o desafio da nova diretoria da CNI é ampliar a representatividade da Entidade no cenário político-econômico nacional, para que as tão esperadas reformas (fiscal, tributária, trabalhista e previdenciária) aconteçam. O presidente reeleito da CNI, Armando Monteiro Neto, ressalta que a entidade tem desafios nos dois campos de atuação, o interno e o externo. “Temos de consolidar avanços no processo de transformação do Sistema Indústria, que agora tem planejamento integrado, que pretende elevar o desempenho da entidade”, observa. No plano externo, Monteiro Neto diz que o foco principal é a busca do crescimento econômico do país. “Essa é a questão central para nós, o Brasil precisa voltar a crescer. E a nossa bússola para isso é o Mapa Estratégico da Indústria”, reforça. A indústria brasileira lidera o movimento para o crescimento contínuo e sustentável do país no período de 2007 a 2015. Para tanto, formulou o Mapa Estratégico da Indústria, ponto de partida da agenda da CNI para os próximos anos. Com base na definição de metas para indicadores-chave, a entidade identificou diversos desafios a serem enfrentados para inserção no ciclo de crescimento sustentado. DEZ PRIORIDADES PARA O CRESCIMENTO A partir dos objetivos identificados no Mapa Estratégico, foram escolhidas 10 prioridades para os próximos anos, em que melhorias podem se transformar em resultados significativos em termos de desenvolvimento econômico e social. A primeira delas é a redução do gasto público, maior problema do Estado brasileiro contemporâneo. Gastando menos o Estado terá
mais condições de investir, principalmente em infra-estrutura. Reforma tributária vem logo a seguir. As atuais distorções do sistema tributário, que taxa exportação, investimento e poupança, causam impactos nefastos sobre a competitividade da economia. Reduzir a tributação contribui para eficiência econômica e para um ambiente de negócios mais favorável. A infra-estrutura claudicante do país é fonte de grande preocupação da indústria. Ter infra-estrutura de qualidade em transportes, energia, telecomunicações e saneamento básico torna o país competitivo e eleva capacidade de atração de investimentos, nacionais ou estrangeiros, em outros setores. O desenvolvimento da infra-estrutura não pode ser tarefa apenas do setor público, até por conta da crise fiscal, e, por isso, se torna imprescindível o desenvolvimento de marcos regulatórios seguros para atrair capital privado. O financiamento também é ponto nevrálgico. A disponibilidade de capital a custos adequados melhora a competitividade das empresas e estimula o investimento. Quanto às relações do trabalho é imprescindível ter mais flexibilidade nas negociações entre patrões e empregados, o que melhora a gestão empresarial, aumenta a produtividade e cria alternativas de interesse mútuo. A indústria sabe que o trabalho formal é benéfico para o trabalhador e para a economia. Trabalhadores com vínculos formais são mais produtivos, melhor remunerados e contribuem para a Previdência Social, diminuindo o desequilíbrio nas contas do governo. Um grande entrave ao crescimento econômico é a burocracia excessiva, que gera ineficiência e custos. Os custos financeiros e de tempo desestimulam a abertura e a sobrevivência de empresas de todos os portes, o que tem reflexos no emprego e no investimento. A desburocratização reduz os gastos e acelera o processo produtivo. A inovação tecnológica é crucial para o aumento da produtividade, porque reduz os custos produtivos, amplia a oferta de bens e serviços e melhora a competitividade. Mas inovação não existe sem educação. Para crescer, não basta ter capital físico. É preciso que haja pessoas qualificadas para operá-lo e desenvolver novas soluções e idéias. Além disso tudo, a CNI acredita ainda ser de suma importância a existência de uma política comercial e de acesso a mercados, uma vez que o comércio internacional é fonte importante de crescimento. Vendas externas aumentam a escala de produção, com redução de custos, ao mesmo tempo em que as importações são fonte de atração de tecnologias novas. E as condições macroeconômicas (câmbio, investimento e infra-estrutura) que permitem exportações competitivas melhoram o ambiente empresarial e estimulam a expansão do comércio, inclusive o interno. Por fim, é imprescindível que as leis e ações públicas na área de meio ambiente garantam, ao mesmo tempo, a segurança para os investimentos e o desenvolvimento sustentável da economia. O marco regulatório do meio ambiente e a ação discricionária dos órgãos públicos não podem criar obstáculos aos investimentos públicos e privados.
José Nasser e Armando Monteiro Neto
destaques
DESTAQUES
MILITARES VISITAM FIEAM A FIEAM recebeu em 19 de outubro visita de 38 oficiais militares estagiários do curso de Logística e Mobilização Nacional da Escola Superior de Guerra. A comitiva das Forças Armadas veio conhecer as atividades desenvolvidas pela Zona Franca de Manaus e FIEAM. Em seguida, a delegação visitou as instalações da Moto Honda da Amazônia. O diretor da FIEAM, Flávio Dutra, destacou a importância de apresentar aos futuros comandantes militares como a FIEAM trabalha no apoio a indústria amazonense, no estímulo ao desenvolvimento da região amazônica e particularmente do Amazonas. O coordenador geral de Planejamento e Programação Orçamentária da Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA), Emmanuel Ribeiro Sales de Aguiar, explicou como a autarquia federal coordena as ações das empresas instaladas no Pólo Industrial de Manaus (PIM). O brigadeiro engenheiro Clodoaldo da Silva Bandeira disse que “uma das possibilidades de interesse internacional e nacional é a região amazônica e esse é o motivo da nossa presença aqui”, acrescentou o Brigadeiro. Para o Capitão de Mar e Guerra, José Augusto Barros
Caputo, coordenador do curso, é interessante visitar a FIEAM para avaliar o suporte industrial da Zona Franca de Manaus.
ADA QUER AMAZÔNIA INTEGRADA Os Estados da Amazônia Legal não conhecem seus potenciais. Quem aponta o problema, principal fator para o baixo intercâmbio entre si para compra e venda de bens de serviços, é o diretor geral da Agência de Desenvolvimento da Amazônia (ADA), Djalma Bezerra Mello. Estudo da ADA, de 1999 a 2004, baseado em informações das Secretarias de Fazenda, foi apresentado em 25 de setembro na FIEAM, quando foi lançada proposta da criação de um Grupo Executivo de Trabalho Intra-Regional, com objetivo de reverter o quadro. O programa está sendo proposto a todos Estado da Amazônia Legal (Amazonas, Pará, Amapá, Acre, Rondônia, Roraima, Mato Grosso, Maranhão e Tocantins). Segundo Mello, a ADA vai formar uma base de dados mostrando as potencialidades econômicas de cada Estado, que hoje tem quase 90% do seu consumo importado do Sul e do Sudeste. Pelos estudos da ADA, entre os principais mercados de escoamento (vendas) da produção do Amazonas estão São Paulo (52,60%); Rio de Janeiro (9,50%); Rondônia (4,10%); Minas Gerais (3,70%); Pará (2,70%); Distrito Federal (2,70%) e Mato Grosso (2,70%). Para o economista, isso ocorre por desorganização do mercado amazônico, que tem hoje cerca de 18 milhões de consumidores em potencial, 13% da população brasileira, que, mesmo assim, desconhece o que é produzido em cada Estado.
REMAN GARANTE ABASTECIMENTO Os 45 dias de paralisação da produção de petróleo na Refinaria de Manaus “Isaac Sabbá” (Reman), iniciados em 1º de novembro até 18 de dezembro, não afetarão o abastecimento do Estado. Foi o que garantiu o gerente geral da Unidade, engenheiro Augusto César Fernandes de Carvalho, a empresários em 21 de setembro na FIEAM, assegurando que existe estoque suficiente para abastecimento durante o período. Augusto César esclareceu aos empresários que esse tipo de procedimento é realizado a cada cinco anos, mas tudo é
planejado com antecedência, o que garante o abastecimento de derivados de petróleo durante a parada geral. “São feitos planejamentos operacional, de segurança, meio ambiente e saúde, de infra-estrutura, de contratações, micro detalhamento das atividades de parada, de recursos humanos, de comunicação, de segurança empresarial, de logística e abastecimento do mercado, de suprimento de materiais, e plano de contingências”, ressalta o gerente.
destaques
DESTAQUES
TUBERCULOSE É CURÁVEL EM SEIS MESES O Amazonas apresenta incidência alta de tuberculose, doença causada pelo Bacilo de Koch, com 2.095 novos casos registrados em 2005. Somente em Manaus, 1.454 pessoas contraíram a doença no ano passado, sendo a Zona Leste a que registrou maior número de casos (453). A afirmação foi feita pela coordenadora estadual de Combate à Tuberculose, médica infectologista Irineide Asumpção A n t u n e s , q u e juntamente com a médica sanitarista e pneumologista do Programa Estadual de C o m b a t e a Tuberculose, Ana de Jesus da Silva, ministrou em 27 e 28 de setembro, no auditório da FIEAM, curso de Multiplicadores em C o m b a t e a Tuberculose, tendo como meta capacitar 50% dos colaboradores do SESI e representantes das empresas do Pólo Industrial de Manaus.
O treinamento faz parte do Projeto Qualidade de Vida para o Trabalhador, desenvolvido pelo SESISAÚDE, com objetivo de disseminar informações básicas sobre a doença. A tuberculose é transmitida por meio de gotículas de saliva com bacilo que chegam aos pulmões, atingindo os alvéolos, dando início a infecção. As condições precárias de vida, desnutrição, diabetes, câncer e Aids são fatores que levam o indivíduo a contrair a doença. Assumpção disse que a doença pode ser curada em seis meses, desde que o paciente faça tratamento ambulatorial correto: o doente recebe medicação e orientações para o tratamento em casa. Explicou a técnica que a medicação é via oral, sem necessidade de internação e perigo de contaminação para os membros da família, desde que o paciente siga todas as orientações. Segundo Assumpção, a tuberculose se manifesta de forma pulmonar e extra-pulmonar. A pulmonar, mais comum, atinge os pulmões e a extra-pulmonar, com exceção do cabelo, unhas e dentes, afeta as outras partes do corpo humano. “Tosse prolongada, febre, perda de peso, falta de apetite, dores no peito e nas costas são os principais sintomas da doença”, disse. “O exame de escarro é o mais importante para o diagnóstico”, observou.
SESI FORMA 26 ALUNOS EM IRANDUBA O SESI Amazonas, em parceria com a empresa Queiroz Corrêa, certificou no dia 11 de outubro 26 alunos do Programa SESI Educação do Trabalhador, em Iranduba (AM). A solenidade, realizada no Clube Planetário (rua Rio Madeira, bairro Santana). Os alunos do ensino médio estudaram com a metodologia Telecurso 2000, que utiliza recursos pedagógicos, compostos de livros, teleaulas, com uso de fitas de vídeo que facilitam a compreensão, fixação e aplicação dos conteúdos programáticos ao mundo do trabalhador. O curso teve duração de 18 meses e duas horas de aula por dia e começou as atividades em março de 2005, encerradas em setembro. As aulas foram ministradas na Unidade de Educação 9 do SESI.
CRIANÇAS EM DIA DE ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL O SESI, por meio do Programa Cozinha Brasil - Alimentação Inteligente, realizou em 20 de outubro na Unidade de Educação 01 “Dioclécio de Miranda Corrêa” um dia dedicado a educação alimentar, em comemoração a Semana Mundial da Alimentação. Na Unidade, 391 alunos participaram da oficina de educação alimentar, que ensinou conceitos sobre nutrição, alimentação saudável, higiene na preparação de refeições, incentivo a horta doméstica. As crianças também saborearam o bolo de casca de banana e suco de horta, especialidade do Cozinha Brasil. O Instituto do Desenvolvimento Agropecuário do Estado do Amazonas (IDAM), parceiro do SESI no evento, distribuiu sementes de hortaliças e uma
cartilha orientando como cuidar de uma horta. Para o técnico agronômico do IDAM, Francisco Marcelo, a atividade educativa é uma forma estratégica bastante proveitosa, porque estimula as crianças a aprenderem gostar de frutas e verduras. O estudante da 3ª série, Keper Mateus Aquino Vidal, nove anos, disse que ama comer frutas e verduras, por isso é preciso cultiválas. A gerente da Unidade Educacional 1, Lizette Coelho de Araújo, defensora do meio ambiente, plantou uma horta e um pomar nas dependências da escola. “Quando cheguei aqui no final de 2003 não tinha verde, uma escola precisa cuidar da natureza. Hoje temos uma diversidade de frutas e hortaliças, banana, maracujá, mamão, pimenta, quiabo, maxixe, cajueiro, macaxeira etc”. Uma vez por semana, a gerente da Unidade sorteia entre as crianças um cesto repleto de frutos colhidos no pomar. “As crianças adoram o pomar, ajudam-me a cuidá-lo, regando as plantas e colhendo os frutos, conta.
Esporte e Cidadania no
Clube do Trabalhador Trabalhadores da indústria e comunidade amazonense viveram em 21 de setembro um dia repleto de atividades voltadas para o esporte, saúde e lazer no Clube do Trabalhador, numa promoção conjunta do SESI, Rede Globo e 53 entidades públicas e privadas, motivadas pelo objetivo de participar do programa Esporte e Cidadania. A organização do evento contabilizou 21.423 atendimentos que beneficiaram perto de sete mil pessoas. O programa está inserido no conjunto de eventos de sensibilização da população para a importância dos jogos Pan-americanos que serão realizados no Brasil em 2007, fazendo parte também das atividades comemorativas dos 60 anos do SESI. As ações de lazer, as mais procuradas, atraíram 5.361 pessoas que compareceram aos shows de palhaços, mágicos e sombras. Brincadeiras de cama elástica, queimada e de soltar pipa também foram oferecidas, assim como as demonstrações de karatê e capoeira, sessão de videokê, oficina de balão, dança de salão, pintura facial, balé clássico, dança do ventre, dança de salão, jazz e dança contemporânea. Os jogos esportivos contaram com adesão de 4.658 pessoas nas modalidades de futebol de campo, futsal, futebol sete areia, vôlei de praia, natação, tênis de mesa, sinuca, dama, xadrez, dominó, peteca, frescobol, além de esportes radicais, como escalada, tirolesa, rapel e esporte paraolímpicos (basquetebol em cadeira de roda, goall ball e desafio de halterofilismo). Entre as atividades culturais houve apresentação teatral, cinema, apresentação musical, danças regionais e gincana cultural. A área de saúde e prevenção realizou 2.243 atendimentos (aferição de pressão arterial, dosagem glicemia, massagem, índice de massa corpórea e avaliação
física, orientação nutricional, diabetes, hipertensão e obesidade). Com 6.336 atendimentos a área de cidadania realizou corte de cabelo, depilação, manicura, orientações do Cozinha Brasil e sobre Educação de Jovens e Adultos. Em odontologia, foram 825 atendimentos com oficinas de higiene bucal. A superintendente do SESI, Dorinha Mourão, disse que com ação a Instituição defendeu novas atitudes e novos hábitos para uma vida mais saudável. “É importante que o trabalhador aproveite o tempo disponível para cuidar da saúde”, orientou. Entre convidados ilustres, estava o atleta amazonense do São Raimundo Esporte Clube de Manaus, Sandro Viana, de 29 anos, bicampeão universitário na prova de 100m rasos em Recife/2005; medalha de bronze no mundial de universitários na Turquia/2005, e hexacampeão no Torneio NorteNordeste/2006 em Natal/RN. Viana disse que a prática esportiva deve começar cedo para que os melhores resultados sejam conseguidos. Ele ressaltou que o programa Esporte e Cidadania desperta nos jovens a necessidade de se começar atividades esportivas. O aposentado William da Costa Brandão, 59 anos, foi um dos participantes que aproveitou o evento para realizar avaliação física completa.
Atividades lúdicas e de saúde atraíram as pessoas, a exemplo do aposentado William Brandão
Workshop debate estratégias em APL A construção de novo modelo na adoção de estratégias para aumentar competitividade do Sistema IEL, nivelando conceitos técnicos para disseminação de práticas e experiências, foi discutida por representantes do Instituto nos dias 30 de outubro a 1º de novembro, em Brasília, no Workshop Estratégias Empresariais em Arranjos Produtivos Locais (APL). Segundo a técnica Kátia Meirielle Araújo, que representou o IELAmazonas no evento, o encontro avaliou propostas e projetos de apoio ao processo de internacionalização de empresas em APL. A técnica destacou a importância de casos que estão dando certo, como os APLs da Bahia, Paraná, Minas Gerais e Ceará. Outro tema abordado no workshop foi a plataforma Brasil - Europa, que visa a p o i o n o desenvolvimento t é c n i c o e tecnológico de empresas e das entidades do
Sistema CNI/SESI/SENAI/IEL, com prospecção das melhores práticas internacionais, promovendo eventos e missões, assim como capacitação de colaboradores e principalmente identificar parcerias industriais para novos mercados e investimentos. As pequenas e médias empresas também foram debatidas no Programa AL-Invest. O encontro aprovou proposta de reforçar e desenvolver ações para cooperação econômica entre estes setores na Europa e na América Latina. A estratégia de funcionamento será por meio dos Centros de Cooperação Econômica (Coopecos) - rede formada por instituições européias, em maioria, que apóiam a cooperação industrial e promovem investimentos na América Latina, e os Eurocentros de Cooperação Empresarial, que hoje somam 18 no Brasil, uma rede de organizações latino-americanas que atua apoiando cooperação industrial entre empresas latino-americanas e pequenas e médias empresas da União Européia. Os Eurocentros atuam também nacionalmente para o fomento de cooperação empresarial internacional por meio dos núcleos Regionais do IEL e Centro Internacional de Negócios (CIN), apoiando também as empresas e instituições de pesquisa, desenvolvimento e tecnologia na busca de oportunidades de cooperação com instituições européias e latino-americanas promovendo ações do Programa AL-Invest, financiado pela Comissão Européia.
Kátia Meirielle Araújo
CNI capacita lideranças do
Sistema Indústria O superintendente do IEL-Amazonas, Wilson Colares, participou nos meses de julho a setembro em Brasília do Programa de Desenvolvimento de Liderança do Sistema Indústria. A iniciativa da CNI, por meio do seu RH Corporativo, em conjunto com o IEL Nacional e Fundação Dom Cabral, reuniu 120 representantes das entidades CNI, Federações de Indústrias, SESI, SENAI e IEL, em treinamento desenvolvido nos módulos: Liderança, aplicado pelo professor Paulo Roberto Villamarim Gama; Gerenciamento de Desempenho Organizacional de Pessoas, coordenado pelo professor Bruno Henrique Rocha Fernandes e Negociação Avançada, pelo professor Marcelo Henrique Melo Fernandes. Para Wilson Colares, o investimento da CNI em capacitar os seus colaboradores demonstra o interesse em melhorar cada vez mais o conceito de sua marca no mercado, e que com certeza terá retorno de crescimento inestimável em todas as unidades.
Superintendente do IEL-AM, Wilson Colares
FIEAM premia melhores em
Processo e Gestão A 15ª edição do Prêmio Qualidade Amazonas (PQA) destacou 24 organizações nas modalidades Processo e Gestão. A entrega da premiação foi realizada em 19 de outubro no Dulcilas Festas e Convenções no evento Qualishow 2006, promovido pela FIEAM, por meio do Departamento de Assistência à Média e Pequena Indústria (DAMPI), em parceria com o SEBRAE Amazonas. O presidente da FIEAM, José Nasser, explica que o PQA ao longo desse tempo tem movimentado a força de trabalho das empresas para a racionalidade dos processos, a melhoria dos níveis de qualidade de produtos e serviços e na busca contínua pela excelência na gestão organizacional. O prêmio reconheceu projetos como o desenvolvido pela Thomson Multimídia Ltda, medalha de ouro em Processo, categoria Média e Grande Indústria que, segundo o diretor industrial Wilson Périco, garante retorno de R$ 3 milhões anuais à empresa. O projeto, explica, é um sistema de controle de processo, denominado Rastro, que hoje pode ser utilizado por outras empresas. O sistema permite rastrear os componentes usados nos produtos da indústria e elimina a possibilidade de entrada de material de fornecedores não homologados. A empresa hoje atende o mercado brasileiro e argentino com três linhas de produtos: modem, decodificador para TV a cabo e decodificador a satélite. No Pólo Industrial de Manaus desde 1999, a Thomson, segundo Périco, tem como o seu maior patrimônio os seus funcionários na busca da excelência pela qualidade das atividades que desenvolvem e o prêmio traz esse reconhecimento da sociedade, ressalta. Com o também projeto vitorioso, que propiciou ganho de R$ 5 milhões nos cinco primeiros meses deste ano, a LG Eletronics da Amazônia Ltda ficou, juntamente com a Thomson e a Philips da Amazônia Indústria Eletrônica Ltda, com a medalha de ouro na modalidade Processo, categoria Média e Grande Indústria. Supervisor do Centro de Inovação Blue Ocean, da LG Eletronics da Amazônia Ltda, Aldenir Sales da Rocha, disse que o projeto alcançou resultados além dos projetados. A equipe se propôs a reduzir os dias de estoque dos componentes e fugir dos juros de 1,2% mensais pagos pela empresa quando há demora na utilização do produto, com acompanhamento dos estoques, desde o embarque na Coréia até utilização do produto na fábrica em Manaus. “A proposta para a linha de TVs era baixar de 74 para 45 dias o tempo para utilização dos componentes estocados. O resultado ficou em 39 dias. Na linha de DVDs a equipe estabeleceu por meta baixar de 77 para 70 dias e atingiu 67 dias. A nacionalização de alguns cinescópios também contribuiu para os resultados, visto que diminuiu o tempo em que o produto viajava e com redução dos valores dos
componentes, por serem adquiridos no mercado local. Na área de importação, Aldenir disse que foi verificado como reduzir o tempo de liberação. “Antes a média da liberação de materiais era de nove dias, então criamos sistema para corrigir erros na documentação que motiva o atraso na liberação. Hoje toda a documentação é vista 12 dias antes do produto chegar, tempo suficiente para analisar a documentação e evitar falhas. A Gráfica Estrela, troféu prata em Processo, categoria Micro e Pequena Indústria, desenvolveu projeto que reduziu em 90% o número de trabalho. Com isso, aumentou a produtividade e o grau de participação e comprometimento por parte dos colaboradores.
José Nasser e representantes da Petrobras, CIEAM, Fucapi, Caixa Econômica, CNI, Editora Novo Tempo e Grupo Accor: patrocinadores do evento
Vencedores em Processo, categoria Média e Grande Indústria
Eurípedes Lins premia Escola Brigadeiro João Camarão Telles Ribeiro
Antônio Silva premiaa Casa Vhida, na modalidade Gestão
Maurício Loureiro cumprimenta Ulisses Mendes Neto, representante do grupo Honda, três vezes premiado
Representantes da Gráfica Estrela com Maria José Alves da Silva
Wilson Périco e Luciano Barros, os premiados da Thomson
Thomson conquista o 2º lugar no Prêmio CNI Duas finalistas do PQA ficaram entre as melhores no Prêmio CNI 2006. A Thomson Multimídia conquistou o 2º lugar na categoria Inovação, Qualidade e Produtividade, modalidade Grande e Média Indústria. A Gráfica Estrela também fez bonito no certame nacional: classificou-se em 3º lugar na mesma categoria, na modalidade Micro e Pequena Indústria. O evento que premiou 18 empresas brasileiras foi realizado no dia 1º de novembro na sede
da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília "Ao celebrar os vencedores deste Prêmio, a CNI pretende destacar os variados caminhos que trilharam, em busca de maior competitividade. Com isso, estamos mostrando não apenas à comunidade industrial, mas ao país, alternativas concretas para a modernização e o crescimento econômico", disse o presidente da CNI, Armando Monteiro Neto.
Presidente Figueiredo
ganha mapa turístico
O Sebrae Amazonas e a prefeitura de Presidente Figueiredo, distante 107 quilômetros em linha reta de Manaus, lançaram no dia 1º de novembro o primeiro mapa turístico do município, de 90 centímetros de largura por 60 centímetros de altura, contendo os principais atrativos, com destaque para as cachoeiras, grutas e locais de pesca esportiva. Constam, também, os endereços e telefones de locais de hospedagem e alimentação e mapa detalhado das ruas da sede municipal. Com esta iniciativa, espera-se que o turista tenha visão geral das potencialidades do município, considerado a Terra das Cachoeiras, facilitando na hora da decisão por qual atrativo visitar. O lançamento foi no Centro de Atendimento ao Turista (CAT) e contou com a presença da diretoria do Sebrae, José Carlos Reston, Maria José Alves da Silva e Nelson Rocha; vice-prefeito Celso Clementino; secretário de Turismo, Clenildo Amâncio de Souza; representantes da Amazonastur e dos hotéis, restaurantes e pousadas de Presidente Figueiredo. O mapa faz parte das atividades do projeto Desenvolvimento do Turismo em Presidente Figueiredo, iniciativa do Sebrae Amazonas e da prefeitura que começou em janeiro 2005 e deverá ter as ações concluídas em dezembro 2007. Reston acredita que, em função das ações desenvolvidas pelo projeto, houve uma evolução do serviço de hospedagem, melhoria da infra-estrutura e da identidade visual de hotéis e pousadas. Segundo o diretor, após participar das atividades do projeto, os proprietários se sentiram motivados a reestruturar suas instalações, já utilizando os padrões de qualidade do Ministério do Turismo. Cita como exemplo de empreendedores que melhoraram significativamente a qualidade dos serviços oferecidos aos turistas as proprietárias Tirza Melo, da Pousada das Pedras; Zilda Bezerra Lins, do Hotel Maruaga; e Vilma Ouro, da Pousada da Vilma. Zilda Lins, de 62 anos, acredita que o mapa vai divulgar as potencialidades turísticas do município não somente em Manaus, mas em todo o País. Pioneira no ramo hoteleiro de Presidente Figueiredo, a empresária considera a atividade rentável, mas admite que o esforço para manter o empreendimento é contínuo, daí a necessidade de reciclar sempre seus conhecimentos sobre turismo. Por isso, desde o início do projeto do Sebrae, vem participando das atividades propostas por esta instituição. Cachoeiras: priancipais atrativos naturais do município
A empresária Zilda Lins revela que apenas 10% dos turistas que se hospedam em seu hotel são de outros Estados e de outros países. O restante, 90%, é proveniente de Manaus, que faz o turismo típico de fim-de-semana. “O importante em nossa atividade é proporcionar ao cliente tratamento especial, pois, assim, ele recomenda nosso hotel a seus amigos e parentes”, ensina. Umas das principais ações do projeto de turismo de Presidente Figueiredo é a capacitação técnica e gerencial do público-alvo, composto por proprietários e funcionários de pousadas, hotéis, restaurantes e lanchonetes do município. Outras atividades do projeto são as missões técnicas em localidades que são referência em turismo no Brasil. Em junho de 2005, onze participantes do projeto, incluindo a empresária Zilda Lins, foram a Bonito (MS), para conhecer as estratégias adotadas pelo município para expandir as atividades turísticas. A participação de feiras e eventos no Brasil também estimula e amplia a visão empreendedora dos participantes do projeto. Entre os eventos que tiveram a participação de empreendedores do Amazonas estão a Feira Internacional de Turismo na Amazônia, realizada em junho em Belém; workshops em Rio Branco (AC) e em Porto Velho (RO), realizados em maio, e em Boa Vista (RR), este realizado em agosto. Além da prefeitura de Presidente Figueiredo, os parceiros do projeto são a Amazonastur e o Senac. Os principais objetivos do projeto do qual participa Zilda Lins estão sendo alcançados precocemente. A meta de elevar de um para três dias a permanência média dos turistas em Presidente Figueiredo foi alcançada em agosto de 2006. A meta tinha sido planejada para ser alcançada em dezembro de 2007. Outra meta, o grau de satisfação do turista, foi ultrapassada, sendo, que este índice ficou 20% superior em relação ao mesmo período do ano de 2005, e não apenas 8%, como estava previsto. A taxa média de ocupação dos hotéis e pousadas foi de 66,5%, em junho deste ano, contra 45% no mesmo mês do ano passado.
Superintendente do Sebrae, José Carlos Reston, no lançamento do mapa
Sebrae realiza
Semana Costurando Moda Nem só de São Paulo Fashion Week vive a moda brasileira. Nos dias 31 de outubro e 1º de novembro (terça e quartafeira), o Sebrae Amazonas, SENAI, Banco do Brasil, Sindicato de Confecções de Manaus (Sindconf), Secretaria de Estado da Cultura (SEC) e Secretaria Municipal de Desenvolvimento Local (Semdel) promoveram em Manaus a Semana Costurando Moda – Verão 2007. O ponto alto do evento foi o desfile de 35 looks confeccionados pelas costureiras e bordadeiras integrantes do projeto Desenvolvimento do Setor Produtivo de Confecção de Vestuário de Manaus, uma iniciativa do Sebrae e seus parceiros para promover a qualidade e a competitividade dos produtos das empresas sindicalizadas do setor e das profissionais ligadas a associações e cooperativas de costura de Manaus. O evento Costurando Moda ocorreu no Centro Cultural Teatro Chaminé, um local no Centro de Manaus repleto de charme e história, muito apropriado para o desfile da produção amazonense, centrada nas últimas tendências do eixo Rio-São Paulo. Após a abertura do evento houve a palestra Moda e Brasilidade. No dia 1º de novembro foi a vez das oficinas tecnológicas Coleções de Moda e A Importância dos Aviamentos para o Design da Moda. A palestra e as oficinas foram ministradas pela designer Fernanda Carlos, consultora do Cetiqt, Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil do Rio de Janeiro, vinculado ao SENAI. Participaram do evento os diretores do Sebrae Amazonas José Carlos Reston, Maria José Alves da Silva e Nelson Luiz Rocha; coordenador da Cadeia Têxtil e Confecção da Região Norte do Sebrae Nacional, Jorge Rincón; secretáriaexecutiva do Conselho de Desenvolvimento Humano (CDH), Nairy Milon; diretor-regional do SENAI, Adercy Itiú Maruoka, colaboradores e representantes das instituições e empresas envolvidas. A coordenadora do Grupo Alternativo de Geração de Emprego e Renda (Gager Mulher), Celeste Rocha, ficou muito entusiasmada e confiante que os modelos apresentados na passarela chamarão a atenção dos comerciantes locais, que compram em Manaus apenas cerca de 5% do que vendem. “Estamos felizes por que sabemos o quanto nos empenhamos para fazer peça por peça, além de estarmos muito satisfeitas pelo reconhecimento do nosso trabalho”, disse, emocionada. Segundo a diretora-técnica do Sebrae Amazonas, Maria José Alves da Silva, o apoio dados às empresas, associações e cooperativas é fundamental para que o setor possa competir com os produtos vindos de outros Estados. Este apoio vem sendo dado por intermédio de oficinas práticas; consultorias de design, produção e moda; e
capacitação técnica e gerencial. “Em breve, queremos ver as etiquetas de nossas fábricas disputando o mercado amazonense em pé de igualdade com a moda produzida no Sul e Sudeste”, avalia a diretora. A gestora do projeto Confecção do Vestuário de Manaus, Déborah Araújo, revela que o desfile é uma ação de marketing que vai dar visibilidade à produção local, abrindo mercado para os participantes do projeto. Entre os beneficiados com a ação do Sebrae estão a cooperativa Gager Mulher, localizada na Compensa II; Associação de Costura Ponto de Ouro, do bairro Zumbi II; Dani Confecções; e Cooperativa dos
Desfile: ponto alto do evento no Teatro Chaminé
Profissionais de Costura do Estado do Amazonas (Amacort), com núcleos nos bairros Japiim e Educandos. Por meio destes grupos, o projeto atende 50 profissionais, em sua maioria costureiras e bordadeiras. Segundo Déborah Araújo, as oportunidades oferecidas pelo projeto fizeram com que as integrantes dos grupos alçassem vôos mais altos e optassem pelo mercado promissor da moda, tendo em vista que, excetuando-se a Dani Confecções, a produção das 19 empresas sindicalizadas participantes do projeto é voltada para suprir o mercado de uniformes profissionais e escolares amazonense. Em junho, um líder de cada grupo e técnicos do Sebrae e do SENAI realizaram visita técnica ao Rio de Janeiro com o objetivo de conhecer os detalhes do mundo da moda. O grupo visitou fábricas de confecção dos municípios de Barra Mansa, Petrópolis, São Gonçalo e Mendes. “Ao ver o lançamento de coleções e as tendências da moda, o entusiasmo tomou conta do grupo e o projeto ganhou novos horizontes”, comemora Déborah Araújo.
Amazonas conquista 28 medalhas
nos Jogos Regionais
Fabiano Bezerra (Jabil): 2º lugar
Pedro Filho (Philips): campeão
O Amazonas conquistou 28 medalhas nos Jogos Regionais do SESI realizados em Macapá (AP) de 12 a 15 de outubro. As competições reuniram 270 trabalhadores atletas do Acre, Rondônia, Amazonas, Pará, Roraima e Amapá. Quarenta e três amazonenses participaram dos jogos pelas empresas: Jabil, Moto Honda, Philips, Mundial, Videolar e Cosmoplast, nas modalidades de futebol sete master, vôlei de praia, natação, tênis de mesa, futsal e xadrez. A Jabil trouxe 13 medalhas, Philips, doze, a Mundial, Moto Honda e Videolar, cada. Das medalhas conquistadas, 15 foram de ouro. Em natação, o Amazonas, representado pelas atletas da Jabil (feminino) e Philips (masculino), ganhou 22 medalhas de ouro, prata e bronze. A Jabil em 1º lugar no geral, conseguiu 12 medalhas, e revelou a atleta Sylviane Tinoco, 27 anos, que conquistou seis medalhas de ouro. A nadadora venceu as provas de 50m peito (42seg92), 50m borboleta (39seg53), revezamento 4x50 (2min27seg87), 50m livres (32seg63), 100m peito (1min34seg80) e no revezamento 4x25 (1min4seg98). Sylviane é engenheira industrial e trabalha na empresa há três anos. Ela começou a praticar natação aos dez. Segundo a atleta, o esporte precisa de mais incentivo no Amazonas. No masculino, os atletas da Philips conquistaram o 1º lugar com dez medalhas. Destaque para o bom desempenho de Frank Lopes, ganhador de quatro medalhas de ouro e uma de prata. O atleta obteve ouro nas provas de 50m livres (27seg53), 100m livres (1min2seg52), revezamento 4x25 (51seg77) e no revezamento 4x50 (1min54seg79) e medalha de prata na prova de 50m borboleta. O vôlei de praia masculino, defendido pela Moto Honda, também trouxe medalha de ouro ao vencer na final por 2 a 0 a
Equipe Philips de natação
Atletas Jabil: 12 medalhas
Alunorte do Pará (Alumina do Norte do Brasil). A equipe amazonense contou com os atletas, Leandro Souza, Gemerson Pinheiro, Eliton Carlos e Janderson de Souza. No feminino, a Videolar alcançou a medalha de prata. No futebol sete master, a Mundial tornou-se bicampeã, ao vencer as cinco partidas. Na final contra a Emurb, do Acre, o time amazonense impôs seu ritmo e goleou os acreanos por 8 a 2. A Mundial vai representar o Amazonas nos Jogos Nacionais. Pedro Filho, da Philips, arrebatou a medalha de ouro na modalidade de tênis de mesa, ao vencer as cinco partidas disputadas sem perder um set. O mesa-tenista amazonense tem vários títulos conquistados. Em 98 foi campeão brasileiro por equipe em Fortaleza (CE) e o 1º lugar no Open de Tênis, no Peru, em 97. O atleta treina duas horas por dia e trabalha como operador de produção. Para ser um grande atleta de tênis, disse que é preciso, disciplina, dedicação ao esporte, além de boa educação. Fabiano Bezerra conquistou o 2º lugar no xadrez rápido. A abertura dos Jogos Regionais foi realizada no dia 12 no Centro de Atividades Homero Charles Platon do SESI. A superintendente do SESI Amazonas e do Comitê da Região
Rapazes de ouro da Honda e da Mundial
Norte de Superintendentes, Auxiliadora Mourão Tuer, disse que, por intermédio dos Jogos do SESI, os atletas têm a oportunidade de mostrar para a sociedade os benefícios gerados para a saúde, com a melhoria da qualidade de vida, além de colocar em prática os valores do esporte. A superintendente ressaltou que em 2008 os Jogos Nacionais do SESI serão realizados em Manaus. A delegação amazonense foi chefiada pelo professor de educação física, Paulo Edson Monteiro. Os professores Ronaldo Antony e Antônio Júnior também fizeram parte da delegação.
Frank Lopes
Sylviane Tinôco
Pós-graduação em Gás Natural propõe visão de futuro
Formandos e o representante do SENAI no evento, Rizo Ribeiro
O SENAI Amazonas concluiu em 28 de setembro o curso de pós-graduação lato senso de Especialistas em Tecnologia do Gás Natural no Estado do Amazonas. A turma piloto do SENAI foi fruto da parceria com a Universidade Estadual do Amazonas (UEA) e o Centro de Tecnologia do Gás do Rio Grande do Norte (Ctgás-RN). O curso teve duração de 455 horas, sendo realizado no período de um ano e três meses, no qual 45 candidatos terminaram com êxito a programação proposta pelo curso. Segundo José Luiz Gonzaga Nascimento, aluno da pósgraduação, o conteúdo ministrado durante as aulas, foi bastante produtivo para aumentar a visão de futuro dos profissionais que irão utilizar o gás natural. Com o advento do gás natural teremos a opção de consumir energia ecologicamente correta e para que este consumo se torne realidade precisamos de profissionais qualificados para administrar o potencial que o gás nos oferece”, disse Nascimento. Segundo a coordenadora da pós-graduação pelo SENAI, Sílvia Barros, as disciplinas foram oferecidas com o objetivo de capacitar os profissionais de nível superior na área do gás natural. “Nosso foco principal era propor um curso que preparasse mão-de-obra para atuar na demanda da construção e conclusão do gasoduto Coari/Manaus”. Sílvia ressaltou ainda que “o SENAI visa não só a capacitação, mas a autonomia dos profissionais nas iniciativas de desenvolver qualquer alternativa para empregar no dia-a-dia o gás natural de forma menos agressiva ao meio ambiente”. Antonio Fernando Braga, concludente Especialista em Tecnologia do Gás Natural, acredita que o gás logo será o substituto mais viável da energia elétrica e, portanto, o Estado deverá ter pessoas aptas a enfrentar o desafio de introduzir em suas instalações o gás natural como matéria-prima na geração de energia limpa e ecologicamente correta. “O gás
natural é uma fonte de energia limpa, que pode ser usada nas indústrias, substituindo outros combustíveis mais poluentes em Manaus”, afirma Antonio Braga. O SENAI investiu também em seus colaboradores, ao ceder oito bolsas de estudos. Um dos concludentes da instituição, o instrutor do Centro de Formação Profissional Waldemiro Lustoza (CFP-WL), Mário Jorge Andrade de Nascimento, prevê um aumento na procura de apoio técnico relacionados ao gás natural no que diz respeito ao transporte, equipamentos, automóveis e manutenção nos próximos anos. “O SENAI como sempre será referência para o setor, é por isso que desde agora o SENAI já está investido em capacitação de docentes”, acrescentou. Atento a esse mercado, o SENAI Amazonas está com projeto da construção de um Núcleo de Gás em andamento. Segundo Sílvia Barros, o projeto está em fase de conclusão, análise da estrutura física do prédio de dois andares que será erguido ao lado do Departamento Regional do SENAI Amazonas. A construção deve iniciar-se em dezembro, com inauguração prevista para agosto de 2007. O investimento da edificação e funcionamento do Núcleo somam mais de R$ 2 milhões que serão custeados pelo Departamento Nacional e Departamento Regional do SENAI e Ctgás-RN. No prédio serão instalados quatro laboratórios de combustão, predial, calibração e tubulações, onde devem ser ministrados aulas práticas dos cursos de qualificação, aperfeiçoamento, técnico e especialização.
SENAI faz homenagem aos professores O SENAI Amazonas, em comemoração ao Dia do Professor, proporcionou no dia 17 de outubro um passeio ao Sítio Canarinho, km 32 da estrada AM 010, para seus docentes. O SENAI possui 127 professores que trabalham nas quatro unidades operacionais da instituição e nas agências de treinamentos dos municípios de Parintins, Iranduba, Itacoatiara e Coari, voltadas para promover educação profissional e tecnológica, inovação e contribuir para elevar a competitividade da indústria brasileira, em particular do Pólo Industrial de Manaus (PIM). O evento contou com participação de aproximadamente 80 colaboradores do SENAI, entre docentes, coordenadores e gerentes. Segundo o gerente do Centro de Educação e Tecnologia “Antônio Simões” (CETAS), Rodson Barros, todas as reuniões com as quatro escolas do SENAI são válidas para maior integração dos colegas e o reconhecimento da profissão de professor. “Esse é um momento do qual todos deveriam participar, pois as unidades estão reunidas em ambiente de lazer e descontração, permitindo intercâmbio de informações e reaproximação dos colegas do SENAI”, disse Rodson. “O reconhecimento da profissão que tem o propósito de educar e, principalmente, de formar cidadãos, é algo de deve ser relembrado a cada aula, porque está nas mãos do docente o serviço de doar-se para que outros cresçam”, afirma.
entrevista ENTREVISTA
O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado do Amazonas, Joaquim Auzier, foi reeleito no dia 30 de outubro para o segundo mandato à frente da Entidade. Nesta entrevista, o empresário avalia que o bom momento em que vive o Pólo Industrial de Manaus contribui para o aquecimento do setor da construção civil, especialmente com a ampliação de oferta de imóveis para classe média. FN - O setor da construção civil em Manaus está aquecido, especialmente nos empreendimentos para a classe média e hotelaria convencional. A que o Sr. atribui? O mercado está confiante na economia? JA - Especialmente quando cresce o número de empregos e a garantia de renda, a primeira procura do cidadão é por um bem de raiz. Temos que observar que os lançamentos estão visando à classe media e não mais os empreendimentos de luxo, predominância para os condomínios fechados de casas. Quanto aos lançamentos relativos a hotelaria, também é reflexo do bom momento que atravessa o PIM. FN - As construtoras e entidades do setor reclamam dos poucos recursos destinados para a moradia popular. Um exemplo é o Programa de Arrendamento Familiar (PAR) que utiliza verbas do Tesouro Nacional. A Câmara da Indústria da Construção Civil reclama que há defasagem de cerca de 20% nas verbas para o próximo ano. O que isso
pode impactar no Amazonas? JA - O questionamento do setor de construção no Amazonas não diz somente a respeito da defasagem de verbas, mas também dos valores atribuídos para cada unidade habitacional, visto que para São Paulo o valor é de cerca de 40 mil reais e para o Amazonas é somente de 32 mil reais. Precisamos resgatar imediatamente esta igualdade de valores para que o programa tenha efetivamente atrativos. Entretanto, este programa só atinge a faixa de cinco a seis salários mínimos. Para a população de baixa renda a defasagem é muito maior. FN - Apesar do setor reclamar falta de recursos para a moradia popular, não é raro - por falta de projetos de prefeituras, governos ou mesmo empreendedores -, esses recursos retornarem para o Tesouro. A que o Sr. atribui isso em meio a um grande déficit habitacional?
JA - Entendemos que os programas de habitação para baixa renda, até pelos próprios valores das unidades, são de responsabilidade única do governo e não da iniciativa privada, visto que obrigatoriamente visam o cunho social. O que existe na realidade é falta de recursos e não falta de projetos, já que estes dependem diretamente do caixa da União. FN - No Amazonas outras grandes obras de infraestrutura estão em andamento e sendo licitadas, como os portos, a recuperação das estradas e o gasoduto Coari-Manaus. Esses projetos têm a efetiva participação das empresas do Estado? JA - Infelizmente não. Só para citar um exemplo, as licitações dos portos do interior são todas feitas no Maranhão, onde somente lá é possível obter o edital e informações detalhadas. É uma pena. Quanto às demais obras, as empresas são todas de outros estados, de tal sorte que dificilmente teremos empresas locais efetivamente fortes e capacitadas. FN - Os principais insumos como o cimento e o tijolo sofreram elevados reajustes. Quais os impactos negativos para o crescimento da atividade? JA - Temos o cimento mais caro do Brasil, apesar do produto ser incentivado. O tijolo que sempre foi fornecido fora das normas técnicas, no momento passa por período de ajustamento às normas e, por conta disso, teve elevação de preço na faixa de 30%. Claro que isso traz reflexos nos custos e nas vendas dos imóveis. FN - Quantos empregos o setor gera no Estado e qual o comparativo em relação ano passado. JA - Cerca de 16 mil empregos, dos quais 10 mil formais. FN - Quais as projeções de contratações para o final do ano? JA - O atual nível deve ser mantido, talvez até com um pequeno declínio.
modificações. Estamos também envolvidos na tarefa de tornar o valor da unidade habitacional do PAR mais atrativo para o empresário do setor e motivar os governos para efetuar uma parceria. FN – Qual o impacto do PBQP-H para melhoria da qualidade habitacional no Amazonas e qual o percentual de participação das empresas sindicalizadas no Programa? JA - Mesmo com todas dificuldades, o Programa está sendo desenvolvido. Temos adesão de cerca de 80% das empresas, entretanto o Programa não é só execução, é também desenvolvimento de Projetos, o que efetivamente é uma lacuna muito grande que precisa ser resolvida. Estamos convocando o INMETRO para nos acompanhar na efetiva fiscalização do Programa. FN – A qualificação da mão-de-obra do setor é um dos pré-requisitos para o desenvolvimento da construção civil. Como o Sinduscon tem participado desse esforço? JA - Neste aspecto a parceria do SESI e SENAI tem sido de fundamental importância para melhoria da qualidade da mãode-obra. Ainda assim o Sinduscon tem buscado e tem conseguido oferecer palestras e cursos aos seus associados e a sociedade de uma forma geral. FN – A informalidade no setor preocupa o Sindicato? JA - Sim, no momento em que o Sindicato e todos os seus associados fazem um esforço coletivo para melhorar o padrão de qualidade, a informalidade contribui para baixar o nível que pretendemos atingir com o Programa de Qualidade. FN – Como estão as ações voltadas para prevenção de acidentes no trabalho? JÁ - Após seis anos de intensas atividades, com cursos, palestras e treinamento e resultados amplamente satisfatórios, este ano o Sinduscon diminuiu oferta de treinamentos e palestras, entretanto já estamos elaborando o calendário de treinamento do próximo ano. Mas quero ressaltar ser o Sinduscon a única entidade que promove capacitação nesta área no Amazonas.
FN – Uma das metas da atual gestão do Sinduscon é ampliar o número de sindicalizados. Houve incremento no período? Quantas empresas atuam no Amazonas e quantas sindicalizadas? JA - Efetivamente cerca de 300 empresas, das quais 90 estão sindicalizadas, obviamente é um número baixo para podermos desenvolver um trabalho maior e melhor, trazendo maiores benefícios para categoria.
P E R F I L
Nome completo: Joaquim Auzier de Almeida
FN – O Sinduscon tem propostas para redução do déficit habitacional no Estado?
Data do nascimento: 26.04.49
JÁ - Sim, já fizemos com outras entidades um concurso público para projetos habitacionais. Infelizmente não houve uma discussão com o governo sobre a possibilidade de execução do projeto vencedor, mesmo que tivesse algumas
Local de nascimento: Manaus Formação profissional: Engenheiro Civil e Advogado
Troféu para: C.L.SANTOS - JF Madeira (RR)
J.F. Ross - Madeireira Mendes Ross (RR)
Guascor do Brasil Ltda (AC)
Centrais Elétricas do Norte do Brasil (AC)
Entrega do PSQT Região Norte em Manaus Duas empresas do Acre e duas de Roraima venceram o Prêmio SESI Qualidade no Trabalho na Região Norte. Centrais Elétricas do Norte do Brasil S. A. destacou-se na categoria grande empresa e Guascor do Brasil Ltda, na média empresa, ambas do Acre. Por Roraima, ganharam a pequena empresa J. F. Ross - Madeireira Mendes Ross e a microempresa CL Santos - JF Madeira. A entrega da premiação foi realizada no dia 25 de outubro em evento promovido pelo SESI Nacional e Amazonas no Elegance Festas & Convenções. A modalidade de empresas vencedoras regionais foi criada em 2004 para valorizar e dar oportunidade de reconhecimento em nível regional às empresas. O 1º vice-presidente da FIEAM, Antônio Silva, que presidiu o evento, disse que as empresas, para alcançar o sucesso, entre vários fatores, dependem de um time satisfeito e motivado e, “mais do que isso, que esteja identificado com o valores corporativos, com seus produtos e com a visão estratégica da empresa”. O PSQT superou as expectativas em 2006, ao crescer 28%
em número de inscrições na comparação com 2005. Foram 2.039 empresas concorrentes nas categorias micro, pequena, média e grande empresas em todos os estados, com 94 selecionadas para disputar a premiação nas fases regional e nacional. A divulgação dos vencedores em nível nacional será no dia 22 de novembro em Brasília. O PSQT se divide em nível estadual, regional e nacional e as empresas participantes são contribuintes do SESI e atuam no ramo da indústria, nas categorias: grandes empresas, com 500 ou mais empregados, médias empresas, com 100 a 499 empregados, pequenas empresas, com 20 a 99 empregados e microempresas até 19 empregados. Em sua 11ª edição, o PSQT é reconhecido pelo empresariado brasileiro nacional, como um processo educativo e um reconhecimento público a instituições de melhorias de gestão, beneficiando os colaboradores da empresa e promovendo, com responsabilidade social, a melhoria da qualidade de vida no ambiente de trabalho.
1º Vice Presidente da FIEAM, Antonio Silva, comandou evento
Premiados da fase regional
INFORMAÇÃO E INSCRIÇÃO: Av. Gen. Rodrigo Otávio, 510 – DI - Manaus (AM) (0xx92) 3237-1688/5804/6832