Publicação Oficial do Sistema Findes • Out/Nov – 2011 • Distribuição gratuita • nº 297 • IMPRESSO
Marcos Guerra Marcos Guerra AA indústria mãos indústriaem em boas boas mãos
E mais: nova política industrial, saúde, Renato Casagrande, Cartilha Findes_297_Capa_final.indd 1
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Nesta edição
SISTEMA FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo – FINDES Presidente: Marcos Guerra 1º vice-presidente: Manoel de Souza Pimenta Neto 2º vice-presidente: Ernesto Mosaner Junior 3º vice-presidente: Sebastião Constantino Dadalto 1º diretor administrativo: Ricardo Ribeiro Barbosa 2º diretor administrativo: Tullio Samorini 3º diretor administrativo: Luciano Raizer Moura 1º diretor financeiro: Tharcicio Pedro Botti 2º diretor financeiro: Ronaldo Soares Azevedo 3º diretor financeiro: Antonio Tavares Azevedo de Brito Diretores: Alejandro Dueñas, Flavio Sergio Andrade Bertollo, Egidio Malanquini, Benizio Lázaro, Gibson Barcelos Reggiani, Vladimir Rossi, Wilmar Barros Barbosa, Clara Thais Rezende Cardoso Orlandi, Leonardo Souza Rogerio de Castro, Mariluce Polido Dias, Luiz Alberto de Souza Carvalho, Ademar Antonio Bragatto, Edvaldo Almeida Vieira, José Domingos Depollo, Ademilse Guidini, Elcio Alves, Ortêmio Locatelli Filho, Rogério Pereira dos Santos, Paulo Alexandre Gallis Pereira Baraona, Wilmar dos Santos Barroso Filho, Evandro Simonassi
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cenário O Plano Brasil Maior, anunciado pelo Governo Federal com o objetivo de proteger a indústria nacional, gera polêmica e controvérsias principalmente entre alguns setores industriais, para os quais a desoneração da folha de pagamento pode trazer prejuízos no futuro.
Especial Nova diretoria, presidida por Marcos Guerra, assume com o compromisso de garantir a representatividade da classe industrial, a busca por resultados e a eficiência, conceito-chave desta administração.
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Indústria Para a promoção do desenvolvimento regional e interiorizado, FINDES desenvolve um manual para apoiar municípios na tarefa de pleitear investimentos federais e usá-los da forma correta.
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entrevista Renato Casagrande fala dos desafios do início de mandato, do desenvolvimento econômico do Espírito Santo e do papel da indústria na guinada de crescimento por que passa o Estado.
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Conselho fiscal Titulares: Elder Elias Giordano Marim, Luiz Carlos Azevedo de Almeida, Adonias Martins da Silva Suplentes: Atilio Guidini, Sandro Varanda Abreu, Valkinéria Cristina Meirelles Bussular Representantes na CNI Titulares: Marcos Guerra, Lucas Izoton Vieira Suplentes: Manoel de Souza Pimenta Neto, Ernesto Mosaner Junior Serviço Social da Indústria – SESI Presidente do Conselho Regional: Marcos Guerra Superintendente: Solange Maria Nunes Siqueira Representantes da Delegacia Regional do Trabalho: Enésio Paiva Soares (titular) e Alcimar das Candeias da Silva (suplente) Representante do governo: Juliane de Araújo Barroso Representantes das atividades industriais Titulares: Manoel de Souza Pimenta Neto, Tharcício Pedro Botti, Sebastião Constantino Dadalto, Mariluce Polido Dias Suplentes: Augusto Henrique Brunow Barbosa, Alejandro Dueñas, Vladimir Rossi, Rogério Pereira dos Santos Representantes da categoria dos trabalhadores: Luiz Carlos Fernandes Rangel (titular) e Flaviano Rabelo Aguiar (suplente) Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI Presidente do Conselho Regional: Marcos Guerra Diretora regional: Solange Maria Nunes Siqueira Representantes das atividades industriais Titulares: Wilmar Barros Barbosa, Benízio Lázaro, Ronaldo Soares Azevedo Suplentes: Álvaro José Bastos Miranda, Clara Thais Resende Cardoso Orlandi, João Baptista Depizzol Neto, Flávio Sérgio Andrade Bertollo Representantes do Ministério do Trabalho Titular: Enésio Paiva Soares Suplente: Alcimar das Candeias Representante do Ministério da Educação Ronaldo Neves Cruz Representantes da categoria dos trabalhadores da indústria Titular: Paulo César Borba Peres Suplente: Ari George Floriano Centro da Indústria no Espírito Santo – CINDES Presidente: Marcos Guerra 1º vice-presidente: Manoel de Souza Pimenta Neto 2º vice-presidente: Ernesto Mosaner Junior 3º vice-presidente: Sebastião Constantino Dadalto Diretores: Cristhine Samorini, Ricardo Augusto Pinto, Paulo Henrique Teodoro de Oliveira, Altamir Alves Martins, Gustavo Dalvi Comério, Elias Cucco Dias, Celso Siqueira Júnior, Gervásio Andreão Júnior, Edmar Lorencini dos Anjos, Ana Paula Tongo da Silva, Paulo Alfonso Menegueli, Helcio Rezende Dias Conselho Fiscal: Marcondes Caldeira, Elson Teixeira Gatto, Tharcicio Pedro Botti, Joaquim da Silva Maia, Renan Lima Silva, Fausto Frizzera Borges Conselho de Sindicância: Arthur Carlos Gerhardt Santos, Chrisógono Teixeira da Cruz, Hélio Moreira Dias de Rezende, Hélio de Oliveira Dórea, Jadyr da Silva Primo
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Instituto Euvaldo Lodi – IEL Presidente: Marcos Guerra Conselheiros: Solange Maria Nunes Siqueira, Maria Auxiliadora de Carvalho Corassa, Lúcio Flávio Arrivabene, Geraldo Diório Filho, Sônia Coelho de Oliveira, Rosimere Dias de Andrade, Antonio Fernando Doria Porto, Alejandro Dueñas, Ruy Dias de Souza Superintendente: Fábio Ribeiro Dias Instituto Rota Imperial – IRI Conselho Deliberativo Titulares: Baques Sanna, Alejandro Dueñas, Fernando Künsch, Maely Coelho, Eustáquio Palhares, Roberto Kautsky Suplentes: Francisco Xavier Mill, Tullio Samorini, João Felício Scárdua, Manoel Pimenta, Adenilson Stein, Tharcicio Pedro Botti Membros natos: Lucas Izoton Vieira, Sergio Rogerio de Castro, Ernest Mosaner Júnior, Aristóteles Passos Costa Neto Conselho Fiscal Efetivos: Flávio Bertollo, Raphael Cassaro, Edmar dos Anjos Suplentes: Celso Siqueira, Valdeir Nunes, Gervásio Andreao Câmaras Setoriais Industriais e Conselhos Temáticos (CONSATs) Coordenador-geral: Manoel de Souza Pimenta Neto Câmaras Setoriais Industriais Câmara Setorial das Indústrias de Alimentos e Bebidas Presidente: Ademar Antonio Bragatto Câmara Setorial das Indústrias de Base e Construção Presidente: Wilmar dos Santos Barroso Filho Câmara Setorial da Indústria de Materiais da Construção Presidente: Paulo Cezar Coradini Câmara Setorial da Indústria Moveleira Presidente: Luiz Rigoni Câmara Setorial da Indústria do Vestuário Presidente: Paulo Roberto Almeida Vieira Conselhos Temáticos Conselho Superior de Assuntos Legislativos (Coal) Presidente: Sergio Rogerio de Castro Conselho Superior de Comércio Exterior (Concex) Presidente: Eutemar Antônio Venturim Conselho Superior de Desenvolvimento Regional (Conder) Presidente: Áureo Vianna Mameri Conselho Superior de Educação Profissional (Conep) Presidente: Manoel de Souza Pimenta Neto Conselho Superior de Infraestrutura (Coinfra) Presidente: Ernesto Mosaner Junior Conselho Superior de Meio Ambiente (Consuma) Presidente: Wilmar Barros Barbosa Conselho Superior de Micro e Pequena Empresa (Compem) Presidente: Vladimir Rossi Conselho Superior de Política Industrial e Inovação Tecnológica (Conptec) Presidente: Luiz Alberto de Souza Carvalho Conselho Superior de Relações do Trabalho (Consurt) Presidente: Haroldo Olívio Marcellini Massa Conselho Superior de Responsabilidade Social (Cores) Presidente: Sidemberg Silva Rodrigues Diretorias regionais Diretoria da FINDES em Anchieta e região Diretor regional: Fernando Schneider Künsch Diretoria da FINDES em Cachoeiro de Itapemirim e região Diretor regional: Áureo Vianna Mameri Diretoria da FINDES em Colatina e região Diretor regional: Manoel Antonio Giacomim Diretoria da FINDES em Linhares e região Diretor regional: Paulo Joaquim do Nascimento Diretoria da FINDES em Aracruz e região Diretor regional: João Baptista Depizzol Neto Núcleo da FINDES em São Mateus e região Diretor regional: Nerzy Dalla Bernardina Junior Núcleo da FINDES em Venda Nova do Imigrante e região Diretor regional: Adenilson Alves da Cruz Núcleo da FINDES em Nova Venécia e região Diretor regional: João Otávio Minozzo
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Diretores para assuntos específicos Diretor para assuntos do fortalecimento sindical e da representação empresarial: Egídio Malanquini Diretor para assuntos das micro e pequenas indústrias: Vladimir Rossi Diretor para assuntos tributários: Gibson Barcelos Reggiani Diretor para assuntos do meio ambiente: Wilmar Barros Barbosa Diretor para assuntos de capacitação e desenvolvimento humano: Clara Thais Rezende Cardoso Orlandi Diretor para assuntos de marketing e comunicação: Fernando Schneider Künsch Diretor para assuntos de desenvolvimento da indústria capixaba: Leonardo Souza Rogerio de Castro Diretor para assuntos de inovação industrial: Luiz Alberto de Souza Carvalho Sindicatos filiados à FINDES e respectivos presidentes Sinduscon: Sebastião Constantino Dadalto | Sindipães: Flávio Sérgio Andrade Bertollo | Sincafé: Egídio Malanquini Sindmadeira: José Domingos Depollo | Sindimecânica: Ennio Modenesi Pereira II | Siges: João Baptista Depizzol Neto | Sinconfec: Clara Thais Rezende Cardoso Orlandi | Sindibebidas: José Angelo Mendes Rambalducci Sindicalçados: Altamir Alves Martins | Sindifer: Luiz Alberto de Souza Carvalho | Sinprocim: Dam Pessotti | Sindutex: Mariluce Polido Dias Sindifrio-ES: Elder Elias Giordano Marim | Sindirepa: Wilmar Barros Barbosa Sindicopes: José Carlos Chamon | Sindicacau: Gibson Barcelos Reggiani Sindipedreiras: Loreto Zanotto | Sindirochas: Emic Malacarne Costa Sincongel: Vladimir Rossi | Sinvesco: Edvaldo Almeida Vieira Sindimol: Almir José Gaburro | Sindmóveis: Mário Sérgio do Nascimento Sindimassas: Alejandro Dueñas | Sindiquimicos: Ernesto Mosaner Junior Sindiolaria-Norte: Paulo Cezar Coradini | Sindinfo: Benizio Lázaro Sindipapel: José Bráulio Bassini | Sindiplast-ES: Leonardo Souza Rogerio de Castro | Sindibores: Rogério Pereira dos Santos | Sinvel: Atílio Guidini
Publicação oficial do Sistema FINDES Outubro/novembro – 2011 • nº 297 Conselho Editorial – Marcos Guerra, Manoel Pimenta, Constantino Dadalto, Ernesto Mosaner, Ricardo Barbosa, Alejandro Dueñas, Flávio Bertolo, Egídio Malanquini, Benízio Lazaro, Fernando Künsk, Solange Siqueira, Fábio Dias, Doria Porto, Lucas Izoton, Heriberto Simões e Lucia Bonino Jornalista responsável – Lucia Bonino (DRT/ES 586) Apoio técnico – Assessoria de Comunicação da FINDES Jornalistas: Breno Arêas, Evelyn Trindade, Fábio Martins, Laila Pontes e Tatiana Ribeiro Coordenadora: Lucia Bonino | Gerente: Heriberto Simões Depto. Comercial – UNIREM/FINDES – Tel: (27) 3334-5721 Simone Dttmann Sarti e Fernando Fiuza Produção Editorial
Coordenação editorial: Mário Fernando Souza Produção editorial e diagramação: Next Editorial Textos: Ariani Caetano, Gustavo Costa, Lorena Storani, Mariani Marchete, Nadia Baptista, Heliomara Mulullo e Jacqueline Vitória Revisão de textos: Marcia Rodrigues Fotografia: Cláudio Alves, Manoel Henrique Silva, fotos cedidas, arquivo FINDES e arquivos Next Editorial
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Indústria Capixaba – FINDES
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editorial
Indústria em renovação E
sta edição da Revista Indústria Capixaba registra um momento muito importante para o Sistema Findes. A Diretoria para a gestão 2011-2014 toma posse trazendo renovação e novas prioridades para a indústria capixaba. Além disso, vivemos um momento especial no Espírito Santo. Nosso Estado tem registrado altos índices de desenvolvimento, mas é preciso ter cautela sobre os rumos que devemos tomar. A presidente da República tem reconhecido a ameaça de desindustrialização que estamos enfrentando no setor de manufatura e, com isso, tem promovido ações para ampliar a competitividade de nossas indústrias. O empreendedor capixaba está atento e possui condições para superar mais essa crise. Nas próximas páginas, você poderá se informar ou mesmo se atualizar sobre questões muito importantes para a indústria, com reportagens especiais, entrevistas e artigos de renomados especialistas de cada tema abordado, como: inovação, competitividade, assuntos tributários, meio ambiente, políticas públicas, educação profissional, conjuntura econômica, entre muitos outros. É importante, inclusive, que o industrial capixaba e seu sindicato tragam suas demandas para a nossa revista,
pois consideramos sua participação como fundamental para a promoção de grandes avanços para os setores que eles representam. Temos novos desafios que, inclusive, configuram-se como ameaças ao desenvolvimento econômico do Espírito Santo e mesmo do Brasil. Estamos atentos às mudanças de cenário na economia, discutindo ações dos governos estadual e federal e as oscilações do mercado mundial. Tudo isso faz parte da Revista Indústria Capixaba. Além disso, você poderá conhecer com mais profundidade as principais metas da nossa gestão, incluindo a atuação de nossos oito novos diretores para assuntos específicos, a elaboração e divulgação do Manual de Captação de Recursos e as ações voltadas para a ampliação da qualificação profissional, entre outras prioridades. Encerro ressaltando o compromisso que temos com você, leitor da Revista Indústria Capixaba, de mantê-lo mais próximo do Sistema FINDES por meio de informações de qualidade e que abordem todos os níveis do setor industrial do Espírito Santo, das micro, pequenas e médias empresas às grandes indústrias. Temos um nobre objetivo em comum, que é o de promover um desenvolvimento mais justo e abrangente, sobre bases sólidas, para superarmos as dificuldades que surgirem. Tenha uma ótima leitura!
Marcos Guerra Presidente do Sistema Findes/Cindes 6
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Cadastro do Ibama: mesmo polêmico, indústrias
capixabas devem se registrar
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m instrumento de monitoramento das atividades consideradas potencialmente poluidoras vem sendo utilizado pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) desde 1981. O Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras e Utilizadoras de Recursos Naturais está previsto na Política Nacional de Meio Ambiente, conforme a Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, e tem por objetivo o controle e monitoramento das atividades potencialmente poluidoras e da extração, produção, transporte e comercialização de produtos potencialmente perigosos ao meio ambiente, assim como de produtos e subprodutos da fauna e flora brasileiras. A legislação que deu origem ao cadastro obriga muitas empresas – e até pessoas físicas – a se registrarem junto ao órgão, pois as considera “potencialmente poluidoras”. Além disso, essas empresas devem pagar uma taxa ao órgão. E essa taxa vem gerando polêmica em todo o país. O principal motivo é a falta de objetividade da legislação e de informações coerentes por parte do Ibama. O diretor da FINDES para assuntos do meio ambiente, Wilmar Barros Barbosa, conta que isso tem prejudicado muitas indústrias capixabas. “As tabelas existentes na lei,
Fique atento, e cadastre-se No site do Ibama (www.ibama.gov.br), é possível ter acesso à legislação que institui o Cadastro Técnico Federal. Caso a atividade da sua empresa se encaixe nos requisitos exigidos pela lei, é necessário se cadastrar, o que pode ser feito no próprio site. As sanções para quem não cumpre a determinação vão desde multas até a interdição da empresa por período indeterminado, enquanto a situação não se regularize. O diretor da FINDES para Assuntos de Meio Ambiente, Wilmar Barbosa, orienta que as empresas se cadastrem e mantenham seus dados atualizados. “Mesmo com as dificuldades de se manter o cadastro atualizado, nossa orientação é que as indústrias cumpram a lei”, afirma. 8
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“As tabelas existentes na lei, que determinam quem deve fazer parte do cadastro, são muito confusas e complexas” Wilmar Barros Barbosa, diretor da FINDES para assuntos do meio ambiente
que determinam quem deve fazer parte do cadastro, são muito confusas e complexas. É uma miscelânea de informações para você se adequar”, explica o diretor. Wilmar esclarece que, depois que uma empresa passa a fazer parte do cadastro, ela fica obrigada a pagar uma taxa anual, além de apresentar relatórios regulares que atualizem a sua situação junto ao Ibama. “Os relatórios que o Ibama exige são praticamente um projeto de qualificação ambiental, e isso acaba influenciando as formas de trabalho da empresa. As empresas ainda devem manter o cadastro atualizado e pagar a taxa, que é proporcional ao seu capital”, critica o diretor. Em agosto deste ano, o departamento jurídico da FINDES realizou um estudo para verificar um possível conflito de interpretação quando analisadas a lei que rege o cadastro do Ibama e a Lei das Micro e Pequenas Empresas. A Federação das Indústrias também apresentou uma carta ao Ibama, convidando o órgão a fazer um termo de compromisso ou ajuste de conduta, em que abriria mão de fiscalizar o passado e, em contrapartida, a FINDES realizaria uma campanha de conscientização junto às indústrias sobre a importância da regularização no cadastro. A Federação agora, aguarda um posicionamento do Ibama em relação à proposta. Out/Nov/2011 – nº 297
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artigo
Transporte e
desenvolvimento
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sistema de transporte exerce importante função social. Fair & Williams (1959) já discorriam a respeito do tema, enfatizando que um sistema eficiente de transportes abre caminhos para produção em grande escala, gera racionalidade produtiva, facilita a mobilidade, rompe monopólios, diminui custos, aproxima pessoas, melhora a qualidade de vida. Não é à toa que a mobilidade urbana e a melhoria da infraestrutura dos transportes são hoje dois dos temas que envolvem discussões em todo o mundo. E na Região Metropolitana da Grande Vitória, que já abriga uma população superior a 1,6 milhão de habitantes, não é diferente. Dedicado a buscar soluções inteligentes para o transporte, que é um fomentador de integração social e econômica, o Governo do Espírito Santo, por meio da Secretaria dos Transportes e Obras Públicas (Setop), está desenvolvendo um amplo programa de mobilidade para a melhoria da circulação de pedestres, ciclistas e veículos; estudos de integração modal; e um programa rodoviário para integrar os principais polos produtores do nosso Estado, além de gestões junto ao governo federal para melhoria da infraestrutura das rodovias federais, dos portos e do aeroporto.
Na Região Metropolitana, o BRT - Transporte Rápido de Ônibus - é o principal projeto. Ao todo, serão implantados 70 quilômetros de corredores interligando os terminais do Sistema Transcol, passando pelas vias onde circulam as linhas troncais com maior volume de tráfego e concentração de demanda. Além do BRT, e inserido na ideia de integração modal, o Governo do Espírito Santo está contratando um estudo de viabilidade técnica para a reativação do sistema aquaviário. A estimativa é possibilitar seu funcionamento já em 2012. Outra premissa do governo Renato Casagrande é descentralizar as ações, permitindo um crescimento uniforme de todas as regiões do Estado. Importantes obras estão sendo realizadas, criando novos corredores estruturantes em todas as regiões do Estado, e contratados 500 km de novos projetos de reabilitação e implantação de rodovias que vão gerar emprego e renda fora do eixo metropolitano da Grande Vitória. Outro grande desafio é a melhoria da infraestrutura das BRs que cortam o Estado. E o governador Casagrande tem se empenhado pessoalmente nesse tema. Um esforço que tem dirigido também aos setores portuário, defendendo um arranjo institucional para estruturar um porto público, e aeroviário, buscando a melhoria da infraestrutura do aeroporto estadual. No âmbito regional, por meio da Setop, estão sendo realizados estudos para melhoria da infraestrutura dos oito aeródromos municipais, para dotá-los de condições de operar tanto o transporte de passageiros quanto o de cargas. A estimativa é concluir esses estudos no primeiro semestre de 2012. Enfim, o tema transportes demanda um esforço conjunto que seja capaz de traduzir os investimentos, os projetos e as obras em desenvolvimento com inclusão social, acessibilidade e mais qualidade de vida. É a nossa meta. Fábio Ney Damasceno é secretário de Estado dos Transportes e Obras Públicas
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Indústria EM AÇÃO
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Feirão do Imposto alerta população
Vitória Moda Show se consagra como evento de negócios de moda A quarta edição do Vitória Moda Show, realizada em agosto, no Centro de Convenções de Vitória, atraiu um público diferenciado de lojistas e profissionais do setor da moda capixaba. Participaram da abertura oficial do evento o então presidente do Sistema FINDES, Lucas Izoton; o atual presidente da Federação, Marcos Guerra; o secretário estadual de Desenvolvimento, Márcio Félix; o presidente da Câmara do Vestuário da FINDES, Paulo Vieira; o prefeito em exercício de Vitória, Tião Barbosa, e a primeira-dama do Estado, Virginia Casagrande. Marcos Guerra garantiu que a FINDES vai continuar apoiando o evento, dando cada vez mais foco à área de negócios. “Vamos propor um estudo, em parceria com o governo, para que as empresas capixabas possam driblar a concorrência internacional, principalmente a chinesa”, disse.
Sinconfec cadastra empresas e profissionais Estilistas, designers, visual merchandising, lavanderias e tinturarias, entre outros profissionais e empresas que podem realizar negócios com o setor de confecções, serão cadastrados pelo Sindicato da Indústria de Confecções de Roupas em Geral do Espírito Santo (Sinconfec). Um banco de dados será criado para atender às demandas das 495 indústrias da Grande Vitória que atuam no ramo. Os interessados podem entrar em contato através do e-mail sinconfec@sinconfec.com.br. Out/Nov/2011 – nº 297
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Buscando conscientizar a população sobre o peso da carga tributária, o CINDES Jovem, em parceria com a Federação Capixaba de Jovens Empreendedores (Fecaje), realizou o Feirão do Imposto, no dia 17 de setembro, no Shopping Norte Sul, em Vitória. Durante o dia, dezenas de cidadãos interessados em saber qual a carga tributária embutida nos principais produtos que consomem passaram pelo feirão. Os produtos estavam etiquetados com o preço real, encontrado nos mercados, e com o valor correspondente caso fossem descontados os impostos. Um dos objetivos do evento foi conscientizar a população sobre a importância de se cobrar dos políticos atitudes responsáveis nessa área.
Começa curso de Capacitação em Gestão da Qualidade Formar profissionais com embasamento teórico e prático em gestão da qualidade, capazes de conduzir o processo de manutenção do sistema nas empresas que administram ou trabalham, além de implementar melhorias contínuas. Esse é o objetivo do programa de Capacitação em Gestão da Qualidade oferecido pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL-ES), iniciado no dia 5 de agosto. Em sua 13ª turma, o curso começou com 33 participantes, entre profissionais e gestores. As aulas acontecem no Centro Integrado de Educação SESI/SENAI/IEL de Jardim da Penha, e têm previsão de término no dia 10 de dezembro. Indústria Capixaba – FINDES
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Foto: Agência Câmara
No sistema por Lorena Storani
Micro e pequenas empresas podem ganhar Secretaria Proposta de criação da Secretaria das Micro e Pequenas Empresas tramita no Congresso e cria expectativa para a economia nacional
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esponsáveis por 20% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, representando 98% das empresas do país e empregando mais da metade da mão de obra formal, as micro e pequenas empresas (MPEs) se consolidaram como agentes de desenvolvimento para a economia nacional. Sua força é tamanha que o crédito destinado a elas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) saltou de R$ 1,9 bilhão em 2001, para R$ 23,7 bilhões em 2010. Reconhecendo essa importância e preocupada em fortalecer ainda mais as MPEs, a presidente Dilma Rousseff encaminhou ao Congresso Nacional a proposta de “A Secretaria poderá difundir em todos os municípios brasileiros as melhores práticas e políticas públicas em vigor” - José Eugênio Vieira, superintendente do Sebrae-ES
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criação da Secretaria de Micro e Pequenas Empresas, que terá status de ministério e será ligada diretamente à Presidência da República. Suas principais funções serão formular políticas e diretrizes de apoio ao segmento, articular programas de incentivo e promoção de arranjos produtivos locais, coordenar ações de qualificação e extensão empresarial e formular programas de competitividade e inovação voltados às MPEs. No Espírito Santo, onde todos os municípios possuem a Lei Geral regulamentada, com base no relatório do Sebrae que tem 2009 como ano de referência, somam-se 117.748 micro e pequenas empresas, que foram responsáveis pela exportação de US$ 89,86 milhões. Segundo o diretor da FINDES para assuntos de micro e pequenas indústrias, Vladimir Rossi, fortalecer as MPEs garante fôlego para a economia, principalmente em períodos de crise. “Hoje vemos grandes países, como a França e os Estados Unidos, passando por dificuldades, em função, entre outras coisas, de não terem traçado uma política para as suas micro e pequenas empresas. O microempresário de hoje pode ser o grande empresário de amanhã. Essas empresas crescem, se tornam médias, grandes, e essa é a alavanca que move este país”, analisa Vladimir. De acordo com o superintendente do Sebrae-ES, José Eugênio Vieira, a interlocução envolvendo as micro e pequenas empresas é realizada atualmente em âmbito nacional, sendo que, representando o governo federal, o principal interlocutor é o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), responsável pela criação do Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte. Out/Nov/2011 – nº 297
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Micro e Pequenas empresas em números Além do MDIC, outros ministérios também estão ligados a questões relativas aos pequenos negócios, como os da Fazenda, Ciência e Tecnologia, Trabalho e Assistência Social. Toda essa estrutura, explica José Eugênio, é apoiada pelo Sebrae. “Tendo o Brasil hoje mais de sete milhões de negócios formais, torna-se necessária uma estrutura oficial em nível federal que concentre todos os esforços e integre todos os protagonistas do sistema”, explica. Fortalecimento do setor Se confirmada, a criação da Secretaria de Micro e Pequenas Empresas vai fortalecer e consolidar ainda mais o setor. Para Vladimir Rossi, o micro e pequeno empresário precisa mudar a concepção de si mesmo. “O maior objetivo desta Secretaria é tentar mudar a cabeça do micro e pequeno empresário para que ele tenha mais visão de futuro, consciência de sua representatividade e importância para o fator empregabilidade e social. Nosso objetivo é fazer com que estas políticas cheguem, de fato, a estes empresários”, analisa. Para o superintendente do Sebrae-ES, a criação da Secretaria de Micro e Pequenas Empresas é fundamental para integrar todas as forças em uma convergência que busque resultados positivos. “Nesse contexto, a Secretaria teria papel fundamental no sentido de melhorar a coordenação entre os diversos programas federais e criar uma estrutura mais robusta, condizente com a importância desse segmento empresarial, de reconhecida relevância para a economia nacional”, explica o superintendente. José Eugênio acredita ainda que os estados serão beneficiados com a criação da Secretaria, em especial o Espírito Santo. “A Secretaria poderá difundir em todos os municípios brasileiros as melhores práticas e políticas públicas em vigor. Vejo a tendência também, em âmbito estadual, de se buscar a correspondência para uma melhor interlocução sobre os assuntos de interesse das micro e pequenas empresas,
“O maior objetivo desta Secretaria é tentar mudar a cabeça do micro e pequeno empresário para que ele tenha mais visão de futuro” Vladimir Rossi, diretor da FINDES para assuntos de Micro e Pequena Indústria Out/Nov/2011 – nº 297
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• Representam 98% das empresas no Brasil • São responsáveis por 20% do PIB brasileiro • Concentram mais da metade da mão de obra formal • Em 2010, as MPEs receberam R$ 23,7 bilhões em crédito do BNDES • O faturamento anual das pequenas empresas deve ser de até R$ 2,4 milhões • O sistema engloba ainda microempreendedores com receita de até R$ 36 mil anuais Dados no Espírito Santo • O Espírito Santo soma 119.387 micro e pequenas empresas e 37.725 empreendedores individuais (Fonte: Sebrae, ago/2011) • As micro e pequenas empresas são responsáveis por 58,7% da mão de obra no Estado • O valor exportado pelas MPEs em 2009 foi de US$ 89,86 milhões como é o caso da Aderes (Agência de Desenvolvimento em Rede), no Espírito Santo”, esclarece. Para Vladimir, o Estado tem características específicas, como a grande concentração de empreendedores, “e essa Secretaria virá para fortalecer ainda mais essa estatística”, afirma. O diretor da FINDES para assuntos de micro e pequenas indústrias revela ainda que as ações desenvolvidas em favor das MPEs serão levadas também para o interior do Estado. “Esta é uma grande preocupação da FINDES, que já vem criando centros de apoio no interior”, destaca Rossi. Andamento No dia 31 de agosto, a Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio (CDEIEC) da Câmara dos Deputados aprovou a proposta de criação da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, com parecer favorável do relator, deputado João Maia (PR/RN). A proposta ainda precisa ser votada nas comissões de Constituição e Justiça; de Cidadania, Finanças e Tributação; e de Trabalho, Administração e Serviço Público. O projeto tramita em caráter de urgência, podendo ser incluído na pauta do plenário da Câmara a qualquer momento. O texto prevê a criação de cargos em comissão, com impacto orçamentário previsto de R$ 6,5 milhões em 2011 e R$ 7,9 milhões nos anos seguintes. Indústria Capixaba – FINDES
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José Serra palestra sobre economia no Teatro do SESI
Consumo de sorvete se mantém nos meses frios O presidente do Sindicato da Indústria de Alimentos Congelados, Supercongelados, Sorvetes, Concentrados e Liofilizados do Espírito Santo (Sincogel), Vladimir Rossi, comentou o bom volume de vendas registrado nos meses de inverno. Usualmente, as vendas registravam uma queda considerável no período, mas a população está ficando consciente de que consumir sorvete no inverno não é prejudicial à saúde. “O sorvete é nutritivo, pois contém proteína, açúcar, gordura vegetal, vitaminas, cálcio, fósforo e minerais, e ajuda o organismo a produzir energia, muito necessária nos dias frios para manter a temperatura corporal em torno dos 37 graus centígrados”, explicou o dirigente.
“Economia brasileira: conjuntura, perspectivas e seus impactos no Espírito Santo”. Este foi o tema da palestra realizada pelo economista e ex-governador do Estado de São Paulo, José Serra, no dia 18 de julho, no Teatro do SESI, em Vitória. O evento, que surgiu após um convite do ex-presidente da FINDES, Lucas Izoton, reuniu mais de 300 pessoas. Vários tópicos amplamente debatidos nos últimos meses entraram na pauta de Serra: de Fundap aos royalties do petróleo, da infraestrutura da logística à valorização da moeda brasileira. Os assuntos, aliás, começaCachoeiro Stone Fair mostra ram a ser discutidos antes da palestra, já que o político deu uma entrevista coletiva para a imprensa capixaba. Sobre os força das rochas do Estado royalties, Serra creditou ao Governo a responsabilidade pelo A 32ª Cachoeiro Stone Fair - Feira Internacional de impasse com Espírito Santo e Rio de Janeiro. “Quem criou Mármore e Granito, movimentou o Estado entre 23 e 26 de esse problema dos royalties foi o próprio governo federal, agosto. Um dos principais eventos do setor, a feira é palco do ao mudar o sistema de concessão para partilha”, disse. lançamento de novas tecnologias, soluções e oportunidades de negócios para o mercado de rochas ornamentais. Ao todo, o evento ocupou 32 mil metros quadrados de SESI é área, na qual 220 expositores de 12 estados brasileiros parceiro apresentaram as principais novidades. Pela primeira vez no Dia Marcos Guerra participou da solenidade de abertura da feira Nacional da como presidente do Sistema FINDES. “O Espírito Santo responsável por cerca de 65% das exportações do setor e Construção émais da metade da produção total de rochas ornamentais do Social país. O segmento é responsável por levar o desenvolvimento Com o tema “O pla- econômico para além da faixa entre a BR-101 e o litoral, onde neta é a sua casa, cuide se concentra grande parte dos investimentos no Espírito bem dele”, foi realiza- Santo. É uma atividade que privilegia a interiorização do da, no dia 20 de agos- desenvolvimento e fortalece os arranjos produtivos locais”, to, mais uma edição destacou na oportunidade. do Dia Nacional da Construção Social. Durante o evento, vários serviços foram oferecidos gratuitamente aos trabalhadores da construção civil, como atendimento jurídico, emissão de título eleitoral, orientações sobre a dengue, massagem, gincana de segurança no trabalho, exame de glicose e pressão arterial. Uma iniciativa do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) com a parceria do SESI-ES, o evento aconteceu no SESI Jardim da Penha, em Vitória. “O trabalho social também é papel do SESI. Sentimo-nos honrados em sermos parceiros desta grande mobilização social”, disse a superintendente, Solange Siqueira. 14
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cenário por Nadia Baptista
Plano Brasil Maior: bom ou ruim para a indústria capixaba?
Nova política industrial anunciada pelo governo federal promete benefícios para as indústrias, mas pode prejudicar alguns setores
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o dia 2 de agosto, o governo federal anunciou uma nova política industrial que pretende, entre outras coisas, incentivar o crescimento e a modernização da indústria brasileira. Batizada de Plano Brasil Maior, essa política traz, no entanto, medidas que poderão prejudicar alguns setores industriais. Idealizado para o período de 2011 a 2014, o Plano Brasil Maior tem como principal objetivo aumentar a competitividade da indústria nacional, a partir do incentivo à inovação tecnológica e à agregação de valor. Coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), com a participação dos ministérios de Ciência e Tecnologia, Planejamento, Orçamento e Gestão, Fazenda e Casa Civil, o Brasil Maior dá continuidade a duas outras recentes políticas de fortalecimento do setor: a Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior (PITCE), de 2004, e a Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP), lançada em 2008. Mais abrangente do que as políticas 16
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anteriores, porém, o Plano prevê um conjunto de medidas de estímulo ao investimento e à inovação, apoio ao comércio exterior e à defesa da indústria e do mercado interno. Entre as medidas previstas pelo Plano Brasil Maior estão desonerações tributárias; financiamento à inovação; aplicação de recursos em setores de alta e média-alta tecnologia; fortalecimento das micro, pequenas e médias empresas inovadoras; criação de programa para qualificação de mão de obra; desoneração, financiamento e garantias para as exportações; preferência para produtos manufaturados e serviços nacionais nas compras governamentais; e financiamento de projetos que reduzam as emissões de gases do efeito estufa. O secretário de Desenvolvimento do Espírito Santo, Márcio Félix, acredita que a nova política industrial será benéfica para os capixabas. “O Plano tem como objetivo permitir que o Brasil continue crescendo, como tem acontecido nos últimos anos. Para isso, propõe-se aumentar Out/Nov/2011 – nº 297
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a competitividade da indústria, não apenas do Espírito Santo, mas de todo o país, a partir da inovação tecnológica e da agregação de valor. Nosso Estado já tem características que atraem as empresas para cá, como a localização, próxima aos principais centros de consumo do país, e a nossa logística, entre outros fatores. E, com a proposta do governo federal, nossa economia tende a crescer ainda mais”, defende o secretário. Já o presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (FINDES), Marcos Guerra, aprova a iniciativa do Plano Brasil Maior, mas critica alguns de seus aspectos, como a desoneração da folha de pagamento. “O financiamento ao investimento e à inovação é importante. Hoje, principalmente os setores ligados à manufatura, as indústrias manufatureiras, realmente precisam de recursos para investimento e inovação. Temos setores que estão sendo muito ameaçados pela desindustrialização e eu acredito que a ideia desse conjunto de medidas seria incrementar a competitividade desses setores. O conjunto de medidas é bom, mas alguns aspectos precisam ser reavaliados, principalmente a desoneração da folha de pagamento”, afirma. Desonerações tributárias Sem dúvida, um dos aspectos mais controversos do Plano Brasil Maior é a proposta de desoneração tributária para alguns setores industriais. Até 2012, haverá um projeto piloto – acompanhado por um comitê tripartite formado por Governo, sindicatos e setor privado – que desonerará folhas de pagamento dos setores de confecções, calçados e artefatos, móveis e software, com a redução para zero da alíquota de 20% do INSS. Em contrapartida, os setores beneficiados terão que contribuir com um percentual de seu faturamento. Ficou estabelecido que a contribuição será de 1,5% para os setores de calçados, móveis e confecções, e de 2,5% para o de software. O valor total das desonerações previsto pelo MDIC é de cerca de R$ 25 bilhões em dois anos. Márcio Félix defende que a desoneração será positiva para a economia do Estado. “Desoneração é importante para as empresas, pois permite que elas invistam em sua capacidade produtiva, na melhoria de processos e na inovação tecnológica, entre outros fatores que ampliam sua competitividade e geram mais emprego”, afirma. Marcos Guerra, porém, explica como a proposta pode afetar negativamente os quatro setores industriais contemplados com a desoneração.“Em relação à desoneração da folha de pagamento, por exemplo, tivemos quatro setores incluídos: vestuário, indústria moveleira, indústria calçadista e indústria de informática. A indústria moveleira foi prejudicada, porque se for obrigada a aplicar uma alíquota de 1,5% sobre o faturamento para compensar os 20% que pagava na contribuição patronal sobre a folha de pagamento, na prática, estará sendo penalizada em praticamente 93% de crescimento sobre o INSS que já pagava”, exemplifica. Out/Nov/2011 – nº 297
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“O conjunto de medidas é bom, mas alguns aspectos precisam ser reavaliados, principalmente a desoneração da folha de pagamento” Marcos Guerra, presidente da FINDES
Segundo o presidente da FINDES, outros setores também serão prejudicados. “Algumas empresas já estão com um processo adiantado de terceirização de suas produções. Esses setores, como a indústria do vestuário e a calçadista, que terceirizam mais, podem também ser penalizados”, acrescenta. Para Guerra, são necessárias modificações na Medida Provisória nº 540, que institui o Plano Brasil Maior. “Eu acredito que esse projeto vem quase que como uma ‘bola quadrada’, e nós precisamos ‘arredondar essa bola’. No Congresso Nacional, por exemplo, essa medida provisória já tem hoje 242 propostas de emenda para melhorar esse novo tributo, que está sendo substituído pelo pagamento em folha e aplicado lá no faturamento da empresa”, garante. Marcos Guerra afirma ainda que é preciso que as propostas de alteração na emenda sejam aprovadas pelo Congresso Nacional. “Acreditamos que a proposta de desoneração da folha de pagamento não veio como o setor industrial precisava. Deveria ser optativo, com a empresa podendo escolher se quer ou não participar. Se for obrigatório, muitas empresas terão perdas significativas. Esse projeto está no Congresso Nacional tramitando em regime de urgência. A comunidade industrial ainda não sentiu os impactos da proposta, porque as medidas ainda não saíram do papel. Mas o setor está aguardando”, esclarece. De acordo com Guerra, a FINDES tem trabalhado, junto com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), para melhorar essa proposta.“Eu acredito que conseguiremos promover melhorias. Hoje temos instituições fortes, como a CNI, e vamos mostrar para o governo federal que algumas empresas dentro do setor irão enfrentar problemas. Eu não acredito que o Governo esteja lançando o programa para, ao invés de ajudar, prejudicar a indústria nacional. Estou muito otimista quanto à possibilidade de reavaliação de alguns pontos do conjunto de medidas”, reitera o presidente. Indústria Capixaba – FINDES
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Luiz explica ainda quais serão as ações da Câmara Setorial de Móveis no acompanhamento do projeto piloto até 2012. “Estamos levantando junto aos nossos sindicatos os pontos de interesse de cada um deles, informando-os ao comitê para buscarmos as soluções”, assegura. “Com a proposta do governo federal, nossa economia tende a crescer ainda mais” - Márcio Félix, secretário de Desenvolvimento do ES
Móveis A indústria moveleira será uma das mais impactadas pela proposta de desoneração tributária. O presidente da Câmara Setorial da Indústria Moveleira da FINDES, Luiz Rigoni, esclarece como o setor será afetado pelo Plano Brasil Maior. “O Plano atinge a indústria capixaba de móveis no principal objetivo em que ele foi fundamentado, que é a redução da carga de tributos – nesse caso, os custos trabalhistas. O valor de contribuição estabelecido está muito alto, em 1,5% do faturamento, ou seja, ao invés de reduzir o montante de impostos que pagamos, irá aumentar a nossa carga tributária, que já é a mais alta do mundo”, afirma Rigoni. O dirigente, que também é empresário do setor moveleiro, defende que uma taxa menor deve ser cobrada sobre o faturamento das empresas. “Se nossos parlamentares nos ajudarem negociando uma taxa bem menor, que realmente signifique redução no volume de impostos que pagamos, como é a intenção da presidente Dilma Rousseff, o setor ficará mais competitivo. Isso evitará que a China tome nosso mercado interno, já que no externo estamos perdendo de muito para os chineses”, diz. Caso a negociação se concretize, Rigoni acredita que o setor só terá benefícios com o Plano Brasil Maior. “Nós acreditamos que vai haver uma negociação, sim, e vamos ter um valor que reduza esses custos. Aí, com certeza, poderemos empregar mais trabalhadores e ganhar mais mercados. Uma redução na carga tributária que pagamos será muito positiva para o setor, e podemos prever um bom crescimento em empregos e faturamento – e, por consequência, em impostos”, afirma. “A folha só será de fato desonerada se houver, por exemplo, uma redução da parte patronal para 8% ou 10%. Então teremos custos menores, e o mercado se encarrega de favorecer quem oferece preços menores, já que a competição que enfrentamos é muito acirrada”, acrescenta Rigoni. 18
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Confecções e calçados Mesmo empregando mão de obra de forma intensiva, os setores de confecções e de calçados serão bastante prejudicados pela proposta de desoneração da folha de pagamento do Plano Brasil Maior. O presidente da Câmara Setorial da Indústria do Vestuário da FINDES, Paulo Vieira, acredita, porém, que o Plano trará também benefícios para esses setores. “Com o Plano Brasil Maior, o Estado procura ser indutor e fomentador do processo de desenvolvimento de uma indústria que é refém das altas taxas de juros e do câmbio sobrevalorizado. Especificamente no setor do vestuário, mudanças são positivas quando vemos pela ótica da atitude do Governo, que enfim enxerga um setor que emprega mais de 1,5 milhão de trabalhadores no Brasil”, afirma. Vieira explica o que muda no setor caso o Plano entre em vigor. “Pelo lado econômico, as mudanças são pouco significativas. Troca-se uma desoneração de 20% da folha salarial por 1,5% sobre o faturamento da empresa. Para as micro e pequenas empresas (MPEs), que são a grande maioria das confecções, nada muda, pois são tributadas pelo Simples Nacional. Já para as médias e grandes empresas, a mudança é pouco significante. Existem outros benefícios, como o aumento de recursos para inovação e desoneração das exportações, entre outros, que são interessantes, mas não são prioridades absolutas para quem, como a indústria do vestuário, está sendo bombardeado numa competição acirrada e desigual, principalmente frente aos competidores asiáticos”, esclarece. “O percentual proposto pelo Governo é muito elevado, e fica pesado para qualquer tipo de indústria” Benízio Lázaro, presidente do Sindinfo
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“Pelo lado econômico, as mudanças são pouco significativas” Paulo Vieira, presidente da Câmara Setorial da Indústria do Vestuário da FINDES
A Câmara do Vestuário da FINDES vai acompanhar o projeto, segundo Vieira, buscando sempre o melhor para os setores de confecções e calçados capixabas. “Como as medidas terão acompanhamento pelo prazo de um ano, acreditamos no aperfeiçoamento e aprofundamento de medidas impactantes que venham a tornar a indústria do vestuário mais competitiva. A Câmara do Vestuário da FINDES vai enviar sugestões e subsidiar a CNI acerca do impacto das medidas contidas no Plano Brasil Maior para as indústrias de confecções e calçados do Espírito Santo”, assegura. Tecnologia da informação Para o presidente do Sindicato das Empresas de Informática do Espírito Santo (Sindinfo), Benízio Lázaro, o Plano Brasil Maior pode ser benéfico para o setor, desde que seja revisto o percentual que será cobrado sobre o faturamento das empresas. “Esse Plano vai afetar o setor pelo percentual que está sendo estipulado. A Confederação Nacional de Serviços (CNS), juntamente com um professor da Universidade de São Paulo (USP), realizou uma pesquisa que concluiu que 0,5% seria um percentual razoável, que daria para o Governo um bom retorno financeiro e ao mesmo tempo não oneraria as empresas de tecnologia. O percentual proposto pelo Governo é muito elevado, e fica pesado para qualquer tipo de indústria.
“O valor de contribuição estabelecido está muito alto. Ao invés de reduzir o montante de impostos que pagamos, irá aumentar a nossa carga tributária, que já é a mais alta do mundo” Luiz Rigoni, presidente da Câmara Setorial da Indústria Moveleira da Findes Out/Nov/2011 – nº 297
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O setor de tecnologia, como outros setores que dependem da capacidade intelectual, trabalha com muita mão de obra. Mesmo assim, o percentual proposto ainda não será compensatório para essas empresas. E para aquelas que trabalham com muita automação ainda fica pior, porque o número de funcionários não é tão elevado”, explica. Para Benízio, é necessário que a indústria se manifeste enquanto a proposta não entra em vigor. “Essa proposta está sendo colocada como teste, mas já precisamos nos manifestar, porque virou tradição no Brasil que uma medida provisória passe a ser definitiva. O Governo tem uma sede muito grande de arrecadação. O modelo pode ser viável, mas os percentuais não estão coerentes com o que a indústria brasileira precisa”, afirma. Benefícios Entre os pontos positivos do Plano Brasil Maior para a indústria em geral, o presidente da FINDES, Marcos Guerra, destaca o aumento do valor para investimento disponibilizado para as indústrias. “Antes, tínhamos R$ 3,4 bilhões em recursos disponíveis para as indústrias investirem, e com o Plano esse valor passou para R$ 10,4 bilhões. Esses empréstimos têm juros entre 10% e 13 % anuais, com um prazo que vai até 36 meses. É um recurso que vem em boa hora, mas está longe do necessário. Precisamos de recursos com taxas de até 3% ao ano, com carência de três anos e outros dez para pagar. O setor precisa de tempo para se reposicionar”, explica Guerra. Outro ponto da nova política industrial elogiado pelo presidente da FINDES é a defesa comercial. “O governo federal vai reforçar a inibir a entrada de produtos ilegais e a prática do dumping, principalmente em relação aos produtos que vêm da Ásia, com foco na China”, afirma. Guerra também fala de outras medidas do Brasil Maior. “O Plano possibilita a criação de capital de giro para as micro, pequenas e médias empresas, por meio do Progeren; o relaxamento do programa Revitaliza também é muito bom. Nós temos aí um orçamento de R$ 6,7 bilhões com taxa fixa de 9%, que também é muito bom; e temos o Pronatec, que são recursos para investir na qualificação profissional. Hoje, um dos grandes problemas que a indústria enfrenta é a falta de profissionais qualificados. Dentro do Plano Brasil Maior, temos ainda uma linha de crédito de R$ 2 milhões para a inovação, via Finep, com juros de 4% a 5% ao ano. As linhas de crédito estão boas. Agora, resta saber da facilidade para obter esses recursos. Porque, a partir do momento que o Governo concede um recurso, se as exigências forem muito grandes, acabam por inviabilizá-lo”, complementa. Enquanto o Plano não sai do papel, a indústria segue na expectativa de que as medidas propostas possam ser, de fato, benéficas para todos os setores, e de que impulsionem a indústria brasileira, para que possa fazer frente à concorrência internacional em situação mais favorável. Indústria Capixaba – FINDES
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“Café com Negócios” reúne dois importantes setores capixabas
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Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado do Espírito Santo (Sindiplast-ES) e o Sindicato da Indústria de Produtos Químicos do Estado do Espírito Santo (Sindiquímicos) realizaram, no dia 30 de agosto, a primeira edição do “Café com Negócios”, no Salão da Indústria da FINDES. Com o tema “Crescendo juntos valorizamos o que produzimos”, o evento faz parte de um projeto pioneiro do Sindiplast-ES, que tem como meta reunir os diversos sindicatos em reuniões mensais. A ideia é desenvolver cada vez mais os setores da economia capixaba e também mostrar para os empresários o potencial da indústria do plástico do Espírito Santo. O presidente do Sindiplast-ES, Leonardo de Castro, afirma que um dos principais objetivos do encontro foi aumentar o conteúdo local nos negócios entre as empresas capixabas. “No encontro, apresentamos as empresas de transformação de plástico do Espírito Santo aos industriais do setor químico, que são grandes consumidores de embalagens e produtos plásticos”, afirma. Segundo ele, é preciso que os diversos setores conheçam a capacidade do setor de transformação de plásticos capixaba. “A nossa intenção com o
“O encontro possibilitou várias oportunidades de negócios, especialmente com empresas que antes compravam fora do Espírito Santo” Leonardo de Castro, presidente do Sindiplast-ES
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‘Café com Negócios’ é fomentar os negócios entre as empresas capixabas, o que é bom para a indústria de plástico, e também é muito bom para quem compra. Ter um fornecedor próximo facilita a vida dessas empresas: elas ganham em velocidade e no tamanho dos estoques, entre outros aspectos”, esclarece. “O encontro possibilita que seja feita essa ligação entre fornecedores e clientes”, explica Leonardo. O secretário executivo do Sindiquímicos, José Luciano Domingos, destacou o encontro como uma excelente iniciativa, que viabiliza o crescimento sustentável das organizações envolvidas. “As ações desencadeadas por esse tipo de evento ajudam a fortalecer as empresas capixabas e, consequentemente, colocam o Espírito Santo em maior evidência no cenário da economia nacional”, assegura. Prestigiaram a primeira edição do “Café com Negócios” membros das diretorias dos dois sindicatos, além de representantes de 30 empresas, sendo 12 das indústrias de transformação de plástico e 18 da indústria química, principalmente do segmento de cosméticos. Oportunidades de negócios Leonardo de Castro destaca as potencialidades de negócios que o encontro promoveu. “As empresas apresentaram a si e a seus produtos. Também fizemos uma pequena exposição dos produtos da indústria de transformação de plástico. Imediatamente, estabeleceram-se relações comerciais entre os presentes. O encontro possibilitou várias oportunidades de negócios, especialmente com empresas que antes compravam fora do Espírito Santo. Esse é um indicativo muito forte de possibilidade de negócios entre as indústrias”, atesta. Ainda de acordo com o presidente do Sindiplast-ES, a estimativa de volume de negócios entre os dois setores é de R$ 6 milhões ao ano. OutrosencontrosdevemserarticuladospeloSindiplast-ES. “Essa iniciativa do Sindiplast-ES vai ser repetida com outros sindicatos do Sistema FINDES. Nosso objetivo é realizar um ‘Café com Negócios’ por mês, com sindicatos diferentes. Afinal, são 35 casas dentro do Sistema”, afirma Leonardo de Castro. Out/Nov/2011 – nº 297
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Empresários engajados em causa ambiental Pensando sustentavelmente, empresários do setor de cerâmica irão plantar mudas de árvores nativas da Mata Atlântica em 50 nascentes dos rios São João Grande e São João Pequeno, em Colatina. Isso graças ao programa “Doces Nascentes Capixabas”, fruto de uma parceria do Sindicato da Indústria de Cerâmica do Espírito Santo (Sindicer) com o Instituto Terra. O convênio prevê que o Instituto doe 30 mil mudas, num período de três anos, para que os empresários ajudem na recuperação das matas ciliares. A recuperação dessas florestas, que se localizam nas margens dos rios e nascentes, traz diversos benefícios, entre os quais evitar a escassez da água, diminuir a erosão e o assoreamento e ainda ajudar a manter a biodiversidade das regiões.
Aline Calixto lança álbum no Teatro do SESI A cantora Aline Calixto esteve novamente em Vitória no dia 4 de setembro para o lançamento de seu segundo álbum, “Flor Morena”, em show realizado no Teatro do SESI, em Jardim da Penha. “É a continuação de um trabalho, mas com uma concepção um pouco diferenciada. Tem samba tradicional, tem música que é samba misturado com salsa e gafieira”, disse Aline. No show, o público pôde conferir a performance da cantora, além do entrosamento com sua banda, que a acompanha desde o primeiro show.
PDF mostra oportunidades de investimentos No dia 30 de agosto, no auditório do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico do Estado do Espírito Santo (Sindifer), aconteceu o encontro para a apresentação do diagnóstico 2011 e dos investimentos para o período 2011-2015 referentes ao Programa de Desenvolvimento de Fornecedores (PDF) no Estado. Após a abertura do evento, feita por Luiz Alberto de Souza Carvalho e Rusdelon Rodrigues de Paula, respectivamente presidente e diretor do Sindifer, o relatório com as oportunidades de investimentos e o diagnóstico do PDF foram apresentados pelo consultor do programa, Durval Vieira de Freitas. “Até 2015 serão investidos mais de 41 bilhões de dólares no Espírito Santo e o pico de mão de obra chegará a quase 47 mil empregados”, adiantou. Os setores que mais farão investimentos são os de siderurgia, mineração, papel/celulose, energia, petróleo/gás e infraestrutura. Quanto ao PDF, o consultor mostrou que os atuais 821 fornecedores faturam 8,4 bilhões de dólares/ano e empregam 56 mil trabalhadores.
Alunos do SESI em “Mini ONU” No dia 18 de agosto, 240 alunos do SESI de Laranjeiras participaram da Segunda Assembleia Estudantil “Mini ONU”. O encontro, que aconteceu na Assembleia Legislativa, em Vitória, contou com a participação de deputados, gerentes e professores do SESI. Cada estudante representou uma delegação, totalizando 69 países. Os alunos do Ensino Médio discutiram temas internacionais, como o Acordo de Cooperação Econômica China-África, a crise no Oriente Médio e as migrações internacionais. O projeto da “Mini ONU” deve ser estendido às demais unidades do SESI a partir do ano que vem.
Sindibebidas representado em Congresso de Águas Minerais O presidente do Sindicato da Indústria de Bebidas em Geral do Espírito Santo (Sindibebidas), José Ângelo Rambalducci, representou o Estado no 20º Congresso Brasileiro da Indústria de Águas Minerais, realizado de 13 a 15 de setembro, no Rio de Janeiro. O evento reuniu palestrantes nacionais e internacionais, além de envasadores, fornecedores, distribuidores, autoridades e profissionais para discutir boas práticas, tendências em melhoria de qualidade e as exigências do consumidor. 22
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A nova FINDES
A nova diretoria da Federação, presidida por Marcos Guerra, assume com o propósito de reforçar a representatividade industrial, combater a desindustrialização e atuar com eficiência e com foco em resultados
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um momento de incertezas no cenário econômico externo e busca de alternativas para superar os gargalos do desenvolvimento nacional, a ordem do comando da indústria capixaba é combater a desindustrialização, priorizar o desenvolvimento sustentável e promover a interiorização. À frente desta batalha está o novo presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (FINDES), cujo nome já mostra ao que veio: Marcos Guerra. Em sua política de gestão estão contempladas ações que incluem o reforço da representatividade da classe industrial e da busca por resultados. Guerra avisa que essas serão exigências crescentes e aponta que a eficiência é o conceito-chave de sua administração, que vai lutar para garantir que o desenvolvimento do Estado não se restrinja aos grandes centros, mas a todo o Espirito Santo. 24
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Por maiores que sejam as dificuldades em torno da conjuntura nacional e estadual, o novo presidente destaca a formação de várias “frentes” de trabalho. Foram criadas oito novas diretorias: assuntos do fortalecimento sindical; das micro e pequenas indústrias; assuntos tributários; assuntos do meio ambiente; capacitação e desenvolvimento humano; marketing e comunicação; de desenvolvimento da indústria capixaba; e para assuntos de inovação industrial. A ideia, segundo Marcos Guerra, é verticalizar as ações do Sistema FINDES. Nessa linha, cada diretor dentro da sua área específica deverá atuar em todos os conselhos – nacional, estadual e municipal – e órgãos afins. “Nós queremos ter um trabalho mais dinâmico na hora de transmitir as informações para o empresário do setor. Ele passa a conhecer as ações Out/Nov/2011 – nº 297
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que estão sendo tomadas em nível nacional, estadual e municipal. Com isso, pode mapear onde precisamos avançar nas oportunidades de mercado, em todos os âmbitos”, avalia. Criar essa densidade organizacional com a verticalização, na visão do presidente da FINDES, pode contribuir para a integração e a sinergia das atividades. “O diretor acompanha tudo e vai repassando às empresas ligadas à sua pasta, isto em todas as áreas, como meio ambiente, inovação etc. Essas diretorias não existiam, e a pessoa que era delegada para determinado assunto pulverizava as ações. Resolvemos verticalizar e, com isso, vou fazer uma redução de custo também, com uma participação mais eficiente do diretor”, esclarece Marcos Guerra. Out/Nov/2011 – nº 297
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Desindustrialização É estratégica para o Sistema FINDES a criação de novas frentes de trabalho através das novas diretorias, para assim trabalhar a elevação da competitividade da indústria capixaba. Sendo a indústria o principal acelerador do crescimento do PIB, um país em desenvolvimento não pode prescindir de uma forte base industrial, capaz de contribuir com o aumento da produtividade e da renda na economia. Nesse sentido, há uma grande preocupação no momento com a desindustrialização. “Enquanto o Estado do Espírito Santo cresceu 11%, de junho a julho de 2011, a indústria de manufatura decresceu 1,5%. Se você perceber que nós tivemos inflação, aumento de despesa e aumento de encargos e outros, esse decréscimo é bem significativo”, analisou Guerra. A preocupação maior diz respeito à indústria de cunho manufatureiro, que vem enfrentando desde 2010 um quadro de crescimento bem abaixo da média da indústria do Estado do Espírito Santo. Segundo Marcos Guerra, quando se diz que a indústria do Espírito Santo cresceu 11%, a sociedade pensa que esse índice engloba toda a indústria. “Mas nós temos que separar hoje alguns segmentos. Os que mais cresceram foram os setores da cafeicultura, mineral, de celulose, de construção civil e de indústria de base. Mas a indústria de manufatura decresceu. Então, essa diretoria vai cuidar desses assuntos específicos”, ressalta. A desindustrialização é a maior ameaça hoje para esse segmento, que engloba indústrias de calçados, vestuário, alimentos, móveis e informática, entre outros. “Esses setores com certeza vão enfrentar problemas daqui por diante, assim como as indústrias de commodities, empresas que produzem matéria-prima. Mas estamos trabalhando muito para buscar alternativas que possam ajudar na solução desse problema. A FINDES está preparando um material para encaminhar ao Governo do Estado, juntando informações da Diretoria para Assuntos Tributários, de Desenvolvimento Econômico e Fortalecimento Sindical, que se referem à preocupação do meio empresarial com alguns setores que estão sofrendo desindustrialização. De acordo com Guerra, todos os problemas serão enfrentados. Na área de meio ambiente, a nova diretoria deverá atuar em todos os conselhos nos órgãos licenciadores. É notório, como situa o presidente, que hoje há uma disputa e uma desconexão muito grande nessa área: um órgão concede a licença e logo depois vem outro
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e multa, mesmo quando a empresa tem a licença. “Então, temos muitas ações pela frente. Estamos acompanhando os trabalhos no Congresso Nacional que regulamentam este tipo de ação dos órgãos licenciadores. A nossa proposta é que quem licencie puna, pois, se o órgão dá autorização, então somente ele tem que ter o poder de multar, não se fica difícil”, pondera. Associativismo O esforço de ampliar a representatividade das organizações patronais levou o presidente da FINDES a criar uma diretoria específica para assuntos do Fortalecimento Sindical. Quem está à frente da pasta é o também diretor do IDEIES/CAS, Egídio Malanquini. Segundo ele, o crescimento de produtividade é essencial ao sucesso econômico de longo prazo, porque cria um círculo virtuoso em direção às atividades de maior valor agregado. Entretanto, assegura que se faz necessário identificar diferentes modalidades de ação, seja no campo do reforço da representatividade, seja na garantia de sustentabilidade dos sindicatos. “O nosso objetivo é fazer com que os sindicatos passem a ter poder de decisão nas questões relacionadas à indústria do Estado, além de ter maior participação nas atividades. Começamos, inclusive, trabalhando o Encontro Estadual da Indústria, em setembro, onde iremos nortear as ações para 2012”, disse Egídio Malanquini.
“As micro e pequenas empresas são o segmento com maior capacidade de geração de postos de trabalho” Vladimir Rossi, diretor para assuntos das micro e pequenas indústrias
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Com essa empreitada, ele diz que o Instituto de Desenvolvimento Industrial do Espírito Santo (IDEIES) identificará as necessidades e as potencialidades das regiões, propiciando um ambiente associativo e participativo a todos os sindicatos, numa interação que promoverá o fortalecimento da área sindical do Estado. O presidente da FINDES também ressalta a importância de uma ação engajada de contato com as bases do sindicato, pois nesse contexto cria-se a oportunidade para eventos de sensibilização das lideranças empresariais locais e para a prospecção de novos associados “Precisamos fortalecer nossas entidades de representação industrial. Vamos fazer um levantamento setorial no Estado do Espírito Santo e conhecer, de fato, o tamanho de cada setor e onde eles estão. Assim poderemos trazer mais associados para o Sistema e para o sindicato, fortalecendo as instituições representativas de cada segmento”, atesta Marcos Guerra. Empregabilidade Outro ponto atuante desta nova diretoria da FINDES é a questão das micro e pequenas empresas. O Estado e o país precisam acelerar ainda mais o crescimento econômico e, ao mesmo tempo, superar o quadro de desigualdade e exclusão social. Para isso, é imprescindível criar um grande número de novos empregos. E, nesse caso, de acordo com o diretor para assuntos das micro e pequenas indústrias, Vladimir Rossi, é fundamental apoiar essas empresas, pois no Espírito Santo são 118 mil pequenos negócios formais, o que representa 99% do total de empreendimentos formais do Estado. No campo social, essas empresas empregam 58,9% da força de trabalho no setor formal urbano. Além disso, no Espírito Santo são cerca de 35.300 empreendedores individuais, segundo dados levantados no Censo 2010 do IBGE. “As micro e pequenas empresas são o segmento com maior capacidade de geração de postos de trabalho. E elas morrem antes de completar dois anos, apesar de o Espírito Santo, em nível nacional, ter computado a maior longevidade dessas empresas”, conta Vladimir. Elevar a competitividade das micro e pequenas empresas significa apoiá-las levando conhecimento, informações, qualificação e capacitação para o empreendedor, que muitas vezes Out/Nov/2011 – nº 297
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“O nosso objetivo é fazer com que os sindicatos passem a ter poder de decisão nas questões relacionadas à indústria do Estado, além de ter maior participação nas atividades” Egídio Malanquini, diretor para assuntos de fortalecimento sindical
não encara o seu trabalho como um negócio. Para a FINDES, mais um desafio a ser vencido. Na avaliação de Vladimir Rossi, uma das causas mais frequentes do fracasso está ligada, diretamente, aos próprios empreendedores, isto é, à falta de habilidade administrativa, financeira, tecnológica e mercadológica. E o papel que a nova diretoria vai exercer é justamente proporcionar conhecimentos e informações para habilitar o empreendedor a sair da informalidade e acreditar no seu negócio. “Só para se ter ideia, um vendedor de churrasquinho começa a vender em um ponto 1.000 churrasquinhos, aí passa a vender em dois pontos, e assim sucessivamente. Apesar de não encarar o seu trabalho como um negócio, no sentido tradicional desse termo, ele já está no quadro de empreendedores, e mais: já está gerando renda e emprego. Falta apenas o conhecimento. E, com isso, nós vamos ajudá-lo a sair da informalidade”, garante Vladimir. As diretorias regionais vêm atuando também em prol do fortalecimento das microrregiões. Segundo o presidente da FINDES, todas as regionais desenvolveram um planejamento estratégico de curto, médio e longo prazo. “Nós temos ações que são de responsabilidade do Sistema FINDES, ações do governo municipal, estadual e federal, mas com acompanhamento dos diretores regionais. Há coisas que fogem à alçada do Sistema FINDES fazer, mas elas têm que ter o seu planejamento para acompanhar e cobrar dos governos e da própria bancada federal, para que possamos trabalhar em Out/Nov/2011 – nº 297
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conjunto, conquistando maior eficiência e melhores resultados”, sublinha Marcos Guerra. Destaque para a inovação Voltados para assuntos de inovação industrial, vários seminários serão promovidos dentro do Sistema FINDES, para mostrar ao empreendedor a necessidade de inovar. Inovação, hoje, não é só equipamento ou máquinas; são processos, produtos, marca e logística. Uma forma de se produzir com mais eficiência e menos recursos. Para dar bons resultados, esse processo, como aponta Marcos Guerra, hoje engloba várias ações dentro da estrutura da empresa. A inovação tem que ser acompanhada, independentemente do tamanho da empresa e de onde ela se situa. Este espírito inovador e de luta tem motivado o presidente da FINDES a levar o desenvolvimento econômico para o interior do Estado. Todo o trabalho de crescimento da indústria capixaba, desde o combate à desindustrialização até a priorização do desenvolvimento sustentável, deve estar interligado com a interiorização. Marcos Guerra entende que é necessário proporcionar condições para que as cidades de pequeno e médio portes possam se desenvolver, aproveitando suas potencialidades para criar riquezas e reduzir os fluxos migratórios para a capital. A concentração de empreendimentos na Região Metropolitana da Grande Vitória vem deixando longe as reais oportunidades da diversificação da cadeia produtiva no interior. A nova diretoria estará voltada para ações de defesa de interesses que possibilitem a competitividade sistêmica da indústria interiorana. Com todo esse planejamento, o novo comando da FINDES quer alcançar, sobretudo, um relacionamento industrial socialmente responsável e fortalecido com os grandes empresários e também com os micro e pequenos empreendedores. A Federação almeja o estabelecimento de parcerias efetivas, fundamentadas na confiança e na sustentabilidade, de modo que todos possam ganhar e crescer. As ferramentas utilizadas serão de igual importância, e a atuação, mais proativa, estará direcionada à captura de assuntos que exijam a defesa de interesses para o desenvolvimento da indústria do Espírito Santo. Indústria Capixaba – FINDES
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Indústria EM AÇÃO
SENAI discute novidades em Tecnologia da Informação O SENAI Vitória realizou, nos dias 2 e 3 de setembro, o I Fórum Capixaba de Tecnologia (Focai), uma iniciativa que reuniu mais de 200 pessoas, entre profissionais, especialistas e estudantes e que teve o objetivo de promover discussões e reflexões sobre o mercado capixaba de tecnologia da informação. A abertura contou com a presença do gerente de Educação e Tecnologia do SESI, SENAI e IEL, Ewandro Petrocchi, e do gerente do SENAI Vitória, Robson Cardoso, que destacaram a importância do evento e parabenizaram os organizadores. O Fórum contou com palestras, mesas-redondas e mini cursos sobre os principais temas ligados às Tecnologias de Informação e da Comunicação, sistemas de software livres e proprietários, segurança e infraestrutura, entre outros.
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Sinprocim repleto de novidades Um grupo formado por 20 empresários capixabas integrou uma comitiva que participou da 5ª edição da Concrete Show South America 2011, considerada a maior feira de tecnologia em concreto da América Latina. A missão empresarial foi organizada pelo Sindicato da Indústria de Produtos de Cimento do Espírito Santo (Sinprocim-ES) e colocou os industriais em contato com mais de 25 mil profissionais da construção civil e cerca de 500 fornecedores nacionais e internacionais. O evento aconteceu de 31 de agosto a 2 de setembro, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo. Outra importante notícia do sindicato no período foi a posse do novo presidente, o empresário Dam Pessoti. O pleito, de chapa única, elegeu a nova diretoria da instituição para o triênio 2011/2014. A solenidade foi realizada no dia 14 de setembro, no Edifício FINDES.
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Inovação por Heliomara Mulullo
IEL-ES e HSM Educação lançam Programa de Desenvolvimento Empresarial O objetivo é formar consultores dentro das próprias empresas
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Instituto Euvaldo Lodi (IEL-ES), entidade integrante do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (FINDES), está lançando, neste mês, um novo produto, voltado para a capacitação intensiva em gestão: o Programa de Desenvolvimento Empresarial (PDE). A novidade será realizada em parceria com a HSM Educação, nova organização da HSM Management, que tem como meta a oferta de conteúdos em gestão de empresas. O curso proporcionará o desenvolvimento em gestão e capacitação de profissionais em empresas instaladas em território capixaba. O superintendente do IEL-ES, Fábio Dias, explica que o curso foi estruturado a partir das necessidades reais relatadas pelos próprios empresários. “Essa parceria surgiu pela 30
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necessidade de uma educação executiva que agregue valor, focada em resultados. Por isso, buscamos a parceria com a HSM Educação, que já tem uma experiência consolidada em São Paulo. Essa parceria, aliás, não é exclusiva do Estado e está sendo estendida para as unidades do IEL em todo o país”, disse. Os cursos serão promovidos, inicialmente, nas unidades regionais do IEL em nove estados: Acre, Amazonas, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e São Paulo. A metodologia do programa foi criada pela HSM Educação em conjunto com o IEL nacional e inclui conteúdos exclusivos desenvolvidos por profissionais de renome internacional, como Philip Kotler, uma das personalidades mais influentes do mundo na área de Marketing, e Vijay Govindarajan, um expert em inovação. Out/Nov/2011 – nº 297
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“Temos o IEL e o SENAI como dois pilares do desenvolvimento profissional capixaba” O PDE terá duração de nove meses, intercalando aulas teóricas e práticas, nas quais cada empresa terá a oportunidade de identificar, logo no primeiro dia, seus principais gargalos. “Ao longo do curso, as empresas vão discutindo suas demandas e nós disponibilizaremos o nosso ambiente físico para que haja a resolução de problemas. O programa alia a alta carga de conteúdo com a prática empresarial”, apontou Fábio. Cada módulo contará com a participação de 12 empresas, limitado ao número máximo de três pessoas por empresa – de preferência, pequenas e médias empresas, representadas por quem seja responsável por decisões. “Ao final dos nove meses de curso, será necessário que o problema que a empresa apresentou seja resolvido e, por isso, é importante que participe desse processo alguém que tenha poder de decisão para aplicar os conhecimentos adquiridos durante o programa”, sintetizou Fábio Dias. O superintendente antecipou, ainda, que o IEL já pensa em ampliar os cursos. Segundo Fábio Dias, a partir do momento em que o programa alcance o êxito almejado e a boa aceitação do mercado, haverá a possibilidade de novos programas, com cargas horárias menores e customizadas. “O empresário capixaba normalmente investe em algo em que acredita que terá resultados. Então, a parceria tem este objetivo: visa a solucionar problemas reais, estimulando cada vez mais a competitividade dessas empresas de forma bem sólida no mercado”, destacou.
”Essa parceria surgiu pela necessidade de uma educação executiva que agregue valor, focada em resultados” Fábio Dias, superintendente do IEL-ES
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Benizio Lázaro, diretor da FINDES para assuntos do IEL-ES Identificando demandas O diretor da FINDES para assuntos do IEL-ES, Benizio Lázaro, relata que tanto a participação do IEL quanto a do SENAI são importantes para o desenvolvimento do Estado e têm sido essenciais para qualificar o profissional para as demandas das indústrias, que estão ampliando suas plantas. “Temos o IEL e o SENAI como dois pilares do desenvolvimento profissional capixaba. De um lado o SENAI, atendendo às indústrias, e do outro, o IEL, com o setor de comércio e serviços”, relatou Benizio. Conforme Benizio, a instituição tem promovido o levantamento de demandas em cada região, a fim de trabalhar suas necessidades específicas. “Hoje o IEL está presente em Cachoeiro do Itapemirim, Linhares, Colatina, Nova Venécia, Venda Nova do Imigrante, Aracruz e Anchieta”, informou. Interatividade Além do conteúdo, os participantes do Programa de Desenvolvimento Empresarial (PDE) terão acesso à plataforma interativa, que reúne todo o conteúdo do curso em diferentes formatos multimídia. O PDE abrange cinco disciplinas, que abordam os seguintes temas: estratégia empresarial, liderança e gestão de pessoas, análise e viabilidade de projetos, orçamento e controles gerenciais e marketing e vendas. Sobre a HSM Educação A HSM Educação é uma organização criada com o objetivo de definir um novo paradigma de educação executiva de alto nível no Brasil. Formada pela associação entre o grupo RBS e a BR Investimentos, a companhia conta com estrutura diferenciada, pensada para atender às necessidades e às reais exigências dos profissionais de mercado. Baseia-se em uma rede colaborativa, que reúne professores, participantes e instituições de renome nacionais e internacionais, com expertise e vivência no mundo corporativo. Para alcançar este objetivo, a HSM Educação garante acesso às mais renomadas personalidades do mundo dos negócios e sua produção intelectual. Indústria Capixaba – FINDES
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Indústria EM AÇÃO
Representantes da FINDES participam de Congresso de Inovação
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Sistema FINDES marcou presença no 4º Congresso Brasileiro de Inovação na Indústria, realizado no dia 3 de agosto, em São Paulo. O congresso reuniu empresários e autoridades e discutiu a Agenda Empresarial da Inovação no Brasil, que visa ao desenvolvimento de ferramentas de apoio à inovação nas indústrias. No evento, organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), os ministros Fernando Pimentel, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, e Aloízio Mercadante, da Ciência e Tecnologia, receberam o documento “Compromisso pela Inovação”, em que os industriais reafirmam a necessidade de as empresas e o país ampliarem os investimentos em tecnologia e desenvolvimento de produtos, processos e serviços. A delegação capixaba foi representada pelo presidente do Sistema FINDES, Marcos Guerra; o 1º vice-presidente da Federação, Manoel Pimenta; o presidente e o vice-presidente do Conselho Superior de Política Industrial e Inovação Tecnológica (Conptec), respectivamente Luiz Alberto Souza Carvalho e Luiz Toniato; o coordenador do programa InovaFINDES, Iomar Cunha; o vice-presidente da CNI, Lucas Izoton; e o diretor da CNI, Sergio Rogerio de Castro. Opiniões Segundo Marcos Guerra, o congresso confirmou a necessidade de alinhamento dos projetos de inovação das indústrias dos países mais desenvolvidos do mundo com os das indústrias brasileiras, abrangendo também as micro e pequenas empresas. “Ficou evidente que é preciso estender a cultura da inovação para além do universo das grandes indústrias e do agronegócio, que já fazem uso de ações de inovação com sucesso. Devemos levar a cultura da inovação para as micro, pequenas e médias empresas. Muitas delas ainda acreditam que inovação é algo que se aplica a máquinas e softwares quando, na verdade, pode se estender a todos os níveis de produção e planejamento estratégico. Para isso, o Sistema FINDES conta com diversos mecanismos de estímulo à inovação, com ações realizadas pelo IEL, SESI, SENAI e o InovaFINDES”, frisou. Já Luiz Alberto Souza Carvalho, que recentemente também assumiu a presidência do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico do Espírito Santo 32
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Robson Braga de Andrade (presidente da CNI), Aloízio Mercadante e Marcos Guerra: evento reuniu autoridades, empresários e catedráticos
(Sindifer), lembrou que a inovação só será possível se houver união de esforços no Brasil. “O evento foi extremamente interessante, contou com representatividade de todo o Brasil e presença muito forte do mundo acadêmico. A palestra do ministro Aloízio Mercadante sobre políticas do Governo foi muito boa. Uma coisa é fato: sem inovação nas empresas não há desenvolvimento, apenas retrocesso. É preciso inovar em produtos, serviços, gerenciamento. Mas os mundos acadêmico e empresarial não se falam, e precisamos mudar isso. É algo cultural. Eu vejo intenções de quebrar paradigmas, mas falta a prática. O Governo, as empresas e os acadêmicos precisam trabalhar juntos”, explicou. Para Luiz Alberto, a inovação passa pela capacitação de mão de obra qualificada e pesquisas. “Nós estamos muito longe do ideal, apesar de termos evoluído bastante nos últimos anos. Ainda hoje, se tirarmos as pesquisas e o desenvolvimento da Petrobras, o Brasil pouco figura nas estatísticas internacionais. Nosso país está crescendo, mas para alcançar o desenvolvimento é preciso pesquisa e também profissionais capacitados. Na Coréia e China, por exemplo, um em cada quatro estudantes escolhe Engenharia. No Brasil, apenas um em cada 50 estudantes. E precisamos de engenheiros, já temos mais de cinco mil estrangeiros no país por falta desses profissionais. Eventos como o 4º Congresso são fundamentais para debater todas essas questões”, disse. Out/Nov/2011 – nº 297
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Foto: Secon/PML
Indústria por Jacqueline Vitória
Cartilha da Findes estimula
desenvolvimento regional Linhares é um dos municípios onde a Cartilha já está sendo aplicada com resultados positivos
Federação desenvolve manual para auxiliar municípios a pleitearem recursos disponíveis pela União 34
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ma das propostas da Federação das Indústrias do Espírito Santo (FINDES) é firmar parceria com os municípios capixabas para estimular o alinhamento de projetos sustentáveis, que, ao mesmo tempo, valorizem as vocações locais e considerem as novas tendências de mercado. Um fato a ser observado é que, na maioria das vezes, há falta de mão de obra qualificada, além de um descompasso entre os cursos oferecidos nas diferentes regiões e as reais necessidades dos mercados locais. Out/Nov/2011 – nº 297
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Recursos de diferentes fontes podem ser captados junto ao governo federal, destinados diretamente aos municípios, para que invistam em qualificação. Entretanto, as administrações municipais esbarram no conhecimento insuficiente da legislação e dos instrumentos aplicáveis, deixando de aproveitar tais benefícios. “Somente no ano passado, o Espírito Santo recebeu mais de R$ 100 milhões em recursos desse tipo e quase 60% acabaram sendo devolvidos a Brasília”, lamenta o presidente do Sistema FINDES, Marcos Guerra. Essa falta de informação acerca do uso dos recursos da União por parte dos municípios pode resultar no descumprimento da lei e na impossibilidade de exigência das contrapartidas acordadas nos convênios. Mais do que isso, pode prejudicar a credibilidade, a transparência e a segurança jurídica das relações entre as entidades envolvidas. Foi pensando nisso que o sistema FINDES decidiu lançar um manual de captação de recursos que explica passo a passo quais são, onde estão e qual a forma correta de pleitear os recursos federais disponíveis à municipalidade,além de ensinar como elaborar projetos capazes de assegurar o recebimento de tais verbas. Entre os temas abordados na cartilha estão também os programas e ações de qualificação social e profissional de interesse dos municípios. Para incrementar ainda mais as possibilidades de sucesso, a FINDES quer articular parcerias com as prefeituras, governo estadual e União para que as entidades de capacitação profissional da indústria (SESI/SENAI) sejam acionadas nesses programas. Utilizando uma linguagem acessível a todos os colaboradores, parceiros e entidades ligados ou não ao Sistema FINDES, a cartilha pretende estabelecer um formato que facilite o trabalho de todos aqueles que desejam aproveitar os recursos federais disponíveis. Além disso, a Federação garante atualização permanente do manual quanto a novas medidas que possam surgir no futuro. A cartilha aborda, ainda, tanto as situações em que os municípios tenham sido contemplados no Orçamento federal – apontando alternativas que podem melhorar a utilização dos recursos – quanto o que fazer no caso de o município não ser contemplado, mostrando caminhos que possibilitam captar recursos destinados à administração, esclarecendo, inclusive, sobre as leis vigentes. Out/Nov/2011 – nº 297
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“Somente no ano passado, o Espírito Santo recebeu mais de R$ 100 milhões em recursos e quase 60% acabaram sendo devolvidos a Brasília” Marcos Guerra, presidente do Sistema FINDES
Uma cartilha cidadã Na última década, a qualificação profissional se consolidou no Brasil, principalmente, a cargo do SESI/SENAI, que elaboram vários projetos e ações importantes em parcerias, oferecidas com foco na formação dos trabalhadores e na qualificação de mão de obra. Não obstante, para que se tenha sucesso em conseguir recursos nas esferas estadual e federal, é necessário – como também aponta o manual da FINDES – o trabalho em conjunto com a classe política. “O município não deve aguardar passivamente que ações de seu interesse estejam nas leis orçamentárias vigentes”, destaca o manual. E aponta que as prefeituras devem adotar uma postura mais proativa e empreender ações para garantir que os recursos necessários às suas demandas sejam devidamente contemplados na lei orçamentária. Entre as ações sugeridas, destaque para o estímulo a gestões junto ao ministério responsável pela ação de interesse, ou durante a tramitação das leis orçamentárias anuais no Congresso Nacional, quando são apresentadas as emendas de parlamentares, comissões e bancadas estaduais, alterando a proposta original. A cada ano, cerca de dez mil emendas são apresentadas, sendo que cada parlamentar tem direito a apresentar até 25 emendas. O manual atesta que o município pode mobilizar sua base parlamentar para que seus representantes apresentem emendas individuais ou votem pela apresentação de emendas coletivas nos colegiados, formados pelas comissões permanentes ou bancadas estaduais, de forma que a proposta encaminhada pelo Executivo sofra ajustes para contemplar as demandas locais. Indústria Capixaba – FINDES
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Enfim, a cartilha é uma demonstração de prática cidadã, garantindo ao município o direito de conhecer todas as possibilidades disponíveis para alcançar o objetivo de ter seus projetos contemplados em prol da comunidade de sua região, principalmente no que diz respeito à obtenção de recursos que reverterão na geração de emprego e renda no município. Desenvolvimento social Para o presidente Marcos Guerra, a concessão de recursos é um instrumento fundamental para a geração de emprego e renda. Ele lembra que as ações do Programa de Qualificação Social e Profissional, implementadas desde 2008, representaram um avanço muito relevante, pois o Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Condefat) definiu a qualificação como um direito do cidadão. Compartilhando dessa visão, o Sistema FINDES vem trabalhando junto na formação de mão de obra, por meio do estabelecimento de parcerias, para que a indústria contribua gerando cada vez mais empregos e os municípios melhorem seu desempenho em prol do desenvolvimento econômico regional. Segundo Guerra, o fato de grande parte dos recursos destinados ao Estado ter tido que ser devolvida à União em 2010 motivou a ação da FINDES no sentido de contribuir para com os municípios, assegurando um melhor aproveitamento dos recursos. “Por isso, criamos o manual de procedimentos, onde mostramos todos os caminhos para que os municípios se utilizem dos recursos do FAT “Já perdemos muito dinheiro e também já tivemos que devolver recursos, porque o projeto não estava bem elaborado, ou então perdemos o prazo” Elieth Maria Stein, secretária de Finanças de Marechal Floriano
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“A elaboração de projetos tem certa complexidade e, de fato, leva os municípios a terem que devolver recursos” Leonardo de Castro, diretor de Desenvolvimento da Indústria da Findes aplicando-os na qualificação e formação profissional”, revelou. Segundo ele, o Sistema FINDES, por intermédio do SESI e do SENAI, não tem recursos suficientes para atender à grande demanda por formação profissional. “Então, estamos mostrando aos prefeitos como buscar esses recursos, que estão disponíveis, e como utilizá-los para beneficiarem-se da expertise do SENAI no campo da formação para o trabalho, possibilitando que este amplie ainda mais o leque de oportunidades de formação e qualificação da mão de obra, com vantagens para todos”, destaca. De acordo com o presidente, a FINDES possui oito diretorias regionais espalhadas pelo interior do Estado, e até o final de setembro o manual será lançado abrangendo todos os municípios. “A nossa ideia é envolver o empresário, os municípios, os representantes dos trabalhadores, o sistema FINDES, por meio do SESI/SENAI e IEL-ES, para mostrar a todos a importância do trabalho em conjunto”, esclarece Marcos Guerra, lembrando que já há resultados vitoriosos, como nos municípios de Nova Venécia, Linhares e Colatina, cujas prefeituras, com o auxílio do manual, vêm fazendo esse trabalho com muita eficiência. Em Marechal Floriano, por exemplo, a cartilha trouxe novos projetos para o município, no que diz respeito à qualificação de mão de obra. A secretária de Finanças, Elieth Maria Stein, elogia a iniciativa e revela que a cartilha da FINDES possibilitou um total esclarecimento sobre os recursos que podem ser captados, abrindo novas oportunidade para que o município possa investir no desenvolvimento profissional dos cidadãos. “Antes, nós tínhamos muito pouco conhecimento do processo de captação desses recursos. Já perdemos muito dinheiro e também já tivemos que devolver recursos, porque às vezes solicitamos, mas o projeto não estava bem elaborado, ou então perdemos o prazo. Não tínhamos conhecimento de que havia um núcleo da FINDES em Venda Nova do Imigrante, tão perto de nós, que prestava esse tipo de orientação aos municípios. Out/Nov/2011 – nº 297
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Não fazíamos muitos projetos nessa área, mas agora, com a cartilha, ela está sendo bem trabalhada” ressalta. Elieth sublinhou ainda que a cartilha é muito eficiente na elaboração de projetos e esclarece, passo a passo, sobre onde e como assegurar a aprovação dos mesmos. Segundo a secretária, Marechal Floriano é um município carente de cursos ligados à educação profissional e outros que possam gerar renda para os jovens do município. “A cartilha veio para nortear o município. Agora, estamos na fase de escolha dos cursos e elaboração dos projetos. Foi realmente um instrumento de grande ajuda”, concluiu. Capacitação de resultado O presidente do Conselho de Desenvolvimento Regional da FINDES (Conder), Áureo Mameri, destacou a importância da parceria das prefeituras com o SENAI. “As prefeituras têm condições de fazer o convênio com o SENAI, inclusive sem licitação. Isso é uma lei, um direito legal. Porque o SENAI é uma entidade sem finalidade lucrativa, ele está ali para assegurar a formação profissional para os nossos trabalhadores. A cartilha é um esclarecimento aos prefeitos e aos secretários sobre as possibilidades que temos de fazer parcerias”, sintetizou. Da mesma opinião, o diretor de Desenvolvimento da Indústria da FINDES, Leonardo de Castro, informou que a Federação tem um papel relevante na captação de mão de obra para a indústria no Espírito Santo, por intermédio do SENAI, e o espírito da cartilha é desenvolver projetos para
“A cartilha é um esclarecimento aos prefeitos e aos secretários sobre as possibilidades que temos de fazer parcerias” - Áureo Mameri, presidente do Conder
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poder acessar os recursos do FAT. A intenção é exatamente ajudá-los para que, de posse dos recursos, usufruam da parceria com o SENAI, assim como com outras entidades, a exemplo do Senac e do Sebrae, para poder capacitar mão de obra. “Na verdade, a elaboração de projetos tem certa complexidade e, de fato, leva os municípios a terem que devolver recursos. Não é uma característica só do Espírito Santo, é do país inteiro, devolver recursos para a União, por não ter projetos aprovados e bem elaborados. Com isso, perdem a população, o município e o meio empresarial. A nossa intenção foi criar essa ponte e um ambiente mais competitivo. Hoje, um dos grandes problemas que enfrentamos é a escassez de mão de obra”, disse. Outro objetivo da Federação, pontua Leonardo de Castro, é direcionar a capacitação à vocação econômica específica de cada município. “É outra fragilidade que nós percebemos: os municípios estabelecem cursos voltados para atividades econômicas que não são características daquela localidade, e a mão de obra não é aproveitada. Até estamos chamando de Capacitação de Resultado, ou seja, o aluno termina o curso com a real chance de emprego, porque a região está precisando daquele profissional. A Federação quer levantar esse cenário de demanda real, do tipo de capacitação que está sendo necessário a cada região, para torná-la efetivamente uma capacitação de resultado. Nós não queremos hora/aula. Nós queremos profissional treinado trabalhando. Queremos resultado”, afirma Leonardo. Indústria Capixaba – FINDES
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FINDES realiza Encontro Estadual da Indústria O Sistema FINDES realizou no dia 22 de setembro o Encontro Estadual da Indústria, que reuniu lideranças empresariais capixabas para levantar e discutir questões de interesse do setor industrial, em âmbito municipal, estadual e federal. O material produzido no encontro irá subsidiar a participação dos empresários capixabas na sexta edição do Encontro Nacional da Indústria (ENAI), que será realizada nos dias 26 e 27 de outubro, em São Paulo, além de contribuir para a elaboração da Carta da Indústria Capixaba, da Agenda FINDES para a Competitividade e para o Plano Brasil Maior. “A proposta é que o encontro seja palco para a prática direta de ações de defesa dos interesses da indústria. Hoje, contamos com 100% de participação dos sindicatos. Esse apoio nos permitirá preparar um documento que, além de ser apresentado no Encontro Nacional da Indústria, ajudará a guiar nosso trabalho nos próximos 12 meses”, disse o presidente do Sistema FINDES, Marcos Guerra, durante a abertura do evento.
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MEC Show 2011 movimenta setor metalmecânico A 4ª Feira de Metalmecânica, Energia e Automação (MEC Show 2011), realizada entre 19 e 22 de julho no Pavilhão de Carapina, na Serra, foi um sucesso. O evento, que acompanha o crescimento da indústria naval e as novas descobertas de gás e petróleo no Espírito Santo, contou com a presença de 150 expositores de oito estados. A abertura foi prestigiada pelo vice-governador do Estado, Givaldo Vieira, que destacou a importância do setor para a economia capixaba. Já o presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico do Estado (Sindifer), Manoel Pimenta, citou a expansão da MEC Show, que neste ano ganhou mais um dia de evento e um novo pavilhão, totalizando uma área de 12 mil metros quadrados.
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caso de sucesso por Lorena Storani
Levi Tesch As conquistas de quem tem paixão pelo que faz
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ascido em Afonso Cláudio, região serrana do Espírito Santo, aos 45 anos Levi Tesch se considera um homem realizado. De origem alemã, entrou para o comércio ao comprar uma antiga farmácia na cidade. Ali, descobriu sua vocação para o varejo. “Sempre tive vontade de ter uma coisa minha, criada por mim. Foi então que decidi abrir o Supermercado Schwambach, em 1991”, conta, orgulhoso. E a iniciativa deu certo. Em julho último, o empreendimento celebrou 20 anos de história. Atualmente, a “menina dos olhos” de Levi é a fábrica de pães. Criada com o intuito de suprir o próprio supermercado, os produtos da padaria agradaram ao público, e hoje os Pães Lekker estão presentes em 21 municípios capixabas.
em Afonso Cláudio existiam supermercados tradicionais, bem estruturados e com credibilidade conquistada. “Mas o problema não era apenas a concorrência. Eu não tinha experiência naquele segmento, não sabia como administrar um supermercado”, destaca. Em 1995, Levi abriu uma padaria dentro do supermercado, para a venda de produtos de fabricação própria. “Para registrar a marca, fiz uma ampla pesquisa. Cheguei ao nome ‘lecker’, que, em alemão, quer dizer ‘gostoso’. No entanto, optei pela escrita holandesa, com duplo ‘k’”, relembra o empresário. Em 2005, os produtos com a marca Lekker ultrapassaram os limites de Afonso Cláudio. Cidades vizinhas foram sendo apresentadas à marca criada por Levi. Nessa fase, a padaria, que até hoje funciona no andar superior do supermercado, Desafios precisou ser ampliada para atender à demanda. Apesar de saborear o sucesso de seus empreendimentos, O passo seguinte era conquistar a região da Grande Levi não se esquece dos desafios enfrentados. Segundo ele, Vitória. “Eu não tinha a mínima ideia de como poderia vir para Vitória ou a quem pedir ajuda. Procurei meu cunhado, que tem um supermercado na capital, e ele abriu espaço para os “Meu maior meus produtos. Procurei o Carone e fui muito bem recebido”, sonho hoje é diz. Hoje a marca Lekker está presente nas principais redes ver a marca supermercadistas da grande Vitória. Lekker presente em todos os municípios do Espírito Santo” Levi Tesch
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Investimentos O crescimento da marca exigiu investimentos. Atualmente a Pães Lekker ocupa um espaço de 600m² e conta com 90 funcionários. “Hoje, estamos funcionando com 110% da nossa capacidade de produção”, revela. O plano de expansão já está em andamento, com investimentos em torno de R$ 3 milhões em uma nova fábrica, que está sendo construída em Afonso Cláudio com capacidade para atender às demandas - de todo o Estado. “A previsão é aumentar o quadro de pessoal para 350 funcionários”, comemora. “Meu maior sonho hoje é ver a marca Lekker presente em todos os municípios do Espírito Santo”, destaca Levi Tesch. Out/Nov/2011 – nº 297
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Indústria EM AÇÃO
Indústria EM AÇÃO
FINDES inaugura Centro Integrado em Aracruz O Sistema FINDES inaugurou, em 23 de julho, as novas instalações do Centro Integrado SESI/ SENAI/IEL e da Diretoria de Aracruz e Região. Orçado em R$ 9,7 milhões, o novo espaço ganhou conforto e modernidade para receber empresários e sindicatos dos segmentos da indústria da região, atendendo tanto grandes quanto micro e pequenos empresários e ampliando o trabalho de capacitação de profissionais. As novas instalações contemplam bloco administrativo, com salas para atendimento à saúde e segurança do trabalho, salas administrativas, sede da Regional FINDES e Gerência da unidade; bloco de convivência, abrangendo biblioteca, banheiros para alunos e funcionários e área de lazer; bloco de salas de aula, com 12 salas climatizadas; bloco de Eletroeletrônica, com salas de aula e laboratórios; bloco de Metalmecânica, também com salas de aula e laboratórios; subestação de energia; e parte estrutural, com caixa d’água, estacionamento externo e área para carga e descarga. Discurso do diretor da FINDES em Aracruz e região, João Baptista Depizzol Neto
Representantes da FINDES conhecem tecnologias do SESI O SESI trouxe novidades para a sala de aula, adquirindo equipamentos que permitirão uma maior interação dos alunos com os professores. No dia 18 de julho, uma equipe da FINDES fez uma visita à unidade do SESI de Porto de Santana, em Cariacica, para conhecer as novas tecnologias. A visita foi acompanhada por uma comitiva de 40 pessoas, entre conselheiros da Federação, representantes do SESI e do SENAI. A visita serviu para apresentar as novas instalações da escola, que foi reformada e modernizada com equipamentos de última geração. A unidade, que hoje atende a 865 alunos, recebeu investimento inicial superior a R$ 632 mil, recursos utilizados para informatização de 19 ambientes, identidade visual e capacitação dos profissionais que passaram a atuar com a nova didática a partir de 1º de agosto, quando os alunos retornaram das férias escolares. Out/Nov/2011 – nº 297
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Capixabas batem recorde em caminhada “Medida Certa” Mais de 12 mil pessoas prestigiaram a caminhada “Medida Certa”, na Avenida Dante Michellini, em Vitória, realizada no dia 30 de julho. O evento contou com a participação da apresentadora do Fantástico, Renata Ceribelli, e do personal trainer André Trombini. A caminhada “Medida Certa” já passou por 12 estados, mas foi no Espírito Santo que obteve seu recorde de público. “Fiquei surpresa com a quantidade de pessoas no evento. Foi bem animada a caminhada por aqui. Isso mostra o quanto os capixabas estão dispostos a exercitar”, disse Renata.
Gráficas investem em tecnologia A compra de máquinas e equipamentos nas indústrias gráficas cresceu mais de 170% nos últimos três anos. O setor está entre os que mais investem em tecnologia de ponta para melhorar a qualidade e aumentar a produtividade, beneficiando-se de linhas de crédito oferecidas por bancos. Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias Gráficas do Espírito Santo (Siges), João Baptista Depizzol, as indústrias gráficas do Estado são pioneiras. “Foi uma empresa capixaba que usou pela primeira vez no Brasil o sistema CTP, em que a gravação de chapas dispensa o uso do fotolito, transferindo o arquivo digital direto para a chapa”, destacou. No Estado, o Siges representa 155 indústrias, responsáveis por cerca de 2.800 postos de trabalho diretos. “O parque gráfico capixaba está entre os mais modernos do país. Este diferencial é necessário para que a indústria sempre esteja competitiva e atualizada”, disse o presidente. Indústria Capixaba – FINDES
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indicadores
Confiança do industrial capixaba mantém-se maior do que a média nacional
O
Índice de Confiança do Empresário Industrial de seguirem positivas, estão cada vez menos otimistas. (Icei) capixaba, elaborado pelo Instituto de O Icei de agosto de 2011, comparado ao de agosto de Desenvolvimento Educacional e Industrial 2010, recuou 7,6 pontos, pois o indicador se encontrava em do Espírito Santo (IDEIES), sob a coordenação 64 pontos naquele mês. da Confederação Nacional da Indústria (CNI), O Icei nacional é composto pelas informações de Condições registrou uma queda de 0,9 ponto em agosto de 2011, Gerais da Economia Brasileira e Condições Gerais da Empresa em comparação ao mês anterior. O indicador permaneceu e de Expectativas da Economia Brasileira e Expectativas da acima de 50 pontos (59,7 pontos), o que sinaliza Empresa. O Icei do Espírito Santo inclui mais duas questões: empresários confiantes, embora menos do que no mês Condições Gerais do Estado e Expectativas do Estado. anterior. Em relação a agosto de 2010, quando o indicador era de 65 pontos, Tabela 1 Índice de Confiança do Empresário (Icei) o Icei recuou 5,3 pontos. O Icei da indústria nacional, divulgado Espírito Santo e Brasil pela CNI, também decresceu em agosto de 2011 frente ao mês anterior (-1,5 pontos), Icei Mar/11 Abr/11 Mai/11 Jun/11 Jul/11 Ago/11 mas o indicador se manteve dentro Brasil 60,5 59,7 57,5 57,9 57,9 56,4 da faixa de confiança (56,4 pontos). De acordo com os resultados Espirito Santo 61,4 60,0 58,6 60,3 60,6 59,7 divulgados pela CNI, as condições Fonte: IDEIES/CNI dos negócios estão piorando, assim Elaboração: Núcleo Estratégico de Conjuntura (NEC) como as expectativas, que, apesar
Percepção do empresário industrial: Expectativa para os próximos seis meses Os industriais capixabas continuam com expectativas otimistas em relação aos próximos seis meses, já que o indicador se encontra bem acima da linha divisória de 50 ponto (64,5 pontos), apesar de ter decrescido 0,9 ponto. Na composição desse resultado influenciaram as expectativas em relação à economia brasileira (-0,5 ponto) e à empresa (-1,4 pontos), pois o indicador de expectativa do Estado apresentou desempenho superior ao do mês passado (+1,8 pontos). Entretanto, todos se encontram acima da linha divisória de 50 pontos. O indicador de expectativas da indústria brasileira decresceu dois pontos em agosto de 2011, em relação ao mês anterior, mas se manteve na faixa superior a 50 pontos (60,7 pontos). Os dois subitens que compõem esse indicador recuaram: expectativa em relação à economia brasileira (-1,8 pontos) e à empresa (-2,3 pontos). 42
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Tabela 2
Indicador de expectativa para os próximos seis meses Espírito Santo Expectativa
Brasil
Jul/11
Ago/11
Jul/11
Ago/11
65,4
64,5
62,7
60,7
Economia brasileira
57,7
57,2
57,3
55,5
Estado
60,1
61,9
-
-
Empresa
68,6
67,2
65,5
63,2
Com relação à(ao):
Fonte: IDEIES/CNI Elaboração: Núcleo Estratégico de Conjuntura (NEC)
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Percepção do
empresário industrial: condições atuais O indicador de condições atuais, medido através da percepção dos empresários industriais em relação à economia, ao Estado e à própria empresa, piorou, pois decresceu 0,9 ponto em agosto de 2011 em relação ao mês anterior, mas se manteve na linha divisória de 50 pontos (50,3 pontos). Essa queda foi influenciada exclusivamente pelas condições atuais da empresa, cujo indicador recuou 1,8 pontos, já que se elevaram as condições da economia brasileira e do Estado em 1,6 e 0,7 pontos, respectivamente. O indicador de condições da economia brasileira é o único que se encontra abaixo de 50 pontos (47,1 pontos). Na indústria nacional, o indicador também recuou (0,5 ponto) e se posicionou mais uma vez abaixo da linha divisória de 50 pontos (47,8 pontos), indicando percepção negativa.
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Indicador de Condições Atuais
Tabela 3
Espírito Santo Condições Atuais
Brasil
Jul/11
Ago/11
Jul/11
Ago/11
51,2
50,3
48,3
47,8
Economia brasileira
45,5
47,1
45,4
44,5
Estado
49,3
50,0
-
-
Empresa
53,1
51,3
49,7
49,5
Com relação à(ao):
Fonte: IDEIES/CNI Elaboração: Núcleo Estratégico de Conjuntura (NEC)
Nota: A pesquisa, cuja amostra é selecionada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), contou com a participação de 120 empresas capixabas (69 pequenas, 43 médias e oito de grande porte). Destas, 34 empresas pertencem ao setor de construção civil.
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Encontro Nacional do Café terá presença de capixabas O Sindicato da Indústria do Café do Espírito Santo (Sincafé) levará uma comitiva de dez empresários do Estado para o 19º Encontro Nacional das Indústrias de Café (Encafé). O evento acontecerá entre 3 e 6 de novembro, em Búzios, no Rio de Janeiro, com o tema “Novos desafios: Recuperar a Lucratividade e Garantir a Longevidade das Indústrias de Café e a Manutenção do Trabalho”.
Capixabas se destacam em Encontro Nacional de Cerâmica
IEL-ES realiza curso em Cachoeiro de Itapemirim O IEL-ES realizou, entre os dias 19 e 20 de agosto, o curso de Interpretação da NBR ISO 9001:2008, no Centro Integrado SESI/SENAI/ IEL de Cachoeiro de Itapemirim, que contou com 42 participantes, entre profissionais e empresários da região. A realização do curso na Regional faz parte do projeto de integração e interiorização proposto pela diretoria da FINDES, que pretende aumentar a atuação do IEL-ES nas unidades do Sistema. Também aconteceram no Centro outros dois cursos: Interpretação da NBR ISO 14001 e OHSAS 18001, nos dias 26 e 27 de agosto, e Formação de Auditor Interno com Base na NBR ISO 19011:2002, em 27 de agosto e 2 e 3 de setembro. Segundo o superintendente do IEL-ES, Fábio Dias, a entidade está se preparando para atender às outras unidades. “Já estamos agendando visitas com as diretorias regionais, a fim de alinhar as demandas e ofertar os programas de acordo com as necessidades de cada região”, disse. Além das visitas às unidades, o IELES pretende identificar, através de pesquisas, quais os cursos de maior relevância para os empresários de cada região. 44
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Os capixabas dominaram o Prêmio João de Barro 2011, cujo resultado foi divulgado no final do 40º Encontro Nacional da Indústria de Cerâmica Vermelha, realizado entre 24 e 27 de agosto no Pavilhão de Carapina, na Serra (ES). O presidente do Sindicato da Indústria de Cerâmica do Espírito Santo (Sindicer), Paulo Coradini, venceu a categoria Personalidade do Ano. Já a Associação Ecológica Canaã foi a campeã na categoria Instituição, e a Telhafort Jonas Simonassi foi primeiro lugar na categoria Cerâmica. A premiação é uma iniciativa da Associação Nacional da Indústria de Cerâmica (Anicer) para destacar personalidades, produtos, instituições e fornecedores que colaboram com ações inovadoras e práticas de qualidade para a melhoria e o desenvolvimento do setor no Brasil.
Sindicatos unidos contra energia cara Empresários do noroeste do Espírito Santo estão sofrendo com as altas tarifas de energia elétrica. De acordo com o Sindicato da Indústria de Móveis de Colatina (Sindmóveis), as diferenças nos valores cobrados podem chegar a 88%. Por causa disso, o sindicato se uniu ao Sindicer, Sinvesco e Sindirochas, que representam, respectivamente, os setores de cerâmica, vestuário e rochas ornamentais, e criou a Comissão de Estudo de Custo de Energia Elétrica. O grupo esteve reunido em Brasília com o diretor geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nelson Hubner, e com o diretor da Agência de Serviços Públicos de Energia do Espírito Santo (Aspe), Fernando Schettino. Após concluído o estudo sobre as tarifas, será analisada a necessidade de mudança na legislação e verificado se há falhas nas cobranças. Caso esta última opção seja confirmada, os valores deverão ser devolvidos retroativamente. Out/Nov/2011 – nº 297
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sustentável por Gustavo Costa
Instituto Kautsky
Sinônimo de qualidade não só no segmento de bebidas, o Grupo Coroa mantém um instituto que é referência em sustentabilidade
C
iente de sua importância na vida das comunidades da região das montanhas capixabas, onde nasceu e opera há 78 anos, o Grupo Coroa concretizou em definitivo o compromisso com a sustentabilidade presente desde sua origem ao fundar e manter o Instituto Kautsky, em 2003. A instituição, sem fins lucrativos, propaga conhecimento ambiental e práticas de recuperação e proteção dos recursos naturais e surgiu como consequência natural do engajamento e atuação do ambientalista Roberto Anselmo Kautsky (fundador da empresa) e um grupo de amigos com a causa da preservação. Desde sua criação, o Instituto desenvolve e coloca em prática projetos direcionados ao meio ambiente e às causas sociais, com base no tripé Natureza–Homem–Sociedade, promovendo atividades voltadas para o crescimento sustentável; incentivo ao voluntariado; administração e gerenciamento do centro de proteção ambiental; articulação com os setores público e privado; organização de eventos, seminários, feiras, exposições, ciclos de palestras e simpósios; e desenvolvendo programas, estudos e pesquisas econômicas, sociais e ambientais. Para o diretor-superintendente do Grupo Coroa, Ademar Bragatto, não existe empresa que possa crescer sem pensar e agir de forma sustentável. “O bom relacionamento com
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Reserva Kautsky atua na preservação de flores Estendendo-se por uma área de 325 mil m² na sede de Domingos Martins, a Reserva Kautsky é destaque nacional por conta de seu trabalho na proteção de flores raras. Com o passar dos anos, resultados tão significativos foram registrados que a área ganhou o reconhecimento do Jardim Botânico do Rio de Janeiro pela preservação de bromélias e orquídeas. Na região, já foram encontradas e catalogadas mais de 1,8 mil espécies de plantas, o que garantiu a Kautsky o recorde mundial de 113 espécies com o seu nome. Entre outras descobertas, os 70 anos de pesquisas de Roberto Kautsky registram a Begônia kaustskiana e a Neoregelia liliputiana, respectivamente a maior begônia e a menor orquídea do mundo. A primeira chegou a medir 2,5 metros de altura, enquanto a outra atingiu 10 centímetros de altura. A Reserva Kautsky conta com cinco trilhas devidamente identificadas e sinalizadas com as plantas descobertas por Roberto e outras que estão na lista de extinção. Out/Nov/2011 – nº 297
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Grupo Coroa Com 78 anos de atuação no mercado, o Grupo Coroa tornou-se a mais importante fábrica de bebidas do Espírito Santo. Fundada por Roberto Anselmo Kautsky no município de Domingos Martins, a empresa já comercializa 100 diferentes produtos, entre refrigerantes, águas e sucos para todo Estado, Bahia, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Ao longo dos anos, o aumento no volume de negócios caminhou lado a lado com a consciência da importância de projetos voltados para responsabilidade social e ambiental, como o demonstram a existência e a atuação do Instituto Kautsky em prol da sustentabilidade. clientes, consumidores, colaboradores e com o meio ambiente faz parte das vertentes de trabalho e da visão da nossa empresa. Além disso, a responsabilidade ambiental é fator crucial para o sucesso e desenvolvimento das companhias no mundo moderno, o que é uma razão a mais para a Coroa cuidar do meio ambiente onde está inserida com a mesma atenção com que cuida de seus produtos. A responsabilidade social faz parte do cotidiano da nossa gestão”, disse. Projetos de destaque O Instituto Kautsky conta com diversos projetos desenvolvidos nos municípios de Domingos Martins e Marechal Floriano. Na Reserva Kautsky, um fragmento de Mata Atlântica de propriedade da família Kautsky, foram introduzidas centenas de espécies de orquídeas e bromélias oriundas de desmatamentos na região serrana do Estado. As trilhas ecológicas da reserva são utilizadas para aulas de Educação Ambiental e recebem desde alunos de escolas do Espírito Santo até pesquisadores vindos do exterior. Bem sinalizadas e exibindo a identificação de espécies curiosas ou ameaçadas de extinção, as trilhas integram o projeto “Aprendendo com a Floresta”. “A responsabilidade ambiental é fator crucial para o sucesso e desenvolvimento das companhias no mundo moderno” Ademar Bragatto, diretor-superintendente do Grupo Coroa
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Já o “Reciclando com Cidadania” tem o ambicioso objetivo de implantar gradativamente a coleta seletiva na região. Para isso, trabalha a conscientização acerca dos benefícios dessa atividade e de seus impactos positivos sobre o meio ambiente. Desde 2006, quando foi criado, o projeto já evitou que milhares de toneladas de lixo fossem parar em aterros ou “lixões”. Outro destaque vai para o projeto “Conhecer para Preservar”, que busca a transformação de crimes ambientais em serviços ambientais. Realizado em conjunto com a Polícia Militar Ambiental e o Ministério Público, o programa prevê para os infratores atividades de recuperação de nascentes e de áreas degradadas. O projeto começou em 2007, com palestras de educação ambiental e preventivas nas comunidades agrícolas, e já em dezembro de 2008 recebeu do Estado do Espírito Santo o prêmio “Inovação na Gestão Pública”, durante o ciclo “Destaque Práticas Sustentáveis”. O Instituto Kautsky desenvolve também o projeto “Gestão Socioambiental de Propriedades Rurais da Agricultura de Base Familiar”, idealizado para auxiliar a produção dentro dos princípios da segurança em saúde do trabalhador rural. Realizado em parceria com empresas do agronegócio e órgãos controladores da agricultura, abastecimento, aquicultura e pesca, reforça a noção de que produzir de forma segura é viável tanto econômica, quanto social e ambientalmente falando. Apenas no ano passado, a iniciativa atendeu 80 produtores de morango nos municípios de Domingos Martins, Venda Nova do Imigrante, Afonso Cláudio e Santa Maria de Jetibá. Segundo Fátima Cristine Sant´Anna Feitosa, assessora executiva do Instituto Kautsky, os resultados obtidos com os projetos motivam a entidade a sempre querer ir além. Os frutos vão desde a promoção de mais cidadania a uma maior integração com os órgãos ambientais. “Há ainda o aumento do respeito dos produtores rurais em relação à função social da propriedade e a oportunidade de mostrar ao produtor e sua família a importância de manter a composição dos ecossistemas, principalmente da Mata Atlântica; o fortalecimento das potencialidades da agricultura familiar; e a mudança de postura e mentalidade dos moradores em relação ao trato com o lixo”, destaca ela, esclarecendo que as ações do instituto promovem a redução da formação de lixeiras em terrenos baldios, a melhoria da qualidade ambiental (pela redução de resíduos e efluentes tóxicos) e a geração de renda, por meio da comercialização de produtos reciclados. “O maior desafio é, sem dúvida, a sensibilização das pessoas, no que se refere à necessidade urgente de mudar a maneira como temos cuidado do meio ambiente”, finalizou. Indústria Capixaba – FINDES
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artigo
A ineficácia da
desoneração na folha de pagamento
“I
novar para competir. Competir para crescer”. Com esse slogan, o Plano Brasil Maior foi lançado em agosto pelo governo federal com o objetivo de aumentar a competitividade dos produtos nacionais a partir do incentivo à inovação e à agregação de valor, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Discurso político à parte, o Brasil Maior tem importantes medidas fiscais para promover o desenvolvimento da indústria nacional, com a desoneração tributária do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de bens de investimento e a redução gradual do prazo para devolução dos créditos do PIS-Pasep/Cofins sobre bens de capital. Criadas com a meta de tornar a indústria brasileira mais competitiva frente ao duro e concorrido cenário do comércio mundial atual, as desonerações tributárias propostas são benéficas para se criar uma conjuntura favorável ao avanço da indústria nas exportações. Contudo, há uma medida de desoneração proposta pelo plano federal que pode resultar em um impacto negativo na economia brasileira.
A desoneração que pode ter efeitos adversos prevê a troca de 20% da contribuição previdenciária sobre a folha de pagamento pelo recolhimento de 1,5% a 2,5% do faturamento das empresas.Temerária, a modificação na carga tributária pode fragilizar o financiamento da Previdência Social e não ser uma medida eficaz no aumento do fator competitivo da indústria nacional frente aos produtos importados e ao mercado internacional. Implantada para os setores de calçados, vestuário, móveis e software, a desoneração na folha de pagamento passa também pela incerteza de como as empresas reagirão à nova medida e de que maneira ela irá afetar o grau de competitividade na indústria. Modificações com pouca eficácia ao cenário nacional, como a inserida pelo Plano Brasil Maior, colocam ainda mais em evidência a questão da necessidade de o país discutir e pôr em prática uma ampla reforma no sistema tributário federal. O debate de forma segmentada é errôneo, pois além de por em risco a articulação do plano como um todo, dificulta uma reforma mais elaborada no futuro, aumentando sua complexidade. Pensar e efetivar novas medidas enquanto não se põe em prática a reforma tributária é válido; contudo, é preciso antes avaliar de que maneira cada medida pode impactar a indústria nacional e sua eficácia sem comprometer outras áreas do sistema tributário brasileiro. Para que haja uma reforma tributária eficiente, deve-se antes discutir a reforma política. Mas esta é outra historia... Mario Felipe Filho é economista e contador, com especialização em Direito Tributário, professor universitário em São Paulo, sócio da Múltipla Assessoria e Contabilidade e diretor da Rede Nacional de Contabilidade, atuando há mais de 40 anos na área tributaria e contábil
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entrevista por Ariani Caetano
Renato
Casagrande “A crise econômica já esta aí, e se ela se prolongar, a economia capixaba precisará mudar de perfil.“
G
overnador do Estado do Espírito Santo, Renato Casagrande enfrenta desafios que podem frear a guinada de desenvolvimento econômico por que vem passando o Estado. Nova forma de divisão dos royalties, reforma tributária, fim do Fundap, crise internacional e, internamente, os muitos gargalos logísticos ocasionados pela falta de investimentos federais são as principais ameaças que o Espírito Santo precisa superar para manter o nível de crescimento e conquistar um desenvolvimento social mais adequado. Nesta entrevista, Renato Casagrande fala das iniciativas que estão sendo colocadas em prática e do papel da indústria dentro da economia do Estado.
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O Espírito Santo está envolvido em discussões políticas e econômicas que podem prejudicar a economia local (caso do Fundap, ICMS, royalties...). Como seu governo tem se posicionado em relação ao Governo Federal nessas questões? Temos liderado um movimento que visa a proteger o Espírito Santo, que tem um passado de muitas dificuldades. Estamos nos reorganizando, equilibrando a administração pública, mantendo um ambiente muito propício à atração de investimentos privados, mas novas ameaças pairam sobre o nosso futuro. É muito importante evitar que ações externas ao Espírito Santo atinjam o nosso Estado. Out/Nov/2011 – nº 297
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“É o momento de investir recursos em atividades que possam produzir mais atividade econômica, por isso investimento em infraestrutura é muito importante”
Por isso, o movimento tem o objetivo de mobilizar lideranças locais e setores da sociedade capixaba para o esclarecimento das ameaças que hoje vivenciamos. A mobilização local é importante, porque ajuda na sensibilização, na articulação de outras lideranças, para enfrentar com mais apoio esse momento, mas igualmente importante é que estamos fazendo uma articulação nacional. Conversei com a presidente Dilma e também com praticamente todos os ministros sobre esses pontos que nos ameaçam. Tenho tratado principalmente com o ministro da Fazenda, Guido Mantega e com o secretário-executivo do Ministério, Nelson Barbosa; com o ministro Edison Lobão; com as ministras Gleisi Hoffman, Ideli Salvatti e Miriam Belchior, titulares de pastas que debatem esses temas, explicando a situação do Espírito Santo e mostrando que o momento atual é o mais importante da história contemporânea do Estado. A bancada federal tem nos ajudado, ciente de que, se avançamos economicamente nos últimos anos, ainda temos um passivo social e histórico e necessidade de consolidarmos uma boa prestação de serviços públicos em várias áreas. Avançamos economicamente, mas temos que distribuir essa riqueza. E para isso temos que manter este Estado organizado.
receber. Lógico que nossa realidade é diferente, e o único Estado similar ao nosso é o Amazonas. Hoje, 50% do nosso PIB estão vinculados ao comércio internacional e qualquer medida nesse setor tem um impacto direto na nossa economia. A articulação capixaba se estende em diversas direções, com aliados distintos, de acordo com o assunto. Caso o Fundap seja extinto, o Espírito Santo está preparado para perder esse incentivo? Eu já expliquei ao ministro Guido Mantega, à presidente Dilma e ao secretário Nelson Barbosa que temos um mecanismo que, diferentemente de outros estados, não abre mão da receita. A receita dos municípios capixabas tem uma vinculação ao ICMS do Fundap que gira em torno de 25% a 40%. Se ele não existir mais, ou se a alíquota for reduzida de 12% para 4% ou 2%, a grande maioria das empresas tenderá a sair do Espírito Santo, porque elas operam aqui por conta do incentivo, mas levam o produto para São Paulo. Se não houver mais esse incentivo, boa parte delas vai operar por São Paulo diretamente, causando um prejuízo grande nas receitas dos municípios e uma redução da atividade econômica, que afeta em parte a receita do Estado.
E qual tem sido o posicionamento frente a outros estados? Somos cercados por quatro grandes estados. São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais têm vida própria porque são estados muitos grandes, econômica e politicamente. O Espírito Santo é um Estado menos populoso, geograficamente pequeno e tem uma projeção menor no cenário nacional. Estamos também ao lado da Bahia, que é igualmente muito grande. Então, temos dificuldade de articulação em todos os temas. Por isso, temos nos articulado de acordo com interesses. Quando trato de royalties, estou muito alinhado com o Rio de Janeiro, e agora conseguimos atrair também São Paulo para esse debate. Quando a gente fala de reforma tributária, nossos aliados são Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Paraná e Amazonas. Estamos buscando aliados e alianças longe do Espírito Santo porque são estados que podem sofrer impactos semelhantes aos que o Espírito Santo vai Out/Nov/2011 – nº 297
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entrevista
Não estamos preparados, precisamos de uma transição mais longa, porque não temos condições de competir com outros estados sem esse incentivo, já que nossa infraestrutura ainda é precária. Precisamos ou de um tempo maior, para investirmos em infraestrutura que nos dê condições de competitividade, ou de uma compensação financeira pela perda de receita que teremos com a redução da alíquota. E com relação aos royalties? O Estado pode arcar com a perda que a nova divisão proposta geraria? Não temos nenhuma condição de arcar com o prejuízo, porque a perda é muito grande. Neste ano, vamos arrecadar em torno de R$ 850 milhões em royalties e participação especial. Se for aplicada a divisão de acordo com o Fundo de Participação dos Estados (FPE), perderemos R$ 700 milhões. Já explicitei esses números ao governo federal e a lideranças do Congresso Nacional. Neste assunto, temos ainda outro prejuízo para os municípios, porque parte da receita dos royalties é distribuída aos municípios não produtores no Fundo de Combate às Desigualdades Regionais. Nós estamos apostando no entendimento. O Governo do Estado fez uma grande mobilização nos últimos dias. Pedimos ao governo federal que entrasse no tema, e ele entrou, mediando e coordenando. Espírito Santo e Rio de Janeiro conseguiram adiar a apreciação do veto à emenda Ibsen-Simon para 5 de outubro. O que se espera conseguir neste período? Esperamos que até lá, com a mediação do governo federal, possamos ter uma proposta de consenso, que preserve nossos interesses e, ao mesmo tempo, aponte uma fonte de financiamento já a partir de 2012 para estados e municípios não produtores. Acreditamos que até o dia 5 de outubro tenhamos uma proposta que possa tramitar no Congresso Nacional e que evite a votação do veto.
“O Estado cresceu economicamente, mas não respondeu ainda à redução dos indicadores de violência” O senhor apoia a criação de um imposto nos moldes da CPMF? Criação pura e simples de um imposto, não. Concordo que temos que ampliar o financiamento da saúde, e isso pode ser feito reduzindo a carga tributária de algum setor e ampliando a de outros. Mas criar um recurso por criar, aumentando a carga tributária, eu sou contra. Considero, como governante, que a carga tributária já é muito pesada para o cidadão. Com relação à possível nova crise internacional, envolvendo Estados Unidos e Europa, como proteger o Estado dos seus impactos? No curto prazo, a proteção do Estado é relativa. Podemos mantê-lo organizado tendo cautela, equilíbrio, para que qualquer despesa somente aconteça se houver certeza de que há o recurso em caixa. Pedimos aos prefeitos, órgãos públicos e poderes para fazerem a mesma coisa. É isso o que podemos fazer. A crise econômica já esta aí, e se ela se prolongar, a economia capixaba precisará mudar de perfil. Nossa pauta de exportação reúne produtos de baixo valor agregado; então, temos que agregar valor a ela. Como somos exportadores de commodities, se houver uma redução da demanda e do valor, vamos sentir aqui no Espírito Santo, como sentimos em 2008. Particularmente,
É possível desenvolver políticas fiscais que favoreçam a economia local com a redução do ICMS como forma de incentivo? É possível, temos feito isso. Neste ano, já reduzimos o ICMS para o leite e derivados; alteramos o ICMS de peixes, pescados e produtos congelados, filetados; alteramos também o ICMS da farinha de trigo. Praticamente todos os dias tem alguma política sendo desenvolvida para dar competitividade aos setores. Temos um programa chamado Compete-ES, que trabalha com as cadeias produtivas e por meio do qual já fizemos, por exemplo, acordo com o setor de calcário no Espírito Santo e estamos discutindo um programa com o setor de mármore e granito. O governo tem trabalhado para reduzir a carga tributária setorialmente para aumentar no conjunto, a partir do aumento da atividade econômica. 52
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Como o Governo do Estado e a FINDES podem ser parceiros no desenvolvimento e crescimento do Estado? Nós já somos parceiros e queremos ser parceiros cada vez mais. Queremos ser parceiros nos temas. Quando discutimos as ameaças, a infraestrutura, os problemas sociais, a Federação está sempre junto. E temos que ampliar essa parceria especialmente para a formação profissional e qualificação dos capixabas.
confio que o Brasil esteja preparado para enfrentar a crise. Com o mercado interno, a gente se sustenta numa certa dinâmica da economia, mas se a crise se aprofundar lá fora, não haverá muito o que fazer, a não ser nos ajustarmos a uma redução da atividade econômica. Como o senhor avalia o momento econômico por que passa o Espírito Santo? É uma contradição. Temos uma situação econômica boa, o Espírito Santo cresce mais do que a media nacional e muitos empreendedores vêm para cá. Se olharmos só para a nossa realidade, a brasileira e a do Estado, ficamos num ânimo exagerado. Mas precisamos estar atentos às ameaças – dos royalties, da reforma tributária e da crise internacional. Nós, governantes, temos que desenvolver uma visão equilibrada dessa situação.Temos que juntar as duas coisas e ter cautela na administração pública. É o momento de investir recursos em atividades que possam produzir mais atividade econômica, por isso, investimento em infraestrutura é muito importante, assim como reduzir gasto em custeio. É um momento que nos induz a um comportamento não lento, mas cauteloso e equilibrado. E como avalia a indústria local? Qual o seu papel para o desenvolvimento do Estado? Na atividade econômica capixaba, a indústria tem um papel preponderante há muitos anos. O Estado se industrializou com uma rapidez muito grande e essa indústria se diversificou em atividade e tamanho. Hoje, há os grandes projetos, que são âncoras do processo de desenvolvimento, mas há também diversas indústrias pequenas e médias. A área que mais cresce neste momento é a relacionada a petróleo e gás, que está se consolidando com um peso muito grande e, vinculado a ela, está o setor metalmecânico. A indústria capixaba tem tido um papel fundamental na sustentação da nossa atividade econômica e também na geração de emprego, na área social. Temos que estar permanentemente articulados com as entidades que trabalham e organizam a atividade industrial no Estado do Espírito Santo. Out/Nov/2011 – nº 297
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Hoje, fala-se muito em indústria criativa. Qual sua visão sobre esse novo modelo industrial? O Espírito Santo tem vocação para isso? O Espírito Santo precisa agregar valor aos produtos exportados e estamos com alguns projetos importantes nesse sentido. Temos, por exemplo, o polo gás-químico, que estamos articulando com a Petrobras e o governo federal e que vai agregar valor ao gás – já exportamos 12 milhões de metros cúbicos de gás por dia. Assim, vamos gerar mais emprego, mais atividade econômica, mais tributos, mais desenvolvimento local. Com relação à celulose, acho importante continuar trabalhando na perspectiva de uma fábrica de papel, que poderia gerar outra cadeia produtiva ou alongar a cadeia da celulose. Exportamos ainda muito blocos de mármore e granito, mas já temos muitas empresas que fazem o beneficiamento aqui e exportam. Não podemos permanecer exportando commodities e produtos semielaborados, sem agregar valor, porque esse caminho nos deixa muito dependentes de qualquer “mau humor” na economia mundial. O senhor considera a indústria capixaba competitiva? Muito competitiva. Posso citar os setores moveleiro, de confecções, de pedras ornamentais, metalmecânico, de petróleo e gás, entre outros, em que não perdemos em nada para nenhum outro estado brasileiro ou outro país. Os setores se modernizaram para dar sustentação à economia capixaba. Como avalia a nova política industrial anunciada pelo governo federal? Para as cadeias que estão sendo citadas no programa de política industrial do governo federal é bom, porque mostra uma preocupação com a atividade, com a sobrevivência desses setores, que sofrem uma competição muito grande de produtos importados. A mudança ou redução do encargo trabalhista também é um bom sinal. É necessário calibrar bem a alíquota que vai financiar a previdência, para que isso não sobrecarregue ainda mais a atividade produtiva. A atividade industrial e a capacidade de competir com outros países dependem muito dos encargos e da carga tributária incidente. Há necessidade de uma desburocratização, mas também de observar a carga tributária incidente. Indústria Capixaba – FINDES
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Se houver essa observação, compreendo que as medidas podem ser benéficas para a indústria. O fato de a indústria do Espírito Santo crescer mais do que a média nacional indica o quê, em sua avaliação? Que somos competitivos ou que esse crescimento é o resultado de algo que sempre foi a vocação do Estado? É um indicativo de um empreendedorismo forte que temos no Estado, da capacidade criativa dos nossos empresários e lideranças, de uma boa organização das nossas entidades, de uma boa articulação entre o setor público e o privado, de uma boa localização do Estado do Espírito Santo, que é muito atrativa para qualquer empreendimento.Se nós tivermos investimentos em infraestrutura, como estamos começando a fazer, e o Estado conquistar bons portos, rodovias, aeroporto e ferrovias, estaremos com o futuro contratado. Um dos entraves a um desenvolvimento ainda maior são os gargalos logísticos. O que o governo estadual está fazendo para resolver os problemas de infraestrutura de transporte do Espírito Santo? Estamos bem articulados com o governo federal, o que já está dando os primeiros resultados. Dividindo o aeroporto no atual terminal e na obra do novo, estamos vendo avanços no atual terminal. Já foram inauguradas salas de embarque e desembarque, estão sendo feitos investimentos na fachada do aeroporto e na ampliação do pátio. Estamos começando a ver os movimentos para que a obra nova tenha início. A Infraero disse que já começa nos próximos dias a nova torre, assim como também vai começar o prédio do Corpo de Bombeiros. Os projetos de pátio e pista ficam prontos até o final do ano, segundo a Infraero. Vemos também os primeiros passos na área do porto. Neste mês de setembro, a ordem de serviço para a contenção do cais do Porto de Vitória e o edital de licitação da dragagem do canal de Vitória será dada pelo ministro dos portos, no dia 30. Nas rodovias, nos próximos dias será publicado o edital de concessão da BR 101, e a BR 262 está em fase final de licenciamento ambiental. Estamos começando a avançar nessa infraestrutura que ficou travada por muitos anos. E também estamos fazendo investimentos próprios. A cada ano serão aplicados R$ 1 bilhão em investimentos.
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Outro fator que interfere no crescimento é a violência. Como o Estado tem trabalhado para neutralizar esse problema? Vivemos um desafio que precisa ser trabalhado por todos nós, capixabas. Temos que exercitar a cultura da paz no nosso Estado. Outros lugares, como Maranhão e Piauí, têm Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) menor do que o nosso e têm quatro vezes menos homicídios do que o Espírito Santo. Esse é um passivo que temos. O Estado cresceu economicamente, mas não respondeu ainda à redução dos indicadores de violência. Montamos um programa, Estado Presente, que está sendo implementado sobre três pilares: a repressão policial, com estruturação das polícias militar e civil, contratação de policiais e um trabalho integrado, para dar eficiência e efetividade às ações, que serão orientadas por um serviço de inteligência; a proteção social – selecionamos 30 áreas de maior vulnerabilidade e estamos com toda a administração pública voltada para elas –; e, por fim, infraestruura e tecnologia, para melhorar nossos batalhões, pelotões e delegacias. Até agora, conseguimos reduzir em 10% os indicadores de homicídio, em comparação aos primeiros oito meses do ano passado, e estamos trabalhando para reduzi-los ainda mais. Para finalizar, quais foram as grandes vitórias e desafios desta gestão neste primeiro ano? Completamos nove meses de mandato e a nossa grande vitória foi ter conseguido dar sequência a todos os projetos e programas que estavam sendo executados no Estado. Também conseguimos fazer um planejamento e iniciar os projetos e programas deste governo que eu coordeno. Mantivemos a máquina pública do Executivo funcionando normalmente e uma relação política estável entre os poderes e instituições, o que é fundamental para o desenvolvimento do Estado. Os desafios são as ameaças que pairam sobre nós, que têm exigido do governador, da equipe de governo e das lideranças do Estado uma articulação muito grande. Mas estamos tendo sucesso, o que é o mais importante, porque protegemos o futuro do nosso Estado. Out/Nov/2011 – nº 297
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Saúde por Heliomara Mulullo
Segurança: Garantia de um trabalhador saudável
Prevenir acidentes e doenças do trabalho é um importante fator, que tem influência direta na rentabilidade e na sustentabilidade das empresas
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uem já observou ao passar por uma grande empresa a placa: “Estamos há X dias sem acidentes de trabalho”? O anúncio demonstra que as atividades da empresa encerram algum nível de periculosidade e que esta trabalha para manter os menores índices de acidentes. Por trás dessa ação, está o profissional de Saúde e Segurança do Trabalho, cuja função é promover a saúde e proteger a integridade dos colaboradores no ambiente de trabalho. Embora as estatísticas oficiais não sejam completas quanto à ocorrência anual de acidentes do trabalho no Brasil, esse profissional tem desempenhado papel importante junto às empresas, para que elas alcancem as metas de saúde e segurança, por meio da antecipação e análise dos riscos existentes no ambiente profissional e da proposição de ações de controle, minimização ou eliminação desses riscos. “Objetivamos a prevenção de acidentes de trabalho regulamentando as condições de produção, a identificação dos riscos e a segurança e saúde de cada atividade” Anderson Pelluchi Carlos, técnico em Segurança do Trabalho da Lorenge S.A.
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Essa necessidade é endossada pela existência da NR04, que trata sobre o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho. No Espírito Santo, o profissional dessa área é encontrado principalmente na indústria, que, em função da natureza própria de suas atividades, geralmente concentra maior diversidade de fatores de risco para os trabalhadores. Por isso, a cultura de prevenção de acidentes tem sido desenvolvida de maneira cada vez mais intensa, visando a proporcionar o bem-estar do trabalhador, maior economia e produtividade para as empresas. Dos segmentos industriais, o da construção civil, cujas normas regulamentadoras baseiam-se na Portaria 3.214/78 do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), é o que registra maior incidência de acidentes de trabalho, particularmente os graves e fatais. No Brasil, seus elevados índices só perdem para o setor agrário. Com o aumento do número de obras, o segmento vem crescendo muito, porém, pelos canteiros, é comum o descuido com a segurança, muitas vezes por parte dos próprios empregados, que consideram desconfortáveis e desnecessários alguns equipamentos obrigatórios de segurança. Para minimizar os riscos, a capixaba Lorenge há tempos já entendeu a importância do trabalho com foco na segurança e saúde, tanto no aspecto ocupacional quanto na qualidade de vida. A empresa desenvolve a conscientização, capacitação e comprometimento dos colaboradores através de palestras e treinamentos e ainda desenvolve programas voltados para o meio ambiente, como o PEB (Programa Entulho Bom). “Sabemos da importância e da nossa responsabilidade de propiciar um ambiente de trabalho seguro e saudável para os nossos colaboradores. Por isso, objetivamos a prevenção Out/Nov/2011 – nº 297
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“O cumprimento das legislações aplicáveis à área e a adesão às normas podem trazer benefícios não só para empregados, como proteger a empresa de multas e passivos trabalhistas, evitando gastos adicionais” Alejandro Dueñas, diretor do SESI/ES
de acidentes de trabalho regulamentando as condições de produção, a identificação dos riscos e a segurança e saúde de cada atividade”, disse Anderson Pelluchi Carlos, técnico em Segurança do Trabalho da construtora. Anderson explica ainda que para garantir a qualidade de vida de quem atua na empresa, a Lorenge tem desenvolvido como prática a realização de ginástica laboral nas obras, visando à redução do índice de afastamento por problemas lombares. “Enfim, todas as atividades seguem regras de segurança e preservação ambiental e cada colaborador atende a essas regras, utilizando os equipamentos de proteção individual (EPIs) recomendados a cada atividade e assumindo a sua responsabilidade junto à sociedade pela preservação do meio ambiente”, finalizou. Bem-estar do trabalhador O SESI sempre apoiou indústrias que apostam na segurança e na saúde como diferencial competitivo e agora oferece uma novidade que vai deixar as empresas ainda mais seguras e rentáveis. Os programas integrados de segurança e saúde no trabalho combinam mais produtos e serviços de segurança e saúde com múltiplas vantagens para garantir bem-estar e qualidade de vida para os colaboradores. A campanha “Segurança e Saúde no Trabalho” propõe a prevenção de acidentes e doenças no ambiente laboral com o auxílio de medidas básicas que devem ser adotadas. O trabalho é desenvolvido em conjunto com as empresas, com o objetivo de orientá-las nas ações preventivas junto aos seus trabalhadores e incentivá-las a promover ações integradas de segurança e saúde no trabalho, inserindo essas iniciativas no planejamento estratégico de negócios da empresa, agregando, assim, benefícios como redução de custos, melhorias no ambiente, na produtividade e na imagem institucional e o atendimento às exigências éticas e legais. De acordo com Alejandro Dueñas, diretor do SESI-ES, o trabalho do profissional de segurança está relacionado à implementação de ações preventivas dentro de uma empresa. “A ideia é reduzir de forma relevante os custos com acidentes Out/Nov/2011 – nº 297
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Lei pode levar o profissional de Segurança do Trabalho às pequenas empresas Para ampliar o raio de atuação deste profissional tão importante, ou seja, disseminar a cultura da prevenção de acidentes, tramita na Câmara Federal o Projeto de Lei (PL) nº 469/11, que obriga as empresas a contratarem técnico de segurança do trabalho, com o objetivo de promover a diminuição de acidentes. Caso seja aprovado em todas as instâncias, o PL prevê a contratação desses profissionais em número proporcional ao de empregados da empresa: de 51 a 100, devem contratar pelo menos dois técnicos; e de 101 a 200 empregados, três técnicos. Acima de 200, deverá contratar um técnico de segurança adicional para cada grupo de 150 empregados. Se o projeto for aprovado, as empresas terão prazo de 180 dias para cumprir a lei. A justificativa para a proposição do PL nº 469/11 está na quantidade de acidentes de trabalho verificados no Brasil, principalmente em empresas de pequeno e médio porte. O autor, o deputado Onofre Santo Agostini (DEM-SC), destaca que a contratação não vai afetar a lucratividade das empresas. “À primeira vista, pode-se pensar em um acréscimo de custo. Mas, apesar do primeiro impacto na folha de pagamento, estatísticas da Previdência Social comprovam o quanto é elevado o gasto de recursos em razão de afastamentos por acidente de trabalho”, afirmou. Ele cita também a perda de lucros que a empresa sofre em razão dos dias não trabalhados pelo empregado afastado. “As ações preventivas, quando administradas por profissional competente, não chegam a significar 10% da despesa realizada por ações curativas, tanto pelo lado produtivo quanto na perspectiva de uma vida mais saudável e equilibrada para os trabalhadores”, sustenta o deputado. Atualmente, a segurança no trabalho está a cargo das comissões internas de prevenção de acidentes (Cipas). A proposta também consta do Projeto de Lei nº 4.317/01, do Senado, que altera a composição das Cipas. Os projetos serão analisados em caráter conclusivo pelas comissões de Trabalho, Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. e doenças ocupacionais. O cumprimento das legislações aplicáveis à área e a adesão às normas podem trazer benefícios não só para empregados, como proteger a empresa de multas e passivos trabalhistas, evitando gastos adicionais”, destacou. Os conceitos básicos de segurança e saúde devem estar incorporados em todas as etapas do processo produtivo, do projeto à operação. Essa concepção irá garantir, inclusive, a continuidade e segurança dos processos, uma vez que os acidentes geram horas e dias perdidos. Indústria Capixaba – FINDES
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Posse de Marcos Guerra A cerimônia da posse de Marcos Guerra na presidência da Federação das Indústria do Espírito Santo (FINDES) foi realizada na noite de 28 de julho, no Centro de Convenções de Vitória. Na ocasião, os membros da nova Diretoria do Sistema FINDES/ CINDES também assumiram seus cargos. Estiveram presentes no evento o governador do Estado, Renato Casagrande; o vice-governador Givaldo Vieira o senador Ricardo Ferraço, e demais autoridades políticas e empresariais do Espírito Santo. 1 – O novo presidente da FINDES, Marcos Guerra, ao lado de Lucas Izoton, ex-presidente da Federação. 2 – Marcos Guerra com sua família. 3 – Marcos Guerra e Luiz Durão. 4 – Marcos Guerra e Lucas Izoton, acompanhados de suas respectivas esposas. 5 – O governador do Estado, Renato Casagrande; Marcos Guerra, e o vice-governador, Givaldo Vieira. 6 – Lucas Izoton discursa para o público presente. 7 – Marcos Guerra e o senador Ricardo Ferraço. 8 – Marcos Guerra, Robson Andrade e Ricardo Barbosa.
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9 – O governador do Estado do Espírito Santo, Renato Casagrande, dá as boas-vindas para Marcos Guerra. 10 – Discurso de Marcos Guerra. 11 – Nova diretoria da FINDES. 12 – Luciano Raizer Moura, Marcos Guerra e Benizio Lázaro 13 – Tharcicio Botti, Egídio Malanquini e Alejandro Duenas. 14 – Acompanhado por um coral, o maestro encantou o público.
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fatos em fotos
X-Terra O X-Terra, evento esportivo que tem como objetivo colocar as pessoas em contato com a natureza, foi realizado entre os dias 26 e 28 de agosto em Pedra Azul, no munícipio de Domingo Martins, e contribuiu também para o fortalecimento do turismo na região serrana do Estado. Afinal, competidores, representantes da Federação e autoridades políticas prestigiaram o evento, que contou com a participação de cerca de 1.000 pessoas. 1 – Pódio da corrida das crianças. 2 – Participantes se preparam para a largada da corrida noturna. 3 – Prova de duathlon. 4 – Lelo Coimbra, Lucas Izoton, Geane Guerra, Renato Casagrande, Marcos Guerra e Alejandro Duenas. 5 – Manoel Pimenta, Alejandro Duenas, Ricardo Barbosa, Marcos Guerra e Ronaldo Barbosa.
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Sindifer tem novo presidente O engenheiro mecânico Luiz Alberto de Souza Carvalho é o novo presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico do Espírito Santo (Sindifer). Em sua gestão, ele vai priorizar ações em prol do fortalecimento do setor metalmecânico capixaba e do sindicato que representa.
Senai ganha Atestado de Qualificação de Laboratório Marcos Guerra recebe homenagens O presidente da FINDES, Marcos Guerra, recebeu três homenagens em setembro. A primeira ocorreu no dia 9, quando recebeu o título de Cidadão Ibiraçuense (foto inferior), honraria concedida pela Câmara dos Vereadores de Ibiraçu. Já no dia 15, outro título: o de Cidadão Vitoriense. No dia 22, Marcos Guerra recebeu a comenda Egídio Antônio Coser (foto superior), tradicional honraria oferecida pela Câmara de Vereadores de Vitória a empresários de destaque no Estado.
O Laboratório de Ensaios de Materiais de Construção (Labemc) do SENAI/ES, instalado na unidade de Vila Velha, recebeu, no dia 23 de agosto, o Atestado de Qualificação de Laboratório após auditoria realizada pelo Organismo de Certificação de Produtos (OCP). A avaliação definiu que o Labemc atende aos requisitos do Inmetro. O resultado reforça a credibilidade que o organismo já possuía junto às empresas que se utilizam de seus serviços para testar a qualidade dos seus produtos. O laboratório realiza amostragens trimestrais e atende também às empresas que buscam qualificação, sendo necessários três relatórios com resultados positivos para ingressar na lista de empresas qualificadas do relatório setorial de blocos e telhas. No procedimento de auditoria, foram avaliados 12 requisitos, segundo normas técnicas do Inmetro. Para cada ensaio foram avaliados itens como confidencialidade, organização, pessoal qualificado, rastreabilidade das medições e calibração, entre outros. Inaugurado em março, o laboratório recebeu investimentos da ordem de R$ 900 mil.
Setor de vestuário participa de feiras internacionais Representantes do setor de vestuário no Estado, o Sindicato da Indústria do Vestuário de Linhares (Sinvel), o Sindicato das Indústrias de Vestuário de Colatina e Região (Sinvesco) e o Sindicato da Indústria de Confecções de Roupas em Geral do Espírito Santo (Sinconfec) levaram, em setembro, uma missão com 15 empresários capixabas para a Europa. Eles conheceram as novidades e tendências em moda que poderão ser trazidas para o Estado. Durante sete dias, os industriais participaram da London Fashion Week, na Inglaterra, e do encontro de moda Milano Moda Doona, na Itália, onde foram apresentadas as coleções outono/inverno 2012. Out/Nov/2011 – nº 297
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IEL-ES promove curso de Gestão Ambiental em empresas de médio e pequeno porte
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om o objetivo de capacitar profissionais para atuarem como gestores ambientais em empresas de médio e pequeno porte, o IEL-ES está constituindo a nona turma do Programa de Gestão Ambiental em Empresas de Médio e Pequeno porte. O curso terá início no dia 14 de outubro, com aulas às sextas-feiras e sábados. O programa segue até o mês de março do próximo ano. O público-alvo do curso são empresários, gerentes ou candidatos a gerentes de empresas de médio e pequeno porte que desejam estar preparados para atender às demandas ambientais específicas decorrentes das atividades da empresa sob sua responsabilidade. Segundo o coordenador do programa, Roosevelt Fernandes, o curso é muito importante, tanto para as empresas, quanto para os profissionais que estarão participando dele. “Antes, o foco dos órgãos normativos de controle ambiental era voltado para as empresas de grande porte, mas, hoje, essa atenção vem se voltando progressivamente às de micro, pequeno e médio portes, fazendo com que essas empresas estejam alinhadas nesse segmento”, afirma. Sobre o assunto, ele concorda que desenvolvimento sustentável é um tema que tem ganhado relevância cada
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“Não há mais espaço para empresas de micro, pequeno e médio portes que não estejam plenamente sintonizadas com as demandas ambientais e sociais” Roosevelt Fernandes
vez maior. “O princípio do desenvolvimento sustentável e interação simultânea dos aspectos econômicos, sociais e ambientais de um empreendimento tem espaço também entre esse segmento empresarial, cabendo-lhe promover uma quebra do paradigma de que meio ambiente é assunto apenas para as grandes empresas. Não resta dúvida de que
PROGRAMAÇÃO DE CURSOS senai
Setembro 2011 Curso
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SENAI VITÓRIA Período
Curso
Período
Desenvolvendo as Habilidades do Supervisor como Líder de Pessoas
17/10 a 21/10
Injeção Eletrônica
03/10 a 08/11
Planejamento Estratégico na Prática
17/10 a 21/10
Inversor de Frequência
24/10 a 28/10
Formação Básica para Iniciantes de Rotinas de Departamento de Pessoal
17/10 a 21/10 e 24/10 a 28/10
Soldador a Arco Elétrico Processo MAG
04/10 a 15/12
Soldador Processo Eletrodo Revestido
03/10 a 21/12
Soldador a Arco Elétrico Processo TIG
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Técnicas de Dinâmicas de Grupo
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Atender com Foco no Cliente
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Comunicação Organizacional
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o segmento já vem desenvolvendo essa postura, mas é imprescindível que ela permeie a totalidade do segmento, um dos objetivos essenciais do curso em questão”, conta. Ainda de acordo com o coordenador, empresas que não estejam interessadas no assunto não têm mais espaço no mercado. “Não há mais espaço para empresas de micro, pequeno e médio portes que não estejam plenamente sintonizadas com as demandas ambientais e sociais a elas apresentadas”, conta. O curso conta com 12 módulos, abordando a importância da gestão ambiental, ecologia, legislação ambiental, meio ambiente, segurança do trabalho, gestão das águas, do ar e do solo, impacto e licenciamento ambiental e auditoria ambiental, entre outros temas. Roosevelt destaca os benefícios aos participantes. “O curso foi estruturado de modo que o aluno aprenda a se posicionar e agir frente a esse novo contexto ambiental e social. As aulas são ministradas por profissionais que estão diretamente relacionados às diferentes temáticas abordadas. Os participantes podem colocar as dúvidas relacionadas às suas empresas e, desse modo, sair com o encaminhamento das mesmas”, afirma. O curso pode ser feito por qualquer funcionário de empresa de micro, pequeno e médio porte que já esteja vinculado à área ambiental na sua empresa ou aqueles que desejam se preparar para exercer esse tipo de atividade na empresa, quer por iniciativa própria ou por indicação da sua gerência. Sobre os ganhos relacionados ao curso, Roosevelt conta que eles são visíveis. “É visível o ganho assegurado aos participantes das realizações anteriores do curso, que já está se preparando para a sua nona edição, o que mostra que a forma de apresentação e o conteúdo programático estão realmente atendendo às expectativas daqueles que o fazem”, finaliza. Para informações sobre as inscrições, ligue para (27) 3334-7339, mande um e-mail para drh@findes.org.br ou acesse o site www.iel-es.org.br/cursos .
PROGRAMAÇÃO DE CURSOS senai SENAI VILA VELHA Curso
Período
Montador de Andaimes
21/11 a 09/12
NR 10 - Segurança em Instalações e Serviços com Eletricidade
28/09 a 11/10
Armador de Ferragens
17/10 a 14/12
Eletricista Instalador Predial
31/10 a 28/12
Mestre de Obras
26/09 a 08/12
Modelagem em Maquiagem 3D - Moulage
02/10 a 06/11
SENAI COLATINA Curso
Período
Soldador a Arco Eletrodo Revestido
26/09 a 24/11
Pedreiro
26/09 a 14/12
Soldador a Arco Eletrodo Revestido
26/09 a 14/12
Injeção Eletrônica
26/09 a 03/11
Soldador a Arco Eletrodo
26/09 a 24/11
Eletricista Instalador Predial
26/09 a 15/12
Soldador a Arco Eletrodo
26/09 a 14/12
Informações e inscrições: Edifício FINDES – Tel: (27) 3334-5755/5756/5758 • SESI Jardim da Penha – Tel: (27) 3334-7300 Inscrições e informações também pelo site www.iel–es.org.br • SENAI Cachoeiro – Tel: (28) 3522-4015 • SENAI Linhares – Tel: (27) 3371-2389 • SENAI Colatina – Tel: (27) 3721-4017 • SENAI Civit: Tel: (27) 3298-7800 • SENAI Vitória – Tel: (27) 3334-5201 • SENAI São Mateus – Tel: (27) 3767-9343 • SENAI Vila Velha – Tel: (27) 3399-5800 • SENAI Anchieta – Tel: (28) 3536-3088 • Mais informações sobre os cursos no site: www.es.senai.br.
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Sindicopes apresenta nova diretoria O empresário José Carlos Chamon é o novo presidente do Sindicato da Indústria da Construção Pesada no Estado Carlos Lira Aguiar entre Givaldo Vieira e Luiz do Espírito Santo (Sindicopes). Alberto Carvalho e, à esquerda, Marcos Guerra (presidente da Findes) e Márcio Felix A posse aconteceu durante o III Encopes - Encontro Capixaba da Construção Pesada, único Ex-presidente da Fibria evento do Estado voltado é homenageado pela exclusivamente para o segmento, realizado nos dias 14 indústria capixaba e 15 de setembro, no Centro de Convenções de Vitória. A FINDES e o Programa de Desenvolvimento de A nova diretoria eleita estará à frente da entidade pelos Fornecedores (PDF-ES) homenagearam o ex-presidente próximos três anos. da Fibria, Carlos Augusto Lira Aguiar, no dia 18 de agosto, em evento realizado no MS Buffet. O presidente do Prodfor lança turma Sistema FINDES, Marcos Guerra, falou da importância 2012 de fornecedoras em do trabalho de Aguiar na Aracruz Celulose (hoje Fibria), sempre privilegiando a contratação de mão de obra local desenvolvimento No dia 14 de setembro foi realizado o lançamento da e o desenvolvimento da região de Aracruz e municípios turma 2012 do Sistema de Gestão de Qualidade do Prodfor. vizinhos. Emocionado, Aguiar, que é natural de Sobral (CE), O grupo conta com 34 empresas de diversos segmentos. contou sua trajetória e destacou o peso e a responsabilidade No evento, estiveram presentes o superintendente do IEL- de estar à frente de uma indústria de projeção mundial. ES, Fábio Dias; o coordenador-executivo do Programa, O evento teve como parceiros o Centro Capixaba de Luciano Raizer Moura e a coordenadora geral do Prodfor, Desenvolvimento Metalmecânico (CDMEC), o Sindicato Ludmilla Pereira Amorim Soares. Os próximos passos das Indústrias de Construção Civil do Espírito Santo para a efetivação da turma de 2012 incluem a aprovação (Sinduscon), o Sindicato da Indústria de Construção Pesada das empresas candidatas pelo Comitê Executivo do do Espírito Santo (Sindicopes) e o Sindicato da Arquitetura Programa e a ministração do curso de interpretação do e da Engenharia do Espírito Santo (Sinaenco). SGQF aos aprovados.
Diretor da FINDES participa de lançamento da Semana de Ciência O diretor para Assuntos de Inovação e presidente do Conselho Superior de Política Industrial e Inovação Tecnológica da FINDES, Luiz Alberto Carvalho, participou do pré-lançamento da 8ª Semana Estadual de Ciência e Tecnologia. Durante o evento, foi apresentada a programação completa da Semana Estadual de Ciência e Tecnologia, que vai acontecer de 17 a 21 de outubro no Centro de Convenções de Vitória. O tema deste ano será “Mudanças climáticas, desastres naturais e prevenção de riscos”. Considerado como o maior evento de popularização da ciência no Espírito Santo, a Semana Estadual de Ciência e Tecnologia faz parte da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia.
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artigo
Responsabilidade tributária
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m novembro de 2010, o Supremo Tribunal Federal (STF), no julgamento do Recurso Extraordinário nº 562.276, do Paraná, proferiu decisão da maior importância para o contribuinte brasileiro, ao reconhecer a inconstitucionalidade do antigo Art. 13 da Lei nº 8.620, de 5 de janeiro de 1993. A importância desse julgado vai além do caso concreto objeto daquele recurso e também do próprio juízo emitido com relação especificamente à norma impugnada. É isso que merece ser examinado e compreendido, o que se tentará fazer a seguir. O referido artigo estabelecia que “o titular da firma individual e os sócios das empresas por cotas de responsabilidade limitada respondem solidariamente, com seus bens pessoais, pelos débitos à Seguridade Social”. Ou seja, o simples fato de alguém participar de uma sociedade de responsabilidade limitada, ainda que sem qualquer poder de gestão sobre os negócios da empresa, implicava responsabilidade pelas dívidas referentes à Seguridade Social. O STF reconheceu a inconstitucionalidade do Art. 13 (i) porque entendeu que essa norma foi além do disposto no Art. 135, III, do Código Tributário Nacional, segundo o
qual a responsabilidade dos diretores, gerentes ou representantes das empresas decorre exclusivamente de atos por eles praticados com excesso de poderes ou com infração da lei, contrato social ou estatutos (inconstitucionalidade formal), e (ii) porque a aplicação dessa regra implica confusão dos patrimônios da pessoa jurídica (empresa) e da pessoa natural (sócio), atentando contra a garantia da livre iniciativa, consagrada na Constituição Federal (inconstitucionalidade material). É esse segundo fundamento que revela a maior importância da decisão, na medida que não apenas sinaliza uma tomada de posição contrária à tendência – hoje, muito acentuada em ações fiscais –, da desconsideração da personalidade jurídica, como forma de alcançar o patrimônio de sócios e administradores de empresas para a garantia de pagamento de dívidas tributárias, como – o que ainda é mais expressivo – , reconhece o significado social da livre iniciativa como um dos suportes fundamentais da ordem econômica vigente em nosso país. A iniciativa privada – diz o voto da Ministra Ellen Gracie, relatora – não deve sofrer uma inibição demasiada, como vinha ocorrendo com a aplicação da norma, agora declarada inconstitucional. Ainda é cedo para qualquer prognóstico sobre se essa decisão anuncia, ou não, novos avanços da jurisprudência em tema de tamanha complexidade e importância, tanto para o contribuinte como para o aparelho fiscal. De qualquer forma, é também muito importante destacar que, tendo essa decisão sido proferida em processo julgado sob o regime de repercussão geral, o entendimento ali adotado, pelo STF, deverá balizar as decisões de todos os demais tribunais pátrios, sobre casos idênticos. Guido Pinheiro Côrtes é formado em Direito pela Faculdade de Direito do Espírito Santo em 1958, advogado tributarista e militante na área há mais de 50 anos. É sócio-diretor Sociedade Guido Pinheiro Côrtes – Sociedade de Advogados
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Out/Nov/2011 – nº 297
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