Revista Indústria Capixaba n° 302

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Publicação Oficial do Sistema FINDES • Setembro 2012 • Distribuição gratuita • nº 302 • IMPRESSO

ENCARTE TEMÁTICO Parte integrante da Revista Indústria Capixaba Edição 302 • Setembro 2012 • Publicação Oficial do Sistema Findes Não pode circular separadamente

Desenvolver as cadeias produtivas do interior é o grande desafio 1

Incentivo ao associativismo é marca da nova Findes

Educação e capacitação profissional para um novo ES

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Encarte especial Um ano da gestão Marcos Guerra

O preço da água Indústria quer mais transparência na cobrança pelo uso desse bem Proedes, Bruno Negris, emprego decente, inovação, saúde IC 302_Capa_HOB.indd 1

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SISTEMA FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo – FINDES Presidente: Marcos Guerra 1º vice-presidente: Manoel de Souza Pimenta Neto 2º vice-presidente: Ernesto Mosaner Junior 3º vice-presidente: Sebastião Constantino Dadalto 1º diretor administrativo: Ricardo Ribeiro Barbosa 2º diretor administrativo: Tullio Samorini 3º diretor administrativo: Luciano Raizer Moura 1º diretor financeiro: Tharcicio Pedro Botti 2º diretor financeiro: Ronaldo Soares Azevedo 3º diretor financeiro: Antonio Tavares Azevedo de Brito Diretores: Alejandro Dueñas, Flávio Sérgio Andrade Bertollo, Egidio Malanquini, Benizio Lázaro, Gibson Barcelos Reggiani, Vladimir Rossi, Wilmar Barros Barbosa, Clara Thais Rezende Cardoso Orlandi, Leonardo Souza Rogerio de Castro, Mariluce Polido Dias, Luiz Alberto de Souza Carvalho, Ademar Antonio Bragatto, Edvaldo Almeida Vieira, José Domingos Depollo, Ademilse Guidini, Elcio Alves, Ortêmio Locatelli Filho, Rogério Pereira dos Santos, Paulo Alexandre Gallis Pereira Baraona, Wilmar dos Santos Barroso Filho, Evandro Simonassi Conselho fiscal Titulares: Elder Elias Giordano Marim, Luiz Carlos Azevedo de Almeida, Adonias Martins da Silva Suplentes: Atilio Guidini, Sandro Varanda Abreu, Valkinéria Cristina Meirelles Bussular Representantes na CNI Titulares: Marcos Guerra, Lucas Izoton Vieira Suplentes: Manoel de Souza Pimenta Neto, Ernesto Mosaner Junior Serviço Social da Indústria – SESI Presidente do Conselho Regional: Marcos Guerra Superintendente: Solange Maria Nunes Siqueira Representantes do Ministério do Trabalho Titular: Enésio Paiva Soares Suplente: Alcimar das Candeias da Silva Representante do Governo: Juliane de Araújo Barroso Representantes das atividades industriais Titulares: Manoel de Souza Pimenta Neto, Altamir Alves Martins, Sebastião Constantino Dadalto, Mariluce Polido Dias Suplentes: Adenilson Alves da Cruz, Alejandro Dueñas, Leonardo Souza Rogerio de Castro, Rogério Pereira dos Santos Representantes da categoria dos trabalhadores da indústria Titular: Luiz Carlos Fernandes Rangel Suplente: Flaviano Rabelo Aguiar Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI Presidente do Conselho Regional: Marcos Guerra Diretora regional: Solange Maria Nunes Siqueira Representantes das atividades industriais Titulares: Benizio Lázaro, Clara Thais Resende Cardoso Orlandi, João Baptista Depizzol Neto e Ronaldo Soares Azevedo Suplentes: Flávio Sérgio Andrade Bertollo, Wilmar Barros Barbosa, Neviton Helmer Gasparini e Paulo Henrique Teodoro de Oliveira Representantes do Ministério do Trabalho Titular: Enésio Paiva Soares Suplente: Alcimar das Candeias Representante do Ministério da Educação: Ronaldo Neves Cruz Representantes da categoria dos trabalhadores da indústria Titular: Paulo César Borba Peres Suplente: Ari George Floriano

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Indústria Capixaba – FINDES

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Centro da Indústria no Espírito Santo – CINDES Presidente: Marcos Guerra 1º vice-presidente: Manoel de Souza Pimenta Neto 2º vice-presidente: Ernesto Mosaner Junior 3º vice-presidente: Sebastião Constantino Dadalto Diretores: Cristhine Samorini, Ricardo Augusto Pinto, Paulo Henrique Teodoro de Oliveira, Altamir Alves Martins, Gustavo Dalvi Comério, Elias Cucco Dias, Celso Siqueira Júnior, Gervásio Andreão Júnior, Edmar Lorencini dos Anjos, Ana Paula Tongo da Silva, Paulo Alfonso Menegueli, Helcio Rezende Dias Conselho Fiscal: Marcondes Caldeira, Elson Teixeira Gatto, Tharcicio Pedro Botti, Joaquim da Silva Maia, Renan Lima Silva, Fausto Frizzera Borges Conselho de Sindicância: Arthur Carlos Gerhardt Santos, Chrisógono Teixeira da Cruz, Hélio Moreira Dias de Rezende, Helio de Oliveira Dórea Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo - IDEIES Presidente da Findes e do Conselho Técnico do Ideies Marcos Guerra Membro Representante da Diretoria Plenária da Findes: Egidio Malanquini Membro Representante do Setor Industrial: Benizio Lázaro Diretor-executivo do Ideies: Antonio Fernando Doria Porto Membro Efetivo Representante do Senai-ES: Solange Maria Nunes Siqueira Membro Efetivo Representante do Sesi-ES: Yvanna Miriam Pimentel Moreira Representantes do Conselho Fiscal - Membros Efetivos: Tullio Samorini, José Carlos Chamon, José Domingos Depollo Representantes do Conselho Fiscal - Membros Suplentes: José Ângelo Mendes Rambalducci, Luciano Raizer Moura, Dam Pessotti Representante da Comunidade Científica Acadêmica e Técnica: João Luiz Vassalo Reis Membro Representante do Sebrae/ES: Ruy Dias Instituto Euvaldo Lodi – IEL Presidente: Marcos Guerra Conselheiros: Solange Maria Nunes Siqueira, Maria Auxiliadora de Carvalho Corassa, Lúcio Flávio Arrivabene, Geraldo Diório Filho, Sônia Coelho de Oliveira, Rosimere Dias de Andrade, Antonio Fernando Doria Porto, Alejandro Dueñas, Ruy Dias de Souza, Vladimir Rossi, José Braulio Bassini, Dam Pessotti, Benildo Denadai, Anilton Salles Garcia Superintendente: Fábio Ribeiro Dias Conselho Fiscal: Egidio Malanquini, Tharcicio Pedro Botti, Almir Gaburro, Loreto Zanoto, Rogério Pereira dos Santos, Luciano Raizer Moura Instituto Rota Imperial – IRI Diretor Geral: Marcos Guerra Diretores: Manoel de Souza Pimenta Neto, Alejandro Dueñas, Vladimir Rossi Conselho Deliberativo Titulares: Baques Sanna, Alejandro Dueñas, Fernando Künsch, Maely Coelho, Eustáquio Palhares, Roberto Kautsky Suplentes: Francisco Xavier Mill, Tullio Samorini, João Felício Scárdua, Manoel de Souza Pimenta Neto, Adenilson Stein, Tharcicio Pedro Botti Membros natos: Lucas Izoton Vieira, Sergio Rogerio de Castro, Ernest Mosaner Júnior, Aristóteles Passos Costa Neto Conselho Fiscal Efetivos: Flávio Sérgio Andrade Bertollo, Raphael Cassaro, Edmar dos Anjos Suplentes: Celso Siqueira, Valdeir Nunes, Gervásio Andreão Júnior

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Câmaras Setoriais Industriais e Conselhos Temáticos (CONSATs) Coordenador-geral: Manoel de Souza Pimenta Neto Câmaras Setoriais Industriais Câmara Setorial das Indústrias de Alimentos e Bebidas Presidente: Gibson Reggiani Câmara Setorial das Indústrias de Base e Construção Presidente: Wilmar dos Santos Barroso Filho Câmara Setorial da Indústria de Materiais da Construção Presidente: Dam Pessotti Câmara Setorial da Indústria Moveleira Presidente: Luiz Rigoni Câmara Setorial da Indústria do Vestuário Presidente: Paulo Roberto Almeida Vieira Conselhos Temáticos Conselho Superior de Assuntos Legislativos (Coal) Presidente: Sergio Rogerio de Castro Conselho Superior de Comércio Exterior (Concex) Presidente: Marcilio Rodrigues Machado Conselho Superior de Desenvolvimento Regional (Conder) Presidente: Aureo Vianna Mameri Conselho Superior de Educação Profissional (Conep) Presidente: Manoel de Souza Pimenta Neto Conselho Superior de Infraestrutura (Coinfra) Presidente: Ernesto Mosaner Junior Conselho Superior de Meio Ambiente (Consuma) Presidente: Wilmar Barros Barbosa Conselho Superior de Micro e Pequena Empresa (Compem) Presidente: Vladimir Rossi Conselho Superior de Política Industrial e Inovação Tecnológica (Conptec) Presidente: Luiz Alberto de Souza Carvalho Conselho Superior de Relações do Trabalho (Consurt) Presidente: Haroldo Olívio Marcellini Massa Conselho Superior de Responsabilidade Social (Cores) Presidente: Sidemberg da Silva Rodrigues

Diretor para Assuntos Tributários: Gibson Barcelos Reggiani Diretor para Assuntos do Meio Ambiente: Wilmar Barros Barbosa Diretor para Assuntos de Capacitação e Desenvolvimento Humano: Clara Thais Rezende Cardoso Orlandi Diretor para Assuntos de Marketing e Comunicação: Fernando Schneider Künsch Diretor para Assuntos de Desenvolvimento da Indústria Capixaba: Leonardo Souza Rogerio de Castro Diretor para Assuntos de Inovação Industrial: Luiz Alberto de Souza Carvalho Sindicatos filiados à FINDES e respectivos presidentes Sinduscon: Sebastião Constantino Dadalto | Sindipães: Flávio Sérgio Andrade Bertollo | Sincafé: Sergio Brambilla. Sindmadeira: José Domingos Depollo | Sindimecânica: Ennio Modenesi Pereira II | Siges: João Baptista Depizzol Neto | Sinconfec: Clara Thais Rezende Cardoso Orlandi | Sindibebidas: José Angelo Mendes Rambalducci Sindicalçados: Altamir Alves Martins | Sindifer: Luiz Alberto de Souza Carvalho | Sinprocim: Dam Pessotti | Sindutex: Mariluce Polido Dias Sindifrio-ES: Elder Elias Giordano Marim | Sindirepa: Wilmar Barros Barbosa Sindicopes: José Carlos Chamon | Sindicacau: Gibson Barcelos Reggiani Sindipedreiras: Loreto Zanotto | Sindirochas: Emic Malacarne Costa Sincongel: Vladimir Rossi | Sinvesco: Edvaldo Almeida Vieira Sindimol: Almir José Gaburro | Sindmóveis: Ortêmio Locatelli Filho Sindimassas: Emerson de Menezes Marely | Sindiquimicos: Ernesto Mosaner Junior. Sindicer: Ednilson Caniçali | Sindinfo: Benizio Lázaro Sindipapel: José Bráulio Bassini | Sindiplast-ES: Leonardo Souza Rogerio de Castro | Sindibores: Rogério Pereira dos Santos | Sinvel: Atílio Guidini

Publicação oficial do Sistema FINDES setembro – 2012 • nº 302

Diretorias regionais Diretoria da FINDES em Anchieta e região Diretor regional: Fernando Schneider Künsch Diretoria da FINDES em Cachoeiro de Itapemirim e região Diretor regional: Áureo Vianna Mameri Diretoria da FINDES em Colatina e região Diretor regional: Manoel Antonio Giacomim Diretoria da FINDES em Linhares e região Diretor regional: Wilmar Barros Barbosa (em exercício) Diretoria da FINDES em Aracruz e região Diretor regional: João Baptista Depizzol Neto Núcleo da FINDES em São Mateus e região Diretor regional: Nerzy Dalla Bernardina Junior Núcleo da FINDES em Venda Nova do Imigrante e região Diretor regional: João Francisco Carvalho (em exercício) Núcleo da FINDES em Nova Venécia e região Diretor regional: Hélder Nico

Conselho Editorial – Marcos Guerra, Manoel de Souza Pimenta, Sebastião Constantino Dadalto, Ernesto Mosaner Júnior, Ricardo Barbosa, Alejandro Dueñas, Flávio Sérgio Andrade Bertollo, Egidio Malanquini, Benizio Lázaro, Fernando Schneider Künsch, Solange Maria Nunes Siqueira, Fábio Ribeiro Dias, Antônio Fernando Doria Porto, Lucas Izoton Vieira, Marcelo Ferraz, Heriberto Simões e Breno Arêas

Diretores para assuntos específicos Diretor para assuntos de Segurança, Saúde e Responsabilidade Social do Sesi e Senai/ES - Alejandro Dueñas Diretor para Assuntos de Educação e Cultura do Senai e Senai/ES- Flávio Sérgio Andrade Bertollo Diretor para Assuntos do IEL - Benizio Lázaro Diretor para Assuntos do IDEIES - Egidio Malanquini Diretor para Assuntos do Cindes - Paulo Alfonso Menegueli Diretor para Assuntos do IRI - Paulo Henrique Teodoro Diretor para Assuntos do Fortalecimento Sindical e da Representação Empresarial: Egidio Malanquini Diretor para Assuntos das Micro e Pequenas Indústrias: Vladimir Rossi

Coordenação editorial: Mário Fernando Souza Coordenação de conteúdo: Marcia Rodrigues Produção editorial e diagramação: Next Editorial Textos: Nadia Baptista, Heliomara Mulullo, Jacqueline Vitória, Fabrícia Kirmse, Taís Hirschmann, Vitor Taveira Revisão de textos: Andréia Pegoretti Fotografia: Renato Cabrini, Cláudio Alves, Dênis Roque, fotos cedidas, arquivo FINDES e arquivos Next Editorial

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Jornalista responsável – Breno Arêas (MTB 2933/ES) Apoio técnico – Assessoria de Comunicação da FINDES Jornalistas: Evelyn Trindade, Fábio Martins e Tatiana Ribeiro Gerente: Heriberto Simões Depto. Comercial – U NIREM/FINDES – Tel: (27) 3334-5721 Simone Dttmann Sarti Produção Editorial

Impressão – Gráfica Ingral

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Nesta edição

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Sustentável A Lei nº 9.433, de 1997, que integra a Política Nacional de Recursos Hídricos, estabelece a cobrança pelo uso da água como um dos instrumentos de combate à escassez dos recursos hídricos no Brasil, mas poderá impactar negativamente o setor industrial.

30 No Sistema 48 Caso de Sucesso 50 Inovação 54 SAÚDE Indústria Trabalho decente deve ter qualidade, mas também oferecer dignidade humana a quem o realiza. Conheça melhor o Conselho Estadual do Trabalho (CET), criado em agosto, que dará as condições necessárias para facilitar a articulação entre empresariado e trabalhadores na formação de mão de obra capixaba.

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58 Fatos em Fotos 64 Cursos e cia

O ENCARTE TEMÁTIC

Capixaba da Revista Indústria Findes Parte integrante Oficial do Sistema 2012 • Publicação separadamente Não pode circular

Edição 302 • Setembro

entrevista O presidente do Banestes, Bruno Negris, fala sobre como o banco capixaba vem se consolidando como o grande agente financeiro do desenvolvimento do Estado, fomentando inclusive o crescimento da indústria, através de novas linhas de crédito específicas para o setor industrial.

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Cenário Sintonizado com os desafios enfrentados pela indústria capixaba, Governo do Estado lança Programa de Desenvolvimento Sustentável do Espírito Santo (Proedes), que apresenta soluções para demandas repassadas pelo setor industrial.

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Desenvolver as s cadeias produtiva do interior é o grande desafio 1

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Incentivo ao associativismo é marca da nova Findes

Educação e capacitação profissional para um novo ES Maio/2012 – nº 300

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especial Em seu primeiro ano à frente da Findes, Marcos Guerra consolida a atuação da Federação no desenvolvimento capixaba sem perder o foco das grandes bandeiras de sua gestão: fortalecer a indústria e levar o desenvolvimento também para o interior do Estado.

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EDITORIAL

A INDÚSTRIA DO

FUTURO É AGORA

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edição nº 302 da revista Indústria Capixaba reflete o momento de consolidação de um ano da atual gestão do Sistema Findes e os resultados do novo perfil da indústria que estamos construindo. Estamos focados na maior agregação de valor e conteúdo tecnológico ao produto industrial capixaba, bem como nos preparando para os grandes investimentos previstos para os próximos anos. Trabalhamos alinhados com os Poderes Constituídos no intuito de adequarmos o nosso Estado para mudanças significativas após o fim do Fundap e a possível mudança no sistema de partilha dos royalties do petróleo. Mas estamos otimistas, pois caminhamos na direção certa, olhando para frente, fomentando o futuro que desejamos neste exato momento. O recente anúncio de cerca de R$ 104 milhões de investimentos do Sistema Findes para até 2015, com quase 90% deste total sendo direcionados à educação, saúde e segurança do trabalhador, reflete os objetivos citados. Os investimentos serão inclusive distribuídos por todas as nossas unidades regionais, atendendo os municípios mais distantes por meio do emprego de unidades móveis, entre outras ações. Estamos atuando de forma mais incisiva, traçando diagnósticos precisos de cada região e alinhados perfeitamente com as demandas de todas as Diretorias Regionais, após a recente – e inédita – série de visitas que realizamos em todas elas. Ainda sobre os investimentos do Sistema Findes, vale ressaltar o grande aporte à pesquisa e inovação, que vai desde a instalação de uma unidade do IST (Instituto Senai de Tecnologia) à ampliação, modernização ou mesmo construção de novos laboratórios em praticamente todas as nossas unidades de Sesi-Senai-IEL, além da criação da Faculdade Senai de Engenharia, do Centro Tecnológico do Vestuário (em Araçás, Vila Velha) e do Novo Senai em Cachoeiro Itapemirim, entre diversos outros projetos anunciados amplamente no

mês de agosto. Parcerias com a iniciativa privada e o poder público em todas as suas esferas (municipal, estadual e federal) neste sentido também constam em nosso plano de ações. Nesse contexto, a revista Indústria Capixaba segue com o propósito de estimular o debate sobre questões importantes para o desenvolvimento econômico sustentável de nosso Estado, complementando o planejamento anunciado acima. Apontamos os problemas, suas causas e soluções, mas também refletimos os casos de sucesso, pois o empresário industrial capixaba está mais otimista atualmente. Assuntos como a cobrança do uso da água pela indústria, as relações trabalhistas, a saúde do trabalhador, as propostas da Findes ao Governo do Estado e a posterior elaboração e divulgação do Proedes (Programa de Desenvolvimento Sustentável do Espírito Santo), a criação de um Núcleo de Petróleo e Gás envolvendo Findes, CNI, Petrobras e outras entidades, constam no conjunto de assuntos relevantes presentes nas páginas desta edição. Recentemente, tivemos uma boa notícia anunciada por nossa presidente da República Dilma Rousseff, com a previsão de redução, em até 28%, da tarifa de energia elétrica para a indústria, retirando, desta forma, um pouco do peso do “Custo Brasil” sobre a iniciativa privada. Saímos de um período de alerta e agora vivemos um momento de construção de um futuro planejado. O encarte especial dos 12 primeiros meses de nossa gestão, contido nesta publicação, reflete as grandes conquistas deste período, mas ainda temos desafios a superar. Contudo, estamos fazendo a nossa parte para que a indústria capixaba tenha uma identidade ainda mais forte e competitiva.

Marcos Guerra Presidente do Sistema FINDES/CINDES

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artigo

Eleições e cidadania

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ais uma vez, este ano, temos eleições. Mais uma vez, este ano, repete-se o desafio aos cidadãos para a escolha de bons representantes. Como é bom que estejamos por tantos anos seguidos realizando esse exercício de cidadania e nos capacitando para uma escolha cada vez melhor. Temos agora mais instrumentos que em oportunidades anteriores para um processo eleitoral mais limpo e para um maior exercício do controle dos poderes públicos e da participação por parte dos cidadãos. Falo aqui da Lei da Ficha Limpa, dos portais de transparência e da Lei de Acesso à Informação, entre outras inovações em nosso sistema político. Evidente que tudo isso é importante, mas nada substitui uma ação consciente do cidadão na sua relação com os poderes, a política, os seus direitos e deveres. Aos cidadãos e todas as organizações da sociedade – desde as associações de moradores e organizações não – governamentais, como a Transparência Capixaba, até as entidades de classe, como, por exemplo a Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) – cumpre

a mobilização em torno de um processo eleitoral limpo, sem compra de votos, e consciente, com a discussão de programas, projetos e propostas. Só isso, no entanto, não basta. Para além das eleições, os cidadãos precisam se preocupar e ficar atentos ao exercício do poder. É preciso que cobremos de prefeitos e vereadores, que serão eleitos este ano, que cumpram com suas funções constitucionais e com os seus programas de governo. Precisamos de um poder público mais transparente, mais acessível, mais aberto, mais participativo, mais eficiente. Isso, diga-se, não é favor. Está expresso nos princípios constitucionais da administração pública do artigo 37 da Constituição Federal: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Precisamos de um poder público que realize mais, que preste mais serviços de saúde, de educação, de segurança pública, de saneamento, aos cidadãos, com mais qualidade, com os recursos já arrecadados. Precisamos de um poder público que controle interna e externamente os seus gastos, combatendo cotidianamente a ocorrência da corrupção, das ineficiências, da burocracia. Precisamos de um poder público que se preocupe com a qualidade de vida dos cidadãos, seja de forma imediata, seja na perspectiva de longo prazo, e isso exige ação e planejamento, além de uma constante interação com a sociedade. Tudo isso, entretanto, creio eu, só será construído com a participação dos cidadãos e suas organizações. O poder público em nosso país, assim mostra a nossa história, não tem a capacidade de se reformar, de atuar concretamente em prol dos interesses públicos, sem a pressão constante vinda de fora. Só com a cidadania em movimento conseguiremos construir um país, um Estado e uma cidade com melhor qualidade de vida para os capixabas. Rafael Cláudio Simões é historiador, professor da Universidade Vila Velha (UVV) e secretário-geral da Transparência Capixaba

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Indústria EM AÇÃO

Presidente da Findes visita Diretorias Regionais

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presidente da Findes, Marcos Guerra e o presidente do Conselho de Desenvolvimento Regional (Conder), Áureo Mameri, realizaram uma série de visitas às três Diretorias Regionais localizadas nas regiões centro e sul do Espírito Santo, entre os dias 13 e 14 de agosto. A série de visitas fez parte de um ciclo de reuniões com os gestores destas regionais e autoridades políticas e empresariais

O presidente da Findes, Marcos Guerra, ouviu as demandas dos diretores regionais do centro e sul do Estado

locais, com o objetivo de apresentar as ações da gestão da Findes voltadas para o desenvolvimento no interior do Estado, com foco na qualificação profissional e atração de novos investimentos. A primeira Diretoria Regional a ser visitada foi a de Anchieta, no dia 13. Em seguida, Venda Nova do Imigrante. Por fim, o ciclo de visitas se encerrou em Cachoeiro de Itapemirim, onde Guerra destacou: “Antes a Findes vinha às Regionais com suas ações previamente decididas. Agora é o contrário: nós é que vamos às Diretorias Regionais para ouvir sobre suas demandas”. Em julho, Guerra e Mameri também estiveram nas cinco Diretorias Regionais da Findes das regiões norte e noroeste do Estado, obtendo dados, ideias e informações importantes para o direcionamento das políticas de interiorização do desenvolvimento objetivadas pela entidade. A série de visitas a todas as oito Diretorias e Núcleos Regionais da Findes espalhadas pelo Espírito Santo foi um fato inédito na história da Findes e faz parte da estratégia da gestão do presidente Marcos Guerra de incentivo às iniciativas que ajudem na interiorização do desenvolvimento no Espírito Santo.

Movimento para Inovar é apresentado para empresários capixabas Implantar planos de inovação nas micro e pequenas indústrias e prepará-las para captar recursos com projetos ligados à inovação. Esse é o objetivo do programa “Movimento para Inovar”, uma iniciativa da CNI e do Sebrae que, no Espírito Santo, é realizado pelo Sistema Findes por meio do IEL e executado pelo InovaFindes, com o apoio da Fapes e do Bandes. O programa foi apresentado para industriais capixabas no dia 4 de setembro, no Teatro do Sesi, em Jardim da Penha, com a presença de aproximadamente 120 pessoas, realização de palestras e também de uma apresentação teatral. Na abertura do evento, o presidente do Sistema Findes, Marcos Guerra, destacou o apoio que a Federação dará aos micro e pequenos empresários. Após as palestras dos especialistas, que abordaram “A inovação como diferencial competitivo”, “A comunicação como fator de difusão da inovação” e a participação nos editais da Fapes, o o gerente de Inovação do Sistema Findes, Iomar Cunha, mostrou Set/2012 – nº 302

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O gerente de Inovação do Sistema Findes, Iomar Cunha, explicou os objetivos do programa e as próximas etapas

as etapas que serão cumpridas pelo Movimento para Inovar: capacitação e consultoria para micro e pequenas indústrias, visando à implantação de planos de inovação e elaboração de projetos com o objetivo de melhoria da produtividade e competitividade industrial. Indústria Capixaba – FINDES

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indústria por Taís Hirschmann

Fortalecer o diálogo social garante trabalho decente Conselho Estadual quer estreitar relação entre patrão, empregado e poder público 12

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m trabalho produtivo e de qualidade, condições de liberdade, equidade, segurança e dignidade humana, são itens essenciais para que se ofereça emprego decente a todo cidadão brasileiro. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), trabalho decente é o ponto de convergência de quatro objetivos estratégicos: o respeito aos direitos no trabalho, a promoção do emprego, a extensão da proteção social e o fortalecimento do diálogo social. Sem contar que é condição fundamental para a superação da pobreza, a redução das desigualdades, a garantia da governabilidade democrática e o desenvolvimento sustentável. Nesse contexto, a conciliação entre o trabalho e a vida pessoal e familiar está intrinsecamente relacionada ao conceito de trabalho decente, principalmente no que tange à liberdade, inexistência de discriminação e capacidade de assegurar uma vida digna a todos que convivem num mesmo ambiente de trabalho. É uma dimensão central de uma estratégia de promoção da igualdade de gênero no mundo do trabalho e exige a articulação de ações nos mais diversos âmbitos – político, social, governamental, empresarial e individual – que possam conduzir a uma nova organização do trabalho e da vida familiar. Sob essa ótica, e com base no tripartismo (relação entre patrão, empregado e poder público), foi criado, no início de agosto, no Espírito Santo, o Conselho Estadual do Trabalho (CET), que reúne representantes dessas três esferas. “Daremos as condições necessárias para facilitar

“Os trabalhadores conscientes de seus direitos e deveres, com empregadores que também se pautem pelo respeito a tais direitos, são peças fundamentais no estabelecimento de novas e modernas relações de trabalho” José Carlos Nunes, presidente da Central Única dos Trabalhadores no Espírito Santo (CUT-ES) Set/2012 – nº 302

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“Com o Conselho, podemos agir de forma estratégica, unindo a formação profissional e a empregabilidade” Jadir Péla, secretário estadual de Ciência, Tecnologia, Inovação, Educação Profissional e Trabalho (SECTTI)

a articulação entre empresariado e trabalhadores na formação de mão de obra local para atender à nossa pujança econômica, já que, nos próximos quatro anos, temos a perspectiva de investimentos públicos e privados da ordem de R$ 100 bilhões no Espírito Santo. A nossa meta é fazer mais para quem mais precisa e o trabalho e a educação são instrumentos determinantes para a inclusão de mais capixabas, de todas as regiões do nosso Estado”, ressaltou o governador Renato Casagrande. Para o secretário estadual de Ciência, Tecnologia, Inovação, Educação Profissional e Trabalho (SECTTI), Jadir Péla, por meio do CET a sociedade ganha mais representatividade para as questões de políticas públicas voltadas ao mundo do trabalho. “Estamos efetivamente envolvidos com a formação profissional e com o encaminhamento de mão de obra. Com o Conselho, podemos agir de forma estratégica, unindo a formação profissional e a empregabilidade”, disse. O secretário lembra que o Conselho segue a Política Nacional do Trabalho e tem como função monitorar todas as ações voltadas para a esfera laboral. “Temos a intenção de fortalecer as relações de trabalho. É uma articulação de todas as ações públicas, além de priorizar o tripartismo, princípio de promover o diálogo entre empresários, trabalhadores e governo, que está cada vez mais presente nas relações de trabalho”, disse. O presidente do Conselho, Dionisio Corteletti, destaca que participar da formulação e proposição de políticas de trabalho e renda dos trabalhadores, aprovar programas Indústria Capixaba – FINDES

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indústria

e projetos financiados com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), acompanhar e fiscalizar a correta aplicação dos recursos do FAT no Estado e contribuir para o aprimoramento do sistema público de emprego serão os principais objetivos do CET. Corteletti explica que o Conselho é composto por representantes dos trabalhadores, empregadores e governo e que todas as ações a serem desenvolvidas terão a participação destes, ou seja, trabalho, capital e poder público. “Vale ressaltar que o Conselho deverá prestar contas de suas atividades, por meio de relatórios regulares das ações e projetos destinados à geração de emprego e renda junto ao Governo do Estado e demais entidades”, diz. Trabalhadores O presidente da Central Única dos Trabalhadores no Espírito Santo (CUT-ES), José Carlos Nunes, comemora a criação do CET. “Essa é uma reivindicação nossa que permite maior poder de mobilização, uma vez que o Conselho é um órgão com mais poderes”, diz. Sobre a forma como os trabalhadores podem participar mais ativamente do processo para melhorar as relações de trabalho com o empregador, Nunes é enfático ao defender que é preciso garantir a liberdade de o rganização sindical, a ampliação de direitos e a consagração do trabalho decente como parâmetro para as relações trabalhistas.

“O trabalhador qualificado, merece receber de forma equivalente por aquilo que entrega na empresa. O mérito é sempre a melhor forma de remuneração e reconhecimento” Haroldo Massa, presidente do Consurt

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“Na conferência, foram aprovadas muitas propostas por consenso tripartite, o que já constitui uma base importante para avançar na discussão do Plano Nacional de Emprego e Trabalho Decente” Rachel Piacenza, coordenadora do Consurt “Os trabalhadores conscientes de seus direitos e deveres, com empregadores que também se pautem pelo respeito a tais direitos, são peças fundamentais no estabelecimento de novas e modernas relações de trabalho”, afirma. Conferência O assunto ganhou tanta importância que, no início de agosto, foi realizada a 1ª Conferência Nacional de Emprego e Trabalho Decente (CNETD), em Brasília, para apresentar os avanços na discussão do tema. A conferência nacional representou o resultado das discussões ocorridas em 273 conferências preparatórias, 26 estaduais, 104 regionais, cinco microrregionais e 138 municipais.No final do evento, foram apresentadas 637 propostas abrangendo quatro temas: princípios e direitos; proteção social; trabalho e emprego; e diálogo social. A previsão é que em 2013 sejam realizados seminários regionais com as secretarias estaduais e as organizações de trabalhadores e empregadores para tornar efetivo o que foi discutido na conferência, de acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Tripartismo Visando a dar continuidade à discussão em torno do tema, o Conselho Temático de Relações do Trabalho (Consurt) planeja realizar um fórum para discutir mais sobre o tripartismo. Segundo o presidente do Consurt, Haroldo Massa, o nome do evento será “Aprendendo no Tripartismo”, mas a data ainda não foi escolhida. O evento pretende reunir empresários capixabas, especialmente os que atuam no setor industrial. “Teremos um palestrante de cada pilar do tripartismo, com amplo conhecimento nas relações do trabalho e desenvolvimento social, que apresentará suas experiências bem sucedidas para, em seguida, em um debate aberto ao público, definir-se um rol de ações”, disse o presidente do Consurt. Set/2012 – nº 302

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Haroldo Massa acredita que o evento possa facilitar as tratativas entre patrões e empregados. “Como principal expectativa pretendemos concentrar nossa força e energia na produção de saúde, segurança, trabalho digno, leis compatíveis com o nível de nossas empresas e indústrias e, em especial, a segurança empresarial e jurídica, hoje tão frágil pela Conferência de trabalho descente conduta das três partes envolvidas”, avalia. “Na conferência, foram aprovadas muitas propostas por questiona e divulga as alterações da legislação trabalhista consenso tripartite, o que já constitui uma base importante e sindical. Desenvolve e promove conhecimento ao setor para avançar na discussão do Plano Nacional de Emprego empreendedor, a fim de facilitar as relações entre o trabae Trabalho Decente. Existem canais instituídos para isso lhador e a empresa. e esperamos que as discussões avancem”, disse a coordePolítica salarial, negociação, prevenção de acidentes, nadora do Conselho Temático de Relações do Trabalho qualificação e benefícios sempre são temas de atuação (Consurt) da Federação das Indústrias do Espírito Santo do Conselho Temático de Relações do Trabalho. (Findes), Rachel Piacenza. Outra, e talvez a mais importante ação do Consurt, segundo Haroldo Massa, consiste em acompanhar, orientar e repreConsurt sentar empresas e sindicatos vinculados ao Sistema Findes Com o foco orientado para a defesa dos interesses em suas necessidades nas relações do trabalho. Esse suporte da indústria capixaba, o Consurt acompanha, estuda, é feito a partir das demandas apresentadas e encaminhadas ao Consurt pelos presidentes dos sindicatos filiados. No setor industrial, das iniciativas que contribuem para a qualidade das relações do trabalhador com a empresa, Principais atribuições do de acordo com o presidente do Consurt, a mais importante Conselho Estadual do é o comprometimento das partes com a qualidade, com a segurança e com salários compatíveis. “O trabalhador Trabalho - CET qualificado, independentemente de gênero, idade, sexo ou • Acompanhar o desempenho do mercado de trabalho outra característica, merece receber de forma equivalente e seus impactos por aquilo que entrega na empresa. O mérito é sempre • Incentivar e apoiar medidas que visem à qualificação a melhor forma de remuneração e reconhecimento”, diz ele. profissional e capacitação dos trabalhadores O respeito aos direitos e deveres das partes, síntese do • Acompanhar e contribuir para o bom desempenho tripartismo, é uma meta a ser perseguida sem descanso. das ações desenvolvidas pelo Sine-ES O trabalhador produzindo com dedicação, qualidade e sem desperdícios; a empresa remunerando com • Articular-se com o Conselho Estadual da Educação, para assegurar a continuidade da educação básica com dignidade, oportunizando treinamento e inovação tecnoformação social e continuada dos trabalhadores lógica e contribuindo com seus impostos; o Poder Público fazendo valer a lei, realizando os investimentos necessários • Aprovar a programação de trabalho, física e financeira do Sine-ES, elaborada pela SECTTI, e ainda, mantendo estável a economia interna e políticas em consonância com as políticas estadual e federal que respeitem o capital investido no país, representarão de emprego o fechamento de um círculo virtuoso para a economia e a sociedade do Brasil. Set/2012 – nº 302

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Indústria EM AÇÃO

Sistema Findes lança Código de Ética

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Código de Ética do Sistema Findes foi distribuído em todas as unidades que inclui além da Federação das Indústrias, todas as unidades do Sesi, Senai, IEL e IRI localizadas no Estado. O documento é resultado de vários meses de trabalho e foi criado com o objetivo de estabelecer princípios e normas de conduta que norteiam as relações internas e externas de todos os integrantes do Sistema Findes. Baliza a atuação da organização frente aos diversos públicos com os quais se relaciona – colaboradores, sindicatos, fornecedores, clientes, meios de comunicação, governo e comunidade. O presidente da Findes, Marcos Guerra, explica a importância do documento: “A ideia é que o Código de Ética seja um guia orientador de posturas a serem adotadas na

“Nós esperamos que todos os empregados e colaboradores reflitam criticamente sobre o conteúdo do Código e façam contribuições no sentido de consolidá-lo cada vez mais como um instrumento legítimo de nossas crenças e valores” afirma Marcos Guerra

condução dessas relações, de forma a garantir que o convívio profissional e social seja pautado pelo respeito mútuo, harmônico e perene. O Código de Ética do Sistema Findes reforça a nossa postura de transparência”. A construção do documento teve como base a participação efetiva e ativa de todas as entidades que compõem o Sistema Findes, e prevê um comitê a ser criado para propor ações penalidades e sanções em virtude de possíveis desrespeitos às diretrizes estabelecidas pelo novo documento. O Código de Ética do Sistema Findes está disponível no portal da organização (www.sistemafindes.org.br).

Indústria recebe Selo Social do Governo do Estado O Sistema Findes e o Senai-ES foram contemplados com o Selo Social “Ressocialização pelo Trabalho”, entregue pelo governador do Estado, Renato Casagrande, em cerimônia realizada no dia 6 de agosto, no Palácio Anchieta, em Vitória. O selo foi criado com o objetivo de reconhecer empresas e entidades que atuam na ressocialização de detentos, por meio de parcerias, na qualificação profissional e inserção dos egressos no mercado de trabalho. “Essa premiação é motivo de orgulho para a Federação e reconhece o compromisso da indústria capixaba em sua atuação como um ente social por excelência, demonstrando completude no exercício de sua gestão. Dessa forma, a Findes evidencia sua aliança com o Governo e reafirma seu compromisso com a sociedade capixaba”,

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A gerente de Educação do Sesi/Senai, Lucia Helena Cunha, recebeu o prêmio em nome do Senai.

lembrou o presidente do Conselho de Responsabilidade Social (Cores), ligado ao Ideies, Sidemberg da Silva Rodrigues (foto), que na solenidade representou o presidente do Sistema Findes, Marcos Guerra.

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entrevista por Jacqueline Vitória

Bruno Negris “Nossa missão é promover o crescimento do Estado, proporcionando também o desenvolvimento industrial capixaba”

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em timidez nos negócios, o Banestes (Banco do Estado do Espírito Santo) vem mostrando estar totalmente preparado para ser o grande agente financeiro em todas as frentes de trabalho, quer da pessoa física ou jurídica. De olho no mercado, dentro do planejamento estratégico do banco, voltado para a segmentação de clientes, foram abertas agências empresariais, exclusivas para o atendimento às pessoas jurídicas, e em breve será inaugurada a Agência Valores, voltada a clientes de alta renda. Em entrevista à Revista da Indústria, o presidente da instituição, economista Bruno Negris, destacou que o banco vem ganhando mais relevância, confiança e credibilidade em tempos de juros baixos. Adotando a decisão de criar novas linhas de crédito para a indústria capixaba, Negris considera prioritário o papel do

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Banestes no atual cenário de perdas que virão, em decorrência do fim do Fundap e da nova regra de distribuição dos royalties do petróleo, por meio de um atendimento diferenciado para que o Estado possa se desenvolver,garantindo competitividade aos produtos do Espírito Santo e fomentando a indústria local. Veja a entrevista. Em fevereiro, o Banestes e a Findes assinaram convênio lançando linhas de crédito no valor de R$ 500 milhões para as indústrias capixabas. Quais foram, até o momento, as operações realizadas dentre deste convênio? Bruno Negris (BN) - Foram firmados 461 contratos, que somam R$ 119 milhões. Foram operações para capital de giro, Conta Garantida, Compror, financiamento de veículos Set/2012 – nº 302

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“Na nossa avaliação, em alinhamento com a Findes, devemos oferecer tudo que for preciso para a nossa indústria”

e linhas do BNDES. E estamos em fase de análise para prospecção de novas operações de linhas do BNDES, na ordem de R$ 14 milhões. Nesse caso, são operações para folha de pagamento, Banestik e seguros em geral. Na ocasião, foi dito que este montante destinava-se à renovação do parque industrial capixaba. O senhor avalia que este objetivo vem sendo cumprido? Qual o montante de empréstimos já destinado a este fim e qual o percentual que representa do total de financiamentos? Tal objetivo está sendo cumprido, sim. Tanto que tem estimulado, cada vez mais, as empresas a renovarem, modernizarem e ampliarem a estrutura tecnológica e industrial do Espírito Santo. Vale destacar que o número de contratos voltados para a atividade industrial já soma seis, e 23 estão em fase de aprovação, totalizando quase R$ 20 milhões.

com visão macro. Isso é suficiente para atender às necessidades próprias da indústria capixaba, ou seria necessária a criação de um leque de produtos com perfil determinado – ou seja, nossas necessidades de crédito são as mesmas do Brasil? O Banestes é credenciado a operar três linhas do BNDES no Estado: o PSI (Programa de Sustentação do Investimento), Progeren e BNDES Automático. No entanto, oferecemos outros produtos do banco também. Na nossa avaliação, em alinhamento com a Findes, devemos oferecer tudo que for preciso para a nossa indústria. E quaisquer outras necessidades que por ventura surgirem, o banco está disposto a criar novos produtos para fortalecer o parque industrial capixaba. Mas é importante ressaltar que o limite que o BNDES fixou para o Banestes trabalhar é suficiente para atender à economia capixaba. Não usamos nem 10% deste limite ainda.

Por que oferecer condições diferenciadas para a indústria? É importante ressaltar que o Banestes é do Espírito Santo. Nossa missão é promover o crescimento do Estado, proporcionando também o desenvolvimento industrial capixaba. Oferecendo linhas de financiamento mais em conta, atendemos a um pleito da indústria local. Não tenho dúvidas de que isto é o diferencial no mercado. Além disso, estamos sempre seguindo a redução da Selic, o que favorece o menor custo do financiamento. Qualquer ramo de atividade industrial poderá ser contemplado ou há segmentos específicos que podem desfrutar destas linhas especiais? Todo setor da economia é atendido com as linhas de financiamento oferecidas por meio do convênio com a Findes. É preciso apenas ser filiado à Findes para ser contemplado com os produtos do Banestes. Os recursos para essas linhas vêm de instituições federais, como o BNDES, dentro de programas/finalidades específicos, Set/2012 – nº 302

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entrevista

“O banco está disposto a criar novos produtos para fortalecer o parque industrial capixaba” Na ocasião da assinatura, o senhor também assinalou que “o convênio permitirá estreitar os laços do Banco com as indústrias instaladas no Estado”. Qual a importância desse movimento? Este é um grande movimento em favor do Espírito Santo. Outras entidades devem se unir em prol do Estado, considerando as perdas que virão, em decorrência do fim do Fundap, dos royalties do petróleo e do FPE (Fundo de Participação dos Estados). Quanto mais estreitarmos os laços, mais vamos promover a indústria local. Nossa parceria com a Findes está sendo um exemplo para o surgimento de outros convênios. Entre as indústrias capixabas, muitas são de pequeno e médio porte. Que importância o senhor atribui às pequenas e médias empresas para a economia estadual?

Elas têm importância fundamental para a economia do Estado. Sabemos do elevado número de pequenas e médias empresas presente em todo o Espírito Santo. O índice de empregabilidade nelas é grande, e elas promovem a descentralização do desenvolvimento, por estarem presentes praticamente em todas as cidades capixabas. Também com apoio do Sebrae e da Aderes, o Banestes oferece outras linhas de crédito, com excelentes taxas. Com isso, no futuro, essas pequenas e médias acabam tornando-se grandes empresas. Nesse contexto, atuamos como o maior financiador do microempreendedor individual, por meio do Nossocrédito e Creditar, executados em parceria com prefeituras e Bandes. O senhor defende incentivos financeiros concretos à indústria capixaba, para que o Espírito Santo tenha um desenvolvimento equânime com os demais Estados do Sudeste? Sim. O Brasil precisa de uma política de desenvolvimento regional, visando a promover o crescimento entre os Estados. E na Região Sudeste, o Espírito Santo necessita de um atendimento diferenciado para se desenvolver, associado à competitividade dos produtos aqui produzidos. Não cabe mais uma política de centralização de desenvolvimento,como a que acabou estrangulando São Paulo, comprometendo até a qualidade de vida de quem lá vive. A Findes tem direcionado esforços para promover a interiorização do desenvolvimento econômico e social. Como o Banestes pode contribuir com essa meta? O Banestes se propõe ser o grande agente financeiro para auxiliar no comprimento dessa meta. Por estarmos presentes em todas as 78 cidades (em 18 delas existe apenas o Banestes), oferecemos linhas de crédito em qualquer lugar do Espírito Santo. Cabe à Findes elaborar projetos para que o Banestes possa financiá-los. Esta política está alinhada com o Planejamento Estratégico do Governo do Estado, que visa a dar oportunidades em lugares com baixo IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). Outro objetivo da Findes é diversificar a nossa base industrial, reduzindo a dependência de

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Nos últimos dez anos o Brasil mostrou um forte desenvolvimento do crédito ao consumo. O que impulsionará o Brasil, em sua opinião, nos próximos 10 anos? No s ú l t i mo s 1 0 a n o s , a s p e s s o a s pas s ar am a comprar mais bens de consumo, principalmente os chamados itens da linha branca (geladeira, fogão, máquina de lavar, etc.). Seguir essa tendência poderá ser melhor até para a elevação do PIB. Por exemplo, a redução do IPI fez manter o nível de consumo sem comprometer o controle da inflação. Ou seja, estas políticas públicas devem ser mais permanentes, porque facilitam o planejamento do setor financeiro e produtivo. Decisões temporárias não viabilizam a organização dos negócios das empresas. commodities. O banco tem políticas de crédito ou fomento nesse sentido? O Banestes não diferencia produtos (matéria-prima). Por sermos um banco múltiplo, focamos apenas no desenvolvimento regional,e não no resultado final do produto. Como o Banestes vem mantendo a sua competitividade frente aos demais bancos, federais e privados? O Banestes mudou a sua estratégia de se relacionar com o cliente pessoa jurídica (empresa), seja no setor comercial, industrial ou de agronegócio. Estabelecendo convênios com regra de fidelização, criamos produtos mais competitivos que as demais instituições financeiras, sejam elas públicas ou privadas.

O Banestes está no ranking dos bancos que mais ofereceram crédito rural e financiamento para automóveis, ocupando a 13ª e 15ª posição, respectivamente. Esse direcionamento tem se mostrado acertado? Sim. O agronegócio é um setor muito importante para a economia do nosso Estado. O Banestes participa do Plano Safra 2012/2013, lançado recentemente pelo governo do Estado, sendo um dos seus maiores agentes financeiros. Também somos operadores do Funcafé e o maior financiador da fruticultura e olericultura no Estado. Estamos ajudando as pessoas no campo, permitindo que elas tenham qualidade de vida e boa renda. Isto é primordial para o desenvolvimento capixaba e a permanência das famílias no campo.

A redução de taxas de juros praticadas pelas instituições federais representou alguma mudança de estratégia para o Banestes? Sim. O Banestes se reinventou no que se refere à prestação de serviços. Estamos mais ágeis, mais perto do cliente e atendendo ao que o mercado necessita.Nas questões internas, o Banestes vem reduzindo suas despesas administrativas para melhorar o índice de eficiência operacional. Com isso, o banco mantém seu resultado no patamar que seus acionistas desejam. Além disso, o Banestes faz suas políticas públicas, por meio de produtos com baixo spread, mas que têm importância social grande, como o Microcrédito, Nossocrédito, Creditar, Crédito Imobiliário e Crédito Rural.

Quais são os próximos passos do Banestes? Estamos colocando em prática o Planejamento Estratégico voltado para a segmentação de clientes. Abrimos agências empresariais, exclusivas para pessoa jurídica. E vamos inaugurar a Agência Valores, com atendimento voltado a clientes com alta renda. Ela terá, inclusive, a Sala do Investidor, que tem por objetivo orientar o cliente sobre qual o melhor investimento. Recentemente, o banco fez sua reorganização societária, por meio do agrupamento e desdobramento de ações, o que deu ganho de eficiência operacional positivo, além de fazermos um programa intensivo de revitalização de estrutura do data center do Banestes.

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artigo

A Revolução silenciosa do

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Prodfor

ma revolução é caracterizada pela grande transformação de determinada realidade. Temos verificado, ao longo dos últimos 15 anos, uma verdadeira transformação na realidade empresarial capixaba, em especial a de fornecedores locais para as grandes empresas atuantes no Estado. O Prodfor, que é o Programa Integrado de Desenvolvimento e Qualificação de Fornecedores, foi criado em 1997, por iniciativa da Findes e do IEL-ES em conjunto com as 12 maiores empresas do Estado, para promover a melhoria da organização e da gestão de empresas locais, fornecedores de bens e serviços para essas grandes indústrias. Antes do Prodfor, as compras de fornecedores locais pelas grandes empresas eram marginais, estimadas em torno de 2% do total. Isso porque as grandes empresas diziam que as empresas locais não eram competentes. Como não havia negócio, as empresas locais não investiam na sua melhoria ou modernização. Essa era a triste realidade das empresas capixabas, um círculo vicioso e retrógrado, porque não gerava o desenvolvimento regional. Com essa situação, todos perdiam. As grandes empresas tinham seus custos elevados por adquirir de outras localidades, os fornecedores locais não tinham oportunidades de negócio e o Estado como um todo perdia com abaixa geração de renda e empregos. A mudança veio com o Prodfor. Uma ideia simples e ousada de envolver as grandes empresas e organizar um único e forte programa para usar o poder de compras dessas empresas e induzir a melhoria dos fornecedores locais. Foi original e inovador, pois não existia nada parecido. Unir empresas diferentes com o propósito comum

de melhorar a cadeia de suprimentos foi algo desafiador. Os fornecedores receberam o preparo necessário pormeio de consultoria e treinamentos realizados pelo IEL-ES, promovendo assim a melhoria da sua competência para bem atender às exigências das grandes empresas. Passou-se a ter um círculo virtuoso e desenvolvimentista, com fornecedores preparados que passaram a fornecer cada vez mais para as grandes empresas. Para se ter ideia do crescimento das empresas locais, a receita média anual dos fornecedores em 1997 foi de R$ 3,7 milhões e chegou a R$ 21,4 milhões em 2011, medidos por rigorosas pesquisas.Isso significa que a receita aumentou 5,8 vezes e cresceu a uma média de 12,8% ao ano. Nem a China cresceu assim nesse período. O número médio de empregados das empresas medido em 1997 era de 40 funcionários e chegou a 124 em 2010, representando taxa média de crescimento de 10,1 % ao ano. Todos os indicadores financeiros avaliados melhoraram ao longo desses 15 anos de Prodfor e as compras por parte das empresas mantenedoras chegaram a 41% dos itens de rotina, sendo que em alguns investimentos ultrapassou os 60% do valor. Os resultados têm sido tão expressivos que o Prodfor é considerado o maior e o melhor programa do gênero do país. Essa constatação foi da Confederação Nacional da Indústria – CNI, que orienta e apoia 17 estados com programas de desenvolvimento e qualificação de fornecedores. Dos 903 fornecedores desenvolvidos no país até 2011 mais da metade, 508, são do Prodfor, sendo o único considerado avançado, que faz a certificação dos fornecedores. Essas conquistas tem levado grande reconhecimento ao Prodfor, apresentado como destaque em evento da Amcham de São Paulo e a participação na 30ª edição do Encontro Econômico Brasil e Alemanha, realizado em Frankfurt. Os resultados expressivos levaram a CNI a intenção de ampliar a atuação do Prodfor para todo o país. É algo igualmente grandioso e desafiador como a sua criação. O Prodfor é uma verdadeira inovação, que passou a ser uma grande revolução pela transformação proporcionada às empresas capixabas que souberam aproveitar essa oportunidade e cresceram muito. Mais importante que relatar a história é viver a história. É isso que estamos fazendo, a história de sucesso das empresas capixabas, sejam as grandes entendendo seu papel de agente transformador, sejam seus fornecedores se desenvolvendo e melhorando a cada dia. Essa é a história de sucesso do Prodfor. Luciano Raizer é doutor e Mestre em Engenharia de Produção pela USP, diretor administrativo da Findes e coordenador-executivo do Prodfor

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CENÁRIO por Vitor Taveira

Com Proedes, governo atende demandas da indústria estadual

O novo programa de desenvolvimento capixaba contempla sugestões feitas pela Findes 24

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Espírito Santo passa por um processo de significativas e aceleradas mudanças econômicas, que tornam necessário repensar seu modelo de desenvolvimento e o respectivo impacto social. O momento traz algumas dificuldades, como a perda de receitas, sobretudo públicas, por conta de medidas decididas na esfera federal, como a mudança do sistema de distribuição de royalties e a extinção do Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias (Fundap). Some-se a isso as dificuldades encontradas no mercado internacional,com a crise nos Estados Unidos e Europa dificultando a expansão dos negócios das empresas capixabas ligadas ao comércio internacional.Entretanto,mais que um problema a ser enfrentado, a situação pode ser vista como estratégica para realizar Set/2012 – nº 302

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• O Proedes foi lançado pelo Governo do Espírito Santo no final de agosto • O objetivo do programa é aumentar a competitividade e o dinamismo da economia capixaba • A estratégia inclui três temáticas principais: 1 - Melhoria da logística 2 - Educação e inovação 3 - Incentivos ao desenvolvimento Set/2012 – nº 302

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mudanças que permitam inserir de vez o Espírito Santo na lógica da economia moderna, competitiva e globalizada. Tendo em vista este panorama, o diretor-executivo do Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial –Ideies, Antonio Fernando Doria Porto, destaca a elaboração, em março deste ano, do documento “A Indústria do ES em 2020”, fruto do trabalho conjunto de um grupo composto por representantes da Findes e sua sentidades, secretarias e autarquias do governo estadual, traçando um panorama para o setor até o ano de 2020. Com base nessa análise, a Findes buscou construir consensos que culminaram na redação de um documento, entregue no mês de maio ao governador Renato Casagrande,com o título “Sugestões ao Governo do Estado doEspíritoSantoparaoDesenvolvimento da Indústria Capixaba”. Foram destacados 14 pontos focais, a partir dos quais se desenvolveram as propostas, além da sugestão de estabelecimento de uma política industrial de longo prazo, a ser elaborada em parceria entre indústria e Governo, e da criação de um comitê de acompanhamento da implementação das medidas sugeridas. Doria Porto destaca como principais eixos do documento a promoção do financiamento, a educação profissional e o enfoque na inovação. No primeiro caso, as sugestões envolvem uma maior atuação dos bancos estaduais – Bandes e Banestes – no financiamento da indústria capixaba através de uma ação conjunta e programas específicos que permitam o desenvolvimento regional equilibrado, o estímulo às micro e pequenas empresas

Foto: Romero Mendonça/Secom-ES

Foto: Leonel Albuquerque

PROEDES:

“As sugestões da Findes foram importantes para a estruturação do Proedes. Todas foram contempladas no contexto da estruturação do projeto” - José Eduardo Azevedo, secretário estadual de Projetos Especiais e Articulação Metropolitana

e a ênfase na inovação e na modernização dos equipamentos. A maior atenção à educação profissional atende à constante preocupação do setor industrial com a formação da mão de obra, que muitas vezes não consegue atender à demanda de qualificação ante um período de crescimento e dinamização acelerados na economia capixaba. Já a inovação figura não só como um aspecto central para a diversificação da economia e atração de novas empresas e setores para operar no Estado, mas também para melhorar a capacidade tecnológica e a exploração de novos espaços pelas empresas já atuantes no Espírito Santo. O secretário estadual de Projetos Especiais e Articulação Metropolitana, José Eduardo Azevedo, afirma que o documento apresentado pela Findes é de alta qualidade, foi discutido e encaminhado para a elaboração das políticas de governo e representou uma contribuição muito relevante para a elaboração do Programa de Desenvolvimento Sustentável do Espírito Santo (Proedes), lançado no dia 23 de agosto no Palácio Anchieta pelo governo estadual. “As sugestões foram importantes para a estruturação do Proedes. Todas foram contempladas no contexto da estruturação do projeto. Algumas delas podem ser aprofundadas através do recém-criado Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, que conta com representação de várias entidades, entre elas do setor empresarial”, aponta o secretário. Ele destaca muitas das propostas da Findes contempladas pelo Governo, como a capitalização e fortalecimento Indústria Capixaba – FINDES

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CENÁRIO

“O Governo tem olhado com muito carinho para as micro e pequenas empresas, mas ainda é muito cedo para avaliar. É preciso esperar um pouco mais para poder dizer o que realmente entrou em prática e o que ficou no papel” - Vladimir Rossi, diretor de Micro e Pequenas Indústrias da Findes

dos bancos públicos estaduais para financiar o setor industrial, o apoio à inovação e o destaque dado à logística e infraestrutura – estas também tiveram demandas atendidas por meio de planos anunciados pelo Governo Federal, que atendem sugestões apresentadas pelo Palácio Anchieta ao Poder Executivo nacional. Outra negociação que o secretário José Eduardo confirma estar avançada com o Governo Federal é sobre a estadualização do Fundo de Recuperação Econômica do Estado do Espírito Santo (Funres), uma das propostas contidas no documento de sugestões da Findes. Novo momento Doria Porto estima que cerca de 80% das propostas da Findes foram contempladas no Proedes, o que demonstra a eficácia

do diálogo entre a representação industrial e o governo estadual. Tanto o documento da Federação das Indústrias como o projeto do poder público buscam preparar o Espírito Santo para um novo momento econômico, que permita a diversificação das atividades e a agregação de valor à indústria por meio da inovação. Esta seria uma estratégia para manter e ampliar a capacidade do Estado de ocupar um papel destacado no cenário nacional e internacional, mesmo com a perda dos incentivos do Fundap. Para o diretor do Ideies, as propostas não contempladas continuarão sendo trabalhadas no âmbito do diálogo aberto com o Governo. O secretário José Eduardo Azevedo explica que nem todas as demandas podem ser resolvidas inteiramente pelo governo estadual, como é o caso das reivindicações vinculadas a órgãos que atuam no Espírito Santo, mas que estão na esfera do Governo Federal, como a Sudene e o Banco do Nordeste (BNB). De tal modo, os temas pendentes poderão ser trabalhados e encaminhados à discussão do novo conselho. “O Proedes não é um ponto de chegada; é um ponto de partida, uma referência criada para as futuras ações”, pontua o secretário. Em geral, o setor industrial recebeu positivamente o novo projeto, ainda que esteja atento para verificar a execução prática das medidas propostas pelo Governo. É o caso do diretor de Micro e Pequenas Indústrias da Findes, Vladimir Rossi, que destaca uma maior atenção do poder público às empresas de pequeno porte, que são maioria e geram muitos postos de trabalho. Porém, ele acredita ainda ser muito cedo para avaliar a importância do Proedes: “É preciso esperar um pouco mais para poder dizer o que realmente entrou em prática e o que ficou no papel”. Egidio Malanquini, diretor de Fortalecimento Sindical e Representação Social da Findes, também destaca a necessidade

Governo “ O foco do Proedes é melhorar a competitividade do Estado para ampliar investimentos, gerando mais emprego e renda para os capixabas. É uma agenda de projetos e ações para superar as restrições econômicas previstas para o ano de 2013.” Governador Renato Casagrande

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“ Recebemos as propostas considerando-as uma contribuição de alta qualidade. Desde o mês de maio vínhamos discutindo e encaminhando ao âmbito das políticas do governo do Estado. A proposta da Findes contribuiu diretamente para a formulação do Proedes.” José Eduardo Azevedo, secretário Estadual de Projetos Especiais e Articulação Metropolitana

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Em junho 2011, os membros da atual diretoria da Findes foram recebidos no palácio Anchieta para apresentar demandas de suas áreas de atuação para o governador Renato Casagrande

de colocar em prática o plano, para que deixe de ser apenas um projeto e possa realmente beneficiar o desenvolvimento industrial do Espírito Santo. Ele enxerga no novo programa uma oportunidade para começar a resolver temas que permitam desatravancar a economia capixaba a longo prazo. O presidente da Findes, Marcos Guerra, resume a avaliação do setor industrial sobre o novo projeto: “O Proedes foi feito a quatro mãos. Foi um projeto acertado do Governo, em que a indústria foi muito contemplada. Estamos no caminho certo, o Proedes vai ao encontro das necessidades da nossa indústria”. O Proedes inclui instrumentos legais – decretos e também projetos de lei – que, segundo declarações do presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo,Theodorico Ferraço, não devem encontrar dificuldades para serem aprovados pelo Poder Legislativo estadual. A julgar pela boa receptividade que obteve de diversos setores de representação, a efetivação do Proedes pode ser o passo inicial para uma nova arrancada da economia capixaba, que possibilite, mais que minimizar as perdas previstas, avançar para uma maior

Principais pontos das propostas da Findes: • Instrumentos de fomento • Infraestrutura • Programa de Incentivos ao Investimento • Estratégia “combo”: combinar subsídios e incentivos • Interiorização do desenvolvimento • Meio ambiente • Agilização na emissão de licenças e alvarás • Compras governamentais • Educação • Gás natural • Energia elétrica • Total de utilização dos recursos federais • Atração de novos investimentos • Questões trabalhistas e sindicais produtividade, inovação, competitividade e dinamismo. Para isso, a Findes pretende ter uma participação ativa no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, que reúne diversos setores sociais e governamentais para acompanhar a execução do Proedes.

Findes “ O Proedes é uma grande conquista. Entendemos que o Governo foi sensível às necessidades da indústria capixaba e entende que o Estado passa por um momento de mudanças. É fundamental pensar no futuro a médio e longo prazos. Mas é um primeiro passo para que se resolvam outros temas mais à frente. A logística, a infraestrutura, o meio ambiente, são temas importantes para o alavancamento da economia capixaba. Precisamos colocar o plano em prática urgentemente, para que não fique só como um projeto.”

Egidio Malanquini, diretor de Fortalecimento Sindical e Representação Social da Findes

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“Antes de encaminhar o documento para o Governo, o presidente Marcos Guera conversou com os diretores e as propostas feitas representam um consenso da Diretoria. Por fim, 80% das sugestões da Findes foram acatadas e estão adotadas pelo Proedes.” Antonio Fernando Doria Porto, diretor-executivo do Ideies

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INDÚSTRIA EM AÇÃO

SISTEMA INDÚSTRIA ANUNCIA R$ 104 MILHÕES DE INVESTIMENTOS ATÉ 2015

O

presidente do Sistema Findes, Marcos Guerra, anunciou, no dia 30 de agosto, o plano de investimentos da entidade para o período de 2012 a 2015. Serão R$ 104.297.880 investidos, principalmente na área de Educação – 82,07% dos recursos –, com capacitação, novas unidades, programas de acessibilidade, saúde, segurança, cultura e lazer. Em sua fala, o presidente destacou várias vezes que o plano de investimentos do Sistema Findes visa também a direcionar a indústria capixaba para outro patamar, principalmente no panorama pós-Fundap, onde grandes perdas são previstas para os municípios capixabas. “Estamos preparando um ambiente

favorável a uma indústria com maior valor agregado e conteúdo tecnológico. Para isso, é preciso investir em pesquisa e inovação”, disse. Nesse contexto, Marcos Guerra ressaltou a importância da construção do Instituto Senai de Tecnologia e a ampla modernização do Cetec Beira-Mar (Vitória), com investimentos da ordem de R$ 13,7 milhões. Esta mesma unidade passará a contar também com a Faculdade Senai de Engenharia, que abre sua turma inaugural para 40 alunos no segundo semestre do ano que vem. As unidades do Civit (Serra) e Araçás

CONFIRA OS NOVOS PROJETOS Grande Vitória: • Instituto Senai de Tecnologia (IST) Em Bento Ferreira, Vitória. Início das obras: maio de 2013, com funcionamento previsto para 2014 • Faculdade Senai de Engenharia e Modernização Em Bento Ferreira, Vitória. Com a primeira turma, de 40 alunos, no segundo semestre de 2013 • Centro Tecnológico do Vestuário de Araçás Em Araçás, Vila Velha, começa no segundo semestre de 2013

• Senai Civit Entrega da unidade em Civit, na Serra, ampliada. Previsão: segundo semestre de 2013

Região Sul: • Centro Integrado Sesi – Senai – IEL Atendimento para Cachoeiro de Itapemirim e região. Previsão: 2014 • Ampliação e modernização da unidade Atendimento em Anchieta e região 28

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Região Norte: • Ampliação e modernização de laboratórios Para o atendimento a São Mateus e região. A previsão é para ainda este ano

• Quadra poliesportiva Para Aracruz e região, a entrega está prevista para 2013 • Ampliação e modernização da unidade Atendimento em Linhares e região. Previsão: até 2015 Região Noroeste: • Nova unidade Para o atendimento de Nova Venécia e região, a partir de novembro de 2012

• Centro Vocacional Tecnológico da Indústria do Vesturário Para atendimento de Colatina e região, com funcionamento a partir do primeiro semestre de 2013 Região Serrana: • Laboratório de Informática Para o atendimento a Venda Nova do Imigrante e região, já para este ano

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Indústria EM AÇÃO

distribuição dos recursos

O presidente do Sistema Findes, Marcos Guerra, promoveu uma coletiva de imprensa para apresentar os novos investimentos e projetos

(Vila Velha) completam o que será aplicado nas instalações de grande aporte tecnológico da Grande Vitória. Os investimentos visam a qualificar mão de obra, principalmente para atrair novas indústrias para o Estado. A previsão é que sejam criados, pelo menos, cinco mil empregos com a chegada de novos empreendimentos e por isso novos cursos, nas áreas da indústria naval, automobilística e moveleira – ainda inexistentes no Estado – também estão no alvo da Findes. “Quero colocar o Senai ainda mais próximo às indústrias”, enfatizou Guerra. Até 2014, serão oferecidas pelo Senai 106 mil vagas em cursos com matrículas gratuitas. O interior do Estado também é prioridade. Todas as oito Diretorias e Núcleos Regionais receberão reformas, ampliações, modernizações ou mesmo novas instalações.

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Área

Valores

Educação

82,07%

Saúde e Segurança

6,71%

Cultura e Lazer

5,66%

Acessibilidade

4,34%

Outros

1,22%

Total

R$ 104.297.880

Fonte: Findes

Serão criadas mais unidades móveis para levar capacitação às regiões onde não há unidades operacionais físicas. O projeto prevê a criação de cinco unidades móveis – três na área da Construção Civil, uma de Alimentos e Bebidas e uma de Soldagem. O aumento no número de vagas de Sesi-Senai também ocorrerá em todas as unidades regionais.

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No sistema por Heliomara Mulullo

Indústria cria núcleo

para o desenvolvimento do setor de petróleo e gás Federação das Indústrias quer fomentar a participação das empresas locais na cadeia produtiva

O

Espírito Santo deve receber cerca de US$ 420 bilhões em investimentos no setor de petróleo e gás até 2020. Empresários, tendo em vista as oportunidades que o segmento pode proporcionar, já estão se organizando a fim de solucionar os gargalos e se capacitarem para atender às demandas que surgirão.

“Caso não seja feita uma articulação local nos Estados, esse esforço se dispersa e os recursos disponíveis podem não ser aproveitados” Frederico Antonio Turra, especialista em desenvolvimento empresarial da CNI 30

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O primeiro passo foi dado na segunda quinzena de agosto, quando o Sistema Federação das Indústrias do Espírito Santo - Findes promoveu o Workshop do Núcleo de Petróleo e Gás, na sede da entidade, em Vitória. A abertura do evento aconteceu no dia 20 e contou com a participação de representantes da Findes, do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Petróleo Brasileiro S/A (Petrobras), Shell S/A, Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip), Secretaria de Desenvolvimento do Estado do Espírito Santo (Sedes), Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo (Fapes), entre outras entidades. Na ocasião foi lançado o Núcleo de Petróleo e Gás da Findes, que atuará como integradora, visando a potencializar e fomentar ações para o desenvolvimento do setor de Set/2012 – nº 302

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petróleo e gás capixaba. O Espírito Santo é o segundo Estado a efetivamente instalar o Núcleo de Petróleo e Gás – o primeiro foi o Paraná. Outras 13 Federações de Indústrias também terão seus núcleos formados, criando a sinergia entre os diferentes projetos ligados ao setor. Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Sergipe, Pernambuco, Bahia, São Paulo, Ceará, Maranhão, Amazonas e Rio Grande do Norte participarão do programa. A ação é integrante do Programa de Desenvolvimento Competitivo para Cadeia de Valor da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural, elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O consultor da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e diretor-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, Alberto Machado Neto, informou que o Núcleo atuará sobre cinco pilares: governança; inteligência estratégica; qualificação de fornecedores; inovação; e qualificação de trabalhadores para atender às demandas da cadeia de petróleo e gás. “Muito se fala das descobertas do pré-sal, petróleo, óleo e gás e das oportunidades que virão. Para participar deste momento econômico, os empresários devem estar preparados. Cada Estado tem papel importante no país. Portanto, a ideia é envolver todos os atores. Queremos mobilizar a indústria e o empresariado para a necessidade de “O segmento é alinhado com a indústria química. Temos fábricas e empresas que devem estar preparadas para o momento que o Espírito Santo vai viver” Elias Cucco Dias, vice-presidente do Sindiquímicos

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“Muito se fala das descobertas do pré-sal, petróleo, óleo e gás e das oportunidades que virão. Para participar deste momento econômico, os empresários devem estar preparados” Alberto Machado Neto, diretor-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos integrar uma ação harmônica que seja coordenada em nível nacional”, explicou Alberto Machado. O especialista em desenvolvimento empresarial da CNI, Frederico Antonio Turra, acrescentou que, em nível federal, já há uma grande articulação entre os principais atores da cadeia produtiva, como Ministério de Minas e Energia, Petrobras e CNI. “Caso não seja feita uma articulação local nos estados, esse esforço se dispersa e os recursos disponíveis podem não ser aproveitados”, destacou. Na tarde do dia 21, o workshop teve sua continuidade. Os empresários se reuniram em grupos que elaboraram uma pauta de ações de modo a institucionalizar demandas e pleiteá-las em nível federal. O núcleo tem uma atuação estratégica trazendo um impacto maior para a competitividade das indústrias locais. Oportunidades são bem-vindas O empresário Elias Cucco Dias, vice-presidente do Sindiquímicos, avalia que, de uma maneira geral, toda oportunidade é bem-vinda. “O segmento é alinhado com a indústria química. Temos fábricas e empresas que devem estar preparadas para o momento que o Espírito Santo vai viver. Contamos com a aderência de uma rede composta de entidades importantes, como a Petrobras, Redepetro e Onip. A nossa grande preocupação agora é quanto à demanda por profissionais qualificados”, disse. O secretário de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovação, Educação Profissional e Trabalho (SECTTI), Jadir Péla, também participou do evento e disse que compartilha da preocupação em relação à qualificação profissional no Espírito Santo. Para ele, é preciso desenvolver mão de obra em todas as atividades da cadeia de petróleo e gás. “Para isso, precisamos preparar os nossos recursos humanos, a fim de suprir a demanda com mão de obra local”, disse. Indústria Capixaba – FINDES

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Indústria EM AÇÃO

Roberto Verfini, da SRTE-ES; Marcos Guerra, presidente da Findes; Enésio Paiva Soares, também da SRTE-ES; e José Paulo Loureiro Filho. coordenador do Proger

Empresários são apresentados ao Proger O Sistema Findes e o Ministério do Trabalho e Emprego, por meio da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Espírito Santo, realizaram, no dia 30 de agosto, na sede da Findes, a apresentação aos empresários da indústria capixaba do Programa de Geração de Emprego e Renda (Proger). O objetivo do encontro foi transmitir informações acerca do conjunto de linhas de crédito disponíveis para investir no crescimento e na modernização das empresas, assim como financiar a manutenção de sua atividade e, dessa forma, gerar mais emprego e renda. O programa do Governo Federal cria linhas de crédito para investimentos no crescimento ou modernização de negócios ou custeio das atividades, buscando melhorar a competitividade do páis e as condições de vida do trabalhador brasileiro.

Programas e linhas de crédito do Proger: • I nvestimento para Micro e Pequenos Empreendimentos (urbanos e rurais) •F inanciamento de Capital de Giro de Empreendimentos (urbanos e rurais) •F inanciamento de Médios e Grandes Empreendimentos (urbanos e rurais) • Fomento da Construção Civil • Investimento em Infraestrutura • Fomento da Exportação • Fomento da Inovação e Difusão Tecnológica • Iniciativas Específicas (FAT Moto-frete e FAT Taxista)

Estande da Findes faz sucesso no Vitória Moda Show O estande da Findes foi um dos locais de maior sucesso e procura durante o Vitória Moda Show, realizado entre os dias 25 e 27 de julho, no Centro de Convenções de Vitória. O espaço, que ficou localizado no centro principal da feira, recebeu mais de 1.500 visitantes e realizou, em média, 150 atendimentos por dia de evento. O estande da Findes foi todo produzido e ambientado pensando em conceitos de sustentabilidade. As peças confeccionadas para o espaço foram desenvolvidas em parceria entre o Senai Soluções e a equipe técnica dos Centros Integrados Sesi/Senai/IEL de Colatina, Linhares e Vila Velha. Já o material utilizado veio de sobras e resíduos da indústria capixaba, como cones de papelão dos rolos de tecido. 32

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Indústria EM AÇÃO Presidentes reunidos: José Angelo Rambalducci (Sindibebidas); Leonardo de Castro (Sindiplast-ES); Vladimir Rossi (Sincongel); e Élder Marin (Sindifrio)

Novos mercados para o plástico

O

Sindicato da Indústria de Material Plástico do Espírito Santo (Sindiplast-ES) foi o anfitrião de um evento promovido para o Sindicato das Indústrias de Bebidas em Geral (Sindibebidas), o Sindicato da Indústria do Frio (Sindifrio) e o Sindicato da Indústria de Alimentos Congelados, Supercongelados, Sorvetes, Concentrados e Liofilizados do ES (Sincongel). O Encontro de Negócios aconteceu no dia 16 de agosto, na sede da Findes, para estreitar a relação entre as indústrias de plástico e mercados em potencial, visto que o setor sofre com a concorrência de outros estados, principalmente Bahia, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Atualmente, os principais parceiros comerciais os ramos de plástico no Espírito Santo são o segmentos moveleiro, de construção civil e alimentício. “Aliando competitividade e facilidade logística, o Encontro de Negócios é a iniciativa que faltava para aproximar fornecedores e clientes em potencial”, afirmou Leonardo de Castro, presidente do Sindiplast-ES.

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Orientação em meio ambiente e vigilância sanitária Uma parceria entre Sebrae-ES e Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), através de seu Centro de Apoio aos Sindicatos (CAS), está oferecendo às indústrias associadas assessoria técnica orientadora nas áreas de meio ambiente e vigilância sanitária. Com o “Balcão de Serviços – Meio Ambiente e Vigilância Sanitária”, consultores capacitados auxiliam empresários a encontrarem soluções para os problemas enfrentados cotidianamente nas empresas. Para participar do projeto, a indústria interessada deve solicitar o agendamento de uma reunião e preencher o formulário de inscrição. A partir daí, o empresário será encaminhado para os consultores designados pelo Sebrae-ES. O agendamento pode ser feito pelo telefone (27) 3334-5949 ou e-mail balcaodeservicos@findes.org.br.

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SUSTENTÁVEL por Fabrícia Kirmse

O PREÇO

DA ÁGUA Cobrar pelo uso é um dos instrumentos de combate à escassez dos recursos hídricos no Brasil. Impacto do custo preocupa indústria

S

e pensarmos que o Brasil detém 12% do total da água doce do planeta, com mais de 200 mil bacias hidrográficas, fica difícil entender por que estamos enfrentando o risco da escassez desse recurso. Ainda mais quando levamos em conta que temos um clima úmido, que aumenta a possibilidade de chuvas. Mas o fato é que, além dos recursos hídricos serem naturalmente mal distribuídos no território brasileiro, não se pode negar que o líquido precioso andou sendo muito mal cuidado no país nos últimos anos. Diante do desperdício e da poluição, algumas medidas vêm sendo adotadas na tentativa de minimizar 36

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o problema. Um dos instrumentos de preservação é a Lei nº 9.433, de 1997, que integra a Política Nacional de Recursos Hídricos. Ela estabelece a cobrança pelo uso da água (não apenas pelo serviço de distribuição), ou seja, torna os recursos hídricos um bem econômico. O objetivo, segundo a Agência Nacional de Águas (ANA), é incentivar o uso racional e gerar verba para investimentos na recuperação das nossas fontes hídricas. A lei já é aplicada em 20 bacias do país (de domínios federal e estadual), entre elas, a do Rio Doce, que banha Minas Gerais e Espírito Santo. Set/2012 – nº 302

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A taxa, que recai sobre grandes consumidores, como indústrias e agricultores, é estabelecida pelo comitê gestor de cada bacia, um fórum que reúne vários representantes da sociedade, incluindo os próprios usuários dos recursos hídricos, poder público e população. Para chegar aos valores, foram considerados vários critérios. Um deles é se a água usada é devolvida ou não ao meio ambiente para reaproveitamento e em que estado ela é devolvida (poluída ou tratada adequadamente). Além disso, há mais fatores em consideração, como o grau de deterioração dos rios; a capacidade de pagamento do usuário; o impacto do valor na produção; o retorno financeiro gerado pelo uso da água no negócio; a importância daquela atividade econômica para a sociedade (a agricultura, por exemplo, é considerada essencial); e o potencial de poluição, entre outros. A indústria, hoje, paga

Irrigação, a maior vilã Embora a indústria seja o principal alvo das críticas relativas ao consumo inadequado da água, um relatório de Conjuntura dos Recursos Hídricos da Agência Nacional de Água (ANA) mostra que a grande vilã nessa história é a irrigação, utilizada na agricultura. Considerando os usos em que parte da água consumida no processo produtivo não retorna à sua fonte original, o país retira 1.841,5 metros cúbicos por segundo de suas fontes. A irrigação abocanha 47% desse volume; os sistemas de abastecimento urbano, 26%; a indústria, 17%; os animais, 8%; e a população rural, 2%. Desse total, são utilizados 986,4 metros cúbicos por segundo, sendo 69% na irrigação; 12%, com animais; 10%, no abastecimento urbano; 7%, na indústria; e 2% para a população rural. Set/2012 – nº 302

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“A cobrança não resolve todos os problemas, mas é um importante instrumento de preservação.” Robson Monteiro, diretor de Recursos Hídricos do Iema

o valor mais alto, embora seja a agricultura que consome mais intensamente os recursos hídricos (veja o quadro). Ainda assim, qual é, afinal, o real valor da água? Como definir um preço justo para todos, sem comprometer a produtividade? Esses são alguns dos questionamentos que acabaram surgindo com a instituição da cobrança. Na bacia do Rio Doce, os usuários que captam mais de um litro por segundo no trecho de Minas e mais de 1,5 litro no Espírito Santo devem pagar R$ 0,018 por m³ (1.000 litros) captados. Quem utiliza volumes menores está dispensado da cobrança. Também é cobrado R$ 0,10 por quilo de carga orgânica lançada no manancial. As transposições de água para outras bacias custam R$ 0,022 por metro cúbico. Essas taxas podem subir, anualmente, até 2015. O aumento dos preços está condicionado ao cumprimento ou não de metas de desempenho como, por exemplo, a aplicação eficiente dos recursos arrecadados. No caso da agricultura, com base nos critérios citados acima e segundo avaliação do comitê, esse valor deve ser cobrado para cada 40 m³ (40 mil litros), ou seja, é 40 vezes menor do que a tarifa da indústria. Para este ano, a arrecadação prevista, na bacia, é de R$ 13,2 milhões. Dúvidas A indústria capixaba não nega a importância da lei e reconhece a situação preocupante dos recursos hídricos estaduais. Mas, assim como o setor industrial de outras regiões do país, tem dúvidas em relação à metodologia dessa tarifação. Segundo o diretor de Meio Ambiente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Wilmar Barbosa, a entidade tem feito até um trabalho significativo de conscientização sobre o tema e participa de todos os comitês de bacias. “Mas um dos pontos questionados pelos industriais na cobrança é a forma como a medida vem sendo implantada”, destaca. Indústria Capixaba – FINDES

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sustentável

Entenda a lei de cobrança da água • O objetivo é reconhecer a água como bem econômico, incentivar seu uso racional e gerar recursos financeiros para investimentos na recuperação e preservação dos recursos hídricos. • Segundo a Agência Nacional de Águas (ANA), a cobrança não é um imposto, mas um preço público, fixado a partir de um pacto entre usuários, sociedade civil e poder público no âmbito do respectivo Comitê de Bacia. • Estão sujeitos à cobrança os grandes usuários de recursos hídricos localizados em rios da Bacia do Rio Doce • Os recursos financeiros serão arrecadados pela ANA e repassados integralmente para aplicação em ações de recuperação da bacia pelo Instituto BioAtlântica, entidade escolhida para atuar como Agência de Águas na região. “A cobrança é estabelecida, por enquanto, em apenas algumas bacias do Brasil. No caso do Espírito Santo, na do Rio Doce. Essa taxa, naturalmente, eleva os custos de produção, o que pode dificultar a concorrência com empresas que ainda não são cobradas pelo uso da água”, pontua Barbosa. Com isso, segundo o diretor, a competitividade dos produtos poderá ficar prejudicada.

“Não somos contra a cobrança, mas queremos que seja criada uma metodologia mais clara para a aplicação da lei” Wilmar Barbosa, diretor de Meio Ambiente da FINDES

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Barbosa avalia que seria importante ter criado um programa de utilização dos recursos captados com a lei para depois, sim, planejar essa captação, criando uma metodologia equiparada de cobrança nas bacias e um plano de investimentos. Para ele, também seria fundamental realizar um estudo de impacto dessa cobrança na atividade industrial. Segundo o diretor de Meio Ambiente da Findes, embora a ANA afirme que o valor estabelecido seja um preço condominial e não um imposto, a medida não deixa de ser uma tributação. “A empresa paga e não sabe exatamente para onde vai nem como vai ser gerido esse dinheiro”, analisa. “Não somos contra a lei, mas achamos que sua estruturação e metodologia de cobrança e aplicação devem ser revistas”. Ações Wilmar Barbosa diz que todos os segmentos do setor industrial do Estado têm tentado minimizar os gastos com a água. Há, segundo ele, uma conscientização geral – e crescente –, sobre a importância da preservação dos recursos hídricos. “O que podemos fazer para minimizar o desperdício estamos fazemos”. As principais medidas adotadas pela indústria estão relacionadas à aplicação de tecnologias para reutilização dos recursos hídricos, entre elas, tratamento dos efluentes (a água que é devolvida ao meio ambiente após a produção industrial); dessanilização da água do mar; captação e tratamento da água das chuvas. O reaproveitamento da água pode chegar a mais de 90% em alguns casos. Set/2012 – nº 302

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TABELA DE COBRANÇA DA BACIA DO RIO DOCE Valores previstos para o Estado

Ano

Captação de água (por m³)

Transposição (por m³)

Lançamento de carga (por kg)

2012

R$ 0,018

R$ 0,022

R$ 0,10

2013

R$ 0,021

R$ 0,027

R$ 0,12

2014

R$ 0,024

R$ 0,031

R$ 0,15

2015

R$ 0,03

R$ 0,04

R$ 0,16

O diretor de Recursos Hídricos do Instituto Estadual do Meio Ambiente (Iema), Robson Monteiro, explica por que a cobrança no Rio Doce é uma prioridade aqui no Estado. “Alguns afluentes do Rio Doce têm sofrido muito com a exploração inadequada”. Ele esclarece que o preço estabelecido varia, entre outros fatores, de acordo com o grau de deterioração dos rios e também com a atividade praticada pelo usuário. Monteiro assinala também que existem diversos planos de investimento para a arrecadação, como recuperação de áreas de nascente para aumentar a oferta hídrica,

Atividades industriais e siderúrgicas são as mais atingidas pela cobrança A bacia do Rio Doce, única do Estado já submetida à lei que cobra pelo uso da água, tem 86.700 km² (86% pertencentes a Minas e 14% capixabas) e abastece 229 municípios, sendo 203 em Minas e 26 no Espírito Santo. Nela, está instalado o maior complexo siderúrgico da América Latina e um polo importante de mineração. Entre as indústrias, estão Vale, Usiminas, Fibria, Acesita, ArcelorMittal e Cenibra. Estima-se que as atividades industriais e de mineração respondam, no local, por cerca de 80% da arrecadação com a cobrança da água. Também há atividades agropecuárias na região. Set/2012 – nº 302

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projetos de melhorias no saneamento e combate à perda de água com irrigação. Sobre as demais bacias do Estado e a preocupação da indústria com o comprometimento da concorrência, o diretor de Recursos Hídricos do Iema afirma que já há estudos para a aplicação da lei nas bacias dos rios Jogo, Santa Maria e Benevente. “Estão sendo avaliadas as prioridades de cobrança”. As outras bacias do Espírito Santo, segundo Monteiro, devem ser analisadas até o final de 2015. “Pode ser que alguma bacia não precise da taxa. Mas é pouco provável. Tudo está sendo feito com base em estudos”. Robson também destaca que uma das solicitações dos industriais já está em análise. Serão avaliados, segundo ele, mecanismos que garantam o acesso das empresas aos recursos da cobrança, que atualmente não podem ser destinados a instituições privadas, por se tratar de dinheiro público. Os empresários querem ter acesso ao dinheiro para investir na compra de equipamentos, capacitação e em processos de produção que permitam o uso mais eficiente da água. “O estudo para viabilizar esses financiamentos já está em andamento”, avisa. Ele avalia que a cobrança, certamente, não resolverá todos os problemas, mas é um importante instrumento de incentivo ao uso racional da água. O fato é que pairam muitas dúvidas sobre a forma como a lei da cobrança pelo uso da água está sendo aplicada. Há quem diga que o processo ainda é uma verdadeira caixa-preta. A indústria acredita que ainda sejam necessárias muita discussão e análise para se chegar a um denominador comum. Indústria Capixaba – FINDES

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Indústria EM AÇÃO

Comitiva capixaba participou da Concrete Show 2012

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ara atualizar os profissionais capixabas com as inovações tecnológicas,uma comitiva composta por 40 empresários do Sindicato da Indústria de Produtos de Cimento do Estado do Espírito Santo (Sinprocim-ES) participou da Concrete Show South America 2012, maior evento de tecnologia da cadeia produtiva do concreto na América Latina. Na sua 6ª edição, a feira aconteceu de 29 a 31 de agosto, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo, e reuniu cerca de 30 mil visitantes, que conheceram as novidades e lançamentos de mais de 550 empresas nacionais e internacionais. Ao todo, foram

A comitiva capixaba em visita ao Concrete Show, em São Paulo

mais de 60.000 m² de exposição de maquinários, equipamentos, produtos e serviços. A missão empresarial foi uma ação do Programa de Desenvolvimento Empresarial para as Indústrias de Produtos de Artefatos de Concreto do Espírito Santo (PDE-ES), realizada com o apoio do Sebrae, da ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland), da Findes e do Senai.

Sindirochas elege nova Diretoria Tomou posse, no dia 28 de agosto durante a abertura da Cachoeiro Stone Fair 2012, a nova Diretoria do Sindicato das Indústrias de Rochas Ornamentais, Cal e Calcário – Sindirochas, eleita para o período 2012-2015. A ocasião foi marcada pela passagem simbólica da chave do Sindicato pelo então presidente, Emic Malacarne Costa, para o presidente atual, o empresário Samuel Mendonça. Durante a cerimônia, Emic agradeceu a todos que colaboraram com sua gestão e com as ações desenvolvidas pelo Sindirochas para o fortalecimento e desenvolvimento desse importante setor produtivo no Espírito Santo. O novo presidente, Samuel Mendonça, assumiu agradecendo a confiança nele depositada e comprometendo-se a dar continuidade ao trabalho desenvolvido até então pelo Sindirochas, atuando de forma dedicada e responsável para, cada vez mais, aumentar sua representatividade e consolidar o papel do setor no Estado, no Brasil e no mundo. Prestigiaram a posse e a abertura da Cachoeiro Stone Fair o governador Renato Casagrande; o secretário de Desenvolvimento do ES, Márcio Félix; o deputado federal Camilo Cola; o presidente da Findes, Marcos Guerra; o secretário de Geologia

A entrega simbólica da chave do Sindirochas marcou a solenidade de posse da nova Diretoria para o período 2012-2015

e Transformação Mineral do MME, Cláudio Scliar; autoridades federais, estaduais e do município de Cachoeiro de Itapemirim, além de lideranças empresariais, representantes de entidades diversas e, principalmente, dos empresários do setor de rochas ornamentais.

Sinconfec reelege Clara Thaís Orlandi Clara Thaís Orlandi assumiu mais um mandato à frente do Sinconfec

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No dia 18 de julho, Clara Thaís Rezende Orlandi foi reeleita para a presidência do Sindicato da Indústria de Confecções de Roupas em Geral do Espírito Santo (Sinconfec) no triênio 2012/2015. Ela reassumiu o sindicato com a proposta de dar continuidade ao desenvolvimento dos setores de confecções do Estado. “Nosso maior desafio é a realização e construção do CentroModa, que será implantado para ampliar a visão dos artesãos e empresas de confecções, trabalhando produtos diferenciados associados a valores sociais, econômicos e culturais”, disse Clara. Set/2012 – nº 302

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indicadores

ÍNDICE DE CONFIANÇA (ICEI) Agosto de 2012 Aumenta a confiança do empresário industrial capixaba

O

Índice de Confiança do Empresário Tabela 1 Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) capixaba, produziICEI – Espírito Santo e Brasil do pelo Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo Mar/12 Abr/12 Mai/12 Jun/12 Jul/12 Jul/12 (IDEIES),sob a coordenação da Confederação Nacional da Indústria – CNI aumentou 1,8 Brasil 58,6 57,2 57,9 56,1 53,3 54,5 ponto em agosto de 2012, em relação ao mês Espírito Santo 62,0 58,9 59,9 61,0 57,2 59,0 anterior. Além disso, o indicador permaneceu acima da linha divisória de 50 pontos (59 Fonte: IDEIES/CNI - Elaboração: Núcleo Estratégico de Conjuntura – NEC pontos), denotando que os industriais capixabas estão confiantes. Em relação a agosto de 2011, cujo indicador era de 59,9 pontos, o ICEI registrou uma encontrava em 56,3 pontos naquele mês. queda de 0,9 ponto. O ICEI nacional é composto pelas informações de O ICEI da indústria brasileira também avançou em agosto Condições Gerais da Economia Brasileira e Condições de 2012, em comparação ao mês anterior (+1,2 ponto) e se Gerais da Empresa e de Expectativas da Economia Brasileira manteve acima da linha divisória de 50 pontos (54,5 pontos). e Expectativas da Empresa. O ICEI do Espírito Santo Frente ao mesmo mês de 2011, a indústria nacional conta- inclui mais duas questões: Condições Gerais do Estado e bilizou um decréscimo de 1,8 ponto, já que o indicador se Expectativas do Estado.

Percepção do Empresário Industrial - Condições Atuais O indicador de condições atuais da indústria do Espírito Santo, elaborado com base na percepção dos industriais em relação à economia, ao estado e à própria empresa se elevou em 1,1 ponto em agosto de 2012, comparativamente ao mês anterior. O acréscimo não foi suficiente para que ultrapassasse a linha divisória de 50 pontos, já que o indicador se situou em 49 pontos. Influenciaram no resultado os itens condições da economia brasileira (+1,8 ponto) 42

Indústria Capixaba – FINDES

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Indicador de Condições Atuais

Tabela 2

Espírito Santo Condições Atuais

Brasil

Jul/12

Ago/12

Jul/12

Ago/12

47,9

49,0

44,0

46,0

42,6

44,4

40,5

42,0

Com relação à: Economia Brasileira Estado

42,9

46,1

-

-

Empresa

50,9

50,8

45,8

48,0

Fonte: IDEIES/CNI – Elaboração: Núcleo Estratégico de Conjuntura – NEC

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e condições do estado (+3,2 pontos), já que o de condições da empresa recuou 0,1 ponto, sendo porém o único a se posicionar na faixa superior a 50 pontos (50,8 pontos). O indicador de condições atuais da indústria nacional cresceu 2 pontos em agosto de 2012, em relação ao mês anterior,

se situando em 46 pontos, influenciado tanto pelas condições em relação à economia brasileira (+1,5 ponto), como pelas condições em relação à empresa (+2,2 pontos). Porém, esses indicadores permaneceram abaixo da linha divisória de 50 pontos, o que denota condições desfavoráveis.

Percepção do Empresário Industrial – Expectativa para os próximos seis meses Os industriais capixabas continuam otimistas em relação aos próximos seis meses, pois além do indicador ter registrado crescimento em agosto de

2012, em relação ao mês anterior (+1,9 ponto), permanece acima da linha divisória de 50 pontos (64 pontos). O acréscimo foi impulsionado por todos os

Indicador de Expectativa para os próximos seis meses

Tabela 3

ESPÍRITO SANTO Expectativa

BRASIL

Jul/12

Ago/12

Jul/12

Ago/12

62,1

64,0

58,0

58,7

Economia Brasileira

56,3

59,2

53,2

54,0

Estado

55,7

60,7

-

-

Empresa

65,0

65,7

60,4

61,1

Com relação à:

Fonte: IDEIES/CNI – Elaboração Núcleo Estratégico de Conjuntura – NEC

itens que compõem o indicador: expectativa em relação à economia brasileira (+2,9 pontos), em relação ao estado (+5 pontos) e à empresa (+0,7 ponto), além de todos se situarem acima da linha divisória de 50 pontos, indicando que a expectativas são favoráveis. A indústria nacional também registrou acréscimo no indicador de expectativas em agosto de 2012, em comparação ao mês anterior (+0,7 ponto) e se manteve na faixa superior a 50 pontos (58,7 pontos), porém menor que o do Espírito Santo. O aumento foi impulsionado tanto pelo indicador de expectativa em relação à economia brasileira (+0,8 ponto), como pelo de expectativa em relação à empresa (+0,7 ponto).

Notas • A partir de janeiro de 2012, as empresas da amostra foram reclassificadas segundo a CNAE 2.0, os portes de empresa foram redefinidos de acordo com a metodologia do EuroStat (mais informações www.cni.org.br/icei) e a série histórica do ES foi recalculada retroativamente a fevereiro de 2010. • O ICEI varia no intervalo de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam empresários confiantes. • A pesquisa, cuja amostra é selecionada pela Confederação Nacional da Indústria – CNI, contou nesse mês com a participação de 112 empresas capixabas (33 pequenas, 58 médias e 21 de grande porte). Dessas, 29 empresas pertencem ao setor de construção civil. Set/2012 – nº 302

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indicadores

SONDAGEM INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO - ESPÍRITO SANTO Desempenho em julho de 2012

A

Sondagem Indústria da Construção, pesquisa desenvolvida mensalmente pelo Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo (IDEIES), sob a coordenação da Confederação Nacional da Indústria – CNI registrou crescimento em julho de 2012, em relação ao mês anterior, em todos os indicadores investigados: evolução do nível de atividade (+1,4 ponto), atividade em relação ao usual (+0,3 ponto) e evolução do número de empregados (+2,5 pontos). Apesar disso, a indústria da construção capixaba operou abaixo do esperado para o mês, pois o indicador ATIVIDADE INDICADORES Evolução do nível de atividade Atividade em relação ao usual Evolução do número de empregados Utilização da capacidade de operação - UCO (%)1 ¹ pesquisado mensalmente a partir de janeiro de 2012 Fonte: IDEIES / CNI – Elaboração: Núcleo Estratégico de Conjuntura – NEC

de atividade em relação ao usual foi o único que permaneceu abaixo da linha divisória de 50 pontos (46,5 pontos). A Utilização da Capacidade de Operação (UCO), que mensura o percentual médio de utilização da capacidade de operação da indústria da construção e é elaborada com base na percepção empresarial sobre a intensidade no uso dos recursos da empresa para realizar seus serviços e empreendimentos no mês, dada sua capacidade atual de operação, se elevou para 75% em julho de 2012, significando um aumento de 4 pontos percentuais em relação ao mês anterior. Os resultados de julho de 2012, frente aos de Tabela 1 julho de 2011, mostraram recuo nos indicadojul/11 jun/12 jul/12 res de evolução do nível de atividade (-0,1 ponto) 50,4 48,9 50,3 e de atividade em relação 47,6 46,2 46,5 ao usual (-1,1 ponto). Em contrapartida, o de 53,0 50,7 53,2 evolução do número 71,0 75,0 de empregados registrou ligeiro acréscimo (+0,2 ponto).

Expectativas em agosto de 2012 para os próximos seis meses Os líderes industriais da construção do estado continuam otimistas em relação aos próximos seis meses, já que todos os indicadores de expectativa se situaram acima da linha divisória de 50 pontos. Entretanto, em menor proporção, já que a maioria dos indicadores 44

Indústria Capixaba – FINDES

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ATIVIDADE

Tabela 2

INDICADORES

ago/11

jul/12

ago/12

Nível de atividade

59,3

55,9

54,4

Novos empreendimentos e serviços

56,9

54,8

55,5

Compras de insumos e matérias-primas

58,9

56,8

55,1

Número de empregados

58,7

57,8

56,4

Fonte: IDEIES / CNI – Elaboração: Núcleo Estratégico de Conjuntura – NEC

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registrou queda em agosto de 2011,relativamente a julho: nível de atividade (-1,5 ponto), compras de insumos e matérias-primas (-1,7 ponto) e número de empregados (-1,4 ponto). Já o de novos empreendimentos e serviços apresentou um crescimento de 0,7 ponto.

Na comparação com agosto de 2011, verificou-se queda em todos os indicadores pesquisados: nível de atividade (-4,9 pontos),novos empreendimentos e serviços (-1,4 ponto), compras de insumos e matérias-primas (-3,8 pontos) e número de empregados (-2,3 pontos).

Notas

• A partir de janeiro de 2012, as empresas da amostra foram reclassificadas segundo a CNAE 2.0, os portes de empresa foram redefinidos de acordo com a metodologia do EuroStat (mais informações www.cni.org.br/icei) e a série histórica do ES foi recalculada retroativamente a fevereiro de 2010. • Os indicadores variam no intervalo de 0 a 100, sendo que valores acima de 50 pontos indicam aumento, atividade acima do usual ou expectativa positiva e abaixo de 50 pontos, queda, atividade abaixo do usual ou expectativa negativa.

• A pesquisa, cuja amostra é selecionada pela Confederação Nacional da Indústria – CNI, contou nesse mês com a participação de 29 empresas capixabas (09 pequenas e 20 médias+grandes).

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artigo

Indústria e universidade

N

o final do século XVII, os movimentos pró-republicanos no Brasil colonial mantinham dois emblemáticos eixos em suas campanhas: indústria e universidade. Tal referência, há mais de 200 anos, já era considerada como sendo fundamental à tão sonhada República, como nos diz o filósofo e professor Roberto Romano, da Unicamp-SP. Podemos concluir, então, que o sonho republicano brasileiro já vislumbrava a produção do conhecimento associada ao desenvolvimento econômico e social, e, por que não dizer, à liberdade. Hoje, quando já temos indústria e universidade, a produção científica e tecnológica no ambiente acadêmico, voltada para a sua aplicação nos ambientes industriais, ainda ensaia arranjos pontuais e setorizados, embora muito importantes. Em algumas áreas, com efeito, os investimentos em inovação tecnológica estão mais avançados, como na indústria do petróleo, mineração, siderurgia e informática. O Governo Federal deu o primeiro passo para incentivar a inovação, criando, em 2004, a Lei da Inovação Tecnológica, que estabelece novos conceitos para este tema nas instituições de pesquisa e também no empresariado. Em 2008, a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) criou o Instituto de Inovação Tecnológica (Init).

Com sua economia diversificada e que cresce acima da média do país, o Espírito Santo vem consolidando uma nova cultura de inovação. O Governo do Estado, nos últimos anos, tem se mostrado sensível a essa questão, haja vista a criação da Secretaria de Ciência e Tecnologia e da Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapes). O Espírito Santo foi o primeiro Estado do país, também em 2008, a criar a sua Rede de Núcleos de Inovação Tecnológica (RNIT), que hoje atua articulada em três núcleos. Estes estão instalados na Ufes, no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (Ifes), e no Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper). Esse conjunto de iniciativas não deixa margem para incertezas quando se trata de agregar novas tecnologias à produção industrial e de serviços. A Ufes está pronta para promover a transferência de tecnologia com segurança, garantindo o direito à patente dos inventos e, assim, influir no desenvolvimento econômico e social do Estado e do país. O investimento em inovação, além da potencial transferência de tecnologia, deverá estar associado à universalização do conhecimento, bem como à formação de recursos humanos qualificados em pesquisa. A Ufes, no contexto atual, está preparada para essa relação com o setor produtivo, e já tem trabalhado nessa direção em algumas áreas, como na indústria do petróleo, por exemplo. Esse movimento, todavia, não deve se limitar às grandes empresas. Há que se investir mais arrojo na busca pela inovação. Hoje, a universidade tem 12 patentes depositadas no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi) aguardando concessão, e outras 18 em fase de elaboração. Mas, se por um lado, a Ufes está preparada para esse movimento; por outro, o empresariado precisa compreender a importância vital da inovação nos seus diferentes empreendimentos. Na atividade industrial contemporânea, globalizada e altamente competitiva, a inovação é o diferencial que pode assegurar a sobrevivência e o crescimento do empreendedor. Reinaldo Centoducatte é reitor da Ufes

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Indústria EM AÇÃO

Empresários de Aracruz participam do “Dia DE Associar-se”

A

pós o sucesso das duas primeiras edições do “Dia DE Associar-se”, realizadas em Colatina (21/03) e Cachoeiro de Itapemirim (04/04), no dia 16 de agosto foi a vez de Aracruz receber o evento, que aconteceu no Centro Integrado Sesi-Senai do município. A programação especial tem como objetivo solidificar a relação entre sindicatos, Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), empresas e entidades do poder público no intuito de fortalecer o desenvolvimento em todo o Estado através da promoção do associativismo. O projeto é fruto da união entre Centro de Apoio aos Sindicatos (CAS) da Findes, presidentes e executivos dos sindicatos, diretores regionais da Findes, além de contar com a participação do Ideies, Sesi, Senai, IEL, Bandes, Banestes, Aderes e Sebrae-ES. “A partir do momento em que o empresário se associa ao sindicato que o representa, ele está fortalecendo esta entidade que, por sua vez, terá maior representatividade junto ao poder público e segmentos organizados da iniciativa privada, gerando melhores resultados, maior

Marcos Guerra discursa para público

solidez e evolução do setor onde atua”, destacou o presidente da Findes, Marcos Guerra. A metodologia de trabalho criada e implementada pela Findes nessa ação está sendo reconhecida nacionalmente e, recentemente, o “Dia DE Associar-se” foi adotado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) como modelo de promoção do associativismo a ser replicado em todas as Federações de Indústrias do país, já a partir do mês de outubro.

Ex-presidente Sergio Rogerio de Castro é homenageado em Aracruz

Sergio Rogerio de Castro com sua esposa, Ana Maria de Castro, entre os filhos Giuliano e Leonardo de Castro

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Sergio Rogerio de Castro,que presidiu a Findes de 1989 a 1992 e atualmente ocupa a presidência do Conselho Temático Superior de Assuntos Legislativos (Coal) da entidade, recebeu homenagem no “Dia DE Associarse”, que aconteceu no dia 16 de agosto, na Regional da Findes em Aracruz. O evento foi realizado no Centro Integrado Sesi- Senai IEL do município, que agora ostenta o seu nome. Atuais e ex-diretores da Findes também passaram a nomear salas e laboratórios da unidade. Durante seu discurso,Sergio Rogerio lembrou de fatos importantes da época em que foi presidente da Findes e destacou que o Centro Integrado de Aracruz foi o primeiro projetado desde o início para Federação Sesi, Senai e IEL.

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caso de sucesso por Fabrícia Kirmse

Bebidas Reggiani Sabor cheio de tradição

J

enipapina ou genipapina? Quando foi lançado no Estado, há mais de 50 anos, o famoso licor de jenipapo da família Reggiani carregou em seu rótulo, durante algum tempo, o nome da bebida escrito - equivocadamente - com a letra g. O erro de português não impediu que o produto caísse no gosto do consumidor. A correção veio depois, mas o licor já tinha ganhado o mercado capixaba. Essa é apenas uma das boas histórias que ilustram a trajetória da Catuaba Indústria de Bebidas S.A, conhecida como Bebidas Reggiani, no Espírito Santo. A fábrica surgiu pelas mãos dos irmãos Honório Reggiani e Mário Reggiani, em 1949, no município de Araguaia, inicialmente com o nome Fratelli Reggiani. Os irmãos já revendiam bebida no Estado, até que decidiram fabricar licor de jenipapo e foi um grande sucesso. “Virou tradição no Espírito Santo. Depois, corrigimos o nome para jenipapina, mas a bebida já vendia muito e teve quem achasse até que se escrevesse com g mesmo”, diverte-se Gibson Barcelos Reggiani (foto), filho de Honório Reggiani e sócio-proprietário da empresa. O executivo conta que o tio, Mário Reggiani, era bastante habilidoso na arte de produzir bebidas, e acabou criando também a famosa catuaba. “Nossa empresa vendeu a primeira catuaba do país. Por muito tempo, só existiu ela no mercado. Fomos pioneiros”, orgulha-se. E foram justamente os bons resultados das vendas da catuaba que marcaram a ampliação dos negócios da empresa. O sucesso levou a fábrica a alçar voos mais altos, saindo do interior do Espírito Santo e se instalando em Cariacica. Atualmente, a Bebidas Reggiani tem sede em Viana e conta com uma linha completa de destilados, vinhos, 48

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coquetéis, gaseificados e outras bebidas de qualidade reconhecida. Acompanhando as novas tendências, a fábrica lançou os produtos Ice Off e, mais recentemente, o energético Start, hoje o carro-chefe da empresa, ambos voltados para o mercado jovem. As novidades ajudaram a modernizar a imagem da empresa. “Já chegamos a ocupar o terceiro lugar em volume de produção de Ice no país. Os energéticos estão na moda, por isso, vivemos uma ótima fase com esse produto”, conta Gibson Reggiani, que comanda a fábrica ao lado de seu irmão Honório Reggiani Filho. Hoje, os negócios estão mais concentrados na Região Sudeste, mas a empresa, com cerca de 100 empregados, também vende para a Bahia (que consome 20% da produção) e, em menor percentual, para Pernambuco, Goiás e Distrito Federal. No total, incluindo todas as linhas, são produzidas, em média, por mês, 95 mil dúzias (caixas) de bebidas. E os planos de crescimento não param. Está sendo feita uma reformulação nas linhas de produção e também há um projeto de construção de outra unidade fabril, agora no Rio de Janeiro. “A previsão é de concluirmos esse projeto até julho do ano que vem”, pontua o sócio-proprietário. Gibson Reggiani também não para. Formado em Engenharia Civil, com doutorado em Engenharia de Produção, ele dirige a empresa, dá aulas na Universidade Federal do Espírito Santo, é presidente do Sindicacau e vice-presidente do Sindibebidas, além de diretor tributário na Findes. Sobre a história de sucesso da Bebidas Reggiani, um dos segredos, como revela, é estar atento às mudanças e exigências do mercado. “Tudo começou com a jenipapina e a catuaba, mas não paramos no tempo”. Set/2012 – nº 302

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inovação por Heliomara Mulullo

Indústria criativa,

a indústria do futuro Crescimento econômico mundial aposta nas indústrias que priorizam a criatividade

A

industria criativa tem conquistado o mercado mundial e seu conceito tem se tornado modelo para a economia moderna em diversos países, por se tratar de uma fonte de ideias inovadoras e originais. Muito associada à criatividade, à habilidade e ao talento, este tipo de indústria tornou-se fundamental para a geração de riqueza, emprego e crescimento mundial.

“Temos visto que o nível de conceituação, informação e domínio sobre o assunto é muito vago. Confundem o assunto com sustentabilidade, terceiro setor, economia criativa” José Carlos Bergamin, presidente do Comitê da Industria Criativa 50

Indústria Capixaba – FINDES

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Especialistas apontam que entre 2006 e 2009 a expansão da indústria criativa foi de 21%, frente a um crescimento de 6% da formal. A base de dados sobre o setor ainda é escassa, mas a estimativa é de que a atividade empregue 7.573 pessoas no Estado. No Brasil, além das poucas estatísticas disponíveis, a aplicação do conceito é recente. Mas na experiência mundial já surgiu até faculdade de indústria criativa, a exemplo da Austrália. De olho nesse perfil de crescimento, a Federação das Indústrias do Espírito Santo - Findes tem desempenhado um papel pioneiro com o objetivo de unir atores visando a disseminar o conceito e fomentar ações voltadas a desenvolver este segmento. Para isso, conta com uma ferramenta importante: o Comitê da Indústria Criativa, criado em julho de 2011 e oficialmente instalado em julho de 2012, quando realizou sua primeira reunião. O presidente é José Carlos Bergamin, empresário do ramo de confecções. Set/2012 – nº 302

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O mundo se rende à economia do futuro Uma das tarefas prioritárias do Comitê, segundo Bergamin, é a disseminação de conhecimento acerca do assunto. “Temos visto que o nível de conceituação,informação e domínio sobre o assunto é muito vago. Confundem com sustentabilidade, terceiro setor, economia criativa. Para dar mais divulgação, incluímos no nosso Comitê o departamento de Marketing da Findes e, posteriormente, as assessorias das indústrias participantes desse processo”, destacou Bergamin. De acordo com o presidente, o comitê utilizará as salas de aulas para divulgar o conceito de industria criativa.“Concluímos que uma boa forma de promover a informação é colocá-la nas salas de aula. Daí o Sesi e o Senai terão papel fundamental. Assim, teremos todas as formaçãoes técnicas com o conceito bem definido, de modo a torná-lo público”, disse. José Carlos Bergamin explica que o Sebrae também terá papel importante na divulgação do conceito correto de indústria criativa.“O Sebrae vai formular um projeto piloto que será aplicado em 600 empresas capixabas,das quais 50 preencherão um cadastro completo. A metodologia será toda desenvolvida pelo Instituto de Desenvolvimento Educacional e Indústrial do Espírito Santo (Ideies). Três ou quatro destas empresas serão consideradas modelo para o Sebrae nacional”, destacou. A ideia é que o projeto, pioneiro no Brasil, seja implantado em dois anos e que sua base seja formada para se desenvolver enquanto arranjo produtivo.

“Esses grupos têm a responsabilidade de desenhar uma metodologia para desenvolver os setores nele inseridos. Teremos como ponto de partida o desenvolvimento da indústria moveleira, de confecções e de rochas” Doria Porto, diretor-executivo do Ideies

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A indústria criativa é integrante da economia criativa, que no mundo já representa 7% do Produto Interno Bruto (PIB) e se destaca em países desenvolvidos, como Inglaterra, Estados Unidos e Austrália. Seu conceito ganhou destaque durante o governo do primeiro-ministro britânico Tony Blair (1997 a 2007), com uma série de incentivos a atividades que priorizam a criatividade, como software, design e mídia. Estima-se que tais indústrias tenham agregado à economia mundial um valor de aproximadamente US$ 3 trilhões no último ano. Isso implica uma participação de 7% na economia mundial. Além disso, a estimativa futura de crescimento é de 10% ao ano. No Brasil, embora não haja estudos consolidados sobre o tema, estima-se que tais indústrias respondam por algo em torno de 1% do PIB Rota Imperial também faz parte do Comitê O Comitê da Industria Criativa conta com a participação de representantes do Sistema Findes – incluindo o Instituto Rota Imperial, o IRI –, governo estadual, Sebrae, sindicatos, universidades, segmentos industriais voltados para a moda, propaganda, gastronomia e fabricantes de softwares. O diretor-executivo do Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo (Ideies), Doria Porto, explica que o IRI passou a integrar o Conselho como uma das âncoras deste segmento. O Comitê foi dividido em quatro grupos: moda; arquitetura e design de interiores; gastronomia, turismo e artesanato; software e aplicativos. “Esses grupos têm a responsabilidade de desenhar uma metodologia para desenvolver os setores nele inseridos. Teremos como ponto de partida o desenvolvimento da indústria moveleira, de confecções e de rochas. A metodologia desenvolvida vai gerar um plano piloto que servirá de modelo para o Sebrae nacional”, anuncia Doria. A proposta é ampliar e diversificar a capacidade produtiva do Espírito Santo, uma vez que sua economia ainda é muito atrelada às grandes indústrias aqui instaladas. O modelo a ser produzido seguirá os moldes aplicados na Inglaterra - país onde a economia criativa apresenta maior crescimento, com taxa de 8% ao ano, além de participação de 8,2% no PIB e 6,4% da força de trabalho empregada. Indústria Capixaba – FINDES

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Indústria EM AÇÃO

Ferramenta para calçadistas de Cachoeiro

A

s indústrias de calçados de Cachoeiro de Itapemirim contam agora com uma importante ferramenta de gestão. O Sebrae realizou um diagnóstico com base nas informações de 11 empresas do município e apresentou os resultados durante reunião promovida pelo Sindicato da Indústria de Calçados do Espírito Santo (Sindicalçados) em agosto, na regional da Findes de Cachoeiro. Entre os itens destacados pelo documento “Diagnóstico Setorial de Calçados de Cachoeiro de Itapemirim”, estão a identificação de pontos fortes e oportunidades para as fábricas da região. O diagnóstico apontou como pontos fortes o empreendedorismo, a experiência das empresas e a consciência de que a coletividade é importante para o sucesso. Foram identificadas oportunidades a curto, médio e longo prazo, como metodologia de troca rápida de modelos, gestão financeira e

Representantes do setor calçadista dialogam com diretores da Findes

implantação da gestão dos indicadores de desempenho fabril, respectivamente. Cachoeiro de Itapemirim é o maior polo calçadista do Espírito Santo, concentrando 25,7% das indústrias do setor. Além disso, o município responde por quase 50% dos 400 empregos diretos e indiretos gerados pelo segmento.

Capacitação na Regional de Aracruz O Sistema Findes, por meio do Programa de Desenvolvimento do Associativismo (PDA), promoveu no dia 29 de agosto o curso “Como evitar problemas trabalhistas?”. A capacitação foi realizada durante todo o dia na Regional da Findes em Aracruz, com a presença do consultor Eduardo Pastore, que atua como advogado trabalhista empresarial e associativo, além de autor do livro “O Trabalho Sem Emprego”. Cerca de 40 pessoas participaram do curso, entre elas, empresários e colaboradores de diversos sindicatos patronais como Siges, Sinconfec, Sindicacau, Sindimassas, Sindipães, Sindirepa, Sinduscon e Sindirochas.

Capacitação do PDA orientou participantes sobre questões trabalhistas

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Indústria Capixaba – FINDES

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Marcos Guerra (à esquerda), e outros 18 presidentes de federações das indústrias do país visitam as instalações do Senai Cimatec em Salvador (BA)

Industriais visitam Centro Tecnológico na Bahia Uma comitiva de industriais, dentre eles o presidente da Findes, Marcos Guerra, realizou uma visita ao Centro Integrado de Manufatura e Tecnologia (Cimatec) do Senai de Salvador (BA). Além dele, outros 18 presidentes de federações estaduais de indústrias estiveram presentes à visita na capital baiana. O convite foi feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) para apresentar os projetos de Institutos Senai de Inovação a representantes de vários estados. “Esta visita ao Cimatec se completa com as outras comitivas que levamos aos polos tecnológicos de Campinas (SP) e Florianópolis (SC) neste ano, e contribui para a conclusão do modelo que vamos seguir,que deve incluir parcerias com o Governo do Estado, entidades acadêmicas e o setor privado”, afirmou Guerra. Set/2012 – nº 302

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SAÚDE por Fabiana Tostes

GINÁSTICA, MASSAGEM E ORAÇÃO NO DIA A DIA DO TRABALHADOR

A equipe da Polita: reflexão e oração antes de iniciar o trabalho do dia

Visando ao bem-estar do funcionário, empresas capixabas estão investindo em atividades saudáveis

S

egunda-feira, pouco antes das 7 horas. Já com as portas abertas e com uma mesa de café da manhã posta, a empresa começa a receber os primeiros funcionários. Formada por 48 profissionais, a equipe terá um momento de comunhão antes de iniciar em suas funções. Enquanto participa da mesa, o grupo inicia um tempo de reflexão e oração, pedidos para que o dia de atividades comece e termine bem e um compartilhar de ideias para harmonizar o ambiente de trabalho. São 7h17 e começa a ginástica. Alongamento, aquecimento... Uma remexida para preparar e despertar o corpo para a jornada de atividades, que começa às 7h30. Mais tarde, na hora do almoço, uma nutricionista dará sua contribuição, caprichando na alimentação dos funcionários. Assim é a rotina na Polita Mármores, de Cachoeiro de Itapemirim. Não só lá, mas em diversas outras empresas, investir na saúde, bem-estar e qualidade de vida para o funcionário deixou de ser uma opção para fazer parte da política do empresariado capixaba. A experiência das pequenas e médias empresas capixabas demonstra que é possível ter resultados positivos usando ferramentas simples e baratas, com base em atividades criativas e cotidianas. 54

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“Isso nada mais é do que dar dignidade para o funcionário, desenvolver a função dele num ambiente de trabalho decente, que gere um mínimo de impacto para ele. Tenho a visão de que o ambiente de trabalho tem de ser uma extensão do ambiente familiar”, disse uma das proprietárias da Polita, Ana Cristina Abreu. Ela conta que investir na motivação do funcionário tem dado resultados positivos. “Aqui, quase não há rotatividade. As pessoas trabalham satisfeitas. Nosso diferencial é que a empresa tem empregabilidade, as pessoas querem trabalhar aqui. É por isso que não abro mão da qualidade de vida no ambiente de trabalho. Quem faz o resultado acontecer? A equipe. Então, eu preciso ter uma equipe satisfeita”, afirmou Cristina. Conhecimento A falta de conhecimento de muitas empresas com relação à legislação é, para o médico do trabalho do Sesi Vitor Ferreira da Silva, um dos principais fatores que favorecem o desgaste físico e emocional do funcionário, acarretando o aparecimento de doenças ocupacionais. O prejuízo, segundo ele, afeta a todos. Set/2012 – nº 302

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“Quando o funcionário é acometido de uma doença ocupacional, o prejuízo não é só dele. É também do empresário, do INSS, da sociedade em geral, que corre o risco de perder um profissional”, disse Vitor. Durante as visitas às empresas, Vitor garante que procura conscientizar os empregadores. “Muitas empresas já têm se preocupado e investido nessa área.Sabemos que o investimento gera um custo, que pode fazer com que o empregador perca o interesse, mas o custo de uma ação trabalhista ou de um dano ao funcionário é bem maior”, disse o médico. ParaoprofessordeEducaçãoFísicaecoordenadordoPrograma de Estilo de Vida do Sesi, Alberto Fernandes Mathias, investir na vida do funcionário vai além de evitar doenças e acidentes. “É bom para a produção, para o relacionamento, para o bem-estar do trabalhador. Há toda a questão da qualidade de vida, da mudança de hábitos na busca por um estilo de vida mais saudável”, afirmou Alberto. Ele explicou que um trabalhador ativo apresenta um índice menor de presenteísmo dentro do trabalho. “É fácil notarmos quando acontece o presenteísmo. É quando o funcionário está no local de trabalho, mas não está. O corpo está presente, mas a cabeça está longe. Ele não produz, ou produz pouco. Se damos uma atividade a ele, uma alimentação saudável, uma ginástica de 10 minutos que seja, isso faz com o que trabalhador desperte, fique atento ao serviço”, explicou. Além do presenteísmo, outro inimigo das corporações é o absenteísmo, que são as faltas ao trabalho causadas por hábitos, comportamentos e estilo de vida de risco. “Quem sofre de pressão alta e não se cuida tem grandes chances de faltar ao trabalho”, disse Alberto. Segundo o professor, as empresas têm se conscientizado e buscado parcerias. “O Sesi dispõe de uma série de ações para auxiliar a empresa a garantir melhor qualidade de vida ao funcionário e o custo é baixo”, contou. O Sesi dispõe de uma série de ações para auxiliar a empresa a garantir melhor qualidade de vida ao funcionário a custo baixo - Alberto Fernandes Mathias, coordenador do Sesi

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“O empregado saudável trabalha mais satisfeito. Por estar satisfeito, ele é mais comprometido. Por ser mais comprometido, ele é mais produtivo” Fernando Ronchi, médico e gerente de Medicina e Saúde da ArcelorMittal Tubarão

Qualidade de vida Além da redução de acidentes e prejuízos e do aumento na produção e nos lucros da empresa, talvez o maior ganho, que não pode ser contabilizado em números, seja a qualidade de vida alcançada pelo trabalhador que faz parte de uma organização que investe em sua vida. Na ArcelorMittal Tubarão, todos os cinco mil funcionários fazem parte, ou já fizeram, de algum subprograma do Pró-Vida. Com o objetivo de reduzir os riscos à saúde e promover a qualidade de vida, o Pró-Vida atua com uma equipe multidisciplinar – composta por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos, assistentes sociais e outros – em diversas frentes, tais como: tabagismo, dependência química, estresse e recondicionamento biofísico. Desde que começou, em 1993, o programa conseguiu reduzir a quase zero o índice de fumantes. “Em 1992, 34% dos colaboradores da empresa eram fumantes. Em 2009, apenas cinco funcionários fumavam e hoje, apenas três. Reduzimos a quase zero o tabagismo”, disse o médico e gerente de Medicina e Saúde da ArcelorMittal Tubarão, Fernando Ronchi. Há nove anos à frente do programa, Fernando diz que os benefícios de a empresa investir no funcionário são incontáveis.“São vários os benefícios: o empregado saudável trabalha mais satisfeito. Por estar satisfeito, ele é mais comprometido. Por ser mais comprometido, ele é mais produtivo. Outro ponto também é que o empregado saudável falta menos ao trabalho e também se acidenta menos. Isso se reflete em menores custos até para o plano de saúde, pois nosso foco maior passa a ser a prevenção, em vez do tratamento. Cada dólar investido em prevenção evita cinco dólares de tratamento”, garantiu Fernando. Na empresa, todos os funcionários passam por exames médicos periódicos e se algum risco à saúde é detectado, o empregado é logo encaminhado para um programa específico. Outro dado que foi destacado pelo médico refere-se ao índice de funcionários que praticam atividade física, que alcançou 99,9% em 2011. Uma grande vitória para a empresa, para os trabalhadores e também para a sociedade. Indústria Capixaba – FINDES

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Indústria EM AÇÃO

Senai-ES ganha prêmio por profissionalização de jovens carentes

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Centro Integrado Sesi Senai Vila Velha foi o vencedor de duas categorias no Prêmio BipBop, oferecido pela empresa paulista Schneider Eletric. A premiação aconteceu no dia 27 de julho, durante cerimônia em Campinas (SP). Desenvolvido em parceria com o Senai Nacional, o BipBop permite que jovens de comunidades carentes melhorem sua empregabilidade fazendo o curso de Introdução à Eletricidade Básica Residencial. A unidade capixaba ganhou destaque na categoria Inovação, por ter criado uma turma composta somente por mulheres que, estudando aos domingos, foram preparadas para atuar na Construção Civil. Na categoria Impacto, quem ficou em primeiro lugar foi o aluno Natan Vieira de Oliveira, da turma 2010 do curso BipBop no Espírito Santo.

Capixabas em Mato Grosso Empresários capixabas estiveram em Mato Grosso do Sul participando do 41º Encontro Nacional da Indústria de Cerâmica Vermelha, realizado em agosto, em Campo Grande (MS). O Sindicato da Indústria de Cerâmica (Sindicer-ES) levou uma comitiva formada por 32 empresários, de 19 empresas. O Encontro é o mais importante do setor na América Latina e reúne empresários, sindicatos, associações, pesquisadores, fornecedores, instituições públicas e privadas, organizações internacionais e consumidores. O evento também foi marcado por uma feira, a Expoanicer, que recebeu mais de três mil visitantes e teve movimentação financeira superior aos R$ 38 milhões da última edição, realizada em Vitória. No Brasil, o setor cerâmico é composto por aproximadamente 6900 empresas, que geram 293 mil empregos diretos, 900 mil indiretos e fatura, anualmente, mais de R$ 18 bilhões.

Seminário esclarece sobre conta de energia da indústria A Findes realizou, no dia 2 de agosto, o seminário “Como Defender Tarifas de Energia Elétrica mais Competitivas para a Indústria”. O evento teve como objetivo facilitar ao empresário capixaba a interpretação das contas de energia, informando sobre encargos e tributos incidentes e como estes influenciam nos custos e na competitividade das empresas. Depois de expor informações sobre o tema da energia elétrica, Fábio Sales Dias, consultor da Confederação Nacional da Indústria (CNI), fez a análise de uma conta de energia junto com os participantes, para que posteriormente pudessem aplicar os conhecimentos adquiridos em suas empresas. 56

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O gerente do Centro Integrado Sesi Senai Vila Velha, Ewandro Petrocchi, a docente de Elétrica, Gizele Poltronieri do Nascimento, e a presidente da Schneider Eletric do Brasil, Tania Consentino

Olimpíadas do Conhecimento 2012 Mais de 700 estudantes são esperados para as Olimpíadas do Conhecimento 2012, que acontecem entre 12 e 18 de novembro no Centro de Convenções do Anhembi, em São Paulo. Trata-se da maior competição de educação profissional das Américas, reunindo estudantes do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) de todo o país. Os participantes são estudantes de até 21 anos que devem resolver desafios semelhantes aos enfrentados no ambiente real de trabalho. O espaço do evento, com 400 mil m², estará equipado com tecnologia de última geração. Entre os dias 14 e 17 a competição é aberta ao público, com uma estimativa de 300 mil visitantes por parte da organização. O Espírito Santo terá nove alunos representando o Estado, matriculados nas unidades de Cachoeiro de Itapemirim, Colatina, Serra e Vila Velha, competindo nas áreas de tornearia, CAD, Eletricidade Predial, Soldagem, Aplicação de Revestimentos Cerâmicos, Eletricidade Industrial, Construção em Alvenaria, Confecção de Roupas, Instalação e Manutenção de Redes. Set/2012 – nº 302

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Show do Trabalhador Para homenagear o trabalhador capixaba, que contribui para o desenvolvimento econômico do Espírito Santo, o SesiES, por meio do Sistema Findes, presenteou os profissionais dos mais diversos segmentos da economia capixaba com um show exclusivo do Grupo Roupa Nova. O show teve entrada gratuita e aconteceu no dia 28 de julho no Ginásio do Álvares Cabral, em Vitória. 1 – O Roupa Nova cantou seus maiores sucessos durante o Show do Trabalhador e emocionou a plateia 2 – Trabalhadores da indústria e colaboradores do Sistema Findes tiveram também oportunidade de se confraternizar durante o show 3 – Os diretores da Findes, Alejandro Dueñas, Ronaldo Azevedo, Vladimir Rossi, Flávio Bertollo 4 – Clara Orlandi, Ricardo Barbosa, Giane Guerra, o presidente da Findes, Marcos Guerra, o vice-presidente da Findes, Manoel Pimenta, Solange Siqueira, Paulo Henrique Teodoro e Alejandro Dueñas 5 – O presidente do Sistema Findes, Marcos Guerra e a sua esposa Giane Guerra também prestigiaram o Show do Trabalhador 6 – Integração total da banda e o público 7 – João Baptista Depizzol, Manoel Pimenta, Flávio Bertollo acompanhado do filho João Vitor Bertollo, Solange Siqueira, Alejandro Dueñas

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Cachoeiro Stone Fair 2012 O Parque de Exposições Carlos Caiado Barbosa recebeu a Cachoeiro Stone Fair 2012 entre os dias 28 e 31 de agosto. Estiveram presentes 220 expositores de vários estados do Brasil e de países estrangeiros que apresentaram as principais novidades do setor de rochas ornamentais. 1 – O presidente do Sistema Findes, Marcos Guerra, o secretário de Desenvolvimento, Márcio Félix e o diretor da Findes em Cachoeiro de Itapemirim e Região, Aureo Mameri. 2 – Um dos momentos de destaque na solenidade foi a passagem da presidência do Sindicato das Indústrias de Rochas Ornamentais, Cal e Calcário do Espírito Santo (Sindirochas), de Emic Malacarne Costa para Samuel Mendonça 3 – O presidente do Sistema Findes, Marcos Guerra, discursou na abertura do evento e destacou a importância do setor para a economia capixaba 4 – Márcio Félix, Emic Malacarne Costa, Marcos Guerra, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, o vice-prefeito de Cachoeiro de Itapemirim, Braz Barros, e o presidente do Sindirochas, Samuel Mendonça fizeram o descerramento da faixa de abertura da Stone Fair Cachoeiro de Itapemirim

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4 ES Móvel Show Promovida pelo Sindicato das Indústrias da Madeira e do Mobiliário de Linhares e Região Norte do Espírito Santo (Sindimol), a feira apresentou os lançamentos e negócios do setor moveleiro no Espírito Santo. Paticiparam 110 expositores de diversos estados do Brasil, que estiveram reunidos no entre os dias 28 e 31 de agosto no Pavilhão de Carapina. 1 – Almir Gaburro fez a abertura do evento 2 – Marcos Guerra, o prefeito de Vitória João Coser, Almir Gaburro, o governador Renato Casagrande, Luiz Rigoni e Márcio Felix. 3 – Márcio Felix, Manoel Giacomin, Almir Gaburro, Luiz Henrique Toniato, Marcos Guerra, o Governador Renato Casagrande e Ortêmio Locatelli

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A vida de Helcio Rezende Dias no “Contando Histórias” Figura reconhecida no meio empresarial e associativista capixaba, Helcio Rezende Dias foi o grande homenageado na 8ª edição do Projeto Contando Histórias. O evento aconteceu no último dia 11 de julho, no Salão da Indústria, no Edifício Findes. De forma descontraída, o ex-presidente da Findes pincelou os principais momentos da sua trajetória de vida, do fato de ser sobrinho neto de Tiradentes aos inúmeros trabalhos que realizou e ainda realiza em prol do desenvolvimento do Espírito Santo. Nomes importantes da economia e política capixaba participaram do evento. Confira os flashes: 1 – Marcos Guerra entrega a obra “Contador de Histórias” para Helcio Rezende Dias 2 – O homenageado da noite e seus familiares 3 – A deputada estadual Luzia Toledo e o homenageado 4 – Representantes do Sindipães prestigiaram o evento.

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Mec Show Durante quatro dias a MEC SHOW 2012 – Feira da Metalmecânica, Energia e Automação reuniu empresários, representantes e compradores deste importante setor da economia capixaba. A quinta edição da feira aconteceu entre os dias 24 e 27 de juhlo no Pavilhão de Exposições de Carapina. 1 – Sergio Rogerio de Castro, o senador Ricardo Ferraço, Paulo Hartung e Luiz Alberto de Souza Carvalho 2 - O presidente do CDMEC, Antônio Falcão, Luiz Alberto de Souza Carvalho e Rusdelon Rodrigues de Paula 3 - O presidente do Sindifer, Luiz Alberto de Souza Carvalho, o governador Renato Casagrande, o vice-governador Givaldo Vieira, Antônio Falcão e Benildo Denadai 4 - Governador Renato Casagrande, Givaldo Vieira, Antônio Falcão, Fernando Schettino e o presidente da Findes Marcos Guerra durante apresentação de equipamentos

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Vitória Moda Show O maior evento de moda do Espírito Santo chegou a sua quinta edição com o tema “Os Quatro Elementos – Ar, Terra, Fogo e Água – e a Sustentabilidade”. Participaram do Vitória Moda Show 82 marcas que apresentaram as novas tendências no Centro de Convenções de Vitória durante os dias 25, 26 e 27 de julho 1 – Os modelos no final do desfile 2 – Clara Orlandi e Célia Izoton 3 – Geandra e Giane Guerra 4 – Edvaldo e Juliana Vieira 5 – José Eugênio Vieira, Márcio Félix, Clara Orlandi e prefeito de Colatina, Leonardo Deptulski 6 – Marcos Guerra, Maria Virgínia Casagrande, Hilda Cabas e Beth Kfuri 7 – Roberta e José Carlos Bergamin 8 – Zenaide Vieira, o ator José Loreto, o presidente da Câmara Setorial da Indústria do Vestuário Paulo Vieira e a atriz Débora Nascimento

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Indústria EM AÇÃO

Nesses 15 anos de história, o Prodfor qualificou mais de 500 fornecedores locais, que tiveram expressiva melhora em seu desempenho depois da certificação

Prodfor comemora 15 anos

de atuação em prol da indústria

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os 15 anos que se passaram desde que o Programa Integrado de Desenvolvimento e Qualificação de Fornecedores (Prodfor) foi criado, em 1997, o Espírito Santo viveu grandes mudanças em sua economia. E os pequenos e médios fornecedores capixabas ganharam uma ferramenta que lhes possibilitou fazer parte desse processo de desenvolvimento econômico. Nesse período, o Prodfor se consolidou como uma via de qualificação primordial, e tem ajudado os fornecedores do Espírito Santo a fazer negócios não somente com as grandes empresas instaladas no Estado,

“A credibilidade de um sistema se dá quando há um reconhecimento de ambos os lados, que é o que está acontecendo com o Prodfor” Benizio Lázaro, diretor da Findes para assuntos do IEL-ES

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mas também a participarem de uma cadeia de suprimento que os habilita a fornecer até para empresas de outros países. Por meio do trabalho realizado pelo Profdor nesta última década e meia, as 11 empresas mantenedoras do programa – ArcelorMittal Cariacica, ArcelorMittal Tubarão, Canexus, Cesan, EDP Escelsa, Fibria, Garoto, Petrobras, Samarco, Vale e Technip – passam a poder escolher seus fornecedores entre uma lista composta por mais de 500 empresas locais certificadas, que adequaram suas rotinas de produção ao Sistema de Gestão da Qualidade em Fornecimento (SGQF). Todas essas conquistas não seriam possíveis sem o apoio da Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes). O Instituto Euvaldo Lodi (IEL-ES), integrante da Federação, atuou diretamente na criação do programa e desenvolveu sua metodologia, sendo responsável até hoje pela operacionalização. O presidente do Sindicato da Indústria de Papel e Celulose do Estado do Espírito Santo (Sindipapel), José Bráulio Bassini, presidia a Findes à época da criação do Prodfor, e foi testemunha dos desafios superados para que o programa fosse implantado efetivamente. Ele conta que a ideia de desenvolver a metodologia foi impulsionada principalmente pelas grandes plantas industriais que o Espírito Santo recebia, e partiu da necessidade de fornecedores locais para esses empreendimentos. O ex-presidente também destaca o papel da Findes para que o Prodfor se consolidasse. “A sugestão de criar o Prodfor Set/2012 – nº 302

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partiu da nossa gestão. Apresentamos a possibilidade às grandes empresas, e conseguimos agrupá-las no programa. Além disso, demos todo o suporte que o Prodfor precisava para se desenvolver e realmente ganhar forma. A metodologia foi desenvolvida pelo IEL e a Federação entrou com toda a logística necessária”, comenta José Bráulio. Além das mantenedoras, as pequenas e médias empresas capixabas, que tinham interesse em fornecer para os grandes projetos, também aprovaram a ideia. Como destaca o atual presidente da Findes, Marcos Guerra, foi através do Prodfor que as mesmas micro e pequenas empresas que se qualificaram com o intuito de fornecer para as mantenedoras acabaram por ampliar sua rede de negócios. “Ser certificada significa abrir portas para fora do Estado ou mesmo do país. Algumas dessas empresas, inclusive, tornaram-se de médio ou grande porte após a certificação pelo Prodfor”, comenta Guerra. Não só as empresas evoluíram, mas também o programa foi se adaptando à realidade do Estado, buscando novas certificações e focando em outros setores econômicos. “O Prodfor começou inicialmente atendendo à indústria metalmecânica, pois as grandes plantas industriais que estavam surgindo ou sendo ampliadas no Espírito Santo demandavam uma cadeia de fornecedores qualificados. Mas, nos últimos anos, o programa se democratizou, ampliando-se para segmentos como tecnologia da informação (implementação e gestão de sistemas), alimentos e bebidas (fornecimento para grandes empresas), vestuário (uniformes), construção pesada (plantas industriais), moveleiro (mobília para as empresas) e mesmo os que não sejam necessariamente da indústria, como comunicação e lavanderia, entre outros”, explica Marcos Guerra. O atual diretor da Findes para assuntos do IEL-ES, Benizio Lázaro, analisa a participação do Instituto no sucesso do Prodfor. “A seriedade com que o IEL-ES conduz o programa tem feito a diferença. Ele pode ser

“Ser certificada significa abrir portas para fora do Estado ou mesmo do país. Algumas dessas empresas, inclusive, tornaram-se de médio ou grande porte após a certificação pelo Prodfor” Marcos Guerra, presidente da Findes Set/2012 – nº 302

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A sugestão de criar o Prodfor partiu da nossa gestão. Apresentamos a possibilidade às grandes empresas, e conseguimos agrupá-las no programa” - José Bráulio Bassini, ex-presidente da Findes

muito bem pensado, muito bem intencionado, mas se não for levado de forma séria a coisa não funciona. Essa parte da execução é importante e faz com que seja um programa com reconhecimento não só estadual, mas também no Brasil”, destaca Benizio. Bons resultados O sucesso do Prodfor é comprovado periodicamente pelas pesquisas de resultados que o programa realiza junto aos fornecedores certificados. No dia 7 de agosto, o programa apresentou uma pesquisa que constata como a certificação vem aumentando a competitividade das empresas capixabas que decidem aderir à metodologia de gestão da qualidade desenvolvida pelo Prodfor. Os dados foram apresentados em uma reunião realizada no Edifício Findes e que contou com a participação de representantes das empresas mantenedoras e do Sebrae-ES, que atualmente participa como parceiro estratégico e institucional. De acordo com a pesquisa, realizada pelo IEL no período de 2006 a 2010, as compras locais subiram de 1% para 41%, ampliando a geração de negócios, empregos e renda para os fornecedores e trabalhadores. A receita média das empresas certificadas subiu de R$ 3,7 milhões para R$ 21,4 milhões. A pesquisa constatou ainda que as fornecedoras também passaram a contratar mais, registrando um aumento médio na geração de empregos 10,5%. “O Prodfor se tornou uma ferramenta indispensável de desenvolvimento, trazendo conceitos como padronização, aperfeiçoamento de processos e maior controle sobre registros”, afirmou o coordenado- executivo do Prodfor, Luciano Raizer. Indústria Capixaba – FINDES

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cursos e cia

Sesi e Senai em primeiro lugar na lembrança dos capixabas As entidades que integram o Sistema Findes conquistaram o prêmio Recall de Marcas 2012

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Sistema Findes se consolida como referência em educação e qualificação profissional para os capixabas. O resultado foi comprovado no Recall de Marcas 2012 - pesquisa feita pela Rede Gazeta anualmente, cuja premiação foi entregue no dia 11 de setembro. No resultado da pesquisa 2012, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) conquistou o prêmio, pelo 4º ano consecutivo, na categoria “Educação Profissional”. Já o Serviço Social da Indústria (Sesi) levou o prêmio de “Educação Infantil” pelo 3º ano consecutivo. Segundo a superintendente do Sesi e diretor regional do Senai-ES, Solange Siqueira, as instituições se consolidam perante a opinião pública, consumidores e clientes.

PROGRAMAÇÃO DE CURSOS IEL Curso

01 e 02/10

Gestão de Pequenos Negócios Empreendedorismo

01 a 04/10

Atender com Foco no Cliente

01 a 04/10

Gestão de Custos Empresariais

01 a 05/10

Inteligência Comercial Internacional

08 a 10/10

Interpretação da OHSAS 18001:2007

15 a 18/10

Cálculos Trabalhistas

15 a 19/10

Planejamento Estratégico na Prática

15 a 19/10

Pós-vendas, uma importante ferramenta de Marketing!

18 e 19/10

Branding - Introdução à Gestão de Marcas

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Técnicas de Negociação

22 a 25/10

Transformando Chefes em Líderes

22 a 26/10

Técnicas de Seleção e Entrevista para Iniciantes

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Workshop - Os Sete Pilares da Liderança

Senai foi o mais lembrado na categoria “Educação Profissional” e Sesi, na “Educação Infantil” do Recall de Marcas 2012

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Período

Desenvolvendo as Habilidades do Líder nas Relações Interpessoais

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Desenvolvimento de Equipe de Atendimento

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Gestão Eficaz do Tempo

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PROGRAMAÇÃO DE CURSOS senai

PROGRAMAÇÃO DE CURSOS IEL

SENAI Vitória

Interior Cidade Cachoeiro

Curso Gestão de Custos Empresariais Formação de Auditor Interno

Colatina Cálculos Trabalhistas Linhares

Formação de Auditor Interno

Curso Período 23 e 24/11 04, 05 e 06/10 09 e 10/11 08, 09 e 10/11

Período

Auto Cad

15/10 a 30/10

Mecânica Industrial

22/10 a 21/11

Instrumentação Industrial Básica

08/10 a 20/11

NR 10

08/10 a 24/10

Reciclagem para Motorista Infrator

15/10 a 25/10

Reciclagem para Motorista Infrator

29/10 a 09/11

SENAI SERRA

“O Sesi é uma entidade robusta, que busca atender às necessidades dos trabalhadores e seus dependentes. Nesses 61 anos de história, amadurecemos, adquirimos experiência e buscamos a inovação sem perder a qualidade e a essência de nossa missão”, ressalta. De acordo com Solange, nos últimos anos a entidade ampliou sua parceria com empresários e trabalhadores da indústria no Espírito Santo, exercendo papel fundamental no desenvolvimento social, seja por meio da educação ou da prestação de serviços nas áreas de saúde, educação, lazer, esporte, cultura e responsabilidade social. “O Sesi é uma instituição séria, com uma gestão responsável e que desfruta de respeito e reconhecimento no cenário do Espírito Santo e em nível nacional. A entidade é considerada o braço social da indústria capixaba”, destacou Solange Siqueira. Sobre o Senai, a diretora regional declarou que conquistar pela quarta vez consecutiva o primeiro lugar no Recall mostra que a entidade está no caminho certo, cumprindo sua missão de qualificar mão de obra. “O sucesso do Senai está relacionado à sua capacidade de

Caldeireiro

01/10 a 13/12/2012

Torneiro Mecânico

15/10 a 04/03

SENAI vila velha Técnico em Edificações

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Técnico em Eletrotécnica

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Técnico em Alimentos

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Técnico em Eletrotécnica

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se adaptar às novas demandas de educação profissional. Buscamos acompanhar o desenvolvimento da indústria capixaba, formando profissionais adequados. Muitas vezes as indústrias procuram o Senai espontaneamente para a formação de parcerias, visando à qualificação de trabalhadores em diversas áreas”.

Informações e inscrições: Edifício FINDES – Tel: (27) 3334-5755/5756/5758 • Inscrições e informações também pelo site www.iel–es.org.br • SENAI Serra – Tel: (27) 3341-3918 • SENAI Vitória – Tel: (27) 3334-5201 • SENAI Vila Velha – Tel: (27) 3399-5800 • Mais informações sobre os cursos no site: www.es.senai.br.

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Dragão chinês ameaça gráficas

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indústria gráfica brasileira vive um momento desafiador. Após atormentar segmentos produtivos como os de confecções, calçados e máquinas, a China vem ampliando sua participação no mercado gráfico nacional. Assim, aliado a outros entraves enfrentados pelo setor, como elevada carga tributária e baixa oferta de mão de obra qualificada, esta vem se tornando uma das principais ameaças à ampliação de nossa competitividade. Além de fabricar produtos como eletrodomésticos, a China fornece a embalagem final personalizada para cada produto. O avanço das importações também chegou ao mercado de livros didáticos, fazendo com que alunos brasileiros já estudem com impressos oriundos do país. O Governo Federal é o principal cliente das editoras, respondendo por 24,4% das compras de livros no Brasil. Até mesmo a Bíblia, livro mais vendido no mundo ocidental, passou a ser fornecida pelos chineses. Esses fatores aumentaram a concorrência interna, pois grandes empresas fornecedoras de embalagens e do segmento editorial passaram a realizar serviços menores e a concorrer com as micro ou pequenas, que formam 98% do setor. A partir dessa tendência, a dinâmica do segmento foi alterada, visto que a produção de embalagens corresponde à maior fatia dos negócios da indústria gráfica nacional (39%), seguida de editorial (30%) e promocional (10%).

Outro dado que precisa ser analisado com atenção é a ampliação do déficit na balança comercial do setor gráfico. De 2010 para 2011, a diferença entre importados e exportados subiu de R$ 160,6 milhões para R$ 350 milhões. No primeiro semestre deste ano, a mordida do dragão chinês e a crise econômica foram as principais responsáveis pelo fraco desempenho, que já vinha lento desde o fim de 2011. De janeiro a junho de 2012, a atividade registrou retração estimada em 10%. A indústria gráfica está se reinventando para poder lidar com essa concorrência. Nos últimos anos, o investimento em tecnologia e inovação possibilitou o barateamento de alguns produtos, como os livros, que desde 2004 acumula queda de 44% nos preços, considerando a inflação do período. O início da campanha eleitoral em 2012 foi o principal alento para os empresários, em virtude do aumento da demanda por banners, cartazes e panfletos, gerando incremento na produção e criando empregos temporários. O crescimento das encomendas nesse período pode chegar a 20%, garantindo um crescimento anual de cerca de 5%, o que evitaria a repetição do resultado negativo de 2011. Apesar de ser pouco favorável, o cenário que se apresenta não sentencia o setor ao fracasso. O momento é oportuno para que as indústrias gráficas brasileiras se unam, tracem estratégias conjuntas, analisem o setor como um todo e aumentem sua força política. Basicamente, é preciso mostrar a força do associativismo. A união do setor, através de uma instituição politicamente forte e representativa, como o Siges/ Abigraf-ES, aumenta o peso das reivindicações da indústria. O associativismo constitui-se em uma ferramenta estratégica para cobrar do Governo uma solução que evite o colapso de um mercado como o gráfico, e que gera 220 mil postos de trabalho no país. Com o trabalho desenvolvido pelo sindicato, fortalecido pelo apoio das indústrias, é possível encontrar soluções para os entraves do setor. São eventos, palestras, cursos de capacitação, participação em feiras e missões internacionais, que contribuem para manter as empresas atualizadas com o que há no mercado brasileiro e mundial. João Baptista Depizzol é presidente do Sindicato das Indústrias Gráficas do Espírito Santo (Siges)

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Indústria Capixaba – FINDES

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