Publicação Oficial do Sistema Findes • Janeiro/Fevereiro 2013 • Distribuição gratuita • nº 304 • IMPRESSO
O ANO DA RECUPERAÇÃO DA INDÚSTRIA CAPIXABA E mais: logística, reciclagem, agência de treinamento, PSQT, inovação Findes_304_Capa_FB 2.indd 1
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SISTEMA FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo – Findes Presidente: Marcos Guerra 1º vice-presidente: Manoel de Souza Pimenta Neto 2º vice-presidente: Ernesto Mosaner Junior 3º vice-presidente: Sebastião Constantino Dadalto 1º diretor administrativo: Ricardo Ribeiro Barbosa 2º diretor administrativo: Tullio Samorini 3º diretor administrativo: Luciano Raizer Moura 1º diretor financeiro: Tharcicio Pedro Botti 2º diretor financeiro: Ronaldo Soares Azevedo 3º diretor financeiro: Antonio Tavares Azevedo de Brito Diretores: Alejandro Duenas, Flavio Sergio Andrade Bertollo, Egídio Malanquini, Benízio Lázaro, Gibson Barcelos Reggiani, Vladimir Rossi, Wilmar Barros Barbosa, Clara Thais Rezende Cardoso Orlandi, Leonardo Souza Rogério de Castro, Mariluce Polido Dias, Luiz Alberto de Souza Carvalho, Ademar Antonio Bragatto, Edvaldo Almeida Vieira, José Domingos Depollo, AdemilseGuidini, Elcio Alves, Ortêmio Locatelli Filho, Rogério Pereira dos Santos, Paulo Alexandre Gallis Pereira Baraona, Wilmar dos Santos Barroso Filho, Evandro Simonassi Diretor-executivo: Luis Carlos de Souza Vieira Superintendente corporativo: Marcelo Ferraz Conselho Fiscal Titulares: Elder Elias Giordano Marim, Luiz Carlos Azevedo de Almeida, Adonias Martins da Silva Suplentes: Atílio Guidini, Sandro Varanda Abreu, Valkinéria Cristina Meirelles Bussular Representantes na CNI Titulares: Marcos Guerra, Lucas Izoton Vieira Suplentes: Manoel de Souza Pimenta Neto, Ernesto Mosaner Junior Serviço Social da Indústria – Sesi Presidente do Conselho Regional: Marcos Guerra Representantes do Ministério do Trabalho Titular: Enésio Paiva Soares Suplente: Alcimar das Candeias da Silva Representante do Governo: Juliane de Araújo Barroso Representantes das atividades industriais Titulares: Manoel de Souza Pimenta Neto, Altamir Alves Martins, Sebastião Constantino Dadalto, Mariluce Polido Dias Suplentes: Adenilson Alves da Cruz, Alejandro Duenas, Leonardo Souza Rogério de Castro, Rogério Pereira dos Santos Representantes da categoria dos trabalhadores da indústria Titular: Luiz Carlos Fernandes Rangel Suplente: Flaviano Rabelo Aguiar Superintendente: Solange Maria Nunes Siqueira Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – Senai Presidente do Conselho Regional: Marcos Guerra Representantes das atividades industriais Titulares: Benízio Lázaro, Clara Thais Rezende Cardoso Orlandi, João Baptista Depizzol Neto e Ronaldo Soares Azevedo Suplentes: Flávio Sérgio Andrade Bertollo, Wilmar Barros Barbosa, Neviton Helmer Gasparini e Paulo Henrique Teodoro de Oliveira Representantes do Ministério do Trabalho Titular: Enésio Paiva Soares Suplente: Alcimar das Candeias Representante do Ministério da Educação: Ronaldo Neves Cruz Representantes da categoria dos trabalhadores da indústria Titular: Paulo César Borba Peres Suplente: Ari George Floriano Diretora-regional: Solange Maria Nunes Siqueira
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Centro da Indústria no Espírito Santo – Cindes Presidente: Marcos Guerra 1º vice-presidente: Manoel de Souza Pimenta Neto 2º vice-presidente: Ernesto Mosaner Junior 3º vice-presidente: Sebastião Constantino Dadalto Diretores: Cristhine Samorini, Ricardo Augusto Pinto, Paulo Henrique Teodoro de Oliveira, Altamir Alves Martins, Gustavo Dalvi Comério, Elias Cucco Dias, Celso Siqueira Júnior, Gervásio Andreão Júnior, Edmar Lorencini dos Anjos, Ana Paula Tongo da Silva, Paulo Alfonso Menegueli, Helcio Rezende Dias Conselho Fiscal: Marcondes Caldeira, Elson Teixeira Gatto, Tharcicio Pedro Botti, Joaquim da Silva Maia, Renan Lima Silva, Fausto Frizzera Borges Conselho de Sindicância: Arthur Carlos Gerhardt Santos, Chrisógono Teixeira da Cruz, Hélio Moreira Dias de Rezende, Hélio de Oliveira Dórea Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo – Ideies Presidente da Findes e do Conselho Técnico do Ideies: Marcos Guerra Membro Representante da Diretoria Plenária da Findes: Egídio Malanquini Membro Representante do Setor Industrial: Benízio Lázaro Membro Efetivo Representante do Senai-ES: Solange Maria Nunes Siqueira Membro Efetivo Representante do Sesi-ES: Yvanna Miriam Pimentel Moreira Representantes do Conselho Fiscal - Membros Efetivos: Tullio Samorini, José Carlos Chamon, José Domingos Depollo Representantes do Conselho Fiscal - Membros Suplentes: José Ângelo Mendes Rambalducci, Luciano Raizer Moura, Houberdam Pessotti Representante da Comunidade Científica Acadêmica e Técnica: João Luiz Vassalo Reis Membro Representante do Sebrae/ES: Ruy Dias Diretor-executivo do Ideies: Antonio Fernando Doria Porto Instituto Euvaldo Lodi – IEL Presidente: Marcos Guerra Conselheiros: Solange Maria Nunes Siqueira, Maria Auxiliadora de Carvalho Corassa, Lúcio Flávio Arrivabene, Geraldo Diório Filho, Sônia Coelho de Oliveira, Rosimere Dias de Andrade, Antonio Fernando Doria Porto, Alejandro Duenas, Ruy Dias de Souza, Vladimir Rossi, José Bráulio Bassini, Houberdam Pessotti, Benildo Denadai, Anilton Salles Garcia Conselho Fiscal: Egídio Malanquini, Tharcicio Pedro Botti, Almir José Gaburro, Loreto Zanotto, Rogério Pereira dos Santos, Luciano Raizer Moura Superintendente: Fábio Ribeiro Dias Instituto Rota Imperial – IRI Diretor-geral: Marcos Guerra Diretores: Manoel de Souza Pimenta Neto, Alejandro Duenas, Vladimir Rossi Conselho Deliberativo Titulares: Baques Sanna, Alejandro Duenas, Fernando Schneider Kunsch, Maely Coelho, Eustáquio Palhares, Roberto Kautsky Suplentes: Francisco Xavier Mill, TullioSamorini, João Felício Scárdua, Manoel de Souza Pimenta Neto, Adenilson Stein, Tharcicio Pedro Botti Membros natos: Lucas Izoton Vieira, Sergio Rogerio de Castro, Ernesto Mosaner Júnior, Aristoteles Passos Costa Neto Conselho Fiscal Efetivos: Flávio Sérgio Andrade Bertollo, Raphael Cassaro, Edmar dos Anjos Suplentes: Celso Siqueira, Valdeir Nunes, Gervásio Andreão Júnior Câmaras Setoriais Industriais e Conselhos Temáticos (Consats) Coordenador-geral: Manoel de Souza Pimenta Neto
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Câmaras Setoriais Industriais Câmara Setorial das Indústrias de Alimentos e Bebidas Presidente: Gibson Barcelos Reggiani Câmara Setorial das Indústrias de Base e Construção Presidente: Wilmar dos Santos Barroso Filho Câmara Setorial da Indústria de Materiais da Construção Presidente: Houberdam Pessotti Câmara Setorial da Indústria Moveleira Presidente: Luiz Rigoni Câmara Setorial da Indústria do Vestuário Presidente: Paulo Roberto Almeida Vieira Conselhos Temáticos Conselho Temático de Assuntos Legislativos (Coal) Presidente: Sergio Rogerio de Castro Conselho Temático de Comércio Exterior (Concex) Presidente: Marcilio Rodrigues Machado Conselho Temático de Desenvolvimento Regional (Conder) Presidente: Áureo Vianna Mameri Conselho Temático de Educação Profissional (Conep) Presidente: Manoel de Souza Pimenta Neto Conselho Temático de Infraestrutura (Coinfra) Presidente: Ernesto Mosaner Junior Conselho Temático de Meio Ambiente (Consuma) Presidente: Wilmar Barros Barbosa Conselho Temático de Micro e Pequena Empresa (Compem) Presidente: Vladimir Rossi Conselho Temático de Política Industrial e Inovação Tecnológica (Conptec) Presidente: Luiz Alberto de Souza Carvalho Conselho Temático de Relações do Trabalho (Consurt) Presidente: Haroldo Olívio Marcellini Massa Conselho Temático de Responsabilidade Social (Cores) Presidente: Sidemberg da Silva Rodrigues Diretorias regionais Diretoria da Findes em Anchieta e região Diretor: Fernando Schneider Kunsch Diretoria da Findes em Cachoeiro de Itapemirim e região Diretor: Áureo Vianna Mameri Diretoria da Findes em Colatina e região Diretor: Manoel Antonio Giacomin Diretoria da Findes em Linhares e região Diretor: Paulo Joaquim do Nascimento Diretoria da Findes em Aracruz e região Diretor: João Baptista Depizzol Neto Núcleo da Findes em São Mateus e região Diretor: Nerzy Dalla Bernardina Junior Núcleo da Findes em Venda Nova do Imigrante e região Diretor: Ademilson Alves da Cruz Núcleo da Findes em Nova Venécia e região Diretor: Helder Nico Diretores para Assuntos Específicos Diretor para Assuntos de Segurança, Saúde e Responsabilidade Social do Sesi e Senai/ES: Alejandro Duenas Diretor para Assuntos de Educação e Cultura do Sesi e Senai/ES: Flávio Sérgio Andrade Bertollo Diretor para Assuntos do IEL: Benízio Lázaro Diretor para Assuntos do Ideies – Egídio Malanquini Diretor para Assuntos do Cindes: Paulo Alfonso Menegheli Diretor para Assuntos do IRI: Paulo Henrique Teodoro de Oliveira Diretor para Assuntos do Fortalecimento Sindical e da Representação Empresarial: Egídio Malanquini Diretor para Assuntos das Micro e Pequenas Indústrias: Vladimir Rossi Diretor para Assuntos Tributários: Gibson Barcelos Reggiani
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Diretor para Assuntos do Meio Ambiente: Wilmar Barros Barbosa Diretor para Assuntos de Capacitação e Desenvolvimento Humano: Clara Thais Rezende Cardoso Orlandi Diretor para Assuntos de Marketing e Comunicação: Fernando Schneider Künsch Diretor para Assuntos de Desenvolvimento da Indústria Capixaba: Leonardo Souza Rogerio de Castro Diretor para Assuntos de Inovação Industrial: Luiz Alberto de Souza Carvalho Sindicatos filiados à Findes e respectivos presidentes Sinduscon: Sebastião Constantino Dadalto | Sindipães: Flávio Sérgio Andrade Bertollo | Sincafé: Sergio Brambilla | Sindmadeira: José Domingos Depollo | Sindimecânica: Ennio Modenesi Pereira II | Siges: João Baptista Depizzol Neto | Sinconfec: Clara Thais Rezende Cardoso Orlandi Sindibebidas: José Angelo Mendes Rambalducci Sindicalçados: Altamir Alves Martins | Sindifer: Luiz Alberto de Souza Carvalho | Sinprocim: Dam Pessotti Sindutex: Mariluce Polido Dias | Sindifrio-ES: Elder Elias Giordano Marim Sindirepa: Wilmar Barros Barbosa | Sindicopes: José Carlos Chamon Sindicacau: Gibson Barcelos Reggiani | Sindipedreiras: Loreto Zanotto Sindirochas: Samuel Mendonça | Sincongel: Vladimir Rossi Sinvesco: Edvaldo Almeida Vieira | Sindimol: Almir José Gaburro Sindmóveis: OrtêmioLocatelli Filho | Sindimassas: Emerson de Menezes Marely | Sindiquímicos: Ernesto Mosaner Junior | Sindicer: Ednilson Caniçali Sindinfo: Benízio Lázaro | Sindipapel: José Bráulio Bassini Sindiplast-ES: Leonardo Souza Rogerio de Castro Sindibores: Silésio Resende de Barros | Sinvel: Atílio Guidini
PUBLICAÇÃO OFICIAL DO SISTEMA FINDES JANEIRO/FEVEREIRO – 2013 • Nº 304 Conselho Editorial – Marcos Guerra, Manoel de Souza Pimenta, Sebastião Constantino Dadalto, Ernesto Mosaner Júnior, Ricardo Barbosa, Alejandro Duenas, Flávio Sérgio Andrade Bertollo, Egídio Malanquini, Benízio Lázaro, Fernando Schneider Künsch, Solange Maria Nunes Siqueira, Fábio Ribeiro Dias, Antônio Fernando Doria Porto, Lucas Izoton Vieira, Marcelo Ferraz e Breno Arêas Jornalista responsável – Breno Arêas (MTB 2933/ES) Apoio técnico – Assessoria de Comunicação da Findes Jornalistas: Evelyn Trindade, Fábio Martins, Leonardo Nunes e Tatiana Ribeiro Depto. Comercial – Unirem/Findes – Tel: (27) 3334-5721 Simone Dttmann Sarti
Produção Editorial Coordenação editorial: Mário Fernando Souza Coordenação de Redação: Elisângela Egert Produção editorial e diagramação: Equipe Next Editorial Copidesque: Marcia Rodrigues Textos: Ana Lúcia Ayub, Anderson Cacilhas, Heliomara Mulullo, Jacqueline Vitória, Nadia Baptista e Vitor Taveira Revisão de textos: Andréia Pegoretti Fotografia: Renato Cabrini, Leonel Albuquerque, fotos cedidas, arquivos Findes e Next Editorial Impressão – Gráfica Ingral
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Nesta edição
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INDÚSTRIA A segunda matéria da série sobre a diversificação do perfil da indústria capixaba mostra o fortalecimento dos arranjos produtivos já instalados no Espírito Santo, como é o caso da indústria moveleira, que recebe novos investimentos para tornar-se mais moderna e competitiva.
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Cenário Apesar de apenas 2% do lixo domiciliar do Espírito Santo ser reciclado, a indústria da reciclagem mostra que o reaproveitamento dos resíduos pode ser uma atividade muito lucrativa, mas ainda falta investimento público para que o setor se consolide em terras capixabas.
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entrevista Funcionário de carreira da Petrobras, há dois meses o engenheiro Nery De Rossi assumiu a Secretaria de Estado de Desenvolvimento (Sedes). Ele fala sobre os desafios que deverá enfrentar pelos próximos dois anos para alavancar novos investimentos para o Espírito Santo.
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ECONOMIA Depois de enfrentar tempos difíceis no ano passado, os empresários capixabas esperam dias melhores em 2013. Diferentes setores industriais comemoram medidas governamentais, mas apontam obstáculos ainda a serem superados. A expectativa geral é de uma recuperação tímida no ano que começa.
36 SUSTENTÁVEL 54 Caso de Sucesso 58 SAÚDE 62 Fatos em Fotos 64 Cursos e cia 40 NO SISTEMA
Entenda o que são as Agências de Treinamento, um novo conceito implementado pelo Sistema Findes que permite a um maior número de municípios o acesso aos serviços profissionalizantes oferecidos pelo sistema Sesi/Senai/IEL.
50 INTEGRAÇÃO LOGÍSTICA
Problemas de infraestrutura ainda são uma grande deficiência capixaba e podem até mesmo atrapalhar a jornada do Espírito Santo rumo à maturidade econômica. Aos poucos, contudo, é possível vislumbrar uma solução para eles, com ações conjuntas entre iniciativa pública e privada.
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EDITORIAL
INDÚSTRIA CAPIXABA: BALANÇO DE 2012 E EXPECTATIVAS PARA 2013
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ocê tem em mãos a primeira edição de 2013 da revista Indústria Capixaba, em que abordamos e avaliamos importantes acontecimentos e ações previstas para impulsionar o desenvolvimento industrial no Estado. Apresentaremos o bom exemplo da fábrica de MDF, em Pinheiros, do novo polo logístico e moveleiro de Pedro Canário, e do polo moveleiro de Linhares, municípios da região norte, que demonstram como é possível diversificar e descentralizar o perfil industrial. Vamos discutir a avaliação realizada pelo Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo (Ideies) sobre as atividades do setor em 2012 e as projeções para 2013. O balanço do ano ainda não foi contabilizado, porém a produção deve fechar com uma retração de aproximadamente 6%, enquanto o segmento de transformação deverá acumular uma redução de 9,5%. Por outro lado, estamos otimistas para este ano que se inicia. Em 2013, projetamos um crescimento geral em torno de 3,5% para a indústria do Estado. Mesmo diante da desindustrialização, fatos importantes a serem destacados foram a estabilidade na taxa de emprego industrial e o crescimento na qualificação da mão de obra do setor. Apesar da retração, as indústrias optaram pela manutenção dos funcionários. Para melhorar o conjunto de fatores que afeta a competitividade da indústria capixaba, estamos atuando em sintonia com os governos municipais, estadual e diferentes classes empresariais, em um movimento progressista que já apresenta um cenário promissor. Podemos citar como um bom exemplo a relação da Findes com o Governo na execução de programas para tornar a indústria capixaba mais eficiente. Nossa expectativa para
2013 é avançar com relação aos contratos existentes e ampliar o número de empresas participantes. Além disso, a instalação de novas indústrias, ligadas à cadeia petróleo-gás, automobilística e naval, entre outras, que atuam com bens de maior valor agregado e conteúdo tecnológico, irão permitir ao Espírito Santo novas oportunidades de negócios, a interiorização industrial e um desenvolvimento sustentável. De acordo com levantamento do Governo, o Espírito Santo tem hoje uma carteira de negócios com mais de 150 projetos que, somados, superam R$ 100 bilhões em investimentos até 2016. Podemos afirmar que teremos pela frente um período de desafios, mas também de grandes oportunidades, no qual, de forma planejada e organizada, podemos esperar um ano produtivo, que vai se refletir no desenvolvimento socioeconômico do Estado. Tenha uma boa leitura!
Marcos Guerra Presidente do Sistema Findes/Cindes
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INDÚSTRIA Por Vitor Taveira
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NOVOS
INVESTIMENTOS AUMENTAM A COMPETITIVIDADE DO SETOR MOVELEIRO Fábrica de MDF e constituição de um novo polo regional fortalecem indústria moveleira capixaba e desenvolvem extremo norte do Espírito Santo 10
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indústria do Espírito Santo busca diversificar o seu perfil, agregando mais valor aos seus produtos, aumentando sua competitividade e grau de inovação e diversificando a produção. Nesse contexto, o Estado, devido às suas facilidades logísticas e geográficas, vem atraindo novas indústrias, que antes não tinham presença ou expressão em terras capixabas. Esse desenvolvimento, porém, também inclui o fortalecimento e aumento da competitividade de indústrias que já atuam fortemente no Espírito Santo, de acordo com a potencialidade de cada região. É o caso do setor moveleiro, que veremos nesta edição da série “Rumo ao Novo Perfil da Indústria Capixaba”. Com mais de 700 empresas, a indústria moveleira capixaba emprega mais de nove mil pessoas em diferentes cidades. A região mais destacada é aquela situada ao redor do Polo Moveleiro de Linhares, um dos maiores do país, segundo a Associação Brasileira de Indústrias do Mobiliário (Abimóvel). Porém, o setor enfrenta dificuldades para conseguir competir com a indústria localizada em outros estados do país, destacadamente Rio Grande do Sul e Minas Gerais. No entanto, novos investimentos anunciados podem ajudar a superar as dificuldades e contribuir para o fortalecimento do setor e a construção de uma economia capixaba mais diversificada em sua produção e na distribuição geográfica do desenvolvimento. O desafio de ser competitivo envolve três fatores fundamentais: o uso de tecnologia de ponta, a disponibilidade de pessoal qualificado e de matériaprima, como explica o presidente do Sindicato da Indústrias de Madeira e do Mobiliário de Linhares e da Região Norte do Espírito Santo (Sindimol),
“Esses investimentos do setor moveleiro concretizam o conceito de melhoria da indústria capixaba” Marcos Guerra, presidente da Findes
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“Trata-se de empreendimentos que vão mudar a história econômica e social destes municípios” Cristina Velloso Santos, subsecretária de Desenvolvimento do Espírito Santo
Almir Gaburro. “Hoje temos um parque industrial moderno, que em nada difere de outros polos nacionais, o que nos permite produzir com eficácia. Nossa mão de obra tem sido capacitada por meio de parcerias firmadas com instituições públicas e privadas, como o Sistema Findes e o Sebrae. O principal gargalo do setor atualmente é a dificuldade de acesso à nossa principal matéria-prima: as placas de madeira renovável, conhecidas como MDF, uma vez que seus principais fabricantes no país estão localizados em estados distantes”, explica. O Medium Density Fiberboard (MDF), principal insumo para a produção moveleira, é adquirido pela indústria capixaba de locais que estão a distâncias de 1.200 km ou até mais de 2.000 km. O custo do frete pode alcançar até 20% do valor do produto, diminuindo a competitividade do Espírito Santo. Por conta dessa dificuldade, um grupo de empresários começou a mobilizar-se desde 2010 para tentar resolver essa antiga demanda no setor: ter no Estado uma fábrica de MDF. Foram vários seminários realizados em diversos municípios capixabas e do sul da Bahia, nos quais foram consultados mais de 200 investidores, sendo que 46 deles toparam criar uma empresa de participação, a Placas do Brasil S/A, de capital fechado, constituída em outubro de 2011. Para a subsecretária de Desenvolvimento do Espírito Santo, Cristina Velloso Santos, essa ação integrada dos empresários foi uma atitude ímpar,que mostra a maturidade desse segmento econômico. “O setor moveleiro se uniu, num exemplo de governança profissional e proativa, para dar uma solução a seu problema de matéria-prima, chamando também os produtores florestais, o que mostra o nível de amadurecimento, importantíssimo para procurar soluções que aumentem a competitividade”, declara. De acordo com Luís Soares Cordeiro, presidente do Conselho de Administração da Placas do Brasil S/A, os estudos preliminares previam um investimento da ordem de R$ 100 milhões, porém esse valor foi revisto a partir da definição de que, para maior viabilidade técnica e econômica, deveria ser construída uma planta maior, com capacidade para produzir 25.000 m³/mês, o que demandaria investimentos de R$ 240 milhões, com um prazo de integralização de 72 meses para os acionistas. Indústria Capixaba – FINDES
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indústria
O presidente da Findes, Marcos Guerra, destaca as vantagens iniciais e a possibilidade de crescimento do empreendimento, que ainda pode servir para fomentar um novo polo moveleiro numa região estratégica, próxima ao incipiente mercado do Nordeste brasileiro. “O projeto já surge em excelentes condições, pois boa parte da produção já tem comprador e haverá um mercado grande ainda por explorar”, pontua.
A indústria moveleira é responsável por manter mais de nove mil empregos no espírito santo 2011 Atividade
Empresas
Empregos
Média de Empregos/ Empresas
Fabricação de produtos de madeira
363
3.574
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Fabricação de móveis de madeira
364
5.080
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Fabricação de móveis de outros materiais, exceto madeira
37
452
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Fabricação de produtos diversos
22
220
10
786
9.326
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TOTAL Fontes: Relação Anual de Informações Sociais (RAIS 2011)
Novas perspectivas para o extremo norte capixaba No dia 27 de dezembro de 2011 foi assinado, no Palácio Anchieta, o protocolo de intenções dos empresários com o governo estadual e as prefeituras das cidades de Pinheiros e Pedro Canário, onde devem ser instalados, respectivamente, a fábrica e o novo Polo Logístico e Moveleiro. O município de Pinheiros está no extremo norte do Estado e a fábrica vai se situar próximo à fronteira do munícipio com Pedro Canário e Conceição da Barra. De acordo com Cordeiro, a escolha foi feita por critérios técnicos: “O local dispõe de uma rede elétrica adequada, está ao lado da BR 101, às margens do rio Itaúnas e a apenas 2 km da sede de Pedro Canário”, destacou, apontando as facilidades do lugar. Com o funcionamento da fábrica de MDF se espera a atração de mais empresas para a região, constituindo-se um novo polo em Pedro Canário, que receberia investimentos
“Além de levar o desenvolvimento para o extremo norte capixaba, o empreendimento tornará o setor moveleiro do Espírito Santo mais competitivo” Luís Soares Cordeiro, presidente do Conselho de Administração da Placas do Brasil S/A
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de R$ 7 milhões para sua implantação.A Prefeitura de Pedro Canário informou, por meio de sua assessoria, que o novo projeto representará mais emprego e renda para a população do munícípio, que vem sofrendo com a falta de trabalho desde o fechamento da indústria de álcool Cridasa. Para o prefeito de Pinheiros, Antônio Carlos Machado, a chegada de uma empresa desse porte traz vantagens para todo o entorno e eleva a autoestima dos moradores da região, por trazer melhorias econômicas e financeiras, mas também sociais, além de possibilitar a atração de outras empresas e pressionar por melhorias na infraestrutura regional, para atender às novas demandas. Apesar de serem municípios ainda com pouca tradição industrial, a rede de ensino técnico e profissionalizante já existente pode facilitar a formação de mão de obra para suprir estes novos empreendimentos no norte capixaba. Giovani Gujansky, gerente de Educação do Sesi/Senai, afirma que graças à forte tradição do setor moveleiro no Estado, já existem cursos focados na formação de profissionais para este segmento, com é o caso das estruturas do Senai em Linhares, Colatina e Vila Velha. No Senai de São Mateus, existem cursos focados no setor metalmecânico, o que pode ajudar a formar profissionais para atuar na fábrica de MDF. “Já existe uma estrutura montada nas proximidades, que pode ser aumentada de acordo com a necessidade de implantação das empresas naquela região”, acrescentou Gujansky. A expectativa é de que a fábrica, sozinha, gere aproximadamente 700 empregos diretos e indiretos, além de possibilitar a chegada de novas empresas ao polo moveleiro de Pedro Canário, não só de móveis, mas também de prestação de serviços, que poderiam gerar uma quantidade de postos de trabalho ainda difícil de Jan/Fev 2013 – nº 304
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estimar, porém bastante relevante para uma região que apresenta um dos mais baixos Índices de Desenvolvimento Humano (IDHs) do Estado e ainda não possui uma produção industrial forte. A posição geográfica escolhida, além de possuir aspectos técnicos favoráveis, também está em consonância com o projeto de descentralização do desenvolvimento no Espírito Santo, defendido tanto pela Federação das Indústrias como pelo Governo do Estado. “Trata-se, além de investimentos fundamentais para o crescimento do segmento moveleiro capixaba, de empreendimentos que vão mudar a história econômica e social desses municípios”, enfatiza Cristina Santos. Cristina destaca que o Governo do Estado está inserido no projeto e que a iniciativa privada pode contar com o apoio do setor público, especialmente nesse caso, em que se encontra organizada e mobilizada em defesa dos seus interesses e da competitividade. Ela afirma que o Estado está à disposição para participar de discussões para ajudar a procurar soluções junto à classe empresarial e também para apoiar na viabilização de melhorias na infraestrutura e facilitar a disponibilização dos serviços do Banco de Desenvolvimento do Estado (Bandes). Futuro do setor De acordo com Luís Soares Cordeiro, em função da indisponibilidade de florestas livres para comercialização na região, constatada por um estudo de engenharia desenvolvido pelo grupo empresarial investidor na nova fábrica, o início da operação da planta deve se dar ao redor de 2019, devido ao tempo mínimo de seis anos necessário Faturamento Indústria de Móveis no Espírito Santo Variação real em relação ao ano anterior (%) 17,9
4,1
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Fontes: Ideies
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“O novo cenário tende a atrair um número ainda maior de novas empresas moveleiras para a região, fortalecendo toda a cadeia produtiva” Almir Gaburro, presidente do Sindimol
para a maturação da nova floresta. A construção da fábrica deve começar já neste ano de 2013. Para ele, quando esse empreendimento entrar em operação, trará diversos benefícios. “Além de levar o desenvolvimento para o extremo norte capixaba, gerando divisas, emprego e renda, tornará o setor moveleiro do Espírito Santo mais robusto e competitivo, permitindo a criação de uma cadeia de fornecedores da indústria e um outro polo no município de Pedro Canário”, avalia o representante da Placas do Brasil S/A. O presidente do Sindimol, Almir Gaburro, também mostra grande otimismo em relação às novas possibilidades geradas pelos investimentos. “A implantação de um novo polo e a instalação da fábrica de chapas nos fazem vislumbrar um horizonte de crescimento do setor no Espírito Santo para os próximos anos, uma vez que hoje já existem grandes indústrias de móveis vindo para o Estado em busca de melhores condições para produzir e vender seus produtos. E esse novo cenário tende a atrair um número ainda maior de novas empresas moveleiras para a região, fortalecendo toda a cadeia produtiva. Teremos, então, uma indústria moveleira capixaba cada vez mais robusta”. Marcos Guerra entende os investimentos como parte de um novo rumo que a indústria está tomando no Espírito Santo, um Estado que vem se tornando um dos mais atrativos para receber investimentos no Brasil. “Esses investimentos já anunciados para o setor moveleiro concretizam o conceito de melhoria da indústria capixaba, que vem se diversificando e ampliando sua atuação para novos setores, de maior valor agregado, como a indústria automobilística e de eletroeletrônicos, que além disso promovem a descentralização do desenvolvimento, distribuindo-o para todas as regiões do Estado. Estamos atentos a detalhes importantes, como a questão da qualificação da mão de obra por meio do Senai, para tornar o Espírito Santo ainda mais atrativo para novas indústrias”, conclui o executivo. Indústria Capixaba – FINDES
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Indústria EM AÇÃO
IEL realiza seu primeiro curso em São Mateus Cerca de 15 alunos da empresa Estel participaram do primeiro curso oferecido pelo IEL no município de São Mateus. O treinamento teve como tema “O papel do líder na organização” e foi ministrado pela instrutora Mirian Devéns, nos dias 30 de novembro e 1º de dezembro. O programa do curso abordou temas como o líder como formador de pessoas; delegando com sucesso; e a importância das metas, entre outros. Um dos participantes, Marcelo Anceschi Pirola, aprovou a realização da atividade. “A didática usada foi muito boa e nos ajudou a repensar alguns conceitos. Apontou as dificuldades que existem e mostrou que a liderança depende de todo o conjunto da empresa”, disse. O treinamento foi realizado no Centro Integrado Sesi/ Senai/IEL de São Mateus.
Fornecedores do setor de vestuário recebem qualificação Dezoito empresas de micro e pequeno porte do setor de vestuário foram qualificadas no dia 29 de novembro, durante o evento de certificação do Programa de Qualificação de Fornecedores da Indústria do Vestuário e Confecções, o PQF Vestuário. O programa é fruto de uma parceria entre o IEL, o Sebrae e o Sindicato das Indústrias de Vestuário de Colatina e Região, com apoio da Prefeitura de Colatina. O treinamento durou um ano, ao longo do qual foram realizados seminários e consultorias sobre gestão de qualidade, de produção e financeira. Ao final do processo, as empresas, que incluem facções, estamparias e lavanderias, passaram por auditorias para avaliação da implementação dos conteúdos. As empresas-âncoras do projeto foram PW Brasil,Incovel,Vestbrasil (Lei BSC) e Design.
O PQF Vestuário certificou 18 empresas de Colatina no ano passado
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A apresentação da Camerata Sesi e do músico Amaro Lima emocionou os jovens internos do Iases
Orquestra Camerata Sesi toca para jovens internos do Iases Utilizar a música como meio de promoção da cultura e cidadania e instrumento para a reintegração social é a proposta das apresentações realizadas pela Orquestra Camerata Sesi para os jovens internos da Unidade de Integração Provisória II do Instituto de Atendimento Sócio Educativo do Espírito Santo (Iases), em Cariacica. O terceiro espetáculo realizado pela orquestra para os jovens aconteceu em dezembro, com a participação especial do músico Amaro Lima. “Foi um momento muito bom! O som dos instrumentos me fez sentir vontade de voltar para casa. Deu muita saudade. O som dos violinos é muito bonito, eu queria ouvir de novo”, relatou a adolescente L.A.R., de 17 anos, socioeducanda da Unip II.
Programa IEL / HSM Educação forma primeira turma em Vitória Criado com a proposta de oferecer educação executiva e formação de líderes para pequenas e médias empresas, o Programa de Desenvolvimento Empresarial IEL/HSM Educação formou a sua primeira turma no dia 5 de dezembro de 2012. O encerramento foi com uma aula sobre Gestão de Operações, ministrada pelo professor José Roberto Barros Filho. Outra turma, formada por 40 alunos em Cachoeiro de Itapemirim, iniciou o curso no dia 19 de outubro. São quatro módulos teóricos e outros quatro módulos de encontros para prática empresarial, com encerramento previsto para julho de 2013. Jan/Fev 2013 – nº 304
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Indústria EM AÇÃO
Movimento para Inovar é apresentado em Colatina
O diretor da Findes em Colatina e Região, Manoel Giacomin, destacou a importância da inovação em apresentação para empresários locais
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Com o objetivo de preparar as empresas para captar recursos com projetos ligados à inovação, o Movimento para Inovar foi apresentado a lideranças industriais na cidade de Colatina. Participaram do evento o diretor regional da Findes em Colatina e Região, Manoel Giacomin, que representou o presidente do Sistema Findes, Marcos Guerra, e o gerente de Inovação da Findes, Iomar Cunha, que destacou que o programa é focado nas micro e pequenas empresas, oferecendo consultoria para elaborar e implantar projetos de inovação. Desse modo, os empresários podem criar novos produtos e serviços e melhorar a produtividade e lucratividade. O Movimento para Inovar é uma iniciativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Sebrae Nacional. No Espírito Santo, o projeto é realizado pelo Sistema Findes, através do IEL, e executado pelo InovaFindes, com o apoio do Sebrae-ES, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Espírito Santo (Fapes) e do Banco de Desenvolvimento do Estado do Espírito Santo (Bandes).
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entrevista por Marcia Rodrigues
Nery Vicente Milani De Rossi “Eu gostaria de dizer que o ano vai ser surpreendente, e de forma positiva”
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le se declara um apaixonado pelo Espírito Santo, Estado que conhece bem e onde mora há 25 anos. Gaúcho de Bento Gonçalves, engenheiro eletrônico formado pela Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), Nery Vicente Milani De Rossi pretende usar sua experiência de 30 anos em gerenciamento de projetos na Petrobras, onde é funcionário de carreira, para alavancar novos investimentos para o Estado que adotou como sua segunda terra. Há apenas dois meses à frente da Secretaria de Estado do Desenvolvimento (Sedes), em que tomou posse, oficialmente, no dia 4 de janeiro, sucedendo ao colega de Petrobras Márcio Félix Bezerra, Nery já se mostra à vontade na função e conversou com a Revista da
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Indústria sobre seus planos para a Sedes e os desafios que deverá enfrentar pelos próximos dois anos, quando termina o mandato do governador Renato Casagrande. Confira a seguir uma síntese dessa conversa. O que o levou a aceitar o convite para assumir a Secretaria de Estado do Desenvolvimento? Eu acho que são três os motivos principais: o primeiro é a paixão pelo Estado do Espírito Santo, onde eu já moro há 25 anos. O segundo é acreditar que, de alguma forma, eu possa contribuir. E o terceiro é o desafio: eu sou funcionário de carreira da Petrobras há 30 anos e o lema da companhia é “o desafio é a nossa energia”. Onde tem um desafio, lá estou eu. Jan/Fev 2013 – nº 304
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“O ano acaba de começar, nós estamos apenas na segunda quinzena, e já temos recebido sinais e a visita de alguns empresários buscando oportunidades no Espírito Santo. Coisas absolutamente novas” E com que expectativas o senhor assume a Pasta? Talvez essa seja uma das questões mais simples de serem respondidas,porqueaexpectativaestánumnívelbastantesereno. Eu substituo um colega de Petrobras, o Márcio Félix, que além de colega, é um grande amigo, e eu recebi de “herança” dele uma carteira com mais de 150 projetos e mais de R$ 100 bilhões em investimentos previstos para os próximos anos. Nós estamos falando de algo em torno de 80 mil empregos nos próximos cinco anos. Então, a expectativa é fazer esse grande movimento continuar e, se os ambientes externos o permitirem, até fazer crescer. O senhor disse que gosta de desafios. Segundo alguns analistas, 2013 pode ser um ano bastante desafiador para o Espírito Santo, especialmente em relação à redução das nossas receitas e a uma certa lentidão na atividade econômica. O senhor acredita que todos esses investimentos se concretizarão? E que seja possível aumentar essa carteira? Eu gostaria de dizer que o ano vai ser surpreendente, e de forma positiva. Ele acaba de começar, nós estamos apenas na segunda quinzena, e já temos recebido sinais e a visita de alguns empresários buscando oportunidades no Espírito Santo. Coisas absolutamente novas, que não se enxergava naquela carteira de 150 a 160 projetos. Isso mostra que o mundo dos negócios não avança de forma homogênea. Alguns setores se antecipam, outros dão uma pequena freada, outros aceleram muito e alguns desistem. Mas eu não vou me preocupar muito com estes, porque eles devem estar levando em conta uma variável que é o tempo; eles desistiram momentaneamente, mas voltam. Às vezes nós não temos a habilidade de perceber quão próxima está a realização de investimentos. A Sedes trabalha com dados e informações um pouco diferentes das outras secretarias de Governo, porque nós trabalhamos com projetos de outrem, de empresas que estão fora do Governo e que buscam investimentos dentro do Estado. Alguns empresários, realmente, colocaram um pouco o pé no freio, mas nós temos recebido empresários deslumbrados com as oportunidades que o Espírito Santo oferece, seja na parte de incentivos fiscais de nível federal, como é o caso da Sudene, no norte Jan/Fev 2013 – nº 304
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do Estado, de incentivos estaduais - o Compete, para quem já está aqui, e o Invest, para quem está chegando, além do novo fundo que foi criado, o Fundepar -, tudo isso dentro de um grande “guarda-chuva” que é o Proedes (Programa de Desenvolvimento Sustentável do Espírito Santo), e a gente percebe que alguns setores industriais estão ávidos para vir para o Espírito Santo. Então, eu não acredito que teremos grandes dificuldades. Para que esses e outros investimentos se concretizem, existe a necessidade de o Estado poder garantir suporte de infraestrutura, e nós temos gargalos hoje ainda não resolvidos, muitos dos quais dependem de verbas e ações federais para sua solução. Isso exerce alguma influência na hora de o empresário escolher o Espírito Santo para investir? Esse grande projeto de desenvolvimento do Espírito Santo está dentro do Proedes, que é coordenado hoje pelo vicegovernador, Givaldo Vieira, pela importância que tem para o Governo; mas, quando se pensa como os empresários percebem os aspectos de infraestrutura, é surpreendente
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a lucidez que eles têm sobre isso.Eles chegam aqui conhecendo os nossos projetos de portos, conhecem até os cronogramas, as oportunidades, em todos os níveis de desenvolvimento. O caso do nosso aeroporto é bastante conhecido mas, de uma forma ou de outra, ele funciona; a duplicação da BR-101 está na praça - existem contratempos, como o processo em cima da licitação, mas ele vai se resolver, e os empresários sabem disso -; a BR-262 começa a ser duplicada, está sendo resolvida; se planeja trabalhar na 354, que passa mais ao norte, em Colatina, ligando com Minas Gerais também; e se trabalha com ligações ferroviárias, vindas do Centro-Oeste. Então, quando se trata com empresários que têm visão de longo prazo, visão de futuro, verdadeiros empresários, eles percebem que isso é um momento e que esses pequenos entraves não os farão mudar de ideia, porque eles veem aqui uma grande oportunidade.
energia - que inclusive, neste momento, estão despachando energia para o sistema.Eu diria que atualmente estamos em uma condição bastante favorável, e o país também tem condições de atender à nossa demanda. Além disso, os projetos que nós temos em carteira não demandam grande volume de energia; muitos destes R$ 100 bilhões que temos em carteira são projetos de aumento de produção de petróleo e gás no mar, são grandes investimentos que, ao invés de consumir energia, geram energia, na medida em que produzem mais gás, que pode alimentar térmicas; muitos desses investimentos estão também na área portuária, que gera movimentação econômica muito grande com baixo consumo de energia; e os projetos industriais que nós temos em carteira têm um nível tal de modernização que também não os torna grandes consumidores energéticos, como alguns o foram no passado. Então, energia não é problema no Espírito Santo, no curto prazo.
Entre as limitações na infraestrutura, tem pesado ultimamente a questão da energia. Afinal, temos ou não temos energia suficiente para suportar tantos investimentos? Não acredito que a energia seja um gargalo para nós. Obviamente que não temos grandes rios para construir grandes hidrelétricas, mas o Brasil tem. Esse processo preocupava o Espírito Santo no passado, quando nós éramos ponta de linha, e de uma única linha. Hoje em dia nós temos pelo menos duas linhas e duas térmicas em condições de gerar
O senhor construiu sua carreira na indústria do petróleo. Como essa experiência profissional o ajudará na condução da missão da Sedes? A Petrobras é, sem dúvida, a maior empresa brasileira, e uma das coisas que a companhia mais preza é treinamento e desenvolvimento. Nos meus 30 anos de atividades na Petrobras eu tive inúmeras oportunidades de desenvolvimento, tanto no nível de mestrado quanto de MBAs, seja no Brasil ou no exterior, e nessa minha carreira eu tenho praticamente 25 anos de função gerencial. Obviamente que fazer parte de uma equipe de Governo é trabalhar com pessoas, e as pessoas do Governo não são diferentes das pessoas da iniciativa privada. Uma das coisas que talvez tenha aguçado um lado meu, técnico, é a área de gerenciamento de projetos, a área em que eu trabalhava - desde a gestão ao planejamento e implantação de projetos industriais de produção de petróleo e de gás, que são projetos que envolvem grandes volumes financeiros, algo não muito diferente do que se enfrenta aqui na Sedes. Essa resposta conduz naturalmente a uma questão que é a capacitação profissional, um gargalo não só do Espírito Santo, mas do Brasil. Esse tema se tornará ainda mais crítico diante do novo perfil de indústria que estamos atraindo, mais tecnológico, e também de plantas que chegam abrindo novas áreas, como as indústrias naval e automobilística. Como a Sedes pode ajudar os capixabas a aproveitarem melhor essas oportunidades? Essa preocupação está dentro do Proedes. Educação técnica, profissional, é um dos fatores contemplado pelo programa. O governo Casagrande prevê a instalação de pelo menos uma escola profissionalizante em cada um dos 78 municípios capixabas, voltadas para o aproveitamento e desenvolvimento
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“Quando se pensa como os empresários percebem os aspectos de infraestrutura, é surpreendente a lucidez que eles têm sobre isso. Eles chegam aqui conhecendo os nossos projetos de portos, conhecem até os cronogramas, as oportunidades, em todos os níveis de desenvolvimento” de suas respectivas vocações. Há uma preocupação muito grande com capacitação e desenvolvimento de mão de obra, porque isso melhora a vida do cidadão. Por outro lado, são surpreendentes as soluções que vêm sendo adotadas por alguns empresários. Nós temos exemplos de empresas que se instalaram no Estado, em regiões onde a mão de obra era mínima com aquela determinada expertise, e a empresa se propôs formar a mão de obra das imediações da unidade industrial. Em apenas alguns meses, mais de 90% da mão de obra da fábrica era local, o pessoal ia trabalhar de bicicleta. Eu acabei de receber um outro empresário, agora há pouco, dizendo que em março deve começar a operação de uma nova planta industrial no Estado, instalada num município onde a mão de obra não tinha a expertise de que ele precisava, mas ele colocou a sua equipe, previamente contratada, dentro de um ônibus, levou para a matriz, deixou lá por dois meses e agora está trazendo de volta a mão de obra capixaba, do local, devidamente treinada para atuar na empresa dele. O Estaleiro Jurong é outro empreendimento que, agora mesmo, levou vários ex-alunos do Ifes para serem treinados e desenvolvidos em Singapura para, ao voltarem para cá, serem os futuros gestores do seu estaleiro em Aracruz. Então, o poder público tem uma obrigação muito grande de fazer isso acontecer, mas a iniciativa privada também tem interesse e faz acontecer. Nesse contexto, como o senhor vê a parceria com a Findes, que, entre outras coisas, é a gestora do Senai? A Findes é nossa parceira de primeira hora. Desde o primeiro momento em que nós chegamos na Secretaria nós já conversamos com a Findes dizendo que essa era uma via de mão dupla: algumas das necessidades dos empresários podem ser atendidas pelo Estado e algumas necessidades do Estado podem ser atendidas pelos empresários. E eu diria que neste pequeno tempo em que eu estou por aqui - são só dois meses, desde o convite até a posse -, nós já tivemos uma interação tão profunda que a Findes solicitou que fossem revistos os Contratos de Competitividade e nós revisamos Jan/Fev 2013 – nº 304
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17, de um total de 21 deles. Então, existe uma preocupação do Estado em perceber quais os anseios da indústria, e a Findes é o representante natural dos empresários do setor. É uma parceria bastante saudável, e funciona. Há planos de estender esses contratos para novos segmentos industriais? Acabamos de fazer isso, com um novo Contrato de Competitividade, assinado com o setor de perfumaria e cosméticos, atendendo a uma demanda antiga desse setor; além disso, um outro contrato foi ampliado. Nós estamos prevendo a formalização - as assinaturas já estão feitas, masháformalizaçãodesseprocessoderenovaçãodosContratos de Competitividade, que tiveram seu prazo estendido até 2024, em um evento que está sendo planejado para divulgar isso de uma forma maior, mostrando o trabalho que foi feito em cima desses contratos. Mas uma coisa é importante: hoje, aderiram a esses 21 Contratos de Competitividade, de diferentes setores, mais de 1.000 empresas, que empregam mais de 40 mil pessoas. Essa nova carteira de investimentos que começaram a ser captados contempla a preocupação do Governo do Estado com a descentralização? Uma das mensagens que eu recebi do governador Casagrande foi: nós temos que fazer um desenvolvimento equilibrado, sempre olhando a vocação natural de cada setor do Estado. Mas tem sido um trabalho da Secretaria tentar diversificar. Nós estamos buscando a descentralização, na medida do possível, porque é muito difícil você receber Indústria Capixaba – FINDES
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um empresário e dizer para ele: “olha, você vai trabalhar na região tal”. A gente precisa ter certeza de que a vocação daquela região é adequada para receber aquele determinado tipo de investimento. Colatina, por exemplo, é conhecida até hoje como polo de confecções, mas está se instalando lá a fábrica de móveis da Bertolini, que já diversifica as ações dentro daquele polo regional. Já com relação à região noroeste do Estado, estamos tentando inverter o sentido, ou seja: quando você recebe aqui um empresário, normalmente ele já vem muito bem informado sobre os aspectos de infraestrutura, atração tributária e outros mais, mas é ele quem está nos procurando; o que nós estamos tentando fazer para essas regiões mais desprovidas de facilidades para a atração de empresas é buscar o que existe de positivo na região e fazer o caminho inverso, isto é, considerando que o município ou região tem tal ou qual diferencial competitivo, que tipo de empresa podemos buscar para oferecer uma oportunidade ali? Essa deve ser uma das nossas formas de atuação em 2013. Uma outra grande preocupação da Findes é ajudar a indústria capixaba a galgar um novo patamar de desenvolvimento, com empresas capazes de fabricar produtos com mais tecnologia e inovação e, portanto, maior valor agregado. A Sedes leva isso em conta ao captar investimentos?
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Sim, sem dúvida, existe uma preocupação muito grande. Em todos os setores. Entre as contrapartidas dos Contratos de Competitividade estão a geração de emprego, e também inovação, tecnologia e desenvolvimento. Existem algumas simplificações, ou facilidades fiscais, no sentido de que as empresas possam buscar inovação, tecnologia, desenvolvimento, e isso faz toda a diferença, porque você agrega valor localmente. Falando nisso, a possível reforma tributária que o Governo Federal deseja fazer para acabar com a chamada guerra fiscal pode ser uma ameaça para esse tipo de incentivo fiscal que o Espírito Santo oferece? Pode ser, sim. A ideia do Governo é reduzir a alíquota de ICMS para 4% em todo o Brasil. Então, todos os contratos que existem hoje, através de redução de base de cálculo ou de crédito presumido, com alíquotas inferiores a 4%, perderão a vantagem competitiva. Alíquotas que ficarem acima permanecerão com a vantagem competitiva. Foi também com esse objetivo que os contratos foram revisados agora no final do ano passado, exatamente nos preparando para qualquer maré contra que pudesse acontecer. Em termos de agregação de valor, existe muita expectativa dos empresários locais quanto à implantação efetiva do polo gás-químico de Linhares. O senhor acredita que na nova função poderá agilizar isso? O projeto está seguindo o cronograma: o início das operações está previsto para 2017. São quatro ou cinco anos, é o tempo normal de maturação, de engenharia, o projeto de integração está sendo desenvolvido por uma empresa inglesa, os vários fornecedores de tecnologia estão aportando a tecnologia para a montagem do pacote final, e depois virá a fase de construção e montagem. O grande mérito desse projeto é justamente atrair empresas de segunda e terceira geração para o seu entorno. Uma das correntes de produtos que sairão do polo gás-químico vai ser usado, por exemplo, na indústria de móveis. Então, alguns produtos que sairão de dentro dessa planta, se você agregar a outros, abre toda uma nova cadeia - por exemplo, o Espírito Santo tem uma das maiores reservas de salgema do Brasil; se for agregado a alguns produtos da planta, o Espírito Santo pode passar a produzir PVC, que é matéria-prima para inúmeros outros produtos. Então, são oportunidades que se abrem e puxam outras, e obviamente que os empresários percebem; eles monitoram o futuro e buscam se adequar, cada um no seu ramo, com a sua expertise. Ninguém quer perder a sua fatia, e todos se esforçam para ampliá-la. E é para isso que nós estamos aqui: para tentar ajudar. Jan/Fev 2013 – nº 304
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artigo
O que esperar de 2013
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uperado o ano passado, em que a economia apresentou resultados insatisfatórios, agora é o momento de redobrar os esforços para garantir um crescimento vigoroso em 2013. O Brasil deu passos importantes, que devem ser consolidados, na busca de uma maior competitividade para a indústria nacional. Mas muito ainda precisa ser feito para fortalecer o desempenho econômico brasileiro, permitindo taxas de expansão mais condizentes com o desejo de nos desenvolvermos plenamente. É necessário que o setor público continue atacando as deficiências estruturais que tornam o custo de produzir no Brasil um dos maiores do mundo. Com a concretização das iniciativas anunciadas no ano passado e a implantação de novas e necessárias medidas, o Governo construirá uma base para o aumento dos investimentos, da produção e do nível de expansão do Produto Interno Bruto (PIB). Antes de tudo, não se pode retroceder. A taxa básica de juros (Selic) está no menor nível histórico, em 7,25%, com juros reais em torno de 2%. A permanência dos encargos financeiros num patamar baixo é requisito para a elevação dos investimentos produtivos e a implementação de novos projetos. Os mecanismos de garantia devem ser facilitados e a liberação dos recursos, mais célere. Da mesma forma, o câmbio ainda pode melhorar, impulsionando as vendas de produtos nacionais.
Precisamos também garantir a plena execução do corte da tarifa de energia elétrica, uma das mais altas do mundo. Essa medida, adotada pelo governo no contexto da prorrogação das concessões no setor elétrico e da diminuição de encargos setoriais, é muito importante. Trata-se de uma redução direta no custo de produção. Depois dessa, a próxima batalha será diminuir o preço do gás natural. A indústria espera mudanças no sistema tributário brasileiro. Precisamos aproveitar o momento em que se discutem a divisão dos royalties do petróleo e a legalidade dos incentivos fiscais concedidos pelos estados para simplificar o regime de cobrança de tributos e diminuir a carga tributária. O ICMS é uma bomba que precisa ser desarmada. No capítulo da guerra fiscal, os estímulos dados até agora precisam ser convalidados. Se isso não for feito, centenas de fábricas que sempre seguiram as regras ficarão inviabilizadas. Na lista de tarefas, também está a concretização do modelo de maior participação da iniciativa privada em diversos setores. O novo regime para a exploração de aeroportos, portos, estradas e ferrovias, com ênfase no planejamento logístico e na concessão, vai impulsionar os investimentos. Tem tudo para aperfeiçoar a infraestrutura nacional, cuja deficiência é um entrave à inserção dos produtos brasileiros no mercado internacional de forma competitiva. Os planos são bons, mas, agora, precisamos executá-los. Num cenário de conjuntura internacional ainda complicada, não podemos nos descuidar. A missão de eliminar os entraves à competitividade e oferecer melhores condições para que as empresas ganhem terreno, tanto no mercado interno quanto no externo, deve ser permanente. Em 2013, devemos todos nos dedicar, mais uma vez, ao trabalho árduo, vigilante e persistente. O Brasil está andando para frente e deve acelerar. Nosso otimismo natural e nossa criatividade nos ajudam a superar eventuais problemas. Alicerçados numa fé realista, conseguiremos fazer de 2013 um ano melhor do que 2012, com o país avançando em direção ao crescimento econômico vigoroso e ao pleno desenvolvimento. Robson Braga de Andrade é empresário e presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI)
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CENÁRIO por Anderson Cacilhas
CAMINHOS PARA O CRESCIMENTO
Empresários do setor de reciclagem defendem a formação de uma cultura de cadeia de produção, a aplicação de políticas públicas e a qualificação de empreendedores e trabalhadores
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reciclagem pode ser uma atividade lucrativa no Espírito Santo. Apesar disso, de acordo com dados da Secretaria de Estado de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano (Sedurb), apenas 2% do lixo domiciliar recolhido no Estado são destinados à reciclagem. Empresários do setor argumentam que ainda há carência de políticas públicas que atuem desde o campo da conscientização e orientação à população até a adoção 22
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de incentivos que deem ao segmento mais competitividade. De acordo com o presidente do Instituto Ecociência e sócio da Ciclo Companhia de Reciclagem, Romário Corrêa de Araújo, a atividade pode ser lucrativa se toda a cadeia convergir para o que prevê a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que estabeleceu, a partir de 2010, regras, procedimentos, obrigações e direitos para a adequada gestão de resíduos em todo o Brasil. Jan/Fev 2013 – nº 304
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“O problema é que diversos elos da corrente que formam esta cadeia estão rompidos e precisam ser unidos. Já existe uma rede montada e é preciso potencializar o que já existe”, disse. Romário, que também é diretor do Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado do Espírito Santo (Sindiplast), explica que falta uma visão geral de cadeia, envolvendo Estado e municípios, o que afeta o processo de reciclagem do plástico, por exemplo, ramo de atividade de sua empresa. Segundo ele, as prefeituras alegam não possuir recursos para fazer a coleta seletiva, não há uma efetiva inclusão dos catadores, que não possuem qualificação e trabalham em locais inadequados. Por isso, o produto que vendem perde em valor agregado, o que resulta também em retrabalho dentro da indústria, já que a separação do material não é a ideal. Além disso, cerca de 50% do lixo depositado voluntariamente nos pontos de coleta de resíduos secos são perdidos, por conta de uma separação inadequada. Somado a isso, há ainda a utilização do serviço dos atravessadores, o que onera o processo. Início “A lei que temos é boa e estamos começando esse processo. Temos que entender que não se trata de implantar um modelo europeu, que não vai funcionar aqui. Temos proporções continentais e características culturais que devem ser levadas em conta. Estamos discutindo a política estadual há quatro anos. Temos que acelerar. Esse processo não tem volta”, disse.
Entenda o cenário atual da reciclagem • A coleta, triagem, compostagem e reciclagem são de responsabilidade dos municípios • Cada município adota seu modelo realizando os serviços de coleta seletiva de resíduos úmidos e secos com pessoal próprio ou terceirizado • O sistema pode incluir as associações ou cooperativas de catadores • Os resíduos inservíveis, não recicláveis, devem ser transportados para a estação de transbordo e depois para um centro de tratamento • No Brasil, a média de reciclagem é de 2%, em peso, dos resíduos domésticos produzidos. Essa média é a mesma encontrada no Espírito Santo Jan/Fev 2013 – nº 304
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“Cerca de 50% do lixo que é depositado voluntariamente nos pontos de coleta de resíduos secos são perdidos” Romário Corrêa de Araújo, presidente do Instituto Ecociência
O diretor da Colect Vitória Comércio e Serviço, Victor Larica, cuja empresa trabalha com gestão de resíduos e coleta seletiva, esclarece que é preciso separar o processo em duas etapas. A primeira é a coleta seletiva de resíduos recicláveis, para transformação em matéria-prima primária, e a outra é a transformação de materiais recicláveis, como papel, plástico, vidro e metal. “O principal papel das prefeituras e associações de catadores está no recolhimento adequado desse material. A transformação fica por conta das indústrias de reciclagem, trabalho que resulta em um subproduto ou em novos produtos”, disse. Victor diz que a primeira etapa, a de recolhimento, é a que tem maior custo operacional e menor rentabilidade e que, por isso, sem a presença efetiva do poder público a atividade pode gerar prejuízo. Entretanto, na segunda etapa, a reciclagem propriamente dita, a rentabilidade é boa, pois o processo industrial a partir daí é similar às outras produções. “O maior avanço que tivemos nos últimos anos foi a aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, em 2010. Para potencializarmos a atividade, precisamos aplicar na íntegra a lei, com uma visão diferenciada desse importante setor da economia por parte do poder público. Não podemos pagar a mesma carga tributária aplicada a um produto comum”, reforça. Findes quer parceria com empresas do setor Uma atividade que gera emprego e renda, além de transformar bens inservíveis em novos produtos, que podem ser colocados no mercado. Com essa visão, a Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) está negociando a entrada do Sindicato das Empresas de Reciclagem do Estado do Espírito Santo (Sinrecicle-ES) no Sistema Findes. O objetivo, de acordo com o presidente da Federação, Marcos Guerra, é possibilitar que o setor possa reivindicar, junto ao Governo do Estado, um contrato de competitividade. “Vamos trazer o sindicato para dentro da Findes para que possamos trabalhar junto com o poder público na adoção de Indústria Capixaba – FINDES
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cenário
“O maior avanço que tivemos nos últimos anos foi a aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, em 2010. Para potencializarmos a atividade, precisamos aplicar na íntegra a lei”Victor Larica, diretor da Colect Vitória Comércio e Serviço
incentivos fiscais que permitam o crescimento de um setor que aproveita sobras da cadeia produtiva para a produção de novos bens”, informa. Guerra disse ainda que, com essa medida, a Federação poderá contribuir negociando com o setor o oferecimento de programas de capacitação para empreendedores e trabalhadores, sempre ouvindo as demandas das empresas. De acordo com o diretor para Assuntos de Meio Ambiente da Findes, Wilmar Barros Barbosa, hoje as grandes empresas, que possuem capacidade de investimento, reaproveitam diversos resíduos de sua cadeia de produção e geram lucros com isso. Mas as pequenas e médias empresas acabam se retraindo, em decorrência da pesada carga tributária e da pouca oferta de crédito para esse tipo de atividade. Setores como o moveleiro e o de reparação têm se unido para promover o reaproveitamento de materiais de uso comum em suas linhas de produção, mas encontram à frente diversos entraves burocráticos e alta tributação, o que gera uma insegurança econômica quanto ao retorno dessas atividades. Fim dos lixões até 2015 no Espírito Santo O Governo do Estado incluiu o programa “Espírito Santo Sem Lixão” no Planejamento Estratégico 2012-2015. O objetivo é erradicar, até 2015, todos os lixões capixabas e garantir destinação adequada para todo o lixo produzido. “Estamos cumprindo o cronograma de ações e o programa está incluso no eixo VII - Desenvolvimento da 24
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Infraestrutura Urbana”, explica o secretário de Estado de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano (Sedurb), Iranilson Casado. O programa dividiu o Estado em seis regiões (Metropolitana, Doce Leste, Norte, Doce Oeste, Sul Serrana e Litoral Sul), onde serão implantados aterros sanitários adequados para a destinação dos resíduos. Para isso, foram formados consórcios públicos regionais, constituídos pelos municípios de cada região e o Governo. A operação das Estações de Transbordo, do transporte e dos Aterros Sanitários Regionais será feita por empresas concessionárias especializadas. Foram concluídos os estudos de regionalização, elaborados os estudos ambientais iniciais, e os projetos básico e executivo das Estações de Transbordo e Centro de Tratamento de Resíduos Urbanos. De acordo com o subsecretário de Programas Urbanos da Sedurb, Dalton Luis da Cunha Ramaldes, os elementos técnicos de licitação estão sendo encaminhados para a contratação da empresa que irá executar as obras indicadas nos projetos e realizar a pré-operação por seis meses. Estão previstos investimentos da ordem de R$ 120 milhões, incluindo projetos, desapropriação, obras e pré-operação. No Estado, são produzidas aproximadamente 255 mil toneladas por dia de resíduos domésticos. Desse montante, 80% têm destinação correta para os centros de tratamento e o restante é depositado em aterros sanitários, com precárias condições técnicas e ambientais de operação e manutenção. Jan/Fev 2013 – nº 304
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Saiba mais Empresas e catadores recebem capacitação Com o avanço da indústria da reciclagem, diversas iniciativas têm sido empreendidas por diferentes entidades e empresas no sentido de qualificar e capacitar gestores e trabalhadores, incluindo os catadores, para que a atividade seja cada vez mais profissionalizada. Uma dessas entidades é o Sebrae-ES, que tem trabalhado com empresários da área de reciclagem. O foco atual dessa iniciativa é a gestão interna dessas empresas, com o objetivo de dotá-las de ferramentas que melhorem a sua administração, atendendo ao cliente em todos os processos com o máximo de qualidade. O projeto está sendo formulado e vai complementar ações que a entidade já desenvolve em parceria com o Instituto Ecociência, com o Sindicato das Empresas de Reciclagem do Estado do Espírito Santo (Sinrecicle-ES) e o Sindicato da Indústria da Borracha e da Recauchutagem de Pneus do Estado do Espírito Santo (Sindibores), além da Incubalix, primeira incubadora de econegócios do país. De acordo com a analista de Acesso à Inovação e Tecnologia e gestora do Núcleo de Sustentabilidade do Sebrae-ES, Célia Perin, no setor de reciclagem do Espírito Santo as empresas que fazem a transformação do plástico são maioria. Elas possuem tecnologia de produção, em especial, de sacolas. Há empresários que trabalham com o recolhimento e destinação de óleo de cozinha, que é enviado para indústrias do Rio de Janeiro, e outras atividades como o recolhimento, desmontagem e encaminhamento de computadores e geladeiras para indústrias de São Paulo. Ela explica que há demanda por capacitação e ferramentas de gestão. “Os caçambeiros de entulho, que fazem a coleta e destinação desse material, querem avançar para fazer a transformação do
• Logística reversa - Devolução de produtos/materiais usados na compra de novos (como baterias, celulares e pneus, entre outros). A responsabilidade pelo recolhimento e correta destinação desses materiais é do fabricante. • Reciclagem - Atividade com alto valor agregado, com a transformação de produtos descartados em novos produtos, como plásticos, madeira, latas de alumínio, bagaço de cana, entre outros. • Lixo úmido - Sem utilidade para transformação e geração de novos produtos, esse material poderia ser usado para geração de energia, mas grande parte dele ainda é perdida e acaba em aterros sanitários ou em lixões instalados de maneira inadequada, onde contaminam o solo.
produto. Há também empresas que prensam os materiais e vendem, além de indústrias que transformam restos de coco em mantas e fibra”, disse. Essas iniciativas objetivam enfrentar a falta de qualificação técnica no setor. É o que vem fazendo, também, a Agência de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas e do Empreendedorismo (Aderes), que realizou, durante a 23ª Feira do Verde, em 2012, o Giro de Negócios e Oportunidades entre empresas compradoras de material reciclado e associações de catadores de material reciclado. O objetivo foi estreitar as relações nas duas pontas do processo produtivo e possibilitar a troca de conhecimento. “Nesse processo todos ganham: os catadores, que têm a oportunidade de vender mais, ampliar a rede de contatos e aprimorar a experiência comercial; e as empresas, que aumentam sua carteira de fornecedores”, afirma Pedro Rigo, diretor-presidente da Aderes. A iniciativa resolveu questões como a quantidade de material que cada catador pode entregar para a empresa que compra o seu material, além de garantir que a origem deste não seja um lixão, o que não é recomendado no processo de transformação dos materiais. Há, ainda, uma redução da dependência “Estamos do atravessador, que encarece o processo. cumprindo o cronograma O Giro rendeu, aproximadamente, R$ 250 mil em de ações e o oportunidades de negócios. Durante a Feira do Verde, programa está a Aderes também realizou capacitações para os incluso no eixo VII - Desenvolvimento catadores, entre elas a que orientou os trabalhadores da Infraestrutura sobre as melhores maneiras de atuação para agregar Urbana” valor ao produto que comercializam. Iranilson Casado, secretário de Estado A Política Nacional de Resíduos Sólidos, aprovada de Saneamento, em 2010, deu grande importância e valorização aos Habitação e catadores, que agora contam com uma legislação que Desenvolvimento Urbano. prevê sua efetiva inclusão no processo.
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Sesi promove seminário sobre qualidade de vida O Sesi-ES promoveu o I Seminário de Gestão Integrada em Qualidade de Vida para as Indústrias, que reuniu cerca de 250 empregados de áreas como saúde, cultura, esporte, lazer, segurança no trabalho e responsabilidade social no Centro de Convenções de Vila Velha. O evento acontece em sintonia com o lançamento do Programa de Gestão Integrada em Qualidade de Vida para as Indústrias, apresentado oficialmente em novembro, que busca de forma pioneira oferecer soluções integradas aos industriais capixabas, especialmente às micro e pequenas empresas industriais.
Delegação do Senai capixaba fez bonito nas Olimpíadas do Conhecimento e foi homenageada pelo presidente da Findes
Presidente da Findes recebe comitiva que participou da Olimpíada do Conhecimento Em um almoço especial realizado no dia 20 de dezembro, o presidente da Findes, Marcos Guerra, recebeu a delegação de 23 alunos e profissionais do Senai que representaram o Espírito Santo durante a Olimpíada do Conhecimento, realizada no mês de novembro em São Paulo. Guerra ressaltou os vários competidores capixabas que foram premiados na competição, que estimula o desenvolvimento de conhecimentos e habilidades por parte dos participantes. “Mesmo com uma equipe enxuta, alcançamos bons resultados. Vamos estimular nossos alunos e profissionais para que participem mais vezes deste tipo de competição, pois, independentemente do resultado, todos ganham. É uma experiência única, que soma na formação dos alunos e no currículo dos profissionais”, destacou o presidente da Findes. 26
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O plano de investimentos e os novos projetos da Findes foram apresentados pelo diretor-executivo, Luís Carlos de Souza Vieira
representantes da indústria se reúnem com prefeitos do interior Ainda antes de tomarem posse, os prefeitos eleitos em 2012 no Espírito Santo foram convidados pela Diretoria da Federação das Indústrias (Findes) para reuniões com representantes do Sistema Findes, dando continuidade à proposta de aproximar a Federação das administrações municipais do interior do Estado. No dia 14 de dezembro, a diretoria da Findes em Aracruz e Região promoveu um encontro com os prefeitos eleitos de Aracruz, Fundão, Ibiraçu, João Neiva e Santa Teresa, realizado no Centro Integrado Sesi/Senai/IEL de Aracruz. No dia 18 de dezembro, a reunião foi com os novos prefeitos da Diretoria Regional em Cachoeiro de Itapemirim, e no dia 20 foi a vez dos eleitos em Linhares e região encontrarem-se com a diretores regionais e estaduais da Federação das Indústrias. Nas ocasiões, foram apresentados temas como o plano de investimento e os novos projetos da Findes, além dos investimentos privados previstos para cada região.
Prodfor comemora 15 anos de história O dia 12 de dezembro foi especial para o Programa Integrado de Desenvolvimento de Fornecedores (Prodfor). Em cerimônia realizada no Itamaraty Hall, em Vitória, o programa comemorou seus 15 anos de existência, nos quais mais de 500 empresas foram qualificadas. Na celebração do aniversário, o programa ainda lançou o livro que narra sua trajetória de sucesso no Espírito Santo e que torna o projeto referência nacional no desenvolvimento de fornecedores. Durante o evento, foi realizada também a certificação anual do Prodfor, na qual 24 novas empresas passaram a contarcomagarantiadequalidadeconferidapelainiciativa. Desse modo, passaram a compor uma ampla rede de fornecimento que inclui as maiores empresas do Espírito Santo. Veja as fotos em “Fatos em Fotos” desta edição, páginas 62 e 63. Jan/Fev 2013 – nº 304
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Indústria EM AÇÃO
Fábricas de sorvete aumentam produção no verão
Cônsul-geral da itália visita federação das indústrias Em visita ao Espírito Santo, o cônsul-geral da Itália no Brasil, Mario Panaro, foi recebido pelo presidente da Findes, Marcos Guerra, no dia 4 de dezembro.Também participaram do encontro o diretor da Findes, Luiz Toniato, o cônsul-geral da Itália no Espírito Santo, Roger Gagiatto, além de membros do Centro Internacional de Negócios da Findes (CIN), que ofereceram suporte técnico à visita. O objetivo foi estreitar as relações com o Brasil e buscar oportunidades de negócios no Espírito Santo.
Sindicatos do vestuário investem na qualificação das empresas do setor Acertar os detalhes do Programa Coletivo de Desenvolvimento e Qualificação das Empresas do Arranjo Produtivo Local (APL) da Grande Vitória foi o objetivo da reunião realizada, no dia 23 de janeiro, entre três entidades sindicais: oSindicato da Indústria de Confecção em Geral do Estado do Espírito Santo (Sinconfec); o Sindicato da Indústria de Calçados do Estado do Espírito Santo (Sindicalçados); e o Sindicato da Indústria de Fiação e Tecelagem em Geral, de Tinturaria, Estamparia e Beneficiamento de Fibras Artificiais e Sintéticas e do Vestuário do Estado do Espírito Santo (Sindutex). O projeto terá 80% dos custos financiados pelo Sebrae-ES e de quatro empresa-âncoras do setor, que participaram da reunião com o objetivo de definir a complementação dos investimento para o programa. A criação do APL visa a promover o desenvolvimento, qualificação e melhorias na capacidade de gestão das indústrias do ramo, através de consultorias. Ele será voltado para fornecedores diretos que executam etapas do processo de fabricação, como facções, bordados, estamparias e lavanderias. Jan/Fev 2013 – nº 304
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O verão já é uma época em que tradicionalmente aumenta a produção nas fábricas de sorvete, mas o forte calor que atinge o Espírito Santo no começo de 2013 tem impulsionado ainda mais as vendas, como indica Vladimir Rossi,presidente do Sindicato das Indústrias de Alimentos Congelados (Sincongel): “As altas temperaturas devem possibilitar um crescimento de até 15% em comparação ao verão passado”. O verão é tão importante para o setor que concentra cerca de 30% das vendas anuais de sorvete.
Conselho da Findes recebe novo secretário de Desenvolvimento A reunião do Conselho de Representantes da Findes do dia 29 de novembro contou com dois ilustres convidados: Nery De Rossi,novo secretário de Estado de Desenvolvimento,e Márcio Félix, ex-titular da pasta. Félix agradeceu o apoio recebido por parte da Federação das Indústrias do Estado durante os quase três anos em que esteve à frente da Secretaria. Ele voltará a atuar em um cargo estratégico da Petrobras. Já Nery De Rossi foi apresentado oficialmente aos industriais capixabas. “O grande desafio agora é fazer dar certo todas as oportunidades que estão surgindo, pois eu acredito no Espírito Santo”, afirmou o novo secretário. Durante a reunião,o diretor-executivo da Findes,Luís Carlos Vieira, apresentou o projeto das Agências de Treinamento Sesi/ Senai/IEL, e a diretora regional do Senai e superintendente do Sesi, Solange Siqueira, forneceu detalhes sobre os projetos das Escolas Móveis e Unidades Móveis.
Nery De Rossi, Marcos Guerra e Márcio Félix durante a reunião do Conselho de Representantes da Findes
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Otimismo prevalece no encontro nacional da indústria
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Comitiva da Findes durante o 7º Enai, realizado em Brasília
iderada pelo presidente da Findes, Marcos Guerra, uma comitiva formada por cerca de 50 empresários, dirigentes e presidentes de sindicatos industriais capixabas participou do 7º Encontro Nacional da Indústria (Enai), realizado nos dias 5 e 6 de dezembro em Brasília. A abertura do evento foi feita pela presidente da República, Dilma Rousseff, que se comprometeu a atender às demandas da indústria nacional, entre elas a redução da excessiva carga tributária e dos entraves burocráticos. A educação foi outro tema de destaque nos debates, como ressaltou Robson Braga de Andrade, presidente da
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Confederação Nacional da Indústria (CNI). “A educação é o caminho certo para que a indústria brasileira possa ser mais competitiva”, destacou. Já Marcos Guerra ressaltou que a prioridade na educação vai ao encontro das ações que o Sistema Findes planeja para o ano de 2013, com diversos projetos nessa área. No final, o clima do Enai foi de otimismo: “Estamos confiantes de que a indústria terá uma retomada gradativa. O ano de 2013 contará com momentos melhores para a indústria nacional”, afirmou o presidente da Findes.
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Comitiva capixaba participa da Couromoda em São Paulo O Sindicato da Indústria de Calçados do Espírito Santo (Sindicalçados) reuniu uma grande comitiva que levou 460 pessoas, entre fabricantes e lojistas, para participar da 40ª Feira Internacional de Calçados, Artefatos de Couro e Acessórios de Moda (Couromoda), realizada entre 14 e 17 de janeiro em São Paulo. A feira é de grande importância para o setor, congregando expositores de 13 estados brasileiros e visitantes de 64 países. Estima-se que a Couromoda articule cerca de 35% das vendas anuais do setor no país. De acordo com Altamir Martins, presidente do Sindicalçados, a participação dos capixabas traz grandes benefícios. “Entramos em contato com parceiros comerciais em potencial, além de abastecer para os próximos meses as vitrines das lojas do Espírito Santo com as novidades em calçados e acessórios”, declarou.
Desenvolvimento da Região Noroeste é discutido em reunião No dia 12 de novembro, membros do Conselho Regional da Findes em Colatina e Região promoveram uma reunião com o Conselho Consultivo local do Sesi e Senai para debater sobre o desenvolvimento da região noroeste do Estado e a integração das entidades do Sistema Findes. Participaram do encontro, além de empresários locais e do diretor da Findes em Colatina, Manoel Antônio Giacomin, diversos executivos da Federação das Indústrias. Os prefeitos de Colatina, Leonardo Deptulski, e de Governador Lindenberg, Paulo Coradini, também estiveram presentes.
Diversas autoridades participaram da reunião do Conselho Consultivo do Sesi e Senai de Colatina e Região
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Integrantes do “Laranja em Movimento” levam suas reivindicações em defesa da sustentabilidade para as ruas
Sesi de Maruípe e de Laranjeiras são premiados nacionalmente O Sistema Positivo de Ensino premiou o Sesi Maruípe e o Sesi Laranjeiras, reconhecendo o trabalho das unidades em nível nacional. O projeto “É divertido Comer Bem”, desenvolvido pelo Sesi Maruípe, se destacou ao realizar ações como o reaproveitamento de cascas de alimentos e confecção de cestas de frutas com biscuit e material reciclado, com objetivo de promover uma alimentação saudável. O outro projeto reconhecido foi o “Laranja em Movimento”, do Sesi Laranjeiras, que busca oferecer orientação sobre sustentabilidade através de ações e da formação de líderes e cidadãos conscientes. Ambos os projetos foram premiados através de seus blogs criados na internet.
gráficas reclamam do “custo Brasil” No ano de 2012 foram importadas 35 mil toneladas de impressos vindos da China,de acordo com o Ministério do Desenvolvimento,Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Esse número representa um volume 20% maior que no ano anterior e quase o triplo do registrado em 2009. Para o presidente do Sindicato das Indústrias Gráficas do Espírito Santo (Siges),João Baptista Depizzol,os números refletem o quanto a atividade sofre com o chamado “custo Brasil”. Um exemplo é que, no ano passado, o Governo Federal importou da China 100% dos cadernos e livros utilizados no ensino público. Ainda assim,Depizzol projeta um bom 2013 para o setor capixaba,que cresceu 0,9% em 2012,impulsionado pelo ano eleitoral e pela indústria da embalagem.“Este ano, estamos contando com algumas desonerações promovidas pelo Governo, e a tendência é que o cenário melhore”, afirma. Indústria Capixaba – FINDES
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economia Por Jacqueline Vitória
Indústria capixaba espera recuperação em 2013
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economia capixaba enfrentará dificuldades menores este ano em comparação com o que ocorreu em 2012, mas a recuperação econômica será “frágil e tímida”. Essas são as perspectivas dos empresários industriais do Espírito Santo, que tentam encontrar uma solução para reverter a marcha lenta do crescimento econômico e evitar que a letargia contagie o desenvolvimento no mercado setorial. A previsão para 2013 é de um crescimento econômico modesto, de 3,5%, com esperança no êxito de algumas medidas tomadas pelo Governo no ano passado, aliadas a outras, divulgadas em janeiro. O cálculo é do presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Marcos Guerra,
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para quem as ações devem ajudar a impulsionar a atividade industrial, impactando positivamente a recuperação econômica. “Mas estou sendo bastante econômico na minha previsão. Nós temos desoneração da folha de pagamento; em nível estadual, avançamos com relação aos contratos de competitividade (Compete), o que possibilitou uma redução de 10% nos projetos; e tivemos o deferimento na compra de equipamentos para montagem da indústria para investimento de inovação”, pontuou Marcos Guerra. Entre as medidas comemoradas, ele destaca ainda a redução na tarifa de energia, assim como a questão da folha salarial do INSS, que passou para 1% sobre o faturamento. Jan/Fev 2013 – nº 304
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Empresários comemoram medidas governamentais, mas apontam novos alvos de combate para garantir crescimento econômico
Em 2012, lembra, a base econômica capixaba ficou muito “na defesa” diante do cenário de crise internacional, perda do Fundap e dos royalties, e muitos investimentos foram postergados. “Automaticamente tivemos indústrias e projetos que tiveram que fazer economia por antecipação. E o cenário nacional foi de muita expectativa, desoneração da folha, redução das tarifas de energia elétrica e alto custo com a inadimplência, que cresceu em todo país. Houve vários entraves, e o setor industrial teve que dar uma redirecionada nas suas ações”, afirmou Marcos Guerra. Somado a isto, 50% da economia capixaba são direcionados para o mercado internacional. O presidente lembra que o Estado ainda é muito dependente da produção de grandes plantas e projetos industriais. Assim, qualquer redução que uma grande empresa faça em sua produção interfere significativamente no crescimento da produção física industrial local. “Para se ter uma ideia,em 2011 o setor de extração mineral, como petróleo, gás e minério, representou um crescimento de 29,6%, se comparado com “Ainda é muito caro produzir no Brasil. Os impostos tinham que ser cobrados no consumo, e não na indústria, porque é a indústria que faz os investimentos mais pesados” Marcos Guerra, presidente da Findes
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“O ano de 2012 foi de muitas conquistas para setor da construção. Não tivemos crise” Houberdan Pessoti, presidente da Câmara Setorial da Indústria de Materias de Construção da Findes
2010. Em 2012, esse índice foi de um ponto percentual negativo. Então, essas empresas não contribuíram com o setor, muito pelo contrário: 1% cento negativo nesse setor é o suficiente para interferir muito no crescimento da produção física industrial”, destaca Guerra. Segundo dados divulgados pela Findes, por meio do Instituto de Desenvolvimento e Educação Industrial do Espírito Santo (Ideies), a indústria brasileira registrou um decréscimo de cerca de 2,9% em 2012, com previsão de recuperação de 4,0% para 2013. Para as indústrias capixabas, o cenário foi um pouco mais desfavorável. De acordo com dados divulgados no início de fevereiro último, pelo Instituto de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial brasileira recuou em nove das 14 regiões pesquisadas, em 2012. Na passagem de novembro para dezembro, sete locais tiveram taxas negativas. Goiás liderou a queda na comparação mensal, com uma retração de 16,5%, seguida pelo Espírito Santo (-6,3%), Pará (-6, 3%) e Paraná (-5,1%) encerrando a lista dos destaques negativos para o setor. Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) capixaba, com base em estimativas calculadas também pelo Ideies, o ano de 2012 fechou com um crescimento de 3,0%. Para Guerra, um dos fatores que contribuiu para que, mesmo diante de um cenário de crise, o PIB capixaba registrasse esse avanço foi o crescimento do comércio varejista no Espírito Santo, que alcançou 12,64% no volume de vendas em novembro de 2012, superior ao mesmo mês de 2011 e acima da média brasileira (8,37%). Passada a onda ruim, diz o presidente da Findes, o otimismo ressurge em 2013. Indústria Capixaba – FINDES
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O setor de alimentos e bebidas cresceu 11,3% em 2012 mas ainda reivindica desoneração de impostos
economia
“É um ano em que as coisas começam a se encaixar. Os anos eleitorais, como 2012, são sempre períodos de tensão e influenciam de forma negativa nos grandes, médios e pequenos projetos”, analisa. No Espírito Santo, esse otimismo é demonstrado pelo Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), que registrou acréscimo de 1,4 ponto em janeiro de 2013 em relação ao mês anterior: em dezembro, o ICEI estava em 55,4 pontos, alcançando 56,8 em janeiro e situando-se acima da linha divisória de 50 pontos, sinalizando condição ou expectativa positiva. No entanto, na comparação de janeiro de 2013 com janeiro de 2012, quando esse indicador era de 61,4 pontos, o Icei registrou queda de 4,6 pontos. Projetos viram realidade Os setores têm tudo para crescer este ano, afirma Marcos Guerra, lembrando que as Olimpíadas e a Copa do Mundo no país já ajudam a elevar a autoestima do cidadão. Outros investimentos do Governo vêm ao encontro das expectativas da classe industrial e ajudam a aumentar o otimismo de Guerra, como o início do processo de licitação do porto de águas profundas no Estado. Isso tudo, ele destaca, está saindo do papel para a realidade, o que não aconteceu no ano passado. “E nesse ritmo, com certeza, a indústria metalmecânica vai produzir os projetos, a indústria de transformação passa a vender mais, “O Governo do Estado celebrou o Contrato de Competitividade com a indústria do vestuário. Para 2013, vai fazer uma grande diferença” Paulo Vieira presidente da Câmara do Vestuário da Findes
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e eu acredito que agora é só executar os planejamentos que foram trabalhados no ano passado. Chegou um ano positivo”, acredita. O setor metalmecânico ficou estagnado em 2012, e houve uma queda significativa da indústria de metalurgia. Muitas obras foram paralisadas.“Então a indústria de transformação e de metalurgia foram bastante prejudicadas.Eu acredito que continua ainda em 2013, mas talvez no segundo semestre do ano esse quadro mude, com reflexos maiores em 2014. A não ser que aconteça um fato novo, podemos dizer que o mercado será aquecido este ano”, considera Luiz Alberto de Souza Carvalho, presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico do Espírito Santo (Sindifer) e diretor para Assuntos de Inovação da Findes. Em 2012, ameaças à indústria local levaram o presidente da Findes, Marcos Guerra, a manifestar sua preocupação com os efeitos da crise sobre a indústria de transformação. No balanço feito nos oito primeiros meses de 2012, ele destacou o receio com a concorrência dos produtos chineses, que originou um processo de desindustrialização em alguns segmentos da indústria brasileira, como confecção, moveleiro, têxtil e calçado, fato que atingiu particularmente o Espírito Santo. O setor de vestuário aqui no Espírito Santo, assim como no Brasil, segundo Paulo Vieira, presidente da Câmara do Vestuário da Findes, teve uma queda acentuada, bem como toda a indústria de transformação brasileira passou por um problema sério em 2012. “Estamos estimando uma queda acima de 11% na industrialização do vestuário no Brasil. Mas em 2013 estamos esperançosos em dar a volta por cima”, diz Vieira. “Em 2012,a queda se deu basicamente por conta do aumento das importações conjugado à perda de competitividade que vem se acentuando ao longo do tempo, em função do custo Brasil, Jan/Fev 2013 – nº 304
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Setores que vinham em pleno crescimento em 2011, como o de petróleo e gás, tiveram uma freada no ritmo em 2012
que continua muito alto. O câmbio foi desfavorável até meados do ano, voltando a ser mais favorável bem no final do ano, mas, mesmo assim, comprometeu todo o primeiro semestre”, lamentou. A esperança também cabe para o setor moveleiro, que viveu um ano muito atípico em 2012. Isso, na opinião do presidente da Câmara Setorial Moveleira da Findes, Luiz Rigoni, devido à falta de uma política de longo prazo bem definida. Mas o dirigente lembra que, graças à redução do IPI do segmento, houve um resultado satisfatório, com crescimento. “Estamos muito otimistas e esperamos ter um bom ano, com crescimento acima da inflação, pois, com a redução do custo da energia, se toda a cadeia produtiva colaborar, baixando o preço um pouco, o efeito geral será muito bom. E temos ainda, até o mês de junho, a redução do IPI pela metade, ou seja, 2,5% de IPI”, comemorou Rigoni. “É necessário haver uma consciência maior da sociedade de que é preciso desburocratizar” Gibson Reggiani, diretor para Assuntos Tributários da Findes
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Burocracia em alta Sobre as medidas do Governo Federal, o presidente da Câmara Setorial Moveleira disse que foi um bom começo a redução da tarifa de energia para a indústria, e destaca que é preciso que toda a cadeia produtiva abrace tais iniciativas para que, no processo produtivo final, haja uma redução real de custos. A redução da tarifa de energia elétrica foi um grande passo e vai impactar bastante a indústria de transformação. Mas ainda é necessário fazer desonerações e diminuir a burocracia. Essa avaliação é do diretor para Assuntos Tributários da Findes, Gibson Reggiani, que também é coordenador da Câmara Setorial de Alimentos e Bebidas da entidade. Em 2012, o setor de alimentos e bebidas, que vinha decrescendo em termos de geração de emprego, melhorou e se estabilizou, gerando mais empregos e receita do que em 2011. Mas Gibson Reggiani considera que poderia ter sido ainda melhor. “Hoje existe uma série de iniciativas no sentido de desoneração de impostos, custo da energia, que são extremamente importantes para diminuir em parte os custos da indústria brasileira, e notadamente na indústria de alimentos e bebidas”, sublinha. Mas o diretor garante que só este esforço não é suficiente. Para ele, é preciso que haja uma consciência maior da sociedade sobre a necessidade da desburocratizar. “Hoje os órgãos de controle ainda são extremamente burocráticos”, avalia, opinando que é um sacrifício empreender com tanta burocracia e tanta superposição de ações na esfera governamental. Em 2012, a área de alimentos e bebidas cresceu 11,3%, frente a um crescimento zero em 2011 - então, Gibson destaca, houve um crescimento no ano passado em cima de zero. “Se contarmos como um ano normal, em 2012 tivemos cerca de 1 a 2 % de crescimento. Ou seja, estamos estagnados. Indústria Capixaba – FINDES
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Em 2009 crescemos 8,9%; em 2010, 9%; aí, em 2011 foi zero; tivemos um decréscimo muito grande”, descreve o diretor tributário da Findes. Mas nem todos os setores foram tão A industria moveleira espera que a redução do impactados em 2012. O setor de consIPI e da tarifa de energia trução, por exemplo, registrou crescielétrica empulsione um mento de mercado de 20% em relação bom resultado em 2013 a 2011. Alem da parceria do Governo Federal, especialmente com o projeto Minha Casa, Minha Vida, houve investimentos por parte encarecem a produção física industrial no Brasil. O primeiro, das construtoras, segundo Houberdan Pessoti, presidente da aponta, diz respeito a transportar mercadorias garantindo a Câmara Setorial de Material de Construção da Findes. integridade da carga, no prazo combinado e a baixo custo, “As construtoras mudaram a concepção das construções o que exige eficiência na logística de transporte. Para reduzir que são feitas hoje no Estado. A alvenaria estrutural - prédios esse custo, segundo Marcos Guerra, é preciso realizar construídos de blocos, sem colunas - vem ganhando uma investimentos urgentes nas malhas ferroviária e rodoviária, grande fatia do mercado. É um sistema construtivo em que aeroportos e portos. “E, nesse caso, temos o chamado custo você economiza de 20% a 30% do custo da obra”, disse Pessoti. do atraso, que é bastante sério”, sublinha. Ele informou que as empresas investiram no mercado e hoje O segundo custo, de acordo com o presidente da Findes, relanão falta matéria-prima, além de mão de obra qualificada. ciona-se aos tributos. “Ainda é muito caro produzir no Brasil. E por isso, as quedas em vendas e no número de obras (prin- Os impostos tinham que ser cobrados no consumo, e não na cipalmente devido à mudança de governos municipais) que indústria, porque a indústria faz os investimentos mais pesados, o setor sempre registra nos meses de janeiro e fevereiro, não diferentemente do comércio e dos serviços. A indústria, muitas ocorreu em janeiro de 2013. Ao contrário, o mercado conti- vezes, não está vendendo, mas está comprando para produzir e nuou aquecido. “Por isso, achamos que este ano será também estocar, e o comércio só compra para vender”, explica. bastante promissor”, prevê o dirigente. Por último, Marcos Guerra cita o custo com a burocracia. “Há casos em que esse custo pode chegar a até 3,5 a 4% para Perspectivas melhores para 2013 uma indústria, o que é muito significativo para as empresas”, Apesar dos avanços que levaram o presidente da Findes a que ainda são obrigadas a contratar mais funcionários do que prever um crescimento de 3,5% para a economia do Estado, necessitariam, apenas para poder atender às exigências que ainda é preciso, em sua opinião, combater três problemas que lhes são feitas pela burocracia. No ano passado, o Sistema Findes, de acordo com o presidente, trabalhou muito com planejamento junto com as empresas. “Nós estamos muito aliados também com os “Estamos muito poderes municipais, e estaremos com as nossas Agências otimistas e esperamos ter de Treinamento organizadas em vários municípios que têm um bom ano, vocação industrial”, disse. Hoje, um dos custos representacom crescimento tivos incidentes sobre a indústria é a falta de material humano. acima da inflação” A Findes vem investindo amplamente no treinamento profisLuiz Rigoni, sional e a parceria com os municípios amplia essa atuação. presidente da “Estamos preparando um ambiente favorável à chegada das Câmara Setorial Moveleira da novas indústrias, e até mesmo para as indústrias que já estão Findes instaladas nesses municípios. É uma parceira em que todos vão sair ganhando automaticamente: além do aumento da produtividade e redução de custos, os municípios vão passar a reter seus talentos”, aposta. Concluindo, Marcos Guerra resume que 2012 foi um ano em que a indústria ficou um pouco “na retranca”, aproveitando para se preparar e organizar estratégias. E o ano de 2013 é de cautela, mas com perspectivas positivas. 34
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SUSTENTÁVEL Por Nádia Baptista
EMPRESAS
CAPIXABAS SÃO DESTAQUE NA ETAPA NACIONAL DO PSQT
Resultado do Espírito Santo foi o melhor entre os estados participantes. Das sete práticas inscritas, cinco foram premiadas
A
s empresas capixabas estão investindo cada vez mais em um ambiente de trabalho de qualidade para seus colaboradores. Prova disso são os bons resultados alcançados pelo Espírito Santo na etapa nacional do Prêmio Sesi de Qualidade no Trabalho (PSQT), cujos vencedores foram anunciados e premiados no dia 4 de dezembro, em solenidade realizada na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília. No total, foram seis empresas capixabas selecionadas para a fase final da premiação, das quais quatro conquistaram primeiros lugares e uma ficou na segunda colocação, em distintas modalidades e categorias. 36
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O prêmio foi disputado por mais de 1.500 empresas de todo o Brasil e apenas 36 foram premiadas, sendo que as classificadas em segundo lugar receberam placa de Menção Honrosa. Antes da etapa nacional, porém, cada uma das 27 unidades da federação organizou premiações regionais. No Espírito Santo, foram 30 empresas participantes. O gerente da Divisão de Responsabilidade Social Empresarial do Sesi/ES, Samuel Saibert Siman, explica como funciona a premiação. “O prêmio é promovido pelo Sesi Nacional. As empresas inscrevem seus projetos, os quais são avaliados e premiados, primeiramente, em nível estadual. Depois dessa etapa, o Sesi Nacional encaminha consultores Jan/Fev 2013 – nº 304
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para avaliar os projetos realizados aqui. Algumas empresas são então selecionadas para a etapa nacional”, detalha. Ao reconhecer as boas práticas, o Sesi acaba incentivando outras empresas a adotarem ações semelhantes,como explica o diretor para Assuntos de Segurança,Saúde e Responsabilidade Social do Sesi/ES e Senai/ES Alejandro Duenas. “O PSQT é uma forma de incentivarmos e mostrarmos as boas práticas de algumas empresas, que melhoram a qualidade de vida e as condições de trabalho para seus colaboradores. A premiação acaba servindo como incentivo para que outras empresas adotem essas práticas”, afirma. Em edições anteriores, o Espírito Santo já havia sido premiado, mas nunca com tantos primeiros lugares como em 2012. Em 2010, a Elkem, única representante capixaba na etapa nacional, ficou em primeiro lugar. Já em 2005 e 2006, a primeira colocação ficou com a Rimo, que no ano passado garantiu a segunda colocação na categoria “Educação e Desenvolvimento” entre as médias empresas. Saiba mais sobre os casos de sucesso das empresas capixabas que venceram o PSQT em 2012: Inovação capixaba Uma incubadora para pequenas empresas que têm como negócio principal a reciclagem. Foi com esse projeto, denominado “IncubaLix Incubadora de Empresas de Econegócios”, que a Marca Ambiental venceu a etapa nacional do Prêmio Sesi de Qualidade no Trabalho (PSQT) 2012, na categoria “Inovação”, entre as empresas de médio porte. A IncubaLix fica localizada no Centro de Tratamento de Resíduos (CTR) Marca, em Cariacica, e é a primeira
“A premiação acaba servindo como incentivo para que outras empresas adotem essas práticas” Alejandro Duenas, diretor para Assuntos de Segurança, Saúde e Responsabilidade Social do Sesi/ES e Senai/ES
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“A GER é um instrumento empresarial e motivacional que estabelece desafios atrelados ao processo de planejamento e reconhece o esforço agregado pelos empregados, diretores e assessores no cumprimento ou superação de metas estabelecidas” Neivaldo Bragato, presidente da Cesan
iniciativa do gênero no Brasil, acolhendo pequenas empresas que se propõem o desenvolvimento de alternativas voltadas à reciclagem de resíduos para a produção de bens e serviços - os econegócios. O projeto visa a tornar o processo de reaproveitamento de resíduos viável economicamente, além de tratar de ações ambientais e sociais, buscando empreendimentos sustentáveis. Para dar forma à IncubaLix, foi necessária a criação do Instituto Marca de Desenvolvimento Socioambiental (Imadesa), uma entidade facilitadora para promover integração entre universidades, instituições de pesquisa, empresas, instituições públicas e privadas. A IncubaLix foi implantada em novembro de 2006, graças a um Convênio de Cooperação Técnica e Financeira firmado por meio de uma parceira entre a Marca Ambiental e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/ES). A iniciativa beneficia projetos de reciclagem, como oficinas de papel, vassouras PET, sacolas plásticas e tijolos ecológicos, além das empresas que entraram no processo de incubação, como é o caso da BioMarca, que produz biodiesel e sabão a partir de óleo de fritura usado; da BioCoco, que fabrica artefatos de fibra de coco; e da Revertec, responsável pela reciclagem de eletroeletrônicos. Ainda há empresas em fase de pré-incubação, como a RCC, que trabalha com reciclagem de resíduo da construção civil; e a Reciclap, uma ecoindústria de beneficiamento de pneus. Todos esses empreendimentos reaproveitam resíduos que chegam à CTR Marca, utilizando-os como matéria-prima para seus processos produtivos, ou seja, esses resíduos passam a ter um destino diferente, deixando de ser dispostos em aterros sanitários. A iniciativa também busca favorecer os colaboradores das empresas de reciclagem participantes da incubadora. A gerente de Comunicação e Imagem da Marca Ambiental, Mirela Chiapani, explica que os funcionários dessas empresas recebem todo o suporte dado aos colaboradores da Marca Ambiental. “O projeto possibilita uma integração entre as empresas. Avaliamos todas as condições de trabalho dos colaboradores dessas ecoindústrias e estabelecemos um padrão muito semelhante ao adotado na Marca Ambiental, Indústria Capixaba – FINDES
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indústria
com valorização dos funcionários. Acreditamos no empenho da equipe em fazer diferente. O próprio negócio das ecoindústrias mostra uma oportunidade de transformação, o que gera um ambiente positivo para quem trabalha com isso”, explica.
Metas e participação nos lucros Representante capixaba entre as grandes empresas na categoria “Cultura Organizacional”, a Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan) trouxe a premiação para o Estado com a prática Gestão Empresarial por Resultados (GER). A GER, que foi implantada na Cesan em 2006 e distribui participação nos lucros aos empregados, é uma ferramenta de gestão que estabelece metas a serem alcançadas no decorrer do ano, como o percentual de satisfação do cliente, número de acidentes de trabalho, nível de qualidade da água, redução da inadimplência e de perdas, entre outros. O alcance de cada meta gera um índice de referência para o cálculo da participação dos empregados nos resultados da empresa. “A GER é um instrumento empresarial e motivacional que estabelece desafios atrelados ao processo de planejamento e reconhece o esforço agregado pelos empregados, diretores e assessores, no cumprimento ou
Segurança e qualidade de vida para os trabalhadores A inserção dos funcionários de maneira ativa na política de segurança do trabalho garantiu à Spali o primeiro lugar na categoria “Ambiente de Trabalho Seguro e Saudável”, entre as empresas de médio porte na etapa nacional do PSQT 2012. Com o projeto Esquadrão Caça Riscos (Escari), a indústria de alimentos de Vila Velha conseguiu reduzir e otimizar os custos, reduzir o Fator Acidentário de Prevenção (FAP), além de alcançar o recorde de 534 dias sem acidentes, sendo reconhecida por isso de maneira positiva junto ao público empresarial e à sociedade. Criado em outubro de 2011,o Escari consiste em um Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho que tem como finalidade principal dar suporte à Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) e ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (Sesmt) da empresa na busca contínua pelo controle e eliminação dos riscos de acidentes e doenças do trabalho. O sistema ajuda a orientar, ensinar e conscientizar os trabalhadores da empresa sobre os riscos e perigos a que estão expostos durante a realização de suas atividades laborais. O coordenador do Sesmt da Spali, Ivan Bongiovani Júnior, explica como funciona o projeto. “O Escari é formado por um grupo de colaboradores que se destacam na empresa e que são treinados, passando por diversos cursos de capacitação, aperfeiçoamento e qualificação profissional nas áreas de nutrição e segurança alimentar, segurança no trabalho, noções de enfermagem, primeirosEntre as grandes empresas, a Cesan socorros, brigada de incêndio, trabalhos em altura, espaço se destacou como a melhor do país em “Cultura Organizacional” confinado, comportamento seguro, ética e cidadania, higiene pessoal e do trabalho, qualidade e meio ambiente, máquinas e equipamentos, ergonomia e posturas de trabalho, além de outros cursos”, enumera. Segundo Ivan,o baixo custo da implementação do Escari foi um dos fatores que levou a Spali a investir na ideia. “Trata-se de um projeto que exige poucos investimentos, mas que traz grandes resultados na área de prevenção e preservação da segurança, saúde e integridade física do trabalhador”, comenta. Além disso, investir nos colaboradores também traz retornos para a empresa. “Colaborador satisfeito é sinônimo de produção com qualidade, crescimento e desenvolvimento de uma empresa”, destaca o coordenador A Spali conquistou o prêmio na do Sesmt da Spali. categoria “Ambiente e Trabalho Seguro e Saudável”
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“O próprio negócio das ecoindústrias mostra uma oportunidade de transformação, o que gera um ambiente positivo para quem trabalha com isso” Mirela Chiapani, gerente de Comunicação e Imagem da Marca Ambiental superação de metas estabelecidas”, afirma o presidente da companhia, Neivaldo Bragato. De acordo com Bragato, entre os objetivos da GER estão estimular os empregados no alcance das metas estabelecidas e alinhadas aos objetivos da Cesan e a cooperação e interação entre as diversas áreas da companhia, bem como o trabalho em grupo; aprimorar a qualidade dos serviços prestados; e contribuir para melhoria do clima motivacional da empresa. A GER tem colaborado também para os resultados financeiros da empresa, como explica o coordenador
Com um projeto de incubadora para econegócios, a Marca Ambiental foi premiada na categoria “Inovação”
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Os investimentos na saúde e qualidade de vida dos funcionários garantiram a premiação da FHF entre as micro e pequenas empresas
de Planejamento, Sérgio Rabello. “A Cesan apresentou resultados negativos em seus balanços de 1996 a 2002. Com a adoção de um novo planejamento estratégico, passou a apresentar lucros crescentes de 2003 a 2012. A partir de 2006, com a implantação da GER, os lucros passaram a ser divididos com a força de trabalho, conforme os critérios do programa. Nesse período, a empresa melhorou muito seu desempenho operacional”, esclarece. Diálogo com os colaboradores Há 14 anos no mercado de recapagem de pneus, a FHF Recauchutadora de Pneus, empresa de pequeno porte do Espírito Santo, aumentou em 10% sua produção e em 9% o faturamento desde 2011, quando passou a fornecer gratuitamente a seus empregados três refeições diárias balanceadas e instalou equipamentos modernos para facilitar o manuseio dos pneus. As mudanças também renderam à empresa a primeira colocação no PSQT 2012, na categoria “Ambiente de Trabalho Seguro e Saudável”, concorrendo com micro e pequenas empresas do Brasil. A diretora-geral da FHF, Valkinéria Bussular, explica que a ideia foi concebida a partir de diálogo com os colaboradores. “O projeto foi se desenvolvendo através de reuniões e pesquisas entre nossos colaboradores, que nos ajudaram a implementar novas ideias, avaliando o grau de satisfação. Assim seguimos em frente, inovando sempre que uma nova prática era sugerida. No começo, não tínhamos ideia de aonde queríamos chegar, apenas fomos gostando dos resultados, até que, em 2009, fomos procurados pelo Sesi, para participarmos do PSQT e conquistamos nosso primeiro prêmio estadual. A entidade foi e é nossa grande parceira nessas conquistas, pois muitos de nossos projetos foram colocados em prática com o apoio do Sesi de Colatina”, ressalta. Valkinéria lembra ainda outros benefícios alcançados com a prática: diminuição dos acidentes de trabalhos graves (chegando a zero nos últimos dez anos); diminuição de faltas por motivos banais (devido aos cálculos na divisão de gratificação de produção); maior integração entre a equipe; implementação, com sucesso, da norma ISO 9001/2008 e registro no Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). “Além disso, hoje temos colaboradores saudáveis e comprometidos com os resultados da empresa”, conta a diretora. A FHF comemora o prêmio. “Investir na saúde e qualidade de vida de nossos colaboradores é investir na qualidade de nossos serviços e satisfação dos clientes. O reconhecimento nacional nos deu a certeza de que seguir bons exemplos traz sucesso, porém criar e inovar traz reconhecimento”, afirma Valkinéria. Indústria Capixaba – FINDES
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NO SISTEMA Por Vitor Taveira
Agências de Treinamento: um novo conceito em educação Estrutura básica de uma Agência de Treinamento
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Sistema Findes está começando a implementar um novo conceito para a educação tecnológica e educação profissional para o setor industrial nas cidades de pequeno ou médio porte no interior do Espírito Santo. Trata-se das chamadas Agências de Treinamento, que possibilitam que um maior número de municípios tenha acesso aos serviços profissionalizantes oferecidos pelo sistema Sesi/Senai/IEL por meio de parceria com os governos locais. Com o apoio dessas agências, municípios cuja contribuição compulsória não é suficientemente forte para manter um Centro Integrado do Sesi/Senai/IEL podem contar com treinamento qualificado, por tempo indeterminado.
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• Recepção com mobiliário: mesas, cadeiras e poltronas; • 2 salas de aula para 30 alunos, devidamente mobiliadas com carteiras e quadros; • Laboratório de Informática, devidamente equipado, com capacidade para 30 alunos; • 4 sanitários • Depósito com armários; • Sala administrativa/operacional, com mesas, cadeiras e armários; • Copa/cozinha com pia, geladeira, fogão e bebedouro; • Pátio externo, que permita o estacionamento de unidades móveis de treinamento (carretas); • 3 linhas telefônicas fixas; • Acesso à internet nas salas de aulas e laboratório de Informática, na sala de administração e recepção. Jan/Fev 2013 – nº 304
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Foto: Rodrigo Barbosa de Sousa
Definição das responsabilidades: Prefeitura Municipal • Ceder o local onde será instalada a Agência de Treinamento • Custear a manutenção da Agência de Treinamento, cobrindo gastos como energia, água, telefone, serviços contábeis etc. • Disponibilizar os recursos humanos administrativos, equipamentos e instalações necessárias para o perfeito funcionamento da Agência de Treinamento Findes • Prover os recursos humanos especializados (docentes, instrutores, consultores e técnicos) para o atendimento das linhas de atuação propostas • Fornecer equipamentos adicionais que se façam necessários, tais como as unidades móveis de ensino e capacitação
O município de Ibiraçu será o primeiro a instalar uma Agência de Treinamento
“As Agências de Treinamento são um novo mecanismo da Federação das Indústrias para atender à demanda dos municípios de forma rápida e eficiente. Trata-se de uma parceria com as prefeituras para a extensão da rede Sesi/Senai/IEL, sob direção do Sistema Findes, pois será essa entidade que realizará os cursos e emitirá diplomas e certificados de conclusão”, explica Marcos Guerra, presidente da Findes. Guerra esclarece que o Sistema Findes está executando um plano de investimentos que prevê a aplicação de R$ 104 milhões até 2015; deste total, aproximadamente 80% serão voltados para a educação escolar e profissional. “Estamos estabelecendo parcerias com diferentes municípios em prol da capacitação, principalmente, nas regiões com potencial industrial e carência de
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trabalhadores qualificados. Nosso objetivo é potencializar a interiorização do desenvolvimento no Estado”, disse. As linhas de atuação compreendem as modalidades de aprendizagem, qualificação e treinamento, com o objetivo de transmitir conhecimentos, habilidades e atitudes para aqueles que participam de modalidades de educação profissional tecnológica e para o trabalho. Para a implementação de uma Agência de Treinamento é necessário realizar a avaliação da demanda local por meio de um estudo de viabilidade no município e a elaboração de um projeto de implantação que considere a definição das linhas de atuação da Agência de Treinamento baseado na avaliação da demanda local. Para a avaliação da demanda serão considerados critérios como: a demanda industrial de profissionais qualificados; o nível de formação profissional dos trabalhadores residentes no município; e as perspectivas de crescimento industrial do município e região. Uma vez comprovada a viabilidade do projeto, a prefeitura encaminha um projeto de lei para a Câmara Municipal, para garantir o amparo legal necessário. As responsabilidades assumidas pela prefeitura incluem a cessão do local para a instalação do projeto; a cobertura dos gastos de manutenção, como energia, água, telefone, serviços contábeis etc.; e a disponibilização dos recursos humanos administrativos, equipamentos e instalações necessários para manter o funcionamento da Agência em perfeitas condições.
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no sistema
Passo a passo
Evolução em função da demanda
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Definição da responsabilidade dos parceiros
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Aprovaçao da implantação da Agência de Treinamento mediante promulgação de lei municipal
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estão da Agência G de Treinamento pelo Sistema Findes
Em contrapartida, a Findes oferece os recursos humanos especializados, como docentes, instrutores, consultores e técnicos, para atender às linhas de atuação propostas, além de fornecer os equipamentos adicionais que sejam necessários, como unidades móveis de ensino e capacitação. A estrutura básica (veja box) deve incluir, entre outros espaços: recepção; salas de aula; laboratório de Informática; e pátio externo que permita o estacionamento de unidades móveis que realizem treinamentos. O presidente da Findes esclarece que as Agência de Treinamentos podem ficar no município por tempo indeterminado, podendo ser extintas caso acabe a demanda. Porém, o mais provável é que caminhem não só para a manutenção como para a ampliação dos projetos, pois a formação e qualificação de mão de obra são processos contínuos, em função da evolução tecnológica e da busca por melhor remuneração. A ideia é que as Agências de Treinamento sejam o passo inicial de um processo evolutivo, de acordo com o desenvolvimento do município, uma vez que, com a indústria local crescendo e ampliando a demanda por formação de mão de obra qualificada, é possível evoluir da Agência de Treinamento para o Núcleo de Treinamento e, finalmente, para uma unidade do Centro Integrado Sesi/Senai/IEL. De acordo com Guerra, o projeto se baseia na grande demanda por mão de obra qualificada no Espírito Santo. A Findes trabalha com a meta de instalar Agências de Treinamento em 20 municípios capixabas já em 2013. O primeiro município a assinar um convênio para instalar uma agência foi Ibiraçu. Para o prefeito da cidade, 42
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Agência de Treinamento É um primeiro passo para ter serviços do Sesi/Senai/Iel
Núcleo de Treinamento Municipal Dependendo do crescimento industrial e da necessidade de formação de mão-de-obra do município e sua região,a agência pode evoluir para um Núcleo de Treinamento
Centro Integrado (Sesi / Senai / IEL)
Se continuar crescendo, o local pode vir a sediar um novo Centro Integrado Sesi/Senai/IEL
Duda Zanotti, o convênio vem em bom momento para a cidade e toda a região. “A instalação da Agência de Treinamento em Ibiraçu é de suma importância para a nossa região, que vem crescendo a cada ano. Grandes empresas estão chegando e precisarão de pessoas qualificadas para ocupar estes postos de trabalho e os moradores de Ibiraçu poderão se qualificar e ocupar os cargos que surgirão”. Segundo Zanotti, os jovens ibiraçuenses serão os maiores beneficiados com a chegada da agência à cidade.“A nossa principal preocupação é com os nossos jovens, que com essa agência terão maiores oportunidades de se inserir no mercado de trabalho”. O prefeito destacou que o acordo abre novas possibilidades para o município. “O apoio do Sistema Findes vem na hora certa para contribuir com o desenvolvimento do nosso município. Essa parceria é apenas o início de esparamospoder ampliá-la no futuro”, concluiu. Jan/Fev 2013 – nº 304
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Indústria EM AÇÃO
Marcos Guerra apresentou os resultados da indústria capixaba em 2012 em almoço com jornalistas
Balanço anual da indústria é
apresentado em almoço com a imprensa
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Findes encerrou 2012 com um almoço de confraternização com a imprensa capixaba, realizado no dia 4 de dezembro. Na ocasião, o presidente Marcos Guerra fez um balanço do ano para o setor industrial e apresentou também as expectativas do setor para 2013. “O ano de 2012 foi um ano difícil, que nos exigiu muita cautela, por conta de perdas e desafios como as discussões sobre a distribuição dos royalties, o fim do Fundap e também as eleições municipais”, comentou Guerra na ocasião. Os dados divulgados pela Findes no evento indicam que a indústria brasileira registrou um decréscimo de cerca de 2,9% em 2012, com previsão de recuperação de 4,0% em 2013. Para as indústrias capixabas, o cenário foi um pouco mais desfavorável: de janeiro a setembro de 2012, o setor registrou uma queda de 6,8% na produção. Para 2013, entretanto, a expectativa é de recuperação, com um crescimento de até 3,5%. “Estamos tendo um pequeno aquecimento na indústria, mas ainda pouco significativo se compararmos com os anos anteriores”, explicou Marcos Guerra. O presidente da Findes também apresentou previsões relacionadas ao Produto Interno Bruto (PIB) capixaba, com base em estimativas calculadas pelo Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo (Ideies). Segundo os dados apresentados, o crescimento do PIB capixaba em 2012 foi de cerca de 3,0%. Para Guerra, um dos fatores que contribuiu para que, mesmo diante de um cenário de crise, o PIB capixaba registrasse Jan/Fev 2013 – nº 304
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esse aumento foi o bom desempenho do comércio varejista no Espírito Santo. De maneira geral, porém, Guerra destacou que o ano foi de desafios para a indústria, marcados principalmente pela retração da demanda por commodities no mercado internacional, com consequente queda na produção da indústria siderúrgica capixaba. Ainda assim, alguns setores registraram um melhor desempenho: petróleo, alimentos e bebidas, construção civil, celulose e rochas ornamentais. Os profissionais de imprensa presentes também puderam conferir, em primeira mão, alguns dos novos projetos do Sistema Findes, voltados principalmente para a educação profissional, podendo abranger todos os 78 municípios capixabas mediante parcerias com os mesmos,e que são: as Agências de Treinamento Sesi/Senai/IEL, as Escolas Móveis e as Unidades Móveis. Além desses projetos, Marcos Guerra forneceu detalhes sobre o funcionamento do Espaço Cultural Sesi, que está em via de ser inaugurado no topo do Edifício Findes. Em 2013, novos empreendimentos em andamento no interior do Estado devem fortalecer a indústria capixaba. “Temos a indústria automobilística em Linhares e São Mateus; a indústria naval em Aracruz; entre outros que, junto com a cadeia de petróleo e gás, promovem um novo perfil de indústria, com maior valor agregado e mais tecnologia, ocorrendo de norte a sul do Estado e se tornando, assim, um importante agente para a interiorização do desenvolvimento”, completou Marcos Guerra. Indústria Capixaba – FINDES
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inovação Por Heliomara Mulullo
Linhas de fomento para incentivar a inovação
Quem tem uma ideia inovadora pode encontrar nas linhas de fomento existentes no mercado um grande aliado
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uitas empresas conquistam o seu espaço e se tornam líderes de mercado fazendo apenas aquilo que seus concorrentes já faziam, mas de maneira inovadora e mais eficiente. A novidade é que para essas ideias existem no mercado linhas de fomento que servem para impulsionar um projeto. Essas fontes podem ser encontradas tanto em bancos privados quanto nas agências governamentais de incentivo à pesquisa, inovação e ao empreendedorismo. Antes de solicitar um financiamento, porém, é importante ter conhecimento de onde estão esses recursos e identificar quais oferecem as condições mais adequadas aos objetivos específicos da empresa. O problema é que muitos acham essa busca difícil e poucos encontram o “caminho das pedras”. Quem já o achou está colhendo os frutos. É o caso da capixaba Tecvix Planejamento e Serviços Ltda, que, em parceria com a Aset Consultoria, LVA Engenharia e Consultoria, TecVitoria e com o Lamef (Fundação Luiz Englert, vinculada à UFRGS), apresentou quatro projetos ao programa Inova Petro, uma espécie de financiamento para projetos inovadores dos fornecedores da Petrobras. Dos projetos apresentados, três foram aprovados. O diretor-presidente da Tecvix, Luíz Alberto de Souza Carvalho, ressaltou a importância das linhas de fomento à inovação e destacou que os empresários devem buscá-las. “O empresário precisa acreditar no processo e entender que a única saída para nossas empresas manterem-se competitivas é através de investimento em pesquisa e desenvolvimento
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No Espírito Santo, o Bandes está regulamentando o Fundo de Inovação Funcitec
Linhas de financiamento estaduais Funcitec - Fundo de Inovação que está sendo regulamentado. É concedido a pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, que apresentem proposições portadoras de mérito técnico-científico e que se enquadrem nas condições estabelecidas pela Política Estadual de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (mais informações: www.bandes.com.br). Invest-ES - Investimentos privados (recursos próprios das empresas, fundos de investimentos, parcerias entre empresas, etc). Informações: www.bandes.com.br.
Fapes - Recursos para programas como o Nossa Bolsa, que concede bolsas de graduação e editais de mestrado, doutorado e pós-doutorado. Conferir no site da Fapes: www.fapes.es.gov.br/default.asp - seção Formas de Fomento. (P&D). Temos que buscar tecnologias por meio da inovação. Montar uma equipe mínima de engenheiros para elaboração das cartas-propostas”, acentuou. Iomar Cunha dos Santos, da Gerência de Inovação da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Jan/Fev 2013 – nº 304
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orienta que é preciso levar em conta as condições de cada banco. “Inovação é risco e, como tal, necessita de conhecimento, pesquisa, recursos financeiros e humanos. Nesse sentido, os recursos que estão sendo disponibilizados para inovação tendem a remunerar esses quesitos. No Espírito Santo, a Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapes) tem feito um trabalho exemplar de disponibilizar recursos para pesquisa e desenvolvimento (P&D) e inovação”, declarou. Financiamento: primeira fase de um projeto Seja por meio de capital próprio, agências de fomento, bancos públicos ou particulares e “investidores anjos” (um atual ou ex-empresário/empreendedor, ou um executivo, que já trilharam uma carreira de sucesso, acumulando recursos suficientes para alocar uma parte - normalmente entre 5% e 10% do seu patrimônio para investir em novas empresas), adquirir financiamento será apenas a primeira fase do processo. Portanto, é importante acertar na escolha, para começar o projeto com o pé direito e não inviabilizá-lo depois. No Brasil, essas linhas de fomento podem ser encontradas em agências como o CNPq (www.cnpq.br) e a Finep (www.finep.gov.br). Também há bancos oficiais que dão suporta às empresas concedendo empréstimos a juros baixos e com prazo de carência estendido para início do pagamento, como o BNDES (www.bndes.gov.br) e o Banco do Nordeste (www.bnb.gov.br). Existem investidores/empresas que podem investir no aprimoramento dos serviços de seus fornecedores, tal como a Petrobras com o InovaPetro, iniciativa conjunta da Finep e do BNDES para o fomento de projetos voltados para a cadeia produtiva da indústria de petróleo e gás natural. No Espírito Santo, a atribuição de definir diretrizes da Política Estadual de Ciência e Tecnologia fica com o Conselho Estadual de Ciência e Tecnologia - Concitec, colegiado de caráter deliberativo vinculado à Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia. Em outubro de 2012, o Governo do Estado sancionou a Lei de Inovação, que cria “No Espírito Santo, a inovação é um dos pilares de investimento do Governo como objetivo estratégico para aumentar a competitividade das principais cadeias produtivas” Jadir Péla, secretário da Sectti
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Findes e o incentivo à inovação A Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) conta com uma ferramenta para a promoção e potencialização da cultura de inovação junto às empresas industriais do Estado.Trata-se do InovaFindes, que forma competências, disponibiliza informações e metodologia apropriada e monitora os indicadores e resultados dos esforços para inovar. mecanismos facilitadores para o setor público e privado no desenvolvimento de novos produtos ou processos, visando à melhoria de competitividade empresarial. Está previsto nesta Lei o Fundo de Desenvolvimento das Atividades Produtivas Inovadoras (FDI), que será gerido pelo Bandes, com um aporte inicial de R$ 30 milhões para 2013. Investimentos em 2013 Além disso, balanço da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia, Inovação, Educação Profissional e Trabalho (Sectti) apontou que somente em 2012 foram investidos R$ 40 milhões pela Fapes, por meio de programas como Funcitec, Siafem e Nossa Bolsa para apoio e incentivo a pesquisas. Outros R$ 2,6 milhões foram investidos em popularização da ciência por meio de feiras, projetos, mostras, apoio a pesquisadores; e R$ 100 mil foram de aplicados a cursos voltados para área de tecnologias, workshops e seminários técnicos para construção do mapa da Inovação. Para 2013, a Fapes irá disponibilizar R$ 35 milhões, assim distribuídos: Funcitec, R$ 19 milhões; Nossa Bolsa, R$ 17 milhões (0,5% de recursos vinculados para pesquisa, inovação e bolsas); Fapes, R$ 10 milhões (contrapartidas de convênios para fomento à pesquisa/inovação/bolsas); e R$ 10 milhões em Recursos de outras fontes (federais, captados por meio de convênios para fomento à pesquisa/inovação/bolsas). “No Espírito Santo, a inovação é um dos pilares de investimento do Governo, como objetivo estratégico para aumentar a competitividade das principais cadeias produtivas e do Estado como um todo. Inovação é um eixo constante nas gestões públicas e privadas na busca por crescimento de mercado e de pesquisas. Temos um balanço positivo em 2012, com uma série de ações e projetos estratégicos que passarão a desempenhar um papel fundamental para a Ciência, Tecnologia e Inovação. O Parque Tecnológico é um dos exemplos. Estamos também consolidando o Circuito Internacional de Inovação, que irá conectar o Espírito Santo aos principais mercados e polos de inovação nacionais e internacionais. Dessa forma, o Brasil estará integrado aos Estados Unidos, Suíça, Alemanha, Taiwan e Irã”, disse o secretário da Sectti, Jadir Péla. Indústria Capixaba – FINDES
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inovação
ENTREVISTA
“Um bom produto inovador começa pelo projeto” Antes de buscar uma linha de fomento, primeiramente o empresário deve investir em elaborar um bom projeto. É o que afirma o empresário da Tecvix Luiz Alberto de Souza Carvalho. Em entrevista, ele explica como foi bem-sucedido na busca de um financiamento e avalia as políticas de inovação no Estado. A falta de conhecimento tem feito o Estado perder oportunidades? Não há dúvida. É preciso disseminar as informações sobre as fontes de recursos disponíveis para investimento em inovação, tanto estaduais, quanto nacionais. Existem entidades que facilitam essa aproximação. A Tecvix identificou na TecVitória um parceiro importante neste processo. Inovação é o caminho para as empresas saírem da crise? Como tem sido o desempenho do Estado quanto às políticas de fomento à inovação? Estamos começando. Há um desconhecimento generalizado de todos os setores, as empresas não possuem equipes preparadas para responder aos requisitos mínimos exigidos para elaboração dos projetos. Falta cultura do empresariado para acessar estas fontes de financiamento - para se ter ideia, apenas a Tecvix conseguiu aprovar projetos no programa Inova Petro. A sua empresa conquistou essa linha de fomento. Pode explicar que programa é esse? O programa Inova Petro é uma iniciativa conjunta da Finep e do BNDES, com o apoio técnico da Petrobras. Destina-se às empresas brasileiras e/ou grupos econômicos brasileiros com Receita Operacional Bruta (ROB) superior a R$ 16 milhões, individualmente ou em associação, que tenham interesse de empreender atividade de produção e comercialização dos produtos ou serviços decorrentes das tecnologias relacionadas aos temas. Por onde o empresário pode buscar essas linhas de financiamentos? A participação se dá por meio de chamadas públicas, que podem ser acompanhados pela página de editais do site da Finep. O empresário também pode procurar a Incubadora TecVitoria e a Findes, por meio do programa InovaFindes. Quantos projetos foram apresentados? A Tecvix apresentou quatro projetos em sua Carta de Manifestação de Interesse. Foram aprovados três projetos nessa fase, sendo dois na Linha Temática 1 (Tecnologias Aplicáveis em Processamento de Superfície) e o outro na Linha 2 (Tecnologias Aplicáveis em Instalações Submarinas - Dutos Flexíveis e seus Acessórios).
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Além de empresário, Luiz Alberto também é diretor para Assuntos de Inovação da Findes e presidente do Conselho Temático de Política Industrial e Inovação Tecnológica (Conptec)
Quando foi o processo seletivo? O primeiro edital do programa foi lançado em agosto de 2012. Após o encerramento de sua primeira etapa, foi recebida uma demanda de R$ 2,7 bilhões, por meio de 37 Cartas de Manifestação de Interesse. Sua empresa participou sozinha ou em consórcio com outras empresas? A Tecvix apresentou seus projetos em parceria com as empresas Aset Consultoria, LVA Engenharia e Consultoria, com TecVitória - Incubadora de Empresas de Base Tecnológica e com o Lamef Fundação Luiz Englert, vinculada à UFRGS. Quanto foi obtido? Os projetos selecionados nessa primeira fase estão estimados em cerca de R$ 21 milhões, mas na nova fase que se inicia agora, de elaboração do plano de negócios, esse valor poderá ser revisto. Haverá acompanhamento por parte dos financiadores? Conforme definido no edital, após a seleção final dos planos de negócios será elaborado um Plano de Suporte Conjunto (PSC) com a Finep e o BNDES e o acompanhamento se dará ao longo de todo o desenvolvimento do projeto. Como se sente tendo obtido esse financiamento? Nos sentimos bastante satisfeitos em participar de um edital em nível nacional, onde normalmente só empresas de grande porte e detentoras de tecnologias estão presentes. O empresário precisa se informar e acreditar nas suas potencialidades. Vivemos num mundo globalizado e a garantia de sustentabilidade dos negócios passa pela inovação de produtos e processos. Que orientação deixa para os empresários? Em primeiro lugar, o empresário precisa acreditar no processo e entender que a única saída para nossas empresas se manterem competitivas é através de desenvolvimento em P&D. Temos que buscar tecnologias através da inovação. Montar uma equipe mínima de engenheiros para elaboração das cartas-propostas. O programa tem previsão de ir até o ano de 2017, oferecendo recursos para desenvolvimento de tecnologias voltadas a atender às demandas da cadeia produtiva de óleo e gás. A participação se dá por meio de chamadas públicas, que podem ser acompanhados pela página de editais do site da Finep. Jan/Fev 2013 – nº 304
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Indústria EM AÇÃO
Indústria de cimento capixaba realiza encontro em Vitória O Sindicato das Indústrias de Produtos de Cimento do Espírito Santo (Sinprocim-ES) realizou, em conjunto com o Programa de Desenvolvimento Empresarial (PDE), a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) e o Sebrae-ES, o “16º Encontro das Indústrias de Produtos de Cimento no Espírito Santo”, que aconteceu no dia 29 de janeiro no Bristol Diamond Suites, em Vitória. O ciclo de palestras contou com a apresentação das ações do Sebrae, do Sinprocim-ES e da ABCP, com a avaliação das ações do PDE-ES, palestra sobre mercado, infraestrutura e logística, e ainda com a apresentação do plano de trabalho 2013. “O encontro foi uma oportunidade de os empresários trocarem experiências com os grupos e entidades parceiras”, avalia o presidente do Sinprocim-ES, Dam Pessotti. O evento reuniu empresas da Grande Vitória e das regiões norte, noroeste e sul do Espírito Santo participantes do PDE.
Projeto Esporte Cidadania é realizado na Praia de Camburi Com o tema “O esporte é um direito de todo cidadão”, a oitava edição do projeto Esporte Cidadania reuniu participantes que puderam praticar modalidades esportivas como futebol e vôlei de praia, além de ter acesso a brincadeiras e receber informações sobre o incentivo à prática de atividade física. O Esporte Cidadania busca promover o esporte como direito de todos e ferramenta para educação, qualidade de vida e inclusão social para pessoas de todas as idades.O evento é uma iniciativa da Rede Globo em parceria com o Sesi, e aconteceu no dia 25 de novembro, na Praia de Camburi, em Vitória.
Equipe do Esporte Cidadania promoveu atividades esportivas gratuitas em Camburi
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O presidente do Sistema Findes, Marcos Guerra, entrega homenagem à empresária Cecília Milanez
Cecília Milanez participa do “Contando Histórias” Idealizadora de uns dos maiores eventos do setor de rochas ornamentais no mundo, Cecília Milanez Milaneze foi a primeira mulher a participar do “Contando Histórias”. Há 25 anos ela realiza importantes eventos para o setor de rochas, como a Cachoeiro Stone Fair e a Vitória Stone Fair. De forma descontraída, ela narrou os principais momentos da sua trajetória de vida,desde a juventude até se tornar a empresária de destaque que é hoje. O presidente do Sistema Findes, Marcos Guerra, presente no evento, destacou características da executiva como a persistência e a vontade de trabalhar.
Palestra aborda caminhos para empresas exportarem O instrutor Nicola Minervini, sócio-diretor da empresa “Internacional Marketing Consulting SAS”, na Itália, foi o convidado para realizar palestras sobre o tema “Caminhos Para a Internacionalização”, durante os dias 22 e 23 de novembro na sede da Findes, em Vitória. O encontro teve como proposta orientar empresários capixabas que já atuam ou desejam se inserir no comércio exterior. Além das palestras, foi realizado um painel preparatório para participação em rodadas de negócios. O encontro foi uma iniciativa do Sistema Findes, por meio do CIN-ES, com o apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Apex-Brasil. Indústria Capixaba – FINDES
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Indústria EM AÇÃO
Sindimecânica firma parceria com universidade russa Um importante acordo de cooperação técnica da indústria capixaba foi concretizado entre o Sindicado da Indústria de Mecânica do Espírito Santo (Sindimecânica) e a Perm NationalPolytechnicUniversity, da Rússia, considerada o maior centro mundial de tecnologia em exploração de petróleo e gás em camadas subpolares, um dos ambientes mais hostis para a atividade. Através do acordo, espera-se o intercâmbio de knowhow e o treinamento de funcionários e empresários brasileiros na Rússia, bem como dos russos no Brasil.“O conhecimento adquirido poderá ser utilizado para solucionar diversos entraves enfrentados pela maioria das empresas do setor, que são pequenas e precisam de tecnologia”, afirmou EnnioModenesi Pereira II, presidente do Sindimecânica. Uma visita técnica está prevista para acontecer ainda no primeiro semestre de 2013.
Ex-ministro da Fazenda faz palestra em Cachoeiro de Itapemirim O economista e ex-ministro da Fazenda Maílson de Nóbrega foi o convidado especial para palestrar durante o evento “Tendências 2013”, no qual foram apresentadas as tendências da economia para este ano. O evento foi promovido pelo SicoobCredirochas no dia 5 de novembro, no espaço Unimed Hall, em Cachoeiro de Itapemirim e contou com a presença do diretor da Findes em Cachoeiro e Região, Áureo Mameri.
Áureo Mameri (à direita) com o ex-ministro Maílson de Nóbrega
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Adenilson Alves da Cruz, diretor da Findes em Venda Nova do Imigrante e Região, cumprimenta o juiz titular do município, Paulo Eduardo Politano de Santana
Diretor da Findes participa de solenidade em Venda Nova O diretor da Findes em Venda Nova do Imigrante e Região, Adenilson Alves da Cruz, esteve presente na solenidade de implantação do Processo Judicial Eletrônico da Justiça do Trabalho (Pje-JT), realizada no dia 13 de novembro, na Vara de Justiça do Trabalho de Venda Nova. O evento contou também com a presença de advogados, servidores, empresários e diversas autoridades, que destacaram a celeridade, segurança, economia e transparência como os principais ganhos da implantação deste sistema, que permite a tramitação online dos processos, melhorando a eficiência e reduzindo o impacto ambiental das atividades do poder Judiciário.
Internet aquece o mercado da moda A internet tem sido uma importante propulsora da indústria da moda, principalmente por conta das grandes liquidações que marcas importantes vêm realizando na rede, escoando parte de seu estoque. “A popularização da internet está fazendo com que as pessoas se habituem a essa modalidade de compra. Com isso, o mercado cresce além do esperado e as indústrias estão fazendo investimentos para conquistar este novo nicho”, explica o diretor do Sindicato da Indústria de Confecções de Roupas do Espírito Santo (Sinconfec), José Carlos Bergamin. Não é para menos: de acordo com pesquisa da consultoria e-Bit, um terço dos 83 milhões de brasileiros que acessam a internet realiza compras online. A categoria de moda e acessórios ocupa a segunda posição entre os artigos mais vendidos no ranking de 2012. Jan/Fev 2013 – nº 304
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artigo
Pronatec: oportunidade para estudantes e trabalhadores
O
desenvolvimento do Espírito Santo exige especial atenção à formação técnico-profissional, que durante muito tempo ficou praticamente restrita à ação do antigo Cefetes, em Vitória, às unidades iniciais do Sistema S (Senai, Senac, Senar e Senat) e a poucas escolas privadas. A evolução dos processos produtivos na indústria e na agricultura e as novas demandas de qualidade de atendimento no comércio e no setor de serviços, por exemplo, colocam novas exigências de formação para os profissionais dessas áreas, em todos os níveis de atuação e, dessa forma, a capacitação técnica é estratégica para o Estado. Do ponto de vista do estudante, a formação técnica lhe oferece mais oportunidade de inserção na vida profissional e no mundo do trabalho, uma necessidade que existe de fato para a grande maioria dos alunos da rede pública. Associada ao ensino médio, a formação favorece as condições para que possa também continuar seus estudos no nível universitário. Sob essas perspectivas, o Governo do Espírito Santo aderiu ao Pronatec, o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego, do Ministério da Educação (MEC), que atua em cooperação com diversos órgãos no âmbito estadual e conta com os Institutos Federais e o Sistema S para a execução dos cursos ofertados.
O programa começou em 2011, com 3,2 mil vagas, tendo como público-alvo os alunos do ensino médio das redes estaduais e, em 2012, expandiu o seu alcance para os trabalhadores, incluindo os cadastrados no Sine (Sistema Nacional de Emprego). No ano passado, foram mais de 13 mil ofertas e, para 2013, há um grande leque de possibilidades para os interessados, com vagas disponíveis em vários municípios do Estado. No Pronatec, há duas modalidades de formação em oferta: cursos técnico-profissionais, classificados no Catálogo Nacional de Cursos, com cargas horárias em torno de 800 a 1.200 horas, que exigem do candidato o ensino médio; e cursos de Formação Inicial Continuada (FIC), de caráter mais aberto e com carga horária a partir de 160 horas. Os cursos oferecidos podem refletir demandas específicas do setor produtivo ou proposições de programas estratégicos de Governo. A rede educacional do Espírito Santo está envolvida com o Pronatec desde a elaboração do programa, com a participação da Secretaria de Estado da Educação (Sedu), Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia, Inovação, Educação Profissional e Trabalho (Sectti), do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), do Sistema S com a presença da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes). No Espírito Santo, o Pronatec se soma a outras ações de capacitação profissional implantadas pelo Governo do Estado, por meio da Sedu e da Sectti, tais como o Bolsa Sedu, Ensino Médio Integrado (EMI), cursos subsequentes, cursos FIC, inclusive com atuação prioritária em regiões de maior vulnerabilidade social. Esse conjunto organizado de oferta, mediado por um Comitê Estadual, visa a cumprir os objetivos do governo de abranger um público maior, em mais municípios, com uma diversidade mais ampla de cursos. Assim, contando com a experiência educacional acumulada pelo Ifes e pelo Sistema S, o Pronatec tem todas as condições para se tornar mais uma peça importante na política estadual de formação profissional. Klinger Barbosa Alves é secretário da Educação do Estado do Espírito Santo
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ESPECIAL Por Jacqueline Vitória
INTEGRAÇÃO LOGÍSTICA
Foto: Leonel Albuquerque
COMEÇA A SE TORNAR REAL NO ESPÍRITO SANTO
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Investimentos podem melhorar a produtividade e aumentar a competitividade do Estado Jan/Fev 2013 – nº 304
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O
Estado do Espírito Santo caminha em direção à maturidade econômica, desenvolvendo a sua capacidade de enfrentar problemas com soluções que, embora ainda insuficientes na contrapartida federal, vêm construindo uma importante base para garantir o crescimento da economia interna. Um esforço compartilhado está sendo feito, com investimentos públicos e privados, para resolver em parte muitos problemas estruturais do Estado. Faltam rodovias e ferrovias adequadas para escoar nossa produção. Portos e aeroportos estão no limite, clamando por reformas e ampliações. Mas há quem defenda para 2013 um novo modelo mental e de comportamento: parar de pensar em apenas resolver gargalos e assumir uma infraestrutura mais moderna. Assim, entramos 2013 convivendo com os problemas de anos passados, mas vislumbrando o limiar de uma possível mudança, que dará início a um novo círculo virtuoso, capaz de impulsionar o desenvolvimento: o governo estadual vem executando alguns projetos de infraestrutura e, ao mesmo tempo, garantindo recursos que serão canalizados para novas obras estruturantes. A par disso, em dezembro o Governo Federal aprovou R$ 54,2 bilhões para investimentos no setor portuário brasileiro. No Espírito Santo, oito portos serão beneficiados, e o presidente da Federação de Empresas de Transportes (Fetransportes-ES), José Antônio Fioroti, espera que as obras estejam em andamento ainda este ano e sejam finalizadas sem atrasos nos cronogramas.
“Sem rodovias, portos, aeroportos e ferrovias bem estruturados, não conseguimos fazer o transporte de nossas cargas de maneira eficaz” José Antônio Fioroti, presidente da Fetransportes
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“O Governo do Estado está fazendo a sua parte, trabalhando para garantir a consolidação do polo logístico interno” Fábio Ney Damasceno, secretário da Setop
O Planalto também liberou R$ 2,6 bilhões para melhorias nos acessos hidroviário, ferroviário e rodoviário, além de pátios de regularização de tráfego. “Isso, sem dúvida, tem tudo para melhorar a eficiência operacional nos terminais e, consequentemente, o fluxo de caminhões, que são os responsáveis pela movimentação de cargas de importação e exportação”, disse Fioroti, lembrando que existe ainda a promessa de investimento maciço no setor ferroviário. Ele avalia isso como importante para fomentar a competitividade do mercado capixaba. “Mas volto a afirmar que as coisas só vão mudar com investimento”, destaca. A fragilidade da infraestrutura capixaba eleva em dobro os custos logísticos. Especialistas na área dizem que este é um grande dilema não só do Estado, mas do Brasil. Diante disso, o presidente da Fetransportes-ES diz que chegou a hora de buscar o que há de mais moderno para o desenvolvimento do Estado. “Não basta apenas a vocação logística histórica, pelo fato de o Espírito Santo estar localizado perto de todas as grandes economias do Brasil. Nem a expertise profissional e operacional em comércio exterior, desenvolvida aqui há muitos anos. Essas vantagens perdem força em função dos problemas de infraestrutura enfrentados há várias décadas. Sofremos com a falta de integração modal, com a falta de investimentos pesados em infraestrutura e com a falta de planejamento estratégico, visão política e excesso de burocracia”, retrata José Antônio Fioroti. Resumindo, a favor do Estado existem a condição geográfica, a qualificação profissional e as estruturas de armazenagens alfandegadas. “Só que sempre esbarramos na falta de atenção do Governo Federal e, via de regra, na ausência de investimentos federais. O Espírito Santo tem muito a oferecer, mas diante desse cenário nossas potencialidades nunca conseguem ser totalmente exploradas”, pondera. Apesar de tudo isso, o presidente da Fetransportes considera que chegou o momento em que não cabe mais apenas apontar os problemas. “É preciso avançar, parar de pensar apenas em resolver gargalos e assumir uma infraestrutura mais moderna. Esse novo comportamento, a meu ver, é fundamental, porque estamos diante de um mercado competitivo e de uma economia absolutamente contemporânea. A partir de agora, temos é que atuar de forma preventiva, e não ficar ‘remendando’ os problemas de logística que, aliás, são do século passado”, ressalta. Indústria Capixaba – FINDES
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Experiência internacional É dentro desse contexto que empresários e autoridades capixabas vêm buscando experiências de sucesso para subsidiar a implantação de projetos que visam ao fomento do potencial econômico do Espírito Santo. Esse know how foi encontrado na Itália, em Verona, que possui uma ótima plataforma logística, que já opera há muitos anos na cidade italiana e cujo modelo pode ser replicado no Espírito Santo. Ela é constituída principalmente pelo Consórcio Zona Agrícola Industrial - ZAI, que engloba o Veronamercato e o Aeroporto de Verona, entre outros complexos. Trata-se de um sistema de infraestrutura de 10 milhões de m² que conta com a presença de 1.000 empresas e 40.000 funcionários. E para apresentar esses projetos, que melhoram a competitividade e agregam desenvolvimento para a região de Verona, o Comitê Temático de Alianças Estratégicas Regionais - CT11, do Espírito Santo em Ação, recebeu o diretor de Relações Institucionais da Associação de Empresários e Profissionais Liberais de Verona - Assimp, Ottavio Messetti, que ministrou uma oficina sobre o assunto no último dia 31 de janeiro, no Hotel Ilha do Boi. O tema discutido foi a “Plataforma Logística: modelo de Verona”. Outro projeto apresentado foi a estrutura e operacionalização do Aeroporto de Verona, que com mais de 3,5 milhões de passageiros em trânsito por ano, colocando-se entre os primeiros da Itália; além do Termoutilizzatore di Brescia, um dos maiores processadores de resíduos sólidos da Europa, operado a partir da coleta seletiva.
“O cenário da logística que podemos desenhar, em 2013, começa a clarear” Nélio Almeida Rodrigues, vice-presidente do Coinfra, da Findes
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Cenário capixaba Embora os capixabas já tenham alcançado boa aceitação no mercado externo, falta ainda que o Espírito Santo proporcione às empresas e indústrias uma infraestrutura melhor, capaz de assegurar uma boa logística. Trata-se de um cenário que aos poucos começa a se modificar, como aponta o vice-presidente do Conselho de Infraestrutura (Coinfra) da Findes, Nélio Almeida Rodrigues. “A duplicação da BR 262 e da BR 101 é cenário que está começando a clarear em 2013. Este é o ano em que as obras devem começar, mesmo que só terminem nos próximos anos”, lembrou. Algumas definições sobre esses projetos já começam a ser divulgadas, como é o caso da privatização da BR 262. O trecho da rodovia que está no território capixaba será duplicado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) com recursos do Governo Federal, pois integra o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O órgão tem até cinco anos para concluir a obra e só posteriormente a entregará à concessionária, que então dará início a melhorias e à implantação das praças de pedágio. De acordo com o superintendente regional do Dnit/ES, Halpher Luiggi, o projeto será executado em três etapas. A primeira, cujo edital já foi publicado, corresponde ao trecho que vai da entrada de Viana até o km 71. A segunda será da Polícia Rodoviária Federal até Viana (3,7 km). E a terceira vai do km 71 até a divisa com Minas Gerais. No Espírito Santo serão implantadas duas praças de pedágio: no km 60, em Marechal Floriano, e no km 143, em Brejetuba. “Algumas obras devem avançar em 2013. A Agência Reguladora Estadual, o DER e o Dnit devem dar continuidade à execução dos projetos este ano, e devemos ficar de olho para impedir atrasos e ou suspensão do cronograma”, alerta o presidente do Coinfra. Os editais estão previstos para serem publicados em março de 2013, com realização da licitação em abril. A assinatura do contrato de concessão da BR 262 deve acontecer entre maio e julho de 2014. O Espírito Santo também receberá uma nova ligação com o Rio de Janeiro. A ferrovia anunciada pela presidente Dilma Rousseff será construída no trecho Vitória - Campos - Rio de Janeiro. Os aeroportos regionais de Linhares, Cachoeiro de Itapemirim, Colatina e São Mateus receberão recursos do Governo Federal a partir deste ano, dentro do “Programa de Investimentos em Logística: Aeroportos”. Serão repassados, pela União, aproximadamente, R$ 7,3 bilhões para beneficiar 270 aeroportos regionais do país, quatro deles no Espírito Santo. Jan/Fev 2013 – nº 304
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Interferências nas rodovias que cortam o Espírito Santo já começam a melhorar a infraestrutura logística do Estado
Nessa onda de otimismo para 2013, o secretário de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop), Fábio Ney Damasceno, lembra que o Governo do Estado conseguiu junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) e com a Caixa Econômica Federal o aporte financeiro que vai possibilitar grandes investimentos, como a construção da Quarta Ponte, ligando Vitória a Cariacica. O empréstimo foi de R$ 3,4 bilhões. “Os recursos serão destinados para obras de logística, como o Contorno do Mestre Álvaro, o acesso aos portos e a Quarta Ponte. A previsão é a de que no primeiro semestre de 2013 as obras do Contorno sejam licitadas”, explicou Damasceno. Ele informou também que a definição final para a concessão e privatização da BR 101 deve sair a partir de março. O Governo Estadual anunciou que as obras da Quarta Ponte, com a chegada dos recursos, poderão ser licitadas a partir do fim de 2013, e estão na fase de contratação da empresa que vai elaborar o projeto. A nova ponte vai ficar próxima à Segunda Ponte, ligando Porto de Santana a Santo Antônio. Em dezembro do ano passado, houve ainda o anúncio, pelo Governo Federal, de que fará concessões de cinco portos públicos, entre eles o de Águas Profundas, no Espírito Santo - um empreendimento que deverá custar, aproximadamente, R$ 2,9 bilhões. Os estudos preliminares realizados pela empresa contrata pela Companhia Jan/Fev 2013 – nº 304
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Docas do Espírito Santo (Codesa) apontaram Praia Mole (Vitória) e Ponta da Fruta (Vila Velha) como as áreas que possuem as melhores condições para receber o superporto. Fábio Ney Damasceno lembrou que o Governo Estadual está trabalhando em duas vertentes: o Programa de Desenvolvimento Logístico do Espírito Santo e o acesso aos portos planejados. A Rodovia Leste-Oeste, uma aposta para melhorar a mobilidade urbana e o fluxo de cargas entre Cariacica e Vila Velha, está em andamento. O Estado garante dar um bom impulso na obra neste ano. As desapropriações já são avaliadas pela Justiça e o desenrolar está breve. A nova rodovia pode ser uma das soluções para desafogar o fluxo de veículos que vão para Capuaba, mas não é a única. O Estado também garante que está pronto para melhorar as condições de escoamento e tráfego caso o Porto de Águas Profundas se instale em Vila Velha. Se o município for o escolhido, uma grande mudança viária terá que ser feita na região entre Barra do Jucu e Ponta da Fruta, além da estrutura para a instalação de indústrias e movimentação de carga na região do Xuri. Ainda não será em 2013 que a indústria capixaba desfrutará de todos os benefícios das grandes obras algumas ainda irão se iniciar e devem durar alguns anos. Porém, as que já se encontram em execução formam uma cadeia logística que agregará mais valor e funcionará de forma integrada como ferramenta para o crescimento econômico e industrial capixaba. Indústria Capixaba – FINDES
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Indústria EM AÇÃO
Número de vagas em TI deve dobrar nos próximos cinco anos De acordo com a Associação das Empresas Brasileiras de TI (Assespro), o número de vagas para profissionais qualificados no setor de Tecnologia da Informação (TI) deve dobrar até 2017. A qualificação dessa mão de obra é um dos maiores desafios para os empresários do setor, como destaca Benízio Lázaro, presidente do Sindicato das Empresas de Informática do Espírito Santo (Sindinfo). “Em 2011, realizamos um diagnóstico que identificou que mais de 43% das empresas do Espírito Santo atribuem à falta de profissionais qualificados o principal entrave ao seu crescimento”, destaca. Atualmente, a Associação Brasileira dos Distribuidores e Serviços de TI (Abradisti) estima em 170 mil o número de profissionais atuando nas distribuidoras e revendas no Brasil.
prefeitura de vitória cria Fórum para micro e pequenas empresas Com objetivo de aproximar o Poder Executivo municipal da sociedade e dos pequenos e microempresários, foi criado o Fórum Permanente das Microempresas, Empresas de Pequeno Porte e Microempreendedores Individuais do Município de Vitória (Fompev). A cerimônia de lançamento aconteceu no final do ano passado e contou com a presença de Vladimir Rossi, presidente do Conselho Temático da Micro e Pequena Empresa (Compem) da Findes, representando a entidade. O evento foi prestigiado também pelo então prefeito da capital, João Coser, além de secretários municipais, empresários, empreendedores e representantes da sociedade civil organizada. “O Sistema Findes está à disposição dos municípios para gerar avanços nas políticas públicas voltads para as micro e pequenas empresas”, destacou Vladimir Rossi durante o evento.
O presidente do Compem da Findes, Vladimir Rossi, participou do lançamento do Fórum
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Marcos Guerra e Renato Casagrande estiveram presentes no evento
Carta Fabril lança pedra fundamental em Aracruz O presidente da Findes, Marcos Guerra, e o governador do Estado, Renato Casagrande, estiveram entre as autoridades presentes à cerimônia de lançamento da pedra fundamental do Grupo Carta Fabril, no município de Aracruz. A fábrica produzirá papel do tipo “tissue”, utilizado para higiene pessoal, e deve começar a operar em 2015. Na primeira fase do projeto serão investidos cerca de US$ 140 milhões, e a previsão é de que sejam gerados 400 empregos diretos até 2020.
Findes apoia criação de sindicato da indústria de laticínios Buscando fortalecer o setor e conquistar maior representatividade no Estado e no Brasil, nove empresas se reuniram para a criação do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Espírito Santo (Sindilates). Segundo Cláudio Rezende, presidente da entidade,as empresas fundadoras movimentam aproximadamente R$ 2 bilhões por ano e geram mais de mil empregos diretos. “Queremos nos unir para poder tratar de problemas comuns a todos as empresas, como a parte tributária e ambiental. A Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), através do seu Centro de Apoio aos Sindicatos (CAS), está colaborando com a constituição dessa nova entidade sindical e poderá contribuir para que possamos atingir nossas metas com mais rapidez, tendo a certeza de que estamos no caminho certo”, afirmou Rezende. Jan/Fev 2013 – nº 304
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caso de sucesso por Heliomara Mulullo
Agrosabor:
crescimento com investimento em inovação e capacitação A Agrosabor Industrial de Alimentos se consolidou em 2012. A empresa tem como carro-chefe os produtos Nonna, além da representação das marcas Vigor e Polenghi
H
á 21 anos, os fundadores da Agrosabor Industrial Alimentos passaram a investir no ramo de massas caseiras, dando início à produção artesanal de pizzas e à hoje conhecida Massas Nonna, cujos produtos estão presentes em 1.300 estabelecimentos capixabas. Hoje, a empresa atua em todos os municípios do Espírito Santo, em Minas Gerais e na Bahia, investindo na inovação como estratégia para aumentar a produção e atender a uma demanda crescente pelos seus produtos. Um exemplo é o equipamento, pioneiro no país, que a Nonna está desenvolvendo em parceria com o Senai-ES, que aumentará a produtividade e segurança no processo de fabricação das massas de pastéis. “Para este ano, a estimativa é de um crescimento de produção na ordem de 10% e a continuidade dos investimentos” Julio Alberto Dueñas, diretor industrial
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“Para este ano, a estimativa é de um crescimento de produção na ordem de 10% e a continuidade dos investimentos, agora em automação, softwares de gestão, segurança e conforto dos nossos 190 colaboradores”, antecipa o diretor industrial, Julio Alberto Dueñas, sobre as novidades para 2013. No portfólio de produtos das Massas Nonna, consta a fabricação de pastel, pizza, lasanha e pães recheados para churrasco. Também pertence ao grupo uma distribuidora que representa, além dos produtos própria Nonna, as marcas Vigor e Polenghi. Julio avalia que o ano de 2012 foi de consolidação da marca. “Conquistamos uma gama importante de clientes e conseguimos um considerável aporte de recursos, que possibilitaram um forte investimento em estrutura e maquinário. Aumentamos em 40% o espaço fabril, construímos um novo galpão de armazenagem, sala de máquinas e câmara de fermentação”. Responsabilidade ambiental e social Os empreendedores enxergaram além do negócio, tornando-se corresponsáveis pelo desenvolvimento de uma região até então pouco assistida. Com esse conceito, foi adquirido um sítio no município de Venda Nova do Imigrante, onde é feita a produção industrial em escala. Os produtos Nonna trazem consigo uma filosofia de vida que prega o respeito pelas pessoas e pelo meio ambiente, o que pode pode ser evidenciado pela formação os colaboradores dentro da organização e pela criação e manutenção da ONG ambientalista “Centro de Desenvolvimento Sustentável Guaçu-Virá”. De acordo com Julio Dueñas, as sobras e perdas das massas da fábrica passam por um processo de desidratação e moagem e são reaproveitados como ração para os animais de Guaçu-Virá. Indústria Capixaba – FINDES
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indicadores
ÍNDICE DE CONFIANÇA (ICEI) Janeiro de 2013 Aumenta a confiança do Industrial capixaba
O
Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) capixaba, elaborado pelo Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo (Ideies), sob a coordenação da Confederação Nacional da Indústria (CNI) registrou um acréscimo de 1,4 ponto em janeiro de 2013, em relação ao mês anterior. O resultado foi influenciado pelo indicador de expectativas, já que o fator de condições atuais registrou queda. Além disso, o fator está situado acima da linha divisória de 50 pontos (56,8 pontos), sinalizando condição ou expectativa positiva. Índice de Confiança do Empresário - ICEI Espírito Santo e Brasil INDICADORES
Ago/12
Set/12
Out/12
Nov/12
Brasil
54,5
57,4
56,2
58,4
Espírito Santo
59,0
57,5
57,2
58,4
Fonte: Ideies/CNI – Elaboração: Núcleo Estratégico de Conjuntura – NEC
Na comparação de janeiro de 2013 com janeiro de 2012, cujo indicador era de 61,4 pontos, o ICEI registrou uma queda de 4,6 pontos. O ICEI da indústria nacional recuou em janeiro de 2013, frente ao mês anterior (-0,7 ponto). Segundo a CNI, essa foi a segunda queda da confiança e, praticamente, interrompe a tendência de crescimento que se desenhava nos últimos meses. Desse modo, a esperada retomada do crescimento da indústria brasileira deverá ser mais lenta neste início de 2013. O ICEI do Brasil é composto pelas informações de Condições Tabela 1 Gerais da Economia Brasileira e Condições Gerais da Empresa e de Expectativas da Economia Dez/12 Jan/13 Brasileira e Expectativas da 57,4 56,7 Empresa. O ICEI do Espírito Santo inclui mais duas questões: 55,4 56,8 Condições Gerais do Estado e Expectativas do Estado.
Percepção do Empresário Industrial - Condições Atuais As condições atuais, cujo indicador é apurado com base na percepção dos industriais capixabas em relação à economia, ao Estado e à própria empresa, registrou queda em janeiro de 2013, em relação ao mês anterior (-2,2 pontos), mantendo-se na faixa inferior a 50,0 pontos (47,5 pontos). Esse resultado foi influenciado por todos os itens que compõem o indicador: condições da economia brasileira (-1,7 ponto), condições do Estado (-5,0 pontos) e condições da empresa (-1,7 ponto). 56
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O indicador de condições da empresa foi o único a se posicionar na faixa superior a 50 pontos (50,6 pontos). O indicador de condições atuais da indústria brasileira também caiu em janeiro de 2013, quando comparado ao mês anterior (-1,4 ponto), se posicionando abaixo da linha divisória de 50,0 pontos (48,6 pontos). Tanto o indicador relacionado à “economia brasileira”, como o “relacionado à empresa” influenciaram no Jan/Fev 2013 – nº 304
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Indicador de Condições Atuais
Tabela 2
ESPÍRITO SANTO
BRASIL
Dez/12
Jan/13
Dez/12
Jan/13
49,7
47,5
50,0
48,6
Economia Brasileira
43,9
42,2
46,7
44,7
Estado
45,2
40,2
-
-
Empresa
52,3
50,6
51,8
50,5
Condições Atuais Com relação à:
resultado, pois decresceram 2,0 pontos e 1,3 ponto, respectivamente. Entretanto, somente o indicador “com relação à empresa” se manteve acima de 50,0 pontos (+50,5 pontos).
Fonte: Ideies / CNI – Elaboração: Núcleo Estratégico de Conjuntura – NEC
Percepção do Empresário Industrial Expectativa para os próximos seis meses Os industriais capixabas estão otimistas em relação aos próximos seis meses, já que o indicador de expectativas cresIndicador de Expectativa para os próximos seis meses ESPÍRITO SANTO Dez/12
Jan/13
58,2
61,6
Economia Brasileira
54,3
56,2
Estado
54,9
53,8
Empresa
60,1
64,4
Expectativa Com relação à:
Fonte: Ideies / CNI – Elaboração: Núcleo Estratégico de Conjuntura – NEC
ceu 3,4 pontos em janeiro de 2013 em comparação ao mês anterior, permanecendo acima da linha divisória de 50,0 pontos (+61,6 pontos). Todos os itens que compõem o indicador também Tabela 3 se situaram na faixa superior a 50 pontos, com acréscimos nos itens “com relação à economia brasileira” (+1,9 ponto) e “com BRASIL relação à empresa” (+4,3 pontos). Porém houve queda no item de expectativa em Dez/12 Jan/13 “relação ao Estado” (-1,1 ponto). 61,1 60,9 A indústria nacional registrou ligeira queda no indicador de expectativas de janeiro de 2013, frente ao mês anterior 56,9 56,0 (-0,2 ponto) e se situou em 60,9 pontos. A queda foi influenciada pelo indicador de expectativa em relação à economia bra63,3 63,4 sileira (-0,9 ponto), já que o indicador de expectativa em relação à empresa cresceu (+0,1 ponto).
Notas
• A partir de janeiro de 2012, as empresas da amostra foram reclassificadas segundo a CNAE 2.0, os portes de empresa foram redefinidos de acordo com a metodologia do EuroStat (mais informações www.cni.org.br/icei) e a série histórica do ES foi recalculada retroativamente a fevereiro de 2010. • O ICEI varia no intervalo de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam empresários confiantes. • A pesquisa, cuja amostra é selecionada pela Confederação Nacional da Indústria – CNI, contou nesse mês com a participação de 89 empresas capixabas (22 pequenas, 52 médias e 15 de grande porte). Dessas, 19 empresas pertencem à indústria da construção.
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saúde por Ana Lúcia Ayub
Foto: Agência Vale
Cores
mudam o ambiente de trabalho da Vale
O prédio da área de informática da Vale ganhou desenhos que retratam o circuito de uma placa de computador
O projeto “Vale em Cores” está revitalizando e humanizando as fachadas dos prédios industriais, contribuindo para a segurança, eficiência e o bem-estar dos trabalhadores
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“Além da parte artística, o estudo levou em conta vários critérios, padrões e normas técnicas, para se chegar a determinadas cores e a uma harmonia cromática” Ronaldo Barbosa, designer
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s prédios administrativos e áreas industriais da Vale, no complexo de Tubarão, em Vitória, estão coloridos. Seguindo uma tendência mundial, a empresa no Espírito Santo teve suas instalações pintadas com cores vivas, variadas, e algumas até utilizando o grafismo e plotters em fachada de vidro (desenhos impressos em grandes dimensões). São como obras de arte a céu aberto. As principais cores utilizadas são o verde e o amarelo, baseadas no branding (marca) da Vale, mas outras 44 tonalidades também foram aplicadas. Quem passa pela orla de Camburi ou pela Terceira Ponte já pode observar as mudanças. Antes, as estruturas eram brancas, cinzentas ou cor de cobre. Até os carregadores e descarregadores de navios, inclusive os que substituíram os que foram derrubados por uma tempestade em 2010, estão pintados de verde. Trata-se do projeto “Vale em Cores”, que começou a transformar, aos poucos, o visual da indústria e o ambiente Jan/Fev 2013 – nº 304
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de trabalho dos mais de 13 mil empregados da empresa. Idealizado em 2009, começou a imprimir mudanças no complexo da empresa a partir de novembro de 2010. A iniciativa compreende revitalizar e humanizar as fachadas dos prédios da Vale com pintura, grafite e painéis coloridos, tornando o local de trabalho mais envolvente, alegre e acolhedor. O projeto vai promover a revitalização de todos os equipamentos, prédios e galpões da área industrial. Além do reflexo na vida dos trabalhadores, as cores fortes causam impacto também à paisagem urbana de Vitória. Quem olha para a empresa pela Praia de Camburi pode vislumbrar galpões nas cores rosa-choque, vermelha, azul, verde - uma visão inédita e uma experiência que surpreende. Segundo o diretor do Departamento de Pelotização da Vale, Maurício Max, além de contribuir para a qualidade de vida aos empregados, trazendo alegria, o projeto reforça também a segurança na empresa, uma vez que as cores servem como alerta e orientação. “Já quanto ao efeito prático para a população de Vitória, o projeto reposiciona a forma como a Vale se insere nas cidades, integrando-a ao ambiente urbano e ao cotidiano dos moradores da Grande Vitória de maneira diferenciada, inovadora e vibrante”, explica. Medidas para amenizar a poluição O diretor comentou ainda sobre a emissão de poluentes por parte da mineradora e afirmou que a empresa já adota medidas para minimizar o problema, como a instalação de cinco wind fences, as chamadas barreiras de vento, para conter o pó preto e de 21 precipitadores eletrostáticos, que reduzem a emissão de poeira no ar. “Já foram investidos R$ 500 milhões para amenizar os impactos provocados pela poluição. Em outubro do ano passado, inauguramos o Centro de Controle Ambiental, com 24 câmeras de segurança, que complementa toda a rotina de controle e segurança da empresa. Se a câmara detectar algum problema num maquinário da produção, a intervenção é solicitada rapidamente. Temos plena certeza de que estamos fazendo o nosso papel”, afirma Maurício. Outra medida que vem sendo adotada é o enclausuramento de casas de transferências de correias que transportam
“Experiências realizadas por indústrias demonstram que o uso adequado de cores no local de trabalho contribui de forma inequívoca para a segurança, a eficiência e o bem-estar dos trabalhadores” Márcia Battistella, professora da Universidade Federal de Santa Catarina Jan/Fev 2013 – nº 304
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A intervenção artística na portaria de Camburi utilizou as cores da marca da Vale: o verde e o amarelo
o minério, o que evita a dispersão da poeira. Segundo a Vale, as melhorias nos sistemas de controle ambiental da unidade do Espírito Santo oficializam a conclusão do Termo de Compromisso Ambiental (TCA) firmado entre a companhia, as associações de moradores da Grande Vitória, o Ministério Público Estadual e o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) em 2007. Intervenções artísticas O responsável pela implantação do projeto de dar novas cores à Vale é o designer Ronaldo Barbosa, que recebeu o convite para humanizar o parque industrial. “O projeto sensibiliza o homem e privilegia a questão da segurança da área industrial para os funcionários, que é marcada por cores e espaços específicos”, explicou. Nada foi feito por acaso. Além da parte artística, o estudo levou em conta vários critérios, padrões e normas técnicas, inclusive mundiais, para se chegar a determinadas cores e a uma harmonia cromática, segundo o artista. Os corrimãos da área externa, por exemplo, foram todos pintados de amarelo, cor que, segundo as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), serve para indicar “cuidado”. Corrimãos, parapeitos, pisos que apresentem riscos e escavadeiras são exemplos de locais e equipamentos que devem ser pintados na cor amarela em ambientes de trabalho, segundo as normas. O azul é utilizado para avisos que contra-indiquem o uso e movimentação de equipamentos fora do serviço. Indica “cuidado” no uso de comandos de partidas ou fontes de energia (elevadores, fornos, caldeiras, caixas de controle elétricos). Já o vermelho, que indica “perigo”, deve ser usado para distinguir e indicar equipamentos e aparelhos de proteção e combate a incêndio, como hidrantes, bombas de incêndio, extintores, tubulações e válvulas do sistema de aspersão de água. O designer também buscou referências mundiais de grandes monumentos em que são utilizados tubos, cabos de aço, ferro, vidro e a identificação da função dos componentes dos edifícios por cores específicas e fortes, Indústria Capixaba – FINDES
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saúde
Foto: Agência Vale
Projeto melhora a relação da Vale com seus funcionários e com população das cidades onde atua
como o Centro Georges Pompidou, em Paris, o Palácio de Cristal, na Espanha, e o Palácio do Parlamento alemão. “São exemplos que foram dados para o pessoal da área técnica e administrativa entender a escala artística das cores em cada prédio”, explica Barbosa. A arquitetura do Centro Georges Pompidou, em Paris, que abriga museu, biblioteca e teatros, por exemplo, utiliza os elementos tecnológicos como objetos estéticos.
“O projeto reposiciona a forma como a Vale se insere nas cidades, integrando-a ao ambiente urbano e ao cotidiano dos moradores da Grande Vitória de maneira diferenciada, inovadora e vibrante” Maurício Max, diretor do Departamento de Pelotização da Vale
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Todos os canos e tubulações foram projetados para fora e ficam aparentes. E foram pintados com cores fortes. Isto pode ser observado nos dutos de ar-condicionado, nas escadas rolantes externas e no sistema estrutural em aço. Cada componente do edifício é identificado por uma cor específica. A estrutura e os componentes de ventilação estão pintados em branco; estruturas de escadas e elevadores, em prateado; elementos de ventilação, em azul; instalações hidráulicas e de incêndio, em verde; elementos do sistema elétrico são amarelos e laranjas; e os elementos relacionados com a circulação pelo edifício estão pintados de vermelho. Algumas das estruturas em Tubarão precisaram passar por adequações nas fachadas antes de receber a pintura. Após a adequação, as interferências artísticas foram classificadas em três tipos, dependendo da utilização do prédio: prédios administrativos, de apoio à operação e industriais. “Nos prédios que funcionam como apoio à operação (tipo 2) foram utilizadas cores mais brandas para a escala industrial, formando um tom mais harmônico”, esclarece Ronaldo Barbosa. A importância da cor nos ambientes O analista da Vale Ézio Lucas, 54 anos, aprovou a iniciativa. “As cores utilizadas nos prédios nos transmitem alegria e tornam o ambiente mais agradável”, afirma. Segundo a professora Márcia Regina Battistella, que elaborou um estudo para o programa de pós-graduação para Jan/Fev 2013 – nº 304
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Prédio da área administrativa foi pintado de azul, com desenhos impressos de peixes em fachada de vidro
a Universidade Federal de Santa Catarina, sobre a importância da cor em ambientes de trabalho, os aspectos estéticos e psicológicos dos tons mostram a importância que eles têm na vida das pessoas. “Se a cor for corretamente aplicada, interage positivamente; se for inadequada, pode provocar cansaço visual, desconforto e estimular o estresse, entre outras possíveis consequências”, explica. De acordo com o estudo, o laranja, por ser uma cor quente e aconchegante, pode ser usado em áreas de lazer, corredores e halls de entrada. O amarelo é uma cor alegre, portanto, é indicado para todos os ambientes em que o objetivo é comunicação e reflexão. O amarelo propicia
Concurso de artes As intervenções artísticas contaram também com a participação de profissionais capixabas. A Vale lançou um concurso em que só poderiam participar artistas plásticos capixabas com residência comprovada no Espírito Santo, ou de outra naturalidade, mas que estivessem residindo no Estado há pelo menos cinco anos. Também tinham que comprovar a realização de, no mínimo, duas exposições coletivas e uma individual em qualquer estado brasileiro. Rafael Corrêa, artista da Serra, venceu a disputa. Ele concorreu com outros 22 artistas locais e planejou o desenho do prédio onde funciona a área de Informática O concurso contemplou apenas esse edifício. Antes branco, o prédio foi pintado de amarelo com desenhos que lembram uma placa de circuitos. Como prêmio, recebeu R$ 30 mil pelo projeto. Sua obra retrata o circuito de uma placa de computador. E a escolha não se deu por acaso. Durante visita técnica à Vale, Corrêa teve contato com alguns profissionais lotados no edifício. “Depois do contato, as palavras ‘tecnologia’ e ‘informação’ não saíram da minha cabeça. Passei dias pensando em algo que fosse ‘a cara’ daquele lugar. Foi quando me lembrei dos desenhos formados pelos circuitos internos das placas eletrônicas dos computadores, que se parecem muito com imagens aéreas de cidades”, explica. Corrêa já participou de exposições individuais e coletivas realizadas em Vitória e no Rio de Janeiro. Em uma delas, o Salão Bienal do Mar, que aconteceu em Vitória em 2009, o artista recebeu o prêmio de mesmo nome. Atualmente, mora no Rio de Janeiro, onde ocupa o cargo de diretor do Centro Cultural Municipal José Bonifácio. Jan/Fev 2013 – nº 304
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a criatividade, ativa o raciocínio e estimula a memória. Relacionada ao equilíbrio, o verde é a cor que menos fadiga a vista, pois é o equilíbrio entre o calor e o movimento do amarelo e a estática e a frieza do azul. Estimula o silêncio e pode ajudar a amenizar o estresse. Os tons de azul podem ser utilizados em grandes superfícies sem se tornarem cansativos. Porém, devem ser equilibrados harmoniosamente com outras cores, para se evitar um clima de tristeza e monotonia. O azul tem uma ação terapêutica extremamente equilibrada. Battistella diz ainda que todo ambiente deve se adequar às necessidades do homem. “Diversas experiências realizadas por indústrias que dedicam uma atenção especial na elaboração do plano cromático para suas instalações demonstram que o uso adequado de cores no local de trabalho contribui de forma inequívoca para a segurança, a eficiência e o bem-estar dos trabalhadores”, esclarece. Além de um concurso de artes plásticas para pintar o prédio onde são realizadas as atividades de informática (veja box), a Vale também realizou a oficina “Mosaico em Telas” para implementar o projeto, que envolveu as comunidades vizinhas, funcionários e familiares. A ação foi desenvolvida pela artista plástica e arte-educadora Mara Perpétua, que elabora diferentes projetos nas áreas artística e educacional. A atividade foi realizada no Parque Botânico da empresa, onde vários painéis com obras artísticas foram pintados na entrada. Até o momento, 53 edificações e 24 processos operacionais já passaram pelas intervenções artísticas do projeto “Vale em Cores”, que deve ser finalizado em 2014. O Complexo de Tubarão, com 14 km², é a maior unidade da empresa no mundo e servirá como piloto para a ideia de padronização das cores em instalações localizadas no Brasil e em outros países. Em Omã, país do Oriente Médio onde a mineradora tem um complexo industrial com duas usinas de pelotização e um centro de distribuição, o projeto também já foi implantado. Indústria Capixaba – FINDES
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fatos em fotos
Certificação do Prodfor em 2012 Um dos maiores programas de qualificação de fornecedores do Brasil, o Prodfor continua em franco crescimento e, no dia 12 de dezembro, realizou 24 novas certificações de empresas fornecedoras durante cerimônia promovida no Itamaraty Hall, em Vitória. O evento também comemorou os 15 anos de sucesso do programa. Confira as fotos das empresas certificadas: 1 – Benízio Lázaro, diretor da Findes para assuntos do IEL; Marcos Guerra, presidente da Findes; e Fábio Dias, superintendente do IEL. 2 – Cláudia Travassos, coordenadora-geral do Prodfor em 2012; José Eugênio Vieira, superintendente do Sebrae-ES; Luciano Raizer Moura, coordenador-executivo do Prodfor. 3 – Agtop Engenharia. 4 – Armani Transportes. 5 – Artcom Comunicação e Design. 6 – Conexo Projetos e Sistemas. 7 – Ecos Transportes e Serviços. 8 – Eletro Life Comercial. 9 – Eletromarquez. 10 – Fegom Automação de Máquinas. 11 – HD Divisórias.
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12 – Ictus Engenharia. 13 – JWA Montagens Industriais. 14 – Locaservice recebe a certificação SGA. 15 – A Locaservice também foi qualificada com o certificado SGSS. 16 – Loguin Service. 17 – MundialMetalmecânica. 18 – Nova Retífica. 19 – Petrocam Comercial Elétrica. 20 – Presintel Eletromecânica. 21 – SD Ferreira - Usimetais. 22 – Tectronic Serviços. 23 – Thermica Refrigeração. 24 – Urban Engenharia e Arquitetura. 25 – Vipphone Comércio. 26 – WTT Indústria e Comércio.
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PROGRAMAÇÃO DE CURSOS senai
cursos e cia
Curso
Período
SENAI São Mateus
A hora e a vez do estagiário O Programa de Estágios do IEL tem ofertado, por meio de parcerias com as empresas, oportunidade de complementação da formação escolar
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om cerca de 100 oportunidades por mês e pelo menos três encaminhamentos por vaga, o Programa de Estágio do Instituto Euvaldo Lodi (IEL) tem sido referência para as empresas na hora de contratar um estagiário. A coordenadora de Estágio da Unidade de Negócios e Projetos do IEL-ES, Lorena Sathler, explica que a entidade tem trabalhado para a criação e manutenção de ambientes favoráveis à prática do estágio responsável não só no Espírito Santo, mas também em todo o país. Preocupado em encontrar o talento certo para a empresa, o IEL tem o compromisso com a qualidade dos estágios, para isso oferece um sistema de préseleção, que leva em conta a área de formação e as habilidades do estudante, tudo para encaminhar somente os candidatos ideais para a empresa. Esse sistema garante a qualidade dos serviços oferecido pelo Programa de Estágios do IEL. “Ao contratar um estudante, a empresa tem a oportunidade de se reciclar com conhecimentos atualizados proporcionados
Mecânico de Manutenção em Máquinas Industriais
18/02
Plataformista
18/02
Torneiro Mecânico
01/10
Cursos de Verão CURSOS PRESENCIAIS – SESI Curso
Período
Venda nova do imigrante Oficina de Chocolate
25 e 26/02
São Mateus Customização de Camisetas
18 e 19/02
Oficina de Artesanato
22/02
Oficina de Chocolate
19/02
Informática Básica
18/02 a 12/03
Autoliderança
18 a 19/02
Gestão de Documentos e Arquivos
05 a 08/02
Português Prático e Profissional
18/02 a 01/03
Auxiliar de Escritório
14 a 20/02 Nova Venécia
Oficina de Artesanato
20 e 21/02
Oficina de Chocolate
19 e 20/02
Anchieta Informática Básica “Ao contratar um estudante, a empresa tem a oportunidade de se reciclar com conhecimentos atualizados proporcionados pelo meio acadêmico” Lorena Sathler, coordenadora de Estágio da Unidade de Negócios e Projetos do IEL-ES
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18/02 a 12/03
Cobilândia Guia Básico Para Secretária
18 a 22/02
Decoração com Balões
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pelo meio acadêmico.Também coopera para a formação de um cidadão e um novo profissional, oferecendo a ele a chance de colocar em prática os conhecimentos adquiridos na universidade”. Lorena explica que mais tarde os profissionais podem ser incorporados ao quadro de funcionários da empresa. “Esse é o Jan/Fev 2013 – nº 304
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Cursos Gerenciais de Curta Duração - Vitória Curso Atualização de Auditores de Sistemas de Gestão (Nova NBR ISO 19011: 2012) Formação Básica para Iniciantes de Rotinas de Departamento de Pessoal
Período 18 a 20/02 18/02 a 01/03
Interpretação da NBR ISO 14001:2004
18 a 21/02
Gestão de Custos Empresariais
18 a 22/02
Excelência no Atendimento ao Cliente
25 a 28/02
Formação Básica de Líderes de Produção
25 a 28/02
Desenvolvimento Gerencial
04 a 08/03
Gestão Financeira
11 a 14/03
Planejamento Estratégico na Prática
11 a 14/03
Qualidade no Atendimento ao Cliente
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Interpretação da OHSAS 18001:2007
11 a 14/03
Formação de Auditores Líderes em Sistemas de Gestão da Qualidade (NBR 9001:2008)
11 a 15/03
Organização de Almoxarifado
18 a 21/03
Técnicas Modernas de Compras
19 a 22/03
Pós-vendas, uma importante ferramenta de Marketing
20 e 21/03
Tratamento de Não Conformidades
25 a 27/03
Gestão Eficaz do Tempo
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cenário de uma empresa que oferece um programa de estágio responsável”, relatou. Podem contratar os estagiários as pessoas jurídicas de direito privado e os órgãos da administração pública direta, autárquica e fundacional de qualquer um dos poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. Também os profissionais liberais de nível superior, devidamente registrados
Confira como funciona o Programa de Estágios do IEL • O IEL recebe a vaga da empresa, que informa o perfil desejado; • Identifica o estudante com perfil inicial; • Oferece a oportunidade de estágio para os estudantes cadastrados no seu sistema; • Realiza processo seletivo com dinâmica de grupo, redação e entrevistas, visando a identificar o estudante ideal, conforme o perfil solicitado pela empresa; • Agenda as entrevistas com a empresa solicitante; • Uma vez definido o estudante, o IEL cuida de toda a parte burocrática da contratação, ou seja, a regularização documental desse estudante dentro da empresa; • Inclui o estudante na apólice de seguros do IEL; • Faz o acompanhamento do estágio: controla prazos de vigências; vínculo acadêmico; recessos, orientações sobre a legislação, emissão de termos aditivos etc. em seus respectivos conselhos, podem oferecer vagas (art. 9º da Lei nº 11.788/2008). Podem estagiar, segundo Lorena, os estudantes com, no mínimo, 16 anos que estiverem frequentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos (art. 1º da Lei nº 11.788/2008). O estágio deve estar contemplado no projeto pedagógico do curso do estudante O processo de seleção é feito por meio de dinâmicas de grupo, redação e entrevistas. “A seleção pode também ser customizada com aplicação de testes diversos, de acordo com a necessidade do cliente”, relatou a coordenadora. Após a seletiva, o IEL inclui o estudante na apólice de seguros e realiza o acompanhamento administrativo do estágio: controla prazos de vigências; vínculo acadêmico do estudante com as instituições de ensino; recessos, orientações sobre a legislação e emissão de termos aditivos. O Instituto Euvaldo Lodi é uma entidade sem fins lucrativos, presente em 26 estados e no Distrito Federal, sendo que há 43 anos atua no Espírito Santo. Foi criado em 1969 com o objetivo de promover a interação entre a indústria e a universidade. Possui um portifólio diversificado em educação executiva empresarial, soluções empresariaIs e estágio, tendo como principal missão o aumento da competitividade das empresas capixabas. As empresas interessadas no Programa de Estágios do IEL podem solicitar visita pelo telefone: 3334-5929.
Informações e inscrições: Edifício Findes – Tel: (27) 3334-5755/5756/5758 • Inscrições e informações também pelo site www.iel–es.org.br • Senai Serra – Tel: (27) 3341-3918 • Senai Vitória – Tel: (27) 3334-5201 • Senai Vila Velha – Tel: (27) 3399-5800 • Mais informações sobre os cursos no site: www.es.senai.br.
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Design Estratégico
“Seja distinto, ou seja extinto” (T
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esign estratégico é a combinação original entre design e estratégia.No design estratégico a aplicação dos princípios de design orienta o futuro da empresa, a fim de aumentar a sua qualidade, competitividade e inovação. O design estratégico é conduzido pelo negócio da empresa, por seu posicionamento no mercado e por uma análise de tendências, permitindo que a tomada de decisão do empresário seja baseada em fatos, e não em estética. É a peça-chave para a viabilidade e sucesso de uma marca ou de um produto. As várias aplicações do design estratégico, muitas vezes, visam a fortalecer o branding de produtos, o desenvolvimento de produtos e a identidade corporativa. Sua importância torna-se cada vez maior em virtude do acelerado crescimento da competitividade global, impactando, inclusive, os hábitos de consumo. O consumo não é um simples “ato de compra”, mas sim uma questão de “atitude”, ou seja, está cada vez mais complexo e articulado, levando em consideração todos os aspectos relacionados ao estilo de vida dos consumidores. E o design estratégico orienta e conduz essa nova relação entre a marca e o consumidor, que “compra” cada vez mais significados e não apenas produtos. Os objetos de compra passam a fazer parte da vida dos indivíduos e dizem muito da sua identidade, personalidade, atitude. Dessa forma, temos o design estratégico, que se posiciona enquanto cultura de projeto e não somente quanto
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à forma e à função. A aplicação e a importância estratégica do design são mais amplas e dizem respeito à complexa relação entre consumidor e o sentido da mercadoria. Isso caracteriza o novo papel do design nas empresas, o de ferramenta para a sua inovação. No Design Driven, por exemplo, a cultura de projeto identifica e antecipa necessidades e desejos e permite ao sistema produtivo desenvolver novas respostas de mercado, até mesmo com a invenção de um novo objeto. Ou seja, esses produtos, que até então não eram esperados, quando são apresentados, passam a ser desejados por todos e um novo mercado é criado, gerando lucro e valor para a marca e o crescimento sustentável da empresa. A inovação em nossas empresas ainda é muito tímida; sobrevive em nossas estruturas a ideia de que inovação é algo caro e arriscado. Mas, atualmente, para sobreviver, “inovar é preciso”; é necessário oferecer produtos inovadores que comunicarão a sua imagem de marca e que garantirão a sua sustentabilidade financeira. E assim se cria um saudável círculo virtuoso. Ainda é muito tímida, também, em nossas empresas, a cultura do conhecimento, que destaca a importância do conceito, do projeto, da inteligência agregada. Criado o protótipo, sua reprodução torna-se apenas um detalhe. Veja o caso de marcas como Nike, Hugo Boss, Louis Vuitton, e tantas outras. Onde os produtos estão sendo fabricados é o que menos importa. São marcas que possuem seguidores fiéis, fãs que não usam cópias, pois sabem que o design é a essência, o diferencial do produto original. O design muda as coisas da condição de existente para a de preferida. O objetivo de uma empresa é o lucro sustentável. A sua empresa tem atualmente lucro sustentável? Se não, pense seriamente no design estratégico - diferencial competitivo no mercado globalizado. As empresas mais competitivas já compreenderam a máxima de Tom Peters: “be distinct, or be extinct” - seja distinto, ou seja extinto. Para estas empresas, o design faz parte do desenvolvimento do produto, chegando a ser, em muitos casos, o próprio produto. A competitividade, antes orientada pelo preço e pela qualidade, é agora pelo design. Cada vez mais o design é a ferramenta para o lucro das empresas. Não é suficiente ser melhor do que o concorrente, é preciso ser mais criativo do que ele. José Carlos Bergamin é coordenador do Comitê da Indústria Criativa da Findes
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