Publicação Oficial do Sistema Findes • Março 2013 • Distribuição gratuita • nº 305 • IMPRESSO
Indústria Naval
Diversificação industrial, investimentos e mais empregos para o Estado E mais: metrologia, energia elétrica, cultura da inovação, parceria Banestes-Findes Findes_305_Capa_FB_final.indd 1
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SISTEMA FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo – Findes Presidente: Marcos Guerra 1º vice-presidente: Manoel de Souza Pimenta Neto 2º vice-presidente: Ernesto Mosaner Junior 3º vice-presidente: Sebastião Constantino Dadalto 1º diretor administrativo: Ricardo Ribeiro Barbosa 2º diretor administrativo: Tullio Samorini 3º diretor administrativo: Luciano Raizer Moura 1º diretor financeiro: Tharcicio Pedro Botti 2º diretor financeiro: Ronaldo Soares Azevedo 3º diretor financeiro: Antonio Tavares Azevedo de Brito Diretores: Alejandro Duenas, Flavio Sergio Andrade Bertollo, Egídio Malanquini, Benizio Lázaro, Gibson Barcelos Reggiani, Vladimir Rossi, Wilmar Barros Barbosa, Clara Thais Rezende Cardoso Orlandi, Leonardo Souza Rogério de Castro, Mariluce Polido Dias, Luiz Alberto de Souza Carvalho, Ademar Antonio Bragatto, Edvaldo Almeida Vieira, José Domingos Depollo, AdemilseGuidini, Elcio Alves, Ortêmio Locatelli Filho, Rogério Pereira dos Santos, Paulo Alexandre Gallis Pereira Baraona, Wilmar dos Santos Barroso Filho, Evandro Simonassi Diretor-executivo: Luis Carlos de Souza Vieira Superintendente corporativo: Marcelo Ferraz Conselho Fiscal Titulares: Elder Elias Giordano Marim, Luiz Carlos Azevedo de Almeida, Adonias Martins da Silva Suplentes: Atílio Guidini, Sandro Varanda Abreu, Valkinéria Cristina Meirelles Bussular Representantes na CNI Titulares: Marcos Guerra, Lucas Izoton Vieira Suplentes: Manoel de Souza Pimenta Neto, Ernesto Mosaner Junior Serviço Social da Indústria – Sesi Presidente do Conselho Regional: Marcos Guerra Representantes do Ministério do Trabalho Titular: Enésio Paiva Soares Suplente: Alcimar das Candeias da Silva Representante do Governo: Juliane de Araújo Barroso Representantes das atividades industriais Titulares: Manoel de Souza Pimenta Neto, Altamir Alves Martins, Sebastião Constantino Dadalto, Mariluce Polido Dias Suplentes: Adenilson Alves da Cruz, Alejandro Duenas, Leonardo Souza Rogério de Castro, Rogério Pereira dos Santos Representantes da categoria dos trabalhadores da indústria Titular: Luiz Carlos Fernandes Rangel Suplente: Flaviano Rabelo Aguiar Superintendente: Solange Maria Nunes Siqueira Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – Senai Presidente do Conselho Regional: Marcos Guerra Representantes das atividades industriais Titulares: Benizio Lázaro, Clara Thais Rezende Cardoso Orlandi, João Baptista Depizzol Neto e Ronaldo Soares Azevedo Suplentes: Flávio Sérgio Andrade Bertollo, Wilmar Barros Barbosa, Neviton Helmer Gasparini e Paulo Henrique Teodoro de Oliveira Representantes do Ministério do Trabalho Titular: Enésio Paiva Soares Suplente: Alcimar das Candeias Representante do Ministério da Educação: Ronaldo Neves Cruz Representantes da categoria dos trabalhadores da indústria Titular: Paulo César Borba Peres Suplente: Ari George Floriano Diretora-regional: Solange Maria Nunes Siqueira
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Centro da Indústria no Espírito Santo – Cindes Presidente: Marcos Guerra 1º vice-presidente: Manoel de Souza Pimenta Neto 2º vice-presidente: Ernesto Mosaner Junior 3º vice-presidente: Sebastião Constantino Dadalto Diretores: Cristhine Samorini, Ricardo Augusto Pinto, Paulo Henrique Teodoro de Oliveira, Altamir Alves Martins, Gustavo Dalvi Comério, Elias Cucco Dias, Celso Siqueira Júnior, Gervásio Andreão Júnior, Edmar Lorencini dos Anjos, Ana Paula Tongo da Silva, Paulo Alfonso Menegueli, Helcio Rezende Dias Conselho Fiscal: Marcondes Caldeira, Elson Teixeira Gatto, Tharcicio Pedro Botti, Joaquim da Silva Maia, Renan Lima Silva, Fausto Frizzera Borges Conselho de Sindicância: Arthur Carlos Gerhardt Santos, Chrisógono Teixeira da Cruz, Hélio Moreira Dias de Rezende, Helio de Oliveira Dórea Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo – Ideies Presidente da Findes e do Conselho Técnico do Ideies: Marcos Guerra Membro Representante da Diretoria Plenária da Findes: Egídio Malanquini Membro Representante do Setor Industrial: Benizio Lázaro Membro Efetivo Representante do Senai-ES: Solange Maria Nunes Siqueira Membro Efetivo Representante do Sesi-ES: Yvanna Miriam Pimentel Moreira Representantes do Conselho Fiscal - Membros Efetivos: Tullio Samorini, José Carlos Chamon, José Domingos Depollo Representantes do Conselho Fiscal - Membros Suplentes: José Ângelo Mendes Rambalducci, Luciano Raizer Moura, Houberdam Pessotti Representante da Comunidade Científica Acadêmica e Técnica: João Luiz Vassalo Reis Membro Representante do Sebrae/ES: Ruy Dias Diretor-executivo do Ideies: Antonio Fernando Doria Porto Instituto Euvaldo Lodi – IEL Presidente: Marcos Guerra Conselheiros: Solange Maria Nunes Siqueira, Maria Auxiliadora de Carvalho Corassa, Lúcio Flávio Arrivabene, Geraldo Diório Filho, Sônia Coelho de Oliveira, Rosimere Dias de Andrade, Antonio Fernando Doria Porto, Alejandro Duenas, Ruy Dias de Souza, Vladimir Rossi, José Bráulio Bassini, Houberdam Pessotti, Benildo Denadai, Anilton Salles Garcia Conselho Fiscal: Egídio Malanquini, Tharcicio Pedro Botti, Almir José Gaburro, Loreto Zanotto, Rogério Pereira dos Santos, Luciano Raizer Moura Superintendente: Fábio Ribeiro Dias Instituto Rota Imperial – IRI Diretor-geral: Marcos Guerra Diretores: Manoel de Souza Pimenta Neto, Alejandro Duenas, Vladimir Rossi Conselho Deliberativo Titulares: Baques Sanna, Alejandro Duenas, Fernando Schneider Kunsch, Maely Coelho, Eustáquio Palhares, Roberto Kautsky Suplentes: Francisco Xavier Mill, TullioSamorini, João Felício Scárdua, Manoel de Souza Pimenta Neto, Adenilson Stein, Tharcicio Pedro Botti Membros natos: Lucas Izoton Vieira, Sergio Rogerio de Castro, Ernesto Mosaner Júnior, Aristoteles Passos Costa Neto Conselho Fiscal Efetivos: Flávio Sérgio Andrade Bertollo, Raphael Cassaro, Edmar dos Anjos Suplentes: Celso Siqueira, Valdeir Nunes, Gervásio Andreão Júnior Câmaras Setoriais Industriais e Conselhos Temáticos (Consats) Coordenador-geral: Manoel de Souza Pimenta Neto
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Câmaras Setoriais Industriais Câmara Setorial das Indústrias de Alimentos e Bebidas Presidente: Gibson Barcelos Reggiani Câmara Setorial das Indústrias de Base e Construção Presidente: Wilmar dos Santos Barroso Filho Câmara Setorial da Indústria de Materiais da Construção Presidente: Houberdam Pessotti Câmara Setorial da Indústria Moveleira Presidente: Luiz Rigoni Câmara Setorial da Indústria do Vestuário Presidente: Paulo Roberto Almeida Vieira Conselhos Temáticos Conselho Temático de Assuntos Legislativos (Coal) Presidente: Sergio Rogerio de Castro Conselho Temático de Comércio Exterior (Concex) Presidente: Claudio de Moraes Sandrini Conselho Temático de Desenvolvimento Regional (Conder) Presidente: Áureo Vianna Mameri Conselho Temático de Educação Profissional (Conep) Presidente: Manoel de Souza Pimenta Neto Conselho Temático de Infraestrutura (Coinfra) Presidente: Ernesto Mosaner Junior Conselho Temático de Meio Ambiente (Consuma) Presidente: Wilmar Barros Barbosa Conselho Temático de Micro e Pequena Empresa (Compem) Presidente: Vladimir Rossi Conselho Temático de Política Industrial e Inovação Tecnológica (Conptec) Presidente: Luiz Alberto de Souza Carvalho Conselho Temático de Relações do Trabalho (Consurt) Presidente: Haroldo Olívio Marcellini Massa Conselho Temático de Responsabilidade Social (Cores) Presidente: Sidemberg da Silva Rodrigues Diretorias regionais Diretoria da Findes em Anchieta e região Diretor: Fernando Schneider Kunsch Diretoria da Findes em Cachoeiro de Itapemirim e região Diretor: Áureo Vianna Mameri Diretoria da Findes em Colatina e região Diretor: Manoel Antonio Giacomin Diretoria da Findes em Linhares e região Diretor: Paulo Joaquim do Nascimento Diretoria da Findes em Aracruz e região Diretor: João Baptista Depizzol Neto Núcleo da Findes em São Mateus e região Diretor: Nerzy Dalla Bernardina Junior Núcleo da Findes em Venda Nova do Imigrante e região Diretor: Ademilson Alves da Cruz Núcleo da Findes em Nova Venécia e região Diretor: Helder Nico Diretores para Assuntos Específicos Diretor para Assuntos de Segurança, Saúde e Responsabilidade Social do Sesi e Senai/ES: Alejandro Duenas Diretor para Assuntos de Educação e Cultura do Sesi e Senai/ES: Flávio Sérgio Andrade Bertollo Diretor para Assuntos do IEL: Benizio Lázaro Diretor para Assuntos do Ideies – Egídio Malanquini Diretor para Assuntos do Cindes: Paulo Alfonso Menegheli Diretor para Assuntos do IRI: Paulo Henrique Teodoro de Oliveira Diretor para Assuntos do Fortalecimento Sindical e da Representação Empresarial: Egídio Malanquini Diretor para Assuntos das Micro e Pequenas Indústrias: Vladimir Rossi Diretor para Assuntos Tributários: Gibson Barcelos Reggiani
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Diretor para Assuntos do Meio Ambiente: Wilmar Barros Barbosa Diretor para Assuntos de Capacitação e Desenvolvimento Humano: Clara Thais Rezende Cardoso Orlandi Diretor para Assuntos de Marketing e Comunicação: Fernando Schneider Künsch Diretor para Assuntos de Desenvolvimento da Indústria Capixaba: Leonardo Souza Rogerio de Castro Diretor para Assuntos de Inovação Industrial: Luiz Alberto de Souza Carvalho Sindicatos filiados à Findes e respectivos presidentes Sinduscon: Aristoteles Passos Costa Neto | Sindipães: Flávio Sérgio Andrade Bertollo | Sincafé: Sergio Brambilla | Sindmadeira: José Domingos Depollo | Sindimecânica: Ennio Modenesi Pereira II | Siges: João Baptista Depizzol Neto | Sinconfec: Clara Thais Rezende Cardoso Orlandi Sindibebidas: José Angelo Mendes Rambalducci Sindicalçados: Altamir Alves Martins | Sindifer: Luiz Alberto de Souza Carvalho | Sinprocim: Dam Pessotti Sindutex: Mariluce Polido Dias | Sindifrio-ES: Elder Elias Giordano Marim Sindirepa: Wilmar Barros Barbosa | Sindicopes: José Carlos Chamon Sindicacau: Gibson Barcelos Reggiani | Sindipedreiras: Loreto Zanotto Sindirochas: Samuel Mendonça | Sincongel: Vladimir Rossi Sinvesco: Edvaldo Almeida Vieira | Sindimol: Almir José Gaburro Sindmóveis: OrtêmioLocatelli Filho | Sindimassas: Emerson de Menezes Marely | Sindiquímicos: Ernesto Mosaner Junior | Sindicer: Ednilson Caniçali Sindinfo: Benizio Lázaro | Sindipapel: José Bráulio Bassini Sindiplast-ES: Leonardo Souza Rogerio de Castro Sindibores: Silésio Resende de Barros | Sinvel: Atílio Guidini Sinconsul: Bruno Balarini
PUBLICAÇÃO OFICIAL DO SISTEMA FINDES MARÇO – 2013 • Nº 305 Conselho Editorial – Marcos Guerra, Manoel de Souza Pimenta, Sebastião Constantino Dadalto, Ernesto Mosaner Júnior, Luís Carlos de Souza Vieira, Ricardo Barbosa, Alejandro Duenas, Flávio Sérgio Andrade Bertollo, Egídio Malanquini, Benizio Lázaro, Fernando Schneider Künsch, Solange Maria Nunes Siqueira, Fábio Ribeiro Dias, Antônio Fernando Doria Porto, Lucas Izoton Vieira, Marcelo Ferraz, Cintia Dias e Breno Arêas Jornalista responsável – Breno Arêas (MTB 2933/ES) Apoio técnico – Assessoria de Comunicação da Findes Jornalistas: Evelyn Trindade, Fábio Martins, Leonardo Nunes e Tatiana Ribeiro Gerente: Cintia Dias Depto. Comercial – Unirem/Findes – Simone Dttmann Sarti Tel: (27) 3334-5721 – mercado@findes.org.br
Produção Editorial Coordenação editorial: Mário Fernando Souza Coordenação de Redação: Elisângela Egert Produção editorial e diagramação: Equipe Next Editorial Copidesque: Marcia Rodrigues Textos: Ana Lúcia Ayub, Anderson Cacilhas, Heliomara Mulullo, Nadia Baptista, Thais Hirschmann e Vitor Taveira Revisão de textos: Andréia Pegoretti Fotografia: Renato Cabrini, fotos cedidas, arquivos Findes e Next Editorial Impressão – Grafitusa
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NESTA EDIÇÃO
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ENTREVISTA Coronel da Força Aérea Brasileira (FAB) e engenheiro aeronáutico que fundou e presidiu a Embraer por duas décadas, Ozires Silva fala sobre os próximos passos do conglomerado brasileiro e defende a concessão dos aeroportos à iniciativa privada.
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ESPECIAL
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Conheça a Rede Capixaba de Metrologia (RCM), uma associação técnico-científica sem fins lucrativos e voltada para estimular e desenvolver ações em diversas áreas da metrologia. Com o apoio institucional da Findes, a RCM fomenta a competitividade da indústria local.
ECONOMIA A parceria entre Banestes e Findes consolidou novas oportunidades para que as indústrias do Espírito Santo possam seguir crescendo. A iniciativa já mudou a realidade de muitas empresas e representa quase R$ 300 milhões em negócios.
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INDÚSTRIA A indústria naval chegou anunciando investimentos, promovendo a atração de mais empresas e movimentando fornecedores em terras capixabas. Saiba os desafios e as expectativas do mercado acerca dessa indústria.
24 CENÁRIO 58 CASO DE SUCESSO 62 FATOS EM FOTOS 64 CURSOS E CIA 36 NO SISTEMA
Formadas por colaboradores das empresas que de forma voluntária são treinados e habilitados para atuar na prevenção e combate a um princípio de incêndio, as brigadas de incêndio ganham espaço nas indústrias capixabas.
56 SAÚDE
Transtornos como a depressão estão entre as principais causas de afastamento do trabalho no Brasil. Para mudar esse quadro, o Sesi disponibiliza para as indústrias ações integradas para melhorar a qualidade de vida de funcionários, prevenir doenças e diminuir o estresse.
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EDITORIAL
MAIS COMPETITIVIDADE
PARA A INDÚSTRIA CAPIXABA
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m nosso editorial anterior, na revista Indústria Capixaba, fizemos um balanço do desempenho da indústria em 2012 e apresentamos nossas expectativas para 2013. Após isso, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados que, infelizmente, reforçaram nossa previsão de desempenho. Fechamos o ano com uma retração de 6,3% na indústria geral e de 9,6% na indústria de transformação, seguindo a tendência nacional, que teve queda de 2,7% e de 2,8% nesses respectivos setores. É oportuno ressaltar que o Espírito Santo tem um papel importante na atuação da indústria nacional. Em 2010, alcançamos o melhor desempenho produtivo do Brasil e, no ano seguinte, ocupamos a segunda colocação. Estamos otimistas para retomarmos o crescimento da indústria em 2013, pois além de avanços na consolidação de importantes plantas indústrias, a Federação das Indústrias tem articulado importantes conquistas junto aos diferentes segmentos do poder público. Destaque para o avanço obtido junto ao Governo do Estado na atualização e renovação, até 2024, dos Contratos de Competitividade de 18 segmentos industriais e a inclusão, entre os beneficiados, do segmento de Perfumaria e Cosméticos. Além disso, também avançamos na diminuição de impostos estaduais para compra de máquinas e equipamentos. Os novos contratos consolidam a importância da indústria no Estado e possibilitarão o investimento em mais qualificação técnica, servindo de estímulo para o uso de tecnologia para redução de custos e aumento de produção. Afinal, um dos objetivos do
Sistema Findes consiste em encontrar alternativas para reduzir os custos para a indústria e, consequentemente, para os consumidores. Pensando em tecnologia, nesta edição da Revista da Indústria abordamos uma importante área, que é a cultura da inovação e a defesa da propriedade intelectual. Em um mundo cada vez mais globalizado, com ações constantes para inovação tecnológica, onde expressivos investimentos para inovar e desenvolver começam a ter um papel de destaque, torna-se cada vez mais necessário proteger o know how. Tema de debate em âmbito nacional, com especialistas da área, vamos aprofundar essa pauta e saber como ela é tratada no Espírito Santo e quais são os mecanismos de defesa da propriedade intelectual. Tenha uma boa leitura!
Marcos Guerra Presidente do Sistema Findes/Cindes
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INDÚSTRIA Por Vitor Taveira
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O ESPÍRITO SANTO NAVEGA NAS ONDAS DA TECNOLOGIA
O
boom do petróleo vem modificando o panorama da economia capixaba na última década. Em poucos anos, o Espírito Santo saltou de 5º para 2º maior produtor de petróleo e gás no Brasil. A descoberta de óleo na camada pré-sal, que abarca parte da plataforma marítima capixaba, aumenta ainda mais a expectativa sobre o efeito econômico que a exploração desses campos pode trazer ao Estado. O que talvez não esteja tão visível aos olhos de todos os capixabas é o tamanho da cadeia produtiva envolvida e
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impulsionada pela produção petroleira, que demanda novos investimentos em logística e proporciona a atração de mais indústrias, trazendo tecnologias inéditas e revitalizando o know how do Espírito Santo, contribuindo assim para uma maior diversificação da produção industrial local e para a descentralização do desenvolvimento do Estado. Uma dessas novidades, que deve impactar fortemente a economia capixaba, por exemplo, é a chegada da indústria naval. É mais uma atividade nova que chega ao Espírito Santo em sintonia com o momento da indústria capixaba, Março 2013 – nº 305
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Instalação da indústria naval no Estado agrega valor à produção local e movimenta ampla cadeia de fornecimento
Os navios-sonda contratados terão capacidade para operar a 10 mil metros de profundidade
“A indústria naval passará a ser uma indústria-âncora, envolvendo várias empresas-satélite ao seu redor, que atuarão na prestação de serviços com alto valor agregado e investimentos em tecnologia e inovação” Marcos Guerra, presidente da Findes Março 2013 – nº 305
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“Os navios que serão construídos representam uma alta especificação, com capacidade avançada e eficiência operacional em águas ultraprofundas”, afirma Luciana Sandri, diretora institucional do EJA
que busca diversificar e descentralizar sua produção, trazendo maior grau de inovação e tecnologia que possibilitem uma indústria mais forte e com maior valor agregado, contribuindo para um desenvolvimento significativo em diversas regiões do Estado. Em suas três últimas edições, a Revista da Indústria tem procurado dar visibilidade a esse movimento por meio de uma série de reportagens que, como esta, tem o objetivo de apontar os novos rumos e a mudança no perfil da indústria capixaba. O presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Marcos Guerra, destaca a importância dessas novas atividades. “O Espírito Santo precisa diversificar sua indústria. Hoje, somos o segundo maior produtor de petróleo e contribuímos de forma significativa para o crescimento desse setor. A produção de petróleo e gás tem uma vida útil grande no Estado, e a chegada da indústria naval vai ser uma contribuição muito significativa para o seu desenvolvimento, bem como o de outros setores,” enfatiza. Dentre os investimentos anunciados, o maior deles é a instalação do Estaleiro Jurong Aracruz (EJA), cujas obras estão previstas para serem totalmente concluídas no final de 2014, mas que já devem estar operando no fim deste ano. Antes mesmo de começar a entrar em atividade, o estaleiro já possui encomendas que chegam a US$ 6,3 bilhões, incluindo sete navios-sonda com capacidade para operar a 10 mil metros de profundidade, perfurando até 40 mil pés de profundidade. “Os sete navios-sonda vão ser construídos com base no design do Jurong Espadon, que representa a próxima geração de alta especificação de navios-sonda com capacidade avançada e eficiência operacional em águas ultraprofundas em todo o mundo”, afirma Luciana Sandri, diretora institucional do EJA. Essa capacidade dos novos navios será fundamental para as extrações de óleo em camadas profundas como as do pré-sal das bacias de Campos e de Santos. A empresa já se instala com uma grande demanda por parte da indústria petrolífera brasileira, que carece desse tipo de equipamentos produzido por aqui. Sandri esclarece que as sete primeiras sondas serão entregues entre 2015 e 2019 e arrendadas para a Petrobras por um prazo de 15 anos, sendo operadas pelas empresas Odfjell e Seadrill – outras que se juntam à nova cadeia produtiva. Também serão construídos oito módulos de integração de FPSOs para as plataformas P-68 e P-71. Apesar de especulações de que a Jurong pudesse trocar o Espírito Santo para se instalar em outro Estado, a empresa começou em dezembro do ano passado as obras iniciais, como terraplanagem e construção do quebra-mar. Indústria Capixaba – FINDES
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“Com a chegada do Estaleiro Jurong, estabelecemos uma nova oportunidade de desenvolvimento, gerando empregos especializados, melhorando a arrecadação e ampliando as oportunidades para os trabalhadores” Marcelo Coelho, prefeito de Aracruz
“Enquanto o Governo Federal prega em seu discurso o fim da guerra fiscal entre os Estados, somos informados de que ministros e até mesmo um embaixador incentivam essa briga entre cariocas e capixabas pela instalação do empreendimento Jurong”, questiona Marcos Guerra. Ele cobra maior coerência do Governo. “Clamamos pelo bom-senso e esperamos que a presidente Dilma Rousseff olhe para o Espírito Santo com mais atenção, pois representamos para os cofres da União uma arrecadação média anual de R$ 10 bilhões, enquanto o Orçamento Geral da União prevê este ano para o Espírito Santo a destinação de pífios R$ 2,8 bilhões”, declara o presidente da Findes. A logística capixaba e o grande crescimento da Petrobras – importante cliente para a Jurong – no Estado favorecem e estimulam a instalação da indústria naval em terras capixabas, mas este não é o único foco da empresa, de porte global. “A empresa deixa bem claro que a instalação em Aracruz não se dá apenas para atender às indústrias brasileiras; a vinda dela é estratégica para produzir para diversas partes do mundo”, ressalta Marcos Guerra, destacando a vocação internacionalista do Espírito Santo e o potencial global do novo empreendimento. Cadeia produtiva A expectativa não se reduz apenas à instalação da Jurong, líder mundial na produção de sondas, mas sim a toda a cadeia que esta demandará em produtos e serviços em diversos municípios do Espírito Santo. “A chegada da indústria naval vai contribuir para a diversificação da indústria capixaba. Passará a ser uma indústria-âncora, que envolverá varias empresas-satélite
ao seu redor, as quais atuarão na prestação de serviços com alto valor agregado e investimentos em tecnologia e inovação”, explica Marcos Guerra, que destaca que esse processo já ocorre na matriz da empresa, a qual pôde visitar em Singapura. Manoel Pimenta, vice-presidente da Findes e empresário do setor metalmecânico da região, também vê com bons olhos a chegada da nova indústria, que beneficiará o seu ramo de atuação. “É uma indústria muito bem-vinda, pois traz um valor agregado muito grande. Mas ela não vai fazer tudo sozinha, vai necessitar de uma cadeia muito ampla e acredito que a indústria metalmecânica que temos no Espírito Santo vai se destacar ainda mais com a chegada desses investimentos”, celebra. Pimenta ressalta, ainda, que além da indústria relacionada com a tecnologia, outros setores também serão fortemente beneficiados, como é o caso dos setores de alimentos, vestuário e construção civil, entre outros. Para Marcelo Coelho, prefeito de Aracruz, a chegada da Jurong é muito importante para o município, cuja economia se fundamenta na produção de celulose e na indústria metalmecânica, mas que vem diversificando seu perfil com o crescimento de indústrias como a química e de rochas ornamentais, além do setor de serviços em geral. “A indústria naval, neste momento, é mais uma oportunidade na diversificação da cadeia produtiva,gerando novos empregos, renda e tributos, além de atrair novos empreendimentos, que darão a sustentabilidade do novo negócio, permitindo um crescimento econômico mais equilibrado e com maior agregação de valor.” Mão de obra local Durante seu processo de instalação, a Jurong deve gerar cerca de 2,5 mil postos de trabalho e, em sua operação, um total de aproximadamente seis mil trabalhadores diretos devem ser empregados pela empresa, além da geração de uma quantidade ainda maior de empregos indiretos.
Obras de instalação do Estaleiro Jurong devem ser concluídas em 2014
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Workshop Tecnológico Platec
O tema da qualificação profissional tem sido uma constante preocupação quando está em foco o desenvolvimento da economia e, principalmente, da indústria no Brasil e no Espírito Santo, especialmente em casos de grandes investimentos como o da Jurong em Aracruz. Por se tratar de uma indústria nova, primeira a atuar nesse ramo no Estado, é fundamental um trabalho conjunto entre a companhia e as entidades de formação de mão de obra, para que se alinhem a demanda industrial com a oferta de formação local, o que vem acontecendo com bastante antecedência, nesse caso. Aracruz é um município que conta com uma boa plataforma para qualificação, e isso é um dos fatores que pesou a favor da cidade para a instalação do empreendimento. Por possuir um setor metalmecânico desenvolvido, o município conta com trabalhadores já habilitados a receber cursos de aperfeiçoamento para exercer funções similares à sua formação, mas atendendo às especificidades da indústria naval. O prefeito Marcelo Coelho afirma que entre as exigências do município ao empreendedor está o recrutamento de trabalhadores das comunidades vizinhas à instalação do empreendimento e explica que a administração municipal vem trabalhando em conjunto com as instituições para ampliar e qualificar a oferta de cursos de formação com foco nessa nova indústria que chega. “É importante destacar que o município possui instituições instaladas que são capazes de formar mão de obra e qualificar profissionais para o mercado de trabalho. Destacam-se o Senai, o Ifes, a Universidade
“Estamos realizando um projeto conjunto com o EJA para ver qual o perfil desses profissionais e capacitá-los de acordo com a demanda. A previsão é a de que, já em 2013, sejam capacitados 1300 profissionais com esse programa” Giovani Gujansky, gerente de educação do Sesi-Senai
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Como parte do processo de aprofundamento da inserção da indústria local na cadeia petróleo-gás foi realizado no Auditório do Sindifer, em Vitória, no dia 27 de fevereiro, um workshop onde foram apresentados os cenários e as características da construção e operação das Sondas de Perfuração Marítima, os principais equipamentos, as demandas tecnológicas existentes e os desafios para a nacionalização de equipamentos e serviços. O 1º Workshop Tecnológico Platec Sondas de Perfuração Marítima teve como tema “Geração de Energia, Acessórios de Casco/Convés, Superestrutura e Acomodações”. O evento foi fruto de uma parceria da Federação das Indústria do Espírito Santo (Findes) com a Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip), Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Aberta Brasil, a Faacz, a Casa do Estudante e o Premier, ofertando ensino e formação de qualidade”. As parcerias entre Jurong e as instituições de ensino para formar profissionais já estão em marcha.Em janeiro deste ano, um grupo de 23 alunos do Ifes selecionado pelo EJA viajou a Singapura para uma estadia de 12 a 15 meses durante a qual realizarão um Curso de Especialização em Tecnologia Naval e Oceânica, fruto de uma parceria entre ambas as instituições e a Ngee Ann Polytechnic (NP), universidade referência em arquitetura naval e offshore. “O Programa de Cooperação Educacional traz benefícios para todos os parceiros. O Ifes receberá transferência de tecnologia, podendo se tornar referência em formação para a área da indústria naval, abrindo mais oportunidades para os estudantes locais, ao passo que o Estaleiro Jurong Aracruz vai poder contar com mão de obra local especializada e treinada nos padrões internacionais”, diz Luciana Sandri. Os estudantes não são os primeiros a desembarcar no país sede da empresa para adquirir know how sobre as tecnologias utilizadas na Ásia. A Jurong também envia alguns de seus engenheiros para passar por treinamentos em Singapura, questão que vai além do aspecto técnico, segundo Sandri. “Os engenheiros fazem treinamentos nos estaleiros do grupo Sembcorp Marine. Esta experiência internacional é muito interessante para a carreira deles, pois permite um maior desenvolvimento, tanto profissional quanto cultural”, destaca. No Espírito Santo, a empresa criou um Programa de Capacitação e Treinamento que promove 25 cursos de qualificação profissional, os quais devem atender 680 trabalhadores. “Treinamentos específicos, com certificação internacional, serão oferecidos à comunidade, objetivando a máxima utilização da mão de obra local no desenvolvimento do empreendimento”, destaca o prefeito Marcelo Coelho. Giovani Gujansky, gerente de Educação do Sesi/Senai, também considera a parceria com a empresa como Indústria Capixaba – FINDES
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indústria
fundamental. Ele esclarece que o Senai de Aracruz está voltado principalmente para o setor metalmecânico e o foco da Jurong é um pouco diferente, exigindo algumas adequações nos programas de formação, como foi o caso de sugestões da empresa para abordar temas como meio ambiente, segurança e conhecimentos específicos sobre a construção naval, que podem ser incluídos no currículo do Senai. “Estamos realizando um projeto conjunto com o EJA para ver qual o perfil desses profissionais e capacitá-los de acordo com a demanda. A previsão é a de que, já em 2013, sejam capacitados 1.300 profissionais com esse programa”, revela Gujansky. Impactos locais A escolha de Aracruz para ser a sede do primeiro empreendimento de construção naval do Espírito Santo se deve, principalmente, à sua localização e infraestrutura. “Aracruz possui uma geografia privilegiada para a navegabilidade, com uma lâmina d’água ideal para embarcações de todos os portes. Além disso, está próxima a grandes centros econômicos do Brasil, e geograficamente se torna importante para a exportação nacional, para o continente europeu e a América do Norte. Essa localização é considerada estratégica do ponto de vista logístico e conta com integrações entre malha ferroviária, porto, rodovia e o terminal aeroviário da Fibria”, explica o prefeito do município. Ainda assim, novos investimentos em infraestrutura são fundamentais para adequar as condições locais para receber um empreendimento de grande porte, como aconteceu na chegada da indústria de celulose, décadas atrás. O prefeito Marcelo Coelho destaca serviços como energia,comunicações, transportes urbanos, saneamento básico, segurança, saúde, melhoramento das rodovias e da infraestrutura da cidade como áreas a serem preparadas para receber o impacto da chegada de mais pessoas e do aumento no trabalho e na renda da população, possibilitando a circulação das mercadorias e serviços necessários para os empreendimentos envolvidos. “Estamos trabalhando para consolidar esses investimentos, dotando o município de condições estruturais suficientes para permitir o desenvolvimento organizado da cidade e para abrigar os novos empreendimentos”, reforça. Manoel Pimenta aposta num impacto e transformações profundos a partir da implantação da indústria naval. “A região em torno de Aracruz será totalmente diferente quando o estaleiro estiver funcionando. A grande quantidade de trabalhadores com muita qualificação gerará uma mão de obra especializada e com alta remuneração, que movimentará fortemente os setores de comércio e serviços”, diz o empresário e dirigente da Findes. A expectativa é a de que o empreendimento contribua para a formação de um novo perfil da indústria capixaba, com maior valor agregado e grau de inovação elevado, 14
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“A implantação do projeto do Terminal Industrial da Imetame oferecerá ao mercado instalações adequadas para realizar todas as operações de embarque e desembarque dos produtos utilizados nas plataformas de petróleo” - Antônio Inácio de Souza, diretor-executivo da Imetame Logística
contribuindo também para a descentralização do desenvolvimento para novas regiões e para a diminuição da dependência da economia capixaba da exportação de produtos agrícolas e commodities, apontando para novos rumos capazes de inserir o Espírito Santo no mercado global de alta tecnologia. As palavras do prefeito Marcelo Coelho resumem a expectativa: “Este é um grande momento para o Estado e para Aracruz, pois a indústria naval estava fora dos arranjos produtivos já instalados no Espírito Santo. Com a chegada do Estaleiro Jurong, estabelecemos uma nova oportunidade de desenvolvimento, gerando empregos especializados, melhorando a arrecadação e ampliando as oportunidades para os trabalhadores. Teremos mais uma empresa em solo capixaba que será referência de como Aracruz e o Espírito Santo crescem de forma planejada e organizada”. Mais investimentos em logística O fortalecimento da indústria de petróleo e gás e a chegada da indústria naval também demandam e possibilitam uma série de investimentos relacionados com a logística e infraestrutura, que devem dar suporte a operações e gerar ainda mais oportunidades de emprego e renda no Estado. Um exemplo desses investimentos é o projeto que vem sendo desenvolvido pela Imetame Logística para a construção de um terminal industrial em Aracruz, focado na prestação de serviços para as empresas de petróleo e gás. O orçamento inicialmente previsto é de R$ 300 milhões. “O Estado do Espírito Santo é carente de infraestrutura apropriada para atender às necessidades do setor de petróleo e gás. A implantação do projeto do Terminal Industrial da Imetame oferecerá ao mercado instalações adequadas para realizar todas as operações de embarque e desembarque dos produtos utilizados nas plataformas de petróleo, em uma única parada, com total segurança e alta produtividade”, explica Antônio Inácio de Souza, diretor-executivo da Imetame Logística. Definitivamente, o petróleo representa um novo combustível para o desenvolvimento capixaba, não apenas por seu valor ou cotação no mercado internacional, mas sim por ser capaz de mover ao seu redor uma ampla cadeia produtiva, com alta tecnologia, que pode ser chave para uma indústria capixaba mais moderna e eficiente, conectada com os novos tempos. Março 2013 – nº 305
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entrevista por Ana Lúcia Ayub
Ozires Silva “A redução de impostos para aumentar o consumo dos produtos finais é uma ação pontual e de eficácia reduzida e temporária”
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oucos brasileiros podem exibir um currículo como o de Ozires Silva, o coronel da Força Aérea Brasileira (FAB) e engenheiro aeronáutico que fundou e presidiu a Embraer por 20 anos – hoje,uma das maiores fabricantes mundiais da aviação comercial.Nascido em Bauru (SP), Silva, que teve passagens pela presidência daPetrobras e da extinta Varig, e pelo Ministério da Infraestrutura, foi também um dos principais artífices do processo de privatização da companhia de São José dos Campos. Ainda hoje, mantém laços próximos com os diretores e integrantes do Conselho de Administração da Embraer.Aos 82 anos, continua na ativa como reitor da universidade Unimonte, de Santos, e ministra palestras e conferências sobre empreendorismo, educação, desenvolvimento econômico e a história da aviação brasileira.
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Em entrevista à Revista da Indústria, falou sobre os próximos passos da Embraer, defendeu a concessão dos aeroportos à iniciativa privada e mostrou que a inovação brasileira para suprir o mercado com novos produtos tem sido mínima. Na conversa, ele ressaltou que o Brasil carece de uma política educacional para qualificar os cidadãos para o mercado de trabalho e que o país está perdendo a corrida mundial pela competência e competitividade de seus recursos humanos. O Brasil já tem uma cultura empreendedora ou ainda é preciso criar uma? Por quê? Os brasileiros são criativos e têm tendência para criar novos empreendimentos, em relação às outras nações. Os dados são encontrados no www.doingbusiness.com, estudo do Banco Jan/Fev Março 2013 – nº 305 304
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“É necessário assegurar qualidade e melhora nos níveis das escolas brasileiras, qualificando professores e alunos para capacitá-los a entrar na cooperação internacional”
Mundial que pesquisa anualmente 185 países comparando as facilidades ou dificuldades para empreender. Mas, segundo o Banco Mundial, apesar da característica criativa do brasileiro, nossas leis e regulamentos são tão complexos e burocratizados que ficamos entre os últimos desses 185 países na avaliação do tempo necessário para criar uma nova empresa: são 119 dias, contra os 30 dias, em média, das demais economias. Também ficamos mal posicionados em relação ao tempo de duração das novas empresas, pois muitas fecham as portas antes de dois anos.
alunos para capacitá-los a entrar na cooperação internacional (acordos firmados com instituições de todos os continentes para realizar estudos e cursos). Entre as 400 melhores universidades do mundo, segundo o ranking do US News, somente três instituições brasileiras constam da lista: a USP, a Unicamp e a UFRJ. Nossos jovens também não aparecem bem na competição mundial entre alunos do Programa de Avaliação Internacional de Estudantes (Pisa).
O senhor é um pregador da inovação. Como analisa a situação das empresas brasileiras nessa área? Os americanos definem a inovação como a criação que chega ao mercado com um produto acabado. Nesse sentido, a inovação brasileira tem sido mínima. São poucos os produtos brasileiros resultantes de pesquisas que chegam ao mercado nacional ou internacional. Somos inundados por marcas estrangeiras. Uma das razões é a falta de capital de risco (venture capital) no mercado financeiro.No Brasil, quem corre o risco é a empresa, o empreendedor e os próprios produtos. As entidades financeiras são avessas a colocar recursos no mercado para garantir a criação e produção de produtos novos, decorrentes de patentes brasileiras. Hoje o Brasil busca estrangeiros para atender à demanda de profissionais qualificados em várias áreas. No ano passado, foram emitidos 73 mil vistos pelo Ministério do Trabalho para estrangeiros trabalharem no país. Do que o Brasil precisa para participar tecnologicamente de um mundo tão competitivo? Do lado empresarial, 73 mil vistos anuais não é muito. A mobilidade de mão de obra é bem maior em outros países. O que preocupa é o sistema educacional brasileiro e a preparação dos cidadãos para o mercado de trabalho. Estamos graduando e formando frações da população bem menores do que os países de sucesso, e perdendo a corrida mundial da competência dos nossos recursos humanos. Precisamos ampliar as redes de ensino e assegurar qualidade e melhora nos níveis das escolas brasileiras, qualificando professores e Março 2013 – nº 305
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Existem mecanismos de incentivo do Governo brasileiro para a inovação nas empresas, mas a taxa de utilização ainda é pequena. A que o senhor atribui isso? Quais os caminhos para fomentar a inovação? No Brasil não é fácil levantar recursos e conseguir estímulos fiscais para a inovação. O que existe são programas estimulando o desenvolvimento tecnológico, mas no geral brindam as instituições oficiais. A transferência das tecnologias para as linhas de produção e de vendas internas ou externas e os incentivos do Governo são reduzidos. A “mágica”para fomentar efetivamente a inovação está ligada ao financiamento de risco, que garanta ao inventor e ao pesquisador mecanismos para que seus produtos cheguem ao mercado. O senhor destaca a importância da educação para o desenvolvimento econômico e social. Como avalia o Brasil nesse quesito? Podemos avaliar isso pela manchete do Financial Times (jornal londrino), que há três anos fez uma matéria rotulando a Coreia do Sul como um país “fanático pela educação”. No ano passado, o Hyundai, modelo de automóvel fabricado pela Coreia do Sul, foi considerado o carro do ano nos Estados Unidos. Algo impensável há poucos anos. Isso é uma relação direta de “causa e efeito”. A causa, pela educação. Efeito, pelo sucesso dos produtos coreanos no mercado mundial. No Brasil, se tomarmos o exemplo da Embraer, podemos afirmar que sem o Instituto Tecnológico
de Aeronáutica (ITA), de São José dos Campos (SP), não teríamos o êxito de hoje com os aviões brasileiros, que têm aceitação global em 90 países. Investir em educação é a receita para que a economia e a sociedade brasileiras mudem de patamar? O senhor é a favor da aplicação de 100% dos royalties do pré-sal na Educação? O investimento sólido em educação é fundamental para o sucesso das nações. E esses investimentos devem vir do Governo, secundado pelo setor privado. A educação deve ser uma prioridade nacional para que cada cidadão tenha acesso à melhor graduação possível. Quanto aos royalties, acho que os resultados da produção de petróleo no Brasil são essenciais para o desenvolvimento da produção do óleo negro e para a manutenção da suficiência energética do país. Considero um erro usar os resultados para distribuir entre setores fora do setor petrolífero, em particular num país que não atingiu a autossuficiência, sendo ainda obrigado a importar petróleo e seus derivados. Medidas recentes do Governo Federal, como as reduções de impostos e do custo de energia, foram avaliadas como positivas para a indústria brasileira. Essas ações pontuais resolvem nossos problemas ou corremos o risco de provocar desarranjos a longo prazo? Essas medidas são suficientes para derrubar o custo Brasil? As experiências econômicas mundiais demonstram que o subsídio ao consumo não é uma opção adequada e custa caro. A redução de impostos para aumentar o consumo dos produtos finais é uma ação pontual e de eficácia reduzida e temporária. O que é preciso é investir em treinamento e equipamentos produtivos modernos, visando ao aumento da competitividade produtiva da indústria nacional, bem como na infraestrutura brasileira, hoje reconhecidamente carente de melhorias na logística e no suprimento energético. Essas ações não derrubarão o custo Brasil. Apesar da trajetória de sucesso, várias dificuldades marcaram as negociações para vender os aviões da Embraer para o Governo brasileiro, principalmente em relação a 36 modelos supersônicos para a FAB, que se desenrola desde 1996. Como está essa questão hoje? A Força Aérea Brasileira necessitava de equipamentos novos para a defesa aérea e estabeleceu requisitos para adquirir 36 aviões mais modernos e eficientes do que os antigos Mirages comprados na França, no início dos anos 70. O Governo lançou uma concorrência internacional, contemplando produtos americanos ou europeus (França
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“São poucos os produtos brasileiros resultantes de pesquisas que chegam ao mercado nacional ou internacional. Somos inundados por marcas estrangeiras” sem estratégias e sem visões para o futuro. Temos que criar planejamentos de longo prazo e com objetivos claros para o Brasil, e seus associados do Mercosul (ou não). Os produtos modernos, de alto valor agregado e que predominam no mercado atual são complexos, exigem uma multiplicidade grande de soluções, métodos e processos tecnológicos de longo prazo de maturação. Assim, não me parece que, com soluções tópicas de curto prazo, como vivemos hoje, podemos chegar a fazer “figura” no mercado mundial.
e Suécia). Estranhamente, a Embraer não foi autorizada a participar da concorrência como prime contractor (contrato que pode empregar e gerir uma ou mais empresas subcontratadas para realizar específicas partes do contrato), sob a promessa de que teria participações menores na produção dos aviões das empresas internacionais Boeing (USA), Marcel Dassault (França) e SAAB (Suécia), que são as três empresas que seguem na disputa. A questão ainda não está decidida. Mas eu questiono por que a Embraer não foi cogitada para participar dessa concorrência, já que poderia ser a contratante e utilizar empresas estrangeiras para o fornecimento de equipamentos e peças não produzidas no país, se necessário. Se isso tivesse ocorrido, um avião moderno e de patente nacional poderia estar pronto e ainda poderia ser vendido para outros países, com retorno dos recursos investidos.
Como vê a situação da Embraer hoje? A empresa vai permanecer construindo a mesma classe de aviões, com menos de 200 lugares, ou pensa em aviões maiores, já que a tendência dos próximos anos é de aeronaves com até 350 passageiros? A Embraer vai continuar produzindo aviões menores para o mercado da aviação regional mundial e manter sua fidelidade em relação aos seus operadores atuais. Mas os especialistas apontam que, devido à grande expansão do transporte aéreo mundial, os aviões acima de 200 passageiros terão uma grande demanda. Por outro lado, países como o Japão, China, Índia, Russia e possivelmente a Coreia do Sul estão planejando e já produzindo aviões dentro do mercado ocupado pela Embraer, que até hoje só tinha como concorrente a Bombardier, do Canadá. Isso mostra que a competição nos próximos anos não será a mesma, o que enseja reflexões, que estão em curso na Embraer. O salto para aviões maiores é possível,mas a decisão deve ser cuidadosa.
“O Brasil está fora das grandes cadeias produtivas”, disse a Confederação Nacional da Indústria sobre o anúncio de que União Europeia e EUA negociam um acordo que criará a maior zona de livre comércio do planeta. Críticos dizem que o Brasil “perdeu o bonde da história” ao tornar-se membro do Mercosul e, desde então (1991), ter fechado apenas três acordos de livre comércio (Israel, Palestina e Egito, sendo que apenas o primeiro está em vigor). Qual sua visão sobre isso? O Brasil é um país de referência na América do Sul, graças às suas dimensões continentais. Isso gera compromissos que devem ser mantidos, como é o caso do Mercosul. Os Estados Unidos estão negociando um acordo com a União Europeia e não com nenhum país isolado da Europa. Por que não podemos entrar no mercado internacional como Mercosul, da mesma forma? Se estamos “perdendo o bonde da história”, não é devido ao Mercosul e sim ao próprio Brasil. Estamos
Sobre a situação dos aeroportos atualmente, por que chegamos ao quadro atual de crise nos aeroportos brasileiros? O nível e o volume do peso da burocracia nacional já passaram dos limites, tornando a administração pública e as empresas controladas pelo Estado sem a flexibilidade gerencial necessária ao mundo competivo e global de hoje. Os principais aeroportos foram entregues à administração da Infraero que, sujeita a um quadro de limitações e dificuldades de decisão, demonstra que é preciso outra solução para a operação aeroportuária nacional. A melhor solução seria a privatização de todos os aeroportos nacionais e que fosse dada autorização para que qualquer novo aeroporto pudesse ser projetado, construído e operado pelos empresários privados nacionais, associados ou não, de forma limitada, com entidades estrangeiras. O Governo precisa compreender que, nesse quadro, somente lhe resta legislar, regulamentar e fiscalizar.
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“No Brasil, quem corre o risco é a empresa, o empreendedor, os empregos e os próprios produtos, e não o capital financiado”
Com sua experiência como gestor e empreendedor em uma trajetória que envolveu riscos e grandes feitos, o que recomendaria hoje para um executivo que deseja iniciar um empreendimento? O executivo precisa conhecer os produtos ou os serviços de sua futura empresa, enxergá-los do ponto de vista comercial e saber como colocá-los no mercado. Deve buscar estudos técnicos para conhecer o tipo de pessoa ou instituição que terá interesse no produto. Isso mostrará, inclusive, que tipo de publicidade deverá ser aplicada. O empreendedor também deve criar confiança entre os investidores e demonstrar segurança em suas decisões. Ele deve ter iniciativa, perseverança, coragem para correr riscos, capacidade de planejamento, eficiência para gerir os recursos e liderança. Também é preciso formar uma rede de contatos, que podem ser através da participação em eventos e feiras relacionados ao produto.
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Como foi a questão inicial de projetar aviões num país sem essa tradição? Como a Embraer conseguiu vencer a concorrência acirrada dos americanos e dos franceses na aviação executiva e vendê-los no mercado? Mesmo o Brasil necessitando de aviões para os programas de integração nacional, até a década de 60 o país não conseguiu criar e manter a produção de aviões competitivos. Não tínhamos a graduação e formação local dos recursos humanos necessários para uma produção sustentável nos níveis técnico e tecnológico para conquistarmos posições de relevo no mercado interno e, sobretudo, no externo. A quebra do paradigma ocorreu quando o Governo Federal, através do Ministério da Aeronáutica, criou o ITA, e começou a formar engenheiros aeronáuticos no país. Essa competência humana, associada a estratégias firmes e objetivas, independente da troca de governantes, melhorou as equipes de projetos, de produção e de vendas, resultando no sucesso.
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Vitória Stone Fair: Sindirochas promove almoço com especialistas Dentro das atividades da Vitória Stone Fair, o Sindirochas promoveu no último dia 26 de fevereiro um almoço no restaurante Lareira Portuguesa com as principais lideranças do segmento. A pauta do encontro foram as perspectivas para o setor de rochas. Estiveram presentes o presidente do Sindicato, Samuel Mendonça; o presidente do Ibram (Instituto Brasileiro de Mineração) e vice-presidente da Fiemg, José Fernando Coura; o vice-presidente do Sistema Findes, Manoel Pimenta; o diretor da Findes em Anchieta e Região, Fernando Künsch; além de autoridades e demais associados do Sindirochas.
Sinconsul se une à Findes A representação da Findes para o setor de vestuário, que já conta com Sinconfec, Sindutex, Sindicalçados, Sinvesco e Sinvel, está mais forte. O Sindicato da Indústria de Confecções do Sul do Espírito Santo (Sinconsul) se filiou à Federação e agora passa a contar com todos os benefícios e serviços oferecidos pelo Sistema. A instituição existe desde 1991 e representa 39 das 154 empresas de confecções do sul do Estado, setor responsável por cerca de mil postos de trabalho. Com essa medida, a Federação das Indústrias passa a contar com 31 sindicatos filiados. De acordo com o presidente do Sinconsul, Bruno Balarini (foto), essa união interessa por diversos fatores. “Esperamos oferecer aos associados os serviços do Sistema, com descontos ou gratuitos, como acontece com o de consultoria jurídica, por exemplo. O apoio da Findes será fundamental para podermos participar das ações ligadas a outros sindicatos no país, através de eventos nacionais que possibilitem agregar conhecimento e experiência às empresas do Estado”, declara. Março 2013 – nº 305
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Capacitações do IEL-ES a todo vapor O superintendente do IEL, Fábio Dias Ribeiro, esteve nos Centros Integrados Sesi/Senai/IEL de Nova Venécia e São Mateus, nos dias 24 e 25, para participar de um café da manhã com empresários e autoridades das duas regiões. Na ocasião, a carteira de serviços da entidade foi apresentada, com foco principal no Programa de Desenvolvimento Empresarial IEL/HSM Educação. O IEL-ES está ampliando suas ações no interior do Estado e já prepara turmas do Programa de Desenvolvimento Empresarial IEL/HSM Educação em Linhares e Colatina, além das novas turmas em Cachoeiro de Itapemirim, o que comprova também a consolidação do curso entre os empresários capixabas. Como resultado do café da manhã,o IEL contabiliza uma turma completa em Nova Venécia e outra, ainda em fechamento, em São Mateus. O objetivo do Programa de Desenvolvimento Empresarial IEL/ HSM Educação é trazer educação executiva às pequenas e médias empresas capixabas. Um bom exemplo vem da construtora Lorenge. Durante 13 sábados consecutivos, 40 gestores e técnicos da empresa participaram de uma capacitação técnica e gerencial realizada pelo IEL. Dentre os temas abordados, os alunos aprenderam sobre autoconhecimento, etiqueta empresarial e imagem pessoal, comunicação e feedback, administração de conflitos, relações trabalhistas, metas e indicadores, interpretação das normas internas da empresa. O encerramento do curso ficou a cargo do superintendente do IEL, Fábio Ribeiro Dias. Indústria Capixaba – FINDES
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A importância do interior para o crescimento do estado
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Espírito Santo se tornará um Estado ainda mais promissor a partir do momento em que o processo técnico para a implementação de um novo empreendimento considerar o interior como uma opção prioritária. Para que se chegue a essa decisão, a análise tem que passar pelas alternativas de transporte da matéria-prima e produção acabada, energia, mão de obra e tributos. Contudo, nosso Estado ainda está distante no sentido de oferecer atrativos quando se fala em infraestrutura fora da região metropolitana. Se analisarmos a participação do interior no PIB estadual nos últimos dez anos, veremos que a mesma não se alterou muito em relação à região metropolitana. Enquanto que esta cresceu de 60,3% para 63,2%, o interior caiu de 39,7% para 36,8% em valores correntes no período de 1999 a 2010. Deveria ser justamente o contrário. Tais resultados refletem o pouco que foi feito nos últimos dez anos para criar bons atrativos à implantação de novos empreendimentos no interior do Estado. Temos algumas ações urgentes a serem resolvidas com mais determinação por parte dos governos Estadual e Federal quando se pensa em crescimento da indústria de maneira uniforme em todo o Estado. São os investimentos em infraestrutura. Não estamos pedindo para reinventar a roda. Apenas temos que seguir o exemplo dos países que impuseram um maior crescimento industrial nas últimas décadas. A China, por exemplo, nos últimos dez anos implantou uma média de 1.000 km de ferrovias por ano, fora os pesados investimentos em portos e ferrovias.
Precisamos ter em nosso Estado um porto em águas profundas, rodovias realmente estruturadas e duplicadas e uma ferrovia cortando o território capixaba de fora a fora. Todos esses projetos já foram exaustivamente discutidos pela sociedade organizada junto aos governos Estadual e Federal, mas não conseguimos, ainda, desenvolver alguma ação realmente efetiva nesse sentido. A partir da análise aprofundada de todas as alternativas viáveis para se melhorar a nossa infraestrutura, o Estado precisa fomentar as parcerias. Para isso, precisamos ter regras claras e um contrato de longo prazo que ofereça à iniciativa privada as garantias de que poderá investir em nosso território. Se fizermos o dever de casa, tenho certeza que mais e mais investimentos virão. As integrações entre o norte e o sul do Espírito Santo ainda são precárias. Precisamos de uma ferrovia eficiente que ligue Vitória ao sul do capixaba. Essa ferrovia tem que ser instalada independente da vinculação à Companhia Siderúrgica Ubu (CSU) e deveria integrar-se também ao Rio de Janeiro. O setor de rochas é um dos exemplos que poderia se beneficiar dessa ferrovia. Transportaríamos os blocos provenientes da Bahia, Minas Gerais e do norte do Estado de trem, e os contêineres para o porto de Vitória e os portos do Rio de Janeiro, através de um porto seco alfandegado a ser instalado no sul do Estado. Isso tiraria centenas de carretas de nossas pistas já saturadas pelo intenso tráfego. O setor de rochas gera em todo o Estado cerca de 30.000 empregos diretos, sendo que 80% estão fora da Grande Vitória. Essa ferrovia seria fundamental para que essa configuração continue e que novos empreendimentos sejam deslocados para o interior. Dessa forma, poderiam se concretizar alguns dos grandes investimentos previstos com obras em infraestrutura, como o Estaleiro Jurong em Aracruz, o porto em águas profundas em Vila Velha ou Praia Mole, CSU em Ubu, Porto de Roterdã e Ferrous em Presidente Kennedy, Ferrovia Litorânea Sul e Centro Atlântica e duplicação da BR-101. Seria perfeito, não? Somente assim teremos um Estado, que já é abençoado por Deus, realmente competitivo! Áureo Mameri é presidente do Conselho de Desenvolvimento Regional da Findes (Conder) e diretor regional da Findes em Cachoeiro e Região
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Qualificação: turma de 30 mulheres foi diplomada
Sinconfec capacita mão de obra Mais mão de obra qualificada para setor de confecções. Com este objetivo,o Sindicato da Indústria de Confecção em Geral do Estado do Espírito Santo (Sinconfec), em parceria com o Senai, a Findes e a indústria Monna, promoveu uma capacitação de 160 horas para um grupo formado por 30 mulheres. Foram duas turmas capacitadas em 2012 pelo curso “Costureiro Industrial do Vestuário”: a primeira, pela manhã, que começou no dia 1º de outubro e se encerrou
no dia 29 de novembro, e outra noturna, que também teve início no dia 1º de outubro e foi fechada no dia 7 de dezembro. Uma cerimônia foi realizada para entrega dos certificados às participantes, funcionárias de empresas associadas e também membros da comunidade em geral. As aulas práticas e teóricas tiveram avaliação positiva pelo Senai, que elegeu a capacitação como uma das melhores por causa do comprometimento, pontualidade e atenção das alunas, além de ter registrado uma baixa evasão.
Novo recorde de consumo O Brasil bateu um recorde histórico em 2012. Segundo dados da Associação Brasileira de Café (Abic), o consumo de café per capita é o maior já registrado no país, superando a antiga marca de 1965. Isso quer dizer que o brasileiro consumiu 6,23 quilos de café em grão cru, ou 4,98 quilos de café torrado, o equivalente a quase 83 litros para cada brasileiro por ano. Assim, o país ultrapassou a Itália, França e EUA. Sergio Brambilla, presidente do Sindicato das Indústrias de Torrefação do Café (Sincafé), explica que o crescimento do consumo está relacionado ao aumento da qualidade do café disponibilizado no Brasil. “Hoje as cafeterias oferecem shakes e drinques de café, e não mais só um cafezinho. Há um leque de ofertas em supermercados e estabelecimentos especializados que atraem o público jovem, que impulsiona o consumo”, ressalta. Março 2013 – nº 305
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O vice-presidente da Findes, Manoel Pimenta, ministrou a aula inaugural do curso de Engenharia Mecânica do Ifes
IFES de Cachoeiro tem aula inaugural com vice-presidente da Findes O vice-presidente da Findes, Manoel Pimenta, foi convidado a ministrar a aula inaugural do curso de Engenharia Mecânica do Ifes de Cachoeiro de Itapemirim, ocorrida no dia 5 de fevereiro. Na plateia, o prefeito do município, Carlos Casteglione, o diretor-executivo do Sistema Findes, Luís Carlos Souza Vieira, o diretor da Findes em Cachoeiro de Itapemirim e Região, Áureo Mameri, a diretora regional do Senai e superintendente do Sesi, Solange Siqueira, empresários e autoridades locais. Indústria Capixaba – FINDES
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CENÁRIO
ENERGIA:
INCENTIVO PARA O CRESCIMENTO DAS INDÚSTRIAS CAPIXABAS
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o segundo semestre de 2012, a presidente Dilma Rousseff anunciou um pacote de medidas relacionadas à redução nas tarifas de energia elétrica cobradas em todo o país. A iniciativa - regulamentada pela Lei nº 12.783/2012 - tem como objetivo melhorar a competitividade da indústria brasileira e começou a valer, de fato, em fevereiro de 2013. Apesar do curto período em vigor, as novas tarifas já estão impactando a realidade das indústrias capixabas. Segundo o presidente da Findes, Marcos Guerra, no entanto, o impacto ainda é menor do que o esperado pelos empresários industriais do Espírito Santo. “Após o anúncio feito pela presidente Dilma Rousseff, a expectativa era de que essa redução nas tarifas ficasse entre 28% e 32%, 24
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o que ainda não se concretizou. As empresas se programaram para essa redução na composição dos seus custos, mas o que estamos vivenciando, na realidade, é um desconto de 15% a 16% nas tarifas de energia elétrica - o que realmente precisamos é que chegue ao valor divulgado, que é em torno de 28 a 32%”, comenta. O presidente explica que nos primeiros meses do ano a realidade do setor industrial tem sido de desaceleração chegando a uma queda média de 8,1% na produção física industrial, na comparação com o mesmo período de 2012. Isso torna ainda mais importantes os benefícios que a redução nas tarifas de energia elétrica pode trazer às indústrias que, no entanto, só poderão ser claramente mensurados nos próximos meses. “Vamos sentir essa diferença nos preços Março 2013 – nº 305
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Redução nas tarifas de energia elétrica, que começou a vigorar em fevereiro, já beneficia indústrias do Espírito Santo, mas o Estado ainda tem grandes desafios no setor energético
“Vamos sentir essa diferença nos preços a partir de abril, quando provavelmente os produtos da indústria capixaba chegarão ao mercado com preços mais baratos. Com isso, ganham as indústrias, e ganham também os consumidores” Marcos Guerra, presidente da Findes Março 2013 – nº 305
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“Somente no final de março, já com as faturas do mês fechadas, poderemos ter um critério de comparação que nos permita avaliar o real impacto dessas medidas na indústria capixaba” Nélio Rodrigues, vice-presidente do Coinfra
a partir de abril, quando provavelmente os produtos da indústria capixaba chegarão ao mercado com preços mais baratos. Com isso, ganham as indústrias e ganham também os consumidores”, comemora Guerra. O vice-presidente do Comitê de Infraestrutura (Coinfra) da Findes, Nélio Rodrigues, explica que é preciso esperar mais um tempo para analisar melhor a redução das tarifas de energia elétrica. “A primeira redução das tarifas de energia aconteceu nas faturas de fevereiro. Somente no final de março, já com as faturas do mês fechadas, poderemos ter um critério de comparação que nos permita avaliar o real impacto dessas medidas na indústria capixaba. Estamos monitorando de perto os resultados e em breve teremos uma visão mais clara da questão”, pondera. Isso acontece porque a lei entrou em vigor em 14 de janeiro deste ano e, portanto, a redução só alcançou o consumo da metade daquele mês em diante. Nélio lembra, porém, que existe uma série de outros fatores que ainda interferem na competitividade do setor industrial. Segundo ele, a indústria espera redução nos custos em duas outras frentes, além da energia. “Nossa expectativa é de que consigamos reduzir os custos da produção industrial em até 30% com as mudanças esperadas em energia, mas também em transportes e encargos”, afirma. O presidente Marcos Guerra detalha esses outros fatores que ainda precisam ser melhorados para que a indústria como um todo volte a ser competitiva. “Hoje há uma série de pontos a serem melhorados para garantirmos a competitividade da indústria no Espírito Santo. Um deles é o custo da burocracia no Brasil, principalmente a relacionada aos órgãos públicos de fiscalização. Outro entrave para o crescimento do setor industrial capixaba é a falta de investimentos em infraestrutura, que faz com que tenhamos um custo de logística alto, assim como os custos ligados ao trabalhador com baixa produtividade, que ainda são muito maiores quando comparados com a realidade de outros países. Nesse sentido, o Governo Federal já está atuando através da desoneração da folha de pagamentos, que está acontecendo gradativamente e já beneficia diversos setores”, declara Guerra. Indústria Capixaba – FINDES
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Setor energético capixaba: grandes desafios pela frente Mesmo com as reduções nas tarifas implementadas em nível federal, é preciso lembrar que o Espírito Santo ainda possui um risco conjuntural de restrições ao consumo, que pode significar, a longo prazo, o aumento dos custos da energia elétrica. Foi o que identificou um estudo feito para o Coinfra pelo gerente operacional da Termelétrica Viana S/A, Carlos Jardim Sena, que aponta itens como a hidrologia desfavorável e blecautes de energia como causadores de potenciais prejuízos ao cenário energético capixaba no futuro. No estudo, o especialista também indica soluções que podem e devem ser implementadas para que essa situação seja resolvida. De acordo com a Agência de Serviços Públicos de Energia do Estado do Espírito Santo (Aspe), o Estado importa 75% da energia elétrica de que necessita. Além disso, dispõe de geração própria por meio das usinas locais. Em terras capixabas, como explica Sena, existem pequenas usinas hidrelétricas, que são o suporte de energia do Estado. A maior delas é a de Mascarenhas, administrada pela EDP Escelsa; existem também outras Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), como as de Fruteiras, Jucu e Rio Bonito, por exemplo. Ainda compõem o cenário energético capixaba duas termelétricas (Tervisa Linhares e Tervisa Viana). “Fora isso, há empresas que geram a sua própria energia, tais como a Fibria e ArcelorMittal Tubarão, mas que ainda não são autossuficientes”, exemplifica o gerente. De acordo com Sena, algumas ações verificadas nos últimos anos, como o atraso na conclusão de importantes obras de transmissão de energia necessárias ao escoamento da produção de novas instalações de geração, bem como o fracasso na implantação de novas unidades de geração termelétrica contratadas nos leilões realizados entre 2007 e 2009, tornam a situação ainda mais complexa. Como resultado, segundo o especialista, pode haver um confronto de duas realidades
Entenda a redução nas tarifas Com a entrada em vigor, a partir de fevereiro, da Lei nº 12.783/2012, houve uma redução média de 20% das tarifas de energia elétrica no Brasil. Para as indústrias, o benefício pode chegar a uma economia de até 32% na conta mensal; para o consumidor residencial, 18%. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), da redução média de 20%, 7% serão obtidos com cortes nos encargos setoriais e 13%, com diminuição das tarifas médias de geração e transmissão. 26
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“É preciso buscar maior geração de energia a fim de tornar o Estado autossuficiente” Carlos Jardim Sena, gerente operacional da Termelétrica Viana S/A
distintas: a maior necessidade de energia, gerada pelas expectativas de um crescimento cada vez maior do país e do Estado, e o desabastecimento, resultante de problemas conjunturais. “Em termos de garantia energética, o Espírito Santo ainda é insuficiente. Apesar de o sistema estar preparado para falhas, temos ainda o desgaste dos equipamentos, que pode levar ao risco de desligamento das estações. É preciso buscar maior geração de energia, a fim de tornar o Estado autossuficiente”, comenta. Fatores climáticos, segundo o gerente, também podem interferir nos preços que os capixabas pagam pela energia. “Creio que, mesmo com a redução das tarifas, o preço da energia elétrica pago no Espírito Santo ainda deve continuar alto, por conta do clima. Passamos por um longo período seco e de baixa umidade, que mantém os reservatórios em baixa. E isso acaba se refletindo no preço para o consumidor. O desafio é, diante disso, tentar levar o nível de abastecimento até o próximo período úmido”, comenta. Sena também adverte para uma consequência da redução nas tarifas: o aumento no consumo. “A situação hidrológica do país é falha e o efeito de uma política que abaixe os preços é que se aumente o consumo de energia”, alerta o especialista. Buscando soluções para essa realidade, o gerente operacional da Termelétrica Viana S/A elenca alguns pontos que ele define como “bandeiras a serem perseguidas junto às autoridades do setor energético em prol da melhoria da confiabilidade do suprimento de energia elétrica no país”. Uma dessas alternativas é a otimização do despacho hidrelétrico, ou seja, a manutenção do nível dos reservatórios próximo de seu ponto máximo. Sena também sugere a diversificação da matriz energética, com a ampliação do uso de energias de fontes alternativas, e a regionalização da oferta. “A ideia é que cada região busque a autossuficiência no atendimento de sua carga, através do aproveitamento das fontes energéticas disponíveis naquele local”, afirma. As observações feitas pelo especialista servirão de base para as próximas ações da Findes, buscando sempre caminhos que tornem a indústria capixaba ainda mais competitiva e sustentável. Março 2013 – nº 305
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ESPECIAL Por Tais Hirschmann
METROLOGIA: UMA ÁREA PROMISSORA Rede Capixaba de Metrologia (RCM) quer apoiar competitividade da indústria local 28
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m várias etapas dos processos industriais se faz necessária a medição de alguma grandeza. Para garantir a exatidão desses processos na indústria do Espírito Santo, foi criada a Rede Capixaba de Metrologia (RCM), uma associação técnico-científica não governamental, sem fins lucrativos, voltada para estimular e desenvolver ações em diversas áreas da metrologia. A Rede tem o apoio institucional da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), que, ciente das necessidades da indústria capixaba para atender às exigências de qualidade do mercado, promoveu encontros entre os interessados na área de metrologia. Tudo começou em 2002, quando a RCM se constituiu contando com a participação de representantes de diversos laboratórios, do setor industrial Março 2013 – nº 305
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QUEM PODE PARTICIPAR DA RCM? e do meio acadêmico. A partir de então, as atividades que a Rede desenvolve abrangem desde o treinamento de profissionais dos laboratórios a ela associados, até a qualificação e o reconhecimento técnico desses mesmos laboratórios. Para o presidente da Findes, Marcos Guerra, a Rede Capixaba de Metrologia é uma instituição muito importante para a indústria local. “Temos um Estado crescendo, estamos trabalhando na melhoria do perfil das empresas e a RCM tem um papel importante nesse processo. Além de envolver as grandes empresas, queremos levar a RCM paras as pequenas e médias, fazendo-a conhecida. A indústria precisa de inovação, tecnologia, o mercado está exigente. É preciso trabalhar com confiabilidade metrológica para atender às normas da ABNT e do Inmetro. Precisamos estimular a competitividade”, destaca.
“Temos um Estado crescendo, estamos trabalhando na melhoria do perfil das empresas e a Rede tem um papel importante nesse processo” Marcos Guerra, presidente da Findes
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Qualquer laboratório, ou mesmo pessoas físicas interessadas na metrologia e nos processos de qualidade. O reconhecimento técnico é dado aos laboratórios que passam por um programa de qualificação e o pessoal técnico, por treinamentos em diversos níveis, até atingir a certificação de auditor. Segundo Ângelo Gil Pezzino Rangel, dadas as necessárias condições de segurança que envolvem os processos industriais, seria interessante que a RCM pudesse congregar um bom número desses auditores, para garantir a idoneidade e o sigilo das informações a que o auditor deve ter acesso. Hoje, a RCM tem filiadas 39 empresas, totalizando 69 laboratórios (algumas dessas empresas possuem mais de um laboratório). Para obter mais informações ou fazer parte da RCM, o telefone de contato é 3334-5947. De acordo com o diretor-executivo da Findes, Luís Carlos de Souza Vieira, a RCM é fundamental para a competitividade das indústrias. “Quando não se entende de medidas, não há como fazer programas de qualidade, buscar certificação dos produtos. A Rede dá credibilidade aos processos”, destaca. As medições estão presentes em diversos momentos do dia a dia. Seja na verificação das dimensões de um parafuso, na determinação do peso do prato na balança de algum restaurante, ou ainda, no acompanhamento médico dos ritmos cardíacos ou da pressão arterial de um paciente, as pessoas estão cercadas de medições. São elas que devem assegurar que o parafuso entrará adequadamente no furo, que a balança do restaurante de Indústria Capixaba – FINDES
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fato dá o peso (e o preço) correto do alimento, e somente a medição exata mostrará ao médico se o seu paciente apresenta uma arritmia, ou se a sua pressão se encontra alterada. Sem medição, não há como ter certeza de que um artigo fornecido de fato possui as propriedades e as qualidades que dele se deseja. O conjunto de procedimentos que garantem a precisão das medidas compreende os aspectos da metrologia. Ela é indispensável para que uma indústria tenha competitividade, o que não é possível alcançar sem que seus procedimentos de medição garantam a precisão tanto dos instrumentos usados nas suas medições, quanto na sua prática diária de calibração da qualidade dos seus produtos. É indispensável também que a indústria tenha confiança nos produtos e serviços que ela mesma adquire para os seus processos industriais, e isso ela só consegue se os seus fornecedores também seguirem as normas padrão de medição. As medições devem ser conferidas por uma entidade acreditada, ou que apresente, pelo menos, um reconhecimento de capacidade técnica que comprove sua confiabilidade. Quando o laboratório é acreditado pelo Inmetro, ou tem reconhecimento técnico pela RCM, seus processos de medição são auditados por um organismo de terceira parte e somente receberão “certificação” quando puderem comprovar que seus resultados são coerentes e confiáveis.
“Somente com laboratórios que meçam com qualidade teremos uma indústria competitiva, capaz de garantir a qualidade de seus produtos e, assim, alcançar os mercados externos” Ângelo Gil Pezzino Rangel, diretorsuperintendente do Instituto de Tecnologia da Ufes
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“Quando não se entende de medidas, não há como fazer programas de qualidade, buscar certificação dos produtos. A Rede dá credibilidade aos processos” Luís Carlos de Souza Vieira, diretor- executivo da Findes
Surgem, então, os laboratórios de calibração e ensaios, os quais, uma vez acreditados, ou reconhecidos tecnicamente, podem garantir a necessária precisão nas suas medições. Um dos papéis da Rede Capixaba de Metrologia (RCM) é o de preparar os laboratórios para obterem esse reconhecimento técnico, ou para que eles sejam acreditados pelo Inmetro. Isso é conseguido por meio do constante treinamento dos profissionais dos laboratórios e pela verificação do atendimento às normas. Essa foi a motivação da criação da Rede. “Somente com laboratórios que meçam com qualidade teremos uma indústria competitiva, capaz de garantir a qualidade de seus produtos e, assim, alcançar os mercados externos. A Rede Capixaba de Metrologia dará assim a sua contribuição para o desenvolvimento do Espírito Santo”, afirma o diretor-superintendente do Instituto de Tecnologia da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e um dos fundadores da RCM, Ângelo Gil Pezzino Rangel. “Estimular a formação e adequação de uma matriz laboratorial, com o objetivo de adequar a oferta à demanda de serviços, para atuar em conformidade com as normas e práticas nacionais e internacionais, criando uma cultura metrológica e contribuindo para o desenvolvimento industrial do estado do Espírito Santo”. Esse é o objetivo da RCM, segundo afirma o membro da Rede pelo Senai-ES, Romildo Módolo. Março 2013 – nº 305
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OBJETIVOS DA REDE CAPIXABA DE METROLOGIA (RCM) O objetivo principal da RCM é capacitar um grupo de laboratórios de calibração e ensaios para que eles atendam às necessidades de medição existentes hoje na indústria e no comércio. Mais detalhadamente, os objetivos da rede são:
De acordo com Gil Rangel, é importante salientar que conhecer como medir, isso é, o uso da metrologia, é um fator vital quando se deseja estimular a inovação, fabricar produtos competitivos e de qualidade, aumentar a participação da indústria local no comércio global, agregar valor aos produtos e serviços oferecidos à sociedade e ao mercado e acelerar o crescimento da produção industrial. Foi para isso que a rede foi criada. “A missão principal da RCM é desenvolver e disseminar a metrologia científica e industrial no Espírito Santo, considerando a importância de sua aplicabilidade em todas as áreas da sociedade, presente desde o mais simples produto de uma mercearia até o mais complexo processo industrial, hospitalar, ambiental, entre outros”, explica Romildo Módolo. Como a rede funciona? A RCM opera em duas frentes - uma interna, administrativa, e outra externa, que cuida do fluxo de informações e de conhecimento para os membros da Rede. Na esfera interna, a Rede possui uma Presidência, estatutariamente ocupada pelo presidente da Findes. É ele quem indica o vice-presidente, bem como o secretário-executivo. Já os representantes dos laboratórios elegem os coordenadores para os Comitês Técnicos de Área, que são: Avaliação, Ensaios e Calibração. Existem ainda os coordenadores dos comitês Executivo e Deliberativo, além do Conselho Fiscal. Cada um desses comitês exerce atividades conforme designado pelo Estatuto da Rede. No dia a dia da RCM, a Secretaria-Executiva é responsável pela administração dos recursos, pela elaboração de projetos e planos - que incluem a programação anual de cursos de capacitação em metrologia, o agendamento de visitas técnicas, seja sob solicitação, seja para fins de manutenção da qualificação dos laboratórios - e a captação de recursos para geri-la. As propostas são encaminhadas ao Comitê Deliberativo para aprovação e voltam para a Secretaria-Executiva, para sua execução. Março 2013 – nº 305
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Estimular e promover a difusão de conhecimentos científicos e tecnológicos nas diversas áreas da metrologia.
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Fomentar a implantação de normas e procedimentos nos laboratórios associados.
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Estimular a padronização da prestação de serviços e o correto emprego da terminologia técnica.
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Apoiar o desenvolvimento de infraestrutura laboratorial e de qualificação de recursos humanos em metrologia e apoiar os laboratórios associados para acreditação junto ao Inmetro.
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Promover, organizar e divulgar eventos técnicos e científicos nas diversas áreas de metrologia e ensaios.
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Divulgar as potencialidades da RCM-ES, servindo como elo entre a oferta e a demanda de serviços.
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Estimular e promover o desenvolvimento das diversas áreas de metrologia e ensaios.
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Elaborar e manter o banco de dados de informações sobre metrologia e ensaios, serviços e especialistas, interconectando-se com outros bancos de dados em áreas afins. Interceder junto a órgãos financiadores para o apoio aos laboratórios associados, em investimentos de aperfeiçoamento de recursos humanos. Apoiar a organização e a articulação de esforços nas áreas
10 de metrologia e ensaios, visando à otimização econômica dos recursos.
Divulgar informações relativas à sua atividade-fim através
11 de publicações.
A Rede se capacitou para verificar, junto aos laboratórios, o cumprimento de todos os itens da Norma NBR ISO/IEC 17025:05, a qual estabelece requisitos gerais para a competência de laboratórios de ensaio e calibração. Externamente, as ações também ficam a cargo da SecretariaExecutiva, realizando visitas técnicas, promovendo a metrologia por meio de seminários de divulgação, explorando e prospectando fontes de recursos e propondo cursos para a qualificação do pessoal técnico dos laboratórios. Indústria Capixaba – FINDES
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Indústria EM AÇÃO
Representantes do Sistema Findes durante inauguração do auditório e do plenário
Sistema Findes ganha novo auditório e plenário Já estão em funcionamento no edifício-sede da Findes o novo plenário Jones Santos Neves Filho e o auditório Américo Buaiz. Os dois ambientes passaram por reforma e modernização para atender aos públicos externo e interno. Os locais serão destinados a debates, seminários, palestras e grandes encontros entre industriais, sindicatos, sociedade organizada e todos os setores que buscam a competitividade da indústria em prol de um Estado sustentável. O plenário tem capacidade para 100 pessoas, enquanto o auditório comporta 220. Para a criação do lounge, foram utilizados espelho e madeira tratada chamada lyptus, ecologicamente correta.
Empresários realizarão missão em Moçambique Estreitando laços, criando parcerias e movimentando os negócios entre empresas de países diferentes, a Câmara de Comércio Brasil Moçambique já iniciou os preparativos para uma missão de empresários brasileiros ao país africano. A viagem, que será realizada entre os dias 28 de abril e 5 de maio, está sendo vista como uma grande oportunidade para prospectar e desenvolver novos negócios. Além de conhecer os pontos turísticos da cidade de Maputo, os empresários participarão de dois dias de rodadas de negócio. “Essa é uma excelente oportunidade para quem deseja exportar para a África. As recentes descobertas de gás irão atrair companhias de extração e de distribuição dos minérios, aumentando a demanda de infraestruturas e mão de obra”, destacou o presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico do Espírito Santo (Sindifer), Luiz Alberto Carvalho. 32
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O auditório também recebeu um novo espaço para talk show. Os dois ambientes contam ainda com carpetes antichamas, seguindo as normas de segurança do Corpo de Bombeiros.
Fecaje homenageia Presidente da Findes Em sessão solene realizada na sede Assembleia Legislativa (Ales), o presidente do Sistema Findes, Marcos Guerra, foi homenageado, na noite de 4 de março, com o Prêmio Fecaje de Apoio ao Jovem Empreendedor. A homenagem foi concedida pela Federação Capixaba de Jovens Empreendedores (Fecaje) e fez parte das comemorações da V Semana Estadual do Jovem Empreendedor. “Acreditamos no empreendedorismo como ferramenta fomentadora do desenvolvimento. Estamos articulando junto aos gestores municipais para disponibilizar as entidades que compõem o Sistema Findes em novas agências que queremos abrir no Estado. Nosso objetivo é interiorizar o desenvolvimento para criação de novas oportunidades, fortalecimento da indústria e melhor qualidade de vida da população”, destacou Marcos Guerra. Março 2013 – nº 305
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Indústria EM AÇÃO
Cindes Jovem debate empreendedorismo com o prefeito de vitória O Cindes Jovem/Findes realizou, no último dia 5 de março, o evento Empreendedorismo em Foco com o prefeito de Vitória Luciano Rezende, no auditório da Rede Gazeta.Foi o segundo evento da Semana Estadual do Jovem Empreendedor. O prefeito abordou a questão do empreendedorismo com ênfase nas políticas públicas. E destacou que a função principal de um líder é motivar e inspirar sua equipe. “Ganhando o coração e a mente das equipes, provocaremos mudanças”, disse Rezende que usou como exemplo a campanha “Muda Vitória”, responsável pela sua eleição. Ele acrescentou que hoje, seja no ambiente corporativo ou no político, é necessário que o líder perceba a velocidade das inovações e realize um bom planejamento estratégico. Logo após a palestra, o público pôde fazer perguntas ao prefeito. A mediação foi conduzida pelo jornalista e vice-presidente da Fecaje, Fernando Mendes, e pelo vice-presidente do Cindes Jovem, Duar Pignaton, que também realizou a abertura do evento. Ao final, o presidente do Cindes Jovem, Thiago Lacourt, entregou uma placa em homenagem a Luciano Rezende. “É a primeira placa que recebo na minha gestão. Estou muito honrado”, agradeceu o prefeito.
Vitória Stone Fair recebe mais de 25 mil visitantes Entre os dias 26 de fevereiro e 1º de março foi realizada, no Pavilhão de Carapina, a 35ª edição da Vitória Stone Fair – Feira Internacional do Mármore e do Granito, considerada uma das principais feiras do segmento de rochas ornamentais do mundo. Os organizadores estimaram um público de 25 mil visitantes, originários de 66 países. O vice-presidente do Sistema Findes, Manoel Pimenta, representou a entidade na abertura oficial. O evento contou com a presença do governador Renato Casagrande, do vicepresidente da FIEMG e diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), José Fernando Coura, além de importantes lideranças empresariais e políticas. O presidente Marcos Guerra, que estava em Brasília, conseguiu retornar a tempo para prestigiar o primeiro dia da feira.
Findes e Centro Internacional de Negócios realizam a Semana da República Tcheca no ES
Manoel Pimenta (vice-presidente da Findes), Odilon Borges Filho (cônsul honorário da República Tcheca no ES) e Christiano Furtado (gerente do CIN-ES)
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A Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes), por meio de seu Centro Internacional de Negócios (CIN-ES), em colaboração com o Consulado da República Tcheca no Espírito Santo, promoveram nos dias 28 de fevereiro e 1º de março, a “Semana da República Tcheca no ES”, com reuniões e encontros de negócios entre Brasil e o país do Leste Europeu. O evento ocorreu no auditório da 35ª Vitória Stone Fair – Feira Internacional do Mármore e Granito, e também na sede da Findes, em Vitória. A ação contou ainda com o apoio da Apex Brasil e da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Na avaliação do gerente do CIN-ES, Christiano Furtado, o evento se destacou por seu alto grau de profissionalismo e pela boa adesão do empresariado local. “Temos ótimas perspectivas de negócios a serem fechados a curto e médio prazo, principalmente para o setor de alimentos e bebidas, com destaque para a possível construção de uma fábrica de cerveja tcheca aqui no Estado”, disse Furtado, lembrando que os segmentos ligados à decoração, como rochas ornamentais e moveleiro, também representaram boas oportunidades para os empresários capixabas. Indústria Capixaba – FINDES
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INDÚSTRIA EM AÇÃO
Competitividade: contratos prorrogados e diminuição de impostos estaduais, inclusive na compra de máquinas e equipamentos
ACORDO AMPLIA A COMPETITIVIDADE DA INDÚSTRIA CAPIXABA
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Governo do Estado assinou com 18 segmentos industriais do Estado, representados pela Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), acordos de competitividade que preveem uma série de benefícios para as empresas capixabas. Mais de mil indústrias, responsáveis por 41 mil empregos diretos, serão impactadas positivamente com a atualização e prorrogação da vigência dos contratos por mais 12 anos (até 2024), além do diferimento de tributos estaduais na compra de máquinas e equipamentos. Também foi incluído no pacote um novo segmento – o de Perfumaria e Cosméticos. O ato foi oficializado no dia 28 de fevereiro, em solenidade que reuniu no Palácio Anchieta, em Vitória, o governador Renato Casagrande, o presidente da Findes, Marcos Guerra, e os secretários de Fazenda e Desenvolvimento, respectivamente Maurício Duque e Nery De Rossi. A ampliação beneficia empresas dos setores de açúcar; água mineral; aguardente de cana-de-açúcar, melaço e outros; argamassa e concreto não refratário; café torrado e moído; embalagens e reciclagem de plástico, papel e papelão; gráficas; metalmecânico; mistura pré-preparada para bolos; moagem de calcário e mármores; móveis seriados; móveis sob encomenda; perfumaria e cosméticos; rações; rochas ornamentais; temperos e condimentos; tintas e complementos; e vestuário. Outros desdobramentos do acordo de competitividade são previstos, como o incremento de renda e evolução na capacitação profissional da população local, desenvolvimento industrial, tecnológico e comercial dos setores
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produtivos, além do incentivo às boas práticas de gestão econômica. Isso porque os contratos de competitividade, firmados no âmbito do programa Compete-ES, possibilitam tratamento tributário diferenciado a setores e segmentos da economia que, em contrapartida, se comprometem a investir em aumento da geração de empregos e da produtividade, inovação, capacitação e qualificação profissional. O objetivo final é permitir que empresas capixabas possam manter-se competitivas frente a seus concorrentes de outros estados e, ao mesmo tempo, incentivar os empresários a implementar melhoras na gestão e nos resultados, promovendo sustentabilidade no desenvolvimento local. O governador Renato Casagrande afirmou que a ação dá estabilidade a todos esses setores. “Estamos prorrogando os contratos. Isso permite que os setores empresariais tenham capacidade de planejamento e saibam a incidência de tributos. É algo que mostra segurança jurídica e estabilidade econômica”, falou. Segundo ele, as empresas terão a oportunidade de investir em mais qualificação técnica. “Já somos o 1º colocado no Brasil em cursos técnicos e isso é muito importante para o nosso desenvolvimento. A força da nossa indústria possibilita o crescimento de outros setores econômicos, como o de serviços. Nosso programa é histórico”, frisou. Já o presidente da Findes, Marcos Guerra, enfatizou que os setores contemplados nos contratos de competitividade atendem a indústrias que, juntas, representam 67% dos empregos gerados no setor no Espírito Santo. “Por isso essas ações do Governo do Estado são importantes para Março 2013 – nº 305
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contratos já estavam bastante evoluídos e agora estamos uniformizando essas alterações para os demais setores e dando a todos eles condições, por exemplo, de compra de equipamentos com diferimento para que Casagrande: acordo dá mais capacidade isso possa ser um incentivo para aumentar a de planejamento para empresários produtividade, aumentar a competitividade e aumentar sua participação no mercado local e nacional”, disse. o aumento da competitividade capixaba. Esse acordo vem O secretário do Desenvolvimento Econômico, Nery De para elevar a autoestima da indústria capixaba. Acredito que Rossi, lembrou que os contratos podem ajudar a manter será um ano muito bom, com a indústria retomando o seu empregos: “Nesse momento de ameaças à nossa economia, crescimento”, frisou ele. esse mecanismo é voltado para a competitividade O secretário da Fazenda, Maurício Duque, ressaltou em das empresas, buscando o desenvolvimento. Uma das que os contratos assinados na ocasião atendiam integral- cláusulas dos contratos é, no mínimo, a manutenção dos mente a uma solicitação das indústrias, que pleiteavam a empregos. Quando nós temos manutenção dos empregos modernização dos mecanismos do Compete-ES. “Alguns nós estamos gerando e distribuindo renda”, concluiu.
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NO SISTEMA Por Heliomara Mulullo
VOLUNTÁRIOS NA PREVENÇÃO DE ACIDENTES Treinamento de brigadistas evita acidentes e reduz o número de vítimas
Foto: Fíbria
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m braço das ações de segurança e saúde no trabalho dentro das corporações são as brigadas de incêndio, obrigatórias para empresas com mais de 20 funcionários. Sua formação é composta por meio da participação dos próprios empregados, preferencialmente voluntários, ou designados para tal, treinados e habilitados para atuarem na prevenção e combate a um princípio de incêndio, no auxílio da saída das pessoas com segurança e na prestação de primeiros-socorros. Os brigadistas irão atuar com um olhar crítico para a prevenção, sendo multiplicadores e indutores do voluntariado. Conforme a assessoria do Corpo de Bombeiros Militares do Espírito Santo (CBMES), a brigada de incêndio possui regulamentação própria, relatada na Norma Técnica (NT) 07, datada de 18 de fevereiro de 2010, e na NBR 14.276. Ambas descrevem definições
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Brigada de incêndio: funcionários voluntários da Fibria recebem instruções do Corpo de Bombeiros para ação em caso de acidentes
e características que envolvem a natureza da atividade exercida pelos brigadistas. Após a capacitação dos funcionários, realizada pelos bombeiros, cabe ao profissional da área de segurança do trabalho ou da Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) da empresa estruturar sua aplicação. Mas, apenas possuir brigadistas em seu quadro de funcionários não significa que a organização ou edificação possui uma brigada de incêndio. Para isso, os brigadistas deverão pertencer a um grupo organizado, com funções e ações preestabelecidas. O CBMES auxilia no controle, cadastramento, avaliação e formação de instrutores. Março 2013 – nº 305
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NÚMERO DE ACIDENTES AINDA PREOCUPA
A Fibria, indústria localizada em Aracruz, no norte do Estado, tem um modelo bem maduro de atuação nessa área: possui profissionais que ministram treinamentos de abandono de brigadas - ou seja, evacuação, quando necessário -, executam vistorias em equipamentos de proteção e combate a incêndio e são responsáveis por transmitirem para o seu público a postura e os procedimentos corretos a serem tomados por ocasião de uma situação real de emergência. Daí sua importância dentro da organização. A coordenadora de HSMT Industrial Higiene, Segurança e Medicina do Trabalho/DHO, Sabrina Morais, relata que hoje a companhia, com 680 colaboradores e 1.800 prestadores de serviços, conta com parceria do Corpo de Bombeiros da região, que ministra capacitação e participa de exercícios simulados a cada seis meses, com o objetivo de auxiliar nos treinamentos de evacuação. “A importância de se investir em segurança é justamente fazer a prevenção. Trabalhamos com simulados para que estejamos preparados quando houver a situação real de emergência. O CBMES age como parceiro, fazendo as inspeções e nos auxiliando nesses treinamentos”, destacou Sabrina.
“A importância de se investir em segurança é justamente fazer a prevenção” Sabrina Morais coordenadora de HSMT Industrial Higiene, Segurança e Medicina do Trabalho da Fibria
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No Brasil, dados do Ministério do Trabalho mostraram que, dos 723.452 acidentes ocorridos no país em 2010, 316.955 ocorreram nas indústrias - um percentual de 43,81% dos acidentes acontecidos no ano, demonstrando claramente a necessidade de implantação de ações que possam reduzir esse número. Apesar das frequentes campanhas, legislação e fiscalização cada vez mais rigorosas, muitos acidentes de trabalho ainda ocorrem pela falta de treinamento adequado e pelo não uso, ou falta, de equipamentos de proteção individual (EPIs). Em 2010, foi feito um levantamento junto à indústria capixaba, em que foram avaliadas 201 empresas, nas quais foi observado um índice de 37% de não conformidades. A gerente Adriana Freitas Coelho Carvalho explica que essas não conformidades podem ser brandas ou severas. É considerada uma não conformidade branda, por exemplo, não possuir o registro de entrega dos EPIs aos colaboradores. Em caso de fiscalização, o Ministério do Trabalho pode exigir o documento e, caso o empresário não o possua, será autuado. Entre as mais severas, inclui-se a ausência dos programas legais obrigatórios, como o PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. Lei respalda ações de segurança Além dos brigadistas, as diretrizes básicas para a promoção dessas ações têm seu respaldo técnico pela Portaria nº 3.214 de 8 de junho de 1978, que aprovou as Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego. “Atualmente, existem 35 normas publicadas, sendo que uma delas, a NR 27, foi revogada. Cada NR trata de aspectos específicos sobre Saúde e Segurança em diversos setores”, relata Adriana Freitas Coelho Carvalho, gerente da Divisão de Segurança e Saúde no Trabalho do Sesi-ES. O investimento em saúde e segurança no trabalho (SST), além de ser uma questão social, tem como objetivo principal garantir a saúde e a integridade física do colaborador. “Investir em prevenção e melhora da qualidade de vida gera benefícios maiores do que arcar com os custos representados Indústria Capixaba – FINDES
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Foto: Tereme
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por acidentes e doenças do trabalho, passivos trabalhistas, multas e seguros, entre outros”, explica Adriana Freitas. As regras visam a estabelecer os requisitos mínimos de segurança e saúde no ambiente laboral, por meio do cumprimento das normas regulamentadoras existentes que sejam aplicáveis a cada setor de trabalho. “Dessa forma, o cumprimento das legislações específicas em segurança e saúde no trabalho, estabelecidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), podem direcionar as empresas no alcance de bons resultados nessa área, levando a uma prática economicamente sustentável”, informou Adriana. A Tereme Engenharia é outro exemplo de empresa que entende a importância da prevenção de acidentes. Desde sua certificação pelo Programa Integrado de Desenvolvimento e Qualificação de Fornecedores (Prodfor), em 2007, tem alavancado importantes resultados em todas as suas esferas de atuação. Da otimização de processos à melhora do desempenho em diferentes áreas, é considerada hoje uma referência de eficiência e segurança em seu segmento. Para atingir esse patamar de atuação, não faltam investimentos em capacitação, saúde e segurança dos seus profissionais. “A padronização de processos e as abordagens contínuas em relação à atitude responsável, tanto da gestão da empresa quanto dos empregados, têm sido fundamentais para gerar e manter os bons resultados que temos alcançado”, afirma Rusdelon Rodrigues de Paula, diretor da empresa.
“Investir em prevenção e melhora da qualidade de vida gera benefícios maiores do que arcar com os custos representados por acidentes e doenças do trabalho, passivos trabalhistas, multas e seguros, entre outros” Adriana Freitas Coelho Carvalho, da Divisão de Segurança e Saúde no Trabalho do Sesi-ES 38
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Rusdelon ressalta que a Tereme está sempre cumprindo o rigoroso padrão de segurança exigido pelas grandes empresas
Sesi como parceiro das políticas de segurança Para apoio às empresas industriais na redução dos índices de acidentes de trabalho, o Sesi desenvolveu o Programa Indústria Segura, que visa a realizar um diagnóstico de conformidade legal, utilizando um software desenvolvido pelo próprio Sesi, o qual possui um checklist específico para cada norma regulamentadora. A coleta de dados é feita por uma equipe de técnicos em segurança do trabalho que, em visita à empresa, realiza essa inspeção, apontando os itens com necessidade de melhorias para atendimento às normas. Quando são detectadas não conformidades, o profissional do Sesi sugere e orienta ações que devem ser implementadas para sua eliminação. Além do Programa Indústria Segura, o Sesi coloca à disposição da indústria capixaba vários outros serviços voltados para a área de SST, como a elaboração dos programas legais: PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais; PGR - Programa de Gerenciamento de Riscos; PCMSO - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional; PPR - Programa de Proteção Respiratória; PPEOB - Programa de Prevenção da Exposição Ocupacional ao Benzeno; e o PCA - Programa de Conservação Auditiva. Além desses, o Sesi oferece, ainda, consultas em saúde ocupacional, exames clínicos e laboratoriais, odontologia e reabilitação profissional. Março 2013 – nº 305
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Indústria EM AÇÃO
O prefeito de Barra de São Francisco, Luciano Pereira, fala sobre parceria
Findes recebe o prefeito de Vitória, Luciano rezende
Federação das Indústrias recebe visita de prefeitos
Reunião com Neto Barros: unidade de capacitação em Baixo Guandu
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ogo após a posse, em 1º de janeiro deste ano, o prefeito de Vitória, Luciano Rezende, fez uma visita à sede da Findes. Na pauta discutida com o presidente da entidade, Marcos Guerra, as possibilidades de parceria nas áreas educacional e cultural, além de ações conjuntas em turismo, saúde, lazer e qualificação profissional. Do encontro resultou a criação de uma comissão mista em que técnicos das duas instituições realizarão encontros semanais para avançarem em estudos, projetos e parcerias. “Temos muitas áreas em que podemos evoluir bastante e os resultados serão benéficos para indústria, prefeitura e população”, garantiu Marcos Guerra. Já Luciano Rezende destacou que a atual gestão municipal pretende manter um diálogo constante com as diferentes instituições atuantes, direta e indiretamente, na cidade. No dia 20 de fevereiro foi a vez do prefeito de Barra de São Francisco, Luciano Pereira, ser recebido pelo vice-presidente da Findes, Manoel Pimenta, e pelo diretor-executivo da entidade, Luis Carlos de Souza Vieira. O encontro teve como objetivo estabelecer parcerias, principalmente para a qualificação de mão de obra. Já no dia 24 de fevereiro, o presidente Marcos Guerra recebeu na Findes o prefeito de Baixo Guandu, Neto Barros. O objetivo do encontro, que contou também com as presenças do secretário de Desenvolvimento do município, Clóvis Rodrigues, do diretor-executivo e do assessor de relações institucionais do Sistema Findes, respectivamente Luis Carlos de Souza Vieira e César Villar de Mello, foi fortalecer os laços institucionais e viabilizar a instalação de uma unidade de capacitação profissional no município. Guerra explicou que o Sistema Findes está executando um plano de investimentos que prevê a aplicação de recursos de R$ 104 milhões até 2015 e que aproximadamente 80% desse valor serão voltados para a educação profissional, mediante parcerias com municípios, principalmente nas regiões com potencial industrial e carência de trabalhadores qualificados. 40
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Prefeito de Itapemirim, Luciano Paiva, em visita à Findes
“Queremos potencializar a interiorização do desenvolvimento no Estado”, explicou Guerra. “Nossa localização é próxima a importantes cidades na região, o que permite escoamento de mercadorias. Estamos interessados em estabelecer parcerias com o Sistema Findes para gerar oportunidades para nossa cidade”, destacou Neto Barros. Concluindo o ciclo de visitas de gestores municipais, o presidente da Findes recebeu, no dia 5 de março, o prefeito de Itapemirim, Luciano de Paiva. Na oportunidade, Marcos Guerra entregou a Paiva um estudo para viabilidade de implantação de uma agência para qualificação de mão de obra no município. “Nosso objetivo é atuar em parceria para promover o desenvolvimento da região”, disse Guerra. Março 2013 – nº 305
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Indústria EM AÇÃO
Embaixador da República TCheca visita Findes Janeiro foi mesmo um mês de muitas visitas na Federação das Indústrias. No dia 18, o embaixador da República Tcheca, Ivan Jancarek, também esteve na sede da Findes, onde foi recepcionado pelo vice-presidente, Manoel Pimenta. Durante o encontro, foram discutidas possíveis parcerias entre o mercado capixaba e os tchecos.
Indústria capixaba elabora o Mapa Estratégico 2013/2022 A Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo e o Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo (Ideies) promoveram, no dia 19 de fevereiro, o 1º Encontro do Fórum da Indústria Capixaba do Sistema Findes Gestão 2011-2014. O objetivo foi o debate de questões relevantes para o desenvolvimento da indústria e o levantamento de informações que ajudarão a compor e implementar o Mapa Estratégico da Indústria Capixaba 2013/2022, que deve ser finalizado e apresentado ao público ainda no primeiro semestre deste ano. O evento contou com a presença de presidentes de sindicatos de indústrias; diretoria, Câmaras Setoriais e Conselhos Temáticos da Findes; e representantes de micro, pequenas e médias indústrias, que discutiram temas como competitividade empresarial, educação; infraestrutura, meio ambiente; financiamento, legislação ambiental e trabalhista e indústria criativaentre outros.
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nova unidade do Sesi e Senai em cachoeiro de itapemirim A Diretoria da Findes em Cachoeiro de Itapemirim e Região esteve reunida, no dia 4 de fevereiro, com o vicepresidente da Findes, Manoel Pimenta, o diretor-executivo do Sistema Findes, Luís Carlos Souza Vieira, e com a diretora regional do Senai e superintendente do Sesi, Solange Siqueira. Em pauta, a definição do projeto da nova unidade do Sesi e Senai da região. A reunião foi conduzida pelo diretor regional, Áureo Mameri.
Álcool capixaba é o terceiro mais caro do país Com o aumento no preço da gasolina, uma das opções para o consumidor seria substituí-la por um combustível mais barato, como o etanol, mas o preço do álcool anidro no Espírito Santo é o terceiro mais alto do Brasil. Os dados são do levantamento de preços semanal feito pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). De acordo com o secretárioexecutivo do Sindicato da Indústria de Produtos Químicos do Espírito Santo (Sindiquímicos), José Luciano Domingos, o grande responsável pelo preço do álcool nos postos de gasolina capixabas é a alta carga tributária. “No Espírito Santo o ICMS é de 27% sobre o produto e é um dos mais caros do país. No Rio de Janeiro, esse imposto é de 2%, na Bahia 7,5% e em Minas Gerais 9,5%. Temos uma produção que poderia abastecer boa parte do Estado, mas que encontra dificuldades para se desenvolver, por causa desses tributos”, disse. Indústria Capixaba – FINDES
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Indústria EM AÇÃO
Vem aí o “Dia DE Associar-se 2013”!
A principal ação de incentivo ao associativismo do Espírito Santo já está garantida no calendário de eventos da Findes em 2013. A previsão é que os eventos sejam realizados a partir de abril, começando por Venda Nova do Imigrante e passando por São Mateus, em junho, Nova Venécia, em agosto, e Grande Vitória, em setembro. As novas cidades se juntarão a Colatina, Cachoeiro de Itapemirim, Aracruz, Anchieta e Linhares, que foram beneficiadas com a realização do evento em 2012. O sucesso fez com que o formato do “Dia DE Associar-se” fosse disponibilizado pela CNI para outras Federações. O evento tem o objetivo de promover uma aproximação entre sindicatos, Federação, empresas e entidades do poder público, buscando o fortalecimento e o desenvolvimento econômico sustentável do Estado. Além disso, garante acesso aos diversos serviços disponibilizados pela Findes e pelo Centro de Apoio aos Sindicatos (CAS), com descontos que chegam a até 80%. São mais de mil produtos que a Federação oferece, em áreas como capacitação,
Empresários capixabas discutem unificação do ICMS em Conselho da CNI Junto com o presidente do Sistema Findes, Marcos Guerra, representantes da Federação participaram, no dia 5 de fevereiro, da 1ª Reunião do Conselho de Assuntos Legislativos da Confederação Nacional da Indústria (Coal/CNI). No encontro, Marcos Guerra defendeu uma discussão mais ampla sobre a proposta do Governo Federal de unificar em 4% a alíquota interestadual do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). “É notório que muitos Estados se desenvolveram porque concederam incentivos fiscais. Corremos o risco de provocar resultados negativos em diversas regiões do país, inclusive, penalizando setores que precisam de tratamento diferenciado. É preciso debater o tema com cautela”, ressaltou. Participaram da comitiva capixaba os presidentes da Câmara Setorial das Indústrias de Bebidas e Alimentos, Gibson Reggiani, e dos Conselhos Temáticos de Meio Ambiente, Wilmar Barbosa; de Assuntos Legislativos, Sergio Rogerio de Castro; e de Responsabilidade Social, Haroldo Massa; e do vice-presidente do Conselho Temático de Infraestrutura, Nélio Rodrigues Borges. 42
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No “Dia DE”, empresários de cada região podem tirar dúvidas e conhecer os serviços disponibilizados pelo Sistema Findes
treinamentos, consultorias e serviços em responsabilidade social, segurança e saúde do trabalho (PPRA, PCMSO), medicina do trabalho, balcão de serviços (ambiental e vigilância sanitária) e serviços odontológicos. O “Dia de Associar-se” em Venda Nova do Imigrante está agendado para 18 de abril de 2013.
Capixabas confirmados em feira na itália O Sindicato da Indústria de Madeiras e Atividades Correlatas em Geral da Região Centro Sul do Espírito Santo (Sindmadeira), com apoio do Sistema Findes e Centro Internacional de Negócios (CINES), organiza a participação de dois associados na Missão Técnica Moveleira da 52ª edição do Salão Internacional do Móvel, que acontece de 9 a 14 de abril de 2013, em Milão, na Itália. A feira, que é a maior expressão e exibição do mobiliário mundial, terá como tema “Milão: Interiores de Amanhã”. É o momento mais aguardado do ano para os empresários do setor, que podem conferir as novidades, tendências, processos e estratégias do mercado de móveis. A participação de representantes capixabas no evento é percebida como oportunidade de fazer contatos, firmar parcerias e expandir negócios, através de um acesso precioso ao que existe de mais moderno no segmento. Março 2013 – nº 305
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Indústria EM AÇÃO
Feiras agitam setor calçadista O início do ano foi agitado para o setor calçadista no Espírito Santo. De 19 a 21 de janeiro, em Vitória, aconteceu o maior evento do setor calçadista do Estado, a 25ª Espírito Santo Calçados. A feira trouxe as novidades e tendências para o outono-inverno 2013, apreciadas e comercializadas por um público de mais de 2 mil visitantes e lojistas que passaram pelo Centro de Convenções de Vila Velha para abastecer suas vitrines e estoques para a estação fria do ano. Já de 14 a 17 do mesmo mês, uma comitiva formada por 460 fabricantes e lojistas, organizada pelo Sindicalçados, esteve em São Paulo participando da 40ª Feira Internacional de Calçados, Artefatos de Couro e Acessórios de Moda, a Couromoda. O evento, que é referência para o mercado de calçados, acessórios e artigos esportivos, contou com expositores de 13 estados brasileiros (o que representa 90% da produção nacional) e visitantes de 64 países, conferindo as novidades de cerca de 3 mil marcas. “Entramos em contato com parceiros comerciais em potencial, além de abastecer para os próximos meses as vitrines das lojas do Espírito Santo com as novidades em calçados e acessórios”, destacou o presidente do Sindicato das Indústrias de Calçados do Espírito Santo (Sindicalçados), Altamir Martins.
Eventos mostram as novidades e tendências do segmento
Aliás, os calçados capixabas também estão em bom momento no exterior. Segundo o quadro comparativo de exportações entre janeiro de 2012 e 2013, divulgado pela Associação Brasileira da Indústria de Calçados (Abicalçados), o valor médio do par de calçados do Estado quase dobrou, passando de US$ 8,52, para US$ 16,49 (aumento de 93,5%). Houve ainda um aumento na exportação de calçados capixabas: em janeiro, foram vendidos 19.437 pares, ante 1.188 no primeiro mês de 2012. Em valores, as vendas apresentam crescimento de 3.065,5% na movimentação financeira da atividade, passando de US$ 10.124 para US$ 320.480.
Indústria do Estado defende parceria público-privada Durante o I Seminário de Gestão Pública e Potencialidades da Região Sul Capixaba, realizado no dia 21 de fevereiro em Cachoeiro de Itapemirim, o presidente do Sistema Findes, Marcos Guerra, defendeu a intensificação de parcerias entre as instituições públicas e privadas para o enfrentamento de desafios e gargalos históricos existentes no Estado. Para Marcos Guerra, a proximidade entre empresas e governos pode tornar o Espírito Santo mais atrativo para receber investimentos, principalmente em projetos de infraestrutura básica, contribuindo diretamente para a melhora da competitividade das indústrias capixabas e a geração de emprego e renda. “Defendemos a integração nos projetos de pequeno, médio e grande portes com ações simples, mas Março 2013 – nº 305
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Empresários participam de reunião realizada em Cachoeiro de Itapemirim
articuladas, que abrangem desde a qualificação de mão e obra até o debate sobre a legislação”, afirmou. O evento contou com a presença de diversas lideranças empresariais e gestores públicos,entre eles o governador Renato Casagrande, que também defendeu a integração entre as lideranças do Estado. Indústria Capixaba – FINDES
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economia Por Nadia Baptista
Parceria Findes e Banestes
Um convênio assinado entre as instituições possibilita R$ 300 milhões em negócios em apenas um ano. Balanço do primeiro ano da iniciativa é positivo
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m fevereiro de 2012, uma parceria entre dois grandes atores da economia capixaba consolidou novas oportunidades para que as indústrias do Espírito Santo crescessem ainda mais. A assinatura de um convênio entre a Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes) e o Banco do Estado do Espírito Santo (Banestes) tornou-se um importante instrumento para a melhoria da competitividade da indústria capixaba. Desde então, os empresários industriais do Estado têm à sua disposição, no Banestes, linhas de crédito para o financiamento de máquinas e equipamentos industriais e comerciais; financiamento de veículos rodoviários e implementos; financiamentos à importação de matériaprima, insumos e investimentos; e capital de giro, entre outros 44
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“A parceria da Findes com o Banestes criou um canal direto para comunicação dos empresários da indústria com os funcionários do banco, que se tornaram muito mais acessíveis, analisando nossas necessidades e viabilizando o nosso financiamento de maneira mais ágil” Ricardo Augusto Pinto, proprietário da casa de pães Ledut Março 2013 – nº 305
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recursos. A iniciativa vem revolucionando a realidade de muitas indústrias no Espírito Santo, a partir dos 2.492 contratos que já foram celebrados, representando quase R$ 300 milhões em negócios. O presidente da Findes, Marcos Guerra, destaca que a parceria uniu duas grandes forças do Espírito Santo. “A indústria, mesmo sendo um setor forte e estabelecido no Espírito Santo, vinha enfrentando problemas de competitividade. Através da parceria, buscamos junto ao Banestes, que é um banco que está presente em todos os municípios capixabas, melhores taxas, serviços e atendimento. O convênio tornou muito mais fácil o acesso dos industriais ao crédito, com a discussão de contratos no próprio Estado, diminuindo a burocracia que antes eles tinham que enfrentar”, afirma. Já o presidente do Banestes, Bruno Negris, explica que a parceria pretende modernizar o parque industrial do Espírito Santo. “Em sua nova metodologia de trabalho, o Banestes incluiu em seu Planejamento Estratégico a prospecção de parcerias institucionais que pudessem gerar benefícios tanto para o banco, quanto para o Espírito Santo. Essa estratégia é hoje um dos pontos mais importantes para o crescimento de nossos negócios. Nessa linha, iniciamos, em 2012, contatos com a Findes para alinhar a celebração desse instrumento, cujo objetivo é desenvolver e modernizar o parque industrial do Estado”, lembra.
“Conseguimos negociar com o Banestes uma condição de custo muito positiva e uma simplificação burocrática para as indústrias acessarem o crédito. Assim, o Banestes passou a tratar o empresário industrial de forma prioritária” Leonardo de Castro, diretor da Findes para Assuntos de Desenvolvimento da Indústria Capixaba
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“O convênio tornou muito mais fácil o acesso dos empresários da indústria ao crédito, com a discussão de contratos no próprio Estado, diminuindo a burocracia que antes eles tinham que enfrentar” Marcos Guerra, presidente da Findes
“Além de atrair novos clientes e oportunidades de negócios, a parceria Banestes/Findes aproximou a indústria capixaba do banco do Estado, ajudando a promover o crescimento econômico e sustentável do Espírito Santo”, justifica Negris. O diretor da Findes para Assuntos de Desenvolvimento da Indústria Capixaba, Leonardo de Castro, comemora os resultados alcançados através do convênio neste primeiro ano. “O Banestes se empenhou muito em fazer o convênio avançar, e a Findes criou a capilaridade necessária: os sindicatos abriram as portas e os resultados foram fantásticos”, comenta. Leonardo destaca dois fatores como fundamentais nas linhas de crédito que o Banestes está oferecendo às indústrias capixabas. “Quando discutimos crédito, temos duas questões: o custo do recurso, que precisa ser competitivo, com uma boa taxa de juros; e acessibilidade ao produto, com menos burocracia para poder captar recursos, tanto para capital de giro quanto para investimentos de longo prazo. Conseguimos negociar com o Banestes uma condição de custo muito positiva e uma simplificação burocrática para as indústrias acessarem o crédito. Assim, o Banestes passou a tratar o empresário industrial de forma prioritária”, afirma o diretor da Findes. Indústrias beneficiadas Essa facilidade no acesso ao crédito foi percebida pela Natufert, indústria de fertilizantes orgânicos e organominerais de Ibatiba, no sul do Estado – uma das 693 empresas que foram beneficiadas pela parceria, em 2012. Um dos proprietários da empresa, César Salomão conta que a Natufert, a primeira granuladora de fertilizantes orgânicos do Espírito Santo, estava em fase de instalação quando teve acesso Indústria Capixaba – FINDES
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economia
Localizada em Ibatiba, sul do Estado, a Natufert foi uma das 693 empresas beneficiadas pela parceria entre a Findes e o Banestes. Investimento reflete o desenvolvimento econômico do interior do Estado
à linha de crédito oferecida pelo Banestes. “Nossa indústria já estava em implantação, e usamos esse investimento para terminar o processo, com a aquisição de máquinas e equipamentos industriais, além de veículos de trabalhos”, detalha. Segundo ele, os benefícios oferecidos foram preponderantes para que a empresa decidisse buscar crédito no banco capixaba. “Decidimos usar esses recursos porque somos uma indústria capixaba, que utiliza matéria-prima do Espírito Santo. Então, mais que natural fazer uma parceria com o Banestes, que está sempre pregando o desenvolvimento do Estado. Procuramos o banco e fomos muito bem atendidos, tanto na agência de Ibatiba quanto em Vitória. Além disso, foi muito importante a agilidade que houve no processo de liberação dos recursos”, explica. “O dinheiro emprestado pelo Banestes facilitou a implantação de nossa fábrica, porque precisávamos adquirir maquinários caros. Entramos com uma parte de capital próprio e outra financiada pelo banco, que viabilizou o término das obras e o início das operações de maneira muito mais rápida”, justifica César. Para o proprietário da Natufert, parcerias como essa contribuem para a interiorização do desenvolvimento no Estado. “Esse tipo de parceria incentiva os empresários do interior a investirem nos seus negócios, valorizando a mão de obra local e trazendo progresso para todas as cidades do Espírito Santo, inclusive as menores”, ressalta César Salomão. “Além de atrair novos clientes e oportunidades de negócios, a parceria Banestes/ Findes aproximou a indústria capixaba do banco do Estado, ajudando a promover o crescimento econômico sustentável do Espírito Santo” Bruno Negris, presidente do Banestes
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Linhas de crédito Na carteira comercial, o Banestes oferece linhas como Capital de Giro, Conta Garantida e Leasing. Na carteira de câmbio, a instituição disponibiliza linhas de Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC) e Financiamento à Importação (Finimp). Além disso, quem procurar o banco capixaba terá disponível, na carteira de crédito industrial, as linhas do BNDES Automático e PSI - com até dois anos de carência e dez anos para pagamento. Para saber mais sobre cada uma dessas linhas de financiamento, basta procurar uma agência do Banestes. Outra empresa que usufrui dos benefícios da parceria é a casa de pães Ledut, de Vitória. A panificadora buscava ampliar seus negócios com a construção de uma nova sede e encontrou no Banestes os recursos necessários para investir nas novas instalações.“Como mudamos a padaria de endereço, com ampliação do espaço e da produção, empregamos os recursos emprestados pelo Banestes em máquinas e na estruturação da nova sede, adquirindo novos e modernos equipamentos. O resultado foi muito satisfatório, pois com a utilização desse novo maquinário conseguimos alcançar maior produtividade e qualidade dos produtos, melhorando também o desempenho e a satisfação dos funcionários”, esclarece o proprietário da Ledut, Ricardo Augusto Pinto. De acordo com Ricardo, a disponibilidade dos funcionários do Banestes facilitou bastante o processo de negociação. “A parceria da Findes com o Banestes criou um canal direto para comunicação dos empresários da indústria com os funcionários do banco, que se tornaram muito mais acessíveis, analisando nossas necessidades e viabilizando o nosso financiamento de maneira mais ágil. Isso tornou o financiamento, que já tinha uma boa linha de crédito, ainda mais atrativo”, destaca o empresário. Março 2013 – nº 305
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Espírito Santo tem cinco indústrias certificadas pela ABCP Mais uma empresa do setor de artefatos de concreto, associada ao Sinprocim-ES, conquistou o selo de qualidade da Associação Brasileira de Cimento Portland - ABCP. A Limacol mostrou que está ganhando espaço no mercado Núcleo da Findes em Venda ao ser a primeira empresa do norte e a quinta do Estado a confirmar a qualidade do seu sistema construtivo. Além Nova ganha laboratório da Limacol, Bela Vista Premoldados, Cidade Engenharia, de informática Estrutural Premoldados e Salvador Premoldados já possuem Desde o dia 1º de fevereiro, o Núcleo da Findes em Venda o Selo de Qualidade da ABCP. O Selo Qualidade da ABCP certifica as empresas que Nova do Imigrante e Região conta com um laboratório de informática. A iniciativa representa um importante possuem os produtos em conformidade com as normas brasileiras passo para a promoção da inclusão digital na área, pois os e, dessa forma, contribuem para a melhoria da qualidade do cursos serão oferecidos gratuitamente para a comunidade, sistema construtivo à base de cimento. Para obter a certificação, trabalhadores da indústria e seus dependentes. O curso as empresas tiveram seus laboratórios inspecionados pela ABCP, de Informática Básica do Sesi/Edut é composto por seis em que foram avaliados o autocontrole integrado da fábrica e as módulos específicos, incluindo ferramentas do Office, especificações de infraestrutura requisitados por norma. “O certificado mostra que estamos buscando empregar e será oferecido durante todo o ano de 2013, com turmas em todos os períodos: manhã, tarde e noite, de acordo tecnologia de ponta para garantir a qualidade dos nossos com a demanda. O Núcleo fica Av. Ângelo Altoé, 886, produtos e é um grande passo para o desenvolvimento das Ed. Esmig, bairro Santa Cruz, e informações podem ser empresas capixabas do setor”, destaca o vice-presidente do Sinprocim-ES, Fernando de Sá Freitas. obtidas no telefone (28) 3546-1780.
Otimisto no setor de borracha e recauchutagem O ano começou com boas expectativas para o setor de borracha e recauchutagem de pneus do Estado. A estimativa do Sindicato da Indústria da Borracha e da Recauchutagem de Pneus do Estado do Espírito Santo (Sindibores) é de que a atividade cresça até 6% em 2013. A produção e a geração de empregos devem subir até 8%, segundo a previsão do presidente do Sindibores, Silésio Resende de Barros. No Espírito Santo, as 70 empresas do setor movimentam R$ 80 milhões anualmente, sendo responsáveis pela geração de 2.700 postos de trabalho diretos e indiretos. O presidente atribui esse otimismo ao aumento da demanda. “O recapeamento do asfalto da BR-101 Sul, o crescimento do transporte de rochas ornamentais e obras como a do estaleiro Jurong possibilitarão um aumento do consumo, visto que haverá um maior número de caminhões em circulação para fazer entregas de equipamentos e peças”, revela. Março 2013 – nº 305
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No dia 27 de fevereiro, o Sindibores realizou sua primeira assembleia geral do ano. Na ocasião, foram traçadas as metas para 2013 e levantado o panorama do setor. Indústria Capixaba – FINDES
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Patrono do Centro Integrado Sesi/Senai/IEL em Aracruz conta sua trajetória O ex-presidente da Findes (1989-1992), Sergio Rogerio de Castro, promoveu uma inesquecível apresentação no dia 1º de fevereiro. Escolhido para ser patrono do Centro Integrado Sesi/Senai/IEL em Aracruz e Região, ele fez questão de agradecer a indicação pessoalmente e compartilhou com os funcionários da unidade a sua história de vida pessoal e como empresário e dirigente industrial.
Sergio Rogerio de Castro, ao centro, com os funcionários do Centro Integrado Sesi/Senai/IEL em Aracruz
“Gostaria de agradecer a homenagem, pois vejo neste Centro Integrado a concretização de vários projetos que iniciamos anos atrás, inclusive, com a promoção da interiorização de nossas atividades”, frisou, emocionado, o ex-presidente, ao compartilhar alegrias e dificuldades de sua trajetória, sempre enfatizando o apoio e união de sua família em todos os momentos.
TV Corporativa do Sistema Findes está no ar Está no ar a TV Coporativa. O novo canal de comunicação trará diversas notícias da indústria e de empregados do Sistema Findes. Além disso, divulgará ações das entidades Sesi, Senai, IEL, Ideies, Cindes e IRI, e sindicatos filiados à Federação. O telespectador também vai acompanhar dicas de saúde, cultura, lazer, responsabilidade social, eventos, cursos, entre outras ações. A TV Corporativa está em fase experimental e já funciona nos andares do Edifício Findes. Informações: 27 3334-5735.
Frango a menos A produção de frango no Espírito Santo caiu 3% em 2012, na comparação com 2011. A informação é do presidente do Sindicato da Indústria do Frio do Espírito Santo (Sindifrio), Elder Marim. Segundo ele, essa é uma tendência do mercado nacional, que também pode ser refletida na queda da exportação de aves em nível nacional. Com as exportações caindo 6,7%, o setor se voltou ao mercado interno, fazendo com que a oferta aumentasse e, consequentemente, os preços recuassem. “Os preços baixos e a alta nas matérias-primas das rações, como o milho, forçaram um ajuste financeiro das empresas e a diminuição da produção”, explica Marim.
Findes recebe visita do presidente da Abirochas O presidente do Sistema Findes, Marcos Guerra, recebeu no último dia 27 de fevereiro o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Rochas Ornamentais (Abirochas), Reinaldo Sampaio. O encontro teve como objetivo discutir parceria para o setor. Também esteve presente o presidente do Sindirochas, Samuel Mendonça, e demais membros do segmento. 48
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artigo
Balança Comercial e Pragmatismo
O
resultado da balança comercial tem sido sempre o foco de atenção. É importante acompanhar seu desempenho, pois muitas das crises internacionais aconteceram quando países acumularam grandes déficits comerciais. Além disso, a teoria econômica nos ensina que um país com superávit na balança comercial está acumulando riqueza. Entretanto, além de quantificar o resultado é preciso analisar o fluxo de comércio e as principais tendências. Apesar do aumento da corrente de comércio com a China, o Brasil registrou uma queda na sua balança comercial em 2011, cujo superávit foi de aproximadamente $19,43 bilhões de dólares. Para alguns analistas, esse recuo ocorreu devido acrise na Europa. O Brasil, então, teria se tornado o alvo da desova de produtos de vários países. Outros atribuem a redução do superávit comercial ao excesso de importações, o que parece precipitado, pois as importações representam, apenas, cerca de 10% de nosso Produto Interno Bruto (PIB). Cerca de 70% das exportações brasileiras são compostas por commodities. Dessa maneira, a balança comercial fica numa posição frágil, dependendo demasiadamente dos preços das matérias-primas.
É muito difícil fazer uma previsão do saldo da balança comercial para 2013. Todavia, o resultado estará ligado às decisões sobre quais mercados priorizar. Alguns empresários defendem um enfoque no Mercosul, enquanto outros apostam na China. As empresas brasileiras expandiram as exportações para a América do Sul de apenas US$ 11,7 bilhões em 2005, para um volume total de US$ 27,85 bilhões em 2011. Entretanto, as exportações para o Mercosul, em 2012, tiveram uma reduçãode 18,13% devido às barreiras da Argentina. É complicado prever quanto tempo a Argentina levará para eliminar as barreiras aos produtos brasileiros. Apesar da China ser o mercado alvo de muitos países, as empresas brasileiras têm dificuldade de vender produtos acabados para a China. Basicamente, nossas exportações para a China são compostas em sua maioria por commodities. Por outro lado, os Estados Unidos têm sido os maiores parceiros do Brasil e só perderam a posição de maior destino das exportações brasileiras em 2009. Em 2012, as exportações do Brasil para aquele mercado, compostas principalmente de produtos industrializados, apresentaram um crescimento de aproximadamente 7%. Se existe a intenção de reduzir a fragilidade da balança comercial, é necessário contemplar com pragmatismo a dinâmica dos mercados internacionais. A crise da Europa fez com que, recentemente, o Parlamento Europeu apelasse para um acordo de livre comércio com os Estados Unidos, que, por sua vez, procuram celebrar um acordo transpacífico, incluindo a China e o Japão. Podemos afirmar que acordos multilaterais têm pouca chance de sucesso. Cabe ao Governo brasileiro avançar com acordo regionais, principalmente com os Estados Unidos, e aos empresários a ousadia de marcar o território com seus produtos, pois os nossos concorrentes já se anteciparam. Marcilio R. Machado é vice-presidente do Conselho de Comércio Exterior da Findes, diretor da Famex Importadora e Exportadora Ltda e doutor em Administração de Empresas pela Nova Southeastern University
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INOVAÇÃO Por Anderson Cacilhas
INDÚSTRIAS PODEM
REGISTRAR CRIAÇÕES E GARANTIR EXCLUSIVIDADE SOBRE NOVAS TECNOLOGIAS A indústria do Espírito Santo ainda não desenvolveu a cultura de registrar as patentes de seus produtos ou processos, o que coloca em risco a lucratividade das inovações criadas pelas empresas 50
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mpresas que criam novas tecnologias, produtos e processos precisam garantir que os esforços e recursos empregados no desenvolvimento dessas inovações cheguem ao mercado e beneficiem a organização que fez o investimento e apostou no novo. Para isso, devem procurar a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) ou empresas que prestam serviço na área de registro de patentes e propriedade intelectual. Patente é uma propriedade temporária, legalmente concedida pelo Estado, sobre uma invenção ou modelo de utilidade que garante ao seu titular a exclusividade de explorar comercialmente a sua criação. Essa exclusividade refere-se ao direito de prevenção de outros fabricarem, usarem, venderem, oferecerem ou importarem a dita invenção. É uma forma de reconhecimento do esforço inventivo e, por ser um importante e valioso instrumento para proteger e tornar a invenção rentável, é preciso depositar o pedido de concessão junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), responsável pela análise do pedido de acordo com as regras da Lei 9.279/96. A Ufes já depositou 14 patentes no INPI desde que criou, em 2008, o Instituto de Inovação Tecnológica (Init). Entretanto, essa quantidade reflete o baixo número de empresas capixabas que registram suas criações, sendo a
“A parceria que a universidade tem feito com empresas possibilita que o conhecimento produzido na academia seja aplicado na confecção de produtos tecnológicos com patentes, o que não acontecia antes”, afirma o professor Alberto Fernandes, diretor de Inovação Tecnológica da Ufes
maior parte das pesquisas e criações de iniciativa dos servidores da própria universidade. Dentro desse processo, podem existir diferentes tipos de patentes. A Patente de Invenção (PI) refere-se a produtos ou processos que atendam aos requisitos de atividade inventiva, novidade e aplicação industrial. Existe, também, o Modelo de Utilidade (MU), que é o objeto de uso prático, ou parte deste, suscetível de aplicação industrial, que apresente nova forma ou disposição, envolvendo ato inventivo, que resulte em melhoria funcional no seu uso ou em sua fabricação. Há, ainda, a possibilidade de registrar um Certificado de Adição de Invenção (C), que se refere ao aperfeiçoamento ou desenvolvimento introduzido no objeto da invenção, mesmo que destituído de atividade inventiva, como acessório à patente. No Espírito Santo também foi fundado um Núcleo de Inovação Tecnológica, com a participação da Ufes, Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) e Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural Tabela 1 O DESEMPENHO DO ESPÍRITO SANTO NA INOVAÇÃO (Incaper), que criou protocolos para desenvolver uma cultura de inovação Setor Desempenho e de registro da propriedade intelectual no Estado. A partir daí, várias Gastos Privados com Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) 0 empresas estão começando a entender Gastos Públicos com P&D 25 a importância desse instrumento. De acordo com o diretor de Presença de Infraestrutura em P&D 25 Inovação Tecnológica da Ufes, Pedidos de Patentes 25 professor Alberto Fernandes, foi feito um grande esforço de treinamento de Incentivos Fiscais para P&D 50 pessoal na universidade para que os Fonte: Unidade de Inteligência do grupo inglês Economist/Acervo Veja profissionais estivessem preparados
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inovação
para trabalhar com o registro de propriedade intelectual, direito de transferência de tecnologia e valoração de tecnologia. “O Governo Federal identificou que existia uma pesquisa acadêmica de alto nível no Brasil. Somos o 13º país do mundo em publicação de artigos científicos, o que é uma posição bastante relevante. Mas, no que tange à inovação tecnológica, estamos em uma posição baixíssima. O objetivo é melhorar isso”, explicou. O professor acrescentou que o conhecimento produzido não era transferido para aplicação na confecção de produtos tecnológicos, apesar de ser de boa qualidade internacional. O conhecimento era divulgado apenas por meio de artigos acadêmicos. O Init, assim como outros institutos espalhados por universidades de todo o Brasil, foi criado para que a universidade tenha
Ufes aguarda registro de patente em tecnologia de meio ambiente Um projeto desenvolvido na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) resultou em um método que melhora a produção de etanol de segunda geração, produzido a partir de materiais como a casca ou palha da cana-de-açúcar, do arroz e até de resíduos agroindustriais. O método é baseado no uso de alta pressão hidrostática para facilitar a ação da enzima celulase, que atua na fermentação. Assim, é possível converter mais celulose em glicose, o que aumenta a produção de etanol. O projeto “Processo de hidrólise enzimática sob alta pressão hidrostática a partir de resíduos agroindustriais”, desenvolvido pelos professores Antonio Alberto Fernandes e Patrícia Bueno Fernandes, e pela aluna de doutorado Érica Dutra Albuquerque, foi executado no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia da Ufes. A tecnologia capixaba teve a patente depositada em 2012, aguarda o registro e ganhou medalha de ouro na categoria “Meio Ambiente” na Feira Internacional de Invenções e Inovações do Irã (Finex), realizada em fevereiro.
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“Faltam incentivos para que as empresas invistam em tecnologia de ponta, o que faz com que elas percam competitividade” Carlos Alberto Rizzo, agente em propriedade industrial da empresa Precisa um órgão que faça contato com o setor externo, tratando da proteção intelectual deste conhecimento quando passível de patenteamento. “As grandes empresas, como Vale e Petrobras, estão entrando com força nessa parceria. As pequenas ainda não têm esta cultura de procurar a universidade para resolver esses gargalos”, disse. No site do INPI (www.inpi.gov.br) é possível obter todas as informações, o passo a passo para iniciar um registro de patentes e tirar as dúvidas com relação à garantia da propriedade intelectual. Empresas podem investir em pesquisas na Ufes e garantir exclusividade Empresas que aplicam dinheiro em pesquisas na Ufes e em outras universidades federais podem garantir exclusividade no uso da tecnologia desenvolvida, dentro dos percentuais de sua parcela na pesquisa, conforme negociado antes de o processo ser iniciado, sempre deixando royalties para a instituição. O desenvolvimento dessas parcerias é estimulado pela Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia, Sebrae, Findes e Bandes. O professor e o aluno envolvidos em pesquisas conduzidas sem a participação de atores externos à universidade têm direito a 33% dos royalties. Eles são os autores da patente, e a Ufes tem a titularidade. Nos casos em que há parceria com outras instituições ou empresas, os índices de participação são negociados. Se uma patente for depositada exclusivamente pela universidade (pesquisa realizada apenas com recursos públicos), para transferir o resultado para uma empresa é preciso abrir uma licitação pública.
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Melhores estados para investir
O gerente de Inovação do Sistema Findes, Iomar Cunha dos Santos, explicou que, no momento em que este diferencial é compartilhado e deixa de ser exclusivo, todo o investimento em sua produção e conquista de novos mercados pela novidade serão afetados. “Nesse sentido, existem regras internacionais que protegem essas diferenciações e devem ter prioridade na empresa quando desenvolver novo produto”, disse. Apesar dessas possibilidades de parceria, o agente em Propriedade Industrial da empresa Precisa, Carlos Alberto Rizzo, lembra que há poucos incentivos para que as empresas invistam em tecnologia de ponta, o que faz com que elas percam competitividade. Inovação e exclusividade para garantir competitividade Em um mercado cada vez mais competitivo, todo diferencial com relação à concorrência torna-se muito importante. Entre os principais, estão a inovação e a capacidade das empresas de transformá-la em novos produtos, designs inovadores, novas técnicas e novas tecnologias, gerando receita e ampliando a lucratividade. Iomar Cunha lembra que o principal ativo de uma empresa, quando desenvolve um novo produto, serviço ou tecnologia, está em sua garantia de poder transformar isso em valor, obtendo novas receitas na comercialização
“Existem regras internacionais que protegem as inovações criadas pelas empresas e que o registro das patentes deve ter prioridade na empresa quando desenvolver um novo produto” Iomar Cunha dos Santos, gerente de Inovação do Sistema Findes
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Tabela 2
Ranking
Estados
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São Paulo
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Rio de Janeiro
3
Rio Grande do Sul
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Paraná
5
Santa Catarina
6
Distrito Federal
7
Espírito Santo
8
Bahia
9
Amazonas
Fonte: Unidade de Inteligência do grupo inglês Economist/Acervo Veja
ou na implementação de diferenciações na comparação com a concorrência. “Setores e empresas que utilizam a inovação tecnológica como estratégia, em 100% dos casos ficam à margem de crises, sustentam uma alta rentabilidade e seus empreendedores aumentam a cada ano o percentual aplicado nessas ações de inovação”, disse. No entanto, o relatório do Índice de Inovação Global 2012 da Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI) aponta que o Brasil ocupa o 58º lugar no ranking mundial da Inovação, entre 141 países pesquisados. Em 2008, 57% das pesquisas no Brasil eram realizadas pelas universidades e 37% no ambiente de negócios. Na indústria capixaba, a cultura da inovação ainda é incipiente, mas existem algumas ilhas de excelência que são exceções, como médias empresas dos setores metalmecânico, petróleo e gás, alimentos e bebidas, móveis e rochas, além de micro e pequenas empresas de Tecnologia da Informação (TI), em especial as apoiadas pela TecVitória, uma entidade que abriga incubadoras de empresas de tecnologia em Vitória. Ainda de acordo com Iomar, os principais entraves para que as empresas desenvolvam ações que possibilitem inovações estão na aversão ao risco, pouca informação, escassos programas de apoio e baixa organização gerencial, o que acaba por manter o foco das empresas nos processos de rotina. Indústria Capixaba – FINDES
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inovação
O diretor para Assuntos de Inovação Industrial da Findes, Luiz Alberto de Souza Carvalho, destaca que ainda é preciso caminhar muito no Brasil com relação à inovação. “Aqui se investe apenas 0,5% do PIB em pesquisa, ao passo que em Israel, por exemplo, um país pequeno, este índice é de 4,5%. Cerca de 50% da pesquisa feita na Brasil é realizada pela Petrobras em área específica”, explicou. Para Carlos Alberto Rizzo, novas técnicas são sempre perseguidas pelos empresários, mas faltam políticas de incentivo à continuidade destas técnicas. “Em um mercado competitivo como o atual, em que há dificuldade para a absorção de novas tecnologias, todos saem perdendo”, disse. Findes cria programa para incentivar inovação na indústria Com o objetivo de incentivar e ampliar a cultura da inovação dentro das empresas industriais do Espírito Santo, a Findes criou uma Diretoria de Inovação e o Programa de Inovação na Indústria Capixaba, o Inova Findes, que é uma iniciativa de articulação e mobilização entre as instituições
Grupo inglês aponta inovação como ponto fraco do Estado O grupo inglês Economist divulgou um ranking com os melhores estados do Brasil para se investir. Os indicadores utilizados na pesquisa analisaram 26 variáveis, dentro de oito categorias: ambiente político, ambiente econômico, regime tributário e regulatório, políticas para investimentos estrangeiros, recursos humanos, infraestrutura, inovação e sustentabilidade. Com base nesses critérios, os Estados receberam uma pontuação que varia de zero a 100. O Espírito Santo ficou em sétimo lugar, atrás de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e Distrito Federal, nessa ordem. Entre os piores desempenhos do Estado está a categoria inovação. O Estado recebeu nota 25 nas variáveis Gastos Públicos com Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), Presença de Infraestrutura em P&D e Pedidos de Patentes. Na variável Incentivos Fiscais para P&D a nota foi 50 e em Gastos Privados com P&D foi zero. A pesquisa, divulgada no final de 2012, foi realizada pela Unidade de Inteligência do grupo a pedido do Centro de Liderança Pública. 54
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“Se não avançarmos, não vamos conseguir competir com a China”, alerta Luiz Alberto de Souza Carvalho, diretor para Assuntos de Inovação Industrial da Findes
que compõem o Sistema Findes e o setor produtivo. O objetivo é estimular a cooperação e parcerias estratégicas para o desenvolvimento de projetos de inovação, com vistas ao fortalecimento do sistema estadual de ciência, tecnologia e inovação e da competitividade da indústria capixaba. O diretor Luiz Alberto de Souza Carvalho alerta que, se a indústria não inovar, ela não será competitiva. “Se não avançarmos, não vamos conseguir competir com a China. Infelizmente, as fontes de financiamento ainda são poucas e o risco fica para o empresário. Estamos montando uma equipe na Findes que irá desenvolver ações que auxiliarão o empresário para que busque as verbas destinadas à inovação no Ministério da Ciência e Tecnologia, além das secretarias da área no Estado e nos municípios”, disse. Ele acrescentou que será feita uma mobilização para sensibilizar, capacitar e preparar as empresas para a inovação, incluindo o Programa Inovação para Médias Empresas, além de preparar o Sesi, Senai, Ideies e IEL para atuarem de forma sinérgica. A meta para o biênio 2012/2013 é alcançar 460 empresas, realizar diagnósticos e capacitações em 260 delas, e finalmente, efetuar projetos de inovação em 60 destas empresas. Segundo Iomar Cunha, a Findes está convencida de que inovação é uma prioridade e um pilar para a competitividade das indústrias. Por isso, criou e apoia projetos como o Convênio CNI-Sebrae de Planos de Inovação; acompanha os desdobramentos da Lei de Inovação, Mapa da Inovação e Parque Tecnológico; e está se estruturando para apoiar a elaboração de projetos pelas empresas. Março 2013 – nº 305
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Saúde Por Ana Lúcia Ayub
Qualidade de vida além dos muros da indústria
Ações como a prática de esportes promovem o bem-estar de colaboradores e a redução do estresse no trabalho
Sesi disponibiliza para as empresas ações integradas para prevenir doenças originadas nos locais de trabalho, reduzir o estresse e promover melhoria nas relações internas e o bem-estar dos funcionários e de seus familiares
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xcesso de informação, competitividade, situações de estresse, jornadas de trabalho muito longas e a busca constante por melhores resultados e desempenho. Esse é o cenário típico do mundo do trabalho na atualidade e um forte desencadeante do que os especialistas chamam de mal do século: a depressão, doença que deve ser encarada com seriedade e tratamento adequado. Segundo pesquisa realizada pela Associação Internacional do Controle do Estresse, o Brasil é o segundo país em que o problema relacionado a estresse é mais relatado, ficando atrás somente do Japão, sendo que sete em cada dez brasileiros reclamam de estresse no trabalho. A psicóloga Teresa Cristina Mathias, que atua no mercado há 28 anos, diz que uma das razões do problema é o “imediatismo” que vem imperando na nossa cultura nos últimos anos. “As pessoas hoje querem o aqui e o agora. Isso está refletido até nos ditados populares, como o “tempo é dinheiro”, mas se o cidadão correr só atrás do sucesso,
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se focar só nisso, uma hora a energia se esgota. O terreno se torna ‘estéril’ e sem nutrientes para fazer nascer algo novo”, afirma. A prova disso é que os transtornos mentais e de comportamento, como a depressão, estão entre as primeiras causas de afastamento do trabalho no mundo de hoje. No Brasil, já ocupam a terceira posição nessa lista. Em 2011, mais de 80 mil profissionais tiraram licença pelo INSS para se tratar dessas doenças. A melhor maneira de evitá-las é pela prevenção. É com esse intuito que o Serviço Social da Indústria (Sesi) trabalha de forma integrada com seus Departamentos Regionais para atender às demandas das empresas, em todo o território nacional, com o programa Sesi Qualidade de Vida, que disponibiliza para as indústrias um grupo de serviços educativos e preventivos de doenças originadas nos locais de trabalho, melhora das relações internas e do bem-estar dos funcionários, visando mais qualidade de vida para os trabalhadores e seus familiares. Março 2013 – nº 305
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Sesi-ES quer integrar ações de saúde Para disseminar a cultura da prevenção de doenças e propagar as informações do programa, o Sesi-ES lançou, em novembro do ano passado, o I Seminário Gestão Integrada em Qualidade de Vida para as Indústrias, no Centro de Convenções de Vila Velha, onde reuniu cerca de 250 trabalhadores da indústria das áreas de saúde, responsabilidade social, segurança no trabalho, esporte, cultura e lazer. O evento contou ainda com a presença de vários especialistas e representantes do Sesi Nacional e do Espírito Santo. “O programa voltado para a qualidade de vida do trabalhador contribui para reduzir os afastamentos do trabalho provocados por doenças, que hoje representam em torno de 11% do custo da indústria”, disse na ocasião o gerente de Qualidade de Vida do Sesi Nacional, Antônio Muzzi. Já a gerente da Divisão de Segurança e Saúde no Trabalho do Sesi-ES, Adriana Freitas, ressaltou que a entidade capixaba já trabalha com vários produtos e serviços para melhorar a qualidade de vida do trabalhador, mas o objetivo principal agora é trabalhar esses aspectos de forma integrada e complementar. “O programa do Sesi-ES, o Mais Saúde, por exemplo, identifica as principais causas de afastamento do trabalho, entre elas os transtornos mentais, e orienta a empresa nas ações mais eficazes para revertê-las”, explica a gerente, acrescentando que as causas de afastamento e os números são conhecidos através do INSS e por pesquisas do Sesi na área. Além das visitas médicas do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional, o programa Mais Saúde dispõe de enfermeiros “O programa Mais Saúde consegue, por exemplo, identificar as principais causas de afastamento do trabalho e orientar a empresa nas ações mais eficazes para revertê-las” Adriana Freitas, gerente da Divisão de Segurança e Saúde no Trabalho do Sesi-ES
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“Os programas voltados para a qualidade de vida do trabalhador reduzem os afastamentos do trabalho provocados por doenças e que hoje representam em torno de 11% do custo da indústria” Antônio Muzzi, gerente de Qualidade de Vida do Sesi Nacional
do Trabalho para fazer as abordagens ao trabalhador e auxilia as empresas nas ações necessárias para promover o bem-estar físico, social e emocional dos trabalhadores. Para implementar o programa nas empresas, são realizadas palestras, consultas de enfermagem e consultoria na área de gestão de pessoal. A prática de exercício físico também é uma boa forma de prevenir e combater a depressão. A atividade física constante e moderada tem efeitos benéficos na saúde em geral e pode reduzir a ansiedade e melhorar a autoestima e a autoconfiança. “O exercício é um complemento, mas deve ser aliado com trabalhos voltados para o âmbito do conhecimento interno e que proporcionem o desenvolvimento integrado dessas pessoas, tornando-as mais interativas com o mundo”, afirma a psicóloga Mathias. Ciente disso, o Sesi já realiza, desde 2000, os seus Jogos Nacionais, visando ao bem-estar dos trabalhadores da indústria e ao aumento da produtividade das empresas. “O foco principal dos Jogos não é a competição em si. As modalidades são apenas um meio para promover um estilo de vida mais saudável entre os trabalhadores”, explica Antonio Muzzi. De acordo com ele, além de auferir medidas nos índices de atividade física exercida pelos trabalhadores, o que permite que tenham relações mais benéficas com a sua saúde, o esporte traz qualidade de vida e ajuda a desenvolver a criatividade, o espírito de equipe, a solidariedade, a perseverança e a liderança, o que favorece o aumento da produtividade das empresas. “As ações contribuem também para reduzir os custos das empresas”, afirma. Para participar dos Jogos Nacionais, o trabalhador precisa superar disputas municipais, estaduais e regionais. São dez as modalidades: vôlei de praia, vôlei de quadra, atletismo, tênis, tênis de mesa, xadrez, natação, futsal, futebol e futebol 7 (master). Em 2011 a equipe da Vale (ES) foi a campeã em natação (masculino) na competição nacional. Além desses esportes, o Sesi-ES oferece a ginástica laboral na empresa, que é realizada por um educador físico, e que também faz parte do programa nacional. Muzzi lembrou que uma pesquisa feita pelo Sesi em 2009 mostrou que 34,2% das indústrias do país oferecem serviços de ginástica laboral e que, dessas, 57,6% contratam o Sesi. Indústria Capixaba – FINDES
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caso de sucesso por Vitor Taveira
ISH tecnologia Uma empresa capixaba referência em tecnologia da informação
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ISH surgiu em 1996, quando a internet ainda engatinhava no Espírito Santo, e Rodrigo Dessaune, fundador e diretor-presidente, percebeu que as empresas iriam necessitar conectar-se de alguma forma àquela nova rede, que começava a ganhar força no Brasil. “Resolvemos montar uma empresa para mexer com a infraestrutura, com tudo o que o usuário não vê. Vimos que as empresas estavam abrindo suas portas para um mundo diferente. Estavam acostumadas com ameaças físicas, para as quais bastava colocar um vigilante na porta, mas não estavam acostumadas a lidar com a segurança virtual”, conta. De lá para cá, o caminho da internet, da informática e das novas tecnologias foi crescendo a largos passos e a ISH, sediada em Vitória, surfou nas ondas da novidade, expandindo seus serviços para outros estados e, inclusive, prestando consultoria em países da América Latina. Mantendo sempre um trabalho de excelência, a empresa conquistou certificações e parcerias com organizações importantes em nível internacional, demonstrando garantir a qualidade que os clientes buscavam. No ano 2000, a empresa decidiu instalar uma filial em São Paulo, com o intuito de oferecer um melhor suporte para os clientes no maior centro econômico do país.O mesmo aconteceu em Brasília,onde a ISH opera desde 2007, atendendo principalmente compras governamentais. Mais recentemente, a empresa resolveu expandir ainda mais sua atuação e abriu filiais em Belo Horizonte (2010) e Rio de Janeiro (2011), conseguindo operar na capital do país e em todas as capitais da Região Sudeste. Diante da expansão para mercados tão grandes, hoje a matriz capixaba responde por apenas 18% dos negócios feitos 58
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pela ISH. Entretanto, visando a ampliar essa fatia, a empresa fez uma aposta ousada. Desde o início deste ano começou a operar o maior datacenter privado do Estado, situado na nova sede da empresa, na Enseada do Suá, em Vitória. O foco desse novo investimento é atender principalmente às empresas capixabas de médio porte. “Não existe nenhum datacenter voltado para a prestação de serviços com as características que o nosso tem no Espírito Santo. A ideia é que as empresas não precisem mais investir em tecnologia e possam contratar esse serviço da gente, reduzindo seus custos e recebendo um serviço mais especializado”, explica Dessaune. Apesar do enfoque no mercado local, por conta das certificações e reconhecimento da ISH, o datacenter tem sido procurado também por empresas de outros estados. Rodrigo destaca que a demanda por infraestrutura e serviços eletrônicos é cada vez maior nas empresas, pois os negócios necessitam de mais agilidade nas operações. Além disso, os requisitos e obrigações exigidos pelo Governo para a prestação de contas e declaração de impostos obrigam as empresas a registrar e emitir as informações com grande precisão, rapidez e segurança. O diretor-presidente da empresa explica as razões do sucesso da ISH: “Sempre contratamos as melhores pessoas que conseguimos encontrar no mercado, treinando-as e qualificando-as; investimos em importantes parcerias, inclusive internacionais; sempre oferecemos o melhor atendimento ao cliente; e temos uma responsabilidade financeira muito grande, garantindo um crescimento rentável e sustentável”. Março 2013 – nº 305
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Indústria EM AÇÃO
Espírito Santo brilha em evento de inovação
Findes e Pedro Canário discutem parcerias O presidente da Federação das Indústrias Espírito Santo (Findes), Marcos Guerra, transferiu no dia 7 de março, interinamente seu cargo para o vice-presidente da entidade, Manoel de Souza Pimenta Neto, que exerceu a função até o dia 17. Natural de Cachoeiro de Itapemirim, Pimenta é engenheiro mecânico e ex-presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico (Sindifer). Enquanto esteve na presidência da Findes, Pimenta recebeu a visita do prefeito de Pedro Canário, Gildenê Pereira dos Santos. O encontro entre a entidade e o prefeito, realizado no dia 12 de março, serviu para discutir a possibilidade de parcerias voltadas para o desenvolvimento, ensino e a capacitação profissional no município. Entre os temas tratados, destaque para a instalação de indústrias na cidade e qualificação de mão de obra na região.
Evento trata de agenda nacional das MPEs O diretor para Assuntos Específicos de Micro e Pequenas Indústrias, Vladmir Rossi, representou o Sistema Findes na solenidade de abertura da Oficina Regional para construção da Agenda Nacional de Desenvolvimento e Competitividade das MPEs. A solenidade foi realizada no dia 6 de março, em uma iniciativa do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) com o apoio do Governo do Estado, por meio da Agência de Desenvolvimento das MPEs e do Empreendedorismo (Aderes). Já a oficina aconteceu no dia seguinte, no Hotel Sheraton, em Vitória, e reuniu 250 participantes. Com o objetivo de coletar informações que sirvam como bússola para a elaboração da Agenda com temas que vão de tributação ao crédito, passando por capacitação de mão de obra e desburocratização das micro e pequenas empresas, foram realizadas oficinas nas cidades de Vitória, Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Goiânia (GO) e Manaus (AM). O trabalho é dividido em seis eixos principais, “Comércio Exterior”, “Compras Governamentais”, “Desburocratização e Desoneração”, “Investimento e Financiamento”, “Informação e Capacitação” e “Tecnologia e Inovação”, e possibilita aos empresários de MPEs buscarem competitividade nos mercados interno e externo. Março 2013 – nº 305
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Os capixabas mostraram boas ideias na Feira Internacional de Invenções, Inovações e Negócios, realizada em Teerã, no Irã, entre 4 e 7 de fevereiro. Foram nada menos que cinco prêmios. Receberam as medalhas de ouro Adércio João Marquezini e Walace Marcelino Braga, da Emescam; Antônio Alberto Fernandes, Érica Dutra Albuquerque e Patrícia Fernandes, da Ufes; todos na categoria Meio Ambiente; além do pesquisador Marcelo Vivacqua, da Facastelo, e do Laboratório Veterinário (Laborvet), na categoria Agricultura e Veterinária. O inventor independente Cláudio Vianna, com o trabalho “Energia a partir das ondas do mar”, recebeu o diploma “Mérito Inventivo”. Já a empresa Zaruc Tecnologia e o Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) conquistaram o troféu “Especial de Excelências”, na categoria Engenharia. O convite feito pelo Governo do Irã aos capixabas se deu após a participação de pesquisadores iranianos na 9ª Semana Estadual de Ciência e Tecnologia, realizada pela Secretaria da Ciência, Tecnologia, Inovação, Educação Profissional e Trabalho (Sectti) em outubro de 2012.
Posse do novo prefeito de Guarapari No dia 6 de março, o diretor da Findes em Anchieta e Região, Fernando Kunsch, representou o Sistema Findes, na solenidade de posse do novo prefeito de Guarapari Orly Gomes. O evento foi realizado no auditório do Sesc e contou com a presença de diversas autoridades. Gomes recebeu 24.709 votos, vencendo a eleição realizada no dia 3 de fevereiro com 43%. O prefeito eleito fez parte da Coligação “Para Guarapari Continuar Crescendo” e tem como vice Gabriel de Araújo Costa. Guarapari foi o primeiro município do Brasil a ter eleições suplementares em 2013. O novo pleito foi determinado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), uma vez que entendeu que o candidato mais votado nas eleições de outubro passado, Edson Magalhães,havia tido dois mandatos consecutivos (além de ter sido o último prefeito, liderou o município por um ano e oito meses no mandato anterior). Na nova eleição, Orly venceu Carlos Von Schilgen, que teve 23.019 votos (40,06%). Indústria Capixaba – FINDES
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indicadores
ÍNDICE DE CONFIANÇA (ICEI) Março de 2013 Índice de confiança da indústria capixaba cai após dois meses de crescimento
O
Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) capixaba, elaborado pelo Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo (Ideis), sob a coordenação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), registrou uma queda de 2,9 pontos em março de 2013, em relação ao mês anterior, após dois meses consecutivos de crescimento. O resultado foi influenciado tanto pelo indicador de condições atuais como pelo de expectativas, já que ambos recuaram no mês. Apesar da queda, o indicador permaneceu acima da linha divisória Índice de Confiança do Empresário - ICEI Espírito Santo e Brasil INDICADORES
Out/12
Nov/12
Dez/12
Jan/13
Brasil
56,2
58,4
57,4
56,7
Espírito Santo
57,2
58,4
55,4
56,8
Fonte: Ideies/CNI – Elaboração: Núcleo Estratégico de Conjuntura – NEC
de 50 pontos (55 pontos), sinalizando que o empresário continua otimista. Na comparação de março de 2013 com março de 2012, cujo indicador era de 62 pontos, o Icei registrou um decréscimo de 7 pontos. O Icei da indústria brasileira também diminuiu em março de 2013, frente ao mês anterior (-1 ponto) e atingiu 57,1 pontos. De acordo com a CNI, a oscilação do índice ao redor de 57,3 pontos por sete meses seguidos é um indicativo de que não deverá haver mudanças significativas no ritmo da atividade industrial nos próximos meses. O Icei do Brasil é composto Tabela 1 pelas informações de Condições Gerais da Economia Brasileira e Condições Gerais da Empresa e de Expectativas da Economia Fev/13 Mar/13 Brasileira e Expectativas da 58,1 57,1 Empresa. O Icei do Espírito Santo inclui mais duas questões: 57,9 55,0 Condições Gerais do Estado e Expectativas do Estado.
Percepção do Empresário Industrial - Condições Atuais O indicador de condições atuais, baseado na percepção dos industriais capixabas em relação à economia, ao estado e à própria empresa, apresentou uma queda de 3 pontos em março de 2013, em relação ao mês anterior, recuando para a faixa inferior a 50 pontos (47,3 pontos). Todos os itens que compõem o indicador decresceram e também se posicionaram abaixo da linha divisória de 50 pontos: condições da economia 60
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brasileira (-3,2 pontos), condições do estado (-5,8 pontos) e condições da empresa (-2,6 pontos). O indicador de condições atuais da indústria nacional decresceu 1,2 ponto em março de 2013, em comparação ao mês anterior, e se posicionou abaixo da linha divisória de 50 pontos (48,5 pontos). Tanto o indicador relacionado à “economia brasileira”, como o “relacionado à empresa” influenciaram no resultado, pois sofreram queda de Março 2013 – nº 305
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Tabela 2
Indicador de Condições Atuais ESPÍRITO SANTO
BRASIL
Fev/13
Mar/13
Fev/13
Mar/13
50,3
47,3
49,7
48,5
Economia Brasileira
46,6
43,4
46,2
45,2
Estado
47,1
41,3
-
-
Empresa
52,3
49,7
51,6
50,2
Condições Atuais Com relação à:
1 ponto e 1,4 ponto, respectivamente. O indicador de condições atuais da economia brasileira se situou abaixo de 50 pontos (45,2 pontos) e o de condições da empresa se posicionou na linha divisória de 50 pontos (50,2 pontos).
Fonte: Ideies / CNI – Elaboração: Núcleo Estratégico de Conjuntura – NEC
Percepção do Empresário Industrial – Expectativa para os próximos seis meses Os industriais do Espírito Santo estão menos otimistas em relação aos próximos seis meses, pois o indicador Indicador de Expectativa para os próximos seis meses ESPÍRITO SANTO Fev/13
Mar/13
62,3
58,8
Economia Brasileira
55,0
52,6
Estado
57,2
51,6
Empresa
65,8
61,9
Expectativa Com relação à:
Fonte: Ideies / CNI – Elaboração: Núcleo Estratégico de Conjuntura – NEC
de expectativas decresceu 3,5 pontos em março de 2013 frente ao mês anterior, permanecendo, porém, acima da linha divisória de 50 pontos (58,8 pontos). Todos os itens Tabela 3 que compõem o indicador também se situaram na faixa superior a 50 pontos, mas decresceram em relação BRASIL ao mês anterior: expectativa em relação Fev/13 Mar/13 à economia brasileira (-2,4 pontos), em relação ao estado (-5,6 pontos) e em 62,3 61,4 relação à empresa (-3,9 pontos). As expectativas da indústria brasileira também estão piores em março de 2013, 57,3 56,3 frente ao mês anterior. O indicador caiu 0,9 ponto e se posicionou em 61,4 pontos, 64,9 64,0 reflexo do recuo nos itens “com relação à economia brasileira” (-1 ponto) e “com relação à empresa” (-0,9 ponto).
Notas • A partir de janeiro de 2012, as empresas da amostra foram reclassificadas segundo a CNAE 2.0, os portes de empresa foram redefinidos de acordo com a metodologia do EuroStat (mais informações www.cni.org.br/icei) e a série histórica do ES foi recalculada retroativamente a fevereiro de 2010. • O Icei varia no intervalo de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam empresários confiantes. • A pesquisa, cuja amostra é selecionada pela Confederação Nacional da Indústria – CNI, contou nesse mês com a participação de 106 empresas capixabas (29 pequenas, 56 médias e 21 de grande porte). Dessas, 23 empresas pertencem à indústria da construção.
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fatos em fotos
8ª Convenção Sesi/Senai/IEL O Sistema Findes realizou, no dia 15 de fevereiro, a 8ª edição da Convenção Sesi/Senai/IEL. Com o tema “Disciplina que Gera Conhecimento”, o evento foi realizado no Centro de Convenções de Vitória e contou com a presença de educadores e profissionais do Sistema Findes de todo o Espírito Santo. Participaram o professor Hamilton Werneck, a médica Ana Beatriz Barbosa Silva, o economista Gustavo Ioschpe e o professor Clovis de Barros Filho, que falaram sobre temas ligados ao relacionamento entre educadores e estudantes. 1 – O presidente da Findes, Marcos Guerra; a superintendente do Sesi, Solange Maria Nunes Siqueira; e os diretores, Flavio Bertollo e Ricardo Barbosa 2 – O professor Hamilton Werneck 3 – O diretor-executivo da Findes, Luiz Carlos de Souza Vieira 4 – O secretário da SECTTI, Jadir Péla; e o presidente da Findes, Marcos Guerra 5 – Cerca de 1,2 mil educadores participaram do evento 6 – A médica Ana Beatriz Barbosa Silva 7 – Funcionários do Sesi foram os apresentadores da convenção 8 – Evento abriu espaço para apresentação cultural
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Vitória Stone Fair apresenta novidades no setor de rochas Destaque nacional quando se fala em produção e exportação de rochas ornamentais, o Espírito Santo reuniu mais uma vez os grandes players do setor entre 26 de fevereiro e 1° de março. Com o objetivo de agregar valor e movimentar o mercado de rochas, a 35ª Feira Internacional de Mármore e Granito (Vitória Stone Fair 2013) aconteceu no Carapina Centro de Eventos, na Serra. Consolidada como vitrine do segmento, a feira atraiu milhares de visitantes e contou com a participação de 420 expositores, de 17 países. Na área de 25 mil m² foi apresentado o que há de mais moderno nos setores de rochas, equipamentos e insumos. 1 – Cesar Villar de Mello; Luis Carlos de Souza Vieira; o prefeito de Governador Lindenberg, Paulo Cezar Coradini; o diretor do Simprocin-ES, Tharcicio Botti; e o diretor da Findes para Assuntos do IEL-ES, Benizio Lázaro 2 – Autoridades acompanham o discurso do governador Renato Casagrande 3 – O prefeito da Serra, Audifax Barcelos; o secretário estadual de Esportes, Vandinho Leite; e o vice-governador, Givaldo Vieira 4 – O deputado federal Camilo Cola e o deputado estadual Glauber Coelho 5 – O secretário estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, Helder Salomão; e o diretor Técnico do Sebrae-ES, Benildo Denadai 6 – O prefeito de Cariacica, Geraldo Luzia, o Juninho 7 – O vice-governador, Givaldo Vieira; o presidente do Centro Tecnológico do Mármore e Granito (Cetemag); Emic Malacarne Costa; o governador Renato Casagrande; e o presidente do Sindirochas, Samuel Mendonça; em visita a um estande da feira 8 – O diretor-executivo da Findes, Luis Carlos de Souza Vieira; o assessor de Relações Institucionais da Presidência da Findes, Cesar Villar de Mello; o diretor para Assuntos de Fortalecimento Sindical, Egídio Malanquini; o vice-governador, Givaldo Vieira; o governador Renato Casagrande; Emic Malacarne Costa; e Samuel Mendonça.
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cursos e cia
Senai investe em educação à distância Profissionais com diploma em qualquer área de ensino superior podem ingressar em pós-graduação com foco em moda
Q
ue tal aumentar a sua empregabilidade em 2013? Com o objetivo de preparar novos profissionais para o mercado, o Senai Cetiqt - Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil abriu vagas para cursos de pós-graduação lato sensu presenciais em Design de Moda. Podem ingressar os profissionais portadores de diploma de nível superior, em qualquer área de formação, com especial direcionamento para as áreas de moda. Apesar de o Cetiqt estar localizado no Rio de Janeiro, a novidade é que os capixabas poderão ter o suporte ao curso dentro do Estado. A infraestrutura está disponível na unidade do Sesi/Senai Araçás, em Vila Velha. Na unidade parceira haverá, além de acompanhamento de RH, laboratório de informática para design, videoconferências, contato com o Cetiqt e salas de aula climatizadas para os alunos. A duração da pós-graduação é de um ano e oito meses.
“Há demanda por profissionais em vários segmentos industriais e grandes oportunidades de emprego” Ewandro Petrocchi, gerente da Unidade do Sesi/ Senai Vila Velha
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PROGRAMAÇÃO DE CURSOS senai Curso
Período SERRA
Preparatório Cequal – Mecânica
25/03 a 20/05
Operador de Empilhadeira
01/04 a 12/04
PROGRAMAÇÃO DE CURSOS senai Curso
Período VITÓRIA
Solid Works (sábado)
25/03 a 27/04
NR-10 (sábado)
26/03 a 27/04
Comandos Elétricos (sábado)
26/03 a 20/07
Reciclagem para motorista infrator (sábado)
20/04 a 04/05
Reciclagem para Motorista Infrator (sábado)
20/04 a 04/05
Mecânica de Manutenção em Freios, Suspensão e Direção Automotiva
22/04 a 01/08
O material didático (apostilas e CDs, entre outros) ficará disponível núcleo de Araçás, para que possa ser utilizado sempre que necessário. As aulas acontecerão aos sábados, de maneira simultânea, em várias regionais do Sesi/Senai dispostas pelo país. Março 2013 – nº 305
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O material didático (apostilas e CDs, entre outros) ficará disponível no núcleo da unidade do Sesi/ Senai Araçás, em Vila Velha
Cursos Gerenciais de Curta Duração - Vitória Curso
Período
Formação Básica de Líderes de Produção
01 a 04/04
Excelência no Atendimento ao Cliente
01 a 04/04
Habilidades da Liderança em Equipes Funcionais
01 a 05/04
Cálculos Trabalhistas
01 a 05/04
Contabilidade Básica
09 a 11/04
Empreendedorismo e Inovação
09 a 12/04
Interpretação da NBR ISO 9001:2008
09 a 12/04
Construindo a Liderança para Resultados
15 a 18/04
Formação de Auditores Líderes em Sistemas de Gestão da Qualidade NBR 9001:2008
15 a 19/04
Excelência em Vendas
15 a 18/04
Fundamentos Didáticos para Instrutores e Multiplicadores de Treinamento
15 a 19/04
Março 2013 – nº 305
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A pós-graduação vem formar mão de obra qualificada para o setor de moda do país e do Estado. O gerente da Unidade Sesi/Senai de Vila Velha, Ewandro Petrocchi, destaca a importância da capacitação para enfrentar a concorrência de países asiáticos. “Isso tem sido fator de grande preocupação para a indústria da criação e design de moda no Brasil e no nosso Estado”, disse, destacando que o Brasil tem passado por um grande desenvolvimento industrial e tecnológico. “Há demanda por profissionais em vários segmentos industriais e grandes oportunidades de emprego”. Ewandro enfatiza que, quando são desenvolvidos cursos para preparar profissionais de áreas com grande potencial tecnológico, há um investimento na competitividade. “Esses especialistas estarão capacitados para agregar qualidade e custos competitivos ao produto final, isso se levarmos em conta que a indústria do Espírito Santo tem se preparado sistematicamente para que seu parque fabril esteja cada vez mais moderno e competitivo. Precisamos de especialistas, com grande conhecimento acadêmico. Portanto, essa é uma boa oportunidade para profissionais que pretendem atuar ou já estão inseridos na indústria da criação capixaba”, disse. CETIQT O Cetiqt é uma instituição reconhecida mundialmente no segmento de design de moda. A instituição, pioneira no Sistema Senai, foi a primeira unidade a lançar, em 1997, o ensino de nível superior no sistema, com o curso de Engenharia Industrial Têxtil, agregando valor à formação de profissionais para essa área. Em 2001 foi lançado o curso superior de Design de Moda, Indústria Capixaba – FINDES
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cursos e cia
Cursos Gerenciais de Curta Duração - Vitória Curso Alunos do curso de curta duração aprendem sobre Design de Moda
o primeiro do país nessa categoria, e na sua trajetória inovadora passou a oferecer também outros cursos de nível superior, de pós-graduação e de extensão, além dos cursos técnicos, de qualificação e aperfeiçoamento profissional. Atualmente, além desses, o Senai Cetiqt oferece também três cursos de pós-graduação lato sensu presenciais: Design de Estampas, Design de Moda e Pesquisa de Comportamento e Consumo, e ainda uma pós-graduação lato sensu na modalidade à distância: pós-graduação em Design de Moda, em parceria com os polos de apoio presencial nos estados da Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais e Paraíba, além do Rio de Janeiro. A cada semestre, o Senai Cetiqt divulga também uma programação atualizada de cursos de extensão presenciais e à distância, com ampla oferta de temas nas áreas têxtil, confecção, moda e modelagem, entre outros. Mais informações sobre os cursos podem ser encontradas no site: www.cetiqt.senai.br.
Período
Diretrizes na Gestão de Pessoas
15 a 19/04
Interpretação da NBR ISO 9001:2008
19 e 20/04
Negociação e Conflitos
22 a 25/04
Aperfeiçoamento para Telefonistas e Recepcionistas
22 a 25/04
Técnicas de Apresentação e Oratória
22 a 26/04
Formação Básica de Líderes de Produção
01 a 04/04
Planejamento Estratégico de Vendas
15 a 18/04
Construindo a Liderança para Resultados
15 a 18/04
Programa de Capacitação para Coordenadores e Supervisores Comerciais
Junho a Novembro/2013
Programa de Capacitação para Gerentes de Pequenas e Médias Empresas
Maio a Novembro/2013
Informações e inscrições: Edifício Findes – Tel: (27) 3334-5755/5756/5758 • Inscrições e informações também pelo site www.iel–es.org.br • Senai Serra – Tel: (27) 3341-3918 • Senai Vitória – Tel: (27) 3334-5201 • Senai Vila Velha – Tel: (27) 3399-5800 • Mais informações sobre os cursos no site: www.es.senai.br.
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