Publicação Oficial do Sistema Findes • Jan/Fev 2014 • Distribuição gratuita • nº 310 • IMPRESSO
O desafio da sustentabilidade
Por meio de projetos socioambientais, indústria capixaba cresce investindo na vida E mais: Renato Casagrande, indústria voltada à Educação, perspectivas para 2014 Findes_310_Capa_JES.indd 2
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Expediente
Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo – Findes Presidente: Marcos Guerra 1º vice-presidente: Manoel de Souza Pimenta Neto 2º vice-presidente: Ernesto Mosaner Junior 3º vice-presidente: Sebastião Constantino Dadalto 1º diretor administrativo: Ricardo Ribeiro Barbosa 2º diretor administrativo: Tullio Samorini 3º diretor administrativo: Luciano Raizer Moura 1º diretor financeiro: Tharcicio Pedro Botti 2º diretor financeiro: Ronaldo Soares Azevedo 3º diretor financeiro: Antonio Tavares Azevedo de Brito Diretores: Alejandro Duenas, Flavio Sergio Andrade Bertollo, Egídio Malanquini, Benízio Lázaro, Gibson Barcelos Reggiani, Vladimir Rossi, Wilmar Barros Barbosa, Clara Thais Rezende Cardoso Orlandi, Leonardo Souza Rogerio de Castro, Mariluce Polido Dias, Luiz Alberto de Souza Carvalho, Ademar Antonio Bragatto, Edvaldo Almeida Vieira, José Domingos Depollo, Ademilse Guidini, Elcio Alves, Ortêmio Locatelli Filho, Rogerio Pereira dos Santos, Paulo Alexandre Gallis Pereira Baraona, Wilmar dos Santos Barroso Filho, Evandro Simonassi Diretor-executivo: Luis Carlos de Souza Vieira Superintendente corporativo: Marcelo Ferraz Conselho Fiscal Titulares: Elder Elias Giordano Marim, Luiz Carlos Azevedo de Almeida, Adonias Martins da Silva Suplentes: Atílio Guidini, Sandro Varanda Abreu, Valkinéria Cristina Meirelles Bussular Representantes na CNI Titulares: Marcos Guerra, Lucas Izoton Vieira Suplentes: Manoel de Souza Pimenta Neto, Ernesto Mosaner Junior Serviço Social da Indústria – Sesi Presidente do Conselho Regional: Marcos Guerra Representantes do Ministério do Trabalho Titular: Alessandro Luciani Bonzano Comper Suplente: Alcimar das Candeias da Silva Representante do Governo: Juliane de Araújo Barroso Representantes das atividades industriais Titulares: Altamir Alves Martins, Sebastião Constantino Dadalto, Vladimir Rossi, Gibson Barcelos Reggiani Suplentes: Leonardo de Souza Rogerio de Castro, Mariluce Polido Dias, Valkinéria Cristina Meirelles Bussular, Houberdam Pessotti Representantes da categoria dos trabalhadores da indústria Titular: aguardando indicação Sesi/DN Suplente: aguardando indicação Sesi/DN Superintendente: Solange Maria Nunes Siqueira Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – Senai Presidente do Conselho Regional: Marcos Guerra Representantes das atividades industriais Titulares: Ronaldo Soares Azevedo, Wilmar Barros Barbosa, Almir José Gaburro, Luciano Raizer Moura Suplentes: Flavio Sergio Andrade Bertollo, Neviton Helmer Gasparini, Clara Thais Resende Cardoso Orlandi, Manoel de Souza Pimenta Neto Representantes do Ministério do Trabalho Titular: Alessandro Luciani Bonzano Comper Suplente: Alcimar das Candeias Representante do Ministério da Educação Titular: aguardando indicação do MEC Suplente: Ronaldo Neves Cruz Representantes da categoria dos trabalhadores da indústria Titular: Sérgio Luiz Guerra Suplente: aguardando indicação Senai/DN Diretora-regional: Solange Maria Nunes Siqueira
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Centro da Indústria no Espírito Santo – Cindes Presidente: Marcos Guerra 1º vice-presidente: Manoel de Souza Pimenta Neto 2º vice-presidente: Ernesto Mosaner Junior 3º vice-presidente: Sebastião Constantino Dadalto Diretores: Cristhine Samorini, Ricardo Augusto Pinto, Paulo Henrique Teodoro de Oliveira, Altamir Alves Martins, Gustavo Dalvi Comério, Elias Cucco Dias, Celso Siqueira Júnior, Gervásio Andreão Júnior, Edmar Lorencini dos Anjos, Ana Paula Tongo da Silva, Paulo Alfonso Menegueli, Helcio Rezende Dias Conselho de Administração: Adir Comércio, Almir José Gaburro, Álvaro José Bastos Miranda, Antônio César de Andrade, Augusto Henrique Brunow Barbosa, Benildo Denadai, Carlos Fernando Monteiro Lindenberg Neto, Dário Fernando Figueira Cruz, Durval Vieira de Freitas, Edson Fernando Sartório, Eduarda Buaiz, Emílio Walace Bicalho Nemer, Ennio Edmyr Modenesi Pereira, Francisco Rodrigues Rocha, Gilber Ney Lorenzoni, João Carlos Pedroza da Fonseca, João do Carmo, José Angelo Mendes Rambalducci, José Carlos Bergamin, Leonardo Jordão Cereza, Luiz Cláudio Nogueira Muniz, Maria Ângela Demoner Colnago, Mario Sérgio do Nascimento, Neviton Helmer Gasparini, Otacílio José Coser Filho, Patrícia Tristão Carvalho de Mendonça, Paulo Ferreira Alencar, Renato Bragança Domingues, Roberto Anselmo Kautsky Junior, Robson Brandão Neves, Romário José Correa de Araújo, Rusdelon Rodrigues de Paula, Sânte Dassie, Solange Maria Nunes Siqueira, Uriel Barcellos, Valdecir Torezani, Wanessa Nascimento Santos Buzatto, Wellington Simões Villaschi Filho Conselho Consultivo: Oswaldo Vieira Marques, Hélcio Rezende Dias, Sergio Rogerio de Castro, José Bráulio Bassini, Fernando Antonio Vaz, Lucas Izoton Vieira, Marcos Guerra Conselho Fiscal: Marcondes Caldeira, Elson Teixeira Gatto, Tharcicio Pedro Botti, Joaquim da Silva Maia, Renan Lima Silva, Fausto Frizzera Borges Conselho de Sindicância: Arthur Carlos Gerhardt Santos, Chrisógono Teixeira da Cruz, Hélio Moreira Dias de Rezende, Helio de Oliveira Dórea Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo – Ideies Presidente da Findes e do Conselho Técnico do Ideies: Marcos Guerra Membro Representante da Diretoria Plenária da Findes: Egídio Malanquini Membro Representante do Setor Industrial: Benízio Lázaro Membro Efetivo Representante do Senai-ES: Solange Maria Nunes Siqueira Membro Efetivo Representante do Sesi-ES: Yvanna Miriam Pimentel Moreira Representantes do Conselho Fiscal - Membros efetivos: Tullio Samorini, José Carlos Chamon, José Domingos Depollo Representantes do Conselho Fiscal - Membros suplentes: José Ângelo Mendes Rambalducci, Luciano Raizer Moura, Houberdam Pessotti Representante da Comunidade Científica Acadêmica e Técnica: João Luiz Vassalo Reis Membro representante do Sebrae/ES: Ruy Dias Diretor-executivo do Ideies: Antonio Fernando Doria Porto Instituto EuvaldoLodi – IEL Diretor-regional: Marcos Guerra Conselheiros: Solange Maria Nunes Siqueira, Maria Auxiliadora de Carvalho Corassa, Lúcio Flávio Arrivabene, Geraldo Diório Filho, Sônia Coelho de Oliveira, Rosimere Dias de Andrade, Antonio Fernando Doria Porto, Alejandro Duenas, Ruy Dias de Souza, Vladimir Rossi, José Bráulio Bassini, Houberdam Pessotti, Benildo Denadai, Anilton Salles Garcia Conselho Fiscal: Egídio Malanquini, Tharcicio Pedro Botti, Almir José Gaburro, Loreto Zanotto, Rogério Pereira dos Santos, Luciano Raizer Moura Superintendente: Fábio Ribeiro Dias
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Instituto Rota Imperial – IRI Diretor-geral: Marcos Guerra Diretores: Manoel de Souza Pimenta Neto, Alejandro Duenas, Paulo Henrique Teodoro de Oliveira, Vladimir Rossi Conselho Deliberativo Titulares: Baques Sanna, Alejandro Duenas, Fernando Schneider Kunsch, Maely Coelho, Eustáquio Palhares, Roberto Kautsky, Associação Montanhas Capixabas Turismo e Eventos, Instituto Jutta Batista da Silva, Adetur Metropolitana Suplentes: Jorge Deocézio Uliana, Tullio Samorini, João Felício Scardua, Manoel de Souza Pimenta Neto, Adenilson Alves da Cruz, Tharcicio Pedro Botti, Henrique Denícoli, Helina Cosmo Canal, Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável da Região do Caparaó, Associação Leopoldinense de Turismo, Agrotures, Leandro Carnielli, Associação Turística de Pedra Azul, Fundação Máximo Zandonadi Membros natos: Lucas Izoton Vieira, Sergio Rogerio de Castro, Ernesto Mosaner Júnior, Aristoteles Passos Costa Neto Conselho Fiscal Efetivos: Flavio Sergio Andrade Bertollo, Raphael Cassaro, Edmar dos Anjos Suplentes: Celso Siqueira, Valdeir Nunes, Gervásio Andreão Júnior Câmaras Setoriais Industriais e Conselhos Temáticos (Consats) Coordenador-geral: Sebastião Constantino Dadalto Câmaras Setoriais Industriais Câmara Setorial das Indústrias de Alimentos e Bebidas Presidente: Gibson Barcelos Reggiani Câmara Setorial das Indústrias de Base e Construção Presidente: Wilmar dos Santos Barroso Filho Câmara Setorial da Indústria de Materiais da Construção Presidente: Houberdam Pessotti Câmara Setorial da Indústria de Mineração Presidente: Samuel Mendonça Câmara Setorial da Indústria Moveleira Presidente: Luiz Rigoni Câmara Setorial da Indústria do Vestuário Presidente: Paulo Roberto Almeida Vieira Conselhos Temáticos Conselho Temático de Assuntos Legislativos (Coal) Presidente: Sergio Rogerio de Castro Conselho Temático de Comércio Exterior (Concex) Presidente: Claudio de Moraes Sandrini Conselho Temático de Desenvolvimento Regional (Conder) Presidente: Áureo Vianna Mameri Conselho Temático de Infraestrutura (Coinfra) Presidente: Sebastião Constantino Dadalto Conselho Temático de Meio Ambiente (Consuma) Presidente: Wilmar Barros Barbosa Conselho Temático de Micro e Pequena Empresa (Compem) Presidente: Vladimir Rossi Conselho Temático de Política Industrial e Inovação Tecnológica (Conptec) Presidente: Luiz Alberto de Souza Carvalho Conselho Temático de Relações do Trabalho (Consurt) Presidente: Haroldo Olívio Marcellini Massa Conselho Temático de Responsabilidade Social (Cores) Presidente: Jefferson Cabral (interino) Conselho Temático de Educação (Conedu) Presidente: Luciano Raizer Moura Conselho Temático de Política Urbana (Copurb) Presidente: Aristoteles Passos Costa Neto Conselho Temático de Energia (Conerg) Presidente: Nélio Rodrigues Borges
Diretorias regionais Diretoria da Findes em Anchieta e região Vice-presidente Institucional da Findes: Fernando Schneider Kunsch Diretoria da Findes em Aracruz e região Vice-presidente Institucional da Findes: João Baptista Depizzol Neto Diretoria da Findes em Cachoeiro de Itapemirim e região Vice-presidente Institucional da Findes: Áureo Vianna Mameri Diretoria da Findes em Colatina e região Vice-presidente Institucional da Findes: Manoel Antonio Giacomin Diretoria da Findes em Linhares e região Vice-presidente Institucional da Findes: Paulo Joaquim do Nascimento Núcleo da Findes em Nova Venécia e região Vice-presidente Institucional da Findes: José Carnieli Núcleo da Findes em São Mateus e região Vice-presidente Institucional da Findes: Nerzy Dalla Bernardina Junior Núcleo da Findes em Venda Nova do Imigrante e região Vice-presidente Institucional da Findes: Adenilson Alves da Cruz Diretores para Assuntos Específicos e das Entidades Diretor para Assuntos do Fortalecimento Sindical e da Representação Empresarial: Egídio Malanquini Diretor para Assuntos das Micro e Pequenas Indústrias: Vladimir Rossi Diretor para Assuntos Tributários: Gibson Barcelos Reggiani Diretor para Assuntos do Meio Ambiente: Wilmar Barros Barbosa Diretor para Assuntos de Capacitação e Desenvolvimento Humano: Clara Thais Rezende Cardoso Orlandi Diretor para Assuntos de Marketing e Comunicação: Fernando Schneider Kunsch Diretor para Assuntos de Desenvolvimento da Indústria Capixaba: Leonardo Souza Rogerio de Castro Diretor para Assuntos de Inovação Industrial: Luiz Alberto de Souza Carvalho Diretor para Assuntos de Segurança, Saúde e Responsabilidade Social do Sesi e Senai/ES: Alejandro Duenas Diretor para Assuntos de Educação e Cultura do Sesi e Senai/ES: Flavio Sergio Andrade Bertollo Diretor para Assuntos do IEL: Benízio Lázaro Diretor para Assuntos do Ideies/CAS: Egídio Malanquini Diretor para Assuntos do Cindes: Paulo Alfonso Menegueli Diretor para Assuntos do IRI: Marcos Guerra Sindicatos filiados à Findes e respectivos presidentes Sinduscon: Aristoteles Passos Costa Neto | Sindipães: Flavio Sergio Andrade Bertollo Sincafé: Sergio Brambilla | Sindmadeira: José Domingos Depollo Sindimecânica: Ennio Modenesi Pereira II | Siges: João Baptista Depizzol Neto Sinconfec: Clara Thais Rezende Cardoso Orlandi Sindibebidas: José Angelo Mendes Rambalducci | Sindicalçados: Altamir Alves Martins Sindifer: Manoel de Souza Pimenta Neto | Sinprocim: Houberdam Pessotti Sindutex: Mariluce Polido Dias | Sindifrio: Elder Elias Giordano Marim Sindirepa: Wilmar Barros Barbosa | Sindicopes: José Carlos Chamon Sindicacau: Gibson Barcelos Reggiani | Sindipedreiras: Loreto Zanotto Sindirochas: Samuel Mendonça | Sincongel: Paulo Henrique Teodoro de Oliveira Sinvesco: Fábio Tadeu Zanetti | Sindimol: Almir José Gaburro Sindmóveis: Ortêmio Locatelli Filho | Sindimassas: Emerson de Menezes Marely Sindiquímicos: Elias Cucco Dias | Sindicer: Ednilson Caniçali Sindinfo: Luciano Raizer Moura| Sindipapel: José Bráulio Bassini Sindiplast: Neviton Helmer Gasparini | Sindibores: Silésio Resende de Barros Sinvel: Atílio Guidini | Sinconsul: Bruno Moreira Balarini
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Nesta Edição
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SUSTENTÁVEL Atuar sustentavelmente é uma imposição para o próprio desenvolvimento. Com essa visão, grandes empresas do Espírito Santo investem em projetos e mostram resultados que beneficiam toda a sociedade.
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ENTREVISTA
GESTÃO
O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, faz um balanço sobre sua gestão, fala sobre a parceria do Governo com a indústria capixaba, o impacto das chuvas para a economia e as conquistas e desafios do Estado.
A Findes lançou o “Direcionadores Estratégicos da Gestão”, documento que reúne cinco pilares prioritários da sua administração entre 2011 e 2014. O DEG reúne objetivos, planos e ações de grande importância para a indústria.
10 INDÚSTRIA
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Fundamental para o crescimento do país, a Educação também impulsiona o desenvolvimento das empresas por meio de profissionais mais capacitados. Conheça o ponto de vista da indústria e os incentivos que geram colaboradores qualificados. 6
O Espírito Santo ganha terreno no que se refere a iniciativas inovadoras. Visando garantir competitividade e maior valor agregado aos produtos capixabas, a Findes atua para promover oportunidades na área da inovação.
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Publicação Oficial do Sistema Findes • Jan/Fev 2014 • Distribuição gratuita • nº 310 • IMPRESSO
O desafio da sustentabilidade
Por meio de projetos socioambientais, indústria capixaba cresce investindo na vida
Edição nº 310 Jan/Fev 2014
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CENÁRIO Quais são as perspectivas para 2014 depois de um ano de muitos desafios e cenário não muito positivo para a economia? Veja a opinião de empresários e especialistas sobre investimentos, produtividade, gargalos e o que a indústria capixaba pode esperar no ano que se inicia.
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Publicação oficial do Sistema Findes Janeiro / Fevereiro – 2014 ▪ nº 310 Conselho Editorial – Marcos Guerra, Manoel de Souza Pimenta Neto, Sebastião Constantino Dadalto, Ernesto Mosaner Junior, Luis Carlos de Souza Vieira, Ricardo Barbosa, Alejandro Duenas, Flavio Sergio Andrade Bertollo, Egídio Malanquini, Benízio Lázaro, Fernando Schneider Kunsch, Solange Maria Nunes Siqueira, Fábio Ribeiro Dias, Antônio Fernando Doria Porto, Lucas Izoton Vieira, Marcelo Ferraz, Cintia Dias e Breno Arêas Jornalista responsável – Breno Arêas (MTB 2933/ES) Apoio técnico – Assessoria de Comunicação da Findes Jornalistas: Evelyn Trindade, Fábio Martins, Leonardo Nunes, Milan Salviato e Tatiana Ribeiro Gerente de Marketing: Cintia Dias Coordenação: Breno Arêas Depto. Comercial – Unirem/Findes – Simone Dttmann Sarti Tel: (27) 3334-5721 – mercado@findes.org.br
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ESPECIAL As chuvas que castigaram o Espírito Santo em dezembro afetaram polos industriais e acarretaram a perda de equipamentos, matérias-primas e estoques. O prejuízo é de R$ 170 milhões somente para a indústria. Confira o que está sendo feito para reconstruir o Estado.
22 INDÚSTRIA EM AÇÃO 50 NO SISTEMA 58 FATOS EM FOTOS
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Produção Editorial
Coordenação Editorial: Mário Fernando Souza Gerente de Produção: Elisângela Egert Produção editorial e diagramação: Fábio Barbosa, Jéssica Nonato e Thiara Nascimento Copidesque: Marcia Rodrigues Textos: Ana Lúcia Ayub, Giordany Bossato, Gustavo Costa, Jussara Baptista e Vitor Taveira Revisão de textos: Andréia Pegoretti Fotografia: Renato Cabrini, fotos cedidas, arquivos Findes e Next Editorial
Impressão
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Editorial
2014, ano de otimismo e crescimento para a indústria capixaba
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m coletiva à imprensa realizada no mês de janeiro, apresentamos um plano de investimentos do Sistema Findes em torno de R$ 150 milhões para o período até 2017. Cerca de 84% desses recursos serão destinados à educação, com prioridade para a educação profissional. Nossas metas são arrojadas: oferecer 226.500 matriculas, distribuídas entre Sesi, Senai e IEL, sendo a maior parte 156 mil - para o Senai, além de 450 mil atendimentos em Saúde e Segurança do Trabalhador. Os investimentos anunciados serão aplicados em reforma, ampliação e construção de centros integrados, unidades móveis e na modernização dos 60 laboratórios do Senai existentes em nosso Estado, a fim de atender às demandas das indústrias locais. Dos mais de R$ 100 bilhões que serão investidos em plantas industriais previstas para se instalaram no Espírito Santo, R$ 24 bilhões já se encontram em fase de implementação. A Grande Vitória, junto com as regiões norte, noroeste e sul, são as que receberão a maior parte desses grandes projetos. Já entre os setores que mais contribuirão para o crescimento da indústria capixaba neste ano está o de energia, com a cadeia de petróleo e gás gerando cerca de 11.720 empregos diretos. Falando da produção física industrial, a indústria capixaba não conseguiu sustentar o crescimento de 2010 e 2011, fechando o ano de 2013 em níveis negativos. Mas, ao mesmo tempo, nosso Estado nos últimos quatro anos cresceu 35% na comparação com a produção física industrial brasileira que, em sua média anual, registrou nesse período um crescimento de 2,3%, contra 3,2% do Espírito Santo. As chuvas e enchentes que atingiram o Estado no último mês de dezembro também prejudicaram muito a nossa indústria, causando prejuízos que podem ultrapassar R$ 170 milhões, de acordo com projeção feita pelo Ideies a partir de um levantamento realizado nas oito diretorias regionais do Sistema Findes. Nesta edição, procuramos aprofundar a visão dos empresários sobre o cenário econômico esperado para 2014.
Vamos falar também de outro tema importante, que são os desafios da sustentabilidade: grandes indústrias investem nessa área, obtendo como retorno uma maior aceitação da sociedade e do mercado, além de sua própria evolução. Em entrevista exclusiva para a Revista da Indústria, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, faz um balanço de sua gestão, fala sobre os desafios que a economia capixaba enfrenta e ainda sobre a diversificação e interiorização da indústria capixaba como a solução para o desenvolvimento. Destacamos também na edição 310 de nossa revista o trabalho dinâmico realizado dentro do nosso Sistema Indústria. Mostramos, em uma esclarecedora matéria, os Direcionadores Estratégicos de Gestão, pilares da nossa administração. O documento, que reúne temas prioritários como educação, associativismo, interiorização, relacionamento institucional, infraestrutura e obras, poderá ser mais bem conhecido pelos leitores nas páginas a seguir. No mais, desejo a todos, um ano de muito trabalho e produtividade para uma indústria cada vez mais competitiva e de maior valor agregado, gerando emprego, renda e qualidade de vida para todos nós, capixabas.
Marcos Guerra Presidente do Sistema Findes/Cindes
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Indústria por Gustavo Costa
Foto: Sergio Castro
Com o trabalho desenvolvido pelo Senai e Sesi, Findes prepara os profissionais para uma indústria mais tecnológica
Alavanca para o futuro Chave para o desenvolvimento humano, a Educação tem impacto direto na sociedade e na indústria
B
ase da sociedade, a Educação norteia o homem rumo a novos horizontes. O indivíduo que investe no seu crescimento intelectual e acadêmico tem melhores empregos e salários, elevando seu poder de compra e a qualidade de vida.Por consequência,uma população que busca se aprimorar vê melhoras sensíveis em áreas como Saúde e Segurança, uma vez que práticas saudáveis são disseminadas, e as oportunidades criadas pelo estudo diminuem os índices de crimes e violência.
“O mundo do trabalho exige, cada vez mais, um profissional que domine não apenas o conteúdo técnico específico da sua atividade, mas que detenha capacidade crítica, autonomia” Solange Siqueira, diretora regional do Senai-ES e superintendente do Sesi-ES
O Espírito Santo tem registrado nos últimos anos relevante melhora nas condições de escolaridade de sua população. Foi o que apontou a Pesquisa por Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE. De acordo com a pesquisa, o Estado já universalizou o acesso à escola para os capixabas entre sete e 14 anos, com 97,3% de taxa de frequência. Os índices de analfabetismo na faixa etária de 10 a 14 anos caíram de 2,3%, em 2001, para 0,5% em 2012. Já o analfabetismo acima dos 15 anos apresentou queda de 11,5% para 6,7% no mesmo período. Mas, mesmo ocupando a sexta posição entre os 26 estados da Federação no que se refere ao nível de escolaridade da população adulta, o Espírito Santo precisa avançar. A população a partir de 25 anos possui, em média, 7,8 anos de estudo, que correspondem a um nível inferior ao fundamental completo. São 995.570 pessoas neste nível de escolaridade. Quase 19% da população adulta (423 mil pessoas) não tinha completado nem o ensino fundamental. Para cada 10 adultos que concluem o ensino médio no Estado, existem 11 sem o ensino fundamental completo, enquanto que para cada adulto com curso superior no Espírito Santo existe um sem nenhuma escolaridade.
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Cenário da Educação na Indústria Empresas de vários setores no Brasil já perceberam que investir no desenvolvimento dos trabalhadores é promover o seu próprio crescimento. O aumento do nível de escolaridade acarreta elevação da produtividade. Segundo uma pesquisa da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA-USP), o número de indústrias que investem em educação corporativa cresceu 40 vezes entre 2000 e 2009. Se no início da década apenas 10 empresas investiam na área, em 2009 esse número ultrapassou 400. De acordo com o levantamento, as empresas aplicam em média R$ 11 milhões anuais no aprimoramento de seus colaboradores. Para Solange Siqueira, diretora regional do Senai-ES e superintendente do Sesi-ES, a indústria brasileira já notou que é necessário promover um salto significativo na qualidade da educação básica,principalmente no que se refere às competências e habilidades relacionadas aos conceitos matemáticos, bem como ao domínio da língua portuguesa. “As novas tecnologias que fazem parte da cadeia produtiva requerem do profissional domínio de conhecimentos e de sua aplicabilidade. Exige também que interprete desafios, resolva situações-problemas e esteja preparado para analisar, calcular e avaliar riscos na correção de afazeres e antecipar decisões e escolhas, objetivando assim criar e inovar, aprendendo a conviver com o novo. A indústria busca profissionais que tenham bom senso, lógica de raciocínio, habilidade e eficiência na comunicação, que sejam capazes de buscar novos conhecimentos, preparados para trabalhar em equipe e que possuam bom conhecimento técnico. O conjunto de todas essas competências é fundamental e imprescindível para a competitividade da indústria capixaba”, falou. Todos os investimentos feitos são vitais, e os desafios são grandes, especialmente quando se leva em conta que o nível
“Teremos menos rotatividade de funcionários, custos de produção menores, produtividade maior, maior oferta de mão de obra qualificada” Flávio Bertollo, diretor para Assuntos de Educação do Sesi/Senai
“ Temos que mostrar para os gestores e líderes que empresas que investem na formação e profissionalização de pessoas têm resultados melhores que outras” Alejandro Duenas, diretor para Assuntos de Segurança, Saúde e Responsabilidade Social do Sesi/Senai
da qualificação da mão de obra determina a capacidade de absorver e usar novas tecnologias ou não. À medida que essa qualificação aumenta, são criadas condições mais favoráveis para a expansão da capacidade produtiva das empresas. Soma-se a isso o fato de que a existência de quadros de elevada formação é um importante ingrediente para determinar a capacidade da região de gerar o seu próprio processo superior de tecnologia. No Espírito Santo, de acordo com o IBGE, apenas 12% dos trabalhadores locais possuem mais de 15 anos de estudo. Cerca de 10% têm até três anos de escolaridade, o que os coloca como analfabetos funcionais. Já 40% dos trabalhadores apresentam ensino fundamental, completo ou não. O restante possui pelo menos um ano de estudo de nível médio. Para Alejandro Duenas diretor para Assuntos de Segurança, Saúde e Responsabilidade Social, do Sesi/Senai, Educação é um investimento, não uma despesa. “Assim como a empresa necessita investir em infraestrutura em máquinas e processos, ela precisa capacitar pessoas. Educação é investir em resultados. Qualquer custo que você tenha é justificável nesse sentido. As pessoas, assim como as empresas, querem crescer e evoluir. E a Educação é um meio para que isso aconteça, com o retorno dado à empresa. Temos que mostrar para os gestores e líderes que empresas que investem na formação e profissionalização de pessoas têm resultados melhores que outras. E uma forma de fazer isso é mostrar o que e com quem está dando certo. O Sesi/Senai pode desenvolver ações nesse sentido, buscando cases de sucesso, números, pesquisas e avaliações, e disseminando essas informações. O convencimento se dá pelo exemplo”, frisou. De acordo com Flávio Bertollo, diretor para Assuntos de Educação do Sesi/Senai, se o Estado contar com uma educação de qualidade, voltada às vocações industriais, o mercado se beneficiará com trabalhadores mais bem preparados e comprometidos. “Teremos menor rotatividade de funcionários, custos de produção reduzidos, maiores produtividade e oferta de mão de obra qualificada. Eu acredito que a consciência da importância de se investir na educação já exista, o que precisamos é aproximar as indústrias dos seus sindicatos e seus sindicatos do Sesi e Senai”, falou. Jan/Fev 2014 ▪ 310
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Indústria
Reinstalação do Conedu Pautada pela missão de promover um cenário favorável ao crescimento da indústria, a Findes olha com atenção a questão da Educação e seus desdobramentos. Com isso, reestruturou o Conselho Temático de Educação (Conedu), que atuará por meio de fóruns de debates sobre os temas relevantes à Educação e o seu impacto no desenvolvimento econômico e social do Espírito Santo. No evento de reinstalação, realizado no dia 3 de dezembro, tomou posse como presidente do Conedu o diretor administrativo do Sistema Findes, Luciano Raizer Moura. Para ele, o tema Educação é de interesse de todos, da população, governos e em especial do setor produtivo. “Somente com pessoas mais bem educadas e instruídas, sejam trabalhadores, gestores ou empresários, é que a indústria será mais competitiva e mais produtiva. O Sistema Findes, por meio de suas instituições – como o Sesi, que cuida da educação básica; o Senai, da educação profissional; e o Instituto Euvaldo Lodi, o IEL, responsável pela educação executiva –, tem compromisso e responsabilidade com a educação das pessoas que atuam no setor. Por isso, investe em ações que promovem melhora do nível educacional
“Para crescer, a nossa indústria precisa ter produtividade e inovação. O conhecimento é a base disso” Luciano Raizer, presidente do Conedu
dos industriários e suas famílias e melhor qualificação de seus trabalhadores e gestores. Era natural que se pensasse em um foro que pudesse definir políticas para que essas ações e investimentos em educação fossem feitos da melhor maneira possível. Esse é o papel do Conedu: ser um foro de alto nível para discussão e orientação do posicionamento do Sistema Findes em relação ao tema”, frisou Raizer. Durante o evento, foi sugerido um fórum de debates e proposição de alternativas para a elevação da qualidade do capital humano no Espírito Santo e Nível de escolarização dos de desenvolvimento da indústria capixaba. trabalhadores na indústria – ES – (%) A solenidade teve como convidado o economista e articu-lista da revista 70,00 Veja Cláudio de Moura Castro, que fez a palestra “Educação e Competitividade”. 60,00 Segundo ele, a indústria não pode ficar alheia à questão da Educação, uma vez 50,00 que tem interesse direto na formação de profissionais. “Quando você tem 40,00 uma representação da indústria, temos 30,00 o pensamento do que é necessário para aumentar a competitividade, para ser 20,00 mais próspera e crescer. E uma das preocupações é a formação das pessoas. 10,00 A indústria vê essa formação com olhos que não são contraditórios, mas são diferentes 0,00 dos olhos com que a Educação se vê. 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 A indústria sabe onde o sapato aperta, vê onde as coisas estão falhando. Afinal 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 de contas, a escola produz, e a indústria consome a mão de obra. E o consumidor Analfabetos 0,70 0,82 0,71 0,78 0,72 0,59 0,52 tem que ter voz no processo produtivo. Analfabetos funcionais Quando a indústria vende um produto, 4,80 4,55 4,06 4,09 4,48 4,71 4,57 (até 04 anos de estudo) ela tem que ouvir o consumidor, ou este não Ensino fundamental segue comprando. E um Conselho como o 57,59 55,26 53,36 51,39 48,22 46,01 44,26 (completo e incompleto) Conedu é a voz da indústria falando para Ensino médio 31,84 34,03 36,34 38,17 41,00 42,98 43,40 o produtor da educação. O Conedu é uma entidade com um pé na indústria e um pé na Ensino superior 5,08 5,34 5,53 5,57 5,57 7,25 7,25 Educação, e por isso tem uma perspectiva interes-sante a oferecer”, explicou. Fonte: Rais MTE
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Ações do Sesi e Senai Entendendo que a formação do trabalhador não deve ser apenas regulada por tarefas relativas a postos de trabalho, tanto o Sesi-ES quanto o Senai-ES buscam estratégias diferenciadas, capazes de aumentar a conscientização de empregador e empregados por meio Lego Robótica levando de iniciativas na área da a educação para um novo patamar Educação. “O mundo do trabalho exige, cada vez mais, um profissional que domine não apenas o conteúdo técnico específico da sua atividade, mas que, igualmente, detenha capacidade crítica, autonomia para gerir seu próprio trabalho, habilidade para atuar em equipe e solucionar criativamente situações desafiadoras em sua área”, falou Solange Siqueira. A diretora regional do Senai-ES e superintendente do Sesi-ES cita os níveis de atuação das entidades nessa área: modalidades de ensino ampliando as possibilidades de formação, conforme a escolaridade; oferta flexível em turnos e dias variados, inclusive fins de semana; articulação com empresas para concepção dos cursos, visando a aumentar a aderência da oferta à demanda do mercado; incentivo à inovação, com editais específicos e apoio do Departamento Nacional; descontos para empresas, considerando o número de empregados; busca por articulação com parceiros, visando à oferta gratuita para pessoas de baixa renda; oferta de formação dentro das empresas e comunidades.
“A indústria sabe onde o sapato aperta, vê onde as coisas estão falhando. Afinal de contas, a escola produz, e a indústria consome a mão de obra. E o consumidor tem que ter voz no processo produtivo” Cláudio de Moura Castro, economista
Iniciativas das empresas Ações voltadas à Educação, como as realizadas pelo Sesi e Senai, já surtiram resultado na gestão de empresas de diferentes portes no Estado. A cada ano, um número maior delas investe na formação e qualificação dos colaboradores. Um bom exemplo, entre muitos que poderiam ser citados, vem da ArcelorMittal Tubarão. A companhia investe permanentemente na formação de seus empregados por meio de cursos, capacitações e treinamentos, além de contribuir dando subsídios variados para graduação, mestrado, educação continuada, idiomas e especializações, entre outros cursos. Uma das iniciativas de destaque da empresa é o programa “Nossa Escola”, que deu oportunidade para que todos os funcionários pudessem concluir o ensino médio. Iniciado em 1994 e concluído em 2004, ele formou 2.734 pessoas, incluindo cônjuges e terceirizados. “A ArcelorMittal Tubarão entende que as pessoas representam o diferencial competitivo de toda e qualquer empresa e que, por isso, é fundamental estimular o crescimento e o desenvolvimento dos profissionais com vistas à qualificação do mercado como um todo. Nosso desafio é expandir a oferta de oportunidades de formação de alta qualidade aos nossos empregados, em uma ação alicerçada em investimentos em recursos humanos e infraestrutura, pois assim incentivaremos a capacidade de inovação nos processos e nas tecnologias”, disse Juliana Oliveira Almeida, gerente de Desenvolvimento e Remuneração da companhia. O presidente do Conedu, Luciano Raizer, percebe com grande entusiasmo as ações promovidas pelas empresas capixabas. “Para crescer, a nossa indústria precisa ter produtividade e inovação. O conhecimento é a base disso. Somente com pessoas mais bem preparadas é que se pode desenvolver e investir em produtos novos, com novas tecnologias, e assim conquistar o mercado, gerando emprego e renda”. Raizer conclui lembrando que a Educação é o pilar que sustenta todas as coisas. É o fundamento essencial que permite à sociedade avançar e à indústria ser mais competitiva. Jan/Fev 2014 ▪ 310
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Artigo
2014: um ano de reflexões para mudanças
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início de um novo ciclo é um momento cheio de simbolismo e inspira reflexões, avaliações e planejamentos. Para a indústria, tudo indica que teremos um 2014 morno. O Carnaval ocorrerá em março, seguido pela Copa do Mundo e eleições. Feriados e incertezas que não estimulam o crescimento da produção, nem facilitam decisões de curto prazo. Com a economia andando “de lado”, haverá tempo e oportunidade para refletir sobre o futuro da empresa e do nosso modelo de capitalismo e de democracia. A indústria nacional chegou em 1980 com a avaliação de que seu perfil produtivo era similar ao das mais avançadas, isso pela capacidade de produzir os mesmos produtos. Passados 34 anos, sob este enfoque, retrocedemos. A indústria mais intensiva em tecnologia perdeu espaço no mercado. Basta dizer que em 2008 o saldo comercial com o exterior em celulares foi de US$ 2,2 bi. Hoje, quase todo o mercado é atendido por importações. Os segmentos que cresceram foram os de tecnologia dominada, ou de menor margem de geração de valor. O avanço do setor industrial é fundamental para o desempenho das economias. Isso por conta de suas inter-relações com os demais segmentos. Parece contraditório observar que a participação do setor no PIB tende a cair com o desenvolvimento.
A explicação reside em que a indústria mais avançada tecnologicamente demanda mais serviços em inovação, em pesquisa, design, enfim, serviços mais intensivos em conhecimento. Não medimos mais a importância da indústria pela participação no PIB, mas por sua intensidade na absorção de serviços especializados. No Brasil, a indústria já representou 35% do PIB, hoje está em torno de 13%. Mas, a mudança não representa um crescimento em direção ao perfil da nova indústria. Este é um desafio para a reflexão do próximo ano. Certamente estará de volta o debate sobre competitividade, embora com agenda diferenciada na qual o eixo condutor será a construção de capacidade inovadora. No plano global, há muitos desafios. Alguém já disse que vivemos “na era da civilização do evento”, onde é muito mais importante a aparência ou a ostentação. O conteúdo tornou-se algo secundário. Daí o desafio de adequar o padrão de consumo à capacidade do planeta. Ainda neste plano, um grande desafio está proposto para os políticos. Não há mais como fugir ao debate sobre o modelo produtivo e de decisão coletiva que forma o sistema em que vivemos. Os movimentos de junho em várias regiões do mundo indicam as insatisfações com as entregas realizadas por este modelo. No Estado, 2014 não parece conter novidades inesperadas. Surpreendido com a necessidade de começar o ano executando um grande programa de reconstrução, o Governo não se desorganizará por isso. Está solidamente plantado no equilíbrio financeiro, na gestão e na articulação política. Pelas mesmas razões, venceu ou contornou em anos anteriores uma avalanche de ataques: royalties, redução de receitas, crise mundial, escassos investimentos federais em infraestrutura. Expande o parque da velha indústria, mas tem a oportunidade, como poucos estados, para avançar na indústria intensiva, posto que aqui as demandas de tecnologia para óleo e gás podem cumprir essa função dinamizadora. O desafio será de colocar de pé políticas de desenvolvimento capazes de compreender as condicionantes do futuro. Guilherme Henrique Pereira é diretor-presidente do Bandes
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entrevista por Ana Lúcia Ayub
Governador Renato Casagrande “Estamos consolidando a base para um período novo de desenvolvimento”
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m ano de desafios administrativos, efervescência nas ruas, conquistas em áreas estratégicas e planejamento das contas públicas mesmo em situações adversas. Este, pode-se dizer, é um resumo de como o governador Renato Casagrande (PSB) avaliou 2013. O ano que passou começou com a gradual extinção do Fundap e terminou com o Espírito Santo devassado por chuvas torrenciais. Casagrande recebeu a reportagem da Revista da Indústria para uma entrevista exclusiva no Palácio Anchieta. Na conversa, que durou cerca de uma hora, falou do enfrentamento à insegurança, tema sensível, principalmente por conta da alta taxa de homicídios do Estado; apontou que a diversificação da economia é o caminho para o novo ciclo de desenvolvimento que está se configurando; e sublinhou que o Estado não deve ficar dependente de uma só atividade econômica, devendo avançar para exportar produtos com maior valor agregado. Confira nesta e nas outras páginas a seguir.
Em um ano político iniciado com a perda de recursos dos royalties do petróleo e marcado por manifestações em todo o Brasil, o que o senhor destaca como marcas importantes que o Estado conseguiu alcançar em 2013? O ano de 2013 foi produtivo, mas cheio de desafios. Tivemos que nos adaptar às perdas do Fundap, que causaram redução nas receitas dos municípios e do Estado. Tivemos uma economia mundial e o Brasil crescendo pouco.Tudo isso interfere na gestão da administração pública e da iniciativa privada. Enfrentamos as manifestações populares, que se tivessem buscado seus objetivos de forma pacífica, teriam fortalecido a democracia brasileira, mas o desfecho acabou em violência e exigiu do Governo muito equilíbrio e capacidade de diálogo.Terminamos o ano com fortes chuvas atingindo o Estado, colocando à prova nossa capacidade de dar respostas e de estabelecer parcerias. Mas fechamos 2013 com equilíbrio na área fiscal, com nosso modelo de gestão premiado na 1ª colocação da revista
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“Precisamos de autonomia e independência e temos que consolidar todas as boas atividades do Estado, para uma maior diversificação dos segmentos econômicos” Mundo PM, que avalia o gerenciamento de projetos no Brasil, realizamos investimentos de R$ 1,5 bilhão, ampliamos os recursos para as áreas de Educação, Segurança e Saúde e pudemos diminuir um pouco os problemas sociais. Na Segurança, o número de homicídios foi reduzido de 1.661, em 2012, para 1.565 em 2013, uma queda de quase 100 homicídios, o que mostra que devemos dar sequência ao trabalho que vem sendo realizado para reduzir a violência. Qual o balanço que o senhor faz de sua gestão até o momento? Em que o Estado avançou no período de seu Governo? Nós tínhamos um compromisso de concluir todos os projetos e obras iniciados no Governo anterior. Fizemos isso e ampliamos nossa capacidade de gestão. Hoje, a sociedade fica revoltada quando um Governo não dá sequência ao que outro governante deixou pela metade ou sem conclusão. Nesses últimos anos, estamos consolidando a base para um período novo de desenvolvimento. O Estado já vivenciou o ciclo do café, já vivenciou o ciclo das grandes indústrias e hoje já vive uma indústria nova, como a do petróleo e gás. Mas precisamos ter um ciclo de desenvolvimento que não se apoie numa só atividade econômica. Temos que fortalecer o café, que ainda é uma atividade importante para a economia capixaba. O petróleo e o gás continuarão sendo essenciais por muitos anos ainda, mas não podemos ficar dependentes. Precisamos de autonomia e temos que consolidar todas as boas atividades do Estado, para uma maior diversificação dos segmentos. A base que estamos consolidando é para que possamos ter um desenvolvimento equilibrado, propiciar oportunidades aos capixabas que moram nas diversas microrregiões e municípios e resolver os problemas sociais que ainda temos no Estado. Além das áreas de Saúde, Segurança e Educação, investimos de forma ampla em infraestrutura, em inovação e formação profissional. Essas são as bases para entrarmos num novo ciclo de desenvolvimento.
condição semelhante à de outros estados, com redução da carga tributária. Nós reformulamos e renovamos os contratos e ampliamos para outros segmentos, contemplando 21 setores. Isso vai permitir a manutenção da atividade econômica e do emprego. Fizemos também, de forma segmentada, algumas outras desonerações, voltadas para as atividades econômicas como um todo. Elevamos o enquadramento do Supersimples ao teto máximo para micro e pequenas empresas e aprovamos a Lei Complementar 618/2012, o Estatuto Estadual da Micro e Pequena Empresa do ES, que concede benefícios como o acesso diferenciado às compras públicas, incentivo à inovação tecnológica e simplificação de procedimentos burocráticos.
No Mapa Estratégico da Indústria Capixaba 2013/2022, um dos pleitos dos industriais é reduzir a carga tributária, simplificando e aperfeiçoando o sistema tributário estadual. Já existe projeto para atender a esse pleito? Nós já atendemos a todos os segmentos da área industrial por meio dos Contratos de Competitividade do Programa Compete-ES, que propiciam à indústria capixaba uma Jan/Fev 2014 ▪ 310
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“O ano de 2013 foi produtivo, mas cheio de desafios” Outra solicitação da indústria é revisar os procedimentos de licenciamento ambiental, que são muito morosos, em relação aos prazos e condicionantes para os estudos ambientais. Houve avanço nessa área? É um processo que está em implementação. O Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema) firmou um acordo com a Fundação Coppetec (Coordenação de Projetos, Pesquisas e Estudos Tecnológicos), da Universidade Federal do Rio de Janeiro, com o objetivo de dar agilidade nos processos de licenciamento ambiental. Estamos contratando mais profissionais, em designação temporária, para atuar no Iema e tentando viabilizar a municipalização dos licenciamentos ambientais. Eu entendo que muito do que o Estado faz hoje
os municípios podem e têm condições de fazer. O empresário não precisará se deslocar quilômetros para protocolar um documento. Isso eliminaria o gargalo que existe hoje no Iema. Na área de informática, já foi dado início ao processo de digitalização de documentos do órgão, que mudará os procedimentos burocráticos. São iniciativas importantes e que estão se consolidando para resolver os passivos da área ambiental. Outro ponto que a indústria solicita estudo do Governo é a cobrança do ICMS diferenciado para aquisição de máquinas e equipamentos para as micro e pequenas indústrias capixabas. Já existe ação nesse sentido? Existe uma demanda do Sindirochas e do Sindicalçados. Nos dois casos, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento já se colocou favoravelmente, e a Secretaria da Fazenda está analisando o pleito. Outra sugestão ainda é implementar os colegiados previstos no Programa de Desenvolvimento Sustentável do Espírito Santo (Proedes), com representantes da Findes nas Câmaras de Logística, de Educação, de Competitividade da Indústria de Base e da Tecnologia da Informação e Comunicação. Quais colegiados já foram instalados e com quais resultados? Nós já instalamos diversos colegiados com a parceria da indústria. O Programa de Desenvolvimento de Fornecedores do Espírito Santo (PDF), que cria oportunidades para as empresas locais participarem das concorrências nas grandes indústrias, é um programa em que a indústria tem papel de destaque e colabora permanentemente com esse trabalho. Um outro fórum importante é a Câmara de Eficiência Portuária, onde a Federação das Indústrias tem uma participação permanente. O Conselho de Desenvolvimento do Estado (Codes) também tem a participação da indústria. A Federação participa de diversos conselhos da administração pública com uma posição atuante nos fóruns de debate. As indústrias capixabas tiveram grandes prejuízos com as enchentes em dezembro. No pacote de medidas do Governo, que totaliza R$ 890 milhões para a reconstrução do ES, o que está destinado para as indústrias? As medidas para a indústria e para o setor econômico não estão incluídas nesse pacote de R$ 890 milhões, que prevê R$ 350 milhões em linhas de crédito para o setor agrícola. O plano de reconstrução vai trabalhar com a recuperação da infraestrutura do Estado e dos municípios, com o ambiente econômico, em apoio não só aos comerciantes e aos industriais que tiveram suas atividades prejudicadas pelas chuvas, mas em apoio às famílias que foram afetadas pelas enchentes. Mais de 60 mil pessoas ficaram desabrigadas ou desalojadas. Para as atividades econômicas, o que fizemos foi postergar o ICMS
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“Além de exportar commodities, temos que avançar em iniciativas para exportar produtos com maior valor agregado”
de dezembro e de janeiro, que poderá ser parcelado em cinco vezes, a partir de março; pedimos ao Conselho Fazendário (Confaz) a isenção do ICMS pelo prazo de 90 dias para a compra de máquinas e equipamentos; e conseguimos linhas de financiamento do Bandes, Banestes e do BNDES, com juros de 6,5% ao ano, para reposição do estoque e investimentos das empresas.Também estamos buscando postergar os financiamentos que já tinham sido contratados pelos empresários que foram atingidos pelas chuvas. A principal via de escoamento dos produtos capixabas é o transporte rodoviário, e muitas estradas foram danificadas. É possível que elas voltem à normalidade em curto prazo? As rodovias estaduais já estão voltando à normalidade e estamos fazendo diversos contratos emergenciais para isso. Algumas que foram interrompidas, nós já estamos fazendo a ligação; onde caíram barreiras, nós já estamos retirando. Em outras vias que foram interditadas, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) fez a desobstrução e limpeza, como em Pontal, Itaguaçu e Baixo Guandu. No trecho de Colatina para Pancas, onde uma ponte caiu, foi construída uma ponte metálica provisória pelo Exército. Mas existem 375 pontes e estradas das vias municipais que foram danificadas e que serão construídas paulatinamente pelos municípios, com o apoio do Governo do Estado e do Governo Federal, que destinou R$ 152 milhões para a reconstrução do Estado. Com a emergência das obras para reconstruir o Estado após as enchentes, haverá uma fiscalização mais intensiva do Tribunal de Contas nesses investimentos? O Tribunal de Contas tem acompanhado tudo de perto. Participou da reunião em que apresentamos o plano aos prefeitos e vai convocá-los para um encontro de orientações, onde o órgão dará informações sobre a contratação de obras e serviços no caso de emergência. O Tribunal está muito atento para a correta destinação dos recursos.
As principais metas do Governo atualmente são o desenvolvimento descentralizado e a economia diversificada. O Estado oferece estímulos para que o empreendedor vá para o interior? Quais? Temos o Invest-ES, Programa de Incentivo ao Investimento do Espírito Santo, que proporciona o diferimento do pagamento do ICMS. Ele é aplicado em todo o Estado, mas especialmente para quem vai para o interior.Empreendimentos importantes têm ido para regiões, como Sooretama, São Mateus, Colatina, Linhares, Pedro Canário e Pinheiros, além de projetos estruturantes da área portuária em Presidente Kennedy, Itapemirim, Aracruz, Linhares e São Mateus. Nós estamos incentivando alguns projetos de maior vulto e maior dimensão, que são âncoras ao desenvolvimento do Estado. Ao mesmo tempo estamos levando para o desenvolvimento na área da agricultura, que é o instrumento-chave para muitos municípios do interior, com apoio em infraestrutura. Levamos o projeto Caminhos do Campo, com a pavimentação de várias estradas rurais interligando os municípios, telefonia móvel e internet, energia mais produtiva, mudando a energia monofásica para a trifásica, além de assistência técnica, crédito rural e apoio ao setor pesqueiro, em que zeramos o ICMS, e às cooperativas. Temos também um ambiente tributário apropriado para as indústrias que trabalham com leite hoje. Tudo isso ajuda a atividade de fabricação de diversos produtos e colabora para desenvolver de forma equilibrada todas as microrregiões do Estado. Jan/Fev 2014 ▪ 310
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“O Estado tem que se manter organizado e equilibrado na área fiscal, com capacidade de dialogar com as instituições públicas e privadas e articular-se bem com os governos federal e municipais” Quais serão as principais bases para sustentar esse novo ciclo de desenvolvimento da economia estadual? A base principal é a de responsabilidade, com eficiência na gestão. O Estado tem que se manter organizado e equilibrado na área fiscal, com capacidade de dialogar com as instituições públicas e privadas e articular-se bem com os governos Federal e municipais, além de ter condições para fazer investimentos em obras e equipamentos e ampliar sua aplicação de recursos na área social. Essa é a base, que nós já começamos a implantar em 2014 e que vai dar sequência a todas as realizações feitas nos últimos anos. O Estado tem dinheiro em caixa e capacidade de investimento e, naquilo que depende do Governo, 2014 é um ano que conta com contratos já feitos, obras em andamento e outras a serem contratadas.
O Governo vem trabalhando com políticas para a diversificação da economia capixaba, hoje ainda apoiada na exportação de commodities. Até a próxima década é possível reconfigurar a base econômica do Estado, tornando-o mais competitivo? É possível e fundamental que façamos isso, pois essa é uma característica do 4º ciclo de desenvolvimento que está se configurando no Estado. Mas isso não depende só do Governo do Estado. Nós temos que criar um ambiente favorável para isso, mas depende muito da economia internacional, da capacidade de articulação do Governo Estadual e da iniciativa privada e do comprometimento dos empresários em agregar valor aos produtos, como foi o caso da ArcelorMittal, que começou a produzir bobinas de aço no Espírito Santo. Isso fez com que a empresa passasse a contribuir até com o ICMS, o que não ocorria quando ela exportava só placas de aço. Agregar valor ao produto é fundamental, e para isso temos que investir muito em educação e inovação. Alguns passos já estão sendo dados para a diversificação da economia, como a indústria naval, que está sendo implantada pelo Estaleiro Jurong, em Aracruz. É uma indústria importante para o Estado, pois demandávamos serviços de fora e agora vamos ser provedores de serviços nessa área. Hoje o Estado já produz o gás liquefeito de petróleo (GLP), o gás de cozinha, passando a exportar o produto. Além de exportar commodities, temos que avançar em iniciativas para exportar produtos com maior valor agregado. Uma das bases para termos um Estado mais competitivo é incrementar a inovação, e isso se faz com educação. Como analisa o papel do Sistema Findes nesse contexto? A Findes tem diversas escolas do Senai e do Sesi que trabalham na educação profissional e quem investe em educação profissional está investindo em educação. A Federação tem colaborado conosco e é nossa parceira no Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego), programa federal em que Estado e o Sistema S (Senac, Senai, Sesc, Sesi) trabalham em conjunto para expandir e interiorizar a oferta de cursos técnicos e educação profissional no Estado. Avançamos muito na educação profissional, e hoje 52 das nossas 78 cidades já têm ensino médio integrado com formação profissional e tecnológica. Implantamos o Fundo de Inovação, com recursos iniciais de R$ 30 milhões, para financiar atividades ligadas à ciência, tecnologia e inovação, e fortalecemos o Sistema Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação. A Findes tem participado desse debate para consolidar um sistema forte voltado para a ciência, tecnologia e inovação.
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Marcos Guerra apresentou um balanço do desempenho industrial capixaba em 2013
Sistema Findes investirá R$ 150 milhões em Educação e formação profissional
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m entrevista coletiva realizada em janeiro no Edifício Findes, o presidente da entidade, Marcos Guerra, apresentou um balanço do desempenho industrial capixaba e um Plano de Investimentos da ordem de
Obras previstas no Plano de Investimentos • Anchieta e Região: Nova Unidade Integrada Sesi/Senai/IEL. • Aracruz e Região: Quadra poliesportiva coberta na Unidade Integrada Sesi/Senai/IEL. • Cariacica: Nova Unidade Integrada Sesi/Senai/IEL. • Colatina e Região: Nova Unidade Senai Centromoda/Reforma e ampliação da Unidade do Senai/Reforma e ampliação da unidade do Sesi. • Cachoeiro e Região: Nova Unidade Integrada Sesi/Senai/IEL. • Linhares e Região: Reforma e ampliação da unidade do Sesi • Nova Venécia: Implantação do Núcleo Regional do Sistema Findes. • Serra: Senai Civit - Reforma e ampliação da unidade / Laranjeiras – Nova unidade de saúde para o trabalhador. • Vila Velha: Sesi Cobilândia - Reforma e ampliação da unidade do Sesi-Senai / Araçás – Nova unidade Senai Centromoda. • Vitória: Novo Instituto Senai de Tecnologia / Novo Espaço Cultural do Sesi, dotado de equipamentos multimídia, galerias de arte, biblioteca e restaurante. • Agências de Treinamento Municipais (ATMs) – Implantação de mais cinco ATMs: Castelo / Guaçuí / Itarana – Itaguaçu / Santa Teresa / Vila Pavão. 22
R$ 150 milhões, a serem aplicados até 2017 em ações como reforma, modernização tecnológica, ampliação e criação de novas unidades para o Senai, Sesi e IEL. Guerra afirmou que a ideia é interiorizar e ampliar a atuação da Findes.“O Espírito Santo realiza ao longo do ano a instalação e/ou conclusão de importantes plantas industriais, que giram em torno de R$ 24,88 bilhões. E um dos principais desafios é a qualificação da mão de obra. Vamos investir pesado na modernização dos laboratórios do Senai, na expansão da rede de educação básica, profissional e corporativa, em saúde, segurança e qualidade de vida do trabalhador, com reformas, ampliações e construções de novas unidades do Sesi, do Senai e do IEL em diferentes regiões do Estado”, destacou Guerra.
Queda em 2013, otimismo para 2014 Na ocasião,o Ideies apresentou uma projeção de desempenho negativo para a indústria capixaba em torno de 7% em 2013. Por outro lado, 2014 chegou com otimismo, e a previsão é de encerrar positivamente em 2,5%. Guerra frisou que nos últimos dois anos a indústria do Estado passou por desafios relacionados à crise internacional, que acarreta redução na demanda por commodities. Apesar do desempenho negativo, no período não foram registrados índices anormais de demissões ou redução no emprego. “Mesmo com a queda da produção, as empresas optaram pela manutenção dos seus quadros, o que demonstra otimismo e a expectativa de recuperação em curto e médio prazos. ”, disse o presidente. O Ideies mostrou que na carteira de projetos efetivamente confirmados até 2018 para o Espírito Santo estão previstos investimentos da ordem de R$ 59 bilhões. “Estamos focados em atrair indústrias com perfil mais tecnológico, fabricantes de produtos com maior valor agregado, como a Weg, em Linhares, a Marcopolo, em São Mateus, e o Estaleiro Jurong, em Aracruz. Elas agregam mais valor aos produtos, atraem novas empresas e, com isso,geram novas oportunidades para as empresas capixabas”, enfatizou Marcos Guerra.
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PROJETO DO GOVERNO FEDERAL É DEBATIDO PELOS CONSELHOS REGIONAIS
Nova ferramenta para gestão das obrigações trabalhistas foi apresentada na Regional de Linhares
O uso do eSocial foi tema da reunião periódica dos conselheiros que ocorreu no dia 3 de dezembro na Diretoria da Findes em Linhares e região. O consultor de economia do IEL-ES, Alan Willian Fernandes, foi convidado a explicar o funcionamento da ferramenta, seus conceitos, cronograma e condições necessárias para ser implantado nas empresas. O eSocial foi criado pelo Governo Federal para possibilitar que a empresa cumpra suas obrigações sociais e trabalhistas utilizando a plataforma digital. Por meio do programa, será feita a unificação do envio de informações pelo empregador em relação a seus empregados. Com isso, será possível o atendimento a vários órgãos do Governo com uma única informação, a automação na transmissão das informações das empresas aos empregados e a padronização e integração dos cadastros de pessoas físicas e jurídicas que participam do programa.
REGIONAL DE CACHOEIRO ESTREITA CONTATO COM PREFEITURAS Liderada pelo vice-presidente institucional da Findes em Cachoeiro de Itapemirim e Região, Áureo Mameri, uma equipe realizou reuniões com vários prefeitos visando a estreitar os vínculos da Federação com os governantes locais. Foram visitados os prefeitos de Apiacá, Humberto Alves de Souza; de São José do Calçado, Liliana Maria Rezende; e de Rio Novo do Sul, Maria Albertina. Na pauta, a discussão de parcerias e ações para potencializar o desenvolvimento local. Além disso, a equipe apresentou aos prefeitos o Manual de Captação de Recursos, uma cartilha lançada em parceria entre a Findes e a Associação dos Municípios do Estado do Espírito Santo (Amunes) para orientar as prefeituras sobre a captação de recursos da União e sobre os produtos e serviços do Sistema Findes voltados para a formação profissional que podem ser incluídos nas verbas federais obtidas.
Equipe da Findes se reuniu com prefeitos da região sul
A reunião contou com participação de potenciais apoiadores do programa
PDF TRAÇA PLANO ESTRATÉGICO O Comitê Estratégico do Programa de Desenvolvimento de Fornecedores (PDF) realizou uma reunião na sede da Findes, no dia 5 de dezembro, na qual foram apresentadas as diretrizes para o programa em 2014. O planejamento aponta como metas aperfeiçoar e ampliar a interação com o Governo; buscar a sustentabilidade financeira do programa; integrar as diferentes cadeias produtivas; e desenvolver parcerias institucionais e tecnológicas. Estiveram presentes na reunião o presidente do Sistema Findes, Marcos Guerra, o superintendente do IEL, Fábio Dias, presidentes das Câmaras Setoriais, representantes de empresas apoiadoras – como Bandes, Petrobras e Samarco –, além dos membros do Comitê Estratégico do PDF. Potenciais apoiadores, como Sebrae, ArcelorMittal e TSA, também puderam assistir ao encontro e estreitar os vínculos com o PDF e seus representantes.
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EDITAL SESI DE INOVAÇÃO CONTEMPLA CINCO PROJETOS CAPIXABAS O Espírito Santo teve cinco projetos aprovados no Edital Sesi de Inovação 2013. Os resultados foram divulgados no dia 13 de dezembro, na Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília. Dos capixabas aprovados no edital, o projeto do Sesi-ES em parceria com a empresa Agrosabor Industrial conquistou o primeiro lugar em pontuação entre todos os apresentados. Os outros quatro, realizados em parceria com o Senai-ES e as empresas Mogai e Tecvix, colocaram o Estado na sexta posição em relação ao número de projetos aprovados. Ao todo, foram contabilizadas 1.478 propostas de projetos inovadores em todo o Brasil. Desse número, 1.201 foram feitas para o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e 277 para o Serviço Social da Indústria (Sesi). O número de planos enviados foi 441% superior ao edital de 2012, quando foram inscritas 273 propostas. O edital de 2013 ofereceu, ao todo, R$ 30,5 milhões para inovação.
DELEGAÇÃO CAPIXABA CONQUISTA 53 MEDALHAS NOS JOGOS REGIONAIS DO SESI A delegação capixaba, formada por 142 trabalhadores-atletas de várias empresas do Espírito Santo, conquistou 53 medalhas nos Jogos Regionais do Sesi. O evento foi realizado entre os dias 5 e 8 de dezembro, em Rio Claro (SP). Esse foi o melhor resultado obtido pela delegação do Sesi-ES em competições regionais com relação ao número de medalhas e pontuação por delegação. Ao todo, foram conquistadas 16 medalhas de ouro nas modalidades de natação, tênis de campo e futebol soçaite sete master. Também foram conquistadas 19 medalhas de prata e 18 de bronze nas categorias atletismo, futsal, voleibol, basquete, tênis, futebol, vôlei de praia, natação, tênis de mesa e xadrez. Os primeiros colocados nas modalidades estão automaticamente classificados para os Jogos Nacionais do Sesi, agendados para o segundo semestre de 2014 em Belém, no Pará.
ASSINADO CONVÊNIO “VITÓRIA CRIATIVA” No dia 10 de dezembro foi assinado o convênio “Vitória Criativa”, envolvendo a Findes, o Sebrae-ES, a Prefeitura de Vitória e a Secretaria de Estado da Cultura. “A assinatura do convênio vai possibilitar o aprofundamento de estudos técnicos e ações para promover e fortalecer as cadeias produtivas”, explicou o presidente da Findes, Marcos Guerra, durante o evento que foi realizado na Prefeitura de Vitória. De acordo com o prefeito da capital, Luciano Rezende, a cidade tem uma vocação natural para as atividades ligadas ao serviço e outras atividades correlacionadas. Com isso, todo o município tende a ganhar com esse convênio. “O Vitória Criativa é a oportunidade de organizarmos a intenção de vários órgãos na direção do fortalecimento do ambiente empreendedor na nossa cidade, valorizando os seres humanos, as pessoas que têm ideias a contribuir com a sociedade, por meio de atividades culturais, esportivas, econômicas, turísticas e de serviços. Enfim, tudo isso faz parte do grande potencial criativo”, resumiu Luciano Rezende.
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FINDES EM EVENTO DA FUNDAÇÃO CLINTON Autoridades e representantes de diversos setores da economia nacional estiveram no Rio de Janeiro, entre os dias 8 e 10 de dezembro, no evento da Fundação Clinton, do ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton, de sua esposa, Hilary Clinton, secretária de Estado dos EUA, e da sua filha, Chelsea Clinton. O presidente do Sistema Findes, Marcos Guerra, participou do encontro, que aconteceu no hotel Copacabana Palace e marcou o primeiro evento Clinton Global Iniciative (CGI) na América Latina. Além de Clinton e Chelsea, entre os palestrantes do evento estiveram a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, e executivos como Mark Parker, presidente e CEO da Nike; Otávio Marques de Azevedo, presidente da Andrade Gutierrez; e Jorge Gerdau Johannpeter, presidente do Conselho de Administração do Grupo Gerdau. O objetivo principal da CGI é transformar ideias em ações, fomentando encontros e parcerias entre líderes de vários setores da sociedade no âmbito empresarial, governamental e do terceiro setor para buscar soluções para os principais problemas do mundo.
REPRESENTANTES NACIONAIS DO SETOR TÊXTIL VÃO SE REUNIR NO ESPÍRITO SANTO Em abril de 2014 o Espírito Santo receberá, pela primeira vez, uma reunião da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit). Para o presidente da Findes, Marcos Guerra, que articulou a vinda dessa reunião para o Estado durante encontro realizado pela Associação em São Paulo, a presença de lideranças desse setor será de grande importância para os empresários da confecção capixaba, permitindo trocar experiências e conhecimentos e refletir com profundidade sobre o mercado e os desafios para a atividade, dentre os quais cita a alta carga tributária e a terceirização da mão de obra. A Abit representa cerca de 30 mil empresas, que somam um faturamento de US$ 58 bilhões e empregam mais de 1,7 milhão de trabalhadores, o que a torna uma das mais importantes entidades setoriais do Brasil.
INDUSTRIAIS CAPIXABAS COBRAM MENOS BUROCRACIA Liderados pelo presidente da Findes, Marcos Guerra, cerca de 60 empresários capixabas e representantes de sindicatos da indústria participaram do 8º Encontro Nacional da Indústria (Enai). Durante o evento, eles cobraram do Governo melhores condições de competitividade e menos burocracia para as empresas. “Os industriais estão mobilizados para que seus pleitos entrem nos projetos do Governo. Nos debates que tivemos aqui no Enai, os representantes do setor industrial puderam levantar questões que são cruciais para o desenvolvimento e a competitividade, como é o caso da burocracia excessiva, a demora no licenciamento ambiental e as normas trabalhistas, que tiram a flexibilidade das negociações”, afirmou Guerra. O 8º Enai aconteceu em Brasília, nos dias 11 e 12 de dezembro, e contou com a presença da presidente Dilma Rousseff, do ministro da Fazenda, Guido Mantega, do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, e do ministro da Educação, Aloizio Mercadante. O presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Empresários e representantes de Social (BNDES), Luciano Coutinho, e outras sindicatos participaram do evento autoridades também participaram. Jan/Fev 2014 ▪ 310
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Indústria Gestão por Jussara Baptista
Direção para um rumo certo Direcionadores Estratégicos de Gestão dão o norte para ações da Findes até 2014, mas R$ 150 milhões em investimentos já estão garantidos até 2017
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ntre 71 ações que norteiam a gestão da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), cinco áreas foram escolhidas como pilares e constituem a sustentação para o trabalho realizado pela entidade desde 2011. A seleção desses temas está ligada a valores que a Findes considera importantes e que podem alterar os rumos de uma sociedade. Conduziram o caminho da entidade até o presente e estão construindo um futuro de desenvolvimento sustentável, cidadão, mais humano e igualitário para todos os capixabas. São os “Direcionadores Estratégicos da Gestão 2011/2014”, lançados em 10 de dezembro de 2013, e que abrem caminho para um novo tempo nas áreas de Educação, Associativismo, Interiorização, Relacionamento Institucional, e Infraestrutura e Obras. Cada um dos cinco direcionadores teve ações concebidas e que estão sendo realizadas nesse período, mas cujos efeitos vão muito além. De acordo com o presidente da Findes, Marcos Guerra, um novo Plano de Investimentos amplia de R$ 104 milhões para R$ 150 milhões os recursos a serem aplicados até 2017. São ações diversas, com destaque para a
reforma, a modernização tecnológica, a ampliação e a criação de novas unidades para o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), para o Serviço Social da Indústria (Sesi) e para o Instituto Euvaldo Lodi (IEL-ES). Além da construção do novo Instituto Senai de Tecnologia, na Avenida Beira-Mar, em Vitória, estão previstos investimentos de R$ 20 milhões em 60 laboratórios do Senai instalados em todo o Estado, ainda, para o ano de 2014. Confiram as demais ações em todas as cinco áreas estratégicas:
EDUCAÇÃO De olho no desenvolvimento, Educação é prioridade Do senso comum ao debate acadêmico, a maioria concorda que sem ações que invistam numa educação de qualidade será muito difícil que a sociedade evolua. Para o Sistema Findes, há um consenso: a área é prioridade. Tanto que a maior parte dos R$ 150 milhões previstos para o Sistema Indústria até
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2017 estão sendo usados para melhorar a qualidade e o alcance do ensino que a entidade oferece. O resultado de todo esse investimento: jovens melhor preparados para serem protagonistas do desenvolvimento do Estado, que deve receber R$ 100 bilhões em projetos empresariais até 2016, conforme projeção do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN). Confira as principais ações do Sistema Findes na área de Educação, segundo o diretor para Assuntos de Educação e Cultura do Sesi e Senai-ES, Flavio Sergio Andrade Bertollo:
Oportunidades: Senai oferece cursos técnicos no Estado
Escola Móvel Jovens do interior sempre concorreram em condições desiguais com os da região metropolitana quando o assunto é educação. Por isso, uma estrutura itinerante, montada com módulos educacionais articuláveis, forma salas de aulas e laboratórios para atender por tempo determinado comunidades onde não há unidades do Sesi/Senai/IEL. São cursos de qualificação e aperfeiçoamento, de acordo com a demanda industrial de cada região. A primeira Escola Móvel nesse modelo foi inaugurada em agosto de 2013, em Governador Lindenberg. Mas o programa mantém ainda atendimentos no interior com 16 unidades móveis montadas em carretas, caminhões, ônibus e vans. Essas unidades podem se deslocar tanto para terrenos das prefeituras quanto para o pátio de uma grande empresa ou grande obra, atendendo demandas mais pontuais. Um exemplo é a Unidade Móvel de Soldagem, com aulas ministradas por profissionais do Senai. Essa unidade tem tecnologia e equipamentos, com acessibilidade a pessoas com deficiência e capacidade para 15 alunos. Novos cursos O Senai, que destina parte de seu orçamento anual à oferta de cursos gratuitos para pessoas de baixa renda, implantou seis novos cursos de nível médio nos últimos dois anos. Em 2012: Técnico em Administração, Técnico em Qualidade e Técnico em Desenho da Construção Civil. Em 2013: Técnico em Informática, Técnico em Plástico e Técnico em Móveis. Aprendizagem Industrial Aliar o tempo de estudo a uma experiência profissional costuma ser o sonho de boa parte dos jovens. Para isso, estudantes de 14 a 24 anos participam de atividades teóricas e práticas como aprendizes, atendendo de forma estratégica às cotas de aprendizes das empresas industriais. Frutos dessa ação são as parcerias do Senai com a Petrobras, por meio do Programa Petrobras Jovem Aprendiz, apontado como
referência nacional em 2012, e com a weg, em que o aprendiz cursa a parte teórica no Senai e adquire vivência prática na empresa, aumentando as chances de contratação.
Novos Centromoda Uma “minifábrica” está sendo instalada no município de Colatina para atender a vocação da cidade para o setor de moda. Estão previstas qualificações em Estamparia, CAD, Bordado, Mecânica e Manutenção de Máquinas, Design, Informática, Modelagem e Produção. O Sistema Findes prevê, ainda, a construção de outra unidade Centromoda na cidade de Vila Velha para atender ao polo de confeções da Glória. Parcerias com o Governo Parceria com a Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação, Educação Profissional e Trabalho (Sectti) proporcionou a abertura de 10 mil matrículas em cursos profissionalizantes entre 2012 e 2014. Com a Secretaria de Justiça do Estado (Sejus), por sua vez, foram 1.339 vagas em cursos de qualificação profissional em 2013. Outra importante parceria é entre o Senai e a Secretaria de Estado da Educação, com o Bolsa Sedu, cujo objetivo é habilitar ao mercado de trabalho profissionais de nível técnico. Plano de Educação O Sistema Findes está participando da elaboração do Plano Estratégico de Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação, coordenado pelo Governo do Estado. O plano estratégico vai ajudar o Espírito Santo diante do atual contexto de amplo investimento econômico. Programas especiais Referência nacional, o Programa Integrado de Desenvolvimento e Qualificação de Fornecedores (Prodfor) ultrapassou, em dezembro de 2012, a marca de 500 certificações em 16 anos de existência. A Findes também é responsável pela execução do Programa de Desenvolvimento de Fornecedores do Estado (PDF-ES) e assumiu, juntamente com a Secretaria Jan/Fev 2014 ▪ 310
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Gestão
eficaz e flexível às demandas de cada município, cuja prefeitura entra com o espaço físico e custeio, enquanto o Senai disponibiliza equipamentos, capacitação e certificação. Em 2013, foram visitados 21 municípios e implantadas três agências – em Ibiraçu, Vitória (Sambão do Povo) e São Gabriel da Palha.
Unidade móvel de soldagem: tecnologia a serviço dos capixabas
de Estado do Desenvolvimento, a coordenação do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp), do Ministério de Minas e Energia, antes coordenado pela Petrobras.
INTERIORIZAÇÃO Rumo ao interior Num momento em que o interior do Estado começa a atrair grandes projetos industriais, expandir sua força de atuação além da região metropolitana tem sido a missão do Sistema Findes. Para o presidente da entidade, Marcos Guerra, novos segmentos vão ganhar força e mais regiões receberão empreendimentos. Nesse contexto, as indústrias automobilística, naval e moveleira são destaque. Já o presidente do Conselho Temático de Desenvolvimento Regional da Findes, Áureo Vianna Mameri, ressalta que as oito Diretorias e Núcleos Regionais receberão reformas e ampliações para que a Findes tenha condições de explorar as vocações econômicas de cada área. Confira as principais ações do Sistema Findes para estar mais perto das indústrias do interior. Novas diretorias A Findes instituiu Diretorias e Núcleos Regionais nas macrorregiões do Espírito Santo e ampliou de três para oito os municípios estratégicos, incluindo Anchieta, São Mateus, Aracruz, Venda Nova do Imigrante e Nova Venécia, além de Colatina, Linhares e Cachoeiro de Itapemirim. Agências de Treinamento A previsão é de que cinco Agências de Treinamento Municipais (ATMs) sejam implantadas até o final de 2014: em Castelo, Guaçuí, Itarana/Itaguaçu, Santa Teresa e Vila Pavão. O modelo foi concebido para atender de forma mais
Captação de recursos Em 2011, 60% de recursos captados da União foram devolvidos pelos municípios capixabas por falta de capacidade técnica. Elaborado em parceria com a Associação dos Municípios do Estado do Espírito Santo (Amunes), o Manual de Captação de Recursos orienta os prefeitos e equipes municipais sobre como conquistar e aplicar adequadamente as verbas federais em programas de educação e redução da pobreza, ajudando-os a não perderem dinheiro.
Fomento para o interior Duas importantes parcerias vêm dando resultados desde fevereiro de 2012. Uma com o Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes), que oferece linha de crédito específica para médias indústrias do interior (faturamento acima de R$ 3,6 milhões por ano). Já o Banestes deve disponibilizar o total de R$ 1 bilhão para o setor industrial capixaba até o final de 2014.
Números que impressionam • Somadas, as vagas criadas pelo Sesi, Senai e IEL (Instituto Euvaldo Lodi) em 2012 alcançaram 167.705 alunos. Já em 2013, esse número subiu para 188.896. • Com seis novos cursos técnicos, o Senai ampliou as matrículas de 3.542 (2011) para 4.287 (2012). Em 2013, foram 10.045. • No Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), em 2011 foram realizadas 853 matrículas em cursos de qualificação. Em 2012, o número subiu para 7.758 (1.161 em cursos técnicos e 6.597 em cursos básicos). • O projeto de articulação da educação básica do Sesi com a educação profissional do Senai registrou 938 matrículas em 2011, passando para 1.135 em 2012 e para 1.130 em 2013. • O Sesi-ES encerrou o ano de 2013 atendendo a 12.042 alunos na educação infantil, ensino fundamental e ensino médio, além de 1.038 na educação de jovens e adultos. Além desses cursos, o Sesi registrou, em 2013, 54.435 matrículas em cursos de educação continuada, voltados para a geração de emprego e renda.
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Indústria criativa A indústria criativa, que reflete as transformações sociais, tecnológicas e culturais da sociedade moderna e produz com maior valor agregado, exige investimento em desenvolvimento tecnológico, inovação e educação. A Findes criou um comitê especifico, instalado em julho de 2012, que vem implantando estratégias voltadas ao desenvolvimento dessas atividades e a atrair e dinamizar investimentos para a área. Inovação Associativismo é um dos pilares O InovaFindes, núcleo de inovação da atual gestão da Findes da Findes, foi criado com a missão de aumentar a competitividade dos produtos capixabas de todo o Estado por meio da inovação. Dia DE Associar-se Em março de 2012, foi lançado o programa “Dia DE Para isso, apoia a realização de eventos como a Conferência Anpei de Inovação, realizada pela primeira vez no Espírito Associar-se”, que tem como meta alcançar 12.196 indústrias Santo, em 2013, e promove capacitações nas empresas e por todo o Estado – a maioria (98%) de pequeno porte. articulação com entidades privadas e poder público, como Somente no interior, foram visitadas cerca de 2,5 mil na parceria firmada com a Secretaria de Estado da Ciência, indústrias, em ações que resultaram em 632 empresas Tecnologia, Inovação, Educação Profissional e Trabalho associadas aos sindicatos. O sucesso do “Dia DE Associar-se” (Sectti). O programa montou também o Mapa da Inovação foi tanto que o programa se tornou referência nacional, recomendado pela Confederação Nacional da Indústria. do Estado. Gestão Ambiental local Um levantamento aponta que, dos 78 municípios capixabas, 14 estão aptos a conceder licenciamento ambiental local. Com base nesses dados, o Sistema Findes defende e incentiva a municipalização da gestão ambiental, para dar maior autonomia aos municípios e rapidez aos processos. A medida proporciona ao pequeno e médio empreendedor um melhor atendimento em sua própria região, reduz custos e burocracia administrativa. ASSOCIATIVISMO Unir forças é arma para desenvolver mais A Findes realizou uma série de eventos especiais para comemorar seu aniversário de 55 anos em 2013, e a festa não seria completa sem os sindicatos que integram a entidade. Tendo o associativismo como um dos seus pilares, a Findes fortalece a indústria com iniciativas para atrair mais empresas e qualificar o setor. De acordo com o diretor da Findes para Assuntos do Fortalecimento Sindical e da Representação Empresarial, Egídio Malanquini, um dos destaques é a consolidação do Centro de Apoio aos Sindicatos (CAS), que vem estimulando a capacitação de seus executivos para que o associativismo possa ser pilar da gestão sindical. “No início da atual administração, dos 31 sindicatos, somente 12 tinham executivos. Hoje, temos 26 sindicatos com executivos, e nossa meta é chegar a 100%”, garante. Confira as demais ações:
Mais de 1.000 Motivos Por meio da campanha “Mais de 1.000 Motivos Para Associar-se”, a Federação incentiva empresas a se sindicalizarem. E as razões são muitas: educação abrangente e de qualidade, oferecida para todos – empregados, executivos, sócios da empresa e familiares; saúde para o trabalhador; programas de qualidade de vida no ambiente de trabalho; acesso a estudos empresariais e pesquisas tecnológicas, com descontos que chegam a até 80% para os associados, dependendo do porte da empresa. Centro de Apoio aos Sindicatos Entre os esforços da Findes para dar apoio às entidades filiadas, o Centro de Apoio aos Sindicatos (CAS) ganhou mais funcionalidade e destaque dentro da Federação. Tendo seu Plano de Ação 2011/2014 como diretriz, o CAS dá suporte aos sindicatos com uma equipe de funcionários que atendem nas áreas de arrecadação sindical e social, financeira, administrativa, contábil, de eventos e gestão da informação, fornecendo feedbacks de desempenho mensais e anuais. PDA A Findes vem mostrando que o associativismo é a saída eficaz para tratar coletivamente os problemas da indústria. Um dos estímulos nesse sentido é o Programa de Desenvolvimento Associativo (PDA), que busca cumprir uma das metas da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Jan/Fev 2014 ▪ 310
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Carta da Indústria O documento, divulgado no final de 2011, foi um dos que serviu de subsídio para compor a Carta da Indústria Nacional. Um dos destaques foi a proposta da Findes para o texto do novo Simples Nacional, adotada pelo Governo do Estado. Selo Social Em 2013, a Findes recebeu o Selo Social “Ressocialização pelo Trabalho” por seu programa que aumenta a escolaridade e oferece qualificação profissional aos detentos capixabas, inserindo-os no mercado de trabalho. Feiras A Findes amplia seus relacionamentos com Presente nos grandes eventos, Findes participa da a presença em feiras e eventos. No ano passado, Super Acaps Panshow 2014 foram vários: a Feira Internacional do Mármore e Granito (realizada em Vitória e Cachoeiro de Itapemirim), a Feira da Metalmecânica, RELACIONAMENTO INSTITUCIONAL Energia e Automação (Mec Show), a Super Acaps Panshow, Alianças táticas para alcançar metas estratégicas a 5ª Mostra Inova Findes, a 6ª edição do Vitória Moda, a Construir uma agenda para contribuir com o 10ª Semana Estadual de Ciência e Tecnologia, a Feira desenvolvimento do Estado é uma tarefa que requer Internacional de Tecnologia Automotiva de Autopeças, parceiros. A Findes entende bem isso e busca unir esforços Serviços Automotivos, Equipamentos e Veículos (Autotech). com representantes dos poderes constituídos, entidades de Não faltaram oportunidades para ótimos negócios. trabalhadores e sociedade civil. A aproximação da atual diretoria com o poder público, por exemplo, assegurou Fórum das Entidades e Federações A entidade integra, ainda, o Fórum das Entidades a criação de novos polos empresariais e propostas para a viabilização de um novo perfil para a indústria, e Federações (FEF), cuja pauta tem quatro temas incluindo ações na área de meio ambiente. As articulações relevantes: Qualificação Profissional, Mobilidade Urbana, fortalecem a indústria e ajudam na conquista de causas que Licenciamento Ambiental e Segurança. passam a ser comuns. De acordo com o diretor da Findes para Assuntos Estatuto Social e Regulamento Eleitoral Aprovados em 25 de abril de 2013, o novo Estatuto Social de Desenvolvimento da Indústria Capixaba, Leonardo de Souza Castro, merecem destaque as parcerias com o e o Regulamento Eleitoral da Findes trouxeram mudanças Bandes e o Banestes, que beneficiam as pequenas e médias significativas. Entre elas, a filiação de novos sindicatos, indústrias. Com o Bandes, as ações preveem a participação a composição da Diretoria Plenária e da Executiva e dos sindicatos setoriais no aperfeiçoamento ou na criação de a instituição do título de Presidente Emérito para os novos produtos. O convênio com o Banestes, por sua vez, ex-presidentes da entidade. Além disso, os atuais diretores alongou o prazo de financiamentos, reduziu custo do capital regionais passaram a ser designados como vice-presidentes e desburocratizou as operações, gerando uma nova vertente institucionais. Também foram feitas alterações no calendário eleitoral e na forma de votação interna nos sindicatos. de competitividade pelo crédito no Estado. Agenda Positiva A Findes lançou o Mapa Estratégico da Indústria Capixaba e a Agenda de Governo Positiva para o Desenvolvimento da Indústria do Espírito Santo, documentos que buscam eliminar as desigualdades regionais e promover o crescimento sustentável. Algumas ações já foram atendidas, como o lançamento do Refis, que promove a regularização fiscal.
Rota Imperial A Rota Imperial reproduz os caminhos abertos no século XVII, época de exploração do ouro em Minas Gerais. No Espírito Santo, são 14 cidades, de Vitória a Iúna. O caminho está demarcado e sinalizado com 385 totens – marcos que definem a localização exata do turista, contando curiosidades ou trecho histórico.
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Perspectivas para instalações do Centro Integrado Sesi/Senai/IEL em Anchieta e região
INFRAESTRUTURA E OBRAS Construindo uma nova estrutura O ano de 2013 foi um período de obras no Sistema Findes. Para cumprir o planejamento anunciado em agosto de 2012, estão sendo realizadas reformas, modernizações, ampliações e construção de novas unidades em todo o Estado. Confira as principais obras: Obras na Grande Vitória Na capital, destaque para a modernização do Senai Vitória. Na Serra, a unidade Civit do Senai será ampliada e abrigará as instalações da Escola do Plástico, com cursos técnicos e de qualificação para a comunidade e trabalhadores do setor. Já em Araçás, Vila Velha, também será construída uma unidade Senai Centromoda. E no interior Um Centro Integrado Sesi/Senai/IEL está sendo planejado para atender à região de Cachoeiro de Itapemirim. Além disso, será construído o Centro Integrado Sesi/Senai/IEL em Anchieta, com 15 salas de aulas, laboratórios de Mecânica, Solda, Informática, Eletrônica e Construção Civil. Previsto para entrar em funcionamento a partir do segundo semestre de 2014, o investimento é de R$ 12,4 milhões. No norte, estão sendo ampliados e modernizados os laboratórios de São Mateus e região; será entregue, ainda, uma quadra poliesportiva em Aracruz; e a unidade de Linhares será ampliada e modernizada. O noroeste do Estado terá um núcleo integrado Sesi/Senai/IEL, em Nova Venécia e uma unidade Centromoda Colatina. Já na região serrana, Venda Nova do Imigrante recebeu um laboratório de Informática.
Acessibilidade total Dos mais de R$ 150 milhões previstos em investimentos até 2017, um percentual está garantido para tornar acessíveis as unidades da Findes. Na Grande Vitória, por exemplo, a unidade do Senai Beira-Mar e as unidades do Sesi de Laranjeiras e Porto Santana estão passando por adaptações para receber pessoas com deficiência. As ações pela acessibilidade incluem, ainda, curso de Libras à distância e de qualificação profissional. Outro destaque é o Banco de Oportunidades, que cadastra pessoas que querem ingressar no mercado de trabalho e empresas interessadas em contratar pessoas com deficiência. Laboratórios modernos Entre as principais melhorias implantadas por meio do Plano de Investimentos da Findes está a modernização dos laboratórios das unidades de ensino do Senai. Estão previstos, para este fim, R$ 20 milhões a serem aplicados em modernização tecnológica. Desse total, R$ 14 milhões, o equivalente a 70%, já estão em fase de licitação. Os investimentos incluem a aquisição de novos equipamentos, máquinas e tecnologias. Centro Cultural As obras de revitalização do edifício sede da Findes e do Espaço Cultural Sesi já ultrapassaram 75% do cronograma de execução. O Espaço Cultural, no topo do prédio, será palco dos principais eventos artísticos promovidos pelo Sistema Findes. As obras resultarão em um acréscimo de três pavimentos à construção original, que também terá mudanças no sistema de segurança, novos elevadores de acesso aos pavimentos, escada pressurizada com plataformas interligando todos os andares e ampliação do hall da recepção. Jan/Fev 2014 ▪ 310
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Artigo
Espírito Santo: um destino para se retornar
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cada ano o Espírito Santo ganha mais notoriedade dentro do Brasil e também no exterior como um destino ideal para receber o turismo de negócios e eventos. A sua localização privilegiada, próximo ao eixo Rio - São Paulo, ao lado de toda a infraestrutura e equipamentos garantem um bom lugar para que turistas de todo o mundo passem por aqui, movimentem a economia local e firmem importantes negócios. Em 2013, não foi diferente. O calendário de eventos do ES Convention & Visitors Bureau (ESC&VB) registrou a realização de 122 eventos durante todo o ano. Destes, mais de 69% foram técnico-científicos. O destaque do setor vai para o crescimento de eventos de âmbito nacional e internacional sediados em solo capixaba. A ampliação do número de eventos nacionais e internacionais realizados no Estado fez com que 43,6 mil turistas brasileiros e estrangeiros passassem por aqui, o que representa aumento de 36% na comparação com 2012. Com isso, a movimentação financeira girou em torno de
R$ 61,2 milhões na economia local. Os gastos incluíram hospedagem, transporte, alimentação e lazer, que nunca fica de fora. Afinal, é exatamente esse o grande diferencial do Espírito Santo entre os demais estados do país: a facilidade de unir o turismo de eventos e negócios ao de lazer. Os bons resultados alcançados no ano anterior fazem com que as expectativas para 2014 sejam ainda mais positivas. Uma prévia do calendário de eventos do Convention capixaba já aponta a realização de importantes eventos nacionais, que juntos devem movimentar R$ 16,3 milhões, resultado da vinda de 9.300 turistas. Mas esses números efetivamente ganham força a partir de abril, quando realizadores e organizadores fecham novos eventos e assim preenchem um calendário que sinaliza muito mais que eventos: apresenta um leque de segmentos que saem vitoriosos, direta e indiretamente, com o turismo. São profissionais e empresas que ganham com a vinda de turistas, desde o engraxate ao salão de beleza. Também é importante ressaltar que a realização da Copa do Mundo no país gerará lucros diretos para o Espírito Santo. A vinda das seleções em pré-temporada da Austrália e Camarões, além de toda a imprensa internacional, irá proporcionar ótimas oportunidades para nós. Somos o único Estado que, apesar de não sediar jogos, mesmo assim receberá seleções. Além de veículos de comunicação de todo o mundo que estarão aqui, o que dará visibilidade ao destino, teremos uma grande circulação de turistas durante a realização do maior evento esportivo do mundo. Daqui para a frente, o trade turístico local deve unir esforços junto ao poder público e garantir que todos os envolvidos nos mais diferentes segmentos turísticos estejam preparados para receber e atender bem todos os visitantes. O segredo do sucesso do turismo está em atender bem, para que, assim, o visitante se sinta especial e não veja a hora de voltar. Alfonso Silva é presidente do Espírito Santo Convention & Visitors Bureau (ESC&VB)
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Indústria Cenário por Ana Lucia Ayub
Indústria capixaba pode voltar a engrenar em 2014
Empreendimentos como os da Vale, Samarco e Jurong contribuirão para o incremento da produção física industrial do ES. A expectativa é de um crescimento de 2,5% Jurong investe em estaleiro: desenvolvimento
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no marcado pelo baixo crescimento econômico, inflação alta, queda na produtividade industrial, retração no comércio exterior e manutenção dos velhos gargalos logísticos, 2013 não vai deixar saudades. Os últimos dados revelam a dimensão dos desafios enfrentados por diversas atividades econômicas capixabas. A economia capixaba já havia recuado 1,1% até setembro, o que praticamente confirma o Produto Interno Bruto (PIB) negativo do Espírito Santo em 2013, segundo o Instituto Jones dos Santos Neves. A indústria estadual, que apresentou um quadro de instabilidade durante todo o ano, teve uma queda de 6,9% até novembro. Quase todos os segmentos registraram
crescimento negativo no ano passado. Setores de alimentos, extrativismo mineral, metalmecânica, indústria da transformação e metalurgia básica, que apresentou a maior retração (-28,7%), foram muito afetados pela crise internacional, principalmente nos mercados europeu e americano, uma vez que a indústria capixaba tem mais de 80% de sua receita ligada a commodities destinadas à exportação. Mas, e em 2014? Quais são as perspectivas para o cenário econômico? O ano que começa terá Copa do Mundo e eleições, mas, no campo econômico, esses eventos podem mudar alguma coisa? Expectativas projetadas por especialistas apontam que o padrão econômico do país vai se
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repetir, com baixo crescimento e inflação elevada. Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a economia brasileira crescerá 2,1% no próximo ano, menos do que os 2,4% estimados para 2013. Já a indústria nacional deve ter uma expansão de 2,0%, superior ao 1,4% de 2013. No Estado, apesar das dificuldades, a expectativa é que a indústria volte a engrenar em 2014, com um leve crescimento de 2,5%. A previsão é justificada pelos investimentos do setor que se espalham por todo o Estado, com o aporte de recursos de R$ 24,88 bilhões em diversos projetos, que gerarão 24,8 mil empregos na fase de implantação e 19,7 mil na de operação. “Os investimentos estarão nos principais polos industriais do Estado. A entrada em operação de empreendimentos importantes, como a Oitava Usina de Pelotização da Vale, a Quarta Usina da Samarco, em Anchieta, a fábrica de móveis da Bertolini, em Colatina, e da Itatiaia, em Sooretama, além das obras no Estaleiro Jurong, vão alavancar a produção e incrementar o ritmo de crescimento”, afirmou o presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Marcos Guerra. Além de todos os empreendimentos que gerarão negócios para os fornecedores capixabas e elevarão o PIB estadual, o aumento na produção de petróleo, com a entrada em operação da P-58, plataforma da Petrobras que já está no litoral sul do Estado e que até o final do ano estará produzindo mais 180 mil barris por dia (atualmente, a produção está em torno de 320 mil), expandirá o volume de negócios. O Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo (Ideies) já projeta um índice de crescimento de 1,5% para o PIB capixaba este ano. A perspectiva de recuperação da economia mundial sinaliza uma retomada nas vendas de minério de ferro e aço. “A recuperação mais segura está ocorrendo na economia americana. A Europa já começa a apresentar crescimento, ainda que devagar. Isso significa aumento nas compras de minério de ferro e aço, principalmente do mercado americano, o que favorece também o setor de rochas ornamentais. A ArcelorMittal deve começar a exportar placas de aço para os Estados Unidos para atender a uma nova planta industrial adquirida recentemente naquele país,
“A entrada em operação de empreendimentos importantes vai alavancar a produção e incrementar o ritmo de crescimento” Marcos Guerra, presidente da Findes
a unidade de aço da Thyssenkrupp, no Alabama (EUA)”, explica o economista Orlando Caliman. Mas os resultados na economia capixaba não devem se refletir no primeiro trimestre, e sim nos meses seguintes. “As reações virão mais adiante, a partir do segundo trimestre, quando o quadro geral estará mais claro, e as decisões para produzir e investir poderão ser tomadas com mais segurança. Provavelmente teremos um melhor desempenho do setor extrativista mineral, que inclui gás, petróleo e minério de ferro”, diz Orlando Caliman.
Dificuldades Em relação às dificuldades, a Findes aponta como principais a alta carga tributária, infraestrutura deficiente e legislação trabalhista pouco flexível e onerosa. Além disso, só os feriados devem gerar um impacto negativo de R$ 976 milhões na indústria local. Como as chuvas, a Copa do Mundo e as eleições também geram prejuízos, as indústrias devem perder mais de R$ 1 bilhão este ano, de acordo com levantamento do Ideies. “O que cabe a nós é reavaliar a gestão para não perder tanto com isso, mas é bom lembrar que eleição é um ponto negativo para qualquer tipo de indústria”, afirmou Guerra. Ele explicou que o impacto das eleições é sentido por conta da ausência de licitações e inaugurações no ano. Ele acredita que isso desaquece o mercado. Já o impacto da Copa e o dos feriados são sentidos pelo menor tempo de trabalho dos funcionários, e isso tem ligação direta com os lucros finais. Carga tributária Para o coordenador das Câmaras Setoriais da Findes, Constantino Dadalto, o ano de 2014 será de superação. “Com as enchentes, que arrasaram a economia de 54 municípios, a maioria sem capacidade de investimento, Jan/Fev 2014 ▪ 310
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“Temos que elevar o nível de investimento em inovação para que os produtos alcancem maior qualidade e preços competitivos” Samuel Mendonça, presidente da Câmara Setorial das Indústrias de Mineração da Findes
esperamos que as medidas adotadas pelo Governo do Estado tenham a eficácia esperada e que tenhamos um desempenho de recuperação. Não devemos avaliar que será um ano ruim, mas um ano de superação e de preparação para um 2015 melhor”, afirmou. Mas alguns setores apontam dificuldades para a recuperação, diante dos impostos e da carga tributária praticados no Estado. É o caso, entre outros, do setor de alimentos e bebidas, que em 2013 teve uma queda na produção de 17,4% e reivindica a isonomia da carga tributária em relação aos estados vizinhos, para garantir a competitividade das indústrias capixabas. Os estados de Minas Gerais, Bahia e Rio de Janeiro, por exemplo, concedem tributação de ICMS menor que o Espírito Santo, com isenção de até 100%.
Expectativas para 2014
1,5% PIB ES
2,5% Produção Industrial ES
R$
2,45 Dólar
Fonte: Dólar - boletim Focus, do Banco Central | PIB - Ideies Produção Industrial - Ideies e Findes Inflação - analistas do mercado financeiro para o boletim Focus, do Banco central
Para o presidente da Câmara Setorial das Indústrias de Alimentos e Bebidas da Findes, Gibson Reggiani, se não ocorrer uma mudança no tributo, as expectativas para o segmento não são favoráveis. Segundo ele, a alíquota total do imposto nas operações interestaduais é de 17%, devendo ser recolhidos 12% na origem e 5% no destino. Mas para a região Nordeste, Espírito Santo e outras áreas, as alíquotas são mais benéficas do que no restante dos estados do Sudeste e do Sul: são 7% na origem e 10% no destino. Então, se uma empresa de Minas vender os produtos para o Espírito Santo, ela não recolhe nada em Minas (no caso os 7%), porque o tributo é isento naquele estado, recolhendo apenas 10% da alíquota. Se uma empresa capixaba vender para o próprio Estado, ela terá que recolher os 17% de ICMS. “Hoje temos uma carga tributária de até 7% acima dos estados vizinhos, o que provoca a desestruturação de nossas empresas, pela concorrência diferenciada. Recentemente, três cooperativas de aguardente foram fechadas. As empresas perdem em competitividade e há um esvaziamento de nosso setor”, afirma. O cenário da indústria moveleira em 2013 foi de crescimento – mas em ritmo menor. A estimativa da Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel) era de um avanço de 5% no mercado nacional, o que não ocorreu. A expansão foi de 2%, segundo dados do IBGE. No Espírito Santo, as expectativas são de um crescimento de 5% em 2014, segundo o presidente da Câmara Setorial da Indústria Moveleira da Findes, Luiz Rigoni. De acordo com ele, apesar de os feriados prolongados representarem perda de produção e risco de o consumidor priorizar seus gastos em viagens, eventos como a Copa do Mundo e as eleições podem alavancar as vendas diversos produtos no mercado local. Ele explica que as eleições devem movimentar todas as cidades do Espírito Inflação Santo com a montagem de escritórios e comitês eleitorais. “Além disso, circula mais dinheiro na economia e, como o poder aquisitivo da classe média deve continuar estável, a tendência é de um maior consumo interno”.
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Inovação O setor de rochas ornamentais, que fechou 2013 com crescimento de 27% nas vendas internacionais, foi o único que apresentou desempenho positivo nas exportações realizadas pelo Espírito Santo no último ano. Os embarques de mármore e granito geraram US$ 1,016 bilhão em divisas, e o Estado respondeu, no ano passado, por 78% das exportações brasileiras e por 50% da produção das pedras ornamentais (mármore e granito). “O resultado leva a acreditar numa boa perspectiva para 2014, com os mercados em expansão. No entanto, é preciso cautela e um bom planejamento das empresas no desenvolvimento de suas atividades, pois nossos principais concorrentes, China, Índia e Itália, estão cada vez mais atuantes”, afirma o presidente da Câmara Setorial das Indústrias de Mineração da Findes, Samuel Mendonça. Segundo ele, para aumentar a produtividade, a qualidade e a redução de custos das indústrias em 2013, as empresas investiram em novas tecnologias. Os tradicionais teares de corte de rochas ornamentais deram lugar a e equipamentos modernos, como a tecnologia de multifios usada em máquinas de corte, aumentando o desempenho da produção. Mas, mesmo com a retomada do crescimento, o setor ainda não alcançou o desenvolvimento almejado e planeja investir em inovação para se manter competitivo no mercado. “As rochas capixabas são comercializadas em mercados diversificados, como Estados Unidos, México e Canadá, que estão entre os nossos maiores compradores, além dos continentes europeu e asiático, com destaque para
“Hoje temos uma carga tributária de até 7% acima dos estados vizinhos, o que provoca a desestruturação de nossas empresas, pela concorrência diferenciada” Gibson Reggiani, presidente da Câmara Setorial das Indústrias de Alimentos e Bebidas da Findes
“A recuperação mais segura está ocorrendo na economia americana. A Europa já começa a apresentar crescimento, ainda que devagar. Isso significa aumento nas compras de minério de ferro e aço” Orlando Caliman, economista
China, Itália, Taiwan e Espanha. Mas temos que investir mais em inovação para que os produtos alcancem maior qualidade e preços competitivos. A falta de investimentos em pesquisa e inovação é uma ameaça real para a indústria brasileira”, alerta Mendonça.
Materiais de construção O setor de minerais não metálicos, que abrange ladrilhos e placas de cerâmica para pavimentação ou revestimento, artefatos de cimento e pedreiras, foi o único da produção industrial capixaba que apresentou uma taxa positiva (0,6%) em 2013. Segundo o presidente da Câmara Setorial das Indústrias de Materiais da Construção da Findes, Houberdam Pessotti, apesar de o segmento da construção civil permanecer inalterado em relação ao ano de 2012, as indústrias de materiais de construção conseguiram apresentar crescimento devido aos investimentos realizados em obras e “puxadinhos” para construir mais um cômodo junto à casa - tanto na periferia como em bairros da classe média -, além do baixo índice de inadimplência da população e do aumento do valor para uso do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) em financiamentos imobiliários. Para 2014, a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) projeta crescimento de 4,5% no faturamento das companhias do setor. Já as vendas da indústria para o varejo, que respondem por 50% das vendas dos fabricantes, terão alta de 6%, segundo a entidade. O segmento de infraestrutura e o mercado imobiliário devem crescer 3% cada um. “A projeção considera mais estímulos do Governo Federal ao varejo, recuperação do mercado imobiliário e aceleração das obras de infraestrutura. A expansão das vendas das indústrias será resultante, principalmente, da demanda dos consumidores por produtos de acabamento para reformas, continuando a vender mais itens de acabamento do que de base, mas a diferença tende a diminuir”, explicou Pessotti. Jan/Fev 2014 ▪ 310
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Especial por Ana Lúcia Ayub
Linhares: cidades do Estado tiveram logística prejudicada
Indústria perde cerca de R$ 170 milhões com chuvas Em cidades onde se concentram polos industriais, áreas inteiras foram alagadas, acarretando a perda de equipamentos, matérias-primas e estoques
A
s chuvas torrenciais que assolaram o Espírito Santo no mês de dezembro causaram graves danos à população e à infraestrutura do Estado: 54 municípios foram afetados, registrando 24 mortes e deixando mais de 60 mil pessoas desabrigadas ou desalojadas. O Governo já contabilizou 375 pontes danificadas, 750 km de estradas municipais e 12.781 km de estradas vicinais precisando de recuperação, além de graves estragos em nove rodovias estaduais. Prejudicada principalmente pela interdição de estradas, a indústria do
Espírito Santo inicia 2014 dimensionando o tamanho do prejuízo e planejando como revertê-lo. Os danos podem impactar a produção industrial neste ano, agravando o quadro esperado para 2013 – cujos números já sinalizavam uma retração de 7% até novembro, segundo estimativa da Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes). Os dados oficiais de 2013 ainda não foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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Foto: Secom
Foto: Prefeitura de Linhares
Governador Renato Casagrande e a presidente Dilma Rousseff: preocupação com áreas alagadas
Logística prejudicada • 375 pontes danificadas • 750 km de estradas municipais afetadas • 12.781 km de estradas vicinais semi-destruídas • 9 rodovias estaduais altamente prejudicadas
De acordo com dados do Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo (Ideies), as chuvas que castigaram o Estado causaram um prejuízo estimado em R$ 170 milhões para a indústria local. Diversas regiões foram afetadas, mas os danos foram maiores nas cidades de Linhares, Colatina e Serra. Áreas inteiras foram alagadas, acarretando a perda de equipamentos, matérias-primas e estoques e, em muitos casos, paralisação das atividades. Mas outros municípios, como Anchieta e Conceição da Barra, por exemplo, também contabilizaram grandes perdas. Só em Conceição da Barra duas indústrias do setor
“As despesas vão continuar altas enquanto o tráfego nas rodovias não for regularizado, pois em algumas regiões os caminhões têm que passar por outras rotas, mais distantes” José Carnieli, diretor-presidente da Veneza
sucroalcooleiro registraram prejuízo de R$ 12,2 milhões. Em Anchieta, o valor estimado é de R$ 10 milhões. Além disso, grandes companhias, como a Vale, tiveram seus trabalhos paralisados por uma semana. “O valor pode aumentar. Os nove dias em que a ferrovia Vitória-Minas ficou parada, por exemplo, não entraram na conta. Além disso, muitos prejuízos ainda não foram relatados. Tivemos várias mercearias e mercados, principalmente do interior, destruídos. Certamente a indústria de alimentos e bebidas sentirá esse baque, pelo menos num primeiro momento”, explicou o presidente da Findes, Marcos Guerra. Segundo ele, o valor pode chegar a R$ 200 milhões.
Estradas prejudicam vendas Em Nova Venécia, somente na área urbana, 180 famílias ficaram desabrigadas. Segundo estimativa da prefeitura, o prejuízo causado chega a R$ 30 milhões, sendo R$ 13 milhões somente no setor público, como escolas, unidades de saúde, quadras, redes de esgoto, estradas, ruas, pontes, veículos e máquinas em geral. Já nos setores da economia privada – agricultura, pecuária, indústria, comércio e serviços – foram mais de R$ 17 milhões em prejuízos. Na área industrial, uma padaria e duas olarias tiveram que suspender suas atividades porque foram inundadas, segundo a Diretoria Regional da Findes em Nova Venécia. Outras tiveram prejuízos decorrentes do não fornecimento de matérias-primas, pedidos cancelados e entregas não realizadas devido às estradas, que ficaram intransitáveis com inundações, deslizamentos de terra, pontes quebradas e bueiros rompidos, caso da Cooperativa Agropecuária do Norte do Espírito Santo, que fabrica e comercializa produtos de laticínios da marca Veneza. Segundo o diretor-presidente da empresa, José Carnieli, o prejuízo foi de cerca de R$ 1,5 milhão em dezembro. O estoque e o maquinário não foram afetados Jan/Fev 2014 ▪ 310
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“O prejuízo pode chegar a R$ 200 milhões, pois muitas indústrias ainda não contabilizaram as perdas” Marcos Guerra, presidente da Findes porque a Veneza fica numa região mais alta do município, onde não ocorreram alagamentos. “Grande parte dos nossos veículos que fazem os trabalhos no interior não conseguiu chegar ao destino para fazer a coleta do leite. O nosso leite longa vida, por exemplo, é envasado em embalagens na cidade de Resplendor (MG), mas não tínhamos como enviar o leite e nem como retirá-lo da cidade, que também estava inundada. O prejuízo só com essas vendas não realizadas foi de R$ 430 mil”, afirmou Carnieli. A fábrica também deixou de produzir cerca de 26 mil quilos de queijo, porque os produtores não conseguiram entregar 246 mil litros de leite na cidade. “É uma carreta de queijo que deixou de ser produzida, gerando um prejuízo de R$ 737 mil”. Segundo ele, o problema se agrava ainda mais em função das constantes quebras dos caminhões, devido aos buracos; além do tempo de paralisação para os consertos, sobe o gasto com a manutenção. A cooperativa teve custos adicionais de R$ 70 mil com fretes para socorrer os caminhões e reparar os veículos. Também os desvios de rotas oneram a operação, alongando o percurso. “As despesas vão continuar altas enquanto o tráfego nas rodovias não for regularizado, pois em algumas regiões os
caminhões têm que passar por outras rotas mais distantes. É o caso do leite que vem do distrito de São Gonçalo. Com a queda da ponte, os caminhões que buscam o produto têm que fazer uma volta pelo município de Vila Pavão”, explicou. Para abastecer a indústria, a Veneza busca leite em 28 municípios. Muitas estradas vicinais ainda permanecem interditadas, e a recuperação depende principalmente das prefeituras de cada cidade. Mais de três mil quilômetros de estradas vicinais foram comprometidos no município.
Colatina: prejuízos incalculáveis A Prefeitura de Colatina, no noroeste do Estado, ainda não conseguiu contabilizar os prejuízos. O município registrou oito mortes, sendo sete vítimas de deslizamentos no bairro São Marcos. Cerca de duas mil pessoas tiveram que deixar suas residências, e o Rio Doce, que corta a cidade, chegou a 10 metros acima do nível normal, alagando casas, lojas e comércio em geral. Os trechos da BR-259, que liga Colatina a Baixo Guandu, onde se formou uma cratera,e da ES-341,de Colatina a Pancas, onde uma ponte caiu, ficaram bloqueados por vários dias. Na via até Baixo Guandu, a estrada foi refeita provisoriamente e no trecho para Pancas, o Exército construiu uma ponte metálica provisória. Em um levantamento preliminar realizado pela Regional da Findes de Colatina, 22 indústrias foram afetadas pelas enchentes nas regiões de Colatina, São Roque do Canaã, São Gabriel da Palha e Nova Venécia. “O prejuízo estimado foi de R$ 4,850 milhões, mas os danos podem ser maiores, pois não foi possível contato com várias Foto: João Henrique N. Coelho
Colatina: lojas alagadas e prejuízo para empresas
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Ações para reorganizar a capacidade produtiva
“Vamos dar preferência na compra de móveis e produtos capixabas, para incentivar a indústria local” Maurício Duque, secretário de Estado da Fazenda
empresas, umas porque ainda não estão funcionando, e outras ainda não têm um levantamento dos prejuízos”, afirmou o vice-presidente institucional da Findes em Colatina e região, Manoel Giacomim. Na Cerâmica Adélio Lubiana o prejuízo foi de R$ 500 mil, segundo o proprietário, Aldrim Lubiana. A indústria foi toda alagada e perdeu parte do estoque e dos equipamentos, ficando paralisada por 27 dias. “Conseguimos salvar parte do maquinário, mas tivemos que contratar técnicos de São Paulo para efetuar os reparos, principalmente na parte elétrica. Também o material que estava em processo de fabricação foi perdido. Só as cerâmicas que já tinham passado pelo processo de secagem e queima nos fornos é que não foram comprometidas”, afirmou Lubiana. A fabricação dos produtos só foi reiniciada no dia 24 de janeiro. Em Linhares, a situação mais crítica foi no interior do município. A prefeitura estima um prejuízo que pode superar os R$ 20 milhões. Em vários bairros, o cenário foi de destruição total. Pontes e estradas foram levadas pelas águas, houve queda de barreiras, muitos imóveis foram condenados, pastos inteiros alagados, lavouras perdidas e muito gado morreu afogado. Na Serra, áreas industriais na região do Civit ficaram alagadas por muitos dias, assim como ocorreu com vários bairros, e uma cratera se abriu na rodovia ES-010, na altura do bairro Enseada de Jacaraípe, interditando o trecho. Atualmente,o trânsito no local flui por um desvio alternativo. No Instituto de Qualidade e Tecnologia de Segurança Veicular (IQT), localizado na rodovia BR-101 Norte, km 10,5, na Serra, o alagamento na via dificultou o acesso de clientes e funcionários, prejudicando o funcionamento normal por cerca de uma semana. Falhas no fornecimento de energia elétrica danificaram seis câmeras para filmagem das inspeções veiculares, ocasionando um prejuízo de R$ 3 mil. No mesmo dia, à noite, a empresa sofreu um assalto, e o alarme não
• Secretaria da Fazenda - Crédito de ICMS acumulado para pagar fornecedores. - Postergação do pagamento do ICMS de dezembro e janeiro para março, podendo ser parcelado em até cinco vezes sem juros. -Desconto no ICMS para aquisição de máquinas e equipamentos de uso comercial e industrial para empresas afetadas pelas chuvas e enchentes. Atualmente, as alíquotas variam de 7% a 17%. - Máquinas atingidas por enchentes serão dispensadas de contratos. • Bandes -Simplificação e agilidade no cadastro e na liberação de crédito. -Linhas de crédito sem valor específico, podendo superar R$ 1 milhão, de acordo com a necessidade e a capacidade da empresa. - 60 meses de prazo em linhas de crédito para capital fixo e 48 meses para capital de giro • BNDES - Prorrogação de linha de crédito por até 120 meses com teto de R$ 500 mil (capital fixo ou de giro) - Linha de crédito com juros de 4,5% ao ano para aquisição de equipamentos nacionais, que pode financiar de 80% a 100% do valor do equipamento. - Redução de 50% na taxa dos consultores do Bandes (de 2% para 1%). • Banestes - Recuperação da infraestrutura: R$ 500 milhões de investimento em obras em todo o Estado. - Linhas de crédito para empresas afetadas pelas chuvas. - Recomposição da carteira de crédito para as indústrias que já têm empréstimos contratados, com carência de seis meses e taxas diferenciadas. - Benefícios - empréstimos de R$ 1 milhão, sendo R$ 500 mil para investimento na indústria e R$ 500 mil em capital giro.
disparou, sendo roubados 260 metros de cabo de energia – uma perda de R$ 5,5 mil. “Os cabos iam ser utilizados nas obras de expansão do instituto e já tínhamos contratado até uma equipe para fazer as instalações elétricas, mas tivemos que dispensá-los até que tudo voltasse ao normal”, explica o engenheiro mecânico do IQT, Paulo Seibel. As obras de expansão foram suspensas temporariamente, atrasando o cronograma por 15 dias. Atualmente, a empresa já está funcionando normalmente.
Recuperação da indústria Algumas indústrias têm como arcar com os prejuízos sem que precisem recorrer a empréstimos, caso da Veneza, em Nova Venécia, mas outras só poderão recomeçar com Jan/Fev 2014 ▪ 310
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Serra: município ainda contabiliza perdas
o auxílio de linhas de crédito especiais. “Tivemos perdas grandes. Muitos perderam todo o estoque, outros tiveram sérios problemas com maquinário. Além das perdas, tem a questão do tempo em que as indústrias ficaram paradas. A situação é complicada”, assinalou Marcos Guerra. Para auxiliar os empresários e definir ações para a recuperação das indústrias capixabas, a Findes realizou uma reunião no dia 9 de janeiro com a equipe econômica do Governo do Estado, em encontro coordenado pelo presidente Marcos Guerra. Cerca de 60 empresários e representantes dos 31 segmentos da indústria capixaba participaram do encontro, que contou com a presença dos secretários de Governo da Fazenda, Maurício Duque; do Desenvolvimento Econômico, Nery De Rossi; o presidente do Bandes, Guilherme Pereira; e do presidente do Banestes, Guilherme Dias. Foram anunciadas diversas linhas de crédito para que o setor consiga minimizar os prejuízos, além de medidas como o adiamento do pagamento do ICMS de dezembro
“Nossa indústria foi toda alagada e perdemos parte do estoque e dos equipamentos, ficando paralisados por 27 dias” Aldrim Lubiana, proprietário da Cerâmica Adélio Lubiana
e janeiro para março, isenção do imposto por 90 dias, agilidade na liberação de crédito e prorrogação de linha de crédito por até 120 meses. “O pagamento do ICMS de dezembro e janeiro será postergado para março e parcelado em cinco vezes sem juros. E, para o industrial que teve seu maquinário atingido pelas enchentes, o valor pago pelo ICMS será descontado para cada aquisição de novas máquinas. Vamos dar preferência também na compra de móveis e produtos capixabas, para incentivar a indústria local”, explicou o secretário de Estado da Fazenda, Maurício Duque. No dia 2 de janeiro, o Governo Estadual já tinha anunciado no plano de reconstrução do Estado um financiamento, limitado em R$ 1 milhão, com juros de 6,5% ao ano e prazo de 10 anos para pagamento, o que não atendia aos grandes empresários, cujas perdas foram muito altas. “O crédito de R$ 1 milhão resolve a vida de 99% dos industriais afetados, mas temos grandes empresas que foram bem prejudicadas. Ficou acordado que a equipe econômica do Governo do Estado irá analisar caso a caso a necessidade das indústrias, desde que elas tenham crédito para contrair o recurso”, explicou Guerra. Segundo o governador Renato Casagrande, os empresários que considerarem o recurso insuficiente serão tratados individualmente, e sua situação será analisada. “Já existe uma linha de crédito viabilizada no Bandes e que pode superar R$ 1 milhão, de acordo com a necessidade e a capacidade da empresa. O Bandes e o Banestes estão orientados a conversar individualmente com os empresários que precisarem de maiores recursos”, afirmou.
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SEMINÁRIO SOBRE OPORTUNIDADES EM 2014 Aconteceu no dia 13 de dezembro o Seminário sobre Oportunidades em 2014, organizado pela Vale. O vice-presidente da Findes, Manoel Pimenta, fez a abertura do evento, que, além de empresários capixabas, representantes e fornecedores da mineradora, contou com a participação do superintendente do IEL-ES, Fábio Dias, e do coordenador-executivo do Programa de Desenvolvimento de Fornecedores (PDF), Rusdelon Rodrigues. Na ocasião, Pimenta ressaltou que a Findes, por meio do IEL-ES e do PDF, vem desenvolvendo um trabalho junto às empresas locais para que se tornem mais competitivas e atendam bem às demandas da indústria local. O seminário teve o objetivo de apresentar as oportunidades de negócios com a Vale para os fornecedores capixabas de bens e serviços, considerando as áreas de engenharia, pelotização e porto, entre outras.
PARCERIA ENTRE FINDES E PREFEITURA DE VITÓRIA FORMOU 333 PROFISSIONAIS Constantino Dadalto, Carlos Hamilton Araújo e Guilherme Dias
DIRETOR DO BANCO CENTRAL FAZ PALESTRA EM VITÓRIA No dia 11 de dezembro, o diretor de Política Econômica do Banco Central (BC), Carlos Hamilton Araújo, palestrou em Vitória sobre as perspectivas econômicas para 2014. O vice-presidente da Findes, Constantino Dadalto, também participou da palestra, que aconteceu no Itamaraty Hall. O evento foi organizado pelo Banestes e contou com a presença do presidente do banco estadual, Guilherme Dias, além de outras autoridades políticas e empresários capixabas. Carlos Hamilton enfatizou que o BC tem trabalhado para fortalecer a confiança das famílias e dos empresários, bem como organizado ações com o objetivo de diminuir a inflação e proteger o câmbio. “Olhando o que tem sido feito e o que ainda pode ser feito, é razoável dizer que o Brasil está tomando as ações no sentido de alterar a percepção pouco otimista sobre o crescimento econômico”, disse ele, que ressaltou que para diminuir essa percepção, o país deve melhorar a educação, aumentar a produtividade e elevar o investimento em capital físico.
O Ginásio do Centro Esportivo Tancredo de Almeida Neves, o Tancredão, foi o local de um momento profissional importante para 333 alunos que concluíram cursos oferecidos na capital pelo Senai e a Agência de Treinamento Municipal (ATM) de Vitória, localizada no Sambão do Povo. Em evento realizado no dia 16 de dezembro, foram entregues as certificações a esses alunos, agora capacitados para o mercado de trabalho. A ATM é um modelo de escola desenvolvido pelo Sistema Findes para ampliar a formação profissional nos municípios capixabas em parceria com as prefeituras. O presidente do Sistema Findes, Marcos Guerra, ressaltou que esse modelo é mais rápido, barato, eficaz e flexível para atender às demandas próprias de cada município do Espírito Santo. “Os profissionais que se qualificaram na ATM Sambão do Povo e receberam esse certificado poderão trabalhar na indústria criativa, como é o caso da indústria que gira em torno do carnaval, e das demais instituições que contratam desse setor, que é crescente em nosso Estado”. A expectativa é que em 2014 sejam qualificadas ao menos 900 pessoas na ATM de Vitória.
Certificação: evento aconteceu no Tancredão
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Sustentável por Vitor Taveira
Parque Botânico da Vale: incentivo à preservação ambiental e opção de lazer para a população
O desafio da sustentabilidade A indústria capixaba realiza grandes investimentos sociais e ambientais, que beneficiam a comunidade e diminuem o impacto sobre a natureza, enquanto ajudam a propagar uma verdadeira “corrente do bem”
A
ideia demorou décadas para se estabelecer.Foi crescendo e pouco a pouco se consolidando, não como uma sugestão, mas como um imperativo para quem quer se posicionar bem no mundo contemporâneo dos negócios. Não basta apenas crescer, sem se preocupar com as consequências de suas atividades. Assim, a busca pela sustentabilidade é hoje uma realidade entre as grandes empresas do Espírito Santo. O conceito de desenvolvimento sustentável difundido pelo Relatório Bundtland, publicado em 1987 pela ONU, ainda
é bastante aceito em todo o mundo: “O desenvolvimento que procura satisfazer as necessidades da geração atual sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades significa possibilitar que as pessoas, agora e no futuro, atinjam um nível satisfatório de desenvolvimento social e econômico e de realização humana e cultural, fazendo, ao mesmo tempo, um uso razoável dos recursos da terra e preservando as espécies e os habitats naturais”.
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Como parte integrante de uma rede social complexa, a empresa contribui para a busca de soluções conjuntas que promovam a educação, a justiça, a saúde, a cultura, a geração de renda e a cidadania” José Barbosa, gerente de Relacionamento Comunitário de Responsabilidade Social da Petrobras
Foto: Neno Vianna
Presidente interino do Conselho de Responsabilidade Social da Federação das Indústrias do Espírito Santo - Findes, Jefferson Cabral explica que o processo de globalização, ao mesmo tempo em que oferece novas oportunidades de mercado, também exige que as empresas adotem padrões globais de operação, entre eles padrões éticos e morais. Cria-se um novo ethos (palavra grega usada pela Sociologia para definir os traços característicos de um grupo, do ponto de vista social e cultural, que o diferencia de outros. Seria, assim, um valor de identidade social), e as empresas que queiram sobreviver no mercado precisam se adaptar a ele. “A responsabilidade social, no mundo dos negócios, consiste na obrigação da empresa de maximizar seu impacto social positivo sobre aqueles com quem se relaciona (acionistas, empregados, clientes, fornecedores, Governo e comunidade) e de minimizar o negativo”, resume Cabral. As grandes empresas de operação global muitas vezes são pioneiras na implantação de políticas de responsabilidade social e ambiental, justamente por se relacionarem com parceiros internacionais com alto grau de exigência. No Espírito Santo, a cada ano elas investem milhões de reais, e ajudam a inspirar também empresas de menor porte. Independentemente do tamanho, um dos grandes desafios para as empresas é incorporar a responsabilidade social em seus processos operacionais e decisórios em todas suas áreas e também envolvendo seus parceiros e fornecedores, explica José Barbosa, gerente de Relacionamento Comunitário de Responsabilidade Social da Petrobras. “As empresas hoje entendem que é muito melhor ser parte da solução do que ser parte do problema. A responsabilidade social precisa ser um
“Para a Samarco, a sustentabilidade não é apenas uma série de iniciativas isoladas, mas sim uma realidade na cultura da companhia” Rodolpho Samorini Filho, gerente de Desenvolvimento Socioinstitucional da Samarco
valor compartilhado por todos e desenvolvido diariamente nas atividades da empresa, considerando questões como a dignidade humana nas situações de trabalho, a diversidade, o diálogo com as comunidades e o fortalecimento da cidadania”, explica Barbosa. Rodolpho Samorini Filho, gerente de Desenvolvimento Socioinstitucional da Samarco, insiste que não é possível para uma empresa pensar em crescer sem buscar o desenvolvimento social da região em que opera. “A companhia entende que a perenidade de suas atividades está relacionada ao equilíbrio econômico, ambiental e social das áreas onde atua. Por isso, o relacionamento com seus públicos é uma das prioridades e está incluído em sua estratégia de negócio. Para a Samarco, a sustentabilidade não é apenas uma série de iniciativas isoladas, mas sim uma realidade na cultura da companhia”, afirma. Por conta disso, é preciso construir relações sólidas com comunidades vizinhas, organizações civis e órgãos públicos, buscando o que Herta Rodrigues, especialista em Responsabilidade Social da ArcelorMittal Tubarão, chama de coparticipação. “Dessa forma, e como parte integrante de uma rede social complexa, a empresa inevitavelmente continuará contribuindo para a busca de soluções conjuntas que promovam a educação, a justiça, a saúde, a cultura, a geração de renda e a cidadania. Ao mesmo tempo, e por consequência, essa contribuição permitirá ganhos de reputação e sustentabilidade”, justifica. Os números dos investimentos das empresas que atuam no Espírito Santo são bastante significativos. Somente nos nove primeiros meses de 2013, a Vale destinou U$ 41,9 milhões (o equivalente a cerca de R$ 100 milhões) em iniciativas socioambientais. Já a Política de Investimento Socioinstitucional (PIS) da Samarco aplicou R$ 9,4 milhões no ano passado em apoio a projetos e patrocínios sociais. A implantação do Projeto Quarta Pelotização (P4P) inclui investimentos que chegam a R$ 8,6 milhões. A ArcelorMittal Tubarão consolida a cada ano a força de seu programa, tanto que, mesmo com a crise mundial na indústria do aço nos Jan/Fev 2014 ▪ 310
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Foto: Jefferson Rocio
Alunos da Grande Vitória participam da Escola Multidisciplinar Profissionalizante de Artes e Ofícios (Empao)
últimos quatro anos, seu orçamento anual de investimentos sociais tem se mantido na casa dos R$ 3 milhões, e o número de pessoas beneficiadas chega a 150 mil por ano. Entre os projetos contemplados pela seleção pública nacional da Petrobras, dois estão no Espírito Santo, somando investimentos de cerca de R$ 1,2 milhão. Por meio do programa Redes, a companhia contribui no fomento ao empreendedorismo, capacitação e fortalecimento das instituições relacionadas com aproximadamente 600 pescadores da Região Metropolitana da Grande Vitória, que assim encontra possibilidade de ampliar sua atuação e aumentar a geração de renda. Outro projeto, denominado Agromar, busca fazer um elo entre a agricultura familiar e
“Os ativos que são mantidos pela Vale fomentam o desenvolvimento ambiental, social e cultural do Estado por meio do acesso à cultura, ao lazer e ao conhecimento científico e profissional” Maurício Max, diretor de Pelotização da Vale
Aluna da Escola Elson Garcia. Evento de encerramento das atividades do Cidadão do Futuro, da Samarco
a pesca artesanal no município de Marataízes por meio da utilização de tecnologias sociais, contribuindo para erradicar a pobreza extrema e promover a igualdade de gênero nas comunidades. A estatal do ramo petroleiro ainda realiza seleções regionais por meio de editais do programa Integração Petrobras Comunidades, para desenvolver as comunidades vizinhas às suas unidades. No Espírito Santo, 18 iniciativas de 14 cidades foram selecionadas no ano passado, cada uma recebendo um total de até R$ 300 mil por dois anos. O investimento total da empresa será de R$ 5 milhões. A Vale investe em ativos sociais, culturais e ambientais que estão abertos à comunidade que a rodeia e à sociedade em geral. Entre os exemplos está o Museu Vale, que recentemente completou 15 anos de funcionamento trazendo arte, história e cultura para a sociedade capixaba; o Parque Botânico Vale, em Vitória, espaço para preservação, diversão e contato com a natureza; a Estação Conhecimento, que traz oportunidades de estudos e esportes para jovens de origem popular e o Trem de Passageiros, opção de transporte adotada por diversas pessoas e famílias da Grande Vitória e do interior. “Esses ativos que são mantidos pela Vale fomentam o desenvolvimento ambiental, social e cultural do Estado por meio do acesso à cultura, ao lazer e ao conhecimento científico e profissional”, considera Maurício Max, diretor de Pelotização da Vale. São ações sólidas e de longo prazo, que também trazem números impressionantes em relação ao uso pela sociedade. O Museu Vale já recebeu 1,6 milhão de visitas, enquanto que o Parque Botânico registra mais de 1,2 milhão. O Trem de Passageiros transporta anualmente cerca de 1 milhão de pessoas. Além disso, a empresa também patrocina e apoia projetos culturais e sociais no Estado, como a restauração de
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Programa Ciranda do Saber desenvolve projetos em comunidades em Cariacica e recebeu prêmios
importantes patrimônios históricos e religiosos capixabas, caso da Catedral Metropolitana de Vitória e do Convento de São Francisco. A Samarco apoia uma série de projetos para gerar impactos sociais, especialmente nas proximidades da região onde estão suas unidades. Com o programa Cidadão do Futuro, a companhia contribui para promover a cidadania focando em ações educativas que valorizem a cultura local. Também atua com o Programa de Educação Ambiental, que favorece para a conscientização de mais de três mil pessoas por ano, entre estudantes, produtores e membros da comunidade em geral. Outra iniciativa da Samarco é o Programa de Capacitação do Produtor Rural, voltado para formar os produtores para que possam aumentar sua produtividade e obter melhor manejo das lavouras. A ArcelorMittal Tubarão atualmente da suporte a 20 projetos de cunho socioambiental que atuam em diferentes áreas e regiões. A empresa também já foi responsável por
“A responsabilidade social, no mundo dos negócios, consiste na obrigação da empresa de maximizar seu impacto social positivo sobre aqueles com quem se relaciona e de minimizar o impacto negativo” Jefferson Cabral, presidente interino do Conselho de Responsabilidade Social da Findes
apoiar 276 projetos por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura da Serra, a Lei Chico Prego, totalizando recursos de quase R$ 3,8 milhões que beneficiaram áreas como música, audiovisual, literatura, artes plásticas e artes cênicas. A siderúrgica também desenvolve seus projetos próprios, como é o caso do Programa Somar, que contribui para a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Outro trabalho para promover a inclusão é realizado através do Procap, que ajuda a criar condições para crescimento e qualificação de adolescentes, com investimentos de R$ 200 mil por ano. A temática ambiental é outra preocupação da ArcelorMittal Tubarão, que possui um Centro de Educação Ambiental localizado em uma área verde de 350 mil metros quadrados dentro de sua planta instalada na Serra, onde realiza diversas atividades de conscientização. Uma das ações em favor da conservação da natureza é o Programa Interagir de Educação Ambiental. Criado em 1996 e direcionado inicialmente aos empregados próprios, em 2002, foi estendido aos empregados das empresas parceiras e já treinou mais de 20 mil colaboradores para uma atuação responsável, alinhada com as políticas ambientais da empresa. O envolvimento dos colaboradores em atividades com resultados sociais positivos também é fundamental para construir a cultura da responsabilidade social dentro das empresas. Por isso, muitas delas incentivam a participação direta ou indireta de seus funcionários nas suas atividades sociais, em ações de voluntariado ou a realizarem doações ou destinarem parte de seu imposto de renda em favor de causas sociais. As ações e investimentos da grande indústria não só fortalecem as comunidades, como também inspiram as empresas menores a atuar no campo social. “Procuramos comunicar nossas ações e difundir a cultura da responsabilidade social de forma sistemática e contínua, além de compartilhar treinamentos e ações sociais com nossa cadeia de fornecedores. Efetivamente, sempre podemos contar com a participação das empresas parceiras em nossas ações”, diz Herta Rodrigues, da ArcelorMittal Tubarão, citando como exemplos a reforma do Parque do Bem, em Jaburu, Vitória – que contou com investimentos diretos de seus fornecedores, e as contribuições de Jan/Fev 2014 ▪ 310
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“Como parte integrante de uma rede social complexa, a empresa contribui para a busca de soluções conjuntas que promovam a educação, a justiça, a saúde, a cultura, a geração de renda e a cidadania” Herta Rodrigues, especialista em Responsabilidade Social da ArcelorMittal Tubarão
empresas de transporte na destinação das doações para as vítimas das chuvas de dezembro no Espírito Santo. Um bom exemplo de como as grandes companhias têm inspirado pequenas e médias é o caso da Marca Ambiental, com sede em Cariacica, especializada em gerenciamento
integrado de resíduos. De acordo com Mirela Chiapani, gerente de Comunicação e Imagem, ao observar o trabalho de grandes indústrias, que são referência nos investimentos sociais no Espírito Santo, a empresa decidiu realizar a seleção dos projetos que apoia por meio de editais, o que tem elevado a qualidade das propostas apresentadas e a execução das iniciativas ao longo do ano. O Instituto Marca de Desenvolvimento Socioambiental promove o Programa Ciranda do Saber, que realiza parceria com ONGs e outras instituições para desenvolver projetos nas comunidades vizinhas, como Nova Rosa da Penha e Flexal. O trabalho rendeu no ano passado a conquista do Prêmio Findes de Meio Ambiente e do Prêmio Ecologia, promovido pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema). Ainda há um longo caminho a percorrer, mas espera-se que a responsabilidade social se torne cada vez mais parte intrínseca da forma de pensar e produzir dentro das empresas, seja qual for seu porte.
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No Sistema por Vitor Taveira
Equipe da CNI conheceu o projeto Dia DE Associar-se durante visita ao Espírito Santo
Associativismo: juntos crescemos mais Findes se consagra como referência nacional em associativismo, e empresariado capixaba ganha com a união
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m termos empresariais, quem pensa que competitividade significa individualidade e isolamento está condenado a naufragar nos mares instáveis do mercado global. Sozinho em seu pequeno barco, o empresário é presa fácil para as ondas da instabilidade, enquanto ao optar por juntar-se com outros semelhantes para ter um navio mais forte, o empreendedor conseguirá enfrentar com mais segurança os momentos de tormenta e, principalmente, vai realizar viagens mais longas e duradouras, explorando mundos antes nunca imaginados. A metáfora pode parecer antiga, como o famoso ditado “a união faz a força”, mas ambos são ilustrações de uma realidade implacável no mundo dos negócios. Navegar é preciso, associar-se também. Hoje no Espírito Santo são mais de 3.400 empresas associadas aos 31 sindicatos que fazem parte da Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo. Desde 2012, foram 650 novas empresas, um novo sindicato que aderiu ao Sistema Findes e mais três que estão em processo de filiação, potencializando a força do empresariado capixaba para impulsionar o desenvolvimento econômico e social do Estado. O crescimento – em quantidade e qualidade – do associativismo por meio das ações do Sistema Findes angariou para a entidade o reconhecimento, pelas outras federações do Brasil, como principal referência nacional no tema, de acordo com a Pesquisa de Satisfação 2013 realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI)
entre 4 a 20 de novembro. Por votação direta, as federações dos 26 Estados e do Distrito Federal puderam indicar as três melhores federações no quesito promoção do associativismo. A Findes obteve 24 dos 26 votos possíveis e ficou com a liderança isolada, seguida por Pernambuco, que recebeu 14 votos.
“A partir do momento em que o empresário se associa ao sindicato que o representa, ele está fortalecendo esta entidade, que terá maior representatividade junto ao poder público e segmentos organizados, gerando assim melhores resultados para a indústria capixaba” – Marcos Guerra, presidente do Sistema Findes
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O presidente do Sistema Findes, Marcos Guerra, destaca que o fortalecimento do associativismo de norte a sul do Estado é um dos pilares de sua gestão. “O objetivo é fortalecer as entidades e poder oferecer-lhes diversos benefícios. A partir do momento em que o empresário se associa ao sindicato que o representa, ele está fortalecendo esta entidade, que terá maior representatividade junto ao poder público e segmentos organizados, gerando assim melhores resultados para a indústria capixaba”, afirma. A força do associativismo é impressionante, e seus benefícios são tão amplos que são difíceis de serem medidos. Para os mais pragmáticos, associar-se a um sindicato do Sistema Findes permite ter acesso a uma série de serviços oferecidos por este através da rede Sesi/Senai/IEL. Empresas de micro e pequeno porte podem ter até 80% de desconto nos programas destas entidades.
Relacionamento é chave para crescer Egídio Malanquini, diretor da Findes para Assuntos do Fortalecimento Sindical e da Representação Empresarial, desmistifica a ideia de que o associativismo é coisa para as grandes empresas. “Hoje o empresário, independentemente do porte, tem que ter iniciativa e buscar uma entidade que o possa representar e ajudar a se desenvolver. E é convivendo com o grande que se desenvolve mais”, afirma. Muito mais que os benefícios diretos, o associativismo traz maior visão de mercado para o empreendedor. “O mais importante são os relacionamentos que se constroem, promovendo a troca de informações e de conhecimento sobre o mercado. Os sindicatos realizam missões nacionais e internacionais a feiras e eventos nos quais os empresários podem promover suas empresas para novos mercados”, frisa Darcy Lannes, gerente do Centro de Apoio aos Sindicatos (CAS) da Findes. “Trata-se de um caminho sem volta em todas as atividades econômicas. Se o empresário não cria uma rede de relacionamentos para identificar oportunidades e mostrar a que veio, a empresa não cresce”, acredita Malanquini.
“O mais importante são os relacionamentos que se constroem, promovendo a troca de informações e de conhecimento sobre o mercado. Os sindicatos realizam missões nacionais e internacionais a feiras e eventos nos quais os empresários podem promover suas empresas para novos mercados” Darcy Lannes, gerente do Centro de Apoio aos Sindicatos (CAS) da Findes
“Hoje o empresário, independentemente do porte, tem que ter iniciativa e buscar uma entidade que o possa representar e ajudar a se desenvolver. E é convivendo com o grande que se desenvolve mais” Egídio Malanquini, diretor da Findes para Assuntos do Fortalecimento Sindical e da Representação Empresarial
Com um setor unido, é muito mais forte o poder de pressão que pode exercer para suas reivindicações junto ao poder público. “Sindicatos mais fortes conseguem apoio da Findes e da CNI para encaminhar suas demandas por melhorias, incentivos, redução de entraves burocráticos”, comenta Lannes. Outro apoio importante obtido é através das pesquisas e levantamentos feitos pelas grandes entidades sindicais. A Findes desenvolve um banco de dados que relaciona os incentivos e benefícios no cenário nacional, material que pode ser utilizado como subsídio para as negociações dos setores industriais com o governo. Já Marcos Guerra destaca que o associativismo é uma importante ferramenta para impulsionar a interiorização e diversificação da indústria. “Temos que criar uma sinergia no Espírito Santo, distribuindo por região os novos investimentos. É importante trabalhar o conceito de região e suas particularidades. O fortalecimento do associativismo é fundamental para construirmos uma indústria mais forte, diversificada e competitiva”, diz.
Dia DE Associar-se Uma das ferramentas para promover maior envolvimento das empresas com os sindicatos é a realização do “Dia DE Associar-se”, que desde março de 2012 já reuniu mais de dois mil participantes em eventos realizados na capital e em todas as sedes regionais da Findes, segundo informa Lannes. O sucesso deste projeto criado no Espírito Santo foi tanto que outros estados estão utilizando a metodologia capixaba para realizar eventos similares, a partir da parceria com o Sebrae Nacional. As empresas que pretendem se associar podem procurar diretamente seus sindicatos setoriais ou buscar a Findes por meio de suas sedes regionais ou do CAS, onde podem ser orientadas a respeito de qual seria o sindicato que melhor as representaria, de acordo com sua atividade. Jan/Fev 2014 ▪ 310
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Inovação por Vitor Taveira
A hora e a vez da inovação Espírito Santo começou tarde, mas nos últimos anos registra aumento expressivo no apoio a iniciativas inovadoras
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o indicar que, entre 2009 e 2011, 35,7% das empresas brasileiras implementaram inovações, a última Pesquisa de Inovação divulgada pelo IBGE, a Printec 2011, não trouxe boa notícias para o país, e nem para o Espírito Santo.O Estado ficou abaixo da média nacional, com 27,6%, e o resultado do Brasil foi inferior ao obtido pela pesquisa anterior, a Printec 2008, em que esse índice havia chegado a 38,1% das empresas nacionais. “O Brasil ainda investe pouquíssimo em inovação se comparado a outros países, especialmente aos tigres asiáticos. Mas, felizmente, há um grupo grande de empresários e instituições públicas e privadas que já entendeu que a inovação é a melhor saída para melhorar nossa competitividade”, afirma Luiz Alberto de Souza Carvalho, presidente do Conselho Temático de Política Industrial e Inovação Tecnológica (Conptec) e diretor de Inovação da Findes. Mesmo assim, para ele, os avanços dos últimos anos ainda são pequenos. Um passo importante em nível nacional foi a criação da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), anunciada pelo Governo em março do ano
passado. A instituição, vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), tem como objetivo promover a cooperação entre empresas privadas e entidades de pesquisa do Brasil para o fomento a projetos e atividades inovadoras. No Espírito Santo, iniciativas recentes indicam uma gradual mudança de mentalidade e o aumento da importância dada à inovação, especialmente no setor industrial. “Os investimentos na área de inovação têm como grande objetivo a melhoria de produtos e serviços pela diferenciação, design e incremento da
“Há um grupo grande de empresários e instituições públicas e privadas que já entenderam que a inovação é a melhor saída para melhorar nossa competitividade” Luiz Alberto de Souza Carvalho, presidente do Conptec e diretor de Inovação da Findes
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produtividade (agregação de valor com redução de custo) competitividade e lucratividade. O ambiente produtivo capixaba nos revela um grande espaço para crescimento nessa área”, afirma o consultor empresarial Getúlio Ferreira. Focada em garantir a competitividade do setor e a agregação de maior valor aos produtos capixabas, a Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) vem trabalhando, por meio do InovaFindes, na missão de promover e disponibilizar informação, ferramentas e oportunidades para as indústrias capixabas inovarem em seus produtos, processos e sistemas. Uma das ações mais importantes do setor industrial são os editais de inovação do Sesi e do Senai. No ano passado, o Espírito Santo teve cinco projetos selecionados, entre eles o que foi classificado em primeiro lugar no Sesi Nacional, conquistando um investimento de R$ 388 mil. Outros quatro projetos na área tecnológica foram contemplados pelo Senai e somam R$ 1,47 milhão de investimento. Outra iniciativa da Findes é o Núcleo de Petróleo e Gás, que disponibiliza cerca de R$ 30 mil para a capacitação de empresas com consultoria para elaboração de projetos inovadores no setor de petróleo e gás, um dos que mais crescem no Estado. O segmento da moda também está sendo beneficiado com o Inova Moda, Fundo de Inovação para apoiar projetos em confecções.
Mudanças começam a aparecer O secretário Jadir Péla, da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação, Educação Profissional e Trabalho (Sectti), fala do movimento para criar leis e fundos específicos voltados para a inovação, que vem acontecendo nos últimos anos. “A palavra inovação sequer aparecia na Constituição Federal, porque em 1988 não se falava disso no Brasil. Precisamos de leis adequadas, que criem um regime especial para este tipo de investimento”, diz Pela, que também é presidente do Conselho Nacional de Secretários para Assuntos de Ciência, Tecnologia e Inovação (Consecti).
“A palavra inovação sequer aparecia na Constituição Federal, porque em 1988 não se falava disso no Brasil. Precisamos de leis adequadas, que criem um regime especial para este tipo de investimento” Jadir Péla, secretário de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovação, Educação Profissional e Trabalho
Nesse sentido, uma boa novidade local é o Fundo de Inovação, gerido pelo Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes), com recurso inicial de R$ 30 milhões para financiar ideias inovadoras, com juros especiais e condições adequadas para este tipo de empreendimento. Outros anúncios importantes são os relativos à criação de parques e polos focados na pesquisa e na inovação, que servirão para articular e impulsionar iniciativas inovadoras no Espírito Santo. Uma parceria entre Findes, MCTI, Companhia de Desenvolvimento de Vitória (CDV), Prefeitura de Vitória, Sectti, Sebrae, Ufes, Ifes e outros prevê investimentos de cerca de R$ 50 milhões na criação do Parque Tecnológico de Vitória, que incluirá incubadoras e mecanismos de financiamento para empresas voltadas à área tecnológica. Outras cidades capixabas também estão trabalhando no tema, buscando a implantação de Polos de Inovação Tecnológica para viabilizar que empresas e empreendedores com ideias e projetos inovadores se instalem nesses municípios. Em Vila Velha, por exemplo, o projeto pretende atrair empresas de biotecnologia e química fina, enquanto a Serra pretende iniciar dois polos, um focado em tecnologia da informação e comunicação, eletrônica e metalmecânica e outro no setor de petróleo e gás.
Mudar mentalidade e capacitar Jadir Péla diz que há uma necessidade de “mudar o modelo mental”, a forma como pensamos os negócios. “O Espírito Santo produz muitas commodities, que são importantes, mas temos que criar outras perspectivas”, diz o secretário. Tão importante quanto a mudança de mentalidade é que empresários, executivos e funcionários estejam preparados e capacitados. “Uma nova realidade de desenvolvimento Jan/Fev 2014 ▪ 310
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Inovação
Projetos do Sistema Findes para a inovação • Edital Senai Sesi de Inovação – Financia projetos de pesquisa aplicados na indústria por meio das unidades do Sesi e Senai nos estados • Movimento para Inovar – Apoia micro e pequenas empresas na elaboração e implantação de Planos de Inovação. • Núcleo de Petróleo e Gás – Capacitação de empresas para elaborar projetos inovadores no setor de petróleo e gás no Espírito Santo. • Inova Talentos – Potencializa processos de pesquisa, desenvolvimento e inovação nas empresas, ampliando a atuação de profissionais qualificados nessas áreas na indústria. • Inova Moda – Oferece apoio financeiro para projetos que contribuam para o aumento da competitividade da indústria capixaba do vestuário. • Gestão da Inovação – Metodologia desenvolvida pelo IEL-ES para criar núcleos integrados de pesquisa,
desenvolvimento e inovação em pequenas e médias empresas.
econômico, baseada na inovação, exige uma completa mudança de paradigma, com um grande suporte de treinamento e capacitação para o tema”, considera Getúlio Ferreira, consultor empresarial. É o mesmo que acredita Tadeu Pissinati, diretor de Implantação de Polos de Inovação do Ifes. “O empresariado vai se tornar tanto mais inovador quanto mais buscar capacitação empreendedora para si e para sua organização. Inovação é um importante fator de competitividade empresarial, portanto, deve ser tratada como oportunidade. Seus riscos são altos, mas superados com vantagens pelos ganhos potenciais. Então, trata-se menos de convencer empresários e mais de desenvolver competências empresariais para inovar. O maior gargalo enfrentado pelas empresas é a execução do processo de inovação. É nesse aspecto que a capacitação faz diferença”, afirma Pissinati.
“Uma nova realidade de desenvolvimento econômico, baseada na inovação, exige uma completa mudança de paradigma, com um grande suporte de treinamento e capacitação para o tema” Getúlio Ferreira, consultor empresarial
“Inovação é um importante fator de competitividade empresarial, portanto, deve ser tratada como oportunidade. Seus riscos são altos, mas superados com vantagens pelos ganhos potenciais” Tadeu Pissinati, diretor de Implantação de Polos de Inovação do Ifes
Por isso, programas desenvolvidos pelo InovaFindes são decisivos para começar a preparar uma geração de empreendedores com plena consciência sobre a importância de ser inovadora e de se preparar para isso. O programa Inova Talentos, por exemplo, busca aumentar a quantidade de profissionais qualificados em pesquisa, desenvolvimento a inovação nas empresas brasileiras. O projeto, executado pelo IEL Nacional em parceria com os núcleos regionais, já ofereceu 500 bolsas para contratação de pesquisadores e profissionais qualificados para executar essas tarefas junto às empresas.
Micro e pequenas empresas Um projeto que pode ajudar a alavancar os investimentos das pequenas empresas é o Tecnova-ES, edital lançado em parceria entre a Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo (Fapes) e a Agência Brasileira de Inovação (Finep), que prevê investimentos de R$ 13,5 milhões, não reembolsáveis, em projetos inovadores. A expectativa do Governo Estadual é contemplar aproximadamente 40 projetos este ano. Ainda assim, há dificuldades para essas empresas como, por exemplo, na hora de elaborar o projeto para ter acesso aos editais. Entidades como o Sebrae-ES, a incubadora TecVitória e o InovaFindes podem ajudar nisso. O InovaFindes trabalha por meio do IEL-ES no programa “Movimento para Inovar”, que busca contribuir com a elaboração de planos e projetos de inovação, uma das maiores dificuldades dos empresários e gestores para ter acesso às verbas públicas existentes para este fim. Já foram realizados 23 eventos, que somam 383 empresas sensibilizadas. Foram elaborados 184 planos de inovação, e 52 empresas foram capacitadas. Para grandes ou pequenas empresas que queiram manter-se competitivas e atuantes no mercado, a inovação é um universo, em constante e infinita expansão. Quanto mais se conhece e explora o tema, melhor se vê que há mais por conhecer. Mas para caminhar neste universo é preciso que ideias virem projetos e, principalmente, que os projetos sejam aplicados com sucesso, abrindo caminho para um círculo virtuoso impulsionado por permanente inovações.
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O Prêmio Findes de Jornalismo foi lançado em almoço com a imprensa
Findes lança Prêmio de Jornalismo R$ 90 mil em prêmios vão ser distribuídos para as melhores reportagens relacionadas ao setor industrial
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urante o almoço com a imprensa realizado em dezembro do ano passado, no Itamaraty Hall, em Vitória, a Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) lançou a edição 2014 do Prêmio Findes de Jornalismo. As melhores reportagens em TV, Rádio, Impresso (jornal e revista), Internet e Fotografia concorrerão a premiações de R$ 15 mil para cada categoria, assim divididos: R$ 10 mil para o 1º colocado; R$ 3 mil para o 2º; e R$ 2 mil para o terceiro. A iniciativa entregará ainda ao melhor entre todos os trabalhos inscritos o Grande Prêmio Rubem Braga de Jornalismo, no valor de R$ 15 mil, criado em homenagem ao maior cronista capixaba. Ao todo, as premiações alcançam R$ 90 mil. Poderão concorrer matérias publicadas em veículos de empresas jornalísticas entre 10 de dezembro de 2013 e 1º de outubro deste ano. Por ser uma iniciativa da Findes, os temas dos trabalhos devem ter relação direta com o setor industrial e desdobramentos em outros assuntos estratégicos, como: tributação e gasto público; comércio exterior; meio ambiente; financiamento; macroeconomia; relações de trabalho; infraestrutura; educação; inovação; burocracia; micro e pequena empresa; e incentivo à cultura. A ficha de inscrição está disponível no site da Findes (www.sistemafindes.org.br) e deve ser preenchida e
enviada, junto com os respectivos trabalhos jornalísticos, entre 1º e 15 de outubro para a sede da Federação, localizada na Avenida Nossa Senhora da Penha, n° 2.053, em Santa Lúcia, Vitória. A comissão julgadora será mista, tendo representantes da academia, do mercado e do setor produtivo. A premiação ocorrerá durante o próximo Encontro com a Imprensa, em dezembro. De acordo com o presidente da Findes, Marcos Guerra, o prêmio tem o objetivo de valorizar o trabalho jornalístico, em todas as mídias, feito do Espírito Santo. “A Findes criou o Prêmio de Jornalismo com o objetivo de valorizar o trabalho dos profissionais de imprensa de nosso Estado, que promovem a integração cultural entre as diferentes regiões. Estimular esses jornalistas, repórteres e fotógrafos a compartilhar de forma compreensível a economia, tornando públicos a realidade e os desafios que os empresários capixabas vivem em seu dia a dia, além de aproximar o Sistema Indústria da sociedade capixaba, foi a nossa motivação”, declarou Guerra. Mais informações sobre o Prêmio de Jornalismo podem ser vistas no regulamento da competição (http://www. sistemafindes.org.br/index.php/imprensa/premio-findesde-jornalismo), ou pelo telefone (27) 3334-5615. Jan/Fev 2014 ▪ 310
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Indicadores
ÍNDICE DE CONFIANÇA (ICEI) Janeiro de 2014 Confiança diminui no primeiro mês do ano
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Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) do Espírito Tabela 1 Índice de Confiança do Empresário – ICEI Santo, elaborado pelo Instituto de Espírito Santo e Brasil Desenvolvimento Educacional e Industrial do Ago/13 Set/13 Out/13 Nov/13 Dez/13 Jan/14 Espírito Santo (Ideies), sob a coordenação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Brasil 52,5 54,2 53,8 54,5 54,3 53,1 registrou em janeiro de 2014 uma queda de 4,5 pontos, em relação ao mês anterior, mas Espírito Santo 52,0 55,1 53,2 54,3 55,8 51,3 se manteve na faixa superior a 50 pontos Fonte: Findes/Ideies/CNI – Elaboração Núcleo Estratégico de Conjuntura – NEC (51,3 pontos), denotando que o industrial capixaba permanece confiante. O decréscimo foi impulsionado tanto pelo indicador de condições agosto de 2013, período em que a confiança foi influenciada atuais, como pelo de expectativas, já que ambos recuaram. pelas manifestações populares. Em relação a janeiro de 2013, Em relação a janeiro de 2013, cujo indicador era de 56,8 cujo índice era de 56,7 pontos, o ICEI decresceu 3,6 pontos. pontos, o ICEI registrou uma queda de 5,5 pontos. O ICEI do Brasil é composto pelas informações de O ICEI da indústria nacional apresentou baixa em janeiro Condições Gerais da Economia Brasileira, Condições de 2014, frente ao mês anterior (-1,2 ponto), porém se Gerais da Empresa, Expectativas da Economia Brasileira situou acima da linha divisória de 50 pontos (53,1 pontos). e Expectativas da Empresa. O ICEI do Espírito Santo De acordo com a CNI, o índice passou a registrar o menor inclui mais duas questões: Condições Gerais do Estado e valor desde julho de 2009, desconsiderados os meses de julho e Expectativas do Estado.
Percepção do Empresário Industrial – Condições Atuais O indicador de condições atuais, que é apurado com base na percepção dos empresários da indústria capixaba em relação à economia, ao Estado e à própria empresa, apresentou um decréscimo de 3,3 pontos em janeiro de 2014 em comparação 56
ao mês anterior e continua situado na faixa inferior a 50 pontos (44,4 pontos). A queda foi impactada pelos itens: condições do Estado (-3,9 pontos) e condições da empresa (-4,2 pontos), já que o indicador de condições
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Indicador de Condições Atuais da economia brasileira aumentou (+0,4 ponto). Todos os indicadores se posicionaram abaixo da linha divisória de 50 pontos: condições da economia brasileira (40,8 pontos), condições do Estado (38,7 pontos) e condições da empresa (46,4 pontos). As condições atuais da indústria brasileira pioraram em janeiro de 2014, em relação ao mês anterior (-1,8 ponto), tendo o indicador permanecido abaixo da linha divisória de 50 pontos (45 pontos). A queda foi influenciada tanto pelo item “condições da economia brasileira” (-2,2 pontos) quanto pelo item “condições atuais da empresa” (-1,6 ponto). Ambos se situaram na faixa inferior a 50 pontos.
Tabela 2
ESPÍRITO SANTO
BRASIL
Dez/13
Jan/14
Dez/13
Jan/14
47,7
44,4
46,8
45,0
Economia Brasileira
40,4
40,8
41,0
38,8
Estado
42,6
38,7
-
-
Empresa
50,6
46,4
49,7
48,1
CONDIÇÕES ATUAIS Com relação à:
Fonte: FINDES/IDEIES/CNI – Elaboração Núcleo Estratégico de Conjuntura – NEC
Percepção do Empresário Industrial: expectativa para os próximos seis meses Os empresários da indústria do Espírito Santo estão menos otimistas em relação aos próximos seis meses, pois o indicador de expectativas retrocedeu 5,3 pontos em janeiro de 2014, relativamente ao mês anterior, entretanto continuou posicionado acima da linha divisória de 50 pontos (54,6 pontos). Todos os itens de expectativas que compõem esse indicador recuaram: em relação à economia brasileira (-5,5 pontos), ao Estado (-4,2 pontos) e à empresa (-5,2 pontos). Dois indicadores se posicionaram abaixo da linha divisória de 50 pontos: expectativa em relação à “economia brasileira” (45,7 pontos) e ao “Estado” (49,7 pontos). A exceção é o indicador de expectativa da empresa, que se posicionou em 58,4 pontos. O indicador de expectativas da indústria nacional mostrou uma ligeira queda em janeiro de 2014, em comparação ao mês anterior (-0,8 ponto), entretanto se manteve na faixa superior a 50 pontos (57,2 pontos). Decresceram os itens “com relação à economia brasileira”
Indicador de Expectativa para os próximos seis meses
Tabela 3
ESPÍRITO SANTO
BRASIL
Dez/13
Jan/14
Dez/13
Jan/14
59,9
54,6
58,0
57,2
Economia Brasileira
51,2
45,7
51,3
49,8
Estado
53,9
49,7
-
-
Empresa
63,6
58,4
61,5
61,0
EXPECTATIVA Com relação à:
Fonte: FINDES/IDEIES/CNI – Elaboração Núcleo Estratégico de Conjuntura – NEC
(-1,5 ponto) e “com relação à empresa” (-0,5 ponto). Apenas o segundo se situou acima da linha divisória de 50 pontos.
Notas - Em janeiro de 2012, as empresas da amostra foram reclassificadas segundo a CNAE 2.0, os portes de empresa foram redefinidos de acordo com a metodologia do EuroStat (mais informações www.cni.org.br/icei) e a série histórica do ES foi recalculada retroativamente a fevereiro de 2010. - O ICEI varia no intervalo de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam empresários confiantes. - A pesquisa, cuja amostra é selecionada pela Confederação Nacional da Indústria – CNI, contou nesse mês com a participação de 99 empresas capixabas (31 pequenas, 52 médias e 16 de grande porte). Dessas, 22 empresas pertencem à indústria da construção.
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Almoço com a imprensa O tradicional almoço de fim de ano que a Findes realiza com a imprensa trouxe uma ótima novidade para os jornalistas capixabas: o lançamento do Prêmio Findes de Jornalismo, que busca reconhecer e estimular o trabalho dos profissionais da área na divulgação dos temas referentes à indústria capixaba. O almoço foi realizado no dia 10 de dezembro, no Itamaraty Hall, em Vitória. 1 - O presidente do Sistema Findes, Marcos Guerra, discursou para os jornalistas 2- A jornalista Juliana Lyra, que faz parte do time da TV Vitória 3- A coordenadora geral do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Espírito Santo (Sindijornalistas-ES), Marília Poletti, e Suely Lievori, editora da TV Gazeta 4- Daniela Abreu, da TV Gazeta, marcou presença com sua alegria 5- Fabiana Pizzani e Eliane Proscholdt, do jornal A Tribuna, com o colega George Bitti, da TV Tribuna 6- Danieleh Coutinho e Bianca Coutinho representaram o jornal ES Hoje 7- Anfitriões do evento, Marcos Guerra e Fernando Kunsch, respectivamente presidente e diretor da Findes para Assuntos de Marketing e Comunicação 8- Flávia Tristão, Elisângela Egert, Cláudia Luzes e Julicéia Dornelas, que vestem a camisa da equipe da Next Editorial
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9- Denise Zandonadi e Mikaela Campos sempre batem um bolão nas páginas de A Gazeta 10- Fernando Kunsch (ao centro), com Edu Henning e Carlos Tourinho, craque do time da Record News 11- O professor José Luiz Mazolini, diretor do Jornal Correio Capixaba, participou do almoço de fim de ano 12- A gerente de Relações Institucionais da Rede Gazeta, Luciane Ventura, representou bem sua equipe 13- O diretor-executivo da Next Editorial, Mário Fernando Souza; o jornalista e apresentador da TVE e TV Capixaba, Guilherme Klaws; Carlos Tourinho, da Record News 14- Marcelo Rossoni, diretor do Jornal Empresários 15- Marília Poletti (centro) com Marília Targueta e Salomé Pedracini, diretoras da TVE-ES e Rádio Espírito Santo, respectivamente 16- As jornalistas Dayane Freitas, Beatriz Seixas, Joyce Meriguetti e Sayonara Brandão 17- Mônica Siqueira, do jornal Notícias e Negócios, também esteve presente 18- Cristiano Stefenoni, colunista do Folha Vitória, Alex Cavalcanti, repórter da TV Vitória, Marília Targueta, diretora na TVE, Nety Façanha, repórter e apresentadora na TV Capixaba, George Bitti, apresentador na TV Tribuna, Suely Lievori, editora-chefe do ES TV 2ª Edição, Bruno Faustino, editor-chefe do Bom Dia ES, e Tiago Américo, apresentador na TV Capixaba
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Fatos em Fotos
Confraternização da diretoria Para celebrar o fim de mais um ano de muito trabalho no setor sindical e empresarial capixaba, a Findes realizou uma confraternização que reuniu os membros de sua diretoria. Após a última reunião do Conselho de Representantes do Sistema Findes, realizada no dia 17 de dezembro, os diretores se encontraram no cerimonial Le Buffet Lounge, em Jardim da Penha, para comemorar os resultados de 2013. 1 - Alejandro Duenas, diretor para Assuntos de Segurança, Saúde e Responsabilidade Social do Sesi e Senai; Marcos Guerra, presidente do Sistema Findes; e Flavio Bertollo, diretor para Assuntos de Educação e Cultura do Sesi e Senai 2- O diretor do Simprocim-ES, Adenilson Alves da Cruz, com Adriana Alves 3- Alejandro Duenas; Paulo Joaquim do Nascimento, vice-presidente institucional da Findes em Linhares; e Wilmar Barbosa, diretor para Assuntos do Meio Ambiente da Findes 4- Arildo Orlandi e Clara Orlandi, diretora para Assuntos de Capacitação e Desenvolvimento Humano da Findes 5- Aristóteles Passos Costa Neto, presidente do Conselho Temático de Política Urbana (Copurb), com Neuza Costa Neto 6- Presidente do Conselho Temático de Infraestrutura (Coinfra) e 3° vice-presidente da Findes, Constantino Dadalto, com sua esposa, Marilza 7- José Carlos Bergamim, vice-presidente da Câmara Setorial da Indústria do Vestuário, e Manoel Pimenta, 1° vice-presidente da Findes 8- O 3º diretor administrativo e presidente do Conselho Temático de Educação (Conedu), Luciano Raizer, com a esposa, Marcela 9- Marcos Guerra e a esposa, Giane Guerra 10- Ricardo Barbosa, 1º diretor administrativo, e Gizele Maffioletti 11- Solange Siqueira, superintendente do Sesi e diretora regional do Senai, e Manoel Pimenta 12- Valdecir Torezani, do Conselho de Administração do Cindes, com a esposa, Geisiane 13- Fernando Kunsch, diretor para Assuntos de Marketing e Comunicação, com Giovana 14- Fábio Tessarolo com a esposa Fabiana Tessarolo, 15- Robson Brandão Neves, do Conselho Administrativo do Cindes, e Neviton Gasparini, presidente do Sindiplast-ES 16- Rodrigo Dallgobbo, Cristhine Samorini, diretora administrativa do Cindes, Marizetti e Tullio Samorini, 2° diretor administrativo da Findes
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Prodfor certifica 35 novos fornecedores O Programa Integrado de Desenvolvimento e Qualificação de Fornecedores (Prodfor) certificou, no dia 19 de dezembro, mais uma turma de empresas capixabas. No evento, realizado no Itamaraty Hall, em Vitória, foram entregues certificados a 33 empresas no Sistema de Gestão de Qualidade em Fornecimento (SGQF), que se baseia na norma internacional ISO 9001:2008. Foram certificadas ainda outras duas empresas, uma no Sistema de Gestão Ambiental (SGA) e uma no Sistema de Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional (SGSS). 1 - O superintendente do IEL-ES, Fábio Dias, destacou o trabalho que o Prodfor tem realizado junto às empresas do Espírito Santo 2- O representante da Fibria, Paulo Edson Martins Vieira, foi eleito coordenador-geral do Prodfor para o ano de 2014 3- O diretor para Assuntos do IEL-ES, Benízio Lázaro (que representou o presidente da Findes, Marcos Guerra), junto do superintendente do IEL-ES, Fábio Dias, e do coordenador-executivo do Prodfor, Luciano Raizer Moura 4- O diretor da Digien Engenharia, Clovis Afonso Reis, que discursou em nome dos fornecedores, recebe a certificação de Cristiano Ramella, da Canexus 5- Celebração: fornecedores certificados reunidos 6- A diretora administrativa Amanda Loureiro Nascimento, da SRF Usinagem (que foi destaque no processo de implementação do SGQF), recebe a certificação de Fábio Dias, Paulo Edson e Luciano Raizer Moura 7- O diretor da Agtop Engenharia, Enio Massaru de Freitas Sugawara, obteve reconhecimento na manutenção da certificação de sua empresa 8- O diretor técnico do Seabre-ES, Benildo Denadai, é recebido por integrante da equipe do evento
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Caso de Sucesso Entrevista
“Quando cheguei, me identifiquei muito com o Brasil. Em geral, o italiano se adapta muito facilmente ao Brasil, especialmente ao Espírito Santo”
Loreto Zanotto: Trabalho e desenvolvimento em um país estrangeiro Zanotto divide seu tempo entre a administração de suas empresas, a presidência do Sindipedreiras e seus três filhos
O
ano de 1978 marca uma mudança radical na vida do jovem Loreto Zanotto. Com 22 anos, o italiano nascido em Sandrigo, no norte do país, chegou à capital do Espírito Santo para trabalhar em uma empresa recém-formada, que havia sido criada por um grupo de empresários de seu país, entre eles seu pai, Emilio Francesco Zanotto. “Quando cheguei, me identifiquei muito com o Brasil. Em geral, o italiano se adapta muito facilmente ao Brasil, especialmente ao Espírito Santo. Eu vim jovem, logo depois de terminar meus estudos e cumprir minha obrigação militar, e tive aqui minha primeira experiência profissional”, disse Zanotto. A empresa era a Concrevit, fundada em 1976 para oferecer o primeiro serviço de concretagem de Vitória. Em 1978, possuía uma sede e dois caminhões betoneira. Hoje, com uma frota de mais de 200 caminhões, tem 16 centrais espalhadas pela região Sudeste e 60 bombas injetoras de concreto. Uma das alavancas para o desenvolvimento da Concrevit foram as obras de construção da Companhia Siderúrgica de Tubarão, ainda hoje consideradas um grande empreendimento. “Em 1980 começaram as obras da então CST e, logo depois, houve um crescimento muito grande da construção civil. Tudo isso ajudou a empresa a se desenvolver e consolidar”, lembrou seu atual diretor-presidente. Ao final dos trabalhos na CST, a Concrevit ficou com algum equipamento ocioso, o que levou Zanotto a buscar outros mercados. Foi assim que teve início a expansão para
o Estado do Rio de Janeiro, quando, em 1983, a empresa chegou ao município de Campos dos Goytacazes. Dez anos depois, era inaugurada uma nova sede, desta vez em São Paulo, garantindo a presença da Concrevit em três estados do Sudeste. Atualmente, a empresa dedica-se a fortalecer sua presença no mercado. “Não adianta crescer desordenadamente. Precisamos nos fortalecer, melhorar a estrutura produtiva, de produto, de entrega. Isso demanda muito tempo, muito investimento. Não somos os maiores, mas somos os melhores em nosso setor, que é muito competitivo” Juntamente com a Concrevit, Loreto Zanotto administra a Brasitália, maior produtora capixaba de rochas britadas, de acordo com o próprio empresário. A empresa atua no mercado do Espírito Santo também desde a década de 70, sempre buscando respeitar a legislação ambiental que rege sua atividade. “A mineração sustentável trabalha com planejamento, com controle do órgão ambiental. Se ela impacta uma área, precisa recuperá-la em uma extensão que represente, no mínimo, duas vezes o tamanho da área atingida. Agora, não podemos confundir com as mineradoras clandestinas – que, essas sim, degradam o ambiente”, explicou. As empresas, hoje, estão estruturadas para trabalhar de maneira ecologicamente correta, garante Zanotto. “Hoje posso, com tranquilidade, afirmar que a mineração sustentável não degrada o meio ambiente. Até porque, sem essa atitude, as nossas atividades estariam entre as mais prejudicadas”, concluiu o empresário, que também é presidente do Sindicato da Indústria de Extração de Pedreiras e Areia do Espírito Santo.
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Cursos e Cia
Cidades do interior vão oferecer cursos de pós-graduação do IEL
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tendendo a uma demanda do público executivo atuante fora da região metropolitana, o Instituto Euvaldo Lodi (IEL-ES) vai disponibilizar nas cidades do interior do Estado os cursos de pós-graduação que oferece em Vitória. As aulas acontecerão em parceria com instituições de ensino presentes nos municípios. Os alunos serão capacitados em práticas modernas no campo de trabalho, adquirindo conhecimentos teóricos e práticos aplicáveis em seu dia a dia, tornando-se mais eficientes e competitivos em suas áreas de atuação, sejam elas corporativas ou autônomas. A primeira cidade a oferecer a pós-graduação será Colatina, onde serão ministradas as pós-graduações em Gestão da Qualidade e Produtividade, Gerenciamento de Projetos
Programação de Cursos Senai Vitória Curso SolidWorks
15 de fevereiro a 22 de março
AutoCAD
15 de fevereiro a 22 de março
Elétrica Básica
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Período
15 de fevereiro a 12 abril
“O profissional tem que buscar qualificação constante” - Rafaela Moraes, coordenadora de Educação Empresarial do IEL
Industriais e Gestão Industrial. Os cursos têm duração média de 384 horas, e o horário das aulas varia de acordo com as turmas e as instituições de ensino parceiras no projeto. Em Colatina, as aulas começarão no dia 4 de abril, e as inscrições já estão abertas. A seleção acontece por meio de questionário e entrevista do candidato com a Coordenação Acadêmica – quando necessário, também é feita a análise do currículo do interessado em participar da pós-graduação do IEL. A pós-graduação pode ser paga em 14 parcelas. Para obter o diploma, além de elaborar um trabalho final em sua área de especialização, o aluno precisa obter nota maior ou igual a sete em todas as matérias e também no trabalho final. É necessário também frequentar, no mínimo, 75% das aulas de cada disciplina. “Com as exigências do mercado atual, o profissional que pretende se manter bem posicionado e alçar novas
Injeção Eletrônica
15 de fevereiro a 10 de maio
Hidráulica/Pneumática
15 de fevereiro a 10 de maio
Mecânica Automotiva
15 de fevereiro a 14 de junho
Torneiro Mecânico
15 de fevereiro a 27 de agosto
NR-10
17 de fevereiro a 07 de março
Implantando o Programa 5S com foco em Resultados
Caldeiraria
22 de fevereiro a 26 de junho
Interpretação da NBR ISO 9001:2008
Programação de Cursos IEL Anchieta Curso
Período 14 e 15 de fevereiro 14 e 15 de março
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Programação de Cursos IEL
Programação de Cursos IEL
Aracruz
Linhares
Curso
Período
Interpretação da NBR ISO 9001:2008
21 e 22 de fevereiro
Programa de Capacitação de Líderes
14 e 15 de março
Programação de Cursos IEL Cachoeiro de Itapemirim Curso
Período
Interpretação da NBR ISO 9001:2008 Formação de Auditor Interno da Qualidade
Curso Sped Fiscal EFD ICMS/IPI E EFD Contribuições
14 de fevereiro
Implantando o e-Social Sped/EFD-Social
15 de fevereiro
Formação de Auditor Interno da Qualidade
20, 21 e 22 de março
Programação de Cursos IEL Nova Venécia
21 e 22 de fevereiro 20, 21 e 22 de março
Período
Curso
Período
Desenvolvimento de Equipe de Atendimento
14 e 15 de fevereiro
Excelência em Vendas
21 e 22 de março
Programação de Cursos IEL Colatina Curso
Programação de Cursos IEL Período
São Mateus
Programa de Capacitação de Líderes
21 e 22 de fevereiro
Sped Fiscal EFD ICMS/IPI E EFD Contribuições
14 de março
Implantando o e-Social Sped/EFD-Social
Gestão de Pessoas nas Relações de Trabalho
15 de março
Interpretação da NBR ISO 9001:2008
oportunidades, tem que buscar qualificação constante. A cada dia as empresas buscam com mais velocidade por pessoas que apresentem diferencial em sua maneira de atuar. O IEL-ES contribui com essa formação por meio dos seus cursos e pós-graduação, agora também presentes no interior do Estado”, informou a coordenadora
Curso
Período 14 e 15 de fevereiro 14 e 15 de março
de Educação Empresarial do Instituto Euvaldo Lodi, Rafaela Moraes. Ainda segundo ela, o IEL-ES também oferecerá os cursos nas cidades de Cachoeiro de Itapemirim e Linhares, porém, em data ainda não definida. Para mais informações, acesse www.iel-es.org.br/pos-graduacao .
Informações e inscrições: Edifício Findes – Tel: (27) 3334-5755/5756/5758 • Inscrições e informações também pelo site www.iel–es.org.br Senai Vitória – Tel: (27) 3334-5201 • Mais informações sobre os cursos no site: www.es.senai.br
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Artigo
Panorama econômico 2014
E
m linhas gerais, do ponto de vista econômico o Brasil entra 2014 com a perspectiva de repetir o ano passado. Podemos até crescer um pouquinho mais, a partir da ampliação do diálogo entre Governo e setor privado (avanço das concessões, mudanças na política monetária) e da lenta recuperação da economia internacional. No entanto, o cenário de 2013 se mantém no horizonte. Não estamos à beira do precipício, mas muito distantes de onde poderíamos estar em termos de potencial de desenvolvimento socioeconômico. Há poucos anos, o Brasil era referência do mercado financeiro e da mídia internacional, o país da Copa e das Olimpíadas, que conseguia crescer e distribuir renda ao mesmo tempo. Hoje, o cenário é outro, e o mundo nos vê com outros olhos. A partir do enfrentamento da crise de 2007/2008, o Brasil criou um modelo econômico com forte ampliação das transferências de renda; alta expansão do gasto público, principalmente via bancos estatais; aumento dos salários acima da produtividade; desoneração tributária; e crescente participação do Governo na economia. Essas medidas foram positivas para superar a tormenta.
No entanto, a estratégia de ampliação do consumo e do crédito, que conseguiu dinamizar a economia em tempos de crise, já não oferece bons resultados no presente. Assim, com forte intervencionismo estatal, temos um cenário de inflação alta, baixo crescimento e piora nas contas externas. Internacionalmente, o ambiente se manterá desafiante nos próximos anos. A China está reorganizando seu modelo econômico, mas nada indica a volta dos tempos dourados de compras de nossas commodities. As projeções de mercado para o crescimento chinês na próxima década giram em torno dos 7%, ante uma média de crescimento de 9,5% nos últimos 10 anos. Em segundo lugar, as taxas de juros globais já estão subindo, principalmente nos Estados Unidos, com a adoção de medidas mais restritivas. O ambiente global de liquidez abundante, para enfrentar a crise, favoreceu os fluxos de capital destinados aos países emergentes. A alta das taxas de juros, numa contingência de menor liquidez, está contribuindo para reduzir os fluxos de capital para as economias emergentes. A Europa não apresenta sinais de mudança rápida na retomada do seu crescimento. Enfim, o ambiente externo terá uma pequena melhora em termos de superação da crise, mas se manterá complexo nos próximos anos, acentuando os desafios do modelo econômico nacional. Nesse ambiente, a economia brasileira parece estar rodando em torno de 6% de inflação ao ano, com crescimento ao redor de 2%. A taxa de desemprego deve subir um pouco, mas nada de excepcional, considerando que o desemprego atingiu níveis mínimos ano passado. Portanto, se o cenário externo não trouxer grandes surpresas, nossas projeções para este ano indicariam uma quase repetição do cenário de inflação, crescimento e desemprego registrado em 2013. É mais do mesmo, só que muito aquém do desejável e do possível. Paulo Hartung é economista e ex-governador do Espírito Santo
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