Revista Indústria Capixaba n° 324

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Publicação Oficial do Sistema Findes • Mai/Jun 2016 • Distribuição gratuita • nº 324 • IMPRESSO

Entrevista Raul Cutait fala sobre associativismo Inovação Indústria mais próxima do mundo acadêmico Especial Obras da Findes movimentam o ES

Estado que dá exemplo Indústria capixaba mostra como crescer durante a crise




Expediente

Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo – Findes Presidente: Marcos Guerra 1º vice-presidente: Gibson Barcelos Reggiani Vice-presidentes: Aristóteles Passos Costa Neto, Benízio Lázaro, Clara Thais Rezende Cardoso Orlandi, Elder Elias Giordano Marim, Egidio Malanquini, Houberdam Pessotti, Leonardo Souza Rogerio de Castro, Manoel de Souza Pimenta Neto, Sebastião Constantino Dadalto 1º diretor administrativo: José Augusto Rocha 2º diretor administrativo: Sérgio Rodrigues da Costa 1º diretor financeiro: Tharcicio Pedro Botti 2º diretor financeiro: Ronaldo Soares Azevedo 3º diretor financeiro: Flavio Sergio Andrade Bertollo Diretores: Almir José Gaburro, Atilio Guidini, Elias Cucco Dias, Emerson de Menezes Marely, Ennio Modenesi Pereira II, Jose Carlos Bergamin, José Carlos Chamon, Luiz Alberto de Souza Carvalho, Luiz Carlos Azevedo de Almeida, Luiz Henrique Toniato, Loreto Zanotto, Mariluce Polido Dias, Neviton Helmer Gasparini, Ocimar Sfalsin, Ortêmio Locatelli Filho, Ricardo Ribeiro Barbosa, Samuel Mendonça, Silésio Resende de Barros, Tullio Samorini, Vladimir Rossi Conselho Fiscal Titulares: Bruno Moreira Balarini, Ednilson Caniçali, José Angelo Mendes Rambalducci Suplentes: Adenilson Alves da Cruz, Antonio Tavares Azevedo de Brito, Fábio Tadeu Zanetti Representantes na CNI Titulares: Marcos Guerra, Gibson Barcelos Reggiani Suplentes: Lucas Izoton Vieira, Leonardo Souza Rogerio de Castro Superintendente corporativo: Marcelo Ferraz Goggi Serviço Social da Indústria – Sesi Presidente do Conselho Regional: Marcos Guerra Representantes do Ministério do Trabalho Titular: aguardando nome Suplente: Alcimar das Candeias da Silva Representante do Governo: Orlando Bolsanelo Caliman Representantes das atividades industriais Titulares: Sebastião Constantino Dadalto, Houberdam Pessotti, Jose Carlos Bergamin, Valkinéria Cristina Meirelles Bussular Suplentes: Sergio Rodrigues da Costa, Gibson Barcelos Reggiani, Eduardo Dalla Mura do Carmo, Luiz Carlos Azevedo de Almeida Representantes da categoria dos trabalhadores da indústria Titular: Luiz Alberto de Carvalho Suplente: Lauro Queiroz Rabelo Superintendente: Luis Carlos de Souza Vieira Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – Senai Presidente do Conselho Regional: Marcos Guerra Representantes das atividades industriais Titulares: Benízio Lázaro, Rogério Pereira dos Santos, Neviton Helmer Gasparini, Manoel de Souza Pimenta Neto Suplentes: Ronaldo Soares Azevedo, Wilmar Barros Barbosa, Luciano Raizer Moura, Pablo José Miclos Representantes do Ministério do Trabalho Titular: aguardando nome Suplente: Alcimar das Candeias da Silva Representante do Ministério da Educação Titular: aguardando indicação do MEC Suplente: Ronaldo Neves Cruz Representantes da categoria dos trabalhadores da indústria Titular: Vandercy Soares Neto Suplente: aguardando indicação da UGT Diretor regional: Luis Carlos de Souza Vieira

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Indústria Capixaba – Findes

Centro da Indústria no Espírito Santo – Cindes Presidente: Marcos Guerra 1º vice-presidente: Gibson Barcelos Reggiani 2º vice-presidente: Aristóteles Passos Costa Neto 3º vice-presidente: Houberdam Pessotti Diretores: Cristhine Samorini, Ricardo Augusto Pinto, Edmar Lorencini dos Anjos, Altamir Alves Martins, Rogério Pereira dos Santos,Zilma Bauer Gomes, Alejandro Duenas, Ana Paula Tongo da Silva, Antonio Tavares Azevedo de Brito, Bruno do Espírito Santo Brunoro, Celso Siqueira Júnior, Eduarda Buaiz, Gervásio Andreão Júnior, Helio de Oliveira Dórea, Julio Cesar dos Reis Vasconcelos, Raphael Cassaro Machado Conselho Consultivo: Oswaldo Vieira Marques, Helcio Rezende Dias, Sergio Rogerio de Castro, José Bráulio Bassini, Fernando Antonio Vaz, Lucas Izoton Vieira, Marcos Guerra Conselho Fiscal: Joaquim da Silva Maia, Gilber Ney Lorenzoni, Hudson Temporim Moreira, Ennio Edmyr Modenesi Pereira, Marcondes Caldeira, Sante Dassie Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo – Ideies Presidente do Conselho Técnico do Ideies: Marcos Guerra Membro representante da Diretoria Plenária da Findes: Egidio Malanquini Membro representante do setor industrial: Benízio Lázaro Membro efetivo representante do Senai-ES: Luis Carlos de Souza Vieira Membro efetivo representante do Sesi-ES: Yvanna Miriam Pimentel Moreira Representantes do Conselho Fiscal - Membros efetivos: Tullio Samorini, José Carlos Chamon, José Domingos Depollo Representantes do Conselho Fiscal - Membros suplentes: José Ângelo Mendes Rambalducci, Luciano Raizer Moura, Houberdam Pessotti Representante da comunidade científica Acadêmica e Técnica: João Luiz Vassalo Reis Diretor-executivo do Ideies: Antonio Fernando Doria Porto Instituto Euvaldo Lodi – IEL Diretor-regional: Marcos Guerra Conselheiros: Luis Carlos de Souza Vieira, Maria Auxiliadora de Carvalho Corassa, Lúcio Flávio Arrivabene, Geraldo Diório Filho, Sônia Coelho de Oliveira, Rosimere Dias de Andrade, José Bráulio Bassini, Houberdam Pessotti, Aristóteles Passos Costa Neto Conselho Fiscal: Egidio Malanquini, Tharcicio Pedro Botti, Loreto Zanotto e Rogério Pereira dos Santos Superintendente: Fabio Ribeiro Dias Instituto Rota Imperial – IRI Diretor-geral: Marcos Guerra Diretores: Adenilson Alves da Cruz, Benízio Lázaro, Jose Carlos Bergamin, Edmar Lorencini dos Anjos Conselho Deliberativo Titulares: Marcos Guerra, Baques Vladimir Carvalho Sanna, Celso Siqueira Júnior, Clara Thais Rezende Cardoso Orlandi, José Augusto Rocha, Tharcicio Pedro Botti Suplentes: Maely Guilherme Botelho Coelho, Eustáquio Palhares, Flavio Sergio Andrade Bertollo, Gervásio Andreão Junior, Henrique Angelo Denicoli, Elias Cavalho Soares Membros natos: Aristóteles Passos Costa Neto, Ernesto Mosaner Júnior, Lucas Izoton Vieira, Sergio Rogerio de Castro Titulares: Associação Montanhas Capixabas Turismo e Eventos, Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável da Região do Caparaó, Associação Leopoldinense de Turismo Suplentes: Cristhine Samorini, Levi Tesch, Luiz Carlos Azevedo de Almeida, Tullio Samorini, Valter Braun, Associação Turística de Pedra Azul, Fundação Máximo Zandonadi, Agrotures - Associação de Agroturismo do Estado do Espírito Santo Conselho Fiscal Efetivos: Egidio Malaquini, Sergio Brambilla, Altamir Alves Martins Suplentes: Antonio Tavares Azevedo de Brito, Mariluce Polido Dias, Raphael Cassaro


Condomínio do Edifício Findes (Conef) Presidente do conselho: Marcelo Ferraz Goggi Câmaras Setoriais Industriais e Conselhos Temáticos (Consats) Coordenador geral: Gibson Barcelos Reggiani Câmaras Setoriais Industriais Câmara Setorial das Indústrias de Alimentos e Bebidas Presidente: Claudio José Rezende Câmara Setorial das Indústrias de Base e Construção Presidente: Wilmar dos Santos Barroso Filho Câmara Setorial da Indústria de Materiais da Construção Presidente: Houberdam Pessotti Câmara Setorial das Indústrias de Mineração Presidente: Samuel Mendonça Câmara Setorial da Indústria Moveleira Presidente: Luiz Rigoni Câmara Setorial da Indústria do Vestuário Presidente: Jose Carlos Bergamin Conselhos Temáticos Conselho Temático de Assuntos Legislativos (Coal) Presidente: Paulo Alfonso Menegueli Conselho Temático de Comércio Exterior (Concex) Presidente: Marcílio Rodrigues Machado Conselho Temático de Desenvolvimento Regional (Conder) Presidente: Áureo Vianna Mameri Conselho Temático de Infraestrutura (Coinfra) Presidente: Sebastião Constantino Dadalto Conselho Temático de Meio Ambiente (Consuma) Presidente: Wilmar Barros Barbosa Conselho Temático de Micro e Pequena Empresa (Compem) Presidente: Flavio Sergio Andrade Bertollo Conselho Temático de Política Industrial e Inovação Tecnológica (Conptec) Presidente: Franco Machado Conselho Temático de Relações do Trabalho (Consurt) Presidente: Haroldo Olívio Marcellini Massa Conselho Temático de Responsabilidade Social (Cores) Presidente: Jefferson Cabral Conselho Temático de Educação (Conedu) Presidente: Luciano Raizer Moura Conselho Temático de Energia (Conerg) Presidente: Nélio Rodrigues Borges Conselho Temático de Economia Criativa (Conect) Presidente: Jose Carlos Bergamin Diretorias e Núcleos Regionais Diretoria da Findes em Anchieta e região Vice-presidente institucional da Findes: Fernando Schneider Kunsch Diretoria da Findes em Aracruz e região Vice-presidente institucional da Findes: João Baptista Depizzol Neto Núcleo da Findes em Barra de São Francisco e região Vice-presidente institucional da Findes: não definido Diretoria da Findes em Cariacica e Viana Vice-presidente institucional da Findes: Rogério Pereira dos Santos Diretoria da Findes em Cachoeiro de Itapemirim e região Vice-presidente institucional da Findes: Áureo Vianna Mameri Diretoria da Findes em Colatina e região Vice-presidente institucional da Findes: Manoel Antonio Giacomin Núcleo da Findes em Guaçuí e região: Vice-presidente institucional da Findes: Bruno Moreira Balarini Diretoria da Findes em Linhares e região Vice-presidente institucional da Findes: Paulo Joaquim do Nascimento Núcleo da Findes em Nova Venécia e região Vice-presidente institucional da Findes: José Carnieli

Núcleo da Findes em Santa Maria de Jetibá e região Vice-presidente institucional da Findes: Denilson Potratz Núcleo da Findes em São Mateus e região Vice-presidente institucional da Findes: Nerzy Dalla Bernardina Junior Diretoria da Findes em Serra: Vice-presidente institucional da Findes: José Carlos Zanotelli Núcleo da Findes em Venda Nova do Imigrante e região Vice-presidente institucional da Findes: Sérgio Brambilla Diretoria da Findes em Vila Velha Vice-presidente institucional da Findes: Vladimir Rossi Diretoria da Findes em Vitória Vice-presidente institucional da Findes: não definido Diretores para Assuntos Específicos e das entidades Diretor para Assuntos do Fortalecimento Sindical e da Representação Empresarial: Egidio Malanquini Diretor para Assuntos Tributários: Leonardo Souza Rogerio de Castro Diretor para Assuntos de Capacitação e Desenvolvimento Humano: Clara Thais Rezende Cardoso Orlandi Diretor para Assuntos de Marketing e Comunicação: Eugênio José Faria da Fonseca Diretor para Assuntos de Desenvolvimento da Indústria Capixaba: Paulo Roberto Almeida Vieira Diretor para Assuntos de Políticas Públicas Industriais: Paulo Alexandre Gallis Pereira Baraona Diretor para Assuntos de Relações Internacionais: Rodrigo da Costa Fonseca Diretor para Assuntos do IEL: Aristóteles Passos Costa Neto Diretor para Assuntos do Ideies/CAS: Egidio Malanquini Diretor para Assuntos do Cindes: Aristóteles Passos Costa Neto Diretor para Assuntos do IRI: Adenilson Alves da Cruz Diretor para Assuntos do Sesi: Jose Carlos Bergamin Diretor para Assuntos do Senai: Benízio Lázaro Sindicatos da Findes e respectivos presidentes Sinduscon: Paulo Alexandre Gallis Pereira Baraona | Sindipães: Luiz Carlos Azevedo de Almeida Sincafé: Egidio Malanquini | Sindmadeira: Luiz Henrique Toniato Sindimecânica: Ennio Modenesi Pereira II | Siges: João Baptista Depizzol Neto Sinconfec: Clara Thais Rezende Cardoso Orlandi Sindibebidas: Sérgio Rodrigues da Costa | Sindicalçados: José Augusto Rocha Sindifer: Manoel de Souza Pimenta Neto |Sinprocim: Raphael Cássaro Machado Sindutex: Mariluce Polido Dias | Sindifrio: Elder Elias Giordano Marim Sindirepa: Eduardo Dalla Mura do Camo | Sindicopes: José Carlos Chamon Sindicacau: Gibson Barcelos Reggiani | Sindipedreiras: Loreto Zanotto Sindirochas: Tales Pena Machado | Sincongel: Paulo Henrique Teodoro de Oliveira Sinvesco: Fábio Tadeu Zanetti | Sindimol: Alvino Pessoti Sandis Sindmóveis: Ortêmio Locatelli Filho | Sindimassas: Levi Tesch Sindiquímicos: Jose Carlos Zanotelli | Sindiolarias: Ednilson Caniçali Sindinfo: Luciano Raizer Moura| Sindipapel: Glaucio Antunes de Paula Sindiplast: Gilmar Guanandi Regio | Sindibores: Valkinéria Cristina Meirelles Bussular Sinvel: Delson Assis Cazelli | Sinconsul: Bruno Moreira Balarini Sindilates: Claudio José Rezende | Sindipesca: Mauro Lúcio Peçanha de Almeida Sindividros: Arisson Rodrigues Ferreira | Sinrecicle: Romário José Correa de Araújo

Mai/Jun 2016 • 324

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Nesta Edição

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Cenário É durante uma crise que surgem as oportunidades. Embora possa parecer frase feita, esse pensamento é exatamente o que vem acontecendo no Espírito Santo, que enfrenta o difícil período da economia nacional com uma gestão firme. Em busca de renovação, o Estado atrai investidores e empresários estrangeiros.

ENTREVISTA

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O Dr. Raul Cutait, que esteve recentemente em Vitória para uma palestra no Edifício Findes, fala sobre o que pensa a respeito da importância do associativismo e relembra a trajetória vitoriosa do Sírio-Libanês, um dos mais conceituados hospitais do país. Exdiretor da instituição de saúde, o médico aborda conceitos como pioneirismo e conhecimento de mercado.

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Especial Mesmo em um cenário econômico desfavorável, o Sistema Findes segue a pleno vapor com o seu Plano de Investimentos. Com foco na formação profissional e na interiorização do desenvolvimento, a instituição já aplicou R$ 145,2 milhões em obras, que darão ainda mais força e dinamismo para a indústria do Estado. Acompanhe o que será entregue ainda em 2016.

Indústria 30 A despeito das incertezas que só uma grave crise política e econômica é capaz de causar a um país, nem tudo está paralisado. Enquanto alguns setores registram muitas perdas, outros, como os de rochas, reparação automotiva e tecnologia, seguem na contramão da turbulência e se mantêm otimistas.

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Indústria Capixaba – Findes


36 Edição nº 324 Mai/Jun 2016

Inovação Por meio de parcerias com instituições de ensino superior, sindicatos e entidades ligadas ao Sistema Findes conseguem alinhar o conteúdo ensinado nas salas de aula às reais necessidades do mercado. Confira como é esse processo de integração, que traz vantagens para todos.

Sustentável 42 Nos mercados dos países desenvolvidos, vende mais quem segue boas práticas ambientais. Essa consciência sobre a importância de ser sustentável está oficialmente chegando ao Brasil com o “selo verde”, um sistema de medição e certificação que revela a “pegada de carbono” dos produtos fabricados pelas indústrias nacionais.

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Publicação oficial do Sistema Findes Mai/Jun – 2016 • nº 324 Conselho Editorial – Marcos Guerra, Gibson Barcelos Reggiani, Sebastião Constantino Dadalto, Aristóteles Passos Costa Neto, Luis Carlos de Souza Vieira, Elcio Alves, Clara Thais Rezende Cardoso Orlandi, Jose Carlos Bergamin, Egidio Malanquini, Benízio Lázaro, Eugênio José Faria da Fonseca, Annelise Lima, Fabio Ribeiro Dias, Antonio Fernando Doria Porto, Marcelo Ferraz Goggi, Cintia Dias e Breno Arêas. Jornalista responsável – Breno Arêas (MTB 2933/ES) Apoio técnico – Assessoria de Comunicação da Findes Jornalistas: Evelyn Trindade, Fábio Martins, Fernanda Neves, Milan Salviato, Natália Magalhães e Rafael Porto Gerente de Marketing: Cintia Dias Coordenação: Breno Arêas Depto. Comercial – U RM/Findes Tel: (27) 3334-5791– revistaindustria@findes.org.br

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Produção Editorial

Gestão Chamado de “gestão compliance” o sistema de gerenciamento de riscos e cultura de integridade entre diretores, funcionários e fornecedores ganhou força no Brasil. Veja o que programas com esse perfil podem fazer no direcionamento diário de sua empresa.

Coordenação Editorial: Mário Fernando Souza Gerente de produção: Cláudia Luzes Editoração: Michel Sabarense e Adriana Rios Apoio: Mara Cimero Copidesque: Marcia Rodrigues Textos: Fernanda Zandonadi, Gustavo Costa, Roberto Teixeira, Thiago Lourenço e Weber Caldas Fotografia: Jackson Gonçalves, fotos cedidas, arquivos do sistema Findes e Next Editorial

Impressão

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editorial

Indústria de ânimo renovado

O

andamento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff e as medidas anunciadas pelo presidente interino Michel Temer trouxeram novo fôlego para a economia brasileira. No mês de maio, o Índice de Confiança do Empreendedor Industrial (ICEI) teve a maior alta em 16 meses, revelando as expectativas que o setor alimenta com a mudança da gestão federal. Ainda é preciso eliminar da equipe os acusados de corrupção e frear tentativas de aumentos de impostos, mas as propostas do experiente ministro Henrique Meirelles mostram que critérios técnicos estão acima de ideologias partidárias. Nas últimas duas décadas, a indústria nacional vem perdendo força e participação no Produto Interno Bruto. A Confederação Nacional da Indústria divulgou no mês de maio o “Perfil da Indústria nos Estados”, estudo que apontou a relevância do setor produtivo em cada região. Embora tenha representado apenas 24,9% do PIB em 2013, a indústria mostrou sua força no Espírito Santo, primeiro colocado no ranking nacional: 40,5% das riquezas produzidas em solo capixaba vêm da indústria. Os números merecem análise minuciosa. Nosso Estado é diferenciado, mas ainda há muito para fazer. A influência do setor extrativo no desempenho da economia capixaba nos últimos anos encobre os desafios que temos enfrentado – desde a indústria de transformação até a construção civil, passando por setores tradicionais, como vestuário, moveleiro, alimentos e bebidas. A extração de minerais metálicos responde por 24% de nosso PIB industrial, seguida por extração de petróleo e gás (17,5%), construção civil (15,7%) e metalurgia (6,6%). A baixa do mercado de commodities reitera a necessidade de diversificação de nosso parque industrial, processo iniciado com a chegada de novas cadeias produtivas no interior. Apesar da queda de 22,4% na produção física estadual no primeiro trimestre deste ano – frente ao recuo nacional de 11,7% –, o Espírito Santo tem condições de liderar a retomada do crescimento no país. Com as finanças em dia, segurança jurídica e econômica, temos atraído cada vez mais a atenção de possíveis investidores internacionais. Geograficamente privilegiado e com grande parte da economia voltada para o mercado externo, nosso Estado depende de maior atenção do Governo Federal para avançar: a cada R$ 100 de impostos Marcos Guerra Presidente do Sistema Findes/Cindes

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Indústria Capixaba – Findes

aqui recolhidos, apenas R$ 37 retornam como investimentos para os capixabas. As potencialidades do Espírito Santo estampam a capa desta publicação, mas outro tema essencial na construção de perspectivas otimistas para a indústria ganha amplo destaque nesta edição: os investimentos do Sistema Findes. A pouco mais de um ano para o encerramento de mais um mandato, estamos na reta final das entregas do Plano de Investimentos apresentado há dois anos. São novas unidades, obras de ampliação e modernização das unidades de Sesi e Senai em todas as regiões do Estado. Aproximando indústria e sala de aula, estimulamos a formação de profissionais atualizados com o que há de melhor no mercado, um ponto crucial para a geração de novas oportunidades. Aproveitando os debates recentes em torno de questões éticas e ambientais no país, abrimos espaço também para reportagens sobre compliance e pegada de carbono, dois temas complexos, que merecem a atenção dos gestores que acompanham a Revista Indústria Capixaba.Trouxemos mais uma edição recheada de bons assuntos, atuais e propositivos. Que as matérias tragam reflexões e inspirem novas ideias. Uma boa leitura a todos!



Cenário por Fernanda Zandonadi

Boa gestão e planejamento transformam potencial em realidade Espírito Santo atravessa a crise com gestão firme e atrai investidores e empresários estrangeiros

M

esmo diante da crise econômica e política que se instalou no país, o Espírito Santo renova, a cada dia, seu potencial de atrair bons investimentos. Além dos projetos que já estão instalados em terras capixabas e começam a dar seus primeiros frutos, como a fábrica da Volare, em São Mateus, no norte, que em abril último colocou no mercado nacional o primeiro veículo fabricado no Estado, há outras possibilidades que se abrem e que prometem bons negócios locais, em função de um quadro de planejamento e boa gestão.

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Indústria Capixaba – Findes

As contas públicas estão em dia, mesmo com o Espírito Santo sofrendo cronicamente com a escassez de aportes por parte do Governo Federal e acumulando perdas com o fim do Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias (Fundap), com a queda no repasse dos royalties do petróleo, do Fundo de Participação dos Estados e Municípios e da arrecadação em geral (em razão do encolhimento da atividade econômica, do fechamento de empresas, do desemprego e ainda da paralisação das operações da Samarco). Essa capacidade de enfrentamento da crise


“Em apenas 60 dias recebemos visitantes e observadores de vários países. Não resta dúvida de que a gestão estadual, quando bem-feita, ganha visibilidade. São poucos os estados que estão em situação positiva como o Espírito Santo. Todas essas visitas às nossas cidades demonstram nossa credibilidade” Marcos Guerra, presidente da Findes

reforça a confiança de investidores e cria possibilidades reais de atração de novos empreendimentos, principalmente estrangeiros. Essa resiliência regional trouxe, nos últimos meses, diversas missões internacionais ao Estado, a exemplo da visita de uma comitiva de Angola, recebida no início de maio. O país é o principal produtor de petróleo da África e a terceira economia do continente africano. O governador da província do Zaire, José André Joanes, salientou a importância de maior intercâmbio entre capixabas e

angolanos. “Conhecemos algumas possibilidades, entre elas a troca de informações e conhecimentos sobre as tecnologias agropecuárias e as empresas instaladas no Estado. Estamos visitando organizações governamentais e empresariais para avançar nesta relação”, disse Joanes. Para o assessor de Relações Internacionais do Espírito Santo, José Carlos Fonseca Junior, a visita foi uma ótima oportunidade de negócios. “Esta é a nona missão que o Estado recebe nos últimos oito meses, como parte da estratégia de atrair investimentos. E Angola é um mercado importante, já que importa serviços e produtos do Brasil, sobretudo na área de petróleo e gás”, afirmou. Também em maio, o Governo capixaba, a Prefeitura de Linhares e a companhia MLog assinaram um protocolo de intenções para a instalação de um complexo na cidade, chamado de Distrito Empresarial Norte Capixaba. O documento estabelece as atribuições de cada parceiro no projeto de criação de um polo empresarial e logístico de 12 milhões de metros quadrados no município. O distrito terá nove unidades: polo de distribuição; zona de processamento de exportação; polo moveleiro; zona de armazenamento e silos; condomínio de serviços; concretaria; zona de processamento (aço e granito); condomínio industrial; e polo gás/químico. Anteriormente, em abril, foi a vez de Singapura conhecer o Espírito Santo. A embaixadora daquele país no Brasil, Siew Fei Chin, veio acompanhada por representantes da agência econômica IE Singapure. “Acreditamos que temos muito o que trabalhar, de forma conjunta, em uma agenda de longo prazo com o Espírito Mai/Jun 2016 • 324

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Cenário

“O Espírito Santo não sofre os mesmos problemas do Rio de Janeiro. Tem um governador, Paulo Hartung, que assumiu os problemas de frente, foi claro e transparente, uma secretária da Fazenda que ajudou a liderar o processo de ajuste e está com as contas em dia. Não foi fácil, mas enfrentou os problemas” Marcos Lisboa presidente do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper)

Santo”, disse, destacando oportunidades de parcerias nas áreas de óleo e gás, mobilidade urbana, educação e tratamento de água. Para o governador Paulo Hartung, o encontro foi estratégico. “A agenda permite ao Estado dialogar com a região do sudoeste da Ásia. É uma área de grande potencial logístico e tecnológico. Acredito que podemos começar a trabalhar interesses comuns com desdobramentos em médio e longo prazo. Além disso, temos interesse em possibilidades no setor portuário, agricultura, gás e petróleo”, enfatizou. Também em abril o embaixador da Índia no Brasil, Sunil Lal, e os cônsules Nuno Bello, de Portugal, e Tsuyoshi Yamamoto, do Japão, aqui desembarcaram para conhecer as potencialidades da indústria capixaba, a diversidade dos setores produtivos e quais regiões podem receber novos investimentos.

Vantagens competitivas “O Estado é muito visado. Em apenas 60 dias, recebemos visitantes e observadores de vários países. Com esse interesse vindo de fora, percebemos que o Espírito Santo é muito bem-visto pelas comunidades internacionais. Não resta dúvida de que a gestão estadual, quando bem-feita, ganha visibilidade. A segurança jurídica é muito benéfica, e o Governo tem realizado isso com sabedoria e propriedade. São poucos os estados que estão em situação positiva como o Espírito Santo. Todas essas visitas às nossas cidades demonstram nossa credibilidade”, comenta o presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Marcos Guerra. 12

Indústria Capixaba – Findes

“O Espírito Santo tem uma série de vantagens competitivas. O equilíbrio fiscal, conquistado graças ao controle das contas públicas promovido na atual gestão, é um diferencial que garante segurança para o empreendedor. Além disso, dispomos de estrutura logística e de localização privilegiada, que facilitam a instalação e a ampliação de empreendimentos. As regras claras e os programas de incentivo também ganham destaque no momento de atrair novos negócios. E, não menos importante, vale ressaltar a nossa vocação para o comércio exterior e a proximidade dos diversos atores da nossa economia, que interagem constantemente para dinamizar o mercado”, enfatizou o titular da Secretaria de Estado de Desenvolvimento (Sedes), José Eduardo Faria de Azevedo. Esse conjunto de fatores positivos tem servido de referência. Enquanto o Governo Federal, durante a gestão Dilma Rousseff, recém-afastada da Presidência, sustenta que a crise econômica experimentada hoje pelo país foi causada por fatores externos, em especial pela queda no preço das commodities minerais, o presidente do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), Marcos Lisboa, oferece à análise um outro lado da questão, tomando justamente o Estado capixaba como exemplo. “Se fosse apenas o ambiente externo, e há estatísticas, o Brasil cresceria de 1,5% a 2% em 2014 e 2015. De 2% para -4%, a responsabilidade é nossa. Fazer ajustes em tempos de crise é difícil. Vamos pegar o exemplo do Espírito Santo. O Estado sofreu com a queda no preço do petróleo, das commodities, do repasse de royalties, e sofre com a crise no país. Da mesma maneira que o Rio de Janeiro, que ainda tem as Olimpíadas e bastante apoio. Mas o Espírito Santo não sofre os mesmos problemas do Rio de Janeiro. Tem um governador, Paulo Hartung, que assumiu os problemas de frente, foi claro e transparente, uma secretária da Fazenda (Ana Paula Vescovi) que ajudou a liderar o processo de ajuste e está com as contas em dia. Não foi fácil, mas enfrentou os problemas. Um trabalho que a levou ao comando do Tesouro Nacional. E acho que o que falta hoje é isso; e não essa política oportunista de adiar o problema, transferir a responsabilidade para a nova geração, fingir que não há restrição e deixar a conta para o futuro. A má notícia é que o futuro chegou”, ressaltou Lisboa, em uma entrevista ao programa “Roda Viva”, na TV Educativa. O Estado hoje é um dos poucos da federação com as contas públicas ajustadas, estruturado, com indicadores favoráveis, graças às políticas públicas e privadas. Essa é a


Futuro animador Empreendimento

Produto/serviço

Município

Elit Indústria de Tintas e Revestimentos Ltda

Tintas, verniz, massas para revestimento, thinner, aguarrás e complementos

Viana

Indústria de Cosméticos Carvalho

Cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal

Cariacica

Naturesani Engenharia Sanitária & Ambiental Ltda

Reservatórios, cisternas, cubas e recipientes análogos

Guarapari

Perfilados Rio Doce S/A

Tubos com costura, galvanizados ou não, postes padrão e de distribuição de energia e defensas metálicas

Serra

Pmi South America S/A

Garrafas térmicas e produtos isotérmicos

Vitória

Skystone do Brasil Ltda

Máquinas e equipamentos para extração mineral, exceto extração de petróleo

São Domingos do Norte

Serviços de usinagem

Serra

Tubos e perfis ocos, sem costura, de ferro ou aço

Serra

Eliminação de pneus inservíveis por meio da trituração, com cogeração de energia e produção de grânulos de borracha e aço triturado

Cariacica

Xlog Distribuidora Ltda

Fabricação de fôrma metálica perdida

Serra

Oxford Porcelanas Espírito Santo

Louça cerâmica e porcelana de mesa

São Mateus

Redux Indústria e Comércio Ltda

Fabricação de Arla32

Linhares

Produção de boias para sustentação de tubos flexíveis usados na indústria de petróleo e gás

Praia Grande, Fundão

Fábrica de placas de MDF

Pinheiros

Petrocity

Porto

São Mateus

Porto Central

Porto

Presidente Kennedy

Polo empresarial e logístico

Linhares

Imetame

Porto

Aracruz

Portocel

Expansão do porto para diversificação e ampliação da capacidade de movimentação de cargas gerais

Aracruz

Construção de nova pista de pouso e decolagem

Linhares

Tubos Soldados Atântico S/A Vallourec Tubos do Brasil S/A Metalvix Engenharia e Consultoria Ltda

Balmoral Placas do Brasil

Distrito Empresarial Norte Capixaba

Aeroporto de Linhares Fonte: Sedes

diferença do Espírito Santo em relação ao Brasil, segundo o secretário de Desenvolvimento.

Cinto apertado O Executivo capixaba fez seu dever de casa. Em janeiro deste ano, em busca da redução dos gastos da administração pública e a fim de retomar o equilíbrio financeiro-orçamentário, o governador Paulo Hartung assinou quatro decretos. Um deles revogou o Decreto nº 3.565-R, que regulamenta o apoio estadual à realização de eventos. Isso significa que, desde janeiro, estão suspensas, por exemplo, novas despesas com viagens, patrocínios, promoção de eventos, participação de servidores em congressos e seminários, entre outros itens. Um segundo decreto estabeleceu metas para a contenção de despesas em 2015. Uma delas é a baixa, ao longo do ano, de 20% do total consumido com o pagamento de servidores de cargos em comissão e de designação temporária, de dispêndios com passagens aéreas, diárias e combustíveis, entre outras medidas. Nesse mesmo documento, também foi criado um Comitê de Controle e Redução dos Gastos Públicos, que vai adotar e analisar as ações adotadas. Além disso, outro decreto instituiu a Política de Gestão Pública, que definiu a estratégia geral a nortear a gestão das instituições governamentais. Essa política tem por objetivos promover a prestação de serviços de forma eficiente, gerando os resultados esperados pelos cidadãos, e desenvolver as competências e os meios disponíveis para viabilizar a melhoria constante na produção desses desempenhos. O quarto decreto determinou a criação de uma Comissão para Análise da Proposta de Lei Orçamentária Anual de 2015. O governador Paulo Hartung explicou a necessidade de ajustar as contas públicas.“Para dar conta dos desafios, será necessário ajustar as contas públicas, contendo a expansão das despesas correntes e recuperando a boa gestão sobre a capacidade de arrecadação do Estado. Seremos fiéis ao compromisso de recuperar a capacidade de investir com recursos próprios, de fazer um uso eficiente das operações de crédito já contratadas, e Mai/Jun 2016 • 324

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Cenário

Ações para 2016

de liberar as rendas do petróleo para uma aplicação adequada, principalmente a educação, capaz de construir a prosperidade para as futuras gerações”, afirmou o governador. O secretário José Eduardo Faria de Azevedo destacou a relevância dessas medidas. “O Governo tem feito um grande esforço, desde o início da atual gestão, para manter as contas públicas equilibradas. O ajuste fiscal contou com dois instrumentos principais: a revisão do Orçamento de 2015 e o decreto de contenção de gastos. Essas medidas vêm garantindo as contas em dia sem impacto no serviço prestado à população e ainda têm influência sobre os investidores, que sentem confiança em empreender aqui. Além disso, o Governo tem se mantido firme na decisão de não aumentar impostos, outra ação importante para a manutenção/atração de empresas e para a manutenção/ geração de empregos. Toda essa política tem garantido que, mesmo em um cenário nacional de crise, o Espírito Santo continue atraindo indústrias e outros empreendimentos. Vários estão para chegar, outros vão entrar em operação, enfim, há uma lista de novidades na indústria nos próximos meses”, disse.

Investir para avançar “Entendemos que o Estado passa pelas mesmas dificuldades que o Brasil está enfrentando. Temos muitas indústrias fechando as portas, reduzindo a produção e o quadro de funcionários. Aqui, além de tudo o que já “O Governo tem feito um grande esforçopara manter as contas públicas equilibradas. Essas medidas vêm garantindo as contas em dia sem impacto no serviço prestado à população e ainda têm influência sobre os investidores, que sentem confiança em empreender aqui” José Eduardo Faria de Azevedo, secretário de Estado do Desenvolvimento

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Indústria Capixaba – Findes

No Espírito Santo, os esforços são contínuos no sentido de atrair investimentos, mesmo diante das adversidades que atingem o país. Por isso, o planejamento da Sedes para 2016 inclui uma série de ações: • Aprovar um novo marco legal para simplificar exigências de implantação e funcionamento de negócios no Estado. • Dinamizar a diplomacia ativa com novas missões internacionais para promover oportunidades de negócios entre empresas capixabas e multinacionais. • Iniciar a implantação do Criatec 3, que é um fundo de investimento com a finalidade de capitalizar empresas inovadoras. • Iniciar a implantação do projeto Sinapse, que estimula projetos inovadores, baseado no modelo de sucesso já implantado em Santa Catarina. • Monitorar de forma intensiva investimentos em infraestrutura, sejam eles privados (Portocel, Imetame, Porto Central, Petrocity, Distrito Empresarial Norte e Porto Norte Capixaba), estaduais (Aeroporto de Linhares) ou federais (duplicação da BR 101, ampliação do Aeroporto de Vitória, dragagem e derrocagem do Canal de Evolução do Complexo Portuário de Vitória e Vila Velha). Fonte: Sedes

foi dito, o que temos feito é uma aproximação grande com empreendedores e pessoas que buscam qualificação, executando um amplo plano de investimento nas 15 regionais do Sistema Findes. Uma hora a crise vai passar, e isso fica claro neste momento, com a mudança da Presidência. E quando a turbulência começar a se resolver, entendo que não há mais volta, quer dizer, o Brasil vai começar a olhar para a frente e arrancar. Por isso não paramos de investir e preparar não apenas mão de obra, mas também empreendedores, que serão fundamentais neste momento”, enfatiza Guerra. O dirigente observa, no entanto, que é preciso ser um otimista moderado, com o pé no chão. “Se estávamos prevendo o epicentro da crise brasileira para o final de 2016 e 2017, com a troca de presidente, podemos nos surpreender de forma positiva. A economia vai se recuperar a partir do momento que o Governo Federal e o Brasil retomem a credibilidade e também a confiança dos empreendedores. Em maio, o Índice de Confiança subiu 5,1 pontos no ES, a maior alta em 16 meses”, afirma Guerra, explicando que esse indicador, que mensura a avaliação dos industriais sobre as condições gerais da economia, vem baixando sistematicamente – o ideal é que se mantenha em 50 ou mais pontos, o que denotaria confiança para investir.



Artigo

A força da identidade capixaba em prol do turismo

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Espírito Santo é um Estado privilegiado, rico em belezas naturais que encantam quem as conhece. Aqui, a distância entre mar e montanha é percorrida com apenas uma hora de viagem. Enquanto as praias esquentam o clima nos balneários, o frio da serra dá a impressão de que se foi para longe. Entre tantos atrativos, o que o Espírito Santo tem de melhor? Gente. O povo capixaba é alegre, hospitaleiro e bairrista. Bairrista sim, no olhar positivo da expressão, quando vê uma foto e fala com orgulho: esta é a minha cidade. Ou quando faz questão de manter as tradições de família, ou até quando comparece em peso nos eventos locais, prestigiando a sua cultura. A história do Espírito Santo é formada por diversas culturas, tradições, descendências e, principalmente, pela mistura e pela convivência dessas características. E essa variedade virou razão de união, compartilhamento, crescimento e valorização. A identidade do capixaba é forte e tem símbolos que reforçam e contam a trajetória dos seus valores e cultura. Ícones tangíveis e intangíveis, como o Convento da Penha, o congo, a Folia de Reis, o Palácio Anchieta, o pôr do sol de Colatina, a moqueca e a torta capixabas, o socol, a Festa da Polenta, a Pedra Azul, as dunas de Itaúnas, o Caparaó e a panela de barro, são algumas referências quando se fala do amor ao Espírito Santo. O capixabismo é o sentido de valorização, admiração e identificação do espírito-santense.

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O Estado tem um pouco de cada parte do Brasil, e exatamente por isso é único. Único em geografia, mas também único em sua identidade, cultura e história. Devemos confiar e valorizar o que é nosso e sempre olhar positivamente para as oportunidades e qualidades que temos. Para o reconhecimento de um destino, é fundamental o apreço do lugar, primeiramente pelos próprios moradores. O capixaba é quem tem o maior potencial de divulgação de seu Estado, pois o melhor convite vem de quem ama onde vive. Turismo local é feito, principalmente, com vizinhos. É assim que surge a sua demanda, que atrai público e, consequentemente, investidores. Turisticamente, o Espírito Santo ainda é pouco conhecido no Brasil, e atualmente essa posição lhe traz uma vantagem competitiva. Antes fiéis aos destinos tradicionais, os viajantes embarcam agora na onda de procurar novidade, e é o que encontram em terras capixabas. O Espírito Santo tem uma diversidade e quantidade de atrativos, naturais ou não. A boa localização geográfica é fator-chave: estamos a 1.000 km de três grandes centros urbanos e a menos de uma hora de voo desses locais. Juntando todas essas qualidades geográficas, econômicas, naturais e culturais, existem motivos de sobra para o capixaba de coração aderir ao espírito do capixabismo da campanha #amorS2es. A força do seu povo tem o poder de fazer o Espírito Santo ser conhecido e reconhecido. Vamos dizer ao mundo quem somos e mostrar o que o Estado de melhor!

José Sales Filho é secretário de Turismo do Estado do Espírito Santo


indústria em ação Artigo

Ampliação de termelétrica gera oportunidades no Es

Presidente do Sinduscon-ES, Paulo Alexandre Baraona quer união do setor produtivo

Sindicatos empossam novas diretorias O ano de 2016 começou com sindicatos ligados à indústria apresentando seus novos dirigentes. No dia 29 de março, aconteceu no Centro de Convenções a solenidade de posse da diretoria do Sinduscon-ES (entidade patronal da construção civil) eleita para o triênio 2016/2019. O presidente Paulo Alexandre Baraona falou sobre a importância da união do segmento produtivo com o setor público e pediu mais engajamento de todos por um Espírito Santo melhor.Também em março, o empresário José Augusto Rocha foi para a presidência para o próximo triênio do Sindicato da Indústria de Calçados do Espírito Santo (Sindicalçados). O antigo titular, Altamir Alves Martins, assumiu a vice-presidência. Já no dia 7 de abril, foi empossada a nova diretoria do Sindiplast-ES, presidida pelo empresário Gilmar Guanandy Régio, que estará à frente da instituição nos próximos três anos. Finalmente, no dia 19 de abril, foi a vez do evento de posse da diretoria do Sindiquímicos. O presidente do sindicato é José Carlos Zanotelli, empresário da área de tintas e vernizes. A cerimônia aconteceu no Edifício Findes e contou com a palestra “Desafios ao desenvolvimento da indústria no Estado”, ministrada pelo secretário de Desenvolvimento do Estado, José Eduardo Faria de Azevedo.

A Lasa Agroindústria S/A apresentou em maio o seu projeto de ampliação da usina termelétrica de Linhares. A expectativa é de que durante as obras de expansão sejam gerados 200 postos de trabalho diretos, além de outros 50 depois com a conclusão. Orçado em cerca de R$ 60 milhões, o projeto servirá para elevar a disponibilidade de energia limpa. A termelétrica Lasa é uma unidade de produção de eletricidade que usa biomassa, bagaço da cana, como combustível. A unidade, que hoje gera energia para uso exclusivo do setor industrial, aumentará a sua potência instalada de 3,2 megawatt-hora (MW) para 33 MW. A planta contemplará duas etapas: na primeira, a partir de uma caldeira já existente, está prevista a oferta anual de cerca de 65 mil MWh até 2017. Já com a segunda etapa, que deverá ser entregue no ano seguinte, haverá a instalação de uma nova caldeira, que deve representar uma produção de aproximadamente 138 mil MWh por ano, volume suficiente para abastecer uma cidade de 210 mil habitantes. Inaugurada em 1974, a Lasa fabrica hoje diversos tipos de álcool, como o carburante hidratado, para automóveis; o anidro, empregado como aditivo na gasolina; e o neutro, que serve nas indústrias como a de bebidas, farmacêutica e cosmética. José Carlos Zanotelli, presidente do Sindiquímicos comemora a inauguração. “Para o nosso sindicato é uma grande oportunidade. É importante valorizar essa iniciativa que de forma sustentável e moderna gera energia elétrica” enfatisa ele.

Usina Alcon

IEL-ES abre inscrições para Prêmio de Estágio Estão abertas, até 22 de julho, as inscrições para a edição 2016 do Prêmio IEL de Estágio. A entidade oferecerá R$ 3,5 mil ao primeiro colocado na categoria “Estagiário Destaque”, além da automática classificação para a etapa nacional. Participam ainda empreendimentos, no Prêmio Empresa Destaque; e unidades de ensino, no Prêmio Instituição de Ensino Destaque. A iniciativa, criada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), por meio do IEL Nacional, busca reconhecer e incentivar as boas práticas dos programas para os bolsistas. Os estudantes capixabas estão em alta: na edição do ano passado, a universitária Fernanda Luiza Emediato Fernandes, da Ufes, foi considerada a melhor estagiária do país, depois de vencer o Prêmio IEL de Estágio no Espírito Santo. A entrega dos troféus está agendada para 28 de setembro. Mais informações no site da entidade (www.iel-es.org.br).

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Entrevista Artigo por Gustavo Costa

Raul Cutait “Bons empresários têm que se preocupar em expandir seus negócios. Contudo, não podem deixar de pensar no bem- estar da sociedade”

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x-diretor-geral do Centro de Oncologia e do Conselho Médico do Hospital Sírio-Libanês (HSL),em São Paulo, o Dr. Raul Cutait esteve em Vitória em abril, palestrando em um evento promovido pela Escola de Associativismo em parceria com o Sistema Findes. Aproveitando a oportunidade, a revista Indústria Capixaba ouviu o renomado médico a respeito de temas como associativismo e evolução das instituições e do próprio Sistema de Saúde nacional, além da trajetória de sucesso do Sírio, uma das mais importantes estruras hospitalares do Brasil. Graduado e com mestrado e doutorado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Raul Cutait é atualmente professor associado da entidade e médico assistente do HSL, do Hospital das Clínicas e do Hospital Brigadeiro. Exerce também a função de presidente do Conselho Superior de Responsabilidade da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Além da experiência na área de medicina, com ênfase em cirurgia, tem grande participação em entidades voltadas para ações sociais e culturais, como as associações de Apoio ao Programa Comunidade Solidária e a de Amigos do Museu de Arte Sacra de São Paulo, a Fundação para o Desenvolvimento do Investimento Social e o Instituto para o Desenvolvimento da Saúde, no qual é presidente. O que levou o Sírio-Libanês a ser considerado um caso de sucesso quando se fala em associativismo?

Os imigrantes sírios e libaneses que para cá vieram no final do século XIX e início do século XX,à semelhança de outras coletividades, criaram seu hospital, o Sírio-Libanês, calcado no conceito de benemerência.Desde sua fundação,em 1921,até efetivamente iniciar seu funcionamento em 1965, foram campanhas e campanhas de arrecadação de recursos com a finalidade de viabilizá-lo. O fato é que os imigrantes sírios e libaneses, bem como seus filhos, reconheceram a importância de se manter uma insti-

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Indústria Capixaba – Findes

tuição hospitalar filantrópica. Afora esse valor preciosíssimo, outros nortearam o funcionamento do hospital desde o início: intenso compromisso com a qualidade de atendimento, às custas de um precioso corpo clínico, formado em sua essência por professores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP); pioneirismo na incorporação de novas tecnologias; humanismo. O resultado: com 50 anos de existência, graças a seus valores iniciais, firmou-se como uma das instituições de maior expressão no cenário médico-hospitalar do país e da América Latina. Um conhecido cantor brasileiro disse certa vez que “sonho que se sonha junto é realidade”. Quais os benefícios de ter o seu esforço somado ao de parceiros? A soma de habilidades e competências vale a pena?

Andorinha sozinha não faz verão. Foi e ainda é necessário que o Hospital Sírio-Libanês seja um “sonho coletivo”, em que cada um de seus participantes, qualquer que seja a função, se sinta orgulhoso de dele fazer parte. Mas, como todo sonho, foi preciso que alguns líderes se doassem para torná-lo uma realidade. Aqui cito a doutora Adma Jafet, idealizadora do hospital, a doutora Violeta Jafet, que conduziu a sociedade mantenedora com enorme entusiasmo, e o professor Daher Cutait (pai de Raul), a alma-máter do estilo do hospital e zelador inconteste de seus valores. Há quem diga que, em tempos de crise, o associativismo deixa de ser uma boa decisão para se tornar fundamental. O que pensa a respeito disso?

A peteca não pode nunca cair. O espírito associativista é imprescindível sempre, em especial nas crises, desde a de recursos até a principal, que é a da frouxidão do exercício dos valores maiores que regem cada instituição.


“Com a expansão do número de faculdades de Medicina, em locais onde não existe massa crítica docente, estaremos fadados a ter no mercado profissionais mal preparados”

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Entrevista Artigo

O associativismo é uma das bandeiras do Sistema Findes. Como o senhor enxerga o associativismo empresarial?

Na minha visão, bons empresários têm que se preocupar em viabilizar e expandir seus negócios, o que é mais do que legítimo, porque gera riquezas e empregos. Contudo, eles não podem, individual e conjuntamente, deixar de pensar no bem-estar da sociedade e, por meio de suas capacidades empreendedoras, transformar pensamentos e visões em ações efetivas. Qual foi o balanço de sua palestra ministrada no Edifício da Findes?

Fiquei honrado com o convite para falar de associativismo. Tive a impressão de que a plateia absorveu meu entusiasmo com o tema.

No seu ponto de vista, qual foi a importância da instalação do Centro de Oncologia dentro do hospital?

Para mim foi um divisor de águas. Desde a época de residente de cirurgia digestiva, fui atraído pelo tema câncer, pelo que representava como desafio para tratar meus pacientes e pelo lado científico dessa doença. Quando fui estagiar nos Estados Unidos, procurei não só aprimorar-me com médico, mas também entender os diversos sistemas organizacionais lá existentes para que instituições pudessem oferecer um conjunto de ações que beneficiassem o diagnóstico e o tratamento integral dos portadores de câncer. Para que fosse instalado o Centro de Oncologia, o HSL precisou se preparar aprimorando seus serviços existentes, como o de imagens, e criar novos serviços, como o de patologia. Mais ainda, preocupei-me em enviar colegas para fazer sua formação em oncologia clínica e radioterapia no exterior, o que iria completar as equipes multidisciplinares, uma vez que dentre nossos cirurgiões já havia muitos que eram as grandes referências nacionais. O que esse Centro significou em termos de pioneirismo e percepção de mercado?

Quando imaginávamos criar nosso Centro de Oncologia, já tínhamos duas informações importantes: uma interna, ao constatar que um terço de nossas internações na década de 80 eram de portadores de câncer, e outra externa, pela avaliação de que a incidência dessa doença vinha aumentado em todo o mundo ocidental. Pela sua concepção e pioneirismo no Brasil, o Centro de Oncologia permitiu um salto de qualidade institucional e deu bastante visibilidade ao HSL. Mas gostaria aqui de salientar que, na minha percepção, o que estávamos iniciando poderia servir de modelo para outras instituições privadas ou públicas, ampliando a possibilidade de melhoria das atenções para os pacientes com câncer. Portanto, cada vez que vejo um hospital organizar seu próprio Centro de Oncologia, confesso que fico bastante satisfeito.

“Os hospitais de ponta deixam de ser apenas locais de internação e passam a oferecer apoio integral aos pacientes” 20

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“O espírito associativista é imprescindível sempre, em especial nas crises, desde a de recursos até a principal, que é a da frouxidão do exercício dos valores maiores que regem cada instituição” ção e passam a oferecer apoio integral aos pacientes. Entretanto, meu eterno receio é de que não se percam os valores que foram nossos guias desde o início. Quais os grandes desafios da Saúde no país hoje? E quais os caminhos para vencê-los?

Como o hospital trabalha a questão da responsabilidade social? Quais os principais destaques nessa área?

Com a evolução, o hospital entendeu que deveria gradativamente desenvolver outras atividades além do atendimento e com isso iniciou seu Instituto de Ensino e Pesquisa, que avança célere em atividades educacionais, recebendo cerca de 30 mil pessoas/ano, embora de forma mais lenta em pesquisa, apesar de hoje participar de vários estudos multicêntricos, alguns deles internacionais. Minha visão coincide com a do Dr. Masur, antigo diretor do National Institutes of Health dos Estados Unidos, que dizia que a qualidade da atenção clínica em uma instituição passa por programas acoplados de ensino e pesquisa. O passo seguinte foi se envolver com atividades de responsabilidade social, que são exercidas dando apoio de saúde e de educação à população mais carente do bairro onde nos encontramos e exercendo a filantropia com projetos de atendimento e formação de profissionais de maneira integrada com os gestores de saúde do estado e do município de São Paulo. Como percebe o Sírio-Libanês hoje? E no que ele ainda pode crescer nos próximos anos?

O hospital cresceu e ampliou o rol de suas atividades, o que foi necessário frente a um mercado que funciona com alta demanda. Essa era uma evolução natural. Atualmente, os hospitais de ponta deixam de ser apenas locais de interna-

Essa pergunta precisa de uma longa e complexa resposta, mas procurarei sumarizar meus pensamentos. Em relação ao no sistema público, responsável pelo atendimento de 75% de nossa população, entendo que os principais problemas são: 1) financiamento insuficiente; 2) o que mais choca: um ineficaz modelo de gestão, que leva a importante desperdício dos limitados recursos disponíveis, em parte por insuficiente controle interno; 3) o conceito de que o Estado tem que ser o provedor dos serviços; sua função deveria ser principalmente de criador de políticas públicas, controlador, fiscalizador e punidor; 4) falta de um melhor entrosamento com o sistema privado, algo que poderia melhorar a resolubilidade do setor público; 5) algo que pode parecer blasfêmico: a Constituição diz em seu artigo 196 que saúde é um direito do cidadão e um dever do Estado, o que faz sentido, mas não explicita que a conta tem que ser paga integralmente pelo Estado. O fato é que temos camadas da população que podem pagar pelos serviços prestados, mesmo que por alguns, mesmo que de forma parcial. Esse é um debate que em algum momento terá que vir à tona. Quanto ao setor privado, é necessário também rever sua regulamentação, uma vez que muita gente pensa que está protegida, algo que nem sempre corresponde à realidade, tendo em vista a precariedade de seus planos de saúde. Finalmente, uma palavra de preocupação com o ensino médico. Com a expansão do número de faculdades de Medicina, em locais onde não existe massa crítica docente, estaremos fadados, em menos de uma década, a ter no mercado profissionais mal preparados em conhecimento, tecnicamente e, talvez pior que isso tudo, sem referenciais sobre o que é ser médico e exercer medicina de padrão em prol de seus pacientes.

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indústria Artigo em ação

Grand Prix Senai celebra ideias para a indústria O Centro Integrado Sesi/Senai/IEL Sergio Rogerio de Castro sediou entre 6 e 8 de abril uma iniciativa criada para premiar grandes ideias voltadas à indústria. Trata-se do Grand Prix Senai de Inovação. O vencedor do evento piloto foi o projeto de uma rede eletromagnética capaz de captar partículas suspensas de minério de ferro e reduzir a poluição do ar. A elaboração dessa proposta ficou a cargo da equipe Resíduo Smart. O segundo lugar foi conquistado pelo grupo Water Farm e seu plano de irrigação que otimiza o consumo de água na agricultura, por meio de sistema de gotejamento. O pódio foi fechado com o Prime Service, um processo idealizado para captar e separar o dióxido de carbono de outros gases, para que seja utilizado na fabricação de gelo seco, cimento e extintores, além de equipamentos de solda MIG e MAG. No total, 30 alunos se dividiram nas cinco equipes, que tiveram um prazo de 72 horas para criar soluções de caráter industrial para desafios como o uso hídrico racional, a emissão de gases poluentes e o reaproveitamento de resíduos industriais.

CIN-ES realiza captação de negócios no Chile Com o objetivo de viabilizar transações e operações para as companhias capixabas, tornando-as mais competitivas no cenário internacional, o Centro Internacional de Negócios da Findes (CIN-ES) realizou, entre os dias 12 e 20 de março, o Prospect do setor moveleiro em Santiago, no Chile. Além da Juparanã e da Cap Israel, empreendimentos capixabas selecionados, participaram da ação representantes de instituições empresariais do Amazonas, do Distrito Federal, do Paraná e de Santa Catarina. Segundo o gerente do CIN-ES, Christiano Furtado, o Prospect do segmento foi promovido junto a 30 empresas locais e instituições como bancos chilenos e brasileiros, além da Sociedad de Fomento Fabril (Sofofa), uma federação sindical que reúne empresas e sindicatos vinculados ao setor industrial chileno, reunindo mais de 4 mil firmas associadas. Para Furtado, as organizações capixabas inseridas na área moveleira no Chile se beneficiam por conta de aspectos como design diferenciado, mercado acessível a produtos brasileiros e impostos de importação baixos.

Anuário IEL 200 Maiores Empresas completa 20 anos Uma das principais publicações da área econômico-empresarial, dentro e fora do Espírito Santo, o Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo completa em 2016 a importante marca de duas décadas de presença no mercado. O veículo levanta informações relativas ao exercício contábil, buscando uma avaliação do desempenho econômico e financeiro das 200 principais companhias do Estado. Para integrar a publicação, o empreendedor ou responsável deve enviar o balanço comercial do seu negócio. Todos os dados são sigilosos. Além do ranking propriamente dito, a próxima edição trará reportagens sobre os setores produtivos mais importantes do Estado, artigos de especialistas em diversos segmentos da economia e um caderno elaborado pela equipe do Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo (Ideies). Disponível em formato digital, o Anuário é bilíngue e distribuído também em embaixadas brasileiras no exterior, trazendo ainda mais reconhecimento para as empresas que fazem parte do ranking.

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indústria em ação Artigo

Feira da Metalmecânica, Energia e Automação Considerado o grande evento de metalmecânica, energia e automação no Espírito Santo, a Mec Show reunirá, entre 26 e 29 de julho, no Pavilhão de Carapina, na Serra, fornecedoras e compradoras dos principais setores da indústria. Em sua nona edição, a feira é a oportunidade de prospectar clientes e fechar parcerias, em um ambiente propício para contratos, e de conferir as novidades tecnológicas. O público pode participar de conferências de petróleo, gás e naval, palestras, road-show e rodadas de negócios. Outro destaque fica por conta da Isa Show ES, vitrine das organizações de instrumentação, sistemas, elétrica e automação no Espírito Santo, que disponibiliza em um único espaço os lançamentos de produtos, serviços e tecnologias de ponta. A Mec Show é uma promoção do Sindifer-ES e do Cdmec, numa realização da Milanez & Milaneze em parceria com VeronaFiere e correalização do Sebrae-ES. O Sesi e o Senai estão entre os apoiadores da programação, que em 2015 registrou mais de R$ 70 milhões em contratos projetados futuros e um público de 17,8 mil profissionais.

Desenvolvimento da indústria é tratado em fórum Com a finalidade de debater os rumos que a indústria capixaba deve tomar para os próximos anos, enquanto o país atravessa um momento de incertezas políticas e econômicas, foi realizado, no dia 17 de maio, o Fórum da Indústria Capixaba. Promovido pelo Sistema Findes, com o apoio técnico do Ideies, o evento reuniu propostas que farão parte da Agenda para o Desenvolvimento da Indústria Capixaba 2016/2018. Além de presidentes de sindicatos, diretores, executivos, conselheiros e técnicos do Sistema Findes, participaram da reunião representantes de empresas de todos os portes. Os presentes se dividiram nos grupos temáticos de Competitividade da Indústria (Caminhos para Reindustrialização); Educação; Liderança Empresarial; Questão Tributária e Financiamento da Indústria; Energia; Petróleo e Gás; Comércio Exterior; Burocracia; e Logística e Mobilidade Urbana na Região Metropolitana da Grande Vitória e Municípios-polos. “As propostas serão debatidas junto aos conselheiros para, a partir de então, definirmos quais as que farão parte da Agenda para o Desenvolvimento da Indústria Capixaba 2016/2018. Feito isso, temos um prazo de cerca de 30 dias para finalizarmos o documento e entregarmos às autoridades competentes”, disse Dória Porto, diretor-executivo do Ideies.

Empreendedorismo na Crise é tema de palestra em Afonso Cláudio O diretor para Assuntos do Sesi-ES, José Carlos Bergamin, ministrou palestra na abertura oficial da 2ª Semana do Empreendedor em Afonso Cláudio. Com o tema “Empreendedorismo na Crise”, a apresentação aconteceu no dia 18 de abril, no Centro Cultural José Ribeiro Tristão. Após fazer uma análise sobre os entraves políticos e econômicos que atingem o Brasil, o dirigente apontou números pessimistas para a indústria. Em sua explanação, ele reforçou que o desenvolvimento do Brasil passa, necessariamente, pelo crescimento do setor. “É fundamental que a confiança do empresário e do empreendedor volte a ser aguçada para que haja mais investimentos e, consequentemente, geração de emprego e renda. Temos mais de 9,1 milhões de trabalhadores desempregados no Brasil; só no Espírito Santo, 45 mil postos de trabalho foram fechados em 2015”, frisou. O evento contou com a parceria com o Sistema Findes, representado pelo vice-presidente institucional da instituição em Venda Nova do Imigrante e Região, Sérgio Brambilla.

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Especial por Thiago Lourenço

Obras do Sistema Findes movimentam R$ 67,3 milhões B

uscando se preparar para uma retomada da economia, o Sistema Findes avançou com seu Plano de Investimentos, potencializando a capacidade de formação profissional do Estado e contribuindo com a interiorização do desenvolvimento. Já foram aplicados recursos que chegam a R$ 145,2 milhões; outros R$ 67,3 milhões em aportes estão em andamento, e mais R$ 26,6 milhões, em fase de licitação.

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Na avaliação do presidente do Sistema Findes, Marcos Guerra, além de propiciar a interiorização do desenvolvimento, a realização dos investimentos contribui com a dinamização da economia. “O Brasil está parado, o Governo tem investido pouco, e nós preparamos um plano que está sendo entregue. Trabalhamos para isso, fizemos o dever de casa e estamos dotando o Espírito Santo da capacidade de sair na frente no pós-crise”, afirma.


Na contramão da crise financeira, instituição já aplicou recursos de R$ 145,2 milhões em obras que vão contribuir com a dinamização da economia capixaba

“Onde tem Senai, as portas do município se abrem com mais facilidade para novos empreendimentos” Marcos Guerra, presidente do Sistema Findes

Investimentos concluídos Modernização de laboratórios e oficinas de todas as unidades do Senai • Investimento: R$ 72 milhões •C onclusão: 2016 Material didático, equipamentos de informática e laboratórios de todas as unidades do Sesi • Investimento: R$ 32 milhões •C onclusão: 2016 Escola Móvel • I nvestimento: R$ 4 milhões • Conclusão: 1º semestre de 2014 Núcleo Regional de Nova Venécia • Investimento: R$ 1,5 milhão •C onclusão: 2º semestre de 2014 Unidades Móveis de Solda • I nvestimento: R$ 5,8 milhões • Conclusão: 2º semestre de 2014 Construção de Ginásio de Esportes do Centro Integrado Sesi/Senai/IEL de Aracruz • Investimento: R$ 1,8 milhão •C onclusão: 2º semestre de 2015

Na nova unidade do Sesi Saúde em Colatina, serão realizados mais de 50 mil atendimentos por ano

O diretor regional do Senai-ES e superintendente do Sesi-ES, Luis Carlos Vieira, lembra que os investimentos costumavam ser disputados por quem oferecia itens como incentivos fiscais e infraestrutura, mas a mudança na legislação limitou essa concorrência entre estados. “O fator determinante para a atração de investimentos passou a ser a mão de obra qualificada. O Espírito Santo possui condições favoráveis e contas equilibradas. Quando a crise passar,

Unidade Móvel de Madeira e Mobiliário • I nvestimento: R$ 3 milhões • Conclusão: 2º semestre de 2015 Centro Integrado Sesi/Senai/IEL de Anchieta • I nvestimento: R$ 17 milhões • Conclusão: 1º semestre de 2016 Unidade Móvel Frigorífica • Investimento: R$ 2,1 milhões • Conclusão: 1º semestre de 2016 Senai CentroModa Colatina • I nvestimento: R$ 6 milhões • Conclusão: 1º semestre de 2016 Total de investimentos concluídos: R$ 145,2 milhões

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Especial

“O Espírito Santo possui condições favoráveis e contas equilibradas, quando a crise passar, estará em melhores condições de competitividade aquele que estiver organizado. É esse caminho que estamos percorrendo” Luis Carlos Vieira, diretor regional do Senai-ES e superintendente do Sesi-ES

estará em melhores condições de competitividade aquele que estiver organizado. É esse caminho que estamos percorrendo”, disse.

Investimentos nas regionais Os projetos executados pela Findes foram definidos junto às diretorias regionais, ouvindo as necessidades dos setores industriais e os dados das vocações regionais levantados pelo Ideies. “Além de obras nos Centros Integrados, ampliamos os investimentos em Escolas Móveis, que possibilitam atender a demanda em qualquer lugar, num bairro populoso, numa cidade vizinha ou até mesmo no pátio de uma indústria. Onde tem Senai, as portas do município se abrem com mais facilidade para novos empreendimentos”, reforça Guerra. Entre as obras que estão em prosseguimento, estão as de reforma do Sesi e criação de uma unidade do Sesi Saúde no município de Linhares. Somadas, essas ações representam aplicação de R$ 14 milhões, com previsão de entrega no segundo semestre deste ano. “Não só os empresários são diretamente beneficiados, a partir da possibilidade de contratar mão de obra mais capacitada, mas a sociedade também é contemplada com a expansão dos serviços oferecidos pelo

Obras em andamento Reforma e ampliação do Senai Civit – Serra A unidade receberá mais 2,4 mil m² para 10 salas de aula, além de oficinas e laboratórios. Estão previstos novos cursos, como Segurança do Trabalho, Eletrotécnica, Eletroeletrônica, Eletricidade Industrial, Movimentação de Cargas, Serralheria, Soldagem, Caldeiraria, Segurança do Trabalho e Tecnologia da Informação. • Investimento: R$ 9 milhões • Previsão de entrega: 2º semestre de 2016 Construção do novo Centro Integrado Sesi/Senai/IEL de Cachoeiro de Itapemirim Com 5 mil m², serão 27 laboratórios/oficinas e 16 salas de aula que possibilitarão o atendimento de 18 mil alunos por ano. Entre os laboratórios estão o de Calçados, Automobilística, Eletroeletrônico, Rochas Ornamentais, Mecânica e Construção Civil. Os cursos oferecidos para a região são nas áreas automotiva, de couro e calçados, gestão, metalmecânica, eletroeletrônica, tecnologia da Informação, meio ambiente, minerais não metálicos e segurança do trabalho. • Investimento: R$ 14 milhões • Previsão de entrega: 2º semestre de 2016 Unidade do Sesi Saúde em Cachoeiro de Itapemirim Trabalhadores das indústrias da região de Cachoeiro de Itapemirim, seus dependentes e a população em geral contarão com serviços a preços acessíveis em diversas especialidades. Entre as quais estão medicina do trabalho, medicina assistencial, fonoaudiologia, psicologia, nutrição e odontologia. Haverá

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ainda exames de auditometria, espirometria, acuidade visual, eletrocardiograma, radiologia e análises clínicas. • Investimento: R$ 2 milhões • Previsão de entrega: 2º semestre de 2016 Reforma do Centro Integrado Sesi/Senai/IEL de Colatina No Senai, as obras contemplam a construção do almoxarifado e a ampliação da iluminação externa; a reforma dos muros e a instalação de uma nova central de atendimento; a adequação da portaria; obras para melhoria da acessibilidade geral da unidade; além da construção de oito novas salas, com capacidade de atender mais 320 alunos. Os investimentos incluem ainda a modernização, com instalação de novos equipamentos, dos laboratórios de automobilística, elétrica, ensaios destrutivos, hidráulica, marcenaria, mecânica, metalografia, metrologia, solda, pintura e vestuário, que já atendem quase mil alunos dos cursos técnicos. No Sesi, as obras são de ampliação do estacionamento, adequação da sala de jogos e do parquinho, reforma da cantina e do pátio e adequação dos banheiros. • Investimento: R$ 9,1 milhões (sendo R$ 5,8 milhões no Senai e R$ 3,3 milhões no Sesi) • Previsão de entrega: 2º semestre de 2016 Reforma do Sesi de Linhares As obras de reforma e ampliação do Centro Integrado Sesi/Senai/ IEL de Linhares preveem a construção de um novo auditório, uma nova quadra poliesportiva, um novo castelo d’água, 16 salas de aula, além de reforma geral do bloco principal e da piscina,


Perspectiva do novo Centro Integrado Sesi/Senai/IEL de Linhares que receberá obras de reforma e ampliação e será entregue ainda este ano

instalação de ar-condicionado e melhorias nas áreas de uso comum – vestiários, copa e cantina, entre outros. • Investimento: R$ 14 milhões • Previsão de entrega: 2º semestre de 2016

trabalhador (cardiologia, oftalmologia, pneumologia, ortopedia, neurologia, entre outros). • Investimento: R$ 2 milhões • Previsão de entrega: 2º semestre de 2016

Laboratório de Tecnologia Cerâmica (Teccer), em Santa Teresa O primeiro laboratóriodo setor no Estado está sendo criado mediante acordo de cooperação técnica firmado com o Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) e o Sindicato da Indústria de Cerâmica do ES (Sindicer-ES). A parceria prevê a construção das instalações físicas laboratoriais e doação dos equipamentos eletrônico-analíticos, móveis e acessórios. O laboratório servirá para o desenvolvimento de estudos físicos e químicos de cerâmicas. O Sistema Findes, por meio do Senai, investirá na compra de equipamentos e instrumentos mecânicos, eletroanalíticos e metrológicos além de equipar o laboratório com mobiliário, softwares, EPIs, normas e insumos iniciais. • Investimento: R$ 1,2 milhão • Previsão de entrega: 2º semestre de 2016

Reforma e ampliação do Sesi de Cobilândia, em Vila Velha Com o objetivo de melhorar a qualidade e o conforto oferecido aos estudantes, serão construídos novas salas de aula e laboratório. Haverá ainda reformas nos vestiários, na guarita e na cantina. • Investimento: R$ 4 milhões • Previsão de entrega: 2º semestre de 2016

Unidade do Sesi Saúde em Linhares Serão cinco as estruturas Sesi Saúde no Estado, visto que a iniciativa já chegou a Colatina, Vitória e Laranjeiras (Serra) e vai ser implantada em Cachoeiro e Linhares. Haverá serviços nas áreas de saúde ocupacional (medicina do trabalho, odontologia e exames complementares) e saúde do

Senai CentroModa Araçás, em Vila Velha O Senai CentroModa Araçás será uma extensão do Centro Integrado Sesi/Senai/IEL, que terá a capacidade de qualificar mais de duas mil pessoas por ano. Contará com salas de aula, auditório, estacionamento e local para desfiles, com acessibilidade geral. Além do curso de Técnico em Vestuário, já existente, vai oferecer os de Confeccionador de Lingerie e de Moda Praia e Fitness, Alfaiate, Supervisor de Produção de Vestuário, Bordado Industrial, Efeitos Especiais em Estamparia, Moulage, entre outros. O espaço contará ainda com laboratórios de Confecção, Risco e Corte, Modelagem, Moulage, Bordado, CAD, Design, Estamparia, entre outros. • Investimento: R$ 12 milhões • Previsão de entrega: 2º semestre de 2016 Total de investimentos em execução: R$ 67,3 milhões

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Especial

Investimentos em fase de licitação Reforma do Senai Cetec – Av. Beira-Mar, em Vitória • Investimento: R$ 10 milhões • Previsão de entrega: 2017 Reforma do Teatro do Sesi de Jardim da Penha, em Vitória • Investimento: R$ 1 milhão •P revisão de entrega: 2017 Construção de Teatro/Auditório no Centro Integrado Sesi/Senai/IEL de Aracruz • I nvestimento: R$ 3 milhões •P revisão de entrega: 2º semestre de 2016 “Como representante regional, nossa missão foi ouvir os sindicatos dos nossos setores, graças à visão da presidência do Sistema Findes de interiorizar o desenvolvimento” Manoel Giacomim, vicepresidente institucional da Findes em Colatina e Região

Sesi”, avalia o vice-presidente institucional da Findes em Linhares e Região, Paulo Joaquim do Nascimento. O dirigente acrescenta que a expansão veio a partir da identificação do crescimento da demanda por mão de obra qualificada na região. “Essa melhoria, tanto nas ações do Sesi, quanto nas do Senai, era uma demanda local. Estamos passando por um momento econômico crítico, mas acredito que novas indústrias continuarão buscando implantação na região e devemos estar preparados”, ressalta. Manter a atratividade para novos negócios também é a preocupação do vice-presidente institucional da Findes em Colatina e Região, Manoel Giacomim. “No período anterior à crise, tivemos grandes investimentos vindo para a cidade, e já existem empreendimentos anunciados, que devem se confirmar à medida que a situação do país melhore. Como representante regional, nossa missão foi ouvir os sindicatos dos nossos setores mais representativos, graças à visão da presidência do Sistema Findes de interiorizar o desenvolvimento”, enfatiza.

Reforma na piscina do Sesi de Cachoeiro de Itapemirim • Investimento: R$ 800 mil • Previsão de entrega: 2º semestre de 2016 Campo soçaite no Centro Integrado Sesi/Senai/IEL de Colatina • I nvestimento: R$ 1,3 milhão •P revisão de entrega: 2º semestre de 2016 Galeria de Arte do Sesi, no Edifício Findes, em Vitória • I nvestimento: R$ 2,5 milhões • Previsão de entrega: 2º semestre de 2016 Unidade Móvel Automotiva • Investimento: R$ 1,5 milhão • Previsão de entrega: 2º semestre de 2016 Unidade Móvel de Cozinha Capixaba • Investimento: R$ 3 milhões •P revisão de entrega: 2º semestre de 2016 Campo soçaite do Centro Integrado Sesi/Senai/IEL de Linhares • Investimento: R$ 1,33 milhão •P revisão de entrega: 2º semestre de 2016 Campo soçaite do Centro Integrado Sesi/Senai/IEL de Araçás, em Vila Velha • Investimento: R$ 1,5 milhão •P revisão de entrega: 2º semestre de 2016 Campo soçaite do Sesi de Jardim da Penha, em Vitória • Investimento: R$ 700 mil • Previsão de entrega: 2º semestre de 2016 Total de investimentos em licitação: R$ 26,6 milhões

“Não só os empresários são diretamente beneficiados, a partir da possibilidade de contratar mão de obra mais capacitada, mas a sociedade também é contemplada com a expansão dos serviços oferecidos pelo Sesi” Paulo Joaquim do Nascimento, vice-presidente institucional da Findes em Linhares e Região 28

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Na região, estão em andamento as obras de reforma do Centro Integrado Sesi/Senai/IEL, sendo R$ 5,8 milhões em investimentos no Senai e outros R$ 3,3 milhões no Sesi, com previsão de entrega para o segundo semestre de 2016. De acordo com Giacomin, Colatina tem se desenvolvido muito por já possuir mão de obra especializada. “Temos três polos industriais, o que garante espaço para novos empreendimentos, e pessoal qualificado é um dos pré-requisitos quando as empresas cogitam se instalar em determinado local. O Senai busca se manter sempre à frente, preparando a mão de obra de modo que a região se mantenha atrativa”, finaliza.



Especial Indústria por Roberto Teixeira

Ainda há vagas! Setores como os de rochas, reparação automotiva, estética, gastronomia e informática seguem na contramão da crise e demonstram crescimento

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Brasil enfrenta uma grave crise política e financeira, em um cenário permeado por escândalos de corrupção, inflação alta, desemprego, retração forte do Produto Interno Bruto (PIB), vendas em baixa, fechamento de empresas e queda sistemática da atividade industrial. Para 2016, dizem os economistas em coro uníssono, não há tendência de reversão do panorama caótico. Em meio a tamanha incerteza e ao descrédito geral, no entanto, ainda há setores que passam por cima da turbulência e tornam-se alternativas para o momento desfavorável, mostrando índices animadores e trazendo algum fôlego para a combalida economia do país. O quadro positivo pode ser encontrado em algumas atividades de áreas como as de reparo automotivo, informática, beleza e gastronomia. E apesar de a indústria de transformação ser a que mais fortemente acusa os efeitos da crise, o segmento de rochas continua animando os investidores. É fato que um dos pilares do desenvolvimento de qualquer atividade econômica organizada é, sem dúvida, a realização de aportes pelos empresários, aliada à injeção de recursos em infraestrutura pelo poder público.

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“Apesar de tudo, os empresários de rochas, pelas características da atividade, continuam fazendo investimentos em novas áreas de mineração, em novas tecnologias e processos, buscando sempre, por meio da inovação, elevar o seu nível de concorrência e a qualidade dos produtos, para atender mercados cada vez mais exigentes”, comenta o presidente do Sindicato da Indústria de Rochas Ornamentais, Cal e Calcários do Espírito Santo (Sindirochas), Tales Pena Machado. A continuidade da Vitória Stone Fair e da Cachoeiro Stone Fair, duas das maiores feiras da indústria de rochas no mundo, demonstram a vitalidade desse campo no Espírito Santo, em um movimento contrário ao da maioria do mercado, pois ambas têm prestígio no Brasil e no exterior e acontecem no Estado. Para Machado, não há uma receita pronta para o êxito, na diversificada atividade representada por empresas de pequeno, médio e grande porte: “Ocorrem variados níveis de investimentos na estrutura de produção, em gestão de negócio, em qualificação das equipes de trabalho, em estrutura de vendas”.


“Nunca podemos perder de vista que o cliente é essencial na sobrevivência do nosso negócio. Portanto, precisamos investir no conhecimento do mercado, o que aproxima ou afasta um cliente, o que o consumidor final efetivamente deseja” Tales Machado, presidente do Sindirochas

Ele ressalta a atuação do sindicato da categoria. “O Sindirochas vem contribuindo de forma decisiva na preparação de novas lideranças, com a realização de treinamentos, palestras e outros eventos de capacitação envolvendo os empresários. Temos procurado disseminar entre eles a necessidade de manter o foco no seu negócio, participar de missões e feiras internacionais, manter vigilância permanente na concessão de crédito e somente promover vendas

Tear multifios Os novos teares multifios, desenvolvidos com tecnologia nacional, permitem às indústrias de rochas ornamentais obterem alta produtividade e qualidade nas serradas com máquinas de fácil manutenção, baixo custo e assistência técnica próxima. Os modelos variam desde os menores, com cinco fios, até aqueles com 72, com bitolas entre 20 e 30 mm de espessura das chapas. Fonte: http://www.vitoriastonefair.com.br

saudáveis, que cubram seus custos e deixem uma margem de contribuição.” Para o dirigente, a atividade, presente em todos os 78 municípios do Estado, depende de mão de obra qualificada, especialmente nas etapas de beneficiamento, o que coloca o setor como um dos maiores incentivadores da capacitação e da qualificação do trabalhador. Também a alta produção de chapas no Espírito Santo é reflexo dos investimentos efetuados pelas empresas, com a utilização de um novo processo de corte dos blocos de mármore e granito, por meio dos equipamentos multifios. Nas indústrias, foram instalados mais de 200 desses equipamentos, que aceleram a produção de chapas com mais eficiência. Como consequência, o resultado é a melhor qualidade também do resíduo gerado, elevando o aproveitamento dos blocos e refletindo-se na redução da quantidade de casqueiros, o que alivia o impacto sobre o meio ambiente. É típico de qualquer mercado, quando ocorre a expansão na oferta de algum produto, que haja, por consequência, uma diminuição no seu preço. Machado ressalta que o aumento da produção, como ocorreu no Espírito Santo, não gerou o crescimento de faturamento. Por isso, há temor que a situação prossiga durante o ano de 2016. “Com o avanço da fabricação de chapas pela indústria de rochas – quando comparados os anos de 2014 e 2015 –, notamos que foi exportada uma maior quantidade, em toneladas, dessa mercadoria (4,29%), mas ocorreu a redução do faturamento (2,75%) em dólar”, informa. Por fim, o executivo dá algumas orientações sobre como se manter nesse período de crise prolongada: “Temos ouvido com frequência que dificuldade gera oportunidade. Nesse caso, não podemos desanimar nunca, temos Mai/Jun 2016 • 324

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Indústria Especial

que continuar fazendo o que sabemos, que é colocar nossa criatividade em ação, prospectar áreas e, em consequência, novos materiais, controlar nossos custos, buscar a excelência em nossos produtos, investir em novos mercados, procurando fidelizar os existentes”. Nunca perder de vista que o cliente é essencial na sobrevivência do negócio, investindo no conhecimento do mercado, também é outro aspecto destacado por ele. Em sua opinião, todos os colaboradores precisam conhecer a missão e os objetivos estratégicos da empresa, que deve estar preparada para o cumprimento das legislações aplicáveis às suas áreas de atuação, evitando a formação de passivos que possam comprometer seu futuro.

Reparação automotiva Com a queda na venda dos veículos novos, uma parcela crescente dos consumidores tem optado por recorrer à reparação dos carros e esperar um pouco mais para adquirir seu zero quilômetro. “O consumidor brasileiro costuma ter muito zelo. Assim, tem buscado fazer as revisões periódicas e tratar melhor dos automóveis. Daí a procura por mantê-los sempre em boas condições”, comenta Ricardo Barbosa, empresário do ramo, que estima um crescimento do segmento de cerca de 10% em 2016. Para a atividade se manter em alta, de acordo com ele, que já foi presidente do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado do Espírito Santo (Sindirepa), é preciso agradar ao cliente, tornando-se mais flexível nas negociações e no momento de finalizar o negócio. “É necessário buscar sempre surpreender. É costume oferecer enceramento, alinhamento e lavagem do carro, por exemplo, ou levar e buscar o cliente em casa.” Além disso, algumas dicas são essenciais, como fortalecer o atendimento (recepção ao cliente) e melhorar a qualidade da estrutura e equipamentos das oficinas de um modo geral – o que não vem ocorrendo em muitos casos. “O cliente está mais exigente, os serviços oferecidos precisam ser cumpridos, dentro dos prazos e dos compromissos firmados. Muitas empresas não atentaram para isso ainda”, lamenta. Barbosa, reclama, no entanto, da dificuldade em obter mão de obra especializada, pois faltam profissionais gabaritados em lanternagem e pintura de automóveis, tornando um desafio para o empreendedores apresentar um serviço de qualidade diante da escassez desses colaboradores.

“Alguns setores ligados à informática, mais privilegiados, chegam a crescer cerca de 10% ao ano” Luciano Raizer, presidente do Sindinfo 32

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“O cliente está mais exigente, os serviços oferecidos precisam ser cumpridos, dentro dos prazos e compromissos firmados. Muitas empresas não atentaram para isso ainda” Ricardo Barbosa, empresário do setor de reparação automotiva

Informática, beleza e gastronomia Alguns setores ligados à tecnologia também chegam a crescer cerca de 10% ao ano, de acordo com o presidente do Sindicatos das Empresas de Informática no Estado do Espírito Santo (Sindinfo), Luciano Raizer. O dirigente ressalta, no entanto, que o mercado exerce atividades muito diversificadas entre si, como os contratos firmados com o Governo, demandas por encomenda da iniciativa privada e serviços de tecnologia. Assim, para alguns outros segmentos do ramo o cenário é diferente, podendo ocorrer recuos de até 25%. Raizer orienta às organizações que mantenham suas equipes, investindo nos talentos e nas competências e em projetos internos, bem como que fiquem atentos aos projetos de conclusão de curso nas universidades. Também deixa como boa notícia que o Sindinfo irá investir no estímulo à criação de startups no Estado. No ano passado o campo de tecnologia da informação registrava números positivos. O emprego formal teve um aumento de 3.319 postos de trabalho em todo o Brasil, entre janeiro e julho de 2015, de acordo com dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, que evidencia o saldo líquido das movimentações, isto é, o número de contratações menos o de desligamentos. Estética, beleza e gastronomia Na contramão da crise, em uma sociedade que prima pela imagem (muitas vezes, impulsionada pela aparência nas redes sociais digitais), apontada como fator essencial para uma autoestima saudável, qualidade de vida e bem-estar, o ramo ligado à beleza e à estética segue se mantendo em alta. Retrato disso é que o Brasil é o terceiro colocado no ranking do mercado mundial. Em todo o país, foram registrados 482.455 novos salões de beleza e clínicas de estética, entre os anos de 2010 e 2015, de acordo com o Sebrae. A expansão foi de 567%. Muitos desses empresários que investem na área são microempreendedores individuais (MEIs).


Confira os melhores na crise • Em 2015, a indústria de rochas exportou, em toneladas de chapas, 4,29% a mais do que em 2014. • Segmento de reparação automotiva deve crescer cerca de 10% no Estado em 2016. • Mortalidade de empresas no ramo da beleza e estética representa somente 3,7%, enquanto setores de negócios tradicionais amargam 24,9%, segundo o Sebrae Nacional. •S etor de gastronomia indica um crescimento de 35% de 2015 para 2016, segundo pesquisa da Fiesp. • Alguns setores ligados à informática chegam a crescer cerca de 10% ao ano. Fonte: entrevistados e órgãos representativos

O Sebrae informa que a mortalidade de empreendimentos nesse nicho representa somente 3,7%, enquanto setores de negócios tradicionais amargam 24,9% de possibilidade de quebra da firma. O segmento demonstra-se, assim, uma opção mais segura para se investir, uma aposta mais acertada para os cautelosos.

Também ligado à saúde e ao bem-estar, o setor de gastronomia é outro que apresenta expansão. Pesquisa da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) indica um avanço de 35%, no início deste ano, como resultado da abertura de novos empreendimentos em 2015. Franquias de hamburgueria, lanchonetes e restaurantes, por exemplo, já se preparam para o ano olímpico e a expectativa de faturamento. O crescimento também ocorre entre os fabricantes de máquinas e equipamentos, utensílios e insumos, seja na indústria ou seja na prestação de serviços para as refeições fora do lar. A desaceleração da economia chegou fortemente e pode continuar ainda por um bom tempo. Mas é possível driblar a crise, localizando onde estão as oportunidades, aprimorando a relação entre empresa e cliente e incentivando a capacitação dos profissionais. As estratégias também podem incluir investimentos em novas áreas, em tecnologias e processos e em marketing, num movimento contrário ao da maioria do mercado neste momento. Os setores citados e a alta da produção industrial brasileira em março, da ordem de 1,4% quando comparada ao mês de fevereiro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são alentos para o cenário devastador atual.

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indústria Artigo em ação

indústria em ação

Em novembro de 2014, a 1ª edição da feira reuniu 150 expositores e recebeu mais de 10.000 visitantes de 14 estados do Brasil

Inovação, tecnologia e negócios na Expo Construções Principal feira da construção civil no ES será palco de novidades

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onhecer novos produtos e equipamentos tecnológicos. Participar de rodadas de negócios e créditos. Trocar experiências e ampliar redes de relacionamentos comerciais e empresariais. Debater as principais tendências do setor. Como se vê, sobram bons motivos para marcar presença na Expo Construções, a maior feira da construção civil no Espírito Santo, que será realizada de 14 a 16 de junho, no Pavilhão de Carapina, na Serra. “A Expo Construções mostra a força do setor no Espírito Santo e serve como exemplo de organização e diálogo. São 13 sindicatos envolvidos, representando mais de 100 mil empregos do Espírito Santo”, destaca o presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Marcos Guerra. “A feira também é uma vitória do associativismo, bandeira tão importante que defendemos em nossa gestão à frente da Findes.” Em meio à crise econômica vivida pelo país, o evento assume a missão de incentivar e impulsionar o desenvolvimento tecnológico e mercadológico do setor. “Com a aproximação e a integração dos setores produtivos, teremos mais força para desenvolver bons projetos, enfrentar a crise e criar novas oportunidades para os capixabas”, afirma o dirigente. Em busca dessa oportunidade, muitas empresas já confirmaram presença. E trarão novidades, como sistemas de automação residencial, elevador de carga e passageiros com tração por dois cabos, esquadrias que alcançam redução de até 30 decibéis em janelas de dormitórios, entre outras. Além da exposição desses e de outros lançamentos, a programação contará com uma vasta atividade paralela. Uma delas é a Qualicon, maior evento técnico da indústria da construção capixaba, que contará com palestras sobre todo o ciclo da produção

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Expo Construções 2016 Data: de 14 a 16 de junho de 2016 Horário: 14 às 21 horas (acesso até as 20 horas) Local: Pavilhão de Carapina (Serra) Mais informações: www.expoconstrucoes.com.br / (27) 3434.0600 / 3434.0622

imobiliária, desde o projeto da obra até o pós-venda, tendo como maior novidade a administração e a gestão dos condomínios. Profissionais do segmento, empresas compradoras e fornecedoras, poderão participar também da Rodadas de Negócios onde serão discutidos os principais temas nas áreas de construção civil, engenharia, sustentabilidade, decoração, tecnologia, dentre outros. Uma novidade este ano é a Olímpiada do Conhecimento, em que alunos do Senai-ES vão realizar provas práticas em situações correlatas à área industrial. Além de incentivar a dedicação dos estudantes, os visitantes e expositores vão conhecer a qualidade profissional oferecida pelo Senai. Com tantas atrações, numa área ampla de 10 mil m², a expectativa é de que o evento deste ano supere o sucesso da primeira edição, em 2014, quando reuniu 150 expositores, de 200 marcas diferentes. São aguardados 10 mil visitantes e potenciais compradores, vindos de diversas partes do Brasil. A feira é uma iniciativa da Findes, por meio da Câmara Setorial das Indústrias de Materiais da Construção, com correalização do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Espírito Santo (Sinduscon-ES) e promoção e organização da Milanez & Milaneze.



Inovação por Thiago Lourenço

Das salas de aulas para as fábricas Sindicatos e entidades ligados ao Sistema Findes estreitam parcerias com instituições de ensino superior para sintonizar o conhecimento com as necessidades do mercado

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ncentivar a produção do conhecimento no meio acadêmico, de modo que este possa atender diretamente às necessidades da indústria por novos produtos, serviços e tecnologias. É com esse objetivo que diversas entidades ligadas ao Sistema Findes estão buscando maior integração com as instituições de ensino superior em território capixaba. Em meio a um cenário econômico fragilizado, a busca por soluções inovadoras tem se tornado cada vez mais crucial para a sobrevivência e o crescimento dos negócios. Uma pesquisa realizada pelo Sindicato das Empresas de Informática do Espírito Santo (Sindinfo) junto a seus

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associados constatou que, a cada quatro entrevistados, três consideraram a formação acadêmica inadequada no Estado. Desde então, a representação patronal passou a procurar alternativas que pudessem estreitar os laços com as 24 instituições que dispõem de cursos superiores na área de tecnologia da informação (TI). Assim surgiu o Fórum de Educação, com o objetivo de criar uma ponte entre a indústria e as faculdades, discutindo alternativas para formar profissionais adequados às necessidades dos mercados. “Muitos empresários relatam que, ao contratar os profissionais, percebem que eles não foram bem preparados para os processos produtivos nas empresas de tecnologia.


“Uma tarefa fundamental é que o setor produtivo apresente as suas demandas de curto, médio e longo prazo e que as universidades mostrem os resultados dos seus projetos de pesquisa e desenvolvimento” Reinaldo Centoducatte, reitor da Ufes

“O estudante se forma com mais bagagem, não apenas teórica, mas também prática para o dia a dia das empresas, o que é uma grande contribuição para um setor que atua com produtos normatizados” Dam Pessotti, diretor do Sinprocim-ES

Chegam sem dominar algumas ferramentas necessárias ao trabalho, e a empresa acaba sendo obrigada a treiná-los”, relata o presidente do Sindinfo, Luciano Raizer Moura. Na avaliação de Fábio Dias, superintendente do Instituto Euvaldo Lodi (IEL-ES), entidade do Sistema Findes, tanto as unidades de ensino superior quanto as de educação profissional precisam rever, de forma sistemática, as grades curriculares de seus cursos, aliando conteúdo e prática. “Deve-se formar o aluno no que efetivamente impõe a diferença para o seu desempenho e participação no desenvolvimento econômico de um país, por meio do setor produtivo, fazendo com que as pessoas tenham competências necessárias em um mercado cada vez mais competitivo”, destaca. Para o reitor da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Reinaldo Centoducatte, o sucesso do ciclo pesquisa-desenvolvimento-inovação será tão maior quanto mais integrada estiver a academia ao setor produtivo. “Essa parceria possibilita o uso de abordagens científicas mais elaboradas e de metodologias de desenvolvimento mais especializadas, de modo que as empresas possam acelerar seu processo de inovação, tornando-se mais competitivas e com produtos mais adequados. Também gera ganhos em termos de qualidade e preço, além de possibilitar a inserção das empresas num contexto mais global do mercado”, avalia.

Sindicato premia formandos Durante o 1º Fórum de Educação, promovido pelo Sindinfo em 2014, além de discutir programas de curso, surgiu a ideia de reconhecer os melhores trabalhos de Mai/Jun 2016 • 324

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Inovação

“Tanto as instituições de ensino superior quanto as de educação profissional precisam rever, de forma sistemática, as grades curriculares de seus cursos, aliando conteúdo e prática” Fábio Dias, superintendente do IEL-ES

conclusão de curso (TCCs) elaborados pelos alunos. Assim nasceu o Prêmio TCC, que teve sua primeira edição em 2015 e já se prepara para aumentar sua abrangência este ano. “Foram 37 trabalhos inscritos, dos quais 10 acabaram selecionados e apresentados para uma banca composta por empresários e profissionais de TI. Os três primeiros colocados foram premiados e um deles chegou a receber convite de uma empresa para participar de seu programa de aceleração”, conta Luciano Raizer. O vencedor foi o analista de sistemas Nilber Vittorazzi, que se graduou pela Universidade Vila Velha (UVV), com o trabalho “Construindo um Sistema de Gerência de Pedidos com Foco em Monitoramento por Georreferenciamento”.

Ele considera a iniciativa do sindicato bem interessante, ponderando que o meio acadêmico não estimula muito os alunos a seguir essa direção de pensar em soluções. “Soube da premiação por meio do coordenador do meu curso. Meu TCC foi uma proposta de aplicativo que, entre outras coisas, possibilita o rastreio das entregas realizadas por motoboys, voltado para os usuários de serviços de delivery. Essa integração entre setor produtivo e academia deveria ser mais incentivada, porque às vezes o conhecimento é passado seguindo o convencional, mas o setor de tecnologia está sempre se renovando. Por isso, seria fundamental que o mercado fosse consultado”, avalia Vittorazzi. Com a boa receptividade, o Prêmio TCC deverá ser ampliado este ano. A intenção é contemplar também os melhores trabalhos da pós-graduação e, muito em breve, também os realizados no nível médio. “Outros setores da Findes também poderiam desenvolver iniciativas parecidas. Poderíamos ter vários universitários pensando novas soluções para diversos segmentos. Além da premiação direta, naturalmente os empresários poderiam ter acesso a novas tecnologias e remunerar quem as desenvolveu”, sugere Raizer.

Qualidade e desenvolvimento científico O setor de cerâmica do Estado também vai ser beneficiado com uma ação que busca aproximar a cadeia produtiva das instituições de ensino. Um acordo de cooperação técnica firmada entre Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) e Sindicato da Indústria de Cerâmica do Espírito Santo (Sindicer-ES) vai culminar no primeiro Laboratório de Tecnologia Cerâmica (Teccer) do Estado, espaço previsto

Algumas iniciativas

Sindinfo Criou o Fórum de Educação, que avalia e discute os programas de cursos na área de tecnologia da informação (TI), e o Prêmio TCC.

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Sindicer

Sinprocim-ES

Em parceria com Senai e Ifes, está criando um laboratório de análise de materiais, pesquisa e desenvolvimento. Será criado no campus do Ifes em Santa Teresa.

Fechou parceria com a Unesc, de Colatina, para que o laboratório da faculdade faça análise quanto a resistência e normas de qualidade.


para ser inaugurado no primeiro semestre de 2017 e que ficará no campus Santa Teresa do Ifes, na qual atuará no desenvolvimento de estudos físicos e químicos de cerâmicas. Durante a assinatura do acordo, o reitor do Ifes, Denio Rebello Arantes, destacou que a parceria com o setor produtivo é um dos objetivos do Instituto, especialmente na realização de pesquisas que possam gerar crescimento nas regiões onde os campi estão sediados. “Nossos professores poderão utilizar o laboratório para pesquisas aplicadas que, com o tempo, irão se traduzir em inovações e novas tecnologias capazes de contribuir para o aumento da competitividade das indústrias”, declarou. O presidente do Sindicer-ES, Ednilson Caniçali, conta que entre os benefícios práticos está a redução de custos, visto que atualmente os produtos do setor são enviados para análise em São Paulo. “Vai colaborar também com a inovação em nossas indústrias, por meio de produção científica já desenvolvida em áreas como térmica e acústica. Profissionais dos mais elevados níveis de formação contribuirão para a criação de novos produtos para atender à indústria da construção civil”, ressalta. A questão da análise da qualidade também motivou outra parceria do setor produtivo com o acadêmico, mais especificamente entre o Sindicato das Indústrias de Produtos de Cimento do Espírito Santo (Sinprocim-ES) e o Centro Universitário do Espírito Santo (Unesc). “Fizemos a opção de nos unir ao Unesc. Os alunos da instituição passam a atuar mais diretamente na unidade e acabam aprendendo sobre resistência e normas de qualidade. Também há redução de custos da montagem de um novo laboratório. Quem está se formando passa a entender um pouco mais dos processos

“Poderíamos ter vários universitários pensando novas soluções para diversos segmentos, como vestuário, confecção, alimentos e construção civil. Além da premiação direta, naturalmente os empresários poderiam ter acesso a novas tecnologias e remunerar quem as desenvolveu” Luciano Raizer Moura, presidente do Sindinfo

“Profissionais dos mais elevados níveis de formação contribuirão para a criação de novos produtos para atender à indústria da construção civil” Ednilson Caniçali, presidente do Sindicer-ES

realizados pela indústria na região noroeste”, avalia o diretor do Sinprocim-ES, Dam Pessotti. Para o dirigente, “é uma situação positiva, porque o estudante se forma com mais bagagem, não apenas teórica, mas também prática para o dia a dia das empresas, o que é uma grande contribuição para um segmento que atua com produtos normatizados. Isso faz com que nossas obras melhorem, tanto em qualidade quanto nos aspectos de custos e tempo”, pontua. Toda a sociedade organizada deve inserir em seus discursos e agendas um maior incentivo para a integração da indústria com o campo acadêmico, garante Fábio Dias. “Sabemos que a agenda da educação e, sobretudo, da qualidade dos nossos alunos, é certamente uma das maiores prioridades do nosso país e responsabilidade de todos, sem exceção”, acrescenta o representante do IEL. O reitor da Ufes sugere que essa integração seja incentivada por meio de workshops periódicos específicos com os diversos campos, em sintonia com os órgãos e mecanismos de fomento/financiamento. “Uma tarefa fundamental é que o setor produtivo apresente as suas demandas de curto, médio e longo prazo e que as universidades mostrem os resultados dos seus projetos de pesquisa e desenvolvimento. Assim, após o cruzamento dessas informações, vai ser possível identificar onde já existe plena sintonia e quais desafios serão colocados para as atividades. Da parte da Ufes, consideramos ideal que o setor produtivo esteja presente de forma proativa em todas as etapas do desenvolvimento”, finaliza Centoducatte. Mai/Jun 2016 • 324

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indústria Artigo em ação

Ação Global registra mais de 34 mil atendimentos Com o tema “Qualidade de Vida”e incentivando a prática de exercícios na busca por saúde, além de alertar a população sobre as doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti, aconteceu no dia 21 de maio, no Sesi de Cobilândia, a 23ª Edição da Ação Global. Segundo informações do Sesi, mais de 11 mil pessoas participaram do evento, que registrou mais de 34 mil atendimentos. O mutirão é realizado em uma parceria do Sesi-ES e a Rede Globo, com o apoio da Rede Gazeta. Além dos serviços tradicionais, como emissão de documentos essenciais, entre eles RG, CPF e carteira de trabalho, e do atendimento médico e odontológico, a mobilização contou com atividades como o Cozinha Brasil, um programa que promove ações de educação alimentar e nutricional com o objetivo de elevar o nível de saúde e qualidade de vida das pessoas; teatro socioeducativo, apresentação da Orquestra Camerata Sesi junto com o Trio Mafuá; e barracas de brinquedos recicláveis feitos de garrafas pet e de informação de combate a chikungunya, dengue e zika. A atriz Luana Martau, da Globo, marcou presença e falou com fãs. Cerca de 700 voluntários se envolveram na edição deste ano.

Cindes Jovem abre Semana do Jovem Empreendedor Com o tema “Inovação no Espírito Santo – Desafios para tornar o Estado mais inovador”, o Cindes Jovem realizou no dia 11 de abril, no campus da Ufes em Goiabeiras, o evento de abertura da Semana Estadual do Jovem Empreendedor 2016. O debate contou com a presença do presidente do Conselho Temático de Política Industrial e Inovação Tecnológica da Findes (Conptec) e diretor comercial da Mogai Tecnologia, Franco Machado, além de outros profissionais que atuam no incentivo à inovação no Estado, autoridades e empresários. Foram abordados o atual cenário na área de empreendedorismo e as ações desenvolvidas. Os presentes defenderam a criação de um “ecossistema de inovação”, com agências de fomento e incubadoras atuantes dentro das instituições de ensino, visando à aproximação de universidade e mercado. Os especialistas também falaram sobre o Parque Tecnológico de Vitória, que já conta com espaço reservado, mas ainda não se transformou em realidade.

Senai-ES fica entre as 10 melhores escolas brasileiras Em uma pesquisa que avaliou 40 cursos técnicos oferecidos pelas unidades do Senai em todo o país, os alunos capixabas registraram resultados 74,7% dentro dos níveis adequado e avançado, ficando acima da média nacional e conquistando o sétimo lugar geral entre as escolas da entidade. As provas da Avaliação do Desempenho do Estudante foram aplicadas em 2015 e respondidas por 1.698 matriculados nas estruturas do Senai-ES em Anchieta, Aracruz, Cachoeiro de Itapemirim, Colatina, Linhares, Serra, Vila Velha e Vitória. Desse total, 1.269 obtiveram notas nos patamares adequados e avançados. Cachoeiro alcançou o maior destaque, com 95,1% dos alunos dentro da média. Duzentos e noventa docentes e cinco diretores do Senai-ES também participaram do processo por meio de questionário. Além de estabelecer uma série histórica, o levantamento verificou a proficiência dos estudantes e o desempenho dos cursos e das escolas, possibilitando, assim, o aprimoramento da educação profissional oferecida. A pesquisa apontou ainda um grande desempenho de cursos oferecidos em relação à média nacional. Foi o caso de Meio Ambiente, com 93,1%, ante 86,2%; Mecânica (82,7%, contra 72,7%); Redes de Computadores (76,6%, frente a 74, 4%); e Segurança do Trabalho (76,2% diante de 74%).

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Ideias que valem ouro: Edital oferece R$ 23,6 milhões para empresas investirem em inovação

Edital Senai Sesi premia boas ideias na indústria

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Edital Senai Sesi de Inovação passou a receber desde o dia 14 de março as sugestões de empresas interessadas em financiamento para projetos de inovação tecnológica, de desenvolvimento de protótipos e na área de saúde e segurança do trabalho. No total, serão R$ 23,6 milhões investidos na iniciativa, dos quais R$ 20 milhões partindo do Senai e R$ 3,6 milhões do Sesi. Neste último caso, são financiadas ações que reduzam riscos de doenças e de acidentes de trabalho na indústria. Serão aprovadas propostas de até R$ 400 mil de indústrias, de todos os portes e setores, e de startups de base tecnológica. O destaque da edição este ano é o esforço de fortalecimento das cadeias produtivas industriais. As instituições poderão apresentar desafios que deverão ser solucionados com novos produtos e processos. Os projetos serão selecionados com base em critérios como os potenciais de inovação e de comerciali-

“Ter uma ferramenta como o Edital é fundamental, pois permite que a indústria crie um ciclo virtuoso de aumento da eficiência da indústria por meio da inovação tecnológica e social” Franco Machado Presidente do Conselho Temático de Política Industrial e Inovação Tecnológica (Conptec)

zação e o valor aplicado em contrapartida ao investimento do Edital. Para o presidente do Conselho Temático de Política Industrial e Inovação Tecnológica (Conptec), Franco Machado, o Edital Senai Sesi fomenta o avanço tecnológico em indústrias, e ao mesmo tempo, dá a chance aos centros de competência do Senai em todo o país de adotar esses aprimoramentos nas empreitadas, aumentando a possibilidade de sucesso. “Ter uma ferramenta como o Edital é fundamental, pois permite que a indústria crie um ciclo virtuoso de aumento da eficiência da indústria por meio da inovação tecnológica e social”, explicou. “É um ciclo contínuo, que permite que o empreendedor possa melhorar sua proposta caso seja reprovada num primeiro momento. É algo que mostra que está se criando, ainda devagar, mas de forma constante, uma cultura de inovação em várias empresas capixabas”, enfatizou. Franco lembrou que inovação não é uma saída contra a crise, mas é um procedimento deve ser absorvido pela empresa como uma cultura. “Quem tenta inovar apenas quando a crise chega não tem tempo suficiente e pode acabar piorando as coisas, investindo em novos produtos que só vão ser vendidos daqui a muitos meses ou até alguns anos. Quem é reconhecido pelo mercado como inovador, na crise é procurado pelo mercado para solucionar problemas que até então não existiam, e daí surgem mais oportunidades. O Edital Sesi Senai é apenas o pontapé inicial para que uma empresa possa ter uma ajuda para investir em produtos inovadores e de alto risco tecnológico. O resto é com o empreendedor”, falou. As empresas podem cadastrar seus projetos no site até dia 7 de novembro. Para mais informações, acesse também www.portaldaindustria.com.br. Mai/Jun 2016 • 324

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Sustentável por Roberto Teixeira

“Selo verde” para reduzir pegada de carbono Indústrias contempladas com a certificação que demonstra a quantidade gerada de gases de efeito estufa poderão melhorar sua visibilidade perante o mercado exterior 42

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alar é fácil, difícil é fazer”, já diz a sabedoria popular. E, para o mercado, até mesmo o fazer não basta. É preciso provar que se fez. E se o assunto em questão for a preservação ou a melhora da qualidade ambiental, a confirmação precisa ser clara. No contexto dos países desenvolvidos, vende mais quem preserva melhor; quem pode garantir que segue boas práticas ambientais e polui menos. Daí a importância de um “selo verde” – um certificado emitido por instituição acima de qualquer suspeita e com base em dados comprováveis, que assegure que o produto ou serviço é ambientalmente correto, que sua fabricação não incrementa a poluição do ar e das águas, economiza recursos naturais e não agride a saúde do planeta. Por isso mesmo, o Brasil desenvolveu e lançou oficialmente, no último dia 6 de abril, em São Paulo, um sistema de medição e certificação que revela a “pegada de carbono” dos produtos fabricados pelas indústrias do país. O dióxido de carbono (CO²) é o principal gás causador do aquecimento global e a “pegada de carbono” reflete a quantidade total das emissões de gases do efeito estufa causadas direta e indiretamente por uma pessoa, organização, evento ou produto. A concepção e o desenvolvimento do sistema que serve de base para o selo, chancelado por ninguém menos que a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), contaram com apoio institucional do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) e financiamento do Prosperity Fund, da Embaixada Britânica em Brasília, seguindo metodologia elaborada pela Carbon Trust – organização sem fins lucrativos sediada em Londres que tem a finalidade de estimular a economia de baixo carbono. A iniciativa pretende fomentar uma economia sustentável e se alinha à Política Nacional de Mudanças Climáticas e ao Plano Indústria. Com o novo “selo verde”, será possível registrar a “pegada de carbono” da indústria brasileira deixada ao longo da produção de itens como aço, alumínio, cimento e vidro, entre outros, e informar aos importadores de mercados mais exigentes qual a quantidade de gases de efeito estufa gerada durante sua fabricação.

“Na medida em que a empresa tem como identificar os pontos de melhoria nos seus processos, fica clara a possibilidade de redução de custos, proporcionando uma maior competitividade das empresas brasileiras na participação do mercado internacional” Guy Ladvocat, gerente de Certificação da ABNT

“A ideia é de que seja uma ferramenta que vá estimular, fomentar, uma melhoria do mercado como um todo” Beatriz Martins Carneiro coordenadora-geral de Análise da Competitividade e Desenvolvimento Sustentável do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC)

A medição abrange desde a extração das matérias-primas utilizadas até o uso e o descarte do produto. Além disso, há um resumo de quais componentes (matérias-primas, insumos, resíduos e emissões por processo) contribuem com mais intensidade para o total da pegada de carbono de cada produto. Munidas desta informação, as indústrias poderão decidir como encontrar formas eficazes de otimizar processos e, por consequência, reduzir as emissões. As organizações que cumprirem os parâmetros definidos pela regra do sistema e obtiverem a certificação do Sistema ABNT de Medição e Certificação da Pegada de Carbono de Produtos podem comunicar suas ações de mensuração de diminuição do impacto ambiental ao longo do ciclo de vida dos seus itens e apresentar como resultado, além da contribuição para a melhoria da qualidade do meio ambiente, um maior destaque na visibilidade de seus produtos perante o comércio exterior. O sistema será operado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), em particular pela ABNT Certificadora. O modelo foi adaptado pela entidade a partir da criação de uma regra de categoria de produtos, com um guia de critérios específicos para calcular a pegada de carbono. O Governo brasileiro tem como objetivo, posteriormente, estender aos demais setores da economia que demonstrarem interesse. A adesão é voluntária, e os custos para as medições são arcados pelas próprias empresas participantes. A proposta da certificação é estimular o mercado a selecionar os fornecedores mais sustentáveis. O selo não será estampado em produtos destinados ao consumidor final; vai ser uma ferramenta de empresas para empresas. “A ideia é de que isso vá estimular, fomentar, uma melhoria do mercado como um todo”, diz a coordenadora-geral de Análise da Competitividade e Desenvolvimento Sustentável do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Beatriz Martins Carneiro. “Na medida em que a empresa tem como identificar os pontos de melhoria nos seus processos, é possível corrigir as Mai/Jun 2016 • 324

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Sustentável “É preciso inovar, se fizermos as mesmas coisas sempre da mesma forma, sempre serão obtidos os mesmos resultados” Guilherme Corrêa Abreu gerente-geral de Meio Ambiente da ArcelorMittal Brasil

Saiba mais O que é a “pegada de carbono”? Pegada de carbono mede a quantidade total das emissões de gases do efeito estufa causadas direta e indiretamente por uma pessoa, organização, evento ou produto. Como participar?

deficiências e reduzir custos, melhorando suas condições de participação no mercado internacional, mais exigente com relação às questões relativas ao meio ambiente”, comenta o gerente de Certificação da ABNT, Guy Ladvocat. “Cremos que alguns setores industriais do Brasil têm vantagens competitivas no mercado internacional, em função de a matriz energética nacional, renovável, ser mais limpa e de alguns segmentos já trabalharem na redução de emissões nos seus processos produtivos. Ao fazer um esquema de certificação, você propicia que as empresas possam mostrar isso”, diz Beatriz Carneiro. É importante ressaltar que a matriz energética brasileira é majoritariamente baseada em hidrelétricas, e alguns segmentos industriais já atuam na baixa de propagações de poluentes em seus processos produtivos, por meio da modernização implantada nos parques industriais. “Um produto brasileiro que fizer a medição com base nesse esquema vai poder se comparar com o mexicano e o chinês, que possuem certificações semelhantes, para ver se tem vantagem. Acreditamos que há vantagens”, considera a coordenadora-geral. Ela defende ainda que a certificação carrega um “efeito colateral positivo” para o incentivo à modernizaçao das empresas, bem como o credenciamento destas para terem acesso ao certificado. “Ao coletar os dados, medir e calcular suas emissões, as indústrias têm uma melhor avaliação do seu processo produtivo. Isso permite detectar eventuais falhas, desperdícios e problemas para ir ajustando essas coisas aos poucos”, afirma.

Piloto O processo-piloto de criação e desenvolvimento envolveu empreendimentos brasileiros de diversos setores industriais, como de alumínio, vidro, aço, cimento, químicos e tecidos, totalizando nove categorias de produtos e 16 categorias de subprodutos. Aquelas que aderiram voluntariamente, e de acordo com a coordenadora-geral do ministério, devem se credenciar na disputa pelo mercado internacional com 44

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Basta acessar o portal: www.abntonline.com.br/ sustentabilidade. Lá é possível se informar sobre os documentos do programa. Qualquer indústria pode participar. Caso não existam ainda regras desenvolvidas para a categoria do produto pretendido, haverá uma fase de desenvolvimento inicial, da qual a empresa pode participar. Fonte: Carbon Trust e ABNT

concorrentes chinesas e mexicanas que adotaram sistema similar. Dentre essas indústrias, estão grandes multinacionais, como Braskem, CSN, Saint-Gobain, Votorantim e Novelis, além da ArcelorMittal, ao lado de pequenas empresas como BR Goods e EDB Polióis Vegetais do Brasil. O gerente-geral de Meio Ambiente da ArcelorMittal Brasil, Guilherme Corrêa Abreu, frisa que o Grupo realiza uma política de atuação cujo objetivo é de perenizar o negócio, mediante a premissa de ser sustentável.“A política ambiental não é secundária. O reconhecimento como ambientalmente correto é cada vez maior e, de fato, buscamos ações neste sentido, não só em termos nacionais, como internacionais.” O executivo ressaltou o pioneirismo em participar de projetos como a certificação da pegada de carbono, defendendo a importância de que tal documento seja emitido por instituições idôneas perante a sociedade. “É preciso inovar. Se fizermos as mesmas coisas sempre da mesma forma, sempre serão obtidos os mesmos resultados. Do ponto de vista técnico, a busca é pela melhoria contínua na gestão da cadeia produtiva da pegada de carbono, por intermédio dessa ferramenta”, afirma Guilherme, explicando que ainda não houve tempo hábil para identificar as melhorias com a participação no projeto-piloto. Para os atores do setor, o processo de medição e certificação também pode ser importante para induzir ações que reduzam as emissões de gases de efeito estufa e o consumo de água da indústria brasileira de um modo geral. A matriz energética brasileira, baseada em hidrelétricas – bem mais limpa que grande parte dos países do globo –, pode ser o diferencial.



Gestão por Weber Caldas

Compliance: a importância de fazer a coisa certa Empresas, cada vez mais, se preocupam em adotar sistema de gestão de riscos e cultura de integridade entre gestores, funcionários e fornecedores

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termo, para quem não conhece, pode causar estranheza: compliance (pronuncia-se “com-plai-ens”). Mas, no jargão do “corporativês”, a expressão é bem conhecida: vem do verbo inglês to comply, que significa “adequar-se, obedecer, estar em conformidade com as regras”. No caso, refere-se à obrigação de agir de acordo com as normas, controles internos e externos e todas as políticas e diretrizes definidas para o seu negócio. Ou, de forma ainda mais simples, “fazer a coisa certa”. A normatização de programas de compliance por parte das organizações como forma de condicionar seus funcionários, fornecedores e colaboradores a cumprir regras ganhou força no Brasil a partir da entrada em vigor da Lei nº 12.846, em janeiro de 2014. A chamada “Lei Anticorrupção” passou a responsabilizar, administrativa e civilmente, negócios que praticam atos lesivos contra a administração pública nacional ou estrangeira.

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Antes dessa lei, a punição só ocorreria se a investigação confirmasse a prática de um ato corrupto por um funcionário e o conhecimento da empresa sobre esse ilícito. Precisaria haver prova de que a ordem para cometer tal irregularidade partira de um alto executivo da companhia investigada. Porém, com o novo dispositivo legal, entra também em vigor o conceito de responsabilidade objetiva: a empresa não pode mais alegar desconhecimento do que acontece entre seus representantes – funcionários, colaboradores, fornecedores ou outras empresas coligadas ou consorciadas – e a administração pública. A organização, de antemão, é considerada culpada por não ter evitado o ato ilícito, como um pagamento de propina. É aí que entra a importância da criação de programas de compliance e de departamentos específicos para cuidar dessa gestão de risco no dia a dia. “A Lei nº 12.846 traz um conceito diferente do que ocorre nos Estados Unidos, por exemplo, onde a


“Cada risco tem um dono. Se é uma negociação comercial, o risco cabe ao diretor comercial. Ele tem de assumir uma postura de entender aqueles riscos e dar respostas aos demais gestores” Paulo Wanick, CFO/Head de Riscos & Compliance da ArcelorMittal Brasil

O que é compliance? A expressão vem do verbo inglês to comply e, em termos didáticos, significa cumprir normas, controles internos e externos e políticas estabelecidas para um determinado negócio.

responsabilidade é subjetiva e exige a comprovação de que havia um intuito corrompedor no ato ilícito. No Brasil, isso se torna irrelevante. A responsabilidade das entidades é mais séria. Basta comprovar que houve um ato infracional descrito na lei que já se gera uma responsabilidade”, destaca a

advogada Cristiana Fortini, doutora em Direito Administrativo e pós-doutora em Combate à Corrupção. Sócia do Escritório Carvalho Pereira Pires Fortini, de Belo Horizonte (MG), a especialista lembra que a Lei Anticorrupção não é voltada apenas para empresas, mas também para fundações, associações e órgãos do terceiro setor que tenham vínculo com o poder público, direta ou indiretamente. As punições previstas variam de acordo com a gravidade do caso, podendo envolver multas de até 20% do faturamento bruto, proibição de receber incentivos e financiamentos públicos e até a dissolução do empreendimento. Em contrapartida, a nova legislação também determina uma redução da penalidade para as entidades que já adotam mecanismos de compliance. “Ter um sistema de compliance mostra, por parte da empresa, uma boa vontade e um esforço para evitar o cometimento de irregularidades. Isso foi contabilizado na Lei Anticorrupção como uma forma de minimizar a pena”, observa a advogada. “É por isso que as entidades estão cada vez mais preocupadas em investir nisso. Na verdade, falar em compliance só é novidade no Brasil, sobretudo entre as empresas de médio e menor porte. Para as multinacionais, não é nada de novo.” De fato, muito antes da aprovação da Lei Anticorrupção, a ArcelorMittal, por exemplo, já adotava mecanismos de compliance e gestão de riscos em suas unidades ao redor do mundo. “Como parte integrante de uma multinacional, a gestão de riscos é uma constante, desde a época em que a empresa ainda era a Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST)”, explica Paulo Wanick, CFO/Head de Riscos & Compliance da ArcelorMittal Brasil. “Com o advento da crise de 2008, quando houve uma quebradeira na área financeira mundial, as entidades passaram a ter uma visão de riscos ainda mais premente. A partir daí, dentro do grupo Arcelor, com a metodologia de compliance que já havíamos elaborado, adotamos uma postura mais proativa e passamos a ir um pouco mais fundo na organização local”. Mai/Jun 2016 • 324

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Gestão Passo a passo para implantar uma área de compliance

“Ter um sistema de compliance mostra, por parte da empresa, uma boa vontade e um esforço para evitar o cometimento de irregularidades”

1º passo - Contrate especialistas para elaborar um código de conduta, em linguagem simples e de fácil compreensão.

Cristiana Fortini, doutora em Direito Administrativo e pós-doutora em Combate à Corrupção Bons exemplos capixabas Em tempos de Operação Lava Jato, com uma série de denúncias de corrupção envolvendo empreiteiras, a Petrobras, empresários e parlamentares, a eficiência do compliance depende da importância dada pelo alto escalão aos padrões de honestidade em uma empresa. E também do conjunto de medidas a serem adotadas para prevenir os riscos que uma conduta irregular possa trazer à instituição, por parte do funcionário mais simples até o mais graduado, passando ainda por colaboradores e fornecedores. “A Lei nº 12.846 estabelece que as entidades se comprometam a evitar que os atos ilícitos venham a ser praticados por sócios, colaboradores, empregados, desde os mais simples até os de nível hierárquico elevado”, detalha a advogada Cristiana Fortini. “As empresas devem adotar instrumentos que visem, primeiro, a explicar aos seus funcionários, de qualquer ordem, o que não pode ser feito, e criar formas de evitar que eles venham a cometer falhas.” É assim no Banestes também, que desde 2007 conta com uma diretoria específica de gestão de riscos e compliance. “Para cada política nossa de compliance e gestão de riscos, temos um capítulo específico que se chama ‘papéis e responsabilidades’, definindo as diretrizes do Banestes para os seus empregados”, explica Monica Campos Torres, diretora de Riscos e Controle do banco estadual capixaba. “Nele, fica muito clara a missão de cada funcionário, de cada comitê, de cada colegiado no processo de conformidade com as normas internas e externas.” Entre as ações de compliance adotadas estão a implementação de um código de ética, de um comitê disciplinar e de um colegiado com autonomia de decisões. Tudo dentro do processo de governança corporativa, que abrange desde o técnico bancário até o Conselho de Administração, com os acionistas. “Nosso principal regulador é o Banco Central, por meio da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), que divulga as normas com as quais buscamos estar em compliance, ou seja, em conformidade”, esclarece Monica. “Assim, passamos segurança tanto para os empregados quanto para os clientes”, complementa a diretora. 48

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2º passo - Dissemine as regras e procedimentos estabelecidos para o bom desempenho tanto internamente, pela própria empresa, quanto externamente, por órgãos públicos e leis, por exemplo. Tenha um canal de comunicação para tirar dúvidas e, também, receber denúncias de condutas inadequadas. 3º passo - Dê o exemplo. É importante que o alto escalão da empresa aja com justiça internamente e preze por ações éticas na competição externa. A companhia deve ser competitiva, mas sem abrir mão de seus valores. 4º passo - Mostre que a empresa não se envolve em atos imorais. Permitir que parentes de diretores ou executivos da companhia participem de uma concorrência para serem seus fornecedores pode ser, no mínimo, imoral. Compliance é ideologia e deve ser incorporada ao comportamento de todos dentro da empresa. Fonte: Endeavor Brasil

Já na ArcelorMittal, estabeleceu-se um processo nominativo de propriedade e responsabilidade no sistema de compliance. “Cada risco tem um dono. Se é uma negociação comercial, o risco cabe ao diretor comercial. Ele tem de assumir uma postura de entender aqueles riscos e dar respostas aos demais gestores”, exemplifica Paulo Wanick. “Mas o diretor nunca age sozinho. Ele tem o seu grupo de ação. E quem desse grupo vai assegurar que aquele plano será feito? Caberá ao diretor cobrar essa pessoa para que tudo seja executado conforme as diretrizes da empresa.”


Todo cuidado é pouco Além de códigos de ética e comitês disciplinares, Cristiana Fortini recomenda a adoção de outros mecanismos. Segundo a advogada, o controle deve começar com a análise minuciosa dos funcionários a serem contratados, bem como com o estabelecimento de cláusulas contratuais que também possam proteger a empresa em negócios com o poder público ou na subcontratação de outras companhias. Tamanho cuidado tem justificativa. “Às vezes, a empresa precisa contratar um despachante, que não é empregado, é um terceiro. Mas ele, para resolver a situação de forma mais rápida, usa de artifícios inadequados. Mesmo sem saber da irregularidade e sem tê-lo autorizado a agir assim, a empresa pode ser responsabilizada”, adverte a especialista. “É algo simples, do cotidiano, mas que também envolve riscos.” Ciente disso, a ArcelorMittal Tubarão redobrou, nos últimos anos, os cuidados em seu processo de seleção tanto de funcionários quanto de fornecedores. “Nosso cadastro de fornecedores está dividido em três níveis diferentes. Aqueles que tenham uma relação maior com agentes públicos, como no caso de transportadoras, são classificados como nível 3, por envolverem mais riscos”, aponta Paulo Wanick, lembrando que o compliance estabelece regras rigorosas para o processo de contratação. “Durante a fase de cadastro, antes da contratação, fazemos um levantamento para saber se a empresa interessada já esteve envolvida em processos de natureza ilícita. Recorremos a pesquisas na internet, na Justiça e em órgãos de crédito. Depois, enviamos um questionário para que essas empresas possam nos responder se já tiveram práticas ilegais e se conhecem os nossos procedimentos de risco, os nossos códigos de ética e compliance, a política anticorrupção, para deixar claro que não podem praticar em nosso nome atos irregulares”, explica o gestor. “Temos um cadastro com 15 mil fornecedores e todos passaram por essa triagem.”

Vantagens do compliance • Ganho de credibilidade por parte de clientes, investidores, fornecedores etc. • Importante ferramenta para as empresas que buscam mercados externos. • Aumento da eficiência e da qualidade dos produtos fabricados ou serviços prestados. • Melhoria nos níveis de governança corporativa. • Prevenção de erros e prejuízos (muitas empresas só pensam em compliance quando já foram punidas por algum “desvio”, postura custosa ao caixa da organização). Fonte: Endeavor Brasil

“Para cada política nossa de compliance e gestão de riscos, temos um capítulo específico que se chama ‘papéis e responsabilidades e, definindo as diretrizes do Banestes para os seus empregados” - Monica Campos Torres, diretora de Riscos e Controle do Banestes

Segurança x burocracia Apesar da importância e das vantagens, a adoção da gestão de riscos e compliance ainda enfrenta resistências em algumas empresas. A adesão a novos procedimentos de controle, por vezes, pode causar um desconforto entre os funcionários. “Não que as pessoas queiram fazer coisas erradas. Mas é que os procedimentos mudam. Formalizações adicionais passam a ser exigidas durante o processo, para que transações tenham aprovações nos níveis adequados. Isso pode ser visto como burocracia”, admite Paulo Wanick. “Mas não é anormal isso. Faz parte da evolução na implantação de um sistema de compliance.” Em outros casos, a resistência pode ocorrer devido ao custo de se criar mais um setor que atue no controle das regras. “Programa de compliance é um investimento, e não uma despesa, como algumas empresas ainda pensam”, alerta Cristiana Fortini, destacando que uma das penas previstas na Lei Anticorrupção, além das já citadas anteriormente, é a exposição vexatória da organização envolvida em ato ilícito, o que traria sérios prejuízos à marca em questão. “O resultado, como uma penalização, pode vir a galope e ser muito mais danoso. Custa-se a construir uma marca e, de repente, ela passa a ser vista como sem compromisso ético e, pior, inidônea. Para se reconstruir isso, depois, será muito complicado”, observa a advogada. “O investimento em compliance é muito menor do que o gasto para recompor a imagem da empresa, após um escândalo, por meio de uma campanha publicitária, por exemplo.” Esse zelo pela própria imagem é o que também leva o Banestes e a ArcelorMittal a apostar na gestão de riscos e compliance. “Vai além do compromisso com a regulação. Auxilia também a instituição a alcançar os seus objetivos. É uma cultura que está inserida em todos os setores da empresa”, garante Monica Torres, do Banestes. “Reputação é o grande sobrenome da empresa. É insustentável a situação sem uma marca forte e idônea”, afirma Paulo Wanick, da ArcelorMittal. “O compliance é a defesa dos pilares da companhia.” Mai/Jun 2016 • 324

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Polo empresarial será instalado em Linhares Impostômetro passa dos R$ 800 bilhões A despeito da crise econômica, a arrecadação de encargos segue impressionando os brasileiros. No Espírito Santo, o painel do Impostômetro localizado em frente ao Edifício Findes passou, em maio, da marca de R$ 800 bilhões em tributos. No final de 2015, o Impostômetro chegou à soma inédita de R$ 2 trilhões em impostos municipais, estaduais e federais. E parece que o cenário neste ano não será melhor para o contribuinte. Atualmente, os brasileiros trabalham cada vez mais para pagar tributos. Se há duas décadas, eram necessários 100 dias por ano, hoje o número saltou para 153 dias só para pagar os impostos. O brasileiro é obrigado a trabalhar mais só para pagar o governo que em países como Alemanha (139 dias), Estados Unidos (98) e México (91). Para se ter noção do alto custo dos impostos brasileiros, quase 35% (34,67%) do preço das roupas ficam com o governo. Já em uma despesa básica, como a conta de luz, 56% do valor pago pelo cidadão é formado por tributos. “Enquanto a indústria precisa cortar na carne para sobreviver, enxugando custos e revendo planejamentos, o Governo segue aumentando gastos de forma irresponsável. É preciso passar o país a limpo e investir em um projeto que faça o Brasil voltar a crescer, gerando novas oportunidades e riquezas para os trabalhadores”, observou o presidente do Sistema Findes, Marcos Guerra.

Em um encontro que reuniu Governo do Estado,Prefeitura de Linhares e a empresa MLog,foi assinado no Palácio Anchieta,no dia 3 de maio,o protocolo de intenções do projeto Distrito Empresarial Norte Capixaba.O novo polo empresarial e logístico de Linhares contará com recursos de R$ 800 milhões, investidos pela companhia, e uma área 12 milhões de metros quadrados. O complexo terá finalidade de disponibilizar a estrutura necessária para receber negócios de diversos setores, como moveleiro, de petróleo, metalomecânico e de rochas ornamentais. O Distrito Norte Capixaba terá nove unidades, contemplando polo de distribuição, zona de processamento de exportação, polo moveleiro, zona de armazenamento e silos, condomínio de serviços, concretaria, zona de processamento (aço e granito), condomínio industrial e polo gás/químico. A MLog fará nos próximos meses os estudos para definir as prioridades no local, além do número de empregos que serão gerados.

Circuito da Indústria do Vestuário começa em Vitória Com quase três décadas de experiência no setor, Marcelo Villin Prado ministrou a palestra “Perspectivas do mercado do vestuário e quais soluções tomar no momento da crise”, no dia 14 de abril, no auditório da Findes, em Vitória. A apresentação do economista e especialista em Estratégias de Mercado foi a primeira do Circuito de Capacitação da Indústria do Vestuário, realizado pelo Sistema Findes, por meio do Instituto Euvaldo Lodi (IEL-ES), com apoio da Câmara da Indústria do Vestuário da Findes. O Circuito traz palestras gratuitas com alguns dos maiores experts do país em marketing, redes sociais, comércio eletrônico e estratégias, todas voltadas para o segmento. Mensais, os encontros acontecerão até dezembro, em Vitória, Colatina e Cachoeiro de Itapemirim. Os próximos eventos terão temas como “Como Gerar Vendas Reais Através das Mídias Sociais”, “E-Commerce – Comércio Eletrônico e Empreendedorismo”, “Design Como Base para a Inovação – Motivação para Criar e Inovar”, e “Branding – A Identidade da Marca Como Base para a Comunicação”.

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Espírito Santo entra na rota dos eventos de jovens empresários Lideranças estarão na capital do Estado para a 78ª Assembleia da Confederação Nacional de Jovens Empresários e o Youth Business Ecosystem Summit

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cidade de Vitória receberá, entre os dias 24 e 26 de agosto, dois grandes eventos ligados ao empreendedorismo: a 78ª Assembleia Geral Ordinária (AGO) da Confederação Nacional de Jovens Empresários e o Youth Business Ecosystem Summit (YBE Summit). As lideranças jovens dos mais diversos setores discutirão diretrizes e ações para a defesa dos interesses de empreendedores. A AGO é uma ação da Confederação Nacional dos Jovens Empresários (Conaje), entidade sem fins lucrativos que atua em 24 estados brasileiros e que trabalha há 16 anos no fomento ao empreendedorismo, no fortalecimento, na criação e na manutenção de novas empresas – principalmente geridas por jovens –, e na articulação e na divulgação de práticas capazes de fortalecer a disseminação de novos e sólidos negócios no Brasil. Por meio de parcerias, opera também para o estabelecimento de políticas públicas e práticas institucionais que incluam os micros e pequenos empreendedores nas primeiras categorias de estratégias de desenvolvimento do Brasil. A coordenação do evento no Espírito Santo será da Federação Capixaba de Jovens Empreendedores (Fecaje), que conglomera diversas entidades e lideranças ligadas à juventude no Espírito Santo, como o Cindes Jovem. Sempre com presença

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de autoridades locais e nacionais, a AGO acontece a cada três meses em diferentes cidades, sendo a terceira vez que é realizada em Vitória. O vice-presidente da Conaje, Júlio César Vasconcelos, ressaltou que as expectativas para a programação são grandes. “Seguindo a filosofia de que a união faz a força, temos a certeza que esta AGO trará ainda mais força para o empreendedorismo capixaba e brasileiro. O Espírito Santo se mostra forte nacionalmente no quesito empreendedorismo e em projetos voltados ao bom desenvolvimento capixaba, e as políticas direcionadas ao jovem empreendedor é um dos destaques nacionais. A Conaje estará presente para trabalhar em prol de um dos principais objetivos da entidade: que é a criação de novos líderes em todo o Brasil. O Sudeste do país é destaque mundial em vários quesitos, e queremos ajudar no que for preciso para que os empresários capixabas mais novos tenham o melhor auxílio na formação e na gestão de suas empresas. Para a Confederação, o engajamento dos jovens de Vitória representa a transformação que o Brasil precisa. Com dedicação, força de vontade e sabedoria que os jovens das entidades que compõem a Fecaje possuem, temos certeza de que em pouco tempo o Estado colherá frutos muito positivos”, disse ele.


Findes sedia encontro internacional

Em paralelo à AGO Vitória, acontecerá na mesma data o YBE Summit, um evento que contará com a presença de lideranças internacionais e nacionais do empresariado jovem, para discutir temas voltados ao desenvolvimento do Ecossistema Empreendedor, bem como de novas lideranças. O encontro será realizado no Edifício Findes. “Estamos prestes a participar de um dos maiores eventos de interação empreendedora do Brasil com o mundo e que mostra o pioneirismo dos jovens do Estado. Com o tema: ‘Espírito Santo: o Brasil e o Mundo empreendem aqui’, serão discutidos assuntos que auxiliem o jovem empresário, mas também buscaremos criar um futuro de oportunidades”, explicou Vasconcelos. Dizendo-se contente pelas atividades que acontecerão em Vitória, o presidente do Cindes Jovem, Vitor Lomba, lembrou que, sobretudo em um momento de crise, é que se deve buscar o destaque, oferecendo um diferencial no mercado. “Acredito que o empreendedor jamais deve se subestimar ou desistir em momentos de dificuldade. Empreender nada mais é que superar diariamente obstáculos no intuito de tornar um determinado ambiente ou negócio mais próspero e desenvolvido. Na crise não devemos fazer diferente. Mesmo que muitas vezes sejam necessárias mudanças nos planos, empreender

“Empreender nada mais é que superar diariamente obstáculos no intuito de tornar um determinado ambiente ou negócio mais próspero e desenvolvido” Vitor Lomba, presidente do Cindes Jovem

diariamente é uma demanda de todos aqueles que querem conquistar novos resultados em suas vidas e em seus negócios.” Ele também citou as características fundamentais a quem deseja empreender: “Liderança, determinação, resiliência e otimismo. É preciso, ainda sair da zona de conforto e ter coragem para assumir riscos – calculados”. O Cindes Jovem é um programa do Cindes que promove o empreendedorismo na juventude, além de desenvolver a formação de novos líderes. O principal valor trabalhado é o associativismo.

Jan/Fev 2016 • 322

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Indicadores

ICEI DA INDÚSTRIA CAPIXABA É O MAIOR DOS ÚLTIMOS 16 MESES

O

Índice de Confiança do Empresário Tabela 1 Índice de Confiança do Empresário Industrial Industrial (Icei) do Espírito Santo, Icei – Espírito Santo e Brasil pesquisa realizada pelo Sesi/Senai/ES, por meio de sua Gerência Executiva de Economia Dez/15 Jan/16 Fev/16 Mar/16 Abr/16 Mai/16 Criativa, e o Ideies (Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo), sob Brasil 36,0 36,5 37,1 37,4 36,8 41,3 a coordenação da Confederação Nacional da Espírito Santo 35,7 38,5 39,9 37,8 36,5 41,6 Indústria (CNI),aumentou 5,1 pontos em maio de 2016, em relação ao mês anterior, o que contribuiu Fonte: Ideies/Sistema Findes/CNI para que convergisse para mais próximo da linha divisória entre confiança e falta de confiança, que O Icei da indústria nacional também cresceu é de 50 pontos. Esse é o maior acréscimo mensal desde o começo da série em em maio de 2016, em relação ao mês anterior (4,5 2010, situando-se em 41,6 pontos (a maior pontuação desde janeiro de 2015). pontos) e atingiu 41,3 pontos, tendo alcançado o Contudo, o índice ainda se encontra abaixo da linha divisória, mostrando que a maior aumento mensal desde o início da série em queda foi menor que a do mês anterior.A melhora no resultado foi impulsionada 2010 e a maior pontuação desde fevereiro de 2015 tanto pelo indicador de condições atuais, como pelo de expectativas para os (40,2 pontos). Apesar da elevação, o índice ainda próximos seis meses. Vale ressaltar que o Icei de maio de 2016 subiu 5,0 pontos continua abaixo da linha dos 50 pontos, denoem relação ao de maio do ano anterior. tando a falta de confiança do empresário na Gráfico 1 economia, porém com menor intensidade. Índice de Confiança do Empresário Industrial - Icei-ES O resultado positivo foi influenciado por (em pontos) todos os itens que compõem o indicador: condições atuais (2,1 pontos) e expectativas 60 (5,7 pontos). Frente a maio de 2015 (38,6 55 Média histórica: 45,3 pontos), o índice registrou alta (2,7 pontos), 50 tal como os tópicos que o integram. 41,6 45 O Icei do Brasil é integrado pelas infor40 mações de Condições Gerais da Economia Brasileira, Condições Gerais da Empresa, 35 Expectativas da Economia Brasileira e 30 Expectativas da Empresa. O Icei do Espírito mai/13 set/13 jan/14 mai/14 set/14 jan/15 mai/15 set/15 jan/16 mai/16 Santo inclui mais duas questões: Condições Fonte e elaboração: Ideies/Sistema Findes/CNI Gerais do Estado e Expectativas do Estado. A média histórica considera o período de fev/2010 a ago/2015

Percepção do empresário industrial - condições atuais O Indicador de Condições Atuais, apurado com base na percepção dos industriais capixabas em relação à economia, ao Estado e à própria empresa, aumentou 2,3 pontos em maio de 2016 quando comparado ao mês anterior. Apesar de o índice permanecer na faixa inferior a 50 pontos (29,7 pontos), já exibe uma leve melhora quanto à leitura do empresariado capixaba sobre o cenário atual. O aumento foi originado dos três itens que o compõem: condições da economia brasileira (4,2 pontos), do Estado (2,8 pontos) e da empresa (1,7 ponto). Contudo,

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todos eles permaneceram abaixo da linha divisória de 50 pontos: condições da economia brasileira (22,5 pontos), condições do Estado (27,1 pontos) e condições da empresa (32,1). Com relação ao mesmo mês do ano passado, a percepção do industrial também aponta para a redução do pessimismo, pois o Indicador de Condições Atuais está 2,8 pontos acima daquele, tendo todos os itens que o integram registrado acréscimo: condições da economia brasileira (4,6 pontos), do Estado (6,0 pontos) e da empresa (1,3).


Na indústria brasileira, o Indicador de Condições Atuais se posicionou em 30,1 pontos, uma alta de 2,1 pontos em maio de 2016 com relação ao mês anterior.A expansão foi impulsionada tanto pelo quesito relacionado à economia brasileira (3,7 pontos) como pelo referente à da empresa (1,2 ponto), entretanto ambos permanecem abaixo da linha divisória de 50 pontos: condições da economia brasileira (22,6 pontos) e condições da empresa (33,9 pontos). No confronto do resultado de maio de 2016 com maio de 2015, observou-se leve avanço no Indicador de Condições Atuais (0,3 pontos), em razão do aumento nos itens que compõem esse índice.

Tabela 2

Indicador de condições atuais ESPÍRITO SANTO

BRASIL

Mai/15

Abr/16

Mai/16

Mai/15

Abr/16

Mai/16

26,9

27,4

29,7

29,8

28,0

30,1

Economia brasileira

17,9

18,3

22,5

21,2

18,9

22,6

Estado

21,1

24,3

27,1

-

-

-

Empresa

30,8

30,4

32,1

34,1

32,7

33,9

CONDIÇÕES ATUAIS ¹ Com relação a:

1 - Em comparação com os últimos seis meses Fonte: Ideies/Sistema Findes/CNI

Percepção do empresário industrial – expectativas para os próximos seis meses Em maio de 2016, as expectativas do Tabela 3 Indicador de expectativas para os próximos seis meses empresário industrial capixaba ainda não reverteram o quadro de pessimismo, visto que ESPÍRITO SANTO BRASIL o indicador permanece abaixo da linha divisória de 50 pontos (47,6 pontos). Contudo, é visível Mai/15 Abr/16 Mai/16 Mai/15 Abr/16 Mai/16 que a melhora com relação ao mês anterior (6,4 pontos) pode representar uma revisão quantos às EXPECTATIVAS ² 41,2 41,2 47,6 43,1 41,3 47,0 projeções para novos investimentos industriais no Com relação a: Estado. O aumento foi ocasionado por todos os itens que compõem as expectativas: expectativas Economia brasileira 31,0 31,3 41,6 34,1 32,0 40,6 com relação à economia brasileira (10,3 pontos), Estado 34,0 34,7 42,2 ao Estado (7,5 pontos) e à empresa (3,3 pontos). Empresa 45,5 47,0 50,3 47,7 46,2 50,3 Observa-se que dois itens permanecem abaixo da faixa divisória de 50 pontos: as expectativas 2 - Para os próximos seis meses com relação à economia brasileira (41,6 pontos) Fonte: Ideies/Sistema Findes/CNI ao Estado (42,2 pontos). Porém, a expectativa quanto à empresa alcançou 50,3 pontos, estabelecendo este item acima 16 meses. Esse resultado foi impulsionado pelo alta nas da linha divisória de 50 pontos,fato observado pela última vez em janeiro expectativas quanto à economia brasileira (8,6 pontos), de 2015. Com relação ao mesmo mês do ano passado, o indicador acompanhada das expectativas em torno da empresa (4,1 de expectativas do industrial capixaba mostrou avanço de 6,4 pontos, pontos), que registraram, em maio, 40,6 e 50,3 pontos, justificado pela melhora das expectativas quanto à economia brasileira respectivamente. Cabe ressaltar que as expectativas com e ao Estado. relação à empresa não alcançam a linha de 50 pontos desde O indicador de expectativas da indústria nacional foi o principal janeiro de 2015. Na comparação de maio de 2016 com responsável pelo aumento do Icei Brasil em maio de 2016. maio de 2015 constatou-se elevação no indicador geral de O índice de expectativa subiu 5,7 pontos, alcançando 47,0 pontos, expectativa (3,9 pontos) e em todos os itens que o compõem: a maior aproximação da linha divisória de 50 pontos dos últimos economia brasileira (6,5 pontos) e empresa (2,6 pontos).

Notas - Em janeiro de 2012, as empresas da amostra foram reclassificadas segundo a CNAE 2.0, os portes de empresa foram redefinidos de acordo com a metodologia do EuroStat (mais informações http://www.cni.org.br/), e a série histórica do ES foi recalculada retroativamente a fevereiro de 2010. - O Icei varia no intervalo de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam empresários confiantes. - A pesquisa, cuja amostra é selecionada pela Confederação Nacional da Indústria – CNI, contou nesse mês com a participação de 87 empresas capixabas (25 pequenas, 36 médias e 26 de grande porte). Destas, 20 empresas pertencem à indústria da construção. Mai/Jun 2016 • 324

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Fatos em fotos Palestra com médico Raul Cutait lota auditório da Findes Com o tema “A história do Hospital Sírio-Libanês – um caso de sucesso de associativismo”, o ex-diretor da instituição de saúde Dr. Raul Cutait, que é referência nacional em cirurgias, palestrou para mais de 200 pessoas, no Edifício da Findes, no dia 14 de abril. Gestores de 41 hospitais filantrópicos do Espírito Santo, lideranças políticas e representantes da indústria capixaba marcaram presença no evento e conheceram mais a respeito da trajetória do hospital e do associativismo na área da Saúde. A palestra foi uma iniciativa da Escola de Associativismo, que tem o apoio de IEL-ES, Fibrasa, E-brand e MAR, em parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo. 1 – Evento reuniu o diretor regional do Senai-ES e superintendente do Sesi-ES, Luis Carlos Vieira; o presidente do Cores, Jefferson Cabral; o palestrante do encontro, Dr. Raul Cutait; o presidente do Sistema Findes, Marcos Guerra; o presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Espírito Santo (Fehofes), Luiz Nivaldo da Silva; o presidente emérito da Findes, Sergio Rogerio de Castro; o vice-presidente da Federação Leonardo Souza Rogério de Castro; e o superintendente do IEL-ES, Fábio Dias. 2 – O médico Raul Cutait recebe certificado das mãos do diretor da Escola de Associativismo, Sergio Rogerio de Castro; e do diretor regional do Senai-ES e superintendente do Sesi-ES, Luis Carlos Vieira. 3 – O diretor do Cindes, Alejandro Duenas, ao lado do vice-presidente do Sistema Findes Leonardo Souza Rogério de Castro. 4 – O superintendente corporativo da Findes, Marcelo Ferraz; o superintendente do IEL-ES, Fabio Dias; e o presidente do Conselho Temático de Responsabilidade Social (Cores), Jefferson Cabral. 5 – Um grande público prestigiou a palestra, realizada no auditório da Findes. 6 – A superintendente da Associação Evangélica Beneficente Espírito-Santense (Aebes), Sirlene Motta de Carvalho; a presidente da Afecc, Telma Dias Ayres; o presidente da Fehopes, Luiz Nivaldo da Silva; a vice-presidente da Findes, Clara Thais Orlandi; e a diretora-presidente da Associação Capixaba Contra o Câncer Infantil (Accaci), Marizilda dos Santos Vairo. 7 – Evento promoveu a integração e a troca de experiências entre representantes de hospitais e entidades filantrópicas. 8 – A vice-presidente da Findes, Clara Thais Orlandi, acompanhada da diretora da Associação Evangélica Beneficente Espírito-Santense (Aebes), Katiana Erler Rodrigues; e de Luiz Nivaldo da Silva.

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Aylmer Chieppe é o convidado do “Contando Histórias” Com uma trajetória profissional que lembra um roteiro de filme, Aylmer Chieppe foi a 18ª personalidade do “Contando Histórias”, evento realizado no Salão da Indústria, no dia 10 de maio. De ajudante de caminhão a sócio fundador da Águia Branca, uma das maiores empresas de transporte do país, Chieppe recordou grandes passagens de sua vida, em um momento repleto de nostalgia e bom humor. As histórias narradas pelo empresário inspiraram os presentes, em mais uma marcante edição da iniciativa que reconhece a importância de diversos empreendedores para a indústria capixaba. 1 – O empresário Aylmer Chieppe contou passagens marcantes de sua vida. 2 – O presidente do Sistema Findes, Marcos Guerra, homenageou Aylmer Chieppe com a escultura “O Contador de Histórias”, obra criada pelo artista plástico Penithência. 3 – O industrial Lucas Izoton Vieira; o diretor do Sindifer, Lucio Dalla Bernadina; e o diretor do Sistema Findes Ricardo Barbosa. 4 – O presidente do Sindiquímicos, José Carlos Zanotelli, e o vice-presidente do Sistema Findes Leonardo Souza Rogério de Castro. 5 – Participaram do evento o assessor de Relações Institucionais da presidência da Findes, Cesar Villar de Mello, e o vice-presidente da Federação, Egídio Malanquini. 6 – Presença feminina, com Patrícia Chieppe diretora administrativa da Vix Logística, e Patrícia Assef, diretora da Vitória Motors. 7 – Evento foi prestigiado por diversas autoridades, como os desembargadores Adalto Dias Tristão e Fábio Klein. 8 – A edição também recebeu o diretor de Pelotização da Vale, Armando Maurício Max, e o diretor da Vix Logística, Ricardo Kallas. 9 – O Salão da Indústria ficou lotado, em mais um evento de sucesso do “Contando Histórias”.

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Artigo

Crise: foco e superação

O

momento é de grandes desafios no país, que enfrenta uma conturbada crise política, institucional e econômica a se resvalar para toda a sociedade brasileira. O cenário é de pressão inflacionária, queda na confiança do empresário e do consumidor, aumento do desemprego e redução no volume de investimentos. Segundo a Abiplast – Associação Brasileira da Indústria do Plástico, em 2016, somente o setor do plástico deverá ter uma retração de 3,85% na produção e de 5,3% na demanda, o que representa uma queda acumulada de 13% entre 2015 e 2016. Os sinais macroeconômicos apontam para a necessidade de uma atenção redobrada por parte do empresariado na gestão de seus negócios e mostram o grau de desafio que teremos à frente do Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado do Espírito Santo – Sindiplast-ES. Porém, sabemos que as crises são cíclicas e passam, com a economia reagindo e se recuperando. Por isso, não devemos perder o olhar para o futuro. É em meio a esse cenário que acabei de assumir, no mês de abril, a presidência do sindicato. Temos como aliada, em momentos como estes, a cultura do associativismo em nossa área, o que nos fortalece na busca por soluções. A história do Sindiplast-ES é traçada pela atuação coletiva, na qual diretorias e associados sempre mantiveram-se unidos em torno do projeto maior: o de desenvolver a indústria do plástico no Espírito Santo. Portanto, o compromisso da nova gestão é continuar os projetos em andamento na nossa entidade, resultantes de um Planejamento Estratégico e de uma agenda construídos por todos. As ações definidas vêm sendo executadas com êxito pelas diretorias que passaram pela entidade, em especial nos últimos seis anos. O Planejamento Estratégico tem sido uma ferramenta importante na evolução da nossa instituição. Por meio dele, enxergamos as opor-

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Indústria Capixaba – Findes

tunidades nas fragilidades da situação vigente e atuamos no que temos de mais forte para nos posicionarmos com sucesso. Temos como foco ainda, aliada ao Planejamento, a metodologia Gestão Estratégica Orientada para Resultados (Geor), baseada em quatro pilares: Relacionamento (visando a se aproximar mais do associado e buscando novos sócios); Melhoria de Gestão (implementando ações para resultados mais eficazes); Inovação Constante (alinhando-se às exigências do mercado por inovação de produtos, processos e tecnologias); e Aprendizado e Crescimento (investindo em capacitação do capital humano). Dentro da direção dada pela Geor, queremos avançar, dialogando mais com as bases, ouvindo e entendendo as necessidades dos empresários e levando soluções que possam ajudá-los na melhoria e no crescimento dos negócios. No campo da formação e da qualificação, temos a Escola do Plástico Antonio Carlos Torres, o grande marco do sindicato e um legado do ex-presidente Neviton Gasparini. Trata-se de uma reivindicação antiga que só foi possível concretizá-la com o apoio e a parceria da Findes, por intermédio do Senai-ES. Incrementar os programas da Escola do Plástico será prioridade, pois sabemos o quanto é importante investir em capacitação e qualificação para fomentar um ambiente propício à inovação e à melhoria da gestão empresarial, essenciais na travessia de qualquer tipo de crise e no aumento da competitividade das indústrias do plástico. O conhecimento, a informação e a qualificação são a base para a inovação e o crescimento das empresas. Por isso, num esforço de não desanimar diante da crise econômica, vamos priorizar a realização e a participação em intercâmbios, missões, encontros setoriais, seminários, rodadas de negócio, palestras e outros eventos que venham gerar oportunidade de desenvolvimento da indústria do plástico.

Gilmar Guanandy Régio é presidente do Sindiplast-ES




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