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DIA DOS NAMORADOS
from Apenas Ser
É dia dos namorados Sempre bem recebido, Por marotos, Apaixonados, Mas por outros, Esquecido.
O mais jovem Comprou a prenda, Que por ora tem, Como lhe lembrava, A agenda, Que guardava.
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O outro mais adulto, Com pouca experiência, Portou-se como estulto.
Esqueceu
A prudência,
E lá ficou a lembrança, No prato da balança.
Aquele de meia idade
Já treinado
Para o tal efeito, Chegou com à vontade, Com discurso bem feito.
E com gesto a primor,
Ofereceu-lhe linda flor. O mais senil porém Para não ficar
A perder, Sério como ninguém, Trouxe a recordação, Do primeiro beijo a dar, Ardente de paixão, Os corações a bater, E juras de amor, Para nenhum esquecer!
O In Cio
O tempo marcava o dia 7 de Maio de 1953.
Ao findar do dia, e quando a luz solar se enfraquecia, e em simultâneo se coloria garridamente, tudo banhando, mais uma vez estávamos juntos a conversar.
Todos no bairro já diziam que namorávamos.
Nós, rindo, dizíamos que sim… talvez…
Por qualquer razão ou causa que desconhecemos, entendemos tomar a decisão.
Fizemos então a primeira jura de amor.
A madrugada começa a iluminar a terra, e eu procurava encontrar a melhor palavra para dizer o que a minha alma, plena de satisfação, me tornava feliz.
Tinha 17 anos. Após escrever estes versos que queria oferecer à Cilinha no dia seguinte, consegui adormecer.
Por ditame do Universo, a partir de 09 de Março de 2019 cessa parte da matéria e apenas o espiritual nos junta.
E juntos prosseguimos!
Foi no dia sete amor, À sombra de um luar intenso.
Que expandi a minha dor, E tive tanto contentamento!
Sofria silente a meditar, Crendo não gostares de mim.
Quem havia de pensar, Que nesse dia dirias… Sim!
Duas almas se juntaram. Num amplexo imortal!
E nossos seres vibraram.
Numa glória triunfal!
“És minha e eu sou teu”, E a lua por nós sorriu!
Foi uma benção do céu Que eu pedi, e Deus ouviu!
E juntos estamos na vida, Assim quis a nossa sorte:
Imagem de amor reflectida, Em nós dois, até à morte!
O Futuro
Fujo nem sei para onde, Apenas sou arrastado Por algo ignorado, Buscando uma qualquer fonte.
Olho receoso, aflito, Ao chegar o fim do dia, Sem saber o que perdia, Em minha defesa, grito.
Chega a luz pouco intensa Que me vem tornar mais só, Apenas um grão de pó, Nesta vastidão imensa.
Quero socorro, não posso, Perdi o vigor, a voz, Vai arder um sofrer atroz, O mundo, já não é nosso.
A Natureza não é igual, A Terra perde energia, O sol consome o dia, Eis chegado o degrau final!