Edição 04

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Sketchline

Editora Brainstorm 20 de Agosto de 2016

N.04


Editorial Na Rua

a besta pop

retratos do caos


explorando o lado b

envelheรงo na cidade

os qutaro novos clรกssicos do cinema

noite neon


Estamos em um constante processo de mudanças. Acabamos desenvolvendo muitas percepções, conceitos e posições sobre tantos e tantos assuntos. A pressa também acaba fazendo parte desse pacote de modernidade líquida em que vivemos todos os dias. Desacelerando olhares, conhecendo mais sobre a fotografia, o cinema e a poética da escrita, a Sketch está trazendo para você, amigo leitor, uma edição rica aos seus olhos e também ao seu coração. Ela vem para mostrar o potencial dessas três grandes artes e a beleza por trás de cada uma delas. O espírito de produção independente não deixa de estar presente nas páginas da revista, afinal, nossa essência é independente e artística. Então, convidamos você a explorar cada página dessa edição explosiva de poesia e produção livre.

GABRiella Salame redatora


Na rua Aniversário da Fotoativa Uma programação cultural vai celebrar o aniversário do grupo e o dia mundial da fotografia que também acontece na mesma semana. A programação contará oficinas, apresentações musicais, mostras de projeções, estas são apenas algumas das atividades dentre a programação extensa do evento. Data: 20 de agosto (Sábado) e 21 de agosto (Domingo) Hora: 9h às 22h Local: Associação Fotoativa, localizada na Praça das Mercês, 19. Contato: (91) 3225-2754 Valor: Grátis

Espetáculo "Selfie", com Elka Victorino (MT) Data: 21 de agosto (Domingo) Hora: 18h Local: Sesc Boulevard. Av. Boulevard Castilhos França, 522 Contato: (91) 3224-5654 Valor: Grátis

Circular Campina-Cidade Velha – 13ª Edição Em sua 13ª edição, o Circular abre diversos espaços de arte, de incentivo ao esporte, música, patrimônio, cultura popular e gastronomia, situados na Campina, Cidade Velha e Reduto, bairros que formam o Centro Histórico de Belém. Entre as novidades desta edição estão oficinas de mídias digitais, novos locais culturais, feirinha criativa, novos shows e sessões de cinema e muito mais. Data: 21 de agosto (Domingo) Hora: 8h às 20h Lugar: O circular vai estar espalhado em cerca de 30 espaços situados na área histórica da cidade, vale a pena uma caminhada pela região pra ir descobrindo as novidades. Contato: (91) 3088-5858/ http://migre.me/tvFOa/ circular.comunica@gmail.com Valor: Grátis


1 ano da Casa Oiam Pra quem não conhece, a Casa Oiam é um espaço colaborativo que desenvolve cursos, projetos sociais e eventos culturais. Ela está comemorando um ano de existência. Para comemorar o aniversário, a casa preparou uma programação especial com música, gastronomia, economia criativa e roda de conversa sobre consumo consciente. A programação vai contar com participações como Félix Robatto, Natasha Vasconcelos (Projeto Escambazar), Michele Cougo (Projeto Gruca). Vai ter comidinhas gostosas garantida pela Pura Vida Truck, brechó, venda de plantinhas pra decoração e objetos de proteção espiritual. Data: 21 de agosto (Domingo) Hora: 10h às 18h Local: Casa Oiam. Tv. Piedade, 551. Contato: (91) 2121-6509 Valor: Grátis

Oficina Moda Afro: Cruzando o Tradicional e o Contemporâneo A oficina vai estabelecer processos criativos para a criação de peças exclusivas confeccionadas pelos participantes. O tema do workshop é a África e sua cultura, cores, vivências e identidade. A ministrante será Tainah Jorge, cientista social e figurinista de cinema e vídeo, busca relacionar as tradições com as contemporaneidades africanas. Data: De 26 de agosto (Sexta) e 27 de agosto (Sábado) Hora: 14h às 17h (26/08) e 8h às 12h30 / 13h30 às 18h (27/08) Local: Espaço Sinhá Pureza. Rua Dr. Rodrigues dos Santos, 305. Contato: (91) 3222-8928 Valor: R$100

Festival de Audiovisual de Belém (FAB) Em sua 4ª edição, a FAB está com inscrições abertas e é divido entre as categorias “Curta Metragem”; “Videoclipe”; “Videoarte e vídeo experimental”; “Vídeo minuto” e “Crítica de Audiovisual”. Os interessados podem enviar seus trabalhos até 10 de setembro. A novidade deste ano será a Mostra Belém-para-Brasil. A proposta é levar as produções audiovisuais daqui de Belém para fora do estado, para isto, diversas exibições promovidas pelo FAB vão acontecer em espaços culturais no Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte. Para se inscrever no FAB e na Mostra Belém-para-Brasil, basta acessar o edital e conferir informações como fichas de inscrição, categorias e formatos dos arquivos. Data de inscrição: De 29 de julho (Sexta) até 10 de setembro (Sábado) Inscrição: http://www.portal-fab.com/p/edital.html Período do festival: 08/09 a 13/09, no Cine Olympia. Local do festival: Cine Olympia. Av. Pres. Vargas, 918. Contato: (91) 98801-1901 e (91) 99181-8929 Valor: Grátis


Expediente Expediente Editorial - Gabriela Salame Na Rua - Amanda Ferreira Retratos do Caos - Gabriella Salame Fotografias Retratos do Caos - Bruno Carachesti Explorando o lado B - Gabriella Salame A besta Pop - Coranilo Ilustração A Besta Pop - Coranilo Envelheço na cidade - Gabriela Cavalcante Ilustração - Bruno Reis Os quatro novos clássicos do cinema Heleno Beckmann Noite Neon - Victoria Botelho Revisão de texto - Amanda Ferreira Revisão Gráfica - Amanda Ferreira Arte e diagramação - Heleno Beckmann

Todos as imagens utilizadas pertencem a seus respectivos autores. Contato, sugestões e textos: revistasketchline@gmail.com www.facebook.com/sketchline



Retratos do Caos Por Gabriella Salame O urbano é morada de retratos que quase ninguém observa. Existem ruas das cidades que são utilizadas apenas como passagens cotidianas de quem quer chegar a algum destino. Pedestres, ciclistas, motociclistas e motoristas que contam o tempo, calculado anteriormente para não cometer o deslize do atraso, mas não contam por quantas belas partes da cidade passam todos os dias e quantas pessoas singulares existem em meio ao fluxo cotidiano. A fotografia urbana a juda a apurar nossas percepções no mundo. Turistas circulam com poderosas câmeras e objetivas pela cidade das mangueiras, registrando tudo o que parece ‘‘ exótico ’’ e belo aos olhos estrangeiros. Mas e os belenenses? Será que reconhecem as riquezas da cidade? Os lugares e as pessoas acabam tornando-se parte do cotidiano automático, do olhar sem a observação. Segundo Bruno Carachesti, fotografar uma cidade a juda a desacelerar, a perceber tudo de uma maneira melhor. Além disso, também a juda a perceber o quanto a nossa cidade é bonita.


Especialmente na capital paraense, é possível encontrar características diferentes do que se vê em outros Estados do país e até mesmo no exterior. ‘‘ Belém tem uma característica muito bacana, porque une o urbano com a paisagem amazônica, que João de Jesus Paes Loureiro vai chamar de meio rural ’’, afirma o fotógrafo. Além dessa peculiaridade, Carachesti fala que a luz da cidade é mais intensa, com temperaturas de cor mais quentes, diferente de São Paulo, por exemplo, que apresenta luz mais suave e tons cinzas. Quando passamos a olhar a cidade mais detalhadamente, começamos a entender a atmosfera do ambiente e o que o compõe. A partir daí, podemos captar o que Henri Cartier-Bresson chamou de ‘‘ instante decisivo ’’. Ao ser questionado sobre a principal característica desse gênero fotográfico, Bruno Carachesti destaca o ‘‘ instante decisivo ’’, compartilhando que a sua inspiração é muito a fotografia do Henri Cartier-Bresson.


O francês, conhecido como ‘‘ o pai do fotojornalismo moderno ’’, fotografou em várias ruas de cidades da Europa, utilizando sempre uma câmera analógica e uma lente fixa 50mm quando não fotografava para a agência em que trabalhava. Cartier-Bresson tinha a câmera como extensão dos próprios olhos e, unindo o olhar apurado a discrição, captava momentos muito espontâneos por onde passava. O momento exato em que a foto é feita foi chamado por Cartier-Bresson de ‘‘ instante decisivo ’’, quando, para ele, se alinha a cabeça, o olho e o coração. É interessante como vamos mudando a nossa visão acerca do espaço em que passamos a observar melhor, a ir além do simples tra jeto de rotina e explorar lugares que fazem parte da cidade há um bom tempo, mas não eram tão reconhecidos antes dessa exploração. O mesmo também pode acontecer com o caminho que já estamos habituados a tomar, pelo simples fato de passarmos por ali todos os dias, com a necessidade automática do ir e vir ao longo das vinte e quatro horas. Bruno Carachesti compartilha que nunca havia fotografado a rua da própria casa até o dia em que a luz chamou sua atenção. ‘‘ Quando vi uma luz linda, um pôr-do-sol super laranja, decidi descer a rua com a câmera dentro da bolsa ’’, conta o retratista.


A primeira tentativa, de fotografar garotos brincando na rua, não deu muito certo. Logo na volta surgiu uma segunda oportunidade: um pequeno garoto pergunta se ele estava fotografando, então Bruno pede para fotografá-lo. A cena foi montada. Fusca azul, contraluz laranja e garotinho mexendo em sua bicicleta. Click. Vendo a foto e elogiando a luz, o pequeno fez um pedido ‘‘ Eu posso fazer uma foto arrumando o fusca do meu avô? ’’. Para a surpresa de Carachesti – e para a nossa também – o pequeno garoto já era familiarizado com o carro. ‘‘ Ele me deu de presente a foto ’’, diz o fotógrafo. Mesmo cultivando a discrição ao andar em busca de fotos, podemos colecionar histórias valiosas e momentos que vão além do instante decisivo. A cidade é definida, pelo dicionário, como uma aglomeração de pessoas em um território geográfico, onde há


casas e construções destinadas a muitas atividades. Contudo, as experiências de cada um de nós também formam o nosso conceito de cidade. Há quem fale que ela é um grande organismo e que somos as células que interagem para que ele continue vivo. Há quem diga que ela é um encontro de vidas, histórias, pessoas que se cruzam e traçam uma nova história ou simplesmente se reencontram e continuam fazendo uma história juntas. Independente do conceito que criamos, do caos vivenciado e transmitido constantemente na tv, as cidades tem um lado por trás de retratos do caos, que podem ser clicados a qualquer momento. Mais sobre Bruno Carachesti: Graduado em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo, Bruno Carachesti é fotógrafo de terras paraenses desde 2008. Atua em várias áreas da fotografia, sendo, atualmente, repórter jornalístico e professor universitário. Acompanhe um pouco do seu trabalho no instagram @carachesti.


Explorando o lado B


Agora que você já conhece um pouco sobre a fotográfia urbana e alguns profissionais do ramo, que tal fazer um experimento fotográfico pelas ruas da sua cidade? A ideia é conhece-la com um olhar mais profundo, de uma maneira que dificilmente nos dispomos a fazer durante o dia. Ah, além disso, você também vai praticar algumas técnicas da fotografia. Vale chamar os amigos para participar! Você só vai precisar de uma câmera digital e um cartão de memória vazio. Anota aí como vai funcionar: 1. Escolha se as fotos serão em preto e branco ou em colorido. Se escolher em P&B, faça o a juste nas configurações da câmera 2. Crie o limite de 12 fotos a serem feitas durante a saída fotográfica 3. Não apague nenhuma foto e nem mesmo olhe depois do clique! Isso é muito importante para o experimento 4. Não use o zoom sobre hipótese alguma. Quando quiser se aproximar do assunto, chegue mais perto e faça a foto desejada 5. Caminhe bastante. Note como as pessoas estão ao seu redor, como a luz se comporta no horário que você escolheu sair e perceba mais detalhes do momento. Cada disparo feito é um registro e você só tem 12 disponíveis 6. Se a sua câmera apresentar o modo de controle do iso, abertura do diafragma e velocidade do obturador e você já tiver conhecimento do funcionamento, use esse famoso ‘’ tripé da fotografia ’’. Caso apresente somente o modo automático, trabalhe com ele, mas não esqueça de caprichar na composição da foto! Após fazer as fotos, tire o cartão de memória e leve a uma loja que trabalhe com impressão de fotos. Peça para imprimir todas no tamanho padrão (15x10). Pronto! O resultado vai estar nas suas mãos. Você pode fazer um mural com as favoritas ou compartilhar na rede com a tag #ExplorandoOLadoB.


Em seus cinco anos de atividade, o curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Federal do Pará já rendeu materiais dignos de prêmios. Começando por curtas como “HUE” e “Príncipes do Exílio” e fechando com o longa “A Besta Pop”, que ainda se encontra na sua fase de gravação, mas já dá o que falar. Todos os roteiros focam na vida da juventude no estado do Pará, nua e crua, sem eufemismos ou romantismos, retratando jovens, seus dilemas e emoções em meio a uma sociedade que os oprime. Por todos os trabalhos seguirem essa linha de retratar uma geração, foram carinhosamente batizados de “triologia da vala”, pela sua objetividade ao retratar a vida underground das noites de Belém. Para um grupo de universitários acostumado a produzir curtas, A Besta Pop tem sido um grande desafio. A proposta inicial foi lançada como um edital para que fossem produzidos roteiros que se chocassem na famigerada festa fictícia “Besta Pop”, com isso foram selecionados três roteiros, todos de alunos do curso, que serão montados em formato de longa-metragem.


A temática é um cenário distópico pré-apocalíptico, passando-se em uma cidade no norte do Brasil, em uma realidade na qual instaurou-se um governo opressor, uma nova ordem. Em meio a esse cenário caótico, o longa propõe mostrar a vida da juventude nessa cidade e a maneira como todos lidam com as opressões de normatividade. O longa visa mostrar a vida noturna da cidade em forma de crítica social, mostrando o jovem como este é e como este pensa. A estética do filme também vem rica em originalidade, para investir em um tom futurista underground a equipe buscou referências diretas não somente no estilo da década de 80, mas também em obras como Akira e Madmax. A Besta Pop vem ao cenário cinematográfico com muitas ambições, dentre estas divulgar e atrair pessoas para o curso de Cinema e Audiovisual, que formou sua primeira turma agora em 2016, fazer a diferença no mercado cinéfilo do norte, ganhando visibilidade em meio às produções do centro-sul brasileiro, e é claro, fazer sucesso, o que já é certo.


O projeto “A Besta Pop” acabou englobando todas as turmas do curso, e a junção de tantas mentes jovens e pensantes fez com que nada os impedisse de sonhar e ambicionar. E m meio à dificuldades como escassez de equipamentos e de verba, os alunos organizaram um sistema de arrecadação de doações, e com o dinheiro arrecadado puderam dar o pontapé inicial nas gravações do longa, que por sua vez tornou-se o projeto 101% independente mais querido dos alunos do curso. Como afirmam os produtores Tamires Cesim e João Luciano em entrevista para a Sketchline; “Para os alunos do curso de cinema e audiovisual da UFPA, A Besta Pop não se resume à um projeto acadêmico, mas a um material concreto para o começo de carreiras de muitos cineastas paraenses.”



Envelheço na Cidade Eu passo o tempo livre fazendo cortes de músicas. Não acho que isso vá me levar a algum lugar, mas continuo fazendo. Também não acho que qualquer outra coisa que eu faça vá resultar em algum progresso. É a terceira vez que escuto a mesma música, logo hoje, que resolvi ligar o rádio pra variar o repertório. Essa deve ser a trilha sonora do meu desemprego, da minha amargura. Apesar de inútil, sou esforçado. Tento a todo custo sair da monotonia que a falta do que fazer nos dá. Posso ser garçom, atendente, recepcionista, mas ninguém me quer, não me sinto querido. Mas essa é outra história. Os programas que vejo na TV também são os mesmos. Daqui a pouco, nem TV eu vou ter, já que não vou ter como pagar a luz esse mês. Outra vez, a mesma música, outra vez, o mesmo ambiente desgastado da sala de estar que é cozinha e quarto ao mesmo tempo, com a luz pálida do poste entrando pela janela e me acordando sem querer. Levanto do sofá, me espreguiço e estico os braços. Decido esticar também o fim de semana até o próximo sábado, visto que de segunda a sexta eu já não faço nada. Caminho até a janela e observo a vida urbana lá longe, alguns andares abaixo de mim. Eles são tão apressados! Há obras em todo lugar, essa cidade quer crescer só pra cima agora. De repente, me lembro que sou apenas mais um por aqui, não tenho nada de especial, nenhuma qualificação, ninguém pra me indicar. Queria ficar rico do dia pra noite, mas já que não tô vendo nenhum gênio da lâmpada aqui perto de mim, sigo evitando pagar o aluguel. Mas eu estou envelhecendo. Daqui a pouco não vou ter mais energia suficiente para evitar as cobranças, que não param de chegar, inclusive as da minha mente, que ficam insistindo: “Arrume um emprego! E logo”. Ignoro minha mente e faço o último esforço do dia, que é andar até a geladeira e pegar a única bebida que tem, uma lata de cerveja que está lá desde que o mundo é mundo, e vou dormir, com o estômago vazio e a cabeça cheia, só mais um nessa paisagem urbana, só mais um anjo afoito dessa legião.



Os quatro novos clássicos do cinema Do A sétima arte está sempre em movimento, e nesse movimento continuo algumas verdadeiras obras de arte marcaram a história do cinema. Os clássicos são venerados e citados há décadas, mas o mundo evolui e com ele novos clássicos surgem. Nessa lista singela separamos cinco filmes que certamente tem todo o potencial pra virar um futuro clássico cult do cinema.

O Fabuloso Destino de Amélie Poulain Dirigido por Jean-Pierre Jeunet, é um filme francês de 2001, que conta a história de Amélie, que foi criada fora do convívio social, dessa forma criando seu próprio mundo interior. Ao fazer uma descoberta em seu banheiro, Amélie é impulsionada a ajudar o mundo, dessa forma ajudando a si mesma. O filme é ingênuo, engraçado e intimista. Ganha lugar nessa lista pela sua simplicidade de roteiro, pela sua bellissima fotografia e por tratar de temas tão comuns do nosso dia-a-dia, de uma forma bela e fora do comovente.

Scott pilgrim contra o mundo O filme conta a história de Scott, baixista de uma banda de garagem que acaba por se apaixonar por Ramona Flowers, mas para conquistá-la ele precisará vencer todos os seus ex namorados. Com uma estética que lembra muito os vídeo games, o filme é baseado em um quadrinho de Bryan Lee O'Malley e entra na lista por suas doses de humor non-sense, uma história altamente viciante e sua forma cativante de descrever uma geração inteira por caricaturas que fazem parte de todos nós.


Bastardos Inglórios Bastardos Inglórios, dirigido por ninguém menos que Quentin Tarantino, é um filme americano de 2009, que conta a história de um esquadrão de soldados judeus preparados para matar soldados nazistas. Sua história se interliga com a da personagem Shosanna, que odeia nazistas, pois estes mataram sua família, quando ela ainda era adolescente. O filme, apesar de recente, tem um lugar garantido entre os novos cults, principalmente por sua direção de fotografia, o humor ácido que Tarantino dá a seus personagens e a redução deles a imagens estereotipadas dos mesmos. Ainda assim consegue criar personagens únicos como Hans Landa, que arrecadou o Oscar para Christoph Waltz.

Interstellar ‘‘A Lei de Murphy não significa que algo ruim vai acontecer. Significa que o que pode acontecer... acontecerá. ’’ É com essa premissa que começa o belíssimo filme de Christopher Nolan, que tem tudo para ser um clássico da ficção cientifica, mas não espere efeitos cyber-punk. Nolan buscou a estética mais real o possível fazendo efeitos cinematográficos práticos. O filme entra na lista por seu roteiro que beira a filosofia, pela ótima atuação dos atores e pela belíssima fotografia.



Noite Neon Por Ana victória Botelho

Depois de ter que ouvir de um amor que nunca tinha sido aquilo, pude agir da melhor maneira que me vinha na cabeça, ir para o bar lamentar com quem quisesse me ouvir e poderia até ser o meu copo, quem estivesse na mesa do lado e até qualquer coisa que pudesse estar ali, o que eu queria era desabafar, desabar e chorar. Começou a tocar “A outra” daquela banda cheia de barbudos quando eu pude deixar que a ficha caísse, a cabeça começou a criar várias paranóias e devaneios que quase me fizeram enlouquecer, mas eu finalmente comecei a entender que não podemos privar as pessoas que amamos de conhecer outras pessoas e nem de impedir que ha ja sentimento e envolvimento, porque a vida é assim e ela nos enche de pessoas que não serão eternas e nos faz quebrar o coração e a cara mil e se preciso, um milhão de vezes até enterdemos que a única coisa que podemos fazer é amar, mesmo que seja efêmero. A noite em que as pessoas ali no bar estavam com tinta neon no rosto e cheias de desenhos pela pele para a luz negra iluminar, me fez ter o pensamento de que o amor é lindo, mas talvez as pessoas o deixem fugir do sentido real quando machucam e magoam mesmo quando temos a noção de que fugir de mágoas é inútil, tudo isso vai resultar em nada. Digo e repito, a única atitude que podemos ter é amar, bom, eu amei até onde deu e talvez eu ainda o ame, mas o que eu fiz foi amar um rapaz que dançava no canto ao som de “Dog days are over” e que parecia precisar da mesma coisa que eu naquele momento, um ombro sujo de neon.


Amanda Ferreira Graduanda em Administração na Universidade Federal do Pará.

Gabriella Salame Graduanda de Comunicação Social com ênfase em Jornalismo na Universidade da Amazônia.

Gabriela Cavalcante Graduanda de Comunicação Social com ênfase em Jornalismo na Universidade Federal do Rio Grande Do Norte.

Heleno Beckmann Graduando de Comunicação Social com ênfase em Publicidade e Propaganda na Universidade da Amazônia.


Elson Britto Graduando de Comunicação Social com ênfase em Publicidade e Propaganda na Universidade da Amazônia.

Coranilo Graduando em Cinema e audiovisual na Universidade Federal do Pará.

Henrique Franco Graduando de comunicação social com ênfase em Publicidade e Propaganda na Universidade da Amazônia.

Melissa Gomes Graduanda de comunicação social com ênfase em Publicidade e Propaganda na Universidade da Amazônia.



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